You are on page 1of 219
ene Oi ee Pea Pi secs tale aah. et 0 ahs x eee i at f] ae ia Se ane phe . eee c Sey Ba x, k sel ae eee z ' wren Soe : { i SS: ee Pat ei Sea anette z eUREELEE r ey - = . " t # ‘ ’ A t ; E Pde " a ee AO, DEFORMACOES, REDISTRIBUICAO . fee AS.LINHAS DE... ‘DE-CONCRETO ARMADO %. Agate Ey Pil eZ teat ete * nis Sieg fe prety CO TRAE 4 eae By, = > em gm aaa Na A a NS, Sa + Pas yi a batch ia q eas bt Fa fea ae Time | N,Cham. 624:01945 L584v =690° .” ~» Autor: Leonhardt, Fritz, 5 Titulo: Construgdes.de‘concreto /°. Se i 7 i Re Oa ca E 53 ne. cbs le “ee - . —_ _— zl a eet one ene ise : Sar set _— et eae het Ser ? 2 * £ oe al ss ee see — ws er a — eee —_ VERIFICACAO DA CAPACIDADE DE UTILIZACAO Limitacdo da Fissuracdo, Deformacoes, Redistribuicdo de Momentos e Teoria das Linhas de Ruptura em Estruturas de Concreto Armado FRITZ LEONHARDT Doutor Engenheiro Doutor Honoris Causa Professor do Instituto da Construcao da Universidade de Stuttgart TRADUCAO JOAO LUIS ESCOSTEGUY MERINO, Engenheiro Civil, UFRGS EDITORA INTERCIENCIA LTDA. , 1979 io WILLIAM rave 02 MATIAY GLVA - 78/02099 -22 | aa Le

6 0 modulo de elasticidade modulo de elasticidade do concreto mdédulo de elasticidade do aco drea nervurada relativa, no caso de acos nervurados coeficiente de retracdo coeficiente de deformacdo lenta modulo de elasticidade transversal = E,/E, = relacdo entre os dois médu- los de elasticidade grau de maturidade do endurecimento do concreto = coeficiente de Poisson = _ dilatagao transversal - dilatagdo longitudinal coeficiente de dilatacdo térmica resist6ncia de um material resist6ncia a tracao resisténcia prismatica a compressdo do concreto resistencia cubica @ compressao do con- creto resisténcia.cubica 4a compress4o aos 28dias resistencia cilindrica & compressdo do concreto resisténcia a tracao do concreto (simplifi- cadamente Bz) resisténcia a tragdo na flexdo valor de calculo da resisténcia 4 compres- S40 do concreto limite de escoamento do aco limite relativo & deformacdo de 0,2% do aca Young’s modulus, modulus of elasticity shear modulus maturity degree of concrete hardening Poisson’s ratio coefficient of (thermal) expansion strength of a material tensile strength prism strength in compression cube strength cube strength at 28 days cylinder strength in compression tensile strength bending tensile strength characteristic strength yield strength 0,2% yield strength C ts, = ~~, —, —, By resist6éncia da aderéncia entre o aco eo concreto Notacoes bond strength -....... —.Cargas.(as—letras-maiusculas_referem-se -as..cargas-concentradas;-as--letras-minUsculas-referem-se--as-—----— cargas distribu/das em urna area ou referidas a um comprimento): a,G carga permanente p, P carga movel, carga acidental q carga total g + p w, W carga de vento ee forca de protensao H componente horizontal de uma carga concentrada V componente vertical de uma carga con- centrada — Esforcos solicitantes: Mi momento Mp momento fletor M+ ou T momento de tor¢ao ou torsor N forca normal Q forca cortante — Deformacdes: f flecha u,v, Ww deslocamentos € deformacao, alongamento AR, encur- tamento por compressao Ag variacdo de comprimento —Tensdes: oO tensdo (+) positiva = tensdo de tracao (—) negativa = tensdo de compressdo Op tensdo na armadura de tracao Ge tensao na armadura de compressdo oh tensdo no aco no Estadio | OoR tensao no aco na secao da fissura, imedia- tamente apos a fissura Ager = ep ok = variac¢do brusca de tensdo por ocasido da fissuracao on tensdo no aco na secdo da fissura para o caso de carga determinante (Estadio |!) dead load live load total load wind load prestressing force horizontal component vertical component moment bending moment, flexural moment twisting moment, moment of torque normal force, axial force shear force deflection displacements strain elongation stress (+) tensile stress (—) compressive stress ( ( | Oa ( | , | . | Coup tensdo efetiva no aco no Caso de colabo- | racao do concreto entre fissuras ; Ty, tensao de compressao no concreto 4 | Sp7 tensao de trac¢ao no concreto Gj, Oy; tenses principais principal stresses T tensao de cisalhamento shear stress \ . Fey valor de cdiculo da tensdo de cisalhamento | | ; em vigas de concreto armado i | 74 tensdo de aderéncia entre o concreto eo bond stress ( | ape 7 a | | Diversos C | a distancia entre fissuras ( K coeficiente em geral coefficients Ky coeficiente de correcaco para a influéncia ( | : do cobrimento de concreto sobre a dis- ( | ; tancia entre fissuras e sobre a abertura (| das fissuras ES | : ko relagao entre os valores médios Byz/t im ' Kk coeficiente relativo 4 forma do diagrama ‘ de tensdes na zona efetiva Fiagy | F ka coeficiente relativo ao quantil de 95% da abertura de fissura Wgg referido a aber- ( tura média de fissura w,,, ( ke coeficiente relativo a repeticao e a dura- | | ( cao do carregamento ( . ke coeficiente relativo 4 colaboracao do con- ( : creto entre fissuras | Ky coeficiente relativo ao desvio existente ; entre a direca€o da armadura e a direcdo ( das tensdes ( kz, kg coeficientes que relacionam as rigidezas ( do Estadio Il com as do Estadio | a ( Ke coeficiente relativo a curvatura devido ( a retracdo i. Ko coeficiente relativo a curvatura devido a c | deformacao lenta : Se comprimento de introducao ( R. comprimento ficticio, de acordo com Falkner ( t profundidade da fissura | ( V deslocamento do diagrama M/z displacement of M/z line, shift of Mz ( line Fi LL SR AROS SSDS RR SS SA PE wm ie) Notacdes comprimento de aderéncia destruida na fissura coeficiente de seguranca safety factor, factor of navel —abertura-de-fissura—_—_— Ra WIE iE coeficiente relativo as cargas para o grau load degree de carregamento coeficiente relativo 4 distancia entre fis- suras, de acordo com Falkner angulo de rotacdo na flexdo angie of flexural deformation curvatura na flexdo flexural curvature distorcdo no caso de deformacao por cisa- unit shear lhamento angulo de torcao angle of torque rotacao plastica plastic rotation coeficiente de redistribuicdo Unidades de medida: | kg 1 kp 1 Mp TN 1 KN 1 N/m? 1 N/mm? Abreviaturas: DAfStb CEB FIP DBV IVBH |IASS RILEM B.u,Stb. BSt B Bn £ NB unidade de massa = 9,81 kgm/s* = unidade de forca = massa x aceleracao da gravidade = ] 600 kp {Newton} = 1 kp m/s? =0,1 kp (Kilonewton) =100 kp; 1 MN (Meganew- ton) = 100 Mp = ] Pa (Pascal) = 1 MN/m? = 1 MPa (Megapasca!) £10 kp/cm? Deutscher Ausschuss ftir Stahibeton (Comissdo Alema para o Concreto Armado) Comité Euro-International du Béton (Comité Euro-internacional do Concreto), Paris Fédération Internationale de la Précontrainte (Federacdo Internacional da Protensdo) Deutscher Beton-Verein, Wiesbaden (Sociedade Alema do Concreto) Internationale Vereinigung flr Bruckenbau und Hochbau (Associacao” Internacional de Pontes e Grandes Estruturas) International Association for Shell Structures Réunion Internationale des Laboratoires d’Essais de Matériaux Revista “Beton — und Stahlbetonbau”’ (Construcdes de ONeretO: e Concreto Armado) categoria de aco para concreto classe de concreto {de acordo com a antiga DIN 1045) classe de concreto (de acordo com a nova DIN 1045, 1972) cimento concreto normal LB LN el nec const crit max min med pl red U.R.A, teor exist adm rel concreto leve linha neutra elastico necessario constante critico maximo minimo meédio plastico reduzido umidade relativa do ar tedrico existente admissivel relativo i. Verificacoes Relativas a Capacidade de Utilizacao a i sd tt ere es he a hh a PN = == Os volumes 1 e 2 desta obra tratam principalmente do dimensionamento das estruturas, tendo em vista a seguranca com relacado a capacidade resistente. Neste volume serdo determinados os principios basicos para a verificacao analitica da garantia da capacidade de utilizacdo e da durabi- lidade. Conforme ja havia sido mencionado em [1a, paragrafo 6.1.3], a capacidade de utilizacao pode ser prejudicada por um dos seguintes fatores: — fissurac3o excessiva — deformacoes excessivas, principalmente flechas — vibracdes incOmodas ou insuportaveis — infiltracdo de agua ou de umidade — corrosdo no concreto ou no aco — fogo e incéndios Para a séguranca da capacidade de utilizacdo devem ser estabelecidos e observados estados limites para 0 Comportamento das estruturas (limit states of serviceability). Alguns dos prejulzos 4 capacidade de utilizacdo sao causados por uma qualidade deficiente de execucao ou por erros de proje- to. O presente trabalho limitar-se-A4 ao tratamento dos defeitos que possam ser evitados por meio de uma verificacado anal itica. 