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O CONTEXTO DA EXPANSÃO MARÍTIMA

A FORMAÇÃO
OS INTERESSES O
DO ESTADO
DA BURGUESIA MERCANTILISMO
MODERNO
O MERCANTILISMO E A COLONIZAÇÃO

A
O EXPLORAÇÃO
O METALISMO
COLONIALISMO (ÁFRICA, ÁSIA
E AMÉRICA)
O PERÍODO “PRÉ-COLONIAL”

RELATIVO ABANDONO

EXPEDIÇÕES

EXTRAÇÃO DO PAU-BRASIL
A EXPEDIÇÃO DE MARTIM AFONSO

A SITUAÇÃO
FINANCEIRA
DE
PORTUGAL

A CRIAÇÃO
DAS
CAPITANIAS

AS CARTAS
DE FORAL E
DOAÇÃO
PERIODIZAÇÃO DA HISTÓRIA DE PE

PERNAMBUCO
IMPERIAL

PERNAMBUCO PERNAMBUCO
COLONIAL REPUBLICANO
A FORMAÇÃO DA AMÉRICA PORTUGUESA

A Expansão
Marítima

Martim
O
Afonso de
Mercantilismo
Souza

O relativo O Sentido da
abandono Colonização
A CAPITANIA DE PERNAMBUCO

CONTEXTO ADMINISTRAÇÃO
A FORMAÇÃO DE
DE DUARTE
(XV/XVI) PERNAMBUCO
COELHO

AS ATIVIDADES A MÃO DE OBRA


AGRÍCOLAS ESCRAVA
DIVISÃO ATUALIZADA
PERNAMBUCO COLONIAL: A OCUPAÇÃO DO TERRITÓRIO

As disputas
territoriais

As tensões
O Etnocídio entre Nativos e
Portugueses

O Genocídio
A CAPITANIA DE PERNAMBUCO
❑ O litoral do que viria a ser a capitania de Pernambuco, muito provavelmente, já
havia sido visitado por navegantes a serviço de Castela antes mesmo do
achamento oficial do Brasil.

❑ Posteriormente, foi alvo de incursões francesas em busca de pau-brasil.

❑ Em 9 de março de 1534, Duarte Coelho recebeu em Évora a doação de uma das


15 capitanias criadas pelo rei Dom João III como prêmio pelo importante papel
nas campanhas militares e diplomáticas dos portugueses no extremo Oriente,
onde participou diretamente na tomada de Malaca em 1511.
A CAPITANIA DE PERNAMBUCO
❑ Sua capitania compreendia toda a terra entre a boca sul do Canal de Santa Cruz
(que separa a Ilha de Itamaracá do continente) e a margem esquerda do Rio São
Francisco (bem como suas águas e ilhas).

❑ Precisamente às margens do Canal de Santa Cruz, Cristóvão Jacques havia


fundado duas feitorias (em 1516 e 1526), em cujas proximidades se fizeram as
primeiras experiências na produção açúcar. Estas feitorias foram alvo do ataque
dos franceses em várias ocasiões.
DUARTE COELHO

A RELAÇÃO
A CAPITANIA DE PE OS COM OS
A NOVA LUSITÂNIA DOCUMENTOS GRUPOS
LOCAIS
A CAPITANIA DE PERNAMBUCO
❑ Um ano após a doação, o capitão donatário desembarcou com um grupo de
colonos e os materiais necessários para o início efetivo da ocupação de sua
capitania.

❑ Após fundar a vila de Igaraçu no extremo norte de sua jurisdição, lançou as


bases da ocupação de Olinda, que viria a ser a capital da sua Nova Lusitânia,
desalojando um entrincheiramento de franceses no topo de uma colina
confrontante ao Oceano.

❑ O porto da localidade situava-se seis quilômetros ao sul, no local onde surgiria a


povoação do Recife
DUARTE COELHO: BIOGRAFIA

GOVERNA ATÉ
1553 E DEIXA A
CAPITANIA PARA
ENRIQUECEU SUA ESPOSA
COM NEGÓCIOS (BRITES) E
NA ÁFRICA E CUNHADO
MILITAR ÁSIA
PORTUGUÊS (JERÔNIMO)
DUARTE COELHO

