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RIO DE JANEIRO
JUNHO / 2023
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
RIO DE JANEIRO
JUNHO / 2023
FICHA CATALOGRÁFIA
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
ENGENHARIA ELÉTRICA
________________________________________
Prof. (Edisio Alves de Aguiar Junior)
ORIENTADOR
________________________________________
Prof. (Nome do professor avaliador)
Afiliações
________________________________________
Prof. (Nome do professor avaliador)
Afiliações
________________________________________
LARYSSA ALVES ROSETE FERNANDES
Rio de Janeiro
AGRADECIMENTOS
Gostaria de agradecer a Deus, porque sem a Sua graça certamente eu não teria chegado
até aqui, Ele foi uma peça fundamental para que não só essa pesquisa, mas toda a graduação
fosse concluída, muito obrigada.
A meus pais, Waldeni e Sandra, por todo apoio, incentivo e orações, vocês fazem parte
desta conquista.
Ao meu grande companheiro de anos, meu esposo Jonathan, por toda compreensão,
carinho e incentivo, e ao nosso filho, Ezequiel, por me inspirar a ser a melhor versão todos os
dias, como mãe e profissional. Quero sempre ser um bom exemplo para vocês e certamente
poder ver indo muito além do que eu já fui.
Em especial, dedico esta pesquisa a minha avó Maria Rosa (in memorian), que tanto se
alegrou nas minhas conquistas, pelas orações e por todo zelo e cuidado que recebi.
Agradeço aos meus amigos conquistados durante a graduação e na vida, pela motivação,
conselhos e amparo que influenciaram nesta jornada, foram muitos desafios, choros e
dificuldades vencidas, certamente vocês foram uma parte muito importante nos últimos tempos.
Ao meu querido professor e orientador Edisio Alves Junior, pelo tempo investido nesta
pesquisa, por acreditar na minha proposta de trabalho e por ter sido um dos melhores
professores durante a graduação, seu exemplo de carreira e influência como docente acadêmico
certamente me levarão a muitas salas de aula futuramente.
Por fim, agradeço a Universidade Veiga de Almeida, e a todo corpo docente que
trabalharam com excelência e muita dedicação.
“O objetivo desta instrução é o amor que procede de
um coração puro, de uma boa consciência e de uma
fé sincera” (1 Tm 1:5)
RESUMO
O Brasil ainda apresenta um elevado número de acidentes de trabalho, muitos dos quais
resultam em morte ou incapacidade permanente para o trabalho. Vários fatores podem explicar
essa realidade, incluindo um entendimento imaturo da aplicação das regras de segurança pré-
trabalho, trabalho e pós-trabalho. No que diz respeito aos acidentes de trabalho em instalações
elétricas, o quadro não é muito diferente, pelo que este trabalho pretende contribuir para a
discussão sobre a aplicação das normas de segurança às instalações elétricas. Os riscos de lesões
elétricas não se limitam apenas às pessoas que trabalham no campo, mas também a quem utiliza
eletricidade no seu dia a dia, ou seja, o choque elétrico é um tipo de lesão que pode acontecer a
qualquer pessoa, na sua vida cotidiana. Este tipo de risco pode ser reduzido ou atenuado pelo
usuário ao utilizar a eletricidade de forma segura. O risco também pode ser neutralizado
seguindo as normas técnicas, conhecidas como NBR’s, o dimensionamento correto dos
componentes presentes nas instalações elétricas e também a aplicação correta das NR’s, que
são as normas de segurança. Para tanto, foi realizada extensa pesquisa bibliográfica em bases
de dados eletrônicas, resultando em um grande número de textos sobre o assunto e suas
interconexões. Trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica, permite explicar e discutir o
tema partindo de referências publicadas em trabalhos acadêmicos como artigos, livros,
dissertações, teses, dentre outros. Conceitos práticos são ilustrados por um estudo de casos
residenciais, onde são analisadas situações físicas reais de instalações elétricas.
1 INTRODUÇÃO
Hoje, para interagir com qualquer sistema elétrico, é necessário o conhecimento prévio
das normas que estabelecem os requisitos para o diagnóstico e avaliação de uma
instalação. Visa identificar condições de perigo, deterioração física, uso indevido e outras
situações que aumentem a probabilidade de risco às pessoas e seus bens ( Carlos e Campos,
2013 ); É por esta razão que existem requisitos de segurança, a nível nacional, definidos no
Decreto Supremo n.º 024-2016-EM. Regulamento de Saúde e Segurança do Trabalho em
Mineração ( Ministério de Energia e Minas, 28 de julho de 2016 ) e na Resolução Ministerial
nº 111-2013-MEM-DM. Regulamentos de Saúde e Segurança no Trabalho com Eletricidade
(MERINO,2013).
A consciência do problema é uma deficiência que ainda existe e que pode ser focada
nos dois estados iniciais das fases de aprendizagem: incompetência-inconsciente e
incompetência-consciente ( Sobrino, 2013); ou seja, nos trabalhadores que desconhecem os
danos que podem sofrer e nos que ainda não sabem como controlá-los. Ao não ser informado
sobre o problema, qualquer trabalhador da indústria, em geral, fica exposto a riscos elétricos
com grande potencial de causar danos. No entanto, esses perigos podem ser identificados como
condições abaixo do padrão. Atualmente, melhorias na segurança exigem o atendimento de
condicionantes ligadas a custos, burocracia nas empresas, comprometimento, interesse da alta
administração, entre outros; Infelizmente, muitas vezes espera-se que a lesão ou morte de um
trabalhador seja adotada pela condição mais segura na instalação para o funcionário.
Sobrino (2013) menciona que a melhoria contínua e sua aplicação podem solucionar os
problemas esperados e a gestão dos riscos potenciais, tendo em vista que é um ciclo que deve
ser constantemente repetido. Da mesma forma, Niebel e Freivalds (2009) destacam que os
acidentes são o resultado de uma sequência de eventos causados por múltiplos motivos. Por
outro lado, no que diz respeito à teoria da causalidade de Bird, é importante indicar que sua
finalidade é neutralizar os efeitos destrutivos de perdas potenciais ou reais, que são
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Muitas famílias vivem em prédios, como exemplo os prédios verticais, onde cada
família mora em um apartamento desse prédio. Estes apartamentos estão localizados um ao lado
do outro com distâncias curtas. Por isso é de extrema importância cuidar das instalações
elétricas dos prédios, pois um acidente que aconteça em determinado apartamento pode
acarretar outro acidente em outro apartamento ou até mesmo no prédio como um todo, podendo
gerar um efeito dominó e prejudicar terceiros.
Por isso, é de extrema importância utilizar as recomendações impostas por normas como
a Norma Regulamentadora Nº 10 (NR 10) instituída pelo MTE (Ministério do Trabalho e
Emprego), que trata da segurança em instalações e serviços de origem elétrica. Outra norma
importante é a Norma Brasileira 5410 (ABNT NBR 5410) estabelecida pela ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas), que trata das instalações elétricas de baixa tensão, e a ABNT
NBR 5419, que trata dos sistemas de proteção contra descargas atmosféricas. Estas
recomendações, que devem ser seguidas durante a fase de concessão e execução do projeto,
requerem sempre mão-de-obra qualificada e autorizada para a atividade pretendida.
Perante estes fatos, é claro que é necessário estar informado sobre os riscos associados
aos serviços ou no simples contato diário com as instalações elétricas e prever medidas de
prevenção e controlo de acidentes de origem elétrica. em residências abastecidas com baixa
tensão.
1.1 JUSTIFICATIVA
1.3 OBJETIVOS
1.4 DELIMITAÇÕES
1.5 METODOLOGIA
Através de uma análise exploratória, a fim de coletar dados para um estudo de trabalho,
por meio de referências e coleta de dados com questionários específicos, será realizada a análise
de instalações elétricas residenciais sob o ponto de vista da segurança elétrica.
a) levantamento bibliográfico;
Essas pesquisas podem ser classificadas como: pesquisa bibliográfica e estudo de caso
(GIL, 2007).
Seção 2.0:
Seção 3.0 - Estudo de caso: Pesquisas relacionadas ao tema com abordagem das
condições elétricas durante a inspeção visual de residências localizadas no Rio de Janeiro - RJ;
Seção 4.0
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Tensão Elétrica é a diferença de potencial entre quaisquer dois pontos, ou seja, uma
tensão só pode existir entre dois elementos que possuem um potencial elétrico (esses potenciais
elétricos podem ser iguais ou diferentes). Se os potenciais de ambos os elementos forem iguais,
a tensão medida é igual a 0V. A diferença de potencial (D.D.P.) é diferente de zero se o
potencial entre dois elementos for diferente (CREDER, 2014).
