You are on page 1of 20
Mario Cesar Barcellos ©) z 5 Coppi 1958, Dy Mase Cor Beret ber Crise Peoandes Wort Coordonegdo Eiral son Brew Reviso Tivos ‘Gisee Dara Sargcis Helos Brow Pdnaropae Blew dnc Vso Bares Capa Leonard R. Cervo usages de Koi: Mario BeedlosNeto isciiana Coen Brees CIRBRASIL CATALOGACROAW-TONTE SINDICATO NACIONAL DOS HDFTORES DE LINROS. B2IB) Barcel, Maro Ces, 1953+ Tunberesa: es cataas de Aral! Meio Ces Barellos= Ringe sana: Pals, 199% “nel Boge sspwesai7olsea rasta cop 73.2209 cou 72096 ee pues MARIO CESAR BARCELLOS: Jamberesu: As cantigas de Angola @ Rivée Janeiro 1998 ‘SUMARIO ‘Aggadecimentns Especais / 7 InMemoriam / 9 Saudagoes | 11 Profico | 13 Irwrodugso / 17 Diferencas Gramaticals {21 Histb:iade Angole J 23, Aluveié 1 25 NkostMucumbe / 33 Kabila | 38 Katende / 46 Angor® / 49 Keviungo / 54 Nenze-Loango / 60 Matamba (65 Kisimbi (71 Tese-Kompenso / 73 Keitumba 74 Zumberonda { 78 Kitemboou Tempo / 81 Vunji / 85 Lembaranganga / 89 Camiigas Riwalsicas / 93 Invocagio dos Anoestalse dos Deuses / $7 Invocagfoda Rua / 98 Saudacéo aoSol / 101 Reza de Fixagio de Forcas por Meio das Ancestrais / 103 Lusambu Kabula {105 ‘As Fothas naNagio Angola / 107 Cargesna Caso-de-Santo 113 Conclusio / 117 Blblicgrafia / 121 A todos vocts, um agradecimento espacial, paloque voces representam em minha vida, minha lta € objetivos. ‘Que meu Pai e meu Rel, KASILA-ORITALANDE, osabengoe! Agradecimentos Especiats Dr, sae Diogo da sha ~Cénsul-Geral da Rpitlica Popular de Angola, que preacia este ve. Dr, Andié Mergaco ~ Adida cukural da Angola no Brasil, pela arizade, conselhos e todo o apoio. Mario Barcellos (Obs-Teleud) e Amslia Duarte Barcal- los Meus pais, que sempre estiveram ao meu lado e me transmitiram conhecimento, discernimento e nolo d= respeito e carinho pele religizo e pala cultura, ‘Deusa Costa Barcellos (Dofonitinha D'Oxumn) - Minha exposae me-pequana de minha Casa, porse revelar, cada sia, a mais maravilhesa conselncira e companheira. Catarina Mariano dos Santos (Anju) de Nzaze-Loarg Minha mui querida irnd-de-santo, Moab Caldes (RS) ~ Baluarte na luta em defesa do Espirtismo no Bras lin Memoriam). Mie Ideleuts de Oxoguian, Presents do INAEOS- STECA3— A quem devo respeita ¢earinho porsualuta pelo Cendombie ‘Mesire Agenor Miranda Rocha (Babalawo) ~ Una lenda viva, conselhero, gai amigo, senhor. © gua de todos 08 eladorese zelaccras- da. canto neste pas. Meu profundo agredecimento e carinho, par todos as orientages e bons conselhos, Mestre Agenor, ser divide, €o orga ce toda ‘magio cancomblosi. ‘A meus fos, incentivadores e colaboradores Nunca poderia esquecer dle dedicar esta obra a um .gerde homem. Imao, amo, ineentvador, corselheiro © membre de minha Case, no cargode "Tatetu-Ndengue'(Pal= Pequero, Falo de José da Silva Pinho, Pai Pinko pare seus filhos pequenos; Dumeci, sua cijina de santo Meu trio Pinho, militar apesentado e done de um cexcepcional carter, nesta vida se iniciou na NagSo Argpla ppelas mAos de meu pai, Mario Batcelis. Filho de Kaviungo (Cmolu, sempre teve um comper= tamento reto, nobre,ordeio, honesto © enorme capacdade personalidad, Deixou, por erto, enorme saudade, mas acim dso, pot legoua eran de com deve proceder