A LUTA CONTRA
OS GRUPOS EFICIÊNCIA
ÍNDIOS, PIRATAS
LOCAIS ADMINISTRATIVA
E FRANCESES

AJUDA DE
A DEDICAÇÃO À
JERÔNIMO DE
CAPITANIA
ALBUQUERQUE
DUARTE COELHO

“O DONATÁRIO, PORÉM, ERA UM SUJEITO SÉRIO. NÃO SE COMPORTOU COMO SEU


CUNHADO JERÔNIMO, O “ADÃO PERNAMBUCANO”, QUE NO SEU TESTAMENTO
DECLARARIA SER PAI DE 24 FILHOS: OITO COM A ÍNDIA TABIRA, OU MARIA DO
ESPÍRITO SANTO, SUA PRIMEIRA MULHER; ONZE COM A SEGUNDA, D. FELIPA DE
MELO; E MAIS CINCO AVULSOS, AFORA OS MUITOS QUE NÃO ASSUMIU OU DOS
QUAIS NEM TOMOU CONHECIMENTO. DUARTE SÓ PROCRIOU COM A ESPOSA, D.
BRITES DE ALBUQUERQUE, TENDO COM ELA DOIS MENINOS, DUARTE E JORGE, E
UMA MENINA, INÊS, QUE CASOU MUITO NOVA COM JERÔNIMO MOURA E MORREU
TRAGICAMENTE, NA MESMA SEMANA QUE O MARIDO E O FILHO RECÉM-NASCIDO.”
TRECHO DO ESPECIAL DO DIARIO DE PERNAMBUCO
DUARTE COELHO

FUNDAÇÃO DA VILA DOS SANTOS COSME


DAMIÃO (IGARASSU)

A FUNDAÇÃO DE OLINDA

A VOLTA PARA PORTUGAL E OS DESGASTES


COM O REI
A CAPITANIA DE PERNAMBUCO
❑ Duarte Coelho apostou suas fichas na extração de pau-brasil e no agronegócio
de exportação do açúcar, recusando-se em mais de ocasião a atender os apelos
da coroa pela busca de metais preciosos.
❑ Ainda durante sua vida foram fundados e moeram os primeiros engenhos de
açúcar.

❑ Entre as primeiras unidades produtoras estava a do cunhado de Coelho,


Jerônimo de Albuquerque, elemento essencial no estabelecimento de acordos
com os grupos indígenas do entorno de Olinda.

❑ Albuquerque amancebou-se com muitas mulheres indígenas, logrando a vasta


descendência mestiça que lhe valeu o epíteto de “Adão Pernambucano”.

❑ Na busca por investimentos e apoios para a capitania, Duarte Coelho viajou


duas vezes ao Reino, falecendo na corte em 1554, agastado com a recusa do
rei Dom João III em lhe receber no paço
A CAPITANIA DE PERNAMBUCO
❑ A época Duartina merece ainda um destaque especial: pela primeira vez na
história moderna do continente americano, uma mulher assumiu as rédeas de um
governo: Dona Brites de Albuquerque, esposa de Duarte Coelho, que governou
a terra nas ausência do marido e depois de seu falecimento.
❑ Aparece referida nos poucos documentos de época que se conservaram como
“capitoa”.
❑ O sucessor de Duarte Coelho, Jorge de Albuquerque Coelho, ampliou a área de
presença europeia atacando os grupos indígenas entre área da Várzea do
Capibaribe e a foz do rio São Francisco.

❑ O massacre das populações nativas abriu espaço para a instalação de mais


engenhos de açúcar.
❑ Dos cinco registrados em 1542, passa-se a 23 em 1570, 66 em 1583 e 99 em
1612.
❑ A boa conjuntura internacional favoreceu o boom açucareiro pernambucano, que
superou a produção da Ilha da Madeira em quantidade e qualidade.
Nascida em Portugal em 1517, filha do
Conde de Penamacor, Brites de
Albuquerque veio ainda jovem para
Pernambuco junto com seu marido Duarte
Coelho Pereira e seu irmão Jerônimo de
Albuquerque para comandar a capitania de
Pernambuco. Chegando a Pernambuco em 9
de março de 1535, Brites, já casada com
Duarte Coelho, tinha 18 anos de idade, e teve
a incumbência de dar o toque feminino à
organização da capitania que seu marido
havia recebido.
A CAPITANIA DE PERNAMBUCO
❑ Durante cerca de vinte anos, Dona Brites contribuiu com seu marido, chegando a
assumir o comando da capitania quando Duarte Coelho viajava, até que em 1554
ele voltou em definitivo para Portugal para tratar de uma doença e veio a óbito.