“Tensão elétrica é a força exercida nos extremos do circuito, para movimentar de forma
ordenada os elétrons livres” (CAVALIN e CERVELIN, 1998).
A tensão ou força eletromotriz pode ser representada pela letra V, pela letra E, pela letra
U ou ainda pela sigla D.D.P. (diferença de potencial), depende do autor que o trata. Sua unidade
de medida é volts (V).
De acordo com as fórmulas (1) e (2), a tensão pode ser calculada de acordo com a
primeira lei de Ohm:
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Onde:
V = tensão elétrica;
R = Resistência Elétrica;
I = Corrente Elétrica;
P = Potência Elétrica.
A fonte de tensão que produz corrente alternada varia de acordo com a frequência da
rede. Essa frequência é de 60Hz no Brasil.
Ao analisar o gráfico da corrente x tempo, pode-se verificar que a corrente ora é positiva,
ora é negativa, conforme demonstra o gráfico 2.
Nos dias atuais, a corrente alternada é referida pela sigla CA (corrente alternada) ou
ainda AC (do inglês, alternating current).
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Segundo CREDER, os materiais existentes no planeta Terra são compostos por átomos.
Um átomo é formado por minúsculas partículas de elétrons e prótons. Este átomo possui uma
zona chamada eletrosfera, que é composta por elétrons girando ao redor de um núcleo. Em
alguns tipos de materiais, existem elétrons que estão muito afastados do núcleo, que possuem
uma força pequena de ligação química, podendo então se desprender com facilidade, estes
elétrons são conhecidos então, como elétrons livres.
Esses elétrons livres podem se mover de maneira irregular e desordenada pelo material.
Por exemplo, é preciso analisar um condutor de cobre, que possui um certo número de elétrons
livres movendo-se de maneira desordenada em seu interior. Quando esses elétrons livres
começam a se organizar e a circular em uma direção de maneira organizada, criando um fluxo
ordenado de partículas de elétrons livres, uma corrente elétrica é criada.
Para gerar uma corrente elétrica, deve haver uma diferença de potencial, ou mesmo uma
tensão.
A corrente elétrica pode ser calculada pela 1º lei de Ohm, conforme fórmula (1) e (2).
Todo material apresenta uma certa resistência elétrica, inclusive o corpo humano.
Onde:
A unidade de medida é dada em ohm, cuja representação é dada pela letra grega ômega
(Ω). O equipamento que mede a grandeza elétrica em questão é o ohmímetro.
"Para realizar qualquer movimento ou gerar calor, luz, radiação, etc., uma certa
quantidade de energia é gasta. A quantidade de energia aplicada por segundo em qualquer uma
dessas atividades é chamada de potência" (CREDER, 2014).
"Por exemplo, determina quanta luz uma lâmpada pode emitir, quanto trabalho um
motor pode produzir ou quanta carga mecânica pode suportar em seu eixo, quanta água um
chuveiro pode aquecer ou quanto calor um aquecedor pode aquecer. gerar, etc.” (CAVALIN e
CERVELIN, 1998).
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A energia elétrica é uma certa quantidade de energia que é usada para realizar um
trabalho em um determinado intervalo de tempo. Este trabalho pode ser mecânico, sonoro,
luminoso, térmico, etc.
A potência aparente é a soma vetorial da potência ativa e reativa. É nomeada pela letra
S e sua unidade de medida é o Volt-Ampere (VA) (CAVALIN e CERVELIN, 1998).
O sentido do campo magnético é dado pela regra da mão direita: o polegar aponta no
sentido da corrente i e os demais dedos apontam no sentido do campo magnético B (CREDER,
2014).
Neste tópico serão descritas boas práticas relacionadas à medição de energia. Múltiplas
medições de grandezas elétricas são a base para a prevenção de acidentes elétricos,
principalmente para eletricistas.
A grande maioria dos modelos disponíveis no mercado podem medir tensão CC ou CA,
corrente e resistência elétrica.
Modelos mais complexos podem medir as grandezas acima e outras como a capacitância
(capacitores), temperatura, indutância (indutores), etc.
Sempre que precisar utilizar um multímetro, deve-se atento ao local utilizado, pois
quanto mais próximo este ponto de medição estiver da fonte de tensão (em aplicações
residenciais, a fonte de tensão pode ser entendida como o ponto onde a energia elétrica é
fornecida pela concessionária local e o local onde o medidor está instalado) exigirão categorias
maiores. Levando em consideração a categoria de segurança do equipamento de medição,
quanto maior sua categoria, mais resistente ele é a possíveis transientes ou surtos da rede. Os
transientes nada mais são do que surtos de tensão que ocorrem em intervalos de tempo muito
curtos.
Por exemplo, equipamentos com categoria CAT II podem, portanto, ser usados para
medir a eletricidade em pontos de corrente em uma edificação, mas não para medições em
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quadros de distribuição prediais, uma vez que para tais medições seguras devem ser usadas
equipamentos de medição com a categoria mínima CAT III.
Os equipamentos da categoria CAT III podem ser utilizados para medição de tomadas
elétricas em edificações, mas também em placas eletrônicas de equipamentos, ou seja, quanto
maior a categoria de segurança de um determinado equipamento, maior a abrangência de
localizações. Isso pode ser usado para fazer medições elétricas, portanto, deve-se ter atenção à
classe de proteção ao comprar um determinado dispositivo de medição. Sua classe deve ser
igual ou superior à classe dos pontos da instalação elétrica com os quais entrará em contato. As
informações de classe do equipamento podem ser encontradas na legenda do equipamento ou
no manual do fabricante. Na Figura 4 pode-se observar que o aparelho possui categoria CAT II
e uma classe de isolamento de até 600V, ou seja, este modelo de multímetro pode ser utilizado
em instalações elétricas até o ponto de corrente em que ele opera, até 600V. Acima dessa tensão,
as propriedades dielétricas do material isolante não serão eficazes na proteção do operador do
multímetro.
Para determinar a tensão elétrica, deve ser verificado o terminal de tensão elétrica
apropriado no multímetro conforme indicado na legenda e escolhido a medida de tensão
desejada na escala seletora.
Para medir a resistência elétrica de um circuito ou componente, é essencial que ele seja
primeiro desenergizado. Depois de desenergizado, é necessário analisar se as pontas de prova
do multímetro estão posicionadas corretamente nos terminais antes de selecionar a escala de
resistência elétrica no multímetro. Durante a medição real, certificar-se de que as pontas das
sondas estejam paralelas ao componente que está sendo verificado, conforme ilustrado na
Figura 6.
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Medir a corrente elétrica com um alicate é um processo simples que não requer o uso
de ponteiras. Basta selecionar a quantidade desejada de corrente elétrica a ser medida na escala
seletora, colocar o condutor apropriado dentro da pinça/garra do alicate e verificar a intensidade
da corrente. É importante garantir que a garra esteja completamente fechada durante o processo
de medição.
É importante ressaltar que o detector de tensão conta com uma bateria interna, sendo
necessário tomar alguns cuidados, pois caso esta bateria esteja com pouca carga ou ainda
descarregado, pode acarretar medições incorretas, com potencial grande de geração de
acidentes de origem elétrica.
Perigo, ou ainda Hazard (termo derivado do inglês) é uma ou mais condições de uma
variável com o potencial necessário para causar danos. Esses danos podem ser
entendidos como lesões a pessoas, danos a equipamentos ou estruturas, perda de
material em processo ou redução da capacidade de desempenho de uma função pré-
determinada. Havendo um perigo, persistem as possibilidades de efeitos adversos.
A OHSAS (Occupational Health and Safety Assessment Series) define perigo como
uma fonte ou circunstância que tem a capacidade de infligir dano de várias formas, como lesão
física, doença, dano ao meio ambiente ou propriedade, ou uma combinação de esses.
2.2.2 Segurança
“É definida como “livre de perigos”. Apesar desse ideal, é quase impossível eliminar
todos os perigos potenciais em qualquer situação. Como resultado, a segurança torna-se a
responsabilidade de garantir a proteção relativa a esses perigos.” (CICCO e FANTAZZINI,
2003).
Um perigo pode estar presente, mas pode haver baixo nível de perigo, devido às
precauções tomadas. Assim, por exemplo, um banco de transformadores de alta
voltagem possui um perigo inerente de eletrocussão, uma vez que esteja energizado.
Há um alto nível de perigo se o banco estiver desprotegido, no meio de uma área de
pessoas. O mesmo perigo estará presente quando os transformadores estiverem
trancados num cubículo sob o piso. Entretanto, o nível de perigo agora será mínimo
para o pessoal.
