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CONHECIMENTOS DE MATEMÁTICA

CONHECIMENTOS
DE
MATEMÁTICA

MANUAL DE ESTUDOS 1 MANUAL DE ESTUDOS


CONHECIMENTOS DE MATEMÁTICA

MANUAL DE ESTUDOS 2 MANUAL DE ESTUDOS


CONHECIMENTOS DE MATEMÁTICA
2ª) Interseção (  ):
NOÇÕES SOBRE CONJUNTOS A interseção de dois conjuntos A e B é o conjunto forma-
do pelos elementos que são comuns a A e B, ou seja, que
Conjunto dos números naturais: N pertencem simultaneamente aos conjuntos A e B.
É o conjunto: N = {0, 1, 2, 4, 5, ...}
Excluindo-se o zero desse conjunto, obtemos o conjunto
dos números inteiros positivos, indicado por:

A  B  x / x A e x B 
N* = {1, 2, 3, 4, 5,...} Exemplo: a) A = {1, 2, 3, 4} B = {1, 3, 5, 7}
(* indica a exclusão do zero de um conjunto)
A .1 .5 B
Conjunto dos números inteiros: Z
A  B  {1, 3}
.2
É o conjunto: Z = {..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3,...} .4 .3 .7
Este conjunto inclui os números inteiros positivos, os intei-
ros negativos e o zero como elemento central. Obs.: Quando A  B=  , os conjuntos A e B são
Dizemos que o oposto (ou simétrico) de 2 é -2, de -5 chamados DISJUNTOS.
é 5, e assim por diante.
Conjunto dos números racionais: Q 3ª) Diferença de Conjuntos:
Todos os números que podem ser obtidos da divisão A diferença de dois conjuntos A e B é o conjunto formado
(razão) entre 2 números inteiros são chamados números pelos elementos que pertencem a A mas não pertencem a B.
racionais e formam o conjunto: A - B = {x / x  A e x  B}
Q = {x/x = a/b; a  Z e B  Z*} Exemplo: Sendo A = {1, 3, 5, 7} e B = {2, 3, 5}, temos
Observe: O número b não pode ser zero.
Exemplos de números racionais: A .1 .3 B
A - B = {1, 7}
10
a)  2,5  Q b)
18
 6  Q c)
10
 3,333. . .  Q .7 .5 .2
4 3 3
Atenção: Vemos que a representação decimal de um 4ª) Complementar:
número racional: Se B  A, a diferença A - B denomina-se complementar
de B em relação a A e indica-se por:
7 
1º) ou é exata   1,75
4   AB  A  B
7  Exemplo: Sendo A = {0, 1, 2, 3, 4, 5} e
2º) ou é periódica   0,636363. . . B= {2, 3}, então:
11 
Quer dizer: na divisão de 2 inteiros, ou a conta termi- C A B = A - B = {0, 1, 4, 5}
na ou prolonga-se repetitivamente (dízima periódica).
A . 0 .2 B
Conjunto dos números reais: R .1
Existem números cuja representação decimal não é exa-
AB
.4 .3 . 5
ta e nem periódica, não sendo, portanto, números racionais.
São chamados irracionais. Obs.: O complementar de A em relação ao conjunto Uni-
verso, representa-se por:
1,4142135624... = 2 Q
3,1415926535... =   Q U
Unindo o conjunto de todos esses números com o conjun- A’ A
to dos racionais, formamos o conjunto R dos números reais.
Note que todo número natural é também inteiro, todo intei-
ro é também racional e todo racional é também real, portanto:
NÚMEROS RELATIVOS

Sejam os subconjuntos lineares dos números reais, cuja


N representação através da reta geométrica se faz por intermé-
N ZQ R Z dio de intervalos. Sendo a e b dois números reais tais que a <
Q b, podemos definir:
R
1º) Intervalo fechado de extremos a e b é o conjunto:
OPERAÇÕES COM CONJUNTOS:
Diagramas de Venn-Euler [a, b] = {x R / a x b} cuja representação na reta é:
1ª) União (U):
A união de dois conjuntos A e B é o conjunto formado por b IR
todos os elementos que pertencem a A ou a B. 2º) Conjunto do intervalo aberto de extremos a e b:
]a, b[ = {x R / a < x < b}
A  B   x / x  A ou x  B
Exemplo: a b IR
a) A = {0, 1, 2, 3, 4}, B = {1, 3, 5, 7} 3º) O conjunto do intervalo semi-aberto à direita:
A  B  {0, 1, 2, 3, 4, 5, 7} [a, b[ = {x R/a x < b}

n A  B  n A   n B  n A  B a b IR
4º) Conjunto do intervalo semi-aberto à esquerda:
A .0 .1 .5 B ]a, b] = {x R/a<x b}
.2
.4 .3 .7 a b IR

MANUAL DE ESTUDOS 3 MANUAL DE ESTUDOS


CONHECIMENTOS DE MATEMÁTICA
Ex.: 1) Montar o conjunto dos divisores de: a) 8 e b) 20.
OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS:
Resolução:
ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO, MULTIPLICAÇÃO
a) Vamos procurar todos os números que dividem o 8 de
E DIVISÃO DE NÚMEROS INTEIROS.
forma exata e inteira. São eles: {1, 2, 4, 8};
Adição e Subtração: a adição e subtração de números b) Vamos procurar todos os números que dividem o 20 em
seguem duas regras básicas a saber: forma exata e inteira. São eles:{1, 2, 4, 5, 10, 20}.
1ª) Se dois números têm sinais iguais (ambos positivos 2) Montar o conjunto dos números primos até 50:
ou ambos negativos), somamos os seus valores absolutos e Resolução:
conservamos o sinal. Ex.: 7 + 3 = 10 e 5 + 12 = 17. Vamos procurar os números menores que 50, que
Obs.: Lembrar que se um número não é precedido de admitem apenas a unidade e ele próprio como fator (fator é
sinal, ele é positivo: (7 + 3 = +7 + 3 = + 10). sinônimo de divisor), são eles: {2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23,
29, 31, 37, 41, 43, 47}
2ª) Dois números com sinais diferentes, subtraímos sem-
pre, e damos o sinal daquele que possui maior valor absoluto.
Ex.: -7 + 4 = -(7 - 4) = -3 maior valor absoluto (no caso - 7) e 3 REGRAS DE DIVISIBILIDADE
- 8 = - (8 - 3) = -5 maior valor absoluto (no caso - 8).
Multiplicação e divisão: na multiplicação e divisão de Divisibilidade por 2: "um número admite o 2 como fator,
números, seguimos também duas regras básicas: quando seu último algarismo for { 0, 2, 4, 6, 8} isto é, se ele for
1ª) Se dois números têm sinais iguais, o produto ou a par". Ex.: O conjunto dos números menores que 20, que admitem
divisão entre eles, será sempre positivo, assim: o 2 como fator são: {0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18}
(+) . (+) = (+) e (+) : (+) = (+) ou (-) . (-) = (+) e (-) : (-) = (+).
Divisibilidade por 3 ou 9: "um número admite o 3 ou o 9,
2ª) Se dois números têm sinais diferentes, o produto ou a
como fator, quando a soma de seus algarismos for divisível
divisão entre eles, será sempre negativo, assim:
por 3 ou por 9 respectivamente".
(+) . (-) = (-) e (+) : (-) = (-) ou (-) . (+) = (-) e (-) : (+) = (-).
Ex.: a) 345 é divisível por 3 pois: 3 + 4 + 5 = 12 e 12 é
Obs.: Nas expressões numéricas, onde ocorrem várias
divisível por 3. Sendo assim a divisão de 345 por 3 será exata
operações, devemos seguir a seguinte hierarquia.
e inteira:
- Primeiro: resolvemos as multiplicações ou divisões; quociente: 115
345 3
- Segundo: resolvemos as somas ou subtrações. resto: 0
04 115
Se nessas expressões aparecerem parênteses,
15
colchetes ou chaves, a hierarquia de resolução será:
- Primeiro: resolvemos as operações entre parênteses; 0
- Segundo: resolvemos as operações entre colchetes; b) 108 é divisível por 9, pois: 1 + 0 + 8 = 9 e 9 é divisível por
- Terceiro: resolvemos as operações entre chaves. 9. Sendo assim a divisão de 108 por 9 será exata e inteira.
108 9 quociente: 12
a) 3 - 5. (-4) + 7 18 12 resto: 0
Ex.: Efetuar: Resp.: 30
3 + 20 + 7 = 30 0
Efetuar: b) [5 - 3 - (4 : 2 + 5) . 3] = Obs.: É importante notar que todo número que é divisível por 9,
Resolução: [5 - 3 - (2 + 5) . 3] = [5 - 3 - 7 . 3] = [2 - 21] = será divisível por 3, mas o contrário pode não ocorrer. Nos exemplos
Resp.: -19 anteriores temos: 108 é divisível por 9 e também por 3. Mas, 345 é
divisível por 3 mas não é por 9.
NÚMEROS PRIMOS:
DECOMPOSIÇÃO EM FATORES PRIMOS, Divisibilidade por 4 e 25: "um número é divisível por 4 ou
MÁXIMO DIVISOR COMUM, 25 quando os dois últimos algarismos da direita formarem um
MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM número divisível por 4 ou 25 respectivamente". Ex.: 420 é
E SUAS PROPRIEDADES. divisível por 4 porque 20 é divisível por 4, então:
420 4 quociente: 105
20 105 resto: 0
Múltiplos e divisores de um número: Um número "A"
0
é múltiplo de um número "B" (B 0) se a divisão de "A"por 1175 é divisível por 25, porque 75 é divisível por 25, então:
"B" for exata e inteira.
1175 25 quociente: 47
Obs.: resto: 0
a) Todo número tem uma infinidade de múltiplos, isto é, o 175 47
conjunto dos múltiplos de um número é infinito. 0
b) Excluindo o zero, que é múltiplo de todo número, o menor Divisibilidade por 5: "um número é divisível por 5, quando
múltiplo de um número é ele próprio. ele termina em 0 ou 5".
Ex.: Montar o conjunto dos múltiplos de: a) 7 e b) 5 Ex.: O conjunto dos números menores que 40, divisíveis
a) Vamos procurar todos os números que divididos por 7, por 5 é: {0, 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35}
dão resultado exato e inteiro, são eles:
Divisibilidade por 8 ou 125: "um número é divisível por 8
{0, 7, 14, 21, 28, ...}, ou {x / x = 7n e x Z +} ou por 125, quando, os seus três últimos algarismos da direita,
b) Vamos procurar todos os números que divididos por 5, formarem um número divisível por 8 ou 125, respectivamente."
dão resultado exato e inteiro, são eles: Ex.: 1º) 1032 é divisível por 8, porque 032 = 32 é divisível
{0, 5, 15, 20, 25, ...}, ou {x / x = 5n e x Z +} por 8, então:
"Um número A (A 0) é divisor de um número B, se a 1032 8 quociente: 129
32 129 resto: 0
divisão de B por A for exata e inteira".
Obs.: a) Todo número inteiro é diferente de 1, admite pelo 72
menos, dois divisores. 0
b) O número de divisores de um número inteiro e diferente 2º) 3250 é divisível por 125, porque 250 é divisível por 125,
de zero é limitado, isto é, o conjunto dos divisores de um então:
número, é finito. 3250 125 quociente: 26
c) O número que admite apenas a unidade e ele próprio 0750 26 resto: 0
como divisor é chamado número primo. 000

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CONHECIMENTOS DE MATEMÁTICA
Divisibilidade por 11: "um número é divisível por 11, Cálculo do número de divisores de um número:
quando a diferença entre a soma dos algarismos de ordem "O número de divisores de um número é igual ao produto dos
ímpar, e a soma dos algarismos de ordem par, é múltiplo de expoentes de cada fator primo aumentados de uma unidade".
11: Ex.: Verificar se o número 743.875 é divisível por 11. Ex.: Quantos são os divisores de 540?
Resolução: Anotando por I os algarismos de ordem ímpar Resolução: Decompondo 540 em fatores primos, temos:
e P, os de ordem par temos: 2 3
540 2 540 = 2 . 3 . 5
743.875 ---- I = 7, 3, 7 P = 4, 8, 5 270 2 O nº de divisores será:
Somando os algarismos de ordem ímpar, temos: 135 3 (2 + 1) . (3 + 1) . (1 + 1) = 3 . 4 . 2 = 24
7 + 3 + 7 = 17 45 3 Resposta: 24 divisores
Somando os algarismos de ordem par, temos: 15 3
4 + 8 + 5 = 17 5 5
1
A diferença será 17 - 17 = 0, como 0 (zero) é múltiplo de
11, o número será divisível por 11. FRAÇÕES ORDINÁRIAS
Decomposição de um número em fatores primos: OPERAÇÕES COM FRAÇÕES:
Todo e qualquer número que não seja primo, pode ser Soma e Subtração: a soma ou diferença de frações é
decomposto num produto de seus fatores primos. obtida da seguinte maneira:
Ex.: Escrever como produto de seus fatores primos os 1º) Reduzimos as frações ao mesmo denominador;
seguintes números: a) 50; b) 120 2º) Somamos ou subtraímos os numeradores obtidos e
b) 120 2 assim teremos a fração resultado.
Resolução: a) 50 2 60 2 Ex.: Efetuar: 5 - 2 + 5
25 5 30 2 6 3 8
5 5 15 3
1 5 5 Solução: m.m.c. (6; 3; 8) = 24
2
1 5 - 2 + 5 = 20 - 16 + 15 = 19
50 = 2 . 5 120 = 2 3 . 3 . 5
6 3 8 24 24
MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM (M.M.C.):
Produto de frações: o produto de frações é obtido multipli-
"Mínimo Múltiplo Comum de dois ou mais números é o menor cando-se respectivamente numerador e denominador das fra-
número diferente de zero que é divisível por todos eles ao mesmo ções (não se calcula o m.m.c. no produto).
tempo". Para cálculo do m.m.c. de dois ou mais números podemos a . c = a.c
Assim:
estabelecer a seguinte regra: b d b.d
1º) Decompomos os números em fatores primos. Obs.: No produto de frações, é sempre conveniente ob-
2º) Multiplicam-se todos os fatores primos, comuns e não servar se há possibilidade de simplificar.
comuns, tomados uma única vez, com os seus maiores expoentes.
Ex.: Efetuar: a) 3 . 7 b) 4 . 7
Ex.: Calcular o m.m.c. dos números: 20, 24 e 30 5 6 3
1
20 2 24 2 30 2 3 7 7 4 7 4 . 7 28
10 2 12 2 15 3 Solução: a) . = b) . = =
5 6 2 10 3 1 3.1 3
5 5 6 2 5 5
1 3 3 1 Divisão de frações: o quociente das frações a/b e c/d
2
1 é: ab . d/c, isto é, mantemos a primeira fração multiplicando
20 = 2 . 5 24 = 2 3 . 3 30 = 2 . 3 . 5 pelo inverso da segunda fração.
m.m.c. (20; 24; 30) = 23 . 5 . 3 1
m.m.c. (20; 24; 30) = 8 . 5 . 3 3 2
3 7
m.m.c. (20; 24; 30) = 120 Ex.: Efetuar: a) : b) 4 c) 3
5 4 5
5
MÁXIMO DIVISOR COMUM (M.D.C.): mantém

"Máximo Divisor Comum de dois ou mais números é o maior 3 7 3 4 12


Solução:
: = . =
de seus divisores comuns". Para o cálculo do m.d.c. de dois 5 4 5 7 35
ou mais números podemos estabelecer a seguinte regra: mantém
1º) Decompomos os números em fatores primos. 1 2
2º) Multiplicamos todos os fatores primos comuns, tomados b) 3 =
1
.
5
=
5 c) 3 = 2 . 1 = 2
uma única vez com seus menores expoentes. 4 3 4 12 5 3 5 15
Ex.: Calcular o m.d.c. dos números seguintes: 60, 264 e 504 5
60 2 264 2 504 2 FRAÇÕES DECIMAIS
30 2 132 2 252 2
15 3 66 2 126 2 Frações decimais: são frações cujo denominador é igual a
5 5 33 3 63 3 10 ou 100 ou 1000, ou seja, potência positiva de 10.
1 11 11 21 3
1 7 7 Ex.: 3 , 8 , 132 ...
1 10 100 1000
2 3 3 2
60 = 2 . 3 . 5 264 = 2 . 3 . 11 504 = 2 . 3 . 7 Exceto as dízimas periódicas, todo número decimal pode ser
escrito na forma de fração decimal, da seguinte maneira:
m.d.c. (60; 264; 504) = 22 . 3
m.d.c. (60; 264; 504) = 12 37 471 2471
0,37 = ; 2,471 = 2 =
100 1000 1000
Relação entre o m.m.c. e m.d.c.: 0,333... não pode ser escrito na forma de fração decimal
"O m.m.c. de dois números é igual ao produto desses
números dividido pelo seu m.d.c." Soma e subtração de números decimais: para se efe-
Ex.: O produto de dois números é 576 e o seu m.d.c. é 2. tuar estas operações, basta colocarmos vírgula sob vírgula, ou
Calcular o m.m.c. seja, operar parte inteira com parte inteira e parte decimal com
produto dos números 576 parte decimal.
m.m.c. = = = m.m.c. = 288 Ex.: a) 2,32 + 0,416 + 11 + 0,1 b) 1,432 - 0,21
m.d.c. 2

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CONHECIMENTOS DE MATEMÁTICA
Dízima Periódica Composta: a fração geratriz da dízima
periódica composta é obtida da seguinte maneira.
- Numerador: é formado pela diferença entre o número for-
Solução: a) b) mado pela parte não periódica seguida de um período, e o nú-
mero que constitui a parte não periódica.
Produto de números decimais: opera-se normalmen- - Denominador: constituído por um número formado por
te. O resultado terá tantas casas decimais quanto a soma das tantos noves quantos forem os algarismos da parte periódica,
casas decimais dos fatores. seguidos por tantos zeros quantos forem os algarismos da
Ex.: 0,32 x 1,7 parte não periódica.
Ex.: Calcular a geratriz das dízimas seguintes:
0,32 2 casas decimais a) 0,325757... b) 2,323444...
1,7 1 casa decimal Solução:
2,24 a) 0,325757... parte periódica = 57
Solução: 32 parte não periódica = 32
0,544 3 casas decimais
A geratriz da dízima dada é:
Divisão de números decimais:
3257 - 32 3225 43
a) Igualar casas decimais. = =
b) Eliminar vírgulas, 9900 9900 132
c) Operar normalmente. b) 2,213444... parte periódica = 4
Ex.: 0,625 : 2,5 = 0,25 parte não periódica = 213
Solução: A geratriz da dízima dada será:
a) 0,625 : 2,500 - Letra A do roteiro 2134 - 213 1921 19921
b) 625 : 2500 - Letra B do roteiro 2 =2 =
9000 9000 9000
6250 2500
c) 12500 0,25 - Letra C do roteiro POTÊNCIAS E RAÍZES
0000
DEFINIÇÃO: Dado um número real a e um número inteiro
Transformação de fração para decimal: basta dividir n, (n > 0) sabe-se que:
o numerador pelo denominador. a, a, a... = an
2
= 0,4
5
= 1,25
n vezes
Ex.: a) b)
5 4 a é a base; n é o expoente e an é a potência.
5 4 Ex.: 53 = 5 . 5 . 5 = 125
20 5 10 1,25 5 - base; 3 - expoente; 125 - potência
Solução: a) 0 0,4 b) 20
Propriedades:
0

NÚMERO MISTO 1ª) Multiplicação de potências de mesma base:


Para multiplicar duas ou mais potências de mesma base,
Denomina-se número misto à soma de um número inteiro conserva-se a base e somam-se os expoentes.
com uma fração própria. Genericamente: am . an . ap = am+n+p
Ex.: 53 . 54 = 53+4 = 57 = 78.125
4 4
3+ é um número misto e indicamos por 3
Ex.: 5 5 2ª) Divisão de potências de mesma base:
que será lido como: três inteiros e quatro quintos. Para dividir duas potências de mesma base, conservam-
Obs.: se as bases e subtraem-se os expoentes.
1ª) Para se transformar um número misto em fração impró- 3
m
m-n 5 3-2
pria, procedemos da seguinte maneira: Genericamente: n Ex.: =5 =5
2
5
3 2 . 4 + 3 11
2 = = (fração imprópria)
4 4 4 Consequências:
2ª) Para se transformar uma fração imprópria em número
misto procede-se da seguinte maneira:
a) Potência com expoente zero: toda potência com
37 37 5 37 2 n
=7 0 n-n a
5 2 7 5 5 expoente zero é igual a 1 (um). a = a = n
=1
Esta operação também é chamada de extração dos intei- a
ros de uma fração. Ex.: 50 = 1

