LEI ORGANICA DO MUNICIPIO DE ALTO ALEGRE DO PINDARE TITULOT Da Organizacao Municipal . CAPITULO I Do Municipio Art. 1° O Municipio de Alto Alegre do Pindaré, pessoa juridica de direito ptiblico inter, com autonomia politica, administrativa e financeira, reger-se-a por esta Lei Organica, voladg @ aprovada pela Camara Municipal Art. 2° So Poderes do Municipio, independentes e harménicos entre si, o Legislalivo e 0 Executivo. Paragrafo unico. S& simbolos do Municipio a bandeira eo hino, representativos de sua cultura 9 historia, Art. 3° Constituem bens do Municipio todas as coisas méveis e iméveis, direitos ¢ ages que a qualquer titulo Ihe pertengam Art. 4° A sede do Municipio dé-the o nome e tem a categoria de cidade. , . Art. 5° O Municipio poderé dividir-se, para fins administrativos, ©m Distritos, criados, organizados, suprimides ou fundidos por lei apés consul Plebiscitéria 4 populagéo diretamente interessada, observada a_logislagao estadual e 0 disposto em lei municipal. Paragrafo tnico. O Distrito sera desis ignado pelo nome da respectiva sede, que a calegoria de vila CAPITULO II Da Competéncia-do Municipio Segao! Da Competéncia Privativa Art. 6° Ao Municipio compete prover a tudo quanto diga respeito ao seu peculiar interesse e 20 bem-estar de sua populagao, cabendo-the, Privativamente, dentre outras, as seguintes atribuigdes: | —legislar sobre assuntos de interesse local; + ll -suplementar a legislagao federal e estadual no que couber, Ill - elaborar o Plano Diretor,'V ~ efiar, organizar e suprimir Distritos, observada a legislagdo estadual © municipal pertinente: Y = lmanler, com a cooperagéo técnica e financeita da Unido e do Estado, Programas de educago pré-escolar e de ensino fundamental: VI elaborar 0 orgamento @ 0 plano plurianual de investimentos; VII instituir e arrecadar tributos, bem tomo aplicar as suas receitas; VIII ~fixar,fiscalizar © cobrar tarifas ou pregos publicos; IX '~ dispor sobre organizagéo, administragao © execugdo dos seivigos locais; X—dispor sobre administragao, utilizagao e alienagao dos bens ptiblicos; XI organizar 0 quadro @ estabelecer 0 regime juridico tinico dos servidores publicos municipais; Xil = organizar e prestar diretamente, ou sob regime de concessdo ou permissao, os servigos puiblicos locais: . Xill~ planejar 0 uso e a ocupagao do solo em seu terilério, especialmente na zona urbana; XIV ~ estabelecer normas de edificago, de loteamento, de arruamento @ de aero sungnto Urbano e rural, bem como as limitacdes urbanisticas convenientes & ordenacao de seu terrtério, observada a lei federal: XV — conceder © renovar licen estabelecimentos industriais, comerci cutros: ia para localizagao e funcionamento de lis, prestadores de servigos e qualquer XVI = cassar a licenga que houver concedido ao eslabelecimento que se omar prejudicial & sadde, @ higiene, ao sossego, A seguranga e aos bons cessar a atividade, ou determinando o fechamento. do. estabelecimento; XVII = estabelecer servidées administrativas necessdrias a fealizagdo de seus Servicos; XVII — adquirir bens, inclusive mediante desapropriagao; XIX — regular a dis; 2 disposi¢ac, 0 tragado e as demais condigdes dos pens publicos de uso comum;XX ~ regular @ utlizagéo dos Jogradouros publicos e, especialmente no Perimelro urbano, determinar 9 itinerério e os pontos de parada des transportes coletivos, Segao Il Da Competéncia Comum Art. "7° Eda competéncia administrativa comum do Municipio, da Unido e do Estado, observada a lei complementar federal | rocntlat pele guarda da Constituicéo, das leis e das instituigdes democraticas € conservar o patriménio piblico; |I~ cuidar da salide © da assisténcia piiblica, da protegéo e garantia das pessoas portadoras de deficiéncia: III ~ proteger os documentos, as obras @ outros bens de valor histérico, arlistico e cultural, os monumentos'as paisagens naturais notaveis e os sitios arqueolégicos; IV ~ impedir a evaséo, destruigao e a descaracterizagdio de obras do arto © de outros bens de valor histér ico, artistico e cultural; V— proporcionar os meios de acesso a cultura, @ educagéio @ a ciéncia; VI ~ proteger 0 meio ambiente © combater a poluigéo em qualquer de suas formas; VII ~ preserver aé floresias, a fauna e a flora; Vill ~ fomentar a produgao agropecuaria e organizar o abastecimonto alimentar, IX ~ promover programas de construgdio de moradias e a melhoria das condigSes habitacionais e de saneamento basico; X ~ registrar, acompanhar e fiscalizar as concessées. de direitos de Pesquisa @ exploragao de recursos hidricos e minerais em seu tenilorio: Xi ~ estabelecer ¢ implantar politica de educagao para a seguranga do transito. Segao Ill Da Competencia Suplementarpio compete suplementar a legislacdo uber € naquilo que disyer respello ao seu peculiar Art. 8° Ao Muni federal e a estadual no que c interesse. . Pardgra(o Unico. Ficam reservadas 20 Municipio todas as competéncias que no Ihe sejam vedadas pela Conslituiga Federal s pela Constituigdo Estadual CAPITULO II Das Vedagdes Art. 9® Ao Municipio & vedado: | ~ estabelecer cullos religiosos ou igrejas, subvencioné-los, embaragay-thes © funcionamento ou manter com eles ou seus representantes, felagdes de Gependéncia ou allanga, ressalvada, na forma da lei, a colaboragdo de interesse publico; Il = recusar {8 aos documentos puiblicos; |ll~ criar distingo entre brasileiros ou preferéncia entre si; = anter a publicidade de atos, programas, obras, servigos @ campanhas Ge Grgaes puiblicos que nao tenham caréter educative, informative, ou de Orientagao social, assim como @ publicidade da qual constem nomes, simbclos ou imagens que caracterizem promogéo pessoal; 1 = outorgar Isengées e anistias fiscais ou permitir a remisséio de dividas, sem inleresse ptiblico justificado, sob pena de nulidade do ato: Vil ~ exigir ou aumentar tributos sem lei que 0 autorize; VII — instituir tratamento desigual entre contribuintes. que se encontrem em siluago equivalente, proibida qualquer diglingdo em razdo de ocypacao profissional ou fungae por: ele exercida, independentemente da: denaminagdo juridica dos rendimentos, titulos au direitos;. ms XIX -- estabelecer diferenga tributaria, entre beng e servigos de