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| Cadeias e teias el nate) a =t-9 4 Pa CORR OE WE err a ar UR Ce CTCL Cen eter net nett tent et as trientes, que geralmente estio disponiveis no solo. Muitos dos minerais presentes no solo so resultado da atividade de fungos e bactérias sobre matéria organica morta, ou seja, organismos que ja morreram. Por meio desse tipo de cadeia & que a matéria e a energia sio transferidas de um ser vivo para outro, Neste capitulo, vamos estudar as relacdes alimentares que os organismos estabelecem entre si, forman- CCE race? @ OO ‘Arana do génere Argiope(cercade s = a tetera oe , coer ¢ a = @ Como as plantas obtém energia? © Vocé se alimenta de plantas e de animais? Ou apenas de plantas? Como a sua alimentacdo ‘muda sua relagao com os outros seres vivos? G) Cadeia alimentar ‘Amatéria ea energia de um ecossistema passam de um ser vivo para outro por meio da nutrigao. Ve~ ja este exemplo: o capim é comido pelo boi; este é comido pelo ser humano. Essa sequéncia de seres vivos em que um serve de alimento para outro é chamada cadeia alimentar. Como vimos no Volume 1, as plantas, as algas, algumas bactérias e alguns protistas sao autotréfi- cos, ou seja, conseguem produzir aciicares a partir de substdncias minerais ou inorganicas, como gua (HO), gas carbénico (CO,) e sais minerais. Nesse pro- cesso, chamado fotossintese, a energia luminosa do Sol, absorvida pela clorofila, é armazenada nas liga- Bes quimicas dos agiicares formados (glicose, cuja formula molecular 6 C,H,,0,); S40 produzidas tam- bém moléculas de oxigénio (0,), que sao eliminadas para o ambiente: 6C0, + 6H,O “> C,H,0, +60, A partir dos acticares formados na fotossintese ede sais minerais retirados do solo, a planta sinteti- 2a as substdncias organicas que formam seu corpo Em vez da energia luminosa, algumas bactérias encontradas no solo eno fundo do mar usam a ener- gett, gia liberada na oxidagio de aménia e de outros mi- nerais. Esse processo é chamado quimiossintese: aménia “““*, nitrito + energia nitrito “5 nitrato + energia Assim, os seres autotr6ficos sao indispensaveis a qualquer comunidade ecolégica, jé que si0 0s ti cos capazes de transformar compostos inorganicos ‘em compostos organicos que servirao de alimento a todos os outros seres heterotréficos. Dizemos que 05 autotréficos so 0s produtores do ecossistema (ou produtores primarios) Para se alimentar, os animais herbivoros, como © gafanhoto, dependem diretamente dos vegetais; por isso sao chamados consumidores primérios. Eles servem de alimento aos carnivoros, que sao 0s con- sumidores secundirios, como 0 sapo, que se alimen- ta do gafanhoto. 0 sapo, por sua ver, pode servir de alimento para uma serpente. A serpente, neste caso, um consumidor tercidtio (Figura 141. Cada etapa da cadeia alimentar 6 chamada nivel tréfico (do grego trophé = nutricao). As plantas ocu- pam o nivel tréfico dos produtores; os animais her- bivoros ocupam o nivel tréfico dos consumidores primérios; e assim por diante. Figura 14.1 Exemplo de cadea alimentar. As setasindicam que atransferncia do alimento eda energia acorredo produtor para os consumidores. Comprimento médio dos organisms: capi: 40 cm a 100 cm: gafanhoto: 1 cm a8 cr; Sapo: 14 cm a 18 crm; serpente, 3m 5m. cageinse saimenes OM) >= @ Por que essa energia é to importante ndo sé para as plantas, mas para todo o ecossistema? @ Oque acontece com as plantas e os animais quando eles morrem? Decompositores Uma parte da matéria organica proveniente dos alimentos é quebrada e oxidada no corpo dos seres vivos para obtencao da energia necessaria as suas atividades. Nesse processo sao formados e liberados para o ambiente gas carbénico e agua (no caso da respiracao celular aerdbia) ou outros produtos, como o Acido latico e o éleool etlico (no caso da fermentacao). A respiracao celular e a fer mentacao foram estudadas com mais detalhes no Volume 1 desta colecao. Outra parte da matéria organica ingerida é usada na construcio do corpo do organismo: crescimento, reposicao das partes gastas ou aumento