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Um incidente é um evento não planejado que não resulta em nenhum dano físico
significativo aos indivíduos ou danos à propriedade. No entanto, tem o potencial de se
transformar em um acidente, dependendo de vários fatores no momento de sua ocorrência. Esta
ocorrência também é referida como um quase-acidente (CICCO e FANTAZZINI, 2003).
Ato inseguro é tudo o que o trabalhador faz, voluntariamente ou não, e que pode
provocar um acidente. São considerados atos inseguros a imperícia, o excesso de
confiança, a imprudência, o exibicionismo, a negligência, a desatenção, as
brincadeiras no local de trabalho etc.
Condição Insegura é decorrente de situações existentes no ambiente de trabalho e
que podem causar acidentes, como piso escorregadio, iluminação deficiente, excesso
de ruído, falta de arrumação, instalações elétricas sobrecarregadas, máquinas
defeituosas, matéria-prima de má qualidade, calçado ou vestimentas impróprias, falta
de planejamento, jornada de trabalho excessiva etc.
Atos inseguros são ações totalmente dependentes do comportamento humano e
passíveis de causar acidentes. Por outro lado, as condições inseguras são influenciadas por
fatores externos dentro da organização, como a manutenção das máquinas que os operadores
irão utilizar ou condições ambientais que aumentam as chances de ocorrência de acidentes no
local de trabalho.
Os acidentes de trabalho podem surgir por um dos dois fatores mencionados, ou de uma
combinação de ambos.
das células. Estima-se que o coração humano bata cerca de 100.000 vezes por dia, fazendo
circular cerca de 2.000 litros de sangue por todo o corpo.
As células estão dispostas de maneira estática no corpo humano, isto é, elas estão nas
suas posições pré-definidas. Portanto, é o sangue que leva os nutrientes e oxigênio
(O2) a cada célula e, ao mesmo tempo, recolhe o gás carbônico (CO2) e os resíduos.
O impulsionamento (bombeamento) do sangue é feito pelo coração. Portanto, o
funcionamento adequado, vital e salutar de qualquer célula depende da eficiência da
bomba cardíaca.
Conforme ilustrado na Figura 11, o coração humano consiste em quatro câmaras
conhecidas como átrios direito e esquerdo, bem como ventrículos direito e esquerdo.
“Artéria é o conduto que transporta o sangue que sai do coração, já a veia é o conduto
que transporta o sangue que entra no coração, portanto o sangue entra no coração através de
uma veia, e sai pela artéria” (KINDERMANN, 2013).
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A sístole é uma função corporal que envolve a contração dos músculos para mover o
sangue por todo o corpo humano.
Para avaliar o bem-estar cardiovascular dos indivíduos, pulsos elétricos minúsculos que
medem cerca de 1mV são detectados na superfície da pele por meio de um dispositivo
eletrônico que amplifica o sinal. Esse aparelho é chamado de Eletrocardiograma (ECG), que
registra a forma de onda dos sinais amplificados, assim representada de acordo com a Figura
14 (KINDERMANN, 2013).
De acordo com Kindermann (2013, p.39), os estágios do ciclo do coração podem ser
classificados em três fases distintas e claramente definidas:
Durante a fase de repolarização das fibras musculares, também conhecida como onda
T, muitas doenças cardíacas podem ser detectadas. Este é o momento mais crítico para a
ocorrência de fibrilação ventricular do coração, muitas vezes como resultado de um choque
elétrico externo. Se os métodos de primeiros socorros imediatos não forem administrados, pode
ter consequências fatais para o ser humano (KINDERMANN, 2013).
Como citado no tópico 2.2.1, o risco é expresso pela probabilidade de possíveis danos
dentro de um período específico ou número de ciclos operacionais. É a incerteza quanto a
ocorrência de um determinado evento, ou ainda, a chance de perdas que uma empresa pode
sofrer por causa de um acidente ou série de acidentes (CICCO e FANTAZZINI, 2003).
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Neste tópico, serão abordados os principais riscos de origem elétrica que são citados na
Norma Regulamentadora Número 10 (NR 10), regulamentada pelo Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE). Riscos estes que podem gerar danos tanto materiais para organizações, quanto
danos físicos para o ser humano.
O choque elétrico é o principal e mais grave risco elétrico derivado das redes de
energia elétrica. O choque elétrico decorre da corrente elétrica, ou seja, o fluxo de
elétrons que circula quando existe um caminho denominado circuito elétrico,
estabelecido entre dois pontos com potenciais elétricos diferentes, como um condutor
energizado e a terra.
Se você encostar em ambos simultaneamente formará o circuito elétrico e permitirá
que a corrente circule através do seu corpo. O choque elétrico é uma perturbação da
natureza do ser humano e possui efeitos diversos que se manifestam no organismo
humano quando este é percorrido por uma corrente elétrica.
O choque elétrico é uma ação proveniente de uma fonte externa do corpo do ser humano
para o interior do corpo. É uma perturbação na natureza do ser humano e, em alguns casos,
pode resultar em acidentes fatais.
Existem fatores adicionais dignos de nota a serem levados em consideração que podem
intensificar a gravidade da experiência de um indivíduo quando ele é submetido ao fluxo de
uma corrente elétrica dentro de seu corpo. Esses fatores incluem:
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Na Figura 17, pode-se observar a trajetória percorrida pela corrente elétrica, levando,
por fim, o indivíduo a sofrer um choque elétrico ao entrar em contato com a diferença de
potencial.
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É importante reconhecer que qualquer choque elétrico deve ser vista como um perigo
potencial (KINDERMANN, 2013).
O choque elétrico pode ser classificado em três categorias principais: choque estático,
choque dinâmico e as descargas atmosféricas.
Um exemplo clássico de choque estático ocorre quando um carro passa por uma área
com umidade relativamente baixa ou clima seco. O movimento do carro causa atrito entre a
estrutura de metal do carro e o ar atmosférico circundante, levando à criação de cargas elétricas
que se acumulam na carroceria do veículo, como um capacitor. Se a estrutura do carro tiver
acumulado um determinado nível de carga elétrica, haverá uma diferença de potencial entre a
estrutura metálica e o solo, criando a possibilidade de um choque estático quando um indivíduo
tocar a carroceria metálica do carro e o solo simultaneamente (também conhecido como
aterramento). Por exemplo, quando alguém alcança a maçaneta do carro para abrir a porta,
conforme retratado na Figura 18 (KINDERMANN, 2013).
É o que ocorre quando se faz contato com um elemento energizado. Este tipo de
choque acontece em duas ocasiões:
• Toque acidental na parte metálica do condutor denominada “parte viva”;
• Toque em partes condutoras próximas aos equipamentos e instalações, que
fiquem energizadas acidentalmente por defeito, fissura ou rachadura na
isolação.
O choque dinâmico é o tipo de choque mais clássico que existe. Esse tipo de choque é
o principal responsável por acidentes que ocorrem entre pessoas comuns que entram em contato
com eletricidade. É o resultado do contato entre um condutor energizado da rede elétrica e outro
ponto com potencial elétrico diferente.
resistência dielétrica, que nem sempre é o caminho mais curto, em sua busca por condutividade.
(KINDERMANN, 2013)
A Figura 21 demonstra que a vítima pode ser exposta diretamente aos raios, ou em
proximidade, o que pode causar tensões de toque e passo, que podem ser perigosas.
Ao examinar o circuito, foi confirmado que a tensão de toque pode ser representada com
precisão pela fórmula (4):
Segundo Kindermann (2013), foi determinado que o corpo humano pode resistir para
CA de 50/60 Hz, pele suada, e tensão de toque de até 300V, a uma resistência de
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aproximadamente 1000 Ω. Com base nas diretrizes estabelecidas pelo IEEE-80, pode-se afirmar
que Rcontato = 3ρsolo (3 vezes a resistividade superficial do solo), levando à reformulação da
fórmula (4) na fórmula (5):
“Para garantir que o sistema de aterramento na base da torre seja eficaz, ele deve ser
capaz de manter um valor de tensão de toque abaixo do limite de tensão durante um curto-
circuito monofásico à terra. Isso é crucial, pois exceder o limite de voltagem pode resultar em
fibrilação ventricular, conforme mostrado na fórmula (6)” (KINDERMANN,2013):
“Note que a tensão de toque representa um risco significativo devido ao fato de que a
corrente elétrica pode potencialmente passar pelo coração, elevando a probabilidade de
ocorrência de fibrilação ventricular” (KINDERMANN,2013).
Para garantir que o aterramento seja adequado, é necessário certificar-se de que a pior
tensão de passo será menor que o limite de tensão de passo, para não fibrilação ventricular em
humanos, conforme indicado na a fórmula (8), denominado como limite de tensão de passo.
