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Planeamento do

Território
2.
Dinâmicas de
transformação
Síntese

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À escala global

▣ Generalização do crescimento urbano e sua associação aos


países em desenvolvimento: há 60 anos, mais de metade da
população urbana do mundo vivia nos países mais desenvolvidos; hoje,
mais de 70% vive nos países em desenvolvimento (UN-Habitat)
▣ Importância das “cidades globais” ou das “cidades
mundiais”
▣ Emergência de novas configurações urbanas (segundo a UN-
Habitat: mega-regiões, corredores urbanos, cidades-região)
▣ Relevância das desigualdades urbanas: “75% das cidades
mundiais têm, hoje, níveis de desigualdade de rendimentos superiores aos
verificados há duas décadas” (UN-Habitat)

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À escala europeia…

▣ Continente predominantemente urbano: “No último século, a


Europa passou de um continente essencialmente rural para um
predominantemente urbano. Estima-se que cerca de 70 % da população da
União Europeia, aproximadamente 350 milhões de pessoas, vive em
aglomerações urbanas de mais de 5 000 habitantes. Embora o ritmo desta
transformação tenha abrandado, a percentagem da população urbana
continua a crescer”
▣ Modelo urbano mais policêntrico: “A Europa também é caracterizada
por uma estrutura urbana mais policêntrica e menos concentrada em
comparação com, por exemplo, os EUA ou a China (…). Apenas 7 % da
população da UE vive em cidades com mais de 5 milhões de habitantes,
contra 25 % nos EUA”
▣ Trajetórias de desenvolvimento muito diferentes: cidades em
crescimento e cidades em contração
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À escala nacional

▣ Duas tendências complementares: “despovoamento de vastas


áreas rurais e urbanização das populações” (PNPOT, 2007)
▣ Sistema urbano caracterizado por:
“Duas áreas metropolitanas, com dinamismos e processos de
estruturação interna diferenciados”; “Uma extensa mancha litoral de
urbanização difusa onde emergem alguns sistemas urbanos
polinucleados, e se destacam diversos centros urbanos de maior
dimensão e dinamismo”; “Uma urbanização linear ao longo da costa
algarvia”; “Uma rede de pequenas e médias cidades no interior, nalguns
casos configurando eixos e sistemas multipolares”
▣ Crescimento físico das cidades: “Para além do crescimento
populacional e económico, as cidades evidenciaram um grande crescimento
físico em resultado de elevados acréscimos na oferta de alojamentos”
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À escala nacional

▣ Estrutura de povoamento manteve a sua configuração


(PNPOT, 2018):
“Os dois Arcos Metropolitanos de Lisboa e do Porto ganham importância no
contexto nacional. Os processos de urbanização continuaram a diferenciar-
se, em Lisboa mais concentrado e compacto e no Porto mais disperso e
descontínuo”; “O Sistema Metropolitano do Centro Litoral afirmou a
estrutura urbana polinucleada, organizada em torno de quatro subsistemas
urbanos polarizados pelas cidades médias de Aveiro, Viseu, Coimbra e
Leiria”; “O Arco Metropolitano do Algarve, também afirmou o seu
subsistema urbano polinucleado e tendencialmente linear”; “Fora destes
contextos territoriais, as perdas intensificaram-se e alastraram-se num
vasto território nacional. Nestas áreas foram sobretudo as cidades médias
que reforçaram o seu peso residencial e funcional”.

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2.
Dinâmicas de
transformação
Explicações

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“A concentração de empresas e pessoas nas cidades cria
congestão e aumenta o preço do solo, e, no entanto,
aproximadamente metade da população mundial vive em cidades.
Quais são as vantagens das cidades que são capazes de
compensar esses custos tão óbvios e atraem tantas empresas e
trabalhadores?” (Puga, 2010)

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1. A economia urbana

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Economias externas

Economias de localização Economias de urbanização


vantagens geradas ao longo de setores ou vantagens que as empresas retiram do
fileiras produtivas (proximidade a ambiente urbano onde se inserem,
empresas semelhantes ou geradas por:
complementares), através de:
processos de especialização entre empresas, redução do custo de acesso a infraestruturas,
redução dos custos de transação, acumulação de proximidade de mercados de grande dimensão,
competências técnicas especializadas, proximidade de mercados de emprego
desenvolvimento de uma base de serviços diversificados, maior densidade de contactos e
especializados, criação de uma “atmosfera informações, incluindo proximidade a
industrial” instituições de formação e de decisão estratégica

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Mecanismos de desenvolvimento dessas vantagens (Puga, 2010):

Partilha (“sharing”) Correspondência Aprendizagem


(“matching”) (“learning”)

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A economia e a organização interna das cidades

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2. O papel da mudança tecnológica

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Os ciclos longos da economia

▣ Carvão, máquina a vapor, ferro, tecelagem


▣ Aço, locomotiva, caminho de ferro
▣ Eletricidade e início da indústria automóvel
▣ Petroquímica, plásticos, automóvel, eletrodomésticos
▣ Informação, computadores, telecomunicações, novos
materiais, supercondutores, engenharia genética
▣ Nanotecnologia, biotecnologia, saúde, “tecnologias
limpas”

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Em cada ciclo

▣ Um conjunto de setores económicos chave: o têxtil; a


petroquímica e a indústria automóvel; os computadores e as
telecomunicações…
▣ Uma inovação de natureza horizontal, isto é, capaz de
revolucionar a base tecnológica existente: a máquina a vapor, a
eletricidade, o computador…
▣ As principais infraestruturas: os canais, o caminho de ferro, as
estradas e a eletrificação, os satélites e a fibra ótica…
▣ As fontes de energia: o vapor, a eletricidade e o petróleo, novas
fontes de energia…
▣ Os materiais: o ferro, o aço, os plásticos, os “novos materiais”…

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(exemplo em Barcelona: 22@Barcelona)

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(exemplo em Barcelona: 22@Barcelona)

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