do peso Bactérias, fungos e outros decompositores transformam a matéria orgdnica em substincias minerais que seraoutizadas pela plantas na otossintese. (0s elementos do figurando esto na mesma escala;cores fantasia) Giscarbinico cpa Decompostores| ‘fanges) Essa parte, que forma o corpo do organismo, & devolvida ao ambiente apés sua morte. Isso ocorre, principalmente, por meio da acdo de fungos e bac ‘térias que vivem no solo e na égua. Chamados de- compositores, esses seres quiebram e oxidam excre~ tas e restos organicos de plantas e animais mortos para obter a energia e as substncias necessérias a0 funcionamento de seu organismo (1 ). Os residuos desse proceso sao, entre outras substan- cias, gis carbénico, agua e aménia Como as substncias minerais produzidas pela decomposigio podem ser utilizadas novamente pe- los outros seres vivos, podemos compreender o papel fundamental dos decompositores ao promover a reciclagem da matéria organica. Deceestres (bactras (2) Teia alimentar Muitos animais tém alimentacaovariada, e outros servem de alimentoa mais de uma espécie. Ha também animais que, por se alimentarem de vegetais e de ani- mais, podem ser consumidores primarios, secundarios oui terciarios. Sao 0s animais onivoros (do latim omni= tudo; vorare = devorar), come o ser humano, Portanto, em uma comunidade hi cadeias interligadas, que for- mam uma rede ou teia alimentar (figura 143) Nas teias alimentares, certos animais podem ser, fempo, consumidores primarios, secunda- rios, ete, dependendo da c a0 mesm dia alimentar seleciona- da. Veja, por exemplo, ocaso do gavido-real da figura 143. Quando ele come uma arara que se alimenta de Figura 14.3 Esquema de ela alimentar em uma regi defloresta, Comprimento aproximado dos ma Vc, fora a causa; capivara animas:preguic: 45 cm a 86 cm; arara: 80 cm a 90 cm; rato: frutas, el ra, nesse caso, é um consumidor primario. Mas, quan- do come uma jiboia que comeu um rato, ele é um consumidor terciério, pois a jiboia é um consumidor secundério e o rato, um consumidor primério. As diferentes rela tabelecem um delicado equilibrio ecolégic a eliminacao de alguns organismos pode prejudicar varios outros seres vivos. Imagine, por exemplo, que ontimero de oncas de uma das cadeias que compdem ateia alimentar representada abaixo diminuisse dra: ticamente. Isso faria com que o nimero de capivaras aumentasse, consequentemente, o numero de plan- tas diminuiria, o que seria prejudicial para todos os organismos desse ecossistema. 6 um consumidor secundério, jf que a ara- s entre esses seres vivos es- no qual Fungose preguica bectérias séo decompasitorese,portanto, recebem materia orgénice de todos os seres Vivos da tela (Os elementos da figura nio esta na mesma esc ores fantasia) oe) oe Wer Cn aa re = wee or ee4 bactéras evstias espécies de fungos ron r fungos ins; Nos ecossistemas terrestres, os principais pro- dutores sao os vegetais, Nos aquaticos (rios, mares, lagos, etc), so as algas microscépicas, que for- mam 0 fitoplancton (do grego phyton = planta; plagkton = 0 que vaga), nome dado ao conjunto de seres autotréficos que flutuam livremente na gua. As algas servem de alimento para 0 z00- plancton (do grego zoon = animal), que 6 0 con- Junto de seres heterotréficos que também flutuam has Aguas, como protozoarios, pequenos inverte- brados e larvas de varios animais Fluxo de energia e ciclo da matéria no ecossistema Da energia luminosa que chega a um ecossiste- ma, pouco mais de 1% é utilizado na fotossintese, mas isso jé é o suficiente para gerar de 150 bilhdes a 200 bilhdes de toneladas de matéria orgdnica por ano. Boa parte desses compostos orginicos é con- sumida na respiracao da prdpria planta e eliminada como gas carbénico e agua. Desse modo, a planta obtém a energia necessaria para seu metabolism. Parte dessa energia é liberada na forma de calor eo restante da matéria organica passa a fazer parte do compo do organismo (raizes, caules e folhas, no caso dos vegetais superiores). Amatéria organica e a energia que ficaram reti- das nos autotréficos compaem