umborrem da ‘Ao meu querido imo, hoje membro desta vasta e imarayilhosa Ze Natureza, 0’ mets mula, com profindo Garinho, respeito e saudece, Deus tenha 20 seu lado! 2 # a5iMes ~ MAMETU MAZA MAZENZA —"KISIMBI E* ‘Oh, Meda Agua Doce - Kisimbié! KAITUMBA/ DANDALUNDA DANDALUNDA MAM'ETU —"KAITUMBAY ‘Oh, Mie Dandalunda —Keltumbl ZUMBARANDA MAMETU IX! ONOKA ~"ZUMBARANDA Me de Terra Molhada— Zumbarandé KITEWBO ZARA KITEMIBO ~'KITEMBO 10" ‘Gloria iterioo ~Kembo do tempol WN \VUNII PAFUNDI —"VUNIFE un} Fellz—Bervindo! LBMBARANCANCA KALA EDI! SAKULA LEMBA-DILE—"PEMBELE* ‘Quietos! Af vem o Senhor da Paz ~Eu Te SaGcol ‘Saudagées ALUVAIA, KIUA’LUVAIANGANA'NZILA— "1UA* Vive Aiwvas, Senhor dos Camiahos - Vvat NKOSIMUKUMB! TUNA KUBANCA MU ETU~ "NKOSI ‘Aquele que brige por née ~ Neos El KABILA KABILA DUILU~ "KABILA" Cagador dos Céus Kabila KATENDE . KISABA K/ASAMBUKA ~°KATENDE® Folha Sagada~Kacendel ANGORO NGANA'KALABASS ~ "ANGORO LF? Senhor do Arco lis Angoro Hoje! KAWUNCO TATETU MATEBA SAKULA GIZA —"ODUBE" ‘0 Pai da Raia esti chegando -Silénco! KAMBARANGUANII /NZAZELOANGO ‘A-KUSMENEKENE USOBA NZAII -'NZAZE" Sale 0 rei dos ais ~Grance Raiot MATAMBA 7 NENCUAMAVANIU -"K/UA MATAMBAY Sennora ds Ventas Viva Matarrbal TEREKOMPENSO MUTONI KAMONA TEREXOMPENSO~'MLIANZAE! Pescador Menino Tere-Kompenso —Rio él Prefatio ‘Asociologia,em profundidade, ndo fazcom quedese- peregamosvelhos problemas, as, ao contrat, laos com= plice'para melhor resalvé-los de ecordo com a riqueza e 8 ‘eomclexidede co real. Isto a5 relegses do veligisn e do néoreligono 0 fenders social tl efevamses0 mesma amga o plana ‘ertical ene horizontal inserevern-se no estudo das elagSes dialeticas entre os diversos estigos de realidade, do mor fologico’ conscienciacletivae em cada um dose esis ‘Talvez poder ze-ia supor que o equlfbtio das formes de sociablidade t'xeta a predominar sobre 2 hlerarqula ‘espeifca dos rive na ostturagto ¢ na desearuturagio dos grupos, enquanto a tendéncia sera inversa no caso da sociedad global Acscravidlio, com eft dividiv as sociedades globais afvicanas ac longo de urna linha futuarte que separeria, de am noo geal o mundo dos snobs cst epesrtagoes ‘bletvas, dos valores, do munco das esrutura sciais€ das ‘suas ases mordlégices. ‘A anscpologia cultural fundamenta-se, em carta medida, na citingao das cviizagoes, des esvutures ecias, ob. pretent justamente de que as chilizates podem pas- dard uma estulura ¢ outra, que podem trarsformar 250 ledade. Mas 0 seu ponto fraco esté em estudar quasc ‘oxclsivamente os fendmenosda aculturaco come simples ferémenos de-contatne demistura de ckiizagdes,sernlevar Mibiaitirkahta dint sacks ce techechuce oAar eee f As ba, se lets hd, que regular o jogo das intespene- tragic, n80 atuam ro \azio: operar nas situagtes gals {que as determinem — forma ¢ contetdo. Os valores aff- ‘anoseram tazidos pare urn rundo now, Olivo bantoretrataa reflexo profunda de uma tse sirpbctica de natureze cu tural que o regime sepregacionéia ‘oloralita porugutstontou clare que seus dascendentes Dreservam comzelo,carinhoe amor. (Os poves bantos, que englobam conto 2 cngoenta milhdes de pessoas, aparecem com caracterfsticas étnicas ¢ Cuturas comune e foram um dos