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TCS TRABALHO 2020 STBatawe Versao01
TCS TRABALHO 2020 STBatawe Versao01
Discente: Docente:
Monitora:
Kiara Dimande
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 2
1.1. Antecedentes ................................................................................................................... 2
1.2. Objectivos ....................................................................................................................... 3
1.2.1. Geral ............................................................................................................................ 3
1.2.2. Específicos .................................................................................................................. 3
2. DESCRIÇÃO BIOFÍSICA E SOCIOECONÓMICA DA ÁREA DO PROJECTO .......... 4
2.1. Localização ..................................................................................................................... 4
2.3. Evapotranspiração e período de crescimento .................................................................. 5
2.4. Solos e Hidrologia........................................................................................................... 8
2.5. Uso de terra ..................................................................................................................... 8
2.6. Aspectos socioeconómicos ............................................................................................. 9
2.7. População ........................................................................................................................ 9
2.8. Mão-de-obra .................................................................................................................... 9
2.9. Posse de terra .................................................................................................................. 9
2.10. Situação económica ..................................................................................................... 9
2.11. Agricultura ................................................................................................................ 10
3. Determinação de precipitações máximas em 24 horas que ocorrem com o tempo de
retorno de Tr=2, Tr=5, Tr=10, Tr= 25 e Tr= 50 anos. ............................................................. 11
4. Determinação dos factores da USLE ................................................................................ 12
5. ELABORAÇÃO DO MAPA DE SOLOS E MAPA DE UNIDADE DE TERRA.......... 15
7. ESTIMATIVAS DO RISCO DE PERDAS DE SOLO SEGUNDO USLE .................... 19
8. NECESSIDADE DE MEDIDAS DE CONSERVAÇÃO ................................................ 21
9. DISCUSSÃO .................................................................................................................... 23
10. CONCLUSÃO .............................................................................................................. 24
11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................... 25
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1. INTRODUÇÃO
1.1. Antecedentes
O solo é afectado por divesros factores bióticos e abióticos que causam o desgaste ou
arrastamento das partículas ao longo do tempo de uma determinada região para outra, sendo a
água da chuva e vento agentes mais activos. Ao processo de deslocamento ou arrastamento das
partículas do solo de um lugar para outro é designado erosão, e pode ser hídrica (agente água)
e eólica (vento) (Imeson e Curfs, 2006). Sob o ponto de vista económico, a erosão do solo é
importante à medida que causa degradação de solos agrícolas, assoreamento de cursos e
reservatórios de água, perda de produtividade dos solos agrícolas e outros tipos de danos
(Brasil, 2006).
Para estimativas de perda do solo, foram desenvolvidas várias equações que tem em
consideração os agentes climáticos (precipitação), edáficos (relevo, cobertura e solo) e maneio.
Uma e outra inclui/exclui certos parâmetros, dependendo da região para qual foi desenvolvida.
No presente trabalho o foco foi no uso da equação universal de perda do solo (ULSE) que
avalia a perda do solo através dos seguintes parâmetros (A=R×K×LS×C×P). O primeiro factor
representa a susceptibilidade do solo ao processo erosivo da chuva, podendo ser atribuída a
características mecânicas, químicas e físicas do solo. O segundo factor é relacionado com a
topografia (declividade) e a erodibilidade depende do maneio do solo e das plantas (Macedo et
al., 2009). A intensidade de precipitação e a inclinação do terreno são os dois factores que
concorrem directamente para erosão, sendo que o método de conservação visa reduzir a acção
de água sobre o terreno (nivelamento, curvas de nível e terraço) (Macedo et al., 2009).
Para melhor planificação das medidas de conservação do solo, podem ser elaborados
mapas de uso de terras, declive entre outras que ajudam a ter uma visão mais detalhada das
condições locais em combinação com informações sobre o clima da região. Dependendo da
necessidade ou da situação de risco de perda de solo, podem ser desenhadas medidas de
conservação que podem ser de vária ordem, como exemplo, implantação da cobertura vegetal,
terraceamento entre outras, mas visto que os factores relativos ao clima são de difícil controlo,
e a erosão é mais influenciada por factores de maneio do que por qualquer outro, portanto o
uso do solo e o maneio da cultura constituem o foco da actuação do homem no combate à
erosão.
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1.2. Objectivos
1.2.1. Geral
Elaborar um plano de Conservação de Solos do distrito de Sanga.