oalimento disponivel para os consumidores. Uma parte das substdncias ingeridas por um animal é eliminada nas fezes ena urina, Outra parte é oxidada pela respiragao para a producao da energia necessaria ao movimento e as outras atividades do organismo. € hd ainda uma par- te que passa a fazer parte do corpo (crescimento reposicao de tecidos); esta é a parte que fica dispo- nivel ao nivel tréfico seguinte (figura 14.4) energie procuteres ’ seston nocape Sofesaemcom 35% Figura 14.4 Gafanhotos comendo folha. Apenas ura parte da energiae de matéria orgénice consumida permanece a cadeia para onlveltrfico seguinte orestante€eliminado nas fezes, epelarespiracdo celular. (0 comprimento cos gafanhotos varia ermtomo de cma 8 cm, dependendo da espécie) Esses processos se repetem em todos os niveis, da cadeia alimentar, Parte da matéria e da energia do alimento nao passa para o nivel tréfico seguinte e sai da cadeia na forma de fezes, urina, gas carbd- nico, agua e calor. Em média, apenas 10% da energia de um nivel tréfico passa para o nivel seguinte (Figura 14.5). Mas essa porcentagem pode variar entre 2% e 40%, de- pendendo das espécies da cadeia e do ecossistema em que se encontram. Como vimos, 5 residuos de cada nivel tréfico so disponibilizados para a cadeia alimentar pela acdo dos decompositores, sendo utilizados mais uma vez pelos produtores. Assim, podemos dizer que a matéria de um ecossistema esta em perma- nente reciclagem. No entanto, parte da energia & transformada em trabalho celular ou sai do corpo do organismo na forma de calor —e esta é uma forma de energia que nao pode ser usada na fotos- sintese. Por isso, o ecossistema precisa, constante- mente, receber energia de fora e ha um fluxo uni- direcional de energia, que vai dos produtores para 05 consumidores. onsumidores Yes es decompostores priririos Figura 14.5 Aquantidade de matéria ede energia disponiveis de um nivel para outro diminui ao longo da cadeiaalimentar (05 elementos da figura nda estio na mesma escala; cores fantasia) Capitulo Produtividade dos ecossistemas Aquantidade de matéria organica produzida pelas plantas de um ecossistema em certo intervalo de tem- poe por determinada area ou determinado volume é chamada produtividade primaria bruta (PPB). Se des- contarmos a parte consumida pela propria planta na respiraco (R), sobra a chamada produtividade prima- ria liquida (PPL): PPB—R = PPL. A produtividade pode Ser expressa em gramas ou quilogramas de matéria organica seca por metro quadrado por ano (ou por dia). Ela pode ser expressa também em funcao da energia absorvida ou transferida para determinado nivel da cadeia e expressa em quilocalorias por metro quadrado por ano (ou por dia). @) Piramides ecolégicas E possivel representar os niveis tréficos de uma cadeia alimentar por meio de retangulos superpostos, que formam uma piramide ecol6gica (os decomposi- tores nao sao incluidos nas pirdmides). Ha trés tipos de pirdmide: de ntimero, de biomassa e de energia. Piramide de ndmero A piramide de ntimero indica a quantidade de organismos que ocupam cada nivel tréfico. Veja al- gumas dessas piramides na figura 14.6. Como em cada nivel da cadeia ha perda da energia e da matéria disponiveis, apenas uma pequena fracdo da matéria e da energia chega aos iiltimos niveis. Isso explica porque, em algumas cadeias, o ntimero de seres vivos mantidos por essa energia e por essa ma- téria diminui ao longo dos niveis tréficos. Porexemplo, milhares de pés de capim sustentam centenas de ga- fanhotos, que alimentam apenas dezenas de passaros. No mar, grande ntimero de algas microscépicas ali- Figura 14.6 Pirémice de nimero.Atargura de cada retangulo € proporcional ao ndmero de individuos (por metro quadrado) em cada nivel tréfco (0s organismos iustrados néo estdona mesma escala gafanhotos tim cercadeT cm a8 cm 0 tamanho dos pssaros varia de acordo coma especie; cores fantasia) menta um niimero menor de pequenos crustéceos, que sustentam um ntimero ainda menor de peixes. Em outros casos, como em uma cadeia com pa- rasitas, ocorre o