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VOLTA REDONDA E DUQUE DE CAXIAS: DOIS MODELOS URBANISTICOS DE IMPLANTACAO DE PROJETOS INDUSTRIAIS. Rachel Coutinho Marques da Silva* Alexandre B. da Costa’ ‘Ana Paula Maggessy"** Elise C. D, Pagnin’ Introdugao Este trabalho tem por objetivo analisar as referéncias urbanisticas que pautaram a evolugao de duas cidades fluminenses, cujos desenvolvimentos estiveram ligados & implantagao de dois grandes rojetos industrais, a Refinaria Duque de Caxias (REDUC) @ a Companhia Siderirgica Nacional (CSN). ‘A implantagao destas indiistrias ez parte dos ideais de mademizacao e diversiticagao industrial do pais, que teve inicio na década de 40 com a politica nacionalista de Getulio Vargas, e continuou na década de 50 com a politica desenvolvimentista de Juscelino Kubitschek (0 projeto urbanistico para Volta Redonda sintetizava 0s ideais de modernizagao do pals, configurando-se em um modelo de cidade industrial a la Tony Garnier. Com a criagao da Petrobras em 1958, teve inicio 0 processo de implantagao das refinarias, e, neste contexto foi construida a REDUC, que seguia um novo modelo de implantagao urbana baseada nos pressupostos do modelo modemista de zoneamento funcional Tanto a implantagdo da CSN na regiéo do vale do Paraiba do Sul, quanto da REDUC em Caxias, seguiram critérios tradicionais de localizacéo industrial, tals como a proximidade aos mercados ‘consumidores e &s vias de escoamento de produgao, disponibilidade de grandes areas e abundancia de ‘Agua, embora os processos produtivos e a propria concepgdo ideolégica fossem diferentes. Volta Redonda surgiu planejada nos moldes de cidade industrial, na qual os objetivos da CSN ‘eram os de gerire controlar 0 espaco da cidade em todos os seus aspectos, proporcionando um elevado padrao de vida a seus empregados. A implantacdo da REDUC, duas décadas depois, se da em um periodo ‘em que 0 Brasil rompia com as base econdmica essencialmente agricola, passando a direcionar os investimentos para a industrializagao sem preocupagao em atender os aspectos socials e trabalhistas a ela relacionados, Ao contrario da CSN, a REDUC permaneceu isolada dentro do municipio de Caxias, n&o ‘se integrando socialmente a cidade, trazendo apenas ganhos econémicos para o Estado. Sua implantagao retletia um novo paradigma urbanistico, no mais baseado no modelo de cidade industrial, mas sim no isolamento e segregagao das atividades industrials no territéro, Tanto Duque de Caxias, quanto Volta Redonda passaram por signficativas mudancas em sua economia © em seu territério; ambas apresentam problemas ambientais e urbanos decorrentes dos ‘espectivos planos de industrializagao, que, em ultima analise, refletem os diferentes modelos de implantagao de projetos industriais e suas respectivas referéncias urbanisticas. Economia e urbanismo no Brasil do século XX © desenvolvimento ‘A passagem do Brasil rural para o urbano comega lentamente com o advento da Reptiblica e a aboligdo da escravidao no tinal do século XIX, porém 56 ganha impeto a partir de 1960. Uma série de eventos politicos e de mudangas econémicas desencadeadas na primeira metade do século, servirao de base para 0 espantoso crescimento urbano que se processard a partir de 1960. No titimo quartil do século, assiste-se nas cidades brasileiras a gestagao da burguesia urbana, que vai se formando nao 56 no Rio de Janeiro e em Sao Paulo, mas também em varias outras cidades brasileiras, como por exemplo, Recife, Belém, Salvador, Juiz de Fora e Porto Alegre? As cidades vao se tornando maiores, mais importantes, © mais receptivas as idéias intelectuais. © pensamento iluminista de Darwin e as idéias positvistas de Spencer e Comte encontram na cidade da virada do século o local perfelto para seu desenvolvimento. A cidade adquire um status cada vez maior na economia brasileira. Nas trés primeiras décadas apds a proclamacéo da Republica, processa-se