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Quadro Clínico:
● 24% casos entre 19-50 anos, 37% 51-70, 37% >70 anos
● 5% críticos, 25% casos com sintomas severos, 46% sintomas leves. 7% totalmente
assintomáticos, 10% sintomas inespecíficos, 7% com poucos sintomas -
portanto ¼ dos pacientes com quadro clínico muito leve e inespecífico.
● Febre é sintoma mais comum, em seguida tosse e dispneia
● Pacientes costumam necessitar de internação no dia 7-8, e no dia 10 precisar de CTI
● Internação em CTI dura entre 14-21 dias
Imagem:
- Rx não ajuda muito
- TC: infiltrado em vidro fosco principalmente periférico, espessamento pleural, linhas
B confluentes, consolidações centroméricas
- Eco à beira leito com linhas B
Antibioticoterapia:
● Coinfecção com Influenza não é comum. Presença de outros vírus respiratórios
(exceto rinovírus, que tem coinfecção comum) torna diagnóstico de COVID menos
provável.
● Infecção bacteriana secundária é comum, portanto pode ser considerado ATB
empírico - acaba sendo usado na maioria dos pacientes
Insuficiência Respiratória:
● Em pacientes com necessidade de suporte ventilatório, há hipoxemia grave sem
hipercapnia significativa
● Complacência pulmonar (em relação a outros casos de SARA) não é tão ruim,
provavelmente acima de 50%
● Ideal é não tentar cateter nasal ou VNI → intubar direto
● Se saturação <94% com sinais de esforço → intubar
● Se sat <94% sem esforço → gasometria arterial
○ Se paO2 >75: cateter nasal
○ Se paO2 63-75: máscara com reservatório
○ A vantagem de intubar direto é evitar disseminação de aerossol: COVID fica
por várias horas (até 48h) no material. Portanto ABRAMED recomenda
intubar direto
○ Porém na falta de ventiladores, como na Itália: em casos que podem ir para
VNI, usar o helmet
Intubação Orotraqueal:
● Cetamina e lidocaína mais usados
● Sequência rápida com bloqueio neuromuscular
● Ventilar apenas depois do cuff insuflado
● Não usar estetoscópio, somente capnografia (no mundo ideal)
● Se precisar desconectar, usar EPI e clampear o tubo
● Volume corrente 6ml/kg | PEEP >5 | Pressão de platô <30
○ Se piora (P/F <200): aumentar PEEP (comum deixar em 12-13), bloqueador
neuromuscular
○ Se piora (P/F <150): prona
○ Se P/F <80: considerar ECMO
Ajuste de PEEP → na Itália, PEEP empírico entre 13-15 em quase todos os pacientes
Alvo: PaO2 55-80mmHg ou Sat 88-95%
Acometimento cardíaco:
● Componente de miocardite é comum
● Elevação de troponina, arritmias
● Derrame pericárdico → pacientes com acometimento cardíaco podem precisar de
ecografia à beira-leito
● Comprometimento cardíaco aumenta muito a mortalidade, há morte súbita com
frequência
Óbito:
● 30% morrem por insuficiência respiratória, porém 53% dos óbitos têm componente
respiratório e cardíaco associado
● CIVD → D-dímero alto é preditor de mortalidade. Italianos estão anticoagulando
todos os pacientes com D-dímero muito alto (controverso)
● Profilaxia TVP para todos os pacientes
Terapias farmacológicas:
- Nada tem muita evidência…
- Cloroquina: somente dados in vitro
- Remdesivir sem evidência
- Kaletra - estudo pequeno não mostrou nenhuma evidência
- Nenhuma evidência para vitaminas
- Corticoides → usados num cenário de perfil inflamatório muito exacerbado (PCR
muito alta), porém uso controverso
EPI:
● Óculos de proteção, avental
● N95 → o ideal seria trocar após cada dia de trabalho
● Escudo facial protege mais
● Remover ornamentos
● O ideal é retirar calçado e roupa ao chegar em casa
● Limpar crachá e celular com frequência