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Atividade 1: Cabeamento estruturado e Configuração da rede:

Número do grupo: _______________


Nome e número dos componentes do grupo:
Nome: _______________________________ Número: ______________
Nome: _______________________________ Número: ______________
Nome: _______________________________ Número: ______________
Nome: _______________________________ Número: ______________

1. OBJETIVOS:

- Identificar os tipos de cabos do laboratório (cabos coaxiais, cabos de par


trançado e cabos de fibra óptica);
- Conhecer os subsistemas de cabeamento estruturado;
- Conhecer a estrutura funcional da norma 568B;
- Cabeamento horizontal e vertical;
- Criar um cabo de par trançado direto para os padrões T568-A ou T568-B
para conexão de uma estação de trabalho ao hub ou switch;
- Criar um cabo de par trançado cruzado para os padrões T568-A e T568-B
para conexão de uma estação de trabalho a outra estação de trabalho ou de
hub para hub;
- Usar um testador de cabo para testar a continuidade de um cabo direto ou
cruzado e se estes cabos estão ou não com defeito;
- Configurar a rede usando os sistemas operacionais Windows e Linux;
- Criar uma LAN simples com dois computadores, usando um único cabo
para conectar os computadores;
- Criar uma LAN simples com dois computadores, usando um hub ou switch e
dois ou mais cabos para conectar os computadores;
- Usar o utilitário ifconfig (Linux) e o ipconfig (Windows) para verificar todas
as definições da configuração IP;
- Usar o utilitário ping no Linux e no Windows para testar a conexão da rede
entre dois computadores.
2. INTRODUÇÃO:

2.1. Cabo coaxial:

Os cabos coaxiais são constituídos de 2 condutores ao redor de um eixo comum, separados


por um material dielétrico (não condutor) como pode ser visto na figura 1. Eles possuem
largura de banda em torno de 1GHz e proteção contra interferência eletromagnética maiores
que a maioria dos cabos UTP e STP, no entanto, sua utilização está praticamente restrita ao
uso de sistemas de TV à cabo e sistemas de segurança.

Figura 1: Cabo coaxial.

Os cabos coaxiais têm suas especificações baseadas nas características de construção


chamadas Padrões RG (Radio Grade), que definem o diâmetro e tipo de condutor central
(se sólido ou flexível), porcentagem da cobertura da malha externa (80% ou 90%) e
composição do dielétrico externo. No mercado existem os cabos coaxiais do tipo RG6
(aplicações de vídeo, sistemas de segurança e sistemas de TV à cabo) e do tipo RG8 (para
redes locais) que está sendo substituído pelos cabos de par trançado.

Os cabos coaxiais para redes locais podem ser de dois tipos de acordo com a norma IEEE
802.3, que podem ser o 10BASE2 e 10BASE5.

2.1.1. 10BASE2:

Esses cabos também conhecidos como cabos coaxiais finos ou thinnet, são usados em redes
Ethernet para cabeamento horizontal com as seguintes características:
- Segmento máximo de 185m;
- Impedância de 50Ω
- A rede pode ser expandida em no máximo 5 segmentos com 4 repetidores (925m)
2.1.2. 10BASE5:

Esses cabos também conhecidos como cabos coaxiais grossos ou thicknet, são usados em
redes Ethernet para cabeamento vertical com as seguintes características:
- Segmento máximo de 500m;
- Impedância de 50Ω
- A rede pode ser expandida em no máximo 5 segmentos com 4 repetidores (2500m)

2.2. Cabo de fibra óptica:

As Fibras ópticas são guias de onda dielétricos que são utilizados para guiar a luz. Pode ser
utilizada em aplicações que exigem imunidade de interferências elétricas (diafonia e EMI
como ocorre no par trançado) e é ideal para altas taxas de transmissão, como transmissões
multimídia em tempo real. A fibra óptica pode ser vista na figura 2.

Figura 2: Fibra óptica.