1.1 NIVEIS DE EXIGENCIA DO APROVEITAMENTO NO ESTADO DE UTILIZACAO Antigamente, a verificacdo da capacidade de utilizacdo era feita, na maioria dos casos, para a carga maxima de servico (peso préprio g + carga acidental p + cargas adicionais);no caso de edificios, ocasionalmente para g + 0,7 p. O conhecimento tem indicado, porém, que, no caso de flechas, aberturas de fissuras, etc., nao é a carga maxima que 6 a decisiva para o bom desempenho da estrutura, mas sim a Carga permanente g (permanent load) + a parcela da carga acidental que ocorre com frequéncia ou que atua por um longo perfodo de tempo (frequent or quasi permanent live load) — que muitas vezes se situam muito aquem de 0,7 p. A duracdo do carregamento ou, entdo, cargas vibratérias ou dinamicas podem sumentar a abertura das fissuras. Além das cargas que atuam exter- namente, os esfor¢os de coa¢do, que surgem através de recalques, impedimento das deformacGes Causadas por variagdo de temperatura e fendmenos andlogos, podem dar origem & formacdo de fissuras. Estes tipos de esforcos devem pois ser levados em consideracao. As sOlicitacdes, devido & acao do tempo ou as descargas industriais (como por exemplo: chu- va, gases formadores de acidos, vapores, etc.), desempenham um papel importante sobre o valor da abertura admissivel de fissura. No futuro, serdo introduzidos diversos niveis de exigéncia (functional requirements) para os valores admissiveis das aberturas das fissuras e das flechas, para a medida da ~ protecdo contra a corrosdo, etc., como por exemplo, tendo em vista os tipos de carregamento: eS a ey ee en etd ee a a poh ee et he eh . ae.Fy a, Niveis de Exigéncia em Funcao dos Tipos de Carregamento Peso proprio + parcela da carga acidental que fregiientemente Grau de carregamanto 1 se repete ou que atua por um longo periodo de tempo Grau de carregamento 2 Peso proprio + carga acidental admissivel maxima Peso proprio + parcela da carga acidental que atua dinamica- mente (mais do que 10° vezes) Grau da carregamento 3 ! Niveis de Exigéncia em Relacéo ao Ataque da Corroséo e as Condicées Ambientais K | atague fraco ame ai Definicdes ainda nao existentes K Il ataque moderado ue quantifiguem o fendmeno K Ii ataque forte ApS en gue rene As condi¢Ges de protecdo conira a corrosdo dependem também da sensibilidade 4 corrosdo dos a¢os; os agos tratados a quente (na maioria a¢os de protensao) sao acos sensiveis a corrosao. Niveis de Exigéncia em Relacdo a Incéndios Tempos de resisténcia ao fogo F30, F60, F90 e F180 de acordo com uma sinalizacao lumi- nosa normalizada (DIN 4102) — também denominados classes de resist€ncia ao fogo. nyse Outros tipos e niveis de exigéncia serao tratados caso a caso. i As exigéncias relativas ao calor, som, etc. so, via de regra, cumpridas por ocasido do aca- bamento. 1.2 VALORES-LIMITE DO COMPORTAMENTO DAS ESTRUTURAS As estruturas, através de um dimensionamento adequado, devem se adaptar de tal modo a estes niveis de exigéncias que os valores-limite definidos para seu comportamento (limit states of performance} sejam abedecidos. Tais valores sao fixados de tal modo que a Capacidade de utilizacdo nao seja posta em risco, A cada categoria de ‘‘ataque” corresponde uma categoria de resisténcia da peca ou da estrutura. Os niveis de exigéncia e as categorias de resist€ncia dependem do comportamen- to desejado para a estrutura, tendo em vista o tipo de utilizacda, os custos de manuten¢do ou a vida Util prevista. Estes fatores condicionam os valores-limite a adotar, como por exemplo: — fissuras no concreto: a abertura das fissuras deve ficar limitada a valores prefixados (tais como 0,1 ou 0,4 mm) =: limitacdo da fissuracdo. — flechas: os valores-limite dependem inteiramente do tipo de utilizacdo e da sensibilidade i de outras partes da estrutura em relacdo a estas flechas. (, — vibragdo: as frequéncias que causam inquieta¢do