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Elaboração de Agitadores Magnéticos para Laboratório A Partir Da Reciclagem de Sucata de Computadores
Elaboração de Agitadores Magnéticos para Laboratório A Partir Da Reciclagem de Sucata de Computadores
Diamantina
2023
Pedro Henrique Lobato Guerra
Diamantina
2023
13/02/2023 18:09 SEI/UFVJM - 0982092 - Documento
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como parte
dos requisitos exigidos para a obtenção título de Bacharel
em Ciência e Tecnologia.
Orientador: Prof. Dr Marcelo Moreira de Britto
Data de aprovação 30/01/2023
Documento assinado eletronicamente por Marcelo Moreira Britto, Servidor (a), em 10/02/2023, às
18:28, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de
8 de outubro de 2015.
Documento assinado eletronicamente por Carlos Alexandre Oliveira de Souza, Servidor (a), em
11/02/2023, às 12:02, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do
Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.
Documento assinado eletronicamente por Flaviana Tavares Vieira, Servidor (a), em 13/02/2023, às
18:03, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de
8 de outubro de 2015.
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AGRADECIMENTOS
Primeiro, gostaria de expressar minha gratidão à minha mãe Lúcia, que sempre
esteve ao meu lado e moveu montanhas para garantir minha felicidade. Obrigado pai e família
por me garantirem a oportunidade de apenas estudar.
Laura, sou muito grato por seu apoio e amor, sem você eu não teria chegado tão
longe. Obrigado por sua gentileza e compreensão mesmo com minha ausência.
A todos os meus amigos, principalmente Matheus, meus sinceros agradecimentos.
Vocês desempenharam um papel significativo na formação do meu caráter e se fizeram
presentes nos momentos de luta.
Agradeço às pessoas que essencialmente contribuíram para o desenvolvimento
deste trabalho. Ao meu orientador, amigo e incrível educador, Marcelo, pela oportunidade de
realizar este projeto. Aos meus companheiros, Alef Silva, Carlos André e Carlos Tadeu, pela
ideia, desenvolvimento e por transformar esse projeto em algo deslumbrante e divertido. Ao
meu amigo de longa data, José Leandro, por toda a ajuda para o entendimento da parte
eletrônica do meu trabalho. Ao técnico de laboratório, Saulo, por ter cedido seu tempo e
espaço para ajudar na confecção da nossa atividade.
A todos que direta ou indiretamente fizeram parte de minha formação, o meu
muito obrigado.
RESUMO
This work aims to expose the stages and procedures of the construction of magnetic stirrers.
Therefore, the objective was the fully sustainable development of the project's manufacture,
using only scrap computers and other UFVJM electronic discard parts from the electro-
electronic maintenance laboratory. Initially, the global, subcontinental, and the national
impact that the disposal of electrical and electronic equipment generates is demonstrated, both
in quantity and economically. A technical overview was also addressed about the functional
part of the magnetic stirrer. It is explained what the equipment is and for what purpose it is
intended, along with the clarification of what an electrical circuit is and what function each
element of the circuit performs. It approached, even if briefly, the physical concepts behind
the electric field and magnetic field to demonstrate the operation of the mechanism. The
results and progress of the scrap dismantling and construction phases of two magnetic stirrers
are presented: one with variable speed per potentiometer; another with constant speed. In
summary, the objective of this work was achieved and is feasible given the conditions of
sustainability. Other ways to expand and/or improve the scope of the project are also
observed.
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................15
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................................17
2.1. O CIRCUITO ELÉTRICO E SEUS ELEMENTOS...................................................17
2.2. O CAMPO ELÉTRICO E O CAMPO MAGNÉTICO...............................................18
2.3. O AGITADOR MAGNÉTICO....................................................................................19
3. RESULTADOS E ANÁLISES...........................................................................................21
3.1. OBTENÇÃO DOS ELEMENTOS..............................................................................21
3.2. AGITADOR MAGNÉTICO 1....................................................................................22
3.3. AGITADOR MAGNÉTICO 2....................................................................................24
4. CONCLUSÃO....................................................................................................................27
REFERÊCIAS..........................................................................................................................28
15
1 INTRODUÇÃO
cerca de R$ 4 bilhões com a mineração urbana de quatro metais (cobre alumínio, ouro e
prata)” (Green Eeletron, 2022).
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Circuitos elétricos são usados para diversos propósitos e são base para diferentes áreas
da engenharia elétrica, como controladores, máquinas elétricas, comunicação e
instrumentação. Para que haja transmissão de energia elétrica entre pontos é necessária uma
interconexão entre os componentes eletrônicos, por exemplo, fios que ligam resistores,
geradores, capacitores, etc. “Tal interconexão é conhecida como circuito elétrico e cada
componente do circuito é denominado elemento” (ALEXANDER; SADIKU, 2013, p. 4, grifo
do autor).