inverso. Basta pensar em uma atvore que sustenta varios pulgdes, que sao parasitados por grande ntimero de protozosrios. Nesse caso, forma-se uma piramide invertida, em que a base é menor que 0 pice (figura 147), Figura 147 Pirémide ecoldgica com aspecto invertdo (0s organismasilustrads nao estio na mesma escala:protozoérias, por exemplo, séo microscépicos; pulgdes tm cerca de 2mm de ‘omprimento;cores fantasia) Hé, ainda, casos em que a base eo dpice da pira: mide ecolégica sao estreitos. Eo que acontece quan- do algumas poucas drvores fornecem alimento su- ficiente para sustentar grande ntimero de insetos € estes sustentam um ntimero menor de passaros (figura 14.8) Figura 14.8 Pirie de nimero com spice ease estretos. (0s organisms lustrados nd estionaresmaescala cores fantasia) Piramide de biomassa A quantidade de matéria organica presente no corpo dos seres vivos de determinado nivel trofico, ‘em determinado momento, é chamada biomassa. As plantas contém 99% da biomassa terrestre. Com fre- _quéncia, ela é expressa em peso seco (para descontar a gua, que nao é matéria organica) por unidade de rea (g/m’, por exemplo) ou de volume (g/m’). Por causa da perda de matéria entre os niveis tr6ficos, em geral a biomassa diminui ao longo de uma cadeia. @ adein even aimentares Veja na figura 14.9 um exemplo de piramide de biomassa, descrito pelo ecologista estadunidense Eugene Odum (1913-2002). Ele calculou que, durante um ano, cerca de 8 toneladas de alfafa sustentam Ttonelada de bezerros e estes alimentam um ado- lescente de 47 kg no mesmo periodo, Figura 14.9 Pirdmide de biomassa.Alargurade cada retangulo indica a quantidade de materia orgénica por hectare, em cada nivel tusfico em determinado momento. (0s organisms ilustrados nda esto na mesma escala; cores fantasia) Como nao considera a passagem do tempo, em algumas situagSes essa piramide também pode apre- sentar aspecto invertido. Por exemplo, em dado mo- mento, a biomassa de algas microscépicas (fitopline ton) pode ser menor que a de consumidores primarios (Zooplincton) (figura 14.10). Isso ocorre porque a medi¢ao da biomassa nao considera a taxa de reno- vagio da matéria organica, Se considerarmos um periodo de tempo, veremos que, ao longo de um ano, por exemplo, a quantidade média de zooplancton foi menor que a de fitoplancton, cuja velocidade de reproducao permite uma rapida renovacao. ftoplineton eplincton Tew a Toopncton (20 gf) cto agin) @vV Figura 14.10 Observe no grfico cue, entre meados de mao julho, ‘biomassa de zooplancton era maior que ade fitplancton, 552 inversio ocorre por causa de mudancas na temperatura, na intensidade luminosa e nos nutrentes 20 tango das estacdes do ano, {0s elementos da figura nao esti na mesma escala:fitoplanctone ~2opléncton sio microscdpics: cores fantasia). Capitulo Piramide de energia Nesse caso, representamos em cada nivel tré- fico a quantidade de energia acumulada por unida- de de area ou de volume e por unidade de tempo (kcal/m?/ano ou kcal/m*/ano). Como considera 0 fator tempo, a piramide de energia indica a produ- tividade de um ecossistema, e, por isso, nunca fica invertida (figura 14.) Censumigores secundicies okcalni/ao) Looe onsuridoes pines (S30 caVnr/an) Foplnetan: procutres (36380 ka/n/are) Figura 14.7 €xemplo de pirdmide de energia em um ago. (Os elementos dafiguranao estao na mesma escala:toplincton ezooplncton séo microscépicos; cores fantasia) (4) Poluicao e desequilibrio nas cadeias alimentares Poluigio é uma alteragao no ambiente provoca- da pelo acréscimo de produtos que ameacem a sati- de oua sobrevivencia de seres humanos ou de outros seres vivos. Como acabamos de ver, toda espécie faz parte de uma teia alimentare sua extingao pode provocar desequilibrios ecolégicos e até mesmo o desapare- cimento de outras espécies, Se passaros, aranhas ¢ outros animais que comem insetos herbivoros forem eliminados, por exemplo, esses insetos poderao se multiplicar e destruir plantagées. Para combater insetos e outros organismos que se alimentam de plantas, é comum 0 uso de agroté- xicos, também