qualquer nalureza, em razéo de sua procedancia ou dastino; X —cobrer tributes:4 a) em relagdo a fatos geradores ocortidos antes do inicio da vigéncia da lei que os houver instituido ou aumentado; b) no mesmo exercicio financeiro em que haja sido publicada a lei que os institulu ou aumentod, XI ~ utilizar tributos com efelto de confisco: Xil — estabelecer limitagbes ao Irafego de pessoas ou bens, por melo de ributos, ressalvada a cobranga de pedagio pela ulllizag4o de vies conservadas pelo poder ptiblico; XIl| - instituir impostos sobre: @) patriménio, renda ou servigos da Uniéy, do Estado e de outros Municipios, ) templos de qualquer culto; ©) patrimonio, renda ou servigos dos partidos politicos, inclusive suas fundagées, das enlidades. sindicais dos trabalhadores, das inslituicées de educagao e de assisiéncia social, seny fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei federal; 4) livros, jorndis, periédicos e papel destinado a sua impresséo. TITULO I Da Organizagao dos Poderes CAPITULO I Do Poder Legislative SEGAO| Da Camara Municipal Art. 10. O Poder Legislative do Municipio & exercide pela Camara Municipal, composta de Vereadores com mandato de quatro anos, eleitos pelo sistema proporcional Art. 11. Ao Poder Legislativo Municipal fica assequrada autonomia funcional, administrativa ¢ financeira. Art, 12, A Camara Municipal reunir-se-4 anualmente de quinze de fevereiro a trinta de junhe e de primeiro de agosto a quinze de dezembro. : § 1° - As reuniées marcadas para essas datas sero transferidas para o primeiro dia titil subsequente, quando recairem-em sAbado, domingos ou feriados.§ 2° — A Camara se reuniré em sessées ordinarias, extraordindrias ou solenes, conforme dispuser o seu regimento intemo. § 3° - A convocaciie extraordinaria da Camara far-se-é | ~ pelo Prefeito ou a requerimento da maioria de seus membros, em caso de urgéncia ou interesse ptiblico relevante; “II pelo Presidente, em caso de posse do Prefeito e do Vice-Prefeito; § 4° - Nas sess6es extraordingrias a Camara Municipal deliberar somente sobre @ materia para que foi convacada, 5 5° - A sesséio legislativa no sera interrompida sem a aprov: Ag do Projeto de lei orgamentaria. § 6° - No dia primeiro de janeiro, no prineiro ano da legisiatura, 2 Camara Municipal reunir-se-4 em sessdes preparatérias para a posse de seus membros ¢ sleigae da Mesa Diretor, para um mandato de dois anos, permitida a recondugaio a mesmo cargo na elei¢ao subsequente, § 7° - Havendo conveniéncia de ordem publica, e por deliberacag da maiona absoluta de seus membros, podera a Camara Municipal , reunir-se temporariamente em qualquer Distrito do Municipio. SEGAO II : Das Atribuig6es da Camara Municipal Art. 13. Cabe a Camara Municipal, comm a sangéio do Prefeito 'suislar sobre tadas as matérias de compsiéncia do Municipio, especialmente no que se refere ao seguinte: |— sistema tributério municipal, arrecadago e distribuigao de suas rendas: |) orgamento anual, plano plurianual e diretrizes greamentarias, bem como autorizar a abertura de créditos adicionais Suplementarea.e especiais; Ill ~ operagdes de crédito; V- concesses de serviggg pliblicos @ uso de bens municipais; \i-w glienagao de bens imoveis; Vi~planos e programas municipais de desenvolvimento:Vil guarda municipal destinada a proteger bens, servigos e inslalagdus do Municipio; Vill ~ criagao, orgariizaco e extincfo de distritos; 1X —denominag&o de préprios, vias e logradouros puiblicos; X ~ Grlagaio, alteracao e extingdo de cargos, empregos e fungées ptblivas a fixagdo da respectiva remuneragao; XI — criagdo, estruturagéo e alribuigses dos érgéos da administiagao municipal, direta, indireta ou vinculada; . XII = 08 simbolos municipais e seus usos. Art. 14. E da competéncia exclusiva da Camara Municipal | elaborar 0 seu Regimento intemo; I~ disper sobre a organizagéo, funcionamento, politica, criagao, transformagéo ou extingéio de cargos, empregos e fungbes de seus servigos e fixar a respectiva remuneracao; lll ~ eleigao, composigao e atribuigdes da Mesa Diretora; IV ~ posse de seus membros; V —formagao de suas comissdes técnicas; VI- fixagao do numero de suas sessées ordindrias mensais; Vil ~ autorizar 0 Prefeito © 0 Vicé-Prefelto a se ausentarem do Municipio, quando a auséneia exceder a quinze dias: Vill — dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito e conhecer de suas rentincias; IX~ proceder a tomada de contas do Prefeito quando este nao a apresentar no prazo da lei, X — julgar, anualmente, as contas prestadas pelo Prefeito, apés parecer prévio do Tribunal de Contas do Estado; XI — sustar os alos normativos do Poder Executive quando exorbitaram do poder regulamentar ou dos limites de delegagao legislative;Xil~ fiscalizar e controlar diretamente os atos do Poder Executivo; Xill = dispor sobre limite @ condigdes para a concessio de garanlia do Municipio em operagdes de crédito; XIV = fixer a remuneragao do Prefelto, do Viee-Prefeito e dos Vereadores a0 termino da legislatura, para vigorar na subsequente, observado o que dispéem O arts, 37, XI, 150, Il, 153, Ill e 153, § 2°, |, da Constituigéo Federal: XV ~ convocar os” Secretérios Municipals para prestarem, pessoalmente, informagdes sobre assunto previamertte determinado, importando em crime de Tesponsabilidade a auséncia nao justificada, SECAO Il Da Mesa e das Comissées Art. 18. A Mesa da Camara Municipal é composta de um Presidente, de um Vice-Presidente, de um Primeiro Secretario e de um Segundo Secretario, eleitos para um mandato de dois anos, permitida a recondugao para o mesmo cargo na eleicao imediatamente subsequente. Pardgrafo unico. As competéncias @ as atribuigbes dos membros da Mesa, 2 forma de substituicéo, as eleigdes para a sua composicgo e os casos de destituig’o sao definidos no regimento intemo. Art. 16, A Camara Municipal teré comissées permanentes e temporarias, constituidas na forma e com as alribuigbes previstas no regimento intemo ou no ato de que resultar sua criagao. § 1°- As comissées, em razdo da matéria de sua competéncia, cabe: 1 = discutir e ‘votar projetos de lei que dispensar, na forma do regimento intemo, a gompeténcia do Plenario, salvo se houver yecurso de um