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1884 vyados padnies, com imediatos consequentes benef cios para toda a populaydo; tornase, assim, necessé rio promover 2 formacdo de profissionais, para que » excrvicio nesta Grea de actividade se desenvolva indispensavel dignidade, facultando, por sua ver. 0 acesso at uma preparagio adequada. Nestes termos, ao abrigo don 7 do artigo 7.° do Decret-Lei 9. 310/82, de 3 de, Agosto: Manda o Governo da Repablica Portuguesa, pela Ministra da Saude, que’ ao quadro a que sc refere o no 5 do artigo 3." da Portaria n.° 1223-B/82, de 28 de Dezembro, anexo i mesma portaria, seja_acres- ventada, no seu grupo 11, a area profissional a que vorresponde o internat complementar de imunoaler- gologia, sendo a durago global do treino de 5 anos > tempo de durayao dos estégios o seguinte: 6 me: ses cin servigos de medicina intema e em servigos Ue pediatria geral, 3 meses nas vaténcias de pneumo- Togia, dermatologia ¢ laboratério de imunologia, 2 me- ses cm otorrinolaringologia, 3 meses em sectores de imunoalergologia, de pediatria ou de medicina, interna 34 meses cm imunoalergologia. Ministério da Satide. Assinada em 10 de Julho de 1986. A Mi sure Bele ra da Saiide, Maria Leonor Couceiro Pi- ca de Mendonga Tavares. MINISTERIO DAS OBRAS PUBLICAS, TRANSPORTES E COMUNICAGOES Conselho Superior de Obras Publicas @ Transportes Decreto-Lei n> 211/86 de 31 de Julho © Regulamento de Seguranga ¢ Acgdes para Estru- turas de Edificios ¢ Pontes, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 235/83, de 31 de Maio, ao introduzir profundas alteragdes nos critérios gerais de verificagao da segu- ranga das estruturas relativamente & regulamentagao an- terior tornou necessério proceder & harmonizagao dos regulamentos relativos aos diversos tipos de estruturas e de materiais com os novos critérios de seguranga, Tal harmonizagdo, que j4 foi levada a cabo para as, estruturas de betdo armado e pré-esforgado mediante uum novo regulamento instituido pelo Decreto-L 1n,° 349-C/83, de 30 de Julho, é pelo presente diploma completada relativamente as estruturas de ago para edi- ficios. Estes trabalhos, tal como os que conduziram a re- gulamentagdo anteriormente citada, foram realizados pela subcomisséo competente da Comissio de Revisdo ¢ Instituicdo dos Regulamentos Técnicos, do Consetho Superior de Obras Publicas ¢ Transportes, com base fem estudos ¢ propostas do Laboratorio Nacional de En- genharia Civil Encontrando-se em apreciagao pelos paises membros, da Comissao das Comunidades Europeias um conjunto de regulamentos unificados — Eurocodes —, a aplicar no projecto de execugdo de construgdes de varios ti- 1 SERIE ~-N& 174 — 1-7-1986 pos de materiais, haverd todo interesse em acompa- har a apreciacdo e aprovagdo destes documentos, com ‘0 objectivo de promover a sua implementagao em Por- tugal, servindo de base, nomeadamente, ao futuro aper- feigoamento da regulamentagao que agora se aprova. Assim: © Governo decreta, nos termos da alinea a) do n.° 1 do artigo 201.° da Constituigéo, 0 seguinte: Artigo 1.° E aprovado o Regulamento de Estrutu- ras de Ago para Edificios que faz parte integrante do presente diploma. Art. 2.° E revogado o Regulamento de Estruturas de Ago para Edificios aprovado pelo Decreto n.° 46 160, de 19 de Janeiro de 1965. Art. 3.° Durante 0 prazo de um ano, a contar da data de publicagio do presente diploma, poderao ser submetidos & aprovagdo das entidades competentes pro- jectos elaborados de acordo com a legislagao revogada pelo artigo 2.°, aplicada em conjunto com o Regula. mento de Solicitagdes em Edificios ¢ Pontes, aprovado pelo Decreto n.” 44 041, de 18 de Novembro de 1961 Visto ¢ aprovado em Conselho de Ministros de 20 de Marco de 1986. — Anibal Antonio Cavaco Silva — Jo#o Maria Leitéo de Oliveira Martins Promulgado em 5 de Abril de 1986. Publique-se. O Presidente da Repiiblica, MAki0 SoaRes. Referendado em 11 de Abril de 1986, © Primeiro-Ministro, Anibal Antonio Cavaco Silva, MEMORIA JUSTIFICATIVA. O Regulamento de Estruturas de Ago para Editicios (REAE), promuleado pelo Decreto n.° 46 160, de 19 de Janeiro de 1965, seguia critérios de verificagao da seguranga correspondentes & formulagao classica deste problema, utiizando o conceito de tensdo de seguranca, € estava articulado, naturalmente, com as regras de quantificagdo e de combinagao de acydes prescritas no entao vigente Regulamento de Solicitagdes em Edificios ¢ Pontes (RSEP), publicado em 1961. A evolugao entretanto verificada no dominio da se- guranga estrutural veio alterar profundamente os con- ceitos basicos que informavam a verificaydo da segu- ranga e, em consequéncia, tornou-se também nevessario. reformular todo o problema da definicao, quantifica- go e combinagdo de accdes. Assim, foi elaborado 0 novo Regulamento de Seguranga ¢ Aces para Estru- turas de Edificios e Pontes (RSA), aprovado pelo Decreto-Lei n.° 235/83, de 31 de Maio, que contém jd os modernos conceitos nesta matéria ‘A promulgagao do RSA veio, naturalmente, tornar imperativa a revisio dos regulamientos relativos aos di- versos tipos de estruturas e materiais, sob pena de tais diplomas se tornarem inaplicaveis face a0s novos cri- térios de seguranga. Esta tarefa foi ja realizada para as estruturas de betdo armado, mediante a publicagao do Regulamento de Estruturas de Beto Armado e Pré- -Esforgado pelo Decreto-Lei n.° 349-C/83, de 30 de Ju- Iho, havendo necessidade de proceder de modo idén- tico, e a curto prazo, relativamente a estruturas de ago. E este 0 objectivo do presente diploma. Dos correspondentes estudos foi encarregada a com- petente subcomissio da Comissdo de Revisdo e Insti tuicao dos Regulamentos Técnicos, do Consetho Supe- rior de Obras Publicas e Transportes, ¢, como habitualmente, a elaboracao dos documentos de base foi encargo de um grupo de trabalho do Laboratério Nacional de Engenharia Civil, constituido, no presente caso, pelos investigadores Joao d’Arga é Lima, An- ténio Teixeira Coelho, Jorge F. Silva Ribeiro, Vitor Monteiro € Mario Castanheta, Convém salientar que a actualizacdo global da regu- lamentagdo portuguesa de estruturas, em que o presente trabalho se insere, reflecte os esforgos que vém sendo feitos internacionalmente para a racionalizagao e uni- formizasio dos critérios gerais da verificagdo da segu- ranga estrutural, acydes estas em que tém tido papel preponderante 0 CEB, Comité Buro-International du Beton, e, no campo das estruturas metdlicas, a CECM, Convention Européenne de la Construction Métallique Quanto a orientagao a imprimir aos trabalhos de re- visto do Regulamento, haveria, em principio, conve- nigncia em aproveitar 0 ensejo’ para nele incorporar, além dos aspectos relativos a seguranga, recentes pro” eressos verificados em diversos dominios da constru- Gao metalica. Porém, desde logo tal desiderato se mos- {rou impraticavel em face dos meios disponiveis ¢ da preméncia que havia em atender a situagdo criada pela ublicagdo do RSA Deste modo, as alteraydes introduzidas no texto re- gulamentar limitaram-se basicamente ao capitulo rela- livo a verificagao da seguranca, mantendo-se pratica- ‘mente inalterada a estrutura e 0 conteido das restantes partes. Tal nio significa, porém, que, em alguns as- ectos, se nig tenham introduzido ajustamentos julga dos oportunos, nomeadamente no que se refere & con- siderayao explicita dos tipos de agos mais utilizados, a indicacéo das normas portuguesas aplicaveis ¢ ainda & adopeao do Sistema Internacional de Unidades (SI) Também a matéria de cardcter genérico relativa a ga~ rantia de qualidade, que consta dos capitulos 1 ¢ VI, apresentada com redacgao andloga a adoptada no Re gulamento de Estruturas de Beto Amado e Pré- -Esforgado, anteriormente citado. ‘A matéria relativa a verificagdo da seguranga com- preende, de acordo com 0 RSA, a definicao dos esta- dos limites — ultimos ¢ de utilizagao —, os coeficien- tes de seguranca e as teorias de comportamento a adoptar, quer para os elementos estruturais, quer para 08 diversos tipos de ligagdes. E de notar, no entanto, que se mantiveram, como acima foi indicado, as teo” Flas de comportamento adoptadas no texto anterior (em particular no que se refere aos problemas da encurva dura e das ligagdes), as quais foram naturalmente es tendidas aos novos tipos de agos considerados. Impoe-se agora prosseguir 0 aperfeigoamento deste Regulamento, tendo sobretudo em consideraydo os documentos emanados da Comissao das Comunidades Europeias e, em particular, 0 Eurocode relativo a cons- trugdes metilicas ‘A Subcomissao: Armando de Araujo Martins Cam. pos ¢ Matos — Raul Alberto de Oliveira Pinheiro Torres — Antonia Maria Pereira Teixeira Coelho — Aristides Guedes Coelho — Edgar Anténio de Mesquita Cardoso — Fernando Vasco Costa — Jodo Cunhu de Araujo Sobreira — Joaquim Augusto Ribeiro Sar. ‘mento ~ Joaquim Campos dos Santos Viseu — Jrilio Ferry do Espirito Santo Borges ~ Manuel Agostinho Duarte Gaspar. 