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PPQ Qualificação Glo e Comum
PPQ Qualificação Glo e Comum
012
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
PROGRAMA-PADRÃO DE INSTRUÇÃO
DE QUALIFICAÇÃO DO CABO E DO SOLDADO-
INSTRUÇÃO DE GARANTIA DA LEI E DA ORDEM E INSTRUÇÃO COMUM
2ª Edição
2019
EB70-PP-11.012
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
PROGRAMA-PADRÃO DE INSTRUÇÃO
DE QUALIFICAÇÃO DO CABO E DO SOLDADO-
INSTRUÇÃO DE GARANTIA DA LEI E DA ORDEM E INSTRUÇÃO COMUM
2ª Edição
2019
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I. INTRODUÇÃO
SEM OBJETIVOS
BEM DEFINIDOS,
SOMENTE POR ACASO
CHEGAREMOS A
ALGUM LUGAR.
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1-2
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1.1 FINALIDADE 1.4 TEMPO ESTIMADO
A finalidade deste Programa-Padrão (PP) é regular a Instrução Individual de Operações a. O período desenvolver-se-á em duas semanas de instrução de forma contínua.
de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) do Período de Qualificação. As semanas 9 e 10 serão destinadas à Instrução e a semana 11 à execução do
Adestramento.
1.2 OBJETIVOS DO PERÍODO
b. O tempo estimado para o período obedece às seguintes condicionantes:
a. Objetivos Gerais.
1) semanas 9 e 10 - REGIME NORMAL;
1) capacitar o soldado a ser empregado em Operações de GLO.
- 36 horas semanais de atividade diurna (oito horas de 2ª a 5ª feira e quatro
2) desenvolver o valor moral dos instruendos. horas na 6ª feira) e oito horas noturnas (duas horas diárias de 2ª a 5ª feira);
b. Objetivos Parciais. - deverá ser priorizada, nestas duas semanas, a instrução teórica, com foco
1) manter a formação do caráter militar do soldado. na correção de detalhes individuais;
3) adquirir conhecimentos específicos indispensáveis ao soldado. - 36 horas semanais de atividade diurna (oito horas de 2ª a 5ª feira e quatro
horas na 6ª feira) e 16 horas noturnas (quatro horas diárias de 2ª a 5ª feira);
4) obter reflexos na execução de técnicas e táticas individuais de combate para as
Operações de GLO. - nesta semana será executado o Adestramento Básico. A instrução deverá
ser eminentemente prática, coroando o período;
5) desenvolver habilitações técnicas necessárias.
3) o número de horas de instrução noturna poderá ser alterado de acordo com
6) obter padrões adequados de ordem unida. o planejamento de cada Organização Militar (OM); e
7) manter o desenvolvimento da capacidade física do soldado. 4) o emprego das horas destinadas aos Serviços de Escala deverá ser
otimizado no sentido de contemplar, além das atividades de serviços de escala
1.3 AVALIAÇÃO propriamente ditas, as relativas à manutenção do aquartelamento, recuperação
da instrução de Armamento, Munição e Tiro, a disposição do comando e outras
A avaliação da instrução será feita de acordo com os Objetivos Individuais de Instrução
atividades de natureza conjuntural imposta à OM.
(OII). O instrutor avaliará a eficiência de sua ação, considerando o desempenho do
militar na execução das tarefas, dentro das condições estipuladas, tendo em vista a c.Tendo em vista os recursos disponíveis na OM, as características e o nível de
consecução do padrão mínimo requerido. aprendizagem dos instruendos, bem como outros fatores que porventura possam
interferir no desenvolvimento da instrução, poderá o Comandante (Diretor ou
O êxito da instrução evidencia-se quando todos os militares atingem, plenamente,
Chefe) de OM alterar as previsões das cargas horárias das matérias discriminadas
todos os OII previstos.
no presente PP.
Para isso, o instrutor deve acompanhar o desempenho dos OII de sua matéria. Durante
1.5 VALIDAÇÃO DO PP
o desenvolvimento do período de Instrução Individual de Qualificação (IIQ), utilizará, para
avaliar a aprendizagem do instruendo, a Ficha de de Controle da Instrução Individual de O presente Programa-Padrão de Instrução pretende constituir-se em um sistema
Qualificação e GLO (FIQ/GLO). Nessa ficha, serão registrados pelo instrutor os resultados autorregulado de treinamento militar, isto é, será reajustado em decorrência
da avaliação do desempenho do militar em relação aos OII indicados no programa. das observações realizadas durante a sua execução. Para isso, o Comando de
Operações Terrestres (COTER) manterá o Sistema de Validação dos Programas-
O militar alcançará a situação de “Habilitado para o emprego em Operações de GLO”
Padrão de Instrução (SIVALI-PP) com os objetivos de:
se atingir todos os OII constantes da FIQ/GLO referentes à GLO.