no pais um rescimento econémico com duas caracteristicas: um répido crescimento industrial e um espantoso aumento das exportagdes devido ao caté. + Pn, PiolessorAjunie PROURE-FAUUERI, _“* Doutorande IPPURIUFRL TV SEMINARIO DE RISTORIA OA CIOADE © DO URGANGMO 149 Com o crescimento da base fabri, mudangas significativas na sociedade, na poltica eno pensamento intelectual urbano vao se processando no pais. Desde 0 primeiro manifesto em favor da industrializagao do pais, em 1882, até a Revolugdo de 30, tem lugar Embates entre os grupos econémicos ‘agrarios e industriais.ocorrem periédicameente, dando inicio a um movimento nacionalista que exige medidas protecionistas para a industria do pais.? Os processos de industrializagdo e modernizagao caminharam juntos. Ambos foram se ‘enfronhando pouco a pouco no terrtério da grande propriedade rural, através das ferrovias e redes de estradas de rodagem. que conectavam 9 interior diretamente as cidades e aos portos.* Além disso, 0 estabelecimento de industrias propiciou bens mais baratos e em maiores quantidades, atondendo as demandas de um numero maior de pessoas, favorecendo, assim, o crescimento populacional. A concentracao dos estabelecimentos fabris em poucas cidades, estimulou 0 crescimento @ a importancia dessas cidades. Assim, a industria e a cidade passaram a exercer um papel fundamental no questionamento dos valores agrérios tradicionais. Dentro do contexto urbano, a industria passa a ocupar um lugar importante e exercer influéncia decisiva na estrutura urbana. Devido a fragilidade © subordinagao da estrutura industrial dentro do quadro s6cio-econdmico predominantemente agricola e mercantil, a produgao industrial tenderé num primeiro momento a se concentrar préxima a uma grande fabrica em tomo da qual se desenvolverdo niicleos urbanos de pequeno porte.” Oliveira descrove esta tendéncia como resultante da crescente divisao social do trabalho nas cidades, promovendo um proceso de industrializagao acoplado ao de urbanizagao. Estes dois processos conjuntos produzirao uma autarcizagéo da produgao industrial, elevando os coeficientes do capital constante a niveis insuportéveis para a formacao de capital industrial. Este fendmeno produziré um espago urbano- industrial durante a Republica Velha, no qual surgirdo as cidades industriais nucleadas por uma grande tabrica ou cidades dentro das fabricas.* Neste periodo a cidade passa a ter importancia no contexto nacional e comega a exercer fascinio nas elites. As idéias urbanisticas passam a fazer parte dos interesses da burguesia urbana e das politicas do Estado. A predominancia da influéncia intelectual francesa {oi diminuindo ¢ aos poucos crescia © interesse pela cultura anglo-saxénica. As idéias ortodoxas de Comte foram cedendo espaco para 0 positivismo de Spencer. Nas artes e na literatura crescia a influéncia inglesa ¢ americana. Esta ultima ‘aumentou significativamente no primeiro quartil deste século devido aos crescentes lagos comerciais entre Brasil e os Estados Unidos.” A medida em que a influéncia norte-americana aumentava, crescia também 0 interesse do Brasil em se posicionar como uma grande nagao perante o mundo. Um grandioso programa de relacdes exteriores foi montado para que o pals assumisse a lideranga politica na América do Sul. A burguesia urbana pressionava cada vez mais 0 Estado para que adotasse um ritmo rapido de modernizagao. O Brasil precisava se apresentar como uma nagao modema e de economia dinamica ‘0 urbanismo das cidades brasileiras fundadas na Primeira Republica, e também 0 das intervengdes urbanas, é emblematico dos ideais positivistas de ordem e progresso, cujo objetivo era marcar a importancia da construgdo urbana num Brasil que era ainda predominantemente rural. A criagao de Belo Horizonte (1890-1892) e 0 plano de reforma urbana de Pereira Passos (1902-1906) entre outros, mmaterializaram na cidade estes ideais, sendo que este