Um circuito serve para ligar os elementos em interconexão de acordo com sua
funcionalidade, tensão e corrente suportado para que realizem suas finalidades com a
passagem de corrente elétrica. Existem circuitos elétricos simples, que possuem apenas um
elemento ligado diretamente a uma fonte de energia, e circuitos elétricos mais complexos,
com mais de um elemento ligado em série, paralelo ou misto.
Circuitos em série são aqueles onde há apenas um caminho onde a corrente elétrica
poderá passar, sendo assim, todos os elementos estarão conectados ao mesmo fio e possuirão
a mesma corrente. Já os circuitos em paralelo possuem dois ou mais caminhos para a
passagem de corrente elétrica, fazendo com que a corrente mude dependendo da resistência
do elemento que ela alimentará.
De acordo com Alexander e Sadiku (2013) “existem dois tipos de elementos
encontrados nos circuitos elétricos: elementos passivos e elementos ativos. Um elemento
ativo é capaz de gerar energia enquanto um elemento passivo não é.” Sendo assim, as fontes
de tensão e corrente, como aquela que usamos para carregar os celulares, são exemplos de
elementos ativos, pois liberam potência para o circuito.
O elemento passivo mais simples é o resistor, que é “usado para modelar o
comportamento da resistência à corrente de um material” (ALEXANDER; SADIKU, 2013, p.
28). A resistência, segundo Halliday, Resnick e Walker (2016), é a característica do material
de se opor à passagem de corrente quando submetido a uma diferença de potencial. O quanto
esse material resiste à passagem de corrente é medido em Ohms (Ω) e, como é demonstrado
na figura 2, pode ser identificado através do código de cores dos resistores.
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De acordo com Halliday, Resnick e Walker (2016), o campo elétrico (𝐸⃑ ) é uma
grandeza vetorial que fornece informação de uma força. Consiste em uma distribuição de
vetores campo elétrico um para cada ponto de uma região ao redor de um objeto eletricamente
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carregado. Ele existe independente de outros objetos e forças ao redor, depende apenas do
corpo estar carregado.
Ainda seguindo Halliday, Resnick e Walker (2016), os campos magnéticos podem ser
produzidos de duas formas: a primeira consiste em usar partículas em movimento
eletricamente carregadas para fabricar um eletroímã, a própria corrente elétrica produz um
campo magnético; a segunda forma se baseia no fato de que muitas partículas elementares,
entre elas o elétron, possuem um campo magnético próprio, ou seja, o campo magnético é
uma propriedade básica das partículas elementares, como a massa e a carga elétrica.
Em alguns materiais específicos os campos magnéticos dos elétrons se somam para
produzir um campo magnético no espaço ao redor do material, como é o caso dos ímãs.
Entretanto, na grande maioria dos materiais os campos magnéticos dos elétrons se cancelam e
o campo magnético em torno do material é nulo.
O campo magnético pode ser representado por linhas de campo na direção da tangente
de qualquer ponto fornecido; quanto mais intenso o campo, mais próximas estão as linhas.
Foi criado e patenteado por Arthur Rosinger em 1944 e, como conta o site Chemistry
World (2022), “a patente mostra uma caixa de metal contendo um pequeno motor que aciona
um pequeno imã [...]. Uma haste curta de metal, revestida de vidro ou cerâmica, segue o ímã
giratório abaixo”, fazendo com que a solução seja agitada continuamente. Poucas
modificações foram feitas desde seu primeiro modelo para os mais modernos, como mostra a
figura 3.
De acordo com a empresa ForlabExpress (2022), o “agitador magnético é um
equipamento de laboratório que utiliza um campo magnético para agitar um fluido. Dessa
forma, é possível mexer ou misturar líquidos com densidade similar à da água [...] em
velocidade constante, com ou sem temperatura controlada, seja qual for a finalidade do
procedimento.”
A baixa viscosidade do(s) líquido(s) é necessária para que esse fator não interfira na
força eletromagnética entre o ímã e a barra magnética (peixinho). Segundo a empresa Biovera
(2019) podemos usar o agitador magnético para:
Manter uma solução homogênea durante uma titulação;
Mistura de líquidos;
20
A força magnética do imã, que está fixo a um motor e localizado abaixo da superfície
do recipiente, gira uma barra magnética colocada dentro da amostra, que por sua vez irá
promover a mistura. A barra magnética é um pedaço de Alnico, uma liga metálica de Ferro
(Fe), Alumínio (Al), Níquel (Ni) e Cobalto (Co), revestido de material plástico (normalmente
Teflon para evitar corrosão) altamente magnético que gira ao mesmo compasso que o imã.