décimo dos membros ga Camara; 4 —realizar audiéncias pUblicas com entidades; lil ~ convocar Seoretérios Municipais para prestarem informagées sobre assunto inerentes a suas atribuigées; IV ~— receber petigdes, reclamagées, representagdes, ou queixas de qualquer pessoa contra alos ou omissées das autoridades municipais;\V—solicitar depoimento de qualquer auloridade municipal. § 2° - As comissées parlamentares de inquérito, que teréa poderes de investigagao proprios das autoridades’ judiciais, além de outros previstas no regimento intemo, sero criadas mediante requerimento de um teico dos Vereadores que compoem a Camara, para apuragao de fato determinado » por prazb certo, sendo suas concludes, se for o caso, encaminhadas ao Ministerio Pdblico, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores Art. 17. Na constituigéa da Mesa e de cada comisséo 6 assegurada, tanlo quanto possivel, @ proporcionalidade da representagao partidaria ou de blocos pariamentares que parlicipem da Camara. SEGAO Iv Do Processo Legislativo Art. 18. O proceséo legislative compreende a elaboragau de |—emendas 4 Lei Organica: li =Ieis complementares; ‘ili leis ordinarias; IV ~ leis delegadas; V - inedidas provisérias; VI — decratos legislativo; Vil ~ resolugées. Art, 19. A Lei Organica podera ser emendada mediante proposta: 7 |—de um tergo, no minimo, dos membros da Camara Municipal; il -do Preteito, § 1°- A Lei Organica nao podera ser emendada na vigéncia de intervengaio no Municipio. § 2° - A proposta sera discutida e votada em dois tumos, com intersticio minimo de dez dias, em ambos aprovada por dois tergos dos membros da CAmara Municipal© + § 3°- A emenda a Lei Organica sera promulgada pela Mesa Diretora da Camara, com 0 respectivo niimero de ordem. § 4° - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por Prejudicada n&o podera ser objeto de nova proposta na mesma sessao legislativa SECAO V Da Iniclativa das Leis Art. 20. A iniciativa das leis complementares e ordinarias cabe a qualquer Vereador ou comisséo da Camara, ao Prefeito Municipal e aos cidado, na forma e nos casos previstos nesta Lei Organica. Art. 21. Compete privativamente ao Prefeito Municipal a iniciativa das leis que versem sobre: * | — regime juridico dos servidores: | — criagéo de cargos, empregos e fungées na administraco directa, autarquica e fundacional do Municipio, ou aumento de sua remuneragao, Il—orgamento anual, diretrizes orgamentérias e plano plurianual; IV ~ criago, estruturacdo © atribuigdes dos érgdos da administracao direta do Municipio; Art. 22. A iniciativa popular sera exercida pela apresentacao, 4 Camara Municipal, de projeto de lei subserito por, no minimo, cinco por cento dos eleitores inscrilos no Municipio, § 1° - A proposta popular deverd ser arliculada, exigindo-se, pala seu recebimento pela Cémara, a identificagao dos signatérios, mediante indicagao do numero do respeciivo titulo eleitoral, bem como a certido expedida pelo orgao eleitoral competente, contendo a informagao do nimero total de eleitores do Municipio. : : § 2° - A tramilagéio dos projetos de lei de iniciativa popular obedecera as normas relativas ao processo lagislativo. * § 3° - Caberd ao re modo pelo qual os proj Camara. gimento intemo da Camara assegurar e dispor sobre o jelos de iniciativa popular sero defendidos na Tribuna da Art. 23. Sao objeto de leis complementares:10 + |= Cédigo Tributario Municipal; Hl — Cédigo de Obras e Edificagdes; Il = Gédigo de Postura; IV ~ Cédigo de Zoneamento, V ~ Codigo de Parcelamento do Solo; VI— Plano Diretor, © . Vil — Regime Juridico dos Servidores. Paragrafo nico. As leis complementares exigem para sua aprovacéio o voto favoravel da maioria absoluta dos membros da Camara Art. 24. As leis ordindrias serdo aprovadas por maloria de volos, presente a meioria absoluta dos membros da Camara * Art. 26. O Prefeito Municipal podera adotar medidas Provisorias, com forga de lei, devendo suybmeté-la de imediato a Camara Municipal, que, estando de recesso, sera convocada para se reunir no prazo de cinco dias Paragrafo Unico. A medida provisoria perderd a eficacia, desde a edigdo, se nado for convertida em lei no prazo de trinta dias, a partir de sua publicagao, devendo a Camara disciplinar as relag6es juridicas dela decorrentes. Art. 26, No sera adimitido aumento da despesa prevista; | ~ nos projetos de iniciativa populer @ nos de iniciativa exclusiva do Prefeito Municipal, ressalvado, neste caso 0 projeto de ei orgamentaria; Il nos projetos sobre organizagao administrativa da Camara Municipal, Art. 27. O Prefeito Municipal podera solicitar urgéncia para apreciagao de projetos de sua iniciatjva, considerados relevantes, os quais devergo ser apreciados no prazo de trinta dias joes Pocortido, sem deliberacdo, 0 prazo fixady no caput deste artiyo, o Projelo sera obrigatoriamente incluido na ordem do dia, para que se ullime sua volacao, sobresiando-se a deliberaco sobre qualquer outra materia, excato medida provissria, veto e projoto de lei orgamentaria,1 § 2° - O prazo referido neste artiyo nao correm no perfodo do recesso da Camara Municipal e nem se aplica aos projetos de codificagao. Art. 28. O projeto de lei aprovado pela Camara seid, no prazo de dez dias, enviado ao Prefeito Municipal que, aquiescendo, 0 sancionara no prazo de quinze dias uteis § 1 - Decorido o prazo de quinze dias titels, 0 siléncio do Prefeito Municipal imporlara em sangao. § 2° - Se 0 Profeito Municipal considerar 0 projeto no todo ou em parte 'nconstitucional ou contrario ao interesse pilblico, veté-lo-a total ou parcialmente, No prazo de quinze dias uteis, contados da data do tecebimento, e comunicara, dentro de quarenta e oito horas, a0 Presidente da Camara, os motivos do velo. § 3° - O veto parcial somente abranger texto integral de artigo, de paragrafo, de inciso ou alinea. § 4” - O velo sera apreciado ‘no prazo de tjinla dias, contados do seu recebimento, com parecef ou sem ele, emi uma tinica discusso e volagdo, § 5° - O veto somente sera rejeitado pela maioria absoluta dos Vereadores, mediante votacdo secreta. § 6" - Esgotado sem deliberagao 0 prazo do § 4° deste artigo, o veto sera Colocado ng ordem do dia da sesséo