ultimo marca o surgimento de um novo enfoque urbanistico para as cidades brasileiras: a do urbanismo monumental de cunho estético-vidrio." ‘Assim, até a década de 20, apesar dos esforcos de modernizacdo e de industrializacao, 0 pais ainda permanecia atrelado aos interesses econémicos de uma oligarquia rural, que, através do paternalismo politico, aificultava o crescimento da industria nacional, aumentando grau de dependéncia a0 capital estrangeiro. En 11930 - 1945) Q ano de 1922, além de ser um marco no movimento artistico nacional, pode também ser considerado um marco no cenério econémico e politico nacional. Os intelectuais brasileiros, que sempre tiveram um papel importante na formagao da opinido puiblica, comegam, durante a década de 20, a articular novas idéias e importam da Europa as mais recentes inovagdes nas artes e literatura. © movimento modemista brasileiro utiliza a Semana de Arte Moderna de 22, para enunciar os principais conceitos do modernismo brasileiro. Uma das principais preocupagdes do modernismo era 0 estabelecimento de uma identidade nacional com o enfraquecimento da influéncia estrangeira. O impacto deste movimento logo se | SEMINAR DE HISTORIA OA CIDADE EDO URBANO 180 {ez sentir além da esfera das artes plésticas, estabelecendo-se novas formas de expresso, novos estilos literarios, musicais ¢ arquiteténicos, e novas bases para a sociologia , a histéria e a antropologia brasileira? partir de 1922, varios setores da sociedade mostram-se insatisteitos com o regime republicano. Esta insatistagao influencia a opiniao pablica e ganha coro junto aos militares, que desde a 1® Grande Guerra estavam descontentes com os govemos civs. Os intelectuais declaram seuinconformismo com a dependéncia estrangeira; a igteja catélica anuncia sua opgao pelos pobres e pelo nacionaiismo; os miltares iniciam sou protesto concreto contra 0 governo; e o partido comunista anuncia um programa de mudangas radicais. O cenario foi aos poucos sendo montado para o golpe militar que resultaria na Revolugao de 30 ¢ no estabelecimento de uma nova ordem politica no pais." Com a Revolugao de 30 veio o fim da hegemionia agrério-exportadora do calé, ¢ tem inicio a preponderancia das atividades industriais na economia brasileira."* E importante ressaitar que, a partir de 30, o Estado nao regulou somente a forca de trabalho, mas interviu também em diversos mercados, regulando precos, reformulando a politica fiscal e de comércio. exterior com novas taxagGes e subsidios, de modo a proteger a industria nacional, e garantir a lucratividade dos novos setores recém-instalados. A incipiéncia da industrializagéo foi fruto de uma base capitalista pobre que impediu a expanso em niveis mais elevados. Entretanto, é inegével que o eslorgo empreendido pelo Estado brasileiro para garantir as condigSes da acumulagdo se deu em um patamar diferente daquele que serviu a oligarquia cafeeira. ‘As novas politicas econémicas vieram acompanhadas de um processo de reorganizacao administrativa que capacitou o Estado cumprir com as novas obrigagées assumidas frente a industria. A modernizacao da maquina administrativa se deu nas reas financeira, monetdria, de pessoal e na criagéo de novas insttuigSes capazes de conduzir com mais eficécia as poliicas governamentais. Também nos setores de financiamento do préprio Estado e na abertura de canais de financiamento para a industria foram criadas érgaos especiticos, assim como foram criados instituigSes e comissdes corporativistas para a regulacao da atividade privada (café, agicar). ‘Além de todos os mecanismos de controle ¢ incentivos para a industria, o Estado também interviu diretamente na produgao, criando empresas estatais respondendo as necessidade de alguns setores basicos ou estratégicos. Foram constituidas a Companhia Siderirgica Nacional em 41, a Companhia. Vale do Rio Doce em 42, a Companhia Nacional de Alcalis e a Fabrica Nacional de Motores em 43 e a Companhia Hidrelétrica do Sao Francisco em 48. Pode-se afirmar que as estatais criadas foram a base de um periodo posterior de industrializacao pesada.'