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Controle de Estoques Depois de termos analisado a entrada de materiais e sua codificagdo, vamos dar maior atengao a fungao controle de estoque, abrangendo 0 controle fisico e como calcular 0 seu custo. ‘Veremos que ele é um dos pilares da administracao de materiais, uma vez que nao basta que os produtos entrem adequadamente no armazém de materiais, mas. devemos prever meios para que nao haja excessos, faltas, nem deterioracao dos materiais estocados. 4.1 CONCEITO DE CONTROLE DE ESTOQUES A fungdo de controle é definida como um fluxo de informagdes que permite comparar o resultado real de determinada atividade com seu resultado plane- jado. Esse fluxo de informagées pode ser visual ou oral, mas recomenda-se que seja documentado para que possa ser analisado, arquivado e recuperado quando necessério. ‘Como premissa, é necessério haver um planejamento ou expectativa do resul- tado dessa atividade, sem o qual nao hé raz4o para implantar um controle. Além disso, as informacdes que trafegam pela empresa devem ter algumas caracteris- ticas essenciais: Corretas e precisas — fidelidade ao estado da atividade; ‘Validas - mostrar 0 que se deseja medir; Completas - abranger todos os aspectos importantes; Unica e mutuamente exclusivas — nao haver redundancia; Compreensivel - simples e inteligiveis; Timing - geradas em tempo adequado. 148 ‘Administragio de Materiais ¢ do Patriménio Para que o controle de estaque sea eficaz énecessério, portant, que haa an fluxo de informagées adequado e um resultado esperado quanto a seu comporta- mento, Espera-se de um Administrador de Materiais que 0s usuarios te! ae j acesso aos itens estocados quando eles forem necessérios para a elaboragao de a guma atividade na empresa, mas, por outro lado, o volume do estoque nao pode ser tio alto que comprometa a rentabilidade da empresa. ; Assim, 0 problema estd em encontrar um nivel de estoque que permita aten- der adequadamente aos seus usuarios e obedeca as restrigdes impostas. 4.1.1 Documentos do controle de estoque Para que o controle de estoque seja eficaz, € necessdrio que o fluxo de infor- magdes seja adequado e documentado. Assim, alguns documentos padronizados devem ser implantados para que isso seja possivel, sem introduzir uma burocracia desnecesséria. Adenominagao desses documentos varia de empresa para empresa, portanto vamos adotar os nomes mais comuns encontrados na literatura: Quadro 4.1 Documento De Para Fungi Requisigao Estoque Compras | Solictara aquisi¢do de determinado item para a de Compra Teposicao do estoque. Requisigao Estoque Produgao Solicitar a: fabricagao de determinad« jo item par de Fabricagio reposigao do estoque. laa Pedido de Compras Fornecedores | Solictarinformagdes sobre as. condigées de Cotagso {omecimento de determinado item (prego, prazo, ete,). 7 Proposta ou | Fornecedores | Compras | Informara em Presa cor Cotagao, fornecimento, Teen cigs Pata de + Compras Fornecedor | Soliitar a entrega de item ao fornecedor que i Melhor alender as condigtes de fornecinent, Nota Fiscal Fornecedor Estoque | Formalizar, por meio de um documento legal, entrega do pedido de compra, rt Requisiggo Usuario Estoque For ian en a prio te ‘etirada de determinada daempresa, m em estoque para ‘consumo| ‘Solicitagao Estoque Controle de licitar i Solicitar inspega de napegto Grade | aos ects expense fatale - : aandonecessane #408 o produto entegue| ragga ntrole de Estoc panes || a sue | Informar @contormidade ou nfo do Produto entregue 20s requisitos especificados, Controle de Estoques 149 Normalmente, esses documentos so emitidos em papel, mas é cada vez mais comum a emissio, verificacao, liberacao e envio por meios eletronicos, com vanta- Bens evidentes de velocidade, arquivamento e recuperacao de informacées. 