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TÓPICOS ESPECIAIS I - CRIMINOLOGIA CRIME E PUNIÇÃO

2.º Bimestre

ALUNO (A) MATRICULA

ANTHONY LUIGGY CACHATORI 12508918


GALVANI

DANIELE YOSHINAGA FAE 8113438522

GIULIA VIANNA LIMA MUGGIATI 12565920

TURMA: 9 ENA
PROFESSOR: FLÁVIO BORTOLOZZI

INSTRUÇÕES PARA O TRABALHO:


1. A equipe deve ler o texto 1, obrigatoriamente.
2. A equipe deve escolher qualquer artigo/capítulo disponibilizados nas demais publicações (escolher
com base na temática que melhor interesse à equipe!).
3. Desenvolver um texto argumentativo, tratando do tema central do artigo selecionado (ítem 2,
acima) estabelecendo um diálogo com a relação entre mulher e sistema penal (tema do texto 1)

A criminologia feminista aborda, principalmente, à diferenciação da


criminalidade em relação ao gênero. A criminologia tradicional é voltada a uma
perspectiva masculina, ignorando a presença da mulher. Tal fato de reflete
diretamente no Direito Penal, que não é adequado para tratar questões como violência
doméstica e sexual. É nesse cenário que surge a necessidade da criminologia sob
ótica feminista. Conforme demonstrado no texto “Poder punitivo e Feminismo”, a
criminalização da violência contra a mulher deu início ao que se pode chamar
criminologia feminista, já que, ao contrário de outros países, no caso do Brasil, tal
política criminal se deu a partir de reivindicações de proteção de grupos vulneráveis,
nesse caso, as mulheres.
Ademais, grandes marcos do debate sobre criminologia feminista marcaram a
evolução desse estudo, como no caso do artigo de Vera de Andrade intitulada
“Sistema de justiça penal e violência sexual contra as mulheres: análise de
julgamentos de crimes sexuais violentos em Florianópolis na década de 80” (1996-
1998).

O que se analisa a partir dessa ótica é que o sistema penal é desigual em


relação a vítimas mulheres e autoras dos crimes. Ainda, mesmo com a evolução de
marcos legais, como a Lei Maria da Penha (Lei n° 11.340 de 2006), o Poder Judiciário
não se mostra eficaz em garantir direitos mínimos as vítimas de violência doméstica.

É notório a dificuldade em que o poder publico possui, em especial o setor de


segurança pública, em lidar com as questões em que existe o fator feminino incluso,
a demora dos responsáveis em perceber o martírio sofrido por grande parcela das
mulheres no território brasileiro foi essencial para que o ordenamento jurídico
continuasse precário, sendo necessário um esforço enorme para que a lei Maria da
Penha fosse promulgada, lei essa que possui o nome de uma mulher que sofreu
abusos severos de seu cônjuge e hoje em dia é “homenageada” com seu nome na lei
que entrou em vigor em 2006.

Anteriormente a letra da lei, a violência contra a mulher era considerada crime


de menor potencial ofensivo, mesmo que houvesse ocorrido diversas vezes, o
agressor dificilmente era responsabilizado. A parte mais complexa dessa maneira de
violência, decorre exatamente do tipo do ato em que é cometido, normalmente em
casa, onde não há testemunhas, e a vítima automaticamente traz para o seu
subconsciente que a responsabilização do agressor, que é muitas vezes o arrimo de
família, e que vive no mesmo ambiente que ela, pode ser mais prejudicial do que
continuar sofrendo com essas agressões físicas e morais, porem, é necessário que
essa ideia seja combatida, pois, é direito garantido pela mesma lei, toda e qualquer
assistência necessária para a mulher que passa por esse trauma, inclusive lhe é
garantido a casa-abrigo, espaço sigiloso que garante a integridade física e psicológica
das mulheres e de seus filhos menores de 18 anos, que passam por situação de
violência e risco de morte, todos esses anteparos são pautados conforme os princípios
e as diretrizes da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), sendo assim, a mesma
não sofrerá da maneira que pensa, toda a ajuda necessária para que ela tenha o
mínimo de dignidade e segurança vão ser providas automaticamente.

O combate a violência, seja ela de qual espécie for, deve ser combatido
diariamente, a conscientização é peça fundamental para que o medo não impeça de
que as políticas públicas consigam alcançar os que precisam, e é importante a
publicidade dos casos em que se foi feita a justiça da maneira correta, para que
possíveis vitimas consigam criar coragem e força para combater seu martírio diário.
É imprescindível que a mulher se sinta segura, e conheça todos os seus direitos
relativos ao que a LMP propõe, e confie nessa rede que salvaguarda a vida das
mesmas.

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