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Cénicas As Secoes Cénicas Sejam duas retas ¢ ¢ g concorrentes em O e ndo-perpendiculares. Conservemos fixa a reta e e fagamos g girar 360 graus em torno de e mantendo constante o Angulo entre estas retas. Nestas con- dices, a reta g gera uma superficie c6nica circular infinita for- mada por duas folhas separadas pelo vértice O (Figura 8.1). Arta g é chamada geratriz da superficie cOnica e a reta €, eixo da superficie. Chama-se seedo cénica, ou simplesmente cénica, ao con- junto de pontos que formam a intersegéo de um plano com a superficie cénica. Quando uma superficie cénica é seccionada por um plano Tqualquer que ndo passa pelo vértice O, a c6nica sera: a) uma pardbola, se m for paralelo a uma geratriz da superfi- cie (Figura 8.2(a)); Figura 8.1 b) uma elipse, se nao for paralelo a uma geratriz e intercepta apenas uma das folhas da superficie (Figura 8.2(b)) (ou uma circunferéncia, se for perpendicular ao eixo). ©) uma hipérbole, se m ndo € paralelo a uma geratriz e intercepta as duas folhas da su- perficie (Figura 8.2(c)). A hipérbole deve ser vista como uma curva s6, constituida de dois ramos, um em cada folha da superficie. 160 Vetores e Geometria Analitica Figura 8.2 Observacao As superficies cénicas apresentadas nas Figuras 8.2 e 8.3 devem ser encaradas como ili- mitadas, isto é, constituidas de duas folhas que se estendem indefinidamente em ambos os sentidos. Se cada um dos planos secantes da Figura 8.2 forem transladados paralelamente até chegarem ao vértice O, obteremos as respectivas cOnicas “degeneradas” da Figura 8.3: (a) uma reta (b) um ponto (©) duas retas 4 Figura 8.3 Cap.8 Cénicas 161 As cénicas foram de fundamental importancia para 0 desenvolvimento da astronomia, sendo descritas na antigiiidade por Apolénio de Perga, um geémetra grego. Mais tarde, Kepler ¢ Galileu mostraram que essas curvas ocorrem em fendmenos naturais, como nas trajet6rias de um projétil ou de um planeta. No final deste capitulo esto descritas as propriedades de reflexdo para cada uma das cOnicas com algumas de suas aplicagoes. No Museu de Ciéncias e Tecnologia da Pontificia Universidade Catélica do Rio Grande do Sul encontra-se um experimento que diz respeito as propriedades da reflexao anteriormente referidas, chamado reflexdo sonora. Trata-se das Pardbolas Aciisticas. Na verdade, so paraboléides constituidos por duas antenas parabélicas metilicas (fotos da Figura 8.4). Estas antenas de mesmo tamanho esto perfeitamente alinhadas e dispostas uma em frente a outra © separadas por aproximadamente 20 m (para maior nitidez foram necessirias duas fotos, razao pela qual a idéia desta distancia nao foi possivel passar). O anel metilico num determinado ponto representa o foco da antena. Quando uma pessoa fala, emitindo © som préximo ao anel (foto da esquerda), as ondas sonoras refletidas na superficie da antena produzem um feixe de ondas paralelas que, ao incidirem na outra antena, refletem-se convergindo para o foco (anel) desta. Entdo, uma outra pessoa com 0 ouvido préximo deste anel (foto da direita) ouve nitidamente a primeira Figura 8.4 162 Vetores e Geometria Analitica A Figura 8.4(a) esquematiza o experimento descrito anteriormente 20 metros Figura 8.4 (a) E importante observar que as cénicas so curvas planas e, portanto, tudo o que dis- sermos sobre parabola, elipse e hipérbole se passa num plano. PARABOLA Definigao Pardbola € 0 conjunto de todos os pontos de um plano eqiiidistantes de um ponto fixo e de. juma reta fixa de lano. Consideremos uma reta d e um ponto F nao pertencente a d. Na Figura 8.5 esto assinalados cinco pontos (P;, P:, V, P; € P) que sao eqiiidistantes do ponto F e da reta d. Figura 8.5 Cap. 8 Cénicas 163 Ento, um ponto P qualquer pertencente a parabola, se e somente se, a dP, dy ou, de modo equivalente d(P, F) = d(P, P') Q) onde P' 60 pé da perpendicular baixada de P sobre a reta d. Elementos Pela Figura 8.5, tem-se: Foco: € 0 ponto F. Direrriz: é a reta d. Eixo: € a reta e que passa por F e é perpendicular a d. E facil ver pela propria defini- Gao de parabola que esta curva é simétrica em relagao ao seu eixo. Vértice: € 0 ponto V de intersegao da parabola com 0 seu eixo. Equacées reduzidas Seja a parabola de vértice V(0,0). Consideremos dois casos: 1°) O eixo da parabola € 0 eixo dos y Seja P(x.y) um ponto qualquer da paré- bola (Figura 8.6) de foco F(0, % e diretriz de PB equacdo y = A definigao de parabola expressa pela igualdade (1) € equivalente a 1FPI=IP'P! Figura 8.6 Como P'(x, De 4, vem ou YE OPO? = for? 164 Vetores e Geometria Analitica Elevando ambos os membros ao quadrado, obtemos (OF HCY B77 H EH BP ou 2 Ay y2 P 2 P x?+y? -py+——=y"+py+ ee a ieee a ou simplesmente, que € a equacaio reduzida para este caso. Observacées a) O numero real p#0 € chamado para- metro da parabola. yoo b) Da equacdo (2) conclui-se: como py 20, p>o © parametro p e a ordenada y de P tém sinais iguais (py = 0 se y = 0) e, conse- qiientemente, se p > 0 a parabola tem abertura para cima e, se p < , para baixo (Figura 8.7). @| y<0 p 0, a parabola tem abertura para a direita e se p < 0, para a esquerda (Figura 8.9 a seguir). Pc hyt- At Figura 8.8 Cap.8 Cénicas 165 x>0 x<0 pao peo Figura 8.9 Exemplos 1) Para cada uma das parabolas x?=8ye x=-—y?, construir 0 grafico e encontrar 0 foco e uma equagao da diretriz. Solugao a) x?=8y Observemos que nesta equagdo, a cada valor de y, por exemplo, 2, correspondem. dois valores de x simétricos, no caso, 4 e -4, Logo, os pontos (4, 2) e (-4, 2) pertencem a pardbola (Figura 8.10). Como a equacdo é da forma x= 2py , tem-se 2p=8 p=4 Pao 2 Portanto, foco: F(0,2) diretriz: y 2 Figura 8.10 b) A equagao reduzida de x =-4y'6 y?=-2x Observemos que nesta equagao, a cada valor de x, por exemplo, -2, correspondem dois valores de y simétricos, no caso, 2 € -2. Logo, os pontos (-2, 2) e (-2, -2) pertencem & parabola (Figura 8.11). Como a equacio é da forma y?