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M o7rs. rae {lcLo DE CONFERENCIAS NO CONSELHO DISTRITAL DO PORTO ‘DA ORDEM 00S ADVOGADOS PARA UMA NOVA JUSTICA PENAL Cremos, porém, que nio ¢ assim, pos lel fala de falta de ‘omeacio de dfensor, quando obrigstrin. No nosso cao, fatase de uma dav nulMades secunddias prenas pelo artigo 100° do {édlgo de Proceso Penal, cao rxime 9 a previo, “hes, 0 despacho que ertenda so ivogado »incomunicbie Idade do detido 1g podersdetrminar a anasto do intertogstrlo {ito coms anisténla do advogado dor termon rubrequenter aque tl despacho pos afectar, esl nuldade ter ido agua Io prépri acto do despacho, se ele fl proferido na presenga do ‘eudo © do sdrosndo, ou, seo 0 fi, no praro do cinco di 2 contar da aotifiasse para qualqeer tera do proceso ou da Intervenpio em qulguor sea do proceso, depois de comida 2 rulldade, nto podendo o joie delar de atnder te nla, donde (got tompestivamente arguida, ma ser que la no pode dsiar Ge influir no exams ¢ decsto da cours seo jlanio atonder @ argulgso da nuldade,restard vin do recurso pata a Impugnasio do respectvo despuch. % Concusio final Para concluir este tema, so mals dues coasidergoe: A fangio do alvogndo de deers na instrugio preparatria io Geno pode er ms ade uma enicade rarpeita e nderstel que uma ullrapassadapraxe adiminiauativa © policial ainda com {Ima a ver nel, come se tal fangio a0 recondasise a um das times contra a realiario da just, ao crime de faorecmento pesto. Por iso, ao obstante J star hoje expreusamenteconearada ‘na Jet ordinla, mais precsamente ‘na Lat Prison conta 0 DecretoLei m2 268/79, de Ide Agosto, a exclusto do advogado fn incemsunictidade geal © retta‘do detid intercsen que ‘a raforma do Codigo de Processo Penal que ots em crs, designs damente pars 0 adnptar ao now Cédiga Penal, za continue © Sleneiarse a questio da excusto do advogado da incomunieabt Tedade gers! ou restrita do dtido durante a Instrugo prepaatl sllfnco que pode conduarssolusesincompativels com 0 aricter Cilla e humanists do nosso sistema procera peal epropeat fe um stadodepolca cm vee de um verdadero Entadode dro, 2 CONSENTIMENTO DO OFENDIDO NO NOVO CODIGO PENAL (*) “eel Ag ios wm amon seo Se Ste deny Rn x cot mir ote ens nots td, Sem prorat de esas, preedem apne ‘tree nga aim, cpus ab um i de slams oSpotmeament au 1. ENTRODUGKO 1. 0 consenimento do ofendide x50 ser, tales, wm dos tecnas com maior incidecie no quotdiano dos péticos do dito. Mas soscia um eonjunto de problemas quo, por sobre serem dos mals complesos que desafiam a moderna soutrina pena, mica respostas que imprimem carcter a0 stems Jurdio ena. 4) # sobretudo no regime ¢ aa constuggo doutinal do eon sentiment do ofendido que gaskam amplitide slgumas dat om Iwovérins mats fondas da actual dogmaticn penal. Citemse, tulo puramente cxemplifiativo, qustoes come a da natures «struturn do bem juridico pena, da elagao eats tpeiade « 4 tiitade, da edeguarao soci, isco permiido, negligent, ete, ‘ue, se no foram directamente susindar pela teria © pr do consentimento do ofenddo, a verdale @ que neat encon. traram um dos mais estimates terenos de desenvolvimento © das. imtervengtes medias, este 20. voluntiia, experince Innmanas (eg. experdncias de frmacoogia linia), agresabes 20 coro dar priias despots e nov expagee de grande dem ade de rieo (yg. tafeg rodoviro), etandla, te, algumar Aas qual, siundar jaa zona cinsent dn froneira 0 prprio ‘ito eriminl. Bem se comprosaders por is, adiantese desde 4, que as reposts eventualmente lograda,vatham mais do que 1) Nio sio. menos evidentes as implicaes éticopolicas do regime do consenineato. Traduzindo se na postbilldads com ‘eda ao indviduo de eer recuarconcretamente a ordem jriico ‘ena, tal epime hide, forgosmpente, espelhar um cero equ ‘tao das antnomias mais prosentes ‘no actual debate 3 propésito dos fandamentosaxalgics do poder. Em primeiro lugar. «ant omia entre #Uberdade (ea tlerdncs) e a imposiio repressva ‘dune scoostrasio fill da resis, Dal freqaeneia com que Sprsteato do rgime do contentimento or penalirastavocam ob ‘alones fundamentas do Estado de Diceto e as suas cristal ‘tes conttuionas(). Em segundo lugar, a polridade entre as ‘sgéncine do idividuallsmo mals radeal © um “Tem sido piilesada Inente et nome dena ltina que » generalidade dos stores tem {umado a enséncia de linites & live disposigso de bens ind (GEO Geado pela tun satura (gd) ov ampiade (2 Integridae fnics) se posa pr em causa 0 mocleo ireduiel da frépria.condigdo humana, inispensivel 4 uma existéncla om [iterdade ¢-dignidads. O que, alii, tom provocdo, de algune autores a denneia de puteratioo (. Bor limo, a tenato etre ae alguns considera ser ¢ obedéncia a tabue e uma so Drolensaneate male raconl das cols. So, por etamplo, com ‘deragies desta Indole ue ler, entre outros, RUDOLF SCHMITT ‘eontestare punibidade do homiediou pelido da vitima, ito porusato a inpunidade do homlcidh prtisdo a certo de com ‘eniment Hee exlatcida da vita seria o correla liso de Ftmpusidade do silldio ou da automates. © Gk, vor exemple, HAL JESCHECK, Tata de derecho pene aves, Hoch Vos Sise sep R SCIMT trechcner ‘Eiiraae °F hur te pp. eee ator ne seg td Fad Tatas 1 air CF Mer 80, a’ Be tunes des Hie He SCHMITE of, foe cy 6, STRATENWERT, ‘Stacie digonancr Yl, Manse Ca ey, 11, pp. 1 Base Tmwing end Sleietinmine, oy Fes far ‘Hone Wel, 2h 90 ebro Bem Water Se Cray 9p. 708 (Sep HOERSTER:Jennetane I, pp 1S er “iy! SCIDMTT Todo "Pe iceman, ia % 2. Nesta fase da nossa experncn juriica em que muitos, sinda i refetor da rurpresa provosda pelo novo Cbdigo Peal, poctram gaahar perspective sabre av ataelinhas de fundo, nada mals indicado que uinarefeoca a slgine dos problemas nis tados plo tema do concentimento. Eo que ensiaremos, de forma fontients © neceesriamentssincopads, male preseupaios 2m @ \entifiagso dos problemas do que com a construgio de sistemas. ‘A istria_do tatamento Tog, doutrinal Jurepradencal desta figra espelha nitigamenteo ritmo das grander transforma: ‘Ger Slocfcocultraise, de forma mae especticn, da sucesso dos conectos materia de crime. Resumidament (),sabese como © Dirlto Romano adetia sem reservas ao prinlpo muda infra st quae in volentem flat (D. 47, 10, de injuria I 19) aire die Pontbilidade dos cidndiosestendinse sem limites ao valores pert Dontes 8 tun evfra vital, desinadamente a interlude Tico 8 Por seu toro, om penalntar de iafluéncis jsroconalista (com dsstaque para FEUERBACH, KLEINSCHROD e KLEIN) pers pectivaram a deinigGo material de crime a pair do divcto subjec five, O seme ¢—tegundo a formulscio do. Feuerbach ume co ofemiva de um sirtton Dado © pendorindsualista desta Conetrugio, ue elovava a wlberdado jurideamente aseegoradae (QUONCADA) A categoria le cbjesto do crime, compreendese # fun propensso pars 0 reconbeximento, de principio, da validade juridco penal do cansentimento do ofendido. SO no sesa assim fm se tatando de drt subjctvosialtendves ou 20 campo fos chamados delias de pli, dado, quanto a estes tltimos, © sister public dos ineresses em causa, Haados no