GERATRIZ DE UMA PERIÓDICA b) Potência com expoente negativo: é equivalente a


uma fração cujo numerador é 1(um) e o denominador é a base
Dízima Periódica Simples: a fração geratriz da dízima com o expoente positivo. Equivale ao inverso da base elevado a
periódica simples, é obtida da seguinte maneira: um expoente de mesmo módulo e sinal diferente.
- Numerador: constituído pelo período da dízima (parte que a0 1
a -n = a 0 - n = 1 1
se repete na dízima); = Ex.: 2 -3 = =
- Denominador: é formado por tantos noves quanto são os an an 23 8
algarismos do período. 3ª) Potência de Potência: Para se elevar uma potência
Ex.: Calcular a geratriz das dízimas seguintes: a um expoente, conserva-se a base e multiplicam-se os ex-
a) 0,3737... b) 2,4242... poentes.
37 Genericamente: (a n )
m
Solução: a) 0,3737... = = a n.m
99
2
42 240 3
Ex.: (2 ) = 2
3.2 6
= 2 = 64
b) 2,4242... = 2 =
99 99

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CONHECIMENTOS DE MATEMÁTICA
4ª) Potência de um Produto: Para se elevar um produ- 3ª) A raiz de uma raiz é igual a uma raiz cujo índice é o produto
to a um expoente, eleva-se cada fator a este expoente. dos índices relativos a cada raiz. Genericamente:
Genericamente: (a . b) n = a n . b n m n m.n
a = a
2 2 2
Ex.: (3 . 10) = 3 . 10 = 9 . 100 = 900 3 2.3
Ex.: 64 = 64 = 6 64 = 2
5ª) Potência de Ordem Superior: É a potência cujo
expoente é outra potência. 4ª) A potência de uma raiz é igual à raiz da potência de
mesmo expoente do radicando. Genericamente:
3 4
Genericamente: a mn Ex.: 3
4
=3
6
( n a )m = n a m Ex.: ( 3 27) 4 = 3 27 4
6º) Multiplicando-se ou dividindo-se o índice e o expoente do 5ª) Uma raiz é igual a uma potência com expoente
radicando por um mesmo número, o valor da raiz não se altera. fracionário cujo numerador é o expoente do radicando e o
denominador é o índice. Genericamente:
Ex.: Seja: 6
43 = 2 n
Dividindo-se o índice e o expoente do radicando por 3:
am = a m/n Ex.: 3
2 4 = 2 4/3
Extração da Raiz Quadrada:
6:3 4.3.3 = 2 4 = 2
Existe uma regra prática para extrair a raiz quadrada de um
Multiplicando-se o índice e o expoente do radicando por 2: número, regra esta que será vista a seguir através de um exem-
plo. Exemplo: extrair a raiz quadrada de 135.360.
6x2 4. = 12 4 6 = 2 1º) Separam-se os algarismos do radicando de dois em
c dois da direita para a esquerda, podendo sobrar apenas um
Obs.: ab (a b ) c
algarismo à esquerda 13 .53 .60
3 3
Ex.: 21 = 2 e (21) = 8 2º) Determina-se o maior número cujo quadrado não ul-
trapasse o número formado pelo(s) algarismo(s) que sobrar
Potência de Números Relativos: (ou sobraram) à esquerda.
1º) Quando o expoente for par, o resultado será sempre
13 .53 .60 3
positivo. Exs.: a) +32 = 9 b) -24 = 16 Este número será a raiz parcial
2º) Quando o expoente for ímpar, o resultado terá sem- 3º) Eleva-se ao quadrado o número assim obtido e sub-
pre o sinal da base. Exs.: 1) (-2)3 = -8 2) (+5)3 = 125 trai-se do número mencionado acima e acrescenta-se ao
resultado os próximos dois algarismos à direita, obtendo-se
Potência de Frações: Para se elevar uma fração a um expo-
assim o primeiro resto parcial:
ente, eleva-se o numeradores e o denominador a este expoente.
a n an 13 .53 .60 3
Genericamente: ( ) = 9
b bn
453
-3 2 32 9 4º) Dobra-se a raiz e separa-se o último algarismo à
Ex.: ( ) = =
7 7 2 49 direita do resto parcial

RADICIAÇÃO 13 .53 .60 3


9 2 .3 = 6
Definição: dado um número real a e um número inteiro n, (n 45 .3
> 0) denomina-se raiz n-ézima o número b tal que: 5º) Divide-se a parte que sobrou à esquerda pelo dobro
da raiz, multiplicando-se o número formado pelo acréscimo
n
a =b b n , onde n é o índice, b é a raiz n-ézima e a é o do quociente obtido à raiz pelo mesmo coeficiente. Se o pro-
duto acima for maior que o resto parcial subtrai-se uma uni-
radicando. O sinal recebe o nome de radical.
dade ao quociente e repete-se a operação
4 3 2
Ex.: 1) 81 = 3 2) -64 = -4 3) 16 = 4
13.53. 60 3
Observações: 9 2. 3 = 6
1) Não existem raízes de índice par de números negati- 45. 3 45:6 = 7
vos no campo dos números reais. 67:7 = 469
2) Quando o índice for igual a 2, poderá ser omitido e Como 469 é maior que 453, reduz-se uma unidade do
neste caso, diz-se que a raiz é quadrada. quociente e repete-se a operação:
Ex.: 2 64 = 64 = 8 13.53.60 3
3) Quando o radicando não apresentar sinal, ou se for 9 2. 3 = 6
positivo as raízes de índice par serão consideradas positivas. 45. 3 45:6 = 7 6
66:6 = 396
Exs.: 1) 4 16 = 2 2) 6 +64 = 2
4) Quando o índice for ímpar, a raiz terá o sinal do radicando. 6º) Subtrai-se o resultado do primeiro resto parcial, acrescen-
tando-se ao lado do mesmo os próximos dois algarismos à direita,
3 5
Exs.: 1) -8 = -2 2) 243 = 3 dobra-se a nova raiz (36) e repete-se os passos anteriores
Propriedades: 13.53.60 367
1ª) O produto de duas ou mais raízes de mesmo índice é 9 2. 3 = 6
a raiz do produto dos radicandos. 45.3 45:6 = 7 6
396 66:6 = 396
4 4 4 57. 60 2.36 = 72
Ex.: 16 . 81 = 16.81
5089 576:72 = 8 7
2ª) O quociente de duas raízes de mesmo índice é igual à raiz 671 727.7 = 5089
do quociente dos radicandos. Genericamente:
A raiz procurada é 367 e 671 é o resto final.
3 3
n a n a 125 125
= = PROVA: (367)2 + 671 = 134689 + 671 = 135360
Ex.: 3
n b b 64 64 raiz = 21,6; resto = 2,44

MANUAL DE ESTUDOS 7 MANUAL DE ESTUDOS


CONHECIMENTOS DE MATEMÁTICA
Obs.: A raiz quadrada de um número pode ser extraída Exemplos:
por aproximação. Para isso basta acrescentar à direita do 1º - Quando adicionamos dois números, a ordem em que
radicando, dois zeros para cada casa decimal desejada a são considerados não altera a soma.
extrai-se a raiz quadrada do número obtido de acordo com a Tradução em linguagem matemática: x + y = y + x
regra que foi dada. 2º - Se dividirmos a diferença de dois números por 2, o
Ex.: Extrair a raiz quadrada do número 469 com aproxi- resultado será 15.
mação de décimos. x - y  15
Tradução:
2
4.69.00 21 b) Fórmulas
4 2.2 = 4
Uma fórmula é a tradução, em linguagem matemática, de uma regra.
06.9 6:4 = 1
Por exemplo, você sabe que a área de um retângulo pode
41 41:1 = 41
280.0 2.21 = 42 ser obtida multiplicando o número que exprime a medida da
2556 280:42 = 6 base pelo que exprime a da altura.
244 426.6 = 2556 Tradução: S = b.h

Nota: O número de casas decimais do resto é igual ao EXPRESSÃO ALGÉBRICA. POLINÔMIO.


número de zeros acrescentados.
Uma coleção de números, variáveis (letras) e sinais de
PROVA: (21,6)2 + 2,44 = 466,56 + 2,44 = 469 2 x
operação, como 2x  3x  1, 2ax 3, 2x  3y -
Redução de Radicais ao mesmo índice: dois ou mais y é uma
radicais de índices diferentes podem ser reduzidos a um expressão algébrica.
mesmo índice com base na 6ª propriedade do item 2.2. Em uma expressão da forma A + B + C + ..., A, B, C, ... são termos.
Assim 3a2 e -2b são termos da expressão 3a2 - 2b.
REGRA:
1º) Calcular o mínimo múltiplo comum dos respectivos Uma expressão cujos termos envolvem somente multiplica-
índices que será o novo índice comum a todos os radicais. ções e potenciações de números e variáveis chama-se polinômio.
2º) Dividir o mínimo múltiplo comum (m.m.c.) obtido, pelos A expressão 3x2 + 5x - 8 é um polinômio.
índices e multiplicar o resultado pelo expoente do radicando
3
correspondente. A expressão - y não é um polinômio porque envolve a
Ex.: Reduzir ao mesmo índice: x
operação de divisão por uma variável.
3
42 ; 5 6 3 ; 6 8 Se o polinômio contém uma só variável, por xemplo x,
m.m.c. (3; 5; 6) = 30 diremos polinômio inteiro em x. O domínio das variáveis de
Dividindo-se o m.m.c. pelos índices e multiplicando os um polinômio é o conjunto dos números relativos, salvo indi-
resultados pelos expoentes dos radicandos: cação em contrário.
Denominações particulares:
30
4 20 ; 30 618 ; 30 8 5 Monômio - polinômio de um só termo: -3xy2
Binômio - de dois termos: a2 - 2ab
- Operações com radicais:
Trinômio - de três termos: 2x2 - 5x + 7
1ª - Adição e subtração: Para serem somados ou sub-
traídos, os radicais devem ter o mesmo índice e o mesmo COEFICIENTE DE UM TERMO
radicando, ou seja, devem ser semelhantes. Apenas os
coeficientes dos radicandos devem ser operados. Um conjunto de fatores em um termo chama-se coefici-
ente dos fatores restantes. Assim, em -3a2x, temos:
4 4 4
Ex.: 4 3 +5 3 + 3 = -3 é o coeficiente de a2x
4 4 -3a2 é o coeficiente de x
(4 + 5 + 1) 3 = 10 3 -3x é o coeficiente de a2
2ª - Multiplicação e divisão Chama-se coeficiente numérico o fator numérico de um
Para serem multiplicados ou divididos, os radicais devem termo: em 4a2b o coeficiente numérico é 4.
ter o mesmo índice. Obs.: O coeficiente 1 é subentendido x = 1x
Se isto não acontecer, os radicais devem ser reduzidos
ao mesmo índice. Para multiplicar ou dividir radicais, multipli- ORDENAÇÃO
cam-se ou dividem-se os coeficientes e os radicandos. Quando os termos de um polinômio se sucedem de modo
5 5 5 5 que os expoentes de uma certa letra decrescem do primeiro
Ex.: 6 8.3 20 = 6.3 8.20 = 18 160 ao último, diz-se que o polinômio está ordenado segundo as
EXPRESSÕES ALGÉBRICAS potências decrescentes dessa letra.
O polinômio 2ax3 - 5abx2 + 3a2x + 4a3b2 está ordenado segun-
LETRAS QUE REPRESENTAM NÚMEROS do as potências decrescentes de x. Ao contrário, se as potênci-
Um dos mais importantes símbolos da matemática são as as de uma certa letra crescem sucessivamente, o polinômio diz-
letras, usadas em lugar de números. se ordenado segundo as potências crescentes da mesma letra,
a) Variável como o polinômio: 2 - 3x + 4x2 + x3 em relação à letra x.
Quando escrevemos a letra x, por exemplo, podemos usá- Ordenar um polinômio é dispor seus termos de modo que
la para representar um número qualquer. Isto nos permite falar os expoentes de uma letra cresçam ou descresçam. Essa
a respeito de “um número”, sem fixar “qual” o número. letra denomina-se principal ou ordenatriz.
A letra usada para representar um elemento qualquer, não
especificado, de um conjunto numérico, chama-se variável. TERMOS SEMELHANTES
Qualquer letra pode ser empregada com este fim; todavia, Dois termos que têm variáveis idênticas são chamados
as letras x, y, z são mais freqüentemente usadas.
termos semelhantes.
Uma vantagem do emprego de letras é a possibilidade de
substituirmos uma expressão verbal (em que usamos pala- 1 2
5ax 2 , - 3ax 2 e
ax são termos semelhantes.
vras) por uma expressão matemática ou algébrica (em que 3
usamos letras, números e sinais de operação e de relação). 4x e 5y não são termos semelhantes.

MANUAL DE ESTUDOS 8 MANUAL DE ESTUDOS


CONHECIMENTOS DE MATEMÁTICA
Se num polinômio existem termos semelhantes podemos POLINÔMIO IDENTICAMENTE NULO
substituí-los por um único termo. Denomina-se "polinômio identicamente nulo" o polinômio
Realmente, a propriedade distributiva da multiplicação per- que tem todos os seus coeficientes nulos.
mite escrever: Indicamos por P ( x ) = 0
(Lê-se: P ( x ) é idêntico a zero).
5x + 7x = (5 + 7)x = 12x Seja o polinômio:
5a2b + a2b - 8a2b = (5 + 1 - 8)a2b = 2a2b. P ( x ) = anxn + an - 1xn - 1 + an - 2xn - 2 + ... + a2x2 + a1x + a0
A esta aplicação dá-se o nome de redução de termos
semelhantes. a n-1= 0
No polinômio 3x + 5y + 4x, 3x e 4x são termos semelhantes a n-2= 0
e podemos reduzi-los. O polinômio pode ser escrito com dois .
termos: 3x + 5y + 4x = 7x + 5y. .
Você deve ser capaz de escrever logo o polinômio com os .
termos semelhantes reduzidos: a3 = 0
5ab - 3x + 2ab + 7ab + 4x Se P ( x ) = 0 a2 = 0
a1 = 0
POLINÔMIOS a0 = 0
DEFINIÇÃO: Toda função definida pela relação:
P(x) = anxn + an-1 + an-2 . xn-2 + a2x2 + a1x + a0 é denominada Ex.: Calcular a, b e c, para as quais o polinômio: P ( x ) = ( a
função polinomial ou, simplesmente "polinômio. + b x2) + ( a - b - 4 x ) + ( b + 2c - 6 ) seja identicamente nulo:
Em que: an, an-1, an-2, a2, a0 Resolução: De (I) e (II) vem: a + b = 0 e a - b = 4
n N a+b=0 (I)
x C é a variável Se P ( x ) = 0 a-b-4=0 ( II )
Obs.: ab + 2c - 6 = 0 ( III )
1º) Se an 0 , o expoente máximo n é dito grau de
polinômio e indicamos gr (P) = n. Resolvendo o sistema, temos: a = 2 e b = -2
Exs.: a) P(x) = 7 ou P(x) = 7. x é um polinômio constante, Substituindo b = -2 na equação
isto é gr(P) = 0. (III) - 2 + 2c - 6 = 0\C = 4
b) P(x) = 2x - 1 é um polinômio do 1º grau, isto é, gr(P) = 1.
EXERCÍCIO
c) P(x) = 3x2 + 1/2x 4 é um polinômio do 5º grau, isto é, 1) Calcule os valores de m, n e t para os quais o
gr(P) = 5. polinômio P(x) = (2m - 1)x2 - (5n - 2)x2 + (3 - 2t) seja
2º) Se P(x) = 0, não se define o grau do polinômio. identicamente nulo.
3º) Não são polinômios as relações: GABARITO: m = 1/2 n = 2/5 t = 3/2
1
P(x) = x + 5 P(x) = x 2 + x POLINÔMIOS IGUAIS:
Dois polinômios A(x) e B(x) são iguais ou idênticos quan-
VALOR NUMÉRICO: do assumem valores numéricos iguais para qualquer valor
O valor numérico de um polinômio P(x), para x = a, é o comum atribuído à variável x.
número que se obtém substituindo x por a e efetuando todas Note que os polinômios A(x) = 2x2 + 1 e B(x) = x - 2, são
as operações indicadas pela relação que define o polinômio. diferentes, pois A(1) = 3 e B(1) = -1, isto é, seus valores
Ex.: Se P(x) = x3 + 2x2 - x - 1, o valor numérico de P(x), numéricos, para x = 1, são diferentes.
para x = 2 é: A condição necessária e suficiente para que dois
P(x) = x3 + 2x2 - x - 1 polinômios A(x) e B(x) sejam iguais ou idênticos é que os
P(2) = 23 + 2 . 22 - 2 - 1 coeficientes dos termos correspondentes sejam iguais.
P(2) = 8 + 2 . 22 - 2 - 1
P(2) = 8 + 8 - 2 - 1 1º Exemplo: Determinar a, b e c para que se verifique
P(2) = 13 a identidade:
Obs.: 1º) O valor numérico de P(x), para x = 2, é a 2x2 - 5x + 4 (a - 3)x2 + (a - b)x + (c - 2)
im agem do 2 pela funç ão polinom ial P(x). Resolução: Os coeficientes dos termos corresponden-
2 13 tes devem ser iguais, logo:
2º) Se P(a) = 0, o número a é denominado raiz ou zero, de a-3=2\ a=5
P(x). a - b = -5 \ 5 - b = -5 \ b = 10
No polinômio P(x) = x2 - 5x + 6, temos P(2) = 0; logo 2 é a c-2=4\c=6
raiz ou zero do polinômio. Resposta: a = 5; b = 10; c = 6
1º Exemplo: Dado o polinômio
P(2) - 2P (-1) 2º Exemplo: Calcular a, b e c, sabendo-se que: x2 - 2x
P(x) = 2x2 - x2 + x + 3, calcular: +1 a(x2 + x + 1) + (bx + c) (x + 1)
P1/2
P(2) = 8 - 4 + 2 + 3 = 9 Resolução: Eliminando os parênteses e somando os ter-
P(-1) = 2 - 1 - 1 + 3 = 3 mos semelhantes no 2º termo, temos:
P(1/2) = 1/2 - 1/4 + 1/2 + 3 = 15/4 x2 - 2x + 1 ax2 + ax + a + bx2 + bx + cx + c
1x2 - 2x + 1 (a + b)x2 + (a + b+ c)x + (a + c)
Logo: P(2) - 2P (-1) = 9 - 6 = 4 Igualando os coeficientes correspondentes, vem:
P1/2 15/4 5
EXERCÍCIOS a+b=1 (I)
1) Dados os polinômios A (x) = x3 - x2 + x + 1 e B (x) = -3x2 a + b + c = -2 ( II )
- x + 2, calcule: a) A(1/2) - B(-1) b) A(0) + B(1) a+c=1 ( III )
2) Determine m R , para que o polinômio: P ( x ) = (m -
Substituindo (I) em (II), 1 + c = -2 \c = -3
4 x3) + (m 2 - 16 x2) + (m + 4 x + 4) seja do grau 2.
Substituindo c = -3 em (III) a - 3 = 1 \ a = 4
3) Determine K, de modo que x = 1/2 seja raiz de: P ( x )
Resposta: a = 4; b = -3; c = -3

MANUAL DE ESTUDOS 9 MANUAL DE ESTUDOS


CONHECIMENTOS DE MATEMÁTICA
Dividindo toda a expressão por esse binômio, temos: (bm
PRODUTOS NOTÁVEIS
+ mn + ab + an) : (b + n) = a + m
Onde: bm + mn + ab + an = (b + n) (a + m)
Em álgebra é prudente identificar certos grupos de multiplica- Calcular:
ção cujo produto obedece a determinada lei de formação dos ab + ax - bx - x2 = (ab + ax) - (bx + x2) = a(b + x) - x(b + x)
termos. São chamados de produtos notáveis. ab + ax - bx - x2 = (b + x) (a - x)
Ex.: Sejam a e b cujo produto queremos conhecer como: 3º Caso: Quando as expressões a decompor são trinômios
(a + b) (a + b) = (a + b)2  o quadrado do 1º termo, mais o quadrados perfeitos, isto é, trinômios nos quais os primeiros e
duplo produto do1º pelo 2º, mais o quadrado do 2º termo. o último termos são quadrados perfeitos de duas quantidades
(a + b)2 = a2 + 2ab + b2 e o segundo termo, o dobro do produto dessas quantidades.
Ex.: (a + b + c)2 = a2 + b2 + c2 +2ab + 2ac + 2bc Seja o trinômio: a2 + 2ab + b2
= (a + b + c)2  o quadrado do 1º termo, mais o quadra- Observamos que os termos a2 e b2 são respectivamente,
do do 2º termo mais o quadrado do 3º termo, mais o duplo os quadrados a e b e o segundo termo 2ab, o dobro do
produto do 1º pelo 2º, mais o duplo produto do 1º pelo 3º produto de a por b.
mais o duplo produto do 2º pelo 3º. Recordando a regra para a formação do quadrado da
soma de dois termos, temos: o quadrado do primeiro termo,
mais duas vezes o primeiro termo pelo segundo termo, mais
(a + b)2a2 + 2ab + b 2
2 2 2
o quadrado do segundo termo.
(a - b) a - 2ab + b Seja a e b essas quantidades, temos: (a + b)2 = a2 + 2ab + b2
3 3 2
(a + b) a + 3a b + 3ab + b
2 3
Sendo m e n essas quantidades, temos: (m + n +)2 = m2 +
3 3 2 2 3 2mn + n2
(a - b) a - 3a b + 3ab - b Mas m é raiz de m 2, primeiro termo do trinômio, n é a raiz
(a + b + c)2a2 + b2 + c2 + 2ab + 2ac + 2bc de n2, último termo do trinômio e o sinal + que une m a n é o
sinal do segundo termo + 2mn.
N Daí concluímos que: Para se decompor um trinômio qua-
drado perfeito extraem-se as raízes quadradas do primeiro e
último termo desse trinômio, ligam-se os resultados pelo sinal do
segundo termo e o binômio obtido multiplica-se por si mesmo.
1ª = a
2 2ª a Exs.: 1) Decompor x2 + 18x + 81
M = ab Os termos x2 e 81 são respectivamente os quadrados de x e
9 e 18x, o dobro do produto de 9 por x, isto é: 18x = 2 . 9 . x = 18x
Na figura: Extraindo-se as raízes de x2 e 36, ligando-se os resulta-
3ª = ab