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3 RESULTADOS E ANÁLISES
Separados os ímãs, fomos para a segunda parte, a qual consistiu no desmonte das
fontes de alimentação chaveadas dos computadores, que, apesar de serem uma poderosa e
segura fonte de energia para os equipamentos eletroeletrônicos, só serviram para nos fornecer
o cooler (ventoinha), a caixa metálica onde o agitador será montado e elementos eletrônicos,
como resistores (caso necessário). Dessa forma, ao desmontar a fonte retiramos todo e
qualquer aparato que não foi utilizado no projeto. Na figura 5 podemos ver uma fonte
desmontada, deixando apenas o cooler encaixado em seu respectivo local.
o motor (cooler) variando a dopagem do semicondutor. Essa variação ocorre por meio do
potenciômetro que está ligado no terminal da base do transistor, a corrente injetada nesse
terminal provoca variação da barreira de potencial das junções PN. O potenciômetro sozinho
já conseguiria fazer a variação de velocidade do cooler, entretanto haveria energia dissipada
no sistema.
Já o resistor de 10 Ω serve para proteger o cooler do momento em que o
potenciômetro vira a chave (fecha o circuito), mas ainda não alcancou a resistência mínima de
operação. Dessa forma o circuito sera protegido contra picos de corrente.
A idealização do primeiro agitador era a de construirmos uma base própria para ele,
também sustentável. Pensamos em utilizar: alguma embalagem plástica retangular mais
resistente; filamentos de garrafa PET para ser utilizado em impressora 3D; base metálica de
alguma das fontes de alimentação. Entretanto, não realizamos essa confecção. O resultado
final da montagem do agitador magnético 1 é demonstrado na figura 7.
24
Nosso segundo modelo foi montado no dia 25 de outubro de 2022 no mesmo local e
com a ajuda do mesmo técnico. Pensamos em algo mais simples, um agitador magnético que
funcionasse a uma velocidade constante apenas ligando-o à tomada, sem que fosse possível
controlá-lo. Para esse tipo de modelo foi necessário apenas um resistor ligado em série com o
cooler (figura 8).
O resistor faz-se necessário na composição para que a tensão que chega até a
ventoinha seja menor que a fornecida pela fonte de alimentação, assim a velocidade de
rotação do cooler será menor que aquela apresentada quando ele é ligado diretamente na
tomada. Lembrando que o objetivo de um cooler é resfriar os componentes eletrônicos
(funciona como um ventilador de computador), sendo assim, sua rotação é bastante alta, o que
poderia acarretar um desequilíbrio com o peixinho presente na vidraria.
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Para encontrar o resistor ideal para o circuito foram feitos diversos testes no
protoboard com diferentes resistores (figura 9), com a ajuda de um multímetro da marca
Politerm® (modelo POL-41) conseguimos chegar ao resistor de 27 Ω (vermelho-roxo-preto),
que nos forneceu a velocidade que julgamos ser a ideal para manter o peixinho sincronizado
com o ímã.
Para a construção desse agitador optamos por utiliza o cooler que já estava acoplado à
fonte de alimentação, dessa forma poderíamos usar a caixa metálica da fonte como base. A
única modificação que fizemos foi o corte do metal na região onde o ímã fica localizado,
dessa forma não haverá interação entre a base metálica e o ímã.
4 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
América Latina perde US$ 1,7 bilhão por ano com descarte inapropriado de lixo eletrônico.
Nações Unidas Brasil, 2022. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/171573-america-
latina-perde-us-17-bilhao-por-ano-com-descarte-inapropriado-de-lixo-eletronico. Acesso em:
28 de dezembro de 2022.
BRASIL. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei Nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a
Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá
outras providências. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2010/lei/l12305.htm. Acesso em: 9 de janeiro de 2023.
FORTI, V. et al. The Global E-waste Monitor 2020: Quantities, flows, and the circular
economy potential. United Nations University (UNU)/United Nations Institute for Training
and Research (UNITAR) – co-hosted SCYCLE Programme, International Telecommunication
Union (ITU) & International Solid Waste Association (ISWA), Bonn/Geneva/Rotterdam.
2020.
WAGNER, M. et al. Regional E-waste Monitor for Latin America: Results for the 13
countries participating in project UNIDO-GEF 5554. UNU/UNITAR. Bonn, Alemanha. 2022.
30
ANEXO 1