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Santa Rita, Sua

História, Sua Gente


2ª Edição. 2016

Francisco de Paula Melo Aguiar


Para Betinha Melo Aguiar, minha esposa e modelo ético de ser e viver.
Capa e Diagramação: Enoque Ferreira Cardozo (Trupe serviços editoriais
Freelancer - http://trupeservicoseditoriais.blogspot.com.br/)

Impresso pelo Clube de autores – 2016.

AG282s

AGUIAR, Francisco de Paula Melo. Santa Rita,


Sua História, Sua Gente. 2ª edição. São
Paulo. Clube de Autores Publicações S/A,
2016.

ISBN 978-85-92861-52-0

1. PARAÍBA - História.
2. PARAÍBA - Historiografia.
3. PARAÍBA. Santa Rita.

CDU 900 CDD 913 (1-81)

Escrito e produzido no Brasil.

Copyright "©" 2016. Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução


parcial ou total, por qualquer meio. Lei Nº 9.610 de 19/02/1998 (Lei dos
direitos autorais).
DEDICATÓRIA
Palavra puxa palavra, uma ideia traz outra, e
assim se faz um livro, um governo, ou uma
revolução, alguns dizem que assim é que a
natureza compôs as suas espécies.
Machado de Assis

Para meus pais, Sebastião José de Aguiar e Maria do Carmo Melo Aguiar, princípio e
fim de minha existência e razão maior de imeu próprio ser.
Para meus irmãos José Vicente, José Antônio, Maria de Fátima I, Maria de Fátima
II e Maria Anunciada Antônio, Luiz, João, Maria do Carmo e Josefa, que comigo me
ensinaram a enfrentar os primeiros passos da vida juvenil e educacional.
Para meus tios: José, João, Antônio, Sebastião, Severino, Augusto (maternos),
Joaquim e Antônio (paternos), e para minhas tias: Maria, Doninha, Francisca, Josefa, Rosa
e Anália (maternas) e Maria Augusta e Severina (paternas) que juntos aos meus pais
formam a unidade descendental de meus avós: João José de Aguiar e Josefa Maria da
Conceição Vieira de Aguiar (paternos) e Manoel Gomes de Mello e Emília Francisca
Pereira de (Meireles) Mello (maternos).
Para todos os meus sobrinhos e sobrinhas, inclusive os (as) afins.
Para meus cunhados: Djalma Panta, Antônio Medeiros, Antônio, João e Alessandro
Bezerra.
Para minhas cunhadas: Rosilene, Domingas e Eudézia.
Para todos os meus primos, primas, parentes alunos e amigos.
Para o Intendente Antônio Gomes Cordeiro de Mello, Primeiro Presidente do Conselho
Municipal de Intendência de Santa Rita (29/03/1890 a 29/06/1890).
Para Beatriz Lopes Pereira, minha primeira professora.
Para o Lions Clube de Santa Rita.
Para a Loja Maçônica André Vidal de Negreiros e Irmãos.
Para todos ex-Prefeitos e ex-Vereadores de Santa Rita.
Para o Desembargador José Rodrigues de Ataíde – In memorian.
Para todos os Serventuários e demais auxiliares da Justiça de Santa Rita.
Para todos os funcionários públicos de Santa Rita.
Para todos os Maçons, Católicos, Espiritas e Crentes de Santa Rita e do mundo.
Para todos os bóias-frias, camponeses, operários e profissionais anônimos de
Santa Rita e do mundo.
DEDICAÇÃO ESPECIAL

E cada homem é um livro onde o próprio Deus


escreve.
Victor Hugo

À memória de
João José de Aguiar,
Josefa Maria da Conceição Vieira de Aguiar,
meus avós paternos,
Manoel Gomes de Mello,
Emília Francisca Pereira de Mello,
meus avós maternos,
Maria de Fátima Mello Aguiar (I)
Maria de Fátima Mello Aguiar (II) e
Maria Anunciada Mello Aguiar, minhas irmães, que foram chamadas por Deus para a
eternidade ainda crianças.
Aos habitantes e eleitores de Santa Rita, que me deram a oportunidade de representá-
los durante quatorze anos anos na Câmara Municipal de Santa Rita e pelos mesmos
contínuo a defendê-los como irmão, advogado e educador, eternamente e sempre.
HOMENAGEM ESPECIAL AS CRIANÇAS DE SANTA RITA

CRIANÇA SANTARITENSE
por Francisco de Paula Melo Aguiar
Criança Santarritense!
Eu te comparo a uma flor.
Flor que adorna os lares.
Flor que ornamenta as Escolas.
Flor que matiza os caminhos.
Tens cor, perfume e espinhos
O teu colorido variado
Embeleza os cenários santarritenses.
Teu perfume enche os ares.
E teus espinhos?
Ferem os que te amarn.
Cultivam-te!
Teus pais,
Teus mestres,
Tua comunidade.
Arrancandole os espinhos,
Orientando-te para um caráter reto,
Para seres meiga,
Para seres sensível,
Aos sofrimentos do teu próximo.
Para amares aos que te amam.
Feliz é a pessoa que planta uma árvore para
viver debaixo de sua sombra, antes, durante e
depois de sua vida.
Francisco de Paula Melo Aguiar
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO .................................................................................................... 13

PREFACIANDO ....................................................................................................... 15

CAPITULO I - A CAPITANIA DA PARAIBA E SANTA RITA ..................................... 21


1.1 - O processo de colonização da várzea do Paraíba ...................................... 21
1.2 - A criação e fundação da Capela de Santa Rita ........................................ 24
1.3 - A emancipação política de Santa Rita .................................................. 25
1.4 - O primeiro Conselho Municipal de Intendência ......................................... 27
1.5 - A nomeação dos primeiros funcionários do município ............................... 30
1.6 - A renúncia do primeiro Intendente Municipal ............................................. 31
1.7 - A liderança do Padre Ferreira e a oligarquia dos Carvalho ......................... 31
1.8 - A açucarocracia e os gestores municipais ................................................ 34
1.9 - O primeiro prefeito eleito e o Estado Novo ............................................... 35
1.10 - Prefeitos eleitos pelo voto popular ........................................................... 36
1.11 - A escravidão negra e a religiosidade ........................................................ 37
1.12 - O sobe e desse da emancipação municipal .............................................. 40
1.13 - A historicidade da climatologia ............................................................. 41
1.14 - O clima no município ............................................................................. 42
1.15 - A importância da bacia hidrográfica municipal ..................................... 43
1.16 - A Ilha Tiriri e a fábrica de cimento de 1892 ............................................ 44
1.17 - Santa Rita, área territorial ...................................................................... 45
1.17.1 - Municipio da mesoregião da mata paraibana ................................ 45
1.17.2 - Distritos, bairros, núcleos e limites municipais .............................. 46
1.17.3 - A evolução da população urbana e rural ...................................... 46
1.18 - As riquezas naturais do município ........................................................... 46
1.18.1 - Os vegetais e os minerais ........................................................... 47
1.18.2 - As riquezas naturais e a indústria do turismo ............................... 47
1.19 - Dicionário botânico e a “fabricação” de remédios caseiros ............... 48
1.20 - Atividades econômicas e industriais ........................................................ 58
1.20.1 - A origem da cana de açúcar ....................................................... 58
1.20.2 - A introdução da cana-de-açúcar na América ................................ 58
1.20.3 - A origem da industrialização local ............................................... 59
1.20.4 - A pecuária do municipio ............................................................. 62
1.20.5 - O comércio do municipio ......................................................... 62
1.21 - Os meios de comunicação e transportes ................................................ 64
1.22 - Vultos ilustres, de herói nacional a pessoas do povo ................................ 66
1.23 - Os correios e telegrafos em Santa Rita .................................................... 69
1.24 - A rede escolar e o aspecto urbano e rural ................................................ 70
1.25 - A assistência médico-odontológica-sanitária ............................................. 72
1.26 - Assistencialismo e cooperativismo .......................................................... 73
1.27 - A instrução pública e privada no município ........................................ 74
1.28 - A criação do sistema municipal de educação em Santa Rita ....................... 86
1.29 - As manifestações e efemérides ........................................................... 90
1.30 - Os aspectos culturais e artísticos .......................................................... 92
1.31 - Santa Rita e seus prédios históricos ....................................................... 100
1.32 - A feira pública municipal ....................................................................... 101
1.32.1 - A feira primitiva ........................................................................... 101
1.32.2 - A emancipação de Pirro ............................................................. 101
1.32.3 - O mercado público e a feira do papo da coruja ............................. 106
1.33 - Santa Rita, o que teve e não tem mais .................................................... 108
1.34 - Santa Rita, relato cultural e social do passado .......................................... 110
1.35 - Santa Rita e a imaginação lendária ..................................................... 111
1.36 - O sesquicentenário do Poder Legislativo Brasileiro em Santa Rita ............................. 113

CAPÍTULO II - OS SÍMBOLOS MUNICIPAIS ............................................................. 116

CAPITULO III - A ORIGEM DO COFRAG .................................................................... 123


3.1- Histórico da fundação do COFRAG .................................................................. 123
3.2 - A historicidade do COFRAG .......................................................................... 123
3.3 - Academia Paraibana de Poesia ................................................................ 125
3.4 - Academia de Letras do Brasil .................................................................. 127
3.5 - Academia Brasileira de Mestres e Educadores ........................................... 127
3.6 - Depoimento autobiográfico ..................................................................... 128
3.7 - O COFRAG É O PIONEIRO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - GOVERNO
DO ESTADO DA PARAIBA/PROJETO MINERVA EM SANTA RITA ......................... 132
3.8 - O COFRAG E O SESQUICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL ...... 133
3.9 - O RECONHECIMENTO DO CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO .............. 136
3.10 - RECONHECIMENTO DO PODER PÚBLICO ................................................................. 138
3.11 - VOTO DE APLAUSOS PELO JUBILEU DE OURO DO COFRAG .................................... 142

CAPITULO IV - SANTA RITA E SEUS GESTORES ..................................................... 144


4.1 - A cronologia histórica da gestão pública ................................................... 144
4.2 - As eleições municipais através do voto popular ........................................ 148
4.3 - A redemocração do Brasil e a primeira eleição municipal em 1947 ............. 149

CAPITULO V - ANDRÉ VIDAL DE NEGREIROS, HERÓI NACIONAL ..................... 472

CAPITULO VI - EM TI E POR TI SANTA RITA ........................................................... 485


6.1 - POR QUE BAIRRO POPULAR? .................................................................. 485
6.2 - A PRAÇA DA MATRIZ .............................................................................. 487
6.3 - Santa Rita e a primeira fábrica de cimento da Ilha Tiriri ............................ 488
6.4 - O poder político paraibano e o protocolo de Tibiri ..................................... 490
6.5 - Isabel Bandeira Brasileira, a catadora de lixo ............................................ 492

CAPITULO VII - SANTA RITA DE ONTEM E DE HOJE ........................................ 493


7.1 - QUARENTA ANOS DEPOIS ...................................................................... 493
7.2 - Minha cidade ......................................................................................... 494
7.3 - O prefácio do anuário de 1937 ................................................................ 495
7.4 - A Praia de Lucena .................................................................................. 497
7.5 - A Capela do Desterro .............................................................................. 498
7.6 - A Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos ..................................... 503
7.7 - O mercado público e o papo da coruja ..................................................... 507
7.8 - A Cagepa em Santa Rita ......................................................................... 508
7.9 - O céu de minha terra ............................................................................. 509
7.10 - A Santa Inquisição em Santa Rita .......................................................... 510
7.11 - O amanhecer na várzea ........................................................................ 511
7.12 - A origem do Conjunto Tibiri I ................................................................ 511
7.13 - A fotografia e o lambe-lambe ................................................................ 512
7.14 - É 19 de março de 1890 ......................................................................... 513
7.15 - Estevão José Carneiro da Cunha ............................................................ 516
7.16 - A emancipação política de Pirro ............................................................. 517
7.17 - A história do milagre das duas capelas ................................................... 521
7.18 - O sodalício santa-ritense ....................................................................... 525
7.19 - A vila dos Clementes ............................................................................ 526
7.20 - Cícera, a santa-ritense .......................................................................... 529

CAPÍTULO VIII - ANTÔNIO GOMES E O ENGENHO CENTRAL .......................... 537


8.1 - O perfil do senhorio da açucarocracia ...................................................... 537
8.2 - O comprar e não pagar aos senhores de engenhos ................................... 538
8.3 - A falência do Engenho Central Estatal ...................................................... 539
8.4 - A nomeação de Presidente do Conselho de Intendência de Santa Rita ....... 540
8.5 - O que mudou do Império à República? .................................................... 541

CAPITULO IX - PADRE FERREIRA, O RELIGIOSO E O POLÍTICO ............................ 544

CAPÍTULO X - MONSENHOR MELIBEU E A PARÓQUIA DE SANTA RITA ............ 561

CAPÍTULO XI - CENTENÁRIO DE SEBASTIÃO JOSÉ DE AGUIAR ....................... 567

CAPÍTULO XII - TEIXEIRA, O CIDADÃO E O HOMEM PÚBLICO ........................ 571

CAPÍTULO XIII - O EPÍLOGO HISTORIOGRÁFICO SANTARITENSE ................. 576

CAPITULO XIV - SANTA RITA, SOMOS O QUE TEMOS ...................................... 583

REFERÊNCIAS ................................................................................................... 589

ANEXO ICONOGRÁFICO .................................................................................... 607

BIOGRAFIA ....................................................................................................... 635


Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

APRESENTAÇÃO por Prof. Dr. Martha Falcão de Carvalho e Morais Santana

Sinto-me honrada em apresentar a segunda edição do livro Santa Rita, Sua História
e Sua Gente, de autoria do advogado, poeta, educador, historiador, escritor e amigo Prof.
Dr. Francisco de Paula Melo Aguiar, que inclusive faz parte na condição de acadêmico na
Academia Paraibana de Poesia da Academia e da Academia de Letras do Brasil. A obra
premiada em primeiro lugar pela AUS-Associação Universtária Santaritense em 1979 e
publicada em 1985 pela Gráfica Júlio Costa, sediada em Campina Grande/PB, quando de
seu lançamento, sai agora em segunda edição em pesquisa aprofundada e ampliada, com
vários capítulos e quase seiscentas páginas.
Constitui uma obra de fôlego, alicerçada em fontes documentais, iconográficas e
orais, reconstruindo Santa Rita de ontem e de hoje. É mais uma obra de história local, a
enriquecer a historiografia paraibana e regional.
O ressurgimento da História regional e local nos anos cinquenta do século passado
na França e Inglaterra e, muito posteriormente em nosso país, deve-se sobretudo pelas
perspectivas abertas pela Escola dos Annales e às veredas conquistadas pela Demografia
Histórica e sua inserção na História Social.
Para o historiador Marc Ferro, em sua imprescindível A História Vigiada: “O
movimento de renovação historiográfica estava marcado pela necessidade de uma análise
mais profunda dos acontecimentos contemporâneos, de onde emergiam uma pluralidade
de agentes sociais e pela limitação imposta pelos paradigmas mais tradicionais do
conhecimento histórico em aplicá-lo” (FERRRO,1989:116).
Feliz de quem descobre muito cedo sua verdadeira vocação, como o Prof. Dr.
Francisco Aguiar, o Menino Professor nascido do casal proprietário rural Sebastião José de
Aguiar e Dona Maria do Carmo Melo Aguiar, em Sapé, a 03 de abril de 1952. Logo que
alfabetizou-se e já lendo corretamente, passou a alfabetizar seus irmãos mais novos e seus
coleguinhas vizinhos, em terraço de sua própria casa. Aos doze anos, em 05 de janeiro de
1964, fundou com incentivo dos pais sua própria Escola. Cinco anos depois o educandário
possuía registro estadual e municipal, além de uma completa banda que abrilhantava os
desfiles cívicos escolares da Semana da Pátria em Santa Rita realizados na administração
do saudoso prefeito Antonio Teixeira.
Hoje o COFRAG - Colégio Dr. Francisco Aguiar, primeira escola particular do Bairro
Popular a oferecer o ensino médio em Santa Rita, é parte de um Complexo Educacional
formado pelo IESPA/FAFIL-Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, Instituições de Ensino
Superior com ótimo conceito nacional, segundo avaliações do MEC.
Como reconhecimento a sua dedicação como educador, foi eleito vereador quatro
vezes nas legislaturas: 31/01/1973 a 31/01/1977; 31/01/1977 a 31/01/1981; 31/01/1981 a
31/01/1983 e 01/01/1989 a 31/12/1992, tendo presidido a Câmara Municipal-Casa Prefeito
Antonio Teixeira, além de Presidente da Assembleia Municipal Constituinte em 1989/90,
quando foi elaborada e aprovada a sua atual Lei Orgânica e comemorado o primeiro
centenário da emancipação política de Santa Rita, fato ocorrido em 19 de março de 1990.
Graduado em Pedagogia pela UFPB e em Ciências Jurídicas e Sociais, pela UNIPÊ,
respectivamente, em julho e dezembro de 1979, poucos anos depois graduou-se também
em Teologia, em 1985, pela Faculdade de Teologia e Ciências Humanas de São Paulo e
recentemente graduou-se em Educação Física, pelo ISEED/MG. Realizou várias
especializações nas áreas de Didática, Metodologia do Ensino Superior, Educação à
Distância, Psicopedagogia e Psicanálise Clinica. É mestre em Teologia, Psicanálise Clínica e

13
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

em Ciências da Educação, curso revalidado pela UFPE – Universidade Federal de


Pernambuco.
Em sua vitoriosa vida de educador, realizou três Doutorados, em Psicanálise Clinica,
pela Escola Superior de Psicanálise Clinica do Rio de Janeiro; em Teologia, pelo ITEPAR -
Instituto Teológico do Paraná e em Ciências da Educação, pela Universidade Politécnica e
Artística do Paraguai.
De sua extensa obra, destacam-se: O Menor Boia Fria, Genealogia, História e Poesia,
Santa Rita, Vila Centenária, Santa Rita Sua História e Sua Gente, Epítome Literário Latino,
Augusto dos Anjos e a realidade do ser e do não ser e Educação Física, Mídia e Obesidade.
Ao congratular-me com o colega Prof. Dr. Francisco de Paula Melo Aguiar, pelo
inestimável legado prestado a nossa terra, desejamos que seu exemplo de autêntico
educador, possa inspirar as gerações futuras.
Santa Rita/PB, 26 de Setembro de 2016

Prof. Dr. Martha Falcão de Carvalho e Morais Santana


- Historiadora e docente aposentada da UFPB -

APRESENTAÇÃO por Maria do Carmo Melo Aguiar

“Devemos escolher entre uma história-saber


objetivo e uma história-militante? Devemos
adotar os esquemas científicos forjados pelo
Ocidente ou inventar uma metodologia
histórica simultânea de uma história?”
LE GOFF, Jacques. 1992, p. 139

Mais que um simples livro, este trabalho representa historicamente, parte de


nosso esforço de pais agricultores no desempenho de formarmos nossos filhos na
educação e instrução e que o Povo de Santa Rita, nos conferiu, ao longo de vinte anos de
trabalho do jovem educador Francisco de Paula Melo Aguiar, que dentro de seu
princípio de liberdade e democracia consciente e civilizada, procurou presentear
Santa Rita, com o fruto de suas mãos, escrevendo "SANTA RITA, SUA HISTÓRIA, SUA
GENTE", que nada mais é que um ensaio de um valor de alto nível e que transforma
nossa Terra em uma Terra que será sempre relembrada por todos e, até porque já
dizia o poeta Augusto dos Anjos: "Esta centelha jamais se apagará".
Estamos certos, eu e meu esposo: Sebastião José (Vieira) de Aguiar, que valeu
apenas a educação e o trabalho no campo e na cidade para educarmos nossos filhos e
especialmente o autor do presente trabalho, que serve de orgulho para todos nós, e que
temos a certeza que nem a fuga proposital, nem a omissão pontilharam os nossos cami-
nhos de pais, nessa jornada aqui enquanto temos vida e podemos sinceramente
agradecer e louvar a Deus, pelo presente trabalho cheio de boas intensões.
É a apresentação.
Maria do Carmo Melo Aguiar
Mãe do autor1

1
A mesma redação da 1ª edição de 1985 da genitora do autor falecida em 22/12/1996.

14
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

PREFACIANDO
A historiografia mexe constantemente
com a história que estuda e com o lugar
onde se elabora
CERTEAU, 1982, p. 126.

