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PASSO I - OS OBJETIVOS Di os sae te) ‘Todo texto profissional, seja uma carta, um oficio, um e-mail ou um relatério, tem sempre um ou mais dos objetivos abaixo: * INFORMAR/COMUNICAR/RELATAR * PEDIR PROVIDENCIAS/SOLICITAR/DETERMINAR * CONVENCER/PERSUADIR Por mais que se procure, nunca se encontrardo outros objetivos que nao os acima Imaginemos algumas situagé a. Carta a um fornecedor que est atrasado na entrega de um produto. Objetivos: * Comunicar que o produto ainda nao fi ntregue. * Pedir as devidas providencias. + Convencer o fornecedor a fazer a entrega no prazo que voce quer. b. Oficio ao diretor de uma escola pedindo a matricula de um aluno. Objetivo: + Pedir a matricula do aluno. * Convencer o diretor a aceitar o seu pedido. c. Officio ao Secretdrio de Seguranga do seu municipio falando sobre a violéncia que domina seu bairro. que vocé Objetivos: * Comunicar os problemas que esto ocorrendo. * Pedir as devidas providéncias. + Persuadir o Secretario a atendé-lo. A partir da andlise dos objetivos, podemos estabelecer algumas idéias basicas: 1. Amaior parte das correspondéncias visa comunicar, informar, 2. Sempre que vocé solicita algo, entra em cena o seu poder de convencimento. E ébvio que nao basta pedir, vocé tem que fazer com que 0 seu leitor seja levado a atendé-Io. Quanto maior for o seu poder de convencimento, mais rapidamente vocé sera atendido. . A maior parte das pessoas nao sabe pedir. Se analisarmos 10 correspondéncias que pedem algo, em 9 encontraremos as velhas f6rmulas que ndo dizem nada: “Solicito as devidas providéncias”, Peco que analise a possibilidade de...”, “Peco a gentileza de tomar providéncias quanto a...”. Quando voce escreve, vocé tem a obrigagao de ajudar o seu leitor, fornecendo-Ihe a maior quantidade possivel de dados. Se um executivo atarefado recebe uma carta pedindo “as devidas providéncias” sobre algo, ele certamente ird repassé-la a um assistente que ird fazer a andlise das “providéncias”, 0 assistente ir4 procurar o responsvel pela area responsdvel pelas “providéncias’, e estaré aberto um cfrculo vicioso que levaré um bom tempo para se fechar. O ideal é pedir diretamente o que vocé quer, esclarecer as providéncias que deseja ver tomadas, estabelecer prazos, definir estratégias. ‘Vejamos como deveriamos trabalhar os exemplos citados anteriormente: a, Carta ao fornecedor: diga claramente 0 que voce quer (nao se envergonhe em repetir 0 pedido; se o fornecedor tiver muitos clientes, certamente jé terd esquecido de vocé); defina claramente os prazos (voce € 0 cliente, voce esté pagando, voce tem todo 0 diteito de definir © prazo em que deseja receber 0 que comprou); nao hesite em ser incisivo (vocé nao estaré sendo grosseiro, estaré apenas fazendo valer os seus direitos). Senhor Manuel: Lembramos que 0s vinte tapetes persas que foram encomendados em maio de 2002 (pedido n® 120 - anexo) ainda nao nos foram entregues. Aguardamos a entrega em um prazo mdximo de 72 horas. Caso 0 material nao seja entregue no prazo estipulado, seremos obrigados acancelar a compra e buscar outro fornecedor. Oficio ao diretor da escola: dé logo todos os dados do aluno; explique claramente por que ele deve ser matriculado naquela escola; seja claro € objetivo, mas procure ser suave e educado (sem chegar & subserviéncia), pois vocé estd fazendo um pedido e nao uma exigéncia. Senhor Diretor Estamos precisando de um favor especial que 6 0 senhor pode fazer, Nosso sobrinho Machado de Assis, cuja ficha escolar com todos os dados segue anexa, teve que vir de Sao Paulo para Salvador, acompanhando 0s pais que foram transferidos. £ fato notério que © Colégio Carlos Lamarca é 0 melhor da cidade e, além do mais, é0 que fica mais proximo a nova residéncia da familia, Para nossa tristeza, ficamos sabendo que as matriculas para o préximo ano foram encerradas na semana passada, e por isso estamos apelando para a sua boa vontade, pois