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EDITORIAL igho de arta: Celso Vicerte Siva, Editoragt Eletrénica; Contemporines Arte Digit, lustragdea: Héio Sensicre, Osvaldo Sequetim, Paulo Marzi, Revie Impresste: 8°. ‘Todos 08 direitos reservados | = INSTITUTO BRASILEIRO DE EDIGOES PEDAGOGICAS CENTRAL DE ATENDIMENTO Distribuigho, Promopto @ Vendas - LIGAGAO GRATUITA 0800 17 5678 \Vendas ~ Fax: (OXX11) 6694 8888 ~ Propaganda ~ Fax: (OXX'1) 6682 0122 ‘ua Jol, 294 ~ To: (0X1) 291 2355 (PAB) (CEP 09016-020 ~ Caixa Postal 285 ~ So Paulo - Bras wwwibep-nacional.com.br E-mail: lbep @ uol.com. br SEDES REGIONAIS [ACRE — Ro Branco Ri, Flosano Peo, 73 ~ Canto — Tela (OXKS8) 2037740 | 224 258 — Fav: (68 228 7263, ‘ALAGOAS ~ Alco Po gin Campos, 205 Fara To (02) 2215072 — Fs: (O02) 298 050, ‘AMAZONAS ~ lau. Henig Marin, 300 2 anc ~ Con ~ Tal: (G2) 88 1943~ Fax (OX 9 3703 ‘BAMIA~ Salvador =F Visondo ge tabora O89 ~Armaralna ~Tos: (OXX71) 20 121/280 1011 = Fax (XX) 248208, BEASLIA OF SirSu— uaca3 Bao CL 68 Tel (HHT 15 Fn (HR) 438, ‘CEARA Fermiaza~ Av. Agueraes, 145 ~ Jou Bone ~To.rar: (X85) 2262800 ESPIEeTO SANTO ~ Vln Valna—, Presets Lina, 1027 Cento Tel: (XX27) £29718 ax: (00927 220 2572 ‘GOUAS ~ Gotania~ P75, 647 Conta Tel/Fax (82 224 2454, ARAWAD ~ Sto Lute” Av, Gta Vargas, 1M Casto ~ Ta (XX) 292 2010 ~ Fax: OXXG0) 22 846 ATO GROSSO ~Culabd— Baro de Mapa, 780 Poa - Tal: (XXGS) 657 786) ~ Fa OKXBS) 67 4787 ATO GROSSO 09 SUL~ Campo Grande Au, Bardararts, 365 Pon Far Tel (CNG 74 3981 ~ Fax: (00X87) 721 7305. MINAS GERAIS ~ Beto Horan nae Boro, 02/026— raga - Ta (XS 6 786/441 068 Fs (OK!) 4 1168. edt Oto — ‘Gato Vargas, 58 - Cnto Ye. (O%S) 52 292. — ax (OK) 523063 ~ Gov. Vatcnes Doras, 20 Cro Tel (O09 271 '2270~ Fat: 09) 27 4042 ~ Cal Fabelano-F. Maia Mt, 25 Corto Taro (IG) Be 100. Moree Claroe Punt Joan Coe 270 Cero Toure (8) 223100 ~ du Fort Hal, 76 ~ Canto Ta ax: (O02) 2158811 PARA” Balam. Trev. Pare Eun, £50 ~ Comer Te (XX) 298 Y507— Fee (XN) 242657 PARAIBA™ Jodo Passos Av ao, 259~ Jago ~ Tec: (XK) 241 768 Fax (XX) 241506, PARAWA Gurtbe™P Ergon Hetor Sores Goren 470 Porto Tl (OXK4H 45 130/95 0298 — Fax (OX) 45 178, PERNAMBUCO Reee R Gorvsio Pr, 125 Boa Vista ~ To (X81) #23 8889 ~ Fax: (OO) 4280105. PIAU~ Teresina RGus Bocaliva, 360 ~ Cot Sul~TaLFax: (KKB) 2227302 FIO GRANDE DO NORTE Mata Ar. i Braco, 43 ~Certo~ Tex (OxxGs) 2122142 FIO GRANDE DO SUL Porto Alpre™ R. Ereda da Fortout, 22 ~ Se Geral ~ ToL (1%) 342 998 ~ Fax: (OX 9491811, Flo BE JANEIRO - lode Jano dv, Lobo dar, Y0Nt Perna Tal (02) 872164? ~ Fa (Ot) S60 C012. PONDONA = JsDaand “Pip 2001 Valparaiso Terex (0069) 421 808. SANTACATARINA™~ Plrandpolia~ A Jud Cando ea Sv, S82 Bar. do Esato ~ Ta: (X48) 2484104 ~ Fox (OXK48) 28 000 SAO PAULO Arpatub =. Osralc Graz, 17317 ~ Cano ~ Tel: (ONKIB) 29 2917 Fax: (1X18) 823 794 ~ Bauru~ Av, Aviano Cerda, 18.96 V, Caran Fa (0046) 264101 = Fax (XX) 2541447 ~ Proalaente Prudente Av. Cora eee Sart Mavondes, 1120 — Cento Tas (0018) 2215011 =F (OXK'8) 25 2588. ~ bere Proto A. Peranco e Abrou, 83 ~ Funcoe Con ~ Tl: (06) 646 7715 Fax (HX) B10 6968 - Sto Joe do Ri Prato. Gaverl Gobo, 3254 Conta ~ Te: (OXKI7) 2320698 = ax: (OXKIT 2944028, Sumario 1 INTRODUCAO © que é fisica? Para que serve o estudo da fisica Grandezas fisicas e unidades Algarismos significativos Notagao cientifice ... Medidos de intervalos de emMpO wren ‘Medidas de compriment 2 DESCRICAO DE MOVIMENTOS Movimento @ repouso «.... Particula ov ponto material Trajetdria ... Posi¢do ao longo de uma trojetdria . Velocidade média Velocidad. Aceleragao média Movimento acelerado e retardado instanténea 3 MOVIMENTO UNIFORME Fungo horaria do M.U. .... Graficos do movimento vuniforme 4 MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO Funcdes hordrias do M.UV......- Equacdo de Torricelli Gréficos do M.U.V. Resumo dos gréficos do M.U.V. Propriedades dos arsticos horério 12 13 13 15 16 16 20 22 25 7 33 36 39 43 5 CINEMATICA VETORIAL Grandezas escalares @ vetoriais Vetor deslocamento ... Vetor velocidad Vetor aceleragéo 6 MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME Periodo e freqiéncia do M.C.U. Fungo hordria angular do MCU. 7 LEIS DE NEWTON Introdugéo .. Nogdo de forsa Force resultante. Equilibrio Primeira Lei de Newton ov Principio da Inércia - Referencial inerci Segunda Lei de Newton ov Principio Fundamental do Dinémico (PFD) . Peso senseusee Unidades ‘ Terceira Lei de Newton ou Principio da Ago e Reagao Forca de trasdo.. 8 ATRITO Atrito estatico e atrito dindmico ... Forga de atrito maxima Forca de atrito dinémico . 9 PLANO INCLINADO Componentes da forga peso... 64 65 65 66 67 70 70 7 72 73 74 75 75 7 WF 87 88 89 10 DINAMICA DOS MOVIMENTOS ‘CURVILINEOS Forca resultonte centripetannci. 99 Componentes do forsa resultante . 100 11 ENERGIA, TRABALHO E POTENCIA Trabslho de ume forgo constante 106 Trabalho motor e trabalho resistente ... 107 Trobelho da forga peso. 108 Propriedade do grafico F xd... 108 Poténcia eats 12 CONSERVACAO DA ENERGIA MECANICA Teorema da energia cinética ..... 115 Energia potencicl.... 118 118 19 Energia mecénica .. 122 Sistema mecénico conservativo .. 122 Forga conservative 123 13 CONSERVACAO DA QUANTIDADE DE MOVIMENTO Quantidade de movimento wen. 127 | Impulso de uma forse ... 127 Teorema do impulso.. 128 Prinefpio da conservaséo da quantidade de movimento... 133 Colisées ou choques mecénicos 136 Colisdo frontal ‘ 137 Coeficiente de restituicdo .. 137 Tipos de choques ou colisées.... 138 14 EQUILIBRIO ESTATICO DOS sOLIDOS ‘Momento de uma forca.. 143 Binério.... . 146 Equilibrio estético de um corpo extenso ...... 148 Centro de massa e centro de grovidade . 148 Tipos de equil 153 15 EQUILIBRIO ESTATICO DOS Liquipos Densidade de um corpo . 156 Pressao..... 157 Pressdo atmosférice..... 158 Pressdo exercida por coluna liquide, : . 189 Experiéncio de Torricelli 160 Prinefpio de Poscal . 164 Empuxo.. 165 Peso oporenie 167 Arquimedes 167 16 TEMPERATURA Equilibrio térmico... 172 Medida da temperatura wns 173 Conversdo de escalas termométricas . 174 Escala Kelvin 177 17 DILATACAO TERMICA Dilatocéo linear 179 Dilotagdo superficial e volumétrica . 183 Aplicagées préticas da dilatagdo térmica... 185 Dilotagdo dos liquidos 186 Dilatoséio anémala da dgua...... 187 18 CALOR Equilibrio térmico .. 190 Propagaséo do calor...... 190 Trocas de calor .. 196 Céleulo da quantidade de calor sensivel ......... 197 Célculo da quantidade de calor latent sssnsesnnsn 201 19 20 22 TERMODINAMICA 23 REFRACAO DA LUZ Modelo de um gés perfeito ...... 205 Velocidade de luz... 243 Equago de Clapeyron... 205 Cor do luz 243 Transformacées gasosas 206 Indice de refragao .. 243 Trobalho numa transformacéo Leis da refrasao . 244 gasoso 210 Prisma e disperséo do luz........ 246 Frtalhs perpeicoriomoseo fechorl Angulo limite e reflexdo total..... 250 {ciclo}... 212 Primeira Lei da 24 LENTES ESFERICAS E Termodinémica 213 APLICAGOES Transformagéo adiabética........ 214 Definigdo e classificagdo.. 253 Segunde Lei da ‘Comportamento éptico das Termodinémica .. 215 | lanes 253 Ciclo de Carnot 215 Lentes esféricas sae 254 Entropia ... 216 Focos das lentes fat ai 2eS. INTRODUGAO A OPTICA Construgaio geométrica de GEOMETRICA inode eere Eaqapbei dan lanes efiricoss #26 Raio de luz e feixe de luz wien 222 Vergéncio 263 Meios 6pticos..ncnses 222 Aplicagdes dos lentes esféricas. Fontes de luz i ea Correcdo dos defeitos de viséo. 264 Principio de propagacéo Complemento .. - 267 retilines do luz nnn 223 Eelips08 scorns . 224 Sombras .... . 224 268 ea ke eerie Notureza dos ondas 269 ESPELHOS PLANOS Dimenséo das ondas. 269 ‘Ondas longitudinais Leis da reflexéo .. 227 hransversaii 270 alee cea 228 Ondas periédicas .. 71 Campo de um espelho plano... 231 Fenémenoé ondulatério ae Associacao de espelhos panos... 232 | 26 NATUREZA DO SOM E DA LUZ A uestinaioes Ondas estaciénarias 279 Definicdo e elementos do Cadet sonora ae ape het eciarics 234 Velocidade do som 280 Focos dos espelhos esféricos..... 235 Qualidades fisiologicas do Consirucéio geométrica de aga ae mae 236 Ondas luminosas . 286 Equagées dos espelhos uz visiel gone BACCO Rises reine tase 290) Difragéo da luz - 287 27 CORRENTE ELETRICA Carge elétrica . 288 Isolantes e condutores .. 289 Corrente elétrica .. 290 Sentido da corrente elétric 291 Circuito elétrico . 291 Intensidade da corrente etic oss . 292 28 RESISTORES Efeito joule . ia . 29 Resisténcia elétrica 296 leis de Ohm.. sere 297 Associagéo de resistores «ou... 302 Associagéo em série 303 Associagdo em paralelo... 303 Amperimetro 308 Voltimetro. 308 Fusivel . 309 Curto-circuito 310 29 GERADORES E RECEPTORES ELETRICOS Bipolos elétricos . 313 Gerador elétrico B33 Associagdo de geradores elétricos . 316 Receptor elétrico. 317 30 POTENCIA E ENERGIA ELETRICA Poténcia 323 Poténcia elétrica di 324 Energia ol sig 1G Poténcia do gerador . 326 Poténcia do receptor... . 327 Circuitos elétricos simples 332 31 INTERAGAO ENTRE CARGAS ELETRICAS Quantizagdo da carga elétrica... 335 Processos de eletrizaG30....... 335 Forge elétrica © energia potencial elétrica 338 32 CAMPO ELETRICO Analogia com © campo grovitacional... on 845 Vetor campo elétrico wnssnnenn 345 Campo de carga puntiforme 347 Campo elétrico de varias corgas puntiformes .ucssesssen, 348 Linhas de forcas ... 352 Superticie equipoter 353 Campo elétrico uniforme ......... 354 Trabalho do forca e! . 355 33 CAPACITORES Condutor em equilibrio eletrostitico .......... 359 Capaciténcio ov capacidade de um condutor isolado ........ 359 Capacitor ov condensador....... 361 Copacitor plano... . 363 . 363 Associagao de capacitores .. 34 CAMPO MAGNETICO mas . - ‘Compo magn Linhas de indugéo 369 Experiéncia de Oersted 370 Compo magnético da Terra...... 373 . 368 35 FORCA MAGNETICA Interagdo entre cargo elétrica e ‘compo magnético 378 Forga magnética sobre corrente elétrica ...... 380 36 INDUGAO | ELETROMAGNETICA Fluxo de indugGo essa seseesssses 388 Indugao eletromagnética .. 389 Lei de Lenz S . 390 Lei de Faraday-Neumann . 390 Alternador .. 