= 2px, tem-se 2p =-2 p=-l pee 2 2 166 Vetores e Geometria Analitica Portanto, 1 foco: F(- =, 0) ¢ 2 ) oe 1 diretriz: x == 2 2) Tragar um esbogo do grafico e obter uma equacao da parabola que satisfaca as condi- goes: a) vértice V(0, 0) e foco F(1, 0) b) vértice V(0, 0) e diretriz y = 3 ¢) vértice V(0, 0), passa pelo ponto P(-2, 5) e concavidade voltada para cima. Solugao a) A equagao € da forma y?= 2px (Figura 8.12 - 0 eixo da parabola é Ox) Mas, P Far ou p=2 2 P ou 2p=4 Substituindo este valor de 2p na equago acima, obtemos Figura 8.12 yrs4x y b) A equagao é da forma 3 x= 2py (Figura 8.13 - 0 eixo da parabola é Oy) O] x pee P<0 ba-3 ou 2p=-12 Logo, a equagao é x?=-12y ©) A equagio é da forma x?=8y (Figura 8.14 — 0 eixo da parabola é Oy) Como P pertence & parabola, 0 ponto (-2, 5) é uma solu- Ho da equagio, isto 6, a afirmagao (-2)’ = 2p(s) é verdadeira. Daf vem 2p Cap.8 Cénicas 167 €, portanto, a equagao desejada € wad 5 y ou 5x?-4y=0 Translagao de Eixos Consideremos no plano cartesiano xOy um ponto O' (hb, arbitrério. Vamos introduzir um novo sistema x'O'y' tal que os eixos O'x' e O'y' te- nham a mesma unidade de medida, a mesma dire- 40 e 0 mesmo sentido dos eixos Ox e Oy. Assim, todo ponto P do plano tem duas representagdes: P(x,y) no sistema xOy e P(x',y") no sistema x'O'y' (Figura 8.15) Desta figura obtém-se yitk i —h——4 4) ae j x=x'th ¢€ che y's - Figura 8.15 que so as férmulas de translagao. Outras Formas da Equacao de Parabola Seja uma parabola de vértice V(h, k)# (0, 0). Consideraremos somente os casos de 0 eixo da pardbola ser paralelo a um dos eixos coordenados. 1°) O eixo da parabola é paralelo ao eixo dos y Com origem no ponto V, tracemos o sistema x'O'y' (O'=V) nas condigdes do que foi visto no item anterior (Figura 8.16). A pardbola em relagao a este sistema tem vértice na origem e, portanto, sua equa- gio reduzida é x" = 2py! (5) Como para todo ponto P da parabola, por (4) temos x'=x-h e y'sy-k 168 Vetores e Geometria Analitica ¢ pela substituigdo em (5) resulta a equag3o (x-h)? = 2p(y-k) que € a forma padrdo para este caso e referida ao sistema xOy. As observagées feitas anteriormente com relago ao parametro p continuam validas: se p > 0, a parabola est4 voltada para cima e, estard para baixo, se p < 0. 2°) O eixo da pardbola é paralelo ao eixo dos x De modo andlogo temos Voy? wane (Cy -K)? = 2p(x - h) (y= Ky = 2px), Outras formas da equagdo da parbola serio apresentadas no préximo exemplo. Exemplos 1) Determinar uma equagao da parabola de vértice V(3, -2), eixo paralelo ao dos y e pa- rametro p = 1. Solugao Como 0 eixo da pardbola paralelo ao eixo dos y, sua equagao é da forma (x-h)?= 2pty -k) e, neste caso, temos (x-3)?=20)(y +2) ou (x-3)?=2y +2) ) e cujo grafico é o da Figura 8.17. A equagao (6) ainda pode receber a forma x?-6x+9=2y+4 ou x?-6x-2y+5=0 q que € a Equagdo Geral desta parabola. Assim, qualquer parabola cujo eixo coincide ou € paralelo a um dos eixos coordena- dos, sempre pode ser representada pela equacdo geral que teré uma das formas lax?+ex+dy +f =0|a40 @) |by*+cx+dy +f =0, b#0 cc) Figura 8.17 ou Cap.8 Cénicas 169 Se em (7) isolarmos o valor de y, teremos 1 2 5 Be aK +S que € a Equagdo Explicita da pardbola deste exemplo. Ento, sempre que explicitarmos y numa equacdo do tipo (8) ou x numa equagiio do tipo (9), obteremos a respectiva equagao explicita na forma x =ay?+ by +c] a #0 2) Seja a parabola de vértice V(4, 2) e foco F(1, 2). Tragar um esbogo do grafico deter- minar sua equagao geral. y= Solugao a) Um esbogo do grafico: Figura 8.18. b) Tendo em vista que 0 eixo da parabola é paralelo ao eixo dos x, sua equagdo na forma padriio é (y-k)?= 2p(x - h) e como h=4,k=2, . 2p=-12, 2 a equagao acima fica (y-2)?= 12(x - 4) Efetuando as operagées indicadas e ordenando, vem. Figura 8.18 y?-4yt+4=-12x+48 ou y?+12x-4y -44=0 que é uma equacao geral desta parabola. 3) Determinar uma equagio da parabola da Figura 8.19. Solugao Entre a equagdo na forma padrao e a explicita, a segunda é mais simples para este problema, Ento, como 0 eixo desta parabola é paralelo ao dos y, sua equagao é da forma y =ax?+bx+c Figura 8.19 170_Vetores e Geometria Analitica Ora, sendo (0, -1), (1, 0) e (3, 0) pontos da parabola, suas coordenadas devem satis- fazer esta equacao, isto é, (0)?+ b(0) +c 0=a(1)?+b() +c 0=a(3)?+b@)+c ou cel atb+e=0 9a+3b+e=0 sistema cuja solugdo € a =}. v=5 ec=-l Logo, a equagao da parabola € dys 3°03 y= 4) Dada a parabola de equagio y?+6y -8x +17 =0, determinar a) sua equagao reduzida; b) 0 vértice; c) um esbogo do grafico; 4) 0 foco e uma equagao da diretriz; e) uma equagao do eixo. Solugao a) Iniciemos escrevendo a equagao na forma y?+ 6y =8x -17 Completemos 0 quadrado do primeiro membro: y?+6y +9 =8x -174+9 Como adicionamos 9 ao primeiro membro, devemos fazer 0 mesmo com o membro da direita, A ultima equagio pode ser escrita (y+3)?=8(x -D 10) que € a forma padrao de uma pardbola de eixo paralelo ao eixo dos x. Ento, se em (10) utilizarmos as formulas de translacZo x'=x-ley'=y+3 obteremos 2 y que é a equagdo reduzida desta parabola referida ao sistema x'O'y', onde O'=V (vértice), O'x'//0x e O'y'//Oy. Cap.8 Cénicas 171 b) Como a equagao (10) é da forma padrao (y -k)?= 2p(x -h) onde h e k so as coordenadas do vértice, vem imediatamente: V(1, -3). c) Um esbogo do grafico: Figura 8.20. d) Confrontando (10) e (11) concluimos: P 2p =8,p=4, 2=2 P= 8, p=4, 5 ¢ pelo grafico tem-se foco: F(3, -3) diretriz: x ©) Eixo: y =-3 Figura 8.20 Equacées Paramétricas Consideremos a equagio reduzida da parabola cujo eixo é 0 dos y: x75 2py Nesta equacao, onde x pode assumir qualquer valor real, se fizermos x = t (t 6 cha- mado parémetro) teremos y = x P Entao, equacées paramétricas da parabola so, neste caso, dadas por Le st, teR y=35 | 7 _ 2p st, teR constitui equagdes paramétricas da pardbola com vértice V(0,0) e eixo Ox. Com procedimento semelhante, obtém-se equagdes paramétricas no caso de o vértice da pardbola nao ser a origem do sistema, conforme exemplo a seguir. Exemplos Obter equagdes paramétricas da parabola de equacao: 1 1D xs yx red 172 Vetores e Geometria Analitica 2) (y -3)?