chamados pesticidas ou defensivos agricolas. Contra insetos, por exemplo, usam-se inse- ticidas; contra fungos, fungicidas; e assim por diante ‘Muitos inseticidas nao sao especificos e afetam tam- bém outros organismos. Além de destruirem os inse- tos perniciosos, afetam aqueles que transportam o pélen (e slo, portanto, essenciais para a reproducao. Biologia e ambiente J.) de certas plantas) e diversos outros que se alimentam das espécies perniciosas. Além disso, como vimos no inicio deste volume, é possivel que se desenvolva uma geracao de insetos resistentes ao veneno. Livres de seus inimigos naturais, esses insetos poderio se pro- liferar mais rapidamente. Magnificagao tréfica Amatéria organica presente no esgoto doméstico pode ser decomposta por microrganismos, como as bactérias. Dizemos que ela € biodegradavel (do grego bios = vida; do latim de = retirada, gradus = grau). Um dos problemas ambientais mais sérios é 0 actimulo de substancias téxicas no ambiente. Mui- tos desses produtos nao podem ser decompostos pelas bactérias e pelos fungos, e sio chamados nao biodegradaveis. Ou entao, eles demoram dezenas ‘ou centenas de anos para se decompor, sendo, por isso, também chamados poluentes persistentes ou conservativos. Muitos desses poluentes, uma vez absorvidos por um organismo, demoram muito tempo para se- rem eliminados e se acumulam até atingir concen- ‘tragées muito nocivas, podendo provocar doencas e até a morte, € 0 caso de metais como o merctirio e ‘© chumbo, ou mesmo de substdncias organicas (em eral sintéticas), como 0 inseticida DDT (letras tiradas do nome diclorodifenittricloroetano). Por causa da redugao da biomassa na passagem de um nivel tréfico para outro, a concentracao do produto téxico aumenta nos organistnos ao longo da cadeia alimentar, e os organismos dos tiltimos niveis tréficos acabam absorvendo doses altas des- sas substancias prejudiciais 8 satide. Esse fendmeno é conhecido como magnificacao trofica, biomagni ficacéo ou amplificacao biolégica Um caso tragico de intoxicacao por merctirio. ‘ocorreu no Japao, quando uma indistria, instalada ‘em 1932, comecou a despejar merctirio nas aguas da baia de Minamata. merctirio foi transformado por bactérias em um composto organico chamado me- tilmerciitio. © metilmerctirio foi absorvido pelo plancton e, através da cadeia alimentar, atingiu os peixes e moluscos, que serviam de alimento para a populacao local Por volta de 1950, comecaram a aparecer os pro- blemas decorrentes do depésito de merciirio no sis- tema nervoso, no figado enos rins, causando a mor- te de cerca de mil pessoas, no desastre que ficou conhecido como doenga de Minamata O perigo do merctirio Em certas regides do Brasil, principal mente na Amazénia, os garimpeiros usam 0 mercirio para separar 0 ouro das impurezas (figura 14.12) (essa é uma técnica de separacao de misturas estudada em Quimica). Eles misturam esses dois metais para formar uma liga, o amélgama. ‘Aquecendo-a, 0 merciirio é vaporizado e resta © ouro puro, Nesse processo, o garimpeiro pode se contaminar ao inalar os vapores téxicos do merctirio. Além disso, parte desse metal conta- mina 0 solo e as 4guas na forma de metilmer- ciirio (@ met é 0 radical -CH,, estudado em Quimica organica), que é ingerido por peixes ¢ outros animais silvestres. Por isso 6 necessario investir em projetos de monitaramento da concentragao local de mercério, usar equipamentos para recuperar 0 mercirio vaporizado, evitar que o merctirio es- cape no ambiente e descartar os residuos em depésitos autorizados. € preciso também con: cientizar os garimpeiros sobre o assunto, além de estimular 0 uso de luvas e a realizacao pe- riddica de exames médicos Figura 14.12 Monumenta 20 Garimpeico na pracado Centro Civico em Boa Vista, RR. Foto de 2014 cageinse asaimeses_ (HB) jades J. Em seu caderno, classitique os organismos abaixo de acordo com sua posi¢ao na teia. lembre-se de que alguns seres podem ter mais de uma classificagao. safemoto ———> agate ae opine coelha $F vito ™S to —S serente 2. Veja uma das cadeias