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o1 6-3 6-4 6-5 6-6 67 69 6-10 11 6-12 6-13 14 6-15 6-16 617 6-18 Falha por fadiga resultante de carregamento variavel Intodugao 4 fadiga em metals 284 ‘Abardagem da falha por fadiga em andlise @ projets 290 Métodos fadigavide 291 © método tenséiovida 291 © método deformagdovida 294 O método da mecénica de fratua linear elisica 296 O limite de enduranga 300 Resisténcia d fadiga 301 Folores modificadores do limite de enduranga 304 Concentragio de tonsao e senstvidade de entalhe 313 Caracterizagio de tensdes flutuantes 318 Ciitério de falha por fadiga para tensdo flutuante 321 Resisténciu & fadigu tuicional sub tensdes fluluanies 333, Combinagéo de modos de carregamento 335 Tensées flutuantes variévels; dano cumulative por fadiga 339 Resiséncio & fadiga de superficie 948 Mélodos eslocésticos 940 Guia de procedimentos e equagées importantes de projeto para o méiodo fensdovida 362 283 284 nos de Shigley: projet engenhotio mecSnico No Capitulo 5 consideramos a anilise ¢ o projeto de pegas sujeitas a carregamento estitico. (O comportamento de pegas de méquina é inteiramente diferente quando esto sujeitas a car- regamento variando no tempo. Neste capitulo examinaremos como as pecas falham sob cartegamento variével e como dimensiond-las para resistir com sucesso a tais condigbes. Introducdo & fadiga em metais Na maioria dos ensaios das propriedades dos materiais que se relacionam ao diagrama ten- siio-deformago, a carga ¢ aplicada gradualmente, para dar tempo suficiente para a deforma- ‘io se desenvolver plenamente. Akém disso, 0 espécime & experimentado até a destruigl, ¢ assim as tensdes so aplicadas somente uma ver. Ensaio desse género é aplicavel, a0 que conhecemos como condicdes estaticas; tais condigdes aproximam-se estritamente das con- ddigdes reais &s quais muitos membros estruturais e de maquina esto sujeitos. Frequentemente aparece, contudo, a condigo em que as tenses variam com o tempo ou ffumam entre diferentes niveis. Por exemplo, uma fibra particular na superficie de um exo rodlando, sujeita & ago de cargas de flexo, passa por ambos, tragdo € compressio, em cada revolugio do eixo. Se o eixo é parte de um motor elétrico rodando a 1725 rev/min, a fibra é tensionada em tragao e compressio 1725 vezes a cada minuto, Se, além disso, 0 exo é tam- bim carregado axialmente (como seria, por exemplo, por uma engrenagem helicoidal ou sem fim), uma componente axial da tensio é superposta & componente de flexdo, Nesse caso, alguma tensfo sempre esté presente em qualquer fibra, mas agora o nivel de tensfo é flutuan- te, Bsses e outros géneros de cartegamento ocorrendo em membros de maquina produzem tensdes que so chamadas tenses varidveis, repetidas, alfernantes ou flutuantes Frequentemente se descobre que membros de maquina falharam sob a ago de tenses repetidas ou flutuantes, todavia a analise mais cuidadosa revela que as tenses reais maxi- ‘mas estavam bem abaixo da resisténcia iiltima do material, e muito frequentemente até abaixo da resisténcia ao escoamento. A caracteristica mais distinguivel dessas falhas é que as tensdes foram repetidas um niimero muito grande de vezes. Dat a falha ser chamada de falha por fadiga. Quando pecas de maquina falham estaticamente, de modo geral elas desenvolvern uma deflexdo muito grande, porque a tens excedeu a resistencia a0 escoamento e a pega é tro- cada antes que a fratura realmente ocorra. Assim, muitas falhas estiticas dio aviso visivel antecipadamente. Mas a falha por fadiga nfo dé aviso! Ela é stbitae total e, portanto, perigo- sa. E relativamente simples prever uma falha estética, porque nosso conhecimento é amplo. Fadiga é um fendmeno muito mais complicado, apenas parcialmente entendido, e o enge- nnheiro, para estar apto, deve adquirir 0 maximo possivel de conhecimenta sobre 0 assunto, ‘Uma fatha por fadiga tem uma aparéneia similar a uma fratura frégil, uma vez que as superficies de fratura so planas © perpendicularcs ao eixo de tenso, com a auséncia de estricgdo. As caracteristicas de fratura de uma falha por fadiga, contudo, sdo bem diferentes das de uma fratura frdgil estitica, surgindo de ués estégios de desenvolvimento, Estigio 7 € a iniciago de uma ou mais microtrincas, devido & deformaco plastica ciclica seguida de ropagacto cristalografica que se estende dots a cinco gra0s em relagdo & orlgem. Trineas do estigio I normalmente nao sdo discemfveis a olho nu. O estégio I! (a fratura) progride dde microtrineas a macrotrincas, formando superticies de fratura tal qual platos paralelos, separados por sulcos paralelos. Os platds geralmente so lisos e normais na diregao de ‘maxima tensdo de tragao. Essas superficies podem ter bandas onduladas escuras ¢ claras, conhecidas como marcas de praia ou marcas de concha de ostra, como visto na Figura 6-1, Durante o carregamento ciclico, essas superficies fissuradas abrem ¢ fecham, rogando ‘umas nas outras, a aparéncia das marcas de praia dependem das mudangas no nivel ¢ na frequéncia do carregamento e da natureza corrosiva do meio. O estiigio III ocorre no ciclo Figura 6-1 Folha po fadiga de um patchso de pore em razdo Ge fxd uniecionl repetida, A flo comecu no ‘ot da rosea om A propagouce ao longo da trator pane da sco tansiereal como evdencado peas marcas de praia em 8 tes da eka pido fo em. {Cetus ob ASI Halak vol. 12: Fracography, ASMA Inweatona. Moi Pork (0H 440730002, gua 50, p. 120. Reinpresta com pemssao da Asta Invracional®, wew.cemineratona og) Felha por fodiga resuhante de coregaments vorével | 288 ‘de tensio final quando o material remanescente nfo consegue suportar as cargas,resultando ‘em uma fratura répida e repentina. Uma falha de estégio IIL pode ser frégil, dictil ou un ‘combinagdo de ambas. Com bastante frequéncia as marcas de praia, acaso existentes, © possfveis padrdes na fratura de estigio III, chamadas linhas de insignia (em V), apontam para as origens das tincas iniciais. Hii uma grande quantidade de coisas a ser aprendidas com base nos padres de fratura de ‘uma falha por fadiga.' A Figura 6-2 mostra representagbes de superficies de falha de varias geometrias de pegas sob diferentes condigdes de carga e nfveis de concentracao de tensio. Ob- serve que, no caso de flexio rotacional, até a direcio de rotaco influencia o padtio de falha, A falha por fadiga deve-se & formacdo de trinca e propagacdo. Uma trinca por fadiga se iniciard, geralmente, em uma descontinuidade no material em que a tensio ciclica é um. méximo, Descontinuidades podem surgir em razo de: + Desenho de mudangas répidas na seco transversal, chavetas,furos ete. em que concen- ‘tragoes de tensio ocorrem, como fot discutido nas Segdes 3-13 © 5-2. + Elementos que rolam e/ou deslizam uns contra outros (mancais, engrenagens, camos etc.) sob altas presses de contato, desenvolvendo tenses concentradas de contato sub- superticiais (Segdo 3-19) que podem causar formagao de cavidades superficiais ou las- ‘camento depois de varios ciclos de carga. + Descuido com a localizaco de marcas de identificagdo. marcas de ferramentas,riscos € rebarbas; projeto de juntas malfeito; montagem inadequada e outras falhas de fabricago. + Composigdo do proprio material, processado por rolamento, forja, fundigdo, extrusio, est ‘amento,tratamento térmico etc. Descontinuidades superficiais e subsuperticiai, microscé- pPicas © submicroseépicas aparceem, tais como inclusbes de material estranho, seeregagio de liga, vazios, particulas precipitadas duras e descontinuidades do cristal \Virias condigdes que podem acelerar o inicio de trincas incluem tensdes residuais de tra- ‘cdo, temperaturas elevadas, ciclagem térmica, meio corrosivo ¢ ciclagem de alta frequéncia, A raziio c a diego de propagaco por trinca de fadiga so controladas, primeiramen- te, por tensbes localizadas e pela estrutura do material na trina. Contudo, assim como com a formacio de trinca, outros fatores podem exercer uma influéncia significativa, tais, "Nee ASM Handbook, Fracography, Metal Prk "ed. Ohio: ASM Interations, vo. 12, 1987, Be) SO OD ©OOSS60 2>2e® 00899 = Wi Ds SE Ao Hit Sie 10 Figura 6-3 Frat por fodiga de um exo motor de ogo ASI 4320. A flha por fadiga iniciou na extemidade de chavetanos ponies Be progredy ale a uptra final fem C. A.zora de rupura final 6 pequone, iniconde aque os cargas eram baie (Esxraido do ASM, Handbook, vol. 11: Fale Analysis ond Prevention, ‘ASM hnernational, ‘Maris Park, O 1440730002. figura 18. . 117. Roinprosso com permisso da ASM Inierarional®, wre csninerrational of | Figura 6-4 Supotice de fave por fotiga de um pino de ago AS! 8640. Contos vice de orci de gra desencontados proporeonarom concentarbes de lenso que ricirom dos Winene eo liga inert polos seas [Extaide do ASM Handbook, vol. 12: Fraclogrophy, ASM Intemational, Mates Pork, OH 40790002, fgura 520, p. 331. Reimpresso com parmisdo da ASM International ®, ‘ww asmitrnatonal or) 6. Falke por fsiga restore de caregemento vaiével | 287 ‘como 0 meio ambiente, a temperatura e a frequéncia. Como afirmado anteriormente, trin- ‘cas crescertio a0 longo de planos normais a méximas tenses de tracdo. O processo de ‘crescimento de trincas pode ser explicado pela mecinica de fraturas (ver Seco 6-6). Uma fonte especializada de referencia no estudo de falha por fadiga é 0 ASM Metals Handbook de 21 volumes. As Figuras 6-1 a 6-8, reproduzidas com a permissao da ASM International, so apenas uma pequena amostra de exemplos de falhas por fadiga para uma grande variedade de condigdes incluidas no manual. Comparando a Figura 6-3 com a Fi- gura 6-2, vemos que a falha ocorreu em razao de tenses de flexio rotativa, com a direco de rotagio em sentida horirio com relagha A vista, ¢ com uma concenteagi de tensio ‘moderada e tensdo nominal baixa. 