gps humans mais ‘mportartos ds Aa, E30 explores a or sudanesa até ocabo e desde 0 Atléntico ao Indico. fsta cultura fol exitad @ dada a conecer ao mundo pela “negrtude”. Outros tertaram também fxar a “Per- Sonalidace Aficae aatricanidade, Adosignacéo “bart” nuncase refere a uma unidade ‘ecial,Asua formacto eexpanséo migratriacriginaram uma enorme variedade ce cruzamentos. Assim, no se pode falar de raca banto, mas ds “povos bantos isto €, comunidades culturascom civiizagiocomume Irgzsaparentacas. Ne Aiea, quando morre um valho, um tvanancal de corhecimentes cuter uma bisteca, A ‘unidade cultural tradicional negro-efteana intensticnirse com 0 tlio des eseraos ¢ com o coleialsme e consol dlousse re Avica moderna com achamada "comunidade de sofrmerto". (© nacionaisme também reforgoueste esting comarn histori, porque os oor gou a uniterse nas has de ber ‘cdo. dramelico que se a0 nico contnente,nasun quaca tolalidade, a Gnica race unida esolidéra a partir de lute exatparad pla vce, pe ere, pos dae, plo respeli e pela subs'sitnce. O nego alticano orguhe 26 de Sua sldariedad, de sia unkade e do destino comurr, fa ‘Me acontecem esses encontros, — 15 ‘ores queimpediram as rupturas vclonas verifies emou- ‘os continentes. Entretano, a presence de forcasteligosas nfo € sem pe uma presenge de medio, mas, também, de orcs, de paz ‘v6e alegia,E, dizendo iso, ro aludimds unicarvente 80 ‘titanisio etl, mas, amb, 8s formas primitives re= iiglio, Recuso-me subtohar que est trabalho represent a ipttquisa das origonsda religl,o quo re fala pasar de tere faciolégicaafilos6ica (mesmo que seaflsofiasaciotgica, info detxa de ser flosofia). roponho-me, sin, 2 reafirnar quaelareftece um cacosuigesiens num caso especie, os d- Yooostipos de elagbes entre a cilzaco ban ea reign oegho Angoa” [Nesta aborlagem,encontraremorssretomadss dum blema de culo # religo afo-braaeivos com sinitudes lnguticas e orignals de Angola ‘As concepabesrligioas,longe de produziorno meio 1208}, 8 produtos dele. Se ume vez formals, eager s0- bres causs que asec, west ag una sera ‘eile rae O probler da compreensdo, quero see emo eotinlogia da alii “asta angle’ roo ead, pote, upmpletamente afastado, porque aie aco dos homens ou ‘es grupos, dos sexos, ou cos glopos de Hade é defini por twossttmna de smbolorrelgasoe que hed manele Dy. nae Diogo da Sha (Cen Caral ds ecottiea Populerce Angola Introdugao No Brasi, foram concebidas aquilo que conhecemos como nagSes-de-santo, isto & 0 Candomblé de Angola, 0 Candombl de Keto, 0 Fwefon ou Joe, 0 jd e algumas praticamente extintas coro o Xambé eo Male. No caso especificada nagio Angola, sua denominacéo tmels comum, os escravosrazidos da Afica era prevenion- tes de Angola e do Congo falavern inGmeroscaletas, com predomingncia do quimbundo (da Angola) e do quicongo {do Congo) fm tas afcans os dog ates so fotsins e€ comumasangolznosfalarem, deste equela epoca, o quicong «os congoleses o quimbundo. Ambossse multossemelhantes, defa faciidade de essmilacio, 'No Bras, angolanos e congoleses foram misturads & \endidos genoricarrente como eserovos, Paraossenhores de enigenho-e meccadores, eles no passavam de umas6 coisa ~ fram negociados como negras antos, denominagso