4.1.2 Curva dente-de-serra Uma das maneiras de se representar a evolusao do estoque em uma empresa € Por um grafico em que no eixo x colocamos 0 tempo ¢ no eixo y, a quantidade em estoque, como vemos no Gréfico 4.1. Podemos observar que existem dois perfodos distintos: periodo de Consumo do Estoque e periodo de Reposigio do Estoque. O grafico mostra que na pratica da Administragao de Materiais muitos fatofes influenciam na evolugao da quantidade estocada, como, por exemplo: * ademanda durante o periodo de consumo no ser constante, ou seja, sofrer influéncias de aleatoriedades prdprias de cada empresa e de cada periodo; * falhas na drea de compras ou no controle de estoques que atrasem 0 pe- p dido do item em estoque aos fornecedores; * 0 fornecedor atrasar a entrega do item em estoque; * ocontrole da qualidade rejeitar lotes entregues do item em estoque. ~* Ouantidade | em estoque Consumo do estogue ‘Consumo o estoque Reposiqao do estoque Tempo Gréfico 4.1 - Evolugio do estoque real. 150 Administragio de Materiaise do Patriménio Todas essas razées acabam implicando uma curva dificil de ser analisada. Além disso, para 0 estudo da evolugao do estoque no futuro, temos de retirar 0 efeito da aleatoriedade, concentrando-nos apenas no comportamento médio da demanda, ¢ assumir que tanto a empresa compradora quanto a fornecedora nao terdo falhas nos seus procedimentos de abastecimento. Trata-se, entio, de fazer uma simplificagao do que ocorre na pratica das em- resas, ou seja: durante 0 perfodo de consumo, a demanda pelo item em estoque é constante; do hé atrasos no pedido de compra por parte da empresa compradora; io hd atrasos de fornecimento por parte da empresa fornecedora; © material comprado chega & empresa compradora quando o estoque che- gaazero; : * @controle da qualidade nao rejeita o lote comprado. Assim, podemos construir um grafico que incorpora todas essas simplifica- Ses, chamado de curva dente-de-serra, como mostra 5 Grafico 4,2. uantidade em estoque Controle de Estoques 151 em que: DM = Demanda Média D, = Demanda em cada periodo (diaria, mensal, etc.) n= Nuimero de periodos Exemplo: Calcule a demanda diéria do item em estoque cédigo 12.05.067-3, dado que 0 consumo nos tiltimos 10 dias foi: Dia 1 2 3 4 5 6 2 8 9 10 Demanda 3 2 1 1 3 5. 1 2 o 2 DM= 342+1414+34+5+142404+2 | 20 5 10 10 _ip 4.1.3 Tempo de reposigao do estoque ‘Tempo de reposi¢ao do estoque é definido como o periodo entre a‘deteccéo de que o estoque de determinado item precisa ser reposto até a efetiva disponibili- dade do item para consumo. Embora pareca simples, esse processo possui varias etapas, e 0 Administrador de Materiais deve assegurar-se de que os procedimentos sero cumpridos sem falhas: * constatar a necessidade de reposicao pelo Almoxarifado; ‘* informar a drea de compras da necessidade de reposicao; * contatar os fornecedores para obter as propostas de fornecimento por meio de cotacées, licitagdes, etc,, ou outro meio adequado; * emitir o Pedido de Compra; ‘* cumprir o prazo de entrega pelo fornecedor: fabricagao, separagio e expe- digo do pedido feito; * transporiar o item comprado do fornecedor até o comprador; + desembaracos alfandegérios, quando necessérios; ‘* realizar os procedimentos adequados de inspecao e ensaios pelo Controle da Qualidade, quando necessérios. Assim, o tempo de reposigao a soma dos tempos de cada uma das etapas acima descritas. 