=b
2 b dos pelo sinal do segundo termo (+ 18x), multiplicando por si
mesmo o fator formado, temos:
x2 + 18x + 81 = (x + 9) (x + 9) = (x + 9)2
a b x2 + 18x + 81 = (x + 9)2
A área de todo o quadrado será o produto do seu lado ou 2) Decompor x2 + 34x + 289
seja M. N. As raízes de x2 e 289 são respectivamente, x e 17, logo:
Mas: M = a + b e N = a + b x2 + 34x + 289 = (x + 17) (x + 17) = (x + 17)2
M.N = (a + b) (a + b) = a2 + ab + ab + b2 = a2 + 2ab + b2 x2 + 34x + 289 = (x + 17)2
Considerando os quadrados e os retângulos: 4º Caso: Quando as expressões a decompor são
Quadrado maior é a2 e o quadrado menor é b2 e os dois retân- trinômios nos quais o primeiro e o último termos são quadra-
gulos são ab e ab somando todas as áreas. dos perfeitos de duas quantidades e o segundo termo é
Temos: 1ª área + 2ª área + 3ª área + 4ª área ou: negativo e é o dobro do produto dessas quantidades.
a2 + ab + ab + b2  ordenando Decompor: a2 - 2ab + b2
Colocando os quadrados nos extremos Esse caso á análogo ao antecedente, a expressão dada é o
a2 + ab + ab + b2 ou a2 + 2ab + b2 ou quadrado da diferença de dois termos a e b, p trinômio é pois, um
quadrado perfeito e decompõem-se em fatores do seguinte modo:
(a + b)2 = a2 + 2ab + b2
Extraem-se a raiz quadrada do primeiro e do último termo
FATORAÇÃO / TRINÔMIO DO 2º GRAU do trinômio, ligando-se os resultados pelo sinal do segundo
termo e o binômio formado multiplica-se por si mesmo.
Em aritmética é decompor um número em todos os seus Ex.: 1) Decompor em fatores: x2 - 18x + 81
fatores até o quociente ficar um. Em Álgebra é decompor um x2 e 81 têm raízes, respectivamente x e 9, logo:
polinômio qualquer num produto de fatores. x2 - 18x + 81 = (x - 9) (x - 9)2
Em Álgebra consideramos os seguintes casos: x2 - 18x + 81 = (x - 9)2
1º Caso:É aquele no qual todos os termos de uma ex- 2) Fatorar: a2 - 34 + 289
pressão têm um fator comum. Ex.: a e 17 são, respectivamente, as raízes de a2 e 289, logo:
a m + b m + c m = m (a + b + c) m é o fator comum a2 - 34 + 289 = (a - 17) = (a - 17)2
a2 - 34 + 289 = (a - 17)2
2x + 4y + 6z = 2 (x + 2y + 3z) 2 é o fator comum 5º Caso: É aquele no qual a expressão a decompor é a
2º Caso: Nos tetranômios ou polinômios de quatro termos, diferença entre os dois quadrados perfeitos.
há casos em que o fator comum vem oculto e, nesses casos, Seja a expressão a2 - b2
os termos decompostos aos pares, pela regra do caso I, po- Pela potenciação sabemos que a soma de duas quanti-
dem ser arranjados de modo a fazer aparecer o fator comum. dades multiplicada pela sua diferença tem por produto a dife-
Seja polinômio: bm + mn + ab + an rença entre os quadrados dessas quantidades, isto é:
Há um fator comum que se acha oculto. Para fazê-lo (a + b) (a - b) = a2 - b2
aparecer, separemos em pares os dois primeiros e os dois Mas a é a raiz quadrada de a2, b, a raiz quadrada de b2, o
últimos termos: bm + mn + ab + an = (bm + mn) + (ab + an) primeiro fator (a + b) é a soma dessas raízes, o segundo fator
Mas pelo 1º caso: (a - b), a diferença das mesmas raízes e logo concluímos que:
bm + mn = m (b + n) e ab + an = a (b + n) Quando a expressão a fatorar for a diferença entre dois
Dando: bm + mn + ab + an = m (b + n) + a (b + n) quadrados perfeitos extraem-se as raízes quadradas do 1º
Observa-se que os dois primeiros e os dois últimos ter- e último termos da expressão: a soma das raízes será o 1º
mos têm um binômio fator comum (b + n). fator, a sua diferença o 2º fator.

MANUAL DE ESTUDOS 10 MANUAL DE ESTUDOS


CONHECIMENTOS DE MATEMÁTICA
Ex.: 1) Fatorar: x2 - 4 Basta determinar dois números: cuja soma seja -9 e cujo
x e 2 são as respectivas raízes de x2 e 4. A soma dessas produto seja +20. Esses números são -4 e -5 porque: -4 + (-
raízes (x + 2) será o 1º fator; a sua diferença x - 2 será o 5) = -9 e (-4) - (-5) = + 20. A raiz de x2 é x, o sinal de 9x é -,
outro fator e x2 - 4 = (x + 2) (x - 2) logo: x2 - 9x + 20 = (x - 4) (x - 5)
x2 - 4 = (x + 2) (x - 2) 2) Fatorar: x2 - 7x + 10
2) Fatorar: m 4 - 1 Basta determinar dois números: cuja soma seja -7 e cujo
m 4 - 1 = (m2 + 1) (m 2 - 1), porque m2 e 1 são raízes produto seja +10. Esses números são -2 e -5 porque -2 + (-
respectivas de m 4 e 1 (m 2 + 1) é a soma dessas raízes e (m 2 5) = -7 e (-2) . (-5) = +10. A raiz de x2 é x, o sinal de 7x é -,
- 1) é a diferença m 4 - 1 = (m2 + 1) (m2 - 1) logo: x2 - 7x + 10 = (x - 2) (x - 5)
6º Caso: Quando a expressão a decompor é um trinômio 8º Caso: Quando a expressão a decompor é um trinômio,
resultante do produto de dois binômios.
no qual o último termo é negativo e o primeiro e o segundo
Seja o produto: (x + 5) (x + 3)
positivo. Seja o seguinte produto: (x + 15) (x - 8)
Efetuando vem: (x + 5) (x + 3)
Assim: (x + 15) (x - 8) (Multiplicando)
MULTIPLICANDO x2 - 8x + 15x - 120
= x2 + 3x + 5x + 15 = x2 + 8x + 15 Reduzindo os termos semelhantes
REDUZINDO OS TERMOS SEMELHANTES Observe que:
O produto x2 + 8x + 15 resulta da multiplicação de dois 1º) O primeiro termo é positivo, tem 1 por coeficiente e é
binômios cujos primeiros termos são iguais e positivos e os produto dos primeiros termos dos binômios.
segundos desiguais e positivos. 2º) O segundo termo é positivo e tem por coeficiente a
Por demonstração vimos: diferença entre os segundos termos dos binômios, efetuan-
1º) Que o termo x2 é positivo e é resultado da multiplicação dos do o termo comum dos binômios.
primeiros termos dos binômios e como esses termos são iguais o 3º) O terceiro termo é negativo e é produto dos segun-
1º termo x2 do produto é o quadrado do termo x dos fatores. dos termos dos binômios.
2º) Que o 2º termo 8x é positivo e tem por coeficiente a Mas: (x + 15) (x - 8) = x2 + 7x - 120 ou x2 + 7x - 120 = (x
soma dos segundos termos dos binômios, efetuando o 1º + 15) (x - 8)
termo comum dos binômios, x. Logo: Quando num trinômio o último termo é negativo e o
3º) Que o terceiro termo 15 é positivo e é produto dos segundo e o primeiro positivo tendo o primeiro por coeficiente a
segundos termos dos binômios. unidade, se extrai a raiz quadrada do primeiro termo, procuram-
4º) Que os binômios têm entre seus termos componentes
se depois dois números cuja diferença seja o coeficiente do 2º
o sinal + e é esse o sinal que afeta o 2º termo 8x do trinômio.
termo e o produto e o terceiro termo e formam-se os dois fatores:
Daí concluímos que o trinômio x2 + 8x + 15 é o produto de
O primeiro é formado pela raiz mais o maior dos números acha-
dois binômios de sinais iguais, +, que têm comuns os principais
dos e o segundo pela raiz menos o menor dos números achados.
termos, X, e para segundos termos dois números cuja soma
Ex.: Fatorar a2 + 13a - 300. Basta determinarem-se dois
seja 8 e o produto seja 15.
Esses números são 5 e 3 porque: números: cuja diferença seja +13 e cujo produto seja -300.
5 + 3 = 8 e 5 . 3 = 15 Esses números são +25 e -12 porque (+25) + (-12) = +13
x2 + 8x + 15 = (x + 3) (x + 5) e (+25) . (-12) = -300. Logo: a2 + 13a - 300 = (a + 25) (a - 12)
Logo, quando os 1º, 2º e 3º termos de um trinômio são 9º Caso: Quando a expressão a decompor é um trinômio,
positivos, procurando-se mentalmente dois números cuja soma no qual o 2º termo e o último são negativos e o 1º é positivo,
seja o coeficiente do 2º termo e o produto, o 3º termo, liga-se tendo por coeficiente a unidade. Seja o seguinte produto: (x
depois, pelo sinal +, a raiz do 1º fator; liga-se, ainda pelo sinal - 11) (x + 7) = (Multiplicando)
+, a mesma raiz ao outro número achado e teremos o 2º fator. x2 + 7x - 11x - 77
Ex.: 1) Fatorar:x2 + 11x + 24 = (x + 8) (x + 3) Reduzindo os termos semelhantes
O problema consiste em determinar-se dois números: x2 - 4x - 77
Cuja soma seja 11 e cujo produto seja 24 Observe que:
Estes números são 8 e 3, porque:8 + 3 = 11 e 8 . 3 = 24 1º) O primeiro termo é positivo, tem por coeficiente a
A raiz de x2, primeiro termo do trinômio, é x, o sinal de 11x, unidade e é produto dos primeiros termos dos binômios.
segundo termo do trinômio é +, logo: x2 + 11x + 2x = (x + 8) (x + 3) 2º) O segundo termo é negativo e tem por coeficiente a
2) Fatorar: a2 + 5ab + 6b2 - Basta determinar dois números: diferença dos segundos termos dois binômios afetando o
Cuja soma seja 5b e cujo produto seja 6b2. termo comum dos mesmos.
Esses números são 3b e 2b, porque 3b + 2b = 5b e 3b . 2b 3º) O terceiro termo é negativo e é produto dos seguidos
= 6b. A raiz de a2 é a, o sinal de 5ab é +, logo: termos dos binômios.
a2 + 5ab + 62 = (a + 2b) (a + 3b) Mas: (x - 11) (x + 7) = x2 - 4x -77 ou x2 - 4x -77 = (x
Seja o produto: (x - 3) (x - 5) - 11) (x + 7)
Efetuando vem: (x - 3) (x - 5) Logo: Quando num trinômio o segundo e o terceiro ter-
= x2 - 5x - 3x + 15 (Multiplicando) mos são negativos o primeiro positivo e tem por coeficiente a
(x - 3) (x - 5) = x2 - 8x + 15 unidade extrai-se a raiz do primeiro termo, procuram-se de-
Reduzindo os termos semelhantes pois dois números cuja diferença seja o coeficiente do se-
Observemos que o 1º termo é positivo, o 2º é negativo e tem gundo termo e formam-se os dois fatores: o primeiro é for-
por coeficiente a soma dos segundos termos dos binômios e o 3º mado pela raiz menos o maior dos números achados e o
termo é positivo e é o produto dos segundos termos dos binômios. segundo pela raiz mais o menor dos números.
x2 é o produto de x, isto é, o quadrado de x, -8x e a soma
Ex.: Decompor x2 - 15x - 100. Basta achar dois números:
de -5 e -3 afetando, como coeficiente a letra de x e + 15, o
cuja soma seja -15 e cujo produto seja -100.
produto de -5 por -3. Daí concluímos que, como no caso 6º o
Esses números são -20 e +5 porque: (-20) + (+5) = -15 e
trinômio x2 - 8x + 15 é produto de dois binômios de sinais
(-20) . (+5) = -100. Logo: x2 - 15x - 100 = (x - 20) (x + 5)
iguais, nesse caso -, tendo por primeiros termos a letra co-
10º Caso: Quando a expressão a decompor é a soma ou
mum x, raiz de x2, 1º termo do trinômio e por segundos ter-
diferença de dois cubos perfeitos.
mos dois números cuja soma seja -8 e o produto + 15.
3 3 3 3
Esses números são -3 e -5 logo: x2 - 8x + 15 = (x - 3) (x - 5) Seja as seguintes divisões: a + b e a - b
Ex.: 1) Fatorar x2 - 9x + 20 a+b a-b

MANUAL DE ESTUDOS 11 MANUAL DE ESTUDOS


CONHECIMENTOS DE MATEMÁTICA
Efetuando ambos temos: Quando o expoente máximo da incógnita é igual a 1, a equa-
ção é do primeiro grau. O valor da incógnita que satisfaz a
a3 + b 3 a+b equação é denominado raiz da equação. Uma equação do pri-
- a3 - a2 b a2 - ab + b 2 meiro grau admite somente uma raiz, ou seja, seu conjunto
- a2 b + ab 3 verdade é unitário.
+ a2 b + ab2 Ex.: x + 3 = 9
ab2 + b 3 1º membro 2º membro
- ab 2 - b 3 O valor de x (incógnita) que satisfaz a equação é 6 por-
a3 - b 3 a-b que 6 + 3 = 9. O número 6 constitui a solução da equação e
- a3 + a2 b a2 + ab + b2 seu conjunto verdade será então V= {6}
a2 b - ab 3 SOLUÇÃO DE UMA EQUAÇÃO DO 1º GRAU:
- a2 b + ab 2 Resolver uma equação do 1º grau é determinar a raiz da
ab2 - b 3 mesma. Para resolver uma equação do 1º grau, deve-se
- ab 2 + b3 colocar todos os termos desconhecidos no primeiro membro
e os termos conhecidos no segundo membro ou vice-versa-
Sendo (a3 + b3) divisível por (a + b) e (a3 - b3) divisível por
deve ser trocada ou invertida a operação.
(a - b), poderemos, aplicando o princípio fundamental da divi-
Ex.: 1) 10x - 6 = 6x + 22
são escrever: (a3 = b3) : (a + b) = a2 - ab + b2 ou a3 + b3 = (a +
Isolando os termos desconhecidos no primeiro membro
b) (a2 - ab + b2) e (a3 - b3) (a - b) = a2 + ab + b2 e a3 - b3 = (a -
e os termos conhecidos no segundo membro, vem:
b) (a2 + ab + b2)
10x - 6x = 22 + 6
Observamos agora quocientes e os divisores achados,
Observa-se que o termo 6x que estava no segundo
isto é, os divisores (a + b) e (a - b) e os quocientes (a2 - ab +
membro, e o termo -6 que estava no primeiro membro, tive-
b2) e (a2 + ab + b2). Veremos que os binômios divisores a e b
ram suas operações invertidas.
são respectivamente as raízes cúbicas de a3 e b3 e que nos
Assim teremos: 4x = 28
quocientes, a2 é o quadrado da raiz cúbica do primeiro termo
O problema agora se reduz a encontrar o valor de x que
2 3 3 2
a3, isto é: a = ( a ) , ab. é o produto das raízes cúbicas multiplicado por 4 é igual a28, o que equivale a dividir 28 por
de a3 e b3, finalmente b2 é o quadrado da raiz cúbica do 4 encontrando-se assim o valor de x.
segundo termo b3. Essas observações podem ser reunidas 28
Então: 4x = 28  x =  7 é a raiz da equação
na seguinte regra: 4
1º) Para fatorar a diferença de dois cubos perfeitos, escreve- 2) 30x + 40 = 10x + 20
se para o primeiro fator a soma das raízes cúbicas das duas 30x - 10x = 20 -40
quantidades, e para o segundo fator o quadrado do primeiro termo 20x = -20
do primeiro fator, menos (-) o produto dos dois termos do primeiro -20
fator, mais (+) o quadrado do último termo do primeiro fator. x=  x = -1
20
2º) Para fatorar a diferença de dois cubos perfeitos, escre-
ve-se para o primeiro fator a diferença das raízes cúbicas das SISTEMAS DO PRIMEIRO GRAU
duas quantidades e para o 2º fator, o quadrado do primeiro termo
do primeiro fator, mais (+) o produto dos dois termos do primeiro Definição: São sistemas cujas equações possuem in-
fator e mais o quadrado do último termo do primeiro fator. cógnitas elevadas a expoente 1 e em nenhuma equação
ocorre o produto de duas incógnitas.
Exs.: 1) x3 - 8 = (x - 2) (x2 + 2x + 4)
Resolução de um Sistema do Primeiro Grau: Re-
3 3
x =x 8 =2 solver um sistema do primeiro grau consiste em determinar
x3 -8 os valores das incógnitas que satisfaçam simultaneamente
-x 3 - 2x2 (x - 2) as duas equações do sistema. Um sistema do primeiro grau
2
-2x - 8 pode ser resolvido por um dos três métodos a seguir:
+2x 2 - 4x x-2 a) Método da Substituição: consiste em colocar uma
- 4x - 8 x 2 + 2x + 4 das incógnitas em função da outra incógnita em uma das equa-
+4x + 8 ções e substituir na outra. Este método conduz a uma equa-
0 ção do primeiro grau com uma incógnita. Encontrando o valor
a 6 + b 6 = (a 2 + b 2) de uma incógnita, o valor da outra é facilmente encontrado.

Ex.: Resolver o sistema: 2x + 3y = 7


6 2 6 2
2) a =a b =b 5x - 4y = 6
Solução: Colocando x em função de y na primeira equa-
(a 2 + b 2)
7 - 3y
ção: 2x + 3 y = 7  x =
a6 + b6 2
-a 6 - a 4 b 2 Substituindo a expressão da incógnita x encontrada aci-
ma na segunda equação, vem:
-a4 b 2 + b 6
+a4 b 2 - a 2 b 4 _ 2 2
(7 - 3y) 35 - 15y
a +b 5x - 4y = 6  5 - 4y = 6  - 4y = 6
- a 2b 4 + b 6 2 2
a 4 - a 2 b 2 + b4
+a 2b 4 - b 6_ 35 - 15y - 8y = 12
0 -15y - 8y = 12 - 35
-23y = -23 (-1)
EQUAÇÕES DO PRIMEIRO GRAU 23y = 23 \ y = 1
Sendo
INTRODUÇÃO: equação é uma igualdade entre 2 expres-
sões aritméticas onde existe um fator (termo) desconhecido. 7 - 3y 7-3.1 7-3
x=  x= =  x=2
Os termos que estão à esquerda do sinal de igualdade cons- 2 2 3
tituem o primeiro membro e os que estão à direita do sinal de A solução do sistema é x = 2 e y = 1.
igualdade constituem o segundo membro da equação. O ter- Obs.: O sistema poderá ser resolvido colocando y em
mo desconhecido é denominado incógnita. função de x e procedendo como no exemplo dado.