Existem dois tipos de cabos de fibra óptica:


- Fibra multimodo: são fibras que possuem múltiplos modos de propagação, transmitem a
luz por meio do led e são usadas em transmissão de dados em curtas distâncias (em torno
de 2 Km).
- Fibra monomodo: são fibras que possuem um único modo de propagação, transmitem luz
por meio do laser e são usadas em transmissões de dados em longa distância (em torno de
40 km ou mais).
2.3. Cabo de par trançado:

Há alguns anos a rede feita com cabo de par trançado vem substituindo as redes construídas
com cabos coaxiais de 50Ω, devido principalmente a facilidade de manutenção, pois com o
cabo coaxial é muito ruim de gerenciar uma rede com esse tipo de cabeamento usando a
topologia em barramento, pois se houver um mau contato ou qualquer problema com as
conexões em algum ponto da rede o problema deve refletir em todas as máquinas da rede, o
que não acontece em uma rede com topologia estrela usando o cabo de par trançado.

Outro motivo é a vantagem de se atingir maior taxa de transferência podendo trabalhar não
somente a 10 Mbps, mas também a 100 Mbps (Fast Ethernet) ou até 1000 Mbps (Gigabit
Ethernet).

O nome de cabo de par trançado é devido aos pares de fios se entrelaçarem por toda a
extensão do cabo, evitando assim interferências externas, ou do sinal de um dos fios para o
outro, como pode ser visto na figura 3.

Figura 3: Cabo de par trançado.

Existem 3 tipos de cabos de par trançado usados no mercado:


- Cabo de par trançado não blindado UTP CAT 5;
- Cabo de par trançado não blindado UTP CAT 5e;
- Cabo de par trançado não blindado UTP CAT 6.
3. NORMAS PARA CABEAMENTO ESTRUTURADO

As principais normas para cabeamento estruturado são editadas pela EIA/TIA (Electronic
Industries Alliance/Telecommunication Industry Association) que são responsáveis pela
manutenção e possível melhoramento das mesmas. Como a EIA e TIA são membros da
ANSI (American National Standards Institute), é comum se utilizar ANSI/EIA/TIA. As
normas usadas para cabeamento em edifícios comerciais são as normas ANSI/EIA/TIA
568B e 568A e seus adendos.

3.1. Subsistemas de cabeamento estruturado

A norma ANSI/EIA/TIA 568B define 7 subsistemas básicos mostrados na figura 4, cada


um responsável por uma área específica do cabeamento estruturado:
- Acesso ao prédio;
- Sala de equipamentos;
- Cabeamento vertical;
- Sala de telecomunicações;
- Cabeamento horizontal;
- Área de trabalho;
- Administração.

Figura 4: Subsistemas da norma EIA/TIA 568B.


3.1.1. Cabeamento vertical

O Cabeamento vertical (backbone) fornece a interligação entre as salas de


telecomunicações, as salas de equipamentos e as instalações de entrada. Ele consiste
dos cabos que interligam a sala de telecomunicações ao cross-connect principal e
aos intermediários, que pode ser visto na figura 5.

Figura 5: Estrutura funcional da norma 568B.

Os meios de transmissão normalizados para o cabeamento vertical são:


- Cabo de par trançado não blindado (UTP) de 100Ω, sendo 800 m para voz (máximo) e
100 m para dados (máximo);
- Cabo de par trançado blindado (STP) de 100Ω, sendo 700 m para voz (máximo) e 100 m
para dados (máximo);
- Fibras ópticas multímodo 62.5/125um ou 50/125um, com uma extensão de 2000 metros
(máximo);
- Fibras ópticas monomodo (3km no máximo).
3.1.2. Cabeamento Horizontal

O cabeamento fornece a interligação entre a área de trabalho e os cross-connects


(patch panels ou blocos de conexão) na sala de telecomunicações. Ele inclui os
cabos horizontais, as tomadas na área de trabalho, a terminação mecânica e os patch
cables localizados na sala de telecomunicações e na área de trabalho. Na figura 6 é
são vistas as distâncias permitidas para o cabeamento horizontal:

Figura 6: Distâncias para o cabeamento horizontal.

