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FACULDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS DE UBERLÂNDIA

CURSO DE BACHARELADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

ANA LUIZA DOS SANTOS LEITE

RELATO DE CASO: INTOXICAÇÕES ALIMENTAR EM EQUINOS

UBERLÂNDIA
Dezembro/2022
ANA LUIZA DOS SANTOS LEITE

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Relatório apresentado a Faculdade


Presidente Antônio Carlos de Uberlândia,
como conclusão do Estágio supervisionado
(Bacharelado) do curso de Medicina
Veterinária, realizado entre Agosto a
Novembro de 2022

Professor Supervisor: João Helder Frederico


de Faria Naves

Uberlândia
Dezembro/2022
IDENTIFICAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO

Identificação da Empresa:

Nome: VetGrandes
Bairro: Cidade Jardim
CEP: 13467110
Endereço: Rua das Rosas nº 25
Cidade: Uberlândia – MG
Telefone: (34) 99671-1994

Área na empresa onde foi realizado o estágio: Clínica Médica e Cirúrgica de


Grandes Animais

Data de início: 14 de setembro de 2022

Data de término: 25 de novembro de 2022

Duração em horas: 220 horas

Nome do Médico Veterinário responsável pelo estágio: Pedro Henrique de Souza


Vilela

APRESENTAÇÃO DA EMPRESA

A empresa VetGrandes iniciou os atendimentos em junho de 2021. Tendo


atuação no segmento de atendimento de equinos em geral e bovinos de leite e corte.
RESUMO

A intoxicação alimentar em equinos pode ocorrer por vários motivos. Dentre eles,
podemos destacar os mais comuns: Intoxicação por uréia, que quando administrada
de forma incorreta ao animal pode causar tremores e fraqueza muscular, o animal
ser encontrado em decúbito lateral, sialorreia e podendo levar a morte; ocorre
também por trato indevido, fornecendo a mesma alimentação para bovinos e
equinos; contaminação por excrementos de ratos devido à falta de manejo sanitário;
ingestão de plantas tóxicas, etc. Neste trabalho é observado a intoxicação alimentar
em equinos, vinda de uma ração contaminada durante sua produção, provocando
também um descontrole no equilíbrio do metabolismo dos eqüídeos em questão,
levando a morte dos animais. Objetivou-se com esse trabalho apresentar um caso
clínico acompanhado sob supervisão do Médico Veterinário que compreende:
Intoxicação alimentar em equinos.

Palavras Chaves: Animal; Tremores; Uréia.


ABSTRACT

Food poisoning in horses can occur for a number of reasons. Among them, we can
highlight the most common: Poisoning by urea, which when administered incorrectly
to the animal can cause tremors and muscle weakness, the animal being found in
lateral decubitus, sialorrhea and possibly leading to death; it also occurs by improper
treatment, providing the same feed for cattle and horses; contamination by rat
droppings due to poor sanitary management; ingestion of toxic plants, etc. In this
work, food poisoning in horses is observed, coming from a contaminated feed during
its production, also causing a lack of control in the balance of the metabolism of the
horses in question, leading to the death of the animals. The objective of this work
was to present a clinical case followed under the supervision of the Veterinarian,
which comprises: Food poisoning in horses.

Key Words: Animal; Tremors; Urea.


SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 5
2. REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................... 6
2.1 Principais tipos de Intoxicação .............................................................................. 6
3. RELATO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS .................................................... 9
3.1 Intoxicações Alimentar em Equinos ....................................................................... 9
4. DISCUSSÃO ......................................................................................................... 11
5. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 12
6. REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 14
7. APÊNDICE ............................................................................................................ 16
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1. INTRODUÇÃO

A intoxicação alimentar em equinos devido a monensina, espécie com


particular sensibilidade, geralmente ocorre por consumo indesejado do produto
(SOUZA, et al, 2019). Monensina é uma molécula do grupo dos antibióticos
ionóforos muito utilizado principalmente na fabricação de rações para aves, suínos e
bovinos (DRIEMEIR, et al, 2011). Utilizada como coccidiostáticos, antimicrobianos,
promotores do crescimento e reguladora do pH ruminal (NOGUEIRA, et al, 2009).