MANUAL DE ESTUDOS 12 MANUAL DE ESTUDOS


CONHECIMENTOS DE MATEMÁTICA
b) Método da Adição: consiste em eliminar uma das in- EXERCÍCIO
cógnitas, resultando uma equação do primeiro grau a uma in- Dê o conjunto-solução de cada uma das inequações abaixo:
cógnita. Para eliminar uma incógnita deve-se: a) x - 3  0 c) x + 4  2x - 1
1º) Tornar simétricos os coeficientes da incógnita que se b) -3x + 9  0 d) 3x + 1 < 2x + 20
quer eliminar; GABARITO
2º) Somar membro a membro as equações resultantes a) S = {x  R / x  3} c) {x  R / x  5}
obtendo-se uma equação do primeiro grau a uma incógnita; b) S = {x  R / x  3} d) {x  R / x < 19}
3º) Resolver a equação obtida no item anterior;
4º) Obter o valor da incógnita eliminada por meio de uma EQUAÇÕES DO SEGUNDO GRAU
das equações do sistema.
INTRODUÇÃO
Ex.: Resolver o sistema: 2x + 3y = 7 Equação do segundo grau é uma igualdade da forma:
5x - 4y = 6 ax2 + bx + c = 0 (forma geral)
1º) Eliminando a incógnita y: Sendo os coeficientes de y Onde a, b e c são números reais quaisquer sendo que a
de sinais trocados, basta multiplicar a 1ª equação por 4 e a deve ser diferente de zero.
segunda por 3. A equação será incompleta se b ou c for nulo. Se todos os
coeficientes a, b e c forem diferentes de zero, a equação será
2x + 3y = 7 . (4) 8x + 12y = 28 completa. Toda equação do 2º grau tem 2 raízes, no máximo.
Então:
5x - 4y = 6 . (3) 15x - 12y = 18 Ex.: 4x2 - 5x + 3 = 0; x2 - 4 = 0; 2x2 + 8x = 0
Somando membro a membro as equações resultantes:
SOLUÇÃO DAS EQUAÇÕES INCOMPLETAS
46 1º) Equações do tipo ax2 + bx = 0
8x + 12y + 15x - 12y = 28 + 18  23x = 46  x = =2
23 Colocando x em evidência: x(ax +b) = 0
X=2 Sendo nulo o produto, pelo menos um dos fatores deve
Escolhendo uma das equações originais do sistema dado, ser nulo, isto é, x = 0 e ax + b = 0.
encontra-se o valor de y: -b
Então as raízes da equação serão: x = 0 e x =
1ª equação: a
2x + 3y = 7\2 . 2 + 3y = 7\4 + 3y = 7 \3y = 3 \y = 1 Ex.: 2x2 + 8x = 0 \ x(2x + 8) = 0 \ x = 0; 2x + 8 = 0
Resposta: x = 2 e y = 1 -8
2x = 8  x = e x = -4
c) Método da Comparação: consiste em colocar uma 2
incógnita em função da outra nas duas equações e igualar Resposta: x = 0 ou x = -4
as expressões obtidas, resultando uma equação do 1º grau 2º) Equações do tipo ax2 + c = 0
a uma incógnita. -c + -c
ax2 = -c \ x 2 =  x= -
2x + 3y = 7 a a
Ex.: Resolver o sistema: Observações:
5x - 4y = 6 -c
Colocando x em função de y nas duas equações: a) Se o valor de for positivo, a equação terá duas
a
-c -c
7 - 3y raízes reais e simétricas, x = ex=-
2x + 3y = 7  x = (III) a a
2 -c
6 + 4y b) Se o valor de for negativo, a equação não terá
a
5x + 4y = 6  x = (IV)
5 raízes reais. Ex.: 1) 3x2 - 243 = 0
Igualando as expressões obtidas: 243
3x2 = 243 \ x2 = \ x2 = 81
7 - 3y 6 + 4y 3
= ; m.m.c. = (2; 5) = 10 x = +- 81  x = +- 9, ou seja, x = 9 ou x = -9
2 5
5 (7 - 3y) = 2 (6 + 4y)\35 - 15y = 12 + 8y Resposta: x = 9 ou x = -9
- 15y - 8y = 12 - 35\-23y = -23 (-1)\23y = 23\y = 1 2) x2 + 9 = 0 \ x2 = -9 (não existem raízes reais)
Pela equação III:
7 - 3y 7-3.1 4 RESOLUÇÃO DAS EQUAÇÕES COMPLETAS
x=  x=  x=  x=2 ax2 + bx + c = 0, onde a, b e c são diferentes de zero.
2 2 2 As raízes serão obtidas pela fórmula de Báskara:
Resposta: x = 2 e y = 1
Se o sistema não for dado nas formas anteriores, -b +- b 2 - 4ac
o mesmo pode ser reduzido a elas por meio de ope- x=
2a
rações algébricas:
O termo b2 - 4ac é denominado discriminante sendo re-
5x - y 2 presentado pela letra grega .
= 5x + y 2
2 9 = = m.m.c. (2; 9) = 18 Então a fórmula acima terá a seguinte forma:
7 (5x + 2y) = 9 2 9
-b +-
9 (5x + y) = 4 45 + 9y = 4 (1ª equação) x=
2a
7 (5x + 2y) = 9 35x + 14y = 9 (2ª equação)
Sendo positivo, a equação terá duas raízes reais e
45x + 9y = 4
O novo sistema será: 35x + 14y = 9 -b + -b -
distintas, isto é: x = e x2=
O sistema acima será resolvido por um dos três 1 2a 2a
métodos estudados. Se for nulo, a equação terá duas raízes reais e iguais,
isto é, x1 = x2 = -b/2a;
INEQUAÇÕES DO 1º GRAU
Se for negativo, a equação não terá raízes reais.
Ex.: Dê o conjunto solução da inequação 2x - 4 > 0. Ex.: 6x2 - 9x - 15 = 0 \ a = 6; b = 9; c = -15
Solução: = b2 - 4ac = (-9)2 - 4 . 6 (-15) = 81 + 360 = 441
2x - 4 > 0 \ 2x > 4 \ x > 2 \ S = {x  R / x > 2} > 0, logo a equação terá duas raízes reais e distintas.

MANUAL DE ESTUDOS 13 MANUAL DE ESTUDOS


CONHECIMENTOS DE MATEMÁTICA
-b - - (-9) + 441 9 + 21 30 5
x1 = = = = = 5 + 12 5 - 12
2a 2.6 12 12 2 Solução: x1 = ; x2 =
2 2
-b - - (-9) - 441 9 - 21 -12
10
x2=
2a
=
2.6
=
12
=
12
= -1 S - x 1 + x 2 - 5 + 12 + 5 - 12 - 5 + 12 + 5 - 12 - -5
2 2 2 2
5
Resposta: x1 = ou x2 = -1 5 + 12 5 - 12
2 P = x1 - x 2 = =
2 2
RELAÇÃO ENTRE OS COEFICIENTES E AS RAÍZES DE
UMA EQUAÇÃO DO SEGUNDO GRAU (5 + 12) (5 - 12) 25 - 12 13 13
= =  P=
Sendo x1 e x2 as raízes de uma equação do segundo grau 4 4 4 4
da fórmula de Báskara, sabe-se que: A equação será:
13
-b + -b - x 2 - 5x + = 0 ou 4x 2 - 20x + 13 = 0
x1 = (I) e x2 = (II) 4
2a 2a
1º) Somando membro a membro as expressões acima (I) e (II): SISTEMAS DO SEGUNDO GRAU
-b + -b - -b + -b- Introdução:
x 1 + x 2= + = =
2a 2a 2a Nos sistemas do segundo grau serão resolvidos pelo mé-
-b -b -2b -b todo da substituição como será visto nos exemplos a seguir:
= =
2a 2a a , x+y=6
xy = 8
-b
então: x 1+ x 2 = Solução: colocando x em função de y na 1ª equação, vem:
a
Logo se conclui que a soma das raízes de uma equação x+y=6\x=6-y
-b Substituindo o valor de x na 2ª equação, vem:
do segundo grau é igual a xy = 8 \ (6 - y)y = 8 \ 6y - y2 = 8 \ - y2 + 6y - 8 = 0
a
2º) Multiplicando membro a membro as expressões (I) e (II): Resolvendo a equação do 2º grau em y:
a = -1; b = 6; c = -8
2 2
-b + -b - (-b + ) (-b - ) = b - 4ac = 6 - 4(-1)(-8) = 36 - 32 = 4
x 1+ x 2= =
2a 2a 4a 2 (-b + ) -6 + 4 -6 + 2
y = = = =2 y =2
2 2 2 1 2a 2(-1) -2 1
(-b) - ( ) b -
= ; sendo = b2 - 4ac
4a 2 4a 2 INEQUAÇÕES DO SEGUNDO GRAU
2 2 2
b - (b - 4ac) b 2 - b + 4ac 4ac c 1º Exemplo: Resolver a inequação x2 - 3x + 2 > 0.
x 1 - x 2= = = =
4a 2 4a 2 4a 2 a a=1>0
c x2 - 3x + 2 = 0
x 1- x 2 =
a D=9-8=1>0
Logo se conclui que o produto das raízes de uma equa- x’ = 2 Como devemos ter f(x) > 0:
c x=3+1
2 x” = 1 S = {x R / x < 1 ou x > 2}
ção do 2º grau é igual a .
a
Esquema: 1 2
As relações acima permitem calcular a soma e o produto + - + x
das raízes sem conhecê-las. x<1 1<x<2 x >2
2º Exemplo:
FORMAÇÃO DE UMA EQUAÇÃO DO SEGUNDO GRAU Resolver a inequação -4x2 + 4x - 1 < 0
CONHECENDO-SE SUAS RAÍZES a = -4 < 0
Seja a equação: ax2 + bx + c = 0 (I) -4x2 + 4x - 1 = 0
Dividindo-se a equação por a vem: 4x2 - 4x + 1 = 0
b c = 16 - 16 = 0
x 2 + x + = 0 (II)
a a -b 4 1
x= = =
Seja S a soma e P o produto das raízes. 2a 8 2
Da relação entre os coeficientes e as raízes, sabe-se que: Como devemos ter f(x) < 2:
b c S = {x R / x ½}
S= e P=
a a Esquema: ½
Substituindo-se S e P na equação II, vem: - - x
x ½ x ½
x2 - Sx + P = 0 será a equação procurada.
Ex.:
3º Exemplo: Resolver a inequação x2 - 5x + 8 < 0
Formar a equação do 2º grau cujas raízes são 1 e 5:
a=1>0
Solução: x1 = 1; x2 = 5 x2 - 5x + 8 = 0
S = x1 + x2 = 1 + 5 = 6; = 25 - 32 = -7 < 0
P = x1 . x2 =1 . 5 = 5
Como x2 - Sx + P = 0, a equação será: x2 - 6x + 5 = 0
Como devemos ter f(x) < 0: S =
Formar a equação do 2º grau cujas raízes são:

5 + 12 5 - 12 Esquema:
e +
2 2 x

MANUAL DE ESTUDOS 14 MANUAL DE ESTUDOS


CONHECIMENTOS DE MATEMÁTICA
Substituindo estes valores em (2) temos:
EQUAÇÃO BIQUADRADA
x 2  y'  x 2   m2
É a equação incompleta do 4º grau, contendo apenas as
potências pares da incógnita. De acordo com a definição, a x '   m2   m  x "   m2   m
forma geral da equação biquadrada é: m2  m2
x 2  y"  x 2  x 
ax4 + bx2 + c = 0 (1) 4 4
Onde os coeficientes a, b e c representam números reais m2  m m2 - m
x' ' '     x' ' ' '  
quaisquer com a  0 . Considera-se sempre positivo, o que é 4 2 4 2
possível, porque, quando o primeiro termo for negativo, basta S = {(+ m, -m) (+ m, - m)}
multiplicar a equação por -1.
A resolução da equação ax4 + bx2 + c = 0. EQUAÇÕES IRRACIONAIS
A equação biquadrada pode ser resolvida por intermédio
de uma equação do 2º grau, bastando para tanto fazer: Chamam-se equações irracionais as equações que
possuem variável sob o radical.
x2 = y onde x4 = y2 (2)
Exemplos:
Por substituição as igualdades (2) na equação (1), te-
mos: ay2 + by + c = 0 que chamamos EQUAÇÃO RESOLUTIVA
a) x =8 b) x33 x
DA BIQUADRADA.
Admitamos que a resolutiva tenha pelo menos uma raiz real, as
c) 3
2 x 1  2
raízes da biquadrada são as raízes positivas da resolutiva. Exercício Resolvido: Vamos resolver as equações
Ex.: Resolver a equação: x4 + 5x2 + 4 = 0 (1) dos exemplos acima, sendo U = R:
Efetuando: x2 = y \ x4 = y2 (2) a) x = 8 Elevando ao quadrado ambos os membros:
Substituindo em (1) temos: y2 - 5y + 4 = 0
Resolvendo a equação resolutiva:  x 2
 82  x = 64 - Devemos fazer a verificação,
Para isso, substituímos x por 64 na equação dada: 64 = 8
- b  b2 - 4a2 5  (-5)2 - 4 . 1. 4
y
2.a
y 
2 .1
 8 = 8 (verdadeiro) Assim: V = {64}.

5  25 - 16 5 9 b) x33 x
y y 
2 2 Isolamos o radical no primeiro membro: x  3  x 3
Elevam os ao quadrado ambos os membros:
53 8 53 5-3 2
y' 
2
 4 \ y 
2 2
\ y" 
2
 1
2  x  3 2
 x  3 
2
 x + 3 = x - 6x + 9
2

y’= 4 / y”= 1
Igualando a zero e reduzindo os termos:
Substituindo estes valores em (2), vem: x2 - 7x + 6 = 0 - Resolvendo essa equação:
x2 = y’ x2 = y”
x2 = 4 x2 = 1 7 49  24 75
x= = x1 = 6 e x2 = 1-
x'   4   2 x' ' '   1   1 2 2
Vamos fazer a verificação:
x"  - 4  - 2 x' ' ' '  - 1  - 1 para x = 6  6  3 +3=6\ 9  3  6 \3 + 3 = 6
S = {(+2, -2) (+1, -1)} \ 6 = 6 (verdadeiro) -
Resolva a equação: 4x4 - 5m2x2 + m4 = 0 para x = 1  1  3  3  1\ 4  3  1\2+3=
Resolução: 4x4 - 5m 2x2 + m4 = 0 (1) 1 \ 5 = 1 (falso) - Assim: V = {6}
Efetuando x2 = y \ x4 = y2 (2)
Substituindo em (1) temos: c) 3
2  x 1  2
4y2 - 5m 2y + m 4 = 0 Elevando ao cubo ambos os membros:
Aplicando a fórmula vem: 3
 3 2  x  1   2   2 
3

  x  1 =8
- b  b2 - 4ac 5m2  (- 5m2 )2 - 4 . 4 m4
y y  Isolando o radical e reduzindo os termos: x 1  6
2.a 2.4
Elevando ao quadrado ambos os membros:
5m2  25m4 - 16m4 5m2  9m4
y y   x + 1 = 36 \ x = 35
8 8
- Fazendo a verificação:

y' 
5m 2  3m 2

8m 2
 m2
x = 35  3
2 35  1  2  3
26  2
8 8
3 8  2  3
2 3  2 \ 2 = 2 (verdadeiro)
5m 2  3m 2 8m 2
y'    m2 - Assim: V = {35}.
8 8
Observe:
5m 2 - 3m 2 2m 2 m2 Na resolução de equações irracionais:
y"    - elevamos ambos os membros à potência adequada para
8 8 4
eliminarmos o radical;
m2 - se o radical não estiver isolado em um dos membros,
y’ = m 2 / y"  devemos isolá-lo;
4 - a verificação é necessária.

MANUAL DE ESTUDOS 15 MANUAL DE ESTUDOS


CONHECIMENTOS DE MATEMÁTICA
FUNÇÕES 3) f não é função, porque existe elemento de A com mais
de uma imagem em B.
Conceito: Sendo A e B conjuntos não vazios e uma 4) f é função, porque cada elemento de A tem uma única
relação f de A em B, essa relação f é uma função ou aplica- imagem em B, não importando que a imagem seja comum a
ção de A em B, quando a todo elemento x do conjunto A está mais de um elemento de A.
associado um e somente um elemento y do conjunto B. 5) f é função pela mesma razão anterior.
6) f é função, porque a todo elemento de A corresponde
Análise da definição de função por diagramas: A lei uma só imagem em B.
f que relaciona os elementos de A e B representada pelas No diagrama, para que f seja, função, é necessário partir
setas. uma única flecha de todo elemento de A.

A B Notação de Função:
f : A  B lê-se: f é uma função de A em B, ou ainda:
f:x f(x) lê-se: a função f é definida por y = f(x).
Ex.: 1) f : A  B definida por f(x) = x+1 ou y = x+1
1)
2) f : x  y definida por y = 2x + 3

Domínio e Imagem de uma Função:


Seja uma função f definida em A com imagens em B.
A B
- Domínio: é o conjunto D dos elementos x C A.
- Imagem: é o conjunto Im, contido em B, formado pelas
imagens y.
- Contra-domínio: é o conjunto CD = B.
2) Ex.: Dados os conjuntos :
A = -3, -1, 0, 2 e B = -1, 0, 1, 2, 3, 4 determinar o
domínio, o contra-domínio e o conjunto imagem da função
f : A--- B definida por f(x) = x + 2.
A B
Solução:

A B

3)

A B

f(-3) = (-3) + 2 = -1
f(-1) = (-1) + 2 = 1
f(0) = 0 + 2 = 2
4) f(2) = 2 + 2 = 4

Observando o diagrama, temos:

A B D = -3, -1, 0, 2
I m = -1, 1, 2, 4
CD = -1, 0, 1, 2, 3, 4 = B
5)
Função Sobrejetora:
Uma função f, definida em A e com imagens em B, é
sobrejetora, quando o conjunto imagem é o próprio conjunto B.

A B f:A B, f é sobrejetora Im(f) = B

Diagrama Diagrama
A B A B
6)

Explicação:
1) f não é função, porque há elementos de A que não têm
imagens em B.
2) f é função, porque todo elemento de A tem uma só D=A e Im = B D=A e Im = B
imagem em B não importando que exista elemento em B sem o
correspondente em A. Observe que não sobra nenhum elemento em B.

MANUAL DE ESTUDOS 16 MANUAL DE ESTUDOS


CONHECIMENTOS DE MATEMÁTICA
Função Injetora: FUNÇÃO LINEAR
Uma função f, definida em A, é injetora quando a quais-
quer dois elementos distintos de A correspondem dois ele- DEFINIÇÃO:
mentos distintos de B. Dado um número real não-nulo a, a função f : R R, tal
Diagrama Diagrama que f(x) = ax é denominada função linear, f(x) = ax.
A B A B
Ex.: a) f(x) = -3x b) y = x (função identidade)
GRÁFICO:
O gráfico da função linear f(x) = ax é uma reta que passa
pelo ponto (0, 0), origem do sistema.
f(x) = ax f(x) = ax
(a > 0) (a < 0)

Observe que para cada elemento de B só converge uma y y


flecha.