288 | Elomonioe de mbavinas de Shgley: projet de engenhoro mecénico Figura 6-5 Supertiie de rata por Fadiga de una bara coneciora foriada de aco Als! 8640. ‘Acatigem da tinea por fodiga ‘0 pa besda esquerda, no linha de rebarbas do foment, mes nuns cspereza incomum de aparas de rebatbas fo indicoda, A ‘inca po adiga progrediv meio caminho oo redor do xo de dleo 3 exquerda, indicado pales marcas de praia, anos ‘ave 0 rte pido fil cecoresie, Observe 0 bio pronunciado de cschomento fata fra na borda ceva {Bxtaido do ASM Handbook, sol 12: Fractogrphy, ASM Intemational, Materials Prk (OH 440730002, figura 523, 1p. 332, Reimpresso com ‘pemmissdo da ASM feral ‘www asmintematonal or) Figura 6-6 Supetcio de hte por fadiga de una bata de pstéo, de diémetio de 200 mm (8 in} do um mortlo de vapor de liga de aco, usad em fori. Este 6 um exemplo de uma flu por fadiga eausade por 1rogdo pura em que concentacées de fensGo superficial eso ausentes ¢ una tinca pode iniciarse em qualquer gar a seco transversal, Nese exemple, a inca inca ormouse em um fragmento de fexjomentoligeitaente obaix do cento, cescev para fora simeticamenl e, ot fim, produit Uma fralura kg sem aviso, (Cosuidl do ABM handbek, wl 12. Taceagply, ASM fnkaend, Mania Pk, 1 440730002, figura 570, p. 342, Roimprosso com permssdo da ASM Ilenational®, www asminermatonalo | 16. Folha par faciga resuhante de coregamentovorével | 289 TasTM ats) Fran Pane ua Baatide eer ‘au ger (Rods cao de ota de coe Fala por fodiga de um roda de reboque de ange dupla, de aco ASTM A186, cavsado por marcas de estampo, [o} Roda de carro feta em fornalha de coque mostando o posigdo de marcas do estompo ¢ frais na alma e nerwra. [6] Marca do eslampo mosando Fa 0002, figura 23, p. 114. sean ga sabe mers ip ea sii oo dda ASM Inematonal®, ro \wow.asmintemaional og | @ 290 6-2 nos de Shigley: projet engenhotio mecSnico Abordagem da falha por fadiga em andlise e projeto Como observado na seco anterior, hé uma grande quantidade de fatores a ser considera dos, mesmo para casos de carga bem simples. Os métodos de anélise de falha por fadiga representam uma combinagao de engenharia e ciéncia. Com frequéncia a ciéncia falha na tarefa de fornccer as respostas completas necessérias, Contudo, 0 avidio deve ainda assim ser construido para voar — com seguranca. E 0 automével deve ser fabricado com uma confiabilidade que assegurari uma vida longa ¢ livre de problemas, © ao mesmo tempo produzir luctos para os acionistas da indistria. Assim, embora a ciéncia nao tenha ainda explicado cabalmente 0 mecanismo completo de falha por fadiga, o engenheiro deve mes- mo assim desenhar coisas que nao falharao, Em certo sentido, esse é um exemplo classico do significado verdadciro da engenharia em contraste com a cincia, Engenheiros usam a igncia para resolver os seus problemas, quando a ciéncia esté disponivel. Porém, dispo- nivel ou nao, o problema deve ser resolvido, ¢ qualquer que seja a forma que a soluga0 adquira sob essas condigdes € chamada de engenharia. Neste capitulo, adotaremos uma abordagem estruturada no projeto contra a falha por fadiga. Assim como no caso de falha estitica, tentaremos relacionar com os resultados de testes feitos em espécimes carregados de modo simples. Contudo, em raza0 da natureza ‘complexa da fadiga, hé muito mais a levar em consideracio. A partir desse ponto procedere- mos de forma met6dica, ¢ em estagios, Numa tentativa de fornecer alguma visio com relagao a0 que se segue neste capitulo, serd dada aqui uma descrigao breve das segdes restantes. Métodos fadiga-vida (Segées 6-3 a 6-6) ‘Trés métodos principais — utilizados em andlise e projeto para predizet quando, se tal ocorrer, um componente de maquina carregado ciclicamente falharé por fadiga num perfodo de tempo — sto apresentados. As premissas de cada procedimento sio bastante diferentes, porém cada uma delas adiciona algo ao nosso conhecimento dos mecanismos associados &fadiga. A aplica- ‘lo, as vantagens e desvantagens de cada método so indicadas. Além da Seco 6-6, apenas um. dos métodos, 0 método tensto-vida, sera seguido visando a aplicagbes adicionais de projet. Resisténcia fadiga e limite de enduranca (Secées 6-7 e 6-8) 0 diagrama resistencia-vida (S-N) prové a resistencia & fadiga S, contra a vida em ciclos N 10° ciclos.. © método tensio-vida, bascado em niveis de tens2o apenas, é 0 procedimento menos acurado, especialmente para aplicagdes de baixa ciclagem. Contudo, é 0 mais tradicio- nal, uma ver. que € 0 mais simples de implementar para uma gama larga de aplicagées de Drojeto, possui hastantes dads cle suporte ¢ representa de forma adequada aplicagies de alta ciclagem. (© método deformago-vida envolve uma anélise mais detalhada da deformagio plés- ica em regides localizadas em que as tensdes ¢ deformagies sto consideradas para esti- iativas de vida, Ele € especialmente bom para aplicagies que euvolvem fadiga de baixo Ciclo. Ao aplicar esse método, varias idealizagies tém de Ser compostas e, portanto, algu- mas incertezas existirio nos resultados. Por essa razsio, seré discutido apenas por causa de seu valor em termos do que adiciona a0 entendimento da natureza da fadiga. (© método da mecanica da fratura considera que uma trinca jé esteja presente e tenha sido detectada, E empregado portanto para predizer o crescimento da trinca em relagdo & intensidade de tensfo, E mais prético quando aplicado a estruturas grandes em conjunc0 com edigos computacionais e um programa de inspe¢ao periédico. O método tensao-vida Para determinar a resisténcia de materiais sob a ago de cargas de fadiga, espécimes so sujeitos a forgas repetidas ou varidveis de magnitudes especificadas enquanto 0s ciclos ou reversdes de tensio sto contados até a destruigo. O dispositivo de ensaio de fadiga mais Figura 6-10 Diagrama SN tagado com base nos resultados de enzaice de fadiga ‘axial completamente ‘evetea, Material: ago UNS G4) 300, notmalizado; 810 MPa; méximo 105 MPa, (Dades da NACA Tech Nota 3866, dezembro 1960) ios de Shigley: projte de engenhoria mecérico amplamente utilizado 6 a méquina de viga rotativa de alta velocidade de R. R. Moore. Essa maquina sujeita 0 espécime & flexio pura (sem cisalhamento transversal) por meio de pe- sos. O espécime, mostrado na Figura 6-9, é cuidadosamente usinado e polido, com um polimento final em uma direcZo axial para evitarriscos circunferenciais. Outras méquinas. de ensaio de fadiga esto disponiveis para aplicacao de tensdes axiais flutuantes ou rever- sas, tensdes torcionais ou tensdes combinadas aos espécimes de ensaio. Para estabelecer a resisténcia fadiga de um material. um nimero grande de testes é necessério por causa da natureza estatistica da fadiga. Para 0 ensaio de viga rotativa, uma cearga de flexi constante & aplicada, e a niimero de revolugies (reversfies de tensiia) da viga requerido até a falha € registrado. O primeiro ensaio é feito com uma tensio algo inferior & resisténcia Gltima do material. O segundo teste é feito com uma tensfio menor {que a utilizada no primeiro teste. O processo é continuado, e 0s resultados so tracados em. um diagrama $-N (Figura 6-10). Esse diagrama pode ser tragado em papel semilog ou em papel log-log. No caso de metais ferrosos e ligas, o grafico toma-se horizontal depois que ‘© material tiver sido tensionado por certo némero de ciclos. Tragando em papel log enfa- tiza-se a flexiio na curva, que pode ni ser aparente se 0s resultados forem tragados usan- dose coordeuadas castesianas, ‘0250 Figura 6-9 Geomeia do espécime de ensoio para 0 maquina de viga rolativa de R.R. Moore. O momento flexor éuriforme ao longo da cura, na porcdo tensionada ao maximo, um teste vido do material, enquanio una kate em qualquer outa pate (nao ne nivel de tensdo mnie) & motivo de sepeia de delete mo jp——“vis sis +1 vig, Resist gs 5. MPa emer ellos de tno, W Figura 6-11 Bandas SN para lgos do hin eptesenaivas exchindo igs Fexjodas com $< 260 MPa (aide de 8c. jal, Enginering Considerations of Stes, Sin and Srengh. Copyrght ©1967 by The McGraw Conpenies, ne Reimpresio com pose) 6. Falke por fasiga restate de coregemento vaiével | 293 Fal aban lle permanese Pico detensoatemantede Nec 5. MPa A ordenada do diagrama S-N & chamada de resisténcia a fadiga S,: uma declaragio desse valor de resisténcia deve sempre ser acompanhada por uma declaragio do nimero de ciclos N para o qual ela corresponde. Em breve aprenderemos que os diagramas S-N podem ser determinados ou para um ‘espécime de ensato ou para um elemento mecanico real. Mesmo quando 0 material do espécl- me de ensaio e 0 do elemento mecéinico forem idénticos, haverd diferengas significativas ‘entre os diagramas de ambos. No caso de agos, ocorre um joelho no grifico,¢ além desse joetho nfo ocorreré falha, no importa quio grande seja o nimero de ciclos. A resisténcia correspondente a0 joelho é chamada de limite de enduranca S.. grafico da Figura 610 nunca se torna horizontal para metais nao ferrosos ou ligas, portanto, esses materiais nao tém um limite de enduran- ‘ca. A Figura 6-11 mostra bandas de espalhamento indicando as curvas S-N para as ligas ais comuns de aluminio, excluindo ligas forjadas com resisténcia abaixo de 260 MPa. Uma vez que o aluminio nao possui um limite de enduranga, normalmente a resisténcia & fadiga S;€ reportada a um mimero especifico de ciclos, em geral V = 5(10*) ciclos de tensfo reversa (ver Tabela A-22). Notamos que um ciclo de testo (W = 1) constitu uma dna aplieaso eremogto de uma carga, © entio outra aplicago e remogo da carga na diregdo oposta. Assim, N significa que a carga ¢ aplicada uma vez.e depois removida, que € 0 caso com um ensaio de tragio simples 0 compo de conhecimento dispontvel de falha por fadiga desde N = 1 até N= 1000 cictos € geralmente classificado como fadiga de baixo cicfo, como indica a Figura 6-10. Fadiga de alto ciclo, estérelacionada com falha correspondente a ciclos de tensdo maiores {que 10? ciclos. ‘Também distinguimos uma regido de vida finita e uma regido de vida infinita na Figu- ra 6-10. A fronteira entre essas regides nao pode ser claramente definida exceto para um. ‘material especifico; mas ela se situa em algum lugar entre 10* e 107 ciclos para agos, como mostra a Figura 6-10. ‘Como notado previamente, ¢ sempre boa prética de engenharia conduzir um programa de ensaio nos materiais a ser empregados no projeto e manufatura. Isso, de fato, & um re~ nfo uma ope%o, para se resgnardar contea a possihilidacle de uma falha por fx ga. Por causa dessa necessidade de ensaio, seria realmente desnecessdrio para nés ios de Shigley: projte de engenhoria mecérico rosseguirmos um pouco mais no estudo de falha por fadiga, exceto por uma razdo im- portante: o desejo de conhecer por que as falhas por fadiga ocorrem, de modo que 0 ‘método mais efetivo ou métodos possam ser usados para melhorar a resistencia @ fadiga. Assim, nosso propésito primordial ao estudarmos fadiga é entender por que falhas ocor- rem, de modo que possamos nos resguardar contra elas da maneira mais vantajosa. Por essa razdo, as abordagens analticas de projeto apresentadas neste livro, ou em qualquer outro ivr, nesse aspecto, no exibem resultados absolutamente precisos. Os resultados devem ser tomados como um guia, como alguma coisa que indica 0 que é € 0 que nao importante ao projetar a falha por fadiza. Como afirmamos anteriormente, 0 método tensfo-vida é o procedimento menos acu- rado, especialmente para aplicagSes de baixa ciclagem. Contudo, é o mais tradicional, ‘com muitos dados disponiveis publicados. Eo de mais fécil implementaco para uma ‘gama ampla de aplicagées de projeto e representa aplicagées de alta ciclagem adequada mente. Por essas razdes, 0 método tensdo-vida serd enfatizado nas segdes que se seguem neste capitulo. Contudo, deve-se tomar cuidado ao utilizé-la em aplicagées que envolvam baixa ciclagem, uma vez que esse método nfo leva em conta © comportamento tensio- deformagio verdadcira quando 0 escoamento localizado ovo 6-5 © método deformacao-vida (0 melhor procedimento jé apresentado para explicar a naturcza da falha por fadiga ¢ cha- mado por alguns de método deformagdo-vida. O procedimento pode ser usado para esti- mar resisténcias & fadiga, mas quando utilizado dessa forma faz-se nevessario compor varias idealizagdes, assim, algumas incertezas existirdo nos resultados. Por essa razao, ele € apresentado aqui somente por causa de seu valor em explicar a natureza da fadiga. ‘Uma falha por fadiga quase sempre comega em uma descontinuidade local, tal qual um entalhe, uma trinca, ou outra érea de concentragdo de tensio. Quando a tenséo na desconti- nuidade excede o limite elistico, ocorre deformacao plastica. Se uma fratura por fadiga esté para acontecer, ld devem existir deformages plasticas cfclicas. Logo necessitaremos inves- tigar o comportamento de materiais sujeitos & deformagao ciclica. Em 1910, Bairstow verificou, por experimento, a teoria de Bauschinger que os limites clisticos do ferro e do ago podem ser mudados. quer para cima, quer para baixo, por va- riagdes ciclicas de tenstio.? Em geral, 0s limites elisticos de agos recozidos devem provavel- ‘mente aumentar quando sujeitos aos ciclos de reverso de tensdo, enquanto agos repuxados a frio exibem um limite eldstico decrescente. R.W, Landgraf investigou 0 comportamento da fadiga de baixos ciclos de um grande nimero de agos de resisténcia muito alta, ¢ durante sua investigacao ele fez. muitos gréficos, de tensio-deformagio ciclieas.” A Figura 6-12 foi construfda para mostrar a aparéncia geral desses grificos para os primeiros poucos ciclos de deformagio ciclica controlada. Nesse aso, a resist n as repetiybes de teusio, 0 que foi evideuciado pelo fato de «que as reversdes ocorrem em niveis de tensio sempre menores. Como previamente notamos, ‘outros matertals podem, pelo contrérto, ser enriJecidos por reverses cfcicas de tensto, O SAE Fatigue Design and Evaluation Steering Committee publicou um relatério em 1975 no qual a vida em reversdes até a falha esté relacionada & amplitude da defor- magio Ae /2.* ja decresce 0 Bairstow. "The Elastic Limitof Ion and Stel under Cye vol 210, Royal Society of London, 1910, p. 35-55, RW. Landgrat. Clie Deformation and Fatigue Behaviov of Hardened Stes. Report n. 320, Deparment of Theor tical and Applied Mechanics, University of Iino, Urbana, 1968, p. #490, * Tectnical Report on Fatigue Properties, SAE 1109, 1975. Variations of Stes", Philosophical Transactions Série Figura 6-12 3 eels de hiorse do tendo verdadero — delomacde verdadeio Imostondo os primelas {enoo overseas de ensoo Seems rtd com nalecimens cleo. Srgitico esa ligewamenle erogerado por dar crece, Note {40 0 inclnaga0 do linha AD ev ncn sasictdade £0 ile da onic 6 Aa, A, 60 mien de deforma plisica © 136,80 merle de delormacao elésica © inion ota do delomacio 6 Ae= Ae, + A, Figura 6-13 Geo laglog mostando como a vida de fadiga se tolacione com a onplivde da delormacsa verdadeia para ago 1020 laminad a quente {Reimpreso com permissao de SAE J1099_20020862002 SAE heroin 6. Falko por fosiga restate de coregamento varivel | 295 ‘Anplittede defrmato, Le? 0 relatério contém um grifico dessa relago para 0 ago SAE 1020 laminado a quente; © grafico foi reproduzido na Figura 6-13. Para explicarmos esse grafico, primeiro definimos ‘0s seguintes termos: + Coeficiente ede ductilidade de fadiga é a deformacio verdadeira correspondente & fratura em uma reversdo (ponto A na Figura 6-12). A linha de deformagao plastica co- ‘meca nesse ponto na Figura 6-13. + Coeficiente oj-de resisténcia a fadiga € a tensio verdadeira correspondente &fratura em, uma reversio (ponto A na Figura 6-12). Note que na Figura 6-13 a linha de deformagiio eléstica comeca em oj/E. + Expuente ¢ de duciilidade de fadiga & a wclinagso Ua link Ue eformayio plistica 1 Figura 6-13 e é a poténcia & qual a vida 2WV deve ser elevada para ser proporcional & amplitude da deformacao plastica verdadetra. Se o nidmero de reversbes de tensto & 2, entdo N’ é 0 nimero de ciclos. ios de Shigley: projte de engenhoria mecérico + Expoente b de resisténcia @ fadiga 6 a inclinago da linha de deformagio elistica, © é a poténcia & qual a vida 2V deve ser elevada para ser proporcional & amplitude da tensio verdadeira, Agora, com base na Figura 6-12, vemos que a deformacio total é a soma das compo- nentes clistica e plistica, Logo, a amplitude da deformago total é metade do intervalo de deformacio total Ae. Bee, bee la A equacio da linha de deformagio plistica na Figura 6-13 & Ae = egany ey A equagao da linha de detormagao elastica & Ae ot Ae Showy (6-2) = Fen) Logo, com base na Equacio (a), temos para a amplitude total de deformaga0 Ae Sans &QNY (6-3) = FON) + ean) que é a relagio de Manson-Coffin entre a vida de fadiga ¢ a deformagio total’ Alguns valores dos coeficientes ¢ expoentes esto listados na Tabela A~21. Muitos mais esto in- cluidos no relat6rio SAB J1099.° Embora a Equacio (6-3) seja perfeitamente legitima para a obtengi da vida de fadi- ‘ga de uma pega quando a deformagao e outras caracteristicas efclicas sao dadas, ela pare- ce ser de pouca utilidade para o desenhador. A questio de como determinar a deformagio total no fundo de um entalhe ou descontinuidade no foi respondida. Nio ha tabelas ou ‘cartas de fatoros de concentrago de deformagio na literatura. E possivel que 08 Fatores de concentracio de deformagao se tomario disponiveis na literatura de pesquisa em breve por causa do aumento no uso de andlise por elemento finito. Além disso, a andlise de cle~ mento finito pode aproximar deformagées que ocorrerio em todos os pontos na estrutura en estude” © método da mecanica de fratura linear elastica A primeira fase do trincamento por fadiga é designada como fadiga de estagio I. Presume- se que 0 deslizamento cristalino, que se estende por diversos gros contiguos, inclusdes € imperfeigBes superticiais, desempenhe um papel. Uma vez que a maior parte disso & invi- ivel a0 observador, dizemos simplesmente que 0 estégio I envolve diversos gros. A se- ‘gunda fase, a de extensfo da trinca, é chamada de fadiga de estagio IL. O avango da trinca (isto €, nova drea de trinca é criada) verdadeiramente produz evidéncia que pode ser ob- servada em micrografias de um microscépio eletrdnico. O crescimento da trinca ocorre de 51, F Taverne: LF Coffin J: “Experimental Support for Generalized Eauation Predicting Low Cycle Fatigue” eS S. Manson. Trans, ASME J. Basi Engincering, vol. 84.0.4, p, 533-537, Ver também LANDGRAF, ii * para aiscussbo adicional sobre 0 método deformagso-vida, ver N.E. Dowling, Mechanical Behavior of Materials, 2° 4, Englewood Cliffs, N, J: Prentice-Hall, 1999, Cap 4 Figura 6-14 do tinea a a patie do fempimenia ii come uma funce da conlagem de cicls para tés intervals de tensdo, [aol > [dala > [ao ‘manera ordenada. A fratura