A intoxicação ocorre devido à ingestão excessiva de ionóforos que decorre de


erro na mistura do aditivo à ração, ou no cálculo das dosagens, utilização em
espécies mais suscetíveis (DRIEMEIR, et al, 2011). Os principais órgãos-alvo que os
ionóforos age são os rins, diafragma, coração e musculatura. Podendo causar morte
súbita nos animais acometidos (BORGES, et al, 2001).

Notamos grandes acontecimentos inesperados durante um atendimento


clínico como a intoxicação alimentar em eqüinos, sendo causados por fungos,
antibióticos ionóforos poliéteres naturais conhecido como monensina, plantas tóxicas
e outros, pois o que é visualizado em vários atendimentos clínicos e esperado é a
cólica eqüina, visto que uma intoxicação alimentar não é tão comum visto durante o
acompanhamento de atendimentos na região de Uberlândia-MG.

Objetivou-se com esse trabalho o acompanhamento do caso de intoxicação


alimentar por monensina em eqüinos em uma propriedade rural no município de
Uberlândia-MG.

.
6

2. REVISÃO DE LITERATURA

Por possuir peculiaridades anatômicas em seu aparelho digestor, a espécie


equina apresenta predisposição a alterações morfofisiológicas graves, responsáveis
por sinais de dores abdominais intensas, conhecidas como cólica ou abdômen
agudo (SILVA - TRAVASSOS, 2021). Tais sinais são geralmente decorrentes de
disfunção do trato gastrintestinal, entretanto, algumas doenças com origem em
outros órgãos (não gastrintestinais) podem causar outros sinais clínicos, por
exemplo, hepatite, peritonite, cardiomiopatia e miopatia da musculatura esquelética,
necrose tecidual (SCHADE et al. 2022), obstrução uretral, problemas no trato genital,
abscesso intra-abdominal e torção uterina (FERREIRA et al. 2009), depressão,
incoordenação motora e alterações proprioceptivas (CORREA et al. 1998).

2.1 Principais tipos de Intoxicação

Intoxicação por uréia

Fator comum que causa a intoxicação por uréia vem de rações onde contém
farinha de soja; ela traz o aumento da liberação de amônia, pois a soja possui uma
uréase que facilita o desdobramento de uréia em amônia (CORREA et al. 1998),
causando dor, alteração no metabolismo e desconforto, podendo levar o animal a
óbito.

Outra condição de aumento de uréia é a criação de Equinos junto a Bovinos,


tendo em risco o consumo de uréia bovina por acidente; em geral os animais
começam a ficarem inquietos, apresentam sinais de cólicas, perda de apetite,
salivação excessiva, dificuldade de deglutição, respiração acelerada, tremores,
diarréia (FERREIRA. 2016), é observado em casos mais graves a depressão,
incoordenação motora e alterações proprioceptivas (CORREA et al. 1998), e por fim
sinais neurológicos.

Intoxicação por Antibiótico Ionóforos

Os Ionóforos passaram a ser adicionados como aditivos nas dietas de


ruminantes, vendo como resultado o aumento da eficiência produtiva por fatores de
7

inibição do crescimento de microrganismos no rúmen. A intoxicação por Ionóforos


pode ocorrer em diversas espécies animais, no entanto, a espécie equina é
especialmente sensível (SCHADE et al. 2022). Os ionóforos mais utilizados na
alimentação de animais são a monensina, lasalocida, nasarina e salinomicina
(PEIXOTO et al. 2009). Ressalta que essa maior sensibilidade está relacionada à
lenta eliminação do Ionóforos e a maior sensibilidade do músculo cardíaco dos
equinos às catecolaminas (SCHADE et al. 2022).

Os acidentes de intoxicação por Ionóforos é muito visto em casos onde o


equino consome rações e suplementos que estavam destinados aos bovinos ou até
mesmo as aves; a monensina sódica ajuda a restaurar o pH ruminal, já que inibe o
crescimento de Streptococcus bovis, principal bactéria causadora da acidose láctica
ruminal (Chow - Russel 1990, Araújo et al. 2006);também pode ocorrer falta de
manejo no momento da formulação das rações após ter feito o alimento para os
ruminantes e aves onde possuíam Ionóforos (GERON, et al. 2013) e tendo contato
com a ração produzida para o equino.