152 “Administragdo de Materiaise do Patriménio 4.1.4 Estoque de seguranga As simplificagdes que fizemos para construir a curva dente-de-serra elimina. ram as falhas, aleatoriedades e problemas de abastecimento que ocorrem na prati- ca das empresas. No entanto, para que nao haja uma probabilidade muito grande de falta de itens em estoque quando eles sao necessdrios, € preciso incorporar um fator que absorva as eventualidades que possam ocorrer, AS falhas mais criticas no procedimento de reposicao de estoque ocorrem em trés pontos principais: © aumento repentino de demanda ~ aumentos nao-previstos da demanda Go item em estoque podem ocorrer por varias causas, como, por exemplo: a chegada de um grande pedido do produto final para determinado cliente, co aumento da produgao para estocagem do produto final, promogées, etc. O Grafico 4.3 mostra a falta de material em virtude desse fato. Quantidade em estoque « demora no procedimento do Pedido de Compra — f i a n : ~ falha informagies do'Almaxarifado ou da drea da Compoas podenincsrier cn demoras excessivas na expedico do pedido; « atrasos de entrega pelo fornecedor - 0 forneced ¢ : lor nem sempre tem condi- ges de cumprit seus prazos de enrega em virude de problemas no seu sistema de prods, transporte ou dependéncia de iberagioalfandegé ria. A Figura 44 mostra graficamente a falta em estoque provocada por atrasos na entrega pelo fornecedor. ® ‘ Controle de Estoques 153 Ouantidade em estoque a Tie Seis Se epogie (cence a = Tempo Grafica 4.4 Falta em virtude do atraso nas entregas Assim, a maneira mais comum de tratar com esse problema é dimensionar um estoque mfnimo ou estoque de seguranga que fique a disposicao dos usuarios. quando algo saia fora do planejado. O Grafico 45 mostra a introducao de um estoque de seguranca. uantcede em estoque 0 Consume Consuma i do esioue 4 estoque Reposigao do estoque Estoque de seguranga Tempo Gréfico 4.5 — Estoque de seguranga, 4 154 Administragto de Materiais e do Patriménio Supondo que o comportamento da demanda média e do tempo de reposicao ‘go variem significativamente ao longo do tempo, o estoque de seguranca é virtual- mente zero. Como na prética isso nao ocorre, precisamos introduzir célculos alterna. tivos quando uma ou ambas as condigdes nao ocorrem, ou seja, quando a demanda ou consumo médio apresenta probabilidade significativa de aumento excessivo durante o tempo de reposiso e quando o proprio tempo de reposi¢ao apresenta variagbes significativas, em virtude da demora nos procedimentos internos de pedi- do de compra ou do atraso constante das entregas do fornecedor. Uma maneira simples de eélculo para itens eriticos de estoque, ou seja, cuja Probabilidade de falta deve ser a menor possivel, é: Bus, = Dy, DM) x (TR, TR) em que: i E, = Estoque de seguranca es | Dy == Demanda maxima histérica DM = Demanda média Tempo de reposi¢éo maximo TR" = Tempo de reposic¢ao médio A tabela abaixo mostra alguns célculos alternativos: | Quadro42 TR Constante TR Variével E Demanda constante E=0 E92 0M (TR, TA) So he Demands variével Esq = (Dy, DM) x TR Fog (Ow, OM) x (TR, — TR) Para itens nio-criticos, ou seja, os que z . Podem suportar al; te de estoque, 0 célculo baseia-se e ii gum tempo de falta Seoue ™ Probabilidade de falta e de atraso, conforme o Controle de Estoques 155 Para que possamos compreender o calculo do estoque de seguranga utilizan- do 0 conceito de probabilidade de falta, vamos recuperar 0 conceito de nivel de Serviso. Como vimos, 0 