® Além disso, a Constituigdo de 37 impedia 0 capital estrangeiro de manter controle sobre as reservas de riquezas naturais. ‘Opetréleo foitalvez a principal bandeira do movimento nacionalista durante o governo Vargas. ‘Accriagao da Conselno Nacional de Petréleo em 1938, da inicio a prospeceao do petréien: porém, a Petrobras ssomente seria criada no segundo govemo Vargas em 1953, para exercer o monopéleo sobre a exploragao de petrdleo, Uma outra importante reinvindicacao dos nacionalistas foi a criagao de uma companhia nacional para a siderurgia. Neste caso, como também no do petrdieo, os militares juntaram-se aos nacionalistas na ressao pelo estabelecimento da industria sidenirgica de base estatal, que consideravam de importancia estratégica para 0 pais. Em 1940, tem inicio 08 primeiros projetos para a construgao da usina siderirgica, com a formagao no ano seguinte da Companhia Sidertrgica Nacional. Volta Redonda, no interior do Estado do Rio de Janeito, foi a cidade escolnida para sediar a usina, a qual entrou em operagao em 1946. Tanto a industria do petroleo quanto a sidenirgica, tomaram-se os simbolos da industrializagao durante 0 periodo Vargas. De fato, ambas marcam uma nova fase no processo de industrializagao no pals, ue se reflete em ntimeros expressivos de crescimento industrial. Pode-se airmar que, a partir de 1940, 0 Brasil entra em um novo patamar de desenvolvimento econémico no qual a industria ullrapassa a agricultura @ pecudria em valor de produgao. Da mesma forma, a economia nacional deixa de ser dependente da exportagdo de produtos agricolas. ‘A aceleracao do proceso de industrializagéo durante a era Vargas estimulou 0 crescimento Urbano assim como 0 crescimento do proletariado e da ciasse média. A importancia do planejamento de ‘cidades para este governo, fica representada na criagao de uma nova capital do estado de Goids em 1937, a cidade de Goiania. Entre 1930 ¢ 1950, a industria passa a oxercor um papel fundamental na economia nacional. ‘Até 1930, com a primeira fase da industrializacdo, as tébricas desenvolvern-se no interior das cidades, e ao formando bairros fabris e operarios. Apos 1930, a oppo do Estado pelo desenvolvimento de industrias de base levou ao surgimento dos primeiros decretos regulamentando a localizagao das industrias, tentando IT'SEuINARO De HISTORIA DA GIDADE & 00 URGANISNO 757 estabelecer zonas industriais em determinadas 4reas fora do perfmetro urbano, porém préximas aos mercados consumidores e aos grandes eixos de transporte. No caso do Rio de Janeito, datam de 1937 as primeiras medidas disciplinadoras para a localizagao de indistrias, através de decreto que estabelece uma politica de zoneamento urbano com determinagdo de zonas industriais. Apesar do decreto, 0 processo de implantacao industrial ndo segue necessariamente as diretrizes do plano de zoneamento."® © urbanismo do periodo Vargas tentava traduzir nas cidades novas ou nas existentes, 05 ideais de modemizago industrial centrado no trabalho e no controle politico do territério. A base trabalhista urbana, fundamental para a sustenta¢o politica do governo Vargas o da revolugdo, tinha que ser atendida ‘em suas demandas. Porém, a massa trabalhadora precisava também ser controlada. Assim, 0 urbanismo tinha que atender aos interesses muitas vezes contlitantes do capitalismo industrial e do trabalho. A economia brasileira do pés-guerra A partir do pés-guerra, o pais entra numa fase de industrializagao pesada, gragas em parte, as condigdes criadas na etapa anterior: um mercado consumidor interno em crescimento, politicas protecionistas para a industria e investimentos estatais em infra-estrutura e insumos basicos. Entre 45 ¢ 55, comegaram a operar alguns dos empreendimentos estalais iniciados nos