1.2.2. Específicos
Estimar o risco de perda de solo segundo a equação universal de perdas de solos (USLE) do
distrito de Sanga;
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2. DESCRIÇÃO BIOFÍSICA E SOCIOECONÓMICA DA ÁREA DO PROJECTO
2.1. Localização
O Distrito de Sanga está localizado na parte Norte da Província do Niassa, a 60 km da
Capital Provincial, Lichinga, confinado a Norte com a República da Tanzania, a Sul com o
Distrito de Lichinga, a Leste com os Distritos de Muembe e Mavago e a Oeste com o Distrito
do Lago.
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Março 74.37 35.35 8 26.45 31.37 21.24
Abril 24.96 11.65 5 24.17 29.89 18.40
Maio 13.50 8.76 3 21.58 28.44 15.91
Junho 12.18 9.01 2 18.73 25.44 11.57
Julho 8.99 5.90 2 18.23 26.51 11.67
Agosto 11.77 8.85 3 20.41 26.19 13.69
Setembro 21.06 11.18 4 22.91 29.05 16.09
Outubro 53.31 22.78 7 23.82 29.37 18.18
Novembro 82.89 32.69 9 24.78 30.30 19.26
Dezembro 98.75 37.06 9 25.18 29.99 20.23
P. méd
613.83 0
anual
P. méd
22.45
24hrs
*Precipitação média mensal (P. média mensal) (22 anos); precipitação máxima mensal de 24 horas (P. máx. 24hrs); número
de dias de chuva por mês; temperatura média (T. media); temperatura média máxima (T. máx. méd.) e temperatura média
mínima (T. mín. méd.) a partir dos dados climáticos (ano 1985 a 2006).
Mês T. média (oC) P. (mm) ETP (mm) 1/2*ETP (mm) H. armazenada (mm)
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Fevereiro 26.98 101.85 129 69.5 0
*P = precipitação; ETP = evapotranspiração; temperatura média (T. media); H. armazenada = agua armazenada a partir dos
dados climáticos (ano 1985 a 2006).
1
Início do período de crescimento é igual ao mês em que P > 2 𝐸𝑇𝑃
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o Primeiro mês seco é Abril
o Abril: ETPAbr = 91 mm; PAbr =24.96 mm
Y = ao número de dias depois do 15º dia do ultimo mês húmido (P>½ETP), que é
portanto o mês de Abril.
o Y = 30*(PMar-½ETPMar) / ((PMar-PAbr) + ½(ETPAbr-ETPMar))
o Y = 30 *(74.37-60.5) / ((74.37-24.96) + ½(91 – 121))
o Y= 12 dias
o Então, o fim do período chuvoso é 15 de Marco + 12 dias = 27 de Março
Fim do período de crescimento
o Uma vez que não há água armazenada no solo, o período de crescimento
termina aos 27 de Março.
Comprimento do período de crescimento
o Período total de crescimento: 25 de Outubro a 27 de Março = 154 dias
o Período real de crescimento = período total de crescimento – período de
dormência
o Período real de crescimento = 154 – 0 = 154 dias
O período de crescimento para a cultura de milho, em condições de sequeiro, é a partir
do fim do mês do Outubro aos meados de Março (Figura 1). Durante estes meses a precipitação
é superior a metade evapotranspiração deste local.
Período de crescimento
180.00
160.00
140.00
Precipitacao (mm)
120.00
100.00
80.00
P. total
60.00
ETP (mm)
40.00
1/2*ETP (mm)
20.00
0.00
Meses
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*Precipitação média mensal (P. total); temperatura média (T. media); ETP = evapotranspiração; a partir dos dados climáticos
(ano 1985 a 2006).
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2.6. Aspectos socioeconómicos
A terra usada para agricultura neste distrito é maioritariamente utilizada para sistemas
de consociação de culturas alimentares, tais como milho, mandioca, feijões, amendoim e
batata-doce, sendo que o milho e a mandioca são as que maiores extensões de terra ocupam. A
cana-de-açúcar e o tabaco são culturas comerciais importantes para o distrito. A terra é também
usada para produzir fruteiras, e para outras actividades geradoras de rendimentos (MAE, 2005).
2.7. População
A população do distrito de Sanga era estimada em mais de 65 mil habitantes, com uma
densidade populacional aproximada de 4.87 hab/km2. A população é maioritariamente jovem,
com 47.6% abaixo dos 15 anos, tem um índice de masculinidade de 95.4% e uma taxa de
urbanização muita baixa, concentrada na Sede do distrito de Sanga (INE, 2012).