A cidade e Município de Santa Rita, Estado da Paraíba foi criada e emancipada pelo
Decreto Estadual nº 10, de 19 Março de 1890, quando o Dr. Venâncio Augusto de Magalhães
Neiva, era governador, mas, não obstante os esforços da iniciativa privada, principalmente
com o funcionamento do maior parque agroindustrial açucareiro do Estado e os esforços
dos homens de boa vontade que sempre almejam excelentes princípios de progresso e paz
social, nossa comunidade ficou estacionária por diversas décadas, num verdadeiro e
prolongado ostracismo, quase por todos os governantes estaduais e federais.Graças o
empenho do senhor Antônio Gomes Cordeiro de Mello, do Vigário Padre Manoel Gervásio
Ferreira, dentre outras lideranças locais, que através de abaixo assinado com mais de
quinhentas assinaturas do povo de Santa Rita que exigia ao então primeiro mandatário do
Estado da Paraíba a emancipação de Santa Rita da então Capital da Paraiba, atual João
Pessoa. Deve-se mencionar que após o advento da Revolução de outubro de 1930 que
levou a Aliança Liberal ao Poder Central do Brasil na pessoa do Lider Getúlio Vargas e
principalmente sob a égide e controle administrativo e político do governo nacional
discricionário, veio Santa Rita procurar a tomar novos rumos para sua economia, e que não
somente os prefeitos, vereadores, autoridades estaduais e federais foram os responsáveis
pelo progresso social do município, mas, também, as empresas particulares, como fábri-
cas de aguardante, açúcar, tecidos, redes, panelas de barro, sapatos, usinas e engenhos
de cana-de-açúcar e fábrica de ágave, sendo assim Santa Rita o sexto maior colégio
eleitoral da Paraíba, a quarta maior cidade do Estado e a terceira maior cidade do Estado
em arrecadação de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias - ICMS, conforme as
estatisticas oficiais.
Santa Rita, presentemente, se apresenta como sendo um dos principais municípios
pólos da Paraíba, dada a sua importância natural, sócio-econômico, cultural e até mesmo
político, o que justiíica-se pela sua situação topográfica, quer pelo terreno fértil e
produtivo, quer pela inteligência do seu povo. Financeira e economicamente, é claro, acha-
se, é inegável, em boas e excelentes condições, apesar da crise mundial, provocando a
infração galopante de que o povo brasileiro é a grande vítima de tais descasos nacionais,
estaduais e regionais, tendo em vista as desigualdades sociais emanadas de tal situação que
afeta direta e indiretamente ricos e pobres do Brasil como um todo. Deve-se lembrar que
possui, ainda fábricas de doces, gelo, cerâmicas, fundições, movelárias, serrarias, pescarias
na área de Livramento, Ribeira e Forte Velho e até pouco tempo tinha a pesca da baleia,
de onde se extrai o famoso e medicinal óleo de baleia na Praia de Lucena, fato histórico
de um passado recente entre nossa historicidade. É importante lembrar de que Lucena
pertenceu ao Municipio de Santa Rita até 1963, quando o Governador Pedro Gondim
emancipou-a como Cidade, mas, ainda hoje não tem Comarca Judiciária, pois, a Justiça que
manda em Lucena é a de Santa Rita, tem ainda, oficinas mecânicas com um excelente
pessoal, devidamente habilitado e competente para o serviço. Está bem servida por ônibus
para João Pessoa, e para todos os recantos urbanos e rurais do Município. Tem instaladas
e funcionando as Usinas: São João, Santana, Santa Rita, Japungu e o tradicional Engenho

15
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

do Meio, que segundo os historiadores no passado pertencia ao eminente paraibano Amaro


Gomes Coutinho, que fora um dos mártires da Revolução de 1817, inclusive seus restos
mortais, segundo a tradição verbal do povo, foram sepultados na Capela do Engenho do
Meio, antigo Engenho São Gabriel. É de Santa Rita que se explora a tradicional e
conhecida água mineral Santa Rita, localizada na Mumbaba e que tem uma preferência
toda especial no nordeste do Brasil. Até pouco tempo existiu a quase secular CTP —
Companhia de Tecidos Paraibana, fundada pelos Veloso Borges, em 1892, segundo Mariz
(1994, p.11), inicialmente teve suas atividades industriais paralisadas, quase por um total
pretexto político, se bem que o caso de sua falência se deve a falta da modernidade que
lá não foi implantada em termos de máquinas e mão de obra qualificada para atender as
exigências dos novos tempos, advindos das novas tecnologias, onde o homem
presumivelmente deve ser gradativamente substituído no todo e/ou pelo menos em
parte no tocante a sua mão de obra pela máquina moderna e computadorizada, por
outro lado, o fechamento da fábrica CTP serviu de mote para os políticos locais se
justificarem perante o eleitorado municipal, pois, somente nas épocas das eleições o
caso da CTP era relembrado como moeda de esperança de trabalho em troca de votos,
segundo o proselitismo advindo dos comícios que afirmava que ela iria voltar a funcionar
todos os dias na boca da classe política da oposição e ou da situação, é esse o
entendimento popular, mas quando passava o pleito, era quase que proibido se tocar
ou relembrar o caso, por analogia é algo parecido com o tema copa do mundo, onde
tudo volta à tona de quatro em quatro anos. Na realidade, a partir da renuncia do
presidente Jânio Quadros, em agosto de 1961, a Paraíba teve um momento de
impulsividade chamado de Ligas Camponesas, inspiradoras dos atuais sindicados
rurais no Brasil, a exemplo do que já existia na zona urbana do Brasil e do mundo.
Tanto é assim que foram surgindo às crises envolvendo o patronato, o governo e os
cidadãos operários, segundo a historiografia nacional do antes e do depois de 31 de
março de 1964. Assim sendo,
“[...] em Santa Rita, o Sindicato de Fiação
local enquadrou-se no jogo político tradicional,
mas esse não foi o caso de congênere de Rio
Tinto, que desafiou a hegemonia da
Companhia de Tecidos. Em sintonia com
lideranças esquerdistas de João Pessoa, o
Sindicato riotintense de tecelões transformou
seu presidente em prefeito da cidade em
agosto de 1963 [...]” (ARRUDA MELLO, 2002,
p.210).

Ressaltamos, porém, que o mesmo não ocorreu com nossas lideranças locais
sindicais que preferiram ficar do lado do patronato através do sistema de aperto de mãos e
tapinhas nas costas, onde você é meu amigo e com você ninguém bole, onde os interesses
individuais prevalecem sobre os interesses coletivos.
A vocação agroindustrial do municipio de Santa Rita teve inicio com a fundação
e conquista da Capitania da Paraíba e de modo específico com a fundação do
Engenho Tibiri, ainda no século XVI, ex-vi que “fundaram o primeiro engenho
moderno de açúcar, que é a usina São João (1888)”, bem como “outra usina, a
Cumbe, é de 1910 e a terceira, Bonfim, é de plena fase da grande guerra [...]”,
segundo Mariz (1994). Diante de tal afirmação, o Cumbe transformou-se na Usina

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Santa Rita, atualmente extinta e a Bonfim passou a ser Usina Santa Helena, no
vizinho municipio de Sapé, também extinta e ocupada pelos sem terras na década de
90 do século XX, o que não deixa de ter influência direta e ou indiretamente com a
economia agroindustrial desenvolvida ainda atualmente no municipio de Santa Rita, o
único municipio paraibano que tem em pleno funcionamento no século XXI as usinas:
São João, Japungu, Agroval (antiga Santana) e Miriri, garantindo assim o
desenvolvimento social de emprego e renda em grande escala na zona rural. Por
outro lado, o municipio de Santa Rita também agrega um parque industrial da
grande, pequena e microempresa voltado para confecção de sapato, roupa, ceramica
e engarrafamento de água mineral através de industrias aqui instaladas e
funcionando.
Quanto ao ensino de 1° (primeiro) grau público municipal, o município está
relativamente aparelhado por prédios públicos, tanto na sede, quanto na Zona Rural,
faltando apenas mais investimentos em termos de aparelhamento e qualificação
profissional de todos os agentes educacionais diretos e indiretos com o sistema
educacional, levando-se em consideração de que ma creche não é um depósito de
crianças. O ensino ministrado pela rede estadual não é suficiente para atender a
demanda de alunos que ingressam na primeira série do primeiro grau a cada ano,
apenas pouco mais de vinte por cento dos santarritenses estudam em escolas do poder
público estadual. Vale salientar de que a primeira escola primária estadual de Santa Rita é
o Grupo Escolar João Úrsulo, inaugurado em 1939, pelo Governador Argemiro de
Figueiredo. Existem também as escolas estaduais: Maria Honorina Santiago, a antiga
Escola Reunidade de Viração, que foi dividida em duas escolas: A Professor José Ferreira
Vaz, com frente para a Rua Terêncio Ferreira e a Aline Silva Madruga, com frente para a
Rua Nossa Senhora do Carmo, no Bairro Popular. O Estado também mantem a Escola
Estadual de Ensino Fundamental Prefeito Antônio Teixeira, a Escola Normal Estadual
Anisio Pereira Borges, na Vila Tibiri, além do antigo Colégio Estadual Enéas Carvalho,
dentre outras escolas igualmente importantes em Várzea Nova, Tibiri II/III, e em Marcos
Moura. Em um passado recente a rede particular de ensino fechou as portas do Ginásio
Virginia, do Ginásio Comercial Américo Falcão, da Escola Particular Amaro Gomes, do
Instituto São Francisco de Assis, do Instituto Santa Verônica, do Instituto São José, dentre
outros. Continuam ainda instalados e funcionando desde o século XX a presente data o
COFRAG – Colégio Francisco Aguiar, fundado em 05 de janeiro de 1964, com sede à Rua
Eurico Dutra, nº 64, no Bairro Popular, pelo menino professor (antigo Colégio Presidente
Getúlio Vargas), que mantém o ensino de Educação Básica e profissionalizante; bem como o
Instituto Santa Terezinha e o Educandário José Américo, na sede, e o CNEC Ministro João
Agripino, em Tibiri II, dentre outos educandários igualmente importantes no ramo
educacional básico. A cidade tem o IESPA, mantenedor da FAFIL – Faculdade de Filosofia,
Ciências e Letras, fundado em 1984 e com funcionamento autorizado e reconhecido pelo
Governo Federal desde 29 de fevereiro de 1996. Temos ainda em pleno funcionamento um
campus da UFPB que oferece o bacharelado em Ciências Jurídicas e Sociais, além do Instituto
Federal de Educação da Paraíba, em fase de implantação a margem da BR 230, na localidade
denominado de planalto de Santa Rita.
O processo de instalação do mini-distrito industrial de Santa Rita anda como
passos de crianças deficientes no local denominado de “Planalto” e graças à iniciativa
privada, pois, os recursos públicos são quase inexistentes e a representação política de
Santa Rita é muito pobre para exigir que o Governador do Estado amplie o número de
ajuda para favorecer a implantação do distrito industrial santarritense. A representação

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

política na Assembleia Legislativa da Paraíba é omissa diante dos poucos votos que lhe são
conferidos de quatro em quatro anos. Diante da falta de reconhecimento em termos de
votos vem à omissão do esquecimento da cidade e de seu povo hordeiro. O certo é que
Santa Rita ainda não tem uma grande fabrica em suas terras para oferecer empregos as
nvoas gerações. Até mesmo a fábrica de perfume Avon, que era uma esperança de dias
melhores para nossa gente trabalhadora, encerrou suas atividades, a única indústria que
sobrevive a atual crise com a metade de seu quadro de operários é a COSIBRA, depois das
empresas rurais de cana de açúcar. Aqui se fabrica o tijolo e a telha que é usada para
construir casas quase em todas as cidades do Estado,onde tal seguimento econômico é
representado dentre outras empresas pela Cincera.
Aqui está o prefácio do livro denominado de "SANTA RITA, SUA HISTÓRIA, SUA
GENTE", que pretendemos publicar, embora que gradativamente, daí porque, essa foi e é,
a maior razão do passado e do presente,levando-se em conta de que o historiador tem a
visão de mundo “[...] como a relação entre um lugar (um recrutamente, um meio, um
ofício, etc.), procedimentos de análise (uma disciplina) e a construção de um texto (uma
literatura). É admitir que ela faz parte da “realidade” de que trata, e essa realidade pode
ser compreendida “como atividade humana”, “como prática”. Nessa perspectiva, [...]a
operação histórica se refere à combinação de um lugar social, de práticas “científicas” e de
uma escrita.” (CERTEAU, 1982), para servir de exemplo e motivação para os santaritenses
do amanhã, pois, a data de 19 de março, dia da criação e da emancipação do Município e
cidade de Santa Rita, fato histórico ocorrido em 1890, foi lembrado e ou comemorado
como o dia da emancipação municipal, somente o sendo em 1990, quando a cidade e
município completou o seu primeiro centenário de uma história que ainda falta ser contada
em versos e em prosas pelos escritores e historiadores de nosso tempo, levando-se em
consideração de que:

A história só é história na medida em que não


consente nem no discurso absoluto, nem na
singularidade absoluta, na medida em que o
seu sentido se mantém confuso, misturado
[...]. A história é essencialmente equívoca, no
sentido de que é virtualmente événementielle
e virtualmente estrutural. A história é na
verdade o reino do inexato. Esta descoberta
não é inútil; justifica o historiador. Justifica
todas as suas incertezas. O método histórico
só pode ser um método inexato... A história
quer ser objetiva e não pode sê-lo. Quer fazer
reviver e só pode reconstruir. Ela quer tomar
as coisas contemporâneas, mas ao mesmo
tempo tem de reconstituir a distância e a
profundidade da lonjura histórica. Finalmente,
esta reflexão procura justificar todas as
aporias do ofício de historiador, as que Marc
Bloch tinha assinalado na sua apologia da
história e do ofício de historiador. Estas
dificuldades não são vícios do método, são

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

equívocos bem fundamentados. (RICOEUR,


1961, p. 226 apud LE GOFF, 1992, p. 21).

Assim sendo, colocamos à discussão permanente a todos os estudiosos e


historiadores da terra que nos é comum para fazermos tantas quantas reflexões críticas
sobre a “Santa Rita, Sua História, Sua Gente”, em sua segunda impressão/edição,
totalmente revisada, comentada e acrescentada, tendo em vista que a adequação do
tempo e da própria sociedade, sem deixar de lado o acréscimo do referencial bibliográfico
pesquisado envolvendo o referido tema, tendo em vista que a primeira edição publicada
em 1985, representa apenas o início de uma vida dedicada a pesquisa acadêmcia, não
obstante que sua redação inicial venceu em primeiro lugar o concurso de igual nome,
promovido pela AUS – Associação Universitária Santaritense, ainda na década de 70 do
século XX. Diante do exposto segue o fac símile contendo a certificação do referido
concurso público, o que contextualiza o nosso batismo de fogo na pesquisa da
historiografia santaritense.
O Autor

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

CAPITULO I
A CAPITANIA DA PARAIBA E SANTA RITA
O estudo do passado não é um guia seguro para
predizer o futuro. Porém, ele nos prepara para o
futuro, expandindo nossa experiência, fazendo
com que possamos aumentar nossas habilidades,
nossa energia e se tudo for bem, nossa sabedoria.
[...] Mas só sabemos essas coisas sobre o futuro
porque estudamos o passado: sem isso não
teríamos nem mesmo o conhecimento dessas
verdades fundamentais, não saberíamos as
palavras para expressá-las, ou até quem, ou onde,
ou o que nós somos. Só conhecemos o futuro
através do passado nele projetado. Nesse sentido
a História é tudo que temos.
Jonh Lewis Gaddis

1.1 – O processo de colonização da várzea do Paraíba


Assim que foi fundada a Filipéia de Nossa Senhora das Neves, em 05 de agosto de
1585, pelo português Martím Leitão, o atual Município de Santa Rita teve sua colonização
iniciada. Foi justamente, no território santaritense que se verificaram violentos e
sangrentos encontros entre potiguares e portugueses, sendo os primeiros auxiliados
pelos tabajaras e franceses. O fundador de Filipéia de Nossa Senhora das Neves,
grande e notável capitão lusitano, construiu no local denominado "Tibirí", o Forte de São
Sebastião, bem como nas imediações o primeiro engenho de açúcar da Paraíba, foi
construida a capela de São Sebastião, de modo que somente em 1771, foi
oficialmente criada a capela de Santa Rita, onde atualmente encontra -se construída a
Matriz Santuário de Santa Rita de Cássia, inaugurada em 6 de dezembro de 1776, que
foi o ponto primordial e principal do início da civilização na chamada Várzea do Paraíba,
sendo esta a versão histórica tido como verdadeira por renomados historiadores
paraibanos ao longo dos séculos. Mas, tal versão, sofre ainda enormes contestações,
pois, o atual Município de Santa Rita, teria uma outra origem. Daí porque o
inconformado crítico e comunista santaritense David Falcão, chegou a dizer que San ta
Rita se originou de algum acampamento de troças ou como ponto de encontro e de
partida com destino à Capital da Provincia e da Capital da Provincia em direção ao
sertão paraibano e nordestino. Então Santa Rita sempre foi e continua sendo a porta
de entrada e de saída da Capital em direção ao interior do referido estado. Também,
existem outros contestadores da versão histórica mencionada, dentre os quais estão a
professora e poetisa Iracema Feijó da Silveira e e bem assim, Jaime Gonçalves de
Lacet, que acordam a mesma ideia de David Falcão, acrescentando ainda, que Santa Rita
surgiu de algum acampamento de tropas, na acepção primitiva da palavra enquanto de
estacionamento de comboios, de almocreves e de matutos na concepção da palavra, e
assim se conclui que a atual cidade de Santa Rita, foi nos tempos do Brasil-Colônia
um local de pernoite e/ou de pouso, depois de uma longa caminhada diária dos
viajantes com destino a Capital montados a cavalo, burro, etc., e vice versa, aqui
sempre foi o ponto de encontro para dormir e partir no dia seguinte para a Capital da
Provincia e ou para o interior da Provincia da Paraíba. Por outro lado, o farmacêutico

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

e senhior de Joaquim Gomes da Silveira, de tradicional família santarritense, gente de


primeira qualidade, estudioso sobre o assunto, que assumiu função pública relevante
em nossa terra, afirmava a mesma opinião, tendo em vista que os viajantes que vinham
do interior para a Capital da Província e vice-versa, desde o nativo, o escravo, o
explorador, o colonizador e o criador, teriam de pernoi tar no referido pouso
santarritense, para no dia seguinte tomar o seu destino, e até porque as próprias
condições naturais da área, tais como, aqui tem água para beber e tomar banho, atendia
assim as necessidades primárias dos viajantes e seus animais, que também se fartavam
com capim as margens do rio Samuraguai, assim chamado pelos holandeses em

“16.10.1636 – Engenho Espirito Santo.PB –


Holandeses no NE (Nordeste). O estratégico
engenho situado à margem direita do Rio
Samuraguai, defendido pelos holandeses com
muito empenho, lhes foi tomado de assalto pela
companhia do cap. Francisco Rabelo. Lutando
entre os defensores, morreu o conselheiro Ippo
Eyssens, governador da PB, membro do Supremo
Conselho de Recife”. (DONATO, 1996, p. 283).

Por outro lado, ressaltamos o mesmo fato histórico, porém, ocorrido não no
Engenho Espirito, localizado na Várzea do Paraíba, referente a resistência anti -
holandesa, que teve vinte anos de duração, isto é de 1634 a 1654 sob o comando de
André Vidal de Negreiros, onde os holandeses jamais conseguiram firmar-se, ex-vi que

“[...] Já em 1636, o segundo diretor geral Ippo


Eyssens, tido como arbitrário, foi morto numa
emboscada, quando assistia a farinhada no
engenho Santo Antônio. O principal responsável
foi o capitão Francisco Rebello, o Rabellinho.
Reagindo, os holandeses procuraram apresentar
combate no Tibiri, o que foi evitado pelos luso-
brasileiros que preferiram retrair-se e recorrer a
ataques rápidos e de surpresa. Era a guerrilha.
Por conta desta, os holandeses nunca se
sentiram seguros na Paraíba, salvo durante
alguma tempo na capital e, mais tarde, no
interior da Fortaleza de Santa Catarina”. (MELLO,
2002, p.54).

Portanto, o Rio Samuaraguai, Rio São Domingos e Rio Paraíba, é o mesmo rio
ruim no dizer dos nativos paraibanos, local da tragédia mencionada acima, porém, existe
a divergência da localidade em ambos os historiadores, o primeiro afirma que o local foi
o “Engenho Espirito Santo” e o segundo afirma que o local foi o “Engenho Santo
Antônio”, ambos são vizinhos, sendo apenas separados pelo leito do rio Paraíba, ainda
na atualidade.
A várzea do Samuaraguai, São Domingos e ou Paraíba, não importa o nome do rio
já referido, durante a invasão holandesa na Paraíba, serviu de palco da repressão
holandesa, principalmente depois do assassinato de Ippo Eyssens. Os soldados
comandados por Rabelinho eram quase todos mercenários viviam fazendo saque contra

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

a população indefesa. O dominio holandes, representado pela Companhia das Índias


Ocidentais, preferiu perseguir seus opositores através da cobrança de uma contribuição
majorada e ou impagável, motivo pelo qual foram confiscados e ou tomados de seus
proprietários alguns engenhos de cana de açúcar e propriedades rurais durante o
referido domínio. E além do mais os holandeses implantaram na Paraíba durante o curto
período de tempo que passaram em nosso território a pena de morte e ou a pena
capital, de modo que em 1645, Paul Linge e/ou Paulo Vander Linge (, então
administrador colonial neerlandês do século XVII, prestador de serviços da Companhia
das Índias Ocidentais, foi governador da Capitania da Paraíba de 1645 a 1653, época em
que transformou o Convento São Francisco na sede do referido governo, além de
melhorar os fortes da capitania, obrigou todos moradores refazer juramento à Coroa
Neerladesa, segundo Constâncio (1839). Os conflitos eram permanentes entre
holandeses e nativos, pois, somente durante a estada de Elias Herckmans e Gisberth
Wirth, entre 1638 e 1644, o referido dominio teve uma relativa paz administrativa e
política, época histórica da instalação da administração do Conde Mauricio de Nassau,
em Mauricéia e ou Recipe, capital de Pernambuco, que recebeu edificações de pontes,
palácios (apelidados de sobrados magros) e jardins. A Paraíba recebeu a visita do conde
Nassau em 1637, recebendo dele o brasão de armas para nossa capitania, contendo seis
pães de açúcar, a titulo de reconhecimento do “dulcíssimo açúcar” paraibano. O dominio
holandês não construiu igrejas em nossa terra, pois, todos eram protestantes calvinistas.
Em 1644, o conde Nassau esteve pela segunda e última vez em solo paraibano e desta
vez para apenas para despedir-se. Não valeu apenas o dominio holandês na Paraíba,
pois, nossa terra não recebeu os mesmos beneficios que recebeu o atual Recife, pois, é
tudo ilusão o que passa pelo imaginário popular, pois, jamais foram construídos os
túneis fantasiosos, sic, entre João Pessoa e Cabedelo, conforme Mello (2002, p.55).
A historicidade da capitania e várzea da Paraíba, se confunde com a história das
guerrilhas e derramamento de sangue para defender o nosso solo contra os holandeses,
tanto é assim que
“[...] As instruções governamentais de 1691,
destinadas a acudir Domingos Jorge Velho, e as
recomendações de 1698 e 1741 revelam o temor
dos possuidores em face da revolta dos
despossuidos. Vanguarda destes, os escravos
reuniram-se no síticio denominado de Cumbe,
nas proximidades do Espírito Santo. Esse
quilombo, originário das gerras holandesas,
somente seria destruido em 1701”. (MELLO,
2002, p. 57).