1885 REGULAMENTO DE ESTRUTURAS DE ACO PARA EDIFICIOS SUMARIO. CAPITULO I Generalidades Antigo 1.° — Objecto e campo de aplicago. Antigo 21° — Autonia doe project. ‘Artigo 3° — Organizayao dos projectos ‘Artige 4.° — Verifcagdo © aprovagio dos projectos Antigo. 5." — Ditecgdo técnica das obras Arties 6." — Acoes CAPITULO I Materiais, Antigo 7° — Caracteristicas geraiy dos agos Arigo8.° — Perfis © chapas ‘Antigo 9° — Rebites Antigo 10. — Paratusos Artigo 11.° — Metal de adicio para soldadura CAPITULO IIL Disposigdes de projecto A — Generaidades Artigo 12." — Espessuras minimas Antigo 13° — Disposigdo dos elementos ‘Antigo 14.° — Variagdes de seccto. Atigo 15° — Tipos de ligagoes Arigo 16° — Coniraventamentos Arige 17." — Conservagao, — Ligacaes rebitadas Amigo 18. — Didmetro dos rebites Antigo 19.° — Espessura total maxima a liga. Artige 200° — Ditposiao dos rebice © — Ligases aparafusadas Antigo 21." ~ Tipos de ligagdes aparafusadas Artigo 22." — Parafusos para ligacoes pré-esforcadas Aniigo 23.° — Diametro. dos Turos Ariigo 24° — Comprimento. dos parafwsos, Amigo 25." — Disposigao dos parafusos 1D — Ligacaes soldadas Antigo 26° — Condigdes gerain Amigo 27." — Tinos de vorddes de soldadura, ‘Antigo 28.° — Dimens6es caracteristicas dos corddey Artivo 29.° — Condiionamentos das dimenvdes dov corddes Artigo 30." — Tipos de soldadura de topo. Aigo 31." —— Ligacao de topo de elementos com espeura diferente ‘Aruigo 32." — Soldadura por entahe ‘Antigo 38." — Couddes de soldadura opostes. ‘Amigo 34." ~ Cordes de Soldadura em elementos travcionados, Antigo 38.° ~ Ligaeso de chaps de bases suplemettares ‘Antigo 36." — Cordaey em bordoy artedondados Antigo 37." — Cruramento de conddey de suldadura CAPITULO IV Verificagio da seguranca A. Critérios eras Antigo 38." ~ Generalidades AArtigo 39.° — Estado limites stimos Artigo 40." — Estados limites de utiizasdo, 1886 1B — Elementos estruturals Astigo 41.° — Veriticagdo da seguranca em relasto a0 estado mite titima. de resisténcia sem plastificagao. Antigo 42." — Verficagao da seguranga em celagfo ao estado limite itm de encurvadura por varejamento. Antigo 43.” — Verificagdo da seguranga em relacdo ao estado limite lltimo de eneutvadura por bambeamento, Antigo 44." — Verifieagao da seguranga emt relagto aos estados limi Tes Ultimos de resistencia com plastificagd. Antigo 45." -~ Verifcagio da sepuranga em relagdo 40s estados limi es de utiliza. Aigo 46.5 — Seexdes tis Aitigo 47.° — Esforgos secundérios. ‘Antigo 48.° — Comprimento de encurvadura Antigo $9.° — Chapas de pegas comprimidas. Artigo 50. — Pevas compostas comprimidas Antigo SI." — Vigas. Generahdades, Attigo $2.” — Vigas compostas de alma cheia. Amigo 58° — Vigas de suporte de paredes de alvenaria Attiga $4.° — Contraventamentos. AArtigo 55° — Aparelhos de apoio © = Ligagies Antigo 6 Antigo 57° — Verticagdo da sed ‘Antige 38.° — Verifiapda da sepuransa das ligagdes aparafusadas Antigo 39.” — Verificago da seguranga das Tigaydes aparafusadas pre-esforgadas Antigo ih Verificagdo da seguranca das ligagdes soldadas CAPITULO V Execugdo e montagem Artigo 61.° — Reeras gerais de evecuo. Antigo 62.° — Ligagdes Febitadas Aigo 63.9 — Ligaybes aparafusadas correntes Artige 4:" — Ligagdes aparafuvadas pré-esforcadas. Aigo 65." — Ligagdes soldadas. Artige 66.° — Protesgdo contra a corrosto, ‘Antigo 62." ~ Protesyao contra 0 Toxo, Anigo 68." — Regray gerais de montagem, CAPITULO VI Garantia de qualidade Antigo 69.° — Generatidades ‘Antigo 70.° — Conttoles preliminares, Antigo 7° — Controle de produvao Artigo 72° — Controle de conformidade Antigo 73° — Recepga. Antigo 74° — Mantiengdo. ANEXO | Valores do cveficiente de encu ANEXO I Normas portuguesa aplicivels a estruturas de ace CAPITULO 1 Generalidades Artigo 1.° — Objecto e campo de aplicagio 1.1 — © presente Regulamento estabele as regras a observar no projecto e na execugéo de estruturas de 1 SERIE —N2 174 — 317-1986 ago para edificios ¢ obras andlogas cujos elementos se- jam de ago laminado a quente. 1.2 — Para 0 dimensionamento de estruturas de aco sujeitas a esforgos alternados susceptiveis de provoca- rem fadiga, ou de estruturas cujos elementos tenham constituicdo diferente da indicada no corpo do artigo (tais como os laminados ou enformados a frio), ou ainda de estruturas especiais, como as constituidas por tubos com ligagdes amoviveis, este Regulamento so- mente poderd ser invocado a titulo de orientacao, visto ter sido estabelecido sem tomar em conta os proble- mas especificos dessas estruturas. Antigo 2.° — Autorin dos projectos Os projectos das estruturas de ago devem ser elabo- rados por técnicos com formacao adequada a natureza e importancia das obras e para o efeito habilitados pela legislacao em vigor. Antigo 3.° — Organizagio dos projectos s projectos devem conter, devidamente organizadas, as pegas escritas e desenhadas necessérias para a justi- ficagdo do dimensionamento ¢ sua verificagdo ¢ para fa execugdo da obra. Estes elementos devem ser apre- sentados de forma suficientemente explicita para evi- tar dividas na sua interpretacdo; em particular, a ter- minologia, a simbologia e as unidades utilizadas devem respeitar as empregadas no presente Regulamento, salvo explicitagdo clara nos casos em que tal nao for cum- prido. No caso de alteragdes dos projectos, deve proceder- -se @ anotagdo de quais os elementos substituidos e 20 aditamento dos elementos necessdrios para que do pro- cesso fiquem a constar sempre a descricao a justifi- cagao completas da estrutura efectivamente construida. AAs unidades utlizadas no presente Regulamento sto as do Sis. tema Internacional de Unidades (SI) Artigo 4.° — Verificagio ¢ aprovacdo dos projectos Os projectos devem ser submetidos a verificagao ¢ aprovagéo das entidades competentes, de acordo com a legislagdo em vigor. Artigo 5.° — Direegiio técnica das obras A direcgdo técnica das obras que envolvam estrutu- ras de ao deve ser exercida por técnicos com forma- Gao adequada @ natureza e importancia das obras ¢ para o efeito habilitados pela legislacdo em vigor Artigo 6.° — Acgoes 6.1 — As acedes a considerar sao as estipuladas no Regulamento de Seguranga e Acgdes para Estruturas de Edificios e Pontes (RSA), aprovado pelo Decreto- -Lei_n.° 235/83, de 31 de Maio. 6.2 — Na determinacdo dos efeitos devidos as varia- ‘gdes de temperatura 0 coeficiente de dilatagao térmica linear do ago, a, deve ser considerado igual a 12x 10-*, 6.3 — Os coeficientes de comportamento, a utilizar segundo os critérios definidos no RSA para a determi- 1 SERIE —N2 174—31-7-1986 nagao dos efeitos da acco dos sismos, devem ser con. venientemente justificados, tendo em conta 0 tipo de estrutura e as caracteristicas de ductilidade da constru- sao. No caso de edificios correntes, tal como sio defini- dos no RSA, podem adoptar-se 0s seguintes coeficien- tes de comportamento para esforcos: a) Para vibragdes nas direcgdes horizontais: Porticos sem elementos de rigidez... 2,5 Porticos com elementos de rigidez ox redes ou trelicas) . 