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PRM eles elects le-oic lee lle eiera trabalho e sociabilidade ‘ 2 4 , Inrropuséo 1. TRABALHO E REPRODUCAO SOCIAL 2. A RepRooucao sociat 3. TRABALHO E TOTAL 4, TRABALHO E A TRABALHO ALIE 5. TRABALHO ASSALARIADO Nov NTE TRABALHO E TOTALIDADE SOCIAL RereRéncias BisuiocRaricas Avauiacao IntRODUCAO Qual a relagdo entre os homens ¢ a natureza? © que torna o ser social distinto da natureza? Por que o trabalho ¢ a mediacao entre eles? E, finalmente, por que 0 trabalho se converte em trabalho alienado? P 0 objetivo deste texto € discutir ¢ analisar estas questées. Para compreender a relacdo entre a sociedade e a natureza deve-se, inicial- mente caracterizé-los. A natureza ¢ composta pelo ser inorganico (mundo mi- pelo ser organico (animais plantas), Assim como as plantas se all- mentam do reino mineral ¢ os animais se alimentam das plantas ¢ dos minerais ~ 08 homens apenas podem existir em relacdo com a mecar pelo fato de que sem a reprodugao biolégica dos individuos nao ha so- ciedade possivel. Isto € da maior importancia: por mais desenvolvida que seja a sociedade, ela sempre tera uma base natural. Sem a transformagao da natu- reza pelos homens ~ ¢ sem a reproducao biolégica ~ ndo ha histéria humana. Contudo, o ser social é distinto do mundo natural porque, na esfera da vida a evolucdo se faz pelo desaparecimento ¢ surgimento de novas espécies de plantas ou animals, a histéria humana € 0 surgim desaparecimento de relacées sociais._ nto, desenvolvimento € | a © que distingue a histéria humana da historia da natureza? E isto que vai distinguir o mundo dos homens da natureza: a histéria humana €0 desenvolvimento das sociedades mais simples as formagdes socials cada vez mais complexas ¢ desenvolvidas. Desde os bandos e tribos mais primiti- vas, até a moderna sociedade capitalista, 0 que verdadeiramente se alterou fo- ram as relagoes sociais, € nao 0 animal biolégico homo sapiens. 1. TRABALHO E REPRODUCAO SOCIAL Por que o ser social ¢ to diferente da natureza, ainda que nao possa se repro- duzir sem ela? necessério examinar um fato comum da vida Para responder a esta questo, cotidiana de todos nés. Imagine que alguém tenha necessidade de quebrar um coco, Para tanto, ha va- ras alternativas possivels: pode jogar 0 coco ao chao, pode construir um ma- chado, pode abrir 0 coco com os dentes, pode queimar a casca do coco ¢ as- sim por diante. Para escolher entre as alternativas, deve-se imaginar 0 resultado de cada uma - ou, em outras palavras, antecipar na consciéncia 0 Tesultado provavel das alternativas. nrg mogonmensoson nro stn yavel de cada alternativa yltado pro’ = “Escolha feita, 0 individuo 7] Esta antecipagie Bae a melhor. anotace' possibilita ese a mativa escolnida. Teva 8 pati = 00 Se - tiva escolhida para quebrar 0 coco seja a de nat ‘Ao construlr 2. machado, | go que n40 ¢ existia antes. individuo transformou a Vejamos 0 que de fato ocorres 1) nd urna Gevessidade? avebrar ° coco: 12) ha diversas alternativas poss gsiveis para atender a esta necessidade (jogar 0 a coco 20 chéo, consiruir o machado ete) ie cada uma das alter- 8) 0 individuo projeta, em sua consciéncia..oresuliado 4 da vvativas, as avalla e escolhe aquela que [ulga. mals. cons convent atender a necessidade: 0 individuo age objetivamente, isto é, t movimento de transformer a natureza a por Lukacs, depois de Marx. por 4) escolhida a alternativa, natureza ¢ constrét algo novo. Este. mé | a ee partir de uma prévia Ideagio € denom trabalho (Marx: 1983:149 € ss). ee | a O que é prévia ideacao ou teleologia? © resultado do processo de trabalho ¢, sempre, alguma transformacao da oan wale “Toda objetivacéo produz uma nova siluacdo, pois tanto a realida (iene ou wit de mesma (em alguma