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5 - Plano de Melhoria Da Oferta
5 - Plano de Melhoria Da Oferta
Contrato 024/2015
FICHA DE IDENTIFICAÇÃO
Cliente Prefeitura do Natal
Data 13/04/2017
Referência 024/2015
Número de páginas 87
1. Apresentação 6
2. Prognóstico 7
2.1 Considerações Metodológicas 7
2.1.1 Considerações sobre alocação de tráfego e de indicadores de desempenho 7
2.1.2 Consideração sobre avaliações de reflexos das condições de mobilidade 10
2.2 Resultado da avaliação do prognóstico 11
2.2.1 Carregamentos viários e nível de serviço 12
2.2.2 Tempos de viagem e velocidades 19
2.2.3 Emissão de gases 21
4. Referências Bibliográficas 87
O objetivo do Plano é desenvolver propostas e planos de ação de curto, médio e de longo prazo, até
o ano de 2025. O plano será pautado nos princípios da mobilidade urbana sustentável e na
participação contínua e integrada da população e dos setores de transporte, trânsito, planejamento
urbano, ambiental, dentre outros, da Prefeitura e de setores sociais.
As diretrizes de melhorias propostas no Plano de Mobilidade do Natal deverão ser capazes de induzir
deslocamentos de pessoas e bens na cidade de forma sustentável, contribuindo para o seu
desenvolvimento econômico e social, analisando e apontando funções mais apropriadas a cada
modo existente e disponível.
O presente relatório aborda o Plano de Melhoria da Oferta com base na análise do diagnóstico e
cenário futuro construído, bem como sugestões dadas pela população em Oficina Temática
desenvolvida especificamente para validar as diretrizes estabelecidas e complementa-las com novas
medidas. São propostos os principais projetos e ações para melhoria da mobilidade urbana em Natal,
considerando os horizontes do Plano de Mobilidade.
Essa etapa consiste em realizar o confronto da demanda versus oferta, já analisado na fase de
diagnóstico, mas no horizonte futuro preconizado pela cidade definida no Plano Diretor Urbano
(demanda futura x rede atual).
A partir deste confronto é que se obtém um direcionamento inicial para as proposições que serão
exploradas nos cenários tendenciais, tendo como base os anos horizontes de 2020 e 2025.
Os resultados na condição de não haver qualquer intervenção, lidando com a estrutura viária atual,
porém com a demanda futura, compõe o prognóstico, o qual tem como objetivo informar o que se
pode esperar das condições de mobilidade caso nenhuma melhoria seja implementada. Trata-se de
um importante elemento de análise para o posicionamento da sociedade e do poder público quanto
a política de mobilidade e o seu plano de ação.
O método empregado para a alocação de viagens foi o de “alocação por equilíbrio”, em que a
determinação do caminho entre uma origem e destino é realizada considerando os tempos de
viagem de cada rota possível. Na medida em que o tráfego é alocado nos segmentos, o volume se
aproxima da capacidade do mesmo (relação V/C), então uma função de penalidade é utilizada para
aumentar o tempo de percurso e, consequentemente, reduzir a sua velocidade média, o que
exemplifica no cotidiano, as vias congestionadas. Na simulação, os veículos tendem a escolher o
menor caminho entre seu ponto de partida e destino, até a simulação reproduzir o equilíbrio
observado em um sistema real, corroborando com o princípio de Wardrop. Este relata que “os
A partir das simulações realizadas, são obtidos os mapas de carregamentos da rede viária e um
conjunto de indicadores, os quais são apresentados a seguir:
Índice de Utilização (IU): é a somatória dos deslocamentos efetuados por todos os veículos
na rede viária e é expresso em (veículos x km). Portanto:
𝐼𝑈 = ∑(𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑛𝑜 𝑙𝑖𝑛𝑘 𝒊)× (𝑒𝑥𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑜 𝑙𝑖𝑛𝑘 𝒊)
Índice de Permanência (IP): é a somatória dos tempos gastos por todos os veículos na rede
viária e é expresso em (veículos x hora). Portanto:
𝐼𝑃 = ∑(𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑛𝑜 𝑙𝑖𝑛𝑘 𝒊)× (𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑒𝑟𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜 𝑑𝑜 𝑙𝑖𝑛𝑘 𝒊)
Índice de Desempenho (ID): representa a velocidade média da rede viária, sendo expresso
em km/ h. É definido pela relação entre o Índice de Utilização e o Índice de Permanência.
𝐼𝐷 = 𝐼𝑈/𝐼𝑃
O Nível de Serviço foi calculado pela relação entre o volume alocado no link e a sua capacidade (V/C).
A operação do sistema viário foi classificada em seis níveis de serviço, os quais são sucintamente
descritos a seguir:
Níveis A e B: grande reserva de capacidade, pequenos atrasos, filas curtas nos semáforos;
Nível C: existência de reserva de capacidade, atrasos medianos, filas médias nos semáforos;
Nível D: tráfego intenso, grandes atrasos, filas extensas nos semáforos e com eventual
espera de mais de um ciclo semafórico;
Nível E: operação no limite da capacidade, tráfego congestionado;
Nível F: demanda acima da capacidade teórica da via, tráfego congestionado.
Para representar cada um desses níveis de serviço, adotaram-se os seguintes valores de V/C:
Tabela 1: Tabela de Nível de Serviço - Volume/Capacidade
Em estudos de planos de mobilidade, que possuem um caráter de visão estratégica, os cálculos são
realizados, normalmente, para os períodos de maior demanda do sistema viário e expandidos para o
dia útil e ano.
As velocidades reais do sistema viário do Natal, que foram levantadas junto à base georreferenciada
proveniente do Here Maps, foram utilizadas para projetar o índice de desempenho diário a partir da
velocidade de hora pico. Comparando-se as velocidades médias horárias do sistema com as de fluxo
livre, obteve-se um perfil diário de variação da velocidade média operacional do sistema viário do
município (Figura 2).
Estas variações da velocidade média do sistema, durante o dia, foram empregadas aos fatores de
expansão do índice de utilização (distância total percorrida), em cada hora, de forma a obter o índice
de permanência (tempo total de viagem) para cada período. Posteriormente, aplicou-se a seguinte
equação para obter o Índice de Desempenho médio diário:
24 24
Os resultados, após esta análise, nos indicam que o índice de desempenho diário (velocidade média)
corresponde a 96% do índice de desempenho do pico manhã e 107% do índice de desempenho do
pico tarde. Em geral, a velocidade média do pico da manhã é mais elevada porque o sistema viário
encontra-se mais vazio do que no restante do período útil (horário comercial) do dia.
Em estudos de mobilidade, a abordagem quantitativa destes reflexos é realizada através do uso dos
modelos de planejamento. Em geral, os indicadores extraídos da simulação das redes de transporte
possibilitam mensurar alguns impactos decorrentes de um determinado cenário de demanda e
oferta de transporte sobre a população e o município.
Os reflexos das condições de mobilidade podem ser classificados em diretos e indiretos. Os reflexos
diretos são aqueles que impactam o cidadão e o sistema de transportes, enquanto os indiretos
atuam sobre o meio ambiente urbano e os custos sociais gerais e produtivos.
Emissão de Poluentes
O estudo de Panis et. Al. (2006) sugere que a análise dos impactos ambientais de políticas de gestão
e controle de tráfego seja mais complexa do que somente uma análise da velocidade média do
sistema. Requer uma análise mais detalhada considerando outros aspectos de funcionamento do
veículo, tais como aceleração e desaceleração.
O modelo de emissão instantânea consiste na medição das emissões de cada poluente, a cada passo
da simulação, baseado em coeficientes que depende do tipo de veículo, do tipo de combustível e das
medidas de aceleração e desaceleração instantâneas. Ao se utilizar informações de relevo na
microssimulação, esses resultados ficam ainda mais precisos, uma vez que a intensidade de
aceleração dos veículos em segmentos planos, declives e aclives é distinta.
Os coeficientes de emissão instantânea utilizados nesse estudo são baseados em medidas empíricas
apresentadas no estudo de Panis et. Al. (2006). Ao final da microssimulação é possível quantificar o
total de poluentes emitido em toda rede de tráfego, em cada trecho ou por cada tipo de veículo.
Sendo apresentado nesse estudo o consumo de combustível pelo tráfego simulado e a emissão de
poluentes resultante, considerados e calculados pelo software Aimsun, sendo estes:
- CO2 (dióxido de carbono);
- NOx (óxidos de nitrogênio);
- PM (material particulado);
- VOC (compostos orgânicos voláteis).
A partir das matrizes (manhã e tarde) de origem e destino de viagens motorizadas individuais,
construídas durante a etapa de diagnóstico, aplicou-se o método de Fratar para redistribuir os
vetores de viagens geradas por setor censitário para os anos horizonte 2020 e 2025. O método de
Fratar é um modelo de distribuição de viagens baseado em fatores de crescimento. A principal
aplicação deste método consiste na projeção de matrizes futuras de viagens.
No ano base 2015, as condições de tráfego do sistema viário do Natal são mais favoráveis,
apresentando menos pontos de saturação viária. Na medida em que a demanda de tráfego aumenta,
começam a surgir mais vias congestionadas no município. De fato, como mostra a Tabela 3, há um
aumento considerável da extensão de vias em condição de tráfego congestionada. A variação, no
período entre 2015 e 2025, é de quase 2,0 vezes no pico da manhã e 2,5 vezes no pico da tarde.
Nesse sentido, a hipótese de não haver intervenção no sistema viário nos próximos 10 anos implica
em um aumento significativo de congestionamentos no município.
Cabe observar que, através da macrossimulação, os atrasos decorrentes de uma via congestionada
não afetam as vias anteriores. Por isso, as dimensões da extensão de vias com nível de serviço
congestionado, são relativamente pequenas em relação ao porte do município. No entanto, os
impactos são mais expressivos, sobretudo nos tempos de viagem e nas velocidades médias. Além
disso, esta análise engloba apenas os níveis de serviço dos segmentos viários, sem contemplar a
avaliação de indicadores de desempenho nas interseções, onde os conflitos são mais evidentes.
Estima-se que, na hipótese de não haver intervenção no sistema viário nos próximos 10 anos, a
velocidade média do sistema viário simulado reduzirá 10%. De acordo com as simulações realizadas,
no ano base do estudo, a velocidade média diária simulada é de aproximadamente 30 km/ h. Nos
cenários futuros, 2020 e 2025, estes valores reduzem para 29 e 27 km/h, respectivamente.
Tabela 4: Valores das velocidades do transporte motorizado individual estimado para Natal, no período de 2015 a 2025,
conforme Prognóstico
2020 / 2025 /
Velocidade Média (km/h) 2015 2020 2025
2015 2015
Pico Manhã 33 31 29 -5,1% -10,6%
É importante observar que, além da redução da velocidade média, neste período também está
previsto um aumento de aproximadamente 19% na distância percorrida pelas pessoas no transporte
motorizado individual, conforme valores apresentados na Tabela 6. Este fator impacta diretamente
nos tempos totais dispendidos pelas pessoas no transporte.
Tabela 6: Valores da distância percorrida pelas pessoas do transporte motorizado individual estimado para Natal, no
período de 2015 a 2025, conforme Prognóstico
2020 / 2025 /
Distância Total Percorrida (veic x km) 2015 2020 2025
2015 2015
Pico Manhã 442.890 483.445 530.824 9,2% 19,9%
Pico Tarde 429.390 465.517 506.985 8,4% 18,1%
Total Diário 5.921.793 6.442.374 7.045.547 8,8% 19,0%
Fonte: TECTRAN SYSTRA, 2017.
De acordo com as simulações realizadas, no ano base do estudo, o consumo diário de combustível é
de aproximadamente 766 mil litros por dia, sendo previsto um aumento de 22% até o ano de 2025.