nivel de servigo é definido como o desempenho oferecido Pelos fornecedores aos seus clientes, internos ou externos, no atendimento dos Pedidos. Assim, o Administrador de Materiais pode fixar 0 nivel de servico para de- terminado item em 95%, ou seja, em 95% das vezes em que houver uma requi- si¢o de material solicitando a retirada deste item, ela sera atendida. Em outras palavras, em apenas 5% das vezes em que for solicitada a retirada o item se en- contraré em falta. O Grafico 4.7 mostra como isso acontece: hive. v& seAvigo 95% as 2s 1s mss, 38 ——_Demanda Gréfico 4.7 ~ Nivel de servigo. célculo requer uma amostra de tamanho n e 0 uso de uma tabela de distri- buigao de probabilidade t de Student para fixarmos um nivel de servigo desejado, que denominamos de t, x... (no exemplo acima devemos tomar t,,,.,), € uma esti- mativa da variancia s* da demanda e do tempo de reposicao do item. Acestimativa da variéncia s* pode ser obtida pela formula: Assim, o calculo do estoque de seguranca para um dado Nivel de Servico NS% fica: 3 Eg tans ® V Sou * DM 455 x TRM XN 156 Administragao de Materiais edo Patriménio em que: tuyse = Valor de t de Student para uma amostra de n perfodos e um Nivel de Servigo =NS% Spy? = variancia da demanda Sq = variancia do tempo de reposigao DM_ = demanda ou consumo médio TRM = tempo de reposicio médio O valor de t, 5, pode ser obtido pela Tabela 4.1 abaixo: Quadro 4:3 - Valores det, yea. Ni de Periodos NS = 99% NS = 95% NS = 90% 5 3,365 2,015 1,476 10 1,872 1,812 2,764 15 1,341 1,753 2,602 20 1,325 4,725 2,528 30 1,310 1,697 2,487 50 1,299 1,676 2,403 80 1,292 1,664 2,374 120 1,289 1,657 2,381 vantidade A em estoque ceesease ose Q Estoque de seguranga Tempo Gréfico 4.8 - Estoque de seguranca. Controle de Estoques 157 Como o estoque de seguranga seré utilizado apenas nas eventualidades, é ne- cessario que seu valor seja calculado ponderando adequadamente todas as varidveis que possam influir na sua determinacao. Como estoques adicionais séo indesejaveis, seu valor deve ser o mais baixo possfvel, e todas as providéncias devem ser tomadas na investigacao e solugao de suas causas, visando a: Ideal de estoque de seguranca = zero Exemplo: Calcule o estoque de seguranca para um Nivel de Servigo de 90% do item em estoque cddigo 12.05,067-3, dado que o consumo nos tiltimos dez dias foi: Dia 1 2 [3 4 5 | 6 7 8 [9 | 0 Demanda | 15 | 20 | 10 | 15 | 2 | 18 | 1 | 2 | 5 | 2 Além disso, o tempo de reposicao, em dias, das tiltimas dez aquisigoes do item foi: ‘Aquisigao 1[Tz2[3]/4[s],[e6[7][e [9] Tempo dereposipan| 3 | 2 | 2] 1] 3 |1[2]1 {3 [1 Calculos: “? Demanda Dial 1 2 3 a[s[e[7][s]s9 [wf] pe | 225 | 400 | 100 | 225 | 400 | 225 | too | 400 | 25 | 400 | 2500 ist _ 150 re an 180 ag ree 10 2 =D) ye go (2 2500 250 ge +t 2 =—___—_ =278 ‘Administragio de Materias edo Patriménio 158 ‘Tempo de reposicao Aquisiggo | 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 = TR 3 2 2 1 3 1 2 1 3 1 19 ™ 9 4 4 1 9 1 2 1 9 1 43 a ® (2 BTR 9p = = Re — ih +077 208 n-1 Na Tabela 3.4.1,, tomamos thy" tiggny = 2.764 Ey, tuox® V5,xDM+5,2xTR= 1 \. 