coisa ela fol transformada), como tam- Sie na suaawel da ‘bém 0 individuo jé ndo € mais o mesmo, pols ele aprendeu algo ao fazer aque: seedomemeigeum Elzachado. Quando ele for fazer 0 préximo machado, ele sabera utilizar a quia experiencia a habilidade adquiridas na construcao do machado anterior. Ele fa aa oo“ incorporar ao novo machado a experiéncia de uso do macha- ee ae - = oe ng nome um cabo feito com uma madeira é pior do que 0 feito Festa, sempre, na vansformacbo Ea ae Sue eee Oda ote dice emnsine.d > oqueé individuo e sociedade envolvidos. el ee! glossario : Anodotac Objetvaggo - a vanstrmagio do -St2-Sighifica que ao construir o mundo « b ‘ue fo. prevamenteidealzado em GL AO Lransformar a natureza, objetivo o individuo tamb tum objeto pertencente a reakdade Moa ae também se transformam - = pols entere 20 syste. Tanstormacéo da (Objetiva € subjetiva, bem ent ae habilidades. Esta nova situaca? ‘ealidade no sentido da (tum machad mite faz cor —— o diferente, Prévia Wesco, (0 individ » Por exemplo) € nov sso {uo | € novas possibilidades para atendé-8 para atendél Possui conh nhecims entos ¢ habilidades que nao possuia anterior @ Srehctho sews SD SarmGTE wend Mnonnepea bs suslandt im se cons: n disso. possui um machado para auxilié-lo na construcao do Estas novas necessidades € novas possibilidades impulsionam o individuo oF { ae a novos Projetos ©, em seguida, a novas objeti zofigem anovas stages que Alguns aspectos deste processo sao decisivos para a compreensio do que é 0 mundo dos homens: 1).Q machado ¢ um objeto construido pelo homem ¢ apenas poderia existir através do trabalho. A natureza pode produzir milho, mas ndo pode cons- iruir machados. 2) Contudo, 0 machado ¢ uma transformacao de um pedaco da natureza. A madeira e a pedra do machado continuam sendo um pedaco da natureza. Se desmontarmos 0 machado, a pedra e a madeira continuam pedra e madeira. Omachado é a pedra ¢ a madeira organizadas segundo uma determinada for- im Portanto, nao implica no desaj magio no sentido desejado pelos homens. na sua transfor- 3) A prévia ideagao é sempre uma resposta, entre outras possiveis, a uma ne-\ cessidade concreta. Portanto, ela possui um fandameni Liiltimo.que __ ‘nao pode ser ignorado: nenhuma prévia ideacao brota do nada, ela é sempre Juma resposta & uma dada necessidade que surge em uma situacdo determina- da, Ela ¢ sempre determinada pela hist6ria humana. 4) Como todo trabalho origina uma nova situagdo(a hist6ria jamais se repete)}<— 2 E, por fim, algo da maior importancia: 0 homem, ao transformar a nature- —e esta forma sé 6 pode exist como resuttado de trabalho. O trabalho, > a, também se transforma. Quando os homens constréem a realidade objeti- va, eles também se consirGem enquanto individuos. Ao fazer 0 machado, o in- adquiriu conhecimentos e habilidades que |. adquiriu conhecimentos € habi e: Ohomem, ao construir um objeto. também se consirét. Por qué? © homem, ao construir um objeto. também se constr 2. A REPRODUCAO sociaL sgrugao do macho cra uma, Ove situagéo. Ela modifica acon mbém modifica o indivi { Fo! visto au iss indo um nove objeto €. também modific iividuo, do- a realidade, produ tos € habilidades. Fos conecie se complexo proceso. Quando o indivi. achado, ele tinha um objetivo muito x. Contudo, ele, de fato, fez mals de perto © fazer 0m dquo, 16 na pre nso, E isto ele conseguin f ‘Ao descobrir o machado ele deu um passo io das forgas produtivas. E este desenvoly. desenvolvirnen! er apés, possibilifou aos homens a consteucto de ng. erplanetarias. Ao fazer 0 jor: estave machado, aquel primitive estava faz nto no desenvolvime! ? Fos bens necessarios 20 ‘desenvolvimen chado ele nao poderia saber an- imentos ¢ habilidades que ele adquiriria no De modo semelhante, ao