Isto resulta em aumentos significativos na emissão de poluentes ao longo dos próximos 10 anos. A
Tabela 7 apresenta o detalhamento dos indicadores ambientais avaliados.
Tabela 7: Valores do consumo de combustível e emissão de poluentes diários estimados para Natal, no período de 2015 a
2025, conforme Prognóstico
2020 / 2025 /
Indicadores Ambientais (por dia) 2015 2020 2025
2015 2015
Consumo de Combustível (l) 766,386 843,841 936,671 10.1% 22.2%
Emissão de CO2 (ton) 1,435 1,577 1,748 9.9% 21.8%
Emissão de NOx (kg) 2,715 2,962 3,252 9.1% 19.8%
Emissão de PM (kg) 279 310 346 10.9% 24.2%
Emissão de VOC (kg) 1,808 2,018 2,275 11.6% 25.8%
Fonte: TECTRAN SYSTRA, 2017.
Tendo sido os resultados do Prognóstico apresentados no item 2 deste documento, a seguir são
apresentados análises e impactos, sob a ótica de indicadores e reflexos esperados na mobilidade do
Natal, decorrentes do aumento da demanda estimado para os anos horizonte de estudo,
considerando as propostas para a melhoria da oferta.
A Tabela 8 mostra as intervenções viárias levantadas neste estudo, as quais foram consideradas em
ambos os anos horizontes do estudo (2020 e 2025).
Tabela 8: Intervenções viárias consideradas nas propostas
Viário,
Corredor Fronteiras/ Adequação geométrica da via e do
Transporte
13 Moema Tinoco/ Prefeitura do Natal, 2016. Projeto viaduto Fronteira/Moema; Sinalização
Coletivo,
Conselheiro Tristão horizontal e vertical.
Cicloviário
Viário,
Integra o projeto de prolongamento do
Transporte
Eixo Moema Tinoco. Consiste em
16.2 Av. Conselheiro Tristão Pró Transporte, 2007. Projeto Coletivo,
adequação geométrica da Av. Conselheiro
Pedestres,
Tristão.
Cicloviário
Viário,
Reestruturação Av. Eng. Governo do Estado do Rio Transporte Readequação de geometria, sinalização,
32 Projeto
Roberto Freire Grande do Norte, 2016. Coletivo, implantação de faixa semi-exclusiva.
Cicloviário
É importante ressaltar que, para a análise de propostas nesta parte da Avaliação da Mobilidade
Motorizada, também foi utilizado o método de Fratar para redistribuir os vetores de viagens geradas
por setor censitário para os anos de 2020 e 2025. O método consiste em um modelo de distribuição
de viagens baseado em fatores de crescimento. A principal aplicação deste método consiste na
projeção de matrizes futuras de viagens.
Neste capítulo são apresentados análises e impactos, sob a ótica de indicadores e reflexos esperados
na mobilidade do Natal, decorrentes das projeções de demanda e adequações na estrutura viária nos
anos horizonte de estudo.
De fato, pode-se perceber, por meio dos mapas de carregamento, que a estruturação de novas
ligações ao longo do município favorece a melhora na distribuição do tráfego no município.
Para o ano de 2020, estima-se um aumento de 9,9% na velocidade média diária a partir da
implantação das medidas de curto e médio prazos descritos neste estudo. Para 2025, com as
intervenções de longo prazo, o cenário proposto atinge velocidade média diária de 30 km/h, 11%
superior ao prognóstico no mesmo período.
A Tabela 11 mostra o comparativo das distâncias totais percorridas pelos veículos no sistema viário.
A construção e estruturação de novas ligações no município implica em variações na distância total
percorrida pelos veículos. Prevê-se leves aumentos de distâncias médias percorridas na ordem de
1,5% e 1,1%, em 2020 e 2025, respectivamente, do cenário Propostas em relação ao Prognóstico.
A variação da distância percorrida não é tão significativa no Cenário Proposto, pois a melhora na
estruturação de ligações viárias nem sempre corrobora com a redução do comprimento dos
deslocamentos. A atratividade de uma ligação urbana depende mais da economia de tempo que ela
proporciona, do que da distância a ser percorrida.
A tabela a seguir apresenta as análises comparativas dos tempos de viagem dos automóveis no
município de Natal. A hipótese de implantação das intervenções previstas no Cenário Proposto
implica na redução de tempo de viagem dos automóveis na ordem de 17,1 mil horas diárias (7,7%),
em 2020, e 23,1 mil horas diárias (8,9%), em 2025.
Tabela 12: Comparativo de tempo total de viagem diário dispendido pelo transporte motorizado individual nos
horizontes de 2020 e 2025
Como explicitado anteriormente, os maiores impactos da implantação das propostas viárias são
sobre os indicadores de eficiência operacional, tais como o tempo de viagem. O aumento da
velocidade média do sistema viário, associado aos ganhos de distância percorrida.
Os reflexos ambientais, tais como consumo de combustível e emissão de poluentes, são importantes
medidas de desempenho de propostas viárias em um sistema de transportes.
A Tabela 13 revela economias diárias de cerca de 7 mil litros de combustíveis diários (0,9% do total) e
9 toneladas de dióxido carbônico emitidos pelos automóveis, para o ano de 2020. No ano de 2025,
estima-se que estas reduções diárias sejam de 15 mil litros de combustíveis e 23 toneladas de
dióxido de carbono. A situação atual foi apresentada no item 2.2.3.
2020 2025
Indicadores Ambientais
(por dia) Prognóstico Propostas Variação Prognóstico Propostas Variação
Consumo de Combustível (l) 843.877 836.265 -0,9% 936.870 921.316 -1,7%
Emissão de CO2 (ton) 1.577 1.568 -0,6% 1.748 1.725 -1,3%
Emissão de NOx (kg) 2.962 2.988 0,9% 3.252 3.264 0,4%
Emissão de PM (kg) 310 303 -2,3% 347 336 -3,2%
Emissão de VOC (kg) 2.019 1.949 -3,5% 2.276 2.174 -4,5%
De acordo com a pesquisa Origem/Destino, realizada em 2007 pela Oficina Consultores, em Natal,
34% do total de viagens são realizadas exclusivamente a pé. Além disso, importante mencionar, que
há também os percursos realizados a pé em complemento às viagens em transporte coletivo e
individual motorizado. Quanto às características dos deslocamentos, os bairros que concentram a
maior quantidade de viagens a pé são: Quintas, Alecrim, Dix-Sept. Rosado e Felipe Camarão. O
tempo médio de deslocamento das viagens realizadas a pé é 15 minutos.
A infraestrutura para pedestres existente em Natal consiste em calçadões na orla marítima, nas
margens do rio, nas vias exclusivas (localizadas nas ruas Cel. Cascudo, Prof. Zuza, e no Beco da
Quarentena) e semi- exclusivas (Av. Campos Sales, Av. Paulistana e Av. Alexandrino de Alencar).
É importante assegurar a circulação segura e universal de todas as pessoas nas vias públicas do
município, definindo padrões de calçadas, eliminando barreiras que limitem ou impeçam o acesso
para pessoas de mobilidade reduzida e estabelecendo critérios sobre a aplicação de mobiliário
urbano e padrões de travessia de pedestres.
Nas vias principais – Av. Governador Antônio de Melo e Souza (Av. Pompéia), Av. Dr. João
Medeiros Filho, Praça Gentil Ferreira, Avenida Presidente Bandeira – identificou-se lixo,
entulho, degraus, rampa de garagem e estacionamento irregular e bancas de comércio.
Na interseção da Av. Dr. João Medeiros Filho com BR-101 (ponto de ônibus) e em frente ao
supermercado Nordestão não há condições seguras de travessias (ausência de faixas de
pedestres e passarelas).
Na Praça Gentil Ferreira há potencial de melhorias, considerando a intensa circulação de
pedestres existente, além da obstrução de calçadas provocada pelo comercio.
No entorno imediato da Policlínica Médica Cidade Esperança, na Av. Pernambuco, onde
circulam portadores de mobilidade reduzida, há trechos não pavimentados, além de
obstrução provocada por árvore e por uma banca de revistas/ lanchonete.
Na Avenida 9 / Av. Coronel Estevam (Bairro Alecrim) as calçadas são obstruídas pelo comércio
(formal e informal), reduzindo ou eliminando a faixa libre para a circulação de pedestres.
No camelódromo Cidade Alta ocorre situação semelhante nas calçadas, interferindo na
mobilidade dos pedestres.
Um levantamento realizado acerca dos projetos viários elaborados para o município do Natal
identificou que já estão previstas algumas melhorias nas infraestruturas destinadas à circulação dos
pedestres:
Contudo, observou-se que, embora já tenham sido elaborados outros projetos para o sistema viário
do Natal, os demais não contemplam de forma direta a infraestrutura para pedestres. Destaca-se
que os passeios públicos deverão ser readequados – conforme legislação vigente e diretrizes
apresentadas no Plano de Gestão da Demanda – em todas as obras futuras do município do Natal,
Além dos projetos, é importante considerar os estudos existentes que preveem melhorias da oferta
para os pedestres no município do Natal. No âmbito do sistema viário, o Plano de Reabilitação do
Centro Histórico do Natal (Cunha Lanfermann, 2013) prevê a implantação de melhorias,
principalmente para os pedestres, no centro histórico do Natal. As vias contempladas são: Cais
Tavares de Lira, Rua Chile, Avenida Duque de Caxias, Esplanada Silva Jardim, Rua de Santo Antônio,
Rua Passos de Pátria, Rua João Pessoa (Rua do Sarmento), Rua Cel. Cascudo, Rua Dr. José Ivo, Rua da
Conceição, Rua João da Mata, Rua Quintino Bocaiúva (Rua do Rosário), Travessa Pax, Travessa
Aureliano Medeiros, Travessa Argentina, Travessa Venezuela, Travessa México, Avenida Tavares de
Lira, Beco da Quarentena, Avenida Câmara Cascudo, Rua Padre João Manoel, Dr. Barata e Rua
Câmara Cascudo. Para cada uma das vias o plano propõe, no mínimo, uma ação dentre as seguintes:
Área livre a ser redesenhada visando adequar acessibilidade dos pedestres, resgate
da identidade cultural e/ou permanência dos usuários do local;
Ruas a serem tratadas como uso preferencial para o tráfego de pedestres;
Trechos de via onde a calçada deverá ser alargada para acessibilidade de pedestres;
Área livre a se intervir através de reforma e restauração;
Passeios a serem adequados às normas de acessibilidade.
As vias exclusivas para pedestres e demais modos não motorizados são popularmente conhecidas
como “calçadão”. Trata-se de intervenções adotadas em muitas cidades para reduzir os conflitos
provenientes do excesso de tráfego de veículos motorizados em regiões centrais.
Em Natal já existem o calçadão da orla e três vias exclusivas. As características atuais destes espaços,
bem como propostas de melhorias, são apresentadas a seguir. Além disso, são apresentadas
propostas de transformação dos trechos correspondentes ao camelódromo Alecrim, na Av. Pres.
Bandeira, e ao Beco da Lama, no bairro Cidade Alta, em vias exclusivas para modos não motorizados.
O calçadão da Praia de Ponta Negra funciona com exclusividade aos pedestres desde a Av. Erivan
França até a Av. Coronel Inácio Valê. Além da praia, o calçadão passa em frente a bares,
restaurantes, galerias comerciais de pequeno porte, hotéis e pousadas, sendo importante para o
fomento do turismo e lazer no município. O calçadão conta com piso diferenciado, mobiliário urbano
e iluminação ostensiva. Recomenda-se manter este espaço público, realizando manutenção
periódica.