❑ Com a morte de Duarte Coelho e a juventude de seus filhos Duarte de


Albuquerque Coelho e Jorge de Albuquerque Coelho, que foram estudar na
Europa, Dona Brites assumiu o comando da capitania de Pernambuco em 1554
ficando até 1561

❑ Com a volta de Duarte de Albuquerque Coelho, que assume o posto até 1571,
devolvendo o comando a Dona Brites, que ficara no posto até 1575 quando
devolveu a Duarte de Albuquerque Coelho, depois com a morte deste, o
comando de Pernambuco ficou nas mãos de Jorge de Albuquerque Coelho.
A CAPITANIA DE PERNAMBUCO
❑ Dona Brites de Albuquerque permaneceu até 1584 em Pernambuco, quando veio
a óbito, mas teve papel essencial no desenvolvimento da capitania, que se tornou
uma das mais prósperas do Brasil.

❑ Além de acompanhar seu marido e orientar seus filhos, pegou no batente quando
exerceu a função de governante em Pernambuco, pacificando a região e
mantendo a ordem e a paz na capitania que sua família recebeu.

❑ O povoamento de Igarassu, de Olinda e de Recife tiveram a contribuição direta


de Brites de Albuquerque
PRINCIPAIS VILAS DA CAPITANIA DE PERNAMBUCO
❑ A localidade denominada Sirinhaém, foi fundada em primeiro de julho de 1627
com o nome de Vila Formosa de Sirinhaém, pelo quarto donatário da Capitania
de Pernambuco, Duarte de Albuquerque Coelho.

❑ A vila é descrita como opulenta e notável no passado, sendo a monocultura do


açúcar, que contava com 75 engenhos de fabricação, sua principal atividade
econômica
PRINCIPAIS VILAS DA CAPITANIA DE PERNAMBUCO
❑ A localidade de Goiana surgiu no século XVI num território ocupado por nativos
caetés e potiguares.

❑ Tornou-se freguesia em 1568, obtendo o estatuto de Vila em 15 de janeiro de


1685, quando também obtém a Cabeça de capitania, que antes estava em
Itamaracá, mesmo que tivesse recebido a Câmara daquela Capitania em
algumas ocasiões anteriores, como destaca a historiografia.

❑ Sobre isso, Luciana de Carvalho Barbalho afirma:


PRINCIPAIS VILAS DA CAPITANIA DE PERNAMBUCO

“Como se tratava de uma capitania donatarial, cujo donatário estava em Portugal, e


que era governada por capitães-mores, os quais, muitas vezes, não tinham pulso
para administrá-la, a Câmara Municipal como “cabeça da capitania” de Itamaracá,
em várias ocasiões, tomava as resoluções das contendas, ou promovia levantes
para atingir seus próprios interesses. Até 1685, a única vila da capitania era Nossa
Senhora da Conceição, sendo Goiana uma freguesia sob a jurisdição daquela, mas
quando Goiana tornou-se vila, iniciou-se a disputa pela localização da Câmara,
acarretando, assim, a disputa pela sede da capitania. Ser “cabeça da capitania”
dava privilégios maiores para a vila sede. Se a Câmara tinha jurisdição sobre o seu
termo, a “cabeça da capitania” além de controlar seu termo, ainda podia fiscalizar os
outros e a atuação das outras Câmaras Municipais.”
PRINCIPAIS VILAS DA CAPITANIA DE PERNAMBUCO
❑ Em 20 de novembro de 1709, perde o estatuto de Vila e a Cabeça de Capitania
volta para Itamaracá.

❑ Segundo Sebastião de Vasconcellos Galvão, Goiana teria sido feita vila


novamente em 1711, mas sem retomar a Cabeça de Capitania.

❑ O mesmo autor fala que tal condição se encerraria em 1713, com nova perda do
caráter de Vila.

❑ Segundo Manoel da Costa Honorato, Goiana perdera apenas a Cabeça de


Capitania em 1709, sem perder a Câmara, ou seja, continuava sendo Vila, tendo
recebido um Ouvidor em 1742.
PRINCIPAIS VILAS DA CAPITANIA DE PERNAMBUCO
❑ Tomando-se a documentação do Conselho Ultramarino (Projeto Resgate Barão
do Rio Branco), podemos encontrar diversos documentos que reforçam a opinião
de Manoel da Costa Honorato, mas com dados contraditórios.

