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ei eee ni tiie cheno fin Pouitica Fert a Oxnest #9 Sunvension PARTE I METODOLOGIA FE IDEOLOGIA 1. INTRODUGAO E APRESENTAGAO Este compéndio tem, sobretudo, uma finalidade didéctica eacadémica: servit de Manual escolar para os meus alunos do Instituto Superior de Ciencias Sociais « Politicas, aonde lecciono hi mais de 30 anos. Em boa medida rata-se de uma reedigio de textos da mesma indole ¢ natureza, outrora dispersos em diversas publicagdes e que agora se retinem para a facilidade de consul:a. Naturalmente {que os mesmos mereceram virias modificagées, actualizag6es e mesmo alteragdes profundas num e nowero aspecto, embora correspondam, em boa medida, a uma continuidade de pesquisa e de postura académicas, que se mantim no por mero conscrvadorismo ¢ ainda muito menos por desprezivel comodidade, mas tio-s6 porque correspondem a uma determinada visio do mundo que é outro lado porque obedecem a uma economia de ensino que visa facilcar a vida 20s estudantes € no transformar o simples em complicado, como parece ser, por veres, a atitudle de alguns, com menos prioridade pedagégies. Ao fim de umas décadas de estudo dedicadas a estas matérias,fca-se com a convicgio da fluidez das conjuncuras politicas, ao mesmo tempo que se confirma a hipétese, outrora apenas uma suspeita, de que hi procedimentos sistematicos, de que hd ten Rico polllce Tconday arr pela aguibigao «exercicio do poder. ‘Vamos de seguida passar em revista as viras ciéncias wdo facto politico» dentro cde uma légica de generalidade e dentro de um quadro de sequéncia. Na ligica de Spencer a evolugio fez-se sempre do homogénco simples para © hecerogeneo complexo. E a lei que o prof. Adriano Moreira passou para as relagées internacionais, a lei da complexidade crescente da vida internacional, «a marcha para a unidade vem acompanhada de uma progressiva multiplicacio, ‘quancicativa e qualitativa, dos centros ineernacionais de diflogo, cooperacio, ¢ de decisio, e das relagdes entre esses centros»”, é exactamente a lei de Herbert Spencer. Mas is veres a légica prega partidas quando confrontada com a reali- dade", Nao a devemos usar em vez da Hist6ria, da ciéncia ou da policiea porque sao inimigas figadais Dito isto vamos comesar pela mais antiga destas eiéncias A Historia Timidamente, considerei outrora, tao-s6 a Histéria Politica como integrante da Historia que se dedici & descoberta, conhecimento ¢ ordenagio dos fen ‘icT6s oliioos do pasado"! ‘Mas seri s6.a Historia Politica a fazé-lo? A Histéria das Instieuicdes nao esta dard também fenémenos politicos? E que dizer da Histéria Militar, da Histéria da Colonizagio, da Histéria das Ideias, da Histéria Diplomitica ¢ mesmo da Histéria Econémica e Social? E dbvio que sim. Ora se fazem, por maioria de razio o far a Histéria Geral. Eis porque a F court ¢ nio tio-so um seu subdominio especializado, deva ser incluida no rol das cigncias politicas, distinguindo-se das demais, menos pelos métados de que adiance falaremos e mais por se debrucar como objecto de estudo sobre os fend menos do pasado, designadamente sobre aqueles definidos como politicos. 