inervenio. Simo do Estadodeolisia do_despetsmo esclarecido, Dieronte iment, fanto 4 excolahistérlea do dreito como a flsofa hepe Tiana-—uma e outa transpereonlistas a seu modo ~trowteramn ‘contigo conceltoe materia de crime, em prawpio incompatvels om 0 reconhirimento do consentimento do ofendide. Enquanto ‘primes fasin do Estado o objeto de proteccio e agressio de todo © crime, HEGEL via 0 evime como a revolia do espiito (9 Pao domains, X HONIG, De Eine det "am Disco Criminals, BFDC, spiemento 20 VoL XVI, 142, pp. 1 « sRs; ‘EDUARDO CORRELA irae Cron Cera! Aime 97, Va preva lt JESCHECK. tae, 31. subjetvo contra a propria rzdo universal encaraads no Estado no Dire objetivo. Apear de ado, tanto oe autor integrador ‘he Hscla Mstsrca como, wbretudo, oe Pelt, hegelianos as80, STL, BERNE HALSCHnn stu ae . saranda estabelecer 9 ‘minds quanto estes utmas ‘Abreviando tars, também ua concepsio personals do into, earactervada, tegundo E. CORREIA, pela Hsia de gue ‘so homem mits ou integra ou seus valores pelos da soledades, Ihde naturalmentemplear uns teora espoclica do, consent mento, na base da distinglo entre os casor em que o#indviduoe ‘oo tncosttlares ow portadores dos interests ofendidos © fgucles outros em que a vontade de abandono da proteegso da frdom juridica ndo Podo elisa ictus (porque tal prosceio| ‘renga pela satrera ou coloraco social do interes ou bem Surtdico que o crime vol) onde, portato, os particles no ib or tnins poladores doe intereecs em couse) 'No plano do dirito postv, enquanto a tadilo do direito inglés) wat no sentido. de marimiagio do alcance do coment ‘mento, no faltam exempoe de lls penals que The roeusum qual ‘quer ellen. Tal ced de form pacadigntion com a Constt Tio Thoresiana (116, ar. 32, § 16) como, ais, com as suo ‘quentescoiiagSesaurriacas, nomeadamete & fosefna de 1787 (Allgemeine Gesatz ber Verbechon sd dosatbn Besta) ¢ 4 (Cédigo de 1803 « 142. O mesmo ae pases com © Cidigo Penal da Baviera de 1813 que, Juntamente com aquclss coicagtes striaca,nfluencasa dievtamenteo nosso Codigo Peaal de 1852 (artigo 139) © 9 reforma de 1860 (argo 298,59). ©) CORREIA, bid,» sete cet perce eo gpa, thc do conwotionts fo om gra mea pa einen det ‘0 Ca Fo Bran (10) oo Meo (ys secon, {a pips els consented soda Cf HOG ono % 1, SENTIDO POLITICOCRIMINAL E RELEVO DOGMATIC 2 io vin a posbiiides que asiten 20 ae condor, ale dst ‘mal Teno plana abating como prover Pare lem das hipstses de pero, 0 ofendido pode frustar a perc fulgio penal renuniando 2 gusts ow stesso. parca. {io nor esos em qu 2 iin procenal depende desis Pretsposton qu tam a aumento, como un dor expedentr Brivegidon pole logadores cntrporineo pa dar cura 8 Pulltca de desrimialzais, Os particulars poteacialente ofc: Shoe pores tenes do exci dawn normal cpacdade ‘sega urdlco cv alerar a tla ds slags Juris, maxone te ress de propredae, cm refeon donno plano ere nal" Cason La vernnnt, cov evn ected conten mento doen um lent ntapronte da factuadade Sen de um ere e, por ns, um pressupsto da punbildae da onduia. vonsilinento em sentido amplo, pode anda relevat no contexto dos charmdos os fora de raising, sem uct Jurdcomatral ivoco mat gue vem suncando uma steno cada er male ‘ida dos Tosladores 0 porturts incl, com 13 noua ‘tie puemor dowensiva coor mu pormenor(), Recordar ‘peat qu, alas de mumcrons Gnpoagser cpeses an. Pare ‘pec si da tne precpation enon un scoiesto franc na Prte Gora omesdamente no atgo 7, 0"2, lines ‘Ter allo a condsta'do agente determinada (.) por forte ole itt‘ crag da poopie vis, x po proven ijn © Sire emia dos Crimes prcintadorpuvting, COSTA anpabea Vina 0 Poona Coal xb 10, pS eas tear india conte to espa Ral, © ANDUADE, © ovo (Gilgen e Mosca Coin bon" Sebre 9 reo ‘cornet dof na dopa urce pena ese 2 walraio tees inesignte dB, SCHONEAMASS, stooges Prk ‘Ret Bockman Manche © 1. ec Ppp. i? ems 8 ASSEMER, ‘Schott ds ope nd frechdormat eri Dutt it SEN Ya, Vt pte tng ou ofenea imerscida.» Ora na entrma diversidade do manifest {es compreendidas na victin-precptaion, no delsarao de aban {lr as hiperes de conseninento mais om menos lareado com = fonsequtncn de, pelo menos, uma redagso drtca do peso dat Feasyoee rimina ‘Nio sso, contdo, as sltagies elencadas, em que a inter wage do ofndida fem um earscterexrincee infra crn] ‘Somo unidade de sentido axolgico © como eatratura dogmstca ‘cpeeiica, que susltan o problema do conseaimento do ofeadido fom ditto ‘riminal. Este cobre, antes, une gama de casos em ‘gue 0 consetimento do ofendigo derime a responsabilade er Ininal por excisio da dpicdade ou da diciade E que, numa primeira sproximagso podemes agrupar em duss catogoras ds 42) De um lado esto 02 casos em que, plo préplo oor da ipeidade se conclul que a seo tipca tet para o ser —de se Agi eontra (ede se impor) a vontade do ofendido, Em terms ‘mesmo soci mente posto, de expressio no plano do trfego Juric, da real ‘go real, ete. Citemee, 2 tla de exemplo, os crimes de ‘oncpto artigo 156), irdueao em ca alse (argo 176", 8 fencrldade dos cries contra &"reerva. da vida privada, & Solara (artigo 201), © furto (algo 296°), ee 1) Do out lado esto os casos em que se Inciminam con- tas que, alte do olendido entre patentee, surgem camo ‘por atingiem a snepridade Ge bens que constuem valores autonomor pars a colcildade, Nestor canoe os tnlcor de que curamos por serem cls que ‘Muclta ¢ problemdticn espctica do consentimento em dato ‘imal — ‘nfo sord para Converter a candata num proceso normal, socalmente postive fm toda a aun medida, ‘Se primeira etepria © 2 euncionar# solicionar ex sede de interpretagio © 4e subsunso ple, jana segunda preenchia a tipedadee tua Iida a sta fangs Indicindra da iiltude, a relevincia do com sentimentodevers ter de sperar aout momenta. Resumidamente, 00 lio consentimentoafastard tpicidade, agi apenas iicitade Eau &-2 conrtrugéo que conta com @ apoio maloritai da dow twin sobretudo depois dos esforgos de sstematzagso desenvol- ides nos meados do eéculo pelo penalistaalemio GEERDS, que levou a istngdo 30 proprio plano da temminoloia flando de Einversindns(eacordos) no peimelo caso edo Ete (com Seotimentos) no segundo (). ‘Deets arrurmqlo das coms tines procurado retin om sequincas pritcojuriicas de tomo: tanto so. plano do erro Gabrepondose 4 distingto, a dlerenclagio ene exro sobre a fctualidade tipea ¢ erro sobre a profbio ou fala de cons lénca da dite) coma no que respeita aos requisitor 69 nin sficcin. © acordo teria sampre © apenst nature. paramenie factca, no procodendo quanto a cles as specials engtncias {de capseidad, Iver e eslarscimento do caneetimento, Pode th, poe exo, ser concedido aba ifloncin de errénee Fepretentagso das cosas, nem careceria de er lvado a0 cone mento do autor. O crime de wold sera, g, excluido pla simples dsponfblidade da mulher para as rleges seals, Inde pendentmente do eonbecimento do autor 4. As colar tornaramae, entretanto, meno ligudas. A par tir sobretudo dos anos stent, um grupo significaivo de autores ‘vem perturbando este entendimento Wadiclonal, ensalando ua ‘eformlagdo geal da tora do