final ocorre durante a fadiga de estégio III, embora a fadiga nao esteja envolvida. Quando a trinca é suficientemente longa, de modo que Ki = K;. para 4 amplitude de tensio envolvida, Ki. € a intensidade eritica de tenso para © metal no danificado, e ocorre falha catastrfica, repentina, da seco transversal restante em sobre- carga de tragio (ver Seco 5-12). A fadiga de estigio III esta associada com a aceleragio rapida do crescimento da trinca, seguido de fratura. Crescimento de trinca Trineas por fadiga nucleiam se e erescem quando as tensées variam, e existe alguma tra gi em cada cielo de tenso, Considere que a tensto estejaflutuando entre os limites in © nays © 0 intervalo de tensbes sejadefinido como Ag = omy —m- Com base na Equacio (5-37), a intensidade de tensio dada por Ki= Bo Fa. Assim, para Aa, 0 intervalo de inteusidade de tensSo por ciclo € AK, ~ Plows ~ Guin) FFa~ BAO fra (6-4) Pata deseuvolver dados de resist ia & fadiga, um mémero de espécimes do mesmo ma- terial é testado em varios niveis de Ac. Trincas nucleiam-se na ou muito préximo a uma superficie livre ou grande descontinuidade. Supondo um comprimento inicial de trinca de 4,, 0 crescimento da trinca como uma fungo do nimero de ciclos de tenso N depender de Aa, isto é, AK. Para AK; abaixo de certo valor limiar (AK;)y, uma trinca nao crescers. A Figura 6-14 representa o comprimento de trinca a como uma funcao de N para trés veis de tenso (Ao)s > (Ao)2 > (Bo)1, em que (AKi)3 > (AKD)2> (AKD). Observe na Figura 6-14 0 efeito do intervalo de tensio mais elevado na produgao de trincas mais longas em. um cOmputo particular de ciclos. ‘Quando a razo de crescimento de trina por ciclo, da/d/N na Figura 6-14, é tragada, como mostra a Figura 6-15, os dados provenientes dos trés niveis de intervalo de tensfio se sobrepdem para produzir uma curva sigmoidal. Os trés estaigios de desenvolvimento de trin- ca sto observaveis, ¢ os dados do estigio II sio lineares em coordenadas log-log, dentro do dominio de validade da mecénica de fratura linear eléstica (LEFM). Um grupo de curvas similares pode ser gerado alterando-se a razao de tenso R = nin/ max 40 experimento, Aqui apresentamos um procedimento simplificado para estimar a vida remanes- cente de uma pega ciclicamente tensionada, apés a descoberta de uma trinca, Isso requer Figura 6-15 Qvondo do/AN & medio na Fgura 6-14 e hagado em coordenadas lglg, © dodos para intevalos Serenes de tonsa se sxperpoen, dando gem uma cone egmoisal come ests mostado [aK] 16 vole iar de [aK Sbaivo do qual una tinea 10 eesce. Dese liar Ge 8 pine, ons lige lumina gosors 857-90% da vide na regio | S%8% na eg © 1%2% no regio Ih Tabela 6-1 Valores conservatives do fator Ce do expoente m na Equacdo [6-5], pare waias formas de aco =O). engenhorio mecdnico Log A ‘Acos Fetticospeilticas 6.89110" 3,00 Acos mattensiices 1,36{107) 2,25 soe inoxidésis oustenticos ——_$,61(10"!2) 3,25 De Bosom. Rle, Fe and ect Catal in Stores, 2, Up Sal is, Nene, 187, 286291, pit AST tac Reins com emis 4 Suposicdo de que condigdes de detormagdo plana prevalegam." Supondo que uma trinca seja descoberta no inicio do estigio II, 0 crescimento da trinca na regido II da Figura 6-15 pode ser aproximado pela equagdo de Paris, da seguinte forma c(aKiy" ta) «em que Ce m so constantes empfricas do material e AK; é dado pela Equagao (64). Va- lores representativos, porém conservativos, de C e para varias classes de agos slo listados na Tabela 6-1. Substituindo a Equacao (6-4) ¢ integrando, obtemos f aN= Ny ef Gace (68) Aqui a; € 0 comprimento inicial da trinca, ayé 0 comprimento final da trinca, comrespon- dente & falha, ¢ N;é 0 mimero estimado de cielos para produzir uma falha apés a trinea jal ser formada. Note que f pode mudar na variavel de integracao (ver Figuras 5-25 até 5 30). 5 Referencias ecomendads: Dowling op cit JA. Clin, Filureof Matra in Mechanica Design, Nova York Jot Wiey 4 Sone 1981: HO, Pach RI. Stephens Meal Fate in Raginering. Nova York nb Wiley & Sons, 1980;¢ .S, Reemsnyde, Constant Ampitude Fatigue Life Assessment Models. SAE Trans, #20688, va. Is nov. 1983 EXEMPLO 6-1 Figura 6-16 Solugdo Caso isso ocorra, Reemsnyder” sugere 0 uso de integrago numérica empregando 0 algoritmo ba, = CAK PON), ayes = a+ Bay Nya = Nj+ 4N, (6-7) y= YN, Aqui daj¢ 61; sto incrementos do comprimento de trinca ¢ do niimero de ciclos. O proce- dimento é selecionar um valor de 6N, utilizando a, determinar Be computar AKi, determi- nar 5a;, entao, encontrar 0 proximo valor de a. Kepetir 0 procedimento até que a= ay. 0 proximo exemplo é bastante simplificado, com B constante a fim de fornecer algum entendimento do procedimento. Normalmente, utilizam-se programas de computador de crescimento de trinca por fadiga, tais como o NASA/FLAGRO 2.0, com modelos teéricos ‘mais completos para resolver esses problemas. “op. ci. A barra mostrada na Figura 6-16 esté sujeita a um momento repetido 0 ar = Assim a /hvara de quase zero até aproximadamente 0,2. Com base na Figura 5-27, para ‘esse intervalo Bé quase constante em aproximadamente 1,05. Suponhamos que seja assim reavaiaremos ay como 1(_i_y «v= 5 (ramos) = entem Assim, na Equagto (6-6), a vida estimada restante & 1 da 1 re da af BBo fra” 14x10 Jocoor 11.05(937.5) Jara 64,8(10") ciclos 67 Olimite de enduranca {A determinagio dos limites de resisténcia por ensaios de enduranga pres na, embora seja um processo longo. Geralmente, o ensaio de tensdio preferido ao ensaio de sdeformagao para limites de enduranga, Para projeto preliminar e de protétipo, bem como para alguma anélise de falha, € ne- cessério um método rapido de estimativa dos limites de enduranga. Existem grandes quan- tidades de dados na literatura sobre os resultados de ensaios de vigas rotativas e ensaios de ‘tracao simples de espécimes tomados da mesma barra ou lingote. Tragando-se esses dados como na Figura 6-17, € possivel ver se existe alguma correlagio entre os dois conjuntos de resultados. O grafico parece sugerir que o limite de enduranca varia entre cerca de 40% 8.60% da resistencia de tragto para agos até cerca de 1450 MPa. Comegando em cerca de Su = 1450 MPa, 0 espalhamento parece aumentar, mas a tendéncia parece nivelar-se, ‘como sugere a linha horizontal tracejada em S; = 724 MPa. Desejamos apresentar agora um método para estimar limites de resistencia & enduranga. Observe que estimativas obtidas a partir de quantidades de dados conseguidos de diversas fontes provavelmente tm um grande espalhamento e podem desviar-se significantemente dos resultados de testes reais de laborat6rio das propriedades mecinicas de espécimes obtidos por meio de especificagbes estritas de ordens de compra. Uma vez que a drea de incertezas € maior, uma compensaco deve ser feita empregando-se fatores de projet maiores que aqueles que seriam utilizados para 0 projeto estitico, Para acos, simplificando nossa observaco da Figura 6-17, calculamos o limite de enduranga em atemente € roti- 0.55 Su S 1400 MPa Ss (6-8) 700 MPa S,, > 1400 MPa em que Sw é a resistencia de trago minima, © sfmbolo de apéstrofo em S, nessa equagao refere-se ao espécime de viga rotativa, Desejamos reservar 0 simboto S., sem 0 apéstrofo, para o limite de enduranga de qualquer elemento particular de maquina submetido a qual- quer tipo de carregamento, Em breve aprenderemos que ambas as resistencias podem ser bastante distintas. 6-8 6. Mo Restos detagio $,.MPa Figura 6-17 iético dos limites de enduranca versus resséncias de tracdo de resuhados de ensoios vewdodeios pra um gronde nimero de feos foviadose acos, Rozbes de S,/ Sy de 0,60, 0,50 ¢ 0,40 s80 !mostodas pels linbossdlidase racejadas. Note também a linha horizontal racejada para '5,=735 MPa, Pontos mosrados com uma resistencia de tagao maw que 1470 MPa tm um Ime de enduranca médio de S, = 735 MPa © um desviepadrdo de 95 MPa. (Colejado com base em dados campilades por Grover H.J; Gorden, §. A. Jackson, LB. om Fatigue of Metal and Suche, Bureau of Navel Weapons Document NAVWEPS 00-25:534, 1960; de Fabgue Design Handbook, SAE, 1968, p. 42) {Agos tratados para produzir microestruturas diferentes tém razbes 5, /Sq diferentes. Parece que microestruturas mais ites tém uma raz3o mais clevada. Martensita tem uma natureza muito frigil e é altamente suscetivel a trincamento induzido por enduranga; as- ‘sim a razéio é baixa. Quando projetos incluem especificagées detalhadas de tratamento: térmico para obter microestruturas especificas, é possivel usar uma estimativa do limite de ‘enduranga haseado em dados de ensaio para a microestrutura particular; tais estimativas, so muito mais confidveis e de fato devem ser usadas. Os limites de enduranga para vérins classes de ferros fundidoo, polidos ou usinados sto listados na Tabela A~22. Ligas de aluminio néo tém um limite de enduranga. AS re- sisténcias & enduranga de algumas ligas de aluminio a (10 ciclos de tensio revertida sio dadas na Tabela A-22. Resisténcia a fadiga ‘Como mostra a Figura 6-10, uma regio de fadiga de baixa ciclagem estende-se de N= 1 até cerca de 10° cielos. Nessa regido a resistencia & fadiga S;€ apenas ligeiramente ‘menor que a resisténcia & traco Sy, Um enfoque analitico foi dado por Mischke"” para ambay as tegides, Ue baina © alla civlagens, 1eyuerendo us pardmeuus da equayio de TTB ShiglysC. R. Mschke; TH, Brown i; Standard Handbok of Machine Design; ed. Nova York: MeGraw- il, 2004, 2825-2927, 302 | Elmenoe de miavina de Shgley: projeto de engenhoro mecénico Manson-Coffin mais 0 expoente m de encruamento por deformagdo. Engenheiros