15 Porticos de tipo misto : 20 ) Para vibragdes na direcgdo vertical 08 Para 0 mesmo tipo de edificios 0 coeficiente de com- portamento relative a deformagées poderé tomar-se igual a 0,7. Como se sabe, 0s coeficentes de comportamento destinam-se a corrigit 0S efeitos da acco dos sismos obtidos por uma anaise I ‘ear, de modo a transformé-tos nos valores que se obteiam por uma analise no linear. Compreende-se, assim, que estes coeficientes, além de serem fungao do tipo de estrutura € das suas caracteristicas de ductlidade, dependam também do efeito em causa ¢ da quantifca 0 dos pardmetros utilizados na andlise linear. No presente Regu: Famento apenas sto quantificados os coeficientes de comportamento para edificios correntes, endo-se considerado suficente defint coe Ficientes celativos aos esforgor e as deformaydes, sem distinguir tipo de esforcos ou de deformasdes. (0 valor do coeficiente sismico de referéncia, 8, definido no ar 3 do RSA, diz tespeito a um amortecimento com o valor de 5% do amortecimento eriico, enquanto usualmente se admite pata as estruturas metlicas um valor da ordem de 2%. Os valores {dos coeficientes de comportamento apresentados tém naturalmente este facto em conta Lembra-se que por edificis correntes se entendem aqueles que ‘obedecem as condigdes para tal especificadas no RSA € que impli fam que as esiruiuras tenham uma distribuigdo de rigidez aproni ‘madamente uniforme em altura, o que nao € compativel com gran des. descontinuidades na distribuigdo das alvenarias de andar para andar 0u com o emprego de processos de construgio que possam faciltar que essa descontinuidade se cre durante a ocorréncia de ut 'No caso de edifcios ndo correntes, os coeficientes de comporta mento a adogtar devem ser convenieniemente jusificados, devendo, porém, considerar-se os valores apresentados no artigo como limites Superires CAPITULO II Materiais Artigo ticas gerais dos aos A caracterizacao dos diferentes tipos de aos deve ser efectuada com base no conhecimento das suas pro. priedades mecnicas (determinadas por ensaio de trac- a0, de dobragem e, eventualmente, de choque e de du- Feza), da sua composicao quimica’e, se necessdrio, da sua soldabilidade. Os ensaios para a determinagéo das caracteristicas anteriormente referidas devem ser efectuados de acordo ‘com as normas portuguesas aplicaveis. [No anexo 11 apresentase uma lista de normas portuguesa, pu biicadas até final de 1984, apliedves a estruturas metalicas ¢ da qual | z= a Fig. 1 C — Ligagdes aparafusadas Artigo 21.° — Tipos de ligagdes aparafusadas ‘As ligagSes aparafusadas podem ser correntes ou pré- -esforcadas, sendo o funcionamento destas tltimas as- segurado pela existéncia de forgas de aperto e de atrito, resultantes do pré-esforgo dos parafusos, que se opdem a0 desencosto ¢ deslizamento dos elementos ligados. Artigo 22.° — Parafusos para ligagdes pré-esforcadas Nas ligagdes aparafusadas pré-esforgadas devem ser usados parafusos da classe de qualidade 8.8 (NP-1898) ou superior: ‘A especificagao dos parafusos pré-estorgados nos projectos deve incluir a indicagdo dos correspandentes momentos de aperto. NY 174 —31-7-1986 Artigo 23.° — Dimetra dos furos Nas ligagdes aparafusadas 0 didmetro dos furos nao deve exceder em mais de 2mm o didmetro do liso da espiga dos parafusos, excepto se este diimetro for su- perior a 24mm, situagdo em que o referido limite pode ser aumentado para 3mm. Para as exrutuvas ei que se exja pequena deformabitidade das tigagdes podcra ser necessaio adoplar toleraneiasinferiores 3 ind sas no artigo Artigo 24." — Comprimento dos parafusos 0 liso da espiga dos parafusos deve, em geral, ter comprimento suficiente para abranger toda a espessura dos elementos a ligar. Antigo 25.° — Disposigdo dos parafusos Na disposigdo dos parafusos devem ser respeitadas as condigdes enunciadas para os rebites no artigo 20.° D — Ligagées soldadas Artigo 26." — Condigdes gerais Nas ligagdes soldadas atender-se-4 as seguintes con- digdes gerais: 4) A disposigao das soldaduras ¢ a sua ordem de execugao devem ser estabelecidas de modo a re- duzir, quanto possivel, os estados de tensdo de- vidos a operagdo de soldadura; Deve evitar-se a concentracao excessiva de sol- dadura numa mesma zona; Salvo justificagdo especial, evitar-se-a soldar ele- mentos de espessura superior a 30mm; 4) Evitar-se-d criar variagdes bruscas de Seccdo, pela concentragdo de tensdes a que dao origem, nomeadamente em elementos que tenham de ser soldados em toda a periferia deve evitar-se pra ticar entalhes ou furos de dimensdes importan- tes; ©) Para a ligaydo das extremidades de barras as soldaduras devem ser dispostas, quanto possi vel, equilibradamente em relacdo ao eixo de cada barra; No projecto devem ser tidas em consideragao as condigdes de execugdo © montagem indica- das no artigo 65.° » Sf A digponivao conta ng alinca ¢) realta de que a soldadura de eva de prande expecta exe und esvotha eriteriova das qualida des do aco e do elécirado a empregar e ainda a uliheagio de pro jeans apes de exerugao e seu controle Artigo 27.° — Tipos de corddes de soldadura Os tipos de corddes de soldadura sio (fig. 2): a) Corddes de topo ~ corddes que unem as pe- gas colocadas topo a topo, no prolongamento lumas das outras, tenham ou no os eixos coin- cidentes; 1889 b) Corddes de angulo — cordées que ligam as pe- gas colocadas com sobreposigao ou que se in- Tersectam, To eYy 7 Fig. 2 Artigo 28.° — Dimensdes caracteristicas dos cordaes As dimensdes caracteristicas dos corddes de solda dura sao a espessura € 0 comprimento, tal como sio definidos nas alineas seguintes: @) A espessura dos cordées deve ser considerada do modo seguinte: 1) Corddes de topo. — No caso de os ele mentos a ligar terem @ mesma espessura, sera essa a espessura do cordao; no caso de terem espessura diferente, @ espessura a considerar sera a do elemento mais del- gado; 2) Corddes de angulo. — A espessura serd considerada igual a altura do triangulo isosceles inscrito na secgéo do cordao (fig. 3); te AA SK a —espessura do cordio Fig. 3 4) O comprimento dos corddes deve ser conside- rado do modo seguinte: 1) Quando existem crateres de extremidade, © comprimento do cordao a considerar serd 0 seu comprimento total, descontado © comprimento dos crateres, avaliado este em duas vezes a espessura (tig. 4) Quando se evita a formac&o de crateres de extremidade (pela utilizagao de pegas de extensdo ou outros meios adequados), © comprimento do cordio a considerar seré 0 seu comprimento total | —comprimento de dimensionamento lem comprimento total € — comprimento de cada crater de extremidade (=a) Fig. 4 1390 1 SERIF —N2 174 ~31-7-1986 Artigo 29.° — Condicionamentos das dimensées dos cordées ‘As dimensées dos corddes de soldadura devem sa- tisfazer aos seguintes condicionamentos: a) A espessura dos cordées nao deve ser inferior a 3mm; b) A espessura dos corddes de angulo nio deve ser superior a 0,7 da menor espessura dos elemen- tos a ligar; ©) Os cordées de topo continuos devem ocupar toda a extens’o da justaposigac @) Os cordées de Angulo continuos nao devem ter comprimento inferior a 40mm; e) Nos corddes de topo descontinuos 0 compri- mento de cada trogo nao deve ser inferior a quatro vezes a espessura do elemento mais fino a ligar ¢ © intervalo entre dois trogos sucessi- vos nao deve exceder doze vezes aquela espes- sura; A) Nos corddes de Angulo descontinuos 0 compri- mento de cada trogo nao deve ser inferior a quatro vezes a espessura do elemento mais fino a ligar. O intervalo entre dois trogos sucessi- vos ndo deve exceder dezasseis vezes a espes- sura do elemento mais fino, no caso de elemen- tos sujeitos a esforgos de compressao, ¢ 24 vvezes essa espessura, no caso de elementos su- jeitos a esforgos de traccao. Em vordaes de angulo descontinuas, quando os trogos estdo c0- tocados alternadamente de um lado ¢ de Outro da aresta de liga, (os itervalos indicados na alinea 7) s40 considerados como se 0s to: fos estivessem emt linha Antigo 30.° — Tipos de soldadura de topo tipo de cordao a utilizar na soldadura de topo de- pende essencialmente da espessura dos elementos a Ili- zar ¢ da possibilidade de execugdo da soldadura pelas duas faces, do modo indicado nas alineas seguintes: 2) No caso de a espessura nao exceder 6mm ¢ ser possivel realizar a soldadura pelas duas faces, esta poderé executar-se, em geral, sem prévia formagio de chanfros (fig. $); whe Fig. 5 b) No caso de a espessura estar compreendida en: tre 6mm e 1Smm, executar-se-4, em geral, um cordéo em forma de V (fig. 6); ¢ < 15mm ©) No caso de a espessura exceder 1Smm ¢ ser possivel realizar a soldadura pelas duas faces, executar-se-a, em geral, um cordéo em forma de X (fig. 7); ¢ > 18mm 2am Fig. 7 @) No caso de a espessura exceder 15mm ¢ nao ser possivel realizar a soldadura pelas duas fa- es, executar-se-4 um cordéo em forma de U {fig. 8, 2)] ou um cordao em forma de V, uti- lizando uma contrachapa que permita efectuar a soldadura com as arestas inferiores do chan- fro afastadas (fig. 8, 6)] wae" Je > 15mm —t Te ene ft Artigo 31.° — Ligagio de topo de elementos com es- pessura diferente 31.1 — Na ligagao de topo de elementos com espes- sura diferente deverd efectuar-se uma transi¢ao gradual de espessura, pela aplicagdo de um dos processos se- guintes: a) Por simples deposigao de metal de adicao, desde que a diferenca das espessuras néo.ex- ceda 3,Smm (fig. 9; mad Fig. 9 1891 ) Por chanfragem do elemento mais espesso, até que a diferena das espessuras nao exceda 3,Smm, e deposigao de metal de adic fig. 10). eth < EG Fig. 10 31.2 — A chanfragem referida no n.