O trecho exclusivo para modos não motorizados da Rua Cel. Cascudo está compreendido entre a Rua
Vaz Gondim e a Av. Deodoro da Fonseca e tem aproximadamente 3 metros de largura. É muito
utilizado, pois conta com diversas atividades comerciais formais e informais.
A Rua Cel. Cascudo cruza com diversas vias de intenso movimento de veículos, tornando o calçadão
descontínuo, com interrupções em todas as interseções. Nesse sentido, recomenda-se que, sempre
que possível, as interseções com as demais vias (Av. Rio Branco, Rua Princesa Isabel e R. Felipe
O trecho exclusivo para modos não motorizados na Rua Prof. Zuza está compreendido entre a Av. Rio
Branco e a Rua Princesa Isabel. A via tem aproximadamente 7 metros de largura. O trecho
corresponde ao Espaço Cultural Ruy Pereira. O espaço é uma homenagem póstuma da Associação
dos Amigos do ex-secretário estadual de Educação, Ruy Pereira, além de um local destinado aos
artistas do Estado. Há regularmente apresentações musicais e de dança.
O beco da Quarentena tem largura de aproximadamente 2 metros e apresenta acúmulo de lixo, além
de não ser iluminado adequadamente. Não possui uma boa ambiência para a circulação de pedestres
e não transmite segurança aos transeuntes.
É essencial que exista uma preocupação com a vivacidade dos espaços, com o objetivo de assegurar
a segurança das pessoas. Nesse sentido, o Beco da Quarentena deve ter sua vocação avaliada com o
objetivo de promover ações que estimulem o uso do espaço público em diversos horários, não
permitindo que o espaço se torne um local ermo e propício à atos criminosos, tais como vandalismo
e assaltos.
O Plano de Reabilitação do Centro Histórico do Natal (Cunha Lanfermann, 2013) também prevê
tratamento para uso preferencial para o tráfego de pedestres para o Beco da Quarentena.
O beco da Lama está localizado entre as ruas Ulisses Caldas e João Pessoa, com aproximadamente
200 metros de extensão e 5 metros de largura. Atualmente a rua possui calçada muito estreita e
passagem de veículos. A via possui potencial para se tornar exclusiva para modos não motorizados,
pois há intensa atividade comercial e se integra ao calçadão existente na Rua Cel. Cascudo.
Deve ser realizado um projeto urbanístico que inclua propostas de paisagismo, iluminação e
arborização adequada, assim como paraciclos para o estacionamento de bicicletas. Poderá ocorrer a
circulação de veículos exclusivamente para acesso à entrada de garagem, onde existir, mas a
circulação motorizada deve ser desestimulada por meio de estratégias urbanísticas a serem definidas
na elaboração dos projetos.
O camelódromo Alecrim está localizado no canteiro central da Av. Presidente Bandeira, no trecho
entre a Av. Coronel Estevam e a Rua Dr. Manoel Miranda, com aproximadamente 200 metros de
extensão.
Junto ao camelódromo, no canteiro central, não há calçada. Seria essencial que houvesse espaço
destinado à circulação de pedestres composto por faixa livre, faixa de serviço e faixa de transição,
pois atualmente os consumidores utilizam a via pública para se deslocar pelo camelódromo, observar
vitrines, efetuar compras ou tirar dúvida com os vendedores, o que coloca em risco a segurança das
pessoas e prejudica a fluidez do tráfego.
Propõe-se que, caso a permanência do camelódromo seja uma diretriz do município, o sistema viário
no local seja readequado para oferecer segurança e conforto aos pedestres, com a implantação de
uma via exclusiva para modos não motorizados. Para tal, deve ser realizado um projeto urbanístico
que inclua propostas de paisagismo, iluminação e arborização adequada, assim como paraciclos para
o estacionamento de bicicletas.
Com o objetivo de garantir a vivacidade dos espaços e assegurar a segurança das pessoas,
recomenda-se que sejam realizadas outras atividades no espaço, principalmente à noite, com o
objetivo de manter a presença da população em diferentes horários do dia e evitar que o espaço se
torne ermo e propício à atos criminosos, tais como vandalismo e assaltos. Dessa forma, poderão ser
realizadas atividades culturais e de lazer, aproveitando o novo espaço público que será implantado.
Na Av. Campos Sales, as faixas junto ao canteiro central, uma por sentido, são destinadas a circulação
exclusiva de pedestres entre 19h e 22h. As faixas têm aproximadamente 3 metros de largura e estão
localizadas entre a Rua Potengi e a Rua Ceará Mirim, com 1,1 km de extensão, sendo seu uso
principal destinado ao lazer. Recomenda-se que o uso exclusivo por pedestres seja estendido para
todo o dia aos domingos.
Av. Paulistana
A Av. Paulistana, localizada na Zona Norte do Natal, possui faixas de aproximadamente 3 metros
junto ao canteiro central, sendo uma para cada um dos sentidos da via. As faixas possuem 2,5 km de
extensão, e se destinam a circulação exclusiva de pedestres entre 19h e 22h, de segunda à sexta, e
entre 15h e 18h, nos sábados e domingos. O uso principal da faixa de pedestres é o lazer e o esporte.
A Av. Alm. Alexandrino de Alencar, no trecho entre a Av. Zacarias Monteiro e a entrada do Parque
das Dunas/ Bosque dos Namorados, possui faixas destinadas a circulação exclusiva de pedestres
entre 17:00h e 6:30h. As faixas, uma por sentido, estão localizadas na via, junto ao canteiro central,
em área utilizada para estacionamento nos demais períodos do dia. O trecho possui
aproximadamente 530 metros de extensão.
É interessante observar que, de acordo com ITDP (2016), “a caminhabilidade tem foco não só em
elementos físicos, mas também em atributos do uso do solo, da política ou da gestão urbana que
contribuem para valorizar os espaços públicos, a saúde física e mental dos cidadãos e as relações
sociais e econômicas na escala da rua e do bairro”. Dessa forma, o índice é composto por 21
indicadores e 6 categorias, os quais estão apresentados na Tabela 14:
Tabela 14: Categorias e indicadores que compõe o Índice de Caminhabilidade
Conforme já foi mencionado, o Relatório Diagnóstico e Tendências identificou diversas vias em que
as calçadas apresentam irregularidades. Nesse sentido, é essencial que a Prefeitura do Natal realize
ações que incentivem ou obriguem os proprietários a realizarem a adequação das calçadas segundo
o que determina a legislação.
Recomenda-se que as legislações existentes sejam alteradas com o objetivo de dar permissão ao
poder público para instalar, executar, manter e requalificar calçadas de lotes privados e cobrar do
proprietário a realização de tais serviços.
Ressalta-se ainda que a emissão de Certidão de Características e Habite-se deve estar condicionada à
caminhabilidade das calçadas, executadas em conformidade com o projeto aprovado e com a
legislação urbanística.
As faixas de travessia são implantadas com o objetivo de sinalizar de forma segura, pois orientam o
pedestre quanto ao local adequado para a realização da travessia. Contudo, essa sinalização é
cotidianamente desrespeitada por motoristas e pedestres, especialmente quando não-semaforizada.
De acordo com o ‘Caderno Técnico para Projetos de Mobilidade Urbana: Transporte Ativo’
(Ministério das Cidades, 2016), as faixas de pedestres devem:
0bserva-se, portanto, que os pedestres têm a preferência nas faixas não-semaforizadas e devem
utiliza-las sempre que forem realizar uma travessia caso estas existam em distância de até 50 metros.
A partir disso, tem-se que:
Uma solução que vem sendo adotada por alguns municípios brasileiros com o objetivo de trazer
clareza sobre a prioridade absoluta estabelecida pelas faixas “tipo zebradas” é diferencia-la das faixas
não-semaforizadas, as quais não priorizam a travessia do pedestre. Conforme a Resolução nº 160/04
do CONTRAN, a Faixa de Travessia de Pedestres (FTP) compreende dois tipos: Zebrada (FTP-1) e
Paralela (FTP-2). O CONTRAN não estabelece em que situação cada uma das faixas deve ser utilizada,
Ainda quanto à sinalização, é importante destacar que a faixa de travessia de pedestres pode ser
acompanhada de sinalização vertical de advertência (A-32b – “Passagem sinalizada de pedestres”),
além de mensagens na sinalização horizontal, como “ATENÇÃO / PEDESTRES / 150 metros”,
precedendo a faixa. O uso destes elementos complementares na sinalização torna maior a
possibilidade de que as faixas sejam respeitadas.
Pedestre
Motorista
Com relação à caracterização das redes cicloviárias a serem implantadas, o Ministério das Cidades
(2007) destaca cinco exigências básicas que devem ser seguidas durante o planejamento e projeto da
infraestrutura cicloviária, sendo:
Em projetos cicloviários existem três tipos de estrutura que podem ser adotadas: ciclovias, ciclofaixas
ou ciclorrotas. A definição da tipologia mais adequada depende de fatores como velocidade e fluxo
de veículos motorizados das vias.
O gráfico apresentado na Figura 14 indica o nível de segregação que deve ser adotado para que a
infraestrutura cicloviária seja compatível com as características da via:
(1) Nas vias congestionadas, há um alto fluxo de veículos automotores e, como a via está
saturada, a velocidade dos veículos é baixa. Nestas vias, o ideal é desestimular a circulação
de ciclistas. Dessa forma, sempre que possível, é recomendável que as vias paralelas que
possuam menor fluxo motorizado sejam adotadas para a prática do ciclismo.
(2) Quando as vias apresentarem alto fluxo de veículos automotores e alta velocidade, as
ciclovias são recomendadas, por possuírem um alto nível de segregação e garantirem maior
segurança.
3.3.1.1 Ciclovias
As ciclovias são estruturas totalmente segregadas do tráfego motorizado e, por esse motivo,
apresentam maior nível de segurança e conforto para os ciclistas. Trata-se de uma estrutura
recomendada para vias com velocidades veiculares elevadas, onde é inapropriada a utilização da
bicicleta junto à faixa de rolamento. Dessa forma, em vias em que a velocidade regulamentada é
igual ou superior a 60 km/h a infraestrutura mais adequada é a ciclovia.
3.3.1.2 Ciclofaixas
As ciclofaixas se constituem de faixas para a bicicleta demarcadas por aplicação de pintura e/ou por
colocação de elementos de baixa segregação, tais como tachas, tachões e segregadores de borracha.
O CONTRAN recomenda que a implantação de ciclofaixas se dê na lateral da pista, mas ela também
pode acontecer sobre as calçadas ou canteiros centrais.
3.3.1.3 Ciclorrotas
As ciclorrotas são caminho que representam uma rota recomendada para o ciclista, com o trajeto
sem qualquer segregação ou sinalização contínua, sendo um espaço compartilhado com os veículos
automotores. Geralmente são implantados pictogramas de bicicleta no meio da pista de rolamento e
sinalização vertical de compartilhamento, indicando que é recomendada a circulação de ciclistas
naquela via e que os ciclistas possuem prioridade na circulação. A ciclorrota deve ser implantada em
vias de baixa velocidade, sendo comumente associada à implantação de Zonas 30. O ciclista deve
andar no meio da pista, garantindo a visibilidade e com o objetivo de evitar a ultrapassagem
insegura.