frequen- temente tém de trabalhar com menos informagio. A Figura 6-10 indica que o dominio de fadiga de alta ciclagem estende-se de 10° ci- clos para agos até o limite de enduranga N,, que & de cerca de 10° a 10” ciclos. O propésito desta seco & desenvolver métodos de aproximacio do diazrama S-N na regio de alto ci- «lo, quando a informagao pode ser tao esparsa quanto 0s resultados de um ensaio de tragaio simples. A experiéncia tem mostrado que 0s dados de fadiga de alto ciclo sfo retificados por uma transformagao logaritmica para ambos, tensdo e ciclos, até a falha. A Equagao (6-2) pode ser nsada para determinar a resisténcia A fadiga em 10? cielos. Definindo a re~ sisténcia &fadiga em um némero especifico de ciclos como (S))y = E Ae,/2, eserevemos a Equagio (6-2) como (Spw= 7 QN)* (6-9) Em 10° ciclos (Spio' = 07 2109" =f5u em que f€ a fragao de Si representada por (S;)10% cos: Solucionando para ftemos " (6-10) f= ZEQ 10 (6-10) Agora, com base na Equagao (2-11), 6; = ope", com ¢ = y. Se essa equagao de tenstio verdadeira contra deformagio verdadeira nfo for conhecida, a aproximagio SAE" para. agos com Hg < 500 pode ser usada: o> Su+ 345 MPa (611) Para encontrar b substitua a resistencia &fadigae os correspondentes ciclos, 5, ¢ Ne, rs pectivamente, na Equagio (6-9), ¢ esolvendo para b = ~ belo) (612) Tog (2N.) Assim, a equagio 5;= 0 (2N)"€ conhecida, Por exemplo, Se Sy = 735 MPa € 5; = 366 MPana falha, Equagao (6-11) 0, = 735 + 350 = 1085 MPa log(1085 /366) xquagao (6-12 b= — 861085360) __ y azay nian Toa 105) 1085 /, 99-0008 Equagiio (6-10) f as 2 10°) = 0835 € pela Equacio (6-9). com S;=(S))v. 5}= 10852N)%"* = 1030. N™* TT Rargue Design Handbook, vol. 4, Nova York: Society of Automotive Engineers, 1988p. 27, Figura 6-18 Fogo da resiséncia & fodiga, f de Sa 10" cles para S.=5,=0,5 Su 6. Falke por fasiga restarts de caregemento vaiével | 303 50 oe on processo para encontrar f pode ser repetido para vérias resisténcias iltimas. A Figura 6-18 é um grafico de f para 490 < Sy < 1400 MPa. Para ser conservativo, para Sur < 490 MPa, faga f=0.9. Para um componente meciinico verdadciro, 5, é redusido a S¢ (ver Seg 6 9), © qual € menor que 0,5 Sy. Contudo, a menos que dados verdadeiros estejam disponiveis, reco- mendamos usar 0 valor de f encontrado na Figura 6-18. A equag30 (a), para o componcn- te mecinico verdadero, pode ser escrita na forma S;=aNne (6-13) em que N € 0 nimero de ciclos até falhar e as constantes a e b so definidas pelos pontos 10°, (Sio! € 10, 5 com (So = /S- Substiuindo esses Uois pontos na Eyuayio (6-13) temos o- Ga (14) % 1 Sur 6-15) im(l) rs Se uma tensto completamente reversa 0, for dada, colocando-se 5; = 04 na Equacio (6-13), 0 mimero de ciclos até falhar pode ser expresso como (6-16) Fadiga de baixo ciclo & frequentemente definida (ver Figura 6-10) como falha que ‘corre em um intervalo de 1 <.N’< 10° ciclos. Em um gréfico log-log, tal como na Figura 6-10, 0 lugar geométrieo da falha nesse intervalo é quase linear abaixo de 10° ciclos. Uma linha reta entre 10°, f Sure 1, Sw (transformada) é conservativa ¢ & dada por Sy2SuN” LENSE (17) 304 | Elomenioe de miavina de Shgley: projeto de engenhoro mecénico EXEMPLO 6-2 Solucéo Resposta Resposta Resposta 69 Dado um ago HR 1050, calcule (a) o limite de enduranga de viga rotativa a 10° ciclos. (b) a resisténcia & fadiga de um espécime polido de viga rotativa correspondente a 10° ciclos até a falha, (0) avida esperada d te reversa de 385 MPs 1m espécime polido de viga rotativa sah uma tensin completamen- (a) Com base na Tabela A-18, S,y= 630 MPa. Da Equagio (6-8), 5; = 0,5(630) = 315 MPa (6) Com base na Figura 6-18, para Sy = 630 MPa, f= 86. Da Equactio (6-14) — 10,86(90)7) _ z ae SE = 133.1 ks Com base na Equagao (6-15), £86(630) 1 bens val 315 Assim, a Equagto (6-13) é 00785 Sj= 1084 Noms Para 10" ciclos até a faa, $j= 1084(10') "= 526 MPa, (6-16), como a, (©) Com base na Equag: yeaors ) = 53,8110 ciclos ‘Tenha em mente que essas sio somente estimativas. Assim, expressar as respostas com ues digitos de acuracia é um tanto enganoso, Fatores modificadores do limite de enduranca Vimos que o espécime de viga rotativa usado em laboratério para determinar os limites de cenduranga é preparado muito cuidadosamente ¢ ensaiado sob condigdes controladas aten- tamente. Nao é pertinente esperar que o limite de enduranga de um membro mecanico ou cestrutural iguale 08 valores obtides na laboratdrio. Algumas diferengas incl + Material: composigao, base de falha, variabilidade. + Manufatura: método, tratamento térmico, corrosio de piezo-ciclofric superficie, concentragio de tensfo. + Ambiente: corrosao, temperatura, estado de tensio, tempo de relaxagao. + Projeto: tamanho, forma, vida, estado de tensio, concentragio de tensio, velocidade, piezo-ciclofriegio, esfolamento."” , condigao de 'N- de T: Freting e Galing, usados no original ings, so teros imprecios sobre formas de desgast. Fret significa ‘omer: consume Gall ignienesfolar. Prening evolve ig eielica oh peso com deseendimento depts vasivas. Em portugus, associam-s a fein os termos descrivox: micoabrasao ou pezo- 0,025a exo 2-2 0.05eb eixo 1-1 °° 10,052xa +0,11;(b—x} eixo 2-2 nto ke ‘Quando ensaios de fadiga sio realizados com flexio rotativa, carregamento axial (puxar- -empurrar) e carregamento torcional, os limites de enduranca diferem com relac30 a Sy. Isso sera discutido na Seco 6-17. Aqui, especificaremos valores médios do fator de car- regamento na forma 1 tlexao ke { 0,85 axial 039 worgao!* 16-26) Fator de temperatura ka Quando as temperaturas operacionais esto abaixo da temperatura ambiente, a fratura ‘ragil € uma possibilidade forte e deve ser investigada primero. Quando as temperaturas operacionais so mais altas que a temperatura ambiente, 0 escoamento deve ser investiga do primero porque a resisténcia ao escoamento cai muito rapidamente com a temperatura; ver Figura 2-9, Qualquer tenso induzira fluéncia em um material que opere a altas tem- peraturas; assim, esse fator deve ser considerado também. "(ice mente exe para eaegamento de fadipa trcionsl pra. Quando toro es combinad com outas tense, tals como flexso, k= I 0 carepamento combinado €tatado usando a tens eetva devon Mises como na Segto 5-5. Nova para torgo pura, a enegia de dstorgoprediz que (Ise =05T7 Tabela 6-4 Feito do temperate de operacéo na resséncia & tragdo do ago.* [Sy resencia & hago na temperatura de operacéo, Str= rsitincia & nage 6 femperaiua ambien, 0,099 10° ciclos a uma tensto reversa de 200 MPa? (@) Solucionar reduzindo $;. (b) Solucionar aumentando a tensao aplicada. Solugdo (a) O limite de enduranga de um espécime entalhado é dado por 5 _ 380 2375 MPa © 0 fator de seguranca é Resposta = (b) A tensio maxima pode ser eserita como (dma = Ky a= 1,6(200) © 0 fator de seguranca é Sy _ 380 : ce, Resposta Kan * aay7 1895 Até este ponto, os exemplos ilustraram cada fator na equagio de Marin e nas con- centragdes de tensdo isoladas. Vamos considerar um numero de fatores ocorrendo eamente. 316 | Elomenoe de miavina de Shgley: projet de engenhoro mecénico EXEMPLO 6-8 Soluce Resposta Resposta Uma barra de ago 1015 laminada a quente foi usinada a um didmetro de 25 mm. E para ser colocada em carregamento axial reverso por 70000 ciclos até falhar em um ambiente ope- racional de 300°C. Usando propriedades minimas ASTM e confiabilidade de 99%, calcu le fadiga e resisténeia a fadiga a 70000 ciclos. Da tabela A 18, Sy, = 340 MPa a viga rotativa no é conhecido & temperatura ambiente, determinamos a resis a temperatura clevada usando a Tabela 6-4. Da Tabela 6-4, temos (5) ae A resisténcia dltima a 300° C € entao Visto que © limite de enduranga do espécime de ia dltima og7s (Su)soor = (S1/ Sen) 300° (Su)ao" = 0,975(340) = 3315 MPa limite de enduranga do espécime de viga rotativa a 300°C € calculado com base na Equagao (6-8) como 5, = 0,5(331,5) = 165,8 MPa A seguir, determinamos os fatores de Marin. Para a superficie usinada, a Equacio (6-19) com a Tabela 6-2, temos kg = at, =4,90331,9 0,909 Para cartegamento axial, da Equagao (6-21), 0 fator de tamanho ks = 1, e com base na Equacio (6-26), 0 fator de carregamento € ke = 0,85. O fator de temperatura ke= 1, visto que levamos em conta a temperatura a0 modificar a resistencia dltima e, consequentemer te, 0 limite de enduranga. Para confiabilidade de 99%, da Tabela 6-5, ke = 0,814. Final- mente, visto que outras condigdes no foram dadas, o fator de efeitos diversos é ky= 1.0 limite de enduranca para a peca € calculado pela Equacao (6-18) como akiok kak Se = 0,969(1)(0,85)(1)(0,814)(1)165,8 = 111 MPa S Para a resisténcia & fadiga a 70000 ciclos necessitamos construir a equagiio S-N. Sendo Su = 331,5 <490 MPa, cntiio f= 0.9. Da Equagio (6-14) qe (fSant _ 10.9331.) Se it © a Equagao (6-15) sans) “Hog[289] «01 Finalmente, para a resisténcia a fadiga a 70000 ciclos, a Equago (6-13) nos da Sy= aN = 891 (700007"*" = 180,5 MPa 6. Falha po fsiga restore de caregamento vaiével | 317 EXEMPLO 6-9 Solucio Figura 6-22 (ol Exo desenhado que mostra todas as dlimensées em miimotos; todos 0s ies de fetes de 3mm. O eine roa, poten a caga é esocionéria: © material & usinado de aco AISI 1050 esivado fi, {b) Diagrama de momento fexor ‘A Figura 6-22 mostra um eixo rotativo simplesmente apoiado em mancais de esferas em ‘Ac De carregado por uma forga nao rotativa F de 6,8 kN. Usando resisténcias “minimas” da ASTM, calcule a vida da pega. Da Figura 6-226 aprendemos que a falha provavelmente ocorrera em Bem ver de C ou no ponto de momento maximo. O