❑ Um documento de 23 de maio de 1703 faz apresenta Goiana ora como lugar, ora
como povoação, quando os dois autores acima citados consideravam Goiana já
como Vila.

❑ A opinião de Honorato sobre a continuidade da Vila de Goiana é salientada por


inúmeros documentos posteriores à 1711, nos quais é comum a referência à Vila
de Goiana e aos seus camaristas.
PRINCIPAIS VILAS DA CAPITANIA DE PERNAMBUCO
❑ Segundo Tacia Santiago de Melo, Igarassu se tornou vila (sendo a primeira vila
de Pernambuco, inclusive) em 1535, fundada por Afonso Gonçalves, ordenado
por Duarte Coelho.

❑ A vila de Igarassu também foi conhecida como Vila de São Cosme e Damião ou
"Vila de Cosmos", segundo o relato de Gabriel Soares de Souza.

❑ Sua população seria conhecida por ter uma condição mais humilde, que difere
da rica vila de Olinda. Sua Geografia é de terreno baixo e plano, com ligeiras
ondulações
PRINCIPAIS VILAS DA CAPITANIA DE PERNAMBUCO
❑ Olinda foi fundada pelo primeiro donatário de Pernambuco, Duarte Coelho
Pereira.

❑ Sua chegada a localidade em 9 de março de 1535 é o princípio da povoação.

❑ Ao se instalarem na região entraram em conflito com os índios Caeté, porém


receberam auxílio da tribo dos Tabajaras para defender suas posições e
proporcionar a colonização de parte da Capitania de Pernambuco.

❑ A denominação da localidade também já foi conhecida como Marim, porém com


o desenvolver do lugar foi se aderindo a nomeação de Olinda.

❑ Sendo que no ano de 1537, El-Rei D. João III eleva à categoria de vila e
freguesia, por seguinte em 12 de março do mesmo ano foi firmado o foral da
Câmara de Olinda.
PRINCIPAIS VILAS DA CAPITANIA DE PERNAMBUCO
❑ A Vila de Olinda sofreu diversas invasões neerlandesas durante o século XVII,
além disso ocorreu a ocupação e domínio batavo sob a localidade entre 1630 e
1654.

❑ Porém junto a evacuação holandesa, a vila foi posta em chamas.

❑ Após a restauração de Olinda aos poderes da Coroa portuguesa, a vila alcançou


a categoria de cidade em 1676, por nomeação honrosa de D. Pedro II.

❑ A criação do bispado local remonta ao mesmo ano de elevação a cidade.

❑ E até o ano de 1710, Olinda viveu um período de opulência.


PRINCIPAIS VILAS DA CAPITANIA DE PERNAMBUCO

O conflito entre as vilas de Olinda, os


mazombos, e de Recife, os mascates,
causou a decadência de Olinda como
centro de influência e poder devido a
mudança de todos os negócios públicos e
reais para Recife.
PRINCIPAIS VILAS DA CAPITANIA DE PERNAMBUCO
❑ Recife, em seus primórdios, era uma povoação constituída de pescadores que
tinha suas atividades fortemente vinculadas à Vila de Olinda e às atividades
portuárias, denominada então de arrecife dos navios.

❑ Deu-se a invasão holandesa em 1630 (após uma frustrada primeira tentativa, em


1624, na Bahia), decorrente das vantagens econômicas que poderiam ser
atingidas pela Companhia Holandesa das Índias Ocidentais no nordeste
brasileiro, e nomeou-se o Conde João Maurício de Nassau a administrador geral
do Brasil-Holandês em 1637.
PRINCIPAIS VILAS DA CAPITANIA DE PERNAMBUCO
❑ Após crise financeira da Companhia, devido à queda no preço do açúcar, em
1645 o território foi reconquistado pelos portugueses.

❑ Segundo carta régia de 19 de novembro de 1709, Recife foi elevada a vila,


derivando-se a Guerra dos Mascates que pôs em conflito a Vila de Olinda e a Vila
de Recife.

