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AO JUÍZO DA 3ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE BELO

HORIZONTE

PROCESSO Nº: 5073646-43.2023.8.13.0024

AUTOR: THAIS FERREIRA MACEDO e outros

RÉU/RÉ: UEVERTON GUEDES SOUZA

UEVERTON GUEDES SOUZA, já qualificado nos autos


do processo em epígrafe, vem, respeitosamente, à presença
de Vossa Excelência, por meio do seu Advogado, infra
assinado, apresentar

CONTESTAÇÃO

Em face da Ação de Revisão dos Alimentos movida por


HELENA FERREIRA GUEDES, dizendo e requerendo o
que segue:

Trata-se de ação revisional de alimentos movida pela


Autora, em razão da AÇÃO DE OFERECIMENTO DE ALIMENTOS C/C
GUARDA E REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS”, processo nº 5151137-

Ru a R io d e Jan eiro, 430, Con ju n to 45, C en tro - Belo Horizon te,


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05.2018.8.13.0024, que tramitou perante a 8ª Vara de Família da Comarca de
Belo Horizonte, onde houve fixação de guarda compartilhada com residência no
lar materno, entabulado o regime de convivência com o genitor e a prestação de
alimentos no valor correspondente a 22% (vinte e dois por cento) dos
rendimentos líquidos do genitor, ao fundamento de que o valor fixado, que
atualmente além de não estar sendo pago corretamente, claramente não é o
suficiente para custear as despesas de uma criança, bem como não corresponde às
atuais possibilidades do Requerido, que tem capacidade de contribuir com valor
superior.

Todavia, diferentemente do que foi narrado, não merece


reforma a sentença que fixou os alimentos no valor correspondente a 22%
(vinte e dois por cento) dos rendimentos líquidos do genitor, devendo ser
mantido o valor fixado.

DA INDEVIDA CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA


GRATUIDADE DE JUSTIÇA ÀS AUTORAS

Pelo que se depreende da documentação apresentada, a


genitora além de auferir renda de mais de R$ 8.500,00 em um dos empregos que
possui, ainda é empresária consoante documentos anexados à presente.

No presente caso, há inúmeras evidências de que as autoras


têm condições de pagar as custas e despesas processuais:

Neste sentido, não pode ser aceita a mera declaração de


pobreza, devendo ser exigida prova da impossibilidade no pagamento das custas
processuais, conforme precedentes sobre o tema:

PROCESSUAL CIVIL. PREVIDENCIÁRIO.


GRATUIDADE DA JUSTIÇA. AUSÊNCIA DE
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ELEMENTOS QUE JUSTIFIQUEM A CONCESSÃO.1.
O Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/2015) passou a
dispor sobre a gratuidade da Justiça, revogando alguns
artigos da Lei nº 1.060/50.2. Por outro lado, embora tenha
mantido a presunção de veracidade da afirmação da pessoa
física quanto a sua hipossuficiência financeira (§3º do art.
99), o atual diploma processual deixa expresso que ao Juiz
cabe verificar o efetivo preenchimento dos pressupostos
legais, podendo, em caso de dúvida, determinar ao
interessado que apresente elementos probatórios (§ 2º do
art. 99).3. No caso concreto, em sede de contestação o
INSS impugnou a alegada necessidade da autora ao
benefício da gratuidade da Justiça, sendo certo que, por
ocasião da apresentação da réplica, houve a oportunidade
da parte agravante comprovar sua hipossuficiência frente às
despesas do processo, mas apresentou alegações genéricas,
desacompanhadas de qualquer documento. Ademais, a
autora aufere rendimentos que inviabilizam a concessão do
benefício postulado.4. Agravo de instrumento desprovido.
(TRF 3ª Região, 10ª Turma, AI - AGRAVO DE
INSTRUMENTO - 5027310-07.2019.4.03.0000, Rel.
Desembargador Federal NELSON DE FREITAS
PORFIRIO JUNIOR, julgado em 05/03/2020, Intimação
via sistema DATA: 06/03/2020, #45463307)

Assim, não comprovada a situação de miserabilidade, o


indeferimento do pedido é medida que se impõe.