Para evitar a geração de choques elétricos, é recomendável manter os dois pés na mesma
superfície potencial. Se isso for alcançado, a tensão de passo será zero, eliminando assim o risco
de choque elétrico. Isso é especialmente importante em situações onde pode haver queda de
raios ou cabos elétricos presentes no solo. Para reduzir a diferença de potencial entre os pés e a
possibilidade de gerar choques elétricos devido à tensão de passo, é aconselhável caminhar com
os pés o mais próximo possível. Conforme KINDERMANN (2013), essa medida de precaução
pode ser eficaz na mitigação do risco de choque elétrico.
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Ao entrar no corpo humano, uma corrente elétrica pode atravessar vários caminhos
diferentes. Normalmente, a corrente entrará em um ponto singular e sairá em outro ponto
distinto do corpo.
Na Figura 27, verifica-se alguns dos percursos que a corrente elétrica pode seguir ao
entrar no corpo humano. O diagrama ilustra incidentes de choque elétrico causados por tensão
de toque ou tensão de passo, acentuando a trajetória da corrente em relação ao coração.
de intensidade da corrente elétrica com a qual a pessoa entra em contato direto. À medida que
os valores da corrente elétrica aumentam, os efeitos resultantes também tendem a piorar. Isso
se deve ao maior fluxo de partículas de elétrons que entram no corpo, o que leva a um impacto
mais pronunciado.
2.4.1.3.1 Tetanização
“A tetanização é uma forma de paralisia muscular que resulta de uma forte contração do
músculo causada por um choque elétrico. O músculo permanecerá paralisado por um período,
mesmo após o choque elétrico ter parado. Com isso, a tetanização pode ser classificada como
uma cãibra muscular desencadeada por choque elétrico” (KINDERMANN,2013).
2.4.1.3.3 Queimaduras
O corpo humano possui uma certa resistência elétrica, que é essencialmente uma forma
de resistência ao fluxo de corrente elétrica. Esse valor de resistência elétrica está sujeito a
alterações com base nas condições individuais de pele e umidade e em vários órgãos do corpo
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humano. Sempre que uma corrente elétrica entra no corpo humano, ela encontrará uma
resistência correspondente do ponto de maior potencial ao ponto de menor potencial, que é por
onde ela finalmente sairá do corpo (KINDERMANN, 2013).
Quando os elétrons se movem através de um condutor, como o corpo humano, ele gera
calor através do efeito Joule. Portanto, se o corpo humano possui uma resistência equivalente,
quando percorrido por uma corrente elétrica, este tenderá a dissipar calor por efeito Joule,
gerando então um certo aquecimento. Este efeito é descrito pela Fórmula (9). Dependendo da
quantidade de corrente que passa pelo corpo durante um choque elétrico, esse calor pode causar
queimaduras de vários graus. Uma queimadura de primeiro grau afeta apenas a camada mais
externa da pele, enquanto uma queimadura de terceiro grau penetra em todas as camadas da
pele e pode atingir até os ossos.
“A fórmula (9) indica que, durante um choque de alta tensão, existe uma quantidade
considerável de corrente presente. Esse aumento de corrente resulta em um efeito térmico
significativo, que leva a um efeito de queimadura efeito térmico depende da corrente de choque
ao quadrado” (KINDERMANN, 2013).
As consequências dos choques elétricos em baixa tensão (BT) podem trazer sérias
complicações para o coração humano, inclusive o desenvolvimento de fibrilação ventricular. A
ocorrência de fibrilação ventricular no coração é resultado direto do contato do coração com
uma corrente elétrica externa. O ciclo cardíaco do coração humano tem uma janela específica
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de vulnerabilidade, indicada na Figura 16. A janela vulnerável está localizada durante a onda
T, que é quando as fibras musculares do ventrículo estão repolarizando. É nessa janela
vulnerável do ciclo cardíaco que uma densidade de corrente elétrica passando pelo coração pode
levar à fibrilação ventricular (KINDERMANN, 2013).
Se uma pessoa que está manuseando uma rede BT (Baixa Tensão) sofrer um choque
elétrico e, subsequentemente, ficar desfalecido, é prudente considerar a possibilidade de
fibrilação ventricular em seu coração. Isso ocorre porque, quando os instrumentos médicos não
estão disponíveis, é difícil diferenciar entre parada cardíaca e fibrilação ventricular
(KINDERMANN, 2013).
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A fibrilação ventricular é uma condição que não pode ser revertida sem intervenção
externa. Faz-se necessário o uso do desfibrilador elétrico, de modo que possa interromper a
fibrilação e restaurar o ritmo normal do coração (KINDERMANN,2013).
Uma vez que todas as fibras estejam sincronizadas, elas passam a seguir o sinal rítmico
compassado emitido pelo Nódulo Sino Atrial (NSA), e o coração volta ao seu ritmo cardíaco
normal (KINDERMANN,2013).
Quando exposto a alta tensão elétrica (AT), o corpo humano pode sofrer danos
significativos. Esse dano pode se manifestar na forma de queimaduras graves ou carbonização
de órgãos internos e externos. Além disso, a corrente elétrica pode criar aberturas através das
quais pode entrar e sair do corpo.
com efeitos duradouros, que incluem perda óssea parcial, redução e atrofia muscular, perda de
massa muscular e outros sintomas relacionados (KINDERMANN, 2013).
Na Figura 30, mostra um arco elétrico produzido em alta tensão (AT), que pode atingir
temperaturas de até 20.000ºC.
Existem dois estágios distintos que compõem um arco elétrico. O primeiro estágio é o
arco elétrico real, que é medido em cal/cm, e o segundo estágio é caracterizado pela emissão de
ondas de choque e sua capacidade de atingir temperaturas extremamente altas, chegando até
um pico de 25.000°C. A energia produzida pelo arco elétrico tem a capacidade de ionizar o ar
circundante, resultando na liberação de plasma e vapores de materiais condutores. Esse
fenômeno geralmente é causado por curtos-circuitos, que podem ser resultado de falta de
isolamento entre os condutores, superaquecimento do circuito ou problemas com contatores
abrindo ou fechando circuitos. Outras causas de arco elétrico incluem a presença de materiais
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Dois cenários foram considerados para o cálculo da energia incidente do arco elétrico:
Caso 2: Tensão medida foi de 4,16 kVAC, e a distância entre os condutores foi de 104
mm. A configuração do equipamento foi em compartimento do tipo caixa, e a duração do
evento foi de 0,1 segundos. Como consequência desses fatores, a energia incidente estimada
foi calculada em 1,24 cal/cm2 com uma distância de 910 mm, e foi determinado que o limite
seguro era de 1352 mm.
Para evitar um arco elétrico, a única forma mais segura é desenergizar o equipamento
antes e confirmar que não há tensão presente. Embora existam técnicas adicionais disponíveis
para aliviar o impacto deste evento, algumas são detalhadas abaixo para referência:
EPIs são trajes de corpo inteiro que devem atender aos padrões mínimos prescritos pelos
regulamentos.
Sempre que o trabalho deve ser executado na presença de uma fonte de energia ativa, é
imperativo ter cautela e seguir um conjunto de controles, procedimentos e autorizações para
garantir que a tarefa seja realizada com segurança.
Para uma melhor análise de arco elétrico, deve-se determinar o limite de segurança para
um arco elétrico, ou seja, isso envolve determinar a energia incidente, a distância segura de
trabalho e o equipamento de proteção individual apropriado necessário dentro do limite.
O impacto da corrente elétrica no corpo humano não é uniforme e varia de pessoa para
pessoa. O efeito de alcance, identificado como a capacidade da corrente fluir pelo corpo, é um
desses fenômenos.
Existiam equipamentos com um nível de tensão de 480 VCA, aos quais se aplicou a
seguinte Fórmula 10:
64
I=V/R
I=480 Volts / 1000 Ohm = 0.48 Amp o 480 mA (10)
Neste cenário, uma resistência de 1000 Ohm foi estabelecida como valor de referência,
que normalmente é encontrado em uma pessoa média em condições normais de trabalho. No
entanto, certos fatores externos podem influenciar esse valor, resultando em flutuações e uma
consequente variabilidade na quantidade de corrente que passa pelo corpo.
Pode-se afirmar que a maioria das fatalidades resultantes de choque elétrico ocorre
quando o sistema respiratório é paralisado abruptamente (a 25 mA ou superior), a função de
bombeamento do coração é interrompida devido à fibrilação ventricular (a 60 mA ou superior)
ou o coração deixa de funcionar completamente (com 4 amperes ou mais).
