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Apostila de Introducao Ao Estudo Do Dire
Apostila de Introducao Ao Estudo Do Dire
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9 de Outubro de 2019
1. O que é Direito:
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Conceito 02: “O Direito é processo de adaptação social, que
consiste em se estabelecerem regras de conduta, cuja
incidência é independente da adesão daqueles a que a incidência da
regra jurídica possa interessar”. (Pontes de Miranda)
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Enfim, o direito é um instrumento de pacificação social, que visa
favorecer o amplo relacionamento entre as pessoas e os
grupos sociais, a fim de manter a ordem e coordenar os
interesses individuais e coletivos
4. Direito positivo/natural:
CONCEITOS:
O Positivismo Jurídico:
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No positivismo, a lei tem destaque total. A sociedade necessitava
afastar a abertura do sistema jurídico aos valores jusnaturais, vez que
muitas atrocidades eram legitimadas em nome do Direito Natural.
Buscava-se segurança jurídica e objetividade do sistema, e o Direito
positivo cumpriu bem esse papel.
Hans Kelsen (1994) coroa o positivismo iniciado por Comte com sua
Teoria Pura, estabelecendo o positivismo jurídico ou juspositivismo
(LACERDA, 2009). Para ele, o direito deveria ser considerado como
tal, independente de outras ciências ou da moral. As fontes do Direito
“têm que ser buscadas apenas no próprio Direito, excluindo-se as
fontes extrajurídicas”. O estudo do Direito deveria ser desprovido de
valores, já que a moral seria extrínseca ao direito.
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Para Kelsen, então, o direito e a moral se separam. Assim, é
válida a ordem jurídica ainda que contrarie os alicerces
morais. Validade e justiça de uma norma jurídica são juízos de valor
diversos, portanto (uma norma pode ser válida e justa; válida e injusta;
inválida e justa; inválida e injusta).
1. Direito objetivo/subjetivo:
1 – Espécies:
Direito Potestativo: aquele exercido pelo titular per si, não depende
da aceitação da outra parte.
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OBS: a partir do conhecimento do direito objetivo que se deduz o
direito subjetivo.
FONTES DO DIREITO
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Exemplo: Se lá nos EUA dois homens desejam realizar uma adoção,
eles procuram outros casos em que outros homossexuais tenham
conseguido adoções e defendem suas ideias em cima disso. Mas a parte
contrária pode alegar exatamente casos opostos, o que gera todo um
trabalho de interpretação, argumentação e a palavra final fica com o
Juiz.
É bom lembrar que nos países de Common Law também existe a lei,
mas o caso é analisado principalmente de acordo com outros
semelhantes.
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2.1) estatais: são produzidas pelo poder público e correspondem à lei
e à jurisprudência.
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Os tratados internacionais, em regra, tem status de lei ordinária,
contudo, com o advento da EC 45/04, o tratado internacional que trata
de direitos humanos, “que forem aprovados, em cada Casa do
Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos
respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais”
(Art. 5º CR/88 - 3º da CR/88).
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Contudo, não se trata de norma impositiva e não deve o
operador do Direito curvar-se à súmula, se entender que é
hora de mudar. Nem mesmo os membros do tribunal que expediu a
súmula estão a ela vinculados, embora seja ampla a importância desse
instituto.
A função do juiz não é dar o Direito, não é criar o Direito, mas sim
interpretá-lo. Essas interpretações podem trazer benefícios para a
compreensão do ordenamento jurídico, sendo, portanto, fonte do
Direito.
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Para ser aceito exige-se que o costume tenha amplitude, isto é, que seja
geral e largamente disseminado no meio social. Não é necessário,
porém, que a sociedade como um todo tenha dele consciência. O
costume pode ser setorizado. Seu maior campo de atuação é, sem
dúvida, o direito comercial (empresarial), com suas práticas, quase
todas elas de origem costumeira.