As zonas 30 são áreas em que o limite de velocidade é 30 Km/ h e que objetivam tornar o trânsito
mais seguro, dando maior destaque aos pedestres e favorecendo uma distribuição mais equitativa do
espaço público. São caracterizadas por terem um tráfego local e. por esse motivo, sua implantação é
recomendada em áreas onde as intensidades de tráfego sejam inferiores a 5.000 veículos/ dia (RACC,
2007) ou em áreas onde se deseje desestimular o fluxo de veículos automotores. Além disso, trata-se
de uma estratégia para fortalecer a hierarquização viária, uma vez que a circulação com velocidade
reduzida e a criação de circuito fechado desencoraja os motoristas com rotas de longa distância
(passagem) a utilizarem as vias internas da Zona 30 como atalho. As vias do entorno da Zona 30
(perímetro) devem apresentar sinalização indicando as entradas e saídas, sendo recomendada a
implantação de sinalização e elementos de traffic calming para indicar e estimular a redução de
velocidade. Sempre que possível, a implantação de zonas 30 deve ser acompanhada de
requalificação urbana, alargamento das calçadas e a implantação de elementos paisagísticos.
A distância ideal para utilização de bicicletas é, segundo GEIPOT (1983), de 800 metros a 3 km e pode
chegar a 5 ou 6 km nos deslocamentos casa-trabalho. Além disso, segundo dados da Associação
Nacional dos Transportes Públicos (ANTP, 2011), o uso de bicicleta envolve deslocamentos médios de
5 km.
Atualmente a rede cicloviária do Natal é fragmentada e insuficiente. A rede proposta para Natal
incorpora a infraestrutura existente e faz algumas conexões necessárias para interligar todas as
regiões da cidade, proporcionando segurança e agilidade aos deslocamentos por bicicleta.
A rede proposta cicloviária do Natal foi fundamentada nas propostas apresentadas pelas seguintes
fontes: Plano Diretor de Transporte Metropolitano da Região Metropolitana do Natal (DER, 2008),
Plano Cicloviário de Natal (Prefeitura do Natal, 2011); e, Mapeamento da rede cicloviária proposta e
existente da Secretária Municipal de Transporte e Trânsito de Natal (STTU, 2016). A partir da análise
desses planos, foi realizada uma compatibilização de cada projeto. A nova rede cicloviária, depois de
compatibilizada, teve cada uma de suas propostas avaliadas, e, baseando-se em critérios de
ocupação, largura e atendimento do sistema viário, algumas propostas foram retiradas,
acrescentadas ou modificadas na rede.
Na Figura 15 é possível observar toda a rede cicloviária existente e proposta para Natal. Nota-se que,
além da infraestrutura existente, foram propostos 36 novos corredores cicloviários a fim de atender
melhor toda a população de Natal.
A rede cicloviária atual tem uma extensão de 31 km. Contudo, ela precisa de algumas adequações,
conforme descrição a seguir:
Entorno UFRN
Ciclovias unidirecionais junto a ambos os lados da calçada e localizada na Av. Passeio dos Girassóis. É
importante pois atende à demanda de universitários e funcionários da UFRN. São necessárias
melhorias no sistema de drenagem e implantação de sinalização vertical e horizontal, incluindo
pictogramas do símbolo “Bicicleta”. É importante que seja realizada manutenção periódica da
ciclovia, incluindo pintura e remoção de vegetação.
Av. Itapetinga
Ciclovias localizadas nas marginais da avenida, com tipologia unidirecional junto a ambos os lados de
canteiro que separa da via principal. Considerando as características atuais da Av. Contorno e o
desrespeito à ciclovia que existe por parte dos motoristas e motociclistas, considera-se necessário
realizar reforço na sinalização vertical e horizontal. Além disso, devem-se tratar as interseções com
marcação de cruzamentos cicloviários (ver item 3.3.2.5).
Localizada na Via Costeira, trata-se de ciclofaixa bidirecional sobre a calçada. É necessário implantar
sinalização horizontal e vertical, em ambos os sentidos, alertando pedestres e ciclistas para o
compartilhamento. É importante que as interseções sejam evidenciadas com marcação de
cruzamentos cicloviários (ver item 3.3.2.5). Além disso, alguns abrigos de embarque e desembarque
de transporte coletivo devem ser reposicionados, pois atualmente obstruem a infraestrutura
cicloviária.
Ciclofaixa bidirecional junto ao meio-fio (a via não possui calçada). A ciclofaixa é extremamente
estreita, com apenas 1,75 metro (sendo 0,85 metro por sentido) e está localizada em uma via em que
Ciclofaixa compartilhada com transporte coletivo. Necessária sinalização vertical, indicando que há o
compartilhamento com ônibus com o objetivo de garantir maior segurança aos ciclistas.
Av. Contorno
Ciclofaixas unidirecionais junto a ambos os lados das calçadas. Cada ciclofaixa apresenta apenas
0,9 metro de largura, dimensão considerada insegura, de acordo com os parâmetros estabelecidos
pelo Ministério das Cidades (ver item 3.3.2.3). Faz-se necessário, portanto, alargar as ciclofaixas.
Parque da Cidade
Ciclofaixa bidirecional implantada no interior do Parque da Cidade. Trata-se de via exclusiva aos
modos não motorizados, sendo destinada à circulação de pedestres dentro do parque. Apresenta
boas condições e não demanda adequações, sendo apenas recomendada a manutenção periódica da
infraestrutura.
Ciclofaixas unidirecionais junto a ambos os lados da calçada. É uma infraestrutura importante para a
rede cicloviária, pois faz a ligação entre a Av. do Contorno e a Av. Prudente de Morais, e apresenta
condições satisfatórias, sendo apenas necessário tratar as interseções com marcação de
cruzamentos cicloviários (ver item 3.3.2.5).
Além da adequação da rede cicloviária existente, são propostos outros 190 km de infraestrutura
cicloviária, a ser integrado com o sistema existente, totalizando uma rede de aproximadamente
221 km, a qual deve ser implantada gradativamente no horizonte de planejamento do PlanMob, até
2025.
A infraestrutura cicloviária da Avenida Engenheiro Roberto Freire (1) foi prevista pelo Plano
Cicloviário de Natal (Prefeitura do Natal, 2011) e pelo estudo realizado pela STTU em 2016. O trecho
se inicia desde a Av. Praia de Pirangi, em Ponta Negra, e vai até a interseção com a Rua Doutor Solon
de Miranda Galvão, no bairro Capim Macio. A proposta de integração da Avenida Eng. Ribeiro Freire
na Rede Cicloviária, tem o objetivo de integrar os bairros da Zona Sul de Natal com o restante do
município, além de promover a continuidade da ciclovia existente da Via Costeira, ao mesmo tempo
em que a complementa, uma vez que também deve atender viagens com finalidades de trabalho e
estudos. De acordo com o estudo da STTU de 2016, está projetada a implantação de ciclovia no
trecho. Ressalta-se que essa proposta está em conformidade com o projeto elaborado em 2016 pelo
Governo do Estado do Rio Grande do Norte – Secretaria de Infraestruturas (SIN), o qual prevê a
Figura 17: Projeto de Reestruturação da Av. Eng. Roberto Freire – Seção Tipo
Fonte: Governo do Estado do Rio Grande do Norte, 2016.R. Dr. Orlando Azevedo/R. Dr.
Solon de Miranda Galvão/ Anel Viário do Campus UFRN
Este corredor cicloviário (2) é proposto para o bairro Lagoa Nova e é composto pelas ruas Dr.
Orlando Azevedo, Solon de Miranda e pelo Anel Viário do Campus UFRN. Tem início na interseção da
Rua Orlando Azevedo com Av. Ayrton Senna e vai até a interseção entre o Anel Viário do Campus e o
cruzamento com a Rua Djalma Maranhão. É previsto pelo Plano Cicloviário de Natal (Prefeitura do
Natal, 2011) e foi incorporado à proposta do PLAMOB por sua importância de complementaridade à
ciclovia existente do Entorno da UFRN. Dessa forma, todos os acessos à universidade são atendidos e
a infraestrutura existente passa a ser integrada à rede cicloviária proposta.
Esse corredor cicloviário (3) é proposto para o bairro Capim Macio e é composto pela Avenida Odilon
Gomes de Lima e Rua Governador José Varela. Sua infraestrutura é prevista pelo Plano Cicloviário de
Natal (Prefeitura do Natal, 2011). O trecho da Rua Governador José Varela vai desde a interseção
com o Anel Viário do Campus UFRN até a Av. Odilon Gomes de Lima, na sequência, na Av. Odilon
Gomes de Lima, o trecho vai desde a interseção com a R. Gov. José Varela até a Av. Passeios dos
Girassóis. A proposta de integração do corredor com a rede cicloviária de Natal tem como objetivo
realizar o atendimento no bairro Capim Macio e integrar a ciclovia existente no Entorno da UFRN
com a rede proposta.
A Avenida Ayrton Senna (4) está localizada no bairro Neópolis. Essa Avenida já possui uma ciclofaixa,
que se localiza entre a Av. das Alagoas e a Rua Minas Novas. A nova rede propõe um prolongamento
das duas extremidades, estendendo a infraestrutura cicloviária na Av. Ayrton Senna desde a Rua
Orlando Azevedo, ao norte, até o limite do município, nas proximidades da Av. Abel Cabral. O
objetivo do prolongamento é melhorar o atendimento da região e a promoção da integração com
toda a rede proposta. Esta infraestrutura é prevista pelo Plano Cicloviário de Natal (Prefeitura do
Natal, 2011), bem como pelo DT-RMN (DER, 2008).
A Avenida das Alagoas (5) está localizada no bairro Neópolis, na região Sul de Natal. Sua
infraestrutura cicloviária é prevista pelo Plano Cicloviário de Natal (Prefeitura do Natal, 2011). O
trecho está compreendido entre a Av. Ayrton Senna e a BR-101. A proposta de integração da Avenida
das Alagoas com a rede cicloviária tem como objetivo promover a integração da região Sul com a
região Oeste do município, além de conectar as ciclovias existentes na Av. Ayrton Senna e na Av.
Omar O ´Grady.
A Av. Antoine de Saint' Exupéry (6) está localizada no bairro San Vale. O trecho é compreendido
entre a BR-101 e Omar O´ Grady. A proposta de integração corredor dessa via com a rede cicloviária
tem o objetivo integrar as zonas Sul e Oeste de Natal, além de se conectar as ciclovias existentes no
Parque da Cidade e na Av. Pref. Omar O’ Grady.
Esta infraestrutura cicloviária é prevista no PDT-RMN (DER, 2008) originalmente passando pelo eixo
Henrique Santana / R. Dr. José Tavares da Silva. Contudo, considerando que, ainda hoje se trata de
uma via não pavimentada e para a qual não há previsão de investimento, é proposta a utilização da
Av. Antoine de Saint' Exupéry, uma vez que a avenida apresenta condições adequadas para a
circulação de ciclistas.
A proposta desse corredor cicloviário é composta pelas Ruas Monte Calvo e Santa Cristina (7). Tem
início na interseção com a ciclovia existente no Parque da Cidade, em Cidade Nova, e vai até a Av.
Industrial João Francisco da Motta, em Felipe Camarão. A infraestrutura cicloviária é prevista no PDT-
RMN (DER, 2008). A proposta de integração desse corredor com a rede cicloviária tem o objetivo de
atender a Zona Oeste de Natal e de promover a integração da mesma com a Zona Norte, por meio da
Av. Industrial João Francisco da Motta.
