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(0410712028, 16:48 Este texto ngo substtulo publicado no Dri Ofeial da Unido st@rio da Sagde Gabinete do Ministro PORTARIA NY 3.523, DE 28 DE AGOSTO DE 1998 © Ministro de Estado da Satide, no uso das atribuigées que Ihe confere o artigo 87, Pardgrafo dnico, item I, da Constituigdo Federal ¢ tendo em vista o disposto nos artigos 6°, |, a, "c’, V, Vil, IX, § 1°, le Il, § 3%, 1a Vi, da Lei n® 8.080, de 19 de setembro de 1980; Considerando a preocupago mundial com a Qualidade do Ar de Interiores em ambientes climatizados e a ampla « crescente utlizagao de sistemas de ar condicionado ne pals, em funco das condigées climaticas; Considerando a preocupagao com a satide, o bem-estar, 0 conforto, a produtividade e 0 absentetsmo ao trabalho, dos ocupantes dos ambientes climatizados e a sua inter-relagao com a variével qualidade de vida; Considerando a qualidade do ar de interiores em ambientes climatizados e sua correlagao com a Sindrome dos Edifclos Doentes relativa a ocorréncla de agravos a sade; Considerando que o projeto e a execugao da instalacao, inadequados, a operagao e a manutengao precatias dos sistemas de climatizagao, favorecem a ocorréncia e 0 agravamento de problemas de sauide; Considerando a necessidade de serem aprovados procedimentos que visem minimizar o risco patencial a saide {dos ocupantes, em face da permanéncia prolongada em ambientes climatizados, resolve: ‘Aa. 1 Aprovar Regulamento Técnico contendo medidas basicas referentes aos procedmentos de veriflcagto Jvisual do estado de limpeza, remogao de sujidades por métodos fisicos © manutengao do estado de integridade e lefciéncia de todos os componentes dos sistemas de climatizagao, para garantir a Qualidade do Ar de Interiores @ prevengao de riscos & saide dos ocupantes de ambientes climatizados. ‘Art. 2° Determinar que serdo objeto de Regulamento Técnico a ser elaborado por este Ministério, medidas ‘especificas referentes a padrées de qualidade do ar em ambientes climatizadas, no que diz respeito a definigao de pardmetros fisicos e composi¢ao quimica do ar de interiores, a identifcagao dos poluentes de natureza fisica, quimica @ biolégica, suas tolerancias e métodos de controle, bem como pré-requisitos de projetos de instalagao e de execugao de sistemas de climatizacao. ‘At. 3° As medidas aprovadas por este Regulamento Técnico aplcam-se aos ambientes climatizados de uso coletvo jd existontes © aqueles a serem executados e, de forma complementar, aos regidos por normas e regulamentos especiices Pardgrafo Unico - Para os ambientes climatizados com exigéncias de fitros absolutes ou instalagées especiais, tais como aquelas que alendem a processos produtives, inslalagses hosptalaes © outtos, aplcam-se as normas regulamentos especticos, sem prejuizo do disposto neste Regulamento ‘At 4° Adotar para fins deste Regulamento Técnico as seguintes detnigées: 4) ambientes cimatizados: ambiantes submetidos a0 processo de climatizagéo. ») ar de renovagdo: ar extern que ¢ introduzido no ambiente climatizado, ) ar de retomo: ar que recircula no ambiente climatizado. ) boa qualidade do ar interno: conjunto de propriedades fisicas, quimicas e blolégicas do ar que nao apresentem agravos & satide humana, @) climatizagao: conjunto de processos empregados para se obler por meio de equipamentos em recintos fechados, condicses especificas de conforto e boa qualidade do ar, adequadas ao bem-estar dos ocupantes, £) ftro absolut: fitro de classe A1 até A3, conforme especificagées do Anexo Il 4g) limpeza: procedimento de manutencao preventiva que consiste na remogo de sujidade dos componentes do sistema de climatizagao, para evitar a sua dispersdo no ambiente interno. hh) manutengao: atividades técnicas ¢ administrativas destinadas a presorvar as caracteristicas de desempenho técnico dos ‘Componentes ou sistemas de climatizagao, garantindo as condigdes previstas neste Regulamento Técnico. i) Sindrome dos Ediffcios Doentes: consiste no surgimento de sintomas que so comuns & populagao em geral, mas que, ‘numa situagao temporal, pode ser relacionado a um edificio em particular. Um incremento substancial na prevaléncia dos niveis dos sintomas, antes