Função Bijetora:
É a função sobrejetora e injetora simultaneamente. x x
Diagrama
A B

D=R Im = R

FUNÇÃO AFIM / FUNÇÃO DE 1º GRAU

DEFINIÇÃO:
D=A Im = B A função f : R  R, tal que f(x) = ax + b, onde a e b, são
Exemplo gráfico: f : R R y = f(x) = x constantes reais, a  0, é chamada Função Afim.
f (x) = ax + b
Ex.: a) f(x) = x + 1 b) y = -x + 2 c) y = 3x - 4
GRÁFICO:
O gráfico da função afim f(x) = ax + b é uma reta que
intercepta o eixo y no ponto (0, b) e cuja inclinação é dada
pelo coeficiente a.
f(x) = ax + b

y a>0 y
a<0
Observe que não sobra nenhum elemento em B e que, (0, b)
para cada elemento de B, só converge uma flecha.
0 (0, b) x 0 x
NOTA: nem toda função se enquadra num dos três tipos.
Uma função pode ser não-injetora e também não-sobrejetora.
Ex.: f : A  B tal que f(x) = x2
ZEROS DA FUNÇÃO DO 1º GRAU:
Denomina-se zero ou raiz da função f(x) = ax + b, o
FUNÇÃO CONSTANTE
valor de x que anula a função, isto é, torna f(x) = 0.
Ex.: Calcular o zero da função f(x) = -3x + 6
DEFINIÇÃO:
Solução: -3x + 6 = 0  -3x = -6 .(-1)
Dado um número real a, a função definida por f (x) = a,
para todo x  R , é denominada função constante. 6
3x = 6  x   x=2
f(x) = a  x  R 3
Ex.: a) f(x) = 3 Portanto, o zero da função dada é x = 2.
b) y = 4 - Interpretação Geométrica:
c) f(x) = -1/2 Geometricamente, o zero da função do 1º grau f(x) = ax
d) f(x) = + b, a  0, é a abscissa do ponto em que a reta corta o eixo x.
2
Ex.: Dada a fnção f(x) = -3x + 6, temos:
e) y = -1,5
GRÁFICO:
O gráfico da função constante é uma reta paralela no
eixo x, cuja interseção com o eixo y é o ponto (0, a).

y
(0, a)

D=R Im = {a} f(x) = - 3x + 6 zero da função (x = 2)

MANUAL DE ESTUDOS 17 MANUAL DE ESTUDOS


CONHECIMENTOS DE MATEMÁTICA
ESTUDO DO SINAL DA FUNÇÃO DO 1º GRAU: Resumo:
Ex.: Dada a função f(x) = 2x - 4, determinar os valores Função: f(x) = 2x - 4 Função: f(x) = -2x - 4
reais de x, para os quais: a=2>0 a = -2 < 0
a) f(x) > 0 b) f(x) = 0 c) f(x) < 0 zero da função: x = 2 zero da função: x = -2
- -
Solução: Podemos notar que a função é crescente, 2 -2
Pelo resumo podemos concluir que:
pois: a = 2 > 0
a função tem: a função tem:
O zero da função é: 2x - 4 = 0  2x = 4  x = 2 sinal contrário de a. mesmo sinal de a.
Logo: a reta intercepta o eixo x no ponto de abcissa x = 2.
Observando essas considerações, vamos fazer um es- zero da função
boço do gráfico da função: (y = 0)
y FUNÇÃO QUADRÁTICA OU FUNÇÃO DO 2º GRAU
f(x )> 0
DEFINIÇÃO:
2 É a função f : R  R definida por f(x) = ax2 + bx + c, com
0
a, b e c reais e a  0.
f(x) = 0 Ex.: a) f(x) = x2 - 4x -3 a =1 , b = -4, e c = -3
f(x) < 0 b) f(x) = x2 + 3 a = 1, b = 0 e c = 3
c) y = 4x2 - 10x a = -4, b = -10 e c = 0

- f(x) < 0 f(x) > 0 GRÁFICO DA FUNÇÃO QUADRÁTICA:


Seu gráfico é uma parábola que terá concavidade volta-
(x < 2) 2 (x > 2) da "para cima" se a > 0 ou voltada "para baixo" se a < 0.
Ex.: a) f(x) = - x2 - 6x + 8 a=1>0
2 y
x f(x) = - x - 6x = 8
(0, 8)
Pelo esquema, podemos dar a seguinte resposta ao problema: -1 15
f(x) = 0 para x = 2 0 8
1 3
f(x) > 0 para {x  R / x > 2} 2 0
(1, 3)
(5, 3)
f(x) < 0 para {x  R / x < 2} 3 -1
4 0
Ex.: Dada a função f(x) = -2x - 4, determinar os valores 5 3 (2, 0) (4, 0) x
(3, -1)
reais de x para os quais:
a) f(x) = 0 b) f(x) > 0 c) f(x) < 0 b) f(x) = x2 + 6x - 8 a = -1 < 0
2
Solução: Podemos notar que a função é decrescente, x f(x) = x + 6x = - 8 y (3, 1)
pois: (4, 0)
a = -2 < 0 -1 - 15 (2, 0) x
O zero da função é: 0 - 8
-2x - 4 = 0  -2x = 4  2x = -4  x = -2 1 -3 (5, -3)
Logo: a reta intercepta o eixo x no ponto de abcissa x = -2. 2 0 (1, -3)
Pelas considerações feitas, fazemos um esboço do grá- 3 1
fico da função: 4 0
5 -3 (0, -8)

f(x) > 0 y
Podemos observar que se a função apresenta 2 raízes
reais distintas (   0 ), a parábola corta o eixo dos x em dois
-2 pontos (as raízes). Lembre-se:  = b2 - 4ac.
Caso ela apresente duas raízes reais iguais (  = 0), a
0 parábola tangencia o eixo dos x.
f(x) = 0 E se a função não apresenta raízes reais (  < 0), a
f(x) < 0 parábola não corta e nem tangencia o eixo dos x.
Observamos também que se a concavidade está voltada
para cima (a > 0), a parábola apresenta um ponto que é o
"mais baixo" (ponto de mínimo da função)
No caso de concavidade voltada para baixo (a < 0), a pará-
bola apresentará um ponto que é o "mais alto"(ponto de máximo
-2 - da função).
Esse ponto (mínimo ou máximo) é chamado vértice (V) da
parábola e suas coordenadas são:
(x < -2) (x > -2)
b 
xv  yv 
2a 4a
A coordenada do vértice yv é importante para determinar-
mos o conjunto imagem da função quadrática:
Pelo esquema, a solução do problema é:
f(x) = 0 para x = -2 -  se a > 0 ou
Im = {y R / y > 4a }
f(x) > 0 para {x  R / x < -2}
f(x) < 0 para {x  R / x > -2} - se a < 0
Im = {y R / y < 4a }

MANUAL DE ESTUDOS 18 MANUAL DE ESTUDOS


CONHECIMENTOS DE MATEMÁTICA
Assim:

a  0
b
xv 
b 2a
xv 
2a 
a  0 yv 
 4a
yv 
4a
O domínio da função quadrática é R.

ESTUDO DO SINAL DA FUNÇÃO QUADRÁTICA:


Resumindo os gráficos apresentados e estudando o sinal da função quadrática temos:

>0 =0 <0

a>0

a<0

Ex.: para que valores de x a função: x =2


1

2
x - 5x + 6 = 0
f(x) = x2 - 5x + 6 assume valores que acarretam f(x) > x =3
2

0 e f(x) < 0 ?

Solução: f(x) = x2 - 5x + 6
f(x) = 0

MANUAL DE ESTUDOS 19 MANUAL DE ESTUDOS


CONHECIMENTOS DE MATEMÁTICA
SISTEMA DE LOGARÍTMOS:
FUNÇÕES EXPONENCIAIS E LOGARÍTMICAS
a) Sistema de logarítmos decimais:
FUNÇÃO EXPONENCIAL É o sistema de base 10 ou de Briggs.
DEFINIÇÃO: Representação: log10 x ou logx
A função f : R R definida por f (x) = ax, com a b) Sistema de logarítmos neperianos:
1
e a > 0, é denominada função exponencial de base a. É o sistema de base e ou logarítmos neperianos.
Representação: loge x ou 1n x onde: e = 2, 718...
1 x (número irracional)
Ex.: a) y = 3x b) f (x) =
2
RESOLUÇÃO DE EQUAÇÕES LOGARÍTMICAS:
RESOLUÇÃO DE EQUAÇÕES EXPONENCIAIS:
Exemplo: Resolver a equação logx 81 = 4
1º Exemplo: Resolver a equação 2x = 256 Resolução: CE = {x > 0 e x 1}
Transformando a equação dada em igualdade de mesma
4
base, temos: 2x = 256 \ 2x = 28 logx 81 = 4 \ 81 = x \ x = + 81 \ x = +- 3
4
-
Igualando os expoentes, temos: x = 8 \ S = (8)
Verificação:
2º Exemplo: Resolver a equação 4x = 32 para que x = 3 para que x = -3
Transformando a equação dada em igualdade de mesma 3 > 0 (V) e 3 1 (V) -3 > 0 (F) e -3 1 (V)
base, temos:
Resposta: S = {3}
4x = 32 \ (22)x = 25 \ 22x = 25
Igualando os expoentes, temos: PROPRIEDADES DOS LOGARÍTMOS:
2x = 5 \ x = 5/2 S = {5/2}
1ª) Logarítmo de um produto: O logarítmo de um pro-
1 duto é igual à soma dos logarítmos dos fatores tomados na
3º Exemplo: Resolver a equação: 2x =
16 mesma base, isto é:
1 1 -2 logb(a . c) = logb a + logb c
Lembrar que = 4 =2
16 2 Exemplo: Calcular o valor de log3(9 . 27)
1 Resolução: Aplicando a propriedade do logarítmo de um
2x =  2 x = 2 -4 Daí: x = -4 S = {-4} produto, temos:
16
log3(9 . 27) = log3 9 + log3 27 = 2 + 3 = 5
4º Exemplo: Resolver a equação 9x+3 = 27x Resposta: 5
9x+3 = 27x \ (32)x+3 = (33)x \ 32x+6 = 33x
Daí: 2x + 6 = 3x \ 2x - 3x = -6 \ -x = -6 \ x = 6 2ª) Logarítmo de um quociente: O logarítmo de um
S = {6} quociente é igual ao logarítmo do numerador menos o logarítmo
do denominador tomados na mesma base, isto é:
5º Exemplo: Resolver a equação (2x)x+3 = 16
logb a/c = logb a - logb c com a >0, c > 0 e 1 b>0
(2x)x+3 = 16 \ (2x)x+3 = 24 \ 2x2+3x = 24
Daí: x2 + 3x = 4 \ x2 + 3x - 4 = 0 Exemplo: Calcular o valor de log3 81/9
 = 9 + 16 = 25 Resolução: Aplicando a propriedade do logarítmo do em
quociente, temos:
-3 +- 5 x’ = 1 log3 81/9 = log3 81 - log3 9 = 4 - 2 = 2
x= x” = -4 Resposta: 2
2
3ª) Logarítmo de uma potência: O logarítmo de uma
RESOLUÇÃO DAS INEQUAÇÕES EXPONENCIAIS: potência é igual ao produto do expoente pelo logaríimo da
1º Exemplo: Resolver a inequação 3x > 32 base da potência, isto é:
Como a base 3 é maior que 1, temos: x > 2 logb an = n . logb a com a > 0 e 1 b>0
Logo: S = {x  R / x > 2} Exemplo: Sabendo-se que:
logx a = 8, logx b = 2 e logxc = 1, calcular:
1 x> 1 2
2º Exemplo: Resolver a inequação a3
3 3 a) log x
Como a base 1/3 é menor que 1 (0 < 1/3 <1), temos: x < 2 b2 . c 4
Logo: S = {x  R / x < 2} a3
Resolução: a) log x = logx a3 = logx b2c4)
b2 . c 4
FUNÇÃO LOGARÍTMICA = 3 logx a - (logx b2 + logx c4)
= 3 logx a - 2 logx b - 4 logx c
Logarítmo de um número real e positivo b, na base a Resposta: 16
(a 1 e a > 0) , é um número x ao qual se deve elevar a = 3 . 8 - 2 . 2 - 4 . 1 = 24 - 4 - 4 = 16
base a para se obter b. Ou ainda, é todo expoente cuja
base é positiva e diferente de um. COLOGARÍTMO: cologab = -logab
Chama-se cologarítmo de um número real b, positivo, uma
logab = x  ax = b(b > 0 e 1 a > 0)
certa base a (0 < a 1), ao oposto do logarítmo de b na
. a - base do logarítmo
. b - antilogarítmo base a.
. x - logarítmo ANTILOGARÍTMO: logab = c Û b = antilogac
Ex.: a) log6 36 = x \ 6x = 36 \ 6x = 62 \ x = 2 MUDANÇA DE BASE:
Logo: log6 36 = 2
log cb
1
log b = e log b =
CONSEQÜÊNCIA DA DEFINIÇÃO: a log ca a log ba
1ª) loga1 = 0 Ex.: log21 = 0; log51 = 0
2ª) logaa = 1 Ex.: log22 = 1; log55 = 1 LOGARÍTMOS DECIMAIS:
3ª) logaam = m Ex.: log332 = 2; log558 = 8 a) Logarítmo decimal de uma potência de 10:
4ª) aloga b = b Ex.: 5log53 = 3; 10log107 = 7 Ex.: log 10 = 1; log 103 = 3;
5ª) logab = loga c \ b = c Ex.: log10 3 = log10x \ x = 3 log 0,01 = log 10-2 = -2

MANUAL DE ESTUDOS 20 MANUAL DE ESTUDOS


CONHECIMENTOS DE MATEMÁTICA
b) Característica e Mantissa:
SISTEMA MÉTRICO
Quando escrevemos o logarítmo de um número podemos
separar a parte inteira (característica) da parte não inteira
MEDIDAS DE COMPRIMENTO:
(mantissa).
Unidade Padrão: Metro (m)
Por exemplo: log 200 = 2,3010
- Múltiplos:
Portanto: log 200 = 2 + 0,3010
Decâmetro (dam) ... 1 dam = 10 m
c) Característica de log b: Hectômetro (hm) ... 1 hm = 100 m
1º Caso: O número b é maior ou igual a 1. Quilômetro (km) ... 1 km = 1000 m
A característica de log b é obtida tomando-se a quanti- - Sub-Múltiplos:
dade de algarismos que b apresenta na parte inteira e dela Decímetro (dm) ... 1 dm = 0,1 m
subtraindo-se uma unidade. Centímetro (cm) ... 1 cm = 0,01 m
Ex.: I) log 3 = 0,... II) 0 log 35 = 1,... Milímetro (mm) ... 1 mm = 0,001 m
2º Caso: O número b é menor que 1 e maior que zero. Representando numa escala, teríamos:
A característica de log b é obtida tomando-se a quantida- km hm dam m dm cm mm
de de zeros que b apresenta antes do primeiro algarismo não-
nulo e colocando-se sinal negativo no número encontrado.
Ex.: I) log 0,3 = -1 + mantissa \ log 0,3 = 1... Ex.: Transformar em metros cada uma das medidas seguintes:
a) 10,8 km b) 50,36 dam
Obs.: O traço sobre a característica indica que ela é ne-
gativa. Solução:
Quando o logarítmo é um número negativo costuma-se a) 10,8 km - Devemos deslocar a vírgula 3 casas para a
escrevê-lo na forma mista ou preparada. Nesta forma, continua direita (sentido da seta) 10,8 km = 10.800 m
a característica negativa, sendo a mantissa, porém, positiva. km hm dam m
-
Ex.:I) log 0,2 = -1 + 0,301 = 1, 301
-
II) log 0,3 = -1 + 0,477 = 1, 477 b) 50,36 dam - Devemos deslocar a vírgula 1 casa para a
e) Mudança de um logarítmo negativo para a for- direita (sentido da seta) 50,36 dam = 503,6 m
ma preparada: hm dam m
Exemplo:
log x = -3,421 = -3,421 =
UNIDADES DE ÁREA:
-3 - 0,421 = -3 -1 + 1 - 0,421
Unidade Padrão: Metro Quadrado (m 2)
- Múltiplos:
- Decâmetro quadrado (dam 2) ... 1 dam 2 = 100 m 2
Então: log x = -4 + 0,579 = 4,579
Hectômetro quadrado (hm 2) ... 1 hm 2 = 10.000 m 2
f) Propriedade da Mantissa: Quilômetro quadrado (km2) ... 1 km2 = 1.000.000 m2
Multiplicando-se ou dividindo-se um número por 10 (ou - Sub-Múltiplos:
potência inteira de 10) o seu logarítmo decimal CONSERVA a Decímetro quadrado (dm 2) ... 1 dm 2 = 0,01 m 2
mantissa só alterando a característica. Centímetro quadrado (cm 2) ... 1 cm2 = 0,0001 m 2
Ex.: log 2 = 0 + 0,3010 = 0,3010 Milímetro quadrado (mm2) ... 1 mm2 = 0,000001 m2
log 20 = log (10 . 2) = log 10 + log 2 = Representando numa escala, teríamos:
1 + 0,3010 = 1,3010
km2 hm 2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
log 0,2 = log 2 = -log 10 + log 2 =
10 Obs.: Nas transformações de unidades, a cada unidade
-1 + 0,3010 = 1,3010 ultrapassada, corresponde a 2 (dois) deslocamentos da vírgula.
g) Tábuas de Logarítmos: Ex.: Transformar em m2 cada uma das medidas seguintes:
Os valores aproximados das mantissas dos logarítmos a) 45 dam 2 b) 0,0057 km 2
se apresentam em tábuas, que são chamadas: TÁBUAS DE Solução:
LOGARÍTMOS. a) 45 dam2 - Devemos deslocar a vírgula 2 casas para a
direita (sentido da seta) 45 dam2 = 4500 m2
PROBLEMAS:
hm 2 dam2 m2
01. As raízes da equação 3x2 + 4x + 1= 0 são:
a) -1 e -1/3 b) 1 e 1/3 c) -1 e 1/3
d) 1 e -1/3 e) N.D.A.
02. Os coeficientes a, b e c da equação: b) 0,0057 km2 - Devemos deslocar a vírgula 6 casas para a
12x2 + 17x + 5 = 0 são: direita (sentido da seta) 0,0057 km2 = 0005700 m2 = 5.700 m2
a) a = 20, b = 10 e c = 50
km2 hm 2 dam2 m2
b) a = 12, b = 7 e c = 5
c) a = 12, b = 17 e c = 5
d) a = 12, b = 7 e c = 22
e) N. D. A. UNIDADES DE VOLUME:
Unidade Padrão: Metro Cúbico (m3)
03. Na equação 2x - 7x + 4= 0, a soma das raízes é igual a:
2
- Múltiplos:
a) 3/4 b) 4/3 c) 3/7 d) 7/2 e) N.D.A.
Decâmetro cúbico (dam 3) ... 1 dam 3 = 1.000 m 3
04 - As raízes que satisfazem a equação: 2x2 + 3x - 2 = 0 são: Hectômetro cúbico (hm 3) ... 1 hm 3 = 1.000.000 m3
a) +1; -2 b) +
1 ; +2 c) + 1 ; -2 d) - 1 ; +2 e) - 1 ; -2 Quilômetro cúbico (km3) ... 1 km3 = 1.000.000.000 m3
2 2 2 2 - Sub-Múltiplos:
Decímetro cúbico (dm 3) ... 1 dm 2 = 0,001 m 3
Gabari to : Centímetro cúbico (cm 3) ... 1 cm 2 = 0,000001 m 3
01 - A 02 - C 03 - D 04 - C Milímetro cúbico (mm3) ... 1 mm2 = 0,00000001 m3

MANUAL DE ESTUDOS 21 MANUAL DE ESTUDOS


CONHECIMENTOS DE MATEMÁTICA
Representando numa escala, teríamos: UNIDADES DE MASSA:
Unidade Padrão: Grama (g)
km3 hm 3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3
- Múltiplos: Decagrama (dag) ... 1 dag = 10 g
Hectograma (hg) ... 1 hg = 100 g
Obs.: Nas transformações de unidades, a cada unidade Quilograma (kg) ... 1 kg = 1.000 g
ultrapassada, corresponde a 3 (três) deslocamentos da vírgula. - Sub-Múltiplos: Decigrama (dg) ... 1 dg = 0,1 g
Ex.: Transformar em m3 cada uma das medidas seguintes: Centigrama (cg) ... 1 cg = 0,01 g
a) 1,73 dam 3 b) 0,00037 hm 3 Miligrama (mg) ... 1 mg = 0,001 g
Solução: a) 1,73 dam 3 Representando numa escala, teríamos:
- Devemos deslocar a vírgula 3 casas para a direita (sen- kg hg dag g dg cg mg
tido da seta) 1,73 dam 3 =1730 m3
dam3 m3
Obs.: Nas transformações de unidades, a cada unidade
b) 0,00037 hm 3 ultrapassada, corresponde a 1 (um) deslocamento da vírgula.
- Devemos deslocar a vírgula 6 casas para a direita (sen- Ex.: Transformar em grama cada uma das medidas se-
tido da seta) 0,0037 hm 3 = 0000370 m 3 = 370 m 3 guintes:
hm
3
dam
3
m
3 a) 0,0375 kg b) 3,28 dag
Solução:
a) 0,0375 kg
UNIDADES DE CAPACIDADE: - Devemos deslocar a vírgula 3 casas para a direita (sen-
Unidade Padrão: Litro ( l ) tido da seta) 0,0375 kg = 0037,5 g = 37,5 g
- Múltiplos: kg hg dag g
Decalitro (dal) ... 1 dal = 10 l
Hectolitro (hl) ... 1 hl = 100 l
Quilolitro(kl) ... 1 kl = 1.000 l b) 3,28 dag
- Sub-Múltiplos: - Devemos deslocar a vírgula 1 casa para a direita
Decilitro (dl) ... 1 dl = 0,1 l (sentido da seta) 3,28 dag = 32,8 g
Centilitro (cl) ... 1 cl = 0,01 l
Mililitro (ml) ... 1 ml = 0,001 l dag g
Representando numa escala, teríamos:
kl hl dal l dal cl ml
UNIDADES DE TEMPO:
Unidade Padrão: Segundo (seg)
Obs.: Nas transformações de unidades, a cada unidade
- Múltiplos: minuto (min) ... 1 min = 60 seg
ultrapassada, corresponde a 1 (um) deslocamento da vírgula.
hora (h) ... 1 h = 3600 seg
a) 722,70 hl b) 0,0036 kl
- Sub-múltiplos: não existem.
Solução: a) 722,70 hl
Obs.: É fácil notar que: 1 h = 60 min
- Devemos deslocar a vírgula 2 casas para a direita (sen-
tido da seta) 722,70 hl = 72.270 l Ex.: 1) Transformar em segundos cada uma das medidas
seguintes:
hl dal l
a) 2,32 h b) 3 h e 20 min
Solução: a) Basta multiplicar por 3.600, assim:
2,32
b) 0,0036 kl - Devemos deslocar a vírgula 3 casas para a 3600
direita (sentido da seta) 0,0036 kl = 0003,6 l = 3,6 l 1392 2,32 h = 8.352 seg
kl hl dal l 696
8352,00
b) Transformar em segundos, as horas e os minutos,
Obs. Importante: é muito comum, na prática, a trans- separadamente, assim: 3600 . 3 = 10800
formação de volume para capacidade. O vínculo entre as 60 . 20 = 1200
duas unidades é: 1 dm3 = 1 l 3 h e 20 min = (10800 + 1200) seg = 12000 seg
Ex.: Transformar em litros, cada uma das medidas seguintes:
a) 8,5 dam 3 b) 32.000 mm3 EXERCÍCIOS PROPOSTOS:
Transformar em litros é o mesmo que transformar em - Transformar:
dm 3, entćo: 8,5 dam 3 = 8.500.000 dm 3 01) 18,32 dam em m 02) 0,37 mm em cm
8,5 dam 3 = 8.500.000 l 03) 3500 mm em dm 04) 32 m 2 em dm 2
b) 32.000 mm 3: 05) 3,152 cl em hl 06) 41,36 km2 em dam2
32.000 mm 3 = 0,032000 dm 3 = 0,032 dm 3 07) 2035,70 l em mm 3 08) 13,901 ml em dal
32.000 mm 3 = 0,032 l 09) 321 dm 2 em dam 2 10) 32,5 g em dg
dam3 m3 dm 3 11) 0,437 mm3 em dm3 12) 1.014 seg em min
13) 3,42 h em seg 14) 2.076 min em h