391 Transformador 992 { fkLESecercrerteer ( Ccct 1 Introdu¢do © que é fisica? Segundo a Grande Enciclopédia Larousse Cultural fisica é a ciéncia que estuda, pela experimentacao e elaboragao de conceitos, as propriedades fun- damentais da matéria e do espaco-tempo. Durante muito tempo — de Aristételes até Newton — o que hoje entendemos por fisica era chamado de “filosofia natural”. A fisica moderna, essencialmente experimental e matematica, desenvolveu-se gracas ao aperfeigoamento dos instrumentos de observacao , A elaboracao de teorias e a reunido de leis disper- sas num todo coerente, com definicdes e principios claramente formulados. A fisica classica, que é aquela estudada nos cursos de ensino médio e nos anos iniciais dos cursos superiores, costuma ser dividida em cinco grandes grupos: a Mecanica, a Eletricidade, a Termodinamica, a Ondulatéria e a Optica. Sao grandes nomes da fisica classica Galileu (considerado 0 pai da fisica), Kepler, Huygens, Stevin, Pascal e especialmente Isaac Newton (1643-1727). JA a fisica moderna, cujos representantes mais conhecidos sé Dirac, Heinsenberg, de Broglie, Planck e principalmente Albert Einstein, tem como ramos a Mecanica Quéntica e a Relatividade. Para que serve o estudo da fi: ‘Como uma das ciéncias basicas da natureza, o estudo da fisica é indispen- savel aqueles que querem entender os mecanismos mais profundos de tudo que ocorre na natureza. No mundo atual, globalizado e altamente tecnolégico, quem domina o conhecimento ~ ea fisica é parcela relevante desse conhe- cimento - certamente esta a frente dos demais. Além disso, estudar fisica desenvolve o raciocinio, estimula a imaginagao e a criatividade. Dificilmente alguém ligado ao estudo da fisica fica restrito a esse campo, mas cria asas e circula por muitos outros, contribuindo com certe- za para sua propria cidadania. Um dos maiores fisicos do Brasil, 0 pernambucano Mario Schenberg, (1916-1990) foi também critico e colecionador de obras de arte, inclusive participando do jiiri de algumas Bienais de Sao Paulo. Capitulo + introdugio 7 Grandezas fisicas e unidades Em sua origem a palavra fisica vem do grego e significa natureza. Assim, tudo que ocorre na natureza, isto é, quaisquer acontecimentos, tais como a queda de um corpo, o relémpago, 0 trovao, o chute de uma bola, a colisdo entre dois automéveis, a repulsao ou atracdo entre imas, etc, sio considerados FENOMENOs FISICOS. Ao estudar os fendmenos fisicos os cientistas procuram descobrir regras gerais, denominadas LEIS ou PRINCIPIOS da fisica. Para chegar a estabelecer as leis da fisica é necessario muita observacao dos fenémenos, e na maioria das vezes isso implica em efetuar MEDIDAS da- quilo que chamamos de GRANDEZA FISICA , como 0 comprimento, a érea, 0 volume, a temperatura, a velocidade, a forca, a energia, etc. Asmedidas das grandezas fisicas por sua vez implicam no uso de UNIDA- DES DE MEDIDA. Essa unidades sao estabelecidas em telagao a certos pa- Adres, e o conjunto de padrdes de medida utilizado pela comunidade cientifica constitui o SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES, conhecido pela, si- gla SI, que utilizaremos em todo este curso. O SISTEMA INTERNACIONAL tem como unidades fundamentais 0 metro (comprimento), o quilograma (massa), o segundo (tempo), o ampére (in- tensidade de corrente elétrica), o kelvin (temperatura termodinamica), 0 mol (quantidade de matéria) e a candela (intensidade luminosa). ST Unidades fundamentais Simbolo metro m quilograma kg segundo s ampere A kelvin K mol mol candela cd Algarismos significativos Que leitura vocé faria para a velocidade indicada nos dois velocimetros representados a seguir? Esquerda Direita Observe que o velocimetro da esquerda tem sua escala de medida dividida de 10 km/h em 10 km/h. Talvez vocé pudesse ler 42 ou 43 km/h, Jé no velocimetro da direita a escala é dividida de 1 em 1 km/h, e nesse caso vocé talvez. pudesse dizer 42,5 km/h. Observe que ao escrever a medida no primeiro caso vocé teria certeza do algarismo 4 (que representa as dezenas), mas ficaria com dtivida no algarismo das unidades (2 ou 3?). Porém no segundo caso vocé pode ter certeza dos algarismos da dezenas (4)e das unidades (2), passando a dtivida ou incerteza para o algarismo 5, aps a virgula, que representa décimos. Em qualquer medida, por mais preciso que possa ter o aparelho de medi- da, sempre haverd um algarismo no qual teremos diivida ou incerteza. Por ou- tro lado, se a leitura de uma medida efetuada com qualquer aparelho tiver mais que um algarismo duvidoso, essa medida néo foi efetuada corretamente. Supondo medidas efetuadas de forma correta, todos os algarismos da me- dida sdo considerados ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS, inclusive o algaris- mo duvidoso. Ex: 7.5m —2 algarismos significativos (7 ¢ 5) 7,50m — 3 algarismos significativos (7, 5 € 0) 0,0028 kg - 2 algarismos significativos (2 e 8) 0,00280 kg ~ 3 algarismos significativos (2, 8 e 0) copies + mmodxso Nota¢do cientifica Em ciéncia é usual e recomendavel escrever ntimeros, principalmente os muito grandes ou muito pequenos, utilizando a NOTACAO CIENTIFICA. Observe os exemplos a seguir: 5.000 000 000 = 5 . 10° . ae 2 geede Notagio cientifica 0,000 000 000 780 = 7,80 . 107 Medidas de intervalos de tempo A unidade SI de intervalo de tempo € 0 segundo (s). Para intervalos de tempo maiores que o segundo, podemos usar o minuto (min), a hora (h) ou o dia. 0 . 60 s = 3600s 1 dia = 24h = 86 400s Medidas de comprimento ‘Aunidade SI de comprimento é 0 metro (m). Para comprimentos maiores ou menores que o metro, podemos usar 0 quilémetro (km), 0 centimetro (cm) ou o milimetro (mm). 1km = 1000 m = 10°m lem =0,01 m= 10? m 1mm = 0,001 m= 10m EXERCICIOS 1) Levando em conta os algarismos significativos, escreva a leitura da temperatura, em graus Celsius (°C) indicada no termémetro ao lado, 10 ceptor + inrodugso @ Que significa SI? @ Como devem ser escritos os simbolos de unidades que sio nomes pré- P prios? Dé dois exemplos. Usando uma régua comum, graduada em milimetros, vocé seria capaz de medir a espessura da folha de papel deste livro? Em caso afirmativo, calcule essa espessura, (se nao tiver nenhuma idéia, peca auxilio a seu professor). @) Escreva em notacio cientffica as medidas abaixo: a) 750 metros 'b) 0,000 34 centimetros ) 8 950 000 segundos 4) 0,000 000 000 013 quilémetros @ Efetue as conversdes abaixo: a) 1hemmin b)1diaemh o)lcmemm d)lmemmm e)2h 20min ems copie + wired 11 2 ‘Descrig¢ao de Movimentos Movimento e repouso Suponha um passageiro confortavelmente sentado numa poltrona de um 6nibus que trafega a 80 km/h em uma estrada. Esse passageiro esta parado ou em movimento? Ponn nonin Sem pensar muito, poderfamos dizer que o passageiro esta parado, pois quem se movimenta de fato é 0 dnibus. No entanto, vale a pena discutir um pouco mais sobre o assunto. Se o passageiro esté parado, por que normalmente ele nao desce do énibus, que esté a 80 km/h? Na realidade, 0 passageiro sabe que ele préprio estd a 80 km/h em relagao a estrada e que seria muito arriscado descer do énibus com essa velocidade, embora ele esteja parado em relagdo & poltrona ou outras partes do dnibus em que viaja. Observe que o mesmo passageiro pode estar em repouso (parado) ou em movimento, dependendo do referencial (poltrona ou estrada) escolhido. Movimento e repouso sao conceitos relativos, isto é, dependem de um referencial. Escolhido um referencial, para saber se um corpo esta em repouso ou em movimento basta verificar se a posigéo do corpo varia ou nao no decorrer do tempo. Um corpo esté em movimento quando sua posicdo em relagao a um referencial varia no decorrer do tempo; caso contrario, est em repouso. Observacao: Referencial pode ser um corpo ou um sistema de eixos adota- do como referéncia, 12 copfivioz + Descricdo de Movimentos Particula ou ponto material Suponha novamente um 6nibus percorrendo uma estrada. Embora um 6nibus nao seja tio pequeno, suas dimensées (tamanho) séo despreziveis no estudo de seu movimento ao longo da estrada. Nesta situagao, ele é considera- do uma particula ou ponto material. B evidente que se o 6nibus estiver sendo manobrado numa vaga da estagao rodoviaria seu tamanho nao pode mais ser desprezado e, neste caso, ele nao considerado uma particula. Particula ou ponto material é todo corpo cujas dimensdes sao desprezi- veis no estudo de um movimento. Trajetoria Quando uma particula esté em movimento, podemos obter uma linha geo- métrica formada pela uniao dos diversos pontos ocupados pela partfcula no espaco, que recebe o nome de trajetéria. Trajetéria é a linha geométrica que representa 0 caminho descrito por uma particula em movimento (mével) em relagao um dado referencial. A trajetéria pode ser retilinea ou curvilinea, porém depende sempre do referencial adotado. Por exemplo, analisemos a trajet6ria de um objeto abando- nado livremente no interior de um vagao que apresenta movimento uniforme e retilineo em relagao a Terra, desprezando qualquer efeito do ar. Observader no vagio Em relagao a um referencial fixo no vagao, a trajetéria do objeto serd uma reta vertical, mas em relagdo a um referencial fixo na Terra sua trajetéria serd uma linha curva (arco de parébola). Coptulo 2 + Descrigdo de Movimentos 13. \®) Um aviao voando hori- Num outro exemplo, suponha a trajetéria de um ponto marcado na extre- midade da hélice de um aviao em movimento, No referencial do et, avido, a trajetéria serd cir- NY) cular, mas no referencial CS da Terra a trajetéria seré At helicoidal (tipo espiral de RYE caderno). TAS EXERCICIOS 1) O prédio em que se localiza sua escola est4 em movimento em telagao a ~ Terra? E em relago ao Sol? 2) (FM. Santos-SP) Considere um ponto na superficie da Terra. Podemos ~— afirmar que: a) 0 ponto descreve uma trajetoria circular. b) 0 ponto esta em repouso. ©) 0 ponto descreve uma trajetéria eliptica. ) 0 ponto descreve uma trajet6ria parabdlica. ~~. e)a trajetoria descrita depende do referencial adotado. Ponto _de referén zontalmente deixa cair uma bomba. Desprezan- do a resisténcia do ar, es- creva qual € a trajetéria da bomba: a) em relacéo a um referencial fixo na Terra; b) em relagéo a um referencial fixo no aviao. 4) Um carro em movimento sobre uma estrada plana e horizontal é acompa- nhado por um helicéptero que se mantém sempre acima do carro, com a mesma velocidade. a) Em relacao ao carro, o helicéptero estd em repouso ou em movimento? b) Se o piloto do helicdptero deixar cair um objeto, qual seré a trajetéria do movimento desse objeto? 