=2x +2) Solugao 1) Se fizermos x = t, teremos y = 4t? e, portanto, o sistema x=t f =41? constitui equagGes paramétricas desta parabola. 2) Fazendo y - 3 =t, vem y =t + 3. Entdo 1?=2(x+2) ou 2x+4 e -4 2 Assim, o sistema 24 y=tt+3 constitui equagdes paramétricas desta parabola. Por outro lado, de y = t + 3, vem t = y - 3, que substituindo na primeira equacdo resulta 2 read 2 ou (y-3)?= 2x +2) que € a equagio cartesiana dada inicialmente. Problemas Propostos Para cada uma das pardbolas dos problemas de | a 10, construir 0 gréfico e encontrar 0 foco e uma equagao da diretriz. 1) x?=-4y 4) x?+y=0 Ty x?-10y=0 10) x= 2) y*=6x 5) y?-x=0 8) 2y?-9x=0 Cap.8 Cénicas 173 Nos problemas de 11 a 26, tragar um esboco do grafico e obter uma equacdo da pardbola que satisfaca as condigées dadas. 11) vértice: V(0, 0); diretriz d: y = -2 12) foco: F(2, 0); diretriz d: x +2=0 13) vértice: V(0, 0); foco: F(0, -3) 14) vértice: V(O, 0); foco: FCS. 0 15) foco: F(O, 2 ; diretriz d: dy - 1=0 16) vértice: V(0, 0); simetria em relagao ao eixo dos y e passa pelo ponto P(2,-3) 17) véttice: V(0, 0); eixo y = 0; passa por (4,5) 18) vértice: V(-2, 3); foco: F(-2, 1) 19) vértice: V2, -1); foco: F(S, -1) 20) vértice: V(4, 1); diretriz d: y + 3 =0 21) vértice: V(0, -2); diretriz: 2x - 3 =0 22) foco: F(4, -5); diretriz: y = 23) foco: F(-7, 3); diretri: 24) foco: F(3, -1); diretri 25) vértice: V(4, -3); cixo lo ao cixo dos x, passando pelo ponto P(2, 1) 26) vértice: V(-2, 3); eixo: x + 2 = 0, passando pelo ponto P(2, 0) Em cada um dos problemas de 27 a 36, determinar a equacdo reduzida, 0 vértice, 0 foco, uma equacéo da diretriz e uma equacdo do eixo da pardbola de equacéo dada. Esbocar o gréfico. 27) x?+4x+8y+12=0 28) x?-2x-20y-39=0 29) y?+4y+16x-44=0 30) y? -16x+2y+49=0 2 31) y= a “2x4 32) x?-12y+72=0 33) y=x?-4x42 34) y=4x-x? 35) y?-12x-12=0 36) 2x? -12x-y+14=0 174 Vetores e Geometria Analitica Nos problemas de 37 a 39, encontrar a equagao explicita da pardbola que satisfa- ¢a as condigées: 37) eixo de simetria paralelo ao eixo dos y e passando pelos pontos A(-2, 0), BQO, 4) CC, 0), 38) eixo de simetria paralelo a x = 0 e passando pelos pontos A(0, 0), B(1, -1) e C(3, -1). 39) eixo paralelo a y = 0 e passando por A(-2, 4), B(-3, 2) e C(-6, 0). 40) Dada a parabola de equagio y =-x?4+4x+5, determinar: a) o vértice; b) as intersegdes com os eixos coordenados; c) 0 grafico; d) 0 foco; €) uma equagio da diretriz. Nos problemas de 41 a 44, obter equagdes paramétricas da pardbola de equagdo dada. 41) y?=-4x 43) (x+4)?=-Ay-D 42) x?=2y 44) y?-4y+x+1=0 Nos problemas 45 e 46, obter uma equagao geral da pardbola dada por equagdes paramétricas. x=ttl x 45) 2 46) =-2 3 yst 47) Em que pontos a parabola de vértice V(-2, 0) e foco F(0, 0) intercepta o eixo dos y? 48) Encontrar sobre a parabola y?=4x um ponto tal que sua distancia a diretriz seja igual a3. Utilizar a detinicao para encontrar uma equagao da parabola de foco e diretriz dados: a) FC3, 4); diy=2 b) FO, 3); d:x-2=0 50) Determinar uma equagao da curva gerada por um ponto que se move de modo que sua distancia ao ponto A(-1, 3) seja igual a sua distancia & reta y + 3 = 0. 51) Encontrar uma equagdo da parabola e suas intersegdes com os eixos coordenados, sendo dados: a) foco: F(0, 0), eixo: y = 0 e passa por A(3, 4); b) foco: F(O, -1), eixo: x = 0 e passa por A(4, 2). 49 Cap.8 Cénicas 175 52) Na Figura 8.21, 0 arco DC é parabélico ¢ 0 segmento AB esté dividido em 8 partes iguais. Sabendo que d = 10 m, AD = BC = 50 me AB = 80 m, determinar h, e hy D Gg Eek Figura 8.21 53) Uma familia de parébolas tem equagio y=ax? + bx+8, Sabendo que uma delas passa pelos pontos (1,3) e (3,-1), determinar: a) 0s pontos de intersegao com 0 eixo dos x; b) 0s pontos de ordenada 15; ©) equagdes paramétricas desta parabola. 54) Dados os sistemas de equacdes paramétricas fam = e 2 y=t+3, telos] ly oth te [4,0], mostrar que eles representam parte de uma mesma pardbola, esbocando o grafico. Respostas de Problemas Propostos 1) FO, -D, y=1 D FO), 2y+5=0 2) FG.0 2x+3=0 8) F2.0, 8x+9=0 3) F(-2,0), x=2 9) FO,4), y+4=0 1 1 4) FO, -2), y=— 10) FC-2,0), x= ) FO, -D. yay 0) FC2,0), x=2 5) FO x ; L) x2=8y 6) FC3.0), 4x-3=0 12) y?=8x 176 Vetores e Geometria Analitica 13) x?=-12y 20) x? -8x-16y+32=0 14) y?=-2x 21) y?+4y+6x+4=0 15) x?=-y 22) x? -8x+12y+40=0 16) 3x2+4y=0 23) y? - 6y+8x+49=0 17) 4y? - 25x =0 24) 4y?+8y-20x+39=0 18) x?+4x+8y-20=0 25) y*+6y+8x-23=0 19) y?+2y-12x+25=0 26) 3x?+12x +16y -36=0 27) x?=-8y', V(-2, -I), F-2,-3), y=h x=-2 28) x=20y', V(,-2), F,3), y=-7, x=l 29) y?=-16x', V(3,-2), F(-1,-2), x=7, y=-2 30) y?=16x', V@G,-D, F7,-D, x=-1, y= 31) xP=4y', V(4,-5), F4.-4), y=-6, x=4 32) x?=12y', V(0,6), FO,9), y=3, x=0 33) x?=y', -V(2,-2), F2,-4, ya, x=2 34) x?=-y', V2.4), Fe.) 4y-17=0, x-2=0 35) y?=12x', VCL0), F(2,0), x=-4, y=0 36) x= 2c. Chamando de 2a a constante da definigao, um ponto P pertence a elipse (Figura 8.22) se, e somente se, (PF) + a(P, F) = 2a] a Figura 8.22 178 Vetores e Geometria Analitica Para construir uma elipse no papel, pode-se proceder como suge- re a Figura 8.23: fixam-se dois percevejos em pontos arbitrérios Fe F, amarrando-se neles as extremidades de um fio nao esticado. Um lapis que deixa o fio distendido marca 0 ponto P. Se fizermos o lépis deslizar sobre o papel, mantendo o fio sempre distendido, a ponta descreverd a elipse e, portanto, para todo 0 ponto P da elipse, a soma das distincias d(P,F,)e d(P,F,) sera sempre igual ao comprimento do fio, isto é, um valor constante, que na defini¢Zo foi denominado 2a. Se variarmos as posigdes de F, e F, mantendo fixo 0 comprimento do fio, a forma da Figura 8.23 clipse ird variar. Assim, quanto mais afastados um do outro estiverem os pontos F, ¢ Fy, tanto mais “achatada” é a forma da elipse. Por outro lado, se d(F,, F,) est préximo de zero, a elipse € quase circular