Para qualquer trabalho ou ambiente com exposição a uma fonte de energia ativa, a
abordagem mais eficaz para a prevenção é isolar essa energia e eliminar qualquer energia
residual que ainda possa existir. No entanto, os indivíduos que são capazes de evitar o contato
direto e indireto com a fonte de energia são considerados sistemas de proteção. A seguir estão
as categorias de proteção:
Proteções parciais: projetadas para evitar contato não intencional com partes
energizadas, ou seja, invólucros e barreiras devem ser instalados como um obstáculo firme.
Uma desvantagem da chave diferencial é que ela não atua preventivamente, mas apenas
responde a um choque elétrico já em andamento.
Para garantir um ambiente eletricamente seguro, é crucial manter uma distância segura
de condutores elétricos energizados ou partes do circuito, o que é uma abordagem eficaz.
Neste capítulo serão apresentados os principais tipos de acidentes elétricos que podem
ocorrer em instalações elétricas.
Os acidentes causados por fontes elétricas diretas podem acontecer tanto pelo contato
com circuitos energizados quanto pelo contato indireto, onde teoricamente não deveria haver
perigo para o ser humano. No entanto, quando o isolamento falha, esses riscos podem ficar
expostos (FUCKNER et al. 2012, p. 55).
Quando esse fenômeno ocorre e seu percurso ocorre entre nuvens e terra, pode causar
danos a pessoas, animais, edificações e à rede elétrica no solo.
Quando as instalações elétricas contam com esses dispositivos, são indícios de que a
residência não esteja devidamente dimensionada com um número insuficiente de tomadas para
acomodar com segurança todos os aparelhos em uso. Para resolver este problema, recomenda-
se o redimensionamento dos circuitos elétricos com o auxílio de profissionais qualificados,
garantindo o cumprimento das normas vigentes.
Vários modelos de adaptadores são facilmente acessíveis para compra em qualquer loja
de material elétrico.
O primeiro deles, é o circuito de iluminação, que é o circuito dedicado para cargas que
irão prover a iluminação da edificação (NBR 5410, 2004).
Existe um segundo tipo de circuito denominado circuito TUG's, que é composto por
tomadas multiuso. É um circuito especificamente projetado para alimentar diversas tomadas
com baixo consumo de energia (conforme NBR 5410, cada TUG tem capacidade de
alimentação de até 600VA para fins de critério de dimensionamento de instalação).
Já o terceiro tipo de circuito são as TUE’s, que são tomadas de uso específico. É o tipo
de circuito dedicado para cargas de potências elétricas elevadas (geralmente a corrente destas
cargas excede o consumo de corrente de 10A). Neste tipo de circuito, um único disjuntor
termomagnético, irá fazer a proteção de curto circuito e de sobrecarga de uma única tomada de
corrente, consequentemente de uma única carga (NBR 5410, 2004).
Nos tempos modernos, vários eletrodomésticos foram gerados para facilitar a vida das
pessoas. Esses aparelhos incluem máquinas de lavar, aquecedores de ambiente, ar
condicionado, fornos elétricos, chuveiros elétricos e torneiras elétricas. É obrigatório que todos
os aparelhos acima mencionados tenham uma tomada dedicada para garantir o seu bom e
eficiente funcionamento.
A corrente máxima que pode fluir através de um circuito é restringida pela corrente do
disjuntor, que por sua vez limita a corrente que pode passar pelo condutor do circuito. Para
facilitar um maior fluxo de corrente através do mesmo cabo instalado, pode-se substituir o
disjuntor existente por um novo que tenha um valor de corrente maior. Porém, isso pode fazer
com que a nova corrente ultrapasse a corrente máxima que o cabo foi projetado para suportar,
atingindo assim o limite térmico da isolação do cabo, fazendo com que o mesmo comprometa
sua capa protetora. Isso pode levar ao estabelecimento de um curto-circuito entre condutores de
fase e neutro ou entre fases diferentes, aumentando assim o risco de incêndio.
Maus contatos podem ser ocasionados por diversos motivos, entre eles podem ser
condutores emendados incorretamente, apertos mecânicos inadequados, aperto insuficiente dos
parafusos das ligações elétricas, conexões corroídas ou oxidadas, falhas de componentes, falta
de manutenção preventiva e falha da mão de obra contratada para o projeto, segundo ao
CREDER (2014).
73
Sabe-se que maus contatos em instalações elétricas produzem resistência elétrica, o que
é prejudicial ao bom funcionamento da instalação. É essencial que os condutores e componentes
elétricos não apresentem resistência devido a contatos ruins. Esta resistência elétrica, quando
em série com o circuito, leva a uma queda de tensão no circuito, reduzindo assim a tensão de
alimentação na saída de corrente do circuito. A resistência também leva ao aquecimento no
ponto de má conexão e, dependendo da temperatura, pode causar risco de incêndio (CREDER,
2014).
Na Figura 36,é indicada uma imagem gerada por uma câmera termográfica.
74
Garantir que todos os padrões relevantes sejam atendidos e ter uma força de trabalho
qualificada, autorizada e competente pode minimizar muito a probabilidade de componentes
mal dimensionados estarem presentes nas instalações.
A segurança de toda uma instalação elétrica pode ser comprometida por um único
componente não dimensionado corretamente.
Quando um eletricista está procurando uma nova ferramenta no mercado, uma das
principais considerações é a classe de isolamento da ferramenta. Essa classificação indica a
tensão elétrica máxima que a ferramenta pode suportar sem causar danos ao seu material
dielétrico, o que é essencial para a segurança. Além disso, antes de iniciar qualquer trabalho
elétrico, é fundamental que o eletricista avalie o estado de suas ferramentas. Eles devem
garantir que suas ferramentas estejam em boas condições de funcionamento e não representem
riscos para sua saúde ou segurança física.
Para verificar a real seriedade dos acidentes de origem elétrica, será apresentado a seguir
as estatísticas de acidentes no ano de 2022. As estatísticas a seguir, referentes ao ano de 2022,
76
foram coletadas pela ABRACOPEL por meio de diversas mídias sociais como televisão,
internet e rádio (ABRACOPEL, 2023).
Acredita-se que a taxa de acidentes absoluta real seja significativamente maior do que
o relatado no anuário, pois muitos acidentes não são relatados por empresas, usuários finais de
energia elétrica ou mesmo profissionais autônomos que atuam no setor, conforme declarado
pela ABRACOPEL em 2023.
De acordo com o anuário estatístico de 2023 da ABRACOPEL, que tem como referência
o ano de 2022, o Brasil registrou um total de 1.828 acidentes elétricos no mesmo ano. Desses
acidentes, 46,66% foram decorrentes de choque elétrico, 47,81% foram decorrentes de
sobrecarga do circuito elétrico levando a incêndios e 5,53% foram causados por descargas
atmosféricas, conforme indicado no Gráfico 5 (ABRACOPEL, 2022).
instalações elétricas, na qual 55 pessoas vieram a óbito. Do total de 1828 acidentes no ano de
2022, 101 foram provocados por conta de descargas atmosféricas, na qual levaram a óbito 39
vítimas, como indicado no Gráfico 3 (ABRACOPEL, 2022).
O total de vítimas fatais no ano de 2022, de acordo com a ABRACOPEL, foram então
592 casos de choque elétrico, 55 casos de incêndios provocados por sobrecarga nos circuitos e
39 casos acarretados por conta de descargas atmosféricas, portanto, um total de 686 casos de
vítimas que vieram a óbito por conta de acidentes de origem elétrica. Conforme evidenciado
pelos dados do Gráfico 3 e do Gráfico 4, o choque elétrico é a forma mais perigosa de risco
elétrico com os maiores índices de acidentes fatais.
Gráfico 6 - Acidentes Fatais Provocados por Choque Elétrico na Região Sudeste do Brasil
Tratando sobre o risco de incêndios por sobrecarga nos circuitos elétricos, os locais que
apresentaram um maior índice de óbito ocasionado por conta do acidente de origem elétrica em
residências unifamiliares, as casas brasileiras, foram os casos de incêndio. Dos 55 casos de
incêndio que provocaram o óbito à vítima, citado anteriormente, 29 casos foram ocasionados
dentro de suas próprias residências, como vimos no Gráfico 7.
Segundo o anuário estatístico da ABRACOPEL do ano de 2023, com ano base em 2022,
são apresentados os índices de acidentes fatais e não fatais decorrentes do risco de choque
elétrico, conforme Gráfico 8.
80
Os acidentes por choques elétricos levaram a óbito mais de uma centena de pessoas,
onde não foi possível identificar a profissão do acidentado, mencionado como “Não
especificado”. Muitas dessas mortes foram provocadas em decorrência do manuseio, instalação
e averiguação sem conhecimento detalhado do ambiente e/ou ausência de proteções EPI. Entre
os pedreiros e os pintores, as causas mais comuns de acidentes com vítimas são a desatenção
com o manuseio de materiais metálicos (barras de ferro, por exemplo) próximo às redes de
energia elétrica. Ao tocarem a rede, acontece a fatalidade. As crianças e os adolescentes por
não possuírem ainda uma profissão determinada, são classificados metodologicamente, como
estudantes. (ABRACOPEL, 2022).