Na época do inicio da colonização, para se ir para à Capital da Paraíba, tinha que


fazer um grande rodeio em volta do vasto alagadiço existente entre Santa Rita e a Vila
Operária Tibirí do presente, pois, era justamente daí, que se alcançava a entrada conhecida
de Manênma e/ou por Mamoenda, que ligava o então Engenho Real Tibirí a Capital da
Província. Daí porque a afamada pousada era uma necessidade indispensável. Foi desse
pouso, que era o ponto de encontro e descanso, de pernoite, que ao longo dos anos,
surgiram diante das necesidades as primeiras casas de Santa Rita e aos poucos foram se
multiplicando, advindo daí um próspero e florescente lugarejo, que finalmente, veio a se
tornar na florescante, dinâmica e progressista cidade que é no presente conhecida como

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

"A Rainha dos Canaviais", em razão da plantação de cana de açúçar em seu território e
sua principal fonte de riqueza renovável.

1.2 – A criação e fundação da Capela de Santa Rita


O notável e grande português Martin Leitão e seus homens, segundo a linguagem
coloquial da época, ao fundar em 05 de agosto de 1585, a Filipéia de Nossa Senhora das
Neves, iniciaram a colonização também da várzea do Paraíba e a própria colonização do
município de Santa Rita, pois aqui em Tibirí foi edificado o Forte de São Sebastião e em
suas aproximidades foi construído o primeiro engenho usando a materia prima da cana
para fabricar açúcar em territorio paraibano, que foi o Engenho Real Tibirí, que
somente em 1771, o Vaticano criou a Capela de Santa Rita de Cássia, cujo prédio
primitivo foi construído e inaugurado em 6 de dezembro de 1776, sendo assim,o ponto
principal e primordial do início da colonização de Santa Rita e da própria Paraíba, pela
soma dos três elementos básicos: 1°) a construção do forte de São Sebastião, símbolo da
ordem e do poder lusitano em terras dos tabajaras; 2°) a construção do primeiro
Engenho de Cana de açúcar da Paraíba em Tibirí; e 3°) a criação da freguesia de Santa
Rita de Cássia, que mais tarde foi elevada a paróquia isso já no século XX. E a
colonização não chegou em nossa terra como um favor e sim como uma necessidade
de garantir a presença lusitana na então Capital da Paraíba, que já iniciava o processo
de industrialização do ouro branco, o açúcar aqui produzido no Tibiri. De modo que a
exemplo do Brasil, Santa Rita, também foi colonizada aos pés da Santa Cruz, desde sua
origem.
Ressaltamos que a ideia e ou origem do nome Santa Rita, cidade localizada à
margem direita do Rio Paraíba, no sentido interior a capital, começou a partir do pouso de
viajantes, inclusive vem daí a ideia de lugarejo, de dormitório para quem vinha do interior
para a capital da Paraíba e de quem ia da referida capital para o interior e ou para o
sertão. Ainda hoje a cidade é considerada um dormitório para os cidadãos que passam o
dia tralhando nas empresas e indústrias da grande João Pessoa, o que se faz necessária a
atenção dos poderes públicos para incrementar a industrialização do município, vindo
assim oferecer melhores condições de vida e permanência do homem a terra que nos é
comum. Assim o hierotopônimo do termo “Santa Rita”, tem relação íntima à Igreja
Católica, haja vista que “Rita é o diminutivo de Margarida. Nome comum de muitas flores
cujas pétalas crescem em torno de um disco amarelo, lembrando os raios do sol”, segundo
Silva, Carvalho e Brandão (2007, p. 105), uma vez que se trata do nome de uma santa
mulher italiana, porém canonizada. Não houve eleição para a escolha do nome Santa Rita
para a localidade, uma vez “que o nome é uma marca, a forma que se encontrou para se
distinguir pessoas, rios, montanhas, pedras, animais, raças, árvores, vilas ou cidades,
cores, tipos físicos, etc”, conforme cita Andrade (1993, p. 3). Tendo em vista, que logo no
início da colonização da Província da Paraiba, já existia o livre comércio dos albergues que
naquela época se fazia e que nada mais era senão uma reminiscência dos famosos e
velhos pousos, dos acampamentos e paradas necessárias dos negociantes ambulantes,
dos feireiros, dos matutos, dos colonos, dos nativos, dos colonizadores, dos exploradores,
que naquele tempo já transitavam em Santa Rita, assim como os políticos oportunistas e
comerciantes do presente, que tudo querem de Santa Rita e depois a abandona pura e
simplesmente, sem nada retribuir para o desenvolvimento social e cultural do torrão
querido, só querem mesmo é encherem os bolsos de dinheiro e depois ir morar em
Tambaú. Todo mundo quer botar um comércio em Santa Rita, outros querem até adquirir
o poder político local, porém, jamais querem aqui residir e compartilhar com nossa gente

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

humilde. E se passaram mais de trezentos e vinte e dois anos do descobrimento e ou do


achamento do Brasil por Pedro Álvares Cabral, para que a pedido de Estevão José Carneiro
da Cunha solicitasse a criação da feira livre de Santa Rita em 1822, tendo a mesma sido
instalada a partir de 1823 no local onde funcionou o Cine Avenida e atualmente funciona
uma igreja evangélica, no oitão do atual santuário e matriz da referida santa padroeira dos
santaritenses e daí por diante, o povoado tomou impulso nas atividades comerciais e
consequentemente se transformou em cidade que se apresenta como sendo a terceira
maior do Estado da Paraíba. Ela é grande por natureza e não por ajuda dos governantes
nacionais, estaduais e locais.

1.3 - A emancipação política de Santa Rita


Através da Lei Provincial n° 2, de 20 de fevereiro de 1839, o então presidente João José
de Moura Magalhães, criou a paróquia de Santa Rita, onde no artigo primeiro da referida lei
afirma que a “freguesia com invocação de Santa Rita, com a capela ereta na povoação do
mesmo nome” (PINTO, 1977, p. 147). O fantástico município de Santa Rita, foi emancipado
do município da Capital da Província da Parahyba, hoje de João Pessoa, em 19 de março de
1890, já no regime republicano adotado a partir de 15 de novembro de 1889 no Brasil.
Portanto, tem nexo a afirmação de que Santa Rita passou trezentos anos de esquecimento
por parte das autoridades, haja vista que “nas crônicas dos três séculos de nossa história não
se encontra nenhuma referencia a Santa Rita, como povoação ou algo semelhante”, conforme
Coutinho (1900, p. 23-26).
A nossa história enfoca que a colonização e implantação da Capitania da Paraíba,
teve inicio à margem esquerda do Rio Samuraguai, segundo o escritor Hernani Donato, em
sua obra denominada de Dicionários das Batalhas Brasileiras, 2ª edição, São Paulo: Ibrasa,
1996, 553 páginas, posteriormente chamado de São Domingos, e atualmente de Rio
Paraíba, que significa em tupy-guarany, rio ruim, em terras habitadas pelos índios
potiguaras, lá para as bandas do atual povoado de Forte Velho, portanto, em terra do atual
município de Santa Rita, assim sendo, o colonizador Martin Leitão, logo após fundou a sede
da Capitania de Nossa Senhora das Neves, em 05 de agosto de 1585, atual João Pessoa,
do outro lado do estuário do referido rio. De modo que antes de retornar a Portugal,
fundou também o 2° (segundo) núcleo de povoamento mais antigo da Capitania da
Paraíba, através da construção naquele período inicial de nossa colonização do Forte e da
Capela de São Sebastião, bem como do Engenho Del Rey (Eng° Tibiri, na localidade de
igual nome) em 1587 na várzea do Rio Paraíba, às margens do Rio Tibiri e cujas terras era
pertencente à aldeia dos índios da tribo “Tibiris”, cujo termo em tupy-guarany significa:
“terras altas”. A referida tribo Tibiri era chefiada pelo índio Assento de Pássaro, amigo e
aliado de Martin Leitão, fundador da Capitania da Paraíba. O engenho Tibiri, pertencia à
coroa portuguesa e fabricava o açúcar e seus derivados, cuja produção abastecia a corte
portuguesa e outros países seus vizinhos na Europa, além das Capitanias de Itamaracá e
Pernambuco. Portanto, estes são os marcos históricos primitivos da fundação do atual
município de Santa Rita. O termo “Tibir-y” ou “Tibi-r-y”, é uma palavra de origem tupi-
guarany por ex celência e assim sendo o referido topônimo “Tibiri”, quer dizer não somente
“terras altas” na realidade do termo e na história local de Santa Rita, porém, tem um
sentido mais universal que em português significa “rio do sepultado” e ou “da sepultura”,
ex-vi o livro História do Brasil, publicado em 1626, escrito pelo historiador Frei Vicente do
Salvador, conforme menciona Pereira da Costa (1904).
E até porque o povoamento continuava crescendo e até que em 1774 foi fundado o
engenho Cumbe, que em 1910 passou a ser usina com o mesmo nome e que em 1920

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

transformou-se na Usina Santa Rita, atualmente extinta. Em 1701 foi fundada uma
pequena capela no local onde se encontra a atual Matriz-Santuário de Santa Rita de Cássia,
que foi inaugurada em 1776 e restaurada em 1932, graças o trabalho iniciado por
Monsenhor Melibeu, que faleceu em 09 de agosto de 1932 e a coragem de Monsenhor
Rafael de Barros, seu sucessor como vigário de nossa freguesia. A partir de 1701, pequena
capela de então passou a ser local de peregrinação e pagamento de promessas, graças ao
empenho dos frades italianos que assistiam a população local com a fé católica, portanto,
daí surgiu o comércio da referida vila no entorno da referida casa de oração.
O Governo do Estado da Paraíba, no ano seguinte ao nascimento do regime
republicano, atende o clamor da população e emancipa o município de Santa Rita, diante
dos termos do abaixo-assinado redigido pelo Padre Manoel Gervásio Ferreira da Silva, pelo
Coronel Francisco Alves de Souza Carvalho, pelo Senador Firmino Gomes da Silveira, pelo
senhor Antônio Gomes Cordeiro de Mello, dentre mais de 500 (quinhentas) assinaturas,
alegando que “não há mais sentido o florescente povoado de Santa Rita no novo regime
continuar como freguesia, pois possui vinte e cinco engenhos moentes, duas escolas, duas
igrejas e várias capelas, duas olarias, uma usina de assucar e um cemitério, além de uma
concorrida feira semanal para onde convergem as populações interioranas [...]” e além do
mais “[...] não se justifica que, contribuindo com seus vantajosos impostos para o
progresso do Estado, permaneça Santa Rita subordinada à Capital [...]” , conforme registro
as folhas 183 do Livro do Tombo da Paróquia de Santa Rita de Cássia e citado por Santana
(1990, p.200).
Assim sendo, diante da exposição de motivos formalizados através do referido
abaixo-assinado, em 19 de março de 1890, o Governador Venâncio Neiva, não teve outra
saída a não ser assinar o Decreto nº 10, emancipando Santa Rita do território da então
Capital da Paraíba. Segue a transcrição do referido documento de emancipação política
municipal:

“Decreto nº 10, de 19 de Março de 1890. Art. 1º -


Fica elevado a categoria de Vila a Povoação de
Santa Rita, que continua a ter a mesma
denominação, passando a freguesia do mesmo
nome, com a do Livramento, a constituir um
município com os seguintes limites: ao nascente o
Rio Sanhauá até o Marés, deste em direitura ao
Mumbaba de Baixo; Ao Sul, o Rio Gramame, desde
o ponto em que recebe o Mumbaba; da nascença
desde até a Estrada que do Santo Antônio vai a
Pedras de Fogo compreendendo as Mumbabas do
Cavalcante, do Trigueiro e do Mary até a Ponte do
Cobé, no Rio Paraíba, ao Poente, da Ponte de
Cobé em direitura ao lugar Serraria na antiga
Estrada das Boiadas e por esta até a sua
passagem no Rio Miriry, compreendendo os
Engenhos Cobé, Santo Antônio, Calebouço,
Engenho Novo e Tabocas que pertencia à
Frequezia do Taipú, do Município de Pedras de
Fogo; Ao Norte o Rio Miriry desde a passagem da
Estrada das Boiadas até à Foz do mesmo rio, a
leste e a nordeste o Rio Paraíba, desde o Sanhauá
até a Barra do Miriry, compreendendo as Ilhas da

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Restinga, Stuart e Tiriry, pertencentes à Freguesia


de Livramento. Art. 2º - Revogam-se as
disposições em contrário. PALÁCIO DO GOVERNO
DO ESTADO DA PARAIBA, em 19 de Março de
1890, e Segundo da República dos Estados Unidos
do Brasil. VENÂNCIO NEIVA”. (Publicado no dia 21
de março de 1890 no jornal Gazeta da Parahyba).

1.4 – O primeiro Conselho Municipal de Intendência


Então o sonho tornou-se realidade em 19 de março de 1890, através do Decreto nº
10, assinado pelo Governador (Presidente) Venâncio Neiva, e publicado na primeira página
do jornal Gazeta da Paraíba no dia 21 de março de 1890, Santa Rita adquiriu sua
emancipação política. O chefe republicano estadual do poder executivo através de portaria
nomeou no dia 21 de março de 1890 o primeiro Conselho Municipal de Intendencia de
Santa Rita, constituído pelos cidadãos: Antônio Gomes Cordeiro de Mello (Presidente);
Major Bento da Costa Villar e Amaro Gomes Ferraz e para substitutos os cidadãos: João de
Mello Azedo e Albuquerque, capitães Antonio Manoel de Arroxellas Galvão e Benicio Pereira
de Castro (GAZETA DA PARAHYBA, Terça Feira: 25/03/1890, p.1 – Ano III – nº 546). O
jornal Gazeta da Parahyba também registra que a administração foi entregue ao Presidente
do Conselho Municipal de Intendência na pessoa de Antônio Gomes Cordeiro de Mello, “um
dos incançáveis promotores da idéia”, segundo referido jornal, que menciona ainda que
“apezar da chuva copiosissima que durante toda noite de sexta-feira cahio n’este município
e ahi na capital, o que impedio o comparecimento de muitas pessoas que teriam vindo
assistir a festa da installação da villa e posse da intendencia, esteve aquella animada,
apezar de pouco concorrida. D’ahi veio o presidente da intendência da Capital, com seu
secretário, bem como a musica do 27 batalhão” e resume que “a casa que serve
provisoriamente de sede da intendencia estava com a frente enfeitada de galhardetes,
bandeiras de diversas nações, etc”. (GAZETA DA PARAIBA, 01/04/1890).
Assim sendo, o municipio foi oficialmente instalado no dia 29 de março de 1890, o
último sábado do referido mês, perante o Intendente da Capital, senhor Francisco Pinto
Pessoa, que veio representando o Governador Venâncio Neiva, depois do juramento e
assinatura do termo de posse de Intendente Antônio Gomes Cordeiro de Mello, Presidente
do Conselho Municipal de Intendência, que em seu discurso disse:

“Cidadãos. Tendo sido, pelo decreto nº 10, de 19


de Março do corrente anno, elevada a cathegoria
de villa esta florescente povoação de S. Rita,
constituindo um município com a freguezia de
Nossa Senhora do Livramento, houve por bem o
ínclito cidadão governador deste Estado, nomear-
me presidente da intendência municipal da mesma
villa, tendo por dignos companheiros os illustres
cidadãos major Bento da Costa Villar e o professor
jubilado Amaro Gomes Ferraz.
Confiando antes na efficaz cooperação dos
meus distinctos companheiros, do que mesmo nas
minhas débeis forças, acceitei reconhecido o
honroso encargo com o fim de nelle prestar os
meus fracos serviços em prol da autonomia e

27
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

engrandecimento deste município, concorrendo ao


mesmo tempo no acanhado circulo de minhas
attribuições, para o credito e consolidação da nova
e auspiciosa instituição republicana, da qual me
confesso verdadeiro sectario.
Instalada esta intendência, resta-me congratular-
me com todos os nossos concidadãos por tão feliz
acontecimento, motivando a segurança de que
todos sem distincção, concorrerão na razão de
suas forças para o progresso e engrandecimento
deste rico município.
Está instalada a intendência municipal da villa de
Santa Rita.
Viva a República dos Estados Unidos do Brasil!
Viva o Generalíssimo chefe do poder executivo!
Viva o Governador deste Estado!
Viva a Villa e Município de Santa Rita e seus
habitantes!”.(Transcrevemos com a ortografia da
época GAZETA PARAIBA,01/04/1890).

O referido discurso se encontra publicado integralmente no jornal Gazeta da


Parahyba, de 01 de abril de 1890, acessível no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano.
O jornal nos informa ainda de que “apesar da chuva copiosa que durante toda a noite de
sexta-feira caiu neste município e ali na capital, o que impediu o comparecimento de
muitas pessoas que teriam vindo assistir a festa de instalação da vila e posse da
intendência, esteve aquela animada apesar de pouco concorrida. Veio o presidente da
intendência da Capital, com seu secretário, bem como a banda de música do 27º
batalhão”. Assim não temos dúvida de que a instalação do município e a posse do primeiro
Conselho Municipal de Intendência ocorreu no sábado, dia 29 de março de 1890. É
importante mencionar de que o vigário de Santa Rita, Padre Manoel Gervásio Ferreira da
Silva, pediu a palavra e deu o seguinte discurso:

“Cidadãos. Não está no poder do homem


suffocar as emoções do enthusiasmo.
O mais frio indifferentismo não deve gerar esta
lava abrasadora que o patriotismo faz brotar do
coração.
Ha um typo inalterável, que assignala as
expressões; ha um thermometro moral, que
gradua estes votos, que só a verdade tem o direito
de embellecer, e que não é possível desmentir,
nem atraiçoar.
A linguagem do reconhecimento nunca deve ser
degrada pelas paixões; e quando a presença d’um
beneficio estimula a gratidão é impossível,
cidadãos, reprimir a vehemencia, com que a
sensibilidade se explica.
A monarchia brasileira havia tocado a borda do
abysmo, em que se tem sumido muitas outras; e
batida da tempestade, sacudida pelo furação da
cólera divina vio repentinamente parar em meio da

28
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

rotação o carro da sua gloria, e devorada de


angustias bebeo o calix da ira celeste que deveria
trazer-lhe a morte.
Marcava então a ampulheta do tempo o dia 15 de
novembro de 1889.
Um punhado de patriotas e brasileiros, cultores da
liberdade, enfastiados de tanta mistificação, deitão
por terra a carcomida dynastia e hasteiam a
República na terra da Santa Cruz, proclamando a
igualdade dos homens, tendo por base a Ordem e
o Progresso.
É justo, cidadãos, o nosso enthusiasmo no dia de
hoje, dia memorável, dia em que se acaba de
lavrar a Carta de nossa emancipação com a
elevação desta freguezia e a de Nossa Senhora do
Livramento, a cathegoria de município.
Salve! Municipio de Santa Rita!
Cahirão por terra os grilhões que nos
prendião ao velho município da capital, cujas
disposições de lei, jamais poderião imprimir em
nossa vida o sentimento de nossa dignidade.
Hoje que somos um povo, a quem foi dada
autonomia propria, devemos-nos constituir como
um só homem para dar todo o desenvolvimento a
força productiva desta terra, a fim de mostrarmos
que tínhamos direito a nossa independência.
É uma realidade para nós o progresso
promettido pelo governo provisório dos Estados
Unidos do Brasil, o qual progresso a nós chegou
por mão do digno governador do Estado da
Parahyba cidadão Venâncio Neiva, assignando a
19 do mez corrente o decreto de nossa
municipalidade; Portanto, cidadãos, rendamos um
preito de gratidão a esses heróis legendários da
Patria livre, da Patria unida.
E vós, cidadãos intendentes, inspirando-vos
nas palavras ordem e progresso, estudais as
necessidades desta terra, que também é vossa,
para por meio de leis aptas dar-lhe vida,
aproveitando a uberdade de seo solo, e incutindo
em seos filhos o amor ao trabalho, unico
incremento de nossa prosperidade.
Para vós, cidadãos, convergem todas as nossas
vistas, vós sois o depositário de nosso futuro,
fazei-o prospero para a gloria desta terra, para
honra dos vossos nomes e utilidade nossa.

29
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Vivão os Estados Unidos do Brasil!