14 copituio2 + Descrigo de Movimentos Movimento em uma dimensao Como jé foi dito, trajetéria é uma linha geométrica (unidimensional) que representa o caminho descrito por um mével. ‘Anio ser que se determine 0 contrario, consideraremos todo o estudo i cial do movimento sobre a propria trajetéria, isto ¢, sobre uma linha geométri- ca. Em outras palavras, estudaremos 0 movimento em uma dimenséo. Por enquanto isto é muito conveniente, pois a posigao de uma particula 20 longo de uma trajetéria pode ser dada através de um nico niimero real. Posigao ae longo de uma trajetéria Suponha uma particula no ponto A da trajet6ria desenhada abaixo, onde cada divisdo vale 1 cm. Onde esté a partfcula, isto é, qual é a posicéo da partfcula na trajet6ria de- senhada? Da maneira como esta, seré dificil dar uma resposta precisa, nao acha? ‘Vamos entao escolher um ponto como origem (0) e uma orientacao positiva para a trajetéria. ® ) ° oe 3 eo origem 4 orientagso posicdes positive Qual ¢ a posigio da particula na trajet6ria? A medida algébrica (positiva ou negativa) do segmento que vai da ori- gem (0) até o ponto considerado representa a posi¢ao (ou abscissa) da parti- cula e a representaremos pela letra S. Assim, na trajet6ria anterior: S, = 4cm Verifique a seguir como se torna fécil dar a posicéo de uma particula em qualquer ponto da trajet6ria. \ Velocidade média Considere uma particula em movimento na trajetéria esquematizada a se- guir e ocupando as posicdes indicadas em cada instante. (ty) ty @® corigem das | a Pea Beass ree eragh Peart a hos OF a IN Og 8: No instante inicial t,, a posigao inicial é 5, No instante final, a posigao inal é;, O intervalo de tempo (At) decorrido é a diferenca entre o instante final (t,) € 0 instante inicial (t,). : At=t-t A variacao de posi¢ao (AS) é a diferenga entre a posicao final (S,) e a posigo inicial (S,). AS =5,-5, A velocidade média (V,,) 0 quociente entre a variagao de posigao (AS) e © correspondente intervalo de tempo (At). a oe At h-t ‘As unidades de medida de velocidade sao as unidades de comprimento (metro, quilémetro, centimetro, etc.) divididas pelas unidades de tempo (se- gundo, hora, minuto, etc.). No SI.a unidade de velocidade é 0 metro por segun- do (m/s), embora se use freqiientemente o quilémetro por hora (km/h). Velocidade instantane: Velocidade instantanea significa velocidade num dado instante e nao num intervalo de tempo. O velocimetro dos automéveis é um aparelho que permite medir a velocidade instantanea, pois, a qual- quer momento em que se queira sa- ber a velocidade do carro, basta olhar a indicagao do ponteiro. 16 coptulo2 + Desc; de Movimento Geralmente, a indicacao dos velocimetros é dada em km/h. Para se trans- formar km/h para m/s, basta lembrar o seguinte: 1km = 1.000 m tin 1.000 1 1h=60min} 44 _ km _ 1.000m 1 ys 1 mi a rnescons} hes 6 Portanto, vale o esquema de transformagao a seguir: C x36 \ km/h m/s Sinal da velocidade O sinal da velocidade esta relacionado com o sentido de movimento do ponto material: * A velocidade é positiva quando a particula se move no sentido dos es- pacos crescentes. Nesse caso, o movimento é chamado progressivo. + A velocidade é negativa quando a particula se move no sentido dos es- pacos decrescentes. Nesse caso, o movimento ¢ chamado retrégrado. v>0 =i Jive eee eee progressive retrégrado EXEMPLOS Uma particula em movimento sobre a trajetéria abaixo ocupa sucessiva- mente as posicées A, B,C e D, nos instantes de tempo indicados. Deter- mine a velocidade média: (4=0) Hie 5 BL torrie) te = 38) final ty=2s—>S,=0 b) entre BeC inicio ty = 2s => Sp =0 final te=3s>Sc=5m ) entreCeD ate emacs ae icio te = 38 9 Sc final tp=48=Sp= WA posicdo de um mével pode ser dada através de um gréfico (ou diagra- ma) da posicao (eixo vertical) em funcao do tempo (eixo horizontal). Com base no grafico ao lado, deter- mine as velocidades médias entre Ae B, entre BeC, entreCeDe entre Ae D. Do gréfico: emA = ty=0 = S,=10m emB = t;=2s = S;=20m emC = tc=4s = Sc=30m emD = t)=6s > S)=10m 2-0 30-20 alconays 402 | ee iy f eae” 2 Vg 885558. 10-10. 0. as | At t- 6-0 6 wUm mével tem velocidade de 72 km/h. Quanto vale essa velocidade em m/s? ve2-2 5 V=20m/s 36 vEm um determinado instante, a velocidade de uma motocicleta é de 30 m/s. Que valor indica 0 velocimetro da moto? V=30.3,6=108 = V=108km/h Um automével faz uma viagem de 240 km. Metade do percurso € feita com velocidade média de 60 km/h e a outra metade, com velacidade média de 40 km/h. Qual foi sua velocidade média no percurso todo? fee Re orien 120 km 120 km, 60 km/h 40 km/h (1 parte) (2° parte) O cotiis sapsis ate 1* parte: AS = 120 km Pee } ee =2h 120 Vey = 60 km/h er 24 parte: AS = 120 km pa ve AS _ 120 ee Athair, Fnggaring Ata = At; + Atp=2h+3h=5h AS 240 km Yau on = 48 km/h Vy = 48 km/h EXERCICIOS 5) Dé a posigao da particula em cada um dos pontos indicados na trajet6ria abaixo. 30 (m) 6) A posicéo de uma particula em fungao do tempo é dada pela tabela: Ar | Balrer opr [a X(m) -10 0 30_| 40 10 t(s) 0 2 4 6 8 Determine a velocidade média da particula: : a)entreAeB; b)entreBeC; c)entreCeD; —_d)entreAeE. TO grafico ao lado mostra comio varia a posigao de um mével em fungao do tempo. Determine a velocidade média entre: a)AeB; b)BeG c)CeD; o)AeD. 8» No exercicio anterior, que tipo de movimento (progressivo ou retrégrado) 0 mével realiza: a) entre Ae B? b) entre Ce D? 9 Transforme em m/s: a) 36 km/h; b)54 km/h; c)90 km/h. 10) Transforme em km/h: a) 5 m/s; b)35 m/s; ¢) 100 m/s. Capito 2 + Descrio de Movimento 19 11) Uma formiga percorre a trajetéria ao lado indo do ponto A até o ponto B e depois voltando ao ponto A. A 20 om distancia efetivamente percorrida e lear A a variacao de posicao da formiga va- lem, respectivamente: 8 a)zeroe20cm —_b) 20cme 20cm )40cmezero d) 40 cme 20cm 12) O tempo médio de um atleta olimpico para a corrida de 100 m rasos é de 10s. A velocidade média desse atleta, em km/h, é de, aproximadamente: a) 12 b) 24 ©) 36 4) 48 e) 60 (ITA-SP) Um motorista deseja percorrer a distancia de 20 km com a velo- cidade média de 80 km/h. Se viajar durante os primeiros 15 minutos com velocidade média de 40 km/h, com que velocidade deverd fazer o percur- ‘so restante? Aceleracée média Quando a velocidade de uma particula em movimento varia no decorrer do tempo, dizemos que ele apresenta aceleragio. Suponha a situacdo indicada na trajetéria abaixo. vy ee ee (tu! No instante inicial t,, a velocidade inicial é V,. No instante final t,, a velocidade final é V,. No intervalo de tempo At = t, - t,, ocorre uma variagéo de velocidade AV=V,-V;. Aaceleragio média (a,,) € 0 quociente entre a variagao de velocidade (AV) € 0 correspondente intervalo de tempo (At). a, eee At ht As unidades de medida de aceleracao sao as unidades de velocidade (m/s, km/h, cm/s) divididas pelas unidades de tempo (segundo, hora, minuto, etc.) » No Sl aunidade de aceleragio seré moa m/s? (metros porsegundo.ao quadrado). 20 coptulo + Desaizbe de Movimentos EXEMPLOS V Considere um mével sucessivamente nas posigées A, B, Ce D, nos ins- tantes de tempo indicados e com suas respectivas velocidades. atch 50 mis peed * 8 0 (28) Pel c (6s) Determine a aceleragao média: a) entre AeB infcio ty=2s => V,=20m/s final ty=5s = V3=50m/s te = aj, = 10 m/s* b) entre Be C inicio t= 5s = Vp=50m/s final t= 6s = Vo=80m/s ©) entre CeD inicio te= 6s > Ve=80m/s ee final tp =10s = Vp= 60 m/s AV _ 60-80 _ At 10-6 Determine a aceleragéo média do mével cuja ve- locidade instantanea va- tia de acordo com o dia- grama ao lado, entre 0 e 10s. t-0 = V,=50m/s t= 10s > V.=0 AV _ 0-50 _ -50 =a aS At 10-0 10 am = — 5 m/s* Ccopitlo2 + Deserxfo de Movimentos 21 EXERCICIOS 14 Determine a aceleragdo média da partfcula que ocupa, nos instantes indi- cados, as posigdes A, B e C da trajetéria desenhada abaixo: Vo = 0 (2s) (6s) a)entreAeB; —_b)entreBeC. 15) Qual é 0 intervalo de tempo necessério para que um mével cuja acelera- sao média é igual a 5 m/s* sofra uma variagao de velocidade de 25m/s? 16) Um mével parte do repouso e atinge a velocidade de 10m/s em 5s. Qual é a aceleragéo média do mével nesse intervalo de tempo? 17) A velocidade de uma lancha em fun- 40 do tempo obedece ao grafico ao lado. Determine a aceleraco média da lancha entre 0 e 5s. A aceleracao instantanea é a grandeza que mede a rapidez com que a velo- cidade varia num dado instante, isto é, a aceleragao instantanea é a aceleracdo medida num determinado instante e nao num intervalo de tempo. | Acelerac&o instantaénea Movimento acelerado e retardado Um movimento é acelerado quando a velocidade instanténea aumenta em valor absoluto no decorrer do tempo. Um movimento é retardado quando a velocidade instantanea diminui em valor absoluto no decorrer do tempo. acelerado = | V | aumenta retardado = | V | diminui (22 capituio2 + Descricio de Movimentos * ( ce£ccy C t © & x Como tanto a velocidade quanto a aceleragéo podem ser positivas ounega- tivas, é necessdrio o maximo cuidado ao se caracterizar um movimento como acelerado ou retardado. ‘A maneira mais pratica é verificar o sinal (ou 0 sentido) tanto da velocida- de quanto da aceleragao. movimento acelerado —> aceleracdo e velocidade tém o mesmo sinal (mesmo sentido) movimento retardado —*> aceleracao e velocidade tém sinais contrarios (sentidos contrarios) EXEMPLO W/Nos casos a seguir classifique o movimento do veiculo no intervalo de tempo fornecido, Vy, = 10m V, = 40m/s oa ie (ty = 23) (ty = 63) movimento progressivo + V>0 ; acelerado ay = AV. 40-10 2410 mj? —> aia At 5-2 28 caso: Vz = 10m/s ® it; = 0) ity = 25) movimento progressivo + V>0 retardado -, = AV. 10-50 _ 99 myst —> Malo At 2-0 movimento retrégrado —* v<0 oe acelerado an7 = a2) 5 mit — JaIRO Observe que a aceleracao pode ser negativa e o movimento ser acelerado, copie 2 + Descgiode Movinertos | 28 tty (t, = 28) movimento retrégrado —> v<0 * retardado age ee 0) mje > ee At EXERCICIOS 18 Em cada um dos casos a seguir so dados os valores instantaneos da velo- cidade e da aceleragao de uma particula. Para cada caso, escreva se o mo- vimento é acelerado ou retardado. 1) V=20 m/s a= 10 m/s* 11) V=-10 m/s a=5m/s? Ill) V=8m/s a=-3m/s? IV) V=-50 m/s a=-7m/s* 19) Uma particula move-se em trajetéria retilinea com aceleragio constante de 5 m/s*, Isto significa que em cada segundo: a) sua posicao varia de 5 m. b) sua velocidade varia de 5 m/s. ¢) sua aceleragao varia de 5 m/s? d) seu movimento muda de sentido. e) sua velocidade nao varia. 