geral daca, Dessa forma, os escravos desses dois patses aticanos passaram 2 conviver em senzalas como iihos da mesma terra, com idioma, rtuaise costumes bastarte parecidos. Em ‘maior ndimero, os angolanos fizerem predomninar seus fun- contrrio dos iorubanos 0s bantos culavam seus inguices ce acordo com a veasi. E certo que exisiem multas dierengas entre Ketos € Angolas, mes, no Brasil, a terdéncia fol a dscutvel unit- ‘azo. Coctuso, & importante perceber que a medida que pesquizamos e reconstruimos as cultures afticanas, mais ‘escobrimos que o candombié de Angole@ demas religioes sho cults de profundsatradigao e saber, oriundos de povos pox multos sus desprezadios e considecads desprovdas de cultura pel cslonizador. Sojar bem-vindos 20 uriverso ‘rilico-eligioso des bantos, ao muindo magico des Munzan- sala Kitembo (hos do tempo) ‘eligioses. Em linhas gerais, tudo que se referia aos negros ban- tosera conhecido coma perce co rtual da nagAo Angoa ‘Mais concentrades no Rio de Janeiro, os bantos rece- beram nesse dade um tratemento host, acentuado pela cds, quando se carta para todos ees, numa ordem deter- rminada; os angoleiros conhacem e praticam o Jamboresu, que €orituel ce invocacéodos inquices (divindaces) © cose tumam tocar seus tambores com as mos ‘Outros rituals saprades sio feites de forma diferen- dada, comoo ritual finebre, que entrees jorubsroschama- $2 ater8 e entre os angoleires, vuriby Obviamente, 30 Iremosentrar em detalhes quanto aos rituaisemsi, porsecem Secreios, mastenham certera,s6o muito diferenciados, pro- fundamente sérios e ce rarsima beleza plastica, embora se Jam Kcgubres, pois a morte, muito temida pelos povos ‘amiss, ou seja, por aqueles que exBem que a natureza tanha vida e vontade p-6pries, 6 encarada comoa passogem pare um mundo meis evolufdo, ou seja, © mundo des ‘quices ou ors Essternncmerosrualsclerentes ene os candombies a Angola e Keto, as nagoes que mais so dostacar no Bras, pincipalmente no 0 Rio-S50 Paulo-Babia, Também en- (entvames casascde-clto Angpla e Keto em Minas Cera Ser- pe ral, Colt no Re Cane do Su) sro qu nae timo fi precmindncia dos cats Batuguee Umbanda. Em rela ts cores dos orxése inquces, as ferences silo pequenas,jé que cada inquice domira uma fora da (ebireza, tanto quanto 0 orixd. Como exempl, 0 inguice Kotende, regente des folhes. Sues cores séo branco verde; (Ossaim, orca das eras tamsm usa as cores branco ¢ verde, Talveza maior ciferenca estejana questio nica, bem ccomo da orgem raligioss, em se tratando de Afica. Os lorubanos, cuje império foi fundado por Osuduwa, na Nigérie,fronteira com 0 Daomeé, hoje Repabica do Benin, foram absorvendo aos poucos doterminadas divindades Uma da outa, como por exempl, a incorporacéo do orixd Nana pele cultura ioruttana. Outro caso, os iorubanos vin- Gulamocalto aumdeterminado orxé auriaregiéo especiica, Fr exernplo, Oxoghd cukua Oxum; Oy6, Xangh; te Diferencas Gramaticais ster algumas variagées gamaticas em relagio 3s ln- fps quimbund 2quizangs que precisam ser abservads: 11) Osyerbos no iafintivo,eujoprefxe & KU em qualquer situacao, na lingua quimbundo leva o hifen () no inicio da pala. Exemplo: -ZUELA ier, fala deve se ido KUZUELA 2) Os