❑ Há, no arquivo histórico ultramarino, alvará do rei D. Felipe II sobre a fortificação


de Recife em 1607 e consulta do Conselho Ultramarino ao rei D. João IV quanto
à recuperação do território pelos portugueses, datada de 1645
Perspectiva da antiga Vila do Recife, Pe. Fonte: Caetano, J. 1759.
PRINCIPAIS VILAS DA CAPITANIA DE PERNAMBUCO
❑ A Vila de Nossa Senhora da Conceição, na Ilha de Itamaracá, foi fundada
como Cabeça da Capitania de Itamaracá logo no início da sua conquista, sendo
sua criação, segundo Manoel da Costa Honorato, em 21 de janeiro de 1535.

❑ Sua ocupação se dá no contexto dos conflitos entre portugueses e franceses,


com uma disputa entre Martim Afonso de Souza e Jean Duperet, comandante do
navio La Pelerine, sendo este último desalojado naquele momento.

❑ Sendo uma donataria, pertenceu originalmente a Pero Lopes de Souza, irmão do


citado Martim Afonso de Souza, tendo sido doada para o Conde de Monsanto,
Dom Luiz de Castro, em 1617.
PRINCIPAIS VILAS DA CAPITANIA DE PERNAMBUCO
❑ Em 1633, foi ocupada pela WIC (Companhia das Índias Ocidentais).

❑ Após a sua retomada pelos portugueses, a mesma Capitania foi entregue a Dom
Luiz de Castro Atahyde e Souza, em 1693.

❑ Antes, disso, em 1685, através da Provisão Régia de 15 de janeiro, a Cabeça de


Capitania passou de Nossa Senhora da Conceição para Goiana, tendo retornado,
contudo, em 1711 para a ilha.
PERNAMBUCO COLONIAL

ECONOMIA (XVI/XIX)

SOCIEDADE & CULTURA (XVI/XIX)