Vivão os membros do Governo Provisório.
Viva o cidadão Governador do Estado da
Parahyba!
Viva o Municipio de Santa Rita!
Vivão os cidadãos intendentes!”.
(Trancrevemos com a ortografia da época do
jornal Gazeta da Parahyba de 01/04/1890).

1.5 – A nomeação dos primeiros funcionários do município


O jornal Gazeta da Parahyba de 01 de abril de 1890, publica ainda que “lavrou-se
em seguida um termo de installação que foi assignado pelos intendentes e pelas pessoas
presentes”, publica ainda que “depois dirigiram-se todos para casa do cidadão Antônio
Gomes Cordeiro de Mello, presidente da Intendência de Santa Rita, onde foi servido um
profuso almoço, no qual trocaram muitos brindes”, e a referido edição daquele diário
paraibano, publica também que “para os diversos cargos da nova intendência foram
nomeados os seguintes cidadãos: Capitão Victorino José Raposo – Secretário; Galdino
Ignácio de Vasconcellos - Procurador; José Alves da Costa Gadelha – Fiscal de S. Rita;
José Xavier de Azevedo Sá – Fiscal do E. Santo; Severiano Pereira da Hora – Aferiador;
Felix José Moreira de Mello – Porteiro; André Luiz de França – Cordeador; Dr. Francisco
Retumba – Engenheiro; e Antonio Augusto de Carvalho – Medidor e Avaliador”, e por fim
enfatiza que “os habitantes d’esta villa acham-se muito satisfeito e animados”. O Presidente
do Conselho de Intendência Municipal da Capital, Francisco Pinto Pessoa, que representou
o Governador Venâncio Neiva na instalação do Conselho de Intendência de Santa Rita e na
posse do Presidente Antônio Gomes Cordeiro de Mello, em 29 de março de 1890, enviou
telegrama e fez publicar seu conteúdo no jornal Gazeta da Parahyba, em 01/04/1890,
dizendo: “Municipio de Santa Rita. SANTA RITA, 29. Cidadão Governador. Foi installada a
Villa de S. Rita com o juramento da respectiva intendência. Muito rigojiso. O presidente da
intendência da Capital. Francisco Pinto Pessôa”. Fazendo o mesmo o primeiro gestor
santaritense: “Municipio de Santa Rita. SANTA RITA, 29. Cidadão Governador o município
da nova Villa de Santa Rita congratulamonos comvosco pela instalação da Villa e posse
respectiva intendência. O presidente da Intendencia de Sant. Rita. Antonio Gomes Cordeiro
de Mello” (Transcrevemos). Isso é fato histórico publicado pelo referido periódico
registrando a solenidade de instalação do município e da posse do nosso primeiro gestor
municipal e seus substitutos legais.
É mais que importante perguntar: e por que foi nomeado Antônio Gomes Cordeiro de
Mello, primeiro Presidente do Conselho Municipal de Intendencia de Santa Rita em março de
1890 pelo Governador Venâncio Neiva? A resposta é simples, trata-se de um cidadão honrado
e letrado que lutou pela causa da emancipação política e administrativa de Santa Rita da
Capital do Estado da Paraíba, já com idade relativamente avançada, tendo em vista que
naquele tempo poucas pessoas chegavam a completar cinqüenta e/ou sessenta anos de
idade e ainda continuava lúcido, exercendo a função pública de chefe de polícia de Santa Rita,
segundo Santana (1990, p. 203), além de proprietário dos engenhos Cidreita e Capellinha,
que atualmente pertence à Agroval, ex-Usina Santana, em cuja capela era venerado São
Francisco Xavier (TAVARES, 1910, p. 523/524). O projeto de puder no poder da açucarocracia
santaritense através dos séculos apenas mudam os nomes dos chefes, as práticas são sempre
as mesmas para melhor e/ou para pior desde sua origem, os correligionários de hoje serão
necessariamente os adversários de amanhã.

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

1.6 – A renúncia do primeiro Intendente Municipal


O céu de brigadeiro existente entre o Intendente Antônio Gomes Cordeiro de Mello,
expresso no discurso do Padre Manoel Gervásio Ferreira da Silva, durou pouco mais de
trinta dias, tanto é assim que o Padre Ferreira e o Coronel Francisco Carvalho, seus antigos
aliados na causa da emancipação política do município de Santa Rita, resolveram fazer-lhe
oposição e interferir em seus atos administrativos. Vejamos, “o motivo dos
desentendimentos que culmiram com a renúncia do primeiro intendente de Santa Rita,
surgiu da exigência de que o mesmo cobrasse impostos dos feirantes e aí incluísse uma
porcentagem para a limpeza da Igreja de Santa Rita. Enquanto o Pe. Ferreira exigia um
percentual tributário para as suas obras religiosas, o Cel. Francisco Carvalho exigia que o
intendente fizesse opção entre o cargo de intendente e o de chefe de polícia que
continuava exercendo mesmo depois de sua posse na intendência”, o ato de renuncia ao
cargo aconteceu “três meses após haver assumido a presidência da intendência de Santa
Rita [...]. Seu gesto foi seguido por seus companheiros, com execeção do Amaro Gomes
Ferraz, que assume, inteirinamente, o cargo, não sem antes comunicar o fato ao
Presidente Venâncio Neiva. Em julho do mesmo ano, o Conselho é reorganizado pelo
governo estadual, sendo confirmado na presidência Amaro Gomes Ferraz, tendo como
membros Manuel Justino de Andrade e Benicio Pereira de Castro” (SANTANA, 1990, p.
203). Corroborando com igualmente entendimento “[...] como reconhecimento ao trabalho
do baluarte da emancipação, Antônio Gomes Cordeiro de Mello, o governador Venâncio
Augusto de Magalhães Neiva nomeia para presidente do Conselho de Intendência do novo
município de Santa Rita [...]” e nos informa que ele é “[...] descendente de João Gomes de
Mello, Barão de Maroim, natural de Sergipe [...]”, conforme Santana (2010, p. 36 e 37). E
a politica de baixo clero no trato da coisa pública em Santa Rita tendo a frente o vigário
Padre Ferreira, fez Venâncio Neiva nomear em fevereiro de 1891, o coronel Francisco Alves
de Souza Carvalho, presidente do Conselho de Intendência de Santa Rita e o irmão dele,
Bernardo de Souza Carvalho, para chefe de polícia do município, estabelecendo sua
oligarquia através do quero, posso e mando no poder executivo, no poder econômico e
com o apoio do poder religioso do vigário e chefe político Padre Ferreira, que usava as
próprias dependências da Igreja Matriz de Santa Rita em seus sermões intermináveis
misturados de proselitismo político em nome da fé, tendo em vista que “a acumulação da
função política com a função religiosa se constitui uma prática constante no processo
político brasileiro. As proclamações no púlpito, as procissões, os batismos, a fundação de
sociedades religiosas e filantrópicas, eram e são instrumentos bastante úteis na
arregimentação do voto, principalmente com a ampliação do voto após 1891, ampliando
também os currais eleitorais” e se não bastasse, ainda que por analogia “a liderança do
Padre Cícero do Juazeiro como oligarca no Ceará constitui flagrante exemplo da asserção
de que “na arregimentação do voto, o coronel padre não respeita nem mesmo o
confessionário”, ex-vi afirmação do ano de 1959 do intelectual e comunista santaritense
David Falcão, apud Santana, 1990, p.202.

1.7 – A liderança do Padre Ferreira e a oligarquia dos Carvalho


Não é verdade que o Padre Manoel Gervásio Ferreira da Silva, tenha sido eleito
deputado estadual em 1896, pois, seu nome não consta entre os nomes dos deputados
estaduais paraibanos que constituíram a terceira legislatura iniciada em 1897 e concluída
no final de 1900. Por outro lado, ressaltamos de que a Almanak Administrativo, Mercantil e
Industrial do Rio de Janeiro - 1891 a 1940 - PR_SOR_00165_313394, publicou em 1901 os

31
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Estados da República, dedicando ao Estado da Paraíba as páginas 1346, 1347 e 1348,


onde cita textualmente: “[...] Governo do Estado – Presidente: José Peregrino de Araújo,
Desembargador; 1º Vice Presidente: Affonso Lopes Machado, Dr.; 2º Vice Presidente:
Manoel Gervasio Ferreira da Silva, Padre [...]” (p. 1346). Por outro lado, é importante
também afirmar de que o Padre Ferreira, apesar de ser um homem influente, sic, como
vigário, chefe político e vice Presidente do Estado da Paraíba no período de 22 de outubro
de 1900 a 22 de outubro de 1904, não assumiu o cargo de governador interino estadual
por um grau de segundo, tendo em vista o que consta das mensagens e ou relatórios
administrativos anuais finais enviados pelo presidente José Peregrino de Araújo nos anos
de 1901,1902, 1903 e 1904 a Assembleia Legislativa do Estado da Paraíba. Por outro lado,
ele foi presidente do Conselho Municipal e/ou da Câmara Municipal de Santa Rita em
diversas oportunidades, dentre as quais a mencionada no Almanak Laemmert (1909, p. K-
44), publicado no Rio de Janeiro informando que Santa Rita “[...] comprehende os
districtos da cidade, Cruz do Espirito Santo, Livramento e 2º districto, parochia de Santa
Rita e N.S. do Livramento. População 17.000 habitantes com 232 eleitores [...]”, e
continua o relato histórico citando que a Câmara Municipal tem como “Presidente: Manuel
Gervásio Ferreira da Silva; Vice Presidente: Clementino Augusto de Oliveira; Prefeito:
Bernardo A. de Souza Carvalho; Sub-prefeito: Olynto Gil de Freitas”. O Padre Ferreira
meteu-se nos negócios da religião católica e da política de Santa Rita até falecer em
setembro de 1916. Com a morte do Padre Ferreira, o Coronel Chico Carvalho manteve-se
no poder até 1925, quando morreu. Vejam o que afirma o Intendente Olinto Gil de Freitas,
um dos seus oposicionistas, em depoimento que a Lapemberg Medeiros, In.:
Apontamentos para a História de Santa Rita, p. 78, apud Santana, 1990, p. 204,
mencionando que:

“Em 23 de fevereiro de 1891, tem inicio a influência


política do Cel. Francisco Carvalho na política de
Santa Rita. Homem de caráter forte, de decisões
firmes e espírito de iniciativa, logo se impôs no
conceito da opinião pública, conquistando ilimitado
respeito no seio das classes sociais da nova undiade
municipal, diante do que, ao lado do Cônego Manoel
Gervásio Ferreira da Silva, e com a morte deste, em
1916, viu-se capacitado a dirigir a política local,
congregando em torno de si as pessoas mais
influentes da vila nascente”.

É importante mencionar de que o governo do Marechal Deodoro da Fonseca em pouco


tempo arranjou inimigos demais, motivo pelo qual resolveu através de Golpe de Estado,
dissiolver o Congresso Nacional em, 3 de novembro de 1891, o que foi a gota d’agua para
que o Marechal Floriano Peixoto, reagisse em tom de oposição sistemática contra o referido
governo ao lado de outros companheiros da própria armada e no exército brasileiro. Assim
sendo, “então a atmosfera se escurece guarnições revoltam-se, navios movem-se contra
Deodoro que se redime da ação ditatorial contra o Congresso, evitando o sangue que tinha
elementos para derramar e talvez para vencer, transferindo o governo ao marechal Floriano
Peixoto”. Diante da omissão do governador Venâncio Neiva em não reagir contra o ato
praticado pelo presidente da república deposto Manoel Deodoro da Fonseca, fato histórico
confirmado pela simples leitura das entrelinhas do telegrama que passou: “Recebi vosso
telegrama. O Estado continua em paz”. Diante disso o governo de Floriano Peixoto tem início

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

com a deposição dos governadores dos Estados que não ficaram contra o golpe de Deodoro.
E na Paraíba não foi diferente, no dia 27 de dezembro de 1891, foi deposto o governador
Venâncio Neiva, quando por aclamação foi composta uma junta de governo formada pelo
Coronel Cláudio Savaget, então comandante do 27º Batalhão de Infantaria; por Eugênio
Toscano e Joaquim Fernandes de Carvalho. Valendo salientar de que o Venâncio Neiva, foi
reposto por ordem expressa do Rio de Janeiro então capital do Brasil, porém tirou licença
junto ao Superior Tribunal de Justiça e passou o cargo de governador ao desembargador
Manuel Fonseca, cujo governo foi deposto no dia 31 de dezembro de 1891, quando a junta,
após novas aclamações, novas passeatas, senhora da situação, instala no paço do governo e
começou a decretar substituição dos venancistas pelos partidários da política vitoriosa,
conforme Mariz (1994, p.183/184). A partir de então teve inicio a política de demolição, a
começar pela dissolução do primeiro Congresso Constituinte Paraibano, revogação da Carta
Magna do Estado da Paraíba, aprovada em 5 de agosto de 1891, bem como a revogação o
Decreto Estadual nº 69, de 30 de setembro de 1891, que disciplinava a organização judiciária
da Paraíba. O mandonismo paraibano foi ferido de morte tendo em vista o fato da deposição
das intendências municipais que foram nomeadas pelo governo estadual deposto.
Ressaltamos porém de que apenas a intendência do município de Santa Rita escapou a sanha
da Junta Governativa Estadual provisória, diante do fato que o referido município foi extinto e
voltou a condição de Distrito do município da Capital da Paraíba, através da Lei Estadual nº 9,
de 17 de dezembro de 1892, da lavra do presidente Álvaro Machado, que determinou
textualmente: “recolhendo o ex-intendente Francisco Carvalho à intendência da Capital, o
arquivo e as chaves dos próprios da edilidade suprimida”, conforme Rodrigues (1985, p. 39),
tudo por mera represália do “Alvarismo” contra o “Epitacismo”, representado pelo senador
Firmino Gomes da Silveira, aliado políticio das lideranças santaritenses.
O “Alvarismo”, declarou extinto o município de Santa Rita em 17 de dezembro de
1892, assim sendo, a partir de janeiro de 1893 a setembro de 1897, suas principais lideranças
políticas se mobilizam, onde se destaca a liderança do Padre Manoel Gervásio Ferreira da
Silva, que em 1896, escolhido vice presidente do Estado da Paraíba pelo então presidente
Antônio Alfredo da Gama e Melo, e assim sendo ele consegue a restauração da emancipação
política de nossa terra em 1897 e em 1900 o Padre Ferreira se elege deputado estadual com
punho forte, ex-vi que “o Padre Ferreira se julgava no direito de interferir em todos os
assuntos ligados a sua paróquia, interferindo e exigindo obediência do intendente, do
delegado, dos grandes proprietários e da população pobre de Santa Rita”,conforme o
depoimento prestado por Olinto Gil de Freitas a Lapemberg Medeiros, mencionado acima.
Enfatizamos de que nas eleições de 16 de novembro de 1897, os venacistas já tinham aderido
ao alvarismo, de modo que o governo nomeia o coronel Francisco Alves de Souza Carvalho
para presidir a Junta Eleitoral Municipal, motivo pelo qual consegue eleger o Conselho
Municipal de Intendencia de Santa Rita, constituído por ele e seus familiares em mais de 80%
das vagas existentes, que tomaram posse em dezembro de 1897, sendo o próprio coronel
Francisco Alves de Souza Carvalho, nomeado Presidente do Poder Executivo Municipal; e os
conselheiros municipais: Joaquim Peregrino Ferraz de Carvalho (Coronel Quinca Marcelino da
Guarda Nacional nomeado pelo Presidente Campos Sales); Antonio Daniel de Carvalho –
primeiro vice presidente; Carlos Hilário de Carvalho; João Caetano de Carvalho; Ernesto
Todolfo Carvalho de Albuquerque; Manoel Teixeira de Vasconcelos; Manuel Justino de
Andrade (Medeiros apud Santana, 1990, p. 202/205).
A Carta Magna de 1891 tinha o viés liberal republicano, porém manteve o controle
autoritário do Estado Brasileiro através do exército e pelas oligarquias regionais em cada
unidade do país. Vale salitentar de que até o controle da cobrança de impostos em cada

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

estado tinha o controle das oligarquias regionais, porque somente assim poderiam ditar os
parâmetros eleitorais estaduais e municipais para se manter no poder do quero, posso e
mando.
Em Santa Rita o Padre Ferreira, diante da novidade vinda da Carta Magna de 1891,
onde agora o voto é direto, porém não secreto, surge direta e indiretamente a necessidade de
controlar os currais eleitorais de sua freguesia, o que ele soube fazer muito bem, fundando
diversas sociedades religiosas, onde os cidadãos associados e demais interessados aprendiam
assinar o nome e a sua doutrina ideologicamente falando, inclusive em termos de maior
aproximação com seus futuros eleitores do sexo masculino, tendo em vista que a referida
constituição excluiu o voto feminino. A ajuda e ou qualificação escolar dos futuros eleitores
patrocinada pelo Padre Ferreira na última década do século XIX na freguesia de Santa Rita,
ainda que por analogia, tem o viés que “o populismo é a política da emoção; por isso, é visto
com desconfiança pelos racionalistas tradicionais” (LE PEN, 2015, p.79) na visão do século
XXI. Dentre as diversas sociedades leigas criadas na freguesia de Santa Rita a partir de 1891,
algo parecido com os currais eleitorais dos coronéis dos engenhos de açúcar, porém, criadas
com o viés católico pelo padre chefe político e religioso, estão: o apostolado da oração,
embora originado de um colégio da Companhia de Jesus, em Vals, perto de Le Puy-em-Velay,
na França, fundado em 03 de dezembro de 1844, na festa de São Francisco Xavier, pelo
Padre Francisco Xavier Gautrelet, com a finalidade apostólica de oferecer suas orações para
os trabalhadores nos diversos campos do apostolado visando salvar os homens, sem que
os estudantes tivessem que parar suas atividades diárias principais que eram os estudos; A
Confraria de São Vicente de Paulo, fundada por Antônio Frederico Ozanam e seus
companheiros em 23 de abril de 1833, inspirado no santo francês de igual nome e que foi
canonizado pelo Papa Clemente XII, em 1737, considerado no seu tempo como um dos
maiores protagonistas da Reforma na Igreja Católica na França no século XVII, além de do
amor a Deus e aos pobres, por isso fundou várias obras de caridade em vida; Associação
da Filhas de Maria para atender o seguimento feminino em evangelização e serviços
pastorais dentro e fora da igreja. É salutar informar de que a junta de qualificação eleitoral
funcionava, embora que provisoriamente nas dependências da igreja matriz. Administrou o
município de Santa Rita de 1907 a 1910, segundo o depoimento de Olinto Gil de Freitas. E
assim foi a atuação do Padre Ferreira durante 42 (quarenta e dois) anos como vigário e
chefe político em Santa Rita, pois, assumiu em 1874 a referida paróquia até setembro de
1916, tendo em vista que o Padre Simão Fileto, seu sucessor, assim se expressa que ele
“faleceu em 1916, em meio de grande pesar dos seus paroquianos e amigos, sendo seu
corpo inhumado na Matriz local”, conforme consta no Livro do Tombo da Paróquia de Santa
Rita (1916/1917.set.1917, p. 183). Em outras palavras o corpo do Padre Ferreira encontra-
se sepultado dentro da Paróquia Santuário de Santa Rita de Cássia.

1.8 – A açucarocracia e os gestores municipais


Depois da renuncia do Intendente Antônio Gomes Cordeiro de Mello, assumiu a
Intendência Municipal Amaro Gomes Ferraz, tendo como suplentes: Manoel Justino de
Andrade e Benício Pereira de Castro, posse ocorrida em 15 de julho de 1890. Em 23 de
fevereiro de 1891, assumiu o cargo de presidente do Conselho Municipal de Intendência o
coronel Francisco Alves de Carvalho, tendo permanecido no cargo até 12 de janeiro de
1893, quando o município de Santa Rita perde a sua autonomia e volta a ser incorporado
pelo município da Paraíba, atual João Pessoa. Em 24 de setembro de 1897, 7 de abril de
1897, graças o trabalho político liderado pelo Padre Ferreira, junto ao Presidente da
Paraíba Antônio da Gama e Mello, Santa Rita recupera a sua emancipação política, sendo

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

nomeado prefeito o Coronel Francisco Alves de Carvalho, cujo mandato terminou em 5 de


maio de 1900, com a posse do prefeito nomeado João Vitorino Raposo, cujo mandato
terminou em 3 de setembro de 1900, com a posse do Coronel Francisco Alves de Carvalho.
Em 7 de janeiro de 1890, toma posse o prefeito nomeado Bernardo Alves de Souza
Carvalho, sendo reconduzido ao referido cargo em dezembro de 1904, tendo como vice
prefeito Olinto Gil de Freitas. Ambos permaneceram no cargo até 10 de maio de 1910,
quando é novamente nomeado prefeito Francisco Alves de Carvalho, tendo como vice
Olinto Gil de Freitas, cujos mandatos terminaram em 17 de novembro de 1913, com a
posse do prefeito Antônio da Silva Mello Filho, então Presidente do Conselho Municipal
Legislativo (atula Câmara Municipal). Sendo substituído pelo prefeito nomeado Eneas de
Souza Carvalho, em 23 de janeiro de 1915, graças ao prestigio político de seu pai o Coronel
Francisco Alves de Carvalho (assumiu o cargo de prefeito com apenas 24 anos de idade) e
com o apoio do Padre Ferreira, líder político e religioso da Freguezia de Santa Rita. Diante
do falecimento do Padre Manoel Gervasio Ferreira da Silva, ocorrido em setembro de 1916,
assume o poder político municipal totalmente o coronel Francisco Alves de Souza Carvalho,
mantendo a si e seus familiares na chefia do Poder Executivo Municipal até sua morte
ocorrida em outubro de 1925. O presidente estadual Solon de Lucena, em 23 de janeiro de
1924, nomea Eneas de Souza Carvalho, prefeito de Santa Rita, outra vez. Diante de
denuncias de corrupção patrocinada contra o mesmo perante o Conselho Municipal
Legislativo, o prefeito Eneas de Souza Carvalho, licenciou-se e retornou ao cargo em 16 de
janeiro de 1926, época em que seu pai já havia falecido em outubro de 1925. Em 23 de
julho de 1927, toma posse no cargo de prefeito o sub-prefeito Júlio Rique, sendo
substituído em 30 de abril de 1928 pelo prefeito Pedro Ulisses de Carvalho, nomeado por
João Suassuna, presidente da Paraíba. O presidente João Pessoa ao tomar posse como
presidente da Paraíba, nomeou em fevereiro de 1929 o prefeito Edgard Seager, genro de
Virginio Veloso Borges, dono da Fábrica Tibiry, seus correligionários políticos. Diante do
assassinato do presidente João Pessoa, em 26 de julho de 1930, na Confeitaria Glória no
Recife, o interventor Anthenor Navarro, pelo Decreto Estadual nº 83, de 6 de abril de 1931,
extingue o município de Santa Rita, o qual volta mais uma vez a pertencer a capital da
Paraíba. É nomeado em 10 de abril de 1932, o sub-prefeito José Flóscolo da Nóbrega,
natural de Santa Luzia, Estado da Paraíba, nascido em 2 de fevereiro de 1898 e falecido em
10 de novembro de 1969, considerado em seu tempo um dos maiores juristas do Brasil.