e no caso de F, =F, temos a circunferéncia de centro F, e raio a. Elementos Com base na Figura 8.24, tem-se: Focos: sio os pontos F, ¢ Fy. Distancia focal: 6 a distancia 2c entre os focos Centro: € 0 ponto médio C do segmento F, F). Eixo maior: € 0 segmento A,A, de comprimento 2a (este segmento contém os focos). Eixo menor: € 0 segmento BB, de comprimento 2b e perpendicular a AjAp no seu ponto médio. Vértices: sio os pontos A, A), Bye By. Pela Figura 8.24 é imediato que BF, = a pois ByF, + BF, = 2a (definigao de clipse) e BF, =B>F, . Logo, do triangulo retangulo B, CF, vem la2=b2+c7| 2) Esta igualdade mostra que b b (ou a? > b?), para saber se a elipse tem seu eixo maior sobre Ox ou sobre Oy, basta obser- var onde estd 0 maior denominador (a”) na sua equagao reduzi- da. Se esse for denominador de x”, 0 eixo maior esta sobre Ox. Caso contrario, estard sobre Oy. Por exemplo, na equagao reduzida 2 y2 XY ay 4°59 © maior denominador € 9. Como ele é denominar de y”, 0 eixo maior da elipse esta sobre 0 eixo dos y (Figura 8.28). No caso, temos, Figura 8.27 y 3 Figura 8.28 Cap.8 Cénicas 181 =9 2. a=3 bd b=2 €, portanto, as intersegdes com os eixos sio os quatro pontos (0, +3)e (42,0). Observemos, por outro lado, que se na equacio anterior fizermos x = 0, vem y = +3 para y = 0, ver x = 42, o que confirma as intersegdes com os eixos em (0, +3)¢ (42,0). Exemplos Nos problemas de | a 3, para cada uma das eclipses, determinar a) a medida dos semi-eixos; b) um esbogo do grafico; c) 0s focos; 4d) a excentricidade. 1) 9x?425y2= 225 Solucao a) Para expressar a equaciio na forma reduzida, divi por 225: 9x2 | 25y? _ 225 225° 225” 225 ou jimos ambos os membros da equaco Maior denominador: 25. Logo, a? = 25 € 0 eixo maior da elipse est sobre 0 eixo dos x porque 25 é denominador de x? Entao, a b7=9 2 b=3 b) Grafico: Figura 8.29 ©) at=b'+c? 25=9+07 =16 -. c=4 Logo, os focos so F, (-4, 0) e Fy (4, 0) 4 Figura 8.29 c d) e=i== he as 182 _Vetores e Geometria Analitica 2) 4x? +y? -16=0 ‘Solugao a) Conduzindo a equago para a forma reduzida, vem aa 4x?+y?=16 ov ~-+2 <1 4° 16 Maior denominador: 16 (denominador de y? ) Logo, a7=16 -. aad D=4 . b=2 b) Grafico: Figura 8.30. c) a2=b?+c? 16=4+c? c?=12 e c=Vi2 Figura 8.30 Logo, os focos.sio F,(0, - V12)e F,(0, vi2) ® onS Vi2 _ 2N3 _ V3 a a 3) x?+y?-9=0 Solugao a) A forma reduzida desta equagao é x? y? +L 21 9 Neste caso, tem-se a?— b?= 9 e, portanto, a = Trata-se de uma circunferéncia de raio 3. b) Grafico: Figura 8.31 ©) a=b'+e? Figura 8.31 Portanto, os dois focos coincidem com o centro da circunferéncia. oo d) e=—= 0 a A circunferéncia pode ser considerada uma elipse de excentricidade nula. 4) Uma elipse de centro na origem tem um foco no ponto (3, 0) e a medida do eixo maior € 8. Determinar sua equacao. Cap.8 Cénicas 183 Solugao Como 0 foco € ponto do eixo do x, a equagdo desta elipse é da forma eo 2 5 a’ Precisamos determinar a e b, Como 0 eixo maior mede 8, isto é, 2a=8 .. a=4 Tendo em vista que o centro da elipse 6 (0, 0) e um dos focos € (3, 0), conclui-se que Mas a?=b?+0? ou 16=b7+9 .. b’=7 Logo, a equagio procurada é Outras Formas da Equacao da Elipse Seja uma elipse de centro C(h, k) # (0, 0). Consideraremos somente os casos de os eixos da elipse serem paralelos aos eixos coordenados. 1°) O eixo maior é paralelo ao eixo dos x Utilizando uma conveniente translagio de y eixos, obtemos um novo sistema x'O'y' (Figura 8.32) em relagdo ao qual a elipse tem centro na origem ¢ eixo maior sobre 0 eixo O'x', Logo, sua equagiio reduzida é @) Para express4-la em relacio ao sistema original xOy, utilizamos as formulas de translac&o x'=x-h e ylsy-k, que substitufdas em (3) resulta v? Figura 8.32 que € a forma padréio para este caso. 184 Vetores e Geometria Analitica 2°) O eixo maior é paralelo ao eixo dos y De modo andlogo ao 1° caso, temos (x-hy? | (y-b)? be 2 Uma outra forma da equacio da elipse seré apresentada no préximo exemplo. Exemplos 1) Uma elipse, cujo eixo maior é paralelo ao eixo dos y, tem centro C(4, 2), excentricidade ; e eixo menor de medida 6. Obter uma equagio desta elipse. Solugao Como 0 eixo maior da elipse € paralelo ao eixo dos y, sua equacdo ¢ da forma 2 2 hy? WY bv? ag comh=4ek=-2. Precisamos determinar a ¢ b. Mas 2=6 +. b=3 Sendo =1 De a?=b?+c? resulta 2 32, 8)2 a= 37+ (> ¢ > ou a2 va94 donde a?=12 Logo, a equagdo da elipse é x4)? (+2)? 9 12 Se eliminarmos os denominadores, desenvolvcrmos os quadrados ¢ ordenarmos os termos, obteremos outra forma da equacio da elipse: A(x? - 8x +16) + 3(y?+ 4y +4) =36 Cap.8 Cénicas 185 ou 4x? - 32x +644 3y24+12y +12 -36=0 ou 4x74 3y? - 32x +12y+40=0 que é uma equagao geral desta elipse. Assim, qualquer elipse cujos eixos estdo sobre os eixos coorderiados ou so paralelos a eles, sempre pode ser representada por uma equagdo geral que ter4 a forma _ _axteby*tox+dy +f =0 : com a e b de mesmo sinal. Em particular, quando a = b esta equagdo poderé representar uma circunferéncia. 2) Dada a elipse de equacio 4x?+9y? - 8x - 36y +4 = 0, determinar: a) sua equagiio reduzida; 4) 08 vertices; b) o centro; ©) 0s focos; ©) 0 grafico; f) a excentricidade, Solugao a) Tniciemos escrevendo a equagiio na forma (4x? - 8x) + Dy? - 36y) =-4 ou A(x? - 2x) + 9(y? - dy) =-4 onde agrupamos os termos de mesma varidvel e evidenciamos os fatores 4 ¢ 9 para facili- tar a construgdo dos trinémios quadrados nestes dois parénteses. Entio temos A(x? - 2x +1) +9(y? - 4y +4) =-44 4(1) +.9(4) ou A(x - D?+ 9(y - 2)?= 36 e dividindo ambos os membros por 36, resulta “py? (y-2)? (e-D? (y-2? oO 9 4 que € a forma padrao da elipse de eixo maior paralelo ao eixo dos x. Utilizando em (4) as formulas de translagio x'=x-l e yl=y-2 obtemos que € a equagao reduzida desta elipse. 186 Vetores e Geometria Analitica b) Como a equagdo (4) é da forma padrao “hy? Gb? (hy? yb? | a? b? onde h e k so coordenadas do centro, vem imediatamente: C(1, 2). ©) O grafico: Figura 8.33. ©) ) Confrontando (4) e (5), concluimos: a=9 1 asd bea be. e pelo grafico tem-se: A\(2,2) e A,(4,2) B,d,0) e Boil, 4) ©) Para determinar os focos precisamos do valor de c. Figura 8.33 De a?