alimentares do ambiente polar: fitoplancton > zooplancton —> peixes > >focas — ursos-polares Sabendo que houve contaminacao desse ambien- te por um poluente nao biodegradavel, responda com o tempo, espera-se que a maior concentracao do poluente acabe sendo encontrada em qual dos componentes da cadeia? Justifique sua resposta 3. Quando serhumano come arroz quetipa de con- sumidor ele esti representandomna cadeia alimen- tar E quando come um bife de carne de boi? 4. Vocé aprendeu que a quantidade de energia dimi- hii 20 longo da cadeia, pois parte cessa energia se perde ma forma de calor. Explique, entio, por que 2 energia de um ecossistema no acaba 5. Umagricultor utilizou um agrotéxico persistente pa- ra eliminar insetos que atacavam sua plantacao de algodao. Como vocé explica a presenca desse agro- t6xicono organismo de algumas espécies de aves, a {que essas aves nao comem plantas de algodao? 6. (UFP3) A cadeia alimentar a seguir € encontrada em um determinado lago: algas—> microcrustceos — besouros aquaticos Supondo que o lago sejautiizado como criadouro de peixes e que estes se alimentem dos besouros, a populacio de algas pode ser prejudicada? Justi- fique sua resposta 7. (Fuvest-SP} homem estars ocupando o nivel tré- fico em que ha maior aproveitamento de energia fixada pelos produtores quando escolher como cardapio: 4) came com creme de leite b) peixe com camarao. 6 frango com toucinho. x d) pao com geleia de frutas €) ovos com queijo. (Unicamp-SP) A figura abaixo representa relacdes cexistentes entre organismos vivos 2) O que é representado na figura? Que tipo de organismo € representado por X? ) Qual seria a consequéncia do desaparecimento das aves mostradas na figura acima? Qual seria a consequéncia do desaparecimento das plantas mostradas na figura acima? (Vunesp-SP) A tabela mostra um exemplo de trans- feréncia de energia em um ecossistema, do qual se considerou uma cadeia alimentar de predadores. uanticade otal | disponivel assim mle | raorives| Dierenga ismes | ae seguintes rredstores | 21000 | 9000 | 2000 Censumidres | ny999 | 800 | 6200 prmiroe Sonsumidores | 3509 | 1500 | 2000 Censumideres| sop | 99 | a00 Baseando-se nos dados da tabela, responda: 3) Aque corresponde a quantidade ce energia dis- ctiminada na coluna Diferenca? b) Dificilmente essa cadeia alimentary, cujo fluxo de energia esté representado na tabela, apre- sentard consumidores quaternarios. Por qué? om 10. (Ufal) O mercirio é um metal pesado que, acima de determinadas concentragdes, €téxico 20 siste- ma nervoso central. Em regides de garimpo de ou- fo na Amaz6nia, o mercario entra nas cadeias all ‘mentares dos peixes.Atabela abaixo apresenta os habitos allmentares dos peixes da regia ‘tucunaré pexe,camario ‘aire eine pacu ruts, plantas piaba frutas,inseto Qual deles é mais aconselhado paraa alimentacao humana? Justifique sua resposta Tl. (Unitesp) As piramides ecolégicas sao utilizadas para representar os diferentes niveis troficos de ‘um ecossistema e podem ser detrés tipos: ntimero de individuos, biomassa ou energia. Elas sao lidas de baixo para cima e o tamanho dos retangulos € proporcional & quantidade que expressam, Considere uma piramide coma seguinte estrutura: a) Que tipo de pirdmide, entre os trés tipos citados nottexto, nao poderia serrepresentada por essa estrutura? Por qué? ) D8 um exemplo de uma pirdmide que pode ser representada pela estrutura indicada, Substitua 1,2.€3 por dados quantitativos e qualitativos que justfiquem essa estrutura de piramide. ‘2. (UFC-CE) Em um pequeno experiment, um estur dante montou algumas hortas contendo terra, fo- Inas secas e madeira morta. Nestes locais ele plan- tou varias hortalicas. Com o passar do tempo, 0 estudante percebeu que pequenos cogumelos apa- reciam na madeira morta e nas folhas secas que estavam depositadas no chao. Temendo que isso pudesse matar as plantas, ele adicionou fungicida nna horta matando apenas os fungos. Ao fazer isso, que consequéncia ocorrers para as hortalicas? a) A quantidade de herbivoros que se alimentam das hortalicas aumentara. Xb) A disponibilidade de nutrientes para as hortali- «as sera menor. ©) Aumidade do solo onde as hortalicas ocorrem reduzira 4) As folhas das hortaligas crescerdo mais rapida- mente. €) As hortalicas adquiririo resistancia a fungos. 