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Perspectivas tedricas em desenvolvimento motor Mudando interpretagées de restrig6es ‘38 _Kathloen M. Haywood & Nancy Getchelt DESENVOLVIMENTO MOTOR NO MUNDO REAL O NASCIMENTO DO SEU PRIMEIRO SOBRINHO Imagine que voc® visita sua inmaimais velha om um estado vizinho apés ela ter tide seu primoiro filho, Voe8 vé a erianga recémenescide, somente com uma semana de idude, Bla nao The responde, ano ser que voud cologue o bico da mamadoira na d46dg 8 Sua mo, Sous movimentos incluom batidas aparontemonte se dos bragos — a monos que esteja com fome, pois nesse case ita seus memos « chora. Quando vocd vai embora, pensa “Ele parece des: cwoordenade & “hpés 9 meses, vood Visita sua irma e o sobrinho novament Que cua te ge senta sozinho, poge sous bringuedos e a comogou a engatinhiar Ble pode até ficar em pé quando voc® o auxilia, Ele comecou a coordenar suas aves de maneira que pode se mavimontar propositedamente. Digamos agora que voce 0vi- site novamente 9 meses depois. Seu sobrinho nfo é mais um bob, e sim ume erianga, com o caminhar independente em pleno desenvolvimento. Agora cle pode caminhar fom nfpide quando quer ~e no tem problemas para alcancar e pegar. Est como: gando a responder verbalmente, particularmente com o palavra ndo, Ble parece to ‘diferente do recém-nascido que vocé conbeceu hé moros 18 meses. saa boca ou 0 aleatérias das: ‘esse cenério, soria natural perguntar a si mesmo, “O que aconteceu durante este ‘no ¢ meio que resultou nessas mudangas?”, Em outras palavras, como voc® (ou ‘alguém) pode explicar as mudangas observadas no desenvolvimento (Fig, 2.2)? | ‘endo que parece haver similaridados no desezvolvimento do diferentes pessoas (unl: | versalidade, doscrita no Cap. 1), como organizamos ¢ entendemos essas mudangas de | sneiros enos de vida: (a) um recéem 29, mesmo beds | Figura 2.1. Observe as mudangas daserwolimentaisrcidas que ocomem nos dos arti parooe te pouca capacidade para executar um movimento recionsdo a uma rota; ) aos nove moss Fea Rear toro, cancarpara pop © so mover em: rego a um objeto) © meses ras ace, rec comeranco 2 pony @ cana da 18 mases Se movimenta com relatva feciidade em seu embionts. Desenvolvimento motor ao longo davida__ 39 ‘maneira que possamos explicé-las ¢ predizer o desenvolvimento futuro? Bevemos olhar para as diferentes a sistomdtica de observar o explicar a mudanga desenvolvimontal. Teorias de dosenvolvimonto motor tém suas ratzes em outras disciplines, tais como a psicologia experimental ¢ desenvolvimental, a embriologia e a biologia. A pesquisa con- tomporiinea em desenvolvimento motor frequentemente usa 0 que 6 chaniado de pers pectiva ecolégica para cescrever, explicar e predizer mudanga. Para interpretar “fatos” desonvolvimentais, é importante entender as diferentes perspectivas tesricas das quais os, ssupostos fatos emergem. Conhecer essas perspectivas tedricas nos auxiliaré a entender as explicagdes e a fazer interpretagdes quando vérias explicagSes contlitam. poctivas ledricas em desenvolvimento motor; teorias 9ferocem uma PERSPECTIVA MATURACIONAL Grosso modo, a perspectiva maturacional explica a mudanga desenvolvimental como uma fungio do processo maturacional (em particular, por meio do sistema nervoso cor tral), que controla ou dita o desenvolvimento motor. De acordo com as suposigées dosta teoria, o desenvolvimento motor 6 um proceso interno ou inato dirigido por um reldgio biol6gico ou genético. O ambiente pode acelerar ou tornar mais lento 0 processo de mu- danga, mas néo pode mudar 0 curso do individuo, que ¢ determinado biologicamente. ‘A porspoctiva maturacional tomou-se conhecida durante a década do 1930, liderada por Arnold Gesell (Gosoll, 1928 ¢ 1954; Salkind, 1981). Gesell acroditava quo a histéria biol6gica ¢ evolucionéria dos seres humanos determinava sua soquéncia ordenada ¢ inva rivel do desenvolvimento (i... cada estégio de «lesonvolvimonto corresponde a um estégio da evolugéo). A velocidade com a qual a pessoa passa pela sequéncia de desenvolvimento, todavia, pode ser diferente de um individuo para outro. O autor explicow maturacdo como uum proceso controlado por fatores internos (genética), e nao externos (ambiente). Gesell acreditava que fatores ambientais afetassem apenas temporariamente 0 desenvolvimento rotor, uma vez que fatores de hereditariedade ostariam, om ultima andlise, no controle do desenvolvimento, Utilizando gémeos idénticos como sujeitos, Gesell ¢ colaboradores introdziram a estra- gin de controle cogémeo na pesquisa desenvolvimental (Fig. 2.2). Que melhor forma para toslar os diferentes efeitos do ambiente ¢ da hereditarieda- de do quo observar gi Nessa estratégia, um gémeo recebe treinamento especifi- co (0 tratamento exporimen- tal), enquanto 