° 31.1, alinea 5), poderd dispensar-se quando haja garantia de que nao se verificam esforcos alternados e desde que se execute um cordao cuja dimensao h (fig. 11) seja, pelo menos, 25% superior & espessura do elemento mais delgado. Os procedimentos indicados nas alineas a) € B)destinammse a ev tar concentragées de tenses, particularmente prejudicias no caso de regan sujeltas a fadiga Artigo 32.° — Soldadura por entathe 32.1 — A soldadura por entalhe, em que os clemen- tos sto ligados por cordées executados na periferia de entalhes ou furos (fig. 12), somente sera usada em ca- sos especiais devidamente justificados, devendo ainda satisfazer as condig6es seguintes: 4) Os entalhes ou furos devem ser soldados em todo o perimetro, mas ndo devem ser cheios de metal de adigao; ) A largura dos entalhes ou 0 didmetro dos fu- ros nao devem ser inferiores a trés vezes a es- pessura do elemento em que se praticam; ©) A distancia entre o bordo do elemento a ligar @ 0 bordo de um entalhe ou furo, ou entre bor- dos de entathes ou furos adjacentes, ndo deve ser inferior a duas vezes a espessura dos cle- mentos entalhados ou furados; 4) Os entalhes devem ter os vértices arredondados, com raio nao inferior a uma vez € meia a es- pessura do elemento entalhado corte AA Fig. 12 32.2 — A soldadura por entalhe pode executar-se no caso de ligacao de chapas sujeitas a esforgos de com- pressio e em que a largura seja superior a 30 vezes a espessura. Neste caso, as chapas devem ser ligadas en- tre si por enialhes dispostos em linha, segundo 0 com- primento das chapas. Artigo 33.° — Corddes de soldadura opostos Quando se dispdem cordées de soldadura opostos, a chapa intermédia deverd ter a espessura minima de 7mm (fig. 13). 27mm Fig. 13 Artigo 34.° — Cordées de soldadura em elementos traccionados Sobre a superficie de elementos traccionados, para 2 ligacdo de outros elementos, nao devem executar-se cordées de soldadura perpendiculares a direoyao do es- forgo de traccao. Artigo 35.° — Ligagdo de chapas de banzo suplemen- tares ‘A ligagio de chapas de banzo suplementares sera feita por meio de corddes de Angulo dispostos nos bor- dos laterais das chapas; 0s bordos extremos seréo nor- mais ao eixo da pega e no devem ser soldados ao banzo (fig. 14). corte AA, Fig. 14 No caso de obras exteriores, ¢ conseniente exccutar cordaes de estanquidade de pequena espessure nos bordos extremos das chapas 3 banzo. 1892 1 SERIE — No 174 —31-7-1986 Artigo 36.° — Corddes em bordos arredondados Os cordoes de Angulo aplicados nos bordos arredon- dados de perfis ndo deverdo interessar mais de 75% da espessura do perfil no bordo (fig. 15). Ae Fig. 15 Artigo 37.° — Cruzamento de corddes de soldadura Salvo casos especiais devidamente justificados, nao so de admitir cruzamentos de corddes de soldadura. No caso da ligasdo de pecas formando triedro, de- verd ser truncado 0 canto da pega secundaria (fig. 16). CAPITULO IV Verificagio da seguranga A — Critérios gerais Artigo 38.° — Generalidades A verificagao da seguranca das estruturas de ago para edificios deve ser efectuada de acordo com os critérios gerais estabelecidos no Regulamento de Seguranga e Ac- goes para Estruturas de Edificios e Pontes e atendendo as disposigdes que constam do presente Regulamento. © RSA estabelece as acgBes € oy critérioy gerais a ter em conta ra verficagdo da seguranca das estrutures, independentemente dos materials de que estas s40 consttuidas, Para as estruturas de ayo Serd, portanto, necessério objectivar os diversos parametros espe: ficos deste material que interessam ao dimensionamento, havera, a\- sim, que definir os estados limites, os coeficentes de seguranga, a5 propriedades dos mateias, as teovias de comportamento esttutral adequadas, © bem assim regras particulares de projecto © execucéo. Artigo 39.° — Estados limites dltimos 39.1 — Os estados limites iltimos a considerar sao, em geral, os seguintes: a) Estado limite ultimo de resisténcia sem plasti- ficagdo, correspondente ao inicio da ocorrén. cia de deformagdes plésticas em secgdes dos cle. mentos da estrutura ou das suas ligacdes; ) Estado limite tltimo de encurvadura, corres- Pondente a instabilidade de elementos da estru- tura, ou desta no seu conjunto; ©) Estado limite de perda de equilfbrio, correspon- dente ao derrubamento ou deslocamento da es- trutura considerada como corpo rigido. 39.2 — Nas condigdes estipuladas no artigo 44.°, po- derdo ser considerados, em alternativa ao disposto no 1n.° 39.1, alinea a), estados limites iltimos de resistén- cia com plastificacao, correspondentes a ocorréncia de deformagdes plasticas em certas secgdes ou mesmo & transformagao da estrutura ou de parte dela num me- canismo, por formagdo de rétulas plasticas [Nao sio abordados neste Regulamento os crterios de verificago da seguranga relativamente ao estado limite de perda de equilibrio, visto ndo apresentarem aspectos peculiares de tvatamento para as es- Iruturas de edifcis, sendo, portanto, directamente aplicvels ox ri lérios para 0 efeita estabelecidos no RSA. Artigo 40.° — Estados Ii ites de u ilizagaio Os estados limites de utilizacdo a considerar deve- ro ser especificados em cada caso, tendo em conta a utilizagao particular da estrutura. No presente Regula- mento s40 definidos no artigo 45.° estados limites de deformacdo para alguns dos casos mais correntes. B — Elementos estruturais Artigo 41.° — Verificagao da seguranga em rela estado limite iltimo de resisténcia sem plastificagio 41.1 — Para estados de tensdo simples ou de corte puro a verificagdo da seguranga em relagdo ao estado limite tiltimo de resisténcia sem plastificacdo consiste, consoante os casos, em satisfazer uma das condigdes seguintes: Ose 5 one para as tensdes normais; Tse S Tae para as tensOes tangenciais; em que: Ose, Tse — valores de cdleulo das tensdes actuan- tes; pes Tae — valores de cileulo das tensdes resisten: tes; 41.2 — Os valores de calcul das tensdes actuantes devem ser determinados de acordo com as teorias da clasticidade ou da resisténcia de materiais ¢ conside- rando as combinagdes de acgées e os coeficientes de seguranga +, especificados no RSA para os estados Ii- ites tltimos que ndo envolvam perda de equilibrio ou fadiga; porém, para as acgdes permanentes cujos va- lores possam ser previstos com muito rigor o coeficiente ‘Ye pode ser reduzido até 1,35. 41.3 — Os valores de calculo das tensdes resistentes so dados por: ons =Sus " t= h Su em que f,, é o valor de calculo da tensdo de cedén- cia (ou da tensdo limite convencional de proporciona- lidade a 0,2%) do aco. 1 SERIE — No 174 — 31-7-1986 5 valores assim definidos so apresentados no qua- dro 1 em fungao do tipo de ago utilizado. QUADRO | Valores de cileulo das tensdes resistentes (Pay Tipe a0 Ia | 3S 41.4 — No caso de estados de tensdo duplos, a ve~ rificagdo da seguranca consiste em satisfazer, em cada Ponto, a condigao: Osu, ap S Ona em que oa tem o significado anteriormente indicado © oss. 1) € uma tensio de referéncia calculada como & a seguir indicado, em fungdo dos valores de calculo das tensoes normais € tangenciais componentes do estado de tensAo actuante, determinados de acordo com 0 es- tipulado no n.° 41.2: 55,04 = Nota, « + ahs, — 059.4 0515 43 7h, 0s valores de calculo das tensdes de codéncia indicados no a.° 41.3, foram tomador iguais a0s correspondentes. valores caracteristicos (Ger 8.2) em resultado de se considerar igual & unidade o coefiiente de minoracto ym das propriedades mecinicas do aso. No caso de estados de tensio duplos, a definigio dos estados bi mites iltimos de resistencia nao pode ser feta a usta de apenas um parimetro, mas por uma condi¢a0 menos simples que, 0 espaso das tensOes principals, €representada por uma curva de interacgao. E, portanto, no dominio interior a essa curva que devem situar-se ‘0s pontos representativos do estado de tensao actuante para que a Seguranca seja saisfeta Non." 41d adoptou-se, para define a reterida curva Timite de resistencia, o criterio de plasucidade de Von Mises Huber, que, como se saber pode ser enreso em tes de tenses pins 01 € 22 pela relapso: Vo AA tormulacio da condicdo de seguranca no n." 41.4, através de um unico parimetro —a tensdo de referencia, rer» © POs blitada, portanto, pela aplicagdo deste criteno de. plasticidade Antigo 42.° — Verificagiio da seguranga em relagio a0 estado limite tltimo de encurvadura por varejamento 42.1 — Nos elementos sujeitos a esforgos de com- pressdo em que haja risco de varejamento a verifica- cdo da seguranca consiste em satisfazer a condi¢ao: os S One em que ow € 0 valor de célculo da tensio actuante, determinado tendo em conta os efeitos da encurvadura, consoante € indicado nos n."" 42.2 € 42.3, ¢ om € 0 valor de céleulo da tensio resistente indicado no ne 413, 42.2 — No caso de barras rectas sujeitas a esforcos simples de compressio, 0 valor de cilculo da tensdo actuante é definido pela expressao ow ae 1893 em que: Nw—valor de calculo do esforgo normal actuante, determinado tendo em conta as combinagdes de acgdes € 0s coeficientes de seguranca referidos no n.