relacionados, proporciona a relagao entre o edifico e seus ocupantes. hitps:lfovsms.saude.govbribvs/saudelegslgrv1998/pr9523 28, 08_1998.html 12 (0410712028, 16:48 Art, 5° Todos 08 sistemas de climatizagao devem estar em condigdes adequadas de Impeza, manutengao, ‘operagio e controle, observadas as determinagdes, abaixo relacionadas, visando a prevencao de riscos a sade dos ‘ocupantes: 2) manter limpos os componentes do sistema de climatizacao, tais como: bandejas, serpentinas, umidifcadores, ventiladores dutos, de forma a evitar a difuso ou multiplicagao de agentes nocivos sadde humana e manter a boa qualidade do ar interno, ») utlizar, na limpeza dos componentes do sistema de climatizagao, produtos biodegradaveis devidamente registrados no Ministério da Satide para esse fim, ©) verificar periodicamente as condigées fisica dos fitros e manté-los em condigdes de operagao. Promover a sua substituigao quando necessaria d) restringir a utlizagdo do compartimento onde est instalada a caixa de mistura do ar de retomo @ ar de renovagéo, 20 uso exclusivo do sistema de climatizagao, € proibido conter no mesmo compartimento materials, produtos ou utensilios, @) preservar a captacdo de ar externo livre de possiveis fontes poluentes exterias que apresentem riscos & salide humana dotd-la no minimo de fitro classe G1 (um), conforme as especificagbes do Anexo IL £) garanti a adequada renovagao do ar de interior dos ambientes climatizados, ou seja no minimo de 27m3ih/pessoa, 4g) descartar as sujidades sélidas, retradas do sistema de climatizagao apés a limpeza, acondicionadas em sacos de material resistente © porosidade adequada, para evitar o espalhamento de particulas inaldveis. ‘AA. 6° Os proprilarios, localarios e prepostos, responsavels por sistemas de climalizagao com capacidade acima Jde 5 TR (15.000 Kcalhh = 60.000 BTUMH), deverdo manter um responsével técnico hablltado, com as seguintes atribuigées 2) implantar e manter disponivel no imével um Plano de Manutengo, Operagao e Controle - POC, adotado para o sistema de climatizacao. Este Plano deve conter a identiicagao do estabelecimento que possui ambientes climatizados, a descricso das alividades a serem desenvolvidas, a periodicidade das mesmas, as recomendagies a serem adotadas em situacdes de fala do equipamento e de emergéncia, para garantia de seguranca do sistema de climatizagao e outros de interesse, conforme especiticagdes contidas no Anexo | deste Regulamento Técnico e NBR 13971/97 da Associagao Brasileira de Normas Técnicas - ABNT. ») garantir a aplicagao do PMOC por intermédio da execugo continua direta ou indireta deste servico. ©) manter disponivel o registro da execugao dos procedimentos estabelecidos no PMOC. d) divulgar os procedimentos e resultados das atividades de manuteno, aperagdo @ controle aos acupantes. Paragrafo Unico - © PMOC deverd ser implantado no prazo maximo de 180 dias, a partir da vigéncia deste Regulamento Técnico, ‘Att. 7 0 PMOC do sistema de climatizagao deve estar coerente com a legislagao de Seguranga ¢ Medicina do Trabalho. Os procedimentos de manutengdo, operagao ¢ controle dos sistemas de climatizagao e mpeza dos ambientes limatizados, nao deve trazer riscos a sade dos trabalhadores que os executam, nem aos ocupantes dos ambientes climatizados. ‘Aa. & Os Grgios competentes de Vigil ncla Sanitaria fardo cumprir este Regulamento Técnico, mediante @ realizacao de inspegdes © de oulras agdes pertinentes, com 0 apoio de érgaos governamentais, organismos representativos da comunidade e ocupantes dos ambientes climatizados. ‘Ant $° © nao cumprimento deste Regulamento Técnico configura infragao sanitéria, sujeltando o propritario ou locatario do imével ou preposto, bem como o responsavel técnico, quando exigido, as penalidades previstas na Lei n® 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejulzo de outras penalidades previstas em legislacao especttica. ‘Act. 10. Esta Portaria entra em vigor na data da sua publicagao, revogadas as disposigdes em contrario. JOSE SERRA ANEXO Sagde Leg - Sistema de Legislag@o da Sagde hitps:fovsms.saude.govbribvs/saudelegis/grv1998/pr9523 28, 08_1998.html 22

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