0 outro néo recebe nenhum treinamento especial (0 tratamento-con- Assim, 0 conirale se dosenvolve “naturalmento”, como qualquer crianca sem treinamento especial. Dessa nnoira Gesell examinou os efeitos do ambiente sobre 0 desenvolvimento, Apés certo perfoda de tempo, os gémeos foram mo- didos ¢ comparados segundo critérios desonvolvimentais proviamente determinados eee 6 tam que a gensicaca retraces 08 pimeros responses Palo desenovimento mo- toc e que o ambient em pauco ett para var se a experiéncia Figura22 0 vsode geos em estos parma pesisadores come Goss e Me fenriquecida afetou a crianga Graw “controlar” a genética enquanto manipulavarr ambiente 40 _Kathloen M. Haywood & Nancy Getehe oe z. rela a perspecva ‘mauris sig anda que a hablades moeras emergiio auonatcamnete, nde pendenierente dos ‘erones aries, Essa sipsigo tem mut ceanceis de enna, loo pesquisa durante os stl 0 0, “experimental” em algum aspecto. A pesquisa cogtmeo ofereceu contribuigdes signifi- cativas para o estudo do desenvolvimento mctor. Em particular, essas pesquisas pormiti- ram aos desenvolvimentistas cornegarem a identificar a sequéncia de desenvolvimento de habilidades, observando variagbes na razo Co aparecimento de uma habilidade. Gesell concluiu, a partir dessa pesquisa, que criangas se dosenvolvei de uma maneira ordenada (isto 6,a mudanga desenvolvimental ocorre em uma ordetn predizivel e pré-doterminada ‘a0 longo da infancia). ‘Uma outra pesquisadora proeminente, Myrile McGraw, também utilizou gémeos para cexaminar a influéncia da experiéncia enriquecida sobre o cesenvolvimento motor (Bergen, Dalton e Lipsett, 1992; McGraw, 1935), Seu estudo cléssico, Growth, A study of fohnay and Jimmy, envolveu oferocer a um gémeo (Johnny), por volta dos 12 meses de idade (ela come- (ou a abservar os gémeos varios meses apés o nascimento), ambientes desafiadores ¢tarefas Xinicas, tis como subir uma rampa com incliragdes progressivamento maiores ¢ andar de patins sobre rodas. As tarefas frequentemente exigiam habilidades motoras o de resolugdo ddo problemas. Johnny fot excelente em certas habilidades motoras, mas nfo em outras, 0 ‘que ajudou pouco para resolver 0 debate natureza versus criagao, proeminente na psicolo- gia naquela época. Os resultados de McGraw eram equivocados, o que deve ter sido devido {pelo menos em part) a0 fato de que os gémeos eram fraternals e nfo idénticos. ‘Além de descrever o curso do desenvolvimento motor, muitos maturacionistas es- tavam tambént interessados nos processos que embasam o desenvolvimento. MeGraw (1043), por exemplo, associou as mudangas 61 comportamento motor ao desenvolvimen- to do sistema nervoso. Ela considerou a maturago do sistema nervoso central como sendo ‘0 gatilho para o aparecimento de novas habilidades. McGraw também estava intevessada na aprendizagem (e, portanto, nao era estritamente uma maturacfonista), mas aqueles que soguiram no estudo do desenvolvimento, em goral, no observaram esse aspecto do seu trabalho (Clark e Whitall, 19892). (0 uso da perspectiva maturacional como ferramenta de pesquisa comogou a di nuir na década de 1950, mas a influéncia da teoria continua a ser sentida ainda hoje. Por exemplo, o foco sobre a maturagio como processo desenvolvimental primério levou posquisadores e leigos @ assumirem da mesma forma que habilidades motoras bésicas se ‘materializardo automaticamente. Todavia, ainda hoje muitos pesquisadores, professores © profissionais do movimento sentem que 6 desnecessério facilitar o desenvolvimento de hhabilidades basicas. Além disso, @ énfaso dada pelos maturaciontstas a sistema nervoso ‘como tinico sistema capaz de disparar o avanco comportamental evoluiu para uma énfase quase undinime sobre esse sistema de tal modo, que nenhum outro sistema era con: dorado tio significativo, Os sistemas cardiovascular, esquelético, endécrino ou mesmo ‘muscular néo foram considerados importantes para o desenvolvimento motor. Por volta da metade da década de 1940, os psicdlogas desenvolvimentistas comegaram ‘2 mudar 0 foco de suas pesquisas, ¢ seus interesses em desenvolvimento motor desapare- ceram, Nesse ponto, os professores de educagio fisica assuniram o estudo do desenvolvi ‘mento motor, influenciados pela perspectiva maturacionista, Desde enti, até aproxima- damente a década de 1970, o estudo do desenvolvimento motor se centrow na descrigao do movimento ¢ na identificagao de normas em grupos etirios (Clark e Whitall, 1989). Durante esse perfodo, os estudiosos do desenvolvimenta motor portoncentes as disciplinas do educagio fisica focaram sua atengdo em criangas em idacle escolar. Os pesquisadores continuaram usando a perspectiva maturacienal e sua tarefa era, portanto, identificar a soquéncla de mudangas que ocorria naturalmente. 