decidir construir 0 mat tecipadamente quais a5 novos conhect processo, Contudo, estes NOvOs fiteis para a construcao de mach maior. Por exemplo, a descoberta pedras vermeliias significa um com e eee om outras eircanstanclas, para construlr vir em our, oo .ofmaiorconhecimenio da nature7a enquanio tal. assim que, 20 longo de séculos, os conhecimentos ¢ habilidades que vao sendo adquiridos no trabalho terminam por dar origem aos conhecimentos cientificos, artisticos, filoséficos etc. muito mais sofisticados, complexos ¢ bastante distantes daqueles conhecimentos mais primitivos que estao em suas origens, Em poucas palavras: todo ato de trabalho, sempre voltado para o atendimen- to de uma necessidade conereta, historicamente determinada, termina por re imeter para muito além de si proprio. Suas conseqiiéncias objetivas e subjelt ‘vas nao se limitam & producao do objeto imediato, mais se estendem por toda a historia da humanidade. SS oo tribos primitivas, os atos isolados de coleta de alime”- ao Gaels origem as Sofisticadas técnicas de caga e pesca coleti- Sue cae a organizagao € coordenacéo muito mais desenvolvide peguyeeecen E, com o aparecimento da agricultura, que poss “cessita para sua ares histérla, a um individuo produair mais do que** ploragio «i lvéncia (produgao excedente), toria-se lucrativa a nao mais sera realiza? Eerate de homem pelo homem. 0 trabalho, agora, gor todas os membros da socledade, mas teré uma classe social (a primetra delas fol a dos senhores de ¢: tante é que, nestas novas condigoes hist6ricas, para que 0 trabalho possa se jnos a seguir, ao tratar da relacao entre trabalho e alienagao. Agora o impor- | fe | Bstado que forme e mantenha este exército, uma va ideologia que que justifique a ex- ploracéo dos escravos: enfim, para que 0 trabalho possa se realizar € necess- Hos eseraves: oa | dunes PEON? rio uma série de complexos socials que nao mais se relacionam com o traba-| “> Ihosendo de modo muito indireto. 2 O que € reproducao social? £ assim que, ao longo da histéria dos homens, 0 processo reprodutivo das sociedades se complexifica 4 medida em que ocorre o desenvolvimento das forcas produtivas. Se, no estagio mais primilivo, © trabalho que converte a na- {ureza nos bens necessérios & reproducao social era realizado por todos ¢ de forma bastante direta, nas sociedades mais desenvolvidas esta situagéo se transforma radicalmente. f assim que, nas sociedades dividas em classes & listo 6, naquelas em que uma classe social explora o trabalho de outra), o tra- 3 balho apenas pode se realizar se houver um poder que obrigue os individuos A produzirem e entregarem o fruto do seu trabalho & outra classe. Amadooard | COMPMO AOD Em outras palavras, sem deixar de ser 0 complexo através do quall a socieda- oo. Ge se reproduz materialmente, 0 ato de trabalho passa a seKtambémymas © XO a indo apenas) uma relagao de poder entre os homens. E. quando isso ocorre, € oO ee oo poriadores pratt. 2 TSE d& Holsm avd imprescindivel uma série de complexos sociais que serao_ portadores pra prati- cos desse poder de alguns individuos sobre os outros. E por isso que surgem, Se desenvolvem e se tornam cada vez mais importantes para a reprodugio so glossavio cial, complexos como 6 a oPireitdete. cial, complexos como {Bsladgya politics Complexo social ~ ¢ conjunto de Por serem decisivos para que a exploragéo do trabalho venha a se realizar, S=S=s2ees ave se naus ces nem por isso estes complexos se confundem com o trabalho enquanto tal. Emenee mos isto, fundamentalmente, porque no trabalho temos sempre a relacéo dos ho- en rodltvo. Assim, afungBo socal ‘mens com a natureza, enquanto que no Direito, na politica, no Estado etc. te- da fala (expressar 0 now mos sempre a relagao dos homens entre si, No