onsentimentesusteatando, desig Idamente, que tambem cle cegaria a sun elevSncia em sede Ge tipedade Pan cman er a et Sug ip Seneca te en i Stafgattaemtwtrs, Zeitcrife fr de genase Srarecienlnene. SOU Sate eames eect Sau eso ee Seat tr ere FE cea a Eel ttre in set, Enact ye e's oe, Seer SAMRAT. altace ac. Bais 101 4) Antes de sbordar a controvésia, qu gersse vita entre ‘or autores, rd comvniente uma Tefertacis as diferente conee> (ier no gue toca ao fedamento material da telvinca jridce “Zminl do conseatimento, onde, em lima instil, rai 1 difereogas do construsao dotrinal A este propéio, 2 5 rarentda no inflo do cul 1909) @sopundo a qual oconsentimento veltia como um nepslo juridleo que outorgaria a0 autor um dit (revive embor) fe Testo fem hole apenas mero inlerese sree, Em vez ‘ela, avangam slpuns avtores a ila de reninea ttle jurdia ‘Be rennin 20 bore jardin, de aandono do interes, ee." ‘Nao falam, contudo, vets, com destague pare NOLL, a defen der que 0 contentment do ofenddo nae saat near corpo fertranko no contexto eral dae casas de justificacse,sendo Por Ins possielreconduzir ose fundamen material tris Comim 4a ponderapdo de sntreses. O eansantimento Telewate a 10 Sigliara aflaal, do que a prevaleneiarecocida po lellador 40 valor da live autodeterminagio do portador india do bem Jide, wore 0 bem jurtico eoneretamente sada, Es set {id substacilment colncidenteentnde JESCHECK que «a dc fo do problema deve partir de uma consderacto de police Juridcas, B acrescenta: =A valoragio sebjectva doe bens jor ‘ico pelo indiidun ¢ resonbecida dentro de cerow lies pelo frdenamento juridico, porquanto 0 sserilo sem obsteulos da Iberdade pessoa! so apresent, enqsano tal, coma um valor sok ‘no Estado de Dirctoiberal que deve pondcraree com 9 Interese 4 comunidade na conservagto dos bens jurdicons (9) re, og: Me 2 Ea: MAUR Si at acs Rh ne ms Kn Treckedigemainer Ta Tiina J.C. abe, 19S, yp 29 © ness do ‘Boome abe aber Unrhstutciundy in Psi Kar Bngich “Zoo fGen, rar: Vir Kr, 9p. 8 Sep (he ton (ast) c.STRATENWENT tne 3) p12 «wee para, tena ide ann sore vin ompR GEPPERT ‘Reaseriaed “eowiipun des vencuton Mises he Talis itt Sic far sme Sac (C1 SESCHECK (ns 1). S18. De POLL, rid dsr hegsnatohe Rachioinimpsrind, on Besoidsron ie Bowes 2) Os autores que retendem fazer do consentiment efleaz uma questio de sipicdade—e pensamos sobretudo em nomes como SCHMIDHAUSER, MARX, ZIPF, KIENTSY —obedecem a tim modelo fundamental de pensamento que podemor sintedzar do bem jurdico pico, j4 porgus 0 coloea fora do Ambio de fate ds ‘norma, J& porque afasa de Yodo em todo at cespectivas rmargens de valnerabiiade (tugiche amriffstche). «0 conse timento —escrvem MAURACH/ZIPF —enguanto rendncia ficae fo bem juridco tem como consequénca que 0 respective bem Juriico Individual, que o dieto penal protege preciamente por ‘usa da sun rlagio com o portador 6, raves do acto do dsposk (0 de quem de direlto,eeiado do alcance da tuela da norma Penal 9, Toda esta construcio do consentimento asenta no que se pretonde sor um concelto material de bem jurdio. Segundo, por exemplo, SCHMIDHAUSER, io deve conceberse 0 bem Jur lise como tim mera abject atsceptvel de lst fisio cau vom, spear dele, pode dats a lesko pie. Ao proporse superar esto concelto, que onrdera excesvamente estate, por ima nocio supostamente Inaisampla,e autor acaba por cat nim conosto de certo modo cplntalizado: @ sauénticn bem jurdlco» seri, pars SCHMI- DHAUSER, 0 =dominio sut6ncmo de quem de dito sobre 0 ‘hjecto da sept faomome Merachjt des Berechipton ber dar Tetobjets Em sentido. convergente aponiam as coneusies do MICHABL MARX, autor de uma importante investgacso mono tin sobre o bam jurldco, Marx ientfieao concelto material {ke objeto de tutea com a rela subsistnte entre os objectos (0 homem. 0 edz, relere, so protege os objectos que possi Voveion Basel 8, nda Theron wo Rebiwleaht. Die Wert. on al nn eRe ff de te So easiest a te me mei ee (arb pee um vl Bowen ae Reta Pare uma rca tr pate db SEuMDHAUSER ce RSH, Np. ees 103 tam 20 omen a sus realizaios(), snd através desta relagso espectia gus os objecios adgutem 3 aatarcea de bene Juridioe Inversamente, quando sult romp esta rela © abandons os abjector, estes perdem a qualidade de bons juridicov. Ban conse ‘tne, em se tratando de bene indviuais 0 consenimento do Sendo excl Tesdo (pica) do bem jurdico, mesmo noe cot ‘de homicilo. dolor, | bem joridieo disponivel manifesta uma readnsla eas, O preen thimento dx Tactualidads tpica em relagio aos. bens Jardcor Aispontelspressupte sempre uma actneio conta a vontade do tol uma ver que o bem furidico tulad precisamente em atch Bo a0 meamo Halas (9, e) A controvtesla em torn da sede de relevnca do consen timento tri, entetanto, perdido relevo, porgaanto ela no tem lempedido or autores de ina notsiaconvergncla no plano pratico jridies, Assim, de todos os lador se rconhece que a problems: {hagto da sede de seevancla do consetimento. deve fuserse 4. tsa de criti susceptivels de tanscender a crcuntanca (eure ‘mente orttta dar formulasdesadoptadar pelo lgslador na com eta formulagio dos tos legals Como te acta 2 necesidade {do um tatamento dfeencindo das hpotexs do chamaovacordon, fm fancio do significado sxolgio e sola da prepa condut, ‘io sendo ponsiel homosenaizar 0 ‘bome da sua te ft “so, Mas 6, sobcetudo, @ propésito do erro © dos chamador ele menos subjecivos das eausas de justiicato ques poses Hse Iaticas vém tedendo © primado 4 consideragoes male stents 40 problema, Hoje azo se aclaris a tein de que x0 conentimento| fomo elemento do tpoincriminadar expia do spent, pars 56 ctisatePrspontn ccs nation Vorchenee, Retr Ge yi ie te pp 3 (6) Neve seta ante aa wrap Guy do cds, 1 ZIPR (08, peeps © STRATENWERTH, 9 108 flemaro dole, que ele se repesetanepostvamente a sun ausén- Sia enquanto no consentimento como obstaul ade basara dla a sua no reprevetaco pelo agente (9. Como rtere FIGUEIREDO DIAS, sa verdad € que, atid sale do mesmo “co. No se compreendera mn,» que deene ‘Wilcu'de gos sqide qn pore ceric Ieper oe to mules Sia cnet nena (po ae ome fo argo 83° do nano Cilio Pel, tian 9 emeninene ‘ern mnt Gop incrimnaon) thas dust pao tal de day saele qe po ee iaiment conan! eae Aho a mbes Hvis cero mn oan Spore oe Stet ocomentimento 10 pose tee ome sonal 9c wot De modo andlogo se pasa at ols 0 tock 8 extnla de es onsen tao) coc a exec 30 ‘onnntineno por parte do aur Hoje recomhacsse de foron Draticamente untalipe que ‘io. baila'h ciel jowblleativa do a rin exist oo tina qur ne ase dals() om menno, de form xterm, set 7s Sebsistents mas no sonbecdo? A Tsposta gear a de Gees deve responder ilo de fain A sokiga © vin fra os apts da tse do consctineta como exes de exo a tieidade cles pean ngunotar do forma liner qu spear 4e tudo, nunca podria flarse de consumacae Ja que nio se tera ‘ttllada o develor do resultado, Mas nao & out » coches ‘beet pela corrente doutrioaltaivitiria que sustenta a tse da rlekocia a nivel ds lltude, Eva verade € que 6 no plano legioformal se poderia pretender que aceltagio desta tse via levia