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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI

Engenharia Mecânica

Tecnologias de Usinagem

Pedro Henrique Lobato Guerra / 20222026016


Rafael Nunes Pinheiro / 20212026014
Samara Évelin Teixeira / 20191020041
Tharick Dos Santos Silva 20201021061

SEXTO RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA DE USINAGEM

Semestre 2022/2
14 DE JUNHO DE 2023
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................................3
2. OBJETIVOS...............................................................................................................................4
3. MATERIAIS E MÉTODOS......................................................................................................4
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES..............................................................................................6
5. CONCLUSÕES........................................................................................................................ 14
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................................15
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1. INTRODUÇÃO

De acordo com o autor Machado (2005, pg.205) “O processo de usinagem baseia-se na


remoção de material, utilizando como ferramenta um material mais duro e mecanicamente
mais resistente que a peça”. Partindo-se do princípio da dureza relativa, o surgimento de
novos materiais e ligas estruturais com excelentes propriedades de resistência mecânica e
elevada dureza contribuiu para o aparecimento de novos materiais para a confecção de
ferramentas mais resistentes para as operações de usinagem. Porém, a usinagem de materiais
frágeis ou em operações de cortes interrompidos (como no caso de fresamento, por exemplo)
requer materiais que componham ferramentas com suficiente tenacidade para suportar os
choques e impactos inerentes ao processo de usinagem.

Devido a esse fator se torna importantíssimo a dedicação da atenção para a seleção da


ferramenta correta de acordo com o seu tipo de objetivo, visando o melhor custo benefício da
ferramenta junto da sua duração, sendo observado as necessidades por exemplo de uma
produção em larga escala onde se ocorre um alto desgaste de uma ferramenta, ou numa
produção sazonal, que o desgaste ocorre com menos vigor.

Para realizar a seleção das ferramentas utilizadas no processo de usinagem, deve-se


constatar qual ferramenta é a indicada para determinado processo. Com o desenvolvimento
tecnológico, muitos fabricantes de ferramentas disponibilizam softwares capazes de escolher
a ferramenta ideal de acordo com parâmetros da máquina e propriedades do material a ser
usinado, como exemplo pode-se citar a Sandvik® - Coroplus Tool Guide, que será utilizado no
desenvolvimento deste relatório.
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2. OBJETIVOS

A atividade prática teve como objetivo aplicar os conhecimentos teóricos sobre a seleção
de ferramentas, bem como discutir os parâmetros de entrada necessários para a seleção da
ferramenta mais adequada, além das características da mesma, tais como, sua geometria, material
e os parâmetros de corte. No final da prática esperava-se que os discentes adquirissem um
conhecimento básico sobre as plataformas online oferecidas pelos fabricantes de ferramentas de
corte, que auxiliam os usuários na definição dos parâmetros de usinagem.

3. MATERIAIS E MÉTODOS.

● Software utilizado na aula prática: Sandvik® - Coroplus Tool Guide (Figura 01).

● Peça utilizada na aula prática: Peça cilíndrica para torneamento usada como exemplo no
processo de seleção de ferramenta (Figura 02).

A metodologia utilizada foi de caráter exploratório, visando que os alunos familiarizem-se


com o software para possíveis consultas futuras de ferramentas para usinagem, como no trabalho
final.

Figura 01: Sandvik® - Coroplus Tool Guide .

Fonte: Adaptado Sandvik® Coromant (2023).

A seleção de ferramentas pode se dividir em oito partes, para usinagem da peça da Figura
02, partindo do tarugo cilíndrico de aço 1045 até a peça finalizada. Cada parte representa uma
operação de usinagem e possui uma ferramenta indicada, sendo apresentadas a seguir:

1. Operação 1 - Torneamento externo;


2. Operação 2 - Furação Ø32;
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3. Operação 3 - Torneamento interno;


4. Operação 4 - Canal interno;
5. Operação 5 - Canal externo;
6. Operação 6 - Canal da face;
7. Operação 7 - Rosca externa;
8. Operação 8 - Rosca interna.

Figura 02: Peça cilíndrica para torneamento.

Fonte: Adaptado APOSTILA T.B.U. (2023).