0 periodo normativo-descritivo ‘Anna Esponschad, Ruth Glassow e G. La rnce Rarick lideraram um mor ‘descrigdo normativa durante essa época. Na década de 1950, testes o normas padra zadas se tomaram uia preocupagio na educagéo. Consistentes com essa preocupagio, 05 estudiosos do desenvolvimento motor comacaram @ descrever a performance média Desenvolvimento motor ao longo da vida das criangas em termos de escores quantitativos nos testes de performance motora. Por exemplo, descreveram a velocidade de corrida, a distancia de salto e de arremesso médios de criangas em idades espoctficas. Aposar de os estudiosos do desenvolvimento motor serem influenciados por ‘uma perspectiva maturacional, eles enfatizaram 0s produtos (escores, resultados) do desenvolvi- mento om voz dos proces volvimentais que levavam a esses escores quantitativos. 1s do O periodo descritivo-biomecanico Ruth Glassow liderou outro movimento descr vo durante essa época. Ela fez descrighes biome cénicas cuidadosas dos padrées de movimento que as criangas utilizavam no desempenho de habilidades fundamentais, tal coma saltar. Lo- Jas Halverson (Fig. 2.3) ¢ outros continuaram essas descrigies biomocinicas com absorvagies longitudinais om criangas. Como resultado, os desenvolvimenti a trajetéria da molhoria sequencial pola qual as criangas se moviam para atingir padres de mo- vimento biomecanicamente eficientes. O conhe- ram capazos de identificar at cimento abtido dos poriodos normative e descri- Figura 2.3_Lolas Halverson pavimentou o caminho nas décadas de tivo foi valioso no sentido de ter proporcionado ‘aps educadores informagdes sobre mudangas rela cionadas @ idade no desenvolvimento motor. De- vido ao fato de que a descrigao provaleceu como a principal ferramenta desses pesquisadores durante esse tempo, o desenvolvimento motor passou a ser rotulado como descritivo, O interesse nos pracessas subjacentes as mudangas relacionadas a idado, que haviam sido meticulosamente registradas nésse periodo da his- tria, parecou desaparecer motor PERSPECTIVA DO PROCESSAMENTO DE INFORMACAO, ‘Uma outra abordagem teérica enfoca as causas comportamentais ou ambiontais do dos volvimento (p.ex., aprendizagem social de Bandura [Bandura, 1986] e o coraportamenta- Jismo de Skinner (Skinner, 1938], entre outros). A perspectiva mals frequentemente associada nas décadas de 1960 9 1960 com o comportamento o desenvolvimento 6 chamada de proces- somenta de informacao, De acordo com essa perspectiva, 0 cérebro age como unt computador, ecebenda informacio, pracessando e respondendo com movimento. Assim, o processo da pprendizagom e do desenvolvimento motor 6 descrito om tormos de operagoes anslogas as do computador quo ocorrem como resultado de algum input externo ou ambiental. perspoctiva todrica aparocen em tomo da década de 1970 e se tornou dominante ntre psicélogos experimentais, psicélogos desenvolvimentais e cientistas ca aprendiza- som motora especializados em educagdo fisica durante as décadas de 1970 e 1980 (Schmidt \Wrisberg, 2008; Schmit Lev, 2008). Bssa perspectiva enfatizava conceitos tais como a ‘ormagio de ligagées esttmulo-resposta, o feedback eo conhecimento dos resultados (para formago mais detalhada, ver Schmidt e Wrisberg, 2008; Pick, 1989). Apeser de alguns es- «diosos do desenvolvimento motor continuarem com o trabalho orientado ao produto da ~ descritiva normativa o biol6gica, muitos outros adotaram a perspectiva do processamen- ao. Os posquisadores estudaram muitos aspectos da performance, tals como 1960 ¢ 1970 para a pesquisa contemporinea em desenvoNimento 42 __ Kathleen M. Haywood & Nancy Getchell Oe clit ‘neler mutase ‘ges ou stars que caste tanto dont do capo et, cartonas- car rsd) como fora do cof. rel ‘ton 2 casita, soci cura quando bse deserohian todehablidedes motaas ae longo vi, a atengio, a memsria ¢ 0s efeitos do feedback nas diferentes faixas etérias (Thomas, 1984; French ¢ Thomas, 1987). Os pesquisadores da aprencizagom motora e os psicdlogos experi ‘mentais tenderam a estudar primeir6 o mecanismo perceptocognitivo em jovens adultos. ‘Apés isso, os desenvolvimentistas estudaram criangas ¢ idosos, comparando-os com adultos jovens. Dessa forma, podiam identificar os processos que controlam o movimento e a mu- dana com desenvolvimento (Clark e Whitall, 1989). Hoje, a perspectiva do processamento de informagao 6 ainda uma abordagem vidvel no estudo do desenvolvimonto motor. ‘Dentro do quadro de trabalho do processamento 3e informagiio, alguns desenvolvimen- tistas também contimuaram a estudar 0 desenvolvimento perceptomotor em criangas. Esse trabalho comegou na década de 1950 com propostas que ligaram problemas de aprendizagem ‘acriangas com desenvolvimento perceptomotor atrasado. A pesquisa inicial