POLÍTICA (XVI/XIX)
RESOLUÇÃO DE
QUESTÕES
QUESTÃO 1 IAUPE
Coube ao empreendimento açucareiro a ocupação do litoral da América
Portuguesa, ao menos em parte considerável da área compreendida entre as
Capitanias de Pernambuco e São Vicente. Já a ocupação dos sertões, durante
o período colonial, da atual Região Nordeste, está ligada
A) às Fazendas de Gado.
B) à Exploração do Café.
C) ao Desenvolvimento Industrial.
D) à Extração do Látex.
E) à Cultura do Algodão.
QUESTÃO 2 IAUPE
“No seu conjunto, tal movimento de ocupação de terras ditas “virgens” ou innabitadas,
erroneamente, levado a efeito por sergipanos, alagoanos e paulistas, não se enquadra na versão
idealizada que canta a marcha heroica de bravos indômitos bandeirantes investindo sobre os
sertões, como paladinos da construção territorial do país. E, menos ainda, confirma a versão que
vê no índio o recurso de mão-de-obra voluntária e “culturalmente” adequada ao trabalho.” (Pecuária,
Alimentos e Sistemas Agrários no Brasil (Séculos XVII E XVIII) LINHARES, Maria Yedda Leite Linhares, 2000.)
Em relação à ocupação do Brasil Colonial, assinale a alternativa CORRETA.
A) As fazendas de gado se caracterizavam pela natureza livre do trabalho nelas realizado por
negros alforriados e índios.
B) A escravidão não teve curso na liberdade que seria o apanágio do trabalho de vaqueiros e
peões, sendo esta uma das razões dos poucos escravos encontrados nos sertões.
C) Os índios, inadaptados ao trabalho sedentário da agricultura da cana-de-açúcar, teriam
aceitado facilmente viver no latifúndio da pecuária.
D) A ocupação dos sertões sanfranciscano e pernambucano, possibilitando a formação de vastos
e sucessivos latifúndios, se deveu exclusivamente à monocultura do algodão.
E) A ocupação das vastas áreas identificadas como sertões se deu com o extermínio das
populações indígenas, com dimensões de genocídio, na medida em que avançavam as
fazendas de gado.
QUESTÃO 3 IAUPE
O início da colonização lusa em terras da América portuguesa ficou restrito às
áreas litorâneas onde se construíram entrepostos comerciais, geralmente
fortificados, cujo objetivo era o de centralizar o comércio dos produtos locais
para o reino. A questão se refere
A) às Alfândegas.
B) às Feitorias.
C) aos Faróis.
D) à Zona Comercial.
E) aos Mercados.
QUESTÃO 4 IAUPE
As primeiras mudas de cana-de-açúcar chegaram à América portuguesa, trazidas da
ilha da Madeira, por Martim Afonso de Sousa, em 1533. Todavia, foi na região que
hoje se chama Nordeste, especialmente na capitania de Pernambuco, que a
economia açucareira se estabeleceu. Durante dois séculos, o açúcar formou a base
da economia colonial, sendo o principal produto de exportação dessa colônia
lusitana. Além do açúcar, assinale a alternativa CORRETA que contém outros
produtos de exportação do Brasil Colônia.
A) Fumo, Seda e Escravos.
B) Escravos, Café e Ouro.
C) Ouro, Açúcar e Mandioca.
D) Mandioca, Café e Seda.
E) Fumo, Café e Escravos.
QUESTÃO 5 IAUPE
“São tão grandes as riquezas deste novo mundo e da mesma maneira sua
fertilidade e abundância, que não sei por qual das cousas comece primeiramente:
mas, pois todas elas de muita consideração, farei uma salada na melhor forma que
souber, para que fiquem claras e deem gosto”.
(Ambrósio Fernandes Brandão – séc. XVII. Apud BRANDÃO, Ambrósio Fernandes. Diálogos das grandezas do Brasil. 3. ed. Recife:
FUNDAJ, Ed. Massangana, 1997. p. 85.)
Em relação à colonização da Capitania de Pernambuco no século XVI,
assinale a alternativa CORRETA.
A) Diferente do que ocorrera nas outras capitanias, Duarte Coelho fora o único
donatário a receber da Coroa Lusitana vultosas doações para o
desenvolvimento das suas terras, bem como um corpo de milícia para garantir a
sua defesa, uma vez que se achava sob constante ataque dos índios caetés.
B) Com o passar dos anos e as investidas de outros navegadores, especialmente
franceses, o governo de Portugal decidiu promover a colonização da América
Portuguesa por meio da instituição do Governo Geral. Essa atitude favoreceu
sobremaneira Pernambuco, uma vez que se beneficiou da administração direta
da Corte.
QUESTÃO 5 IAUPE
C) Além do trabalho na agricultura, a presença africana era necessária para
aberturas de novas áreas no território, dominado, muitas vezes, por índios que
faziam guerra aos portugueses e impediam o avanço, principalmente em direção ao
sertão.
D) A questão de povoamento não enfrentava contratempos, especialmente devido
aos condenados pela justiça reinol que eram punidos com o degredo para o Brasil.
Estes, além de resolverem o problema da falta de cidadãos portugueses dispostos a
colonizar o novo mundo, colaboravam para o bom serviço que o Capitão Donatário
pretendia prestar à Coroa.
E) As alianças estabelecidas com os indígenas permitiram a Duarte Coelho o
estabelecimento de duas vilas nas terras de Pernambuco, sem a necessidade de
conflitos com os naturais da terra. A primeira delas, fundada logo na chegada do
Capitão Donatário à sua Capitania, foi denominada de Igaraçu. A segunda, chamada
de Olinda, distante cinco léguas da primeira, logo passou a ser a sede da capitania.
QUESTÃO 6 IAUPE
"Rebentou, então, por culpa dos portugueses, uma revolta dos índios, que anteriormente
se mostravam pacíficos, e o chefe da terra pediu-nos pelo amor de Deus, que fôssemos
às pressas auxiliar o lugar... do qual os indígenas queriam se apoderar. [...] O número