9 MOREIRA, Adsino (1996), Tori rR norton Atmdina, Coimb p.3. "0 erberSpener ets orl da evolu c uns dlr rad que eid ue 8 erohggo segue sempre va do menor for. Nio verdana mas € iia A cultura pomtgaca town Ue nem seipe és, anopooga mosta-oos ie nes smite € cama I deersins or expla 0 ‘queer pea ma Tera Nov ou Gronlindi, és do moreso, 0 oem ign sea 00 i) Do Politico vém os conccitos do sufrigio, dos seus tipos ¢ classi- ficagdes, a distingao entre suftigio activo e sufrigio passivo, os requisitos de capacidade, quer sociais, quer especiais, a teoria das incapacidades, 0 processo eleitoral, o contencioso elcitoral, isto a titulo exemplificativo. ~~ iii) Da Sociologia Politica vem a dissertagio sobre a campanha cleitoral, uma ‘vez que se trata essencialmente de um conjunto de processos de comuni- cagio de massas, designadamente simbélicos, actuando basicamente pela persuasio ¢, na fase actual de esplendor dos partidos de rassemblement ou atch-all-parties, utilizando téenicas apuradas 20 pormenor mais infiria do marketing aplicado & politica, © estudo das atitudes cleitorais também, por esséncia, por definigio e por tradigio, uma drea lissica da Sociologia ‘As variagées das abstengbes, das maiorias, das minotias, as variagbes dos votos por sexos, por classes sociais, por classes etirias, por regides, as suas distribuigées respectivas, sinctOnica e diaeronicamente consideradas em fungio das candida- 51 or cscmpla 0 ude de BELLVER, Franco J. Vanacldha, Proceso Siteas Elster, PAS TOR, Manu e wuten (1989), Cacia Pica, Mads ed. MeGrHil, po. 233-304, Charo en ‘gar bibliog do fil dows capo, nde al teadénca poder exeraecmete fundamen 30 Citscis Pottniea ~ Esrtno Bs Onotat tna Sunvensio turas apresentadas, cis am mundo de questécs que interessam 3 Ciéncia Politica por lidarem com fenémenos politicos e que a Sociologia inscreve como seus, 2.4, O Direico Politico e Areas Politoligicas de outras Ciéncias Juspublicistas Perguntemos mecodologicamente onde se costumam estudar em Portugal endo apenas, os Estados semi-soberanos, as formas pacificas de designacio de titulares de cargos pablicos ou politicos e a designagio de governantes, ou os limites ds evisio constiucional? Ou de outro modo: as disciplinas do Dircico Incernacional Piiblico, do Direito Administrativo ¢ do Dircito Constitucional nio tratario estes temas ¢, ‘entre muitos outros, de matéria directamente interessante & Ciéncia Politica? Obviamente que sim. A Cigncia Politica, num sentido amplo e, se quiserem, plural ~ Ciencias Politicas ~, nic pode prescindir dos ensinamentos e dos temas reivindicados ha muito por outras éreas cientficas consagradas ¢ cujo objecto se ‘encontta definido e estabelecido, Esca limicagio de fronccitascientificas resulta sempre ser reltivamente tradi- ional e factualista, sempre passivel de discussio quanto & «apropriagiow de limites, definigio de fronteiras e, em suma, a um rigoroso estabelecimento do ‘objecto, A incerdisciplinaridade que, nestes dominios, tio proficuos e saudiveis resultados tem_produzido, longe de ter faciitado este proceso, 0 torna cada ez mais completo, fzendo intxpenemar cdi comguas esate tadibes académicas. As ciéncias juridicas, desigoadamente as do ramo do Direite Pablico, que de momento re, « nos interes sobremancinn so ccs noroatinas Est juridica que as caracteriaa constitui, em suma, 0 distingue mais difcultoso sua limagto com as demaisclnclas plleas © nto é tenw a cemdtica eo obj © mundo das realidades juridicas consagra-se, sobretudo, a um dever ser (eSollen»), enquanto o da realidade social se dedica a um ser (Sein). © Dircito estuda, por esséncia, o que € formal (a forma de poder que refe- rimos como uma das facetas do método tridimensional), eecebendo inputs da sociedade e cransmitindo-Ihos em oucputs, sem ser designadamente por via da coercibilidade. A visio normativa c institucional que s6 2 ciénciajuridica confere pois, uma das traves-mestras do conhecimenco dos fenémenospoliticos. As suas sintesesideais, de cerca forma estrucuralistas, anacrdnicas e modelares, permirem anilises impossiveis noutros dominios das ciéncias do Em momento posterior se reeriri com pormenor a questéo do método. E a0 falar dele, centaremos distinguir como por sua via 0 ideolbgico ~ sob as mais diversas formas ~ penetra nas ciéncias normativas gue abordimas. 