2.8. Mão-de-obra
Estima-se que no distrito de Sanga a relação de dependência económica potencial é de
aproximadamente 1:1, isto é, por cada 10 crianças ou anciões existem 10 pessoas em idade
activa (INE, 2012).
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quais destacam-se as hortícolas, milho, leguminosas, batata-doce, mandioca, tabaco e cana-de-
açúcar, para além de fruteiras tais como a banana, citrinos, etc. Estes produtos agrícolas
juntamente com os produtos da pecuária são comercializados e consumidos pelas famílias
(INE, 2012).
A indústria local ainda é extremamente fraca, com serviços tais como padaria,
carpintaria, moagem, fábrica de refrigerantes e fábrica de confecções quase inexistentes. E
serviços do sector terciários (bancos e empresas de telecomunicações ausentes) (INE, 2012).
2.11. Agricultura
A agricultura é a principal actividade económica do distrito, sendo predominantemente
constituída pelo sector familiar ou pequenas explorações que usa variedades locais, em alguns
casos o uso de tracção animal. As pequenas explorações produzem, sob condições de sequeiro,
milho, amendoim, feijões, batata-doce, tabaco, cana-de-açúcar, banana e mandioca, e ainda
hortícolas e fruteiras. O governo local tem investido em desenvolver estratégias que
impulsionam o desenvolvimento agrário, tais como fomento das principais fruteiras, a
realização de feiras de insumos agrícolas (com destaque a sementes) e melhorias do sistemas e
infraestruturas de irrigação. O distrito possui também recursos naturais e potencial para o
desenvolvimento do turismo (MAE, 2005; INE, 2012).
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3. Determinação de precipitações máximas em 24 horas que ocorrem com o tempo de
retorno de Tr=2, Tr=5, Tr=10, Tr= 25 e Tr= 50 anos.
Os cálculos da precipitação, seguindo os passos do ANEXO 2, resultaram em:
Ano 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06
P.max 119.7 38 56.8 64.3 95.5 43 110 38.1 74.5 109.6 49.7 82.9 63.2 142.2 71.7 134.7 150 21.3 39.1 89.2 66 111.6
i 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22
Pmax 21.3 38 38.1 39.1 43 49.7 56.8 63.2 64.3 66 71.7 74.5 82.9 89.2 95.5 109.6 110 111.6 119.7 134.7 142.2 150
K (%) 4.3 8.7 13.0 17.4 21.7 26.1 30.4 34.8 39.1 43.5 47.8 52.2 56.5 60.9 65.2 69.6 73.9 78.3 82.6 87.0 91.3 95.7
Precipitação máxima
Valores K = 1 dia
Media (x) 80.5
Desvio Padrão (sx) 36.14
Sn 1.063
Yn 0.524
a = (sn/sx) 0.029
xo= x-yn/a 62.69
X1(y1=0)= X0 +y1/a 62.69
X2(y2=4)= X0+y2/a 198.67
Tempo de retorno
2 5 10 25 50
Duração (24 horas = 1 dia) 72.5 105 131 165 190
Máximo de 10min 12.99 19.7 24.2 30.8 35.6
Máximo de 30min 23.56 33.9 44.8 54.0 63.0
Máximo de 1h 30.2 32.3 33.2 34.4 35.2
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Determinação de precipitação de 10 minutos, 30 minutos e 1 hora para
diferentes períodos de retorno.
Tabela 6: Intensidade de precipitação de curta duração (10 e 30 minutos e 1 hora)
Onde:
R = 1.11*10-3*614*72.5*30.2
R = 1492.23 MJ mm ha-1 h
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Equação de Cordeiro (1996) desenvolvida para a província de Maputo
Onde:
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equações empíricas dão melhores resultados para as áreas de experimentação e devem ser
usadas com cuidado em outros locais, o que pode justificar a diferença dos valores da
erosividade obtidos uma vez que uma das formulas usadas foi desenvolvida para a província
de Maputo (equação de Cordeiro), e a área de estudo no presente estudo é referente a província
do Niassa.
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20
15
10 Percentagem
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5. ELABORAÇÃO DO MAPA DE SOLOS E MAPA DE UNIDADE DE TERRA
A figura 3, ilustra os principais agrupamentos de solos na área de estudo. A área de
estudo é dominada por tipos de solos complexos: os Ferralsolos háplicos e Cambisolos mólicos
fluvícos (sendo predominantes na área de estudo os Ferralsolos háplicos) (classificação da
FAO).