sabemos que s6 0 senhor pode nos ajudar. ‘Trata-se de um menino inteligentee aplicado, como o senhor poderé constatar pela sua ficha, que sera muito prejudicado se ficar um. ano inteiro fora do colé; ‘Temos a certeza de que o senhor far4 o possivel para nos ajudar, pois certamente um educador como o senhor nao ird querer ver um excelente aluno fora da escola, Contamos com o seu apoio. ne -ANOW REouGlO BwatsanatroncuL |” cc. Offei prob provi Jemb viole atenc Senh O bai sido : noss: Vossa id nc Algui instal com uma 20he duas Form de Se form: encor Aola enco: Ja ag segu darer seu ©. Oficio ao Seeretario de Seguranga: comece mostrando claramente 05 problemas que esto ocorrendo; faga um levantamento prévio das providéncias que julga adequadas ¢ deixe-as bem explicitas no texto; lembre-se de que 0 seu bairro nao é 0 Gnico com problemas de violéncia; possivelmente o Secretdrio receberé centenas de oficios e atendera primeframente aqueles que melhor o perstadirem. Senhor Secretério: 0 bairro do Grotao estd vivendo momentos de terror. Pessoas tem. sido assaltadas ao safrem para o trabalho, casas sao arrombadas diariamente, e no podemos mais estacionar nossos carros nas nossas ruas, pois eles so arrombados ou levados pelos ladrées. ‘Vossa Exceléncia 6 nossa tinica esperanga e temos certeza de que ird nos socorrer como sempre 0 fez. Algumas providéncias simples resolverdo 0 nosso problema: instalacdio de uma cabine da PM nas esquinas das ruas Andréa Daltro com Iiddsio Tavares; uma viatura da policia civil ou militar circulando no perfodo entre 20h e Gh da manhij duas duplas de PMs percorrendo as ruas do bairro 24 horas por dia. Formamos uma comisstio de moradores para ajudar a Secretéria de Seguranga no seu trabalho. Queremos colaborar de todas as formas possiveis, pois sabemos das dificuldades que a Secretaria encontra para cumprir sua dificil misséo. ‘Ao lado da assinatura dos membros da Comissdo, Vossa Exceléncia ‘encontrard os telefones e e-mails para contato. J agendamos com sua secret4ria uma reunido para a préxima segunda-feira, quando discutiremos pessoalmente a situacao e __ daremos mais algumas sugestées que talver. possam contribuir com | oseu trabalho. comunieacio 3 Conceitos jo existe uma tinica atividade humana que nfo seja afetada, ou que néio dependa, de alguma forma, da comunicacao. Tao relevante é o papel da comu- nicago humana no mundo moderno, que seu estudo deveria merecer especial atengio. Ocorre, conttdo, que a necessidade de estudar as miiltiplas formas de comunicacao s6 muito recentemente vemn sendo reconhecida. Efetivamente, para que se aprenda a comunicar adequadamente, com clareza ¢ eficiéncia, torna-se indispensdvel o conhecimento de algumas nogées fundamentais sobre 0 assunto, Apalavra comunicar vem do latim communicare, que significa pér em comum. Depreende-se daf que a esséncia da palavra comunicar esta associada a ideia de convivéncia, comunidade, relagdo de grupo, sociedad. A comunicacio surgiu, provavelmente, da preméncia que os homens sentiam de trocar ideias e experiéncias com outros membros do seu grupo, nos estigios primitivos da civilizacao. Desde que passou a viver em sociedade, o homem vern sentindo cada vez mais a necessidade imperiosa de se comunicar, pois jd foi dito que 0 homem € aquilo que consegue comunicar aos seus semelhantes. © mundo da comunicagio 6 vastissimo, embora ainda seja predominante a ideia da comunicacéo verbal, falada ou escrita. Existem, porém, muitos outros meios de comunicacdo, como gestos, imagens, sons, artes ¢ até o sinal do com- putador, que constituem formas de comunicacdo nao verbal. A comunicactio nao verbal, portanto, pode ser estabelecida principalmente por meio dos sons (0 cédigo Morse, o “tambor falante” das tribos do Congo); por meio das imagens (cartazes, televisio, cinema); por meio dos gestos (convencionais ou codifica- dos, como o alfabeto dos surdos-mudos). Os sinais de transito (placas indicati- vas, apitos, seméforos) sfio