A tendência de aumento dos acidentes elétricos desde 2013 fica evidente no Gráfico 9,
sugerindo que os métodos de coleta de dados da ABRACOPEL melhoraram, resultando em
estatísticas mais precisas e representativas de acidentes reais que ocorrem no cotidiano dos
brasileiros (ABRACOPEL, 2022).
A topologia TN-S encontra sua aplicação nas instalações elétricas internas de áreas
residenciais. Nesta configuração, o quadro de distribuição do circuito da residência recebe uma
alimentação de fases dimensionadas de acordo com as necessidades específicas da residência,
além de um condutor PEN. O condutor PEN é subsequentemente dividido em dois barramentos,
ou seja, o barramento de neutro e o barramento de proteção equipotencial ou PE. O barramento
PE é responsável pelo aterramento das diversas massas presentes na instalação, como o
aterramento do chuveiro elétrico, o aterramento da carcaça metálica da máquina de lavar, etc.
Condutores com seção inferior a 10mm² (de cobre), bem como equipamentos portáteis,
estão proibidos de utilizar este tipo de topologia. Além disso, não é viável a instalação de um
DR (dispositivo diferencial residual), responsável pela proteção contra choque elétrico. A
Figura 39 demonstra que a topologia TN-C pode ser perigosa se o condutor neutro for
danificado.
84
Essa topologia pode ser aplicável quando houver a necessidade de aterrar equipamentos
elétricos específicos, como um chuveiro elétrico, individualmente em uma haste de aterramento
distinta. Também pode ser usado para qualquer outro dispositivo em uma instalação que
necessite de aterramento.
A Figura 44 mostra uma possível configuração desta topologia, onde as massas são
conectadas ao mesmo eletrodo de aterramento da fonte de alimentação, se houver.
87
O disjuntor termomagnético atua fazendo a proteção dos circuitos terminais em caso de:
As 3 curvas são indicadas na Figura 47. É importante ressaltar que quando houver
excesso de corrente, o disjuntor termomagnético sempre ativará sua componente térmica,
independente da curva. Isso significa que haverá um tempo de atraso antes que a chapa
bimetálica aqueça e se expanda termicamente, o que acaba levando à abertura do disjuntor e
interrompendo o fluxo de corrente, removendo assim a sobrecarga do circuito.
91
Segundo a NBR 5410 (2014, p.63), para garantir a proteção contra sobrecarga dos
condutores, o dispositivo utilizado para esse fim deve possuir determinadas características de
desempenho, conforme indicado na fórmula (11):
IB ≤ In ≤ Iz; (11)
Onde:
A tomada elétrica é uma fonte significativa de choques elétricos para humanos. Ele serve
como ponto de conexão entre dispositivos elétricos e a fonte de eletricidade necessária para
operá-los.
Um dos benefícios do padrão brasileiro, é que ele aumenta a segurança contra choques
elétricos por contato direto no plugue de entrada ao conectá-lo na tomada, devido a um
afastamento na tomada de corrente do plugue fêmea, conforme demonstrado na Figura 49.
A NBR 14136 divide as tomadas padrão brasileiras em duas categorias: uma com
capacidade para conduzir correntes elétricas até 10A e outra até 20A. As tomadas 20A devem
ser apenas capazes de acomodar plugues de 10A e 20A, enquanto as tomadas com contato de
aterramento devem permitir a inserção de plugues com ou sem pino de aterramento. É proibido
que tomadas de 10A aceitem plugues de 20A, resultando em diferença na espessura dos
contatos elétricos entre os dois modelos, conforme ilustrado na Figura 50. Essa distinção é útil
para evitar sobrecarga e proteger contra a conexão de dispositivos que demandam mais de 10A
em uma tomada com uma corrente máxima de condução de 10A.
sobrecargas, enquanto o IDR irá fazer a proteção contra choque elétricos, conforme mostra na
Figura 52.
Caso seja utilizado o DDR, não é necessário o disjuntor, pois o DDR oferece os mesmos
recursos de proteção que um disjuntor termomagnético normalmente forneceria.
Se uma instalação estiver equipada com padrões de entrada desatualizados e não tiver
um dispositivo de proteção contra surtos (DPS), é aconselhável instalar um para cada fase no
quadro de distribuição do circuito interno da casa. O DPS deve ser instalado na saída do
disjuntor geral da edificação.
Quando o DPS for utilizado para proteger contra surtos e redirecionar a tensão
transitória e a corrente de surto para o sistema de aterramento, possivelmente o dispositivo será
danificado. Na parte frontal do dispositivo de proteção contra surtos está o visor que indica o
status do dispositivo e que pode ser usado para verificar sua condição ou se já foi ativado em
resposta a um surto. A avaliação regular do estado do DPS é essencial para assegurar o seu bom
funcionamento. Se tiver sido ativado, é fundamental substituí-lo prontamente para garantir uma
proteção eficaz contínua contra surtos elétricos nas instalações.
A NBR IEC 61643-1 classifica os Dispositivos de Proteção contra Surtos (DPS) em três
classes: Classe I, II e III. O objetivo principal da Classe I é proteger contra surtos elétricos
conduzidos resultantes de descargas atmosféricas diretas. É altamente recomendado para áreas
97
com alta exposição a essas descargas e/ ou aquelas equipadas com Sistema de Proteção contra
Descargas Atmosféricas (SPDA). Por outro lado, o DPS Classe II foi projetado para proteger
contra surtos elétricos causados por descargas atmosféricas indiretas, como os que ocorrem
perto de linhas de transmissão de energia ou dados. O DPS Classe III é um dispositivo de
proteção usado próximo a equipamentos protegidos. Geralmente é utilizado como complemento
do sistema de proteção primária ou em áreas com exposição mínima.
Uma descarga atmosférica quando ocorre é um fenômeno aleatório, não se pode prever
que ele irá ocorrer. A ocorrência de uma descarga atmosférica é um evento aleatório e, como
tal, não pode ser previsto. Os modelos de sistemas de proteção contra raios são complexos e
muitas vezes requerem simplificação em certos casos. Portanto, é impossível garantir 100% de
proteção da estrutura de uma edificação. No entanto, a implementação de um sistema de
proteção contra descargas atmosféricas serve para aumentar o nível de proteção contra
descargas atmosféricas.
3 ESTUDO DO CASO
O foco deste capítulo são os resultados das inspeções visuais realizadas em edificações
residenciais situadas no município do Rio de Janeiro. O objetivo é destacar os cenários positivos
e negativos que existem de acordo com os regulamentos atuais. As situações negativas, que não
atendem aos padrões necessários, têm potencial para criar riscos elétricos e serão discutidas em
detalhes.
Para analisar o estudo de caso, quatro residências de idades variadas foram utilizadas
para refletir situações da vida real. Essas residências serviram de base para as conclusões do
estudo:
A ferramenta utilizada para fazer a coleta de dados foi um formulário online, chamada
FORMULÁRIOS GOOGLE.
100
É importante que cada condutor seja devidamente identificado de acordo com sua
função designada. No caso dos condutores de proteção, conforme será demonstrado na Figura
54, sua isolação deve ser verde ou verde-amarela. Estas tonalidades são reservadas
exclusivamente para fins de identificação de condutores de proteção.
Quando um condutor tiver as duas funções: neutro e proteção, é crucial que seja
identificável. O condutor PEN é normalmente distinguido por seu isolamento azul claro e é
marcado com arruelas verde-amarelo em pontos visíveis ou acessíveis para garantir fácil
identificação.
Ao usar um condutor isolado como condutor de fase, ele deve ser claramente marcado
para indicar sua função. Se a cor for usada para identificar o condutor, ele não pode usar as
mesmas cores dos outros condutores (NBR 5410, 2004).
fio sólido, enquanto os condutores flexíveis consistem em vários pequenos fios agrupados para
formar um condutor com a mesma seção transversal especificada pelo fabricante. Apesar de
ambos os tipos terem a mesma condutividade elétrica quando feitos do mesmo material e
especificados na mesma seção transversal, os condutores flexíveis são mais comumente usados
em instalações elétricas de baixa tensão devido à sua flexibilidade e facilidade de uso em relação
aos condutores rígidos.
A NBR 5410, seção 6.2.6.1.1, determina que a bitola dos condutores de um circuito de
iluminação não deve ser inferior a #1,5mm², enquanto a de um circuito de tomada de corrente
elétrica não deve ser inferior a #2,5mm². Essas diretrizes são cruciais para garantir a segurança
e a eficiência dos sistemas elétricos envolvidos.