=b?+c? ou 9=4+c?, vem c= 45 e, portanto, os focos sao: Rd-V5,2) e F,0+¥5,2) V5 f) Excentricidade: e= © = 22. a 3 Equagoes Paramétricas y a Consideremos a elipse de equagao = + ae =1. Tracemos a a circunferéncia de centro O e raio igual ao semi-eixo mai- or a da elipse (Figura 8.34). Seja P(x,y) um ponto qualquer desta elipse. A reta que passa por P e é paralela ao eixo dos y, intercepta a circunferéncia em A e o raio AO determina com 0 eixo dos xum Angulo@ . Do triangulo A'OA vem Figura 8.34 OA'= OA.cos® ou x =acosO Cap.8 Cénicas 187 Como x é abscissa de um ponto da elipse, a ordenada y do mesmo ponto € calculada substituindo o valor de x na equago da elipse: 22 facosey” Yay a? b? donde - cos? @=sen?@. y=bsen@ ‘ ‘Observemos que, para cada valor de @ cottesponde um e um sé ponto P da elipse e, quando @ varia de 0 a 27, 0 ponto P parte de (a, 0) e “descreve” a elipse no sentido anti- hordrio, Entio, @ € 0 parAmetro ¢ o sistema 1 a 0<@<2n (6)' i Ly=bsen@ eal constitui equagdes paramétricas dessa elipse. Observacgées 5 x y © _costoe x a) Das equagdes (6) vem * = cos e 2 =sen@ e, portanto, X=cos?@ e 2 a iF a v Somando membro a membro, resulta x? y2 —+=1 (1=cos?@+sen?0) ab? que é a equaco da elipse dada inicialmente. b) No caso da elipse ser = 1 (€ixo maior sobre Oy), suas equacdes parameétricas siio x=bcos@ ©) Quando o centro da elipse for C(h, k), pela translagao de eixos obtemos ees feet ae (cixo maior paralelo a Ox) y=k+bsen0 x=h+bcos@ | : (cixo maior paralelo a Oy) y=k+asen@ 188 Vetores e Geometria Analitica d) O sistema de equacées p =asen® 0<0<2n y=beos@ descreve de outra forma a mesma elipse dada pelo sistema (6), porém, neste caso o ponto P parte de (0,b) e “descreve” a elipse no sentido hordrio. Exemplos Obter equagées paramétricas da elipse de equacao: 1) 16x?+25y?= 400 2) 9x24 dy? - 54x +16y+61=0 Solugao 1) A forma reduzida de equagao 16x?+25y?= 400 € Td +H 21 25 16 e, portanto, a=5eb= " =5cos0 y =4sen@ . Logo, sdo equacées paramétricas desta elipse. 2) A forma padrao de 9x?+4y? - 54x +16y+61=0 € 2 2 ee one =1 (acargo do leitor) €, portanto, 0 centro da elipse € (3, -2), sendo a = 3 eb = 2. Logo, x=3+2cos y=-2+3sen0 so equagdes paramétricas desta elipse. Por outro lado, das equacées (7) vem X-3 13) 2x?+y? -50=0 17) x?+4y?-36=0 2 14) 7x71 16y? -112=0 18) be yy DY “sr "36 15) 4x*+y? -12=0 19) 5x?+9y? -45=0 192 20) 21) 22) 23) 28) vs) 30) 31) 32) 33) 34) 35) 40) 41) 44) 45) 48) 49) 50) Vetores e Geomet 5x74 9y? - 10x - 72y -31=0 24) x?+9y?+8x - 36y+43=0 25x?+416y? -100x - 64y -236=0 25) 4x*+y?-2y-3=0 9x?+ Sy2+18x - 10y - 166 =0 26) 5x?+9y?+30x =0 3x? +4y? -16y-92=0 27) x?+4y? -4x+8y+4=0 a2 nal =1,C(2, 3), Ay (-2, 3), Ap (6,-3), F24V7,-3),e= ed xe ey CCI, -2), Ayl-7), Ag (1,3), RCL -5), De =2 16 1 ag Th Ch 2s Ar Ch -D, Anh 3) CLS) LDC = 3 a. ea oo YF 21,6,-0,A, (6,-0.4, 00,0, F625, -0,02°5 2 x22 =1C(2, 2), Ay C2, -2), Ap(2, 6), FC2, 24 Vi5),€ a 2 FG TbCG 4), ABB), A2B,0),FB,-44-V7),¢ ad =1,C(, 2), Ay (-2, 2), Ay (4, 2), Fd + V5, 2), e= oo 1 frzaene a me ag | +Zeose =sen 4 y= qsend y=7sen® x =6cos® gp {xa 1+Sc0s8 ao) [x =30088 y=6sen0 y =-1+3sen y=3+2sen0 x?+y?-25=0 42) x24 4y? -4x - 24y+24=0 9x?+y?-9=0 43) x2+2y?+4y=0 (4,2) e (4,-6) 46) 4x24 3y? - 24x + 20y+48=0 9x?+ 5y?-72x -30y+9=0 AT) 2x?+y?=16 3x24 4y?= 48 a) x*+y’=1 e x?+y7=16 b) x24 y?-8x4+4y+16=0 © x?+y?-8x44y411=0 600 km Cap. 8- Cénicas 193 HIPERBOLE Definicgao ‘Hipérbole € 0 conjunto de todos os pontos de um plano cuja diferenga das ‘valor absoluto, a dois pontos fixos desse plano é constante. ___ Consideremos no plano dois pontos distintos F, F, tal que a distancia d(F ,F,) = 2c e um nimero real positivo a de modo que 2a < 2c ‘Chamando de 2a a constante da definigio, um ponto P pertence & hipérbole (Figura 8.35) se, e somente se, [d@,R)- d(P,F, | = 2al 0) Como se vé, a hipérbole é uma curva com dois ra- mos. Na verdade, pela equagdo (1), um ponto P est na Figura 8.35 hipérbole se, e somente se, d(P,F,) - d(P,F,) = 42a Para possibilitar um tragado bem melhor da hipérhole ¢ tecermos consideragdes a respeito de seus elementos, faremos a construgao da Figura 8.36 a seguir explanada. Figura 8.36 Consideremos no plano dois pontos quaisquer F, e F, com d(F, , F,) = 2c. Chamando de C 9 ponto médio do segmento F,F, , tracemos uma circunferéncia de centro C e raio c. Tomemos um valor arbitrario a, a < c, € marquemos sobre F;, a partir de C, os pontos A, e A, tais que d(C, A,) = d(C, Az) = a. Por estes pontos tracemos cordas per- pendiculares ao didmetro F, F,, As quatro extremidades destas cordas so os vértices de 194 Vetores e Geometria Analitica um retngulo MNPQ inscrito nesta circunferéncia. Tracemos as retas r e s que contém as diagonais do referido retangulo e, por fim, a hipérbole conforme a figura Com base nesta figura temos os elementos da hipérbole. Elementos Focos: silo os pontos F, ¢ F). Distancia focal: 6 a distancia 2c entre os focos. Centro: & 0 ponto médio C do segmento F, F). Vértices: sto os pontos Aye Ay. Eixo real ou transverso: € 0 segmento A,A2 de comprimento 2a. Observemos que os pontos A, ¢ A» so pontos da hipérbole porque satisfazem a definigao (1). Na verdade, para Aj, tem-se d(A,,R,)=c-a e d(A,,F,)=ate |d(A\.F,)-d(A,.F,)| 2a. Eixo imagindrio ou néo-transverso: € 0 segmento B,B, de comprimento 2b, com B,B, LAA, emC. Observemos que o retingulo MNPQ tem dimensdes 2a e 2b, sendo a a medida do semi-eixo real e b a medida do semi-eixo imagindrio. Ainda, do triangulo C A, M obtemos a relagio aa ] de larga aplicagiio nos problemas de hipérbole. Assintotas: so as retas res. As assintotas sdo retas das quais a hipérbole se aproxima cada vez mais 4 medida que os pontos se afastam dos vértices. Esta aproximagdo € “continua” e “lenta” de forma que a tendéncia da hipérbole é tangenciar suas assintotas no infinito. Naturalmente, esta particularidade das