3 | | | | 2. As Citscias nos Pandan Pottteos 2.5. Da Geopolitica 20 Ecologismo ‘A metodologia gcopolicica é, sem dvida, original, uma ver que se reporta 20 condisionamento dos factos politicos pelos facts geogrifcos e nara, Fodavi, se houve ramo do conhecimento conatado com propésites idcolégicos, este foi sein diivida um deles, uma ver que o célebre Institut fir Geopolitik, conhecido por escola de Munique-Heidelberga, da direccio do general Karl Haushofer, se dispés a articular os seus estudos com as tesesracistas nazis da superioridade da tiga ariana e com os propésites expansionistas do II] Reich, materializados nas teses do Raumsinn ¢ do Lebensraum. Com a detrota do Eixo, 2 Geopolitica dobscurccet durante duas décadas, renaseendo na década de 60, relacionads com «a Geoestratégia e com a Ecologia. Sio getalmente consideradas precursores das teses geopoliticas autores como Friedrich Ratzel (1844-1904), aucor da célebre Politsche Geographic, o steco Rudolf Kjellen (1864-1922) c o britinico Sir Halford Mackinder (1861-1947). Outeos autores andam estreitamente relacionados com as teorias geopoliticas ‘como: almirante Alfeed T. Maham (1845-1914), cedrico do poder naval, Renner, te6rico do poder aéreo, ¢ Spykman, autor da teoria do Rimland. Curiosamente, a Ecologia, partindo de um modelo muito préximo do da Geopolitica (as implicagdes ¢ condicionantes do ambiente sobre a actividade humana e vice-versa) gera uma nova mati politica usualmente entendida como 1 teoria politica verde. “Trata-se obviamente de uma nova ideologia que reclama fundamentos écicos recisos, determina novas politicas ¢ um Estado ideal para modelo propondo tim combate 4 neuratidade do estado liberal, uma economia de deindaseial- ‘agio™, reciclagem de materiais, ¢ uma postura contra a sociedade de consumo, a favor dos direitos das mulheres, das criangas e dos animais, geradora de uma nova ética vivenctal Tiata-se, indiscutivelmente, tal como aconteceu com a geopolitica durante a 1 Guerra Mundial, mais de uma idcologia do que de uma ciéncia, sem contudo se perderem completamente funcamentos de natureza cientifica de suporte ®, 3 Sobre ema mats deve verso Cap. 2a ra By ae do Pane Ea Endre police «ta Hier das Pra, ds tn do ao ate cole eisne amigy Pro. Doar Polio FA. ened Aled (1990, Liss ed SCST 39 Ug WISSENURG, Marl, The des of tte si he ature of dsc sie e LUCARDIE, Paul, Why would egocantias bee conta? On indidato and hls i ren pola hry ie DOBON, Andie (ee ouos (1995), Te Flite of ewe, Lanes «Novs longue, Reed: CAREER, Alan Tsuda Gre ull Toys HARVARD. Michal Gren Dey 35 ACTENBURY, Wont, Can Lier! Denar Survive te Ecionentl Cit VEE, Keekok, To Deindutrilse iran. 36 Vejse a ene slo, KENNY, Michi Boll. alta ¢ Mls ~ An Inratecton, 2 ey Londres e Nova lrg, Rouse, pp 218-251 caida BALL, Terence © DAGGER, Richard (1995), 32 Citveia Poste termos politicos recoma-se a via da fags do real, reeuperando velhas ‘utopias autogestiondsias, sociaistas ou. libercérias, influenciadas pelas obras de J. J. Rousseau, de PJ. Proudhon, de K. Marx ou de Bakunine, ow novas formulas neodarwinistas como a do materialismo bioldgico de base tribal, como ado ecologista inglés Teddy Goldsmith, ou comunalista, na proposta de Michel Bousquet. Mas 20 concrario da renascida Geopotitica, a Ecologia € cada ver mais 0 ecologismo, isto é, uma ideologia de esquerda anticapicalista que se socorre de conhecimentos cientificos © de dados técnicos para manipular de forma propa- sgandistica, Ao invés, a Geopolitica renascida na era nuclear. passou a encender-se ‘como «2 relagio que se estabelece entre o poder politico, a politica internacional e ‘0 quadro geografico» 7, ou, como diz o subticulo do Tratado General de Geopo- liiea, de J. Vicens-Vives, o factor geopolitico do processo histérico. 