ponto B tem uma segao transversal menor, um momento flexor maior € um fator de concentragdo de tensto maior que C, ¢ 0 local de momen- to maximo tem uma dimensdo maior ¢ nenhum fator de concentragao de tensio, Primeito devemos resolver o problema calculando a resisténcia no ponto B, visto que ela sera diferente em qualquer outro lugar, e comparando essa resistencia com a tenso no ‘mesmo ponto. Da Tabela A-18 encontramos Sy, = 690 MPa e S,= 580 MPa. O limite de enduranga 8, € caleulado como = 0,5 (690) = 345 MPa Da Equacdo (6-19) ¢ Tabela 6-2, kq= 4,51 (690) 798, Da Equaco (6-20), ky = (32/7,62) "= Visto que ke = ks= 0,798(0,858)345 Para encontrarmos 0 fator geométrico de concentragdo de tenstio K,, entramos na Figura A-15-9 com D/d = 38/32 = 1,1875 ¢ r/d = 3/32 = 0,093 75 ¢ lemos K; = 1,65. Usando 190 MPa e r= 3 mm ¢ usando a Figura 6-20 temas. (6-32), encontramos 84. Substituinda na Fquacio Ky= 1+ 0,84(1,65 ~ 1) = 1,55 » 318 | Elomenoe de mbavinas de Shgley prejeto de engenhoro mecénica préximo passo é calcular a tensto de flexdo no ponto B, O momento flexor é pea BSF yey 225(6,8) Mam Rix= Sq 280= S59 250 = 695,5 Nm Exatamente & esquerda de B 0 médulo da sega é I/c = nd /32 = 32'/32=3,217 (10mm. ‘A tenso de momento reverso é, supondo vida infinita, WS 4 Me 555500 = 335.1105) Pa = 335.1 MPa 320 Essa fenstio é maior que S,e menor que S,. Isso significa que temos vida infinita e nenhum escoamento no primeiro ciclo. Para vida finita, necessitaremos usar a Equacio (6-16). A resisténcia tiltima, Sy = 690 MPa, Da Figura 6-18, f= 0,844. Da Equagto (6-14) (FS? _ [0,844(60)7° Foo = ORICON = 1437 MPa S 236 da Equagio (6-15) Resposta 6-11 Caracterizacao de tensées flutuantes ‘Tenses flutuantes em maquinariafrequentemente tomam a forma de um padrao senoidal por causa da natureza de algumas maquinarasrotativas. Cantuda, outros padres, alguns bastante iregulares, de fatoocorrem. Descobriu-se que em padrbes periédicos que exi- bem um nico mximo e um Snico minimo de forga, a forma da onda nfo ¢ importante, amas os picos em ambos os lados alto (miximo) buixo(minimo) so importantes, Assim Frac ¢ Fain om um ello de forga podom ser usados para caracerizar 0 patio do for E também verdade que variando acima e abaixo de alguma linha de base pode ser igual- mente efetive na caracterizagio do padtio de forga. Se a forga maior é Fg © # fora menor é Fpiq, entdo uma componente estivel ¢ uma alternante podem ser construidas comp se segue. Fras = em que Fy, € a componente média estivel da variagio da forga, F, € a amplitude da com- ponente alternante de forca. Figura 6-23 Aguas rlacdes tompotonaso: [el Tensio fuwvanto com condulacio de ala fraquénci; (be cTensdo Fluwanie no senoidal: [W) TersGe lonsnie senoidal; fTensao repetida: g)Tenséo senoidal completamente 6. Falha por fciga restate de coregamento varivel | 319, o aod {A Figura 6-13 ilustra alguns dos varios tragados de tensGo-tempo que ocorrem. As ‘componentes de tensio, algumas das quais sio mostradas na Figura 6-13 d, sG0 mia = tonsiio minima tenstio média imax = tenstio maxima 0; = variago de tensio a= componente de amplitude 0; = tenstio estatica ou estavel A tensiio estével, ou estética, ndo é a mesma que a tensio média; de fato, cla pode ter {qualquer valor entre dnin € max. A tensdo estavel existe por causa de uma carga fixa ou pré= ‘carga aplicada & pega, ou é usualmente independente da porgdo variante da carga. Uma mola helicoidal de compressao, por exemplo, esta sempre cartegada em um espago menor que 0 ‘comprimento livre da mola. A tensdo criaua por essa compressa inicial € chammada de Com ponente estavel, ou esttica, da tensdo. Nao é a mesma que a tensio médi ‘Teremos oportunidade de aplicar os subscritos dessas componentes as tensdes de ci- salhamento, bem como as tensdes normais. As relagbes seguintes sao evidentes na Figura 6-1 + Onin (6-35) 320 ios de Shigley: projte de engenhorio mesérico Adicionalmente & Equagio (6-35), a razdo de tensdo See (6-36) © a racdo de amplitude oe (6-37) om so também definidas e usadas em conexio com tensdes flutuantes. ‘As Equagées (6-35) utilizam os simbolos o, ¢ a como as componentes de tensio no local sob escrutinio. Isso significa que, na ausGncia de um entalhe, 0, € om So iguais as tensBes nominais aay € ane induzidas pelas cargas F, ¢ Fy, Fespectivamente: na presenca Sy (6-38) Km = 0 ml ee Pata us props jtus deste liviv, para mrateriais Udetwis em fadiga, + Evite deformacdo plastica localizada em um entalhe, Faga a, = Ky 10 * Quando a deformacao plastica em um entalhe no puder ser evitada, use as Equacdes (6-38); ou, de maneira conservadora, faga 04 ~ Krome use Ky~ 1, que significa, 6. Sm Ky Oma. RC. Juvial. Stet, Strain, and Strength. Nova York: McGraw-Hill, 1967, argos 149-14.12: LC. Juvinal: KM “Marshek. Fundamental of Machine Component Desig.:4ed. Nova York: Wiley 006, Segio 8.11: N.E- Dowling. Mechanical Behavior of Materials; 26d: Englewood Clif, Prentice Hall: N1, 1999, Segbes 103-105 * Dowling opsit, p. 437-438, Figura 6-24 Diagiama de Goodman mmodticode mostando todas as resistncias @ 0s volors limes de todas as Componentes de foneG0 para una lensdo média poricuion 1 reeuhonte de coregamento vorével | 321 Critério de falha por fadiga para tensao flutuante Agora que definimos os vérios componentes de tenstio associados com uma peca sujeita & tensio flutuante, desejamos variar a tensfio média e a amplitude de tensio, ou componente altemante, para aprender algo a respeito da resisténcia & fadiga das pegas quando sujeitas a tais situagdes. Tres métodos de represcutago gréfica dos resultados de tais ensaios esto em uso geral e so mostrados nas Figuras 6-24, 6-25, © 6-26. diagrama de Goodman modificado da Figura 6-24 tem a tenso média tragada a0 longo da abscissa ¢ todas as outras componentes de tensio tragadas na ordenada, com tragdo na diregao positiva. Limite de enduranga, resistencia &fadiga ou resisténcia de vida finita, qualquer que se aplique, é tragada na ordenada acima ¢ abaixo da origem. A linha de tensio média é uma linha a 45° da origem até a resistencia & trac da pega. O diagrama de Goodman modificado consiste nas linhas construfdas para S, (ou S)) acima ¢ abaixo da origem, Note que a resistencia ao escoamento também é tragada em ambos 0s eixos, por- que o escoamento seria um critério de falha se oa excedesse Sy. Uma outta maneira de mostrar os resultados de ensaio aparece na Figura 6-25. Aqui a abscissa representa a razdo da resisténcia média Sy para a resistencia éltima, com trago desenhada a direita e compressio a esquerda. A ordenadaé a razfo da resisténcia alternan- te pelo limite de enduranga. A linha BC entio representa 0 critério de Goodman modifica do de falha, Note que a existéncia de tenstio média na regio de compressiio tem pouco efeito no limite de enduranga. 0 diagrama muito engenhoso da Figura 6-26 € 0 dnicy que mostra quatio day eompo- nentes de tensfo, bem como as duas razdes de tenslo. A curva que representa o limite de enduranga para valores de R, comecando em R =~ 1 ¢ terminando com R= 1, comeca em. S, no eixo oe termina em Sy 0 eixo oy. Curvas de vida constante para N= 10° e N= 10* ciclos foram tragadas também. Qualquer estado de tensao, tal como aquele em A, pode ser 322 | Elomonios de méquinas de Shgley: projet de engonaric mecénica Figura 6-26 Diagrama meste de fadlga criodo para 0 aco AISI 4340 tondo Sy = 1100.0 §, = 1025 MP. ‘As components de fensio 350, todas em MPa Fonte: PJ. Grower, Fatigue of Aircroh Structros, US (Goverment Printing Oice, Washington, D.C. 1966, p. 317, 322. Vor fombém4. A, Collins, Fale of arenas in ‘Mechanical Design, Wiley, New York, 1981 p. 216 deserit Rast de amples 5/5, iment ral Figura 6-25 wanes Gc de falhos po odio por tenses médios em alas os vegies de ragdo © ompunin Newlin ox ecor ieee mnt a rompennrin laren cel pala vsiténcio de kacdo S/S, componente de resiténciaenével pelo resisncio de omptesséo Sx/S,e «component de ampliide de resstncia pal ime de enduonca 5/5 pemie um giico de esshados expermerias para una varedade de apo, Fonte: Thomas | Dolor, Stess Range, Sogdo 6.2 om O.. Hovge, fed. ASME Handbook — Mot Engineering Design, Nowe Yor McGraw, 1959 foe Tia aR ‘Teno mina Gy MPA pelas componentes minima e méxima, ou pelas componentes média e alternante. Ea seguranga é indicada sempre que o ponto descrito pelas componentes de tensio se si- ‘war abaixo da linha de vida constant. Figura 6-27 Diogrome de fadiga que mosta varios citi de falha, Para cada criti, ppontos na respectva linha 0 “acima” indieam Falko Um ponte A na lina de Gecko, pee crepe da. resistncia 5, como © volar limite de on comespondente & resistencia S., que emparchade com am & vel lite de, 323, “Tense aerane 4, ‘Quando a tensdo média é de compressio, a falha ocorre sempre que a=, ou sempre ue max = Sye» COMO estd Indicado pelo lado esquerdo da Figura 6-25. Nenhum dlagrama de fadiga nem qualquer outro critério de falha necessita ser desenvolvido, Na Figura 6-27, o lado tracionado da Figura 6-25 foi redesenhado em termos das resisténcias em vez de razdes de resisténcias, com 0 mesmo critério de Goodman modifi- cado junto com quatro critérios adicionais de falha. Tais diagramas so frequentemente construidos com 0 propésito de anilise e projeto; eles slo faceis de usar e 0s resultados, podem ser postos em escala diretamente. ponto de vista inicial expresso em um diagrama 0.0m era que de fato existia um lugar geométrico que dividia as combinagdes seguras de combinagbes inseguras de oy € ‘m. Propostas resultantes