exemplos de comunicag3o nao verbal que usamos quotidianamente. Além disso, modernamente, varios fatores, como a maneira de se vestir, de andar, sentar, falar ou calar, a postura, 0 comportamento social, vér sendo es- tudados como formas de comunicactio entre as pessoas. Essas formas de comu: nicagao nao verbal, consideradas mais sutis e fundamentais, sio enfocadas por M. Argyle e P Trower na obra Tuy los otros (s. e./s. d.). Dentre as linguagens do homem, os autores destacam a chamada “linguagem corporal” e afirmam que com 0 rosta, os bragos, as pernas, a postura, os seres humanos se comunicam eficientemente tanto quanto com as palavras. Algumas atitudes apresentam significaco universal, mas subordinam-se ao contexto em que se manifestam. Uma inclinagao do tronco, por exemplo, signi- fica respeito, a menos que venha acompanhada de certo modo de sorrir, e, neste caso, passa a significar o contratio. As expressies faciais, como 0 arquear as sobrancelhas, os movimentos dos olhos e da boca, dos mtiscuilos do rosto ou mesmo acenos da cabe¢a, muitas vezes sto mais “eloquentes” que as palavras. }s gestos podem revelar tracos individuais da personalidade ou apresentar significados comuns a diferentes povos. Uma pessoa, ao estender a mao para um. cumprimento, pode desvendar tracos da sua personalidade ao apertar a mao do interlocutor vigorosamente, com forca ou veeméncia, ou apenas tocé-la displicen: temente com a ponta dos dedos. Assentir ou discordar com movimentos da cabe- a, juntar as méos em siipliea, aplaudir, apontar uma diregao, levantar ou abaixar 6 polegar sfio gestos convencionais, de significacio quase universal. Dar palma- dinhas nas costas do interlocutor tanto pode sugerir estimulo, felicitagdes, como grande familiaridade, mas torna-se inconveniente se a pessoa nao for intima. A forma de caminhar com 0 tronco curvado, a cabega pendida e os ombros caidos indica estado de abatimento ou depresséio, oposto ao paso militar, porte ereto, ombros levantados, que podem denotar orgulho, arrogancia ou desdém O corte de cabelo moderno, o rebelde estilo punk ou o penteado antigo, con- servador, funcionam como indicadores da personalidade de seus usuérios. As roupas, 0 modo de se vestir, vém sendo analisadas pelos especialistas em comunicagéo nas diversas 4reas do conhecimento. Whitaker Penteado (1982, p. 46) diz. o seguinte: Os americanos acreditam que a personalidade de um homem se revela no padrao da gravata, enquanto os italianos afirmam. (que basta reparar na maneira como fazem 0 n6. Todos os povos 1ém trajes tipicos que revelam aspectos da psicologia nacional. (© chapéu imenso dos mexicanos nao constituird afronta e abri- 0, projetando uma personalidade onde audacia e indoléncia andam de mos dadas? Nao se percebe na espetaculosidade do traje gaticho, o sangue espanhol atrevido e fanfarréo? O vaqueiro nordestino veste-se de couro para enfrentar as caatin: gas, ¢ para revelar duresa. A pudiefeia das solteironas transpa: rece nas blusas de gola alta, e todo um manual de Psicologia das religides poderia ser escrito, acompanhando-se a evolucao da batina surrada do vigério sertanejo as vestes de arminho dos areebispos, Atualmente, os meios de comunicagao de massa estdo abrindo espaco para trabalhos que divulgam as formas ndo verbais da comunicacdo. O jornal O Estado de S. Paulo, de 6 jan. 1988, no “Caderno de Empresas”, publicou interessante artigo de Gaudéncio Torquato (professor titular da ECA/USP), intitulado: “Co: municagao pelo traje”, do qual foram extraidos os seguintes pardgrafos: Na composigao do modelo visual, vestimenta assume papel de realce, Nio ha diivida sobre o fato de que o traje carrega uma retdrica que poe & disposigao das pessoas o sonho de mudar de identidade. Por trés de um pequeno detalhe, da cor de uma roupa, do corte, do volume, do tipo de tecido, de um adereco, A Folha ca MODA, a universal’, ¢ A comui a) pessoal ( b) impesso. ©) verbal d) nfo verb comunicagio 