1.9 - O primeiro prefeito eleito e o Estado Novo


Santa Rita consegue mais uma vez sua emancipação política e em 7 de janeiro de
1933, é nomeado prefeito o Tenente Francisco Pedro da Silva, sendo substituído em 30 de
dezembro de 1935, com a posse de Flávio Maroja Filho (primo e cunhado de Flávio Ribeiro
Coutinho e irmãos), primeiro prefeito eleito pelo povo santaritense, em plena didatura
Vargas iniciada com a Revolução de 1930, movimento que teve origem depois da derrota
de Getúlio Vargas e João Pessoa, candidatos derrotados para presidente e vice da república
nas urnas pelo oficialismo perrepista, que tomou as ruas depois do assassinato de João
Pessoa, em 26 de julho de 1930 por João Dantas, perrepista e seu adversário político.
Assim sendo, com o advento do Estado Novo, manobra política de Getúlio Vargas para se
perpetuar no poder central da nação brasileira, extinguiu todos os mandatos eletivos
populares e bem assim todos os partidos políticos no Brasil, nomeando interventores para
cada unidade da federação nacional. Na Paraíba foi nomeado o interventor Argemiro de
Figueiredo, correligionário dos Ribeiro Coutinho, resolveu manter no cargo de prefeito de
Santa Rita, Flávio Maroja Filho, através de decreto estadual assinado em 6 de dezembro de

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

1937, inclusive com nova solenidade de posse. E o ramerame da politicagem: brasileira,


paraibana e santaritense continua, de modo que em 13 de setembro de 1940, por decreto
do interventor Ruy Carneiro, é nomeado prefeito Diógenes Nunes Chianca, permanecendo
no cargo até 9 de novembro de 1945, quando o interventor Severino Montenegro, nomeia
o prefeito João Raposo Filho, que administrou Santa Rita até o dia 1 de março de 1946,
quando tomou posse novamente como prefeito nomeado Diogenes Nunes Chianga, através
de nomeado do interventor José Gomes da Silva. E a dança política e/ou disputa via o
tapetão pelo cargo de prefeito de Santa Rita continua, de modo que em 11 de março de
1947, João Raposo Filho, volta ao cargo de prefeito nomeado pelo Governador Osvaldo
Trigueiro de Albuquerque Mello. É o retorno do grupo da agroindústria da várzea da
Paraíba voltando a governar o município de Santa Rita, através de seu representante e
afilhado político.

1.10 - Prefeitos eleitos pelo voto popular


Com o fim da Segunda Guerra Mundial e a redemocratização do Brasil, em 1945,
onde todos os cargos executivos e legislativos são da livre escolha do eleitorado nacional,
assim sendo, em Santa Rita não é diferente, pois, em 12 de outubro de 1947, Flávio Maroja
Filho, foi eleito prefeito e Pedro de Mendonça Furtado, vice prefeito de Santa Rita, ambos
tomaram posse no dia 7 de novembro de 1947. Em 15 de novembro de 1951, tomou posse
o prefeito João Raposo Filho e Antônio Gomes Pereira, vice prefeito. Em 15 de novembro
de 1955, tomou o prefeito João Crisostomo Ribeiro Coutinho e o vice prefeito Euclides
Bandeira de Souza. O eleitorado constituído em sua maioria por operários e camponeses,
elegeu em 2 de agosto de 1959 o prefeito Antônio Teixeira e o vice prefeito Lourival
Caetano de Lima, que tomaram posse no dia 30 de novembro de 1959, ambos da oposição
liderada pelo Deputado Estadual Heraldo da Costa Gadelha(PSB-PSD). Em 1963 o povo
elegeu o prefeito Heraldo Gadelha e o vice prefeito Milton Ferraz de Medeiros. Em 15 de
novembro de 1968, o povo elegeu novamente o prefeito Antônio Teixeira, tendo o seu
genro Carlos Antônio de Morais Santana, como vice prefeito, ambos da Arena. Nas eleições
de 15 de novembro de 1972, foi eleito prefeito Antônio Joaquim de Morais e Joaquim Dias
Ramos, vice prefeito, ambos da Arena/1 e liderados pelo deputado estadual Egidio Silva
Madruga e o grupo da Várzea formado por três usina e dezenas de engenhos. Em 15 de
novembro de 1976, foi eleito Marcus Odilon Ribeiro Coutinho e Aureliano Olegário da
Trindade, prefeito e vice prefeito, ambos respectivamente da Arena/3. Em 15 de novembro
de 1982, foi a vez de primo votar em primo, onde foi eleito prefeito Severino Maroja e vice
prefeito Ademar Clemente, ambos do PMDB/3. Em 15 de novembro de 1988, foi eleito
prefeito Marcus Odilon e Antônio Morais, pelo PTB/PFL, inclusive com abênção do deputado
Egidio Madruga e do grupo da Várzea do Açúcar. Em 1992, foi eleito o prefeito Oíldo
Soares e o vice Zezinho Crente. Em 1996, foi eleito Severino Maroja e José Lins de
Albuquerque (PMDB). Em 2000 foi novamente eleitos Severino Maroja e Zé de Ule, prefeito
e vice prefeito de Santa Rita. Em 2004 foi eleito prefeito Marcus Odilon e o médico Pericles
Vilhena, vice prefeito. Em 2008 foi reeleito prefeito Marcus Odilon, tendo como vice prefeito
o contador Gilvandro Inácio dos Anjos. Em 2012, foi eleito prefeito Reginaldo Pereira da
Costa/PRP e Severino Alves/PR, vice prefeito, via aliança política para disputar a referida
eleição, antes da posse ambos já não liam na mesma cartilha e a população santaritense
pagou o pato, principalmente quando a Câmara Municipal por maioria de dois terços
afastou o titular da cadeira de prefeito. A crise administrativa a partir de então instalada
em Santa Rita é de vaca desconhecer bezerro, falta de pagamento de salários dos
funcionários e dos aposentados, postos de saúde fechados, obras estruturantes

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

inexistentes, escolas e creches sucateadas, etc., aqui falta tudo, inclusive pagamento aos
fornecedores e contratantes de serviços e obras municipais. Aqui merece uma observação
de que Reginaldo Pereira foi candidato a prefeito a primeira vez em 15 de novembro de
1968, vindo a seja prefeito na sétima tentativa em 2012, portanto, foi eleito prefeito 44
(quarenta e quatro) anos depois. Infelizmente sua gestão municipal vive sendo motivo de
discussões judiciais e políticas desde 1 de janeiro de 2013, data da posse. Já foi afastado
do cargo varias vezes e atualmente tenta judicialmente voltar ao referido cargo antes que o
mandato se termine em 31 de dezembro de 2016. Por outro lado o pano de fundo da
desestruturação da gestão atual é por demais complexo e envolve ambos os poderes:
executivo e legislativo, sem ter como capitular da crise que ambos criaram logo no dia da
posse. Infelizmente, a desqualificação da atividade política nacional, estadual e municipal,
tem assim prejudicado pessoas bem intensionadas que desistem de apresentarem seus
nomes para disputar democraticamente o voto popular para exercer atividades na
administração pública nos três níveis de governos de nossa república, dos estados
membros e dos municípios, principalmente quando a opinião pública procura generalizar de
que todos os políticos são corruptos, segundo o imaginário da população revoltada com os
escândalos nacionais, estaduais e municipais, onde tem gente que entra na vida pública
sem ter um cordão para amarrar um vira lata e quando termina o mandato, ele e seus
familiares estão ricos sem causa probante.

1.11 - A escravidão negra e a religiosidade


A escravidão é uma invenção do Continente Europeu e ou do Continente Americano
e muito menos do Brasil, seus Estados Membros e de seus municípios, dentre os quais,
destacamos Santa Rita na Paraíba. A chaga da escravidão negra tem fundamentos até na
Bíblia Sagrada, ex-vi o livro de Eclesiástico, capítulo 33, versículos 29-32, que afirma:

“Emprega-o [o escravo] em trabalhos, como lhe


convém, e, se não obedecer, prende-o ao grilhão.
Mas não sejas muito exigente com as pessoas e
não faças nada de injusto.
Tens um só escravo? Que ele seja como tu
mesmo, pois o adquiriste com sangue.
Tens um só escravo? Trata-o como a um irmão,
pois necessitas dele como de ti mesmo”.

Isso é um fato e contra fato não se tem argumento, a Bíblia Sagrada reconhece a
existência da escravidão e apenas a religão procurava atenuar a metodologia e ou modo de
agir, sem sombra de dúvidas aquele que não era escravo, se achava livre para receber
como de fato e de direito recebeu a herança maldita do mundo antigo no tocante a
tradição e preceitos religiosos. Infelizmente a chaga da escravidão humana tem matizes
comerciais, de mercadorias e amparo em todas as religiosidades presentes na terra, salvo a
fé em Jesus Cristo que através do batismo, todos estão livres do pecado (GÁLATAS, 3:22-
28). É essa a norma geral de libertação preconizada pelo Cristiano e imposta pela Igreja
Católica Apostólica Romana em todas as sociedades em que a mesma se fez e faz presente
ainda em pleno século XXI. Na realidade brasileira é inegável de que o escravo era os pés e
as mãos dos senhores de engenho de nossa história colonial e imperial. As péssimas
condições sanitárias eram subhumanas e isso fazia com que os escravos tivessem poucos
anos de vida, haja vista também os castigos corporais, comidas insuficientes, longa jornada

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

de trabalho diária. Diante de tais circunstâncias era fomentado em grande escala o tráfico
negreiro da África para atender as necessidades dos senhores de engenhos no Brasil e até
porque o negócio de comprar, vender e trocar escravos era considerado o mais lucrativo
debaixo do sol do além mar. O escravo era uma mercadoria como outra qualquer e que
garantia lucro certo ao seu proprietário, tanto trabalhando nas fazendas e engenhos na
agricultura, criação de gado, etc., quanto para vender no comércio negreiro nas feiras
livres, apesar de “[...] alguns escravos recusavam qualquer adulação ou persuasão para
colaborar e resistiam à escravidão de todas as maneiras possíveis [...] ”, conforme Schwartz
(2001, p. 103). A escravidão é a escravidão em qualquer parte do mundo, seja ela de
negros e ou de brancos, não importa a etnia é um ato desumano em sua plenitude, nada
importando ter ou não a benção de cheferes de estados e de religiões terrenas. Dentre os
paraibanos abolicionistas que durante o século XIX e da libertação no papel da lei áurea
imperial de 13 de maio de 1888, podemos destacar sem sombra de dúvida a luta diária em
favor do cativo humano do Brasil, Diogo Velho, Beaurepaire Rohan e Cardoso Vieira
(homem de instinto intelectual e forte em suas decisões. Nasceu Manoel Pedro Cardoso
Vieira, em 1848, na Freguesia de Jacoca, atual município do Conde/PB, filho legítimo de
Pedro Cardoso Vieira e Maria Severina Vieira. É importante mencionar de que “a sua
família, em 1850, era proprietária de doze escravos e de dois imóveis: um, em Jacoca, o
“sítio de terra” Congo (com 25 braças) e outro na capital, uma casa localizada na área
central, para onde a família se mudou, no período que antecedeu a entrada do jovem
Manoel no Curso de Direito, na Província de Pernambuco”, bem como “sua formação se
deu entre os anos de 1863 e 1870”, de modo que “no ano seguinte, retornou à cidade da
Parahyba, onde se dedicou à advocacia, ao magistério (foi professor particular de
Matemática e, no Liceu, assumiu as cadeiras de Retórica e Geometria) e ao jornalismo,
mantendo seu espírito controverso, questionador e com disposição de levar até as últimas
consequências, seu ponto de vista politico” , assim sendo, “fundou, inclusive, o panfletário
Bossuet da Jacoca, para contestar o seu inimigo político, o ex-conversador e também
liberal padre Lindolfo José Correa das Neves, diretor do jornal O publicador” , entenda-se
que “o jornal Bossuet da Jacoca, irrevente semanário, teve seu primeiro número editado
por Cardoso Vieira em 1875”, e que foi “num dos artigos escritos nesse jornal, atacou
frontalmente o padre Lindolfo por mudar de partido, pois, esse sacerdote havia iniciado sua
vida política no partido Conservador, mas mudara para o Liberal”, já havia naquele tempo
padre metido em política partidária na Província da Paraíba, assim como atualmente, pois,
escreveu um artigo fazendo a seguinte instigação: “quando se sentiu envelhecer num
partido, foi bater as tendas de outro, e como essas prostitutas que mudam de praça, ei-lo,
rejuvenescido, adulado e celebrado! Durará eternamente esta farsa?” (Martins, 1979, apud
Rocha, 2009).
Ressaltamos que segundo Santana (1990, p.87) Cardoso Vieira, nasceu mesmo na
freguesia de Jacoca, atual município do Conde/PB, em 1848. E a referida freguesia tinha
apenas três engenhos em pleno Segundo Reinado, sendo o Engenho Congo pertencente
aos Cardoso Vieira, o que vem justificar a presença de escravos como sua propriedade.
A historicidade do período da Monarquia Brasileira nos informa de que as eleições
eram realizadas em dois turnos. Portanto, o termo dois turnos eleitorais no Brasil já vem de
muito longe, apenas com metodologia diferente, assim como vivenciamos o sistema
republicano. Assim sendo, antes que fosse realizado o primeiro turno do pleito municipal e
ou geral, era nomeada uma junta qualitativa para organizar e elaborar a lista nominal dos
cidadãos ativos, e/ou seja, os que poderiam participar efetivamente do processo eleitoral,
conforme Mattos (2000, p. 20-21), daí por diante, eram divididos em duas categorias,

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

gradações e ou espécies de eleitores, a saber: o cidadão ativo votante, caracterizado pela


renda suficiente para escolher o colégio de eleitores; e o cidadão ativo considerado eleitor
e elegível, assim sendo, poderia participar de ambos os momentos eleitorais: como votante
e como candidato. Isso acontecia a cada quatro anos, inclusive era assim escolhido o juiz
de paz e os membros das câmaras municipais, e também não era diferente a eleição para
os membros do Poder Legislativo a nível provincial (atualmente estadual) e central
(atualmente federal: deputado e senador), segundo Graham (1997, p. 103 e 141). Diante
do exposto, salientamos de que de 1852 a 1856, Jacoca, atual Conde/Paraíba era parte
integrante do primeiro Colégio Eleitoral Provincial, composto pela Capital da Paraíba e as
povoações de Nossa Senhora do Livramento, Santa Rita, Jacoca, Alhandra e Taquara, que
tinha apenas 72 (setenta e dois) eleitores. Onde se observa que Jacoca tinha 2.396
habitantes e apenas cinco eleitores, conforme consta do Mapa dos Colégios Eleitorais da
Provincia da Paraíba, no Ministério do Reino, p. 355, v. 10. NA/RJ, citado por Rocha (2009,
p. 363).
Em resumo, Cardoso Vieira, foi eleito em 1878, deputado geral pela Paraíba, era
pardo, porém livre e filho de senhor de engenho e foi advogado formada pela Faculdade
Direito do Recife, professor e intelectual sem precisar de qualquer ajuda oficial e ou
oficiosa, graça ao seu desempenho pessoal e intelectual. Ao contrário foi um dos
precursores da ideia do abolicionismo na Câmara dos Deputados antes de 1880, no grupo
liderado por Joaquim Nabuco e de tantos outros ilustres defensores da libertação dos
escravos brasileiros. Sua trajetória política, advocatícia e do magistério foi interrompida aos
trinta e dois (32) anos de idade, tendo em vista que faleceu de febre perniciosa em 10 de
janeiro de 1880 na cidade do Rio de Janeiro, onde exercia o referido mandato legislativo. E
a Paraíba reverência o ilustre filho dando o seu nome a ruas em diversas cidades, inclusive
em Santa Rita tem a Rua Cardoso Vieira, assim como em Campina Grande e na Capital do
Estado, bem como seu nome é o patrono da cadeira nº 10 da Academia Paraibana de
Letras. Foi esse o mundo do ramerame municipal do arraial, povoado, vila e cidade de
Santa Rita, inclusive o mundo vivido pelo Padre Manoel Gervásio Ferreira da Silva, como
chefe político e religioso da escravidão negra a libertação dos escravos, envolvendo o
Segundo Império e nascente República do Brasil na última década do século XIX.
Achamos importante mencionar de que “o padre Manoel Gervásio Ferreira da Silva
foi um dos poucos que teve o cuidado de informar a idade dos nubentes”, tendo como
exemplo disso o casamento do escravo Luiz, com 18 anos de idade e de Antônia das
Neves, não escrava, com 16 anos de idade, que se uniram em casamento no dia 11 de
maio de 1887 (um ano antes da libertação dos escravos negros pela Princesa Isabel, a
redendora), onde o noivo era filho da escrava Rosalina, de propriedade de Manoel Gomes
(Pequeno) e a mãe da noiva Joana Maria da Conceição, cujo casamento foi realizado na
Capela de São Francisco Xavier, portanto, zona rural de Santa Rita, localizada no Engenho
Capellinha de propriedade de Antônio Gomes Cordeiro de Mello, primeiro Presidente do
Conselho Municipal de Intendência, conforme cita o historiador João de Lyra Tavares
(1910, p. 523/524), tendo como testemunha o Capitão João de Mello Azedo e Albuquerque,
conforme Livro de Casamento da Paróquia de Santa Rita, 1877-88, fl., 146, AEPB (ROCHA,
2009). O que vale dizer que a testemunha é o Capitão João de Mello Azedo e Albuquerque,
cujo cidadão é o mesmo que foi nomeado pelo governador Venâncio Neiva, na portaria do
dia 21 de março de 1890 e publicada em 25 de março de 1890 na Gazeta da Parahyba,
portanto, um dos intendentes substitutos do primeiro Conselho Municipal de Intendência de
Santa Rita.