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a. coletar dados relativos à aplicação dos PP nas OM;
- Como bem definido, o padrão mínimo é o “mínimo” que o militar tem de saber.
Deverá ser verificada a disponibilidade de tempo e de meios para definir a amplitude
dos assuntos a serem ministrados, a fim de cumprir todo o PP.
- Todos os OII constantes do PP deverão ser executados. Alguns OII deverão ser
cumpridos por determinados tipos de OM (por exemplo, as OM de Polícia do Exército
(PE) atirarão de Metralhadora de Mão). Caso a OM possua o material ou a necessidade
de cumprir determinado OII, poderá fazê-lo desde que não contrariem normas específicas.
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2.1 FICHA DA INSTRUÇÃO INDIVIDUAL DE QUALIFICAÇÃO/GLO 2.2 OBSERVAÇÃO DO INSTRUENDO
FIQ/GLO OBSERVAÇÃO DO INSTRUENDO
Nº NOME: Nº NOME:
OM: SU: FRAÇÃO: OM: SU: FRAÇÃO:
IMPORTANTE: a soma dos tempos destinados à instrução militar ultrapassa a disponibilidade, obrigando a Direção da Instrução priorizar as instruções mais
importantes para a sua realidade de emprego e privilegiar a preparação para os exercícios previstos para o ano de instrução em pauta, considerando, ainda, que
as semanas nove e dez deverão ser destinadas à teoria, com o foco maior na preparação individual e que a semana 11, Período de Adestramento Básico (PAB/
GLO) deverá ser destinada à prática.
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V.INSTRUÇÃO
INSTRUÇÃOINDIVIDUAL
INDIVIDUALDE
DEQUALIFICAÇÃO
QUALIFICAÇÃO
INSTRUÇÃO DE GLO
5.1 MATÉRIAS
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1. Apresentação do arma-
- Identificar as características
mento e da munição não letal:
principais do armamento da OM.
a. designação;
Identificar, corretamente, as - Descrever o efeito dos tiros dos
Conhecer as principais ca- Exemplares de todos os armamentos b. calibre;
Q-101 características principais dos armamentos da OM.
racterísticas do armamento e das munições não letais deverão c. emprego; e
( HT) armamentos e da munição não - Demonstrar o conhecimento das
e da munição não letal. ser expostos. d.principais características
letal. características dos armamentos e
e efeitos.
das munições.
2. Dotação por fração da OM.
3.Tiro
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3. Processos usados na
revista de pessoal.
4. Prisão em flagrante,
tratamento do preso e amparo
legal da prisão.
Serão simulados diversos inciden- - Citar as finalidades da prisão. 5. Constituição do Brasil:
tes com revista de pessoal e/ou Demonstrar, na execução da tare- - Relacionar a prisão e o tratamento Art. 5º ao 17.
Q-103 grupo de: homem, mulher, idoso, fa, uma atitude impessoal, firme dos presos ao êxito nas ações
Revistar pessoal e executar 6. Programa Nacional dos
(TE) adolescente, criança, portador de e enérgica sem, no entanto, contra as Forças Oponentes.
uma prisão. Direitos Humanos.
deficiência, índio, etc, em ambiente infligir maus tratos aos presos ou - Citar os direitos humanos em 7. Estatuto da Criança, do
urbano e/ou rural. desrespeitar os direitos humanos. cada caso/situação. Adolescente e do Idoso.
8. Mecanismos para coibir
a violência contra a mulher.
9. Crimes de tortura,
genocídio, resultantes de
preconceitos, etc.
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2. Patrulhas:
a. conceituação;
- Citar as características gerais b. tipos;
da organização das patrulhas. c. organização;
Q-102 Identificar os tipos de pa- Apresentar os tipos de patrulhas Identificar os tipos de patrulha, de - Citar os objetivos principais e d. equipamento e arma-
(AC) trulhas e suas missões. e as suas missões específicas. acordo com a missão recebida. as missões mais comuns atribuí- mento;
das às patrulhas. e. objetivos;
f. missões; e
g. processos de infiltra-
ção e exfiltração.