2.6. A Psicologia como Ciéncia Auxiliar das Cigncias Politicas A escola italiana de Ciéncia Politica com as obras de V. Pareto, G. Mosca R, Michels trazem para a ribalta da Ciéncia Politica a pertinéncia das explica- Bes psicolégicas e psicossocias. O organicisma™ e o darwinizmo social, coma rnomes como H. Spencer (1820-1903), P.Lilienfield (1829-1503), A. Schaffle (1831-1903), R. Worms(1869-1926),}. Novicov (1849-1912) ezindal. Gumplo- wicz (1838-1909), G. Ratzenhofer (1842-1904), A. W. Small (1854-1928), Oppenheimer (1864-1943), bem como a exola antraporracial com J . A. Gobi neat (1816-1882), H. S. Chamberlain (1855-1927), a dupla Oo Ammon € V. de Lapouge, de entre outros, rouxeram a implicacio biosseciolgica para 0 dominio da explicagio politica. Houve nestes primérdios excesso de confianca « dbvios entorses nas aparéncias e nas «demonstragoes» precendidas, contudo a relacio entre o mundo orginico e psiquico estava langada. A Etologia, de éxito grandemente tibutirio&s obras do Dr. Desmond Mors reabilta esta relagio pelo prisma do comparativismo comportamental de espé- cies distiowas, chamando do limbo a relacao entre a politica e as vidas biolégica € psicolégica para o qual havia sido postergada, na Il Guerra Mundial, pela detrota dlo nazismo que se servira criminosamence daquela orientagio académica. lie aa digi, Hanger Cllns, 2. es BOUSQUET, Michel (1976), Fig Poles, Lisos, Ed ‘Novy: BOUSQUET, Michel, EDGAR, Mori, HERBERT, Marcuse couse 1979), ada, Case Ved wud Mer, Libs, Mors Ba, 2 cds FERREIRA, Vior Matis (1976), ord Cade ‘Hunsnita b Crt do Capitan, Yonto, Ed. Ahotsnento: MELO, Joo Jorez PIMENTA, Caos (0933) 0 Que? « ele, ison, Dini Cul SIMONNET, Dominique (981), O Een, {iboa, Morais Els WEIVER, jonathan (1991) Oi 10a, ios, Gra, 28 Segundo a prope de GRE, Clin (1977) em A Gepainde En Bee 8 VICENS-VIVES, (1972, Td Geil de Gopi, 3, Brena, Vice Vies, 2 Vejuae GONGALVES, Jo ili, Scola, Cleo de Gites Ss, L value p 17. tip 168. is Citscias nos Fredneos Routes [As obras sobre a Psicologia Social de Gabriel ‘Tarde (1843-1904), sobre as leis da imicagio, de F. E. Giddings (1855-1931), de A. W. Small (1866-1925), de E. A. Ross (1866-2) ¢ da grande maioria dos socidlogos norte-americanos"! consagraram este estudo, unindo de sobremancira as investigacbes da psicologia colectiva e da sociologia A célebre obra de Gustave Le Bon, A Poicologia das Mudtidies®, foi livro de cabeccira de Lenine, Trotski, Sealine, Hitler, Mussolini, Salazas, Mao e De Gaulle, tornando-se um clissico de referencia, Da Psicologia Colectiva (x g Pierre Manoni) passa-se 4 Psicologia Politiea que se ocupa do estudo em creas tela- tivas a mecanismos de governagio, comunicagio de massas, marketing politico ¢ eleitoral,lideranca politica, religiio e politica, contracultura ¢ violencia politica, dinamica de grupos, enererantos mais, ‘A obra psicoanalitica de Sigmund Freud (1856-1939) cviou uma verdadeira escola de Psicologia (com nomescomo A. Adler, C. G. Jungs M. Klein, E, Fromm, HLS. Sullivan, D, W. Winnicott) gerando, entre outras novidades, os estudos de psico-histéria de reconstrugéo do weu interno» de grandes personagens politicas da bumanidade, de forma a expor, a par da sua biografia evidente, a respectiva biografia ltente. "Sth eno sinda conquistado, em absoluto, lugar ao sol no elenco das cias politicas, a Psicologia Politica para li se encaminha a passos acelerados, at porque a transformagio do marketing politico numa disciplina