Durante a avaliação foi informado que nessa instalação não há barramento, o que torna-
se preocupante, pois toda a corrente na residência necessita passar pelo barramento. Além disso,
observou-se que o código de cores prescrito para instalação elétrica não foi respeitado nesta
residência em particular.
102
Ao lidar com o cenário de barramento onde duas estruturas foram construídas a partir
de condutores elétricos, é altamente recomendável utilizar um barramento tipo pente. Este é o
mesmo tipo de barramento que foi implementado nos sistemas elétricos da residência 03 e 04,
conforme ilustrado na Figura 57 e 58. Vale ressaltar também que ambas as residências aderiram
à padronização das cores dos condutores elétricos.
103
Já nas residências 02 e 04, não mencionadas nesse tópico, não foram encontradas
irregularidades relevantes a serem consideradas.
Em relação a sua aplicação, este pode ser dividido em aterramento de proteção ou ainda
em aterramento funcional.
A residência 01, não apresentou algum tipo de aterramento de proteção nas tomadas de
corrente elétrica, conforme indicado na Figura 61.
várias tomadas pertencentes ao mesmo circuito, é uma boa prática a conexão através de
emendas elétricas bem executadas pelo profissional autorizado ou ainda, fazer o uso de
conectores para tal finalidade.
Estes dispositivos devem ser usados de forma consciente e em situações específicas, que
tenham sido projetadas e sejam seguras.
Na residência 02, foi encontrado o uso de extensão elétrica para uso dos equipamentos
na sala da residência e benjamins no quarto, além da existência de adaptadores elétricos na
cozinha para a conexão de um forno elétrico com aterramento de proteção em uma tomada de
corrente sem pino central (aterramento de proteção).
110
Na residência 01, a única carga encontrada que demandava uma corrente elétrica
superior a 20A foi o chuveiro elétrico, e este estava conectado por uma emenda elétrica à rede.
111
Emendas elétricas são recomendadas para esta situação, desde que sejam bem-feitas e
tenham um ótimo contato elétrico e uma ótima resistência mecânica, ou seja, que a emenda ao
sofrer alguma tensão mecânica, esta não venha a se soltar ou ainda se danificar. Como observa-
se pela Figura 70, foi conectado fazendo o uso do conector de porcelana.
Já na residência 03, não foi encontrada nenhuma carga que demandasse uma corrente
elétrica superior a 20A. O chuveiro encontrado era do tipo central com aquecimento a gás, como
também se repetia na residência 04, conforme indicado na Figura 71. O aquecimento a gás,
além de trazer um maior conforto ao banho, trará também uma maior segurança, pois não usará
mais a eletricidade para o aquecimento da água, extinguindo assim correntes de fuga que
poderiam escoar da resistência elétrica para a água, gerando probabilidades de ocorrência de
um choque elétrico, caso não existisse o IDR neste circuito elétrico.
112
Assim como as residências 01 e 02 não apresentaram o IDR para proteção contra choque
elétrico, também não apresentaram o uso do dispositivo de proteção contra surto (DPS).
Gráfico 10 - Questionamento 01
Como podemos analisar abaixo, nos dados apresentados no Gráfico 11, 75,4% dos
participantes, cerca de 56 pessoas, pesquisados residem no referido município. Portanto, foi
elaborado um novo questionário, que veremos nos próximos capítulos, focado neste público
para trazer informações específicas dentro da região onde o estudo está sendo viabilizado.
Gráfico 11 - Questionamento 02
Durante a vistoria, outro questionamento foi feito sobre a situação do imóvel: se era
próprio ou alugado. O resultado dessa consulta, conforme registrado pelos entrevistados, é
apresentado no Gráfico 12.
Gráfico 12 - Questionamento 03
Gráfico 13 - Questionamento 04
O objetivo deste inquérito foi filtrar os dados sobre a duração da operação dos sistemas
elétricos do entrevistado sem nenhuma manutenção de rotina. De acordo com o Gráfico 14,
constatou-se que cerca de 39,7% dos entrevistados não sabem informar qual foi a última
manutenção realizada. Em sequência, vimos que cerca de 20% das instalações elétricas
receberam algum tipo de manutenção na rede elétrica. Esses dados destacam uma tendência
preocupante, pois sugerem que pode haver riscos potenciais à segurança associados à falta de
manutenção dessas instalações, devido ao tempo indefinido. Em contrapartida, temos por
suposição que as manutenções recentes, conforme está no gráfico em questão, foram feitas em
caráter de urgência por falha em algum componente ou segmento da instalação elétrica, o que
é bastante comum neste público.
119
Gráfico 14 - Questionamento 05
Gráfico 15 - Questionamento 06
Analisando as falas, é evidente que a principal causa dos acidentes elétricos decorre das
condições perigosas existentes nas instalações. Isso é resultado de aterramento de proteção
inadequado, falha no isolamento de condutores elétricos e falta de conhecimento e atenção de
indivíduos que não são da área elétrica, mas se encarregam de iniciar as instalações. A
121
presunção de que a tarefa é simples e direta leva à ignorância dos riscos potenciais envolvidos
em tal atividade.
Gráfico 16 - Questionamento 08
Gráfico 17 - Questionamento 10
Uma medida de controle de risco elétrico que a NR 10, tópico 10.2.8.2.1 destaca é o
seccionamento automático da alimentação. Por exemplo, se um indivíduo sofrer um choque
elétrico, o dispositivo irá interromper automaticamente a corrente elétrica que está fornecendo
o choque, abrindo o circuito. O Dispositivo Diferencial Residual é um dispositivo altamente
reconhecido que executa esta função de corte automático. As especificidades de seu
funcionamento foram previamente detalhadas no tópico 4.3 deste trabalho.
Gráfico 18 - Questionamento 11
• Circuitos que possuem pontos de utilização que atendam a locais com banheira
ou chuveiro;
124
O seguinte cenário que pode ser abordado é de uma residência originalmente equipada
com um único chuveiro elétrico. Com o passar do tempo, o usuário instala chuveiros adicionais
sem se preocupar com o padrão de entrada de energia elétrica da residência
Gráfico 19 - Questionamento 12
Gráfico 20 - Questionamento 13
Como podemos visualizar no Gráfico 21, 27% dos entrevistados utilizam em sua
residência o conector de cerâmica, comumente usados em ambientes unifamiliares.
Gráfico 21 - Questionamento 14
Gráfico 22 - Questionamento 01
Gráfico 23 - Questionamento 02
Conforme NBR 5410, especialmente no item 6.5.4.8, disserta a exigência dos quadros
de distribuição sejam instalados em local de fácil acesso. Além disso, devem ser rotulados
externamente de maneira legível e resistente à remoção. Portanto, o QDC requer identificação
externa e interna para cada um de seus constituintes individuais. A localização da instalação do
QDC também é importante. É aconselhável colocá-lo o mais próximo possível do quadro de
128
medição devido aos custos com seção maior do cabo do ramal de entrada. Além disso, o local
de instalação do QDC deve estar sempre próximo às cargas mais significativas da residência,
como chuveiros elétricos, motores, ar condicionado e torneiras elétricas. É uma boa prática
colocar o QDC estrategicamente para evitar ou diminuir curvas, o que economiza material e
simplifica a execução do projeto.
Gráfico 24 - Questionamento 03
Quando avaliamos o estado geral dos sistemas elétricos das residências, em uma escala
de 1 a 10, aproximadamente 48% dos participantes atribuíram uma pontuação de 7,0 ou menos.
129
Por outro lado, 35,7% dos entrevistados avaliaram com uma nota 8, sendo a pontuação de maior
predominância, e apenas 16% atribuíram uma nota de 9 a 10, como mostra o Gráfico 25.
Gráfico 25 - Questionamento 04
O usuário final pode ser responsável por outros tipos de acidentes se fizer uso indevido
da instalação elétrica. Por exemplo, a sobrecarga do circuito pode levar a incêndios nos casos
em que vários dispositivos são conectados a uma única tomada elétrica que não é destinada a
esse uso. Os entrevistados foram questionados sobre o aterramento de proteção das tomadas em
suas residências, e o Gráfico 26 mostra que 28,6% dos entrevistados afirmaram que existe
aterramento protetor em seus circuitos elétricos. No entanto, 23,2% dos entrevistados
afirmaram que não há aterramento de proteção em suas residências e 48,2% desconhecem a
existência desta proteção, o que nos leva a ressaltar o quão relevante são estas estatísticas, pois
o aterramento de proteção é crucial para proteger os indivíduos do risco de choque elétrico em
instalações elétricas. É preocupante constatar que mais da metade das instalações elétricas
carecem de aterramento de proteção, medida fundamental de segurança.