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Desenvolver, manter ou
Q-101 De acordo com o previsto no Manual Atingir os padrões preconizados De acordo com o previsto no EB20- De acordo com os previstos
recuperar a condição física
(CF) de Campanha EB20-MC-10.350 - no EB20-MC-10.350. -MC-10.350. no EB20-MC-10.350.
total do militar.
Treinanmento Físico Militar (TFM).
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VI - INTRODUÇÃO
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6.1 FINALIDADE 10) Aprimorar reflexos na execução de Técnicas e Táticas Individuais de Combate.
2) Formar o Cabo e o Soldado, habilitando-os à ocupar cargos previstos de uma 2) Criação de Hábitos (CH) - os hábitos significam disposição permanente à
determinada QMP e de uma QMG na U/SU. execução de determinados procedimentos adequados à vida militar. Os hábitos serão
obtidos e consolidados por meio da repetição de procedimentos. Esse trabalho será
3) Formar o Reservista de Primeira Categoria (Combatente Mobilizável). executado durante todo o ano de instrução.
4) Prosseguir no desenvolvimento do valor moral dos Cabos e Soldados. 3) Obtenção de Padrões de Procedimento (OP) - os padrões de procedimento
5) Prosseguir no estabelecimento de vínculos de liderança entre comandantes (em são definidos pelo conjunto de ações e reações adequadas ao militar, diante de
todos os níveis) e comandados. determinadas situações. Os padrões corretos caracterizam-se por produzirem a
perfeita integração do militar às atividades da vida diária do quartel.
b. Objetivos Parciais.
4) Aquisição de Conhecimentos (AC) - deve ser entendida como a assimilação
1) Completar a formação individual do Soldado e formar o Cabo. de conceitos, ideias e dados necessários à formação do militar. Este objetivo será
atingido por intermédio da ação dos instrutores e monitores, durante as sessões de
2) Aprimorar a formação do caráter militar dos Cabos e Soldados. instrução. Ele será consolidado pela prática.
3) Prosseguir na criação de hábitos adequados à vida militar. 5) Desenvolvimento de Habilitações Técnicas (HT) - as habilitações técnicas
correspondem aos conhecimentos e às habilidades indispensáveis ao manuseio de
4) Prosseguir na obtenção de padrões de procedimentos necessários à vida militar.
materiais bélicos e à operação de equipamentos militares.
5) Continuar a aquisição de conhecimentos necessários à formação do militar e ao
6) Obtenção de reflexos na execução de Técnicas Individuais de Combate (TE)
desempenho de funções e cargos específicos das Qualificação Militar Geral (QMG)
- uma técnica individual de combate caracteriza-se por um conjunto de habilidades
e Qualificação Militar Particular (QMP).
militares que proporcionam a consecução de um determinado propósito, de forma
6) Aprimorar os reflexos necessários à execução de técnicas e táticas individuais vantajosa para o combatente. Para ser desenvolvida ou aprimorada, não há necessidade
de combate. de se criar uma situação tática (hipótese do inimigo, variações do terreno e imposições
de tempo).
7) Desenvolver habilitações técnicas que correspondam aos conhecimentos e
às habilidades indispensáveis ao manuseio de materiais bélicos e a operações de 7) Obtenção de reflexos na execução de Táticas Individuais de Combate (TA) -
equipamentos militares. uma tática individual de combate caracteriza-se por um conjunto de procedimentos,
ou mesmo técnicas individuais de combate, que respondem a uma situação em
8) Aprimorar os padrões de Ordem Unida obtidos na Instrução Individual Básica que se tem uma missão a cumprir e um inimigo (terrestre ou aéreo) a combater,
( IIB) . sendo consideradas as variações do terreno e o tempo disponível. As atividades de
instrução, voltadas para este objetivo parcial, deverão aumentar, progressivamente,
9) Prosseguir no desenvolvimento da capacidade física do combatente.
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a capacidade de cada instruendo para solucionar os problemas impostos por situações a conhecimentos, habilidades e atitudes.
táticas diferentes e cada vez mais difíceis.