enfatizou essa Tigagao; no infcio da década de 1970, os pesquisadores mudaram seu foco para o desenvol- vimento de capacidades sensoriais e perceptivas, adotando estratégias de pesquisa do pro: cessamento de informagao (Clark e Whitall, 1989a), Portanto, muito do que sabomes sobre desenvolvimento perceptive e motor resultou do trabalho de pesquisadores que trabalhavam com um quadto te6rico mecanicista e do processamento do informagio. PERSPECTIVA ECOLOGICA ‘Uma nova perspectiva do desenvolvimento emerg'u durante a década de 1980 e se tornou cada vez mais dominante como uma perspectiva teérica utilizada por pesquisadores do desenvolvimento motor hoje em dia. Essa abordagen. é gencricamonte chamada de perspec- tiva ecoldgica porque enfatiza a inter-elagio entre o individuo, o ambionte e a tarefa. Isso 50a familias? Deveria — ¢ a perspoctiva adotada por este livro! Adotamos essa perspectiva porque achamos que descreve, explica 0 pradiz melhor o desenvolvimento motor. De acordo com a porspectiva ecol6gica, vacé deve considerar a interagao de todas as restrigBes ~ por coxemplo, tipo corporal, motivagao, temperatura, tamanho da bola — para entender o sur- gimonto de uma habilidade motora, nesse caso 0 chute (Roberton, 1989). Ainda que um felemento ou sistema possa ser mais importante ou possuir uma grande influéneia em wm dado momento, todos os sistemas desempenham ura papel no movimento resultante, Esse ponto torna a porspectiva ecolégica muito atraente — em um momento qualquer, a forma Como vacé se movimenta nao esté relacionada to somente a seu corpo ou a seu ambiente, ‘mas a complexa interagio de muitos fatores internos e externos ao ambiente. "A perspoctiva ecoldgica tem duas ramificagées: uma proocupada com o controle e a co- ordenagao motores (sistemas dindmicos) e outra com a peroupeio (percepgio-aglo). Esses dois ramos esto ligados por muitas suposigbes fundamentais quo diferem notavelmen: te das perspectivas maturacional e do processamento de informagiio, Contrastando com a porspectiva maturacional, a perspoctiva ocol6gica considera 0 desenvolvimento motor como ‘desenvolvimento de miltiplos sistemas em vez de apenas um (0 sistema norvoso central). Em outras palavras, muitas restrigGes mudam ao Jongo do tempo e influenciam o desen- rigGes ou esses sistemas mudam ao longo da vida da volvimento moter. Como essas 0 desenvolvimento motor 6 considerado um processo que ocorre durante toda a possoa, fam que o desenvolvi- vida, Isso contrasta fortemente com os maturacion-stas, que pensav' mento acabava ao final da puberdade (ou no infcio da vida adulta). Ume outra diferenga se relaciona a causa da maudanga. Na teoria do processamento de informagiio, uma fungao fexecutiva decide toda a ago, com base em célculos de informagio perceptive, resultando xr misculos individuais. Isto 6, o executivo direcio- sustenta quo uma central mito e toda @ mudanga. ‘em centenas de comandos para controlar na todo o movimento ¢ tada a mudanca. A perspestiva ecoldgica texeculiva seria sobrecarrogada pela tarefa de dirigir todo 0 movimer ‘Alem disso, essa 6 uma forma muito ineficiente de se movimentar. Entretanto, a percepgio do ambiente 6 direta, e 0s mésculos estéo autorrecnidos em grupos, reduzindo o niimero ide decisdes necessérias dos centros superiores do eérebro (Konczak, 1990). Vejamos mais dotalhadamente cada ramo da porspectiva ecol6gica. sn eae cacememepnovererarsenonrtienncmeneunanae 1 ‘ Deserolvimente motor ao longo davida__ 43 ABORDAGEM DOS SISTEMAS DINAMICOS Um dos ramos da porspectiva dos sistemas ecolégicos 6 chamado de abordagem dos sistemas dinémicos. No inicio da década de 1980, um grupo de cientistas — que traba- Ihou no Laboratério Haskins em New Haven, Connecticut, cuja missio era ¢ ainda 6 pesquisara linguagem falada e escrita, e no Departamento de Psicologia 2a Universida- de de Connecticut ~ comecou a questionar a eficiéncia de entender controle motor por meio da entéo dominante perspectiva do processamento de informagéo. Peter Kugler, Scott Kelso ¢ Michael Turvey (1980 e 1982), juntamente com outros do UConn © do La- boratério Haskins, introciuziram uma nova abordagem, chamada “sistemas dinémicos como uma alternativa iis teorias existentes sobre controle e coordenagas motores. Se guindo 0s escritos do fisiologista soviético Nicolai Bernstein, sugeriram que a propria organizagao de sistemas fisicos € quimicos restringe 0 comportamento, Pense sobre isto: seu corpo pode mover-se de muitas maneiras. Contudo, por causa ca estrutura da articulagio do quadtil e das pernas (partes do seu sistema esquelético), vecé, um adul- to, tende a caminhar (diferonto de engatinhar, arrastar os pés, contorcer-se, atc.) como. © principal modo de deslocamento. A orgenizacio estrutural do seu corpo o