3, (Unirio-Rd) As pirdmides ecolégicas podem ser de rndimero, de biomassa ou de energia Observando as pirdmides simplificadas represen- tadas acima, podemos concluir que: a) astrés formas podem representar qualquer tipo de piramide, cependendo apenas das popula- ses consideradas. Xb) somente a pirdmide | pode ser de energia por- que, levando em conta o tempo, sua forma nao pode se apresentar invertida ¢) apiramide il nao pode ser de biomassa porque ocorre grande perda na transferéncia de um Fico para outro ) a pirdmide IM poderia ser uma piramide de nd ‘mero cujos niveis trficos seriam grama /zebras. J carrapatos € oniveltréfico cortespondente aos produtores é representado pelo retangulo de maior area, em quaisquer das trés piramides. vel tr 14, (UFG-GO) Analise o diagrama a seguir. ea “at Taos L perce endo ‘coesho = insetos, planes (zs, hopes fares, frtese semertes Ateia alimentar representada evidencia as relagoes interespecificas de uma comunidade que ocorre tem varios ecossistemas. No caso da retirada dos consumidores secundirios, espera-se inicialmente que a populagao de: a} consumidores primérios diminua, b) consumidores tercirios aumente, xq) produtores diminua, d) consumidores quaternérios aumente. €} decompositores diminua. adein even aimentares 15. (Fuvest-SP) Em relacao ao fluxo de energia na bios- fera, considere que « Arepresenta a energia captada pelos produtores; © B representa a energia liberada (perdida) pelos «© Crepresenta a energia retida (incorporada) pelos Arelacio entre A, 8 e C na biosfera esta represen- tada em a) ACBKC bAcccB o) A=B=C xd) A=BHC Ate=B 16. (Fuvest-SP) Num determinado lago, a quantidade dos organismos do fitoplancton & controlada por tum crustaceo do género Artemia, presente no zooplincton. Gragas a esse equilbrio, a agua per- rmanece transparente, Depois de um ano muito chuvoso, a salinidade do lago dimminuiu, 0 que per mitiu 0 crescimento do ndimero de insetos do gé nero Trichocorixa, predadores de Artemia. Atrans- paréncia da agua do lago diminuiu Considere as afirmacoes: ILA predacio provacou o aumento da populagio dos produtores IIA predagao provocou a diminuigao da populagao dos consumidores secundatios. IIA predacio provocou.a diminuico da populagio dos consumidores primarios Estd comreto 0 que se afirma apenas em a) el tt xd) lel e) ell, uct r id Em grupo, escolham um dos temas para pesquisa a) Pesquisem na internet os nomes ¢ as férmu- las dos principais componentes dos plisticos mais comuns em nosso dia a dia. Expliquem também os problemas ambientais que o des- carte de plisticos pode causare que medidas podem ser tomadas para minimizar esses TT. (UFRN) A tirinha abaixo apresenta um exemplo de cadeia alimentar. we nocaw\] eu St Ecce fiat oa” Arespeito dessa cadeia alimentar, ¢ correto afirmar: a) 0s fluxos de matéria e de energia variam de acordo com o tamanho do consumidor, porisso, quanto maior o tamanho do consumidor, maio- res serio as quantidades de matéria e de energia nele presentes b) As quantidades de matéria e energia presentes em um nivel tréfico sao sempre menores que aquelas presentes no nivel trfico seguinte ) Aenergia ea matéria s0 conservadas ao longo da cadeia alimentar, e seus valores sio equiva- lentes em cada um dos niveis toficos represen- tados. Parte da matéria e parte da energia do alimento saem da cadeia alimentar na forma de fezes, urina, gas carbénico, agua e calor e, porisso, elas sso menores no homem. xd) problemas. Se possivel, pecam auxilio a0 pro- fessor de Quimica ) Pesquisem a histéria e a influéncia social e am- biental da bidloga Rachel Carson (1907-1964) ede seu livro Primavera silenciosa (S30 Paulo: Melho- ramentos, 1964). Se possivel, pecarn oauxilio dos professores de Histéria, Sociologia e Filosofia

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