Como este relatório é de caráter apenas exploratório, visando ambientar-se com o software
de seleção de ferramentas, será detalhado apenas 4 operações (Operação 1 - Torneamento
externo; Operação 2 - Furação Ø32; Operação 5 - Canal externo; Operação 7 - Rosca externa). A
partir dos conhecimentos adquiridos por essas operações, será possível realizar a seleção de
ferramentas para qualquer outra operação.
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4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Antes de iniciar de fato a seleção de ferramentas, seja através de softwares ou catálogos,


é muito importante que se saiba como a nomenclatura da ferramenta está relacionada a suas
propriedades e indicações. Segundo Seco Tools (2008), para o suporte ou porta ferramenta
(Figura 03) tem-se as designações apresentadas na Figura 04 e na Figura 05. A designação 10 é
uma designação interna, ocorrendo variações para cada fabricante.

Figura 03: Chaves de código - Porta-ferramentas externos

Fonte: Seco Tools (2008).

Figura 04: Designações (1 a 4) - Porta-ferramentas externo.

Fonte: Seco Tools (2008).


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Figura 05: Designações (5 a 9) - Porta-ferramentas externo.

Fonte: Seco Tools (2008).

Já para as pastilhas ou insertos (Figura 06) tem-se a norma ISO 1832-1991, seguindo o
catálogo para seleção de ferramentas de Seco Tools (2008) foram apresentadas as designações
disponíveis na Figura 07 e na Figura 08. As designações 10 e 12 são designações internas,
enquanto a designação 11 é opção do fabricante. Essas designações são apresentadas na Figura
09.

Figura 06: Chaves de código - Pastilhas.

Fonte: Seco Tools (2008).


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Figura 07: Designações (1 a 3) - Pastilhas.

Fonte: Seco Tools (2008).

Figura 08: Designações (4 a 9) - Pastilhas.

Fonte: Seco Tools (2008).


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Figura 09: Designações (10 a 12) - Pastilhas.

Fonte: Seco Tools (2008)

Definida a peça a ser usinada, e tendo as informações sobre o material da peça usinada
e todas as dimensões geométricas, pode-se, com auxílio do software, iniciar a seleção das
ferramentas.

Na primeira etapa, é realizada uma usinagem de superfície cilíndrica externa com


cantos a 90° em uma peça rotativa simétrica. Definida o tipo de usinagem, adiciona-se as
propriedades do material da peça usinada, aço baixa-liga (representado pela letra P) com dureza
175 HB, a máquina-ferramenta disponível para usinagem, torno 03 - médio com potência de 25
kW, e as dimensões geométricas no software, como visto na Figura 10.

Figura 10: Configuração da aplicação da ferramenta.

Fonte: Autores (2023).

Com todas as dimensões adicionadas, é apresentado o par de ferramentas (suporte e


pastilha) mais indicados para a operação de usinagem, assim como outras ferramentas
recomendadas. Como pode ser visto na Figura 11. Para essa operação, foram indicados o porta
ferramenta convencional T-Max® P para torneamento DCLNR 2020K 12 e a pastilha T-Max® P
10

para torneamento CNMG 12 04 16-PR 4425, além de todos os componentes incluídos. O


software ainda fornece os parâmetros de usinagem (velocidade de corte, avanço, número de
passes e profundidade de corte) ideias, bem como previsões de vida útil da ferramenta e tempo
de usinagem.

Figura 11: Visão geral das ferramentas.

Fonte: Autores (2023).

Na segunda etapa é realizada uma furação. Para essa etapa é necessário escolher no
software a opção furo com peça rotativa. Os parâmetros que envolvem as propriedades do
material da peça e a máquina-ferramenta utilizados não são alterados, sendo necessário apenas
alterar as dimensões geométricas do furo, como visto na Figura 12. Nessa etapa ainda pode ser
incluído o parâmetro de tolerância alcançável do furo (TCHA)

Figura 12: Configuração da aplicação da ferramenta.

Fonte: Autores (2023).


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Para essa operação, foram indicados o corpo de broca CoroDrill® 880 com pastilha
intercambiável 880-D3200L40-02, as pastilhas periféricas CoroDrill® 880 para furação 880-06
04 W10H-P-GR 4334 e a pastilhas centrais CoroDrill® 880 para furação 880-06 04 06H-C-GR
1044. Todas essas ferramentas podem ser vistas na Figura 13, bem como outras ferramentas
recomendadas e os parâmetros de corte recomendados para a operação.