° 41.2; A — rea da seceo transversal da barra; y — coeficiente de encurvadura dependente do Coeficiente de esbelteza da barra, d, cujos valores sao definidos no quadro 11. © coeficiente de esbelteza, d, é dado pela relagao en- tre o comprimento de encurvadura da barra, definido no artigo 48.°, ¢ 0 raio de giragdo da seccao transver- sal da barra em relagdo ao eixo correspondente a0 plano de varejamento considerado QUADRO I lores do coeficiente de encurvadur d=20 were los A> 10s Fe 360 ene cna |e 296 Fe 430 1.1460 — 0,00730» Fesio 202 k= | So 1.152) — 0.00862 42.3 — No caso de barras sujeitas simultaneamente a esforgos de compressao e flexao, os valores de cél- culo das tensdes actuantes devem ser determinados por teorias apropriadas convenientemente comprovadas pela experiéncia, 42.4 — Salvo justificagdo devidamente fundamen- tada, valores do coeficiente de esbelteza superiores a 180 S6 serdo de admitir no caso de elementos cuja fun- 0 estrutural seja apenas a de contraventamento; em caso algum se excedera, no entanto, 250. [A detetminacio dos valores de calculo das tensbes actuantes € feita mantenda os eriterios adoptados no regulamento anterior. Assim, 05 feltos de segunda ordem s4o tidos em conta através de um coef Siente y, que depende do tipo de aco e da exbelieza, \. da pece (Os salores deste voeficieme foram obtides atendendo’ a0 seguinte: 4) Para as barras longas, nas quais o varejamento se diem regime elastico (> 105, > 96, 4> 88. respectivamente para os agos Fe 360, Fe #30 ¢ Fe S10), 0s valores de ¢ so Obtidos a partir da Formula de Euler com um coefiiente de seguranca de 1.8: Para a barras custas (A s 20), 0 coeficiente € tomado igual a unidade, visto que, em tal caso, 0s efeitos de se onda ordem podem ser desprezados: Para as barras de esbelteza media admite-e que os valo- fev de y varlam linearmente entre os anteriormente relei dos. ° [A determinacto do valor de céleulo das tensBes actuantes, no caso de barras sujetas simulaneamente a compressio ¢ flexdo, referida hho ns 42.3, deve ser feta com base em regulamentagdo esirangeira {Que irate pormenorizadamente o assunto 08 em trabalhos cient Cos de nivel resonheci. 1894 Adoptando o ertério espeificado na norma belga NBN BS1O0t dle 1977, para barras de seceao constante, tems: em que: Nyy — valor de cilculo do esforgo normal sctuante; Ma'.. MB" — valores de céleulo dos momentos Mlectores Actuantes maximo relativos 40s eixos prin pais de inércia da secpdo, xe y, em que x € © eixo a que cottesponde maior momento de © — coeficiente, definido no n.° 42.2, calculado para o valor de A, que corresponde a0 raio Se giracdo minimo da secvdo; médulo de flexio; J — coetiviente, definido no artigo 42 fem conta 0 nsco de bambeamento; ‘argas criticas de Euler, segundo © que tem © 05 coefviemtes € ey sd0 definidos conforme & a seguir indicado, No caso de barras de estruturas de nés méveis, pode considerar se 0 valor 0,85 para ambos os coeficientes, 'No caso de barras de estruturas de n6s fixos ndo sujeltas a for es Iransversais aplicadas ao longo da barra, poder-se-4 considera, para vada direst: eaafoa fem gue os momentos My = Ney e Mz = Nes (momentos nas extre- mises) devem ser introduzidos com os seus sinals, sendo Mi2 Mz. Em particular, desta formula resulta (fig. 1): Para e:-¢1 Para e: = 0 Para e: = — a b) e) Fig. 17 No easo de array de estruturas de n6s fixos suetos a foreas trans: verstiy aplicadas a0 longo da barra, 0s valores dos coefiientes cy ec, deverao ser determinados pela teoria da estabilidade elawtica Simpliicadamente, poderd tomar, para barras encasiradas, ¢ = 0,85 , para barras-aniculadas nas suas exiremidades, ¢ = 1 Complementarmente, deve considerar-se também, para cada sec fo da barra, um valor de caleulo da tensdo actuante dado pela Seguinte expressdo: aaa) Le Msg,» S40 05 valores de cileulo dos momentos antes na Seca considerad fem que M Mectores ac Arligo 43.° — Verificagio da seguranca em relagio a0 estado limite tltimo de encurvadura por bambeamento Nos elementos sujeitos a esforgos de flexdo em que haja risco de bambeamento a verificagao da seguranga consiste em satisfazer a condicao: 1 SERIE — NS 174 —31-7-1986 em que og & 0 valor de célculo da tensio resistente, indicado no n.° 41.3, € as; € 0 valor de calculo da tensdo actuante, definido pela expressio: ae cr em que: Mz’ — valor de cilculo do momento flector actuante maximo no elemento, determ nado tendo em conta as combinagées de acgdes € 05 coeficientes de seguranca refe- idos no n.° 41.2; 4 — méduto de Nexto: k —coeficiente de bambeamento. coeficiente de bambeamento deve ser determinado a partir de resultados da teoria da estabilidade elistica, tendo em conta 0 modo de ligagao do elemento nas suas extremidades, a distribuicdo das cargas e 0 nivel a que sao aplicadas e a eventual existéncia de apoios laterais ao longo do vao. Como se sabe, o bambeamento de clementos sujcitos a esforsos de flexdo € um fendmeno de instabilidade que se caracteriaa pela Ddcorréncia de grandes deformaydes tranversals 20 plano em que a tam 0s esforgos de flexio, (© estuda do problema do bambeamento pode ser realizado por ‘qualquer método particular, desde que respete os principios gers tstabelecidos neste artigo € possua base clenifca 'No caso de vigas em I, podera adopiarse 0 ertério de determi ragdo do coeficente & utlizado no regulamento anterior, estendido 108 tréstipos de ago. Assim, para vigas sobre dols ou mais apoios sem tramos em consola, constitu por perfis | simples ou com: postos, de altura ndo superior a 780mm e com largura de banvo, Delo menos, igual a 0.4 da altura da alma, o coeficiente k ¢ dado, fm funedo das dimensdes da viga, pelas expressdes indicadas no qua. aro sepuinte Fe 300 Fe a0 aso 4 = 608 | 1581410 | | | oon << 2500 ean [1 Fesio ane Be 2500 F 1 SERIE — 2 174 — 31-7-1986 No quauro, 0s simbolos tm o significado que a seguit se indica: {= vio do elemento fectido ene apoios ow entre contrave: Tamentos sucessivos que impeyam deslocamentos laterals da secgdo revta ou rotaybes em come do eixo Tongitudi nal do elemento: fh ~altura'do elemento: 5 — largura dos banzos: = expessura dos banzos. Observesse ainda que ndo é avonsehével utilizar vigas para as quis 4 telagdo h/be seja maior que 2800 e que 0 coeficiente k pode ser Tomado igual & unidade no caso de vigas suportando pavimentos ou coberturas de rigides suficiente fixados as vigas de modo a realizar Artigo 44.° — Verificacio da seguranga em relacdo aos estados limites tiltimos de resistén- cia com plastificagio 44.1 — Na verificacdo da seguranca em relacao aos estados limites tiltimos de resistencia poder-se-a ter em conta 0 comportamento elasto-plastico das estruturas, quer através de correcgdes dos valores de calcula das tensdes actuantes devidas a flexdo determinados em re- gime elastico, quer por aplicacdo do método das rétu las_plasticas. 44.2 — No caso de serem efectuadas correcgdes das tensdes determinadas em regime eléstico, a plastifica- a0 resultante nao deve exceder a correspondente a uma extensdo plastica de 7,5% da extensdo que se verifica quando € atingida a cedéncia do ago; para este efeito, os valores da tensdo de cedéncia devem ser tomados uuais aos valores de calcul das tensdes resistentes dos, agos, fray indicados no quadro 1 44.3 — Para aplicagdo do método das rétulas plés- ticas devert ser tidos em conta os condicionamentos se- guintes: 4a) Os agos devem poder suportar as deformagoes pldsticas necessarias para a formacao de todas as rétulas plasticas previstas no mecanismo de rotura; As tensdes de plastificagdo devem ser tomadas iguais aos valores de ediculo das tensdes resis- tentes dos agos, fu: ©) Deve ser considerada a influéncia dos esforgos axiais © transversos na formacao ¢ comport: mento das rotulas plasticas e verificado que nao ocorrem deformagdes inadmissiveis ou fendme- nos de instabilidade, localizados ou de con- Junto, antes da formagao da tiltima rétula plas- tica; 4) As ligagdes entre os elementos da estrutura de- vem ser capazes de transmitir os esforgos de- correntes da formagao das rétulas. plasticas; ©) As acgdes resistentes determinadas por aplic: do deste método devem ser divididas por 1,2 para a obtenyao dos correspondentes valores de calculo a utilizar na verificagio da seguranca. 