ESPÉCIES DE COSTUMES:
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1.1.4 - Direito Penal
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É o ramo autônomo do Direito Público encarregado de regulamentar os
direitos políticos dos cidadãos e o processo eleitoral. Conjunto
sistematizado de normas destina-se a assegurar a organização e o
exercício de direitos políticos, principalmente os que envolvem votar e
ser votado (Art. 1º do Código Eleitoral - Lei nº 4.737/65). Em outras
palavras, o Direito Eleitoral dedica-se ao estudo das normas e
procedimentos que organizam e disciplinam o funcionamento do poder
de sufrágio popular, de modo a que se estabeleça a precisa equação
entre a vontade do povo e a atividade governamental.
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Mundial do Comércio), para auxiliar na descoberta de interesses
comuns, e de que forma interação dos Estados vai se dar. Os
instrumentos dos acordos entre os Estados são denominados tratados.
DIREITOS COLETIVOS
Direitos difusos;
CONCEITOS LEGAIS
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(Art. 81, parágrafo único da Lei nº. 8078/90):
Os Direitos difusos são todos aqueles direitos que não podem ser
atribuídos a um grupo específico de pessoas, pois dizem
respeito a toda a sociedade.
Por fim, essas pessoas devem estar ligadas por circunstâncias de fato
(situação de fato); Ex: pessoas que residem numa área que será
inundada por uma hidrelétrica; habitar nas margens de um rio onde
são lançados produtos poluentes; os direitos ligados à área do meio
ambiente têm reflexo sobre toda a população, pois se ocorrer qualquer
dano ou mesmo um benefício ao meio ambiente, este afetará, direta ou
indiretamente, a qualidade de vida de toda a população.
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interesse indivisível, cujos titulares são ligados por uma circunstância
fática.
Como o direito difuso à segurança goza de proteção legal (arts. 129, III,
CF e 81, I, CDC), é patente que podem ser objeto de ação civil pública,
nos termos do art. 1º, IV, da Lei 7.347/85. Esta rege as ações de
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responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados "a
qualquer outro interesse difuso ou coletivo".
Ex: direito dos advogados de não recolher o COFINS; STJ decidiu pela
proibição de cobrança unilateral do serviço de “proteção adicional” aos
proprietários de cartão de crédito. Neste caso, os liames entre as
pessoas são jurídicos.
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Outro exemplo é dos compradores de veículos produzidos com o
mesmo defeito de série. Sem dúvida, há uma relação jurídica comum
subjacente entre os consumidores, mas o que os liga no prejuízo
sofrido não é a relação jurídica em si (como ocorre quando se trata de
interesses coletivos), mas sim é antes o fato de que compraram carros
do mesmo lote produzido com o defeito em série (interesses
individuais homogêneos)".
MP;
Defensoria Pública
PRINCÍPIOS JURÍDICOS
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A pós-modernidade concretiza a era da normatização dos
princípios, isto é, princípios e regras são normas jurídicas. De fato, os
princípios são as fontes basilares para qualquer ramo do direito.
Leciona o eminente Celso Antônio a definição de princípios:
Como se observa, os princípios são normas que ordenam que algo seja
realizado na maior medida possível, dentro das possibilidades jurídicas
e reais existentes. Enquanto que as regras jurídicas são normas
jurídicas que só podem ser cumpridas ou não. São determinações.
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De qualquer modo, parece certo que cada um deles possui
sua força, seu peso e sua relevância. Há hierarquia axiológica
entre eles, que deve ser apurada e valorada concretamente.
Os princípios da privacidade e da intimidade, da preservação
da integridade física etc. são relevantes, mas em algumas
situações probatórias eles sucumbem diante do princípio da
segurança ou da persecução penal (possibilitando ao juiz
determinar a realização de uma prova, mesmo contra a
vontade do réu. Por exemplo, quando o agente está portando
droga no estômago).
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS:
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São estes os principais princípios constitucionais:
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LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos
acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa,
com os meios e recursos a ela inerentes.
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DEONTOLOGIA: é uma filosofia que faz parte da filosofia moral
contemporânea e sua origem significa, em grego, ciência do dever
e da obrigação. É uma teoria sobre as escolhas dos indivíduos, quais
são moralmente necessárias e serve para nortear o que realmente deve
ser feito. O termo foi criado pelo filósofo inglês Jeremy Bentham, no
ano de 1834, para falar sobre o ramo da ética em que o objeto de estudo
são os fundamentos do dever e das normas, deontologia é também
conhecida como" Teoria do Dever ".