Dentre os sinais clínicos mais comuns a serem vistos podem incluir anorexia,
apatia, sudorese profusa, congestão das mucosas, taquicardia e arritmias cardíacas,
taquipneia, hiperpneia e dispnéia, ataxia(SCHADE et al. 2022); diarréia,
incoordenação motora, andar rígido e relutância em mover-se, tremores musculares,
mioglobinúria, depressão, emaciação e decúbito (SCHWEITZER, et al. 1984);
havendo variações por individualidade animal.

Intoxicação por monensina

Os Antibióticos ionóforos (Ais) são usados como coccidiostáticos para várias


espécies animais, e para promoção de crescimento e prevenção de timpanismo em
bovinos (BARROS, et al. 2000). Os principais ionóforos utilizados como aditivos nas
rações de frangos de corte e ruminantes são a monensina, o lasalocid, a
salinomicina e a nasarina (BORGES, et al. 2001).

A monensina sódica é uma molécula do grupo dos antibióticos ionóforos (AIs)


do tipo poliéter carboxílico produzida a partir da fermentação do Streptomyces
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cinnamonensis (SOUZA, et al. 2019); a intoxicação ocorre devido à ingestão


excessiva de monensina que decorre de erro na mistura do aditivo à ração, ou no
cálculo das dosagens, utilização em espécies mais suscetíveis, uso em associação
com medicamentos (tiamulina, cloranfenicol, eritromicina) (DRIEMEIR, et al. 2011). É
comum observarem-se níveis elevados de CK e AST e mioglobinúria nos casos mais
avançados de intoxicação e, embora todos os músculos possam ser afetados, as
lesões ocorrem com maior freqüência nas regiões glútea e lombar (PEIXOTO, et al.
2009).

Intoxicação física, química e biológica

A ingestão de alimentos como corpos estranhos, terra, pedras (visto em


natureza física); materiais como Cádmio, Chumbo, Arsénio; as Microtoxinas,
Ocratoxina, Aflatoxina e toxinas de origem vegetal (visto em natureza química); por
fim as bactérias e insetos (visto em naturezas biológicas) (MAIA. 2018), podem
causar grandes intoxicações alimentares em eqüinos e tudo isso pode acontecer por
um pequeno descuido ou imprevisto.

Uma planta tóxica pode nascer em meio ao pasto que o equino está solto,
sendo ingerido junto ao consumo do pasto, como também podem ser infectadas por
fungos que contêm alcalóides tóxicos além de que eqüinos estabulados perdem
muita a capacidade seletiva de alimentos, tendo que ter uma grande atenção
durante o manejo para não ser colocado um feno cheio de areia ou até mesmo com
fungos e bactérias (KELLER. 2009), observar sempre de onde veio o feno que
comprou para que diminua o risco da colheita dele com plantas tóxicas (CORREA, et
al. 1998), pois será fornecido aos eqüinos.
9

3. RELATO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

3.1 Intoxicações Alimentar em Equinos

Foram atendidos em um campo na região de Morada das Andorinhas, no


município de Uberlândia-MG, três eqüinos com nome de “Mulata, Gaucho e Conãn”,
onde o tutor se queixava que seus animais, apresentavam sinais clínicos como
astenia muscular, apáticos, com dificuldade para levantar e deitados 1hora após o
consumo da ração que foi fornecido pela manhã.

Já no local durante a anamnese e o exame físico dos equídeos, foi avaliado


que um dos animais, com o nome de “Mulata” estava com maior dificuldade de se
levantar; permanecendo em decúbito lateral; com tremores musculares; batimento
cardíaco por minuto (BPM): 62 (aumentado); frequência respiratória por minuto
(FRM): 34 (aumentado); com a respiração profunda (na tentativa de oxigenar melhor
o organismo); tempo de preenchimento capilar (TPC): 4s (acima do comum); com
anúria; motilidade intestinal alterado e sem defecar.

Os outros dois equídeos apresentavam sinais clínicos como a dificuldade


locomotora (sistema vestibular instável); bpm acima de 40; frm e tpc acima do
comum; motilidade intestinal alterada.