biden de rerponeailzasso pela forma de crime cons {@) FlOUEIREDO DUS, (Adoni ga? OE Mma. 20 0, 9 26 IEE. 10s mado, Nio pods, com eeio, equscerse, como sublinha mais tins ver FIGUEIREDO DIAS, que stambm os tipo justiflcdores concorrem negatinmente na detesminag da Hetvade « que, Por fonsegunte, tanto a verdadelea tentative como 2 falta de tm lemento subjectivo da justificgao rvelam um comportamento & (que falla'o desvalor do resultado e-em quo 0 permanece 0 Aesralor da agar este entendimento das colts visi, de reso, a lowarse ‘novo Cédige Penal que, no obsante irr, como vereton, tse fis causa de jasficag, acaba por consaprar (a 4 do ar. 387: ‘eo canseniimanto nao écomhccio do agent, ete ¢ pune! om pena aplcivel & tentative 4) Apeear de denvalrinads, a controvria tm park bs @ lnterase resultante da poo suum pelo novo Cadigo Petal, ‘que consagrouclaramente a tse do conrentimento como eas de Justticgto eremos que fundadamente. A nots wer,» tose contin sssenta summa concep inadequad por exctsivamente reduce: rlsta do bem jridice penal. A este propsito imports explora 8 Tecundidade dima distngao Jt lacdestaimenteslorada.Indepen entemente do coneretorecorte dos tpor legis de crime a aitel da respectiva expr literal, parece irecustvel a eistéla do mes exlusivamenteperspectivados em funglo do bem juridco 4 autodeterminagso do homer, da sun autonomin de expresso ‘os espagos que Ihe sto juridlcamente reservado im termos fa ‘ave as rxpetivas cond tiieas que representa una aoa Indersjvel © socialmenteIntolersvel se imposts contra a vontade ao ofendio—acabam, se lvrementeconsentign, por se converter fm processos novia, em egies solamente tleradar o mesmo Dosivamente.queridas. De forma sintica, a releyancn do cam timento do olendido nena dren io preswipde quslausr coolio de'vlores Representa, elo contro,» realnagio mals autatca ‘os valores quo dzelto pal qutrconertamente tsar. Tomes, tu de exemplo,o crime de volaso ou de fart, 0 consent ‘mento da mulher ou do dano da coisa subrada converte etuago (@) FIGUEIREDO DIAS, pyc Ponies de IS, «Aten, 3,2 hays SESCHBER. sso tc "cs 108 do tereto numa forma normal de expresséo sexual ou do Jogo Iiiconeocil Diferentemente se portam as coisas com os crimes através lox qusis ordem juridca pretende, ain de to, preservar a Integridade de bens que te petilem oer propeias como valores ‘ulonomos para a colectvidade jurdiamonte ongoniada. EM {eros tis gue 9 consentimentarelevante ingle sempre um con flto entre intapridade dagusles bons o valor fundamental da sulodcteminacao. £0 gue acontece claramente com os eTmes (que tutelam a wae a Intgeldado isa. Terd de ser asim pelo ‘menos para quem tome sscrio que a ofdem jules assume estes ‘lores de per ate ado apenas a vontace individual de dominio © tcusvdade sobre ees. Quem o fer, fecimente acsitara que, para se atlagir o resultado tpico, Bastard atingir x integridade 1,0 als sign fleativo deaee artigo: «Alem dos casorexpeciamente provstx na Ie 0 consentimento exci a iletude do facto quando se refita @ interes jurldicon Herementedisponves eo Tact ao end (os bons costimen Ja'au Parte Expeil itepradn no Capitulo os Crimes Contra a Ineridade Fscs, 9 artigo 19 regula expe ssmente 0 consentimento em matéria de lesies (ou perigys) Pare 2 nteeidade fs, delarando este Som uriicopesoal em Pris plo dsponivel e fornecendo alguorrilos Interpretative da (2) ©. STRATENWERIM, (m2), 126 08 lusula sera bone cortumer De acordo com o a2, «Par decid Sots ofensa no corpo ou a se conraia os bon costumes tomarsedo em cont, nomeadaments, os motivos © or fine do gente au do ofendido, bem como os mlos empregados e w ampli tude provnel dy ofeneae Por seu turn, « em consoniacis com os ensinamentos da moderna dourin,o artigo 1° dae que as Tntersencoas¢ Tr lamerdor Medio Cirrgios 80 integram s Tactaldade pies do rime de ofensas corporis Complementar¢ loglcamente, 0 ai {2 158" pune como Crime Conia a iberdade das Pessoas a Inv engdo © Tratamento. MallooCirrgics Arbirarios, sto sem onsentimento do paciente espcfcando o artigo 159° as parte ‘ularesexigenciae do consentimento neste dominio. Por dima, 0 texto dflitivameate aprovado ado acolhou nonhuma disposigio sutdnoma sobre a esterlaeda Tsto ao contavo do que sucdia fm algumas fases intermedias do proceso de relorma penal, por ‘semplo na Proposta de Lei relative & Parte Especial apreentada plo TV Governo Constiticianal e cujo artigo 155° ientava de Fesponsabldade criminal a estotlizagt slevada ello por um Inalco de acordo com as Tepes arise com o eonseatimento do pacientes vecador determinador presuposton mates © for mais). 5)'A primelre nota a saleatar na caracterzagio do sistema aoptade pelo legiladorportugats€ » da pao por uma regula: ImentasSo tendenisimente global do consentimento. do ofendido. [Nao est, ais, tendéncia goal a nivel do dieito comparado ‘Avmaorin dos Cadgos lnitase a dspongbes expats, rlatvas 4 sbpaton paricilares do contentment, © concements por v8 ‘derregra A lntogridade fisic, competi & doutrna © & jrspa ‘lncia a tarefa da claboragso duma tora sistematin do con aan NE sm dn ane Pst: 8 ein, « mo loro wu ara ait, = yo packer mn ne e Cc noe iad 6) Acre (be ane Blind Mines (Dee 8), 0 Bo que shstram duns das mae recntes reformas penal, 4 sloma 9 surac anus entradas om vigor em 197. Desde logo, nem Cédigo Penal austiaco, nem 0. alomo contém na fespociva Parte Geral qualauer disposiio sobre a problemitca ‘do consentimento. A [et alemi—descontado 0 regime cspcll (stabelesdo pea chatads lel sobre a casragio—lnitase. 20 Sige 226, introdurdo em 1983 fntegrado no Capitlo dat Ofensae Corporat, segundo o qual: «Quem prodaz ua ofensa Sorporal om o consentimento do arpuio, nd actus diceamente se ‘eqto,apesr do consenient do ofeadido & contra as bons Goslumese Por eszo lad, ente © doutrina germinia ¢ clare mente prodominaate entndimento de qu o regime do artigo 226 6) vale apenas para ae aeghes gue contendam com m inleridade sea (9. No Codigo austriaco sobvestacm os artigos 90° 110" (primeiro versando wbre o eonsentiento no deminle das ofensas ‘corporis em gerl eda estrilzgio em particular (9 segundo sre os tatamentos meskes arbitesrio, (2) Nowe wis, R,SCHMITT, (a 10.0; 6, STRATENWERTH (a. 2p ie R MAURACH/H ZI, hp 2 PH 9) 9 Staeebray im ep UBER, wher Wedatng er Seta (i ie rchcreiene Eieemge Gale Ach fr Sr BO ne 2 nlm ooig= nt oo min 6h ‘Sins doar apne fc em mguer nos crc cot Psa ‘posuere ator J. BAUMANN, Src” Aigamie Ta = (2S sceg bp. Nu pot mere sea 9 (cae co 4 Zt) ‘ambit ton erm corn Hrd ESC BiG a3, Sore pm, ico, ee er ‘raendicoc gale pbtocimil dam rept some 0 o' 2 ) ‘Eb tamcene por po © om doy cineca 2 nepsde {Ste Ne se in A SOAR, SOON, Sto SeieNick Roe rena apie 1) ie argo 90 do Cg Penal suai: sl. Une tee corp ei nto ns ge ae ig cf a Ss antec 2 Ne 6 a) Antes de uma mor aproximasio de alguns dos pro blemas susetador pelo repime do consentimento adoptado pelo ‘ovo Cidigo Pena. convirsreert wm problema, oparentemente Aloutrinal mas de scentuado aleance peitce juridico, Tratase da {uestto do objeto do consetimento, iso 6, de stber