verbos substantivos conservam o prefixo. Exempla: KUTUMAKA (obediénca) 3) Naslinguasquimbundoe quicongo as vogaist8m, imvaria~ velmente, © mesmo somn que na fngua portuguesa, Aex- cacao do “e" fina de algumas palavres, que tém o som de “1”, como, por exemplo, MUBANGE, MUTUNCE, ‘Que se pronuncia “MUBANG)”, ’MUTUNGI”. Com re- lagdo as consoantes, cbservamos as excegies: °G" jamais tem 0 som de “J". Exempio: NDENGE (pequeno) soa coma NDENGUE. *H1" = € sempre sepirado, No exemplo 62 pata pia hingintdih on em OS Ghinaeueee “N* ~Antes da consoantes, saa como “INY’, como forma, de flexionar as palavras. Exemplo: NKISE (santo); NalLA (carinho}. "S"~Soasemore como “ou "ss", porém, nunca como *2"_Também tem o valorde "X" quande vem antes danse 4) As conscantes 8, D, Gj V, 2, a0 iniciar substantive, sao precedidas de “M”" ou "N’,sendo inseparsvels nas ‘quebras de stabas. 5) Outro exempo 6 com rolaczo as consoantes 8, D, J, LP, RT, XZ. Flas podem ser trocadas umas pelas ‘outras. Como exemplo, KITADI ou KITAR! (dinheiro), 64, ainda, KUDIA ou KURA (comis), Entre os ios Kwanza e o Dende, encontram-se local 2zados 0 grupo etno-ingSstico quimbundp, que tinha quase 2 dobre poplago do Cong, Nos hs de ho, Weal zainos esta etvia desde Luanda, capital de Angola, até a babea de Kasai, na parte onental da provincia de Maange Portanto, emibora exstam até 05 cias de hoje 43 diale- ts diferentes ¢m Angole, 0 quimbundo destaca-se como 0 mais antigo e como 0 segundo idioma nacional angolano, pelas graces proporcées apresentadas. Dige-se, einde, que 0 quicongo, dialeto proveniente deo eine do Cong, acabou por set anexado 2 Angle © mo jé hava mencionace ante, estes coi daltossofreram fusio no Bras, sendo peifeitamente compreendido pelos angolanos e congoleses antgos«tamisém poe quem ectuda pesouisa dialetos daquela parte de Atica. Nos dias de hoje, Angola tem como idioma veiculer 0 portugués ea rlig20 predominante @ 0 catnlicimo. Con. ‘tudo, 0s angolanos ainda cultuam os inquices, mantendo vi vasa cultura ea religiéo de seus ancestas. isso s6 acontece na lingua quimbundo, "cr ~Substitu em qualquer stuagio as tras “Q"e""C, "YM" ~Séu objetivo € nasalar de forme leve, como no ‘exemplo AMBOTE (bom). istoria de Angola Fm 11 de novembro de 1975, nasceu a Repiblica Popular de Angola, decoridos, apreximadamente, cinco séculos de colonizaxgo portuguesa. fx-Provincia Ulame- tina, foi criada a parirda decisto da Conferéncia de Berm entre 1844 e 1885 ~ em que se determinou que a Africa do Sul tera de ser dvidida em terrsrios que estariam sob a diragio da Franc, Inglatora, Portugal, Belgica e Alemania, Na Afica do Sul do Zambeze, regio que inclu An- sola, existiam, no per'odo colonia, diverss reines ovgani- odes. Entre oles, doistiveram grande destaque: as do Congo e doNdorgo. Quando os primeiros colonizadores_portugueses chogaram ao estuaio do Zaire, em 14132, entraam em con- {ato comum das maioresestados do suldo Saar, Reino do ‘Congo. No inierior do teriéio, existam Indeneros rlnos, ue alert Sapna ae an oo Estes teritdrios autOnomos sio Luengo, Kankongn, Ngoyo ‘bata, Maemba, Moomba, Hsumbi, Soyo eo maloreomas Important, 0 Ndongp, cujascberano era Neola, que, segundo consta, des