encoraja = restringe ~ a caminhar. Fm outras palavras, a estrutura do seu corpo retira algumas das escolhas de movimento que seu sistema nervoso central teria que -azer (p. eX., ‘entre engatinhar, arrastar os pés, contorcer-se ou caminhar). Nao que voc’ nao possa desompenhar esses movimentos; mas, devido a estrutura do seu corpo, vocé esté mais “atrafdo” (ou restringido) a caminhar. ‘Ao contririo das perspectivas maturacional e do processamento de informacéo, a abordagem dos sistemas dindmicos sugere que o comportamento coordenado é “flexi- volmente montado”, ao invés de rigidamente montado, significando que as restrigdes ‘quo interagom dentro do seu corpo agem juntas, como uma unidade funcional que the caminhar quando voce precisa. Nao havendo um plano rigidamente montado, voc tem maior flexibilidade no caminhar, o que the permite adaptar-se as diferentes tuagdes. Esse processo & chamado “auto-organiza¢ao espontinea” dos sistemas cor porais. Como dissemos no Capitulo 1, 0 movimento emerge da interacao entre restxi- Ges (do individuo, do ambiente e da tarefa). O comportamento resultante emerge ou se auto-organiza dessas inter-relagdes. Se voc® muda qualquer um deles, o movimento ‘emergente pode mudar (Clark, 1995). Esse é um conceito essencial dentro da aborda- gem dos sistemas dinamicos. ‘Um conceito importante de desenvolvimento motor produzido pela abordagem dos sistemas dindmicos ¢ a nogio de limitadores de taxa ou controladores. Os sis- temas corporais nao sc desenvolvem na mesma taxa; pelo contrério, alguns podem amadurecer mais rapidamente e outros mais lentamente, e cada sistema deveria ser considerado uma restrigao. Considere 0 exemplo hipotético colocado em gréfico na Figura 2.4. 0 desenvolvimento de quatro sistemas hipotéticos ¢ mostrado em cada um dos pequenos graficos e numerado de 1 a 4. Conforme o tempo passa, 0 desenvolvi- ‘mento do Sistema 1 permanece com um valor constant. O Sistema 2 forma um plat, avanga um grande passo e forma outra vez. um plato. O Sistema 3 avanca de mancira mais gradual e continua, enquanto o Sistema 4 avanga e forma um platd alterna mente, em forma de escada, O comportamento exibido, representado no grafico maior, 6 afetado por todos os sistemas individuais a medida que interagem entre si, ¢ com a tarefa eo ambiente. ‘Um individuo pode comegar a executar alguma nova habilidade, como caminhar, s0- ‘mente quando o mais lento dos sistemas necessérios para a habilidade atingir certo ponto. Qualquer sistema ou conjunto de sistemas como esse 6 conhecido como um limitador de taxa ou controlador para aquela habilidade, porque o desenvolvimento do sistema controla taxa individual de desonvolvimento naquele perfodo. [Em outras palavras, o sistema age como uma restricao que desencoraja a habilidade motora alé que o sistema atinja um nivel especifico, critico. Suponha que o Sistema 4 ‘nage um bet rsd em uma esa espace ae Predgaos ‘ios ce movinertos que oot observa durante os primes 2aos de a pati, cr cd espera que o bed semowimentase? Un Hitador de taxa controlador 6 ra resto nda cu sistema qe rearda cu iit avoided do ‘surgimento de una habl- ‘ade moira. 44 _Kathloon M. Haywood & Nancy Gatch Na sua emein- a, quis iitao- # tesco wat no Figura 24 seja 0 muscular. Talvez a forga muscular de uma crianga deva atingir certo nivel antes de as pernas serem fortes o suficiente para suportar 0 peso da crianga sobre ‘uma perna para caminher, Portaito, « forga muscular seria um Iimitador de taxa ou um controlador para o caminhar. Até que a crianga atinja um nfvel crftico de forga de perna (Guficiente para suportar 0 corpo), a forga desencoraja o caininhar (© encoraja outras for- zmas de transporte, tais como arrastar-se, engatinhar ou rolar). A nogio de limitadores de taxa se encaixa bem no modelo de restriges. Esses principios da abordagom dos sistercas dinimicos diferem significativamente dos da perspectiva maturacional, Os maturacionistas tenderam a enfatizar 0 sistema nervase central como o tinico sistema relevante para o desenvolvimento e camo 0 tinico controlador de taxa. A abordagem dos sistemas dindmicos destaca muitos sistemas e sugere {que diferentos sistomas possam ser os controladores de taxa para diferentes habilidades (Thelen, 1998). ‘Outra caracterfstica da abordagem dos sistemas dindmicos 6 permitir o estudo do de- senvelvimento ao longo de toda a vida. O conceito de um sistoma agir como um Timitador de taxa ou controlador para um comportamento de movimento se aplica também a ido~ 0s, A perspectiva maturacional nao visa ao envelhecimento, uma vez que o ponto final predeterminado do desenvolvimento motor é a “maturagio", que ocorre dentro das pri- neiras décadas de vida. Por sua vez, a abordagem dos sistemas dindmicos explica as mu- dangas em