Figura 13: Visão geral das ferramentas.

Fonte: Autores (2023).

Na terceira etapa é realizado uma usinagem de canal externo da peça rotativa simétrica,
Os parâmetros que envolvem as propriedades do material da peça e a máquina-ferramenta
utilizados não são alterados, sendo necessário apenas adicionar as dimensões do canal, como
pode ser visto na Figura 14. É possível ainda incluir parâmetros, como tolerância e sentido de
usinagem.

Figura 14: Configuração da aplicação da ferramenta.

Fonte: Autores (2023).


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Para essa operação, foram indicados a lâmina CoroCut® 1-2 para cortes N123G55-25A2
e a pastilha CoroCut® 1-2 para torneamento N123G2-0300-0004-TM 4325. Todas essas
ferramentas podem ser vistas na Figura 15, bem como outras ferramentas recomendadas e os
parâmetros de corte recomendados para a operação.

Figura 15: Visão geral das ferramentas.

Fonte: Autores (2023).

Em suma para a operação de roscamento externo foi utilizado na página a opção de


peça rotativa simétrica e indicada a alternativa de rosca externa, como mostra a Figura 16. A
série standard de forma de roscas foi a M, o diâmetro da rosca foi de 56 mm e o passo da rosca
foi de 5.5 mm como indicado na Figura 02.

Figura 16: Configuração da aplicação da ferramenta.

Fonte: Autores (2023).

A sugestão para essa operação foi uma do tipo CoroThread® 266, ferramenta
266RFG-2525-22, pastilha 266RG-22MM01A550M 1125, Calço 5322 379-12, como mostra a
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Figura 17. Ainda é possível observar outras ferramentas recomendadas, bem como parâmetros
de corte recomendados.

Figura 17: Visão geral das ferramentas.

Fonte: Autores (2023).


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5. CONCLUSÕES

Diante disso, a prática desempenhou um papel fundamental no fortalecimento dos


conhecimentos teóricos por meio da aplicação prática, preparando os alunos para enfrentar
desafios reais no campo de usinagem. A metodologia utilizada proporcionou a familiarização
com a plataforma explorada, inclusive abordou outras opções de sites de fornecedores de peças
que também disponibilizam essa opção para a escolha da melhor ferramenta. O software
utilizado é muito intuitivo, o que facilita a compreensão das operações e escolha das
ferramentas.

No geral, ao selecionar a ferramenta mais adequada em um processo de usinagem, os


discentes compreenderam que é necessário levar em consideração diversos parâmetros de
entrada. Esses parâmetros variam de acordo com o tipo de usinagem utilizada, material da peça,
velocidade de corte e de avanço, a geometria da peça, entre outros. Vale ressaltar, que a seleção
da ferramenta de corte é um processo trabalhoso e complexo, visto que cada material têm
diferentes propriedades físicas e de usinabilidade, características como dureza e tenacidade
devem ser consideradas. Outros fatores supracitados, possuem exigências específicas, como a
operação utilizada que vai depender da geometria da peça, ângulo de corte, aresta de corte.
Estes parâmetros estão ligados a eficiência da operação, qualidade da superfície usinada e vida
útil da ferramenta.

O aprendizado adquirido vai ser essencial para a formação profissional e acadêmica,


capacitando os discentes a tomar decisões embasadas na escolha da ferramenta a ser utilizada no
processo de usinagem, além disso essa prática proporcionou o conhecimento de softwares e
aplicativos gratuitos, que auxiliam nessa escolha.
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FERRARESI, D., Fundamentos da Usinagem dos Materiais, 1ª Ed., Ed. Blucher, 1970.
MACHADO, A. R., et al. Teoria da Usinagem dos Materiais, 2ª ed., Ed. Blucher, 2005.
SECO Tools. TORNEAMENTO: CATÁLOGO & GUIA TÉCNICO. 2008. Disponível em:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2678375/mod_folder/content/0/Torneamento/Cat%C3
%A1logo%20Porta-Ferramentas%20Seco%20Tools.pdf?. Acesso em 12 de junho de 2023.
Hailtools, Ferramentas para Usinagem. Apostila T.B.U.: Técnicas Básicas de Usinagem.
Sandvik Coromant.

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