130
Gráfico 26 - Questionamento 05
Conforme a NBR 5410, no tópico 5.1.2.2.3.6 relata, toda instalação elétrica deve ser
composta de condutor de proteção, pois é de grande importância no aterramento das mesmas.
Dentre eles, 64% afirmaram que a quantidade de tomadas elétricas nos quartos de sua
casa é adequada às suas necessidades. Em conformidade com as diretrizes de dimensionamento
descritas na NBR 5410, seção 4.2.1.2.3, referente aos parâmetros de dimensionamento dos
pontos de descarga, é fundamental quando se trata de instalações elétricas. Com a
implementação adequada pode levar à redução da necessidade de adaptadores, extensões e
benjamins e, consequentemente, diminuir as chances de sobrecargas elétricas e riscos de
incêndio.
Gráfico 27 - Questionamento 06
Fonte: NR 10 (2016).
Gráfico 28 - Questionamento 07
Outro ponto questionado aos participantes foi sobre suas prioridades quando se trata de
instalações elétricas. Especificamente, foram questionados se priorizam o custo final dos
serviços do eletricista, a qualidade e segurança da mão de obra contratada ou o conhecimento
do profissional. Os resultados, apresentados no Gráfico 29, indicam que aproximadamente 68%
dos pesquisados priorizam a qualidade e a segurança ao invés do custo na hora de escolher um
prestador de serviços de instalações elétricas. No entanto, um certo público de entrevistados,
cerca de 28% consideram o conhecimento do profissional como item importante.
Gráfico 29 - Questionamento 08
Gráfico 30 - Questionamento 09
Gráfico 31 - Questionamento 10
Gráfico 32 - Questionamento 11
No questionamento 12, foi exposto de um cenário familiar que surge no cotidiano dos
brasileiros: Solicitou-se ao entrevistado que imaginasse uma situação em que tivesse comprado
um eletrodoméstico, e ao chegar em casa percebe que ele possuía um plugue um pouco mais
grosso, comumente conhecido como 20 amperes, que não poderia ser conectado à sua tomada
de 10 amperes (de seção mais fina, logo, o plugue também possui um diâmetro menor). Dada
esta situação, o entrevistado foi solicitado a descrever qual seria sua ação em tal circunstância.
Gráfico 33 - Questionamento 12
Gráfico 34 - Questionamento 13
Esse tipo de conhecimento é fundamental – que uma ação aparentemente pequena pode
fazer toda a diferença na prevenção de acidentes domésticos e salvar vidas. É fundamental e de
extrema importância oferecer cursos de segurança para toda a população com o objetivo de
reduzir o número de acidentes domésticos anuais notificados pela ABRACOPEL.
138
5 CONCLUSÃO
Por meio de pesquisa exploratória realizada no município do Rio de Janeiro, este estudo
teve como objetivo avaliar a aplicação das normas vigentes, a saber, NR 10 e NBR 5410, em
instalações elétricas residenciais de baixa tensão. A pesquisa inspirou-se no grande número de
acidentes com eletricidade registrados pela ABRACOPEL em seus anuários estatísticos, apesar
da presença de medidas de segurança obrigatórias nas NR's e NBR's que são aplicadas em todo
o território nacional.
Por outro lado, apesar dos benjamins não serem recomendados, cerca de 76% dos
participantes da pesquisa relataram usá-lo em suas residências.
Dos entrevistados, 13% relataram conhecer uma pessoa que sofreu um acidente elétrico
que resultou em queimaduras ou parada cardíaca.
139
De acordo com a pesquisa, mais de um terço dos participantes relatou que a quantidade
de tomadas elétricas fornecidas em suas residências era inadequada.
61% dos entrevistados, alegaram que não fizeram nenhum tipo de manutenção elétrica
em suas residências nos últimos 5 anos e aproximadamente 20% não souberam responder;
Com base nos achados deste estudo, pode-se dizer que um número significativo de
residências situadas no Rio de Janeiro não atende às normas vigentes, incluindo a NBR 5410 e
a NR 10. É fundamental que os indivíduos se alertem diante dessas informações, pois
instalações elétricas perigosas podem resultar em perdas materiais substanciais causados por
sobrecargas ou levar a danos físicos em caso de acidentes. Contudo, é importante reforçar que
as condições inseguras presentes nas residências unifamiliares de baixa tensão sejam atendidas
prontamente por meio de gerenciamento de risco, como medidas de manutenção corretiva ou
preventiva, para evitar novos incidentes.
Com base nos pontos abordados neste trabalho de conclusão de curso, há várias
sugestões de projetos futuros serem considerados, entre eles:
Sugere-se que a NBR 5410 deveria obter algumas e nisso, teremos como resultado,
projetos futuros que podem ser influenciados pela edição revisada da NBR 5410.
Assim como a NBR 5410, a NR 10 também está sujeita a atualizações, o que pode
inspirar trabalhos futuros em resposta à publicação desta norma de segurança atualizada.
141
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABRACOPEL. Anuário estatístico de acidentes de origem elétrica 2023, ano base 2022.
Salto.
CLAVIJO, R., VERA, V. E LANDÍN, F. (2009). Análise dos riscos e perigos de incêndio
em estações de transformação de energia e centros de controle de motores. (Trabalho de
graduação). Escola Politécnica Superior do Litoral, Equador.
LOPEZ, J. (2003). Programa em Microsoft Visual Basic 6.0 para análise de riscos elétricos
em escritórios e centros de informática. (Tese de bacharelado). Universidade Nacional de San
Marcos, Peru.
SOBRINO, J. (2013) Hábitos para Melhoria Contínua. Lima, Peru: Olho Pródigo.
TREJO, J. (2013). Comparação das Normas NFPA 70E e IEEE 1584-2002 para Análise
de Arc Flash para Uso Adequado de Equipamentos de Proteção Individual. (Trabalho de
graduação). Instituto Politécnico Nacional, México.
a) Sim
b) Não
a) Até 1 ano
b) 1 - 5 anos
c) 5 - 10 anos
d) 10 - 20 anos
e) 20+ anos
f) Não sei informar
5) Quando foi a última vez que solicitou a visita de um eletricista para algum serviço de manutenção em sua
residência?
a) Até 1 ano
b) 1 - 2 anos
c) 3 - 5 anos
d) 5+ anos
e) Não sei informar
a) Sim
b) Não
8) Você conhece alguém que já sofreu acidente de origem elétrica e que houve alguma consequência como
queimadura, e/ou parada cardíaca ou invalidez?
a) Sim
b) Não
10) Você conhece alguém que veio à óbito decorrente a algum acidente originado por eletricidade?
a) Sim
144
b) Não
11) Em sua residência existe algum dispositivo diferencial residual, mais conhecido como DR?
a) Sim
b) Não
c) Não sei o que é isso
a) 1
b) 2
c) 3 ou mais
d) Não possuo chuveiro elétrico
13) Em relação aos chuveiros elétricos em funcionamento em sua residência, qual é a potência? (Se houver mais
de um, informar o de maior potência).
a) Até 4000W
b) de 4000 a 6000W
c) de 6000 a 8000W
d) Não possuo esta informação
14) Como é feita a conexão do seu chuveiro à alimentação da rede elétrica de sua residência?
1) Em sua residência tem quadro de distribuição de circuitos? É o quadro aonde ficam os disjuntores e você pode
ligar e desligar a alimentação de energia da sua casa.
a) Sim
b) Não
2) O Quadro de distribuição (caixa dos disjuntores) de sua residência é de fácil acesso caso exista situações de
emergência? Os disjuntores são sinalizados indicando a que pertence cada disjuntor?
4) Qual nota você daria para as instalações elétricas no geral da sua residência?
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
f) 6
g) 7
h) 8
i) 9
j) 10
a) Sim
b) Não
c) Não sei informar
6) Você considera que em sua residência possui uma quantidade boa de tomadas nos cômodos?
7) As instalações elétricas de sua residência foram realizadas por um profissional qualificado para tal função?
a) Sim
b) Não
c) Não sei informar
8) Em termos de instalações elétricas, o que você considera mais relevante nas manutenções a serem realizadas?
a) Qualidade e Segurança
b) Preço
146
a) Sim
b) Não
a) Sim
b) Não
12) Imagine a seguinte situação: Você adquiriu um novo eletrodoméstico. Ao chegar em casa repara que este
equipamento tem um plugue um pouco mais grosso (mais conhecido como 20 Amperes) do que o normal e não
consegue conectar na tomada que é de 10 A. O que você irá fazer?
a) Sim
b) Não