4) As matérias constituem as áreas de conhecimentos e de habilidades
8) Obtenção de padrões de Ordem Unida (OU) - por meio da OU, obtêm-se necessárias à Qualificação do Cabo e do Soldado.
padrões coletivos de uniformidade, sincronização e garbo militar. A OU constitui-se
numa demonstração da situação da disciplina militar, isto é, da situação de ordem e de 5) Os assuntos relativos a cada matéria são apresentados de forma sequenciada.
obediência existentes em determinada OM. Por ela, pode-se avaliar o desenvolvimento Tanto quanto possível, as matérias necessárias à formação do Cabo e do Soldado,
de alguns atributos dos militares integrantes da tropa que a executa, tais como, o para a ocupação de cargos afins, foram reunidas de modo a permitir que a instrução
entusiasmo profissional, a cooperação e o autocontrole. possa vir a ser planejada para grupamentos de militares que, posteriormente, serão
designados para o exercício de funções correlatas.
9) Capacidade Física (CF) - O desenvolvimento da capacidade física visa a habilitar
o indivíduo para o cumprimento de missões de combate. É obtida pela realização do 6) A habilitação de pessoal para cargos exercidos no âmbito de uma guarnição,
TFM de forma sistemática, gradual e progressiva. Também concorrem para esse objetivo equipe ou grupo, exige um tipo de treinamento que se reveste de características
atividades como as pistas de aplicações militares, as marchas a pé e os acampamentos especiais, uma vez que se deve atender aos seguintes pressupostos:
e bivaques, que aumentam no indivíduo a rusticidade e a resistência, qualidades que
a) tornar o militar capaz de executar, individualmente, as atividades diretamente
possibilitam ao indivíduo “durar na ação” em situações de desgaste e de estresse.
relacionadas às suas funções dentro da guarnição, equipe ou grupo;
6.3 ESTRUTURA DA INSTRUÇÃO
b) tornar o militar capaz de integrar a guarnição, a equipe ou o grupo, capacitando-o
a. Características. a realizar as suas atividades funcionais em conjunto com os demais integrantes
daquelas frações; e
1) O programa de treinamento constante deste PP foi elaborado a partir de uma
análise descritiva de todos os cargos a serem ocupados por Cabos e Soldados, nas c) possibilitar ao militar condições de substituir, temporariamente, quaisquer
diversas QMG/QMP. Portanto, as matérias, os assuntos e os objetivos propostos componentes da guarnição, da equipe ou do grupo.
estão intimamente relacionados às peculiaridades dos diferentes cargos existentes.
Desses pressupostos, decorre que a instrução relacionada a cargos exercidos
2) A instrução do Curso de Formação de Cabos (CFC) e Curso de Formação de dentro de uma guarnição de peça, de carro de combate ou de Viatura Blindada de
Soldados (CFSd) compreende: Transporte de Pessoal (VBTP), de equipamentos (ou materiais), dentro de um grupo
possível, para ser ministrada em conjunto, a todos os integrantes dessas frações.
a) matérias comuns a todas QMG/ QMP;
7) As sugestões para objetivos intermediários são apresentadas como um
b) matérias peculiares, destinadas a habilitar o Cabo (Cb) e Soldado (Sd) a ocupar elemento auxiliar para o trabalho do instrutor. A um assunto pode corresponder
determinados cargos e a desempenhar funções específicas, dentro de sua QMP; e um ou vários objetivos intermediários. Outros objetivos intermediários poderão ser
estabelecidos além daqueles constantes deste PP.
c) o desenvolvimento de atitudes e habilidades necessárias à formação do Cb e do
Sd para o desempenho de funções específicas. O Comandante da Subunidade é o orientador do instrutor da matéria, na
determinação dos objetivos intermediários a serem atingidos.
3) A instrução comum e a instrução peculiar compreendem:
8) Os OII relacionados aos conhecimentos e às habilidades correspondem aos
a) um conjunto de matérias; comportamentos que o militar deve evidenciar, como resultado do processo ensino
aprendizagem a que foi submetido no âmbito de determinada matéria. Uma mesma
b) um conjunto de assuntos integrantes de cada matéria;
matéria compreende um ou vários OII. Um OII relacionado a conhecimentos ou
c) um conjunto de sugestões para objetivos intermediários; e habilidades compreende:
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a) a tarefa a ser executada, que é a indicação precisa do que o militar deve ser 5) Planejar a utilização de áreas e meios de instrução, de forma a garantir uma
capaz de fazer ao término da respectiva instrução; distribuição equitativa pelas Subunidades ou órgãos correspondentes.
b) a condição ou as condições de execução que indica(m) as circunstâncias ou 6) Organizar os militares da OM, de modo a permitir a compatibilidade da
situações que são oferecidas ao militar, para que ele execute a tarefa proposta. instrução do Efetivo Variável (EV) com a do Efetivo Profissional (EP).
