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sarmos cada um destes planog ¢ 1: é ali Antes, porém, de ani eee : articulacao, vamos conhecer melhor do q umdet ait ui canto j 3.4. O contetido de cada coal, ‘i se com a Proposigao fests. 1-3], em que o poet: Lh das grandes figuras da sapq 92?" into do poema: cantico A Naci, see os conquistadr 08 reis € todos “que por ee Sco sas /Se vio da lei da Morte libertando”, ou seja, 0s herdis imortais, Segue-se a Invocacao [ests. 4-5]. O poeta pede inspiragao as nin TTejo, para que elas The concedam um estilo adequado =) feitos que vai “um som alto e sublimado, / Um estilo grandilocy corrente [J hia fria grande e sonorosa|...] / de tuba canora e belcosa” objetivo do poeta é nao sé cantar de forma adequada os feitos nacionais (estilo épico), mas também divulgé-los por todo o mundo: “Que se espalrg e se cante no Universo”. Na Dedicatéria [ests. 6-18], 0 poema & oferecido a D. Sebastia queé incentivado a continuar os grandes feitos dos seus antepassados, no. expansao de caracter bélico e rei- gioso. O poeta elogia os herdis portugueses (aqueles “em quem poder nio teve a morte’), comparando-os com grandes figuras da Antiguidade ou ias europeias da Idade A estancia 19 marca 0 inicio da Narracdo: enquanto a armada de Vasco da Gama ja se encontra no Indico, ‘se 0 Consilio dos Deuses, Valery, fas dy andeza do, ser apoia narftima. Este é o primeiro epist- do Plano dos Deuses, assim encaixado no Plano da Viagem. Deste 'primeiro Consilio percebe-se que Vénus e Marte apoiam os portuguese’ ‘© que Baco, por pura inveja, se opde & ajuda aos lusitanos, apesar de des- cenderem de Luso, “seu tdo privado”, Jupiter cede aos arguments <2 eusa do amor e do deus da guerra, decidindo que os portugueses deve chegar a india. Apes 40 de Jipiter, Baco prepara ciladas aos portuguese® na tiha de Mocambique © em Quiloa. Aqui, a intervengaio de Venus ® Protetora dos Rautas, Salvard os navegadores, que rumariio a Moma? pe ante fecha com uma reflexao do poeta [ests. 105-106): a vida oft Reariate tam Seguranca” ao homem, apresentando-se, por isso, CO™? ines ie mune certo”. Daf a pergunta do poeta, “Onde pode acolhers? pane", “um bicho da terra tao pequeno” contra os perigos 40 ™* € da terra? wv, 28 ~ Digitalizada com CamScanner 3. Avisio global canto Il Em Mombaga, a armada de Vasco da Gama jnfluenciado por Baco, prepara uma armadilha tervém a favor dos portugueses. Com a colal ea entrada das naus no porto de Momba prentada por um falso piloto que fora dis Mocambique/Os embaixadores do rei de Mombaca e 0 falso piloto, tatando que a8 Taus no avancavam, julgam que a sua traigdo fol dene, verta, Por isso, fogem, desistindo do seu intento. Vasco da Gamma, to. mando consciéncia do perigo corrido, ditige uma prece 4 bi providéncia, agradecendo terem sido salvos. a Venus, sempre atenta ao destino dos portugueses, lam rante Jpiter e pede-Ihe protecao efetiva para os novos argonautas.jipi- ter tranquiliza a sua filha, vaticinando futuras glérias para os lusitanos e delega em Mercurio a responsabilidade de, em sonhos, aparecer a Vasco da Gama, para lhe indicar 0 caminho seguro para Melinde. Ai chegados, rei recebe-os caloros ¢ faz uma visita & armada, pedindo ao “yaleroso Capito” que Ihe conte as “guerras famosas e excelentes / Co povo havidas que a Mafoma adora; / [..] gentes / De toda a Hespéria tiltima, onde mora; / [...] povos seus vizinhos, / [...] hiimidos caminhos” (est. 108). 0 rei quer saber tudo sobre a terra, o clima, a regio onde Vasco da Gama 6 recebida peto rei, que Mais uma vez, Venus in, boracio das Nereidas, im. Ga, Manobra que tinha sido Ponibilizado pelo régulo de nta-se pe- fe traz o Mar irado,” fest. 110). Canto IIT O poeta, consciente da grandeza da tarefa - narrar “O que contou ao Rei o ilustre Gama” -, invoca Calfope, musa da poesia épica, para que ela Ihe dé a inspirago condizente com a narrativa da Histéria de Portugal que vai en- cetar. Deste modo, é inserido na estrutura narrativa, agora com mais fo- lego, 0 Plano da Histéria de Portugal, que ocupa sobretudo os cantos Ile IV. Anarrativa do Gama inclui: * localizagao de Portugal na Europa; * descricéo da Europa; * hist6ria primitiva e lendaria de Portugal, desde Luso a Viriato; * inicio e formacao da nacionalidade - Conde D. Henrique ¢ D. Teresa; * teinado de D. Afonso Henriques: guerras de independéncia contra