Av. Rio Grande do Norte/ Av. Solange Nunes do Nascimento/ Rua dos Caicos
Corredor proposto para os bairros Cidade Nova, Cidade da Esperança, Nossa Senhora do Nazaré, Dix-
Sept Rosado e Alecrim, composto pelas avenidas Rio Grande do Norte e Solange Nunes do
Nascimento e pela Rua dos Caicos. (8) O trecho se inicia na Av. Rio Grande do Norte, na interseção
com a Rua Monte Calvo, no bairro Cidade Nova, segue pela Av. Solange do Nascimento, e termina na
Rua Caicos, na interseção com a Av. Almirante Alexandrino De Alencar, no bairro Alecrim. Esta
infraestrutura é prevista pelo Plano Cicloviário de Natal (Prefeitura do Natal, 2011) e pelo
Corredor proposto para os bairros Nossa Senhora do Nazaré e Bom Pastor, é composto pela Avenida
Lima e Silva, Rua Bom Pastor e Avenida Amintas Barros (9). O trecho se inicia na Av. Lima e Silva, na
interseção com a Rua dos Caicos, passa pela Rua Bom Pastor e termina na Av. Amintas Barros, até a
interseção com a Av. Industrial João Francisco da Motta. Sua infraestrutura é prevista no Plano
Cicloviário de Natal (Prefeitura do Natal, 2011) e complementada pelo Mapeamento da rede
cicloviária realizado pela STTU em 2016. A proposta de integração do corredor com a rede cicloviária
tem o objetivo de interligar a Rua dos Caicos com a Av. Industrial João Francisco da Motta, que
realizam ligações importantes em Natal, que chegam até Centro e na região Norte.
A proposta cicloviária da Avenida Industrial João Francisco da Motta (10) se localiza nos bairros
Felipe Camarão, Bom Pastor e Nordeste. O trecho se inicia na interseção com a Rua Santa Cristina e
vai até a interseção com a Avenida Bernardo Vieira. É prevista no Plano Cicloviário de Natal
(Prefeitura do Natal, 2011) e pelo PDT-RMN (DER, 2008) e tem o objetivo de integrar a região Sul
com a região Norte de Natal.
A proposta cicloviária da Rua Ataulfo Alves (11) se localiza no bairro Candelária e tem o objetivo de
interligar a ciclovia existente no entorno da UFRN com a rede cicloviária proposta de Natal. O trecho
está compreendido desde a interseção da Rua Ataulfo Alves com a BR-101, seguindo a Rua Bento
Gonçalves até a Av. Prudente de Morais. Trata-se de uma proposta realizada pela Consultora
(TECTRAN SYSTRA) com o objetivo de a ciclovia existente no Campus com a proposta de ciclovia da
Av. Prudente de Morais. Observou-se que a Rua Ataulfo Alves possui as condições adequadas para
receber infraestrutura cicloviária.
A proposta cicloviária da Av. Prudente de Morais (12) se localiza nos bairros Candelária e Lagoa Nova.
Sua infraestrutura é prevista no Plano Cicloviário de Natal (Prefeitura do Natal, 2011) e o trecho fica
entre a Av. Governador Tarcísio de Vasconcelos Maia e Av. Amintas Barros. A proposta de integração
deste trecho com a rede cicloviária de Natal tem o objetivo de integrar as ciclofaixas existentes na
Av. Omar O’ Grady e na Av. Prudente de Morais.
R. Djalma Maranhão
Proposta para o bairro Nova Descoberta, seu trecho é compreendido entre o Anel Viário do Campus
UFRN e a Av. Amintas Barros (13). É previsto pelo no Plano Cicloviário de Natal (Prefeitura do
Natal, 2011) e pelo Mapeamento da rede cicloviária realizado pela STTU em 2016. O trecho tem o
objetivo de integrar a infraestrutura cicloviária no entorno da UFRN com as demais propostas da
rede cicloviária, sendo mais uma opção de acesso à universidade por bicicleta.
Esse corredor cicloviário (14) é proposto para os bairros Nova Descoberta, Lagoa Nova e Tirol. É
composto pelas seguintes vias: Rua Coronel Norton Chaves, R. Padre Germano, Avenida Xavier da
Silveira, Rua Doutor Nilo Bezerra Ramalho e Rua Zacarias Monteiro. O trecho está compreendido
entre a interseção da R. Coronel Norton Chaves com a R. Djalma Maranhão e a interseção da R.
Zacarias Monteiro com a Avenida Almirante Alexandrino de Alencar. É previsto pelo Plano Cicloviário
de Natal (Prefeitura do Natal, 2011) e tem o objetivo de integrar o entorno da UFRN com a área
central do Natal.
A infraestrutura cicloviária da Av. Amintas Barros (15) foi proposta pelo Plano Cicloviário de Natal
(Prefeitura do Natal, 2011) e é complementada pelos estudos rede cicloviária realizados pela STTU
em 2016. O trecho está localizado entre Rua Themístocles Duarte e a Rua dos Caicos, passando pelos
bairros Dix-Sept Rosado, Lagoa Nova, N. Sra. do Nazaré. É importante pois integra a Zona Oeste à
Zona Sul do Natal.
É proposta infraestrutura cicloviária na Av. Bernardo Vieira (16), no trecho entre a ciclofaixa
existente da Av. Prudente de Morais e a Av. Xavier da Silveira. O trecho se localiza entre os bairros
Tirol e Lagoa Nova, integrando as zonas Sul e Leste do Natal. Além disso, é uma infraestrutura
importante, pois além de conectar a infraestrutura existente à rede proposta, atende ao Shopping
Midway Mall, um importante equipamento de comércio e lazer. Essa proposta foi realizada pela
Consultora (TECTRAN SYSTRA), com o objetivo de promover a integração com a ciclofaixa existente e
ter uma ligação direta entre as propostas. Av. Almirante Alexandrino de Alencar
A proposta da Av. Almirante Alexandrino de Alencar (17) foi baseada no Plano Cicloviário de Natal
(Prefeitura do Natal, 2011). O trecho contemplado fica entre o Parque das Dunas e a interseção R.
Amaro Barreto/ Av. Fonseca e Silva e passa pelos bairros Tirol, Lagoa Seca, Alecrim e Barro Vermelho,
sendo muito importante para a Zona Leste do Natal.
Este corredor (18) está localizado nos bairros Tirol, Barro Vermelho e Lagoa Seca, na Zona Leste do
Natal. A proposta foi baseada no Plano Cicloviário de Natal (Prefeitura do Natal, 2011) e é importante
pois se conecta a ciclofaixa existente na Av. Prudente de Morais, integrando-a as demais propostas
da rede cicloviária. Tratam-se de três diferentes trechos: 1) Av. Romualdo Galvão, entre Av.
Almirante Alexandrino de Alencar e a Rua Joaquim Fagundes; 2) Rua Joaquim Fagundes, entre a Av.
Rodrigues Alves e a Av. Prudente de Morais; 3) Av. Rodrigues Alves, entre a Rua Joaquim Fagundes e
a Rua Jundiaí; e, 4) Rua Jundiaí, entre a Av. Rodrigues Alves e a Av. Deodoro da Fonseca.
R. Jaguarari/ R. Meira e Sá
O corredor formado pelas ruas Jaguarari e Meira de Sá (19) está localizado no bairro Barro Vermelho,
na Zona Leste do Natal, e foi baseada no Plano Cicloviário de Natal (Prefeitura do Natal, 2011). O
trecho vai desde a Av. Almirante Alexandrino de Alencar até a Av. Deodoro da Fonseca.
A proposta da R. Presidente Leão Veloso (20) foi baseada no Plano Cicloviário de Natal (Prefeitura do
Natal, 2011). O trecho contemplado fica entre a Av. Doutor Mário Negócio e a Rua dos Caicos,
passando pelos bairros Quintas e Alecrim, na área central de Natal.
A proposta da Av. Deodoro da Fonseca (21) foi baseada no PDT-RMN (2008). O trecho contemplado
fica entre as ruas Meira de Sá e Miramar, passando pelos bairros Petrópolis, Ribeira, Cidade Alta e
Tirol, na Zona Leste do Natal. É importante por acessar a área central do município e integrar toda a
rede proposta à essa região.
Este corredor tem o objetivo principal de promover a integração entre a ciclofaixa existente na Av.
Prudente de Morais (22) com as propostas na Rua Miramar e Av. Deodoro da Fonseca. Na Av. Nilo
Peçanha, tem início na interseção com a Av. Prudente de Morais e R. Seridó se estendendo até a R.
Gen. Gustavo Cordeiro de Farias, por onde segue até a Av. Deodoro da Fonseca. A proposta foi
baseada no PDT-RMN (DER, 2008) e atende aos bairros Praia do Meio e Petrópolis.
R. Miramar
A proposta de infraestrutura cicloviária na Rua Miramar (23) conecta as propostas das avenidas Nilo
Peçanha e Deodoro da Fonseca à ciclovia existente na orla, na Av. Pres. Café Filho. Está localizada nos
bairros Rocas e Praia do Meio, na Zona Leste, e foi baseada no Plano Cicloviário de Natal (Prefeitura
do Natal, 2011).
Esta proposta é um corredor composto pelas ruas São João de Deus e Professor José Melquíades
(24), nos bairros Santos Reis e Rocas. A proposta foi baseada no Plano Cicloviário de Natal (Prefeitura
do Natal, 2011) e complementa o atendimento na Zona Leste integra as infraestruturas cicloviárias
existentes nas avenidas Duque de Caxias e Pres. Café Filho.
A proposta na Av. Senador Dinarte Mariz (25) interliga duas ciclovias existentes na orla de Natal: Via
Costeira e Av. Pres. Café Filho. A proposta foi baseada no Plano Cicloviário de Natal (Prefeitura do
Natal, 2011) e é importante pois, além de integrar ciclovias existentes entre si, ela torna possível o
deslocamento em bicicleta por toda a orla marítima do município desde a Zona Sul até o limite da
Zona Leste com a Zona Norte. Dessa forma, a proposta atende os bairros Ponta Negra, Mãe Luiza,
Areia Preta, Praia do Meio, Rocas e Santos Reis.
A proposta para a Av. Praia do Forte (26) visa conectar a Ciclovia da Ponte Newton Navarro com o
Forte dos Reis Magos, um dos Pontos Turísticos de Natal. Sua finalidade principal será o lazer, mas
considerando a vocação do município para o turismo, entende-se que é um trecho importante a ser
incluído na rede cicloviária proposta. O trecho é previsto por estudo realizado pela STTU em 2016.
A Av. Dr Mário Negócio (27) passa pelos bairros Quintas e Alecrim, na Zona Leste do Natal. O trecho
está localizado entre a Av. Dinarte Matriz, onde há ciclofaixa existente, e a a Av. Felizardo Firmino
Moura. A proposta de infraestrutura cicloviária foi comtemplada no Mapeamento da rede cicloviária
realizado pela STTU em 2016.
Essa proposta de infraestrutura cicloviária está localizada na Rua da Cruz e na Rua Boa Vista (28),
circundando o bairro Nordeste, localizado na Zona Oeste do Natal. A proposta foi baseada no Plano
Cicloviário de Natal (Prefeitura do Natal, 2011) e é importante pois se conecta às infraestruturas
cicloviárias propostas para as avenidas Industrial João Francisco da Motta e Felizardo Firmino Moura.
O corredor formado pela Av. Felizardo Firmino Moura e BR-101 (29) está previsto no Plano
Cicloviário de Natal (Prefeitura do Natal, 2011) e no Mapeamento da rede cicloviária realizado pela
STTU em 2016. Localiza-se nos bairros Salinas e Igapó e faz a ligação entre a Zona Oeste e a Zona
Norte do Natal. O trecho tem início na Avenida Industrial João Francisco da Motta e vai até a Rua
Vale do Jaguaribe, fazendo ligações importantes, como com as ciclovias propostas na Av. Doutor João
Medeiros Filho e na Av. das Fronteiras.
A Ponte Newton Navarro (30) está localizada entre os bairros Redinha e Santos Reis, fazendo a
ligação entre a Zona Norte e a Zona Leste do Natal. A proposta foi baseada no Plano Cicloviário de
Natal (Prefeitura do Natal, 2011) e é importante, pois conecta a ciclovia existente na Av. Presidente
Café Filho à proposta da Av. Doutor João Medeiros Filho.