3.2. Padrões de ligação para cabos de par trançado UTP Categoria 5/5e:
Os conectores devem ser RJ45 com 8 pinos configurados conforme a norma 568A ou
568B, mostrados nas tabelas 1 e 2.

Tabela 1: Cabeamento T568-A conforme norma EIA/TIA 586A (Para 10BaseT


e 100BaseT, cabo sem blindagem – UTP)

Pino Par Função Cor


1 3 Recepção (+Rx) Branco/verde
2 3 Recepção (-Rx) Verde
3 2 Transmissão (+Tx) Branco/laranja
4 1 Não usado Azul
5 1 Não usado Branco/azul
6 2 Transmissão (-Tx) Laranja
7 4 Não usado Branco/marrom
8 4 Não usado Marrom
Tabela 2: Cabeamento T568-B conforme norma EIA/TIA 586B (Para 10BaseT
e 100BaseT, cabo sem blindagem – UTP)

Pino Par Função Cor


1 2 Transmissão (+Tx) Branco/laranja
2 2 Transmissão (-Tx) Laranja
3 3 Recepção (+Rx) Branco/verde
4 1 Não usado Azul
5 1 Não usado Branco/azul
6 3 Recepção (-Rx) Verde
7 4 Não usado Branco/marrom
8 4 Não usado Marrom

3.2.1. Cabo direto de par trançado não blindado Categoria 5/5e:

Esse é um cabo "direto" de 4 pares (de 8 fios), o que significa que as cores dos
fios no pino 1 em uma extremidade do cabo será a mesma do pino 1 na outra
extremidade. O pino 2 será igual ao pino 2 e assim por diante. Ele será conectado
aos padrões TIA/EIA-568-B ou A para 10BaseT/100BaseT, que determina o fio que
ficará em cada pino.

3.2.2. Cabo cruzado de par trançado não blindado Categoria 5/5e:

Esse é um cabo "cruzado" de 4 pares (de 8 fios), o que significa que os pares 2 e 3
em uma extremidade do cabo serão invertidos na outra extremidade. Ele será
conectado aos padrões TIA/EIA-568-B e A para 10BaseT/100BaseT que determina
o fio que ficará em cada pino. As pinagens serão T568-A em uma extremidade e
T568-B na outra. Todos os 8 condutores (fios) devem terminar com conectores
modulares RJ45.

3.2.3. Procedimentos para conectorização dos plugues RJ45:

1. Decapar a capa externa do cabo cerca de 20 mm;


2. Posicionar os pares de condutores lado a lado, com o cuidado de não misturar os
fios entre si. Seguir a ordem mostrada nas tabelas 1 e 2;
3. Destorcer os pares expostos e posicionar os condutores, conforme as cores pré-
determinadas pela TIA/EIA 568, de acordo com a figura 7.
Figura 7: Padrões de conectorização.

4. Cortar as pontas dos condutores expostos de forma que os condutores fiquem


paralelos entre si, de acordo com a figura 8.

Figura 8: Decapagem do cabo UTP.

5. Inserir o cabo no conector com a trava voltada para baixo. Certificar que os
condutores estão nas posições corretas e totalmente inseridos no conector nas
respectivas cavidades. A capa externa do cabo UTP deve ser inserida até a entrada
dos condutores nas cavidades dos contatos, conforme a figura 9.

Figura 9: Cabo com conector RJ45.


6. Inserir o conector no alicate de crimpar mantendo-o devidamente posicionado e
“crimpar” firmemente, como mostrado na figura 10.

Figura 10: Alicate de crimpagem.

7. Cuidado: o conector pode ser crimpado somente uma vez, não permitindo uma
segunda tentativa. Após a crimpagem, certifique se os condutores estão bem
crimpados e a capa do cabo esteja presa firmemente.

4. CONFIGURAÇÃO DA REDE:
A rede no laboratório será configurada de acordo com os equipamentos, cabos e materiais
existentes no laboratório, podendo ser configuradas as topologias em barramento e estrela,
porém, será priorizada a configuração da topologia em estrela, usando os cabos de pares
trançado, computadores, hubs e switches.