cas- y telhanos e mouros, destacando-se a fidelidade do vassalo Egas Moniz 3 para com o rei Afonso Henriques e o episédio da Batalha de Ourique 4 ests, 42-54); : j teinado de D, Sancho I; *reinado de D. Afonso Il; Digitalizada com CamScanner ustadas Colegio Resumos~ Ls de Camées, 05 + reinado de D. Sancho I; « reinado de D. Afonso III; * reinado de D. Dinis; + reinado de D. Afons Maria [ests. 101-106] oepisédio de Inés de « reinado de D. Pedro I; + reinado de D. Fernando. i flexao_motivada pelo amor de p, O canto termina.com_uma_rel ‘ Fer nando por D. Leonor Teles: 0 poeta interroga-se sobre o poder do Arner. “Mas quem pode livrar-se, porventura, / Dos lacos que Amor arma brandament, [...?* lest. 142). i 4 is6dio da Fe i so IV, destacando-se 0 epis once. | 1.0 epis6dio da Batalha do Salado fests, st Castro [ests. 118-135); Ne Canto IV Vasco da Gama continua a sua narrativa, agora relatando os aconte. cimentos da segunda dinastia: * interregno apés a morte de D. Fernando, originando a crise de 1383-95, + episédios da crise: o papel de Nuno Alvares Pereira e a Batalha de Alju. barrota [ests. 28-44]; * reinado de D. Jodo I, destacando-se a conquista de Ceuta; * reinado de D. Duarte; * reinado de D. Afonso V; *reinado de D. Jodo Il, salientando-se os preparativos para a viagem & India; ° *reinado de D. Manuel I, destacando-se 0 sonho profético do rei, n cn Meri Tepresentados por dois velhos, anunciam dos portugueses no Oriente; a partida da armada lests. 87-93] € 0 episédio do Velho do Restelo fests. 94 3 do Ve ests, 94-104], que cul- mina com uma reflexio sobre a ambicéo desmedids ian = = sera sorte! Estranha condigaol”. —— vomem ~ “Mr mp Costa erty eo. Ste canto é preenchido pela narrativa Vasco da Gama de Lisboa a Melinde, sendo q maritimo”. ‘Vasco da Gama conta, entao, * 0 cruzeiro do sul; + 0 fogo de Santelmo; + a tromba maritima; * a aventura de Fernao Veloso, um dos tri rar o territ6rio onde se encontravam; da viagem da armada de ‘snominado como 0 “canto ao rei de Melinde episédios como: Plantes que resove ip explo. Digitalizada com CamScanner « oaparecimento do gigante Adamastor, no al Gas desastres e nauragios a ‘esc tO, «0.esco! ‘apés Vasco da Gama terminar a sua narrativa ao reid ta encerta o canto com uma invetiva cont oe contra 0s portugueses seus con reyes poo desprezo demonsad pls Laas, prtcsonnnn pela poesia: “Endo se ver prezado o verso ¢ rima, / Porque quem ndo sabe a Fon estima” [est. 97). ] le Melinde, 0 canto vi ‘qerminada a narrativa de Vasco da Gama, o poeta recupera oestatuto genarrador contando a safda da armada de Melinde a caminho de Cale- cute, orientada por um piloto melindano, aco, nao resignado com a iminente chegada dos portugueses a India, desce ao palacio de Neptuno, que convoca um Consflio dos deuses irae nhos [ests. 8-36]. ApOs acesa discuss, a decisio é apoiar Baca no seu capricho, ordenando-se a Folo que solte os ventos jrados, com o objetivo de destruir a armada portuguesa. No mar calmo e sem suispeita da trama de Baco, os marinheiros pas- sam o tempo ouvindo historias, das quais se destaca 0 episédio dos Doze de Inglaterra [ests. 43-69] contado por Fernio Veloso. Surge, entéo, de forma violenta e inesperada, uma tempestade [ests 70-84]. "Vendo Vasco da Gama que tdo perto / Do fim de seu desejo se perdia’, dirige uma comovente prece & Divina Guarda. Esta prece ¢ ouvida por Venus que, uma vez mais, socorre os portugueses, com a ajuda das Nin- seu poder sed inam a forca dos ventos. Dominada a tempestade, os marinheiros avistam, enfim, ¢ “Terra 6 de Calecu, se ndo me engano;” [est. 92]. Vasco da Gama Deus o sucesso da viagem. O canto encerra com ni alecute - gradece a ideragées do poeta, desta vez sobre o Kw xxao do poeta, que elogia o espirito de mente as nagdes europeias que nao sna € expanséo da {6 crista [ests. 2-15). x Segue-se a descrigio da In ‘om particular destaque para . ie ¥meiros contactos entre lusitanos e indianos, preparados pela ida do : 4 gredado joao Martins a terra, com o objetivo de dar @ conhecer 0s pron § sitos e as intengGes dos portugueses. Mongaide, um mouro que hal i : bem Calecute, erd o intérprete dos navegadores. Po isso visita as ni ‘Aarmada jé esta em Calecute. se com uma refl Seguem o exemplo dos portugues Digitalizada com CamScanner Colegio Resumos ~ Lats de Came, Os bss inheiros 0 Malabar. Vasco da Gama, acom. e,entio, desembarcar. Em