assintotas constitui um excelente guia para tragar 0 esbogo do grafico. Com o que jé vimos na construgao da hipérbole, esta fica determinada quando se conhece 0 centro C e os valores a € b (ou a ec ou b ec). De fato, a partir destes elementos, constréi-se 0 retangulo MNPQ e, conseqiientemente, as assintotas re s, e dai, os dois ra- mos da hipérbole. O Angulo @ assinalado na figura é chamado abertura da hipérbole. Chama-se excentricidade da hipérbole o numero c e a © por ser ¢ > a, temsee > 1. Cap.8 Cénicas 195 A excentricidade da hipérbole esta intimamente relacionada com a sua abertura. De fato: se na Figura 8.36 tivéssemos tomado um valor para “a” menor do que 0 anterior, 0 novo retangulo MNPQ seria mais “‘estreito” e, em conseqiiéncia, a abertura ® seria maior Ora, diminuit o valor de “a” (mantendo c fixo) signifca aumentar o valor de e =<. a Assim, quanto maior a excentricidade, maior sera a abertura, ou seja, mais “abertos”” estardo os ramos da hipérbole. Quando a = b, 0 retngulo MNPQ se transforma num quadrado ¢ as assintotas sero perpendiculares (0 = 90°). A hipérbole, neste caso 6 denominada “hipérbole eqilildtera”’. Equacoes reduzidas Seja a hipérbole de centro C(0, 0). Consideraremos dois casos: 1°) O eixo real estd sobre o eixo dos x. Seja P(x, y) um ponto qualquer de uma hipérbole (Figura 8.37) de focos F, (-c, 0) e F,(c, 0). Pela defini¢do em (1), tem-se \d(P,F,) - d(P,F,)| = 2a ‘ou, em coordenadas x +e?+(y—0 - ~e)*4(y-0)2/= | (x +0)°+(y -0)' (x - c)“+(y - 0) 2a Figura 837 Com procedimento de simplificago andlogo ao que foi usado na dedugAo da equagao da elipse, e lembrando que c? = a? +b”, chegamos a equagaio 2 * -4-1 a*_b y 2 que a equagéo reduzida para este caso. 196 Vetores e Geometria Analitica 2°) 0 eixo real estd sobre o eixo dos y Observando a Figura 8.38, com procedimento andlogo a0 1° caso, obtemos a equacao reduzida 2 2 Po -speh la ab? 4 Figura 8.38 y Exemplo A partir de um caso particular, serao feitas algumas observagdes. Seja a hipérbole da Figura 8.39. Sua equacao reduzida € (2) Figura 8.39 Observacées a) Eimediato que os vértices so A, (-3, 0) € Az (3, 0). Estes também seriam obtidos 2 fazendo y = 0 na equacao (2), donde resulta = =1 ou x =43, que sdo as abscissas dos vertices. 2 Por outro lado, se na equagdo (2) fizermos x = 0, obteremos - a =lou y?= que € uma equaco impossivel no conjunto dos reais. Isto signifca que a hipérbole nao corta 0 eixo dos y. b) Como a equago apresenta somente poténcias pares de x ¢ y, a hipérbole é simétrica em relagdo ao eixos coordenados e em relagdo & origem. Cap.8 Cénicas 197 Por exemplo, o ponto P, (6, V/12 ) pertence a esta hipérbole por ser verdadeira a afir- macao 2 (fia? & Wi) ae ou 4-3=1 9 4 e, da mesma forma, também pertencem os pontos P, (6,- V12 ) (simétrico de P, em rela- go a Ox), P;(-6, V12) (simétrico de P, em relagdo a Oy) e P,(-6, -V12) (simétrico de P, emrelagdo a origem). c) As assintotas re s sdio retas que passam pelo centro da hipérbole, no caso, a origem do sistema. Logo, suas equagies so do tipo y= mx, sendo ma declividade. A assintota r tem declividade m, 2 e aan y? x2 e =1, as declividades das assin- Quando a equagao da hipérbole é da forma a A a totas serio m=+F. Exemplos Nos problemas 1 ¢ 2, determinar, para cada uma das hipérboles: a) a medida dos semi-eixos; b) um esbogo do grafico; c) os vértices; ) 08 focos; e) a excentricidade; f) as equagées das assintotas; 1) x? -4y74+16=0 Solugao a) Passando esta equagao para forma reduzida, obtém-se ee 2 2. yx x? -4y?=-16 on 2 -X_ Y _ 198 Vetores e Geometria Analitica que representa uma hipérbole com eixo real sobre Oy. Entio, a?=4 «. a=2 b?=16 -. b=4 b) O grafico com assintotas: Figura 8.40. c) Vértices: A, (0, -2)e Az (0, 2) ou A(O, #2). d) Para determinar os focos, precisamos do valor de c: P= a7+b? Figura 8.40 2 = 4416 c= 20 =2V5 Focos: F,(0, -2V5) e F,(0,2V5) e) Excentricidade: e=° = ae 5 a f) Assintotas: y= 5x (pois 2) x?-yt=4 Solugdo a) Passando para a forma reduzida, obtém-se 2 y2 x.y 2 44 que representa uma hipérbole com eixo real sobre Ox. Entdo, a2=b?=4 .. a=b=2 (hipérbole equiilétera) b) O grafico com assintotas: Figura 8.41. ©) Vértices: A, (-2,0)e Az (2, 0) d) c?=a+b? = 444 c= 8 =2V2 Focos: F,(-2V2,0) e F,(2V2,0) e) Excentricidade: e=£ = aa = 2 a f) Assintotas: y=+x (pois _ 1) Figura 8.41 a Cap.8 Cénicas 199 Observemos que, em toda hipérbole eqiiilitera, a excentricidade é sempre igual a 2 € as equagées das assintotas so sempre iguais a y = + x 3) Uma hipérbole tem focos em F, (-5, 0) ¢ F, (5, 0) ea medida do eixo real é 6. Determi- nar sua equagdo reduzida. Solugao Tendo em vista que os focos sao pontos do eixo dos x, a equacdo desta hipérbole é da forma be na qual precisamos determinar a ¢ b. De F(+5, 0), vem c = 5 (distancia de cada foco ao centro). O eixo real mede 6, isto é 2a = 6. Logo, a De c?=a7+b? ou 25=9+b?, vem b? =16 Portanto, a equacao procurada é ara x oF ie Outras Formas da Equacao da Hipérbole Seja uma hipérbole de centro Ch, k) # (0, 0). Consideraremos somente os casos de os eixos da hipérbole serem paralelos aos eixos coordenados. 1°) O eixo real é paralelo ao eixo dos x Com procedimento andlogo ao que foi visto para a elipse, resulta a equagao 2°) 0 eixo real é paralelo ao eixo dos y De igual modo ao 1° caso, temos a2 Figura 8.42 Exemplos 1) Determinar uma equagdo da hipérbole de vértices A, (1, -2) € A3(5, -2), sabendo que F(6, -2) € um de seus focos. 200 Vetores e Geometria Analitica Solugao Em fungao dos dados do problema, esbogamos 0 grafico desta hipérbole (Figura 8.43) Sendo 0 eixo real A,A2 paralelo a Ox, a equacao da hipér- bole € da forma — a? b? O centro € 0 ponto médio de A,A> : C(3, -2). E imediato que: a = d(C, A,) =2 e c=d(C,F)=3. Da relagao c?=a?