20) Num dado instante, o movimento de um mével ¢ acelerado. Pode-se afir- mar que nesse instan\ a) a velocidade ¢ positiva. b) a aceleragao é positiva. ¢)a velocidade e a aceleragao tém sinais contrérios. d) a velocidade e a aceleracao tém o mesmo sinal. e) seu movimento ¢ progressivo. (21) Um certo tipo de foguete, partindo do repouso, atinge a velocidade de 12 km/s apés 36 s. Qual a aceleragao media, em km/s”, nesse intervalo de tempo? a) zero b)3 1/2 d)1/3 e)2 (2B cophlo2 » Descr:fo da Movenantos Movimento Uniforme Se um ponto material em movimento (geralmente denominado “mével”) apresenta uma velocidade constante no decorrer do tempo, diremos que ele executa um movimento uniforme (MU). Nessas condigées a velocidade em qualquer instante apresenta o mesmo valor que a velocidade média, ou seja: Fungao horari Considere um mével em movimento uniforme na trajetéria esquematizada laseguis to = 0) rn GQ Sitetgeene OS Se fe canal LR arated No instante inicial t, = 0, a posicdo inicial é Sp. No instante final t, a posigao final € S. ‘A velocidade média nesse intervalo de tempo sera: yw 8S Stay yr Saga ay At t-0 t (fungao horaria do MU.) onde ) eV sdo constantes (V # 0) e Se t sao varidveis, isto é, a cada valor de t existe um correspondente valor de S. coptulo’3 * Movimento Unitorme 25 EXEMPLOS v Um mével realiza um movimento que obedece a funcao: $=-20+5.t(SI) a) Qual é a posigao inicial (S,) e a velocidade (V) do mével? S= S+V.t] S)=-20m $=-20+5.t | V=5m/s b) Qual é a posiciio do mével nos instantes 0, 1s, 2s,35,4se5 5? t=0 >S=-20+5.0=-20+0 =-20m t=1s=>S$=-20+5.1=-20+5 =-15m t=2s>S t=3s>S t=4s => S=-20+5.4=-20+20=0m t= 5s S=-20+5.5=-20+25=+ 5m ©) Em que instante 0 mével passa pela origem das posigdes (S = 0)? Doitem anterior —- S=0 > t=4s ¥ Um mével em movimento uniforme parte da posicao 100 me 3s depois passa pela posigao 70 m. Pedem-se: a) a velocidade do mével: t=0 =5,=100m t=3s>S = 70m by =v, 6 Sai 702100). 230) t 3-0 3 b) a funcao horéria das posicdes. S)=100m ] S=S,+V.t V=-10m/s} $=100-10¢ (SI) = V=-10m/s c) o movimento é progressivo ou retrégrado? O movimento é retrogrado, pois a velocidade é negativa (V = -10 m/s). EXERCICIOS 1 A fungao horéria das posigdes de um mével é: $=30+5.t (S—>m,t—s) Determine: a) a posigao inicial e a velocidade; ) a posigao no instante t =5 s; ©) 0 instante em que a posigio é $ = 80 m. 26 copto3 Movimento Untorme { cage C 2 A fungdo hordria que dé a posigio de uma particula em funcao do tempo é: $=-50+10.t (SI) a) Determine o instante em que a particula passa pela origem das posigdes. 'b) Complete a tabela abaixo. S(m) +6) Oi [Seta ee ek | S Graficos do movimento uniforme Grafico da aceleragao (aceleragao x tempo) V=cte (#0) + a=0—> —+ reta coincidente com 0 eixo dos tempos Gréfico da velocidade (velocidade x tempo) V =cte (#0) + reta paralela ao eixo dos tempos V>0— reta paralela acima do eixo dos tempos V <0 — rela paralela abaixo do eixo dos tempos av ay veo vso Gréfico da posigéo (posigao x tempo) MU—+S=5)+V.t —* fungao do 1° grau > —+ reta inclinada em relagio ao eixo dos tempos V >0— reta inclinada para cima (crescente) V <0 — rela inclinada para baixo (decrescente) Importante: As funcées hordrias ou os graficos nada informam sobre a tra- jetoria, Em outras palavras, nao é porque um grafico de um movimento é uma reta que 0 movimento seré retilineo. O fato de o grafico ser uma reta apenas indica que a funcao hordria é constante ou do I? grau. , Koh EXEMPLOS / Uma particula em MU obedece a fungao: $=10-5.t (SI) a) construa 0 grafico da posigao correspondente, do instante t = 0 até o instante t= 4s, t=0 +S=10-5.0=10-0 = 10m t=1s>S=10-5.1=10-5 = 5m t=2s>S=10-5.2=10-10= Om t=3s=>S$=10-5.3=10-15=-5m t=4s=>S=10-5.4=10-20=-10m Colocando os valores obtidos em uma tabela: S(m) 10 5 0 5 -10 (5) ears 3 4 Levando esses valores para o grafico: b) construa o gréfico da velocidade. Avie Slo eel vm amfetets) nse we S=S4Vit Oo a Ate al c) construa o grafico da aceleragao. V=-5m/s(cte) + a=0 Ga Rr ec ay Sey 28 Copitulo3 + Movimento Uniforme / O grafico das posigées de um mével no decorrer do tempo ¢ dado a seguir: Determine: a) a posicao inicial: Do grafico > t=0 = — §)=-10m b) o instante em que o mével passa pela origem das posigées: Dogréfico > S=0= t=2s ¢) a velocidade do mével: t=0 = S,=-10m t= 85 > S,= 30m 30 - (-10) 30+ 10 40 Vouin #¥g= 02010) . 904102 40's ae oer. "i ; 5 m/s d)a fungao horaria das posicoes: S=S,+V.t=> S=-10+5.t (SI) /Dois carros A e B partem simultaneamente das posigdes indicadas na figura, com velocidades constantes. ae gees cca or ST 1 Sate 1 an 100 km 1 00 tn =p a) Qual é o instante em que ocorreré a ultrapassagem do carro A pelo B? Na ultrapassagem, os dois carros estarao na mesma posicao, isto é: caroa | 907 20Km Sy=So+V.t V=80km/h) S,=20+80.t carop 710k | Sp=S)+V.t Vv=60km/h{ $= 100+60.t Sa Sp Sq=Sp => 20+80.t=100+60.t => t=4h Capitulo 3 + Movimento Uniforme 29 b) A que distancia da origem ocorrerd a ultrapassagem? Substituindo-se o tempo encontrado numa das duas fungdes obtidas obtém-se: S,=20+80.4=340km ou Sy= 100 +60.4=340 km A ultrapassaré B a 340 km da origem dos espacos. “A posigao de um mével varia no decurso do tempo de acordo com 0 grafico abaixo. Determine: Sim) a) qual € a posicdo inicial do mével? t=0 > S=S,=10m b)em que intervalo(s) de tempo(s) o mével apresentou movimento pro- gressivo? deQa2sede9sai3s ) em que instantes 0 mével passou pela origem dos espacos? no instante t = 7 s e no instante t = 13 s. d) qual é a velocidade do mével no instante t = 1 s? no instante t = 1s sua velocidade é igual a velocidade média entre 0 e2 s: te1s = V-v,=49 Boe -B-sm/s At 2-0 0 2s ) qual € a velocidade do mével no instante t = 8 s? no instante t= 8 s sua velocidade ¢ igual a velocidade média entre 5 se 9 s: tS8b 6 Voy AS a0 0 are LL) “oat 9-5 4 5s 98 YNo grafico abaixo, determine a variagao de espaco do mével no intervalo de0sal0s. v (mis) ° 10 ts) VaVg= 5 = As=V.At= — As=2.10=20m Copitulo3 + Movimento Uniforme EXERCICIOS > A funcio hordria das posigdes de um mével é: S=-50+2.t (SI) Construa os gréficos da posigao, da velocidade e da aceleragao. > Repita o exercicio anterior para a fungi S=18-6.t (SI) 5) O grafico da posigéo em funcao do tempo para um mével em MU é dado a seguir: Determine: a) a posigao inicial do mével; b)a velocidade do mével; c) a fungao horaria das posigdes do mével; d) 0 grafico da velocidade; e) 0 grafico da aceleracao. 6) (UFMG) Duas esferas se movem em linha reta e com velocidades constan- tes ao longo de uma régua centimetrada. Na figura esto indicadas as velocidades das esferas e as posigdes que ocupavam num certo instante. 5 cmis 3 omis > - --@--- al Oey ee ie 74. 8 te oe tz? delat ting abl lenee 29 As esferas irdo colidir na posi¢ao correspondente a: a) 15cm b) 17cm ©) 18cm d) 20 cm e) 22cm Testes 7 ¢ 8 - Dois méveis, A e B, percorrem uma trajetéria retilinea con- forme as equagies horarias S, = 30 + 20 t e Sy = 90 ~ 10 t, sendo a posicao S em metros e 0 tempo t em segundos. T No instante t = 0 s, a distancia entre os méveis, em metros, era: a) 30 b)50 ©) 60 d) 80 e) 120 O instante de encontro dos dois méveis, em segundos, foi: a)1 b)2 93 d)4 5 Caples + Movimento Untorme 31 9 (Fuvest-SP) O grafico representa a posicao de urna particula, em mo- vimento retilineo, como funcao do tempo. Assinale a alternativa correta: a) Entre 0'se 10 sa aceleracao vale 0,1 m/s*, b) Entre 10 s e 20s a velocidade € 0,3 m/s. c) No instante t = 15s a velocidade é 0,2 m/s. d) Entre 0's e 20s a velocidade média é 0,05 m/s. ¢) Entre 0's e 30 sa velocidade média € 0,1 m/s. 10) (EE. Séo Carlos-SP) O grafico da figura representa a distancia per- corrida por um homem em fungao do tempo. Qual o valor da veloci- dade do homem quando: a)t=5s b)t=20s Oy grey 207 SU. ge, 11 Os valores das velocidades dos méveis cujas fungées hordrias estao re- presentadas nos gréficos abaixo sao, respectivamente: Sim) 4 sim) 20 20 o even? "neiee a 2 2 tis) jo us) a)zeroe40m/s b)10m/se5m/s c)5m/sezero d)-10m/sezero 12) No grafico ao lado tém-se os (km) dados obtidos durante o movi- A mento de dois carros Ae B.A B velocidade do carro A é: a) maior que a do carro B. 'b) menor que a do carro B. 2 ©) igual a do carro B. d) nada se pode concluir sobre a velocidade a dos carros. ie 1th) 13° Um mével percorre uma trajet6ria retilinea obedecendo a equagao hordria: S=3.t+6 (SI) A velocidade média entre os instantes t= 1 set = 5s vale: a)im/s b)2m/s_c)3m/s_—d) 6m/s 14 0 grafico ao lado mostra como varia a posig’o de um mével com 0 tempo, Sua fun¢ao hord- ria das posigdes no SI é: a)S=20-10.t o)S b)S=-20+10.t — d)s -20 +20. -20+ 40. 32 capitulo 3 + Movimento Uniforme ; 4 Movimento Uniformemente Variado Se um mével apresenta aceleracao constante no decorrer do tempo, dire- ‘mos que ele executa um movimento uniformemente variado (MUV). Nessas condigdes a acelerago em qualquer instante apresenta o mesmo valor que a aceleragio média, ou seja: a, = a MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO (M.U.V.) Fungées horarias do M.U.V. Considere um mével em MUV na trajetéria esquematizada a seguir. No instante inicial ty, a velocidade inicial é Vo. No instante t, a velocidade é V. Aacelerag4o média nesse intervalo de tempo sera: av _V-V, V-V, V-V, a, = AV = Yo 5 ae Yo 3 tna 5 At t-0 t t a = V-Vpra.t 3 VeVptact {funsio hordria das velocidades do MUV) onde V, ea sao constantes (a# 0)e V e t sio varidveis, isto é, para cada valor de t existe um correspondente valor de V. Pode se demonstrar que no MUV a posigdo varia no decorrer do tempo de acordo com a fungao: S=S)+Vo.t+ a .@ (fungao hordria das posigdes do MUV) ~ onde §, (posigao inicial), Vo (velocidade inicial) e a (aceleragao) sé constantes (a#0). Note que a funcao horaria das posigdes do MUV é do 2° grau. Copiulo 4 + Movimento UntomemerteVariode | 38 Resumindo, no M.U.V. S=S)+Vp.t+—.# V=Vota.t a=a,=cte (#0) EXEMPLOS # Dadas as fungées hordrias das posicdes de um mével em MUV no Sistema Internacional de Unidades, determine $,, Vj ¢ a e escreva as fung6es hord- rias das velocidades correspondentes. a)S=-10+5.t+3. op (SL). $= /-10'+ “ Bite! 3. S=! Syi4iVp!.t +! He V=Vj+a. b)S=7-20.P (SI) S=i7i+10%. t +120). Ae S=ISyi+ Vo. tt co we V=Vota. S=-t+e (SL) s=lolsaltei ie H1Si4iVoite Sie S=iSi+!