ineluiram a parabola de Gerher (1874), a linha (teta) de Good. ‘man (1890) € a linha (reta) de Soderberg (1930). A medida que mais dados foram gera- dos ficou claro que um erit io de fadiga em lugar de ser uma “cerea” era mais como uma zona ou banda na qual a probabilidade de falha poderia ser estimada. Incluimos 0 critério. de falha de Goodman porque: + Guma linha reta ea dlgebraé linear e fil + faciimente tragada, em todo instante para todo problema. + Revela sutiezas de percepsio nos problemas de fadiga + Respostas podem ser representadas em escala a partir dos diagramas como uma verif- cago da dlgebra, Tamibém advertimos que cle édeterministico, o fendmeno nto 06 Ele étendencioso e nfo podemios quantfica atendéneia Ele nfo € consevativo. E uma pedra fundamental para o entendimento: historia e par lero trabalho de outros engenhcirose trocar ideias significativas com eles, &necesséro que se entenda a abordagem de Goodman, caso ela surja uo limite de enduranga S,, ou a tesisténcia de vida fnita S/o marcados na ordenada da Figura 6 27. Bases valores deverio jé ter sido comrigidos usando os fatores de Marin da Equacio (6-18). Note que a resisténcia de escoamento S, é marcada na ordenada tam- bém. Ela serve como um lembrete de que 0 escoamento de primeiro eiclo em ver da fa ga deve sero critério de falha O exo de tensao media da Figura 6-27 tem a resistencia de escoamento Sy € a resis- t@ncia de traga0 Sy marcadas a0 longo dele. 56 diel dataro trabalho de Goodman porue ele pasou por véras modileagtese nunca foi publi 324 | Elmentoe de mbavina de Shgley: projet de engenhoro mecénico Cinco eritérios de falhaestio diagramados na Figura 6-27: o Soderberg, o Goodman mo- Aificado, 0 Gerber, o ASME-clipticoe o escoamento. O diagrama mostra que somente o crité- rio de Soderberg se resguarda contra qualquer escoamento, mas étendencioso para baixo. Considerando a linha de Goodman modificado com um eritério, © ponto A representa um ponto limitante com uma resistncia alternante 5 ¢ resisténcia média Sy. A inclinagao da linha de carga mostrada é definida como r= S,/ Sy. ‘A cquagio de eritério para a linha de Soderberg & Sa, Sm (6-39) 8.15, Similarmente, encontramos a relacio de Goodman modificada como Sa Sm at ats (6-40) exame da Figura 6-25 mostra que uma parabola ¢ uma elipse tém melhor oportuni- dade de passar entre 0s dados de tensio média e de permitir qualificagdes da probabilida- de de falha. O critério de falha de Gerber 6 escrito como Se, (Sw)? BT Sa, 0 ASME-eliptico 6 escrito como Sa\? Sw \? Si), (Se). 2 ()+(@)- a) O eritério de escoamento de primeiro ciclo de Langer é usado em conexo com a curva de fadiga: (6-41) Sy (6-43) As tenses no, € nom podem substituir S, € Sq, em que 1 € 0 fator de desenho (ou projeto) ‘ou fator de seguranga. Assim, a Equagdo (6-39), linha de Soderberg, torna-se (6-44) ‘A Equago (6-40), linha de Goodman modificada, toma-se Goodman modificada S528 = 1 (6-45) ‘A Equagio (6-41), linha de Gerber, toma-se erber "76 4 ( 20m (6-46) Goer St (Ge) = eae) A Equagao (6-42), linha ASME-eliptica, torna-se_ ‘noy\* ‘nom \> ASME.-elipticn ay + ” 1 (4-47) wm (%) + (4) ad Enfatizaremas Gerher ¢ ASMF-eliptice para crit de falha por fadiga, e Tanger para escoamento de primeito ciclo. Contudo, desenhadores conservadores frequentemente uusam 0 critério de Goodman modificados assim, continuaremos inclui-lo em nossas dis- ccussdes. A equagiio de desenho para escoamento de primeiro ciclo de Langer & Langer escoamento 9) + om = (6-48) Tabela 6-6 Amplinde e coordenados stoves de rosistoncia © InetsecrGes importantes ne primero quadrants para o:critrioe de folha cde Goodman modiicado longer. Tabela 6-7 ‘Amplivde e coordenadas slave de resisiincia © Infersaceées importantes te primero quodionte pra os citios de falho de Gerber e de longer. linha de carregamento Linho de carregamento 1. Folha por fodiga reeuhante de coregamentovorével | 328 Os critérios de falha so usados em conjunco com uma linha de carga, r= So/Sm = 0,/0m. AS intersecgdes principais estdo tabuladas nas Tabelas 6-6 a 6-8. Expresses formais para o fator de seguranca de fadiga so dadas no inferior das Tabelas 6-6 46-8. A primeira linha de cada tabela corresponde ao critério de fadiga, a segun- da € 0 critério estitico de Langer e a terceira corresponde & intersecea0 do critério estatico e de fadiga. Linha de carregamenta & = 1 Linha de corregemento Sa, Sm ame el $= 5,~ Syren = Sul Sm Fator de seguranga de fadiga ie Se aie ey Sw 1 vie vie 5 Fotor de seguranca de fadiga 26) 326 | Elomonios de méquinas de Shgley: projet de engonharic mecénica Tabela 6-8 ‘Ampliude e coordenadas stoves de resistencia © inersecces importantes no primeio quadrante pata of crtenos de falha ASMEsliptco e de Langer EXEMPLO 6-10 Solucéio CE Linha de carregamento 1= SiS 1 Una de corregomento 5 So/Sn asco 5, = 5,— Ss.toi = So/Sq Fotor de seguranca de fadiga ™ 5 (00/53)? + (0n/S,) A primeira coluna nos da as equagdes de intersecc3o e a segunda coluna, as coordena- das de iterseceao. Existem duas maneiras de proceder a uma anélise tipica. Um método é supor que a fadiga ocorre primeiro ¢ usar uma das Equagdes (6-44) a (6-47) para determinar n ou magnitude, dependendo da tarefa. Mais frequentemente, fadiga é 0 modo de falha gover- ante. Depois seguimos com uma verificagao estitica, Se a falha estética governar, entao, 4 anilise é repetida usando a Equaco (6-48). Alternativamente, podem-se usar as tabelas. Determine a linha de carga e estabelega ‘© critério que a linha de carga intercepta primeiro, usando as equagies correspondentes nas tabelas. Alguns exemplos ajudario a solidificar as idcias que acabamos de diseutir. ‘Uma barra de diametro de 40 mm foi usinada de uma barra de ago AISI 1050, repuxada a frio. Essa pega deve aguentar uma carga de tracdo flutuante variando de 0 a 70 kN. Por ‘causa das extremidades ¢ do rato de arredondamento, 0 tator de concentragao de tensio de fadiga Ky é 1,85 para vida de 10° ou maior. Encontre 5, ¢ Sp € 0 fator de seguranga que resguarde de fadiga e escoamento de primeiro ciclo, usando (a) a linha de fadiga de Ger- bere (b) linha de fadiga ASME-eliptica. ‘Comegamos com algumas preliminares. Da Tabela A-18, Sy, = 690MPa e 5, = S80MPa. Note que F, = Fy = 35KN. Os fatores de Marin sio, deterministicamente, ,51(690)"2*5 = 0,798: Equagio (6-19), Tabela 6-2, (carregamento axial, ver k.) Resposta Resposta Resposta Figura 6-28 Pontos principas A, B, C © Do diagrama do desenhador desenhode por Gerber lager © linha de carga 6. Falha por fasiga restate de caregamento varivel | 327 As componentes nominais de tenso normal ge € dno 830, 4F, _ 435000) _ 4Fm _ 4(35000) rd ope 279 PR One= a= oa = 7791 Aplicar Ka ambos 0s componentes dr» € Ome constitui uma prescrigio de nenhum escoa- ‘mento de entalhe: 42 Kao = 1,85(27,9) = 51,6 MPa= om (@ Vamos primeio calcular 0s fatores de seguranga, Do painel inferior da Tabela 6-7, 0 fator de seguranca de fadiga & Da Equagio (6-48) 0 fator de seguranga, resguardando contra 0 escoamento de primeiro ciclo, é 580) et Om 516 +516 5.02 Assim, vemos que @ fadiga ocorrerd primeiro e o fator de seguranga é 4,13. Isso pode ser visto na Figura 6-28, na qual a linha de carregamento intercepta primeito a curva de tadi- ga de Gerber no ponto B. Se os tragados fossem criados em escala verdadeira, seria visto ‘que ny= OB/OA. Do primeiro painel da Tabela 6-7, r= 04 /om= 1, 2 cnre00? | pe] _ Se= So5q) | 1+ 1+ | ggg] | = 2MPa o $ Lin de carepamens ‘Applie de teasto 0, Pa : f 328 | Elmentor de mbavinas de Shgley projeto de engenhoro mecénica Rerposta Resposta igura 6-29 Pontos pincipais A, 8, C 1D en dingirenn cl gag = 0388 que novamente é menor que r= 1, verificando que a fadiga ocorre primeiro com n= 4,21. Os critérios de fatha por fadiga de Gerber e ASME-eliptico so muito préximos um do outro ¢ so usados de modo intercambidvel. A norma ANSI/ASME B106.1M-1985 usa 0 ASME-cliptico para cixos, EXEMPLO 6-11 Solugdo ‘Uma mola de chapa plana ¢ usada para reter um seguidor oscilante de face plana em contato com um came de chapa. O intervalo de movimento do seguidor & de 50 mm € fix0, logo, a Componente alterante de forga, momento flexor, ¢ tensdo esto fixas também. A mola é pré- -carregada para se ajustar a vérias velocidades do came. A. pré-carga deve ser aumentada para prevenirflutuagdo ou salto do seguidor. Para velocidades baixas a pré-carga deve ser decrescida para obter uma vida mais longa das superficies do came © do seguidor. A mola é uma viga de ago em balango com 0,8 m de comprimento, 50 mm de largura e 6 mm de espessura, como vista na Figura 6-30a, As resisténcias da mola so Sy = 1000 MPa, S, = 880 MPa e S,= 195 MPa completamente corrigida, movimento total do came é 50 mm. O desenhador pré-carre- 20.4 mola, defletindo-a.50 mm para baixa velocidade e 125 mm para alta velocidade, (a) Trace as linhas de falha Gerber-Langer com a linha de carga. (b) Quais so os fatores de seguranga da resisténcia correspondentes & pré-carga de 50 mm e de 125 mm? Preliminarmente, 0 segundo momento de rea da segiio transversal da viga em balango & bh> _ 0,05(0,006)° TR 12 Visto que, na Tabela A-9, a viga 1, a forga Fe a deflexdo y em uma viga em balango sto relacionadas por F = 3 ly/I’, entio a tensiio o ¢ a deflextio y esto relacionadas por 09 +10? m* gx Me _ O8Fe _OSI3EIy) ¢ _ 248: 2AEeY «x. rT PT Pe ” emque k= BEE, 24210 O09. 