A proposta de implantação de infraestrutura cicloviária na Av. Dr. João Medeiros (31) foi baseada no
Mapeamento da rede cicloviária realizado pela STTU em 2016. Esta infraestrutura é importante, pois
atende diretamente aos bairros do entorno: Igapó, Potengi e Redinha. Além disso, se conecta a
ciclovia existente da Av. Itapetinga, a qual é descontinua atualmente.
A proposta Av. Moema Tinoco da Cunha (32) está localizada no bairro Pajuçara e foi baseada no
Plano Cicloviário de Natal (Prefeitura do Natal, 2011) e no Mapeamento da rede cicloviária realizado
pela STTU em 2016. O estudo da STTU propõe a implantação da tipologia de ciclovia, a qual já foi
projetada como parte do Programa Pró-Transporte. O trecho está compreendido entre a Av. Dr. João
Medeiros Filho e a Av. Tocantinea, ambas contempladas na rede cicloviária proposta. Sua
importância é prover a Zona Norte com infraestrutura cicloviária, permitindo o acesso seguro e
confortável em bicicleta a todas as regiões do município.
A Rua Abmael Florêncio Bernardo (34) está localizada no bairro Nossa Senhora da Apresentação, na
Zona Norte de Natal. O trecho proposto está entre a Avenida das Fronteiras e a Rua Couto
Magalhães, ambas contempladas na rede cicloviária proposta.
O Mapeamento da rede cicloviária realizado pela STTU em 2016 previa a implantação de ciclovia em
trecho paralelo, na Rua Sampaio Correia. Contudo, optou-se por alterar a proposta para a Rua
Abmael Florêncio Bernardo por entender que a infraestrutura existente na via é mais favorável à
circulação de bicicletas e, além disso, por ter um acesso em nível à Av. das Fronteiras (que possui um
viaduto na interseção com a Rua Sampaio Correia), permitindo com maior facilidade a continuidade
da infraestrutura cicloviária. Além disso, o estudo da STTU previa a continuidade da infraestrutura
por meio de ciclorrota na Av. Serra Negra, contudo este trecho foi retirado da proposta por ser de
difícil acesso à rede cicloviária e não possuir equipamentos em seu entorno que o justifiquem.
R. Couto Magalhães
A Rua Couto Magalhães (35) está localizada no bairro Nossa Senhora da Apresentação, na Zona Norte
de Natal. A origem da proposta é o Mapeamento da rede cicloviária realizado pela STTU em 2016. O
estudo da STTU propõe que seja implantada ciclovia no trecho entre a Rua Abmael Florêncio
Bernardo e a Av. Maranguape, ambas contempladas na rede cicloviária proposta.
O eixo Avenida Maranguape/ R. Santa Clara (36) está localizada nos bairros Nossa Senhora da
Apresentação e Potengi, na Zona Norte de Natal. A origem da proposta são os estudos do PDT-RMN
(DER, 2008) e o Mapeamento da rede cicloviária realizado pela STTU em 2016. O estudo da STTU
propõe a implantação de infraestrutura com a tipologia de ciclovia. O trecho para qual é proposta a
implantação de infraestrutura cicloviária está entre a BR-101 e a Av. Dr. João Medeiros Filho, a qual
também está incluída na rede cicloviária. A proposta de integração do eixo Avenida Maranguape/ R.
Santa Clara na Rede Cicloviária tem como objetivo realizar o atendimento da Zona Norte do Natal,
levando à BR-101 e passando por importantes vias, como a Avenida das Fronteiras, para a qual
também há proposta de implantação de infraestrutura cicloviária.
A Av. Antônio Basílio e a Rua Dr. José Gonçalves (37) estão localizadas no bairro Lagoa Nova, na Zona
Sul de Natal. A origem da proposta é o Plano Cicloviário elaborado pela STTU em 2015. É proposta a
implantação de infraestrutura cicloviária na Av. Antônio Basílio, no trecho entre a Av. Xavier da
Silveira e a R. José Gonçalves, além de trecho na R. Dr. José Gonçalves, entre a Av. Antônio Basílio e a
Av. Bernardo Vieira. A proposta fortalece o atendimento cicloviário na região e integra ciclovias
planejadas e existentes.
3.3.2.3 Dimensionamento
De acordo com o “Caderno Técnico para Projetos de Mobilidade Urbana” (Ministério das Cidades,
2016), as ciclovias e ciclofaixas unidirecionais devem ter largura mínima de 1,20 metro. Já as ciclovias
e ciclofaixas bidirecionais devem ter largura mínima de 2,50 metros. Estas medidas não incluem a
segregação física e a sarjeta da via.
Nota: Deve ser considerada a dimensão do final da sarjeta até o eixo da pintura.
São apresentadas as seções tipo indicadas para implantação de infraestrutura cicloviária. As seções
apresentadas se configuram em diretrizes preliminares para a implantação da rede cicloviária,
orientando as dimensões mínimas e as infraestruturas recomendadas. As tipologias aqui indicadas
deverão ser avaliadas nos estudos específicos a serem desenvolvidos futuramente, de forma a
abranger aspectos de implantação e adequação de infraestrutura, como a largura da via ciclável,
drenagem, acesso do ciclista, tipo de pavimentação, arborização, obstruções do fluxo, entre outros.
Os projetos executivos e os estudos específicos serão responsáveis pela aplicação das diretrizes
indicadas nas seções tipo, obedecendo às dimensões mínimas recomendadas. É necessário ainda que
nestes estudos futuros sejam avaliadas ações para a liberação do espaço de cada via para os ciclistas,
como a redução de faixas de trânsito ou de estacionamento de veículos, além de adequações nos
canteiros centrais.
Ressalta-se ainda que a implantação de novas vias arteriais e coletoras deve, sempre que possível,
incluir infraestruturas cicloviárias, devendo ser realizado um estudo específico com o objetivo de
interligar a via nova às demais ciclovias e ciclofaixas da rede, promovendo a conectividade do
sistema.
Figura 20: Seção – Ciclovia unidirecional junto ao canteiro central com segregador
Fonte: TECTRAN SYSTRA, 2017.
Figura 23: Seção – Ciclovia bidirecional junto ao canteiro central com segregador
Fonte: TECTRAN SYSTRA, 2017.
Sinalização Horizontal
De acordo com o Manual de Sinalização Horizontal do CONTRAN (2007), a cor vermelha é utilizada
para a demarcação de ciclovias ou ciclofaixas, que delimita a parte da pista de rolamento destinada à
circulação exclusiva de bicicletas. Nos bordos a cor deve ser branca, para contraste. A largura da faixa
deve ser de, no mínimo, 0,20 metro e, no máximo, 0,30 metro. Deve ser complementada com o
símbolo “Bicicleta”, aplicado no piso da ciclofaixa.
Além da pintura, as ciclovias contam com elementos segregadores que podem ser mureta, grade,
blocos de concreto ou canteiro.
Sinalização Vertical
O objetivo da sinalização vertical é fornecer informações que permitam aos que circulam na via
adotar comportamentos adequados, garantindo sua segurança e ordenando os fluxos de tráfego e
usuários da via.
Interseções
A sinalização horizontal e vertical é principalmente necessária nos cruzamentos para diminuir o risco
de acidentes entre bicicletas e veículos motorizados. Sempre que houver necessidade pode-se
também adotar dispositivos semafóricos.
Faixas de segurança
A faixa de segurança é uma sinalização usada entre ciclovias /ciclofaixas e a pista de rolamento em
trechos que possuem maior risco de acidentes. A largura mínima é de 0,40 metro e deve aumentar
de acordo com os riscos apresentados na via. Sugere-se que as faixas de segurança sejam
implantadas nas seguintes situações:
Bike Boxes
Bike Boxes são áreas à frente dos carros nas interseções semafóricas delimitadas exclusivamente
para bicicletas. Dessa forma, os ciclistas podem esperar o semáforo abrir em um espaço exclusivo,
garantindo-lhes fazer as conversões com maior segurança.
3.3.3 Estacionamento
A proposta do PlanMob Natal é que o município elabore um termo de referência para a contratação
do serviço no horizonte de curto prazo e que, no médio prazo, a cidade possua, no mínimo, 30
estações de compartilhamento de bicicletas e um total de 300 bicicletas disponíveis para a
população.
Em agosto de 2013 o juiz Luiz Alberto Dantas Filho, da 5ª Vara da Fazenda Pública da cidade,
homologou um Termo de Compromisso entre o Ministério Público Estadual e a Prefeitura, com o
objetivo de solucionar a situação dos animais explorados e estabelecendo o prazo de cinco anos para
que a Prefeitura do Natal retire definitivamente todos os veículos de tração animal. O Município
assumiu a responsabilidade de encaminhar à Câmara Municipal um projeto de lei regulamentando a
atividade dos carroceiros e prevendo a redução do número de veículos durante o período de
transição até a proibição definitiva da circulação de animais nas vias públicas.
Em dezembro de 2015, atendendo ao Termo de Compromisso firmado em 2013, foi lançado pela
prefeitura do Natal o projeto de lei denominado Política Municipal de Retirada dos Veículos de
Tração Animal. O projeto prevê a retirada dos veículos de tração animal das ruas, facilitando a
mobilidade do trânsito e preservando os animais utilizados para o serviço, mas enfrenta a resistência
dos carroceiros que cobram uma alternativa, já que desse trabalho depende o sustento de suas
famílias.
Em agosto de 2016 foi realizada uma audiência pública na Câmara Municipal de Natal para debater o
Projeto de Lei. Ainda, o Governo do Estado, por meio da Secretaria do Trabalho, da Habitação e da
Assistência Social (Sethas), lançou uma linha de financiamento para atender aos carroceiros de Natal
com o objetivo de auxilia-los a se reinserir no mercado de trabalho. A Secretaria Municipal de
Trabalho e Assistência Social (Semtas) também tem desenvolvido um trabalho com o objetivo de
reinserir os carroceiros no mercado de trabalho, cadastrando todos os profissionais e traçando seus
perfis.
O Serviço Tipo Regular I é prestado através de concessão por 6 (seis) empresas que operam 82 linhas,
com uma frota efetiva de 616 ônibus no dia útil e 123 ônibus em frota reserva, totalizando 739
veículos. Realizam mais de 4.365 viagens em dia útil, 3.385 viagens aos sábados e 2.487 viagens aos
domingos e feriados. A tarifa, atualmente, corresponde a R$ 2,902 a partir do aumento em janeiro
de 2016.
O Serviço Regular II é prestado através do regime de Permissão com uma frota de 177 veículos tipo
Micro-ônibus cadastrados, os quais atendem 20 linhas e realizam cerca de 1.500 viagens dia útil.
Em novembro de 2016 a Prefeitura do Natal publicou por meio da Comissão Especial de Licitação do
Serviço de Transporte Público de Natal – CELSTP/PMN, no Diário Oficial do Município (DOM) o edital
de licitação na modalidade Concorrência Pública, objetivando a Outorga de concessão a título
oneroso para prestação dos serviços públicos de transportes coletivos urbano de Natal – Serviço
Regular I na cidade do Natal, do tipo “Técnica e Preço”. Publicou também outro edital de
Concorrência Pública, cujo objetivo é a Outorga de permissões a título oneroso para prestação dos
serviços públicos de transportes coletivos urbano de Natal – Serviço Regular II, do tipo “Melhor
Técnica”. O primeiro ainda se encontra em andamento e será lançado um novo edital de convocação,
uma vez que na data prevista não foi apresentada nenhuma proposta de interessados. O segundo
está temporariamente suspenso por decisão judicial.
