Levine Fallengrace

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Levine Fallengrace

Pessoas na história:
Belkine Fallengrace - Mãe
Malxius Fallengrace - Pai
Elluin Kearel - Um dos artistas da caravana
Asher - Amigo
Wilton - Bardo prefeito de Aestus

Nascida em Aestus, de uma longa linhagem de tieflings ligadas a Lilith, cresceu


ouvindo sua família repugnando sua herança infernal. Principalmente sua mãe, que tentou
ao máximo criá-la baseada em suas altas expectativas. A família tinha boas condições,
então desde muito pequena foi colocada nas melhores escolas da cidade. Sua mãe tinha
um plano elaborado sobre quais passos Levine deveria seguir para se tornar uma
acadêmica de sucesso.

Nada disso satisfazia a garota, as aulas eram chatas e os únicos momentos de


alegria vinham das aulas de arte, principalmente as de música. Mesmo que o material das
aulas fosse focado muito mais em teoria musical do que realmente na prática, ela ainda
conseguia se divertir. O que Levine não esperava era que em uma dessas aulas, o prefeito
Wilton apareceria para assistir. Mesmo com a professora protestando contra a ideia, ele
ainda insistiu que gostaria de ver uma apresentação.

Após uma apresentação desastrosa, o prefeito disse que praticamente nenhuma das
crianças parecia ter alguma centelha de paixão pelo que estavam fazendo, saindo em
seguida. Levine passou um bom tempo remoendo aquelas palavras, aquela aula era uma
das únicas coisas que a trazia felicidade e agora além de ter falhado em cumprir as
expectativas de sua família, também conseguiu falhar com as expectativas do próprio
prefeito.

Mas o prefeito retornou pouco menos de uma semana depois, e aparentemente


mais animado do que a primeira vez. Ele chama todas as crianças para o pátio, onde havia
uma enorme caravana de artistas que haviam acabado de retornar de uma ilha vizinha atrás
de novos talentos. Levine ficou admirada, em grande parte com os espetáculos, mas ainda
mais com a informação sobre a caravana. Ela se aproxima de um homem com roupas muito
chamativas e começa a perguntar se ela poderia ir com eles na próxima vez que eles
partissem para a ilha. No começo o homem pareceu meio relutante no começo, mas disse
que caso ela conseguisse uma autorização de seus pais, poderia se encontrar com ele no
porto e embarcar no próximo navio, em 3 meses.

Por mais que sua família tentasse ao máximo tirar a influência de sua herança
demoníaca, a menininha parecia ter certa aptidão em esconder algumas de suas intenções,
além de ter uma língua muito afiada e não pensar duas vezes antes de ofender alguém que
a ofendeu primeiro. Então, durante aqueles 3 meses acabou pensando em como teria que
enganar não apenas seus pais, mas também a escola e até mesmo o próprio homem que
ofereceu a viagem.
Após 3 meses, Levine chegou ao porto com duas autorizações, a que seu pai havia
assinado esperando que fosse para uma viagem para a cidade de Síriso, e a que ela
realmente queria, permitindo que ela fosse com a caravana. A primeira vez que ela chegou
na ilha de Emberina foi mágico para a garotinha, ela estava acostumada com o ambiente
urbano então ver mais plantas do que pessoas ao redor realmente foi algo surpreendente
Ela tentou ficar próxima daquele homem que a permitiu vir, descobrindo que seu nome era
Elluin. Em algum momento ele precisou se afastar para organizar as coisas para o evento
que ocorreria nos próximos dias, então Levine ficou por si só.

Acabou saindo para explorar um pouco, aproveitou para conhecer algumas pessoas,
entre elas, um garoto que parecia morar no meio da floresta daquela ilha, chamado Asher.
Os dois passeavam juntos pela floresta, assistiam as audições, se tornando praticamente
inseparáveis durante aquela semana que ela passou na ilha. A experiência foi tão divertida,
que durante a volta Levine perguntou a Elluin se ela poderia continuar voltando para a ilha
com eles.