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Ao disciplinar sobre o tema, grandes doutrinadores sobre o
tema esclarecem:

"Havendo dúvidas fundadas, não bastará a simples


declaração, devendo a parte comprovar sua necessidade
(STJ, 3.ª Turma. AgRg no AREsp 602.943/SP, rel. Min.
Moura Ribeiro, DJe 04.02.15). Já compreendeu o Superior
Tribunal de Justiça que "Por um lado, à luz da norma
fundamental a reger a gratuidade de justiça e do art. 5º,
caput, da Lei n. 1.060/1950 - não revogado pelo CPC/2015
-, tem o juiz o poder-dever de indeferir, de ofício, o pedido,
caso tenha fundada razão e propicie previamente à parte
demonstrar sua incapacidade econômico-financeira de fazer
frente às custas e/ou despesas processuais. Por outro lado, é
dever do magistrado, na direção do processo, prevenir o
abuso de direito e garantir às partes igualdade de
tratamento" (STJ, 4ª Turma. RESp 1.584.130/RS, rel. Min.
Luis Felipe Salomão, j. 07.06.2016,DJe
17.08.2016)."(MARINONI, Luiz Guilherme. ARENHART,
Sérgio Cruz. MITIDIERO, Daniel. Novo Código de
Processo Civil comentado. 3ª ed. Revista dos Tribunais,
2017. Vers. ebook. Art. 99, #75463307)

Motivos que devem conduzir à imediata revogação da


Gratuidade de Justiça conferida às autoras.

MÉRITO DA CONTESTAÇÃO

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A Contestante impugna todos os fatos articulados na inicial
o que se contrapõem com os termos desta peça, esperando a IMPROCEDÊNCIA
DA AÇÃO PROPOSTA, pelos seguintes motivos:

DA MANUTENÇÃO DO VALOR DOS ALIMENTOS

O Código Civil em seus arts. 1.699 e 1.708 do Código Civil


estabelecem um marco fático limitador do dever de garantir alimento pelo
contestante, uma vez que só pode ser revisto diante da assunção de nova
condição financeira do alimentante ou de quem os recebe:

Art. 1.699. Se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na


situação financeira de quem os supre, ou na de quem os
recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme as
circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do
encargo.

Ocorre que no presente caso, nenhuma destas mudanças


restou comprovada pela Autora.

Importante salientar que, a pretensão da autora, em ver


fixado os alimentos em quatro salários mínimos, supera até o valor dos gastos
integrais da autora, que segundo a inicial está na casa dos R$ 4.356,37 (planilha
id 9775834361), o que consubstanciaria em exoneração de qualquer obrigação
alimentar da genitora.

Cumpre salientar, também, que o pagamento da pensão


alimentícia só é efetivado diretamente pelo próprio requerido, pelo fato da autora
não ter diligenciado no sentido de promover a entrega do ofício à empregadora
do requerido, como restou determinado em sentença.

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Ora, como a própria autora afirma na inicial os alimentos
foram fixados “em cima dos ganhos líquidos do Genitor, a serem descontados
da folha de pagamento”, ou seja, competia à autora diligenciar no sentido de
que os descontos da pensão alimentícia fossem efetuados diretamente nos
rendimentos do autor mediante o simples envio de oficio determinado em
sentença para a empregadora do requerido.

Importante salientar, também, por oportuno que o


requerido, mudou de emprego em janeiro do corrente ano, consoante comprova
os anexo documento:

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Quando passou a efetuar o pagamento da pensão
alimentícia da autora da mesma forma recebida pela empresa empregadora, ou
seja, fazendo incidir os 22% (vinte e dois por cento) fixados em sentença,
também sobre o adiantamento recebido pelo requerido, ou seja, a autora recebe
os alimentos duas vezes ao mês, da mesma forma que o requerido, recebe os seus
vencimentos.

A autora, na elaboração dos seus cálculos de id


9775842208, tomou como base, o pagamento da pensão do mês de fevereiro para
elaborar a sua planilha de cálculos, sem considerar a mudança de emprego do
requerido, ocorrida em janeiro deste ano, não havendo, pois, como prosperar os
valores lançados na aludida planilha, pois o salário do requerido, anterior ao atual
emprego, era vertiginosamente menor do que o salário atual do requerido.

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Fato é que, com o aumento da remuneração do requerido
houve também o aumento do valor da pensão alimentícia da autora uma vez que
esta restou fixada em 22% da remuneração líquida do requerido, que vem
obedecendo, rigorosamente tal percentual fixado em sentença.

Na fixação dos alimentos devem ser observadas as


necessidades do credor e as possibilidades do devedor, visando garantir que o
primeiro receba os meios necessários para a sua subsistência e o segundo não
seja compelido a arcar com ônus superiores aos que lhe são possíveis, nos termos
do artigo 1.694, § 1º, do Código Civil.

Cabe aos genitores, de forma proporcional às suas


possibilidades, prover as necessidades dos filhos menores, havendo presunção
quanto às despesas com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário,
higiene, transporte e educação.