2 Publicado no Diário Oficial do Município - Ano XVI - nº. 3214 - 29 de janeiro de 2016.
O sistema ferroviário é constituído por duas linhas singelas (uma linha única, que liga dois pátios
adjacentes, utilizada para circulação de trens nos dois sentidos), Norte e Sul. A Linha Norte, em via
possui uma extensão de 38 km, com 12 estações, sendo sete delas no Município de Natal, duas no
Município de Extremoz e três no Município de Ceará-Mirim. A Linha Sul, com 17,7 km, possui 10
estações, sendo sete delas em Natal, duas no Município de Parnamirim e uma na divisa entre os dois
municípios. A Estação de Ribeira, localizada na Área Central de Natal, é comum às duas linhas,
permitindo a integração entre elas.
Rede de Transportes
A rede de Transporte Público Urbano do Natal apresenta bom grau de cobertura da área urbana,
caracterizada por ligações de longa distância, ligações diretas entre bairros e área central e pela
superposição de itinerários nos principais corredores de tráfego de transporte da cidade.
Porém, é preciso que seja implantada uma Rede de Transporte Coletivo que atenda melhor às
demandas da cidade do Natal. Essa rede deve apresentar cobertura de 100% ou próxima dela, que
minimize as ineficiências e que atenda às necessidades dos usuários. Pressupõe-se a organização dos
serviços de forma complementar e integrada com cada um assumindo a vocação inerente às
características tecnológicas e operacionais, aproveitando os benefícios da bilhetagem eletrônica e
das integrações para sua otimização.
Segundo Ferraz & Torres (2004), existem três principais tipos de rede:
Radial – neste caso todas as regiões periféricas da cidade são interligadas ao centro. O
emprego deste tipo de rede é mais comumente visto em cidades onde o comércio e
prestadores de serviço se concentram na zona central da cidade.
Grelha grade ou malha – empregada em cidades onde não há centralização de
comércio e prestadores de serviço, estando essas atividades dispersas por vários
pontos da cidade.
Ainda segundo os autores supracitados, as linhas (que formam uma rede) do transporte coletivo
podem ser classificadas com base no traçado. Segundo a função que a linha tem na rede de
transporte coletivo, pode se enquadrar em:
Linhas radiais - fazem a ligação dos bairros ao centro da cidade onde normalmente há
uma grande concentração de comércio e prestação de serviços;
Diametral - fazem a ligação de dois pontos da cidade passando pelo centro;
Linhas interbairros - fazem a ligação de dois ou mais pontos na cidade sem passar pelo
centro. Estas linhas também podem ser descritas como perimetrais;
Linhas locais - o percurso dessas linhas encontra-se dentro de uma região da cidade,
região esta que pode conter um ou mais bairros, é estabelecida para atender um ou
mais polos de atração com viagens diretas;
Linhas circulares - fazem a ligação entre vários pontos da cidade, o seu percurso é um
circuito fechado e o centro da cidade se localiza mais ou menos no centro do circuito,
mas muitas vezes há a necessidade de que esta linha circular passe pelo centro da
cidade para atender a melhor a demanda de passageiros.
A implementação do conceito estrutural/local está associada à integração física e tarifária que, até
pouco tempo, era limitada pela necessidade de construção de terminais de integração fisicamente
fechados. Com a disseminação da bilhetagem eletrônica, as alternativas de integração se ampliaram.
O problema, porém, continua a existir pela necessidade de cobertura dos custos operacionais
exclusivamente pelas tarifas, pelas dificuldades de adoção de políticas tarifárias efetivamente
integradas e de modelos de remuneração dos operadores e até pela resistência dos usuários em
realizar transbordos (baldeações) para completar a sua viagem.
No município de Natal, em que se observa uma superposição das linhas atuais e um percentual
elevado de deslocamentos internos, ou seja, dentro da própria zona administrativa, a utilização dos
subsistemas estrutural e alimentador, ou local, através da integração temporal viabilizada pelo
sistema de bilhetagem eletrônica passa a ser a mais adequada. Podendo inclusive existir linhas com
características Diametral e Estrutural, servindo de linha troncal e ao mesmo tempo ligando duas
zonas distintas.
Este tipo de organização da rede oferece ainda duas outras vantagens: primeiro, permite mais
possibilidades de ajuste da oferta de viagens às necessidades da demanda, pela implementação de
modelos operacionais mais flexíveis, usando veículos expressos, retornos operacionais e outros
artifícios do planejamento operacional; segundo, o conceito de sistema de transporte ganha
materialidade aos olhos da população, oferecendo uma melhor legibilidade da rede para os usuários,
os operadores e para os órgãos gestores.
Rede Integrada: O sistema de transporte será composto por diversas linhas que
deverão funcionar como uma rede integrada, ou seja, permitindo que os usuários
utilizem mais de uma linha em seu deslocamento total, com o pagamento de apenas
uma tarifa (quando for do mesmo serviço) ou com complemento de tarifa (quando for
integração de linhas de serviços diferentes), em um determinado espaço de tempo.
Essa rede pressupõe a organização dos serviços de forma complementar e integrada,
com cada um assumindo a vocação inerente às características tecnológicas e
operacionais. Assim, algumas linhas deverão assumir o papel troncal, ligando os polos
de maior demanda, tendo o apoio de outras linhas cumprindo as funções de
alimentação ou transversalidade.
Cobertura: A rede deverá permitir a máxima cobertura possível do município de Natal,
em decorrência do sistema integrado e complemento dos itinerários, sendo capaz de
gerar uma mobilidade total aos usuários do sistema de transportes;
Traçado: Todos os traçados deverão ser concebidos com o objetivo de eliminar as
superposições de itinerários, buscando-se a racionalização do sistema, evitando a
O sistema Estrutural deverá contar com infraestrutura diferenciada, devendo nos principais
corredores ter exclusividade, como forma de ganhar velocidade, reduzir tempo de viagem e custos.
Os corredores ou faixas exclusivas para ônibus deverão ter as seguintes características:
Além de garantir condições adequadas de circulação de pedestres para acesso às paradas e estações,
também devem ser tomadas providências para que os usuários possam aguardar o transporte em
locais seguros e adequados. Propõem-se as seguintes intervenções para os pontos de parada do
transporte coletivo da cidade do Natal:
Padronização dos pontos de paradas, que devem ter abrigos maiores, confeccionados
com materiais que não retenham calor excessivo, com mapas de itinerários e
informações referentes às linhas que ali param, com indicação dos horários das linhas,
atualizadas em tempo real, garantido maior conforto e segurança para os usuários. A
padronização da infraestrutura e a melhoria da sinalização facilitarão a localização e o
uso da rede de transporte coletivo;
Iluminação adequada, para melhorar a segurança dos usuários em horários noturnos;
Fiscalização intensiva para coibir e punir motoristas que estacionam nos espaços
reservados à embarque e desembarque de ônibus, obrigando que os usuários
aguardem, embarquem e desembarquem na faixa de rolamento.
A criação de mapas indicativos das rotas para os modos não motorizados facilitarão
aos pedestres definirem quais os melhores caminhos a serem utilizados para acesso a
rede de transporte público. Implantação de mapas indicativos, pelo menos ao lado dos
abrigos de ônibus e próximos aos acessos das estações de metrô. A sinalização deve
ser clara e concisa, visando facilitar a circulação de pedestres e promover o uso dos
modos públicos e não motorizados e, também, orientar pessoas que não sejam da
cidade do Natal;
Padronização da sinalização (horizontal e vertical) com dimensões apropriadas para
serem vistas pelos pedestres, ciclistas e usuários de transporte coletivo,
principalmente onde existir concentração de pessoas;
Nos pontos de parada e/ou plataformas, deve ser prevista a instalação de dispositivos
de sinalização visual, tátil e auditiva, com a informação das respectivas linhas de
A ampliação do acesso aos serviços de transporte público passa pela disseminação e qualidade das
informações relativas disponibilizadas à população. Para tanto, deve ser desenvolvido um programa
de comunicação e informação aos usuários, com o objetivo de sustentar um diálogo permanente
com a população e informar adequadamente sobre a melhor forma de se locomover pela cidade,
além de proporcionar ao poder público o conhecimento das percepções e interesses da população e
contribuir para a adequada convivência entre os atores envolvidos.
Para ampliar a disponibilização desses aplicativos, o Poder Público pode buscar parcerias com
desenvolvedores de aplicativos já existentes no mercado, com aplicações por celular ou internet,
bastando ao município compartilhar as informações para tais fins. Essa é uma opção de parceria a ser
desenvolvida pela STTU, que, por meio do intercâmbio de dados e a um baixo custo, pode tornar
acessível à população as informações sobre o funcionamento do sistema de transporte público. Esta
iniciativa além de incentivar o uso dos serviços de transporte, pela divulgação permanente das
informações necessárias sobre como se locomover na cidade, pode auxiliar na avaliação e no
planejamento dos serviços, pois os aplicativos podem, por meio de perguntas simples, obter
informações diárias dos usuários sobre a qualidade dos serviços e as características dos
deslocamentos.
Outra proposta consiste na implantação gradativa de painéis de informação em tempo real nos
principais pontos de embarque e desembarque de Natal.
Para a implantação do sistema de informação proposto é importante que o município conte com
ferramentas como rastreamento da frota, transmissão e tratamento dos dados de localização, além
de todos os veículos de transporte coletivo equipados com GPS. Desse modo, é importante que nas
próximas licitações sejam feitas tais exigências.
De fato, o transporte público coletivo urbano no Brasil vem apresentando um processo de declínio,
expresso pela queda da demanda e da produtividade dos serviços. Tarifas crescentes, oferta
inadequada às necessidades dos usuários, insuficiente desenvolvimento tecnológico, falta de
investimentos para atender a elevada demanda de infraestrutura – estes são alguns dos problemas
agravados por um ambiente institucional e um marco regulatório carentes de modernização.
A regulação de determinados serviços ou atividades se faz necessária quando o mercado, por suas
livres forças, não consegue alcançar uma solução ótima do ponto de vista econômico e social. No que
se refere ao transporte público, os principais objetivos da regulação dessa atividade essencial, são o
bem-estar do usuário, a melhoria da eficiência – refletindo-se em tarifas mais baixas –, a qualidade e
a universalização do acesso aos serviços.
As soluções para os principais problemas que os sistemas de transporte urbano estão enfrentando,
em Natal e na maioria das áreas urbanas do país, estão em novos paradigmas regulatórios,
organizacionais e institucionais. A adoção de regras transparentes, estáveis e que atribuam riscos e
responsabilidades entre os agentes públicos e privados é condição indispensável para a gestão eficaz
dos sistemas de transportes públicos urbanos.
Entende-se como noturna, a operação de linhas que partem do terminal entre 23:00h e 04:00h. Esta
operação noturna cumpre o importante papel de conectar os equipamentos públicos que funcionam
durante a madrugada, formando uma rede de atendimento que garanta o acesso a estes serviços a
toda população. Além disso, atende também a demanda de usuários que se deslocam buscando
serviços noturnos como: bares, restaurantes e boates, bem como aos trabalhadores dos mesmos.
Quando se trata de operação noturna faz-se necessário fazer a ressalva de que a rede passa ter outra
concepção, uma vez que já não há mais a necessidade das mesmas linhas estruturais. A rede noturna
passa ter linhas Especiais com características perimetrais e circulares, com caráter social.
A operação aos finais de semana embora possua uma dinâmica diferente de dias úteis, em termos de
linhas de desejo e de quantidade de passageiros, a curto prazo, poderá ser utilizado o mesmo
traçado de rede, adequando-se a oferta no que tange a número de viagens.