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

1.12 – O sobe e desse da emancipação municipal


Assim sendo, pelo Decreto Estadual nº 10, de 19 de março de 1890, sendo instalado
oficialmente em, 29 de março do mesmo ano, tendo como seu primeiro mandatário o
Presidente do Conselho de Intendência Municial Antônio Gomes Cordeiro de Mello.
Posteriormente foi suprimido o referido município, atendendo a interesses menores de
políticos carreristas, pela Lei Estadual n° 79, de 24 de setembro de 1897. De modo que
somente no ano de 1904, mas precisamente no dia 29 de fevereiro, foi criada a Comarca de
Santa Rita, através do Decreto Estadual nº 233, sendo suprimida pelo Decreto Estadual n°
467, de 18 de outubro de 1910. No ano de 1911, segundo a divisão administrativa do Brasil
daquela época, o Município de Santa Rita, já figurava na referida divisão, formado por um
único distrito de nome idêntico. Por efeito da Lei Estadual nº 613, de 3 de dezembro de
1924, foi restaurada a emancipação de Santa Rita, mas, no entanto, o município foi
novamente riscado do mapa da Paraíba, pelo Decreto Estadual nº 83, de de 6 de abril de
1931 e consequentemente extinta a Comarca de igual nome nos termos do Decreto
Estadual n° 193, de 30 de setembro de 1931. No dia 28 de dezembro do ano de 1932, pelo
Decreto Estadual n° 352, foi novamente restaurado o Município de Santa Rita e pelo
Decreto Estadual n° 591, de 30 de outubro de 1934, foi também restaurada a Comarca de
igual nome.
Ainda na Divisão administrativa do Brasil, correspondente ao ano de 1933, em pleno
nascimento da segunda república brasileira, o município de Santa Rita, ainda encontrava-
se do mesmo modo como se encontrava na divisão administrativa do Brasil
correspondente ao ano de 1911. Mas, no entanto, na divisão territorial de 31 de dezembro
do ano de 1936, o nosso município já era divido em dois distritos: o da sede municipal e o
de Nossa Senhora do Livramento.
A política de Santa Rita era a mesma do resto do Estado da Paraíba no final do
século XIX e primerias décadas do século XIX. Tinha duas alas que se enfrentavam pela
disputa do voto. A ala epitacista comandada pelo Padre Ferreira e pelo Coronel Francisco
de Souza Carvalho. Enquanto a ala valfredista ou bacurau era comandada pelo sub-
prefeito Olinto Gil de Freitas, Francisco Vergara e outras lideranças de igual importância.
E a opinião pública na zona rural e na zona urbana, vivia empolgada no mundo do disse
me disse, o eleitorado entusiasmado e os diretórios partidários promovendo seus
encontros públicos e particulares. Tanto é assim que em 1912, quando da renovação de
um terço do Senado Federal, na Paraíba a vitória epitacista, representa o inicio do fim da
oligarquia alvarista, consolidada a partir de 1915, diante do rompimento de Epitácio
Pessoa e Valfredo Leal e a divisão do PRC – Partido Republicano Conservador, haja vista
que a ala epitacista conseguiu eleger todos os seus candidatos naquele ano, segundo
Silveira (1999, p.62). Daí por diante Epitácio Pessoa assume o comando absoluto d a
política paraibana até 1930 de forma absoluta. Assim sendo, em Santa Rita diante da
vitória da ala epitacista para o senado em 1912, “promovem passeatas pelas ruas da
cidade, chegando ao exagero de jogar bombas transvalianas nas casas dos adversários,
não respeitando nem mesmo a casa do intendente Olinto Gil de Fretias, que só não foi
depredada em virtude da pronta intervenção do Coronel Joca Medeiros e do Coronel
Francisco Carvalho, que contiveram a multidão e ofereceram garantias aquela autoridade”
(Lacet apud Santana, 1999, p. 208).
Já nas divisões de 1937 e de 1938, o município já tinha três distrito, o da sede, o
de Nossa Senhora do Livramento e o de Lucena, que mais tarde veio emancipar-se (através
da Lei Estadual nº 2.664, de 22 de dezembro de 1961, cujo municipio foi oficialmente
instalado no dia 29 de dezembro de 1961), sendo o atual Município de Lucena, e que

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

vigorou no quiquênio 1939/43, em virtude do Decreto Lei nº 1.164, de 15 de novembro de


1938, em plena ditadura de Getúlio Dorneles Vargas, só que o distrito de Nossa Senhora
do Livramento, nesta época, segundo aquele diploma legal, passou a denominar-se de
Distrito Tabajara. No mesmo quinquênio antes referido e em virtude dos citados Decretos, a
Comarca Judiciária de Sanía Rita, abrangia o Município de Cruz do Espirito Santo,que
também mudou de nome para "Maguari", embora por pouco tempo, assim como, ainda
hoje, abrange o Município de Lucena, sua filha desviada e pródiga, tendo em vista que não
tinha condições de emancipar-se, pois, foi elevada a categoria de cidade por interesses
meramente por capricho político. Em 1936/37, o termo de Espiríto Santo, atualmente Cruz
do Espírito Santo, em virtude de legendária cruz de madeira vinda na cheia, denominava-se
Pedra de Fogo. Pelo Decreto-Lei Estadual n° 39, de 10 de abril de 1940, foi criada a
Comarca Judiciária de Espírito Santo, tornando-se assim independente da Comarca
Judiciária de Santa Rita. No tocante as demais divisões territoriais e administrativas dos
quinquênios seguintes, não houve alteração alguma, devendo apenas lembrar que o
Distrito de Tabajara passou a denominar-se de Distrito de Gargaú. No ano de 1944, pelo
Decreto-Lei Estadual de nº 454, de 2 de julho daquele ano, o povoado de Barreiras passou a
denominar-se de Bayeux, sendo Ruy Carneiro o Interventor (Governador nomeado pelo
Governo Federal) Federal na Paraíba. Somente por força da Lei nº159, de 5 de novembro
de 1948, o então Distrito de Gargaú voltou a denominar-se de Distrito de Nossa Senhora
do Livramento, nome este que prevalece até os dias atuais, onde residem inúmeros
habitantes do Município de Santa Rita, carentes de escolas, hospitais, postos medicos,
segurança e terras para trabalharem, tendo em vista que os maiores proprietários da
redondeza são todos latifundiários e a maioria daquela população vivem da caça e da pesca
ao caranguejo, apesar das epidemias e riscos contra o direito de viver naquelas bandas,
pois, lá não existe esgoto sanitário, nem tão pouco médicos para cuidar da saúde do povo,
tendo em vista que o Distrito de Livramento e suas redondezas só é lembranda nas
campanhas políticas, depois do pleito eleitoral volta novamente ao esquecimento de tudo e
de todos, pois até as terras da padroeira de igual nome, os donos de Mitra Metropolitana,
vivem criando dificuldades terríveis contra os seus moradores, que na maioria são pessoas
humildes, que para sobreviverem, vivem arriscando suas vidas a cada momento dentro dos
mangues e só vivem porque Deus ainda permite que vivam, pois, naquela área falar em
salário mínimo, 13° salário, Pis, Imposto de Renda, renda percapita, férias remuneradas,
etc, é mesmo que está falando latim para os russos. No dia 10 de dezembro de 1948, pela
Lei Municipal de nº 48, foi criado o Distrito de Bayeux, desmembrado do distrito da Sede de
Santa Rita. Depois, não houve alteração na estrutura territorial administrativo-Judiciário do
Município de Santa Rita, apenas os distritos de Lucena e Bayeux, se emanciparam
politicamente, ficando o de Lucena, subordinado a comarca judiciária de Santa Rita até
pouco tempo.

1.13 – A historicidade da climatologia


Foges em companhia de ti próprio: é de alma que
precisas mudar, não de clima.
Seneca

Preliminarmente é importante enfatizar que a climatologia é ramo dentre os demais


das chamadas ciências naturais. Assim sendo, a climatologia é estudada pela geografia e
bem assim pela metereologia local, regional, nacional e internacional. É salutar saber que a
temática no Brasil é objeto de estudos no ensino fundamento e no ensino médio,

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

desenvolvidos em diversas matérias e ou disciplinas, dentre as quais ciências, geografia e


física. A sua historicidade remonta aos estudos elaborados mediante observaçõs e
pesquisas dos primeiros viajantes europreus aos diversos continentes, dentre os quais o
nosso continente americano em suas descobertas, achamentos e viagens de exploração e
ocupação, sic, inclusive no território brasileiro, através da coroa portuguesa. O clima
sempre causou e continua causando preocupação ao ser humana em qualquer parte do
mundo, principalmente as preocupações relativas a saúde pública através do surgimetno de
problemas relativos a unidade excessiva e até mesmo pela altíssima temperatura em certas
localdiades de nosso país, isso em termos comparativos com os padrões do continente
europeu. Então, podemos definir que clima é em síntese, o nome dado as condições
atmosféricas de determinado lugar, não importa o continente e ou parte do globo terrestre.
A variação entre o tempo e o espaço, tendo como foco justamente a distribuição
geográfica de diversos componentes, dentre os quais os elementos metereológicos,
provocaram os primitivos estudos sobre a temática com a finalidade de explicar os regimes
dos climas regionais. A dinâmica das relações com o espaço enfatizando tais elementos é
objeto da leitura de Sorre (1984), dentre outros estudiosos e pesquisadores envolvidos o
mesmo tema. E até porque francês Max Sorre é sem sombra de dúvidas o "primeiro
geógrafo a propor, com detalhe, a consideração do fenômeno técnico em toda sua
amplitude", segundo Santos (2002, p. 35).

1.14 - O clima no município


Diante do exposto, a questão do clima é universal, sempre foi e vai continuar sendo,
independentemente da vontade humana em qualquer parte da terra e em Santa Rita,
Estado da Paraíba não vai ser diferente. Portanto, o clima de Santa Rita é quente e seco,
não muito saudável, pois, na época do inverno torna-se úmido, tendo em vista, os
mangues que circulam em ambas às margens do Rio Samuraguai, assim chamado pelos
nativos e pelos holandeses em 16 de outubro de 1636, quando ocorreu o assassinato
por Francisco Rabelo e seus comandados do Governo Ippo Eys-sens, no Engenho
Espirito Santo, segundo Donato (1996, p. 283), o que nos leva a deduzir que o referido
rio mudou de nome para Rio São Domingos, pelo branco colonizador e explorador da
várzea da Paraíba, e finalmente passou a denominar-se de Rio Paraíba e ou “rio ruim”,
em tupy guarani. Assim sendo, foi no território paraibano do futuro município de Santa
Rita, nos termos do Decreto Estadual nº 10, de 19 de março de 1890, que o dominio
holandês foi surpreendido, derrotado, vencido e expulso, pela primeira vez em terra
brasileira. Podemos assim dizer que o nativismo de nossa futura pátria aqui teve inicio
diante do fato da expulsão holandesa do território paraibano, diante da vitória
consignada no universo popular através da lenda e da devoção a Nossa Senhora, a do
Socorro e a da Batalha, onde o povo fez erguer duas capelas para contar para as novas
gerações aquele grande feito, ato continuo provado com o assassinato do governador
holandês na terra dos Tabajaras.
No tocante a temperatura, pode-se dizer que é variável entre 18 a 36°C, na maior
parte do ano à sombra. Em suma devemos assim entender que clima em qualquer
lugar do planeta terra é o conjunto de condições e ou diversidades atmosféricas que
caracterizam uma região, levando-se em consideração a influência exercida direta e
indiretamente sobre a vida racional e irracional, de modo que em Santa Rita não é
diferente tal conceito.

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

1.15 – A importância da bacia hidrográfica municipal


Do mesmo modo que o metal enferruja com a
ociosidade e a água parada perde sua pureza, assim a
inércia esgota a energia da mente.
Leonardo da Vinci

O Município de Santa Rita, tem vários rios, sendo cortado de leste/oeste, pelo Rio
Paraíba, que ao longo dos anos vem causando inundações e prejuízos incalculáveis aos
moradores, plantadores de cana de açúcar, da agricultura de subsistência e criadores de
animais da Várzea do Paraíba e mais notadamente nos municípios de Santa Rita, Cruz do
Espírito Santo, Pilar, entre outros, precisamente depois da construção da estrada
transamazônica, que passa por Várzea Nova, pois, o aterro ali colocado transformou-se
em uma verdadeira barragem, tendo em vista a grande quantidade de água corrente, na
época do inverno vinda no leito do “criminoso” Rio Paraíba. Vale apenas ressaltar que
existem ainda, os rios Jacuípe, Mumbaba e Tibirízinho, que são de pequeno porte, mas,
servem para a serventia diária dos moradores de suas aproximidades e para o banho de
animais e pessoas não muito afortunadas. No município não existem açudes considerados
de grande porte, daí porque deixo de fazer alusão, apenas com uma ressalva, no que diz
respeito ao açude de Tibirí, que tanto serve aos habitantes da cidade, e hoje se encontra
na iminência de desaparecer, tendo em vista a falta de atenção dos poderes públicos,
apesar de ficar dentro da própria sede do município, que inclusive poderia ser utilizado
para fazer turismo, além de ter servido a Vila Operária Tibirí e mais ainda, à Fábrica Tibirí,
tendo em vista que era ele que fornecia água a aludida indústria desde sua fundação em
1894, através de encanação própria do líquido precioso.
Ressaltamos, portanto, que o municipio de Santa Rita encontra-se inserido nos
domínios das bacias hidrográficas dos rios Paraíba, na região da várzea, Miriri e Gramame.
É evidente que todos os cursos d’água têm regime de escoamento perene e o padrão de
drenagem é o dendrítico em todas as estações do ano. De modo que os principais corpos
de acumulação d'água são os açudes e lagoas. E além do mais o nosso município tem saída
para o Oceano Atlântico, através do estuário do Rio Paraíba, de modo que nessa região
situam-se diversas ilhas, dentre elas se destacam duas pertencentes ao município: Ilha
Stuart e Ilha Tiriri. No tocante aos corpos d´água do município, temos os seguintes rios:
Cabocó, Camaço, Engenho Novo, Estiva, Gargaú, Gramame, Jaburu, Mamuaba,
Mangereba, Miriri, Paraíba, Paroeira, Pau-Brasil, Preto, Soé, Tapira, Tibiri, Tibirizinho e Una.
Vale apenas também destacas os principais riachos municipais: Água Branca, Bambu,
Bibira, do Boi, do Cesto, Dois Rios, da Estiva, Jaracauna, Jacuípe, Japungu, Laminha,
Mangabeira, Miriri, Obim, Palmeira, Pau-Brasil, das Pedras e Pilão. Destacamos ainda os
principais açudes: gargaú, miriri, Santo Amaro, dos Reis e Tibiri. E bem assim as principais
lagoas são: barriga cheia, do paturi, seca de baixo, seca de cima, tibiri e zumbi. No
estuário do rio Paraíba, existe várias ilhas, que além de servir de limite entre Santa Rita e
João Pessoa, às de maior importância e beleza turística são: Restinga, Struart, Tiriri e
Felix de Belli, todas estão localizadas no complexo sistema de canais do estuário do Rio
Paraíba que desagua na maré do Oceano Atlântico, segundo nos informa Oliveira (1959),
inclusive mencionamos de que as ilhas: Restinga, Struat e Tiriri, são as três maiores ilhas
do estuário do rio Paraíba.

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

1.16 - A Ilha Tiriri e a fábrica de cimento de 1892


É importante enfocar de que a Ilha Tiriri (palavra de origem tupi-guarani que
significa ser uma planta rasteira que corta como mavalha) é localizada defronte a Capital
da Paraíba, sob suas águas turvas aconteceram os naufrágios não encontrados e sem
descrições do barco francês Chargeau D´Flote, em 1712 e bem assim a barca brasileira
Antonietti, em 1873, em ambos os casos teve como motivo encalhamento em banco de
areia. E por fim, sem motivo conhecido, naufragou em 1893, em águas da Ilha da
Restinga, a barco de nacionalidade norueguesa Albert, conforme os “Naufrágios da
Paraíba” relacionados em o Brasil Mergulho.
Nada cai do céu por acaso, se sabe que em 1890, no mesmo ano em que Antônio
Gomes Cordeiro de Mello e seus companheiros conseguiram a emancipação polícita de
Santa Rita da então Capital da Paraíba do Norte, em 19 de março de 1890, esteve
visitando as terras de Santa Rita, principalmente o nosso litoral paraibano, o português
Antônio Varandas de Carvalho e o inglês Jordan Stuart, quando ambos resolveram parar
suas andanças para descançar um pouco, foi justamente aí quando observaram que a
lama que se acumulava nos varapaus de apoio para vadear o nosso maguezal, secava
relativamente rápido, tornando-se consistente e de boa qualidade a referida argamassa.
Dizem que foi a partir dessa observação que a Ilha Tiriri foi posteriormente escolhida
como o local para construção e funcionamento da primeira indústria cimenteira da
América do Sul em solo paraibano em 1892, conforme nos informa Adm. Conselho Nac.
Geografia (1943) e bem assim os Cofrades do IHGP (1946). Assim sendo, foi construída e
funcionou durante três meses em 1892, o que envolve pionerísmo e fugacidade, sic,
conforme cita a Revista do Serviço Público, v. 13 (1941): “[...] no Estado da Paraíba foi,
em 1892, inaugurada na Ilha de Tiriri uma fábrica de cimento que suspendeu, porém,
dentro de três meses o seu funcionamento”. Isso mesmo, localizada em Santa Rita, na
Ilha Tiriri e/ou Tiririca, no século XIX. Vale salientar de que a falência da referida Fábrica
de Cimento Tiriri, provocou a “Questão da Ilha de Tiriri”, embate juridico envolvendo o
Governo do Estado da Paraíba e a Companhia de Cimento Portland, sediada no Rio de
Janeiro, proprietária da referida fábrica na última década do século XIX, onde os donos
da fábrica pediam indenização pelo acervo entregue ao Estado da Paraíba, tendo em vista
o investimento arrojado para a época e a grande quantidade de toneladas de cimento ali
fabricado. Existem duas versões a respeito do fechamento da Usina de Cimento da Ilha
Tiriri: 1ª) A quebra do volante de uma máquina a vapor, segundo seus proprietários; 2ª)
As dificuldades dos empreendedores da fábrica de cimento em lutar contra os preços dos
produtos importados, segundo Simonsen (1967). Sejam quais forem os motivos da
falência da Fábrica de Cimento Tiriri, é importante conhecermos os argumentos da
historicidade do cimento Portland, segundo artigo de Battagin (2009) ao afirmar:
“[...]Assim, chegou a funcionar durante apenas três meses, em 1892, uma pequena
instalação produtora na ilha de Tiriri, na Paraíba, cuja construção data de 1890, por
iniciativa do engenheiro Louis Felipe Alves da Nóbrega, que estudara na França e chegara
ao Brasil com novas ideias, tendo inclusive o projeto da fábrica pronto e publicado em livro
de sua autoria. Atribui-se o fracasso do empreendimento não à qualidade do produto, mas
à distância dos centros consumidores e à pequena escala de produção, que não conseguia
competitividade com os cimentos importados da época [...]”. Aí fica configurada a tese e
ou a idéia de interior, lugar de difícil acesso, rural e/ou rústico de tudo que fica longe dos
grandes centros, herança histórica e literária da cultura do interior que Portugal durante
mais de trezentos anos assim induziu nossa gente a ser e a acreditar. É mesmo o lugar
onde o vento faz a volta, o que costumamos chamar de interior. Ainda na atualidade os

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

grandes empreendimentos são direcionados aos grandes estados membros da federação


brasileira em detrimento dos considerados pequenos e ou atrasados. É a cultura do interior
e do atraso que não gera industrialização e muito menos desenvolvimento. O Brasil ainda
continua em via de desenvolvimento sustentável diante das demais nações, tidas como
grandes e de primeiro mundo.
Em sintese, as ruínas da fábrica de cimento estão ainda presentes na Ilha Tiriri,
pertencem a particulares e podem ser visitadas mediante agendamento prévio, tendo
como acesso, via barco a partir da Praia de Jacaré, em Cabedelo, e/ou através da BR
101, passando por Pirpiri/Bebelândia/Gargaú e o Distrito de Nossa Senhora do
Livramento, em Santa Rita, litoral paraibano. Santa Rita é privilegiada pela natureza,
possível tem o maior lençol freático da Paraíba em seu solo, temos água mineral jorando
com abundância em pleno século XXI a céu aberto, água doce de primeira qualidade, o
que motivou a implantação de várias indústrias de exploração do ramo em seu território.

1.17 – Santa Rita, área territorial


[...] E a Terra, sim a terra essa, que sempre foi
sendo dividida em muitos territórios, embora de
uma terra que é indivisa, e que daqui não se sai
para lado nenhum, e que até nos come, e que
ainda assim, lá se vai querendo que seja partida
em mil pedaços, tidas de nações, países, estados,
condados, reinados, impérios, colónias, províncias,
quintas, herdades herdadas, e que por fim é
tornada a divisa de uma divisão entre uns e
outros. Pois, há um divisível que se quer indiviso
por leis e ademais conceitos, e assim é, porque
assim se pensa como tal. E invadidos e invasores,
em vidas por dinheiro e trabalho, eis a guerra que
se nos tem sido definida como viver [...].
Alice Valente
1.17.1 - Municipio da mesoregião da mata paraibana
A área territorial do município de Santa Rita é de 726,565Km 2 , segundo o
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/2013, e que o mesmo é um
dos primeiros municípios da Paraíba, inserido na unidade geoambiental dos
tabuleiros costeiros, tendo em vista a importância de suas terras fertéis, e além do
mais está localizado na Mesoregião da Mata Paraibana e na Microrregião de João
Pessoa, representando assim 1.2873% da superficie do Estado da Paraíba, fazendo
assim parte do litoral da região nordeste e apresenta altitude média entre 50
(cinquenta) e 100 (cem) metros, compreendendo platôs de origem sedimentares,
onde apresentam grau de entalhamento variável, ora com vales e estreitos e
encostas abruptas, ora abertos com enconstas suares e fundos com amplas várzeas,
locais apropriados principalmente para o plantio de cana de açucar e outras culturas
de sobrevivência humana e animal.
Assim sendo sendo, o Municipio de Santa Rita/PB limita-se com os municípios de
Cabedelo (23 km), Lucena (27 km), Rio Tinto (36 km), Capim (28 km), Sapé (27 km), Cruz
do Espírito Santo (12 km), Conde (18 km), Pedras de Fogo (34 km), Alhandra (45 km),
Bayeux (7 km) e João Pessoa (12,7 km), segundo a divisão territorial oficial do IBGE.