¥o te V=Vora. d)S=-2.0 GL) S=!0l+i0 Lt +iCay.e as S)=-10m =5m/s a 223 = a=6m/s? 2 = m/s’ t=> V=5+6.t (SI) =7m =0 =-20 = a=-40 m/s? nv] as t=> V=-40.t (SI) S)=0m Vo =-1 m/s a PAL rie igloo 7 a=2m/s t= Ve-1+2.t (SD S)=0 Vy=0 S22 = a=-4m/s? 2 V=Vota.t => V=0+(-4).t= V=-4.t (SI Copitle& + Movimento Unformemant Vriado / Um mével varia sua posigao no decorrer do tempo, obedecendo a fungao: $=9+3.t-2.1 (noSl) Determine: a) a fungao horéria das velocidades VaVo+ta.t> V=3-4.t (I b) a posicao e a velocidade do mével emt =55 $=9+3.5-2.5'=9+15-50 => S=-26m V=3-4.5=3-20 > V=-I7m/s Um movel tem velocidade inicial de 40 m/s. Apés 5s, sua velocidade é de 30 m/s ea aceleragao é constante a) Qual 0 valor da aceleragio? AY _ 30-40 At 5 MUV = a=a, b) Qual a equacio das velocidades? V=Vota.t= V=40-2.t GI) c) Qual o instante em que a velocidade se anula? V=0 > 0=40-2.t=2.t=40 = t=20s v A equacio das velocidades de um, mével é: V=30-5.t (noSI) a) No instante t = 3 s, o movimento é acelerado ou retardado? V=30i-5i.t ; orl 5 a=-Sm/st(cte) = a<0 V=Vo thant retardado t=3s = V=30-5.3 = V=l5m/s = V>0 CCopitulo 4 * Movimento Uniformemente Voriado 35 b)em que instante o mével muda o sentido de movimento? Isto ocorre quando a velocidade se anula V=30 -5t 0=30-5t 5t=30 > t=6s EXERCICIOS 1 A velocidade de um mével obedece a funcao: V=20-5.t (SI) a) Qual o valor da velocidade inicial e da aceleracéo? 'b) Qual o valor da velocidade em t = 10 s? c) Em t = 10s, omovimento é acelerado ou retardado? 2» A posicao de um mével varia de acordo com a fungio: $=42-20.t+2. GI) Pedem-se: a) Sy, Voe a; b) a fungao hordria das velocidades; ©) 0 instante em que a velocidade se anula; d) a posigao no instante t = 4s. 3) Um mével parte do repouso (V= 0) ¢ atinge a velocidade de 20 m/s em 55, Sendo a aceleragao constante, determine: a) a aceleracao do mével; b) a equacao das velocidades. 4 Em relagao ao exercicio anterior, sabendo-se que o mével iniciou o movi- mento na posigio S, = 15 m, determine a fungao hordria das posicdes do mével. Equagao de Torricel Pode se eliminar a varidvel t das fungdes hordrias e das posigées das velo- cidades do MUV e deduzir a equacao a seguir: VEV,+2.a.AS — (equacio de Torricelli) onde: V, éa velocidade inicial; V €a velocidade final; a 6 aaceleracio (cte) e AS é a variacao de posicao (AS = S - S,) 36 Capitulo 4 * Movimento Uniformemente Variodo EXEMPLOS “Um mével parte do repouso (Vp= 0) com aceleracao constante de 2 m/s* Qual serd sua velocidade apés ter percorrido 16 m? Vy =0 Vi=V§+2.a.AS a=2m/s* V2=0?+2.2,16 AS =16m Vi=64=>V=V6l = V=8m/s v=? “Uma moto esté desenvolvendo uma velocidade de 72 km/h. Repentina- mente, aparece um obstéculo & frente da moto e o motoqueiro aciona os freios, provocando uma aceleragao contréria a0 movimento de 5 m/s*, constante. a) Qual foi o espaco percorrido até parar? Vo = 72 km/h = 20 m/s a =-5 m/s* (aceleragio contraria ao movimento) V =0 (parou) Vi=Vi42.a.AS => P= 20?+2.(-5).AS => = 0=400-10.AS = 10.AS=400 > AS=40m 'b) Qual foi a velocidade média da moto nesse intervalo de tempo? V=Vy tat => 0=20+(-5).t > 5t=20 > t=4s Vi = 10 m/s Perceba que neste caso (e sempre que tivermos M.U.V.), a velocidade mé- dia coincide com a média aritmética das velocidades V,,= 22+ 2 =10m/s. Velocidade média no M.U.V. Num movimento uniformemente, variado, a velocidade média (V,,), para um dado intervalo de tempo (ty; ;), é igual 4 média aritmética entre as respecti- vas velocidades V; e V2. Capitulo 4 * Movimento Uniformemente Variado 37 EXEMPLO ~ Um objeto realizando MUV apresenta velocidade de 6,0 m/s no instante 4,0 s e velocidade de 12 m/s no instante 7,0 s, a) calcule sua aceleracao média nesse intervalo de tempo. t=4,0s = V,=6,0m/s AV t,=7,0s > V,=12m/s} ™ At a=2,0 m/s? 'b) 0 que ocorreu com a aceleracéo em cada instante, desde 4,0 s até 7,0 s? Como se trata de um MUV a aceleracao em cada instante desse interva- lo de tempo é igual a aceleracao média. c) calcule a velocidade média no referido intervalo de tempo. aN 028 B-s0m/s = Va =9 m/s EXERCICIOS 5 Um trem apresenta velocidade de 20 m/s. Ao frear, é aplicada uma desaceletacao constante de 4 m/s*. Qual € a distancia percorrida pelo trem até a parada final? Um mével parte do repouso com aceleragao_constante de 3 m/s’, Qual serd sua velocidade apés ter percorrido 24 m? (UFRN) Um trem corre a uma velocidade de 20 m/s quando o maquinista vé um obstéculo 50 m a sua frente. A desaceleracio minima que deve ser dada ao trem para que nao haja choque é de: a)4m/s? b)2 m/s? ¢) 1 m/s? d) 0,5 m/s? e) zero (MACK-SP) Uma particula, inicialmente em repouso, passa a ser acelera- da constantemente a razao de 3,0 m/s? no sentido da trajetéria. Apés ter percorrido 24 m, sua velocidade é: a)3,0 m/s 4) 72 m/s b)8,0m/s e) 144 m/s ¢) 12 m/s (PUC-SP) A velocidade de um carro é, no instante em que o motorista nota que o sinal fechou, 72 km/h. O tempo de reacao do motorista é de 0,7s (tempo de reacio = tempo decorrido entre o instante em que o moto- rista vé o sinal fechar até aquele em que aplica os freios) e os freios apli- cam ao carro um retardamento uniforme de 5 m/s*. A distancia per- corrida pelo carro, do instante em que o motorista nota que o sinal fechou até parar, é: a)54m b)20m 14m d) 10m e) 44m Copitule 4 * Movimento Uniformemente Variado 10 Um ponto material passou por com velocidade de 8,0 m/s e x atingiu o ponto B com veloci- if dade de 12 m/s. Sua acelera- Q Ao se manteve constante. : a 8 Determine: a) aaceleragéo |+——_ 29 m —_>| b) a velocidade média entre A e B. Graficos do M.U.V Gréfico da posigao (posicaéo x tempo) MUV —+S=S) + Vy .t+ Ea = —> fungio do 2° grau —+ parabola a> 0—* concavidade voltada para cima a <0 —* concavidade voltada para baixo s EXEMPLO v Construir o grafico $ x t para um M.U.V que obedece a fungao horéria: $=21-10t+P (S.)). Para cada valor de t podemos obter o correspondente valor de S: t= 0s > S=21-10.0+0?=21m t= 1s 3 $=21-10.1+P=12m 2s = S=21-10.2+2=5m 3s = $=21-10.3+3*=0m 4s => $=21-10.4+4=-3m 5s > $=21-10.5+5=-4m 6s > S=21-10.6+6=-3m 78 => $=21-10.7+7=0m 8s => S=21-10.8+8=5m 9s > S$=21-10.9+9%=12m t=10s > S=21-10.10+10*=21m Capitulo 4 + Movimento Uniformemente Variado 39 marcando-se os pares ordenados (t; 5) obtém-se: Observe que: a) nos instantes 3 s e 7 s o mével passa pela origem das posigdes. b) no instante 5 s o mével inverte o sentido de seu movimento, ou seja, nesse instante sua velocidade se anula. c) entre 0 e 5 s, o movimento é retrégrado. A partir de 5 s passa a ser pro- gressivo. d)entre 0 e 5 s, o movimento retardado (a > 0 e V <0). A partir de 5s 0 movimento acelerado (a > 0 V > 0). Grafico da velocidade (velocidade x tempo) MUV — V=V,+a.t—* funcao do 12 grau + — reta inclinada em relagio ao eixo dos tempos a> —*reta inclinada para cima (crescente) a <0 —* reta inclinada para baixo (decrescente) v EXEMPLO ~ Construir o gréfico V x t para um M.U.V do exemplo anterior, que obede- ce & fungao hordriaS=21-10t+t Gi). AQ capinios + Movimento Untormemente Vario Primeiramente vamos obter os valores da velocidade inicial (V,) e da ace- leracao (a) por comparagao: S= 21- 101.t+ S= Syi+ Vo! tt Vp=-10m/s 2 a1 = a=2m/s* 2 Portanto: V = V+ at V=-10+2t SI. Para cada valor de t podemos obter o correspondente valor de V: t=0 => V=-10+2.0=-10m/s t=1s > V=-10+2.1=-8m/s t=2s = V=-10+2.2=-6m/s t=3s = V=-10+2.3=-4m/s t=45 = V=-10+2.4=-2m/s t=5s > V=-10+2.5=0m/s t=6s = V=-10+2.6=2m/s t=7s > V=-10+2.7=4m/s Marcando-se os pares ordenados (t; V), obtém-se: Observe que: a) no instante 5 s a velocidade se anula, ou seja, ocorre a inversao do sen- tido do movimento. b) entre 0 e580 movimento ¢ retrégrado (V <0) e retardado (V<0ea>0). ©) a partir de 5 s 0 movimento é progressivo (V > 0) e acelerado (V>0ea>0). Copiuo 4 + Movimento Uniformemente Varodo 41 Gréfico da aceleragao (aceleracao x tempo) a= cte (# 0) —* reta paralela ao eixo dos tempos a > 0 —* reta paralela acima do eixo dos tempos a <0 —*reta paralela abaixo do eixo dos tempos EXEMPLO / Construir 0 gréfico v x t Epa mével do exemplo anterior, cuja fungo horariaé S=21-10t+# (GD. Como ja foi deduzido, neste caso a = 2 m/s* (constante). Portanto: t=0s > a=2m/s? t=1s > a=2m/s? t=7s = a=2m/s* Marcando-se os pares ordenados (t; a), obtém-se: ‘Aa mis?) 42 capitulo 4 + movimento Unitormemente Voriado Resumo dos graficos do M.U.V. AS aco | S = Sy + Vot tat? ' a | (tungso do 2° grau) of omit }__{ _» ' oat t avo Avot | acelerado rermsie Veo +e i \ ° | oN (fungo do 1° grau) > > jo t ° t retardado @ = constante (fungio constante) Fi EXERCICIOS If A funcao horéria das posigdes de uma particula é: $=3-4.t+# (noSl) a) Determine as posicées da particula nos instantes 0, 15,25, 3se4s. b) Complete a tabela a seguir: S(m) ts) ey [anaes [ras | ) Construa o grafico posicao x tempo. {2 Em relacao ao exemplo anterior, determine a fungao horaria das velocida- des e complete a tabela. Vom/s) ws) Lolil2[3[4 13 Construa os graficos da velocidade e da aceleragao em fungao do tempo. Copitulo 4 + Movimento Uniformemente Voriado 43. 14 grafico da posigao de um mével em fungao do tempo é dado ao lado. Com base nesse grafico, pergunta- se: a) Qual é o instante em que o mével inverte o sentido do movimento e a velocidade se anula? b) A aceleracao é positiva ou negati- va? Justifique. ©) Em que instantes 0 mével passa pela origem das posigées? d) Em que intervalo de tempo 0 movimento é acelerado? e) Em que intervalo de tempo o movimento é retardado? 15) A posicao de um mével varia com o tempo conforme mostra o diagrama ao lado. Determiné a) a posigao inicial e o sinal da acele- ragao; b) em que instante o mével inverte o sentido do movimento; c) em que instantes 0 mével passa pela origem das posicées; d)em que intervalo de tempo o mo- vimento é retardado. 16 S=12t-3t (Semmetems)éa fungao hordria do movimento unifor- memente variado de um mével. Determine para esse mével: a) 0 espago inicial S, a velocidade inicial V, a aceleracao a do movimento; b) os graficos Sx t, Vxteaxt; c) o instante em que passa pelo marco zero. 4) 0 instante em que muda o sentido do seu movimento; €) os intervalos de tempo em que o movimento é retardado e em que é acelerado. 