2) Um determinado recipiente tem 1,7 m3 de volume. Qual GABARITO:


a sua capacidade em quilolitros. 01) 183,2 m 02) 0,037 cm
Solução: Devemos transformar 1,7 m 3 para dm 3 (ou li- 03) 35 dm 04) 3.200 dm 2
tros) e este resultado, para quilolitros. 05) 0,0003152 hl 06) 413.600 dam 2
1,7 m 3 = 1700 dm 3 1,7 m 3 = 1700 l 1700 l = 1,700 kl 07) 2.035.700.000 mm 3 08) 13.901 dal
ou 1,7 kl 3 09) 0,0321 dam 2 10) 325 dg
dm cm3 mm3
11) 0,000000437 dm 3 12) 16,9 min
13) 12.312 seg 14) 34,6 h

MANUAL DE ESTUDOS 22 MANUAL DE ESTUDOS


CONHECIMENTOS DE MATEMÁTICA
O cruzado novo corresponde a um mil cruzados.
SISTEMA MONETÁRIO BRASILEIRO h) Por determinação da Lei nº 8.204, de 12 de abril de 1990,
a moeda nacional passou a denominar-se CRUZEIRO, sem outra
Moeda modificação, mantido o centavo e correspondendo o cruzeiro a
Unidade de valor-padrão utilizada como instrumento de troca um cruzado novo.
por uma comunidade. i) A Lei nº 8.697, de 27 de agosto de 1993, alterou a moeda
É o meio pelo qual os preços são expressos, as dívidas nacional, estabelecendo a denominação CRUZEIRO REAL, para
liquidadas, as mercadorias e os serviços pagos e a poupança a unidade do sistema monetário nacional brasileiro.
efetuada. j) A Lei nº 8.880, de 27 de maio de 1994, instituiu a URV
A moeda corrente é o dinheiro oficial de um país para todos (Unidade Real de Valor), para junto com o CRUZEIRO REAL integrar
os tipos de transação. o Sistema Monetário Nacional, ficando extinta com o advento da
Como o controle da moeda é vital não apenas para o equilíbrio nova moeda - o REAL.
da economia de um país mas também para as relações comerci- k) A Lei nº 9.069, de 29 de junho de 1995, alterou a moeda
ais entre nações, é criado um sistema monetário internacional. nacional, instituindo o REAL como a unidade do Sistema Monetário
Origem – Na Antiguidade, as mercadorias produzidas numa Nacional, denominando a centésima parte de CENTAVO.
comunidade servem como meio de pagamento para suas transa-
ções comerciais. PROBLEMA ENVOLVENDO DINHEIRO
Destaca-se sempre uma entre as demais. 1 real - R$1,00 = 100 centavos
Como moeda, já circularam peles, fumo, óleo de oliva, sal, As moedas brasileiras são de 5, 10, 25, 50 e 100
mandíbulas de porco, conchas, gado e até crânios humanos. centavos
O ouro e a prata ganham rapidamente preferência em razão e são representadas respectivamente por R$ 0,05 - R$
da beleza, durabilidade, raridade e imunidade à corrosão. 0,10 - R$ 0,25 - R$ 0,50 - R$ 1,00
As notas são de 5, 10, 20, 50, 100 reais
Base monetária – Cabe às autoridades de um país a for- e são representadas respectivamente por R$ 5,00 - R$
mulação de uma política monetária para controlar a quantidade de 10,00 - R$ 20,00 - R$ 50,00 - R$ 100,00
dinheiro em circulação. 1) Quantos reais são necessários para se comprar 2500
Quando é bem-sucedida, o valor da moeda permance está- centavos?
vel.
Quanto mais altos os juros, mais caros se tornam os emprés- Resolução: 1 real = 100 centavos
timos.
Outros controles possíveis são o de entrada e saída do capi- x reais = 2500 centavos
tal internacional e o das regras para compras a prazo. 100 . x = 2500 . 1
Países de base monetária escassa incentivam a entrada de x = 2500/100
capital estrangeiro, com o intuito de aumentar a quantia aplicada x = 25
na economia nacional.
As restrições ao consumo provocam aumento do dinheiro Resposta: R$ 25,00
poupado e, por conseqüência, das reservas do país. SISTEMAS LINEARES
Câmbio – Moedas de valor estável no mercado internacio- 1 - INTRODUÇÃO:
nal de câmbio são consideradas fortes e traduzem a posição Equação Linear: Toda equação da forma
comercial de um país. a1 x 1  a 2 x 2  ...  a n x n  b
A mais forte do mundo é o dólar norte-americano, adotado      
como unidade monetária dos EUA em 1785. é denominada equação linear, em que:
O Brasil acumula oito alterações monetárias no período repu- a1,a2 ,..., an são coeficientes e
blicano: réis, cruzeiro, cruzeiro novo, cruzado, cruzado novo,
cruzeiro e cruzeiro real tiveram seu valor arrasado pela inflação.
x1,x2 ,..., xn são incógnitas;
O real, criado em 1994, apresenta, em 1995, atributos de b é o termo independente.
moeda forte, por sua pequena variação, mantendo o poder de Exemplos:
compra estável. Mas a avaliação do comportamento de uma mo- a )2 x13 x2  x3 5
eda só é válida quando feita por longos períodos.
é uma equação linear a três incógnitas
OBSERVAÇÕES b ) x  y z 1
Um pequeno histórico legislativo de nossa moeda: é uma equação linear a quatro incógnitas
a) O Decreto-lei nº 4.791, de 5 de outubro de 1942, institui o
CRUZEIRO. A centésima parte do cruzeiro passa a denominar-se OBSERVAÇÕES:
CENTAVO. O cruzeiro passava a corresponder a mil réis. 1º - Quando o termo independente b for igual a zero, a
b) A Lei nº 4.511, de 1º de dezembro de 1964, mantém o equação linear denomina-se equação linear homogênea.
CRUZEIRO, mas determina a extinção do CENTAVO. Por exemplo: 5x - 3y = 0.
c) O Decreto-lei nº 1, de 13 de novembro de 1965, institui o 2º - Uma equação linear não apresenta termos da forma
CRUZEIRO NOVO, restabelece o CENTAVO. 3 x12 2x2  3e  4 x.y  2 não são lineares.
O cruzeiro passava a corresponder a um milésimo do cruzeiro
3º - A solução de uma equação linear a n incógnitas é a
novo.
Sua vigência foi fixada para a partir de 13 de fevereiro de sequência de números reais ou ênupla (1, 2 ,..., n ) , que,
1967, conforme Resolução nº 47, de 8 de fevereiro de 1967, do colocados respectivamente no lugar de x1,x1,...xn , tornam
Banco Central da República do Brasil, determina que a unidade verdadeira a igualdade dada.
do sistema monetário brasileiro passe a denominar-se CRUZEIRO. 4º - Uma solução evidente da equação linear homogênea
e) A Lei nº 7.214, de 15 de agosto de 1984, extingue o centavo. 3x + y = 0 é a dupla (0,0).
f) O Decreto-lei nº 2.284, de 10 de março de 1986, cria o
CRUZADO, em substituição ao CRUZEIRO, correspondendo o Exemplo: Dada a equação linear 4x - y + z = 2, encon-
cruzeiro a um milésimo do cruzado. trar uma de suas soluções.
g) A Lei nº 7.730, de 31 de janeiro de 1989, institui o CRUZADO Resolução: Vamos atribuir valores arbitrários a x e y e
NOVO, em substituição ao CRUZADO, e mantém o CENTAVO. obter o valor de z.

MANUAL DE ESTUDOS 23 MANUAL DE ESTUDOS


CONHECIMENTOS DE MATEMÁTICA
Resposta: Uma das soluções é a tripla ordenada ( 2, 0, -6). Resolução:
x 2 4.20z2 1º caso: Divisão proporcional direta do lucro e/ou preju-
 ízo em relação aos tempos de participação dos sócios.
y 0 z  6
2º caso: Divisão proporcional direta do lucro e/ou preju-
2 - SISTEMA LINEAR ízo em relação aos capitais dos sócios.
Denomina-se sistema linear de m equações nas n incóg- 3º caso: Divisão composta do lucro e/ou prejuízo em
nitas x1 , x2 ,..., xn todo sistema da forma seguinte: relação ao produto do capital de cada sócio pelo respectivo
Se o conjunto ordenado de números reais ( 1, 1,..., n ) sa- tempo que participou da sociedade.
tisfizer a todas as equações do sistema, será denominado
solução do sistema linear. Ex.: 1) Uma pessoa montou uma firma no dia 1º de janeiro.
 a11x1a12 x2 ...a1n xn b1 No dia 1º de maio admitiu um sócio. No final do ano foi acusado
 um lucro de R$ 4.000.000,00. Calcular o lucro de cada sócio.
 a21x1a22 x2 ...a2n xn b2
 Solução:
. . ..
 1º sócio trabalhou 12 meses
 . . .. 2º sócio trabalhou 8 meses
 . . .. Pela regra prática:

 m1 1 m 2 x2 ...amn xn bn
a x a a) 12 +8 = 20
b) 4.000.000,00 : 20 = 200.000
a11,a12,...,a1n ,b1,b2,...,bn c) 200.000 x 12 = 2.400.000 => lucro do 1º sócio
são números reais. 200.000 x 8 = 1.600.000 => lucro do 2º sócio
OBSERVAÇÕES:
1º - Se o termo independente de todas as equações do Ex.: 2) Uma sociedade se fez no dia 30 de março. O 1º
sistema for nulo, isto é, b1 b2 ... bn 0, o sistema linear será sócio entrou com R$ 2.500.000,00 e o 2º com 1.700.000,00.
dito homogêneo.  2x  y  z  0 No dia 31 de dezembro foi constado um prejuízo de R$
 2.100.000,00. Quanto coube a cada sócio?
Veja o exemplo:  x  y  4z  0
5 x  2y  3z  0 Solução:
 Pela regra prática:
Uma solução evidente do sistema linear homogêneo é x = a) 2.500.000 + 1.700.000 = 4.200.000
y = z = 0. b) 2.100.000 : 4.200.000 = 0,5
Esta solução chama-se solução trivial do sistema ho- c) 0,5 x 2.500.000 = 1.250.000 => prejuízo do 1º sócio
mogêneo. Se o sistema homogêneo admitir outra solução em 0,5 x 1.700.000 = 850.000 => prejuízo do 2º sócio
que as incógnitas não são todas nulas, a solução será cha-
mada não-trivial. Ex.: 3) Em uma sociedade o lucro foi de R$ 2.700.000,00.
2º - Se dois sistemas lineares, S1 e S2, admitem a mesma Calcular o lucro de cada sócio, sabendo que o 1º sócio
solução, eles são ditos sistemas equivalentes. Veja o entrou com R$ 1.200.000,00 e trabalhou 3 meses e o 2º
exemplo. sócio entrou com R$ 900.000,00 e trabalhou 5 meses.
 x 3 y  5 Solução:
s1: s 1, 2
 2 x y 4 1.200.000 x 3 = 3.600.000
900.000 x 5 = 4.500.000
 y
3 x  2 Pela regra prática:

s2: 2 s 1, 2 a) 3.600.000 + 4.500.000 = 8.100.000
xy
  1 b) 2.700.000 : 8.100.000 = 1/3
 3
c) 1/3 x 3.600.000 = 1.200.000 => lucro do 1º sócio
Como os sistemas admitem a mesma solução, são equivalentes. 1/3 x 4.500.000 = 1.500.000 => lucro do 2º sócio
EXERCÍCIO: Seja o sistema
TESTES
 2x13 x2 x3 0 1) Dois sócios lucraram R$ 90.000. O primeiro entrou

S: x12 x2 x3 5 para a sociedade com R$ 20.000 e o segundo com R$ 25.000.
 x x x  2 Qual o lucro de cada sócio?
 1 2 3
a) R$ 40.000 R$ 50.000
a) Verifique se (2,-1,1) é solução de S. b) R$ 60.000 R$ 30.000
b) Verifique se (0,0,0) é solução de S. c ) R$ 55.000 R$ 35.000
R) a) é b) não é d) R$ 70.000 R$ 20.000
e) R$ 65.000 R$ 25.000
REGRA DE SOCIEDADE:
2) Dois sócios tiveram um lucro de R$ 500.000. O primeiro
Definição: É uma divisão proporcional direta dos lucros empregou R$ 100.000 durante 6 meses, o segundo empregou
e/ou prejuízos de uma empresa ou firma em relação aos R$ 80.000 durante 5 meses. Qual o lucro do 1º sócio?
capitais e tempos que cada sócio participou enquanto em
sociedade. 3) Três sócios formam uma sociedade entrando cada um
com as quantias R$ 5.000, R$ 8.000 e R$ 8.000, respectiva-
Tipos: Existem 3 casos de regra de sociedade. mente. O primeiro permaneceu na sociedade durante 12 me-
1º caso: Capitais dos sócios são iguais. ses, o segundo 7 meses e o terceiro 5 meses. O prejuízo des-
Tempos de participação dos sócios são diferentes. sas operações foi R$ 46.800. Qual o prejuízo menor dos três?
2º caso: Capitais dos sócios são iguais. a) 18.000 b) 16.800 c) 12.000
Tempo de participação dos sócios são iguais. d) 11.900 e) 16.500
3º caso: Capitais e tempos de participação dos sócios
são diferentes. GABARITO: 1) A 2) A 3) C

MANUAL DE ESTUDOS 24 MANUAL DE ESTUDOS


CONHECIMENTOS DE MATEMÁTICA
JUROS SIMPLES JUROS COMPOSTOS

Juros simples é aquele calculado unicamente sobre o O regime de juros compostos é o mais comum no sistema
capital inicial. financeiro e portanto, o mais útil para cálculos de problemas
do dia-a-dia.
CÁLCULO DO JURO SIMPLES Os juros gerados a cada período são incorporados ao prin-
Consideremos o problema: cipal para o cálculo dos juros do período seguinte.
Apliquei R$ 2.000,00 por 2 anos. Quanto receberei de Chamamos de capitalização o momento em que os juros
juros se a taxa foi de 36% ao ano? são incorporados ao principal.
Solução:
Se me pagam 36% ao ano, isto significa que recebo R$ Após três meses de capitalização, temos:
36,00 em 1 ano em cada R$ 100,00 aplicados ou, então, que 1º mês: M =P. (1 + i)
em 100 recebo 36 em 1 ano.
2º mês: o principal é igual ao montante do mês anterior: M
Temos então:
= P x (1 + i) x (1 + i)
3º mês: o principal é igual ao montante do mês anterior: M
= P x (1 + i) x (1 + i) x (1 + i)
Simplificando, obtemos a fórmula: M = P . (1 + i) n
Importante: a taxa i tem que ser expressa na mesma
Como as grandezas são diretamente proporcionais, vem: medida de tempo de n, ou seja, taxa de juros ao mês para n
meses.
Para calcular apenas os juros basta diminuir o principal
isto é, receberei de juros R$ 1.440,00 do montante ao final do período: J = M - P
Assim, designando por: Exemplo: Calcule o montante de um capital de R$6.000,00,
C o capital inicial ou principal; aplicado a juros compostos, durante 1 ano, à taxa de 3,5%
j o juro simples; ao mês. (use log 1,035=0,0149 e log 1,509=0,1788)
n o tempo de aplicação;
r a taxa percentual; Resolução:
i a taxa unitária, P = R$6.000,00
t = 1 ano = 12 meses
i = 3,5 % a.m. = 0,035
M=?
Usando a fórmula M = P.(1+i)n, obtemos:
temos: C = 2.000 / j = 1.440 / n = 2 / r = 36 M = 6000. (1+0,035)12 = 6000 . (1,035)12
Fazendo x = 1,03512 e aplicando logaritmos, encontramos:
Logo, de: log x = log 1,03512 => log x = 12 log 1,035 => log x =
0,1788 => x = 1,509
ou: Então M = 6000.1,509 = 9054.
Portanto o montante é R$ 9.054,00
Lembrando que:
podemos escrever: j = C . n . i RELAÇÃO ENTRE JUROS E PROGRESSÕES
Então, de um modo geral, podemos calcular os juros sim- - num regime de capitalização a juros simples o saldo
ples pela fórmula: j = C . i . n cresce em progressão aritmética
É importante observar que essa fórmula só pode ser aplica- - num regime de capitalização a juros compostos o
da se o prazo de aplicação n for expresso na mesma saldo cresce em progressão geométrica
unidade de tempo a que se refere a taxa i considerada.
TESTES
1) Uma pessoa deseja emprestar um Capital para obter taxa
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
de juros reais de 5% ao ano. Se a inflação do ano em questão
1 - Tomou-se emprestada a importância de R$ 12.000,00,
for 20%, qual a taxa de juros aparentes a ser cobrada?
pelo prazo de 2 anos, à taxa de 30% ao ano. Qual será o
valor do juro a ser pago? Solução:
Solução: Temos: FATOR DE JUROS APARENTES =
C = 12.000,00 / n = 2 a / r = 30% a.a i = 0,3 a.a. FATOR DE INFLAÇÃO x FATOR DE JUROS REAIS
e, como: j = C . i . n
temos: j = 12.000 x 0,3 x 2 FATOR DE JUROS APARENTES =
j = 7.200 isto é, o juro a ser pago é de R$ 7.200 1,20 x 1,05 = 1,26
2 . Aplicou-se a importância de R$ 3.000,00 pelo prazo de
TAXA DE JUROS APARENTES =
3 meses à taxa de 1,2% ao mês. Qual o valor do juro a
26% ao ano
receber?
Solução: Temos: 2) Se uma aplicação financeira, em um ano você obteve
C = 3.000,00 / n = 3 me / r = 1,2% a.m. i = 0,012 a.m. rendimento de 30%, e no mesmo período a taxa de inflação
donde: j = 3.000 x 0,012 x 3 foi de 25%, qual foi a taxa de juros reais?
j = 108 isto é, o juro a receber é de R$ 108,00
Solução:
RESOLVA: FATOR INFLAÇÃO, FATOR JUROS REAIS =
1 - Calcule os juros a serem pagos por um empréstimo de FATOR JUROS APARENTES
R$ 920,00 à taxa de 5% ao trimestre, durante 3 trimestres. 1,25 + T = 1,30
2 - À taxa de 0,75% ao mês, foi empregado um capital de
R$ 5.680,00 durante 2,5 meses. Calcule os juros produzidos.
GABARITO: 1 - R$ 138,00 / 2 - R$ 106,50 4% ao mês

MANUAL DE ESTUDOS 25 MANUAL DE ESTUDOS


CONHECIMENTOS DE MATEMÁTICA
Área do Losango:
ÁREA DE FIGURAS PLANAS,
VOLUMES DOS PRINCIPAIS SÓLIDOS
d = diagonal menor
PERÍMETRO D = diagonal maior
Definição: Perímetro é a soma das medidas dos lados de
um polígono. É representado por 2p.
Ex.:2p = 4 + 7 + 4 + 7
2p = 22m

Ex.: Calcule a área de um losango cujas diagonais me-


dem respectivamente 8 e 5 metros.