adultos mais volhos, bam como 0s avancos em jovens. Quando um ou mais sistemas de um individuo decai a um ponto critico, uma mudanga na comportamento pode ‘ocorrer, Esse sistema 6 um controlador de taxa; ume vez que 6 o primeiro a decair a algum ponto crtico,e isso dispara a reorganizagio do movimento para wm padrio menos eficien- {e. Por exemplo, se a articulacao do ombro de um individuo se deteriora como resultado de artrite © porde flexibilidade, em algum ponto aquole individuo pode ter de utilizar um ‘arremesso por sobre o outro ombro ou até mesrro arremessar por baixo do ombro, A abor- ddagem dos sistemas dindunicos 6 adequada para explicar as mudangas desenvolvimentais ‘porque essas néo ocorrem necessariamente em todos os sistemas durante todo o porfodo Idloso do adulto. Uma doonga ou lesio poderia atacar um sistema, ou 0s sistemas poderiam ser diferentemente afetados pelo estilo de vida. Um adulto mais velbo ¢ ativo que mantém lum programa de exercicios regulares e balanceedos pode exporimentar menos decafdas ‘om muitos sistemas do que um adulto sedentério. ‘Setema2 Sistema ¢ Sistema 3 Tempo Figura 2.4 Aqui quatio sistemas em dasenvehimento s8o mostrados como oolaboradores para O ‘comnportament dentro de um contexto para alguma tarefa particular. 0 exo horizontal é 0 do teenpo. & ‘Odi vertical representa varios components paralolos ou sistemas que se doserwolver de formas cfo~ rentes. ‘Acaplada com perrisso de Tele, ich @ Jerson, 1989. The developmental rg of kaomation. In Dewsleant ‘ronsture snd gat acrss thee span, ectado por MH. Woslcott A. Shuma. Conk {Cotia, SC; rivers of Seuah Carlin Press), 28, A abordagem da percepgao-agao O segundo ramo da porspectiva ecoldgica 6 0 da abordagem da porcopedo-apao. J. J Gibson propds ess modolo om sous eseritos durante as décadas do 1960 0 1970 (1966 @ 1978), mas aquolos quo ostudam 0 mavimento apenas recentomente adotaram ossa abor- dagom. Gibson prapés que existe uma estreita inter-relagio entre o sistema perceptivo @ o sistema motor, enfatizando que esses sistemas evoluiram simultaneamente-nos animais ¢ nos seres humanos. Nessa abordagem, néo podemos estudar a percepgio irdependente- mente do mavimento se cesejarmos que nossas descobertas sejam ecologicamente validas ~ isto 6, aplicdvel ao comportamento de movimentos do mundo real. Da mesma forma, 0 desenvolvimento da percepgao ¢ o do movimento deve ser estudados em conjunto. Além disso, ndo podemos estudar o individuo se ignoramas o ambiente que o envolve. Gibson utilizou 0 termo affordance para descrever a funcio que um objeto no ambiente oferece ao individuo; isso est4 relacionado ao tamanho e a forma do objeto ¢ ao individuo dentro de uum cenério particular. Por exeraplo, uma superficie horizontal propicia ao ser humano um local para sentar; é uma superficie vertical, nao, Um esquilo pode descansar em um tronco vortical; portanto, uma superficie vertical oferece ao esquilo um lugar para descansar. O taco de beisebol do tamanbo oficial permite que um adulto, mas ndo uma crianga, realize os movimentos do balanco.Portanto, a relagdo entre o individuo e o ambiente 6 tao intrincada ‘que as caracteristicas do individuo definiem os significados dos objetos. Isso implica que as possoas avaliam as propriedados ambientais em relagao a si mesmas, e nfo de acordo com tum objetive padrao (Konezak, 1990). Por exemplo, um individuo, pereebendo que pode subir um lance de escadas com passos alternados, ndo considera somente a altura de cada ograu, mas a altura de cada cograu om relagdo ao seu tamanho corporal. Obviamente, a altura confortavel do degrau para um adulto nao 6 a mesma para uma crianga que mal esta comegando a caminhar. O uso de dimens6es intrinsecas (relativas ao taman'z0 do corpo) ao invés de extrinsecas 6 denominado escala corporal. As implicagées dessas ideias para 0 desenvolvimento motor so que as affordances podem mudar conforme os individuos mudam, resultando em novos padrées de movimen- to. O crescimento no tamanho, por exemplo, ou a capacidade de movimerto aumentada podem permitir agdes previamente ndo permitidas. Quando uma crianca se depara pela primeira vez com os degraus de uma escada, a percepgdo de suas fungdes provavelmente no 6, dovido a sua baixa estatura @ & sua falta de forga, a de “subir a éscada”. Como uma crianga que mal est comecando a caminhar, entéo, ela cresce a um tamanho era que passa a subir escadas com passos alternados ~ algo fécil, Escalonar objetos ambientais para o tama- nnho corporal permite ages quo slo, de outra forma, impossiveis. A escala corporal também se aplica a outras faixas otérias. Por exemplo, degraus que sio de altura apropriada para a rmaioria dos adultos podom ser muito altos para que um idoso com artrite suba confortavel- ‘mente