44 cophio& + Movimento UitormementeVariado Propriedades do: Grafico S x t Neste grafico a inclinacdo da reta representa numericamente a velocidade do mével. V=Va= a8 go ——numericamente igual E importante frisar que o Angulo 8 seré geometricamente correto se as esca- las de representacao nos eixos forem iguais. Se as escalas nao so as mesmas nos dois eixos, o Angulo estaré distorcido, mas a tangente trigonométrica do mesmo teré um valor correto porque estamos medindo os catetos opostos e adjacentes usando os valores dos eixos, independentemente de escala de repre- sentagao. Se o grafico S$ x t for curvilineo a propriedade continua valida, porém a tangente terd uma inclinacao diferente a cada instante. Gréfico V x t ~ Neste gréfico ha duas propriedades: 1) a inclinagao da reta representa numericamente a aceleracéo do mével. Il) a drea compreendida entre a reta do grafico e 0 eixo t, no intervalo de tempo considerado, representa numericamente a variagao da posi¢o (AS) do mével no mesmo intervalo de tempo. Nota: Variagao da posigao é o mesmo que variacao do espago 48,50 , food GrGfico a x t Neste grafico a drea compreendida entre a reta do gréfico e o eixo t, no intervalo de tempo considerado, representa numericamente a variagio de ve- locidade (AV) do mével no mesmo intervalo de tempo. WE@ he 46 capitulo 4 + Movimento Uniformemente Variodo. a EXEMPLOS No grafico da acelerasao abaixo, determinar a variagéo da velocidade no intervalo de 5s.a 10s. Aalmis?) io Para determinar AV entre 5s e 10s basta calcular a area do retangulo hachurado a seguir: aim/s) +4 us! § ° ae AVEA 5 AV=5.4=20m/s AV =20 m/s VE dado o grafico da velocidade de um mével em fungao do tempo. De- termine: a) a aceleracao do movimento; 16 b) a variagéo de espago entre 0e 4s base x altura _ 4x16 2 AS érea A= =32m AS=32m Copitulo 4 * Movimento Uniformemente Variodo 47 Escreva a fungao horaria correspondente ao grafico a seguir: Diretamente do grafico obtemos: t=0 => Sy>=3m t=5s > S=8m Va m AB V=1m/s At =0..5 S=S,+Vt S=3+1.t= S=art Si Determine a variag§o de espaco no intervalo de 0 até 5s no grafico a seguir: Vinis) T 3 tKs) 3 (s) A variagao de espaco é igual numericamente a érea hachurada (érea do trapézio). vim/s) AS = drea do trapézio = See h (10 +5 Beam v (Fatec-SP) Um corpo se move numa trajetéria reta, de tal forma que o gré- fico de sua velocidade em fungao do tempo € 0 representado abaixo. A Vienis) 10+ ° i ' 1 + x16) a) Determine a aceleracio média do corpo no intervalo de 2s a4. t=2s = V=10m/s t=4s = V=0 b) Determine a velocidade média do corpo no intervalo de 0a 4s. AS 30m EXERCICIOS sim) A explicagio seguinte refere- se aos testes de ntimeros 17 a 18. O grafico do espaco $ de um mével em funcao do tem- poa partir de uma origem O, sobre uma reta, é 0 represen- tado ao lado. I A velocidade média do mével entre 0s e 30 sé: a)nula_b)1m/s o-t m/s ai m/s m/s 18) O mével tem velocidade negativa entre: a) 20s 30s d)0se10s b)10se20s e) nunca 0) 10se40s 19) O mével tem aceleracao nula: a) nunca, b) s6 entre 10s e 20s. ¢) em todo 0 percurso representado no grafico. d) s6 entre 0 se 10s. e) nenhuma das afirmativas anteriores é correta. 20) O diagrama a seguir representa os espacos ocupados por uma esfera em movimento sobre uma trajet6ria retilinea em fungdo do tempo. “10% a) Qual € a posicdo inicial da esfera? b) Qual foi a variacao de espaco entre Ae B, Be C, CeDeDe E? ©) Qual foi a velocidade nos mesmos intervalos do item anterior? 4) Em cada um dos trechos anteriores podemos afirmar que a velocidade média ¢ igual a instantanea. Por que isso é possivel? 2) Omovimento dos corpos Ae B é representado através do gréficoSxt.Supondo queos Si) méveis permanecam em seus estados de movimento, determine: a) os espacos iniciais de A e b) as velocidades de cada corpo; c) as equagées hordrias do espaco de cada corpo; d) o instante em que os cor- pos Ae B se encontram; 50 copitulo 4 + Movimento Uniformemente Variado 24 26 Um carro esté em movimento, com velocidade constante de 20 m/s. O motorista aciona os freios e 0 carro para, conforme 0 diagrama ao lado. Determine a variacao de posigao e a velocida- de média durante os 10s de freamento. A aceleragao de uma particula aims?) varia de acordo com o grafico a0 lado. Determine a variacao da velocidade e a aceleracéo média entre 0e 4s. ‘A velocidade de uma lancha em fungao do tempo obedece ao gra- fico ao lado. Determine a ace- leragéo média da lancha entre 0e5s. A érea hachurada da figuraao av, lado representa numericamente: a) a velocidade média entre t; e t;- b) a posigao no instante ty c) a variagao de posicao entre os instantes t, e ty. d) nao tem significado fisico. oj ey A velocidade de um mével ¢ dada, em fungao do tempo, pelo gréfico: a oe oa iP} t Qual dos gréficos a seguir identifica esse mesmo movimento? alas b) as °) [ d) f a qerthia Thy ci 7 Calo» NodnertoUntomanante Vado (51 21) O gréfico abaixo representa a velocidade (V) de um mével em fungio do tempo (t). i010 20 30 40 60 60 70 60 1s) Qual foi a distancia percorrida pelo mével no intervalo de tempo entre e408? a) 240 m b) 200 m ©) 60m d) 120m 28 (U. Mackenzie-SP) Um mével, numa trajetéria retilinea, parte mle do repouso e percorre 36 m em 6s com velocidade que varia conforme o gréfico dado. A maxima velocidade atingida pelo mével foi de: a) 15 m/s b) 12 m/s c) 9m/s d) 6 m/s e) 3m/s a 2 & fe) 29 (FUVEST-SP) Na figura, estao representadas as velocidades, em fungao do tempo, desenvolvidos por um atleta, em dois treinos A e B, para uma corrida de 100 m rasos. Avis) A 2 es 12 ts) Com relagao aos tempos gastos pelo atleta para percorrer os 100 m, pode- mos afirmar que, aproximadamente. a) no B levou 04s a menos que no A. b) no A levou 0,4 s a menos que no B. ©) no B levou 1,0 s a menos que no A. d) no A levou 1,0 s a menos que no B. e) noA enoB levou mesmo tempo. 52 capitulo 4 + Movimento Uniformemente Voriodo 30 (UFRJ) Um mével em movimento retilineo tem velocidade escalar v va- riando com o tempo t, de acordo com o gréfico. Podemos afirmar que entre os instantes: a) 0 e t, o movimento ¢ retrdgrado acelerado. b) t; e t0 movimento é progressivo acelerado. c) ty e t,0 movimento é retrégrado acelerado. d) tye t,o mével esté parado. e) tye t; 0 movimento é progressivo retardado. opto & + Movnante Urtlermemente Varad 53. 5 Cinematica Vetorial Grandezas escalares e vetoriais Em Fisica, grandeza é tudo aquilo que pode ser medido, direta ou indireta- mente. O lépis é uma grandeza? Geralmente se pensa que sim, achando que é possivel medir o lépis, masna realidade o que se pode medir é 0 comprimento, ou o volume, ou a massa do lépis-etaJO lapis ¢ apenas um objeto ao qual se podem associar diversas gran- dezas, tais como comprimento, volume e outras. "4 Grandezas escalares sio aquelas que ficam perfeitamente caracterizadas apenas com um niimero (que exprime a sua medida), acompanhado da uni- dade de medida. Exemplos: comprimento, érea, volume, massa, temperatura, energia, etc. Grandezas vetoriais so aquelas que 36 ficam perfeitamente caracteriza- das através do médulo (ndmero com unidade de medida), da sentido. Exemplos: posicao, velocidade, aceleragao, forca, et. Observacio: Até este ponto estudamos posigio, velocidade e aceleracéo como se fossem grandezas escalares porque os movimentos estudados eram unidimensionais. Porém, quando se estuda a posicao ou a velocidade de um avido ou de um barco, por exemplo, nao se pode esquecer da diregao e do sen- tido. Quando se pretende indicar o carter vetorial de uma grandeza, coloca-se sobre o simbolo da grandeza uma pequena seta (V, a’, F’). O simbolo sem a seta ou entre duas barras verticais representa 0 médulo ou valor numérico da grandeza. Assim, temos: V —vetor velocidade ou velocidade vetorial a’ — vetor aceleracdo ou aceleracao vetorial V=|V| —médulo do vetor velocidade a=|a| —médulo do vetor aceleracao 54 capitulo + Cinemética Vetorial As grandezas vetoriais sao representadas através de vetores. O vetor se caracteriza por ter médulo (valor numérico), direcao e sentido e é representado graficamente através de um segmento de reta orientado. Vv _, {médulo: 3 unidades pe ee V | direcao: horizontal sentido: para a direita Segmentos de reta orientados que possuem a mesma dirego, 0 mesmo sentido e o mesmo médulo representam o mesmo vetor. ey eee v v aes es Segmentos de reta que possuem a mesma direcdo e o mesmo médulo po- rém sentidos contrarios representam vetores opostos. ree ou aS — Baa’ Vetor soma § ou vetor resultante R’ é o vetor equivalente a dois ou mais vetores. Para se obter o vetor resultante de dois vetores, dois métodos sao comumente utilizados: 1) Método do paralelogramo Colocam-se os dois vetores com a mesma origem e desenha-se um paralelogramo com os vetores dados. O vetor resultante é a diagonal do paralelogramo que parte da origem dos vetores. ry Bay a R =a’ +b" Atencao: o médulo de R’, em geral nao é igual & soma dos médulos de a’ e b, ou seja, |R’| # |a"| + |b'| . (Isto 86 é verdade se a” e b tiverem mesma diregao e mesmo sentido). ‘A matemitica demonstra que se entre os vetores a’ e b existe um angulo a, entao: IR| = Va? +b? + 2ab . cos 0 Copio 5 + Cinemética Vert 55 2) Método da linha poligonal Considere os vetores a’, b’, c’e d’, a seguir: 7 _, Como, encontrar 0 vetor R’ que represente a soma dos vetores, isto é, R=P+b+e4d? Simplesmente desenham-se os vetores (em qualquer ordem) de tal forma que a extremidade de cada um deles coincida com a origem do outro. 8 a O vetor resultante R’ é obtido ligando-se a origem do primeiro (A) com a extremidade do tiltimo (B).. Observe que se 0 desenho for feito em escala, em papel quadriculado, fa- cilmente pode se obter 0 médulo do vetor R°. Vetor diferenca (D) é 0 vetor equivalente & diferenca entre dois vetores. Para subtrair dois vetores basta somar um deles com 0 oposto do outro, Por exemplo, considere os vetores a”e b’ (fig. 48), vetor diferenga D corresponde a adigao do vetor a” com o vetor —b’, pois a’- b= a" +(-b’), como ilustra a figura B: Observe que, se 0s dois vetores tiverem a mesma origem, o vetor diferenca pode ser obtido ligando-se as extremidades dos vetores, tendo 0 sentido sem- pre indicado para 0 primeiro, ou seja, o vetor D =a\~b aponta para o vetor a, enquanto o vetor D’ = b - a’ aponta para o vetor b: Q médulo de D’ ou D’ em geral nao ¢ igual a diferenga dos médulos de a eb. Amatematica demonstra que: ID] =|" =Va? +b? — 2ab . cos a EXEMPLOS YDois vetores a e b tém médulos respectivamente iguais a 4 unidades e 3 unidades. Qual é 0 médulo do vetor resultante: a) se tiverem a mesma direcdo e o mesmo: sentido? a ns a e R=atb ail Sa ee eT oh eR ee R=7 unidades b) se tiverem a mesma direcao e sentidos opostos? a Fy e R=a-b 5 Pr EE Retunidade c) se tiverem diregdes perpendiculares entre si? Aplicando Pitdgoras: Reat+b R=5unidades d) se formarem um angulo de 60” entre si? Dado cos 60° = $ . Va? +b? + 2ab . cos 60° #43 4+2.4.3. R=V16+9+12 nava7 = Rae dade opto 5 + CineméticaVetorl 57 R z Em relagao aos vetores do exemplo anterior, qual é 0 médulo da diferenca entre eles (D = a= b). a) se tiverem a mesma direc&o e o mesmo sentido: D=a-b D=4-3=1 unidade Ul — e — b) se tiverem a mesma diregéo porém sentidos opostos. oh z D=a-(b)=atb D=4+3=7unidades ¢) se formarem um angulo de 60? entre si? D=Va? +b? 2ab. cos 60° D=V4+3?