imediata, sobrestadas’ as demais Proposigdes até sua votagdo final, excety medida provisoria § 7° - Se o veto far rejeitado © projeto sera enviado ao Preteito Municipal ©m quarenta e oito horas, para promulgagao. § 8° - Se 0 Prefeito Municipal no promuigar a lei nos prazos previytos, 0 Presidente da Gaara a promulgara, e, se este nao o fizer no prazo de qugienta e olto horas, eaberg ao Vice-Presidente obrigatoriamente fazé-o. § 8 - A mgnutencao do veto nao restaura materia suprimida ou madificada pala.Damara, Art. 29. A matéria constante de projeto de tei rpigitado, somente poder§ gonstituir objeto de novo projeto na mesma sesséio is aliva, mediante prapos|q da maioria absoluta dos membros da Camara, j : Art. 30. A resolu Administratiyg ste Camara, de sua co Sango oy ygip do Prefeito Municipal, i980 destina-se a regular matériq. politico, mpeléncia exclusiva, n&o depended de12 SECAO VI Dos Vereadgres Art. 34: Os Vereadpres gozam de inviolabilidade por suas opinides, palavras e votos no exercicio do mandato e na circunscriglo do Municipio. Art, 32. Os Vereadores ndo serdo obrigados a testemunhar, perante a Camara, sobre informagées recebidas ou prestadas em razéo do exercicio do mandato, nem sobre 2s pessoas que Ihes contiaram ou deles receberam informagées. Art. 33. No territorio do Municipio os Vereadores terao livre acesso aos eventos puiblicos, mediante apresentagéo da cartelra de identificagao funcional de legislador. Art. 34. O Vereador residente em localidade fora da sede do Municipio fara js a ajuda de custo destinada a cobrir despesas de pousada, alimentagao, fixada por Resolugao de iniciativa da Mesa da Camara Municipal Art. 36. incompativel com o decoro parlamentar, além dos casos definidos na Regimento Intemo, o abuso das prerrogativas asseguradas aos Vereadores ou a percepedo, por estes, de vantagens indevidas. Art. 38, Os Vereatiores néo podem: . [desde a expedigao do diploma a) firmar ou manter contrato com o Municipio, suas aularquias, fundagdes empresas puiblicas, sociedades de economia mista, empresas concassionarias de servigos publicos municipais, salvo quando o conirato obedecer a clausulas uniformes; 5) aceitar cargo, fungéo ou emprego na administracéo publica direta ou indireta municipal, salvo mediante aprovagao em concurso publica; || -desde a posse: a) ocuipar cargo, fungéo ou emprego na administragao publica direta ou indireta do Municipio, de que seja exoneravel ad nutum, salvo o cargo de Secretério Municipal, desde que se licencie do mandato; ) exercer outro cargo elativo federal, estadual ou municipal: ©) Ser proprietario, controlador ‘oti diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa juridica de direito piblico municipal, ou neta exercer fungdo remunerada;13 4d) palrocinar cause junto ao Municipio em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere a alinea“a’ do inciso |. Art. 37. Perdera 0 mandalo o Vereador: !— que infringir qualquer das proibig6es do artigo anterior; Il — cujo procedimento for declarado incompativel como dacoro parlamentar, lll = que deixar de comparecer, em cada sessdo legislativa, 4 terca parte Gas sessbes ordindrias da Camara, salvo'em caso de licenga ou dé misséo oficial autorizada; “IV —que perder ou tiver suspensos 08 direitos pliblicos; ve quando decretar a Justiga Eleitoral, nos casos previstos na legislagao federal; VI-— que sofrer condenagao criminal em sentenga transitada em julgado: Vil — que deixar do residir no Municipio. § 4° Extingue-se 0 mandato, e assim sera declarado pelo Presidente da Camara, quando ocdrrer falecimento ou rentincia Por escrito do Vereador. § 2* - Nos casos dos incisas |, Il, Ill e IV deste artigo, a perda do mandato Ser decidica pela Camara Municipal por voto secreto e maioria de dois tercos, mediante provocagéo da Mesa, de qualquer Vereador ou partida politico com representagao na Camara, assegurada ampla defesa, § 3° - Nos casos dos incisos IV, 'V, VI e VIl, a perda do mandato seré declarada pela Mesa da Camara, de oficio'ou mediante provocago de quelauer Vereador ou Partido Politico com representagay na Camara. Art. 38, Nao perdera o mandato 0 Vereador. '- investido no cargo de Secretario de Estado, Secretario Municipal, Chefe da Misséo emporaria de interesse do Municipio, interventor ou administrador municipal; || licenciado pela Camara, por.molivo de doenga comprovada por pericia médica ou para tratar, sem remuneragdo, de interesse particular, desde que, neste caso, 0 afastamento néo ultrapasse cento e vinte dias por sessao legislativa14 § 1" O suplente seré convocado nos casos de vaga, de investidura em fung6es previstas neste artigo ou de licenca superior a cento e vinte dias § 2" - Ocorrendo vaga © no, havendo suplente, farse-A eleicdo para preenché-la, se faltarem mais de quinze meses para o término do mandato. § 3° - Na hipétese do inciso |, o Vereador poderé optar pela remuneracéo do mandato. CAPITULO IL Do Poder Executivo ‘ SEGAO| Do Prefeito ¢ do Vice-Prefelto Art. 39. O Poder Executivo Municipal 6 exercido pelo Prefeito, auxiliado pelos Secretarios Municipais. Art. 40. O Prefeito e o Vice-Prefeito serio -yleitos simuttaneamente, por eleicao direta em gufragio universal e secreto, . Art. 41. O Prefelto e 0 Vice-Prefeito tomarao posge em Sessao solene da Camara Municipal, no dia primeiro de janeiro do ano subsequente ao da eleigao, § 1" - Por ocasiéo da posse, 0 Prefeito © 0 Vice-Prefelto prestarao o compromisso de defender e cumprir a Constituiggo Federal, a Conslituigao Estadual @ esta Lei Organica, observar as leis © promover 0 bom geral do Municipio, § 2% - No ato da posse, 0 Prefeilo @ 0 Vice-Prefeilo fardo declaragao de seus bens. § 3° - decortides dez dias da data fixada para a posse, se 0 Prefeito ou o Vioe-Prefelto, salvo motivo de forga maior, ndo tiverem assumido o cargo, este sera declarado vago Art, 42. Substiluira 0 Prefeito no caso de impedimento e sucedé-lo-d no de vaga 0 Vice-Prefeito. » Parégrafo Unico. Em caso de impedimento do Prefeito © do Vice-Prefeito ou vacdncia dos respectivas cargos, assumird o Presidente da Camara, Art. 43: © Prefeito ndo poderd ausentar-se do Municipio por Periodo superior a quinze dias sem prévia licenga