Foi iniciado primeiramente o tratamento no animal “Mulata”, que apresentava


maior grau de debilidade. Foi feito a fluidoterapia conciliada com 100ml de cálcio e
magnésio que são fármacos que induzem a contração muscular e melhorando a
motilidade intestinal; e 100ml de hepatoxan exercendo a função de desintoxicação e
melhora na funcionalidade renal e hepática.

Logo foi feito a coleta de sangue (Resultados encontram-se no Apêndice) no


cavalo “Gaúcho”, que se apresentava com menor grau de debilidade, para
posteriormente a análise dos exames de sangue de Hemograma completo, uréia e
creatinina, ser conduzido o melhor caminho de tratamento para os dois animais que
estava no ambiente e ainda não havia recebido algum tratamento; no retorno do dia
seguinte, já havia os resultados dos exames laboratoriais de hemograma e
bioquímico, com a interpretação dos mesmos seguidos pelo aprendizado do Médico
10

Veterinário, interpretou-se então que os animais estavam com um aumento


significativo na uréia e creatinina, era visto anemia de grau alto por produção
inadequada de hemácias resultando então em EPO e uréia em excesso no
organismo, definiu então o tratamento para desintoxicação do organismo pela
quantidade de uréia, decidido que seria o mesmo tratamento feito na égua “Mulata”,
devido ao resultado estar com as mesmas alterações de uréia e creatinina
aumentada, além de anemia como visto também nos exames da égua “Mulata”, o
cavalo “Gaucho e Conãn” foram tratados durante o período da manhã até a noite.

Foi feito no período noturno a transfusão sanguínea em todos os animais,


pelo motivo de que os perfis dos mesmos estariam em um quadro de anemia, porém
havia noções clinicas de que a “Mulata”, havia pouca chance de reverter o quadro
clínico para um bom prognóstico. Foi feito continuidade a fluidoterapia, porém com a
cautela de que ambos estavam anêmicos (não havia a possibilidade de realizar uma
fluidoterapia intensa, pelo grau de anemia). A paciente “Mulata” não resistiu a
intoxicação que causou o aumento de uréia, após muita insistência e avaliação
clínica, foi decidido que o melhor caminho a ser tomado seria a eutanásia da mesma,
pois não havia obtido melhora e a égua começou apresentar problemas neuronais
de difícil reversão, no momento em que foi concedido a eutanásia, ela já veio a óbito.

No dia posterior havia dado continuidade do tratamento nos equídeos que se


mantiveram resistentes ao quadro clínico, dois equídeos, sendo eles um potro
(Conãn) e outro cavalo de 11 anos (Gaúcho), logo em seguida os mesmos não
resistiram também ao quadro clínico neurológico que a uréia causou no sistema
nervoso central (SNC) e sistema cardiorrespiratório (SCR), consequentemente a
originalidade do óbito foi pela parada cardiorrespiratório.
11

4. DISCUSSÃO

O suposto diagnóstico de intoxicação por monensina vinda da ração veio com


base nos achados clínicos e bioquímicos do animal, visto que havia um grande
aumento de uréia, normalidade da creatinina e ainda uma anemia macrocítica e
normocrômica (resultado no Apêndice), além da discussão com outros veterinários
que atenderam outros animais com resultados próximos ao que foi descrito no relato
em questão.

O aumento da uréia decorre da toxidade da monensina nos órgãos-alvo que


são musculatura, coração e rins; causando então a hemoconcentração, elevação na
proteína sérica e na osmolaridade, por causa da perda de água vindo do dano
tubular renal, que irá ocasionar a poliúria inicial e ocorrem elevação na uréia e
creatinina no sangue (BORGES, et al. 2001)

A uréia é uma substância utilizada como fonte protéica de baixo custo na


produção de rações e que, quando consumida exageradamente, pode causar
intoxicação nos animais (MAIA. 2018). As rações contendo farinha de soja
aumentam a liberação de amônia, pois a soja possui uma uréase que facilita o
desdobramento de uréia em amônia (SCHADE et al. 2022).