Essa(s) condição(ões) deve(m) levar em consideração as diferenças regionais e as
características do militar; e c. Ação do Cmt SU ou Cmt Gpt Instr
c) o padrão mínimo a ser atingido, que determina o critério da avaliação do O Cmt de Subunidade (ou correspondente) será o chefe de uma equipe de
desempenho individual. instrutores. Deverá, por meio de ação contínua, exemplo constante e devotamento
à instrução, envidar todos os esforços necessários à consecução dos padrões
Os Comandantes de Subunidades e Instrutores continuarão apreciando o mínimos exigidos nos OII e nos objetivos da área afetiva.
comportamento do militar em relação aos atributos da Área Afetiva considerados
no Programa-Padrão de Instrução Individual Básica (EB70-PP-11.011), ao longo da d. Métodos e Processos de Instrução
fase de instrução.
1) Os elementos básicos que constituem o PP são as MATÉRIAS, as TAREFAS,
6.4 DIREÇÃO E CONDUÇÃO DA INSTRUÇÃO os OBJETIVOS INTERMEDIÁRIOS e os ASSUNTOS.
b. Ação do S3. 4) Em relação a cada uma das matérias, o instrutor deverá adotar os seguintes
procedimentos:
1) Realizar o planejamento inicial da Instrução, de acordo com o preconizado
no SIMEB, no PIM e nas diretrizes e/ou ordens dos escalões enquadrantes. a) analisar os assuntos e as sugestões de objetivos intermediários, procurando
identificar a relação existente entre eles. Os assuntos e as sugestões de objetivos
2) Coordenar e controlar a instrução na OM, a fim de que os militares alcancem intermediários são poderosos auxiliares da instrução. Os objetivos intermediários
os OII, de forma harmônica, equilibrada e consentâneo com os prazos e com as fornecem uma orientação segura sobre como conduzir o militar para o domínio dos
diretrizes dos escalões superiores. OII. Desse modo, tornam-se pré-requisitos para esses OII.
3) Providenciar a elaboração de testes, fichas, ordens de instrução e de outros b) Estabelecer, para cada OII, aquele(s) que deverá(ão) ser executado(s)
documentos. pelos militares, individualmente ou em equipe. Analisar, também, as condições de
execução, de forma a poder torná-las aplicáveis no período de avaliação.
4) Providenciar a organização dos locais de instrução e de outros meios
auxiliares, necessários à uniformização das condições de execução e de consecução
dos padrões mínimos previstos nos OII.
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5) Todas as questões levantadas quanto à adequação das “condições dentro da QMP, que frequentavam no CFC, para que, ao final da Fase, sejam
de execução” e dos “padrões mínimos’’ deverão ser levadas ao Comandante da qualificados com os Soldados e considerados mobilizáveis. Os Soldados engajados
Unidade, a fim de que ele, assessorado pelo S3, decida sobre as modificações a permanecerão nas QM em que já haviam sido qualificados.
serem introduzidas no planejamento inicial.
6.5 AVALIAÇÃO
6.7 CLASSIFICAÇÃO
a. Dos OII relacionados a conhecimentos e habilidades.
Os militares aprovados no CFC serão relacionados, no âmbito da Unidade, por
A avaliação da instrução será feita de acordo com os OII. O instrutor avaliará a QMP, em ordem decrescente do grau obtido na avaliação específica realizada no
eficiência de sua ação, considerando o desempenho do militar na execução das término do curso. Na relação, figurarão também os candidatos já aprovados nos anos
tarefas, dentro das condições estipuladas, tendo em vista a consecução do padrão anteriores e, ainda, não promovidos, com os graus obtidos no curso de formação. A
mínimo requerido. classificação prevalecerá até o final do curso seguinte, quando será organizada uma
nova relação.
O êxito da instrução evidencia-se quando todos os militares atingem, plenamente,
todos os OII previstos. 6.8 PROMOÇÃO
Para isso, o instrutor deve acompanhar o desempenho dos OII de sua matéria. A promoção à graduação de Cb é da responsabilidade do Cmt, Ch ou Dir da OM
Durante o desenvolvimento do período de Instrução Individual Básica, utilizará, para e será feita de acordo com as vagas existentes e a legislação em vigor.
avaliar a aprendizagem do instruendo, a FIQ. Nessa ficha, serão registrados, pelo
instrutor, os resultados da avaliação do desempenho do militar em relação aos OII 6.9 DESABILITAÇÃO PARA CONCORRER À PROMOÇÃO A CABO
indicados no programa. Serão desabilitados a concorrer à promoção a Cb os militares que:
b. Da Avaliação específica do CFC. a. concluíram o CFC com aproveitamento e solicitaram, mediante requerimento
deferido pelo Cmt, Ch ou Dir de OM, o desrelacionamento.