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

1.17.2 – Distritos, bairros, núcleos e limites municipais


A cidade de Santa Rita tem em os seguintes núcleos e/ou bairros: Açude,
Aguiarlândia, Alto dos Eucaliptos, Popular, Boa Vista, Centro, Heitel Santiago, Jardim
Europa I, Jardin Europa II, Jardim Europa III, Flaviano Ribeiro, Jardim Carolina, Liberdade,
Loteamento Nice, Marcos Moura, Jardim Miritânia, Multirão, Nova Esperança, Vidal de
Negreiros, Paulo VI, Santa Cruz, Tibiri Fábrica, Tibiri I, Tibiri II,Tibiri III, Várzea Nova
(bairro-distrito), Santa Cruz (Antiga Viração), Paraíso Tropical, Augustolândia (área do
distrito de Várzea Nova).
Além da sede municipal tem os distritos de Várzea Nova e de Nossa Senhora do
Livramento, bem como os subdistritos e outras localidades municipais, dentre as quais,
destacamos: Odilândia, Bebelândia, Cadene, Cangulo, Cauira, Chã do Congo, Cicerolândia,
Cotovelo, Estiva, Estiva do Geraldo, Forte Velho, Gargaú, Jacaraúna, Lerolândia, Mel de
Furo, Monte Alegre, Mumbaba Alecrim, Mumbaba dos Canários, Mumbaba de Belez,
Mumbaba Bandeirante, Mumbaba Caiçara, Mumbaba (de Baixo e de Cima), Mumbaba de
Peninchos, Mumbaba dos Américos, Oiteiro, Prego, Reis, Ribeira (de Baixo, do Meio e de
Cima), Santa Ana, Santo André, Socorro, Taboleiro de Santana, Taboleiro do Leandro,
Tambauzinho, Tibirizinho, Usina Santana, Usina São João, Capelinha, Aterro, Vigário, Santo
Amaro, Usina Miriri, Usina Japungu, Povoado de São Bento, Sítio Reis, Usina Santa Rita,
Engenho do Meio, Volta do Coimbra (Quimba), Patrocínio, Jaburu, Fazenda Caldeirão,
Babilônia, Jacaraúna e Tapira.

1.17.3 - A evolução da população urbana e rural


Apenas como curiosidade, o IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística,
conforme o Censo de 1970, informa que o município de Santa Rita, já tinha aquela
época, 53.357 habitantes, sendo 30.695 habitantes da zona urbana e 22.662
habitantes da zona rural, envolvendo os habitantes de ambas as zonas. E que a
população é quase totalmente desprovida de emprego de carteira assinada. Assim
sendo, o referido órgão oficial que apura a evolução dos dados oficiais estatísticos e
geográficos, dentre os quais o populacional, segundo o Censo de 2010, Santa Rita
tem 120.310 habitantes, sendo: 58.119 homens e 62.191 mulheres, bem como
estimula a mesma população para 2015 em 134.940 habitantes. Ressaltamos que da
população residente: 120.310 habitantes, ex-vi o Censo/2010, temos 103.717 pessoas
residindo na zona urbana e apenas 16.593 pessoas residindo na zona rural, o que
justifica o aumento dos problemas sociais em nossa cidade. Atualmente o municipio
de Santa Rita tem mais de noventa mil eleitores e não consegue eleger um deputado
federal e muito menos um deputado estadual só com a votação do eleitorado local.

1.18 - As riquezas naturais do municipio


É a grande multiplicação nas produções de todos
os diferentes ofícios, em consequência da divisão
do trabalho, que propicia, numa sociedade bem
governada, que a riqueza universal se estenda até
as classes mais baixas do povo. Todo trabalhador
tem uma grande quantidade de itens de seu
próprio trabalho para pôr à disposição, muito além
dos que ele terá ensejo de dispor ele mesmo; e
como cada um dos outros trabalhadores estar
exatamente nessa mesma situação, ele tem a

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

possibilidade de trocar uma grande quantidade de


seus próprios itens por uma grande quantidade de
outros, ou, o que vem a ser a mesma coisa, pelo
preço equivalente a uma grande quantidade de
outros. Ele supre os outros abundantemente com
aquilo de que eles possam ocasionalmente
precisar, e eles lhe fornecem com a mesma
abundância aquilo de que ele eventualmente
necessite, e uma grande fartura se dissemine por
todas as diferentes classes da sociedade.
Adam Smith

1.18.1 - Os vegetais e os minerais


O reino vegetal é uma das principais riquezas do município de Santa Rita, pois,
existem grandes reservas florestais, tendo em grande quantidade peroba, aroeira,
pau-ferro, sucupira, pau-d'arco, entre outros, apesar dos desmatamentos para
plantão de produtos agricolas. Merece igual destaque o reino mineral, mas,
precisamente à fonte de água mineral e grandes argileiras, existentes nos locais
denominados de “planalto”, “taboleiro” e “mumbaba”, e até pouco tempo, o reino
animal também era muito bem representado pelo município na esfera nacional, pois,
em virtude de Lucena ter sido elevada a categoria de município no inicio da década de
60 do século XX, Santa Rita, perdeu assim, a referida fonte de renda patrocinada
através da pesca da baleia na localidade Costinha, até então considerado o principal
pólo da indústria baleeira do Brasil, sede da empresa nipo-brasileira, denominada
de Copesbra – Companhia de Pesca do Brasil, diante da permissividade oficial, a
qual foi responsável pela matança de mais de vinte mil baleias entre os anos de
1958 e 1987, ano em que foi proibida a caça desse cetáceo no Brasil, conforme Lei
nº 7.643, de 18 de dezembro de 1987.

1.18.2 – As riquezas naturais e a indústria do turismo


Entendemos que riqueza é o ato de acumular dinheiro, coisas e ou bens que tem
direta e indireta um certo e ou determinado valor.
Chamamos de riqueza natural, tudo que tem origem do termo latino naturalis,
portanto, algo relacionado com natureza. Assim sendo, cada região natural do planeta terra
tem suas riquezas especificas. As riquezas naturais em qualquer parte do mundo e em
Santa Rita não é diferente, são indispensáveis direta e indiretamente para o
desenvolvimento econômico e social, sem agressão a natureza em sua essência.
O município de Santa Rita tem vegetação, fauna, relevo, clima e pontos de água
jorrando a céu aberto e no subsolo, assim tudo isso fazem parte integrantes indissociáveis
daquilo que chamamos de riquezas naturais de nossa terra. A exploração de tais riquezas
gera recursos importantes e necessários para a econômica local, estadual e nacional. O
solo santaritense é rico e com grandes potencialidades de desenvolvimento, inclusive na
indústria sem chaminé como é chamada a indústria do turismo, pois, temos capelas, casas
grandes, engenhos e outras edificações, a exemplo do forte Atalaia em Forte Velho,
edificado no século XVI para servir de local de defesa da Capitania da Paraíba a partir do
estuário do rio Paraíba e seus afluentes que despejam no Oceano Atlântico. Enfocamos
ainda que nosso turismo ainda é subdesenvolvido, apesar de ser uma região costeira, com
praias, mangues e clima agradável praticamente o ano inteiro. Assim sendo, uma vez

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

explorado adequadamente, via planejamento fundamentado no que temos de melhor


envolvendo, história e culinária, dentre outros aspectos importantes, poderemos em pouco
tempo termos uma atividade turística capaz de competir com outras regiões do Brasil e
mundo. E tudo isso já não acontece por falta de investimento oficial e de particulares na
região, onde faltam hotéis, restaurantes e até pouco tempo infra-estrutura em termo de
estrada, como por exemplo, a estrada que liga Santa Rita a Forte Velho, construída a
pouco tempo pelo governo da Paraíba.

1.19 – Dicionário botânico e a “fabricação” de remédios


caseiros
O reino vegetal, enquanto riqueza natural da humanidade, voltado para o bem-estar
do povo em todas as civilizações que delas tomamos conhecimentos, encontra-se em parte
representado no municipio de Santa Rita, constituindo assim um considerável acervo de “A”
a “Z”, verdadeira “farmácia popular”, usada pelo povo simples que “fabrica” e usa remédios
caseiros durante toda sua vida de geração em geração, desde os tempos do Brasil Colônia,
passando pelo Brasil Império e tendo continuidade no Brasil República, conforme
relacionamos as seguintes espécies:
AGRIÃO — Planta hortense crucífera (BOT. NASTURDI-TIUM OFFICINALE, R. Br), VETER.
Tumor duro no jarrete cavalgaduras dos animais quadrúpedes.
Herbácea com ramos de 50 à 60 cm, flores regulares e brancas.
USO: Serve para anemia, depurador do sangue, avitaminose, diurético, diabete,
expectorante, asma, antidoto para intoxicação por nicotina. O suco do agrião com mel
serve até para tuberculse.
ALECRIM — Bot. Planta odorífera, labiada (ROSMARI-NUS OFFICINALIS, L) Zool. Nome
de um peixe em Portugal.
USO: O chá, é usado para feridas grangenosas, e banhos para feridas, cicatrizante.
ALFAVACA — Bot. Planta laboada aromática, ornamental. Planta herbáces cheirosa e
aromática.
USO: Serve para debilidade, digestão, intestino, .rins, febres, gases, tosse e é
estimulante. Usa-se também para gargarejar para angeria, aftase garganta e etc.
ALFAZEMA — Bot. Planta labiada, aromática (Lavandula Spica, L). Erva aclimatada, no
Brasil.
USO: Usada em chá para asma, anúria, baço, caimbras, dores de cabeça, gota,
ictéricia, inapetência, reumatismo e gases. Aplicam-se também como cataplasma para
acalmar dores reumáticas.
ALGODOEIRO — Bot. Planta malvácea que produz o algodão (Hibiscus Tiliacsus, St. Hil).
Planta muito útil para os lares humildes porque além de fornecer o algodão para a te-
celagem, aproveita-se toda a planta na medicina caseira nordestina.
USO: Usa-se as folhas em infusão para afroxar catarro, disinteria, enterite. O sumo
é ótimo para empigem e cicatrizante. As folhas machucadas aliviam queimaduras como
ótimo analgésico.
As flores e sementes são ótimas para menstruação difícil e alivia dores. A casca e
raiz cozida dão ótimo chá pára afecção das vias urinárias, é diurético, serve também para
hemorragias e contrações uterinas.
AMOR PERFEITO — Planta malvácea (Hibiscus mutabilis) Apresenta-se em flores de
várias cores com 5 pétalas.

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

USO: É um vegetal ótimo como depurativo nas afecções cutâneas, herpes,


empetigem, eczema. Utiliza-se flores e folhas em chá e compressas.
ANGÉLICA — Planta da família das Umbelíferas, medicinal e aromática. Linda flor
decorativa.
USO: Usa-se pomo medicamento para broncos, caimbras, cefalea. convulções,
cólicas, estômago, digestão, doenças do peito e da garganta, dos pulmões, fígado,
rouquidão, tétano, tifo, vômitos, diurético.
ANIL — Bot. Anileira. Substância corante azul extraída das folhas da anileira e de
outras plantas leguminosas.
USO: Com esta planta fabrica-se um corante conhecido como anil. Em chá usa-se
contra epilepsia e as folhas machucadas usa-se centra sarna.
ARDEIRA — Bot. Árvore anacardiácea, que fornece boa madeira para construção, de
propriedades medicinais (SCHINUS MOLLE, L).
USO: Usada para febres reumáticas e sífilis, dores musculares, distensão de tendões,
artrites, digestivo e cicatrizante, além de ser largamente usado para tumores linfáticos,
úlceras, hemoptise, erisipela etc. Não confundir com aroeira-brava, arrebenta, cavalos ou
melancia da praia.
ARTEMÍSIA — Bot. Planta composta (Artemísia Vulgaris L.) Planta ornamental.
USO: É utilizada para anemia.
ARRUDA — Bot.Nome comum de diversas plantas rutáceas. aromáticas e de
propriedades medicinais (A RUTA GRAVEOLENS, L.).
USO: Abortivo durante a gravidez. Calmante dos nervos, vermífugo empregado com
azeite cicatrizante. O Chá muito forte
mata pioiho e sarna. Em sendo usado como clister serve para matar lombriga e
outros vermes.
AVENCA — Bot. Planta herbácea medicinal, também por capulária, nome comum a
diversas plantas criptogârnicas. Planta ornomental.
USO: Usa-se o chá para catarro pulmonar, tosse e rouquidão. Para parturiente usa-se
tomar l(uma) colher de infusão de 2 (duas) em 2 (duas) horas para aumentar as forças.
BABOSA — Bot. Planta medicinal, usada popularmente como tônico capilar.
USO: As folhas, e, principalmente seu suco emolientes e resolutivas, quando aplicadas
topicamente sobre inflamações, queimaduras, eczemas, erisipelas, queda de cabelos, etc.
BEGÔNIA — Bot. Gênero das plantas ornamentais.
USO: Usa-se o chá da planta para afecções das vias urinárias (cistite, uretrite etc).
BUCHA — Bot. Planta trepadeira de fruto medicinal.
USO: Emprega-se contra afecções hepáticas amenorréia, clorose.
CALÊDULA — Bot. Planta medicinal. Veio o nome do fato de florir sempre no
começo do mês.
USO: Empregado externamente para cicatrizar feridas e úlceras. Socam-se as folhas
e flores até obter uma pasta, que se aplica diretamente, ou entre dois panos, sobre a
ferida.
CANA-BRANCA — É uma planta gramínea; caule de várias gramineas e que recebe a
terminologia branca como adjetivo qualificativo, não tenho ainda uma significação cientí-
fica própria.
USO: As folhas frescas se empregam em forma de cataplasma para resolver tumores.
Usa-se o infuso das hastes nas afecções dos rins e da bexiga. O suco das hastes velhas
e das folhas é um poderoso diurético, usado nas gonorréias. È também estomáquico,
aperitivo e diurético.

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

CANA-DO-BREJO OU CANA-ROXA — É uma planta gramínea; caule de várias gramíneas,


osso mais ou menos alongado de certas partes do corpo humano; alavanca de pau com
que se governa o leme (gir) prisão. E a terminologia brejo ou roxa é um termo próprio do
lugar onde a mesma está situada, são também, adjetivos qualificativos.
USO: O rizoma é diurético, diaforético, tônico e emenagogo. O suco das hastes frescas,
diluído em água é usado contra a gonorréia. O cozimento das hastes é empregado em
lavagens, para combater a leucorréia, como chá serve para combater as dores
nefriticas. A haste e o rizoma, secos, reduzidos a pó, são empregados em cataplasma
adstrigentes, para curar hérnias, etc. Os nossos caboclos usam as folhas, untadas com
sebo, tópicamente, como emoliente, nas contusões e inchaços.
CARDO-SANTO — É o nome dado a várias plantas da família das compostas e a várias
plantas da família das Cactáceas, e em virtude de ser utilizado para fins de remédio
caseiro, o povo aumenta-lhe o adjetivo qualificativo de santo, tendo em vista ser um
santo remédio.
USO: É bom remédio para: Afecções do útero, amenorréia, asma, benorragia, catarros,
coqueluche, mau funcionamento do estômago, febres intermitentes, gota, gripe,
hipocandria, icterícia, resfriados, reumatismo. Usa-se também o cardo para abscessos,
chagas, contusões, feridas, furúnculos, etc.
CANTINGA-DE-MULATA — É o nome dado a planta rasteira parecida com maliça
empiricamente falando, pois, o termo cantiga significa poesia destinada ao canto; de amor;
poesia trovadoresca onde o poeta exalta ou se queixa da manorada, no caso das famosas
serenatas que os rapazes fazem para suas namoradas e amantes ao longo da madrugada
aos seus pés, próximo de suas residências, deibaixo ou na frente de suas janelas e ou
portas: são poesias de louvação ou escarneo.
USO: Planta indicada para combater a asma, dores artríticas, gota histerismo,
reumatismo. Toma-se o chá, preparado por infusão; e emprega-se também o cozimento
em banhos.
CIPÓ-CHUMBO — Bot. Planta sarmentosa ou trepadeira.
USO: É adstringente, estomáquico e diurético. Usa-se para combater as diarréia
sanguinolentes, as hemoptises, a icterícia. Nas afecções da garganta e nas anginas,
fazem-se gargarejos com o cozimento desta planta. O suco fresco serve para amigdalite e
rouquidão. Sêca e reduzida a pó, aplica-se sobre as feridas e úlceras para cicatrizar.
CIPÓ-IMBÊ — É a designação genérica das plantas sarmentosas ou trepadeiras que
pendem das árvore se nelas se trançam, e a terminologia imbé é um mero adjetivo
qualificativo, também não existe denominação cientificamente conhecida.
USO: O cozimento das folhas frescas e casca do caule é recomendado, em banhos, nos
seguintes casos: erisipela, inflamações reumáticas, orquites. As folhas frescas, amassadas,
aplicam-se sobre úlceras.
CÔCO-DE-DENDÉ — Bot. fruto do dendezeiro (palmeira africana), de onde se extrai um
óleo usado como tempeiro.
USO: O coco se emprega para combater anginas, cefalalgias, cólicas abdominais,
edemácia nas pernas.
COMINHO — Bot. Planta da família das Umbelíferas cujas sementes são usadas como
condimento ou tempeiro caseiro.
USO. O cominho tem praticamente o mesmo emprego que o anil. É estomáquico,
carminativo, emanagogo, diurético. Usa-se também nas dispepsias e flatulências. Em
cataplasmas, emprega-se para resolver os ingurgitamentos dos bicos dos seios e dos
testículos.

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CORTICEIRA OU MULUNGU — Bot. Planta da família das Leguminosas Papilionáceas.


USO: O cozimento da casca serve para acalmar o sistema nervoso, também, em forma
de compressas, se emprega topicamente em casos de golpes, contusões, etc.
CRUÁ — É um vegetal usado na medicina caseira e ainda não tem denominação
científica, apenas se sabe que o termo cruá é um adjetivo qualificativo do vegetal, que
literariamente quer dizer que não está cozido, cruel, meu, que ainda tem sangue.
USO: As sementes são emenagogas enérgicas e antifebris. Come-se um punhadinho
(5 a 10 gramas de cada vez, três ou quatro vezes ao dia). A casca do fruto é bom
remédio para as moléstias dos intestinos. Os talos e as folhas são indicados para
afecções uterinas, clorose, leucorréia metrite.
ERVA-ANDORINHA — é uma planta relva, couvada, mate, de caule tenro, espontâneo
ou cultivada, ou prado natural de plantas tenras próprias para forragem,pastagem.
USO: As folhas machucadas aplicam-se, em forma de cataplasma, em úlceras
crônicas, ferridas velhas, etc.
ERVA-CIDREIRA — Bot. Arbusto da família das Rutáceas medicinal, calmante.
USO: As folhas frescas, aplicadas sobre as pálpebras, acalmam as dores em casos de
inflamações nos olhos. Lavagens intestinais mornas, com o chá desta planta, dão bons
resultados contra o tenesmo (dores na bexiga e região anal, vontade contínua de urinar e
ou evacuar) e diarréias com sangue. Bochechos com um pouco de chá quente de cidreira,
acalmam as dores de dente. Os cataplasmas desta planta aplicadas quente sobre o
ventre, acalmam toda classe de dores do estômago, intestino, fígado e matriz.
ERVA-DOCE — Bot. Planta herbácea da família das Umbelíferas, hortense, culinária e
medicinal. É uma das plantas mais usadas na medicina caseira.
USO: Utiliza-se para diarréia, gases, calmantes, aumento do leite materno. É utilizado
também como tempeiro na maioria dos pratos e doces típicos.
ERVA-MOURA — Bot. Planta de família das Solanáceas
USO.
Aplicam-se as folhas frescas, machucadas, sobre feridas e úlceras. O decocto das
folhas é bom para lavar as partes inflamadas, intumescidas, irritadas, dolorosas. Em
cataplamas, aplicam-se sobre dartros (impigem ou erupção cutânea) vivos e dolorosos,
úlceras dolorosas, tumores inflamatórios, furúnculos, flegmões, panarícios, queimaduras.
EUCALIPTO — Bot. Árvore da família das Mirtáceas de que se conhecem cerca de
quatrocentas espécies.
USO: É recomendado nos seguintes casos: Chás — (As folhas verdes em dose normal,)
asma, asma cardíaca, afecções catarais, adenites, bronquites, coqueluche, coriza, cistite,
catarro de bexiga, desinteria, diabetes, febres, gripe, leucorréia, maleita, nefrite, rinite,
tuberculose. Nas afecções das vias respiratórias, inclusive na sinusite, é bom também
espirar o vapor do cozimento das folhas do eucalipto. Um bom chá para pneumonia
prepara-se com folhas de eucalipto, pé-de-galinha e afavação. Cataplasma e compressas
emprega-se exteriormente para aliviar a dor casos ciáticos, gota, reumatismo, neufragia etc.
— Loções — O eucalipto é uma antisséptico. Aplica-se exteriormpnte o chá para lavar
feridas, úlceras, etc.
FEDEGOSO — Bot. Nome comum a diversas plantas da família das leguminosas, divisão
Cesalpináceas, pertencentes ao gênero Cassia (é um gênero de plantas fabáceas da
subfamília Caesalfinioideae, tem aproximadamente 1700 espécies, mais ou menos), que
inclui cerca de 1 700 espécies, entre elas:, algumas medicinais.
USO: As folhas são purgativas e emenagogas (10 granias em uma xícara de
água, por infusão), a casca da raiz, 4 gramas em l xícara de água fervendo é

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fortemente diurético.Usa-se, 10 gramas em l litro de água: um gole de duas em duas


horas, para combater a hidropisia e as moléstias do fígado. O decocto eias raízes (10
gramas em l litro de água; uma xícara) age como antilmintico energético. O decocto de
casca (20 gramas em l litro de água; duas xícaras) constitui um bom febrífugo.As
mulheres grávidas não devem usar esta planta, pois pode provocar aborto. Ás folhas
também pode aplicar-se topicamente, em forma de cataplasma, para combater as
impingens e inflamações.
FUNCHO — Bot. Planta medicinal da família das Umbelífera.
USO: Suas sementes são aperientes, carminativas, estomáquicas, emenagogas.
Empregam-se nas dispepsias, flatulências, cólicas, diarréias, vômitos, etc. —
Aumentam a secreção do leite, das mães que amamentam. Em cataplasmas, aplicam-se
sobre os tumores, os ingurgimentos atômicos. Operam como resolutivos. As raízes são
diuréticos. O funcho é usado na alimentação, cru, em salada ou cozido. É muito
saudável.
GAMELEIRA — Bot. Árvore da família das Moráceas de que há diversas espécies.
USO: Emprega-se internamente para expulsar lombrigas e combater a hidropisia.
Externamente se aplica o leite sobre os cravos das boubas, para curá-las.
GIRASSOL — Bot. (Helianthus annuus) é uma planta anual da família das Asteraceae.
Flor amarela que se volta para o sol.
USO: Amassam-se as sementes e empregam-se topicamente em contusões esfoladuras,
golpes, feridas, úlceras, etc. As folhas também se aplicam do mesmo modo para os
mesmos fins. O café que se prepara das sementes de girassol tostadas é bom contra as
enxaquecas e as dores nervosas da cabeça.
GUACO — Bot. Planta medicinal da família das compostas.
USO: Emprega-se, em infusão, nos casos de albuminúria, febres, gôtas, reumatismo,
sífilis. Os sertanejos empregam esla planta contra picadas de cobras e de insetos
venenosos, usando uma folha para uma xícara de água. Da seiva desta planta prepara-se
um xarope emoliente de bom efeito contra bronquites e as tosses rebeldes.
HORTELÃ — Bot. Planta da família das Labiadas.
USO: Na hortelã estão reunidas, em elevado grau, as propriedades antiespasmódicas,
carminativas, estomáquicas, estimulantes, tônicas, etc. Emprega-se também na atonia das
vias digestivas, flatulências, timpanite (especialmente a causa nervosa). Cálculos, biliares,
icterícia, palpitações, tremedeiras vômito (por nervosidade), cólicas uterinas, dismenorréia.
É um medicamento eficaz contra o catarro das mucosas, já porque favorece a
expectoração, já porque combate a formação de novas matérias, a expulsar. Aplica-se o
sumo embebido em algodão para acalmar as dores de dente. As mães que amamentam
devem tomar este chá, para aumentar a secreção do leite.
IMBIRI ou IMBIRIBA — Bot. Eschweira ovata. É uma árvore também chamada de
imbiri ou buri que dar resina medicinal a o termo imbiri é Tupi, não tendo ainda
designação cientifica catalogada.
USO: O rizoma é diurético. As folhas frescas aplicam-se, socadas, sobre as feridas,
úlceras, queimaduras e lugares vesicados. O suco da planta emprega-se, exteriormente,
nas otites.
IMHAME-BRANCO — Bot. Planta medicinal e alimentícia cujo tubérculo apresenta rica
reserva nutritiva.
USO: As batatas costumam ser empregadas como anti-diabéticas e cárdio tônicas,
sendo também recomendadas para as afecções da pele e reumatismo.
INHAME-ROXO — Bot. Espécie de inhame que pertence a família das Dioscoréaceas.