se cle Ineide sobre o resltado (lesio de im bem uric) ou sabre = sega lesva em i. As respostr dos autor varameoqdsato nt Drivlegism o resultado, outrun sustetam a importanca dor doit ‘Domentos. JESCHCK, por exemplo,Tefsre. que so. objeto do fonsentimenio é a acsl0 ¢ 0 resultado tipo» ‘Cemos ensizem sodas reser ara sustetnr a mportacla sas ds ofertas, se bet gue iuow pa clits diferentes Do ponto de visia do fundamonto material da rlerncis do con sentimento deve sssinalre 0 primado do rsuliada. Na verdad, 4 liste da sexo em's, pode depender de pressupstos multe ‘iversificados que contondem com a ordem jaridea no secon Jt, endo certo que a lnteengso do ofendido tom neces: mente os Limiter sua disponibldade sire oc bens juice. ‘Ora, pode acontecer que » mesma acco colda com Viton bens jurtéeos ea todos disponivei, ou nem todos eobertos peo con Sentimento. Supomhase, por etemplo, que 4 semelianga do que conte noutrar logins 20 Incrimioa a saga em srs reer ‘das, no inteesae do respectivo titular. Suponbacseentso Que © Uta autorza Ba eagarna rua reserew mas em fem de dsfso E evdente que a dsponbildade de A sobre um concreto bem Juridco aio © sutoriza a dspor do evetuais bens juridicos coos tos, pelo que seu consentimento ao srdsuleente para funda alice da conduta de B. Outro exemplo retirado do. Cétign ena: sequesiro (at. 160°) ageavad polo resultado morte (n° 4) Suponhese que a prostua A conseate ser privada da lberdade ‘por un rulio. Qui ars se desta privat consntda da iberdade {Gem Jeo deponc reaars mri de Ano seo ida Estes excmplos ¢ outos, onde as eos ganham complex ade, sugerem que a efcila justifcativa do consntimonte deve (porn, de gor et ja mor ents no ano ¢ sepein keo 4 itpinds fen tub sl or ees tno, cost sor ome 13) "sescmeck, (x 0, p25 am sferinse em fungi do resaledo, que assim surze como o espe fico objcto do conseatimento(()- Mas tambim a seferéacia & ‘ogo se algura estocial determinant se bem que para outro ffsto: para matcar os limits temporal, expats e pssois Jo onrentiment Para dar um exemplo de eacala:o ourives A dita fntenconalmente aberto o sou evabslcimento para. que B, eet fing, pssn entrar © apoprianse de alumas jas Este comsen timente no Teptima deform alguma a acrio de um terelro C fq, coesedor do consentimente de A se itrodas no stable: SSinnto-e ae apropra cle mermo das as, E Isto preisamente por longa da referbnlodaceao (Handlungsbezogenbl) ezeacin a {ooo consentiments, 2) Das lsposites jf. citaas resulta que 0 leplador fer Aepener a validade «= cliicia do consentiment de um eonjunto| Aiverificado de presupostos que, por comoldade e sm euldado de rigor, podemos reunir em dois grupos: pressupestos de indole Dredomlaante formal que condcionam a valdade da destarasio 4 consentimento coma expresso de uma dada diensso da vor ade e pressopotor de indole predominantemenie substan oa Imeteriel «sue stlnalam os limites da propria atonomia no abe Concern a eaneiajriico peal, Ente os pimeires, de que por ‘riguldade de tempo io carareman et profes, sobrsroen! 2 capacdade para consent, a seriedadee 2 berdade Jo conse fimento que tem como coolio 0 dever de informacio © esl ‘clmonto anterlridade em reagto & conduta; a rewenblidade {oo tempo es forme ineguivoc data expresaa, ‘Os presaposos de indale material sso fusdamentalmente dois: a dispnibidade (por parte do fenido que conseat) do bem juridigo ticlado, por un Indo: e que o facto nio conrarie fs bons costumes, por outro. As difuldader que minim tolo 0 terreno do ferme do consentimesto surge logo que se procuramh (Gelarecor as raagies Tciprocas entre estes dols pressuposos, ‘Snramentesutonomiraveis pelo menos no plano logo. Tratse, feoncretamente, de saber se-€ possvel responder eabalmente 20 problema ds disponbildade sem uma referencia & clusula dos bons costumes: u,inversament, ce € possiel equationar © pro (2) Doemetdamene ZF, a9), 9p. 20 spe ae sa eh so de per m bloma da identifica das acgtes contriras aos Bone costumes eon tina referencia objecting ets bone ardics atinghdas, Esta Aifeuldade tert meso perturba © lepsador portugues como 6 revela.o artigo 1492s enquanto o "1 fa intervir a egusila dos bons costumes como lite da disponitildade da integedade fsa, ify tversamente, 0/9" 2 apela pera a amplitude da ofenss como {riseo dow bons costumes 6) Apesar de tudo, & posivel ao plano ligleoconcltal, © convenleate do ponto de vista da exposiio, dsinguir as dias ‘bestbes ¢ utiles com certa autonome, (Comecando pela dspombidade. A dspondiidade Limite © leanes do consemimento do ofendido as erunaseujos boas funk ‘loos so tutladorexslusivamente no tntresce individual. Hide Portanto tatarse. deeimes conta @ pessoa Conta 8 vida, & Iepridads fcc, a Uerdade, » honra, a reser da vida privada) ‘contr 0 putrimdnia. Sendo quanto a estes limos dsponiby ludade'a sopra € noe peices, mals presamant nos eles ‘omer vidi’e a integridadsfisiea que or problemas asssmem ‘alorreleve dogmatico © pratico, ‘vida € sequramente indsponiel em relagio a condutas dolsas de tecsre, como resulta claramente da Ineriminagio do Homictdo a Pedi’ da Vitima (atigo 194) e do Inciamento ou ‘ust om Suid (artigo 1382) Mas 0 Cadi 38 io pune nn suelo nem sequcr a Yonatia de sic, 0 que sigicn 0 fecoahecimento da disponthldade da vida pelo proprio titular © que, conjugado cam’ artgo 188° (Iiervodo « Tratamento Mélicocinirgcos Arbiréios), significa qv ali reconbece a cada fndivgao a pleoa tiberdade de resus de quisquer rtamentos Inidics, meno de tratamentosneceedros © adequados salvar “ho a vida @)- Conta a vontage seria expresa do nteessado lo pode o ratio, em nome, por exemplo, de um dirito de ‘necesiade supreleal, impor coeretvmentetalamentosmidios Isto em eequecer ox deieados problemas de frontelre que podem susctiarse,dasignadamonte por cous do atgo 135° (Ietiamento ‘on Ausilio oo Suiido), bem como nos caror em que se muscle © Drablema do consetineo presumed. sem esqusce, por ouleo Far meter canes « maior dentine tH ZIFF (opp iy MAUBACHIIE ZIM, (n'y pp Hl w et HOUEIREDO DIAS (Bp. te seme Indo, o ites decorentes da Ze de Execuplo ds Ponas(Dereo- ‘el 'n* 268/29, do1 de Agosto) eujo arian 127: astorin ox sion coereivos de tatamentoealimentagso do roel em caso de ‘evan para sua vida ou grave pelgo para a sua saudos ‘Ovtstema adoptado pelo Codigo disponiblidade por parte fo tua, indspontbildade face a tercsiros ~ comm em dieto omparado, Ele tem, como jf deltimos antecipado, merecido de Slguns autores, fortes eriucas por ser slegadamente ile, con ‘wadiuio pouso raconal, 0. que fundamentalmente esta em ‘use é-¢ pusiildade do homiidio a pedide de vitima fori ‘mente contestada por autores como SCHMITT, KAUFMANN, MARX, GALLAS (9) por imeconilitsl com no punigo do Sukie, Para estes auras se juntifien a diferensa de tats mento entre a autoleio e leo comentida por tercica jt aut feta srs, como scentoa SCHMITT sumna forma toedata de auto lesion. Ainda tegendo’» mesmo SCHMITT, « panisso do hom fidio a pedido da wlims apenas a justifca por infevida obo Glitncla ¢tabus de origem confessional Contra isto mae