com passos alternados. Um telefone de parede pode estar em uma altura confortivel ’ maioria dos adultos, mas pode causar frustragdo se estiver uns poucos certimetros fora- do alcance de alguém que use cadeira de rodas. Em qualquer idade, 0 alcancs da mota de um movimento se relaciona ao indivfduo, que tem certo tamanho ¢ forma, e a objetos no ambiente, que Ihe permitem cortos movimentos. Vista de outra mancira, a escala corporal representa um excelente exemplo de interagdo ou interface entre as restrig6es do individuo e a tarefa. Quando esto subin- do uma escada, os individuos devem relacionar o comprimento de suas pernas, sua forga e sua amplitude dinamica de movimento (restrigdes do indivfduo). Mudangas em restrigdes, como uma torcao de tomozelo, sapatos de salto alto ou uma escada com gelo, resultario em mudangas na forma como uma pessoa sobe essa escada. Em ambientos de educacao fisica, os instrutores frequentomente auxiliam as oriangas com, suas escalas corporais oferecendo-Ihes equipamentos menores adequados para seus corpos menores. Assim procedendo, eles manipulam a interagdo entre as restrigdes do ndividuo e a tarefa para encorajar um padrao de movimento mais avangado (Gagen © Goichell, 2004), Desenvolvimento motor a0 longo da vida 45 (vando uma pessoa ota rau ceo, eoate ‘etme a uno ‘ue o bjt he permite ore, com bese em seu ‘expo np tararbo, oma, tara do ojo e assim ar date iano ‘amd afortance. ‘Aescata corporal ervae a tizagao das ropa crperas de umincidopstilar (um stoma ce era Intro de rete) ‘quando decide por um ‘movimento (pe, pega um equa, 3e- lecionar um pao de rma. Stes co escala cpa significa que um cbt, meso possindo ‘amano e forma abel {os pert ua fungso reat ao tanartn fara da pessoa que 0 lies Ua aida pode se tomar mas ici rls i se otananto ‘to euipaenio 6 mao em rears dnensies corpora da passa, ve aiates ua ita de © tormercas pos: ‘ita um eb, ‘um auto tc, aun cto pro ova um chimpar? Oe res es odd afta asatvdades peiias cada um? ‘48 Kathleen M. Haywood & Nanoy Getchel _ Gibson também rejitou a nogio de um sistema nervoso contral executivo que realiza eélculos quasellimitados sobre a informagao do estimalo para determinar a volocidade © 8 Gireeao da pessoa o dos objetos em movimento. A perspectiva do processamento do infor tnagao supe que tals célculos sojam ullizados para antecipar posigdes faturas, de forms que, por exemple, possamos pegar uma bola arremessida. Porm, de acoro com Gibson, 0 ‘rGiuiduo percabe seus ambientes dirotamente por meio clo movimento constant de seus dihos, cabeya © corpo. Essa atividade cria um campo de fluxo 6ptice que informa sobre espa Gow tempo, Por exemplo, a imagom de uma bola de boisobol se apreximando de um beter see somente indica a localizagio da bola, como também se expande na retina do olho @ © Tuteder utiliza sea proporgao da expanséo da imegem para o seu tempo de balanco — iso 6, anopongao de expansao dé a sistema nervoso central do betedor a informa dita sobre {quando bola ostaré no espaco cero paraa batida.Da mesma frm, a proporsio Je expanete dja imagem do um carro se apreximando produz, na retina do alho do motorist 0 “Terre para caliséo", Sogundo a pesspociva de Gibson, um individuo podo paroebr ovesroit pare siempo para ealiséo” sem que necessite realizar clculos complicaos de velocidad @ distincins para predizer onde e quando ocorreré9 as colisbes e as intercopebes, ik perspeativa ecol6gica fi considerada em pasquises sobre desenvolvimento motor Nas dune déendas passadas. Os desanvolvimentistas esto fazondo diferentes tipos de questGos: ‘Como 6 contexto imediato do uma crianga afeta o seu comportamento motor?” Que rest bes agomn como Kimitadores do taxa no aremesso realizado por criangas? Como madoncis aoe suigbes espectficas om uin ambiente do reebilitacto altoram padres motores? Atwa)- rae ee tom desonvolvido novas pesquisas, tas como examina azelaglo eno os role soon exianga ¢ os movimentos de wn adulto (Taelen e Ulrich, 1991). A perspoctiva ocolo= ‘sncoraja profissinals a verem os individuos em dosonvolvimento de uma forms bem aire ds anterior, Camo resultado, essas porspectvas estimularam o desafiam estudantes dare kin muitas seq6os dest texto, examinaremos as abordagens da maturaco e dos acme dinémicos sobre ua questio particular e destacaremos as diferengas entre essas posspectivas RESUMO ato capitulo revisa a histriae diferentes pontes de vista to6ricos do desenvolvimento metit ee porspectiva maturacional, a do processament de informagaes «a ecoldgca. A perspec Honan rcionista onfatiza 0 desenvolvimento biol6gico, espocificamente a maturagio do si ran ervoso central, A perspectiva do procossamento de informaco vé o ambiente come & {rincipal fora que impulsiona o desenvolvimento motar.Diferentemente