Obs.: A metade do perímetro é o semi-perímetro (p). Área do Trapézio:

No exemplo anterior:

B = base maior
Perímetro de uma circunferência: b = base menor
h = altura

Ex.: Calcule a área de um trapézio cujas bases medem


respectivamente 10 e 6 metros e a altura 4 metros.
2p = 2R - onde:
2p = perímetro -  = 3,14 (aproximado) - R = raio
Ex.: Calcular o perímetro e o semi-perímetro de uma cir-
cunferência de 60m de raio. Área do Círculo:
2p = 2 . 3,14 . 60 = 376, 8 m

Semi-perímetro: S = R2
 = 3,14
(aproximadamente)
ÁREAS DE FIGURAS PLANAS R = raio

Área do Quadrado:
S=l2
onde l é a medida do lado. Ex.: Calcular a área de um círculo cujo raio mede 10m.
Ex.: Calcular a área do qua- S = R2 = 3,14 . 102  S = 314m 2
drado de lado igual a 10m. Observações Importantes:
S = l 2 = 102 = 100 m 2
Resposta: S = 100 m 2

Área do Retângulo:
- Triângulo Isósceles -
possui 2 lados iguais e 2 ângu-
los da base também iguais.

b = base
h = altura
S=b.h
- Triângulo equilátero -
possui 3 lados e 3 ângulos
Área do Triângulo:
iguais

b = base
h = altura

- Triângulo retângulo -
possui 1 ângulo reto
a - hipotenusa (lado oposto
Ex.: Calcule a área de um triângulo de base igual a 4m e ao ângulo reto).
altura igual a 5m. - b, c - catetos (lados que for-
mam o ângulo reto).
a2 = b2 + c2 =>
Teorema de Pitágoras

MANUAL DE ESTUDOS 26 MANUAL DE ESTUDOS


CONHECIMENTOS DE MATEMÁTICA
VOLUMES DE SÓLIDOS Volume do Cone:

Volume do Paralelepípedo:
a = comprimento b = largura
c = altura v = volume

V = volume
p = 3,14 (aproximado)
v=a.b.c R = raio da base
h = altura

Ex.: Calcular o volume do paralelepípedo cujas dimensões (com-


primento, largura e altura), são respectivamente 5m, 3m e 2m. Ex.: Calcular o volume de um cone sendo o raio da base
V = a . b. c = 5 . 3 . 2  V = 30m 3 igual a 3m e a altura 12m.

Volume do Cubo:
O cubo é um paralelepípedo cujas dimensões são todas iguais.

Volume da Esfera:
V = a3
a = aresta do cubo
V = volume

V = volume
Ex.: Calcular o volume de um cubo cuja aresta mede 3m. R = raio
V = a3 = 33  V = 27 m 3  = 3,14
Volume do Prisma:

V = Sb . h Ex.: Calcular o volume de uma esfera cujo raio mede 6m.


h = altura
Sb = área da base
V = volume

PROBLEMAS
Ex.: Calcular o volume de um prisma sabendo-se que a
1) Calcular a área de um quadrado de 5cm de lado.
área de sua base é 9 m 2 e a altura é 20 m.
2) Um quadrado tem área igual a 64m 2. Determinar a me-
V = Sb . h = 9 . 20  V = 180 m 3
dida de seu lado.
Volume da pirâmide: 3) O perímetro de um retângulo é 50cm e sua altura é
10cm. Calcular a sua área.
4) Calcule a área de um círculo sabendo-se que o perí-
metro de sua circunferência mede 62,8m.
5) A área de um quadrado em cm 2 é o quádruplo de seu
lado. Quanto mede o referido lado.
V = volume 6) A área de um losango é igual a 20 cm2 e uma das
Sb = área da base diagonais mede 8 cm. Qual a medida da outra diagonal?
h = altura 7) A área de um trapézio é 30 m 2 e a altura 10 m. Saben-
do-se que a base maior mede o dobro da menor, calcule as
medidas das mesmas.
8) A soma das medidas das diagonais de um losango é 7
Ex.: Calcular o volume de uma pirâmide, sabendo-se que a metros. Calcule a diagonal maior, sabendo-se que a área é
área de sua base é igual a 21 m2 e a altura 46 m. igual a 6 m 2.
9) O volume de um cubo é o quádruplo de sua aresta.
Calcule a aresta deste cubo.
10) O volume de um paralelepípedo é igual a 144 m3, sendo
Volume do Cilindro: o comprimento o dobro da largura e esta o triplo da altura.
Calcule as dimensões do paralelepípedo.

GABARITO
V =  . R2 . h 1) 25cm 2
V = volume 2) 8m
 = 3,14 (aproximado) 3) 150cm2
R = raio da base 4) 314m 2
h = altura 5) 4cm
6) 5cm
7) 4 e 2m
Ex.: Calcular o volume de um cilindro sabendo-se que o 8) 4m
raio da base mede 9m e a altura 20m. 9) 2m
V =  . R2 . h = 3,14 . 92 . 20  V = 2543,4 m 3 10) 12; 6 e 2 metros

MANUAL DE ESTUDOS 27 MANUAL DE ESTUDOS


CONHECIMENTOS DE MATEMÁTICA
Obs.: Dois ângulos são chamados congruentes se, e
GEOMETRIA
somente se, têm a mesma medida, na mesma unidade.
CONCEITOS BÁSICOS  e
Os ângulos ABC  , na figura, são congruentes.
DEF
A Geometria Elementar, também chamada Geometria  
Indicamos: ABC 
DEF
Euclidiana, fundamenta-se em três entes geométricos acei-
tos sem definição: ponto, reta e plano.
Representação: pontos A, B, E, ...
retas: r, s, r, ...
planos: a, b, g, ...
Indicaremos por:
ponto: . A Seja um ângulo AOB situado num plano a (o da folha) e
reta: r consideremos os semiplanos a1, de origem na reta OA e que
contém o lado OB , e a2 , de origem na reta OB e que contém
o lado OA , conforme a figura (a). O conjunto dos pontos
plano:

. .
 comuns aos semiplanos a1 e a2 chamamos de setor angular.

B (a)
AB : uma reta que passa pelos pontos A e B.


. .
A B
O A

AB : uma semi-reta de origem em A e que contém o ponto B.

. .
A B A figura (b) mostra um setor angular.

AB : um segmento de reta de extremidades A e B. B (b)

A B

.A
.
AB : a medida de um segmento AB.
2 cm
B
O A
Um ponto que pertence ao setor angular e não pertence

.
AB
.
CD : dois segmentos AB e CD congruentes. ao ângulo diz-se ponto interior ao ângulo.
2 cm Na figura, o ponto P é interior ao ângulo  .
AOB
C D
B
Obs.: Postulado é uma proposição aceita como verdadei-
ra, sem demonstração. Teorema é uma proposição aceita como .P
verdadeira, mediante demonstração. O
A
ÂNGULOS
Um ponto do ponto do ângulo que não pertence ao setor
angular diz-se ponto exterior ao ângulo.
Definição: ângulo geométrico é a reunião de duas semi-  .
retas de mesma origem e não colineares. O ponto Q, na figura, é exterior ao ângulo AOB

OA e OB ... lados
B
Nomenclatura: O... vértice .Q
B O
A
Ângulos que possuem o mesmo vértice e um lado comum
são chamados ângulos consecutivos.
Os ângulos AOB e AOC  são consecutivos.
O A
Notação: AÔB - Um ângulo pode ser medido por meio de um C
instrumento chamado transferidor, que tem o grau como unidade.
A medida de um ângulo geométrico é um número real a, B
tal que 0 < a < 180.
Vamos convencionar que: O
AÔB: ângulo geométrico A
m(OB): medida do ângulo Dois ângulos consecutivos que não possuem ponto inte-
rior comum são chamados ângulos adjacentes.

B Os ângulos AOB
C
 e AOC  são adjacentes.

B
t
O A O
A

MANUAL DE ESTUDOS 28 MANUAL DE ESTUDOS


CONHECIMENTOS DE MATEMÁTICA
Bissetriz de um ângulo á a semi-reta interior do ângulo, Dois ângulos são chamados suplementares se, e so-
que determina com os seus lados dois ângulos adjacentes e mente se, a soma de suas medidas é igual a 180º.
congruentes.

O . C
130º 50º

A Dois ângulos são chamados opostos pelo vértice se,


e somente se, os lados de um são as semi-retas opostas dos
lados do outro.
Na figura,  .
OC é bissetriz do ângulo AOB
A’ B

.
O
Ângulo reto é um ângulo cuja medida é 90º.
B’ A

B Na figura, os ângulos 
AOB e  ' B'
A' O são opostos

.
pelo vértice.
90º Indicamos: o.p.v.

Duas retas são chamadas concorrentes se, e somente


O A se, elas têm um único ponto comum.
r
Na figura, 
AOB
.
é um ângulo reto.
.
P
O símbolo representa um ângulo reto.
s

Ângulo agudo é um ângulo cuja medida é menor que 90º. A figura ao lado mostra duas retas r e s concorrentes em P.

Duas retas são chamadas perpendiculares se, e so-


B mente se, são concorrentes e formam ângulos adjacentes
suplementares congruentes.

30º r
O A
Na figura, 
AOB é ângulo agudo.
.. ..
s
Ângulo obtuso é um ângulo cuja medida é maior que 90º.

B Na figura, as retas r e s são perpendiculares.

Decorre dessa definição que duas retas perpendicula-


100º
A res formam quatro ângulos retos.

O Indicamos: r s.
Na figura, 
AOB é ângulo obtuso.
Mediatriz de um segmento é a reta perpendicular a este
segmento pelo seu ponto médio.
Dois ângulos são chamados complementares se, e
somente se, a soma de suas medidas é igual a 90º.

m
30º
60º
.A .M. .B
A figura mostra a reta m, mediatriz do segmento AB.

MANUAL DE ESTUDOS 29 MANUAL DE ESTUDOS


CONHECIMENTOS DE MATEMÁTICA
Na figura, o ângulo  é um ângulo externo ao triân-
ACD
POLÍGONO: REGIÃO PLANA LIMITADA
POR UMA LINHA POLIGONAL FECHADA gulo ABC. A

TRIÂNGULOS: Definições:
Triângulo é a reunião de três segmentos cujas extremi-
dades são três pontos não colineares.
A figura ao lado mostra um triângulo. Os pontos A, B e C B C D
são os vértices e os segmentos AB, AC e BC são os lados do
Classificação dos triângulos:
triângulo. Podemos classificar os triângulos de dois modos:
Indicamos um triângulo de vértices A, B e C por  ABC. 1º) Quanto aos lados:
A Equiláteros: os que têm os três lados congruentes.
A
AB  AC  BC

B C
Chama-se perímetro de um triângulo o número que ex-
prime a soma das medidas dos três lados. Indicamos por 2p.

Os pontos comuns aos interiores dos ângulos  ,


BAC B C

ABC e ACB  são os pontos interiores ao triângulo ABC. Isósceles: os que têm dois lados congruentes.
Na figura, o ponto P é interior ao triângulo.
A
Os ângulos BAC  , 
ABC e 
ACB são ângulos inter- AB  AC
nos do triângulo.

B C
.P
Escalenos: os que têm os três lados não congruentes
entre si.
B C A
AB  AC  BC
A reunião de um triângulo com o seu interior é chamada
região triangular.
Os pontos que não pertencem à região triangular são os
pontos exteriores ao triângulo.
Na figura Q, é um exterior ao triângulo.
B C
A 2º) Quanto aos ângulos:

.Q Retângulos: quando têm um ângulo reto.


A
hi
po
cateto

te
B C nu
sa

Num triângulo, lado oposto a um ângulo é o lado que une .


os vértices dos dois outros ângulos; lado adjacente a dois B cateto C
ângulos é o lado que une os vértices desses dois ângulos. Obtusângulos: quando têm um ângulo obtuso.
 e o lado A
Na figura, o lado BC é oposto ao ângulo BAC
BC é adjacente aos ângulos ABC e ACB  .

A
B C
Acutângulos: quando têm os três ângulos agudos.
A

B C
Ângulo externo a um triângulo é aquele que é adjacen-
te e suplementar a um de seus ângulos internos. B C

MANUAL DE ESTUDOS 30 MANUAL DE ESTUDOS


CONHECIMENTOS DE MATEMÁTICA
Elementos Notáveis de um triângulo: RETAS PARALELAS:
Mediana de um triângulo é o segmento que une um vér- Duas retas distintas são paralelas se, e somente se,
tice ao ponto médio do lado oposto. estão contidas no mesmo plano e não têm ponto em comum.
Na figura, AM é uma mediana do triângulo ABC. Na figura, as retas
r e s são paralelas.
A Indicamos: r // s.
r
s

B
.
M C Postulados das paralelas (ou Euclides): por um ponto
fora de uma reta, existe apenas uma paralela a essa reta.

Bissetriz de um triângulo é o segmento da bissetriz de P s


um ângulo interno que tem por extremidades o vértice desse
ângulo e o ponto de encontro com o lado oposto. r
Duas retas r e s de um mesmo plano interceptadas pela
A transversal t formam oito ângulos. Os pares de ângulos, um
com vértice em A e o outro em B, conforme figura, são assim
denominados:

B
. S C
t

2
r

Na figura, AS é a bissetriz do triângulo ABC. 1 A


3
Altura de um triângulo é o segmento da perpendicular traçada 4
de um vértice à reta suporte do lado oposto, cujos extremos são
esse vértice e o ponto de encontro com essa reta.

6
5 A
s
A
7
8

B
.. H C 1 e 5
Na figura, AH é uma altura do triângulo ABC. 4 e 8
ângulos correspondentes 2 e 6
Mediatriz de um triângulo é a mediatriz de um de seus lados.
3 e 7

4 e 6
A m ângulos alternos internos
3 e 5
1 e 7

..
ângulos alternos externos
2 e 8
4 e 5
ângulos colaterais internos
B M C 3 e 6

Na figura, a reta m é a mediatriz do lado BC do triângulo


1 e 8
ângulos colaterais externos
ABC. 2 e 7

MANUAL DE ESTUDOS 31 MANUAL DE ESTUDOS


CONHECIMENTOS DE MATEMÁTICA
Propriedade: Classificação: Podemos classificar os trapézios em
Uma reta transversal a duas retas paralelas formam ân- três tipos:
gulos que obedecem às relações seguintes: 1º tipo: Escaleno: os lados não paralelos não são
1ª) Os ângulos correspondentes e os ângulos alternos congruentes.
são congruentes. A figura mostra um trapézio escaleno ABCD.
2ª) Os ângulos colaterais são suplementares.
A D
t
r

  B C
s
2º tipo: Isóscel es: os lados não paralelos s ão
congruentes.
A figura mostra um trapézio isósceles ABCD.
Na figura, sendo t uma transversal às retas r e s,
temos: A D
a=b (alternos internos)
a + g = 180º (colaterais internos)

Nota: As recíprocas das propriedades 1ª e 2ª s ã o


verdadeiras.

Ângulos de um triângulo:
B C
Propriedade: A soma das medidas dos ângulos inter-
nos de um triângulo é igual a 180º. 3º tipo: Retângulo: um lado é perpendicular às bases.
 , B,
 C as medidas dos ângulos in- A figura mostra um trapézio retângulo ABCD,
Da figura, sendo A onde o lado AB é perpendicular às bases AD e BC.
ternos, temos:

A
A
. D

B
. C

B  B
A+  +C
 = 180º C PARALELOGRAMO:
Definição: Um quadrilátero convexo é chamado
paralelogramo se, e somente se, possui os lados opostos
paralelos.
Propriedade: Em todo triângulo, qualquer ângulo exter-
no tem medida igual à soma das medidas dos dois ângulos
A D
internos não adjacentes a ele.
Da figura a seguir, indicando por e a medida do ângulo
externo de vértice C, temos:
A
 + B
 = A
e 

e B C

B C A figura mostra um paralelogramo ABCD.

RETÂNGULO:
EQUILÁTEROS NOTÁVEIS:
Definição: Um quadrilátero convexo é chamado retân-
gulo se e somente se, possui os lados opostos paralelos.
TRAPÉZIO:
Definição: Um quadrilátero convexo é chamado trapézio
se, e somente se, possui dois lados paralelos.
AfiguraabaixomostraumtrapézioABCD de bases AD e BC.
A
. . D

A D

B
. . C
A figura mostra um retângulo ABCD.
Decorre dessa definição que cada ângulo de um retân-
B C gulo é reto.

MANUAL DE ESTUDOS 32 MANUAL DE ESTUDOS


CONHECIMENTOS DE MATEMÁTICA
LOSANGO: A A’
Definição: Um quadrilátero convexo é chamado losango
se e somente se, possui os quatro lados congruentes entre si. c b c’ b’
D
B a C B’ a’ C’

A C Lados homólogos são os lados opostos a ângulos


ordenadamente congruentes.
Vértices homólogos são so vértices de ângulos or-
B denadamente congruentes.
Razão de semel hança é a razão de dois lados
A figura mostra um losango ABCD
homólogos quaisquer..
Em símbolos:  
QUADRADO: A  A
Definição: Um quadrilátero convexo é chamado qua-
drado se, e somente se, possui os quatro ângulos ABC ~ A ' B' C'  B  e a  b  c  k
  B
congruentes entre si e os quatro lados congruentes entre si. a' b' c'
A
. . D
C  C

Existência dos triângulos semelhantes:
Teorema fundamental: Se uma reta é paralela a um

B
. . C
dos lados de um triângulo e encontra os outros dois lados em
pontos distintos, então o triângulo que ela determina é seme-
lhante ao primeiro.
A figura mostra um quadrado ABCD. Hipótese DE // BC - Tese  ADE ~  ABC
FEIXE DE RETAS PARALELAS:
Definições: Em um plano, um conjunto de três ou mais A
retas distintas paralelas entre si denomina-se feixe de retas
paralelas.
D E
a
b
c B C
Na figura, as retas a, b e c constituem um feixe de retas
Demonstração: Seja DE a reta paralela ao lado BC.
paralelas.
Devemos demonstrar que os triângulos ADE e ABC têm
a t os três ângulos ordenadamente congruentes e os lados
b A homólogos proporcionais.
c B 1ª parte: Os três ângulos são ordenadam ente
C congruentes:
Toda reta do plano que não pertence ao feixe de parale-
las encontra todas as retas desse feixe e é denominado
Com efeito: A  A
 (comum)
transversal do feixe.   B (correspondentes)
D
t t’ E  C
 (correspondentes)
a
A A’ 2ª parte: Os lados homólogos são proporcionais.
b
B AD AE
c  (1)
C C’ De fato, pela hipótese, temos:
AB AC
d
D D’
AD AE
Considere um feixe de retas paralelas a, b, c e d e duas Tracemos EF paralela ao lado AB, temos: 
transversais t e t'. AB AC
A
Os pares de segmentos AB e A'B', BC e B'C', CD e C'D',
AC e A'C' denominam-se segmentos correspondentes: D E
Teorema de Tales: Se um feixe de retas paralelas tem
duas transversais, então a razão entre dois segmentos quais-
quer de uma é igual à razão entre os respectivos segmentos B C
correspondentes da outra. F
Hipótese a // b // c // d - t e t' são transversais. Por outro lado, o quadrilátero DBFE é um paralelograma
AB  A ' B' e, portanto, BF = DE. Substituindo na igualdade anterior, vem:
- Tese
CD  C ' D ' AE BF
 (2)
TRIÂNGULOS SEMELHANTES: AC BC
Definição: Dois triângulos são semelhantes se, e so- AD AE DE
mente se, os três ângulos são ordenadamente congruentes Das relações (1) e (2), temos:  = e
e os lados homólogos são proporcionais. AB AC BC
A figura ao lado mostra dois triângulos ABC e A'B'C' os lados homólogos são proporcionais. Logo, os triângulos
semelhantes. semelhantes a um terceiro são semelhantes entre si.