-2.4.3.1 Zz D=V16+9-12 D=V13 = 3,6 unidades EXERCICIOS 1) Determine o médulo do vetor resultante dos vetores a’ e b’, sabendo que seus médulos valem respectivamente 6 unidades e 8 unidades: a) se tiverem a mesma direcao e sentido; b) se tiverem a mesma direcao e sentidos opostos; c) se tiverem diregdes perpendiculares entre si. d) se formarem um Angulo de 60° entre si. 2° Desenhe o vetor resultante nos casos abaixo. a) ° x = b) d) F e a E 5B coptuios « Gnemética Vetoriat «BP Desenhe o vetor diferenga nos casos a seguir: (D =a" - b’): a) 9 . > be 4) 1 be a e 4 i 5 2 i WOT) OD) ODOC | | vy 2 < vs iy geen: c = MY Na os . rpovimeno Y vy ve vs _ Vetor aceleracao O vetor aceleracao (a”) é um vetor que indica a variagao do vetor velocida- de, tanto em médulo como em direcao e sentido. Para tornar mais simples 0 estudo do vetor aceleracao, utilizam-se seus componentes na diregao tangente (a') e na direcao normal a trajetéria (a°,): ‘Movimento ac trajetéria eae +e, trojetéria a) aceleracao tangencial (a7): ¢ tangente a trajetéria ¢ indica a variagio apenas do médulo do vetor velocidade. $6 existe em movimentos acelerados ou retardados; b) aceleragao normal (a’,) ou aceleragao centripeta (a7): 6 perpendicular a trajetoria e indica a variagao apenas da diregao do vetor velocidade. $6 existe em movimentos curvilineos e a ponta sempre para o centro da trajetoria. O médulo da aceleracao centripeta é dado pela expressio: lagle R onde V é 0 médulo de velocidade do mével e R é 0 raio da trajetéria. CASOS PARTICULARES IMPORTANTES: movimentos uniformes —» |V’| écte > a" movimentos retilineos —* direcdo de V6 cté > a | a movimento retilineo e uniforme —> V é cté { - EXEMPLOS ¥ Um barco tem velocidade prépria de 40 m/s. Ele se movimenta em um rio cuja correnteza tem velocidade de 30 m/s. Qual é 0 médulo da velo- cidade resultante do barco quando colocado: a) na mesma diregao e sentido da correnteza? ve Ve Va=VotVe Va Vg= 70 m/s b) na mesma direcdo e sentido contrario ao da correnteza? ve Va=Vp-Ve r v “i (eo eee wat we c) na direcao perpendicular a da correnteza? Va2 Vit? Vp = V40? + 307 Vx = V1600 + 900 V_= V2500 Va eat 50m/ s / Um andarilho anda 3 km para Norte e 4 km para Leste. Qual ¢ 0 desloca- mento resultante? i) és a Aplicando 0 teorema de Pitagoras: PHP+" os + t skm uns 8 d=V3 d=5km / Uma particula movimenta-se sobre uma circunferéncia no sentido hord- rio e mantém sua velocidade com médulo constante, isto é, desenvolve movimento circular uniforme. Represente a trajetéria e os vetores V" e a” em dois pontos distintos da trajetoria. % al Sendo uniforme: a’, = 0" => 2"= a", Ap: # egy Mas |a".,,| =| ap,| = Constante ¥ 4 Vp-mas [Vl =|V4] = constante copies + CreméteaVetodal 61 # Uma partfcula descreve um movimento circular de raio R= 1 m com a aceleragao escalar a = 3 m/s*, Sabe-se que no instante t = 0 a velocidade escalar da particula é V, = 0,5 m/s. Determine no instante t = 0,5 s os médulos da: a) velocidade vetorial; ©) aceleracao tangencial; b) aceleracao centripeta; d) aceleragao vetorial, a)se a=cte > M.U.V. V=Vota.t V=05+3.05 > |¥|=2,0m/s dagen GOP 40-5 layl=40m/s o)|a\|=a=3 m/s* d) |a"| = V3?-+ # =-V25 =5,0 m/s? |a'l=50m/s? EXERCICIOS 4 Um aviao desloca-se 60 km para o Sul e 80 km para o Oeste. Qual é 0 deslocamento resultante do aviao? 5” Um barco tem velocidade prépria de 8 m/s e tenta atravessar um rio per- pendicularmente a correnteza, que tem velocidade de 6 m/s. Qual é a ve- locidade resultante do barco em relagao as margens? 6 Uma gaivota voa de Leste para Oeste, com velocidade de 40 km/h. Se estiver soprando um vento de velocidade igual a 30 km/h, de Norte para Sul, qual seré o valor da velocidade resultante da gaivota? 7 Se a aceleragao vetorial (resultante) de um mével é nula, pode-se afirmar que: a) sua velocidade é nula. b) seu movimento € circular e uniforme. c) seu movimento é retilineo e uniforme, se existir. d) seu movimento é apenas retilineo. 8) Em todos os movimentos retilineos é correto afirmar que: a)V=0" bya’=0" ayo dja=0" 9) Em todos os movimentos uniformes é verdade que: av-0 waeo a= 0 dao 62 copitulo + Cinemética Vetoriol 40) (UF-MG) Observe a figura. t a t Ela representa um carro de Férmula 1 freando numa curva da pista de corrida. A forca resultante que atua sobre o carro, naquele instante, serd melhor representada pelo vetor: aX b)B gc ad eE (UF-MG) Um ventilador (veja figu- ra) acaba de ser desligado e esté pa- i rando vagarosamente, girando no ) sentido hordrio. A diregao e 0 senti- do da aceleragao da pa do ventilador no ponto P é: a) @ "S-° @’ a) @: _@ Um mével descreve um movimento circular de 10 m de raio, a partir do repouso, no sentido hordrio. A aceleracéo escalar é igual a 1,0 m/s*. En- tao, no instante t = 5,0 s, determine: a) 0 médulo da velocidade vetorial; 'b) o médulo da aceleracao centripeta; c) oesquema mostrando V, aj, @.,€ a". capitulo + Cinemética Vetorit 63, 6 cuhanee: Circular Movimento circular uniforme (M.C.U.) é aquele cuja trajetéria é uma cir- cunferéncia e cuja velocidade vetorial tem médulo constante. v, ‘ vs Ro raio de circunferéncia ir IV =1¥41 = 174) = cte Ve Periodo e freqiéncia do M.C.U. Perfodo (T) é 0 tempo gasto numa volta completa na circunferéncia. Freqiiéncia (f) é 0 ntimero de voltas efetuadas por unidades de tempo. A freqiiéncia é 0 inverso do periodo, e vice-versa: ft ou T+ unidade (T) = segundo (s) No SI | unidade (£) = Hertz (Hz) 1Hz= 8 EXEMPLO v¥ Uma particula em MCU efetua 100 voltas em 2 segundos. Qual é a fre- qiiéncia e o periodo do movimento? 10 sorz=T=1. GaE 2 50 64 copiuios * Movimento circular Unitorme EXERCICIOS 1 O cixo do motor de um carro efetua 1.200 rpm (rotag6es por minuto). Determine essa freqiiéncia em Hertz. 2) No exercicio anterior, determine o perfodo do movimento. BY Qual é o perfodo do ponteiro dos segundos de um relégio? Aceleragao do M.C.U. No movimento circular uniforme, 0 vetor velocidade tem médulo constan- te, porém sua direcao varia em cada ponto da circunferéncia. Portanto, o MCU possui aceleracao centripeta. A aceleragio centripeta (a’,) é sempre perpendicular ao vetor velocidade e dirigida para o centro da circunferéncia (daf o nome centripet vs % (Wl =1¥41 |Btpal = [Bal V4) =cte [al cte Va O médulo da aceleracao centripeta é constante e € dado pela expressao: a p= = onde: V 60 médulo da velocidade e iB R €o raio da circunferéncia Posigao angular Um ponto material, em movimento numa trajetéria circular de centro ¢, encontra-se no ponto P, num certo instante t. Pwo AY Copitlo& + Movimento Creular Utorme 65 Definimos posiao angular ou fase (¢) ao angulo central 9 correspondente ao arco S, tal que: s ge ou R oR Quando $ = Ro valor de @ 6 unitario, isto é, vale 1 radiano. S=R > g=1rad Para uma volta completa: $= 2n R (perimetro de circunferéncia) @ = 2n rad = 360° Considere um ponto material em MCU ocupando a posigio P, no instante te posteriormente a posicao P, no instante t;: rtd gh a Pity) No intervalo de tempo At = t; ~ ty, 0 espaco angular sofre uma variacdo Ag € 0 espaco linear varia AS. Denomina-se velocidade angular (representada pela letra grega 6mega mintiscula: @) a razao entre a variagao de espaco angular Ag € 0 intervalo de tempo At. Na realidade a expresso acima corresponde a velocidade angular média (@,), porém no MCU a velocidade angular em cada instante é a mesma («= ,.). Podemos relacionar velocidade angular com a velocidade escalar v: AS . at} = vA Rs veo. At, AS=Ao .R V=Vq 66 Copitulo6 + Movimento Cireulor Uniforme ‘Além disso, para uma volta completa: pelea Ae 28 ont T At=T (perfodo)| © ~ At aan iz do M.C¢ Partindo da fungao hordria do movimento uniforme linear, podemos obter a fungao horéria angular do MCU dividindo todos os termos pelo raio R da circunferéncia: Fungao horaria angu! S=S,+v.t Wi Ss (EY BRR e=gto-t Para a fungao acima a posigao angular inicial é @) no instante inicial ty = 0, enquanto num instante genérico t a posi¢ao angular correspondente é g. @e @ sdo constantes, enquanto 9 e t so varidveis. EXEMPLOS %/ Um mével em M.C.U. completa uma volta a cada décimo de segundo, sobre uma circunferéncia de raio 20 cm. Determine, para esse M.C.U. a) 0 perfodo (T) 01s T=O1s b) a freqiiéncia (f) Xeepagy7 oH f=10Hz / T Of c) a velocidade angular () \o=2nf=2n. 10> w=20nrad/s d) a velocidade linear do mével (V) XV=@.R=202.20 = V=400r rad/s Capitulo 6 * Movimento Circular Unitorme 67 e) a aceleracao centripeta (a,,) ME 5 {400K 160.0008? = 092m /s? ea 400 7 2008 m/s 7 Um mével descreve M.C.U. obedecendo a fungao horéria: on3n+n.t (SL) a) qual € a posiao angular inicial (g:) ¢ a velocidade angular (o)? ri om Onitet b)no instante t= 5 s qual ¢ a posicao angular do mével? t25s 3 o=Sn+n.(6)=8n > yoorar po" ote“ of. 7 (Fuvest- Uma cinta funciona solidéria com dois cilindros de raios R, = 10 em e R, = 50 cm. Supondo que o cilindro maior tenha uma fre- qiiéncia de rotacio f; = 60 cm. @ a) qual é a freqiiéncia de rota¢ao f, do cilindro menor? ‘b) qual a velocidade linear da cinta? a) todos os pontos da cinta tém a mesma velocidade linear V, a qual é a mesma dos pontos de periferia dos cilindros. Assim: Vin V2 = oR, =0,R, > Zf,R, = Bf, Ry R26, £19’ ph = 60 rpm . 50°ph beam ow eB He b) V=a,R, = 2n f,R, = 2n.5. 10cm = 100n cm/s =x m/s (6B coptios + Movimento creer Untorme 0 At i C A EXERCICIOS 4 12 O raio da érbita da Lua em torno da Terra é de aproximadamente 400.000 km e a velocidade da Lua é de aproximadamente 1.000 m/s. De- termine a aceleracao centrfpeta da Lua. Uma particula em MCU tem aceleragao centripeta igual a 4 m/s*e percorre uma circunferéncia de raio igual a 25 m. Qual é a velocidade da particula? Um mével dé uma volta completa em uma circunferéncia em cada 10 s.O periodo e a freqiiéncia do movimento do mével valem, respectivamente: a)10se10Hz b)1se10Hz c)Olse1Hz —d)10se0,1 Hz O movimento circular uniforme: a) nfo tem aceleragao, pois éuniforme, _c) tem aceleracio centripeta. ») tem aceleracio tangencial d) tem velocidade constanteem direcio. Um corpo gira com MCU completando uma volta em cada 10 s, Se 0 raio da circunferéncia descrita vale 4 cm, determine: a) 0 periodo; b) a velocidade angular; ¢) 0 médulo da aceleracao centripeta. (UFSE) A polia A, de raio 8 cm, 6 ligada por uma correia 4 po- 8 lia B, de raio 20 cm. Nao ha- vendo deslizamento enquanto is giram, se o periodo de rotacao da polia A é de 0,50 s, 0 periodo de rotacao da polia B é de: a) 15s 4) 0,755 b)1,255 ©) 0,508 c) 10s (EEUF-RJ) Um automével corre a 72 km/h. Suas rodas tém 60 cm de dia- metro, Quantas rotag6es por minuto elas executam? (UFRGS) O volante de um motor gira com movimento circular uniforme completando 1,2 . 