5 No que se refere ao método Jas 1Ctulas pists, apenas so enn ciadas Fegras senericas relativas 3 sia apticagao, ddados muito expeciais «0 respeito de tepras pariculares, que nivel da formulayao analitea io problema ¢ da contrapartida das hipdteses admitidas, quer ao vel de dispongdes construtivas ‘AC cortecsbes das tensdes astuaniesdeterminadas em regime elie tico. a que 0 artigo se retere, sio usualmente efevtuadas dividing teats tenses por coeticientes superiores a uniade, que podem st caleilades. para vada plano de Mlesio, a partis dt forma’ da secyao eda condiydo limite referia no m" 44.2. Valores destes coetiien fey para os perfilados mai cortentey podem ser abtides na. bilo pratia expestaizada, 1895 Artigo 45.° — Verifieagio da seguranca em relagio aos estados limites de utilizagio 45.1 — A verificagao da seguranca em relagdo aos estados limites de utilizacao deve, em geral, ser efec- tuada em termos dos pardmetros que definem esses es- tados limites, devendo os valores que tais parametros assumem devido as acces ser iguais ou inferiores aos valores adoptados para a quantificagao desses estados limites. 45.2 — A determinacdo dos valores que assumem os pardmetros definidores dos estados limites deve ser feita de acordo com as teorias da elasticidade ou da resis- téncia de materiais ¢ considerando as combinagdes, @ quantificagao das acces e 0 valor = 1 especificados no RSA. 45.3 — Para os estados limites de deformagao e nos casos que adiante se referem, relativos a elementos de edificios, bastara, em geral, considerar um estado li- mite de curta duragéo (combinagdes frequentes de ac- Ges) € definido pelos valores de flechas a seguir indi- cados em fungéo do vao, ¢ a) Vigas de pavimentos: Em geral Quando suportem divisorias corren tes, valor da flecha que se processa apés a construgdo das divisérias #7400 £/500 b) Madres de coberturas ordinarias em que se utilizem materiais correntes de reves: timento €/200 Artigo 46.° — Secgdes uteis As secgdes a considerar no dimensionamento dos ele- mentos devem satistazer ao indicado nas alineas seguin. tes a) Para o dimensionamento em relagio aos esta dos limites ultimos: 1) No caso de elementos tracgdo, devem descontar-se os furos de rebites ou para. fusos, considerando uma secgao em que esses furos estejam agrupadas da maneira mais desfavoravel; No caso de elementos & compressio, nao serdo descontados os furos, considerando. se, portanto, a secgaa bruta das elemen: tos; 3) No caso de elementos & flexdo, os mo mentos de inércia e os momentos estati: cos serio determinados em relacao a et Xos pasando pela centro de gravidade da seegdo bruta. No calculo das tensdes nor mais, a determinagao dos modulos de tle- xdo deve ser feita descontando os furos cxistentes na parte traccionada das secydes € considerando-os agrupados da maneira mais desfavoravel; no calculo das tensdes tangenciais, a determinacdo dos momen tos de inércia e estaticos pode ser feita em relacao secgao bruta; 2 b) Para o dimensionamenio em relagdo ao estado limite de deformagao, no calculo das deforma ges poder-se-d considerar, em todos 0» casos, @ seceao bruta dos elementos. 1896 1 SERIE —N.* 174 —31-7-1986 Artigo 47.° — Esforgos secundarios 47.1 — No dimensionamento dos diferentes elemen- tos das estruturas devem ser considerados, quando as- sumam valores significativos, os esforgos secundarios provenientes, nomeadamente, de excentricidades nas li- gagdes dos clementos ou na aplicagdo das acgdes, de destocamentos resultantes das accdes aplicadas ¢ ainda de rigidez das ligagdes diferente da admitida. 47.2 — No caso de cantoneiras ou de outros perfis isolados traccionados excentricamente em consequén- cia do modo como sao realizadas as ligacdes, para ter em conta os esforcos secundarios resultantes, deve efectuar-se 0 dimensionamento, tanto dos perfis como das ligagdes, considerando um esforco de tracc&o su perior ao efectivamente actuante ¢ obtido deste pela multiplicagdo por um coeficiente de aumento. Indicam-se seguidamente os valores do coeficiente a utilizar para alguns tipos de perfis: Cantoneiras de abas iguais.. 1,24 Perfis T ... aoa Perfis U (ligados pela alma) an Sab 47.3 — No caso de cantoneiras simples comprimidas, pode desprezar-se a excentricidade do esforgo provo- cada pelo facto de as ligagdes serem realizadas numa 86 aba. Para o calculo do coeficiente de esbelteza considerar-se-a, nesta hipétese, 0 raio de giracao mi- nimo da secgao. Por esforsos secundérios entendem-se 08 que ne s40 considera dos nos melodos de ealculo usuais em consequéncia das hipoteses Simplificacivas em que esses métodos se baseiam. "Em condigdes normals, para estruturas bern concebidas © bem exe «utadas, 0s efeitos destes esforgos podem consierar-se pouco signi ficativos. Compete, no entanto, a0 autor do projectojulgar da im porténcia relativa de tals efeitos e, quando for caso disso, Considerdlos explicitamente no dimensionamento, Antigo 48.° — Comprimento de encurvadura © comprimento de encurvadura, ¢., a adoptar nas condigdes indicadas no artigo 42.° para o dimensiona- mento de elementos sujeitos a compressdo sera deter: minado de acordo com a teoria da estabilidade elas: tica, considerando as possiveis deformacoes dos elementos, as suas condigdes efectivas de ligacdo, a constncia ou variabilidade da sua seccdo transversal € ainda se s4o carregados axialmente apenas nas extre- midades ou se em diversos pontos do seu eixo. Nas alineas seguintes indicam-se os valores do com- primento de encurvadura a considerar para elementos de secgdo constante em alguns casos mais frequentes: 4) No caso de barras articuladas nas duas extre- midades, considerar-se-a 0 comprimento teérico das barras; b) No caso de barras com apoios de encastra. mento total, € se nao existir possibilidade de translagdo de um apoio relativamente ao outro transversalmente ao eixo da barra, considerar ‘+ -se-d metade do comprimento tedrico da barra; no caso de existir essa possibilidade de movi: mento, considerar-se-d a totalidade do compri- mento tedrico da barra; ©) No caso de barras encastradas numa extremi- dade e livres na outra, considerar-se-a 0 dobro do comprimento tedrico das barras; @) No caso de estruturas trianguladas planas cuja geometria satisfaca ao indicado no artigo 13.°, pode considerar-se, em geral, para comprimento de encurvadura das barras no plano da estru- tura, 0,8 do seu comprimento teérico. Esta disposi¢ao s6 poderd ser aplicada a can- toneiras simples se as suas ligagdes forem efec- tuadas em cada extremidade por um minimo de dois rebites ou parafusos (ou o equivalente em soldadura) numa mesma aba, Para comprimento de encurvadura das bar- ras no plano normal ao plano da estrutura pode considerar-se 0 comprimento teérico das bar- ras; no caso do banzo comprimido de vigas trianguladas, ser4 considerado 0 comprimento entre os nés efectivamente contraventados; No caso de pérticos planos de nds fixos, pode considerar-se, em geral, para comprimento de encurvadura das barras no plano da estrutura, 0,8 do seu comprimento tedrico; no plano nor- mal ao plano da estrutura sera tomado o com- primento tedrico das barras se os nds estiverem convenientemente contraventados. “ Artigo 49.° — Chapas de pecas comprimidas ‘As chapas que constituem pevas sujeitas a compres- so devem possuir espessura suficiente para que nao se verifiquem fenémenos de instabilidade localizados antes de se atingir o estado limite por encurvadura do conjunto. Tal condicdo considera-se satisfeita, nos casos a se- guir indicados, se se verificarem as relagdes ai referi- das entre a largura e a espessura da chapa: @) Chapas reforgadas apenas num bordo (fig. 18): Para \ = 75 Para \ > 75 Ps02da) | | ‘ Fig. 18 b) Chapas com os dois bordos igualmente refor cados (fig. 19) Para ks 7! Para k > 75. 1 SERIE —N.° 174 — 31-7-1986 1897 ©) Chapas com os dois bordos desigualmente versal das travessas satisfaga a condicao teforgados, b; > bz (fig. 20): seguinte: Paras = 75... B15 (1429/2) f38 ee em que: Parax>75 %<0,2 (1 12/8) [2s 1,— momento de inércia da seccdo . oI N ha transversal da travessa em relagao me ' a0 eixo central dessa seccdo, per- a es pendicular ao plano da pega 10 | Im — momento de inércia da seco de \, le L I, cada montante em relacdo ao eixo di t central dessa seccao, perpendi- 4 + | 4 cular ao plano da peca; to 4 Jp momento de inércia da secgao ee conjunta dos montantes em rela- Fig. 20 ¢40 ao eixo principal de inércia, perpendicular ao plano da peca; A distancia entre eixos dos mon- tantes; 4a — distancia entre eixos das travessas, que deve satisfazer @ condigao da alinea a) deste artigo: & — comprimento de encurvadura da pega composta: Nas expressées anteriores fuy deve ser tomado com os valores indicados no quadro | € \ € 0 coeficiente de esbelteza correspondente ao raio de giracAo minimo da secrdo transversal da pega. Artigo 50.