MANUAL DE ESTUDOS 33 MANUAL DE ESTUDOS


CONHECIMENTOS DE MATEMÁTICA
Teorema: Em um triângulo retângulo, a medida da altura
RELAÇÕES MÉTRICAS relativa à hipotenusa é a medida geométrica entre as medi-
NO TRIÂNGULO RETÂNGULO das das projeções dos catetos sobre a hipotenusa.
Hipótese: A = 90º
Consideremos um triângulo ABC, retângulo em A, e tra- Tese: h2 = m . n
cemos AD perpendicular a BC, com D em BC. A
Nomenclatura:
h
BC ... medida da hipotenusa BC.
AC ... medida do cateto AC.
AB ... medida do cateto AB. Demonstração:
Da semelhança dos triângulos DBA e DAC, resulta:
BD ... medida da projeção de AB sobre BC. h / m = n / h => h2 = m . n (III) c.q.d.
CD ... medida da projeção de AC sobre BC. Teorema: Em um triângulo retângulo o produto das me-
AD ... medida da altura relativa à hipotenusa BC. didas dos catetos é igual ao produto das medidas da
hipotenusa e da altura.
Hipótese: A = 90º
Tese: b. c = a . h

Teorema: Em todo triângulo retângulo, a altura relativa à


hipotenusa determina dois triângulos retângulos seme-
lhantes ao primeiro e semelhantes entre si.
Hipótese ABC é retângulo em A. Demonstração:
AD é altura relativa a BC. Da semelhança dos triângulos ABC e DAC, resulta:
Tese 1) DBA ~ ABC e DAC ~ ABC a / c = c / h => b . c = a . h (IV) c.q.d.
2) DBA ~ DAC Teorema de Pitágoras: Em um triângulo retângulo, o
quadrado da medida da hipotenusa é igual à soma dos qua-
drados das medidas dos catetos.
Hipótese: A = 90ºTese: a2 = b2 + c2
Demonstração: Com efeito, temos:
b2 = a . n e c2 = a . m
D Somando as igualdades membro a membro, vem:
Demonstração: b2 + c2 = an + am => b2 + c2 = a (n + m)
Com efeito, a altura AD separa o triângulo ABC em dois Como n + m = a, temos:
outros triângulos retângulos: DBA e DAC. b2 + c2 = a . a => b2 + c2 = a2 e, portanto:
Os triângulos retângulos DBA e ABC têm em comum o a2 = b2 + c2 (V) c.q.d.
ângulo agudo B , portanto são semelhantes pelo 1º caso.
Os triângulos retângulos DAC e ABC têm em comum o RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO
LÓGICA SENTENCIAL E DE PRIMEIRA ORDEM
ângulo agudo C , portanto são semelhantes pelo 1º caso, o
PROPOSIÇÕES E CONECTIVOS
que demonstra o item 1 da tese:
Por outro lado, os triângulos DBA e DAC são semelhan-
PROPOSIÇÃO
tes entre si, de acordo com a propriedade transitiva de
Chama-se proposição todo o conjunto de palavras ou
semelhança de triângulos.
símbolos que exprimem um pensamento de sentido completo.
Portanto: DBA ~ DAC c.q.d Exemplos:
a) A Lua é um satélite da Terra
RELAÇÕES MÉTRICAS
Teorema: Em um triângulo retângulo, a medida de cada b) é um número irracional
cateto é a média geométrica entre as medidas da hipotenusa c) 3 > 5
e a sua projeção sobre ela. d) Vasco da Gama descobriu o Brasil
Hipótese A = 90º
VALORES LÓGICOS DAS PROPOSIÇÕES
Tese 1 . b2 = a . n 2 . c2 = a . n
Chama-se de valor lógico de uma proposição a verdade se a
Demonstração: proposição for verdadeira e a falsidade se a proposição for falsa.
1) Da semelhança dos triângulos DAC e ABC, resulta: Os valores lógicos verdade e falsidade são representados
a / b = b / n => b2 = a . n (I) c.q.d. por V e F respectivamente.
Por exemplo: as proposições a) e b) são verdadeiras
enquanto que as proposições c) e d) são falsas.
PRINCÍPIOS DA LÍNGUA MATEMÁTICA
I - PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO
D Uma proposição não pode ser verdadeira e falsa ao mesmo
2) Da semelhança dos triângulos DBA e ABC, resulta: tempo.
a / c = c / m => c2 = a . m (II) c.q.d. II - PRINCÍPIO DO TERCEIRO EXCLUÍDO
A Toda proposição é verdadeira ou falsa, isto é, verifica-se
sempre um desses casos e nunca um terceiro.
PROPOSIÇÕES SIMPLES E COMPOSTAS
Chama-se proposição simples aquela que não contém
nenhuma outra proposição como parte integrante de si mesma.

MANUAL DE ESTUDOS 34 MANUAL DE ESTUDOS


CONHECIMENTOS DE MATEMÁTICA
São representadas pelas letras minúsculas p, q, r, ...
Exemplos: p: Pedro é careca
q: 49 é quadrado perfeito
PROPOSIÇÃO COMPOSTA é aquela formada pela
combinação de outras proposições.
São representadas pelas letras maiúsculas
P, Q, R, ... DISJUNÇÃO EXCLUSIVA ( V )
Exemplos: P: Carlos é estudante e Pedro é careca Considere as proposições:
Q: Se André é médico então sabe biologia P : Carlos é médico ou professor.
OBS.: Q : Mário é alagoano ou gaúcho.
1. Escrevemos P (p, q, r,...) para indicar que a proposição A proposição P indica que pelo menos uma das proposições
composta P é combinação das proposições simples p, q, r, ... Carlos é médico, Carlos é professor é verdadeira podendo
2. O valor lógico de uma proposição simples p indica-se por ser ambas verdadeiras, Carlos é médico e professor. Neste
V (p) e o de uma proposição composta P indica-se por V (P). caso, o ou é inclusivo e usa-se o símbolo v.
CONECTIVOS Assim, a proposição P é a disjunção inclusiva ou disjunção das
Chamam-se conectivos as palavras usadas para formar proposições simples Carlos é médico, Carlos é professor, isto é:
novas proposições a partir de outras. P : Carlos é médico v Carlos é professor.
Os conectivos usuais em lógica são: Por outro lado, a proposição Q indica que somente uma das
não _____________ negação ____________ ~ proposições simples Mário é alagoano, Mário é gaúcho é
e _______________ conjunção___________ ^ verdadeira pois não é possível ocorrer Mário é alagoano e gaúcho.
ou ______________ disjunção ___________ v Dizemos, neste caso, que o ou é exclusivo e usa-se o símbolo v.
Se... então ________ condicional __________ Assim, a proposição Q é a disjunção exclusiva das
Se e somente se __ bicondicional ________ proposições simples Mário é alagoano, Mário é gaúcho, isto é:
Exemplos: Q : Mário é alagoano v Mário é gaúcho
Não tenho carro. A disjunção exclusiva de duas proposições p e q é
Pedro é estudante e Carlos professor. simbolizada por p v q e se lê ou p ou q mas não ambos.
Se Roberto é engenheiro então sabe matemática. Seu valor lógico é definido pela tabela-verdade:
O triângulo ABC é retângulo ou Isósceles.
O triângulo ABC é equilátero se e somente se é equiângulo.
OPERAÇÕES LÓGICAS SOBRE PROPOSIÇÕES
- NEGAÇÃO (~)
Chama-se negação de uma proposição p a proposição
representada por não p cujo valor lógico é a verdade (v) se p
é falsa e a falsidade (f) se p é verdadeira. CONDICIONAL ( )
Simbolicamente: ~p Chama-se proposição condicional de duas proposições p
O valor lógico da negação de uma proposição p é definido e q a proposição se p então q cujo valor lógico é dado pela
pela seguinte tabela-verdade: tabela-verdade abaixo.

Em linguagem comum a negação efetua-se, nos casos mais


simples, antepondo o advérbio não ao verbo da proposição dada.
Por exemplo, a negação da proposição Notação: p q que se lê de uma das seguintes maneiras:
p : o sol é uma estrela - se p então q
~p: o sol não é uma estrela - p somente se q
Observe entretanto que a negação de - q se p
"Todos os homens são elegantes" - p é condição suficiente para q
é - q é condição necessária para p
"Nem todos os homens são elegantes"
e a de Obs.:
"Nenhum homem é elegante" 1. Na condicional p q, p é chamado antecedente, q é
é chamado conseqüente e o símbolo é chamado símbolo de
"Algum homem é elegante". implicação.
2. Uma condicional p q não afirma que o conseqüente
- CONJUNÇÃO ( ^ ) q se deduz do antecedente p, apenas estabelece uma relação
Chama-se conjunção de duas proposições p e q a entre os valores lógicos do antecedente e do conseqüente de
proposição representada por p e q, simbolizada por p ^ q, acordo com a tabela verdade acima.
cujo valor lógico é dado pela seguinte tabela-verdade:
BICONDICIONAL ( )
Chama-se proposição bicondicional de duas proposições
p e q a proposição p se e somente se q cujo valor lógico é
dado pela seguinte tabela-verdade.

- DISJUNÇÃO ( v )
Chama-se disjunção ou disjunção inclusiva de duas
proposições p e q a proposição representada por p ou q,
simbolizadapor pv q, cujo valor lógico é dado pela tabela-verdade.

MANUAL DE ESTUDOS 35 MANUAL DE ESTUDOS


CONHECIMENTOS DE MATEMÁTICA
Notação: p q que se lê: a c
- p se e somente se q   a.d=b.c
b d
- p é condição necessária e suficiente para q
- q é condição necessária e suficiente para p 2 10
- p se q, e p somente se q
  2 . 15 = 3 . 10
3 15
- se p então q e se q então p.
Quarta Proporcional: denomina-se quarta proporcional ao
ENUMERAÇÃO POR RECURSO número que com três outros forma uma proporção.
Enumeração é a seqüência de pelo menos dois elementos de Ex.: Determinar a quarta proporcional entre os números
mesmo status sintático no discurso. Há três tipos de enumeração: 3, 5 e 9.
Aditiva - representada pelo conetivo ‘e’. Solução: Seja x a quarta proporcional procurada; en-
Optativa exclusiva - representada pelo conetivo ‘ou’. tão: 3 9 45
Optativa não exclusiva - representada pela conexão ‘e/ou’.   3x = 9 . 5 3x = 45  x =  x = 15
Geralmente os elementos de uma enumeração são
5 x 3
comuns a uma classe. Proporção Contínua: uma proporção é chamada contí-
Quando isso ocorre temos uma enumeração com nua, quando ela possui os meios ou os extremos iguais.
paralelismo de similaridade. 2 4
Hipoteticamente pode-se supor uma enumeração caótica, Ex.:  ou 2 : 4 = 4 : 8 (meios iguais)
aquela em que os elementos são totalmente disjuntos.
4 8
Enumeração ordenada: é aquela em que a disposição 8 4
 ou 8 : 16 = 4 : 8 (extremos iguais)
dos elementos na seqüência admite algum tipo de ordem. 16 8
Enumeração na enumeração: há casos em que um ou Observações Importantes:
mais elementos da enumeração são enumeração. 1ª) O meio, ou extremo, comum em uma proporção contínua
Enumeração classificada: ocorre quando os termos é a média proporcional ou média geométrica.
da enumeração são classes de uma taxonomia. 2 4
Diferencia-se da enumeração com paralelismo pois, no Assim:   4
4 8
paralelismo, não existe a obrigatoriedade de atender às regras
que definem uma taxonomia, como conter todos os elementos é a média proporcional ou média geométrica, entre 2 e 8.
do universo considerado e não haver interseção de domínios. 8 4
  8
CLASSIFICAÇÃO DE PROPOSIÇÕES 16 8
Tautologia: proposição cuja tabela verdade é V em todas é a média proporcional ou média geométrica, entre 16 e 4.
as linhas, ou seja, ela é sempre verdadeira independentemente 2ª) Os termos desiguais de uma proporção contínua, de-
do valor lógico das proposições simples que a compõem. nominam-se terceira proporcional. Então:
Contingência ou indeterminação: proposição cuja tabela 2 4 2 e a terceira proporcional entre 4 . 8.
verdade tem linhas V e linhas F, dependendo das componentes.  
4 8  8 e a terceira proporcional entre 4 . 9.
Contradição: é uma proposição que é sempre falsa,
independentemente das componentes. Ex.: 1) Calcule a média proporcional entre 4 e 9.
Solução: Chamando de x a média proporcional ou geo-
métrica, temos:
RAZÕES E PROPORÇÕES:
4 x
RAZÃO DE DUAS GRANDEZAS,   4.9=x.x x2 = 4 . 9
PROPORÇÃO E SUAS PROPRIEDADES, x 9
x= 4. 9 x=6
RAZÃO: x 9
Definição: denomina-se razão de dois números a e b, o ou então:   x.x=4.9
quociente de a por b (b = 0 ). 4 x
Notação: a/b ou a:b x2 = 4 . 9 x= 4. 9 x=6
Obs.: 1ª) O primeiro termo de uma razão é denominado
3ª) Em uma proporção podemos permutar entre si, sem
antecedente e o segundo conseqüente.
alterar a mesma:
a a - antecedente a) os meios entre si
ou a : b =  b) os extremos entre si
b b - consequente c) os antecedentes com seus respectivos consequentes.
a c
2ª) Quando o antecedente de uma razão é igual ao conse- Ex.:   a. d = b. c
qüente de outra, e vice-versa, as razões são ditas inversas. b d
a b
a b 3 5 4 3 a)   a. d = b. c
e ; e ; e são razões inversas. c d
b a 5 3 3 4
d c
PROPORÇÃO: b)   a. d = b. c
b a
Definição: denomina-se proporção a igualdade de duas
razões. b d
c)   a. d = b. c
2 6 3 12 a c a c
 ;  ;  ou a : b = c : d Note que a proporção não foi alterada em nenhum caso,
3 9 5 20 b d pois se verificou a propriedade fundamental em todas elas
a e d (extremos da proporção) sem alteração: a . d = b . c
b e c (meios da proporção)
Propriedades das Proporções:
Propriedade Fundamental das Proporções: Em
a c
toda proporção, o produto dos meios é igual ao produto dos Dada a proporção  podemos escrever:
extremos. b d

MANUAL DE ESTUDOS 36 MANUAL DE ESTUDOS


CONHECIMENTOS DE MATEMÁTICA
a  b cd x 4
  100 8
1ª Propriedade: ou 300  75 16 - 1  x.  4.
b d 225 15
a  b cd 100 8

a c 8 24
 x  4.  x 
2ª Propriedade: a  c a c 15 5
 
b  d b d 100
225
an cn
3ª Propriedade:  ou
bn dn GRANDEZAS DIRETAMENTE
n n PROPORCIONAIS
a c
n
 n
b d Duas grandezas são diretamente proporcionais quando
uma cresce, a outra também ou quando uma decresce e a
a. c a2 c2 outra também. Ex.: Kg de feijão e dinheiro. Um pouco de
4ª Propriedade:  2 = 2
b. d b d feijão custa um preço. Se comprarmos mais quilos pagare-
mos mais.
MÉDIAS GRANDEZAS INVERSAMENTE
PROPORCIONAIS
Média Aritmética (Ma): a média aritmética de dois ou
mais números, é o quociente da soma desses números pelo Duas grandezas são inversamente proporcionais quan-
número de parcelas. Assim, a média aritmética entre os nú- do uma cresce e a outra decresce ou vice-versa. Ex.: Velo-
meros a, b e c será: a  b c cidade e tempo. Andarmos com determinada velocidade para
Ma  percorrermos uma distância e demoramos um tempo. Se
3 aumentermos a velocidade, o tempo diminui para per-
Média Aritmética Ponderada (Mp): a média aritmética
correr a mesma distância.
ponderada é igual ao somatório dos produtos de n números
pelos seus respectivos pesos, dividido pelo somatório des-
REGRA DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTA
ses pesos. Assim, a média aritmética ponderada dos números
a, b e c de pesos respectivamente iguais a p, q e r será:
Definição: A regra de três consiste na comparação de
a. p + b. q + c. r grandezas proporcionais diretas ou inversas. Pode ser:
Mp 
p +q + r
Simples  envolve 2 grandezas proporcionais
Média Harmônica (Mh): denomina-se média harmônica 
de vários números, o inverso da média aritmética dos inver- Composta  envolve mais de 2
sos desses números. Assim a média harmônica dos núme-  grandezas proporcionais

ros a, b e c será: 3
Mh  Regra de Três Simples: Pode ser:
1 1 1
 
a b c Direta  2 grandezas diretas

Escala (E): Inversa  2 grandezas inversas
Definição: é a razão entre o comprimento do desenho e
o comprimento real a que corresponde. Direta: a resolução é feita através de proporção como a
montagem do problema. Ex.: Uma quantidade de 21 quilos de
D arroz custa R$ 42,00. Calcular o preço de 15 quilos deste arroz.
E  onde: E  escala Solução:
R
D  comprimento do desenho kg-arroz - R$
R  comprimento real 21 42
Importante:
 
15 X
- As grandezas D e R devem estar na mesma unidade.
- A razão da escala deve ser uma fração irredutível. 21 42.000 15 . 42
 X   30
Quando 2 cm no desenho corresponde a 1m real temos: 15 X 21
2 cm 1 Resposta: R$ 30,00
E= : 2  E =
100 cm : 2 50 Inversa: a resolução é feita através de proporção inver-
fração irredutível tendo-se os dados de uma das duas grandezas proporcionais.
Ex.: Um automóvel percorre na estrada uma determinada dis-
EXERCÍCIO RESOLVIDO: tância. Sabendo que com a velocidade de 50 Km/h, demora 4
horas, quanto tempo gastará se a velocidade for de 40 Km/h?
1) Calcule x na proporção:
Solução:
 x : (3 - 0,75) = 4 : (2 - 1/8) km/h - hora
Solução: aplicando a propriedade fundamental em: 50 4
 
x 4 40 X
= 
75 1 50 x 4 . 50
3- 2 -    5
100 8 40 4 40
Resposta: 5 horas

MANUAL DE ESTUDOS 37 MANUAL DE ESTUDOS


CONHECIMENTOS DE MATEMÁTICA
REGRA DE TRÊS COMPOSTA PORCENTAGEM

Envolve mais de duas grandezas proporcionais. A reso- DEFINIÇÃO: pode ser definida como sendo o número de
lução poderá ser feita de duas maneiras. centésimos existentes em uma grandeza. A taxa de porcen-
tagem é a representação de uma fração onde o denominador
1º método: é 100. Assim a fração 20/100 é equivalente à notação 20%.
Comparamos a grandeza a determinar com as demais.
Se for inversa, invertermos os dados dessa grandeza (das %  representação de porcentagem.
demais). Ex.: 1) Dar a fração irredutivél equivalente a cada uma
A grandeza a determinar não se altera. das notações percentuais abaixo:
Por fim igualamos a razão de grandeza a determinar com a) 15% b) 20%
a razão do produto dos dados das demais grandezas e de- Solução:
15 3 20 1
terminamos o valor procurado. a ) 15 %  :5 = b) 20% = : 20 
100 20 100 5
Ex.: Na alimentação de 3 cavalos, durante 7 dias são Ex.: 2) Estabelecer a notação percentual equivalente a
consumidos 1470 Kg de alfafa. cada uma das frações seguintes: a) 2/5 b) 5/4
Se mais cinco cavalos são adquiridos, quantos quilos de Solução:
alfafa serão necessários para alimentá-los durante 10 dias?
2 40 40% 5 125
Solução: a) 5 = 100 = b) 4 = 100 =125%
alfafa(kg) dias cavalos
Obs.: Taxa Milesimal é a representação de uma fração
1470 7 3 onde o denominador é 1000. Assim 2/1000 é anotado por 2%
   . Todo o trabalho algébrico da taxa milesimal segue o mesmo
x 10 8 procedimento da taxa percentual.

1470 7. 3 1470 . 10 . 8 CÁLCULO DA PORCENTAGEM:


  x  Sempre que, por exemplo, escrevendo 20% estamos nos
x 10 . 8 7. 3 referindo a 20% de um determinado valor. Este valor é cha-
x = 5.600 mado de principal, isto é, o valor sobre o qual calculamos a
porcentagem. Este valor equivale sempre a 100% ou a um
Resposta: 5.600 Kg inteiro. Ex.: 20% de 500.
2º método: 100  porcentagem (P)
Unimos por uma linha as causas dos primeiros dados p .i 
P  20 = taxa (i)
com a conseqüência dos segundos casos e por outra linha 100 500 - principal (p)
as causas dos segundos dados com a coseqüência dos 
primeiros dados. Podemos calcular também a porcentagem através de re-
Igualamos o produto de uma linha com o produto da outra gra de três simples direta.
para determinar o valor procurado. Ex.:
Observe que neste método não é necessário a compara- Percentual / valor
ção das grandezas proporcionais, mas a noção do que é
causa e conseqüência. 100 500
Conseqüência é tudo que se produz ou se faz tendo  
20 x x = 100
como causa o trabalho e seus fatores para determiná-lo.
100  porcentagem (P)
Ex.: mesmo do 1º método: 
20 = taxa (i)
500 - principal (p)
alfafa(kg) dias cavalos 
1470 7 3 Transações Comerciais:
Existe nas transações comerciais o preço de custo de
x 10 8 uma mercadoria e o seu preço de venda também. Toda vez
que se calcula o percentual de lucro ou de prejuízo sobre
Para determinarmos a conseqüência faremos a pergun- determinado valor, este valor equivale a 100%, como já vis-
ta: o que foi feito? to, pois é o principal.
A resposta é: a alimentação dos cavalos através de qui-
los de alfafa. Numa transação comercial pode haver lucro ou prejuízo.
O restante então é a causa da alimentação dos cavalos Lucro (L) - o preço de venda (Pv) é maior que preço de
e do problema. custo (Pc). Prejuízo (P) - o preço de venda (Pv) é menor que
Então igualamos as duas linhas de daos como explicado o preço de custo (Pc).
anteriormente.
L = Pv - Pc
x . 7 . 3 = 1470 . 10 . 8
% . L = % . Pv - % . Pc
1470 . 10 . 8 Observe que:
x   5.600 P = Pc- Pv
7. 3
% . P = % . Pc - % . Pv
Resposta: 5.600 Kg
Importante frisar que se o lucro for calculado sobre o
Observe que qualquer dos 2 métodos pode ser utilizado. preço de custo, este equivale a 100% e se for sobre o preço
Cada um escolherá o que melhor entender. de venda, este também equivale a 100%.

MANUAL DE ESTUDOS 38 MANUAL DE ESTUDOS


- 2013 - 2018

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