Legend
VGo_+CM
I_+VGom
VMo
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A figura 4 mostra o de declividade da área do estudo recortado do distrito do Sanga. O
distrito é caracterizada por uma topografia extremamente acidentada. A topografia da área
recortada varia de ondulada, fortemente ondulada, colinosa, fortemente dissecada a
montanhosa.
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uso de terra
VGo_+CM;Co-Fd-M; FL
I_+vgOM;Co-Fd-M;FL
VMo;On-Fo;NF
A primeira uma unidade apresenta uma declividade que varia de ondulada à fortemente
ondulada, tendo como tipos de solo os Acrisolos háplicos (VMo) e Ferralsolos háplicos
(VGom). E há diversos tipos de cobertura característica para esta Unidade (Não floresta: NF),
que certamente sejam: agricultura (Agr), matagal alto (MAl). A segunda unidade de terra
apresenta uma declividade que varia de colinosa, fortemente dissecada à montanhosa e
caracterizada por Ferralsolos háplicos (VGo), Leptosolos háplicos (I) e Cambisolos mólicos
fluvícos (CM). A cobertura da área é constituída pela floresta (Fl) e matagal alto (MAI).
Referente a relação entre solos e geologia ou solos e vegetação, acredita-se que
claramente existe uma relação entre a geologia e solos. Alias, a classificação de solos usada é
baseada na geologia. Geologias das regiões pré-câmbricas tem agrupamento de solos VA, VM,
VMb, VMo, VG, VGb, VGI, I o que esta em concordância com o verificado na área do presente
estudo. Contudo não foi perceber a relação solos-vegetação devido a fraca informação da cobertura.
Ademais é muito difícil perceber a relação solos-vegetação em ambiente cultivado.
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6. AVALIAÇÃO DE TERRAS PARA MILHO
Tabela 8: Avaliação de terras para a cultura de milho
As As duas unidades de terra são aptas para o cultivo de milho em sequeiro e aptidão
da primeira unidade de terra é classificada como moderada e a segunda é classificada como
marginal (S3), ou seja, se o factor limitante for manipulado positivamente poderá causar um
incremento na produção da cultura, caso contrário a produção poderá ser afectada.
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7. ESTIMATIVAS DO RISCO DE PERDAS DE SOLO SEGUNDO USLE
As duas unidades de terra escolhidas apresentam grandes diferenças nas suas
características, sendo a primeira unidade de terra constituída por Solos vermelhos óxicos (CTC
argila > 16 cmol(+)/kg) de textura média, com textura Franco-argilo-arenoso castanho
avermelhado, solos profundos e a segunda unidade de terra constituída por solos complexos
com predominância de solos líticos com textura Franco-arenoso a argiloso castanho, solos
pouco profondos sobre rocha alterada . O factor topografia do solo (L*S), estimado usando o
método de Arnoldus e o calculado para as duas unidades em estudo não apresentam valores
diferentes (tabela 9).
Tabela 9: características das unidades de terra em estudo, em termos de solo, declive, uso e vegetação.
Unidade de solo 1 2
Tipo de solo Solos vermelhos óxicos Solos líticos
Textura Franco-argilo-arenoso Franco-arenoso a argiloso
M.O 1.75 0.8
K 0.045 0.034
factor L
Comprimento do declive 100 100
Coeficiente m 0.5 0.2
L 2.13 2.13
Factor S 12 30
S 1.55 7.27
L*S calculado 3.3 15.49
L*S estimado (Arnoldus) 3.28 13.34
Savana arborea ou
Factor C matagal(<20% lenhosas) Floresta
C 0.3 0.7
O valores de LS calculados usando o método de Wischmeier foram maiores em
relação aos estimados pelo método de Arnoldus, porém a magnitude é insignificante.
Tabela 1: Representação da quantidade de solo perdido por hectare por ano nas duas unidades em estudo.
U1 U2
R 1542.56 1542.56
K 0.045 0.034
L 2.13 2.13
S 1.55 7.27
P 0.3 0.45
C 0.3 0.7
Total (ton/ha/ano) A 20.63 255.82
Nas unidades em estudo para a primeira unidade a perda de solo é de 20.63 ton/ha/ano,
sendo esta unidade constituída de solos de textura franco-argilo-arenoso. Na segunda unidade
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a perda de solos estimada é de cerca de 256 ton/ha/ano. A perda de solo calculada nas duas é
muito elevada e não aceitável (máximo aceitável 9 ton/ha/ano), é muito mais grande do que a
formação do solo.