10° voltas em um minuto. Qual o perfodo dese movi- mento? a)12.10%s b)08.10%s <)5.10%s d)28—e) 208 (FEI-SP) Duas polias, A e B, rigi- damente unidas por um eixo, gi- ram com freqiiéncia f constante, como mostra a figura. Sendo a Ry=2Rparazoa/a, entreas = =. 4p aceleragoes dos pontos das peri- ferias das respectivas polias é: a)4 b) 0,25 oie a)05 e)2 7 Leis de Newton Nos capitulos anteriores limitamo-nos a descrever os movimentos sem nos preocuparmos com suas causas, ou seja, estudamos a Cinematica. A partir des- te capitulo procuraremos analisar as causas de uma particula estar em movi- mento ou nao, isto é, passaremos a estudar a parte da Mecénica chamada Dina- mica, Todo o estudo da Dinamica baseia-se em trés princfpios ou leis formuladas por Isaac Newton, ffsico inglés considerado um dos maiores génios da humanidade. Newton formulou esas leis baseado em experiéncias e observagdes suas e de outros (como Galileu), por meio de abs- tragbes e idealizacdes préprias do método cientifico. Além disso, todos os principios formulados sao relativos a um sistema de referéncia chamado referencial inercial. Nogao de forga ‘Temos intuitivamente a idéia do que é forga toda vez que puxamos ou em- purramos um objeto. Podemos afirmar que forga é o agente fisico capaz de movimentar, parar ou deformar um corpo. Puxando ou compriminde @ mole, estamos aplicando uma FORGA sobre ele. Como conseqdéncia, @ mola se deforma, esticando-se ou comprimindo-se. 70 —Copitulo7 * Leis de Newton Uma pessoa chutando uma bola, um caminhao puxando um carro por meio de uma corda, um pugilista desferindo um soco em seu adversério, etc. sio exemplos de forca nos quais é necessario um contato fisico, sendo chamadas forgas de contato. Jaa forga de atracdo gravitacional en- tre a Terra e a Lua ou a forca entre um ima e um pedaco de ferro agem mesmo & dis- tancia, sem necessidade de haver um con- tato fisico entre os corpos, sendo chama- das forcas de campo. Devemos lembrar ainda que todo tipo de forca deve ser representado através de vetores, pois é uma grandeza que s6 fica perfeitamente caracterizada quando se conhece seu médulo (ou intensidade), sua diregao e seu sentido. Forca resultante. Equilibrio Forca resultante é uma forca imaginéria que produz sozinha um efeito equivaiente ao de todas as forcas aplicadas sobre uma particula. Observe na figura ao lado que a forga resultante é obtida somando-se vetorial- mente as forgas aplicadas e que ela nao é uma forca a mais agindo sobre 0 corpo, mas apenasa resultante das forcas que re- almente atuam. Uma particula est em equilibrio quando a resultante das forcas atuantes 6 nula. Hé dois tipos de equilibrio: a) equilibrio estatico: sinénimo de repouso; b) equilibrio dinamico: sinénimo de movimento retilineo e uniforme. Capitulo? + Leis de Newton 71 Primeira Lei de Newton ou Principio da Inércia Inércia é a propriedade da matéria de resistir a qualquer variacao de sua velocidade, seja essa variacdo em médulo ou em direcao e sentido (lembre-se de que a velocidade é uma grandeza vetorial).. Por exemplo, um carro, ao fazer uma curva, tende a sair pela tangente e manter a diregao da velocidade que possufa por inércia. Um passageiro de um dnibus que arranca bruscamente sente-se projetado para trés em relacio ao 6nibus porque tende a permanecer em repouso por inércia. Se o 6nibus est4 em movimento retilineo e freia bruscamente, o passageiro sente-se projetado para a frente do énibus, pois tende a permanecer em movi- mento por inércia. Esses fatos descritos podem ser entendidos através do Principio da Inércia ou Primeira Lei de Newton, que afirma: Uma particula livre da acaio de forcas permanece em repouso ou em movi- mento retilineo uniforme. ou Se a forca resultante sobre uma particula € nula, ela permanece em equilibrio. BD camnss bisccaiainn Um sistema de referéncia no qual vale o Principio da Inércia é um referen- cial inercial. A Terra nao é um sistema de referéncia rigorosamente inercial de- vido a seu movimento de rotacao, porém em fendmenos comuns, de curta du- racdo (bem menor que 0 periodo de rotagao da Terra, isto é, bem menor que 24h), a rotagao da Terra pode ser desprezada e ela pode ser considerada um referencial inercial. Nos exemplos do dnibus “arrancando” ou “freando” 0 énibus no é um referencial inercial ¢ 0 passageiro é “empurrado” para trds ou para frente EM RELACAO AO ONIBUS. A “forca” aplicada pelo dnibus nao existe em relagao \ Terra (é considerada uma “forca ficticia” em relagao ao referencial inercial). EXEMPLOS Y 0 filésofo Aristételes afirmava que um corpo s6 podia permanecer em movimento se existisse um forca agindo sobre ele. Tal afirmagéo corresponde ao “senso comum” das pessoas ainda hoje. F correta a afirmagao de Aristételes? Justifique. A primeira vista parece realmente que um corpo s6 se movimenta quan- do € puxado ou empurrado, porém Galileu mostrou que é devido a exis- téncia da forca de atrito que isso assim parece, Se 0 atrito entre os corpos pudesse ser eliminado um corpo poderia permanecer em movimento in- definidamente, apenas por inércia. ¥/ Um professor colocou um apagador sobre uma folha de papel cedida por um aluno e colocou tudo sobre uma mesa. A seguir 0 professor puxou bruscamente a folha de papel e todos constataram que o apagador prati- camente nao se mexeu, ficando no mesmo lugar em que estava. Como explicar este fato? Quem “segurou” 0 apagador? Na realidade ninguém segurou o apagador, simplesmente ele estava pa- rado em relagdo 4 mesa e assim continuou, devido a sua inércia. SS coptilo7 + ts denewten 73 EXERCICIOS 1 A forca resultante sobre um corpo € nula. O que vocé pode dizer a respei- to da velocidade do corpo? 2 Uma pessoa estd em pé no vagao de um trem. Diga (justificando) o que acontece com a pessoa quando o trem: a) inicia 0 movimento; b) jé em movimento, faz uma curva para a direita; ©) chegando a uma estagio, reduz a velocidade. 3) © que 0 uso dos cintos de seguranga dos veiculos tem a ver com o princi- pio de Inércia? Segunda Lei de Newton ou Principio Fundamental da Dinamica (PFD) A resultante das forcas aplicadas em uma particula produz uma aceleracio na mesma direcao e sentido da forca resultante e de intensidade proporcional ao valor desta. ou A forga resultante (F) é igual ao produto da massa (m) pela aceleracao (a) da particula, ou seja, F =m.a’. Observe os esquemas a seguir, onde a forca resultante é obtida vetorialmente e a aceleracao tem a direcao e o sentido da mesma: F mo Le \Fl-F> Fem.a ae \F|=F,+R> F,+Rp=m.a |Fl=F,-F,> F,-F=m.a |F|=VE}+F => VF?7+Fi=m.a Do PFD podemos verificar que a massa é uma medida da inércia de um corpo, pois, para uma mesma forga, quanto maior a massa menor serd a varia do da velocidade (aceleragao). Peso Peso é o nome dado a forca de campo com a qual os corpos, em especial a Terra, atraem outros corpos, devido ao campo gravitacional. Em queda livre, a forga resultante em um corpo é 0 seu préprio peso (P’) e aaceleragio adquirida é a aceleragao da gravidade (g°). - F-m.a x > Te. m.g To Massa é uma grandeza escalar constante para determinado corpo, porém © peso é uma grandeza vetorial que depende do local, pois 0 mesmo ocorre com a aceleragao da gravidade. A diregio de P’ e g” é vertical e seu sentido aponta para o centro da Terra. ‘A intensidade (ou médulo) de g” varia dependendo do local, porém nas proxi- midades da superficie da Terra considera-se o valor normal igual a 9,8 m/s”. ‘A massa é uma grandeza fundamental da mecdnica e pode ser obtida através de ba- Tangas enquanto o peso é uma grandeza derivada que pode ™_—| ser medido através de dinamé- metros (balancas de mola). Po Unidades Balanca Dinamémetro 4 a No Sl.a unidade de massa é 0 quilograma (kg) e a unidade de aceleragao é om/s*, Aunidade de forca no SI é denomiada newton (N), embora seja ainda comum medir forga numa unidade chamada quilograma-forca (kgf). 1N €a forca que aplicada em um corpo de 1 kg produz uma aceleragao de 1m/s*. 1N=#1kg.1m/s? 1 kgf é 0 peso de um corpo de 1 kg num local da terra onde §” é normal, isto 6, Lkgf=1 kg .9,8 m/s?=9,8N kgf =9,8N Copitvle7 + Leisde Newton 75 Terceira Lei Newton ou Principio da Aqao e Reagao Se um corpo A aplica uma forca em outro corpo B, este também aplica em A uma forca de mesma intensidade e mesma dire¢ao, porém de sentido contrario, ma — ferro Fas =~ Fea Fy : forga com que o ima (A) atrai o ferro (B) a . Fyq : forca com que o ferro (B) atrai o ma (A) | P** 288-reas80 1) As forgas de acdo e reagdo sao aplicadas em corpos diferentes, ndo podendo se equilibrar mutuamente. Il) As forgas sempre aparecem aos pares, isto 6, ndo existe acdo sem a correspondente reagao. As situag6es ilustradas a seguir caracterizam alguns pares de a¢do-reacao. 1) Um barco com motor de popa vai para a frente gracas a aco da hélice, que ao girar suas pas empurra a agua para tras. A Agua reage e empurra o barco para frente. Tl) Um foguete empurra para trés os gases produzidos em seu interior. A reacao dos gases sobre o foguete é que impelem 0 mesmo para frente. 76 Copitulo7 + Leis de Newton Ill) Ao andar para a frente o pé do pedestre empurra 0 chao para trés. O chao reage e empurra o pedestre para frente. —v Forga de tragao Um fio esticado aplica nos pontos onde esté preso uma forga chamada tra- gio, que tem a diregao do fio. Se o fio puder ser considerado um fio ideal, as trades nas duas extremidades terao o mesmo médulo. (Fio ideal é aquele que teoricamente tem massa nula e comprimento inva- ridvel) fio ideal parede. homem puxando fio ideal E evidente que o fio permanece esticado porque nos pontos em que ele esta preso recebe a agio de forcas. {aplicada pela parede) {aplicada pelo homem) t i Quando se quer mudar a diregao da forca de tracdo, utiliza-se uma polia ou roldana. Se a polia puder ser considerada ideal, isto é, de massa desprezivel e sem atrito no eixo, entao a tragdo nos extremos do fio que passe pela polia sera a mesma, em médulo. T', é horizontal. T é vertical. mas |T,| =|T:|=T

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