sito ‘que dieto penal deve garantie promovero mais efcasrspato Pela vida humana: a no panibilidade do sucilo ou da Tenatva {ke suledio Gascinae om particlaes Tantes de Indole police “criminal que no procodem igualmente em relagso 30 homico 2 ped, Testa solugdo de principio, Quo est natralents Jonge de responder sem residaoe aos inumeros ¢ complexoe caste de fre tein que aqul--como em todas at frentes da problemdtica, do onseatimento— se depaam. E pensamos, or explo, di ‘gusto de saber se en erivema situoto de noceaidade om que ‘SS encontra sm moribundo acometido de dors lnsuportivels jst Payee aoe eco ams sl aie oma mE si et “Die Strafwiirdigkett der Unfruchtbarmactung mit Elnwilligang>, in Beitrdge eS a ee ieee secs Seca nes eae ene Sh iin Aas Gt cree SERA anne Go See LS ts oom oa us fica o ausilo na antecipagto da morte 2 solctasto do proprio interessado» (HIRSCH), "A questo ganha particalar cuidade em se uatando ds chamada morte inivcta, nto 6 quando we procara| Saveat um proceso de agonisparticularmente dloros, através 4 melos que acaba por precipi a more, apesar de tudo © ssguramentsiinente. & este proposio, a doutrina inlinase para ‘hio punbildade dstes can ale, porem, a caberto da fla Jstiieatva do eonsentimento mas ‘de um dircto de necssidado spenlegal (9, ‘d)-Quanio a integridade fees, ¢ dado 0 tor don? 1 do tiga 1435, a dlsponibilidade, que vale como repr, tem 0 lite fe 0 facto tio olader os bons costumes, Na pesca, o problema / ‘4a disponiiidade da Integridade fsa confuadese, ssi, com 4 ‘lbasula dos bone costumes, De resto, a inser & também ‘boa medida verdadeir, pose embora 9 prinapio ger do? 1 do argo 34? que far vaer » cliuaada doa bons costumes park todos os crimes que sersam fobre bens dlopones, So que, se pensvel 0 limite dos bons costumes em relagio a outros bens Juttdcos pessoas alem da inwegridade fsa, 2 verdade @ que a 0a Inportneia pritiea ¢ exremamente redusida e,sobretudo, ‘aio se n6 bum como ela posse funcionar em mattia de crimes {trimonais, Esto tanto pelo contetde que, como veremas, Iinpora dar 8 clsuula dor bone contames, como pels soluqaer fsicas so mesmo absundas « que se poderla chegar- Supe: ‘hase, por exemplo, que. 4, proprietrio de um armaxém de smadeiat, permite (u ofdena) que o seu empregado B lance fogo 0 armazéin para obter da sguradora 0 respertivo valor, Sts {entata inefcils do consentinento em nome dos bons costumes ‘ulvalvia a responsablzar o empregado pelo crime de dao © a Sbsulwero proprio uma ver que este nao desta coin alia, flemento necesrio 20 crime de dana (artigo 308°. Mais brio ‘mals justo srk considera sfstada a lctude por deno © ee ponabilzar 0 propretisio pelo crime de burla relative seguros Grtigo 31:7 c'0 empresado segundo as regras da comparicipe- 00. (2) Dennen, HIRSCH, (n2, pp. 7B «age K. ENGISCH, ana i ache hn, fr ah re Noe mia EF, 093 So ef md Apes de conttur um expedentecomum em drclt com paradoy a cliusla dos bont costumes nao tem sido poupeda, ¢ frlteas, Sdo numerosos as vous que pism em cause 2 mua wi fade), come a sua legitinidade ditopoliica e, mesmo, cons ‘ticional, Assim, treduzindo eo resurso aos bons costumes ame ‘emisdo pra satemat normativos exertions (Ge torrlgow, ‘oralita,eicosocal, ete) redundarh normalmente num certo Drill‘ um particular cddigo moral au sistema cio, do Teg midade quosionivel numa sociedade aberta e pial” Por 208 turmo, ab diiculdades do identiicagzo do eeu conte e defiieso dos ses contoros nfo permitem que ae eliminem todos ox coal ontes de divida © imprecisio. Ora, equivalendo a qualiiearso Sums condata como contriia os bons costumes alco da responsabidade criminal, pode questonarse a compatibligae oun as normas constitucionals,dsignadamente com 2 eigtcia onstitacional da determinacio das norman iacriminaliiay, coro lito directo do principio da legalidade (mullom cmon si Tog) Nao faltam, por isso, autores que sstenam afotaament a Incone ‘uclonaidade du edusula dow bons costumes €9, ‘Se nfo parcce Imporse to drésicn conclasi, sempre se figura linear que, em homenagem eo seuildo de_garantia do Principio da legslidad, a invocgSa dos bons costumes deva rodent Se das maiores cautelas. Tal ao doves qcorer nos casos em Qe 4 fensa aos, Bons cosines soja tnegulvora & lus de eetros ‘Sbjectivamenterefereneldvels (9, O quo equvale» dzer quo, 2m 2). Sepand ZPE (9) 9.3 ea lla on Bos conte, ep, ie Se pel mec Cie pes oe {St far Host Soy, ch’ CH, Beck pp. Bt sees (ch tatu au Soin oe os eotoney€ wt tac, nt oon or R SCHMITT (upp bw sme U DERE 3), REM MARAE Cae Sti, Sew La (Gy nese anid © ROXIN, Verwerchat vd Sieh ale utretsiegides Meth! in Sc arash Se [Sap Bs cmp pun ROXIN, vasa ott de ‘elie doe bat conte ago pode er cof hue na {in jie porguma tl sons Inotacanst De ti eal Cam ‘io gue aoe pode retrain of 88 a) aoe Sb Feats yesh gums o fun ebet's fate on bom notes (Sitenrdngtstinrcl) m pe eject de fon agus Fos Se 8 caso de divide, devaatnbuirse uo consentimento a fica justi Rent ¢9, Tnporta, desde logo, reset entaso do recurso a qualquer oncepgtotovalista para Tundamentar contcido dos Bons cost es, Esa cautola gana, als, particlar forea no contexto do ‘torado ondenamento jurdic;pnal prtugués certo como € que © Casio Penal conserteu a danosidade social das condita ou, outros temas, feu carter Insivo de Bens juridcos em extéio qsseexclusivo da digndade penal). Nests termos,sendo seguro fue, por exemplo em materia sex, 0 Cian no assum camo ‘ua qualquer conceeao moralista, mas apenas ab propos ttelar {Uberdade e autnticidade da expresso sexual, no ter hole sem fido considera contra os Bons costumes at lgeira ofensa cor Porae de sentido sadoomacoguista ou 2 scteriicepso sunt, por obediéncia a uma particular mandovisio morals (* Para eft de consentimoato, Md seta parts dos valores fundamentals, Insritos no quadro dos consensos que servem de suport ama cominidade orpanzads e jurdio normatvamante ‘hliadon deforma objective e equiva, que ae determina © “as cass fran eal piso. Tek de rani, eo ens, perp gum qua puns tent'9 pao mera, Ob oe ‘go Seem etn de olen anda MERA, 7. Teh (io) Dentaent Xe ENGISC (8). (5) Dormvetaamens, FGUEIRSDO DIAS Dio Pol « Edo ‘St Roos Ramee de Pt ral 0 Pra! Pre do Fata ait. ge CORTA ANDRADE, © No Cl ena et En wes irene, ROXIN (a3), e275 « meg, Para ‘oxis, store (Morar) feat coma 0 tice fd Iwo psn dos star tga ten convendae Plo ‘iced Tors de mr asim, Se loa por avis de Ince. opm ‘Suir: ssp eat 9 commons rons ata t pee iia tem ec ep ip, sds el (Seach) (ats arcade (Sods) Nem aut, erty 2 etd Ninn do 2) Chg Pal semis, de qa rout neues ¢ ‘uae lana de pn da stato vera Aste pops SiS esi of a as ri a Sc ties de carr domarpura © SIRATENWERTH (2-2) i © comtedo dos ows costumes. Tal sucede elaramente cm relagto fuels valores que o propria sistema furidio penal converea em bens jridcopenals auténomes. Devem, em coafarsidade, con derarae contrarias 20s bons costumer as agressies 8 itegidade Hisica destin ao cometinento de um tries. g mutaedo para iangdo de. serigo retar (artigo 280°) © burl Yelariva 0 Seguros (artigo 318°. Tamim a partic