anos 40 e persistiu a protegao 20 mercado interno apés um periodo curto de liberalizagdo de importagdes (45-56). Em tormos gerais, © Piano SALTE concebido em 48, resumia a politica econdmica do governo Dutra e estabelecia em detalhe Os projetos de investimento estatal nas dreas de sauide, alimentagdo, transporte e energia, atendendo a algumas necessidades basicas de intra-estrutura, Entretanto, nao previa uma diversificagao do parque industrial, nem a expansao das estatais jd criadas, representando um recuo, se comparado as inverses {eitas no period anterior. Por estar baseado numa estrutura financelra precaria, pouco do planejado foi efetivamente realizado até 52, quando foi praticamente abandonado. © segundo Governo Vargas Durante a primeira metade dos anos 50, a atuagao do Estado visava uma expansao do setor de bens de produgao que sustentasse uma industrializacao mais equiliorada. Dentro deste contexio devem ser compreendidos os grandiosos empreendimentos estatais, como a criago da Petrobras, os esforgos ara por em operagao a CSN, a Alcalis e ainda os incentivos 4 CVRD, criados pelo primeiro governo Vargas. Esse conjunto de inversdes atendia a uma conjuntura econdmica especifica. Desde os anos 30, a inddstria brasileira vinha apresentando um crescimento acelerado, chegando a um patamar que requeria para sua continuidade a disponibilidade de bens de capital e de produgdo, cujo suprimento nao era atendido pelos paises capitalstas centrais. A mesma conjuntura intemacional, que num deterrrinado momento taciitou © crescimento nacional, imounha agora limites a este desenvolvimento, partir de 50, 0 aparato governamental montado desde a década de 30, apesar de remadelado, fica em segundo plano. A empresa estalal, apoiada pelo recém-criado BNDE , ditere do aparato estatal por sua autonomia e aparece como elemento fundamental da ago governamental. O planejamento continuou centralizado, mas escapou da burocracia, através das comiss6es setoriais num padréo que foi reconhecido como sendo caracteristico do govemo JK, mas que jé era utlizado no Governo Vargas. © periodo Juscelino Kubitschek Entretanto, existiu uma diferenga essencial entre 0 segundo governo Vargas © 0 periodo Juscelino Kubitschek (JK). Com relagdo aos capitals extemnos, Vargas se pautou muito no endividamento com bancos oficiais estrangeiros, operando menos com investimentos diretos de multinacionais, como seria caracteristico na fase seguinte. ‘A guinada do governo JK em relagao ao governo Vargas pode ser vista através de uma mudanga estratégica nos rumos do desenvolvimento do pais, quando o enfoque passa a se centrar numa expansao sem precedentes no setor de bens de consumo durdveis e em uma maior diterenciagao industrial. Nesse periodo, instalam-se as industrias automobilisticas, de construcéo naval, material elétrico pesado e outras indUstrias de bens de capital. Ao mesmo tempo, expandem-se algumas indUsias basicas como a siderurgia, metais néo-ferrosos, quimica pesada, petréleo, papel e celulose. iV SEVINARIO DE HISTORIA DA CADE EDO URGANGWO 182 A estratégia, no entanto, teve como base uma “divisao de tarefas” articulada polo Estado, entre 0 capital estrangeiro, o capital privado nacional e as empresas estatais. Um dos méritos dessa estratégia foi justamente ter conseguido unir e proteger os intaresses do capital privado nacional em conjunto com a penetragao do capital estrangeiro. Essa protegao consistiu na concessao de incentives para a expansao de alguns ramos fornecedores, @ por essa razao, arliculadas ao capital estrangeiro, como foi tipico na industria de autopegas e nas montadoras de automévois, Outro setor preservado & industria nacional fol o da construgao civil e pesada que, juntamente com o setor de bens de consumo nao-duréveis - onde a empresa nacional a tinha grande partcipagao - beneficiaram-se da elevada expanséo da demanda

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