22,764 x V27,8 15 +08 « 19= 56,55 =57 41.5 Estoque virtual Outro conceito importante que devemos levar em consideragio ao calcular 0 momento de fazer um novo pedido de compra ou de fabricagio é o de estoque virtual, que é calculado da seguinte maneira: Estoque virtual = Estoque fisico - Consumo empenhado + + Entregas pendentes — Estoque em inspecao | em que: Estoque fisico = Quantidade fisica armazenada disponivel para consumo, Consumo empenhado = Quantidade que, embora nao tenha sido fisica- mente consumida, jé possui previsio de consumo em um futuro préximo, formalmente documenta- da pela requisicéo de materiais. ~ _ Entregas pendentes = Quantidade jésolicitada aos fornecedores por um pedido de compra, mas ainda nao entregues. Estoque em inspesio = Quantidades jd entregues, mas que aguardam a li- berasio para consumo pelo Controle da Qualidade. Controle de Estoques 159 4.1.6 Ponto de pedido Determinar quando fazer um novo pedido de compra para reposicao do item em estoque é um dos grandes problemas do Administrador de Materiais. A quanti- dade em estoque que, quando atingida, deve acionar um novo processo de compra ou fabricacao ¢ chamada de ponto de pedido. Com uma periodicidade adequada, didria, semanal ou mensal, a drea de esto- que deve fazer uma verificacao para saber se o estoque virtual estd igual ou abaixo do ponto de pedido. Vimos anteriormente que, para construir a curva dente-de-serra, fizemos um grande mimero de simplificagdes para podermos analisar, com mais facilidade, 0 comportamento do estoque. Para calcular 0 momento em que devemos fazer 0 pedido de compra, todas essas simplificagdes estdo presentes e, de alguma manei- ta, devem ser absorvidas pelo estoque de seguranca. Assim, 0 ponto de pedido pode ser calculado da seguinte maneira: PP=DMxTR+E,., em que: PP =Ponto de Pedido DM = Demanda ou consumo médio no perfodo TR = Tempo de Reposigao E,,, = Estoque de Seguranca O Grfico 4.9 mostra o célculo do ponto de pedido: uentidade em estoque a Gréfico 4.9 ~ Ponto de pedido. 160 ‘Adiministragio de Materiase do Patriméio Exemplo: Calcular o ponto de pedido do item cédigo 12.08.9076-5, que tem um consumo médio didrio de 12 unidades, e estdyue de seguranca de 20 unidades. O prazo de entrega do fornecedor é de cinco dias, e os procedimentos internos de emissao do pedido de compra demoram dois dias. ‘TR = Tempo para Procedimentos Internos + Prazo de Entrega TR=2+5=7 dias PP=DMxTR+E,,. PP =12x7+20= 104 unidades 94.1.7 Estoque médio O estoque médio'é um parametro titil que resume as transagbes de entradas e saidas de determinado item de estoque. Tomando-se uma curva dente-de-serra, com todas as suas simplificagdes, em que, ao atingir 0 estoque de seguranga (E,,.), as reposigdes sao feitas imediatamente por meio da entrada de uma quantidade Q, 0 estoque médio pode ser calculado pela seguinte frmula: EM =2_ 2 Bs em que: EM =Estoque Médio Q = Quantidade adquirida ou fabricada para reposicéo de estoque E,,, = Estoque de Seguranca Exemplo: Calcule 0 estoque médio do item em estoque cédigo 12.05.067-3, dado que 0 lote de compra é de 200 unidades e a empresa mantém um estoque d de 15 unidades. een m=O +8, m +15=100+15=115 No entanto, quando as premissas da curva dente-de- io so verifi cadas, 0 célculo do estoque médio ¢ feito pela seguinte formula” 82° Ver Controte de Estoques 161 em que: EM E, toque Médio toque no final do periodoi n = Ntimero de periodos Exemplo: Calcule 0 estoque médio do item em estoque cédigo 12.05.067-3, dado que oy estoque nos tiltimos 12 meses foi: Dia 1[2[3[4[s[e[7[e]s|wol]n] Estoque 115 | 120 | 110 | 115 | 120 | 115 | 110 | 120 | 50 | 120 | 115 | 100 CAlculos: Dia 1[2[3[a[sle[7[s[s][wo[ujeis Estoque | 115 | 120 | 110 | 115 | 120 | 115 | 110 | 120 | 50 | 120 | 115 | 100 |1310 4.1.8 Giro ou rotatividade de estoque ” Giro ou rotatividade de estoque é definido como o ntimero de vezes em que 0 estoque é totalmente renovado em um periodo de tempo, geralmente anual. E calculado pela f6rmula: ._. _ Demanda Média no Periodo Gio eaaenit ne Pesiide Estoque