5 apresentar mnio para um far a mao do fa displicen- da cabe- pr ou abaixar Dar palma- milhares de pessoas procuram ser reconhecidas como “outras”, realizando, de algum modo, 0 sonho de uma dupla personal dade. Quando nao é esse o caso, entdo ¢ a légica profissional, que passa a exigir 0 traje adequado, para o cargo adequado, na empresa adequada. A Folha de S. Paulo, de 8 mar. 1988, na “Folha Ilustrada”, trouxe, sob a rubti- ca MODA, a matéria de Costanza Pascolato: “A linguagem das roupas é antiga e universal”, da qual vale a pena transcrever alguns trechos: A declaragao de que a roupa é uma linguagem nao é nova. Bal- zac, em “Filha de Eva" (1839), observou que, para uma mulher, vestir é “2 continua manifestacio de pensamentos intimos, uma linguagem, um simbolo”. Hoje a semidtica esté em voga 98 socidlogos nos dizem que a moda também é uma linguagem de signos, um sistema nao verbal de comunicagto. Nem imaginamos que gestos simples como enfiar uma saia ou calca, abotoar uma camisa on amarrar um sapato, venham car- regados de despersonalizacao. Em nossa cultura, a inocente troca de roupas, muito comum entre adolescentes, é uma maneira de comprovar amizade confirmar identidades, do mesmo jeito que se usa a mesma giria e se exprimem as mesmas ideias. Compartilhar roupas & sempre forte indicagio de identidade de gostos, opinides ¢ até personalidade. A comunicacao pode ser soal (sensu stricto): ser humano ++ ser humano ) impessoal (sensu lato): ser humano + maquina, _y oral 9) verbal-< a eserita | __-»| tambor falante pelo som =| eédigo morse ——~s! outros __-r| alfabeto de surdo-mudo 4d) nao verbal —» pelo gesto <==———| miisculos da face Ne “m| aceno de cabega e outros _r| televisio \ ‘X pela imagem =< cinema ~~] outdoors ¢ outros Comuniestso 7 0 “Suplemento de Turismo” do jornal O Estado de $, Paulo, de 26 fev. 1988, noticiou a aprovagio da Resolucao n° 689, em 25-1-88, do Conselho Nacional de ‘Transit que acrescenta a sinalizagéo de Trinsito 23 placas de indica- cio de atrativos turisticos, as quais visam a facilitar as infor- mages aos que viajam pelo Pais. (..) Sendo necessério acres centar informagées tais como orientacio como sobre a diregéo de localidades de atrativos turisticos, além de outras, deve ser colocada wma placa adicional abaixo e/ou ao lado do sinal de atrativos turisticos. A tendéncia atual é unificar os sistemas de sinalizagao e informacées dos aeroportos, estradas, estaces rodovisrias e ferrovidrias, assim como de outros lugares ptiblicos e de atragio turistica, empregando-se a comunicacao pela ima- gem, por meio de placas indicativas, Esses simbolos convencionais, considerados linguagem universal, so mais facilmente identificados e decodificados, pois nao exigem 0 conhecimento de nenhuma lingua eserita. Apresentamos na pagina seguinte 0 quadro do Gédigo Nacional de ‘Transi- to, cuja fonte é 0 “Suplemento de Turismo” de O Estado de S. Paulo, de 26 fev. 1988. Elementos da Comunicagaio Todo ato de comunicagio constitui um processo que tem por objetivo a trans- missio de uma mensagem e, como todo proceso, apresenta alguns elementos fundamentais. Sao seis os elementos envolvidos no processo de comun conforme o seguinte esquem: | Referente [— Canal de Comunieagio Mensagem Emissor a _— digo comunteacao 9 0 emissor ou destinador é quem transmite a mensagem. Pode ser um indi- viduo, um grupo, uma figura ou um érgao de difusao 0 receptor ou destinatario é aquele que recebe a mensagem. Pode ser um individuo, um grupo, um animal ou até mesmo uma maquina (computador, gra- vador). Note-se que 0 fato de receber a mensagem nao implica, necessariamente, decodificd-la e compreendé-la Mensagem ¢ tudo aquilo que o emissor transmite ao receptor; 6 0 objeto da comunicagao. Toda mensagem é transmitida através de um canal de comu- nicagio. Canal ou contato ¢ 0 meio fisico, o veiculo por meio do qual a mensagem é levada do emissor ao receptor. De maneira geral, as mensagens circulam