Os factores que podem influenciar um camponês a tomar medidas para diminuir a perda
do solo são:
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8. NECESSIDADE DE MEDIDAS DE CONSERVAÇÃO
As medidas de conservação de solos (medidas biológicas/Agronómicas, melhoramento
do solo, maneio do terreno) que devem ser aplicadas para a redução da perda do solo por erosão
nas áreas do estudo são:
Tabela 11: Distância horizontal e vertical com base nas fórmulas de Stewards e Saccardy.
Risco U1 U2
Clima 25 15
Solo 15 5
Gestão 25 25
Uso de terra 35 15
Manutenção 35 25
Ks 135 85
s 12 2
Saccardy DV 26-27 14-15
Stewards DH 38 16
A distância vertical e horizontal dos terraços escolhida para ser usada na unidade de
terra, é a estimada na unidade com elevado risco de erosão (U2).
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Cálculo de caudal máximo no terraço para a unidade com elevado risco de
erosão (U2).
o s = 30 % (assumimos que o declive não mudou),
o x = 16 m (este distancia tem risco mínimo usando a fórmula de stewards),
o l = 400 m (comprimento máximo aceitável)
o v0 = * s = 0.152 * 30 = 0.83 m/s
o vc (sandy loam = franco arenoso) = 0.55 m/s
o Tc= (16/0.83) + (400/0.55) = 746.55 s = 12.4 min.
o P(24 h. Tr = 2)= 72.5 mm (Gumbel)
o P(1 h. Tr = 2)= 72.5/2.4 = 30.2
o P(12.5 m. Tr = 10)= 30.2 * 0.82 = 24.77
o I = P/t = 24.77/12.4 = 1.99 mm/min = 3.31 * 10-5m/s
o c (terraço (declive 30), com Floresta e solo de textura franco/arenoso) c =
0.30
o A = x * l = 16 * 400 = 6400 m2
o Qp= 0.30 * 3.31 * 10-5* 6400 = 0.0635 m3/s = 63.55 l/s
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9. DISCUSSÃO
Estimativas do risco de perdas de solo segundo USLE
Segundo Boot et al. (2006) a perda de solos máxima aceitável para solo de textura
argilosa é de 11 ton/há/ano e para solos arenosos a perda máxima aceitável é de 9 ton/ha/ano,
assim a perda de solo da nas duas unidades está muito além do convencionado, o que indica
uma necessidade de implementação de medidas de conservação do solo.
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10. CONCLUSÃO
O risco de perda de solos estimado usando a fórmula universal de perda de solos
para a primeira unidade é cerca de 020 ton/ha/ano, valor este que apresenta um grau
de erosão lelevado e na segunda unidade a perda de solos estimada é 256 ton/ha/ano
que corresponde a um grau de muito elevado.
As medidas de conservação de solo que podem ser adoptadas para a unidade de solo
que apresenta maior risco de perda de solo incluem a plantação em curvas de nível
de modo a facilitar o escoamento da água no terreno e evitar a concentração da água
nos locais mais baixos do terreno, ou ainda pode-se fazer o terraceamento do solo e
também pode-se optar em deixar restolhos da cultura depois de fazer a colheita para
evitar a excessiva exposição do solo.
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11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Boot, U. A., Berg, M. van den, Djik, K. J. van e Massingue, F. 2006. Apontamentos de
Tecnologia e Conservação do Solo. FAEF-UEM. Maputo.
de los suelos por erosión hídrica en el estado de Tabasco. Revista de Geografia
Agricola, pp 95-106.
Faria, Chico Francisco. 2011. Planeamento Descentralizado no Contexto do
Desenvolvimento Local em Moçambique; Um estudo do caso do Governo do Distrito
de Namaacha (2006-2009). Tese de Pós-graduação. Rio de Janeiro.
Imeson, A.C e Curfs M. 2006. Erosão do Solo. Lucinda.
Instituto Nacional de Estatística (INE). 2012. Estatística do Distrito de Sanga. Maputo.
ISGA. 2010. Manual de Melhores Práticas Agrícolas. USA.
JustaPaz. 2012. Conselhos Consultivos. Maputo
Macedo, José R.. Capeche, Claudio Lucas. Melo, Adoildo da Silva. 2009.,
Recomendação de Manejo e Conservação de Solo e Água.Niterói-RJ
Ministério da Administração Estatal (MAE). 2005. Perfil Do Distrito De BSanga.
Direcção Nacional da Administração Local. Niassa.
Romero, Juan Larios e Hernández, Jorge. 1987. Evaluación del riesgo de degradación
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