1) A avaliação específica do CFC tem função classificatória e, somente, será
aplicada aos militares deste curso que conquistaram todos os OII previstos na FIQ. b. não concluíram o CFC com aproveitamento por:
2) Esta avaliação deverá ser essencialmente prática, voltada para a verificação 1) falta de aproveitamento em todos os OII da FIQ;
da consecução dos OII previstos na FIQ, e poderá ser utilizado um ou mais tipos de
provas (prática - oral - escrita), dependendo da natureza da QMP e dos cargos para 2) ultrapassar o limite de 72 pontos perdidos por falta às atividades de instrução.
os quais o militar está sendo formado. O grau da avaliação específica será atribuído Os pontos perdidos serão computados, considerando um ponto por sessão de
em uma escala de zero a dez. instrução, em caso de falta justificada, e três pontos em caso de falta não justificada.
Para efeito de contagem de pontos perdidos, o número máximo de sessões de
6.6 QUALIFICAÇÃO E HABILITAÇÃO instrução a ser computado por dia de trabalho será de sete;
a. Ao final do CFC e CFSd, os militares considerados aprovados serão 3) capacidade física abaixo dos padrões preconizados na Diretriz para
qualificados (ou requalificados, se soldados engajados) nas Qualificação Militar Treinamento Físico Militar e sua Avaliação;
(QM) em que foram matriculados.
4) cometer falta grave, devidamente comprovada, que os tornem incompatíveis
b. O militar reprovado no CFC deverá ser avaliado pelo Diretor do Curso em à promoção a Cabo ou que comprometa o regime disciplinar a que estão sujeitos;
relação a sua habilitação para o desempenho das funções de soldado da QM que
5) ingressar no comportamento Insuficiente; e
frequentou, e designado para uma função de Soldado.
6) possuir Caráter Militar inadequado.
No decorrer do CFC, os elementos, por qualquer motivo, desligados retornarão
à instrução individual de qualificação ministrada aos Soldados, sempre que possível
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6.10 TEMPO ESTIMADO 6.13 OBSERVAÇÕES IMPORTANTES SOBRE O PP
a. A carga horária estimada para o período é de 360 horas de atividades diurnas, a. Este PP regula a formação dos militares nas QMG/QMP, relativas aos cargos
distribuídas da seguinte maneira: previstos nas Normas Reguladoras da Qualificação, Habilitação, Condições de
1) 120 horas diurnas destinadas à Instrução Comum; Acesso e Situações das Praças do Exército, em vigor.
2) 168 horas diurnas destinadas à Instrução Peculiar; e b. Os cargos de Cb/Sd para os quais são exigidas habilitações específicas,
definidos nas normas supramencionadas, deverão ser ocupados por militares
3) 72 horas destinadas aos Serviços de Escala. qualificados e que tenham participado de um Treinamento Específico (Tr Epct).
b. O emprego das horas destinadas aos Serviços de Escala deverá ser otimizado c. O Tr Epcf é determinado e estabelecido pelos Cmt, Ch e/ou Dir OM, e
no sentido de contemplar, além das atividades de serviços de escala propriamente constitui-se na prática, acompanhada e orientada, de uma atividade com a finalidade
ditas, as relativas à manutenção do aquartelamento, recuperação da instrução de de habilitar as praças para o desempenho de cargos previstos nos Quadros de
Armamento, Munição e Tiro, à disposição do Comando e outras atividades de natureza Organização (QO) ou no exercício de um trabalho específico, nas respectivas OM,
conjuntural imposta à OM. que exijam esse tipo de Habilitação Especial.
c. A Direção de Instrução, condicionada pelas servidões impostas por alguns dos d. Esse pode coincidir, no todo ou em parte, com as atividades da Capacitação
OII da FIQ, deverá prever atividades noturnas com carga horária compatível com a Técnica e Tática do Efetivo Profissional (CTTEP) e não possui, normalmente,
consecução destes OII, por parte dos instruendos. PP específico e tempo de duração definidos. O início e o término, bem como o
d. Tendo em vista os recursos disponíveis na OM, as características e o nível de resultado da atividade, julgando cada militar “APTO” ou “INAPTO” para o cargo,
aprendizagem dos militares, bem como outros fatores que porventura possam interferir serão publicados no Boletim Interno (BI) da OM.
no desenvolvimento da instrução, poderá o Comandante, Chefe ou Diretor da OM e. As sugestões para Objetivos Intermediários, os Assuntos e a Carga Horária
alterar as previsões de carga horária discriminada no presente PP, mas mantendo da matéria são “Sugestões”. Cabe à Equipe de Instrução definir a melhor maneira
sempre a prioridade para o CFC. de se atingir o padrão mínimo estabelecido.