° — Pegas compostas comprimidas As ligagoes das travessas aos montan- tes devem garantir um momento resistente © dimensionamento de pecas compostas comprimi- correspondente ao eixo em relagio ao qual das formadas por pertis (montantes) associados por € definido 1; meio de elementos transversais (travessas e diagonais), quando nao for realizado por outros métodos de rigor cientifico devidamente justificado, deverd ser feito de acordo com o disposto nas alineas seguintes: 4) O coeficiente de esbelteza dos trocos de mon- tantes entre elementos transversais consecuti- vos, #1, ndo deve exceder trés quartos do coe- ficiente de esbelteza da peca composta consi- derada no seu conjunto, sendo a o compri- mento de cada trogo de montante € im 0 raio de giragdo minimo da secgdo do montante (fig. 21% b) Os elementos transversais de ligagao devem ser dimensionados do modo seguinte: 1) Se os montantes da peca sio solidariza- dos por elementos formando um sistema triangulado [fig. 21, a)], 0 dimensiona- mento das travessas e diagonais deste sis- tema sera feito considerando um esforgo transverso convencional cujo valor de cal: culo, Tyy nao podera, salvo justifica ser inferior a: 0.014 Ney em que: Nw — valor de calculo do esforgo nor mal_de compressao; — coeficiente de encurvadura cor. respondente & pega composta; 2) Se os montantes so solidarizados apenas por travessas {fig. 21, b)], pode dispensar- “se 0 dimensionamento nos moldes indi- cados no n.* 1) desde que a secgao trans- Fig. 21 1898 3) Se 0 montantes esto distanciados ape- nas pela espessura de uma travessa, no- meadamente no caso de cantoneiras liga das conforme se indica na figura 21, c), © raio de giragdo a considerar no dimen sionamento da peca composta podera ser © correspondente secgdo conjunta dos montantes (relativo ao eixo de inércia mi- nima) desde que seja respeitada a condi- 40 da alinea a) deste artigo e que seja efectiva a solidarizagdo dos elementos ‘No caso de cantoneiras ligadas face com face ou em cruz, sio necessérias, pelo me nos, duas travessas colocadas nos tergos do comprimento da peca em dois planos perpendiculares entre si e ligadas por sol- dadura ou por um minimo de dois rebi- tes ou parafusos a cada cantoneira; se existirem mais de duas travessas, elas se rao colocadas alternadamente em dois pla- nos perpendiculares entre si, devendo a distancia a ser medida sempre entre os ei- xos de travessas contiguas, seja qual for © plano em que se encontrem. Artigo 51.° — Vigas, Generalidades No dimensionamento de vigas observar-se-do as se- guintes disposigdes gerais: @) Para vao tedrico considerar-se-A a distancia en- tre eixos dos elementos de apoio, no caso de aqueles serem bem definidos. No caso de apoios sobre elementos de alvenaria ou de betio, & quando nao se utilizem aparethos que permi- tam localizar os pontos de apoio, as dimensoes das superticies de apoio sera determinadas em funcdo das tensdes admissiveis de contacto dos materiais: 0 apoio teérico a considerar nesse caso sera situado na posigdo correspondente resultante das presses sobre a superficie de apoio. Quando se trate de vigas de pequena impor- tancia apoiadas directamente em elementos de alvenaria ou de betdo, pode tomar-se, em ge. ral, para vao tedrico © vao livre aumentado de $0; 4) Na determinacdo dos esforgos tomar-se-& em consideragao a existéncia de momentos de en- castramento ou de continuidade, na medida em que as disposigdes construtivas previstas os ga: rantam Artigo 52.° — Vigas compostas de alma cheia No dimensionamento de vigas compostas de alma cheia adoptar-se-o disposigdes que eliminem 0 risco de instabilidade da alma e do banzo comprimido, de acordo com critérios baseados na teoria da estabilidade lastica. Para vigas de proporcdes ¢ cargas correntes respeitar- -se-d0, salvo justificagdo, as regras indicadas nas ali- reas seguintes: a) A relacao entre a largura das partes livres dos banzos comprimidos ¢ a sua espessura deve sa- tisfazer as seguintes conuigdes: Ne 174 —31-7-1986 1 SER No caso de banzos com bordos nao reforca- dos (fig. 22): 6s. [ eS ONG, Fig. 22 No caso de banzos com bordos reforcados (fig. 23): Fig. 23 Nas expressdes anteriores fiz deve ser tomado com os valores indicados no quadro 1; ) A relago entre a espessura da alma e a sua altura livre nao deve ser inferior a 0,006; ©) Devem ser colocados reforgos verticais de alma (nervuras) nas seccdes de apoio e nas secgdes em que actuam cargas concentradas fixas portantes, nao sendo necessaria a sua exi téncia em secgdes intermédias quando a relagao entre a espessura da alma ¢ a sua altura livre for superior a 0,014, Quando tal condicao nao for satisfeita, hé que dispor de tais reforcos, cujo espagamento e seccdo devem ser conve nientemente justificados. Artigo 53.° — Vigas de suporte de paredes de alve- naria No dimensionamento de vigas de suporte de pare- des de alvenaria as cargas transmitidas pelas paredes poderao ser reduzidas, atendendo ao efeito de arco na alvenaria, desde que se verifiquem simultaneamente as condigGes seguintes: a) Ser possivel tracar na parede sobre a viga um arco de directriz ¢ dimensdes tais que possa suportar ¢ transmitir aos apoios as cargas que sobre ele actuam sem serem excedidas as ten- sdes admissiveis na alvenaria; b) Ser possivel assegurar a absor do arco io dos impulsos Desde que soja legitimo considerar 0 eftito de arco na alvenaria, pela satisfacdo das condigdes indicadas no artigo, a viga sera entag 1 SERIE —N.° 174 — 31-7-1986 ‘dimensionada para resistir & Mexdo provocada apenas pelo peso da parte da parede subjacente ao intradorso do arco. No caso de pare- ‘des de alvenaria argamassada, poder-se-4 considerar, em geral, um arco parabélico vom fecha igual a dots teryos do vdo iedreo da viga ‘Se'a extensio dos apoios da viga ndo or suficiente para conter (0s apoios do arco, parte da componente vertical das reaccbes deste {erd de ser suportada pela viga, 0 que exigiré uma verificagdo desta 40 esforyo transverso nas seosdes vizinhas dos apoio. [Nos casos em que no existam elementos da propria construgdo capazes de garantir a absoreao dos impulsos do atco, serd necessé- Fig prever dispositivos adequados a esse fim Artigo 54.° — Contraventamentos Os contraventamentos das estruturas principais devem ser dimensionados de modo a resistirem as acgdes exteriores para que so previstos (por exemplo, vento actuando na direcedo transversal a essas estru- turas) € impedirem 0 derrubamento lateral das estru- turas principais provocado por fendmenos de instabi- lidade de conjunto. ‘No caso de vigas trianguladas ou de vigas de alma cheia, os contraventamentos devem impedir a encurva- dura ‘lateral dos banzos comprimidos. Para as primeiras observar-se-4 0 disposto nas ali- nneas seguintes: @) O valor de célculo da forca transversal a viga num dado né do banzo comprimido, a que terdo de resistir os contraventamentos, pode considerar-se, com suficiente aproximacao nos 508 correntes, igual a 0,01 do valor de cél- culo do esforgo de compressio de maior valor das barras do banzo que concorrem no nd. Esta forga deve ser considerada no dimensionamento dos contraventamentos em combinagao com os efeitos das restantes accdes exteriores. Os resultados deste calculo expedito podem, sm certos casos, conduzir a contraventamentos insuficientes, e sera entao necessério realizar imensionamento por métodos mais rigorosos, baseados na teoria da estabilidade eldstica. Esta exigéncia aplica-se, nomeadamente, a vigas cujo vao exceda 30 m; 4) Os elementos de contraventamento que tém como tinica funcdo impedir o varejamento de barras comprimidas no plano da estrutura devem ser dimensionados para resistir, tanto & traccdo como & compressao, a uma forca cujo valor de célculo é 0,01 do valor de cdlculo do esforco de compressdo existente na barra a con- traventar. Artigo 55.° — Aparelhos de apoio Quando for necessdrio utilizar aparelhos de apoio, © seu dimensionamento devera ser efectuado de acordo com critérios devidamente justificados. C — Ligagées Artigo 56.