A Monensina Sódica é um aditivo muito utilizado em rações e suplementos


para gado (MINERPHÓS. 2016); ela é uma molécula do grupo dos antibióticos
ionóforos (AIs) do tipo poliéter carboxílico produzida a partir da fermentação do
Streptomyces cinnamonensis (SOUZA, et al, 2019).

Uma suspeita de como pode ter ocorrido à contaminação acidental da ração


vem da fabricação de rações para gados, onde não foi feito a limpeza dos materiais
utilizados e logo em seguida feito à ração de eqüinos; e decorrem do erro de cálculo
da dose ou na mistura do aditivo à ração e falhas no acondicionamento do produto
possibilitando acesso direto dos animais, assim como foi a suspeita do consumo dos
animais relatados (SOUZA, et al, 2019).

A intoxicação com ionóforos apresenta variações de acordo com a dose


ingerida, tempo de ingestão (BEZERRA JUNIOR et al., 2000) e individualidade
12

animal (BORGES et al. 2001; HOVDA, et al. 2021) assim como no tempo de reação
dos animais citados no caso, os sinais são associados a cardiomiopatia e/ou
miopatia dos músculos esqueléticos (BARROS, 2001). Com tudo, o sódio pode
causar o aumento da uréia no organismo do animal sobrecarregando assim os rins.
O Ionóforo monensina tem a seguinte ação no organismo desses animais que
ingeriram: ocorre o transporte de sódio para dentro da célula causando o aumento
de sódio intracelular, com isso o estímulo da bomba de sódio-potássio vai depender
do ATP, fazendo que aumente indiretamente o cálcio intracelular e logo podemos ter
a liberação de catecolaminas e causando os sinais clínicos cardíacos como o
aumento dito dos animais no relato, mas também podemos ter a saturação das
mitocôndrias com o cálcio captado que causa falha na fosforilação oxidativa, abaixa
o ATP, trás edema mitocondrial e rompimento da mitocôndria liberando o cálcio
intracelular potencializando os efeitos das catecolaminas ou até mesmo liberando as
enzimas líticas que causa necrose celular devido à deficiência energética e a ação
enzimática (BORGES, et al. 2001).

Não é encontrado um tratamento específico, porém é feito a retirada do


alimento que está causando a intoxicação e juntamente o tratamento de suporte
baseados em fluidoterapia agressiva com soluções isotônicas e poliônicas,
principalmente nos casos agudos (BORGES, et al. 2001) que foi de comum paridade
com o que foi feito no caso em discussão.

É de comum visualização clínica entre este relato e o artigo de surto de


intoxicação por monensina em avestruzes e equinos no sul do Brasil, os sinais de
relutância em se movimentar, hesitação em mudar de direção com tendência a
tropeços, membros pélvicos rígidos e lateralmente afastados, além de andar
cambaleante (DRIEMEIR, et al. 2011), além do horário de óbito de cada animal,
sendo que todos se alimentaram juntos e tiveram reações diferentes de acordo com
cada organismo mesmo sendo uma mesma espécie.

5. CONCLUSÃO

O estudo geral quanto aos casos de intoxicações alimentares em equinos é


de suma importância, pois podem ocorrer por muito meios diferentes e durante um
13

atendimento clínico as pessoas devem suspeitar e ter o conhecimento de vários


fatores que podem causar a intoxicações alimentar em eqüinos, visto que eles são
animais com o trato gástrico sensível.

A orientação através de estudos que foi feito durante a criação desse trabalho
vem de forma abundante mostrando que devemos sempre pensar em todas as
formas de intoxicação alimentar, desde um simples feno com areia até mesmo uma
ração que foi feita juntamente a ração de outra espécie que é o bovino, mostrando
ainda mais o quão diferente é o organismos de cada espécie.

Por fim, a procura por casos próximos ao que foi citado nesse artigo, nos
mostra o quão diferente pode ser as causas de intoxicação alimentar em eqüinos e
nos abre a porta para rever todo processo de tratamento que podem ser seguidos.
14

6. REFERÊNCIAS

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15

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associada a consumo de suplemento mineral à base de melaço de cana-de-
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16

7. APÊNDICE

Exames Laboratoriais de Hemograma Completo, Uréia e Creatinina. Cavalo


(Gaucho).
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