Médio no Periodo Exemplo: Calcule o giro de estoque do item em estoque cédigo 12.05.067-3, dado que a demanda média anual foi de 1 300 unidades e o estoque médio foi de 109 unidades. Demanda Média no Periodo _ 1420 Estoque MédionoPeriodo 109 Giro = 13 vezes/ano Se 0 giro ou rotatividade de estoque mostra o ntimero de vezes em que 0 estoque de determinado item é renovado em um periodo de tempo, o tempo fo de Materiais edo Patriménio ‘Adininistrago de Mat 162 ‘odo médio de tempo em que 0 estoque é defini 10.0 perfodo médio de ten avestoque toch nou Foneaieuiness da definigao do giro ou rotativi do item é renovado. ; estoque: Estoque Médio no Perfodo See a Te Media SoReriSAS Exemplo: / Calcule 0 tempo médio em estoque do exemplo anterior. ; Estoque Médio no Periodo Tepe Médioem Estoque = Demanda Média no Perfodo = 0,077 anos = 0,92 meses 4.2 CUSTOS DE ESTOQUE Custo de aquisicgo; custo de armazenagem; custo de pedido; custo de falta, 421 Custo de aquisicag 10 € 0 valor pago pride Ese cut esac pee Pl ce denne 0% Plo materi sm que buscaré minimizarn Preg ids Embora esse custo nao Materiais, i S40 da a; 7 imiza P80 Por unidade adquirida, 4° Com O seja de *sponsabilidade direta do F retamente o Valor i maior 0 prego unitétio Pago, dministrador de ri © material @, , mi ie tidade estocada, MOF © Valor do esto, ua a oe 4 Custo de Aquisiggo Preco Unité ° PSUs Quantidade A dquirig, Cy = Pi xQ Controle de Estoques 163 Exemplo: Na compra de um lote de 500 pegas do item 12.19.457-6, o prego unitario de tabela era R$ 12,00. Para quantidades acima de 300 unidades, ha um desconto de 10%. Calcule 0 custo de aquisicao do lote: P, = 12,00 -0,1 x 12,00 = 10,80 C,, = 10,80 x 500 = R$ 5.400,00 x 4.2.2 Custo de armazenagem O Administrador de Materiais é 0 responsdvel por manter esse custo no nivel mais baixo possivel, pois trata-se de um dos itens que mais oneram a empresa em sua lucratividade. Programas de melhoria de produtividade baseados em just-in-time tém como objetivo principal manter esse custo préximo a zero. O custo de armazenagem de determinado item i em estoque pode ser calculado pela formula: _ap Cussto de Armazenagem = Estoque Médio x Prego Médio Unitatio x x Tempo em Estoque x Custo de Armazenagem Unitétio ou CAm, = EM, x PMu, xT x CAmu em que: ‘CAm, =Custo de Armazenagem do itemi EM, | = Estoque Médio do item i no tempo T PMu, =Preco Médio Unitério do item i estocado no tempo T T | =Tempoem Estoque CAmu = Custo de Armazenagem Unitério ~ Os fatores acima podem ser assim calculados: t DE T LEM, = em que: ; E, = Estoque do itemino perfodo T PHO 164 Administragio de Materiais e do Patriménio em que: Ee ‘ha, = Prego unitario de aquisigao do lote I do item i Q," Quantidade do lote adquirido I do item i Ocdlculo do Custo de Armazenagem Unitério (CAmu) um pouco mais com. plexo e envolve varios fatores, demonstrados na tabela abaixo: Quadro 44 =| ey, Fatores: Descrigio es Juros duros més reebidos em Je Juros no tempo T aplicagbes financeiras ou rentabilidade Valor Médio do Estoque no tempo T minima exigida pela empresa Aluguel ‘Aluguel pago pela area de Cal= [uSto de Aluguel do Estoque no tempo T ‘armazenagem Valor Médio do Estoque no. tempo T Seguros Prémios de seguros pagos pela SEG = Seguros pagos no tempo T vor messes comm Valor Médio do Estoque no tempo T Perdas e Valor de materiais danificados, Poe Valor das perdas no tempo T Danos obsoletos ¢. ‘desaparecidos do estoque i en deterinado tel deter Valor Médio do Estoque no tempoT Impostos Imposto predial,afandegario e outros IMP = Impostos pagos no tempo T Valor