terra, a emai xada portuguesa é recebida pelo Catual, e depois pelo Sarmorim. “Paulo da Gama, irmao do capitio, ficara a bordo da nau capitaina, onde recebe a visita do Catual, que pede ao portugués que The explique significado das figuras representadas nas bandeiras portuguesas ‘O canto ‘com uma nova lamentacdo do poeta. Ao invocar as ninfas do Tejoe do. Mondego, Camées quelxa-se dos seus infortinios,” ‘criticando, também, todos aqueles que oprimem > exploram o povo. Re. conhece ainda, com ironia amarga, que 0 ndo apreco pelo seu trabalho desencorajar4 futuros escritores ~ “Que exemplos a futuros escritores, /Pera espertar engenhos cursos, / Pera porem as cousas em meméria, / Que merece rem ter eterna gloria!” (est. 82) descreve ao capitao e aos mari panhado de varios nobres, decid (Canto Vals uma vez, o poeta dé a voz a outro narrador: Paulo da Gama, Este navegador relatara ao Catual alguns episdios da Historia de Portugal, destacando a coragem de alguns herdis miticos e/ou verdadeiros: Ulisses, Viriato, Sertério, o Conde D. Henrique, Egas Moniz, Dom Fuas Roupinho, Nun’Alvares Pereira, os infantes D. Pedro e D. Henrique, entre outros. cerdote das “mds” intengdes ¢ chegar a um entendimento, que passara pela troca de fazendas euro- peias por especiarias orientais, No entanto, o Catual opde-se a esta deci- so e prende 0 capitio, impedindo-o de regressar & armada. Vasco da Gama sé conseguiré a liberdade apés subornar o Catual que, a troco de fazendas europeias, o deixa regressar a bordo. ~ —D Lamentagdes do poeta acerca do vil poder do “metal luzente ¢ louro” encerram o canto. ‘Apés a superacdo de algumas vicissitudes, os portugueses, sempre ajudados por Moncaide, iniciam a viagem de regresso & patria. Venus, sempre atenta, resolve preparar-lhes uma surpresa, uma recompens@ por todos os sacrificios passados e por todos os obstaculos ‘ultrapas: sados. Assim, cria uma ilha divina e maravilhosa, segundo os cinones icos (campestre, bucélica, harmoniosa nas cores e formas, fresca e luminosa) e povoada por ninfas que se oferecerdio aos nautas, Estes: exortados_ por. Veloso, viverfo momentos de amor e prazet. que ile elng conan 32 Digitalizada com CamScanner 3. AVvisio globay . em o merecido prémio para quem ta onstituem 0 PE =A" alto fez subj jg portugal: Pit o nome “asco da Gama encontra-se com Tétis no seu palacio ¢ a nj jicarlhe que este repouso € a compensagao de “trabathos tao | re Pe mio ld no fim, bem merecido”, ° longos |. / lica a simbologia da ilha o poeta explica vogia da ilha fests. 89.92] ¢ termin e _ i 3 a consideragoes sobre a verdadeira a de atingir a famaea moras 7 2, spor iss 6 vos que as Jamas estimais, / Se quiserdes no mun tai ja do sono do cio ignavo, / Que o dnimo, de livre, faz escrauo” \ sp ponde na cobica um freio duro, / E na ambicéo também, que indignamente ft mais mil vezes...” [est. 93]; “Ou dai na paz as leis iguais, Constantes [...] /O be esti nas armas rutilantes, / Contra @ Lei dos immigos Sarracenos” fest “ vos se os homens fizerem isto, conclui: “Sereis entre os Heréis esclarecidos / Enesta Ilha de vénus recebidos.” [est. 95]. cantoX - yioyr ke Ugusse ¢/ Jorejud Tétis e as restantes ninfas oferecem um banquete aos portugueses, durante o qual uma ninfa, através de um discurso profético, narra os futuros feitos dos “lusiadas” no Oriente; nao sem antes, todavia, o poeta ter, de novo, invocado Caliope. A ninfa prossegue, centrando o seu dis- curso nos herdis e governadores da {ndia. Tétis leva o Gama até ao alto de um monte e ai mostra-lhe a maquina do mundo, ainda numa perspetiva geocéntrica, e os locais por onde se estendera o Império Portugués. Por fim, os navegadores embarcam rumo a Portugal, até que “Entra- ram pela foz do Tejo ameno”, trazendo para a sua patria e para o seu rei gloria e titulos novos. 0 canto encerra com o poeta a lamentar-se pelo facto de o seu talento nao ser reconhecido, sobretudo por aqueles a quem canta. Exorta D. Sebas- tio a continuar a gloria dos portugueses oferecendo-se para servirorelea Patria - “Pera servir-vos, brago as armas feito; / Pera cantar-vos, mente as Musas dada;" est. 155] e apontando como caminho o do Norte de Africa = “a monte Atlante, [...] campos de Ampelusa / Os muros de Marrocos eTrudante. [est. 156] do ser tamanhos, / Digitalizada com CamScanner

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