as pessoas (0,7 a 2 hertz) ou amplitudes ( : muito grandes devem ser evitadas, ( — incéndios: 0 tempo de resisténcia ao fogo é fixado de acordo com as consequéncias, em ( ! F .., minutos, durante os quais a estrutura, submetida 4 acdo das cargas, nao podera entrar em colapso. (7 | ( 1, Verificages Relativas 4 Capacidade de Utilizacdo SSE reir icc Recomenda-se ao engenheiro responsével por uma obra que, por ocasido do inicio do projeto, defina e estabeleca perante o proprietaério da obra, ndo sé as exigéncias e serem satisfeitas, como os valores-limite relativos ao comportemento que devam ser cumpridos. Estas condigdes 2S SO- “mente estao regulamentadas, em parte, na legislacdo sobre obras ou so tratadas apenas parcialmente nas normas DIN. Seria errGneo elaborar critérios perfeccionistas sobre o assunto, porque a utilizacdo da obra e as exigéncias dos proprietarios sao itens muito heterogéneos. 2. Limitacao da Fissuracao, Limitacao da Abertura das Fissuras a i a a a cei ce ————= 2.1 INTRODUCAO 2.1.1 Formagao das Fissuras e Finalidade da Limitagao da Fissuracao oe eee ae ee a et BiH pas be OAL rar oar LLL LRA vt WAC Fo Wk Ns A baixa resisténcia 4 tracdo do concreto é a razdo pela qua! as pecas estruturais de concreto fissuram-se até com tensOes de tracdo pequenas. Deve-se levar em consideracdo, que, na maioria dos casos, além das tensGes devido as cargas, atuam também tensdes de tracao provenientes de estorcos de coacdo internos, ou externos (tensGes de coacdo ou tensdes intrinsecas), as quais, para condicoes desfavoradveis de temperatura e umidade do ar, podem por si so atingir valores tdo elevados, que o concreto se fissura antes mesmo do carregamento atuar. Este perigo de fissuracao existe principal- mente nas primeiras dez a quarenta horas apés a concretagem, enquanto o concreto novo ainda nao tem quase nenhuma resisténcia a tragao, mas esta sujeito a tensdes intrinsecas ou tensdes de coacao elevadas devido a variacOes de temperatura. Tais variag¢oes de temperatura surgem devido ao calor de hidratacao no interior da peca e ao esfriarmento no exterior; assim, por exemplo, em caso de uma retirada prematura das fOrmas e de um vento frio noturno, as variacdes de temperatura provocardo tensoes de iracao nas Camadas mais externas, Pecas macicas ou espessas estado, por isso, parlticularmente sujeitas a este risco (fig. 2.1). Os efeitos de coacdo surgem também quando uma peca for concretada contra um trecho mais antigo, como por exemplo no caso de uma parede sobre uma sapata corrida (fig. 2.2} ou ent&éo uma alma de viga junto a um trecho da viga ja endurecido e resfriado. E assim que frequentemente se formam fissuras- ou pelo menos microfissuras na textura do concreto, antes que ele tenha endurecido adequadamente. A retracdo pode também causar tensGes de tracdo, mas estas surgem, na maioria das vezes,.algum tempo mais tarde e com valores menores. G. Wischers e W. Manns [2] descreverarn detainadamente as causas do surgimento de fissuras no concreto novo. Devido a esses fenOmenos no inicio do periodo de endurecimento, a resisténcia a tracao do concreto, nas estruturas, 6, via de regra, menor e apresenta uma maior dispersdo de valores do que no caso de corpos de prova pequenos, em laboratorios, a nao ser que o concreto seja previamente comprimido levemente e endureca sob compressao. Por isso, NO caso de estruturas, via de regra, sO se pode confiar na resistencia a tracao do concreto em escala limitada. Formacao prematura de fissuras devido a efeitos de coagao Parade (mova) | Bl a ; “a | Fissuras | NM ot : \— | S ' | Tensdes de coagdo por | | ] | | | : | ,ocasido do resfriamento i ; : ~ 76 horas Fev ivdo de endurecimento Fundacao (velha, ja resfriada} | —e Figura2.1 Desenvolvimento da resisténcia 4 tracdo Figura 2.2 Parede de concreto concretada em dia do concreto e tensdes de coacgao possiveis quente, com um aquecimento adicional em pecas de concreto devido a AT (de devido a hidratagcao do cimento, sequido de acordo com Wischers e Manns [2]) uma noite fria: distancia entre fissuras de Z2a4mm r sate, wh ts sccacea PEE Universifeds da Bresitiq

You might also like