dos defensores montava, incluindo-nos, cerca de 90 cristãos. Acrescente-se a esse
número 30 negros e escravos brasileiros, a saber, selvagens que pertenciam a colonos."
(SATDEN, Hans. Duas viagens ao Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia, 1974. p. 46.)
Sobre a relação estabelecida entre os chamados índios pernambucanos e os
colonizadores portugueses, é CORRETO afirmar que
A) as constantes solicitações feitas por Duarte Coelho à coroa portuguesa, no sentido
de permitir que ele pudesse importar para a Capitania negros escravizados da
Guiné, faziam sentido em face ao pendor natural à preguiça, apresentado pelos
índios.
B) ao contrário do que ocorria na maior parte do território da América Portuguesa, não
existia, nas terras da Capitania de Pernambuco, diversidade de povos indígenas.
Pelo contrário, a dispersão dos caetés por todo o território pernambucano foi um dos
fatores para sua rápida conquista e colonização.
QUESTÃO 6 IAUPE
C) na capitania de Pernambuco, os ataques indígenas foram constantes às vilas e
plantações de açúcar. Apesar de as tropas coloniais repelirem as investidas, esses
ataques não eram cessados. Esse foi um dos motivos que levaram a Coroa portuguesa
a enviar ao Brasil levas de missionários, para que pudessem atuar entre os índios e
ajudar na sua "domesticação".
D) os inúmeros contatos que os europeus-cristãos estabeleceram com os povos
indígenas, a partir de um determinado momento da colonização, foram mediados por
uma lógica colonizadora de opressão, imposição, negação, impostas pela superioridade
dos colonos Portugueses. Essa era tamanha, que não permitiu o desenvolvimento de
qualquer forma de resistência indígena.
E) a história das relações sociais entre os missionários franciscanos e indígenas na
Capitania de Pernambuco revela a existência de inúmeros contatos ao longo do período
colonial. Mais preocupados com a catequese dos povos indígenas, não exerceram
nenhuma influência na política indigenista adotada pela metrópole.
QUESTÃO 7 IAUPE
Com relação ao tipo de organização social predominante entre os grupos indígenas que
habitavam o litoral do atual estado de Pernambuco no momento dos primeiros contatos
com os europeus, assinale a alternativa CORRETA.
A) As tribos tupi do litoral de Pernambuco pré-colonial possuíam uma população de algumas
centenas de indivíduos, divididos em pequenas aldeias espalhadas pelos quilômetros da
costa entre o Rio São Francisco e o Canal de Santa Cruz.
B) A maioria dos grupos indígenas que habitava a atual costa de Pernambuco no período da
conquista era de língua Tupi, organizava-se em aldeias de milhares de indivíduos, cujos laços
sociais principais eram firmados em linhagens e parentescos, e onde a divisão de trabalho
baseava-se, principalmente, em quesitos de gênero e idade.
C) Os grupos tupi que ocupavam o território do atual estado de Pernambuco no momento da
conquista se organizavam em tribos de caçadores nômades que cultuavam divindades
representando espíritos da natureza, como Tupã.
D) Todos os grupos indígenas que ocupavam o atual estado do Pernambuco no momento da
conquista praticavam rituais antropofágicos, associados com o culto às divindades bélicas.
E) Os grupos indígenas tapuia que ocupavam todo o litoral do atual estado de Pernambuco
durante o processo de conquista tinham suas estruturas sociais baseadas em linhagens e
parentescos, divisão de trabalho por gênero e idade, praticavam a agricultura sazonal e
possuíam uma cultura na qual os principais valores sociais giravam em torno da guerra.
QUESTÃO 8 IAUPE
“Curiosamente, a modalidade inicial que o sentimento nativista assume nas crônicas do primeiro
século de colonização (1532-1630) não consiste, como ocorrerá adiante, na afirmação da
originalidade da nova terra, mas ao contrário no orgulho pela lusitanidade que já caracterizaria a
vida cotidiana nos principais núcleos de povoamento.” (MELLO, Evaldo Cabral. “Uma Nova Lusitânia. In: MOTA, Carlos
Guilherme. Viagem Incompleta: a experiência brasileira (1500-2000).
Em relação ao primeiro século de colonização, assinale a alternativa CORRETA.
A) A expansão territorial da capitania de Pernambuco se deveu mais ao seu primeiro donatário,
Duarte Coelho, que a seus filhos e cunhado, Jerônimo de Albuquerque. Estes se detiveram a
consolidar a região habitada.
B) A conquista da porção interiorana da capitania de Pernambuco, principalmente a região
designada por sertões, foi facilitada pela docilidade dos grupos indígenas que ali habitavam.
C) Em Igarassu, ainda na primeira metade do século XVI, os colonos portugueses enfrentaram a
resistência dos nativos, que cercaram essa vila por muitos dias, tendo que contar com o apoio
dos que habitavam em Itamaracá para romper o cerco indígena.
D) Os franceses foram grandes aliados dos portugueses na defesa do norte do Brasil e da Guiana
Francesa. Em Pernambuco, por exemplo, as tropas dessas duas nações repeliram os caetés.
E) Como a sociedade era extremamente patriarcal, o comando da capitania de Pernambuco,
quando da ausência de Duarte Coelho, ficava sob a responsabilidade do seu cunhado, uma
vez que D. Beatriz de Albuquerque, sua esposa, era considerada inapta à tarefa.
GABARITO
1.A
2.E
3.B
4.C
5.C
6.C
7.B
8.C
GABARITO
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.

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