Durante 7anos, a menina seguiu indo para aquela ilha a cada 3 meses, usando essa
viagem como um jeito de aliviar a tensão de ter que seguir os planos de sua mãe. A
proximidade entre Levine e Asher aumentou cada vez mais, mesmo que no fundo ela
achava meio confuso como ele sempre cheirava como torta de morango mesmo andando
no mato o tempo todo.

Infelizmente, seus pais acabaram descobrindo a mentira, mesmo que tenha


demorado para isso acontecer. As notas de Levine estavam caindo e tiveram que checar
seu histórico, a diretora decidiu checar com os pais como estava a condição de Levine, já
que a menina disse a seus professores que ficaria longe por problemas de saúde. Após a
descoberta, Belkine ficou possessa, e decidiu que sua filha não merecia mais sua liberdade.

Durante os próximos 4 anos, Levine foi obrigada a estudar em casa, e os


empregados da casa tinham ordens expressas de sua mãe para impedir a garota de sair
custe o que custar. A garota aos poucos se recusou a sair de seu quarto para comer, ou
mesmo a tocar na comida trazida pelos empregados. Não havia mais nada que trouxesse
alegria a Levine, e ela parecia já ter aceitado seu destino quando ouviu sua mãe discutindo
do lado de fora de seu quarto. Belkine dizia com afinco para um de seus empregados que
se tudo desse certo, ela e seus aliados conseguiriam finalmente se livrar daquele maldito
bardo, e isso fez o vazio no peito de Levine começar a ser preenchido pela raiva.

Naquela noite, ela esperou todos dormirem e abriu a janela de seu quarto pela
primeira vez desde que foi trancafiada. Com dificuldade conseguiu se esgueirar para longe
da propriedade Fallengrace, e seguiu o mais rápido que seu corpo mal nutrido conseguia
aguentar até a casa do prefeito Wilton. Ao ver a garota desesperada e ofegante, ele permite
que ela entre e após Levine conseguir recuperar seu fôlego, explicou as coisas que havia
ouvido de sua mãe. Wilton agradece a iniciativa e diz já ter noção de que tem uma oposição
bem intensa. Ele diz então se lembrar dela, de quando havia visitado a escola há 11 anos
atrás, que ela foi uma das poucas que ele viu arder com o entusiasmo, mas que ela parece
ter perdido seu brilho.
Levine explica a situação, como os últimos 4 anos haviam sido difíceis, mas que ela
não poderia deixar sua mãe maquinar contra ele assim sem que ele soubesse e tivesse
como reagir. Após ouvir a história completa, Wilton se levanta e vai até uma estante
próxima, do qual pega uma flauta de pã e a entrega para a garota. Dizendo que o
combustível ainda estava correndo, ela só precisaria reacender sua centelha, e que caso
ela precisasse, ele teria uma ideia de um lugar para ela ficar.

Durante os próximos meses, Wilton pediu para alguns amigos acolherem a garota
enquanto ela tentava se redescobrir e encontrar algo que pudesse trazer de volta a
felicidade que ela sentia enquanto estava naquela ilha. Acabou que o único amigo de Wilton
que aceitou não era ninguém menos que Elluin, que ficou muito surpreso em ver a garota
novamente, mesmo que não tivesse mais o brilho no olhar que ele estava acostumado. Ela
acabou contando a verdade para ele, e mesmo ele ficando meio chateado, resolveu
ajudá-la.

Passaram mais alguns meses praticando juntos. Elluin não só era um dançarino,
como se lembrava de às vezes olhar para a plateia durante suas apresentações em
Emberina e ver a garotinha completamente hipnotizada, então a escolha de ensinar a
garota a dançar foi praticamente instantânea. Após mais um ano de treino, ela finalmente
estava voltando a ser ela mesm, e Elluin sugeriu que talvez fosse hora dela voltar para
Emberina, mas dessa vez realmente como parte de sua caravana.

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