dos principios constie tonas,desgnadamente a partir da tatlaconstitusinal da digit fade homana, se tem procurado Idsificae 0 contetio os com foros dos Bons costumes Assim, enguant ste ( t. SCHME DHAUSER) sustentam quo a dignidade humana ¢ incompatiesl ‘om todas as formas de aresso interidde ica ge degrade ‘pessoa 8 categoria de puro objcto,apelam outros para a neces ‘Sade de salvaguardar um alco fundamental iret, nd pensivel as taofs escnlas do homem na vids comin FESCHECK). Hi alnda autores como STRATENWERTH ue, et ‘ome da soldariedade e corresponsabidade socials face & ign dade humana, entendem ser necesirio «defender base de tum ‘minimo de Iberdade contra © momentinco uso da iberdade pelo repro tials ‘a partir destasconsideragtes que a gencralldade ds autores considera que alisha dos bo costunss se sobrepde grandemente Sinha que separa as less ligeinar por ld, su eres € frreversvis, por outro C9, Ora, se quanto he priciest cotende ‘ue las em principio no coldem com os bons costume, a ote fs vegundas 8 negra a iver. Noutros termos, certo, nora. ‘mente, conteas aos ont cortumes. at segoes quo, de forms Tnrepardvel,afectem drgos vias, exsencials& vide huinaa come unidade biopstqiea, eIndspensiveis vida comunttia eta oa. {goes do Uberdade,astonomia ¢ digaidade também em nome da dignidad postal que se podem con siderarcontros 20s bons cortames crt tines de expeienias fm seres humanos, sg. exprléncis de farmacolie clinic, des ‘nada 8 tentar um novo medicomento ou proceso crate Ped ‘Sos concretamente na chamada experimentasdo pura, que & (@ B SCHMIDIAUSER 0.9), p22 G STRATENWERTH (2 ost iL Sosa to ph ‘ Ve) Ge GUESS 2 STRATENNERT 2, ue Declarasio de Helsingin (950) desiena por experimentapo mo fereptutice «© = Decaracio de Toguio (113) por dwestleago iomédica io teraéatica. O gue est em caus, Doutos term que cam a doutina penal slemk podemos desgnar por ere ‘éne humans (Humanenperinn) em rete etrcto (Tras ‘Se, de acordo com 2 Delarado de Téguio, de exporénclasecujo “bjetiveexeencal € puramentecentfio sm finliade dagnde tics terapeuticadlvecta em reagdo no paciente. © que postin ‘mente define esta experiacine ¢» ts Rnaiade cieniics dest Samse sslagar o po do couhecimento,iniervindo 0 paciente Como puro substrato © 259 como Beneficielo. directo. ‘De Um onto de vista negro (residuals expeiéncls definemse pela fiséncla de indleagio médica que, por seu timo, comports doe ‘lementos- um elemento objective epliasso de un medeamento {lcenemente comprovado c, por isso, medicamente dndicado como meio terapeutizo ou disgnéstic; eum elemento subecve vl, sera tntervengso ditada, em primeira Tinks, pela vontade Ge" prosegur os Intresas individoais do paciente. Para alem Also, pode ainda falarse de indcapto medice aon casos extremor fom gut, 8 falta de medicamento ou melo devidament tstado, se Utllzz, no dueresse do. patente, tlos cujos efeitor nose podem equramente contol, Pois nests caon aut no plano tbjecvo configuram autenias expertacat subsist, apesar de fad, como desist, o clemento sbjecivo da vontade de curer que far com que cscapem ao concelto de expeidntas humanas de que agul excusivamente curamos (. ‘Ae enperienlae humana andaram durante algom tempo rodeadar de tabus, historiamente compreesies, dada cone (is c monsiruocsdesumanidade das cenperiénciae,levadae a cabo fos campos de concentragio nar Hoje, parm, encaramse 36 ‘oinas com mas objestiigade: por wm lado, reconhecose quo clat felevam dor valores mais nobrer © altrtias e por outo lado, obreudo, ago ze ignora quo a5 experiéacas presupdem 0 com Sentimento livre esclreldo, Por imo se entende que elas 0 (PE, por todo, A. ESER, «Das Hamunonpcineat 2 ne Kon pet wo Lain ear oat Sonera: [Bak toh op ft esos F BOTH, sb wasnnattchnednche Hes Socal News Taisshe Wosbee Sh, p18 =p io) Ne monn seni, EER, pp. 18s oe a9 podem, sem mais, ser proses pelo dist, come @ ia sio em ‘bsoluto pela moral, sTais processos ato podem sem mais ser ‘eetados sem ulterior consderaios, procamavs jo. propia Papa Pio XII (na Acta Azotoice Soi 1952) qve apenas suble hava a erstaca de lies moraisintianspeniee ‘Ora, posta a naureea solamente poltva das experincas humans, possibiidade de clr coma. dinidade Humana or eso, contvarir os bons costumes poe advir—par alin do fmplitude das lestos (ou pevigo deletes) graves ravesivets— 4a apleagio dum principio de pondergio. Gis vavtagens icon, {temtos,concretamente, evtarem no bate earinho s doutrna © 8 Jrspradénla lems que conideram cniriia aos bons cos mes as experiénclas de Insigiienteiseessecentiico bom como 48 que nip se destinam propriamente a introizir ust nove meio Terapltic, ms apenar’a erat un sedanco, con termoy de ‘mercado os melon jexistentes, Felts a susta da inopidade fisiea do homem ou do respective sc, tals experincas, em vee de representarem um scifi respeiitel a0 seriga doy valet rnobres da lui contra'a doen, nao pansam de degradasies do hhomem como objeto ao servigo do Tncro sconémic, ineompa tives com a digodade humana eonstitcionlmentettcada {6 Ua referoea, por atimo, a dots pcos complementares =o conseniment rlatvamente 8 agresies neglgentes 0 com Sentimento.prsinido —sem 0. que fiesta Incunpeta qualgcer Aseria do regime do consentimente, mesmo ue deseo So ‘esfantiia como a gu ads! noe propusémos. 4) Quanto 20 primero tema ¢sbvo, em primeir gar que também as condatas nepigentes podem caer 8 eiccia just ‘ativa do consentimento do ofendido(, Rasta pensar eat hip ‘eses como: A interest em cheat a tempo a determlnads local fordena a B sea motorist que cicule a grande YelocMade destes peitanda as rgras de trnsto, dctina 8 su dnpontiidade pat forreroriseo de quslqucr leo eorporal Sobrevinda um acidente i) esvovtanete, por ads, EPPERE (a1) 9p 389 se sear ulti ds Vora Ss Won 0 no parece que se possa responsabllzar B pele lester sofridar por A” Quanto aos pressuposae materials do consetinent, desig fadamente a disponbidade, cles tem em principio 9 mesmo coh feido © aleace que no campo das acgber dolores ("NSO so Assconhece txistvem agresies negligentes que devem Sear ime Pres, mesmo sobrevindo como remitado a mors, cota pode fuceder'no contexto de pitas derporivan como o hose © a¢ orrdas de sxtomévei, Dal poder fasts dara crt dsponiby Tidade da vide, em contravengao dos pietpos que imoe Vigorar as acpies dolosas(). Tudo est, porém, am sdber se nestes isos se pode Tolar com egor de sonsentimente do ofendido ome erersiclo atatice da autonomia pessoal e com os limites de pesrontempolignracyao que vmos seemnthe scencais— Sea nogasso da responsabilidad, que ni parece exareincausa, io deers antes fundamentsrse notin ead, ‘sto coloce-nos diectamente na proslemdtica da chamada sssungdo do ris (Riskoubermalme) onde a dicatsBo do con Seatlmeno em matria de atagutsnegligetesconhece a» maner Aincuades tedeeas'e asimne 0 maiotrelevo price (9, Esta fm jogo matifestayies muta heterogeneas-—com deslague Pate rfp rodovdroe as praicasdesporvas— que tim de comm © facto dea vita se drpor a partllpar beatae de sctividader ue implica isos para 0 seus propos Bens