trabalho, 0 objetivo, sempre, é _Tncesantementeproduzdo pelo transformar a realidade material; JA nestes outros complexos sociais, 0 objeti-_tvabalho tanto na consciéncia dos YO € promover uma dada organizagao das relagbes socials, uma dada organt- _indvidues como na comunicagio Zagdo dos homens. E isto faz uma enorme diferenga na prdlica concreta de ‘Ddspensivel entre ees) €distinta da cada um, assim como sua relacdo com a totalidade da reproducao social. fungo social do Estado (instrumento o> momIAn especial de repressao da classe Gominante votado & realizagso da geokmatne Say dominante wokade i Qa © que distingue trabalho e reproducio social? So%o Laan eve. @ cling, SBenROa Tea de Taro das classes dominadas). Neste sentido Fm suma: todo ato de trabalho resulta em conseqiénclas que nao se li- preciso, o Estado ¢ um complexo mitam a sua finalidade imediata. Ele também possibilita o desenvolvi- social dstinto da fala das eapactdades humanas. das foreas produtvas, das relagoeg mento de ~~ a sociedade se torna cada vez mais desenvolvida ¢ oto t6rio.e complexo proceso que, fundadg Serre palho, termina dando origem a relagdes entre.os homens qu, pele oe Tiaitam ao trabalho enquanto tal, que é denominado de re. nao mai os > produgao social. produgao social. ico, social, as novas necessidades ¢ possibilidades gera. ‘gem _a novas relagGes Na esfera da reproducai das pelo trabalho vao dar or! ciais. 3p a forma de complexos So 2 a formas especiileas, como a filosofia, a arte, a religiao, a politica etc,), os su eohate crea costumes etc., s40 complexos socials que surgem para atender as novas ne. iais que se organizam Gaidades ¢ possibilidades, postas pelo trabalho, para o desenvolvimento dos homens. > Estes novos complexos soci com ele Se relacionem Con: magio da realidade para a produgao dos bens necess4rios & reprodugao ma- terial da sociedade, os uplexos sociais buscam ordenar as relacdes ee =: —~ entre os homens. Nisto eles sao radicalmente diferentes. a O que articula trabalho e reproducdo social? ASU, 3. TRABALHO E TOTALIDADE SOCIAL E possivel agora perceber em que medida os homens se distinguem da natu- reza. Ao contrério desta, a hist6ria dos homens ¢ a historia da origem ¢ de- Sezvolvimento das formas de organizagao social. Estas formas surgem st desenvolvem porque todo ato de tral dele resulta imediatamente. El histérica e, duz muito mais que o objeto que Ele produz, no plano objetivo, uma nova si 19 plano subjetivo, novos conhecimentos i ; e habilidades qu tornando cada vez mals socializados com 0 pasear aoaeeege Re cada vex mais § “oclalizados com o passar do tempo. ‘ada vez mais de I senvolvidos. E] ur conhecl sensbiidadeee, “les devem possui que nao necessitavam antes. Por exe™ plo, hi poucos séculos, saber ler € escrever era um luxo das classes dominantes, jnoje uma necessidade para qualquer um de nés. Antes, saber contar até dez era wufictente para se viver bem, hoje quem néo souber contar até os milhares (pelo menos) no saberé viver em nossa sociedade. E assim por diante... 4 { Portanto, no trabalho que os homens se constréem como seres diferentes da | natureza. £ pelo trabalho que eles nao apenas p produzem os bens necessaries | sua sobrevivénela, como ainda produzem, ao mesmo tempo, as Hovas Ne | cessidades ¢ possibilidades, as novas habilidades e conhecimentos dos indi- Viduos, que ne possibilitarao, & histéria jria caminhar em direcao : a construgao de, Sociedades cada vez mais complexas. Contudo, a sociedade de modo algum se reduz ao trabalho. Pois as proprias no- ‘as necessidades produzidas pelo Trabalho dao origem a complexos sociais que ‘no mais fazem parte do trabalho enquanto tal. Um exemplo disso sa0 a8, as classes “Blas se desenvolvem a partir das possibilidades de