da Gémara Municipal, sob pena de perda do mandato.SEGAO II Das Atribuigdes do Prefeita Art, 44. Compete ao Prefeito, enire outras atribuigdes: | representar 0 Municipio em Juizo e fora dele} ll — exercer a direco superior da administragao publica municipal; |i ~ inioiar © proceso legislative, na forma e nos casos previstos nesta Lei Organica; * IV ~ sancionar, promulgar e fazer publicar as leis aprovadas pela Camera e expedir decretos e regulamentos para a sua fiel execugao; V —vetar projetos de lei, total ou parciaimente; Vi enviar Camera Municipal o plano plurial, as diretrizes orgamentatias e 0 orgamento anual do Municipio; Vil ~ editar medicias provisérias na forma desta Lei Organica; Vill ~ dispor sobre a organizagéio“e 0 funcionamento da administragéio municipal, na forma da lei IX ~ remeter mensagem e plane de govemo a Camara Municipal por gcasiéio da abertura da sesso legislative, expondo a situagéo do Municipio © solicitando as providéncias que julger necessdrias; X = prestar a Cémara Municipal, anualmente, as contas do Municipio referentes a0 exercicio anterior, : XI ~ prover e extinguir 0s cargos @ as fungSes publicas municipais, na forma da lei; Xil ~ decretar, nos termos da jel, desapropriagao por utilidade publica ow interesse social; Xill — celebrar convénios com entidades ptiblicas ou privadas; XIV = prestar & Camara, dentro de trinta dias, as informagdes por ela Solicitadas; XV — publicar, até trinta dias apés © encerramento de cada bimestre, relatério resumido da execugao orgamentaria;1 a XVI = entregar 4 Camara Municipal até o dia vinte de cada més, os recursos correspondentes as suas dotagdes orgamentarias; XVII = solicitar o auxilio da forga policial para garantir 0 cumprimente de seus atos; XVIII — decretar situagéo de emergéncia quando ocorrerem fatos que a justifique; XIX = convocar extraordinariamente a Camara; %X ~ fixar as tarifas dos servigos ptiblicos concedidos ou pemitidos, bem como daqueles explorados pelo préprio Municipio, conforme eritérios estabelecidos na legislaco municipal; XXI — requerer a autoridade competente a priséo administrativa de servidor Publico municipal omisso ou remisso com a prestagdo de contas dos dinheiros puiblicos; XXII-~ dar denominago a prédios municipais e loyradouros publicos: “XXIIl ~ contrair empréstimos @ realizar operagies de crédito, com previa autorizagao da Camara, SEGAQ IIL Das proibigées Art, 45. O Prefeito © 0, Vice-Prefeito nao poder, deste a posse, sob pena de perda do mandato | — firmar ou manter contrato com 0 Municipio ou com suas autarquias, empresas piiblicas, sociedades de economia mista, fundagdes ou ompresas concessionarias de servigo ptiblico municipal; + aceitar ou exercer cargo, fungdo ou emprego, inclusive os de que seja demissivel ad nutum, na adminisiragao direta e indireta do Municipio, ressalvada a posse em virtude de‘concurso puiblico, aplicando-se, nesla hipétese, o disposto no artigo 38, da Constituigo Federal: “Ill — ser titular de mais de um mandato eletivo; 'V ~ patrocinar causas em que seja interessada qualquer das entidades mencidnadas no inciso I deste artigo;7 \V ~ ser proprietario, controlador ou diretor de empresa que goze de favor Gecorrente de contralo celebredo com o Municipio ou nela exercer funcéo remunerada; : VI— fixar residéncia fora do municipio. SEGAO IV Dos Seeretérios Municipals ‘Art. 46. Compete aos Secretérios Municipals, além das atribuigdes que as leis municipais estabelecerem: | exercer a orientagéio, coordenagéo @ supervisao dos orgéios e entidades da administragao municipal na area de sua competéncia e referendar os atos & decretos assinados pelo Prefeito; I~ expedir instrugSes para execugao das leis, decretos @ reguiamentus; Ill ~ apresentar ao Prefeito relatério anual dos servigos realizados na Secretaria; V ~ praticar os alos pertinentes as alribuigdes que thes forem outorgadas ou delegadas pelo Prefeito; Art. 47. A lei dispora sobre a criagdo, estruturagéio, e alvibuigdes das Secrelarias Municipais; SEGAO V Dos Atos Municipais Art. 48. A publicagdo das leis, decreto @ atos administrativos Municipais € obrigatorio @ sera fella em érgéo da imprensa local ou por alixagao na sede da Prefeitura ou da Camara Municipal, conforme o caso, § 1° A publicagéo dos atos administrativos podera ser feita resumidamente desde que contenha o essencial, § 2? - Nenhum ato produziré efeito juridico perante terceiros antes de sua publicago. Art. 49. A publicidade dos atos, programas, obras, servigos ¢ campanhas dos drgaos publicos tera carater educative, informative vt le orientagao social, dela nao podendo conilar nome, simbolo ou imagem que caracterize promogae de autoridade ou servidor ptiblico,18 TITULO I Dos Orgamentos CAPITULO! Disposigdes Gerais Art. 50. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabeleceiao: 1-0 plano plurianual; las diretrizes orgamentarias; Ill — 98 orgamentos anuais, § 1° - O plano plurianual estabelecera as diretrizes, objetivos e metas da administragéo municipal para as despesas de capital e outra delas decorrentes e para as relalivas aos programas de durag&o continuada § 2° - O projeto do plano plurianual, para vigéncia até o final do primeiro exercicio financeiro do mandato subsequente, sera encaminhado & Camara Municipal até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercicio financeiro e devolvido para sango até o encerramento da sessdo legisiativa § 3 - A lei de diretrizes orgamentarias compreenderé as metas 2 prioridades da administragao municipal, incluindo as despesas de capital para o exercicio fintancelro subsequente, orlentara a elaboracdo da lei oreamentaria anual @ dispora sobre as alteragdes na legislagao tiibutaria, § 4° -0 projeto de lei.de diretrizes orgamentérias seré encaminhado até oito meses antes do encerramento do exercieio financeiro @ devolvido para sancéio até © encerramenio do primeiro periodo da sessao legislativa, § 5°-A lei oramentéria anual compreendera: |— 9 orgamento fiscal referente aos Poderes do Municipio, seus fundos, orgéos e entidades da administragdo direta e inditeta, inclusive fundagdes instituidas e mantidas pelo Poder Puiblico Municipal, || ~ 9 orgamento de investimento das