através de dois principais meios: + meios sonoros: ondas sonoras, voz, ouvido; + meios visuais: excitagdo luminosa, percepgao da retina. Assim sendo, mensagens transmitidas através de um meio sonoro utilizam sons, palavras, miisicas. Se a transmissdo é feita por meios visuais, empregam-se as imagens (desenhos, fotografias) ou simbolos (a escrita ortogréfica). No pri meiro caso diz-se que sio mensagens icOnicas: no segundo, mensagens simbé. licas. As mensagens tacteis recorrem aos choques, pressdes, trepidacées etc.; as olfativas utilizam odores, um perfume, por exemplo. Cédigo é um conjunto de signos suas regras de comunicac&o. Cada tipo de comunicacao tem seu cédigo préprio: comunicacées verbais e comunicacées nao verbais, evidentemente, utilizam cédigos diferentes, especificos a cada situacao comunicativa. Referente é 0 assunto da comunicagio, o contetido da mensagem. A comunicacao sé se realiza quando todos os seus elementos funcionam ade- 4quadamente, Se o receptor no capta ou ndo compreende a mensagem, no pode haver comunicagao. Qualquer problema com o canal impediré que a mensagem chegue ao receptor; neste caso, no hd comunicagao, e sim “ruido”. Entende-se por ruido qualquer obstaculo & comunicagaio. O papel do cédigo é de suma im- portincia, pois emissor e receptor devem possuir pleno conhecimento do eédigo utilizado para que a comunicagao se realize; caso contratio, a comunicacio ser& ‘apenas parcial ou nula. Exemplificando: uma classe em que os alunos tém por lingua matemna 0 portugués é convidada para assistir 2 uma conferéncia pronunciada em inglés. Ocorre que alguns alunos dominam perfeitamente o inglés, outros dominam re- lativamente e os restantes nao conhecem essa lingua. Os que dominam plena- mente o inglés (0 cédigo) compreenderdo as palavras do conferencista; portanto, a comunicacao serd plena, Para aqueles que conhecem relativamente 0 cédigo, a 10 Lingus Portuguese * Andrade © Henrguer comunicagao serd parcial. Os que ndo conhecem a Iingua, obviamente, nao parti- cipardio do processo de comunicagio. Se o referente daquela conferéncia em inglés for muito complexo, mesmo com os alunos que dominam perfeitamente o cédigo nao sera possivel estabelecer comunicago. Da mesma forma, se alunos de um Curso de Administragéo fossem assistir a uma aula sobre um assunto especifico de Medicina, a comunicagio nao se realizaria, pois haveria “rufdo” em relacio ao referente, ao contetido ou assuin to da comunicagio. S6 haverd comunicagao se houver decodificagao ~ 0 emissor envia uma men- sagem ao receptor, por meio de um canal, utilizando um eddigo que contém um referente a ser decodificado pelo receptor. Cada tipo de comunicacdo exige um cédigo adequado, ou seja, uma lingua- gem especifica Fungées da Linguagem {As fungSes da linguagem tém sido objeto de estudos de varios autores. Karl Biihler publicou © primeizo trabalho, analisado por Mattoso Camara em Prinef- pios de linguistica geral. Herculano de Carvalho, em Teoria da linguagem, reto- mot o esquema de Biihles, acrescentando-lhe alguns novos aspectos. Atualmente, quase todos os autores adotam 0 esquema desenvolvido por Roman Jakobson em Linguistica e comunicagdo, que aponta a correspondéncia entre os elementos da comunicaciio e fungdes da linguagem: Referente fungao referencial Mensagem funcio poética Destinador fungio expressiva Contato fungio fética Cédigo fungio metalinguistica Fungo Emotiva ou expressiva é a que poe énfase no emissor. A linguagem, 6 subjetiva; predominam as sensacGes, opinides, reflexdes pessoais, a carga emo- cional. 0 tom é quase sempre confessional. Observa-se a presenca da primeira pessoa, caracteri fungao emotiva j e memérias, dich A fungéo eficiéncia do px a comunicacio tides, desejo ¢ uma mensagen funcao fatica, A letra de funcio fatica, - Olé! = Como va — Tudo ber —Tudo cer A fungi f um género lite = “Alo? Hé quante ‘Tudo pass Custa a gc (Bandeira

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