6.11 VALIDAÇÃO DO PP f. Caso a OM necessite privilegiar determinado(s) OII em detrimento de outro(s),
O presente Programa-Padrão de Instrução pretende constituir-se em um sistema deverá fazê-lo na carga horária.
autorregulado de treinamento militar, isto é, será reajustado em decorrência das g. A Equipe de Instrução poderá juntar diferentes OII, inclusive de matérias
observações realizadas durante a sua execução. Para isso, o COTER manterá o diferentes. Algumas dessas situações já são propostas nas Condições. Outras
Sistema de Validação dos Programas-Padrão de Instrução (SIVALI-PP) com os poderão ser feitas de acordo com a criatividade e a disponibilidade de tempo.
objetivos de:
h. A direção de instrução, caso julgue necessário e tenha condições de executar,
a. coletar dados relativos à aplicação dos PP nas OM; poderá determinar que alguns OII sejam cumpridos à noite, nas tardes de sexta-
b. diagnosticar a necessidade de introdução imediata de correções no PP; e feira ou em dias sem expediente.
c. determinar o nível de eficiência e de eficácia da Instrução Militar. i. A carga horária, definida como “noturna”, poderá ser modificada a critério
da direção de instrução. Algumas são impositivas, pois devem atender às normas
6.12 ESTRUTURA DO PP específicas, como, por exemplo, o tiro noturno.
- O PP está organizado de modo a reunir, tanto quanto possível, a instrução 6.14 NORMAS COMPLEMENTARES
prevista para um cargo ou conjunto de cargos afins de uma mesma QMP. Esta
instrução corresponde a uma ou mais matérias. Os conteúdos de cada matéria são As normas fixadas neste PP serão complementadas:
assuntos que a compõem. Para cada assunto, apresenta-se uma ou mais sugestão
(ões) de objetivo(s) intermediário(s), com a finalidade de, apenas, orientar o instrutor. a. pelo SIMEB e PIM do COTER; e
Um conjunto de assuntos pode corresponder a um ou mais OII. b. pelas Diretrizes, Planos e Programas de Instrução baixados pelos Grandes
Comandos, Grandes Unidades e Unidades.
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7.1 FICHA DA INSTRUÇÃO INDIVIDUAL DE 7.2 APRECIAÇÃO FINAL DA FASE DE IIQ
QUALIFICAÇÃO/INSTRUÇÃO COMUM
FIQ APRECIAÇÃO FINAL DA IIQ
Nr: NOME:
Concluiu o CFSd
OM: SU: FRAÇÃO: com aproveitamento
SIM NÃO
Padrão Padrão Padrão
Identifi- Mínimo Identifi- Mínimo Identifi- Mínimo
Alcançado Alcançado Alcançado Está em condições de Deve ser observado durante o
cação cação cação
ser qualificado Solda- SIM Período de Adestramento, para
SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO SIM
do posterior qualificação como
Soldado
Concluiu o CFC
com aproveitamento
SIM NÃO
O tempo estimado é uma sugestão. O Comandante poderá alterá-lo de acordo com as necessidades e especificidades de sua OM.
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X.INSTRUÇÃO
INSTRUÇÃOINDIVIDUAL
INDIVIDUALDE
DEQUALIFICAÇÃO
QUALIFICAÇÃO
INSTRUÇÃO COMUM
10.1 Matérias
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1. Fuzil:
- TIA; e
- TCB.
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2. Pistola: continuação
(Cotn)
i. IPT e TIP; e
j. TIB
- Realizar as sessões TIB.
- Aplicar as técnicas e os procedi-
TIB - executar os TIB da - Aplicar as normas de segurança
mentos para a execução do tiro.
Q-106 Pst. (Militares previstos Executar os tiros previstos nas - Obter os índices de suficiência no estande.
( HT conforme IGTAEx). IGTAEx. - Realizar a manutenção da Pst
previstos no Módulo Didático
(antes e após a realização do tiro
do TIB.
previsto).