empresas em que 0 Municipio, direle ou indiretamente, detenha a maiorla do capital social com direito ao voto; lll = 9 orgamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e érgdos a ela vinculados, bem como os fundos instituidos pelo Poder Publica Municipal.19 § 6° - O projeto de lel do orgamento anual sera encaminhade & Camara Municipal até o dia trinta de setembro e devolvido para sango até o encerramento da sesséo legislativa § 7°- As emendas ao projeto de lei do orgamento anual ou aos projetos que 9 modifiquemy somente podem ser eprovados caso: | ~ sejam compativeis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orgamentarias; || = indiquem os recursos necessatios, admitidos apenas os provenientes de nulagao de despesa, excluldes as que incidam sobre: a) dotagao para pessoal e seus encargos; b) servigo da divida, Ill ~ sejam relacionadas: 2) com a corrego de erros ou omissées; b) com os dispositives do texto do projeto de lel, 5.8°- As emendas ao projelo de lel de diretrizes orgamentérias nao poderao Ser aprovadas quando incompativeis com 9 plano plurianual, § 9° - 0 Prefaito poderé enviar mensagem & Camara Municipal para propor Modificagéo nos projetos a que se refere este artigo enquanto ndo iniciada a volagao, na ComissAo de Finangas e Orgamento, da parle cuja alleragio & proposta. Art. 64. Os recursos que, em decorréncia de veto, emenda ou rejeigao do projeto de lei orgamentéria anual, ficarem sem despesas: correspondentes poderao ser utlizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia autorizagao legislativa. Art. 52. © orgamento ser uno, incorporandy-se obrigatoriamente na receita, todos os tributes, rendas @ suprimentos ce fundos @ incluindo-se, discriminadamente, na despesa, as dotagdes necessarias ao custeio de todos os servigos municipais . Art. 63. O orgamento néo conteré dispositivo estranho a Previgdo da receita nem a tixagdo da despesa anterionmente autorizada, nau se incluindo nessa proibigao, a. autorizagéo para abertura de crédito suplementar e a Conlratacao para operacao de crédito,’ ainda que por antecipagao da receita, nos termos da lei,20 Art. 64. So vedados: |~o inicio de programas e projetos ndo incluidos na lei oreamentaria anual; | ~ @ realizagdo de despesas ou @ assungdo ue obrigagées direlas quo excedam os créditos orgamentarios ou adicionais: | — a realizagéo de operagées de créditos que excedam o montante das Gespesas de capital, ressalvadas as, autorizagdes mediante créditos Suplementares cu especiais com finalidade precisa, aprovados pela Camara Municipal, por maioria absoluta; IV ~ a vinculagéio de receita de impostos a drgdos, fundo ou despesa, Fessalvadas a repartigao do produto de arrecadagéio dos impostos a que sé referem os artigos 158 e 159 da Constituigéo Federal, a desatinagéo de recursos Para manutengao © desenvolvimento do ensino, e a prestacéio de garantias as operagdes de crédito por antecipacdo da receita, V ~ a aberlura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorizagao legislativa e sem indicagao dos recursos correspondentes; Via transposigéo, o remanejamento e a transferéncia de recursos de uma categoria de programagao para outra, de um érgao para outro, sem prévia autorizagdo legislativa: VI ~a concessao ou utilizagao de crédito ilimitados; VIN! ~ @ utilizagao, sem autorizagao legislativa especifica, de recursos dos orgamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir deficit de empresas, fundagdes e fundos: : IX ~ a instituigao de Tundos de qualquer natureza, sem prévia aulorizagao legislativa § 1° - Nenhum investimento cuja execugao ultrapasse um exercicio financeiro poder ser iniciado sem prévia incluséo no plano plurianual, ou sem lei que autorize a incluso, sob pena de crime de responsabilidade. § 2° - Os créditos especiais © extraordindrios terdo vigéncia no exercicio financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorizagao for promulgado Nos ailimos quatro meses daquele exercicio, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, sero incorporados ao orgamento do exercicio financeiro subsequente § 8° - A abertura de crédito extraordinario somente sera admitida para atender despesas imprevisivels © urgentes, como as decorrentes de situacdo de emergénciaArt, 66 Os recursos comespondentes as dotagdes orgamentarias, compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados 4 Camara Municipal, ser-Ine-do entregues até o dia vinte de cada més. Art, 66. A despesa com pessoal ative e inative do Municipio no poderé exceder os limites estabelecidos em lei complementar federal Paragrafo Unico. A concesséo de qualquer vantagem ou aumento de remuneracao, a ctiag&o de cargos ou alleragdes de estruturas de carriras, bem como a admiss&o de pessoal, a qualquer titulo, pelos orgaos e entidades da administragao direta ou indireta, 86 poderdo ser feitas: | — se houver prévia dotagdo orgamentaria suficiente para atender as Projegées de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorentes; I — se houver autorizacéo legislativa especifica na lei de diretizes orgamentarias, ressalvadas as empresas pubblicas e as sociedades de economia mista. TITULO Iv . Do Sistema Tributario Municipal Capitulo | Dos Impestos Art. 87. Compete ao Municipio instituir impostos sobre: ~ 4 propriedade predial e territorial urbana; \ ~ transmissdo ‘inter vivos", a qualquer titulo, por ato oneroso, de bens iméveis, por natureza 0 acess&o fisiva, e de direilos reais sobre imbvais, excoto os de garantia, bem como cessdo de direitos & ‘sua garantia; lil ~ servigos de qualquer natureza, néig compreendidos no art. 155, I, da Constituigao Federal, definidos em lei complementar. § 1°- O imposto previsto no inciso |, podera ser progressivo, nos termos de lei municipal, de forma assegurar o cumprimento da fungao social da proprigdade. § 2° - 0 imposio previsto no inciso II, pao incide sobre a transmigsao de bens ou direitos incgrporados ao patriménio de pessoa juridica em realigagdo de Sapital, nem sobre ‘a transmisso de bens ou direitos decorrentes ia fusdo, incorporagao, cisdo ou extinggo de pessoa juridica, salvo se, nesses casos, @22 atividade preponderante do adquirente for a compra @ a venda