exploracdo do ho- mem pelo homem dadas pelo desenvolvimento das forcas produtivas (desenvol- vimento este, como vimos, que € gerado pelos novos conhecimentos, habilida- des, necessidades e possibilidades geradas no préprio trabalho). Contudo, a Juta de classes ¢ algo muito mais amplo que o trabalho, embora ra ocorra também nesta esfera. A luta de classes possui um componente politico, ideolégico, cultural, possui formas de embate social (barricadas, greves, manifestagdes piblicas, re- volugoes etc.) que, de modo algum, podem ser reduzidas ao trabalho, Assim. $¢ © trabalho distingue o homem da natureza (e, neste neste sentido, fonda 0 ser social), de modo algum podemos reduzir toda a sociedade ao trabalho. O conjunto total | das relagdes ¢ complexos socials que Compoem as sociedades em cada momento | histérieo, é denominado de totalidade social 2 Qual a relacdo entre trabalho ¢ totalidade social? Por que 0 trabalho funda o ser social, mas a sociedade nunca se reduz ao trabalho? A. TRABALHO E ALIENACAO O desenvolvimento do mundo dos homens, fundado pelo trabalho. — com 0 inevitavel aumento do conhecimento dos homens ae si préprios e da natureza ‘possibilitou, através de um proceso hist6rico que nao € possivel ser explo- {vez na hist6ria os homens “individual coletivamen- i) passaram a produzir mais do que 0 nécessério para sua sob tes nao tinha sentido escravizar alguém. Sua produgao era tao pequena que mal dava para a alimentagao do proprio individuo. Mais vantajoso era transformé-lo em comida e, por isso, durante muitos anos as socledades pri- mitivas conheceram a antropofagia. é, maior do que 4 estritamente necesséria Serer) SRM ae gn ee ue YP a escravo do dog ve devordl0._ Claro que esta trans. pristonelzo (por A de forga sobre © prisioneiro: este 86 wabalharia Sa a eS880_ Ao asalcodroton Esta transformacdo do trabalho provoca uma ruptura no seu préprio interior. Anies, o trabalho expressava a prévia ideaca ora, otraba- DEPOIS nowduon adragstn Ihador executa as ordens (prévias ideacdes) do seu. . O ato de trabalho Se. Getxa de ser algo que, do inicio ao fim, expressava uma dada necessidade (Por gigssavio exemplo, quebrar o coco), uma determinada escolha (por exemplo, construir 0 machado para quebrar 0 coco) de um individuo determinado, ~ para ser a sociedad do capital - saves cxpresséo de uma escolha feta por um individuo ¢ levada a prATERPOTOUTo, ce epralucto socal dominada (com a finalidade de dar lucro ao patrao que nao trabalhou. E o trabalhador eb expansio do capital. Esta isia o fa como resultado de uma coaca expansio se da tanto no sentido do ique executa a ordem do capital volume de riqueza acumulado, como lanica forma de o trabalhador sobreviver sob o capital é vender sua forga de : 2 - também no sentid fico do trabalho, em troca de um saldrio, ao burgués. nbém no sentido geogréfico d abalho, em troca de um salério. 2 terme; 0 capital termina por se forma basica da relagao © trabalho assalariado, portanto, nao pode deixar de ser_um trabalho allena- socal em todo o planeta como do, independente do valor do saldrio, Ele implica a submissie forcada do-tra- balhador as necessidades de reproduc4o ampliada do capital. E como as ne- Anadksolro amnclasaie 7 HOBEING cdusudo © desenvoWvimento i: | \ anotacées | | 3 3) 50 cogstalirendy 6 A FRABALD ALE LEIS ™ gyelagaton veutve suede ag shores, @ Saarorldooder, Joe anatemvan duxa ot rods askny Meek mA re ES Ae at waotiueaete gla macice den rent Amines AL sadwite Poke os | Fraune qoddrne, come BRE, come dey de tober LOGON Y catenmidods 34 se gone glossario ——__siessirio. Capital - yma ttado social que se Ceracterza pela exroniaciy da "eptoducbo que no "edu ample 2 sus balho seja cada jdade de ampliagao do capital red” Leek few aoe ‘ado hé como