+b? ou 9=4+b*, vem b*=5 Figura 8.43 Logo, uma equagao da hipérbole & (x-3P _(y+2)? | 4 5 Eliminando os denominadores, desenvolvendo os quadrados e ordenando os termos, encontramos 5(x? - 6x +9) - 4(y? +4y +4) = 20 5x? -30x +45 - 4y? - l6y -16-20=0 5x? - dy? - 30x -16y+9 que é uma equagdo geral desta hipérbole. Assim, qualquer hipérbole cujos eixos estejam sobre os eixos coordenados ou sao paralelos a eles, sempre pode ser representada por uma equagdo geral que ter4 a forma Sis com a e b de sinais contrarios. 2) Dada a hipérbole de equagao 9x? - 4y? - 54x +8y +113=0, determinar a) sua equagio reduzida; d) os vértices; b) o centro; ©) 0s focos; ©) um esbogo do grafico; f) a excentricidade Solugao a) Tniciemos escrevendo a equagao na forma (Ox? - 54x) - (4y? -8y) =-113 ou 9(x? - 6x) - 4(y? - 2y) =-113 Cap.8 Cénicas 201 onde agrupamos os termos de mesma varidvel e evidenciamos os fatores 9 e 4 para facili- tar a construgao dos trinémios quadrados nestes dois parénteses. Entao, temos 9(x? - 6x +9) - 4(y? - 2y +1) =-113+9(9) - 4) ou 9(x - 3)? - 4(y -1)?=-36 e dividindo ambos os membros por -36, resulta a 8) 9 4 que € a forma padrao da hipérbole de eixo real paralelo ao eixo dos y. Utilizando em (3) as formulas de translagao x'=x-3e yl=y-1 teremos que € a equagdo reduzida desta hipérbole. b) Como a equaciio (3) é da forma padrao (y-W? (x-h)? _, a? bv? onde h e k so as coordenadas do centro, vem imediatamente: C(3, 1). ) Umesbogo do gréfico: Figura 8.44. 4) Confrontando (3) e (4), conclufmos: a=9 2 as3 bad b=2 € pelo grafico tem-se: AiG, - 2) © A,B, 4) e) Para determinar os focos precisamos do valor de c. Da relacdo cP=a*+b? ou c2=94+4 @) y vem c=¥I3 e, portanto, os focos sio FG, 1- Vi3) e Fy, 1+V13) Figura 8.44 £) Excentricidade: e=£ ~~ a 202 Vetores e Geometria Analitica Equacées Paramétricas Op Y_ <1. Bscrevendo esta equagéio como Consideremos a hipérbole de equagao ~ b ele: significa dizer que = e a so ndmeros reais cuja diferenca de seus quadrados € sempre (5) igual a1. Se na identidade sen? 0+cos? @=1 dividirmos ambos os membros por cos* @ #0, obtemos sen?9,. cos?@ —-cos*@ sen@ 1y +1= cos cos 8 1 Como 288 ~ ano e —1_ = sec, vem cos8 cos® ou sec? @- tan? @=1 Portanto, confrontando esta equagao com a equagao da hipérbole em (5), podemos fazer =tan® 3: 2 e dai concluir que para o parametro 8,0 <@< 2m, excluidos . e = , o'sistema constitui equacdes paramétricas dessa hipérbole. Quando @ percorre o intervalo (. 5) serd descrito o ramo direito da hipérbole . 3 (x 2 a) e quando percorre o intervalo (53) © ramo esquerdo (x $ -a). Wh Cap. 8 Cénicas 203 Observacées a) No caso da hipérbole ser x - S =I (€ixo real sobre Oy), suas equagdes paramétri- cas sio x=btanO b) Quando o centro da hipérbole for C(h, k), aplicando a translagao de eixos, as equages paramétricas stio fichrese fazarbune y=k+btan@ y=k+asecd conforme 0 eixo real seja paralelo a Ox ou Oy, respectivamente. Exemplos Obter equagdes paramétricas da hipérbole de equagao: 1) 4x?-9y?-36=0 2) x?-3y74+8x+12y-13=0 Solugao 1) A forma reduzida da equagio 4x? - 9y- 36 =0 € 2 V2 XY. 9° 4 ¢, portanto, a = 3 eb = 2. Logo, x =3sec® y=2tan@ so equagées paramétricas desta hipérbole. A Figura 8.45 apenas indica pontos da tabela para alguns Angulos no intervalo (33) 204 Vetores e Geometria Analit wla vla Ala BLA O Figura 8.45 2) A forma padrio de x?-3y?+8x +12y-13=0 é (x+4)?_(y-2)? 9 3 €, portanto, 0 centro da hipérbole é (-4, 2), sendo a = 3e b= 3 Logo, x=-4+3sec0 y=2+ 3 tan@ so equagées paramétricas desta hipérbole. =1 (a cargo do leitor) Problemas Propostos Em cada um dos problemas de 1 a 12, esbogar 0 grdfico e determinar os vértices, os focos, a excentricidade e equagdes das asstntotas das hipérboles dadas. 2 y2 242 y Yay y 2 4.9 a 3) 16x? - 25y?- 400=0 4) 9x? -16y7=144 5) 4x?-Sy?+20=0 6) x?-2y?-8=0 T) x?-4y?4+16=0 8) 9) y?-x?=2 10) 11) x?-9y 12) 13) Esbogar o grafico de uma hipérbole (com suas assintotas) de centro (0, 0), eixo real sobre Ox c excentricidade 5 3 as 5 2 Cap.8 Cénicas 205 Em cada um dos problemas de 14 a 37, determinar uma equacao da hipérbole que satisfaca as condigdes dadas. Esbocar o grdfico. 14) focos F(5,0), vértices A(+3,0); 15) focos F(O, +3), vértices A(O, #2); 16) focos F(O, +4), eixo real de medida 2; 17) focos F(48, 0), excentricidade 4 18) vértices A(0, +5), excentricidade 2; 19) vértices A(0, +2), distancia focal 2V11 ; 0) e que seja hipérbole eqiiilatera; , 0), eixo imagindrio medindo 4; 22) centro C(0, 0), eixo real sobre Oy, b = 8, excentricidade 3 5 23) véttices A(44, 0) e passando por P(8,2); 24) vertices A(+3, 0) ¢ equagdes das assintotas y = +2x; 25) vértices A(0, +2) e equagGes das assintotas y = abn 26) focos F(+3, 0) equagdes das assintotas y = +x; 27) centro C(3, 2), um vértice A(1,2) ¢ um foco F(-1, 2); 28) vértices em (3, -2) e (5, -2) e um foco em (7, -2); 29) vértices em (2, -4) e (2, 0) e um foco em (2, -2+-113); 30) vértices em (5, -1) ¢ (5, 5) e excentricidade 2; 31) focos F, (3, -2) e F, (3, 4) ¢ excentricidade 2; 32) focos F,(-6, 1) e F, (0, 1) ¢ eixo real medindo 4; 33) centro C(5, 1), um foco F(Q9, 1) e eixo imagindrio medindo 4/2 ; 34) vértices A, (-3, -4)e A, (-3, 4) e que seja hipérbole eqiilatera; 35) focos F,(-1, -5) € F,(5, -5) e que seja hipérbole eqiiilatera; 36) centro C(2, -3), eixo real paralelo a Oy e passando por (3, -1) e (-1, 0); 37) centro C(-2,1), eixo real paralelo a Ox e passando por (0, 2) e (-5, 6). Em cada um dos problemas 38 a 43, determinar a equagdo reduzida, 0 centro, os vértices, os focos, a excentricidade e equagdes das assintotas das hipérboles dadas. Es- bocar o grafico. 38) 9x?-4y?-18x -16y -43=0 41) 4x?- y?-32x+4y+24=0 39) x?-dy?+6x+24y-31=0 42) 16x? -9y?- 64x - 18y +199 =0 40) 9x?-4y?- 54x +8y+113=0 43) 25x?~4y?+40y =0 206 Vetores e Geometria Analitica Nos problemas de 44 a 49, obter equagées paramétricas da hipérbole de equagao dada. 44) x?2-4y?=4 47) 9x?-16y?+1=0 45) 3y?-x?-9=0 48) 9x? -25y?- 18x - 50y - 241=0 46) x?-y?=1 49) 3x?-y?+18x+18=0 Nos problemas 50 a 53, obter uma equagao geral da hipérbole dada por, equagdes paramétricas. Esbogar 0 grafico. x =4sec® x=2+3tan@ 50) 52) y =2tan@ y=1+4sec® 51) x =tan® 53) x =2secO y =3sec@ y=4+3tan@ 54) Determinar os focos da hipérbole de equagées x = 4+ VStan@ e y=-5+2sec0. 