desses bens ou direitos, locagao de bens iméveis ou arrendamento mercantil. CAPITULO IL Das Taxas P Art, 58. As taxas s6 poderao ser instituidas por lel, em razo do exercicia do poder de policia ou pela utlizagéo efetiva ou potencial de servicos publicos, especiticos € divisiveis, prestados ao contribuinte ou postos a disposicéio pelo Municipio, Parégrafo Unico. As taxas néo poder ter base de céloulo propria de-impostos Art. 59. A contribuigéo de melharia sera instituida por lei cobrada dos proprietérios de imoveis valorizados por obras puiblicas. Art, 60. O Municipio poderd instituir contribuigéo, cobrada de Seus servidores, para o custeio, em beneficio destes, de sistemas de previdéncia e assisténcia social 3 Art. 61. A isengdo, anistia e remisséo relativas a tributos ¢ penalidades sé poder&o ser concedidas em cardter genérico © fundadas em inleresse publico justificado, sob pena de nulidade do ato. Art. 62. A iseng&o somente podera ser concedida por lel que trale do tributo respectivo, ou por lei especitica TITULO.V Da Ordem Econdmica e Social CAPITULO! Do Planejamento Municipal Art. -63. As atividades municipais seréo desenvolyidas metliante processo permanente de planejamento, assegurada a parlicipagso de lodos © de associagbes representativas, nos termos da lei, pular e de suas associagdes representativas sera garantida nas fases de elaboraggo, implementacdo, fiscalizagao e avaliaggo dos Plands municipais. § 2° - © sistema municipal de planejamento identificara e avaliara, Permanentemente, as necessidades de comunidade sob todos os aspectos,23 Art. 64. © plano plurianual, as diretrizes orgamentarias @ 0 orgamento anual so os mais importantes instrumentos do planejamento municipal, CAPITULO IL Do Desenvolvimento Econdmico Art. 66. O Municipio exercera, na forma da lei, e no Ambito de suas alribuigées, as fungées de disciplinar, fiscalizar, incentivar © planejar as atividades econdmicas. Art. 66. Na promogdo do desenvolvimento sconéinico o Municipio atendera as seguintes diretrizes: | — Incentive as microempfesas e empresas de pequeno porte, inclusive mediante simplificagao de suas obrigagées administralivas e tributaries; iI estimulo ao cooperativismo e demais formas de associativisma; Hl — promogéo e apoio ao turismo; JV ~ apoio ao desenvolvimento de atividades agropecudrias, inclusive fomecendo asistencia técnica ao pequeno e médio produtor rural Paragrafo unico. QO Municipio assistira os trabalhadores Turais @ suas organizagées legais, proporcionando4hes, entre outros: beneficios, melhoria nas condicbes de produgao e de trabalho. CAPITULO II Do Meio Ambiente ¢ Recursos Naturais . " Art. 67. Todo cidad2o tem: direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial a sadiq qualidade de vida, impondo-se ao Municipio ¢ a coletividade 0 dever de defendé-lo ® preserva-lo para as presentes e futuras geracbes, Parégrafo Unico. Para assegurar efelivic: articular-se com 6rgdos estaduais, re quando for 0 caso, com outros Municij comuns relativos a protecao ambiental. lade a esse dlireito, 0 Municipio devera gionais © federais competentes e ainda, pios, objetivando a solugdo de prablemasArt. 70. Nag licengas de Parcelamento, loteamenty e lecalizacio 0 Municipio ©xigira 0 cumprimento dg legislacdo de protectio ambiental Smanada da Unigio @ do Estate Art. 74. © Municipio, em Parceria com a Uniao @ 9 Estado, slaborara plano de desenvolvimento do setoy Pescueiro, com 0 objetivo de | — proteger @ Preservar a faung © a flora aquaticas, quanto aos recursos e ecossistemas Naturais; "= proibir a utlizacao de material Predatério na captura de Peixe; | ~ desenvolver ¢ Sslimular sistomas de Comercializacao dirata entre Isumi Rescadores © consumidores com garantia de preco minina de mercado © seu amazenamento. CAPITULO IY Do Desenvolvimento Social Art. 72. A ordem social {eM Como base 0 primado do fabaiho © como objetivo 2 qualidade de vida, a Preservagg estar © a justica sociay :by § 1° - Visando @ salisfaclio do direilo 4 sate, o Municipio, no Ambito de sua competéncia, assegurara | avesso universal e igualitério as apbes @ servigos de promogao, protacéio © recuperagao da satide: : | participagdo de entidades organizadas na elaboracéo, implementacéio e controle de politicas, programas e atividades relatives a satide piblica: lll — dignidade e qualidade de atendimento. « § 2°- Para a consecugao desses abjetivos, 0 Municipio promovera, com a cooperacao técnica da Unido e do Estado | — 2 implantagdo e manutengaio de rede local de agdes @ servigos de satide; | ~ a prestagéo permanente de socoios de urgéncia, quando nao existir servigo federal ou estadual desta natureza; Ill ~ 2 elaboragao de planos e programas locais de salide em harmonia com os sistemas nacional e estadual de saude; IV = © controle © a fiscalizaco de procedimentos, produtos ¢ substancias de interesse para a satide; V ~ a fiscalizagéo e a inspegéo de alimentos destinados ao consumo humano; VI_— a participagao popular na formulago execugao da politica municipal de saneamento basico fad ~ O8 servigos de satidé. publica seréo prestados gratuitamente a populagao " Art. 74, As instituigoes privadas poderdo parlicipar de forma complementar no sistema municipal de saude, segundo diretrizes deste, mediante Contrato de direito puiblico ou convénio, tendo preferéncia as ‘entidades filantrOpicas e as sem fins lucratives. Art, 75. E vedada a-destinag’io de recursos publicos para auxilios Gu subvengSes as instituigdes privadas de satide com fins lucrativosSECAO Da Educacao, da Cultura e do Desporto Art. 76. A educagéo, direito de todos e dever do Municipio, sera prestada conforme as disposigSes estabelecidas na Constituicdo Federal, na Constituigéo Estadual e nesta Lei Organica § 1°- © Municipio dara prioridade a educacdo pré-escolar ¢ ao ensino fundamental e, especialmente, erradicagao' do analfabetismo. § 2° 0 ensino fundamental ¢ obrigatério e gratuito, inclusive para os que a ele no tiveram acesso na idade propria. § 3° « 0 nao oferecimento do ensino obrigatério pelo Poder Publico, ou sua Oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente. § 4° - compete ao Municipio -recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-thes @ chamada e zeler, junto aos pais ou responsaveis, pela freqiiéncia a escola. Art. 77, O Municipio aplicara, anualmente, nunca menos de vinte e cinco por cento, no minim, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferéncias, na manutencdo e desenvolvimento do ensino. Parégrafo nico. Os recursos publicos municipais seréo destinados, exclusivamente, as escolas mantidas pelo Municipio. Art. 78. O Municipio, ‘com @ colaboragdo da comunidade, Promoverd @ protegera o' patriménio cultural, por meio de inventarios, regisiros, vigilancia, tombamente, desapropriagéo e de outras formas de acautelamento e presérvacao. Art. 78. O Municipio deve dar aos alunos de escolas rurais localizadas em regiées agricolas, tratamento compativel com sua realidade, adotando critérios que levem em conta as estagdes do ano e seus ciclos agricolas. Art, 80. OQ Municipio proporcionara o desenvolvimento cultural da comunidade local, especialmente mediante; | — oferecimento de estimulos concretos ao cultivo das ciéncias, artes ¢. jetras; {l — protego aos locais e objetos de valor histérico, cultural e paisagistico;7 |! — incentive & promogao © divulgagao da historia, dos valores humanos e das tradigGes locais: V = criagéo e manutengo de bibliolecas puiblicas; Art. 81. O Municipio proporcionaré meios de recreagéo a Comunidade, mediante criagéo de area verdes e de lazer, aproveitamento de recursos naturais como locais de passeio,. distracdo © recreacdo e pralicas desportivas. - SECAO Ill Da Assisténcia Social Art. 82. A assisténcia social serd presleda a quem dela Hevessitar, independentemente de contribuiggio A seguridade social, © tem por objetivo: 1 — a protegdo @ familia, A matemidade, a infancia, a adolescéncia e a velhice; lo amparo as criangas e adolescentes carentes: Illa promogao da integragdo ao mercado de trabalho; V ~ a habiltagao e reabilitagao das pessoas porladoras de deficiénciy @ a Promogao de sua integracgo a vida comunitéria, Paragrafo Unico, & facultado ao Municipio, ng estrito interesse publica: | ~ conceder stibvengées a entidades assisténciais privadas, declaradas de utilidade publica por lei municipal; II ffrmar convénio com entidade piblica ou privada para prestagan de servigos de assisténcia social por lei municipal, Ill — estabelecer formas de aiticulagao com outros Municipios visando ao desenvolvimento de servicos comuns de satide e assisténcia social. Art. 83. A politica de desenvolvimento urbane, executada pelo Poder Publico municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por Sfietive orcenar © pleno desenvolvimento das fungdes sociais da cidade e garenti - 0 bem-estar de seus habitantes. § 1° - © plano diretor, aprovado pela Camara Municipal, 6 o instrumento basico da politica de desenvolvimento e expansdo urbana28 § 2° - A propriedade urbane cumpre sua func&o social quando alende as exigencia fundamentais de ordenagéo da cidade, expressas no plano diretor. CAPITULO V Da Politica Urbana Art. 84. A politica municipal de desenvolvimento urbano, executada conforme diretrizes gerais fiadas em lei, tem por objetive ordenar o pleno desenvolvimento das fungées sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitanies. § 1° - O plano diretor, aprovado pela Camara Municipal, 6 o instrumento basico da politica de desenvolvimento e de expansdo urbana, § 2° - A propriedade urbana cumpre sua fungao social quando alende as exigencias fundamentals de ordenagao da cidade, expressas no plano diretor Art. 85. © Municipio poderé, mediante lei especitica, para area incluida no plano diretor, exigir, nos térmos da lei federal, do proprietério do solo urbano nao edificado, subutilizado ou nao utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: |—parcelamento ou edificagao compulséria; I" = Imposto sobre propnedade precial e tertitorial urbana progressive no tempo, He |Il ~ desapropriag&o com prévia indenizagao em dinheiro, : Art. 86. Aquele que possuir com sua érea urbang de até Guzentos e cinquenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente © som Sposigao, utlizendo-a para sua moradia ou de sua familia, adquirirthe-a 0 dominio, desde que nao seja proprietario de outro imvel urbane ou rural § 1°- 0 titulo de dominio e a concessao de uso sero conferidos ac homem ou a mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil, § 2° - Esse direito nao sera reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. - Art. 87, Esta Lei Organica e as Disposigées Gerais e ansterias entram em vigor na data de sua promulgagio, revogadas, as disposigbes em contrarioDisposigdes Gerais e Transitérias Art. 12°O Prefeito Municipal, 0 Presidente da Camara e os Vereadores prestaréio 0 compromisso de manter, defender e cumprir a presente Lei Organica do Municipio, no ato de sua promuigacéo. Art. 22 No prazo de um ano, a contar da data da promulgacao desta Lei Organica, caberé av Municipio instituir ou adaptar as normas nela contidas: |—0 Regimento Intemo da Camara Municipal =O Cédige Tributario do Municipi Il —o Cédigo de Obras e Edificagbes; !V ~ 9 Cédigo de Posturas do Municipio; V~0 Plano de Carreiras, Cargos ¢ Salérios dos servidores municipais; VI-~ 0 regime juridico unico dos servidores munivipais; Vil~a Lei de Organizagéo Administrativa da Prefeltura Municipal; * Vill —a resolugao dé Organizagéo e Funcionamento da Camara Muni ipal. “Aart. 3° E Icilo a qualquer cidadéio obter informagées & certidées sobre assuntos referentes & adminisiragao municipel Art. 4° Qualquer cidadéo é parte legitima para pleilear a declaragao de nulidade ou anulagao dos atos jesivos ao patriménio municipal Art. 6° O Municipio mandara publicar e imprimir esta Lei Organica para distribuir aos érgaos publicos e entidades representativas da sociedade, gratuitamente, de modo que se faga a mais ampla divulgagao de seu contetido. Alto Alegre do Pindaré (MA), 30 de junho de 1997.30 MESA DIRETORA | Presidente: ~ Ozéas Azevedo Machado Vice-Presidente: - José dos Martirios Pinto 1° Secrelério: ~~ Joaquim Silva Sousa 2° Secretério: - Francisco das Chagas S. Araujo VEREADORES Moacy Barros da Silva Raimundo Nonato Teles Sampaio Cicero Pedrosa Monteiro Benedito Machado Sousa Manoel Gomes