dos soguideres das ompectvas anteriores, os t6ricos aoldgicn enfatizam os interages entre todos os sstene irrmrais (ou, como Newell os chamou, restrides), bem como os inseparives for Ho so euo embientee tividado. Na perspectiva ecoldgica existem duas abordagensrelacoy vores a pesquisa: abordagem dos sistemas dindmicos o da percepe- acto, Est vio ade via perspective ecologic eenfoca como as resris do individvo, do ambien edt tarefa thtoragen para encorjar ou desencorjar os movimentos, O conceit de mitadores do ay ae eedores, e de escala corporal exemplificam como os desenvolvimentistas dover on cedar a performance do individio om uma refa particular em wn dado ambiente, @ canter totalmente 0 desenvolvimento mactor das pessoas ao longo do curso da vide Pormpectivas diametralmonte oposta ndo Fodem ser conjugndas, mas os estucantes do desenvolvimento motor esto lives para olher o comporamento motor de diferentes pers: pectives. importante lembrar que esses pontos do vista tebricos frequentomente nfocam Menes aspectos espectficas do desonvolvimento; os desenvolvimentisas com Una Poe toctiva particular tendem aestudar cstos comportamentos oy fixaserias, Os molar eaciaFrycam a infancia, enquanto os desonvolvimentistns doscritivos enfacam a segunda aie ana adolesctncia, Os to6ricos do provessaimento de informagio buscam diferencas aia idade, enquanto aqueles que estudam a partir da perspective ecoldgica observam transi {os de uma hobilidade para outra (p.ex., do engatinhar para 0 caminker) hee SS Dosenvalvimento motor a0 longo da vida REFORGANDO O QUE VOCE APRENDEU SOBRE RESTRIGOES | DEUMA SEGUNDA OLHADA \Vainos revisitar o primotros 18 moses do su. sohrinko hipotéticn a partir de ume perspoc- tien ezolégica. Quando estiver ponsando sobre seu prlinalo ano de vida, que rs mais influenciam seu comportamento motor? Isto 6, que limitadores dé taxa o mantém 30 miovimentando da forma como se movimenta? Como sugeeimos no Capitulo 1, a.m da entender a mudanga desenvolvimental, devoriemas ponsar sobre oado ola estava, onde estd'g onde estaré. A primeira grande miudanga, portanto, seria madar do um ambiente ‘aquoso fo utero do sua mio} para um Onde a forga total da gravidade pode ser sentida, ‘Tonto isso em mento, parle da razso pela qual o sou sobrinho movimenta seus bragos do uma forma aparentemente descoordenada pode se relacionar a sua forga (ou & a falta do forgal.A medida que seu ambionte muda, uma necessidade 6 crieda de-uma maior foxga para mover seus bracos (intoracao da restrigao individuo-ambiento). Ao longo ‘lo tempo, cle adquire fore, o que interage com outros sistemas em desenvolvimento, Quando vocé © v8 805 9 mesos, todos os sistemas convorgtram para permitirtbo utilizar seus bracos mais oficientemente. Em termos da limitadores de taxa de forga, ole atingiu um nivel exflico quo o permite se movimentar mais funcionalimonte. Ble tom forea sutictonte pera sentar, movinicntar snus bracos om ditepao a0 brinqued, pegé-lo elevarlo Alkoza. Ele até (Rosa fo ufcions pos lS A a (comi uma pequens ajuda sua) Cofsite s prexino obotive: ga cg ale eater a at ee Ele pods olhar uma cadeira (que permite a voc8 sentat), escaloniar @alturado assenlo para co compélmento de seu tronco, » se colocar em uma posiggo seniads. Ble pode eaminhar? Provaveliiente nao, medida que umn outro limitador de taxa — quilfbrio = ngo perinite «quo ole Fique em pé som auxitio, Poderfamins soguiram frente, examinado as diferentes formas nas quais o seu sobrinho usa affordances 6 scala corporal, voc® pode pensar em exemplos por si proprio, Esperamos quo as interacdes énre as vériasrostrodes tonham so tomado cada vez mais claras para vodd'e que no final do livro vocé naturalmente avalio a influéncia das diferentes restrig6es sobre o desenvolvimento motor. « TESTE SEUS CONHECIMENTOS : eo 1, Liste 0s pesquisadores-chave na érea do desenvolvimento motor das porspectivas ‘maturacional, do procossamento de informiagio « ecolégica. 2, Como um professor ox torapeuta pade utilizar 0 conceite de eseala corporal para euxiliar individuos a desenvolverem diferentes habilidades motoras? 8. Por que os profissionais de educagao fisica daveriam estar interessadas em ajfor- dances? 4. Explique, com base em diferentes perspectivas, como uum bebé “aprende” shat: Quais séo as influéncias mais importantes sobre os bebs de acord> com cada porspectivat pee VISITE A PAGINA DA INTERNET ge Voc’ pode reforgar seu aprendizado acessando o link deste livro na site wyrw.artmod. ‘com.bt. Lf voo# encontraré os soguintes exercicios: Exercicio de aprondizagem 2.1: Bscala corpofal para desenvolver equipamentos cesportivos Peoeelo de aprondizagom 2.2 Prognrando limltadores de taxa om situages dros ar

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