2 55) Encontrar uma equacdo de hipérbole com focos nos vértices da elipse a vértices nos focos dessa elipse. 56 Encontrar uma equagiio da elipse com focos nos vértices da hipérbole vértices nos focos dessa hipérbole. Encontrar uma equacdo da hipérbole de excentricidade 2 e focos coincidentes com os y? . x? focos da elipse =+ 75 =I. 58) Determinar uma equagao da curva descrita por um ponto que se move, de modo que sua distancia ao ponto A(-1, 3) seja a) igual a sua distancia a reta x = 3; b) a metade de sua distancia & reta x = 3; c) 0 dobro de sua distancia a reta x = 3. 57) Respostas de Problemas Propostos 1) AG@2,0), F(tV13, 0), 2) A(,+2), FO,+V13), e 3) ACt5,0), F(tV41,0), e= 4) 5) 6) 1 8 e3 10) 11 12) 14 15) 16) 17) 18 19) 20) 21 22) ex) 24) 25) 38) Cap..8 -Cénicas 207 A(44,0), FES, 0), e= 5, 3 AQ, +2), FO, +3), e=> A(Z2V2,0), F(42V3, 0), 2%, A@,+£2), — F(0,+2V5),. e=V5, AGLO), — F(¢v2,0), e= V2, A(O.tV2,), F042), e=v2, AO, +), os, y=i2x vi0 1 ACI, 0), a yee (41, 0), a) y=t3x ao,+225, ro, +3), po y=tV2x 2 2 2 16x? - 9y?- 144 =0 26) 2x?-2y?=9 4x? -5y?4+20=0 27) 3x?-y?-18x +4y+11=0 I5y?- x?-15=0 28) 8x?- y?- 64x - 4y+116=0 Tx? -9y? -252=0 29) 4x?- 9y?- 16x - 36y +16=0 x?-3y?+75=0 30) x?-3y?-10x+12y+40=0 4x?-Ty?+28=0 31) 12y?-4x?-24y+24x -51=0 x?-y?=8 32) 5x?- 4y?+30x +8y+21=0 4x? - 21y?=84 33) x?-y?-10x+2y+16=0 l6y?- 9x? -576=0 34) x?-y?+6x+25=0 x?-12y?-16=0 35) 2x?-2y?-8x - 20y-51=0: . 4x? -y?-36=0 36) 5x?-8y?- 20x -48y -25=0 l6y? - x?= 64 37) 24x? - 5y?+96x +10y =0 x? yr? 4.9 3x -2y-7=0 e 3x+2y+1=0 =1, C(,-2), AyCh-2), Az@,-2), Ft v3, -2), et 208 Vetores e Geometria Analitica 39) =1, C3, 3), Ay 5,3), AoC, 3), 3+ V5, 3),€ 4 1 x-2y+9=0e x+2y-3=0 242 i 40) ~ =1,€G,0,4)G,-2), 4.0.4, FG, 14015),¢= 8 3x -2y-7=0 e 3x+2y-11=0 2 ye 41) FARAH CU, 2, Ash 2), Aa (7, 2. FENG, 2,02 V5 2x -y-6=0 e 2x+y-10=0 y? x? . 42) eh C2, 1), Ay(2, 5), A (2,3), Fi (2-6), Fr(2, 4) € =F 4x -3y-11=0e 4x+3y-5=0 2 2 43) a =1,€(0, 5), Ay(O, 0), Az (0,10), F(0, 5+V29),e= “== 5x -2y+10=0 e Sx+2y-10=0 1 x==tan@ 7) x =2sec@ 4) 3 y=tan@ 1 y=—sec® 4 45) x =3tan® 48) fee y =V3sec@ y =-1+3tan@ ae) [278008 4) x=-3+4y3sec0 y=tan® y=3tan® 50) x?-4y?-16=0 51) 9x?-y?+9=0 52) 16x?-9y? - 64x +18y +199 =0 53) 3x?- 4y?+32y -76=0 54) (4, -8)e (4, -2) 55) 9x?-16y?-144=0 56) 9x?+5y? -45=0 2 y2 sn BY 4 12 Cap.'8 - Cénicas 209 58) a) y?-6y+8x+1=0 (parabola) b) 3x74 4y? +14x - 24y 1 31=0 (clipse) c) 3x?- y?- 26x + 6y + 26 =0 (hipérbole) Curiosidades Para encerrar o estudo das cénicas, vejamos, a titulo de ilustrago, a propriedade da re- flexdo de cada uma delas. dos automéveis sio parabélicos. Mas isso’ tem alguma 1) Parébola Na prética, esta curva tem uma série de aplicagées. Ouve-se dizer que antenas de TV e os espelhos dos farcis coisa a ver com a curva que estudamos? Tem tudo. [7 Na verdade nao se trata de “uma” s6 parabola e sim de um paraboloide (Figura 8.46), que ¢ a superficie de revolugio obtida girando-se a parabola em torno do seu cixo. Todas as infinitas parabolas que possamos imaginar formando o parabolside tém o mesmo foco F. Admitindo espelhada a parte interna deste paraboléide (pode ser um farol de automével, ou holofote, ou outros refle- tores em geral), se uma fonte de luz for colocada em F, os raios que esta fonte irradia serio refletidos ao longo de retas paralelas ao eixo (Figura 8.47). Esta propriedade, chamada re- y ‘flexdo, esté baseada no fato de que, Pf \h sendo ¢ uma reta tangente a uma pard- (\ bola no ponto P (Figura 8.48) 0 an- fr gulo @ (Angulo de incidéncia) é igual F a0 Angulo B (Angulo de reflex). Este mesmo prinefpio é utilizado na fabricagao de antenas parabélicas e espelhos de telescépios. Como os sinais (ondas de rédio ou raios de luz) so muito fracos, hé a necessidade de capté-los utilizando uma su- perficie ampla e concentré-los num tinico ponto (que 6 0 foco F) a fim de sete amplificados (Figura 8.49). Figura 8.48 Figura 8.46 eixo Figura 8.47 Figura 8.49 210 Vetores e Geometria Analitica Entende-se agora porque as antenas e os espelhos telesc6picos precisam ser parabslicos. O experimento da foto (Figura 8.50) encontra-se no Museu de Ciéncias e Tecnologia da PUCRS e traduz de uma forma particular a propriedade da reflexao da paribola. A mesa é dotada de um anteparo curvo de forma parabélica. O orificio na mesa esté exata- mente na posigao do foco desta pardbola. Entao, um objeto (na foto € um botio) ao ser langado paralelamente ao eixo da curva, apés chocar-se contra 0 anteparo, retorna € cai sempre no orificio. O menino da foto deve estar achando esta “proeza” resultado de suz habilidade Figura 8.50 A propriedade da reflexaio na elipse é aniloga & da parabola. éa tangente no ponto P de uma elipse de focos F, € F), sao iguais os KJ Angulos o& e B formados pela reta tangente e os raios focais F, Pe F,P, respectivamente (Figura 8.51) Imaginando uma superficie obtida girando-se a elipse em torno do eixo maior (a superticie € um elipsdide), e admitindo espelhada a parte Figura 8.51 interna, se uma fonte de luz for colocada num dos focos, digamos F, , 0s raios que esta fonte irradia serdo refletidos todos no outro foco F, (Figura 8.52). Se ao invés de uma fonte luminosa tivéssemos uma fonte sonora, o som emitido de F, se refletiria nas paredes do elipséide, convergindo em F) Figura 8.52 Cap.8 Cénicas 211 3) Hipérbole A propriedade da reflexio na hipérbole é andloga a da elipse: a reta tangente ¢ num ponto P da hipérbole é bissetriz do angulo formado pelos raios focais F,P ¢ FP, isto é, a= B Figura 8.53(a)). Seja a superficie obtida girando-se uma hipérbole em torno da reta que contém seu eixo real (a superficie é um hiperboldide de duas folhas), e admitindo-se espelhada a parte externa da superficie, todo raio de luz incidente A superficie na dirego de um dos focos, é refletido na diregdo do outro foco (Figura 8.53(b)). @ Figura 8.53

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