Méio do Estoque no tempo T Movimentay Custos t a0 ante ahd hae oe: Mov= Custos de Movimentacto no tempo T equipamentos ee Valor Médio do Estoque no tempo T Mé0-de-obra Salétios, encargos ¢ beneficios 1a acicionas pages ao pane Moo = Custos de Mao-de-obra no tempo o operacional da dea de estecagem Valor Médio do Estoque no tempo T Despesas Despesas com luz, telefone, ‘Material de escrit6tio, servicos de terceiros, | DES = Despesas Gerais NO tempo T EPs, veiculos e our Valor Mido do Ea adminisatvas SPS “Herm do sue ‘tempo L—__| Controle de Estoques 165 © custo de armazenagem aumenta com a quantidade Q do lote comprado, uma vez que o estoque médio tende a aumentar. Se a reposigio for feita imediata- mente apds o estoque se esgotar, 0 estoque médio ¢ igual a Q/2. O estoque médio pode ser visto no grafico abaixo: Quantidade Estoque real Estoque medio Tempo Grifico 4.10 © comportamento do custo de armazenagem em relagéo & quantidade Q comprada por lote pode ser visto no gréfico abaixo: Gusto de armazenamento| Gréfico 4.11 166 Administragio de Materiaise do Patrimdnio Exemplo: Calcular o custo de armazenagem do item 12.19.457-6. Foram fornecidos os Vie dados pela empresa: Quadro 4.5 ITEM 12.19.457-6 Lote comprado 1 2 3 Data da compra 01/09/2001 15/11/2001 20/12/2001 Quantidade 500 300 400 Prego 10,80 11,00 10,50 Quadro 4.6 ITEM 12.19.457-6 Mes SET, our. [__Now. DEZ. Estoque médio 350 ee 200 Quadro 4.7 CUSTOS DA AREA DE ESTOQUE NO PERIODO SET./DEZ. uros | Aluguel | Seguros | Perdas | impostos | Movim. MO. | Despesas 1.200,00 | §.000,00 | 1.760,00 | 200,00 | 1.0000 | 3.50000 | 7.00000 | 2.000,00 Valor Médio do Estoque no periodo SET./DEZ. = 180.000,00 Célculos: = _500x 10,80+300 x 11,00+400x 10,50 _ 12.900,00 PMu,= = 2.20000 _ 7 500 +300 + 400 1.200 1075RS/peca 350 + 100 + 250 + 200 IM uae ae a . = 225 pecas/més T=1+1+1+1=4meses 1.200 + 5.000 + 1.750 + 2.500 + 1.000 + 3,500 +7.000 +2000 CAm, = 180.000 — 39.700_ 2929 180.000 CAm = 225 x 10,75 x 4 x 0,22 = R$ 2.12850 Contral Pstoques au 4.2.3 Custo de pedido Custo de pedido ¢ 0 valor gasto pela empresa para que determinado lote de compra possa ser solicitado ao fornecedor e entregue na empresa compradora. Se 0. custo de armazenagem esti diretamente ligado 3 dtea de armazenagem, o custo de Pedido refere-se aos custos administrativos e operacionais da drea de Compras. Além do custo administrative da area de Compras, o fornecedor pode cobrar fretes adicionais e/ou a empresa incorrer em custos de inspegio para lates parcela- dos de um mesmo pedido. Assim, 0 custo de pedido pode ser calculado por: CP =n (CPAu+ CPVu) em que: CP = Custo de Pedido n___= Niimero de pedidos CPAu = Custo de Pedido Administrativo unititio CPVu = Custo de Pedido Varivel unitétio Quadro 4s CUSTO DE PEDIDO ADMINISTRATIVO NO PERIODO T Gusto | Descriggo Fator Méo-de-obra | Salérios, encargos e beneficios adicionais gastos pela area de ™O Compras Aluguel Aluguel rateado pago pela drea de Compras A Impostos ¢ | Impostopreial e segurs rteados pela dea ocupada 8 seguros Equipamentos | Depreciagdo ou aluguel de equipaments uiizados pela rea E de Compras Despesas | Telefone, energia elétrica, materiais de escritério utilizados: 0G P| gerais | pela drea de Compras Total Custo de Pedido Administrative CPA=MO+A+IS+E+0G i Assim, 0 custo de pedido administrativo unitério pode ser calculado por: CPA, . CPA _ MO+A+IS+E+DG n n —D em que: CPA Custo de Pedido Administrativo n= niimero de pedidos feitos no periodo T Materaise do Patriméinio Administragéo de: 168 «peel unitéri fi Jotes entregues O custo de pedido