55 ¢Po/m Agora os méximos ¢ 0s minimos de y ¢ ¢ podem ser definidos por Yin = 5 Jinan = 005 +5 min = KB man = K(0,05 + 8) 380 | Elomonios de méquinas de Shgley: projet de engonhario mecénica Figura 6-30 ‘Mola tetendo came © cnn seavidot (ol Geometio, (b} dagiama de fdiga do desenhador para Exemplo o-11 precmpade = 90m capa de 8= 125 0 Lint de Langer Ample componente deo 0, MPL Lint de Geter » As componentes de tensio sto, consequentemente, (0,05 + 6) ~ KS 005 _ K(Q.05 + 8) + KB 0.05 = K= 16,9 MPa = K(1 + 408) =76,9(1 + 408) Para 5=0, a= Om =76,9 = 77 MPa Resposta Resposta, 6. Falha po fo resuhonte de canegomenta varie! | 331 Para 5=50 mm, 94 =77 MPa, om = 76,9[1 + 40(0,05)] = 230,7 MPa Para = 125mm, —o,=77 MPa, om =76,9{1 + 40(0,125)] = 461.4 MPa jeo dos esite (a) Um gid jos de Gerber © Langer € mosuado ua Figuta 6-300. As ués de- flexdes de pré-carga de 0, 50 mm e 125 mm so mostradas como pontos A, 4’,e A”. Note que, uma vez que oq é constante em 77 MPa, a linha de carregamento ¢ horizontal e n80 contém a origem. A intersecco entre a linha de Gerber e a linha de carga ¢ encontrada na solugao da Equacao (6-41) para Sy € substituindo-se 77 MPa por Sy: 77 tooo1~ A intersegZo da linha de Langer e da linha de carregamento € encontrada na solugto da Equagao (6-43) para 5», ¢ substituindo 77 MPa por Si: 778 MPa 3:80 - 77 = 803 MPa ‘As ameacas de fadiga e de escoamento de primeiro ciclo sao aproximadamente iguais. (@) Para 8 =50 mm, ny © para § = 125 mm, EXEMPLO 6-12 Solucao ‘Uma barra de ago sofre carregamento ciclico tal que Gaz =420 MPa e owin = ~140 MPa, Para o material, Sy = 560 MPa, S, = 455 MPa, um limite de enduranga completamente corrigido de 5. = 280 MPa f= 0.9. Calcule o niimero de ciclos para uma falha por fadiga usando: (@) O critério de Goodman modificado. (6) O ctitétio de Gerber. Com base nas tensdes dadas 420-(~ 140) 420 + (-140) 2 280MPa om = 140 MPa Das propriedades do material, Equagdes (6-14) a (6-16), temos (5a)? _ 10,9(560)P 3 280 +=) Soe (=) " em que 5; substitui 0, na Equacio (6-16). 907 MPa =0,0851 332 | Elomentoe de mbavina de Shgley projeto de engenhoro mecéniza (@) A linha de Goodman modificada é dada pela Equacio (645), em que o limite de fa- diga S_ é usado para vida infinita. Para vida finita em S, > S,, substitua S, por S; na Equa- do (6-45) e rearranje, obtendo 280 140 560 Substituindo esse resultado na Equagao (1), encontramos jy -1nent Resposta - 3,40") cielos espos N (=) 3,4(104) ciel (0) Para Gerber, similar & parte (a), da Equagao (6-46), y= Se (5) Novamente, da Equaco (1) 90\-Ho0et Resposta Ne (&) = 4,610") cielos Comparando as respostas, vemos uma grande diferenga nos resultados. Novamente, 0 critério de Goodman modificado € conservativo quando comparado ao de Gerber, para 0 ‘qual a diferenga moderada em $é, magnificada por uma relacdo logaritmica S, N. Para muitos materials frégets, os critérios de falha por fadiga do primeiro quadrante seguem um lugar geométrico (locus) de Smith-Dolan, representado por Sa _ 1 Sn/Su (6-49) S. 14 Se /Su ‘ou como uma equago de projeto 80, Lande / Sus (6-50) Se 1 20m /Sur Para uma linha de carga radial de inclinagdo r, substituimos S,/r por Sy na Equagio (6-49) e resolvemos para 5, obtendo 1+ fis a (6-51) Sut Se * 2 [ V0 SF SF (O diagrama de fadiga para um material frégil difere marcadamente daquele de um mate- ral dictil porque: +O escoamento niio entra em questi, visto que 6 material pode nfo ter uma resisténc: 0 escoamento. + Como caracteristica, a resistGncia dltima & compressio excede a resisténcia sltima tragao diversas vezes. EXEMPLO 6-13 2m) — rode am “FI © Figura 6-31 6. Falhe po fo resuhonte de conegomenta vorével | 333 + © lugar geométrico da falha por fadiga do primeiro quadrante é cOncavo para cima (Smith-Dolan), por exemplo, ¢ tio plano quanto Goodman. Materiais frégeis so mais sensiveis & tensdo média, que é diminuida, mas as tenses mi i benéficas, + Nao ha investigacio sobre a fadiga frégil suficiente para descobrir generalidades intrin- secas, assim ficamos no primeiro e em um pouco do segundo quadrante. de compressé © dominio mais provavel de uso do projeto esta no intervalo de ~ Suv $ om $ Sy. O lugar geométrico no primeiro quadrante é Goodman, Smith-Dolan, ou algo intermediatio. A porgio do segundo quadrante usada € representada por uma linha reta entre 0s pontos Sun Su 0, Se, que tem a equacio Se= 5+ (= = ) Sn “Sw SSqS 0 (Paraferro fundido) (6-52) A Tabela A-22 mostra as propriedades do ferro fundido cinza. O limite de enduranga de- Clarado € realmente ky ky 5, € Somente as corregdes ke, kis ke € ky necessitam ser feitas. O . médio para carregamento axial e torcional é0.9. Um ferro fundido cinza de grau 30 é submetido a uma carga F aplicada em um conector de seco transversal de 25 mm por 10 mm, com um orificio de 6 mm de difimetro furado, no centro, como esté representado na Figura 6-31. As superficies so usinadas. Nas pro- ximidades do orificio, qual é 0 fator de seguranga que resguarda de falha sob as seguintes condigdes: (@) A carga F— 4500 N de tragio, estvel. (6) A carga é 4500 N aplicada, repetidamente. (©) A carga flutua entre ~4500 N e 1300.N sem agao de coluna. Use o lugar geométrico de fadiga de Smith-Dolan. » | pera de frre hindide de grav 30 em fodiga cnil com a} sua geomria mostad © (b} sev diagiama de fadiga de projte para as eiteunstincias do Exemplo 6-13 334 | Elmentoe de mbavina de Shgley projeto de engenhoro mecéniza Solucdo _Algum trabalho preparatério é necessério, Da Tabela A-22, Sy=214 MPa, Syc=752 MPa, ky ky S, = 97 MPa, Visto que ke para carregamento axial é 0,9, entdo Se = (ka ko S;)ke 97(0,9) = 87,3 MPa. Da Tabela A~13, A = 1(w — d) = 0,01(0,025 — 0,006) = 190 x 10% m’, djw =6/25 0.24, € Ky=2,45. A sensitividade de entalhe para o ferro fundido€ 0,20 (ver p.314), assim Ky= 1+ (Ky~ 1) = 140,202.45 ~ 1) = 1,29 Ky Frm 1,29(8500) _ ee a Topo SO MPA ow Fo= Fu Ky Fa _ 1,29(2250) _ A= ion x 19s = 13MPa Da Equagio (6-51), (st + 126 Tae] ; * oma [te 1 ae |= sua Resposta \ 12sasu0 © Fa gi !300 (- 4500)| = 2900N 190 x 10* 19,7 MPa 1 129(-1600 311300 + (~4500)| =~ 1600N 0x10 = 7109 ws _ 199 oe 7 aig ~hSt Da tausga (632) 5, s - 8 ara am (5s ~!) Pesposta Ss 17 _ ose A Figura 6-31b mostra a porgao do diagrama de fadiga do desenhador que foi construida. 6-13 O14 por resubonte de conegamenta vorével | 338 Resisténcia a fadiga torcional sob tensées flutuantes Ensaios extensivos realizados por Smith forneceram alguns resultados mutto interessan- tes sobre fadiga torcional pulsante. O primeiro resultado de Smith, baseado em 72 ensaios, ‘mostra que a existéncia de uma componente de tensto torcional estivel, nfo maior que a resisténcia ao escoamento torcional, ndo tem efeito algum no limite de enduranga torcio- nal, contanto que o material seja diictil, polido, sem entalhe e cilindrico. O segundo resultado de Smith aplica-se a materiais com concentragio de tensio, en- {alhes ou imperfeigdes superficiais. Nesse caso, ele descobre que o limite de enduranga torcional decresce sem variagao com a tensfo torcional estavel. Visto que a grande maioria, das pecas ter4 superficies que nfio so perfeitas, esse resultado indica que Gerber, ASME- -cliptico © outras aproximagdes sio iiteis. Jocrres do Associated Spring-Bames Group confirma os resultados de Smith ¢ recomenda 0 uso da relago de Goodman modificado para torgio pulsante. Aa construir a diageama de Goodman, Toerres usa 0,67 Sw (6-53) Sou Também, do Capitulo 5, S,y = 0.5775, com base na teoria de energia de distorcio, € 0 fator de carga médio k. € dado pela Equacdo (6-26), ou 0,577. Isso seré discutido mais, adiante no Capitulo 10. Combinagéo de modos de carregamento Pode ser titil pensar a respeito dos problemas de fadiga como trés categorias: + Carregamentos simples completamente reversos. + Carregamentos simples flutuantes. + Combinagdo de modos de carregamento. A categoria mais simples é a de uma tensdo singela completamente reversa que é ma- nipulada com o diagrama S-N, relacionando a tensio alternante a uma vida. Somente um tipo de carregamento & permitido aqui, ¢ a tensdio média deve ser zero. A préxima catego- ria incorpora carregamentos flutuantes gerais, usando um critério para relacionar as ten- ses média e altemante (Goodman modificado, ASME-eliptico, ou Soderberg). Novamente, somente 1m tipo de carregamento é permitido em um instante. A tereeira ca tegoria, que desenvolveremos nesta seco, envolve casos em que existem combinagdes de diferentes tipos de carregamento, tais como flexional, torcional e axial combinados. Na Secao 6-9 aprendemos que um fator de carga ke € usado para obter limite de fa- aga e, dat, 0 resultado depende se 0 carregamento ¢ axtal, flexional ou torclonal. Nesta segio queremos responder & questo “Como procedemos quando o carregamento for uma mistura de, digamos, cargas axiais, flexionais ¢ torcionais?”. Esse tipo de carregamento introduz algumas complicagdes em que podem agora existir tenses normais e cisalhantes combinadas, cada uma com valores alternantes e medios, e varios dos tatores usados na determinagao do limite de enduranca dependem do tipo de carregamento, Também podem, existir miltiplos fatores de concentragio de tensdo, um para cada modo de carregamento. problema de como tratar tenses combinadas foi encontrado no desenvolvimento de teorias de falha estitica. A teoria de falha da energia de distorgo provou ser um método satisfat6rio de combinar as miltiplas tenses sobre um elemento de tenso em uma tensio simples (singela) equivalente de von Mises. james 0. Sm Bull, 334, 1982. he Bec of Range of Stress on the Fatigue Strength of Matels, Uni of I Eng. Exp. Sta

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