NORMA JURÍDICA:
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Norma é comando ou regra de conduta. Expressa a vontade
do Estado por intermédio do legislador. Esta vontade é
materializada na lei.
d) imperatividade: obrigatória;
1. Quanto à hierarquia:
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No primeiro plano alinham-se as normas constitucionais,
provenientes da Constituição e as emendas constitucionais, que
condicionam a validade de todas as outras normas e têm o
poder de revogá-las.
Espécies normativas:
LEI COMPLEMENTAR
LEI ORDINÁRIA
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O texto constitucional se refere à lei ordinária apenas como lei, sem a
utilização do adjetivo “ordinária”, visto que este está implícito. Mas
quando quer diferenciá-la de outra espécie normativa, normalmente
traz a expressão “lei ordinária”. Ex: “A iniciativa de leis
complementares e ordinárias ...” (art. 61 da CF). Pode ainda utilizar a
expressão “lei especial”. Ex: “esses crimes serão definidos em lei
especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento” (art.
85, parágrafo único da CF).
LEI DELEGADA
2. Procedimento:
A legislação sobre:
2. Pressupostos de admissibilidade:
Tendo em vista que toda matéria que deva ser tratada por meio de lei é
matéria relevante, na medida provisória a matéria deve ser
extraordinariamente relevante. Além de ser relevante, tem que ser
também urgente mais urgente que o procedimento abreviado.
DECRETO LEGISLATIVO
RESOLUÇÃO
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Formação da Lei:
Processo Legislativo:
1. Conceito:
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- Sanção: aquiescência, ou concordância do Chefe do Executivo a um
projeto de lei aprovado pelo Legislativo. É ato da alçada exclusiva do
Poder Executivo: do Presidente da República, Governadores Estaduais
e Prefeitos Municipais.
VIGÊNCIA DA NORMA
IMPORTANTE:
Para que a norma possa ter vigência de fato se faz necessário passar
por seis etapas: iniciativa, discussão, deliberação, sanção, promulgação
e publicação.
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Portanto, com a promulgação (declaração de existência da Lei), a lei
passa a existir, mas o início de sua vigência é condicionado pela
chamada vacatio legis. Pelo sistema brasileiro, a lei entra em vigor em
todo o País quarenta e cinco dias após a sua publicação. Esse prazo é
apenas uma regra geral, aplicada quando a lei é silente.
IMPORTANTE:
b) decurso do tempo;
c) desuso
IMPORTANTE:
IMPORTANTE:
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Repristinação: Restauração de uma norma revogada pela
revogação da norma revogadora. Quando uma lei revogadora
perde a sua vigência, a lei anterior, por ela revogada recupera a sua
validade.
IMPORTANTE:
IMPORTANTE:
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Princípio da Publicidade
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c) Norma jurídica: falamos em norma jurídica como gênero, uma
vez que não são apenas as leis ou normas jurídicas legais que precisam
ser interpretadas, embora sejam elas o objeto principal da
interpretação. Assim, todas as normas jurídicas podem ser objeto de
interpretação: as legais, as jurisdicionais (sentenças judiciais), as
costumeiras e os negócios jurídicos.
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Declarativa ou especificadora:"aquela em que o intérprete se
limita a ‘declarar’ o sentido da norma jurídica interpretada, sem
amplia-la nem restringi-la. (...). A declarativa, que pode ser chamada
também de especificadora, seria o resultado normal e rotineiro do
trabalho do intérprete na fixação do sentido e alcance da norma
jurídica"(p. 273).
DIREITO E JUSTIÇA
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A justiça é o polêmico tema do Direito e, ao mesmo tempo, permanente
desafio aos filósofos do Direito, que pretendem conceituá-la, e ao
próprio legislador que, movido por interesse de ordem prática,
pretende consagrá-la nos textos legislativos.
CLASSIFICAÇÃO DA JUSTIÇA
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A justiça social observa os princípios da igualdade proporcional e
considera a necessidade de uns e a capacidade de contribuição de
outros.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Disponível em: https://claudiamaraviegas.jusbrasil.com.br/artigos/689271420/apostila-de-
introducao-ao-estudo-do-direito