4.1. Uso dos Utilitários de rede:

Os sistemas operacionais oferecem vários utilitários que permitem verificar dados de uma
rede TCP/IP. Você pode utilizá-los para configurar uma rede ou diagnosticar problemas.

4.1.1. Ipconfig

Para verificar as configurações de endereço IP de uma máquina conectada à rede, o sistema


operacional Windows usa o utilitário IPCONFIG (ver figura 11).
Figura 11: Ipconfig no Windows.

4.1.2. Ping

Para testar a conexão de rede, utilize o utilitário PING.

O que o ping faz é enviar pacotes (unidades de dados da camada de rede), do computador
origem até o computador destino, em geral são enviados 4 pacotes, se esses 4 pacotes
enviados do computador origem forem retornados, isso significa que a conexão da rede está
boa, ou seja, não houve perda entre a transmissão e recepção. Esse utilitário é muito
utilizado para testar a conexão entre computadores em uma Rede Local (LAN) ou em
Redes de Longa Distância (teste entre o provedor de acesso e o computador que está
requisitando o serviço da Internet). Na figura 12 é feito um ping de um computador
localizado de qualquer lugar do mundo para a página da Mauá.

Figura 12: ping no Windows.


5. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS:

- 2 cabos de par trançado de 2 metros de comprimento (cabo direto e cabo


cruzado) Categoria 5e por grupo (2 alunos);
- 4 conectores RJ45;
- Alicate de cortar e crimpar os cabos;
- Testador dos cabos de par trançado direto ou cruzado;
- Hubs e switches;
- Patch panel;
- Rack;
- Computadores Pentium com placas de rede equipados com os sistemas
operacionais Windows e Linux.
6. QUESTÕES PARA SEREM RESPONDIDAS EM GRUPO
(Entregar na semana seguinte à realização do laboratório):

Número do grupo: _______________


Nome e número dos componentes do grupo:
Nome: _______________________________ Número: ______________
Nome: _______________________________ Número: ______________
Nome: _______________________________ Número: ______________
Nome: _______________________________ Número: ______________

1. Qual o tipo de cabo coaxial que foi mostrado no laboratório? Em quais redes
pode ser usado esse tipo de cabo visto em laboratório? Redes Locais ou
CATV? Cabeamento horizontal ou vertical? Qual o tipo de placa de rede é
usada com esse tipo de cabo? Quais os conectores que devem ser usados
para a rede funcionar? Qual a topologia que usa esse tipo de cabo? Essa
topologia ainda é usada em redes locais? Justifique.
2. Qual o significado de 10Base2 ou 10Base5?
3. Qual o tipo de cabo de par trançado foi usado em laboratório? Qual a
categoria desse cabo? Qual a topologia usada com esse cabo? Qual o tipo de
conector que foi usado para crimpar o cabo?
4. Em um cabo de par trançado, como são minimizados os efeitos de
interferência eletromagnética e Next? Explique.
5. Quais os tipos de cabos de fibra óptica existentes? Quais as aplicações para
cada tipo de cabo?
6. Em uma rede de 10Mbps, quantos pares do cabo de par trançado são usados?
7. Esquematize e explique quais os subsistemas de cabeamento estruturado que
foram usados desde sala de equipamentos até a sala de telecomunicações do
laboratório (sala H-108b). Esquematize também o cabeamento vertical e
horizontal.
8. Em uma rede de 10Mbps, qual o comprimento máximo dos segmentos? E
em uma rede 100Mbps?
9. Qual foi o cenário de configuração de rede usada no laboratório? Qual foi o
endereço de rede usado? Qual foi o endereço IP usado na máquina usada
pelo grupo?
10. Qual o tipo de utilitário que verifica o endereço IP configurado no Windows?
E no Linux?
11. Qual o tipo de utilitário usado para testar a conexão entre dois computadores
na rede em Windows? E no Linux? Qual a particularidade de tamanhos de
pacotes e funcionamento desse utilitário em cada sistema operacional?

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