varidvel unitério depende do ee es re pole para um mesmo pedido € normalmente nao estd incluico preg . Fece custo pode ser de dois tipos: Quadro 49 usTO DE PEDIDO VARIAVEL UNITARIO Custo | Descrigéo Fator ntemo | Gust de rote do foteentregue, custo de desernbarago ‘afandegério do ote, etc. |__ CPVE rmtema | Gusto de nspeplo do ot, custo de pesagem do vecul de entege custo crv aos onr eqipamentoseoutas despesasadcnais em vitude do ‘aumento de ndmero de pedidos, ee ‘Assim, o custo de pedido varidvel unitério pode ser calculado por: (CPVu =m x (CPVE + CPVI) em que: 'm = n?de lotes entregues de determinado pedido Outra forma de analisarmos o custo de pedido é: CPA n enxtenanscrinin ( ) +CPVul =CPAtn x cPVu ‘Analisando agora os fatores demanda D, quanto maior a ar ne ay custo de pedi , qu juantid Pedido, pay ruimero de pedidos a serem feitos, amv nee: Pedi menor se ao : , 40 aD Q n= Assim, podemos reescrever: CP=CPA+nxCPVu=CPA+ Cor de Estoques 169 Graficamente, podemos descrever 0 comportamento do custo de pedido em fungao da quantidade Q feita em cada pedido: Gusto do esido ‘Quantidade Grifico 412 Exemplo: Calcular 0 custo de pedido n® 356/01, referente ao item 12.19.457-6. A empre- sa solicitou que a quantidade comprada fosse feita em duas entregas e arcaré com. 08 custos de frete e desembaraco alfandegirio. Dados fornecidos pela empresa: Quadro 4.10 ITEM 12.19.457-6 - CUSTOS POR LOTE Externos Internas rete ‘Ntindega Pesagem Tnspegdo 120,00 50,00 20,00 1500 ‘de lotesentregues =2 (Quadro 4.11 ‘CUSTOS DA AREA DE COMPRAS NO PERIODO SETJ/DEZ. MO ‘uguel Impostos Equip. Despesas 5,000.00 4.000,00 1.00000 1.500,00 2,000.00 1 de pedidos feltos no periodo SET.(DEZ. = 400 ‘Administragao de Materiais edo Patriménio Calculos: __ 5.000 + 4.000 + 1.000 +1.500+2,000 _ 13.500 _ 33,75 cPAu= 400 400 CPVu = 2 x (120 + 50 + 20 + 15) = 410,00 CP=33,75 + 410,00 = 443,75 4.2.4 “Custo de falta O custo de falta de um item em estoque pode causar diversos e, muitas vezes, grandes prejuizos & empresa compradora. O problema é que esse tipo de custo é Sificil de ser calculado com preciso, uma vez que envolve uma série de estima- tivas, rateios e valores intangiveis. ‘A literatura mostra algumas maneiras de calcular esse valor: (Quadro 4.12 (GUSTO DE FALTA DE ESTOQUE Custo Descrigao Fator TMao-de-obre | Salrios, encargos e beneficos adicionaisreferentes ao tempo em que alinha | MO de produgao ficou parada [Equipamentos| Custo do equipamento referente ao tempo em que a produgéo ficou parada E por falta do item ou pela reprogramagao da producdo Material | Custo adicional do material comprado em outros fornecedores MP ‘Multas | Multas contratais pagas pelo atraso de fornecimento do produto final da mu ‘empresa compradora causado pela fata do material Prejuizos | Lucro reterente ds vendas nao realzadas por cancelamento de pedi pedidos ou vendas futuras ndo realzadas causadas pela falta do material, e conseqiente 7 impossibilidade de fornecimento dentro dos prazos acordados ‘Alguns intangiveis podem ser adicionados a es transtonos, viagens, auditorias,telefonemas e adverténcias fees oe eee compradora para tentar solucionar 0 problema de fornecimento, aléin da imenesa negativa percebida pelo mercado, Esses custos sao dificeis de se quantifies wae ha maioria das vezes, So decisivos para a desqualificacio do forntceden nt” Exemplo: O atraso no fornecimento do item 12.19.457-6 causou uma parada de ci le cinco dias em um dos setores da produgao da empresa, Esse atraso fer com que a em-

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