Considerando que a genitora, na qualidade de empresária e


empregada, certamente aufere rendimentos muito superiores ao do genitor, é
adequado que ela responda por fração maior das despesas da infante.

Pode se ver que a genitora da requerida foi admitida em


18/07/2022 com o salário de R$ 8.500,00 (oito mil e quinhentos reais), não
havendo notícia nos autos de que tenha se desligado do Grupo Usiminas:

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O binômio necessidade/capacidade deve sempre permear as
decisões que fixam alimentos sob o viés da proporcionalidade, sob risco de grave
dano ao alimentando, conforme destaca a doutrina especializada sobre o tema:

"Os alimentos devem sempre permitir que o alimentando


viva de modo compatível com a sua condição social. Ainda
que seja esse o direito do credor, na quantificação de
valores é necessário que se atente às possibilidades do
devedor de cumprir o encargo. Assim, de um lado há
alguém com direito a alimentos e, de outro, alguém
obrigado a alcançá-los." (BERENICE DIAS, Maria.
Manual de direito das famílias. 12 ed. Editora RT, 2017.
versão ebook, 28.23).

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Entendimento este amparado pela redação legal, ao afirmar
que a prestação de alimentos não pode inviabilizar o sustento do próprio
alimentante:

Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os


pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo
seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se
reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário
ao seu sustento.

Afinal, conforme entendimento jurisprudencial, os


Alimentos devem ser fixados com base na capacidade do alimentante, tanto para
aumentar como para diminuir os valores pactuados:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE FIXAÇÃO DE


ALIMENTOS. MAIORIDADE. FREQUÊNCIA A CURSO
UNIVERSITÁRIO. BINÔMIO NECESSIDADE
POSSIBILIDADE. REDUÇÃO DA QUANTIA. 1. No caso
de filho maior, a pensão alimentícia é devida pelo seu
genitor em caso de comprovada necessidade, ou quando
houver frequência em curso universitário ou técnico,
porquanto a obrigação parental de cuidar dos filhos inclui a
outorga de adequada formação profissional, incumbindo ao
alimentado o ônus de comprovar que permanece com a
necessidade de receber alimentos (precedentes do STJ). 2.
Atento ao binômino necessidade do alimentado e da
possibilidade do alimentante (art. 1.699 do CC/02), os
alimentos devem ser fixados de forma a não inviabilizar
a sobrevivência do genitor, ainda que haja necessidade
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do filho devidamente comprovada. 3. Pelos documentos
acostados aos autos (comprovação de renda, outros filhos,
um inclusive com síndrome de down) prudente a redução
dos alimentos para 25% do salário-mínimo. Apelação cível
conhecida e parcialmente provida. Sentença reformada. (TJ-
GO - APL: 03558447920158090139, Relator: EUDÉLCIO
MACHADO FAGUNDES, Data de Julgamento:
28/03/2019, 3ª Câmara Cível, Data de Publicação: DJ de
28/03/2019, #35463307)

ALIMENTOS. FILHO MENOR. ALIMENTANTE QUE


FOI DEMITIDO DO EMPREGO POUCO ANTES DA
SENTENÇA. REDEFINIÇÃO DO QUANTUM.
CABIMENTO DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA. 1. (...).
2. O encargo de prover o sustento do filho comum é de
ambos os genitores, cabendo a cada um concorrer na medida
da própria disponibilidade. 3. Os alimentos devem ser
fixados tendo em mira a capacidade econômica do
alimentante e também as necessidades do alimentado que,
por ser menor, absolutamente incapaz, são presumidas. 4.
Demonstrada a inadequação do valor dos alimentos ao
binômio possibilidade-necessidade, de que trata o art.
1.694, §1º, do CCB, justifica-se a redefinição do
quantum, devendo ser considerado o fato novo
superveniente, que foi o desemprego do alimentante, que
foi demitido. 5. O benefício da assistência judiciária gratuita

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visa assegurar o acesso à justiça de pessoa natural ou
jurídica, brasileira ou estrangeira, que enfrenta situação de
insuficiência de recursos para atender as despesas do
processo. 6. O pleito de gratuidade deve ser deferido quando
constam nos autos elementos de convicção evidenciando que
o alimentante se enquadra na acepção legal de pobreza.
Recurso parcialmente provido. (TJRS, Apelação
70080269541, Relator(a): Sérgio Fernando de Vasconcellos
Chaves, Sétima Câmara Cível, Julgado em: 24/04/2019,
Publicado em: 26/04/2019)

FAMÍLIA E PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO.