origem ao nome “Angola”, Outra versio cz que 0 home “Angola” teve origem na palavra Jingoia, de origer quimbundo, que significa uma pequena peca de metal que 8 tornou um simbolo de autorade polfca entre as I= nhagens quimbundo. Contudo, & certo que o nome “An- ola” 6 originario do grupo etno-tinghistico quimbundo. capital do reino do Congo, & épaca da chegaca dos portugueses, era Monnea-Kong, na alval provincia do Zaire. Na paiteocidental e central de Angola encontrava-e o Reino dos quimbundos,o Reino de Ndongo, cujrei era Ngola, Aluvai (© inguice Alas cortesponde 20 fms nage Bru. Sus eores 0 Dretb, roe ventho encarado, Kabula Kongo jamugorge, ii, ere, Kongoj jamugoree.. Kongo, yf kujanjo! ngojto que bebe, ras noe protege, Dono dos Caminhs.. Kongojioainta osofrmertol Konjirtcc, ongojié ac, Kongojirojamugorge, Korgojrd ae. Kony iro, sim! Kongojro, sim Kongo de Ouro & ‘Mavile, mavile, mavile mavango... EXompesue.. 12,174, EXompesua. ‘Um mavile, e urn mavile,) Eun mavlemavango, Eum mavile, eum mavile, Eum maviiede o! Mavile, Mave, Mavile, 0 obreita feito do baro, ‘Conquisia como soberano, ‘Conquista come soberano ‘Mavile Apavend, Mavile Apavens.. AMavile Apavend, Maile Apavens, Suaallea, dave, Mavle Apaveni! Mavile Apavend, tavile Apavena..” ‘Mavile Apavend, Mavile Apavend, Sua aldeia 60 pénis da etlidade,? ‘Mavile Apevenal Tile qubde pe deli ne Se ‘Ryne er obec Se eee TR eee ee ee. Kongojiro, sim... Sloane, gangs, Ngangato eke, Kengojie Sipange, ngangzio, Ngangaio le hive, Kongojire Um idole néo fazsujiras, Nao abendona, no foge. Ele $ Kongo. Mavie aindave, Mavile aindave, Mave airdave, Mavile aindave, Sus aldei, ndave, Mavieairdeve! -Mavileo pis da feriidade, Mavileo penis daferilidade Em suaaldeia, 6. pénis da ferilidade, ‘Maile, 0 pis da fertiidade, Inge nge, alnaaina kakake, Inge, inge, ana aina kakako. Ele 6 mesmo um tigre... um tigre! Ele temo pélo de um tigre iol, biol to mavango, iit Kaka, Arisada do conquistador Se faz ouvir. le tom a pele do tigre. Auld sisa, 6 sisaluancla, Auta sia, € sia fuk, ‘Sha € uagange. Enfim, contemplaremas 0 que fol nomeado Enfim, € nomeedoo 'goveinador’ (0 podereso que 6 imoedvel.. 0 Barra-vento foma lt zekuzeku, ; Olhazehuié, Indl, nal Toma ézoku eho, Indarule,kasaw sau" indarua. Ohrazehuré. Indarule, kesau-sau incanale, Indarue, karsensinha indarul Fle pressontea perigo, Como. urtiga que queima Num simples toque. Mavilutango? malacaulle, ave, Mavilutango matutauile, mavile, ‘Mauitango imakutaule.. nave, Maviluango makutauile Mavlutango, toma a responsabilidade... Tamil, para bebe, ‘Olke, para beber com alegra Tomé lf, para comer, Oke, pare comer comalegia Sala, saindembu... raxia Sai, saindembu... naar Para haver o perfume, oferendamos... Parataro perfume, oferenciamos. Tenda tend4, kongojiro, tend. tenda tendé, kongojio, tendaid, Recodla,recorele, Kongojiro, record Recoide, ecorca, Kongo, seu valor. Thidir® vem tomarsxo x0, Tibi ver tomar x0 x0. Tibir, vern tomar Sua Oferenda, i ia terion ’ ¢ Se anes ‘Apés Aluvaia Batra-Vento Sambangole ingregre so, ngre so. Sambangols ingregreso,ingre so. Benzer Angola... (0 bergo dos Inquices) Estamos em harmonia, 2 a Pemba Ieanba, lembs-

You might also like