uma sociedade paula relacao capitalirs, iain Se eo ‘se transformar_ em wma sociedade 1 nao-alienada ~ a nag 0 assalar! en Ser, claro, que supere o proprio.capital. ser, claro, que SUpen ital requerem que 0 ? a (© que 0 capital? O que € 0 trabalho assalariado’ Em outras palavras, todo ato de trabalho nas sociedades dominadas pelo ca. beta arma jiesa € proleFaria. Pols pital € mediado pela contradigao entre as c geen . Agora, ha dois momentos distintos do trabalho que $40 exercidos por indiyj. duos diferentes, e que pertencem a distintas classes socials: ao trabalhar, ° trabalhador deixa de lado suas necessid: anto pessoa humana e se converte em instrumento para a execucdo das necessidades de outrem. Ele entra no processo produtivo enquanto uma Coisa, enquanto mera energia me- cies fa forga de trabalho Ginica a ser gasta no processo produtivo a, i onsideradas. E assim ‘Sua necessidades humanas s40 completam que o trabalho se converte em trabalho assalariado/alienado pelo capital Em resumo, nas Sociedades de classe em geral, mas em especial no sistema do capital, o trabalho se converte em um processo no qual o desenvolvimento das forcas produtivas implica, também (portanto, néo apenas), a producao da riqueza da classe dominante e da miséria dos trabalhadores. Observa-se agora um outro aspecto dessa relacao alienada entre o capital ¢ 0 trabalho, O capital se caracteriza por ser uma forma de Tiqueza produzida pelo trabalho € apropriad: Sim por individuos de uma outra classe social. Ni ferente das propriedades escravista ¢ Propriedade privada na qual a Colombo, Fernao de Magalhaes ¢ outros), ela faz surgir 0 mercado mundial. E, com a acumulagao de capital que 0 comércio mundial possibilita, a bur- guesia termina realizando a Revolucao Industrial (1776-1830) dando ori- edade industrial que se conhece. gem a 50 © que difere a reprodugdo da sociedade capitalista da reproducao das sociedades feudal e escravista? Nao € possivel deter-se na hist6ria desse desenvolvimento hist6rico. O que € importante, aqui, € sallentar que, tal como o trabalho € alienado ao capital a0 se converter em trabalho assalariado, também a reprodugao social passa por um processo de alicnacao_ao se identificar com-a-reprodugao do capt- tal. Por dois motivos. Em primeiro lugar. porque o capital s6 pode se ex pandir aumentando a exploracao dos trabalhadores e, portanto, aumentan- do a miséria. EmSegute lugar, como as necessidades da reproducao ampliada do capital nao se identificam com as necessidades humanas, cada vex mais a Sociedade produz nao 0 que as pessoas necessitam, mas o que da lucro. Ao invés dé dliminar a fome e a miséria, gasta-se trithoes de dola- res fabricando bombas atémicas e realizando guerras! Assim, a producdo ampliada do capital € cada vez mais a a producao _ampliada de desumanida- des, de alienacées, pelo préprio homem. Por que a reproducao ampliada do capital se identifica, hoje, com a pro- duo crescente de desumanidades pelo proprio homem? NOVAMENTE TRABALHO E TOTALIDADE SOCIAL Q} Res umMio Os homens, portanto, se relacionam com a natureza através do trabalho. Con- tudo, diferente do que ocorre com os animals € as plantas, com os homens a ‘Felacao com a natureza através do trabalho termina produzindo muito mals do que a finalidade imediata do trabalho. Ao produzir um machado, o homem iambém est produzindo possibilidades e necessidades que s40 muito mais amplas ¢ ricas que o proprio machado, Para atender a estas novas necessida-_ des a partir das novas possibilidades a sociedade vai desenvolvendo suas for-» {gas produtivas, suas capacidades, enquanto sociedade, para atender as novas exigencias para a sua reprodugao social. E, ao mesmo tempo, este desenvolvi- mento social possibilita e requer o desenvolvimento