vital para a conti- nhuidade das democracias liberais do século XI assim o obriga. ‘A persisténcia das suas anlisese sinceses fard com que, a breve trecho, se trans forme num dominio fundamental de explicagio para o estudo do comportamento politico, porcanto, das ideologias, quer a0 nivel individual, quer colectivo, 2.7. A Ciéncia Politica no Sentido Restrito A.Citncta Politica, em sentido testrto éacigncia dos factos politicos isolados dos fenémenos sociaisfem que se inscrevem,fgendo facto politico todo even] relacionad com a aqulsigio, manutencio.¢ exeteicio do poder politico. ‘Ocupacse, sobretudo, dos factos politicos do presente, jé que a Histéria 0 faz pata o pasado, muito emborsS@oteeho de presente nfo pos ser entendido num sentido instantineo, abstracto, mas num sentido mais alargado, cuja pedradesogue i das pescoas, das cols, dos fctos, das insttuigdes ¢ das relagSes. cia Politica estuda, ps i rica presente, sendo certo que clase configura, em boa medida, Como politica, ot seja, como um misto de arte 3h dap 168 22 Em pormguts LE HON, Gustve (0980), Paige eas Maids, Ubon, Pubes Europa Ami 1 MANONI, Pl, A Mole Cif, Liha, Poblcagdes Baroy Aan, Mi CatnetsPousrica— Esrune 04 Onaen # 94 Suavensio ede técnica destinada a gavernar os povos. Os limites precisos da Cigncia Polt- rica, em sentido restrito, sia flufdos e dependem da tradicio académica que se agua, Poder-sedchega ao mula de rpanicscdo ase. obia plas demas politicas, ewvariando-a completamente. Neste particular ha, pois, que no wo eeaio de'uma post mente pragmtiea: entendido 0 abjecto especifico ¢ 0 acess0 metodoldgico, ha que eseudar sem medo de melindres epis- temoldgios ou semntics. ica aproxima-se da Sociologia Politica ao estadar a sociedade politica, ao ponto de poderem ser consideradas como sinénimos, ¢ uma realidade idistiita, a do direito ¢ da sua teoria geral do Estado, como acontece com algumas correntés Formalistas que indicimos. Nao parece nem dcil nem pertinente discutir profundamence este sexo dos anjos. A Cigncia Politica move-se e, portanto, existe. Realiza estudos profundos ‘em dominios préticas e tebricos, puros e aplicados, de micropolitica ou de macro- politica, de ordem, de mudanca e de subversio, de descricia ede compreensio, de andlise'€ de sintese, factuais ¢ prospectivos, de realidade ¢ de virtualidade, ¢ assim pot diante. A telativa indefinicio das suas fronteiras permite-Ihe uma ousadia que-tem sido fandaniento ‘da sua criatividadé ¢ dinamismo. 3. Em Torno bos Concettos pe MéTopo £ pe Mrropotocia Quando em rermos académicos se fala de métado ¢ de metedologia os voci- bulos sio assumidos como sindnimos. Eximologicamente, método & uma palavea de origem grega (mera + ods) © significa, genericamente, caminho, Neste processo de caminhar hi que distinguir o destino (objectivo do método) dos meios (objecto do método} ou seja, e como ensina o saudoso professor Padre Silva Rego, «a ordenagio de uma série de actos humanos a caminho do seu fim préprio°. Considera o autor, como objectivo metodolégico geral de qualquer metodologia cientifica, o alcance da verdade, a vex que ctadas a cic emo seu modo, pos todas chs se dena & Pouco mais de essencial se poderd acrescentar sobre estes conceitos introdu- (6rios. Esta questio & nacuralmente crucial no ambito de um trabalho como 0 presente ‘Anossa preocupagio primeira consistird, assim, em determinat, tio claramente quanto possivel, o que € o metodo (essencialmente instrumental, operacional, Coma o fax BOTTOMORE, Ton (1979), em FliealSailgy, Landis, Hurchinson. 6 REGO, Ada Sih, Metoolgia da Hii, ud Pare Soci no 18,9. 180 * em, biden. 35 : '

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