ALIMENTOS. REVISÃO. (...). ALTERAÇÃO DA
CONDIÇÃO ECONÔMICA DO ALIMENTANTE POR SE
ENCONTRAR DESEMPREGADO. MINORAÇÃO DO
ENCARGO ALIMENTAR. POSSIBILIDADE.
PRETENSÃO DE MAIOR REDUÇÃO DA PENSÃO.
ESTADO DE PENÚRIA. AUSÊNCIA DE
COMPROVAÇÃO. RECURSO IMPROVIDO.(...) 3.Os
alimentos se sujeitam à cláusula rebus sic stantibus, podendo
ser alterados na hipótese de modificação nas condições
econômicas de quem presta ou de quem os recebe, nos
termos do art. 1.699, CC: Se, fixados os alimentos,
sobrevier mudança na situação financeira de quem os
supre, ou na de quem os recebe, poderá o interessado
reclamar ao juiz, conforme as circunstâncias,
exoneração, redução ou majoração do encargo. 3.1. Na
hipótese, restou demonstrado que o alimentante teve sua
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situação financeira alterada, por se encontrar
desempregado, o que viabiliza a minoração do encargo
alimentar. 3.2.Ocorre que, ao contrário do afirmado nas
razões recursais, o apelante não comprovou o estado de
penúria relatado, de modo que não se justifica a redução
ainda maior da pensão alimentícia.4.Precedente da Casa: 2.
O desemprego do Alimentante, por si só, não é suficiente a
amparar pretensão de uma maior redução dos alimentos,
uma vez que se cuida de situação provisória que não impede
o exercício de outras atividades direcionadas à obtenção de
ganhos. (6ª Turma Cível, APC nº 2014.07.1.017461-8, rel.
Des. Getúlio de Moraes Oliveira, DJe de 12/09/2017, pp.
523/540).5.Apelação improvida. (TJDFT, Acórdão
n.1072492, 20161410029932APC, Relator(a): JOÃO
EGMONT, 2ª TURMA CÍVEL, Julgado em: 31/01/2018,
Publicado em: 08/02/2018, #75463307)

Dessa forma, diante da ausência de qualquer prova do


aumento das condições financeiras do Alimentante, necessária a improcedência
do pedido.

DAS PROVAS TRAZIDAS AOS AUTOS

Os documentos juntados à inicial tratam-se de provas


insuficientes a comprovar o alegado, uma vez que a autora não comprovou o
aumento das suas despesas, ao passo que o requerido, vem cumprindo fielmente
ao que restou estabelecido em sentença, pagando 22% sobre os seus rendimentos.

Nem mesmo a comprovação do depósito de qualquer valor


a título de alimentos efetuados pelo requerido, a autora se dignou a juntar aos
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autos, para fundamentar a sua alegação de descumprimento do que restou
decidido na ação de oferecimento de alimentos proposta pelo requerido em 2018.

Portanto, considerando que é dever da Autora, nos termos


do art. 320 do CPC, instruir a inicial com os documentos indispensáveis à
propositura da ação, requer a total improcedência da ação.

DOS PEDIDOS

Diante de todo o exposto, em sede de CONTESTAÇÃO,


requer:

O reconhecimento da concessão indevida da AJG às


Autoras, devendo as mesmas arcarem com as custas processuais e honorários de
sucumbência;

A TOTAL IMPROCEDÊNCIA da presente demanda, com


a manutenção do valor de alimentos fixados em sentença;

A produção de todas as provas admitidas em direito, tais


como:

Requer-se a expedição de ofício ao INSS para que informe


o Juízo sobre eventual vínculo empregatício da genitora da requerida além
daquele por ela informado nos autos.

Acesso ao sistema SISBAJUD e SNIPER, para obtenção de


informações acerca de quais bancos e/ou instituições financeiras da genitora da
autora, para saber se essa teve ou tem valores atrelados ao seu CPF, seja a que
título for, inclusive previdência privada, nos últimos três anos, obtendo-se,
outrossim, também via SISBAJUD, de cada uma das instituições financeiras
informadas, os extratos detalhados relativos aos três últimos anos, de todos e

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quaisquer valores vinculados à genitora da autora, bem como das empresas em
que a genitora seja sócia ou figure em cargo de gestão.

Requer que, por meio do sistema INFOJUD, sejam obtidas


as cinco últimas declarações de rendimentos genitora da autora, das empresas
registradas em seu nome, bem como das empresas em que a mãe da autora seja
sócia ou figure em cargo de gestão

Nestes termos,

Pede deferimento.

Belo Horizonte, 12 de junho de 2023

GILSON ALVES RAMOS

OABMG 74315

CHRISTOFER MAGALHAES CASTRO

OAB/MG 104.688

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