juridcos. A expres So assungdo do vsco (ou extras equtalentes como air Por eonte propria) 6 e certo meds a rvervo do isco permiide do lado fo agent. Como exempos de excl =A, conhscedor do estado de embriaguez em que 8 s encon ta, decidose por fazer uma longa vagem nih sombvel onduzido por este; A" tiente dos isos a que 8 expie quem partici em ‘alsagtesrecreativas como um sarod ow una moat ‘uss, toma parte nevis formas de divrtimento, A, dispoeae & prainr Futebol conkscedor dos rscas que ‘st modalidade comport (©) SCHICK (m9. (©), por expo, FIGUBIREDO DIAS (a a, p 2. (9) Deamotnanmene LPF fa 9) pp Oe seus aa pace ‘ois insttutos fundamentals) concorrem hoje no enguadrs mento doutrnal deste casos 0 consntinante do olendido ea ade ‘qual soil. Por frga desta, e de acordo com WELZEL, 0 pena Ten que intrdasia @ coneeto, ndo implica responsbiiade crnial ot codes que, produtiado tnbore resale pcos se Insereven no horzonte da ordenagio tcosocil normal da com ldade, num dado momento histrco, Ora, de acordo om gto de ZIPR, que a0 fem deicoa uma pnetrants Investigacion so de Cacluir no campo de assuncao do rsco as hiptare de atnico| feonsentiment; pont € que ve prove a sua existe feta. Tl orem, nto sera repr, de ial forma que na ganeralidede dot ‘arorad por fegdo a= poderin ivocar o conseniment do ofen Sido. Daf quo, ainda sogundo ZIPP, haa gue concederse 8 ade ‘qua socal 0 prado come fandamemo ¢ init da excusio 4a responsabilidad. E Iso sm curar aul da controwesla, mals tama vex, sobre a sede de relevinia ds adequacto soil (eta de ‘lurio da tpiedade ou eaurs de jurlfeao?) ‘Ae coias tormamas mais claras no dominio espctica da compete desportiva. A doutrion tradicional propenia para fer Imeriro conseatimento os termos segintss a prsca de qua ‘quer modalidadedesportiva implica oconsenimento pra Teste Cmergents quer da enrtaobediencia te regres, quer da vilagio ‘nfo grossramente nogligene das mesmas(") 6 qo, © 6 ainda ZIPF que o evidenela, noo se vé bem como possaindividualvarse fem eada pratcante,. . de futebol, um geauino consentinento om o peso psieolgio, as dimensies cogtivae dspostva que Ihe so eeseociais. Em relaco 2 que adversro se cosente? Pars que tempo? Pars que tipo de lest? A gue tempo sovepivl? De ‘esto, qom praca desporto, flo como animus de quem etd Iegitima need, ou soba tensio de deer evita, 0 que s)8 posse, © hoqus? ‘Dai o prio que deve assinslarse, também nas pritcas osportias, & adoquagio social. Nesta medida, aocialmens ade ‘quae so, seguramente as less resitantes dma priicadesen ‘olvids segundo a reer, mermo que da motte se trate 6 vena de tutti (Schaar, MASSER, to Spor ta, IRSCHECK (1, 18, Pn wna fin ese seme na url ho eo PIPE 9) 9. 18 ¢ a boxe) —ereluida naturatmente a hipsters de aproveltameato dat eras cla modalldade para provocar homlcdio defo, certo com que agul s6 euramor de Tess negligentes, Hi, pont, soda lidtdes™ pensese coperetameate no Faebol —em gue reclame ‘uma pres Interamente oleate as rapras equaeia alee fe hanirse @ modalidade. Deve, plo consiia, enendere que ¢ Comunidade suporta perfetamente, como sclsmente adaquadas, ‘eras vilagdes hs Tegras, mesmo voles dooms {o£ Pe em Fiste, dere iatenconal de im adverirs) desde’ que, este limo caso so se proceda, em rlacia ds oensas corporis com dolo ou neligncia grosses. A adequatdo soll —conceto natu Talmente relarivo e-de sntda varie! conoante » modaliade esportiva— pode ainda reclamar x etcasdo da roponsbilidade criminal por morte provoeada por volo negligente das reas Basta pensar. no cxemplo ja mencionado dar cotidas de autome els, onde ¢ if ndo imagnar a freuente viola das none yegras de prudéncia'e de que pade teular vg. 0 homicdlo relieate dum coin, por que nto seria justo responsebillat ope. 6) No propésito de consagrar um regime global do conse Lmento,o Iegslador pornaguts procedeu também a roglamenta so expresa' da figura do consentmentprisumido, Tal nia € vulgar‘ dirsito tomparado onde asl raresimas expats como sucede no m2 do artigo 110" do Cédigo Penal autiaco ‘que, mo contest especifico dar intervenes mas, prev wma figura hbrida de consentimento presumido estado deer sila (0 tratamento do consensimento do ofendido € kee ‘ido pela doutrina e pela Jurisprudéaca. Assim, de scordo om Santgo 3 1 ‘Ao consentineno efectno &equipsado o consetinento presunid, 2. Hé comentimento preside quando 2 situagéo em que ‘agente actua permite razoevelments supor geo titular do ine ws De 62 arn ie Cy Pr ama ‘io sst igo on termes n> (uasein barn sles fete spo nto etn» le peri tree dada tae te fo ot ‘ree tet som escent cca a este jriicamenteprotegid teria eficszmente consent 20 fact, fe conheceste ar cicunsiclas ean que ese € pratiado™ “Como facimente so intl o Codigo consagrou claramente ot ‘rsinamentos da dostrina dominante nets matéra(*). 0 que © oneentimento presumigo tem de expec © 0 autonomia ¥. 6 face 20 estado de mecesidade 6 facto deo fandamento decisivo di sun relenci sera vonade presumia ow hiprdica do ojo ‘idee aio 0 principio da ponderecto de inteseree. Este Pode fturaments fancionar coma tm fice importanie aa Procure idetieaeso da vontde prostnida. Quando, por etemplo, 0 ontelimentaprestnido € actualizdo pare prosogu intereree 4 prope ofeadio, isto &, quando ope sobre uma sitagao de tulle interme de bens ¢intrexes 0 normal & qoc's ventade ‘resumi do fendi coincida com us juteo racioaal em natéla Ee ponderago de Interesses, Nevtas hipseses—or exemplar de fcola 0 o da mulher que na austnca do mario abre um tele fram que Ihe ¢ destinador do vinko que ma austin do prope: rio entra om cata deste para feehar uma tori do medica aque no werigo de wrtncla opera un sinistado inconslenle—o onsentimento do ofenddo sobrepdose largamente ao estado de ocesidade (A ponderasio de intereser nunca pode, tolls, {breporae a0 que se apura seta onlade hipottia do fendi, por mais iraional gus esta so aflgure. Por iso 6 que, do ims, nil io pode oporse aos propostos do un dovnte decide 1 suleidar se nem imporshe, mesmo que em estado de icomsciénia, formas de tratamento que est cm ext lc com cetera recs. Fa. Dai que, por outro lado, 3 dovaactuarse com base o consea Umento presimido do ofendito sendo comprovada a impossb Tidade de obtengso tempertiva do expresio. da vontade real © tates todos ot mcon ruzodels de defgto a vost Bpote- tia, Bo gee sucede com reativa Trequéncs, = propio das toedidtscontectivas a menores na suaéaca de quem de dieito © fobretudo, nas intervengaex cinrgcas. Quanto a estat, © Pat lem do snistrad que entra Inconsiente nama elses, pentose fa stuagio vulgar de, no decurso de uma interenss0 © com 0 Aoonte anestsiado, se constatar t ncessdade de alagar Inter (Gt porto, #20 1) 9.38 ess, xin, EDLARDO venfdo a outro depo. As coisas sobem de dificaldade aos catot tm quedo ¢possvel aber uma vontade devidemente exclaseid, ado 0 eeito de chogue que o cabal esclarecimento poderia pro vest. Seré anda possiel aplar nestes casos para v consent ‘mento presumido do ofendiso? (4 (@) Donel, MAURACH/EPE, bdo, p66 125

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