Obs: os militares que deverão realizar o tiro de Pst constam da IGTAEX; e caso a OM possua disponibilidade de munição, os militares não dotados que cursam o CFC ou que ocupam funções
que necessitem portar este armamento poderão realizar o TIB.
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3. Mudanças adotadas no
Para o combate à baioneta, O militar deverá executar, - Demonstrar os procedimentos combate à baioneta:
Q-102 corretamente, a mudança de
mudar de posição e de realizados para mudar de posição. a. mudança de posição; e
(TE) posição e de frente.
frente. b. mudança de frente.
- Demonstrar as operações a
Q-103 O militar deverá executar,
Realizar a pontada a fundo serem realizadas durante a 4. Pontada a fundo e
(TE) O instrutor deverá organizar os corretamente, a pontada a fundo
e o arrancamento. realização de pontada a fundo arrancamento.
militares em grupos, armados e o arrancamento.
e para o arrancamento.
com fuzil e baioneta e dispostos
em local amplo.
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- Demonstrar as operações a
Q-108 Realizar a pancada hori- O militar deverá executar, corre- 9. Pancada horizontal.
serem realizadas para a pancada
(TE) zontal. O instrutor deverá organizar os tamente, a pancada horizontal. horizontal.
militares em grupos, armados
com fuzil e baioneta e dispostos
em local amplo.
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1. Exploração rádio:
- Executar as normas básicas para a. alfabeto fonético interna-
Em instrução em sala de aula, os transmissão de uma mensagem cional;
Acertar o alfabeto fonético interna-
Q – 101 Identificar as regras para instruendos travarão contato e rádio; e b. contramedidas eletrôni-
cional, associando os fonemas às
exploração rádio. praticarão as diversas regras para - Utilizar o alfabeto fonético inter- cas; e
letras do alfabeto.
exploração rádio. nacional. c. prescrições rádio.
2. Transmissão de uma men-
sagem simples.
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5. Utilização do equipamento
- Impermeabilizar um equipamento
rádio em operações:
Em instrução na sala de aula, os Os instruendos deverão imper- rádio.
a. impermeabilização;
Preparar um equipamento instruendos aprenderão como meabilizar corretamente os equi- - Preparar um equipamento rádio
Q – 104 b. acondicionamento para
rádio para operações. impermeabilizar e transportar os pamentos rádio e acondicioná-los para transporte.
transporte; e
equipamentos em operações. para transporte. - Acondicionar de forma a não
c. procedimentos para não
denunciar o radioperador ou o Cmt.
denunciar os operadores.
- Preparar o material.
Em instrução na sala de aula, os - Preparar a documentação para
Os instruendos deverão saber pre- a operação. 6. Radioperador do Pelotão
Exercer a função de ra- instruendos aprenderão as missões
Q – 105 parar o material e a documentação - Codificar a documentação. (Pel):
dioperador do grupo ou do radioperador do Pelotão, escalão
para uma ação de comandos. - Executar procedimentos de a. missões; e
pelotão. ou grupo.
segurança. b. preparação do material.
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11. VALORES, DEVERES E ÉTICA MILITARES - Instrução Comum TEMPO ESTIMADO DIURNO: 6 h
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11. VALORES, DEVERES E ÉTICA MILITARES - Instrução Comum TEMPO ESTIMADO DIURNO: 6 h
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2. Atualidade:
- Identificar os principais proble- a. situação atual da socie-
A compreensão deve ser mas sócio-econômicos da res- dade brasileira (principalmente
evidenciada, escrita ou pectiva área. local);
verbalmente, por meio da - Identificar as ações do Estado b. problemas locais da
ligação entre a destinação Brasileiro na busca de soluções sociedade e a ação do Es-
Compreender o papel do A compreensão deve ser de-
Q-102 constitucional do EB, as condições para esses problemas. tado Brasileiro na busca de
EB nos conflitos sociais da monstrada na sequência ou ao
(AC) atuais da sociedade brasileira - Identificar a responsabilidade soluções;
respectiva área. final da instrução sobre o assunto.
(principalmente, local) e os do EB, em face da possibilida- c. participação do EB
fatos veiculados, recentemente, de de evolução dos problemas em ações complementares e
pela mídia (principalmente, as locais para situações de conflito de GLO; e
regionais). entre os diversos componentes d. situações de conflito
da sociedade. entre componentes da so-
ciedade.
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