dos préprios indWviduos| mio dos individuos € um momento do pro, enquanto tais. Este desenvolvi ess0 mais global de desenvolvimento da sociedade como win todo. £ assim que, do trabalho, se desenvolve 0 rico processo de reprodugao social. Para atender a8 novas necessidades segundo as novas possibilidades. o de- senvolvimento social origina complexos socials novos, diferenciadi 40 mais podem ser caracterizados enquanio trabalho, ainda que tenham a sua origem € sé ¥élacionem de algum modo com ele. as produtivas, nao apen, 8 Se te volvimM e) au ue, desenve ‘enquanto tal. Este desenvolvimento também > assim trabalho enquanto ioe ™ Con, vimento do. juelas que se fundam na exploracao go home, anotacées desenvol jades de classe, aque’as ' Mem Guz as socied ead reproduzirem, exigem a Presenca de ing, pelo homem. Estas se s, como o Estado, 0 Direito. a policia, o exércitg, a5 tp. meros complexos soc! a aes social impor_avs trabalhadores 6 domnigi~ a ‘tem pi ae z cia etc., que s de classe, por exe ree ee enie, Do mesmo modo, as lutas de POF exemplo, deter Classe domin: de Uho alienacd ‘ada dida a forma que assume o trabalho © em cada ecg | pam em larga - nao podem ser caracterizadas como trabalho, tudo, hist6rica e, cont roposta por Marx, nada tem a ver eg nee Coral 9 trabalho € a categoria que fy, estas concepcoes. Par: in mundo dos homens como uma esfera disiita 3 aa ie como categoria fundante significa apenas e tag... ee to 0 ee funda 0 mundo dos homens. Contudo, a reprodugsg tire a historia, apenas € possivel pela génese € desenvoivimenty Seuss ea Gas een enquanto tal. Pois, como 9 ere oe trabalho nao ¢ apenas a relagao do homem com a natureza, mas também 4 Telagdo dos homens entre si no contexto da reprodugao social, © seu desen. volvimento exige o desenvolvimento concomitante (ainda que coniraditério) BS prprinsrelagdes socials. E esias, por Sta vez, precisam da medliacag complexos como a ideologia, a filosofia, a arte, educacdo, a sexiialidade, a alimentacéo, 0 Estado, 0 Direito, a politica ete.. para citar apenas alguns. ic Por is80 que afirmar a centralidade do trabalho, para Marx, desconsiderar a acdo na historia x Tio, apenas sendo, em Ultima anAlisi ‘omplexos socials distintos dot consubstanciando 0 complexo processo de desenvolvimento dos homens que € a reproducio social, - 0 Se comparado com a natureza: ser um complex 20 qual a centralidade : i oemn sein net arma peta criagdo ao tngo di le! balho. E ntificam com o trabalho. } /é este conjunto de caracteristicas que fazem o ser social algo tao radicalmente ae { aistinto da nature \ ais RererENCIAS BIBLIOGRAFICAS MARX. K. 0 Capital, Vol. I, Tomo I, Capitulo V, Sao Paulo: Abril Cult 1983. MARX. K. Manuscritos de 1844 ( II Manuscrito). Os Pensadores. Sao Paulo: Abril Cultural, 1978. DY 184.5. 4 Ootate de Lukes Banta: 1998, MACEDO, G. Servigo Social ¢ a categoria trabalho. Dissertacdo de Mestrado em. Servico Social, UFPE, 1999. ALCANTARA, N. A categoria do estranhamento em Lukées. Dissertagio de Mestrado em Servigo Social, UFPB, 1998. LUKACS, G. Per una Ontologia dell'Essere Sociale. Roma: Ed. Rinnitl, 1976, 1981 HUBERMAN, L. Histéria da riqueza do homem., Rio de Janeiro: Forense. 22" ed. MARX, K. Salério, preco e Jucro. Textos, vol. Ill. Sao Paulo: Ed, Socials. Alfa- ‘omega, 1997, 1995. ENGELS, F. A orfgem da familia, da propriedade privada e do Estado. Sao Paulo: Civilizagao Brasileira, 1989. 5¢ ed, % MESZAROS, |. O conceito de alienacao em Marx. Rio de Janeiro: Zahar, 1980. AVAUAGAO # ms Por que o trabalho é a categoria fundante do mundo dos homens se, neste mundo, existem varios complexos sociais que nao pertencem a categoria tra- balho? (Tamanho maximo do trabalho: uma lauda)

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