° — Generalidades 56.1 — A verificago da seguranca das ligagdes deve ser feita em relagdo aos estados limites tiltimos de resis- téncia, devendo os valores de cilculo dos esforgos ou tens6es resistentes ser iguais ou superiores aos valores de calculo dos esforgos ou tensdes actuantes, determi 1899 nados estes tendo em conta os critérios estipulados no n° 41.2. 56.2 — Nos casos em que os elementos ligados esto sobredimensionados, as ligagdes devem apresentar, quanto possivel, resisténcia proporcionada com a des- ses elementos. ‘A recomendagdo de dar a uma ligagio, nos casos indicados, resis- tencia superior & imposta pelo célculo destina-se a evitar que sea a ligacdo.a condicionar a resisténcia do conjunto, permitindo, po tanto, 0 aproveitamento do acréscimo de capacidade resistente que resulta de um eventual sobredimensionamento dos elementos ligados devido, por exemplo, a condicionamentos arquitectéaicos. Artigo 57.° — Verificagio da seguranca das ligacdes rebitadas 57.1 — Para a verificagdo da seguranca das ligagdes rebitadas os valores de célculo das tensées resistentes silo 05 definidos no n.° $7.2, devendo os valores de céleulo das tensdes actuantes ser determinados de acordo com as regras da resisténcia de materiais, con- siderando para didmetro dos rebites 0 seu didmetro depois de cravados (igual ao didmetro dos furos) e aten- dendo ao disposto nas alineas seguintes: @) A tenséo de corte nos rebites serd obtida divi- dindo o valor de célculo do esforco de corte correspondente a cada rebite pela sua seccdo, no caso de corte simples, e por duas vezes essa seccéo, no caso de corte duplo; b) A tensio de tracgdo dos rebites seré determi- nada dividindo o valor de célculo do esforco de traced correspondente a cada rebite pela sua secgo; ©) A tensdo de esmagamento lateral (pressao late- ral dos rebites) seré obtida dividindo 0 valor de célculo do esforco de corte correspondente a cada rebite pelo produto do diametro do rebite pela espessura da chapa. 57.2 — Os valores de célculo di em ligagdes rebitadas séo os defi tensOes resistentes los no quadro Mm. QUADRO III Valores de chlculo das tensies resistentes em ligacées rebitadas cone Trt Esmaganens 08 fy ® 03 foa* 2.25 fra ** + aoe de og corerpondete 3 59 done, ge pose ser mao i 40 vor SMALSValor des carenponaei ap theo rsa, no cso de seem wi dos sorte acter ctaeoncie mo es oot Seneca, 57.3 — Deve verificar-se se existe nos elementos lig dos ou nos elementos de ligacao alguma seccdo insufi- ciente para a transmissdo dos esforgos. Em particular, para furos préximos dos bordos de chapas deve verificar-se a condicao: 0.8 Fy ve si em que: Fog — valor de célculo da forga de corte transmi tida pela chapa ao rebite; 1900 a — distancia do rebite ao bordo, definida no artigo 20.°; e —espessura da chapa; fu — valor de célculo da tensio de cedéncia do ago da chapa, indicado no quadro I. 57.4 — No caso de rebites solicitados simultanea- mente por esforcos de corte ¢ de traccao dispensa-se a andlise do estado de tensdo resultante, bastando veri ficar a seguranca separadamente para os esforgos de corte e de tracgao, Artigo 58.° — Verificagdo da seguranga das ligacdes aparafusadas correntes 58.1 — Para a verificagdo da seguranga das ligacdes aparafusadas correntes os valores de cilculo das ten- ses resistentes sd0 0s definidos no n.° 58.2, devendo 0s valores de céleulo das tensdes actuantes ser deter- minados de forma semelhante a indicada para as liga- gies rebitadas no artigo 57.° e tendo em atengao 0 dis- posto nas alineas seguintes: a) Para o célculo da tensdo de corte nos parafu- sos considerar-se-4 a seccéo do liso da espiga; b) Para o calculo da tenso de traccao nos para- fusos considerar-se-4 a secgdo do niicleo: ©) Para o célculo da tensfo de esmagamento (pres- sao lateral dos parafusos) considerar-se-a 0 dia- metro do liso da espiga. 58.2 — Os valores de calculo das tensdes resistentes, ‘emp ligacdes aparafusadas correntes so os definidos no quadro IV. QUADRO IV Valores de cielo das tensées resistentes ‘em ligasoes aparafusadas correntes orfar | 58.3 — Deve verificar-se se existe nos elementos lig: dos ou nos elementos de ligagao alguma secgao insufi- iente para a transmissdo dos esforgos. Em especial, 1 SERIE —N.* 174 —31-7-1986 60s resistentes, determinados de acordo com 0 indicado nas alineas seguintes: 4) No caso de a ligagao estar submetida exclusi- vamente a esforgos que tendem a provocar 0 deslizamento das superficies em contacto, 0 valor de caleulo do esforgo resistente, Tr € dado pela expressao: Tra= Fra Mo Me em que: ke — coeficiente de atrito entre os elemen- tos ligados; Fyy — valor de caiculo do pré-esforgo insta- lado em cada parafuso: np — miimero de parafusos; 7, — niimero de planos de escorregamento; 4) No caso de a ligagdo estar submetida exclu vamente a esforcos que tendem a provocar 0 desencosto das superficies em contacto, 0 valor de calculo do esforgo resistente, Nyy ¢ dado pela expressao: Nau Fut Mp em que os simbolos tém o significado indicado anteriormente; No caso de a ligagao estar submetida simulta- neamente a esforcos dos tipos indicados nas ali- reas a) 5), os valores de célculo dos esforgos resistentes sao dados pelas expressdes: Tra=0 Fre (1 — Fed Mp em que Noa representa 0 valor de calculo do esforgo normal actuante € Os restantes simbo- los tém © significado indicado anteriormente. 59.2 — Os valores do coeficiente de atrito € do pré- -esforgo a adoptar na verificagao da seguranca de liga- des aparafusadas pré-esforgadas devem ser, em cada caso, convenientemente justificados. Nos casos correntes poder-se-ao adoptar os valores especificados nas alineas seguintes: 4@) Valor do coeficiente de atrito para elementos cujas superficies tenham sido preparadas de acordo com 0 indicado no artigo 64.° eos 1 SER. — Ne 174 — 31-7-1986 as qualidades especificadas de materiais a uti- lizar em porcas € anilhas (artigo 10.°), dado pela expressao: My=0,18 d Foa em que d & 0 diémetro nominal do parafuso Antigo 60.° — Verificaglo da seguranca das soldadas ages A verificacdo da seguranca das ligagdes soldadas deve ser efectuada do modo indicado nas alineas seguintes: 4) No caso dos cordées de topo, nao é necessirio comprovar por calculo a sua seguranga desde que sejam satisfeitas na execucdo as condicdes enunciadas nos artigos 11.°, 29.°, 30.° e 31.°; No caso de corddes de angulo, para a verifica ao da seguranga os valores de calculo das ten- S6es resistentes s4o iguais a fis (ver quadro 1), devendo os valores de cdlculo das tensdes actuantes ser tomados iguais a uma tensio de teferéncia dada por: » O54 ny = 214 (olathe 08 ou tae bP em que: sss Tp, Sis 7, sd — Componentes convencio. najs, determinadas pelas regras da resisténcia de materiais, dos valores de calculo das tenses médias referidas seccao bissec tiz do cordao (ax), rebatida sobre o plano de ligagdo dos elementos (tig. 24); a — coeficiente dependente da espessura do cordio. De acordo com a figura 24, « é a componente per- pendicular ao plano de ligagdo, positiva se se tratar de uma tracedo sobre 0 cordao, ¢ negativa no caso con- trério, 7, € a componente tangencial no plano de liga- a0 © perpendicular ao eixo longitudinal do cordao, ositiva se corresponder & tendéncia para afastar 0 cor- dao do seu vértice, e negativa no caso contrario, ¢ 7, € a componente tangencial no plano de ligagao e para: lela ao eixo longitudinal do cordao. valor do coeficiente a seri dado, em fungdo da espessura a (mm) do cordao, pela seguinte expressao: a=08 (1) 1 1901 Nos casos correntes poderd tomar-se para « 0 valor médio de 0,90. No caso de vordbes de topo, considerou-se que, satisfcitas as cor respondentes disposigdes construtivas e as exigehviay de qualidade do metal de adi especificadas no Regolamento, a soldadura nao into ‘dar descontinuidade nos elementes ligados, do que resulla. poder Uispensar-se a verficagdo da seguranga deste ipo de cordoes 1A expressto os wy, wtilizada para a verificagao da sepuratica em cordoes de Angulo, iransforma-se nas expressoes simples seguintes, ‘quando aplicada aos casos mats correntes de Igagdes, € consderanno 00: @) Corddes que realizam a transmissio de um esforge longi tudinal de compressdo.ow de tracy Cordao frontal (fig. 28, a): Cordes laters [fig. 25, by Cordao oblique [Hig. 25, ci =a Vier Cordao oblique e vorddes laterais tig. 25, dl al Cordes obliquos simétricos [fig 25, ei). — Aplicanse. dha formula relativa ao cordio vbligus, substi Papor® (a1 » » ») Fig. 25 1902 1 SERIE — No 174 — 31-7-1986 +h) Cordes que realizam a transmissdo de um esforgo trans: versal [ig 28.) ©, Cordes que realizam a ligacdo entre a alma ¢ o banzo de toma siga de alma chela (fig, 25, 20: Sea

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