Porém, embora a população esteja habituada a utilizar a mesma rede de linhas servida em todos os
dias da semana, o “desconforto” de utilizar uma rede de linhas diferente, ao menos aos domingos
pode ser uma excelente ferramenta para adequar a oferta à demanda existente neste tipo de dia e
racionalizar a operação e consequentemente os custos. Para que este desconforto seja minimizado
fazem-se necessárias ações como:
Realizar pesquisas específicas para avaliar a demanda reprimida nos finais de semana e
feriados;
Analisar embarques e desembarques ao longo do trecho das linhas nestes dias;
Criar uma rede que ajuste a oferta à demanda;
Divulgar amplamente a rede a ser utilizada.
O Programa de Acessibilidade Especial – PRAE – Porta a Porta – trata-se de uma rede complementar
do Serviço de Transporte Público Urbano do Natal, foi instituído por meio do Decreto nº. 8.519, de
27 de agosto de 2008, com o objetivo “de desenvolver e articular ações que ampliem e qualifiquem a
mobilidade, a circulação de pessoas com mobilidade reduzida e outros atendidos pela legislação
vigente”, conforme seu art. 1º.
É um serviço gratuito de transporte porta a porta com veículos acessíveis e adaptados para o
transporte de pessoas comprovadamente com mobilidade reduzida, devido a uma deficiência, à
idade ou a qualquer outro fator, mas que não corra risco de vida, não estando em uma situação de
urgência ou emergência. Destinado exclusivamente às pessoas com mobilidade reduzida, residentes
no município de Natal e que estejam cadastradas no Programa.
O serviço é gerenciado pela Prefeitura do Natal através da STTU e SMS, em parceria com o SETURN.
Nesse cenário, o município do Natal é cortado por linhas municipais e um conjunto de linhas
intermunicipais, sem integração entre os dois sistemas. As linhas intermunicipais são geridas e
regulamentadas pelo Departamento Estadual de Estradas de Rodagem do Rio Grande do Norte –
DER/RN. Seis empresas operam essas 25 linhas, que apresentam tarifas diferenciadas em função das
distâncias (anéis), propiciando a ligação entre Natal e os municípios do entorno, através de ônibus
urbano comum, com a acomodação de passageiros sentados e em pé.
A rede estrutural e local proposta para o município de Natal deve servir também para
complementação/alimentação da rede intermunicipal metropolitana, formando assim uma única
rede de transporte integrada, racionalizando a operação e oferecendo mais opções de atendimento
aos usuários.
Faz-se necessária não apenas a integração operacional, mas que também a gestão e regulação sejam
integradas/coordenadas. Para isso, é necessário criar canais, institucionais ou políticos, para envolver
os outros gestores envolvidos.
O equacionamento da gestão coordenada dos serviços municipais e regionais na RMN, exige uma
solução institucional que coordene as ações dos diversos entes envolvidos, superando os limites
institucionais. O País demonstra diversas práticas nesse sentido:
Assim, faz-se necessário a definição da solução/modelo institucional por parte dos entes envolvidos,
para formalizar a cooperação administrativa entre estes, na prestação do serviço de transporte na
Ressalta-se que, de acordo com a legislação federal e conforme análise jurídica apresentada no
Relatório Diagnóstico e Tendências, o transporte especial não trata de um serviço público em que a
Municipalidade irá delegar sua execução a terceiros, mas sim de um serviço privado que para ser
prestado pelos interessados faz-se necessário atender a algumas exigências de ordem pública. Nesse
sentido, cabe ao Poder Público regular a sua prestação, intervindo por meio do exercício do seu
poder de polícia dado o interesse público envolvido e como forma de resguardar a qualidade e a
segurança e verificar se as exigências estabelecidas foram atendidas.
Além disso, as disposições contidas nos arts. 11 e 19 da Lei Complementar nº 149/2015, que fazem
menção, respectivamente, à procedimento seletivo com escolha de proposta de preço e a inclusão
do serviço de transporte especial na política tarifária, merecem passar por uma reanálise pelo Poder
Público Municipal, uma vez que o tipo transporte especial, previsto na lei municipal trata-se de
transporte coletivo privado, não há razão para se falar em fixação de tarifas para a prestação de
serviço de transporte especial. Nesse caso, o que existe é uma relação contratual entre o
transportador e o transportado, sendo livre o estabelecimento do preço.
O transporte escolar atende crianças da pré-escola ao ensino médio, nas suas viagens de entrada e
saída das escolas. É normalmente entendido como um serviço público, regulado pelas Prefeituras,
porém também apresenta características de transporte por fretamento, uma vez que as condições
da sua prestação (principalmente o preço) são contratadas diretamente entre o transportador e os
pais ou responsáveis pelas crianças.
O tratamento adequado dos pontos de parada próximos às escolas é outra atividade sob
responsabilidade das administrações municipal e deve ser encarado como parte importante da
política de mobilidade urbana local. Envolve investimentos na configuração da malha viária, se
possível adotando projetos de moderação de tráfego, na sinalização horizontal, vertical e até
semafórica, na operação do trânsito próximo às escolas e nos programas de educação para o
trânsito.
As Prefeituras fixam as tarifas, ou melhor, os critérios de composição delas, uma vez que
normalmente se usa uma combinação de fatores: a bandeirada, uma tarifa quilométrica (para os
deslocamentos) e uma tarifa temporal (para as horas paradas), variável ao longo do dia, com valores
um pouco mais caros para horários noturnos e fins de semana.
Dentro de uma visão integrada da gestão da mobilidade urbana, cabe às Prefeituras a organização
dos serviços de táxis sob outros dois importantes aspectos: a segmentação do mercado e a
distribuição espacial da oferta. No que se refere ao mercado, o Poder Público pode criar diversos
tipos de atendimentos, visando atender públicos distintos: táxis comuns, táxis especiais (com mais
itens de conforto e preço mais elevado), táxis-lotação, táxis para pessoas com deficiências físicas são
apenas alguns exemplos de situações existentes em cidades brasileiras. Neste campo, os táxis vêm
sofrendo a concorrência de diversos serviços de caráter privado para transporte de públicos
específicos (executivos, idosos, atendimento a eventos etc.), em regime de fretamento.
Faz parte também da definição do papel dos táxis no transporte urbano a forma de distribuição
espacial da oferta, adotando ou não pontos fixos para estacionamento dos veículos, com ou sem
limite de vagas. A fixação dos taxistas em pontos é a prática mais usual: a Prefeitura determina a
localização dos pontos de estacionamento, fixa o número de vagas e a autorização para prestação do
serviço é vinculada àquele ponto; neste caso, o motorista é autorizado a explorar o serviço apenas
em um único ponto, e nele, por sua vez, operam apenas os carros autorizados.
Considerando que existe uma lacuna na legislação municipal a respeito do regramento sobre o
transporte público individual, entende-se que, para cumprir completamente suas atribuições no que
se refere aos serviços de táxi, o Poder Público Municipal deve estabelecer, no mínimo, normas sobre
os cinco aspectos a seguir, devendo, para tanto, observar as diretrizes gerais previstas nesses
mesmos dispositivos legais federais:
Requisitos mínimos de segurança, de conforto, de higiene e de qualidade dos
serviços;
Requisitos mínimos de fixação prévia dos valores máximos das tarifas a serem
cobradas;
Requisitos a serem atendidos pelo interessado em receber outorga do direito à
exploração de serviços;
Regras sobre a transferência do direito à exploração dos serviços;
Regras sobre a fiscalização da prestação dos serviços.
De modo geral, a situação do transporte de cargas em Natal pode ser considerada menos crítica do
que aquela observada em outras cidades. O município já possui regulamentações de restrição de
circulação de caminhões com peso bruto elevado e de cargas perigosas, as quais foram levantadas e
apresentadas no Relatório de Diagnóstico e Tendências:
Compreende-se pela alteração que o Município entendeu ser importante a proibição da circulação
de carga apenas nos horários de pico. A alteração da legislação visa viabilizar que a operação de
carga e descarga ocorra em horário comercial ao mesmo tempo em que minimiza os conflitos
decorrentes da circulação de veículos de grande porte e do procedimento de carga e descarga nos
horários de pico. Ainda deve ser elaborado decreto que regulamente a Lei nº 6.619/2016 e
determine as vias em que a proibição será aplicável. Para tal, recomenda-se que sejam considerados
os principais Polos Geradores de Viagens (PGVs) comerciais e industriais do Natal, os quais foram
identificados na etapa de Diagnóstico e Tendências:
Considerando os acessos dos PGVs mencionados já se encontram saturados, seja pelas condições
inadequadas da malha viária, seja pelo excesso de veículos nos horários de pico, recomenda-se que a
determinação legal considere estes locais para a limitação da circulação de veículos de grande porte
nos horários mais carregados.
Para fazer cumprir o disposta na legislação existente (Lei nº 6.619/16, bem como nas legislações
futuras que considerem o exposto acima, deverá haver reforço na fiscalização, garantindo que a
circulação e o estacionamento de veículos de carga ocorram apenas nas vias e horários
determinados.
A previsão de direitos explícitos aos usuários (art. 14) permite que a população questione o Poder
Público, até judicialmente, caso não seja observado o direito a informações diversas sobre o serviço.
A sociedade civil pode e deve ter maior participação na gestão e no planejamento dos serviços, de
acordo com o artigo 15, na medida em que há previsão de canal para a manifestação do cidadão.
Com relação às regras de operação dos serviços de transporte público, ressalta-se o dispositivo que
prevê que os critérios para a licitação de serviços passem a ser baseados na tarifa pública. No
formato anterior, o operador era definido pelos custos operacionais. Ora, fixados estes custos, se
houvesse redução do número de usuários pagantes, consequentemente haveria a necessidade de
aumento tarifário para a manutenção do equilíbrio financeiro do Sistema de Mobilidade Urbana.
Uma vez fixada a tarifa, o operador deve manter a atratividade para os usuários, sob pena de ter
reduzida a receita total, caso haja evasão de passageiros. A PNMU fomenta, desta forma, a eficiência
na operação.
Importante mencionar que com a vigência da lei o Poder Público deve divulgar sua planilha
orçamentária para acompanhamento pela população. Outra importante previsão legal determina
que as receitas extra tarifárias, ou seja, as que não são oriundas do pagamento de tarifa pelos
usuários, devem ser investidas no Sistema. Com a PNMU, os operadores passam a ter liberdade para
dar descontos aos usuários, o que pode resultar, por exemplo, numa tarifa menor para os usuários
em horários de ociosidade, fazendo com que o Sistema possa ser mais rentável e estimule a
circulação em horários menos concorridos, por significar eventual economia para o usuário, o que
reduziria a sobrecarga nos horários de pico.
3Área Bruta Locável (ABL): a área que produz rendimento no conjunto comercial. Inclui a área de vendas bem
como os espaços de armazenagem e escritórios afectos aos estabelecimentos.
O poder executivo deverá adotar uma política tarifária de forma a tornar o transporte acessível e
atraente à população, mantendo o equilíbrio econômico e financeiro das empresas operadoras. Esta
política deverá ser pautada nas diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana atual e em
metodologias e orientações futuras que esta possa apresentar.
ABNT, NBR 9050. Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de
Janeiro: ABNT, 2015.
BRASIL. Lei nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012. Institui a Política Nacional de Mobilidade Urbana.
BRASIL. Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito Brasileiro – CTB.
Ministério das Cidades. Conselho Nacional de Trânsito. Departamento Nacional de Trânsito. Brasília,
2008.
BRASIL: MINISTÉRIO DAS CIDADES. Caderno de referência para elaboração de plano de mobilidade
urbana. República Federativa do Brasil: Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana,
2015.
BRASIL: MINISTÉRIO DAS CIDADES. Caderno Técnico para Projetos de Mobilidade Urbana: Transporte
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BRASIL: MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES. Programa Brasileiro de Mobilidade por Bicicleta – Bicicleta
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CONTRAN. Resolução nº 314, de 08 de maio de 2009. Estabelece procedimentos para a execução das
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