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USO: Emprega-se para combater os dartos.


IPECACUANHA — Bot. Planta medicinal da família das Rubiáceas.
USO: A raiz é emética em alta dose, e expectorante em pequena dose. Emprega-se o
chá do cozimento das raízes, contra bronquite, coqueluche, disenteria, garrotilho; Tóxica
em grande quantidade.
JAPERCANGA — Bot. Planta medicinal da família das Liliáceas.
USO: É depurativo eficáz, muito usado na sífilis, gotas, reumatismo, moléstias da pele.
Tem, além disso indicação como febrífugo.
JATOBÁ — Bot. Árvore da família das Leguminosas, também chamada jataí.
USO: A casca preparada por decocção, e a resina que se obtém fazendo um corte no
tronco, são adstringentes, peitorais, vermífugos, estomáquicos. Bexiga — Para a cistite,
aguda ou crônica, o chá que se obtém pelo cozimento das cascas, tomado em doses
normais, é um bom remédio. Para a próstata também, é um grande medicamento.
Blenorragia — Emprega-se também no tratamento desta enfermidade. Bronquite — Para
este fim a seiva, misturada com mel (uma colher de duas em duas horas), presta bons
serviços. Dores váriadas — Aplicasse a resina em forma de unguento (para fomentação)
ou emplastros sobre as partes doloridas. Tosse — A resina em mistura com mel, ou a
casca, em decocção, combate este mal eficazmente.
JEQUITIBÁ — Bot. Árvore frondosa da família das Lecitidáceas.
USO: Pica-se a casca com a qual se prepara um chá. Côa-se e aplica-se, quente, à noite,
para lavagens vaginais em casos de flores-blancas, metrites e outras doenças do útero e
dos ovários. Nas afecções da boca, inflamação da garganta, amigdalites, anginas, laringites,
fazem-se gargarejos com o mesmo chá, quente. A casca do jequitibá é um poderoso
adstringente e tem grande poder de desinfetante, sendo por isso recomendado para as
inflamações da mucosa.
JUAZEIRO — Bot. Árvore da família das Ramnáceas.
USO. Utilizado nas febres intermitentes.
JUCÁ — Bot. Árvore da família das Leguminosas, também chamada de pau-ferro.
USO: É uma planta muito usada na medicina, em virtude de prestar ótimos serviços
no tratamento de diabetes. Presta também notáveis serviços em casos de enterocolites e
nas diarreias combatendo as putrefações intestinais. É igualmente recomendado para as
afecções bronco-puímonares.
JURUBEBA — Bot- Planta medicinal.
USO: É bom alterante, diurético, desobstruente tônico. Emprega-se, com bons
resultados, para combater as icterícias e as inflamações, do baço. O suco do fruto é também
um poderoso remédio contra o catarro da bexiga e a clorose. O suco do fruto
externamente empregado e as folhas machucadas são de igual valor nas dispepsias atônica
se na diabete. Raiz. No engurgitamento (enfartamento ou obstrução) do fígado age
poderosamente como desbstruente. Folhas, frutos, e, especialmente, a raiz, tem aplicação
com bons efeitos, nos abscessos internos, nos tumores (especialmente do útero e
abdômen), etc.
LARANJEIRINHA-DO-MATO — é uma planta da família das Rizoforáceas e que nasce
espotâneamente nas matas.
USO: Combate as cólicas do estômago e dos intestinos, as cólicas menstruais, as
dispepsias, as flatulências.
LOURO — Bot. Folha de loureiro (Árvore da família das Lauráceas), usadas como
temoeiro e fins medicinais.

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USO: Anúria — Aplica-se sobre a bexiga em cataplasma quente, preparado com 30


(trinta) grama de grutos do loureiro, 15(quinze) gramas de bagas de zimbro, 3(três)
cabeças de alho, tudo bem machucado, juntando-se ainda um punhado de farelo.
Amenorréia — Empregam-se 3(três) gotas de suco das folhas em uma xícara de água.
Dispepsia — Prepara-se um chá com as folhas (dose normal), tomam-se 3 (três) xícaras por
dia. Nevralgia — Fazem-se fricções, com o azeite extraído das folhas, sobre as partes
doloridas. Reumatismo — A mesma indicação para "nevralgia". Úlceras — Amassam-se os
frutos do loureiro, misturam-se com mel, e aplicam-se topicamente.
LOURO-PRETO — Bot. Loureiro. Lauraceae.
USO: A casca é diurética e emanagoga. Usa-se para várias enfermidades: azia, atonia e
catarros intestinais, diarréias, desinteria, várias moléstias do estômago, enterite catarral e
crônica, flatulências, irritação gastro-intestinal, lienteria. O pó da casca — "pó-da-santana"
— é conhecido pelos roceiros como bom remédio para a dispepsia atônica e as diarreias
crônicas.
MALVA — Bot. nome de diversas plantas medicinais da família das malváceas.
USO: As folhas da malva são béquicas, calmantes, emolientes. As raízes também são
emolientes. A malva é um excelente remédio para curar os catarros de qualquer espécie.
Em gargarejos ou inalações, dá bons resultados nas enfermidades da garganta e ouvido.
Em fomentações, a infusão das folhas e flores é indicada contra as inflamações externas. A
malva substitui a altéia em todas as suas aplicações.
MALVA-BRANCA — Bot. Subespécie de malva.
USO: As folhas são tidas como emolientes. Aplicam-se mastigadas sobre picaduras de
vêspas. O decocto da raiz é empregado na blenorragia. Uso externo.
MALAGUETA — Bot. Espécie de pimenta muito ardida, da família das solanáceas.
USO: O suco do fruto, misturado com farinha, serve como enérgico sinapismo
(cataplasma de efeito revulsivo) em casos esses que dada a sua gravidade, não podem ser
tratados sem o médico. O que interessa à medicina popular é que as folhas da
malagueta, machucadas e misturadas com azeite, são boas para rebentar tumores.
Aplicação tópica — O suco da malagueta misturado com óleo de rícino é, outrossim,
indicado para combater a queda do cabelo.
MAMONA — Bot. O mesmo carrapateira: Planta da família das Euforbiáceas.
USO: Das sementes, limpas das cascas, se obtém um óleo de efeito purgativo. O
mesmo azeite se presta para combater os vermes intestinais. As sementes são tóxicas.
Vinte delas, ingeridas por um adulto, geralmente lhe conduz à morte. Seis já
liquidam uma criança.
MANACÁ — Bot. Arbusto medicinal e ornamental da família das Solanáceas.
USO: E anti-sifilítico, anti-reumático, diurético, emenagogo, purgativo. Em dose
elevada é venenoso, dando coceira na pele, vômito, febre, letargia, etc.
MANJERONA — Bot. Planta medicinal da família das Labiadas.
USO: Essa labiada tem muitas aplicações na medicina doméstica. Catarros nasais
— a manjerona machucada, misturada com gordura vegetal é boa para combater
catarro nasais das crianças, untando-se-lhes o nariz várias vezes ao dia. Cólicas
intestinais — mesma pomada, aplicada sobre o ventre das crianças, acalmam as
cólicas intestinais e afugenta os gases que produzem o inchaço do ventre. Debilidade
dos músculos e nervos — Banhos quentes com folhas de manjeronas, ajudam muito.
Distúrbios — A manjerona como condimento estimula o apetite, ajuda a digestão,
combate as cólicas, e presta bons serviços em casos de debilidade do estômago,
dispepsia atônica, arrotos.

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MARACUJA-AÇU — Bot. Espécie de maracujá da família das passifloráceas.


USO: É recomendado nos seguintes casos: alcoolismo crônico, asma, coqueluche,
convulsão infantil, delirium tremen, diarreia, desinteria, dor de cabeça nervosas. Esta
planta é, outrossim, um calmante de primeira ordem, podemos empregar-se nas crises
nervosas e neurastênicas; Também nas insônias e tosses de origem nervosa.
MARAVILHA — Bot. Planta de folhas multicores, da família das Nictagináceas.
USO: A raiz é drástica e diurética. Usa-se contra as afecções herpáticas, hidropisia,
leucorréia, 10 (dez) gramas de raiz para l(um) litro de água; 1 (uma) ou 2 (duas) xícaras
por dia. Para as dores de ouvido nas crianças, provinientes de mudança de tempertura,
vento, etc., dá um bom resultado o suco das flores recém-espremidas. Introduz-se o suco
no ouvido, mantem-se durante uns quinze minutos a meia hora, e deixa-se escorrer. E, em
seguida, outra vez se pinga, desse suco no conduto auditivo, e tampa-se com algodão
bastando duas apli cações para acalmar a dor. As flores, aplicadas diretamente
sobre a pele, são boas para curar herpes, sardas e manchas.
MELÃO-DE-SÃO CAETANO — É o fruto de meloeiro e o próprio meloeiro, que é uma planta
de família das Cucurbitáceas melão, e a terminologia "São Caetano" é um mero adjetivo
qualificativo.
USO: As folhas e os frutos são vermífugos e úteis na cura de gôgo das aves
domésticas. A haste é anti-febril, sendo indicada nas febres palustres. O suco misturado com
azeite de amêndoa doce é usado contra a sarna. As folhas, por infusão, em dose normal,
são boas nas leucorréias e menstruações difíceis, e nas cólicas produzidas por vermes. O
fruto maduro, por infusão, em dose normal, é usado contra as hemorróidas. A polpa das
sementes raspadas e bem machucadas, misturada com vasilina, fornece um unguento
bom para provocar a supuração em casos de tumores, furúnculos, carbúculos, etc. A
planta toda, em banhos é indicada para dartos, eczemas, etc.
MENTRASTO — Bot. Planta medicinal da família das Labiadas.
USO: Cólicas, diarreia, flatulência e reumatismo agudo.
MULUNGU — Bot. Nome dado a diversas plantas de família das Leguminosas —
Papilionáceas.
USO: O extrato da casca usa-se em banhos para acalmar a excitação do sistema
nervoso e também para combater as insônias. Internamente usa-se o cozimento de casca
em bronquites asmáticas e nas inflamações do fígado e do baço, depois das febres
intermitentes.
PAU-D'ALHO — É uma planta hortense da família das Liliáceas, cujo bolbo se emprega
como condimento culinário.
USO: O decocto das folhas passa por antiblonorrógico de efeito rápido e certo,
vermífugo,anti-hemorroidário,antidartroso. Empregam-se as folhas, em forma de
cataplasma, para resolver abscessos e aliviar as dores reumáticas.
PAU-D'ARCO — É uma planta da família das Leguminosas, de flores e madeira
amareladas e o termo d'arco e um adjetivo qualificativo, ensinuando que é qualquer porção
de uma linha curva e continua.
USO: O líber da casca é empregado como adstringente, sendo utilizado contra as
estomatites e as úlceras da garganta, de origem sifilítica.
PERÓBA-ROSA — Bot. Árvore da família das Apocmáceas.
USO: A casca dessa árvore é apregoada como bom remédio contra a malária. Usa-se por
maceração ou decocção. Poderoso medicamento contra o impaludismo agudo ou crônico. A
sua ação é igual à do próprio quinino, porém não irrita o estômago nem produz surdez.

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PERPÉTUA — Bot. Designação de várias plantas da família das compostas, também


chamada saudade.
USO: E útil nas afecções das vias respiratórias.
QUEBRA-PEDRA — Planta de virtudes diuréticas, como o próprio nome indica, esta
planta dissolve as areias e cálculos renais. É diurético, fortificante do estômago,
aperiente.
USO: Emprega-se nas cólicas renais, cistites, enfermidades crônicas da bexiga,
hidropisia, distúrbios da próstata. Em alguns lugares usa-se as folhas e sementes como
remédio especifico contra diabetes.
SABUGUEIRO — Bot. Arbusto da família das Caprifoliáceas.
USO: As flores são eméticas, catárticas, porém quando secas, perdem suas
propriedades laxativas. Secas empregam-se, em infusão, contra os resfriados, as anginas,
as gripes, etc. A casca, a raiz e as folhas são indicadas nas retenções da urina, na
hidropisia, no reumatismo. Os reumáticos devem igualmente tomar banho com o
cozimento das folhas. A infusão das folhas e cascas, em fomentação, é igualmente
prescrita contra as inflamações superficiais da pele. furúnculo, erisipela, queimaduras, etc.
Em banhos, as folhas são boas no tratamento das hemorróidas. A frutinha purifica o
sangue e limpa os rins. Seca, tostada, moída e preparada como café, é boa para cortar a
diarreia. Nas enfermidades desesrupitivas, como no sarampo, rubéola, escarlatina, varíola,
etc. O chá das flores é indicado, porque provoca rapidamente a transpiração.
SEMPRE-VIVA-DOS-TELHADOS — Bot. Planta da família das Compostas.
USO: As folhas são adstringente. O chá preparado por infusão dá bons resultados
contra: efecção cardíacas, hemorróidas, hemorragias, escorbuto, reumatismo. Para fazer
desaparecer calos e verugas, aplica-se topicamente, durante vários dias as folhas
trituradas. O suco das folhas trituradas, misturado com óleo de linhaça puro, é bom para
acalmar dores produzidas por queimadura e pela arisipela. O suco, do qual se tomam três
colheradas ao dia, combate a menorragia (aumento patológico; hipermenorreia, ligeiro
aumento, dentro da normalidade, é o que chamamos de período menstrual anormalmente
carregado e prolongado em intervalos regulares.Assim sendo, as causas podem ser devido
a coagulação sanguínea anormal, interrupção da regulação dos hormônios ou distúrbios do
revestimento endometrial do útero. O tipo de causa pode ser associado com menstruações
dolorosas, conhecidas por dismenorréia e as diarreias com sangue.
SENSITIVA — Bot. Planta da família das Leguminosas, também chamada de
dormideira.
USO: Usa-se para combater as afecções, do fígado, as afecções reumáticas articulares,
a prisão de ventre. Exteriormente emprega-se, em banhos, para curar tumores. Usa-se
também em gargarejos, nas inflamações da boca e da garganta.
SETE-SANGRIAS — É uma planta da família das Euforbiáceas de cor anilada e meia
açucarada, contendo sempre, sete galhos acessórios firmadas em um principal.
USO: É excelente remédio contra a arteriosclerose, a hipertensão arterial e as
palpitações do coração. É depurativa do sangue. Limpa o estômago e os intestinos aplica-
se com bons resultados nas doenças venérias, reumatismo, afecções da pele.
TAMARINDO — Bot. Fruto da tamarineira da família das Leguminosas.
USO: O suco da polpa do fruto é um refrescante. Emprega-se como calmante nas
enfermidades inflamatórias e febris, nas cólicas biliosas, nos embaraços gástricos, na
diarreia, na hematêmese (é a saída pela boca de sangue, tendo como origem o sistema
gastro-intestinal, habitualmente do esôfago ou do estômago. Tem gente que chama isso de
"vômito de sangue”. A polpa dos frutos são excelentes contra as gastrites dos

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impaludados. Por outro lado, o título “tamarindo”, inspirou o poeta brasileiro Augusto dos
Anjos, em 1912 a escrever a poesia: “Debaixo do Tamarindo”, onde cita textualmente:
“No tempo de meu Pai, sob estes galhos; Como uma vela fúnebre de cera; Chorei bilhões
de vezes com a canseira; De inexorabilissimos trabalhos!; Hoje, esta árvore, de amplos
agasalhos; Guarda, como uma caixa derradeira; O passado da Flora Brasileira; E a
paleontologia dos Carvalhos!; Quando pararem todos os relógios; De minha vida e a voz
dos necrológios; Gritar nos noticiários que eu morri; Voltando à pátria da homogeneidade;
Abraçada com a própria Eternidade; A minha sombra há de ficar aqui!”, (ANJOS, 2002),
local preferido para seu pai dar-lhes as primerias lições acadêmicas e bem assim para o
poeta escrever suas primitivas poesias. Aqui acontece o congraçamento do botânico com o
poético, sem deixar de lado que tanto a árvore como o poeta são ambos originários da
mesma região de Santa Rita, e várzea e brejo paraibano.
TREVO-CHEIROSO — Bot. Planta da família das Oxaldidáceas.
USO: Costuma-se usar esta planta nos casos de: afecções gástricas, afecções
nervosas, amenorréia, anúria, reumatismo. Como desinfetante, usa-se o chá para lavar
ferida, úlceras, etc. Mistura com mel, o chá dissolve a mecosidade em casos de rouqueira,
catarros, resfriados, enfermidades da garganta e do peito. Em caso de cataplasma,
aplica-se topicamente em casos de amigdalite, bócio, dores de ouvido, inchações em
geral. O suco das flores fresco, do qual se pingam algumas gotas nos olhos, duas ou três
vezes por dia, combate as cataratas.
URTIGA-BRANCA — Bot. Planta cuja haste e folha produzem um prurido ou ardor sobre
a pele; esta, produz flores brancas.
USO: É excelente remédio contra os catarros das vias respiratórias, escrofulose,
hemorragias, hemoptises, leucorréia, menstruação irregular. Este vegetal regulariza as
funções do intestino em casos de constipação e diarreia. Exteriormente aplica-se a infusão
das flores, em loções e compressas, sobre contusões, queimaduras, etc.
URTIGA-VERMELHA — Bot. Difere da branca apenas na coloração.
USO: As folhas tenras das extremidades, misturadas com outras ervas, são usadas
em saladas ou guiados para estimular as funções digestivas, para facilitar a secreção uri-
naria (na hidropisia), ajudar no tratamento da diabete e da anemia. Em saladas,
ensopados, chá, sucos, a urtiga age poderosamente como depurativo do sangue, pelo que
se usa nas afecções da pele, gôta, reumatismo, etc. É um bom remédio contra os cálculos
renais. Aumenta a secreção do leite das mulheres que amamentam. É preciso tomar
cuidado com os espinhos da urtiga, ao apanhar suas folhas. Depois de colhidas as folhas,
os próprios espinhos ficam murchos inofensivas.
URUCU ou URUCUM — Bot. É o fruto do urucuzeiro ou urucueiro (bixa orellana),
arvoreta pertencnete a família das bixáceas, planta nativa da América Tropical e que pode
atingir a atula de seis metros (arbusto da família das Bixáxeas).
USO: As sementes do urucu ou urucum são expectorantes para combater as moléstias
do peito. São recomendadas para diversas afecções do coração: cardite, endorardite,
pericardite, etc. A tinta do urucum é usada como antídoto do ácido prússico, veneno da
mandioca.
VASSOURINHA — Bot. (Scoparia dulcis). Planta da família das Rubiáceas.
USO:Planta béquica, emoliente e peitoral. Ajuda a expulsar os catarros pulmonares, é
útil na bronquite, regulariza a menstruação.
VELAME-BRANCO — Bot. (Macrosiphonia velame). Planta herbácea da família das
Oxalidáceas.

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USO: O decocto da raiz é tido corno depurativo e anti-sifilítico.Na medicina popular é


usado para tratamento de inflamações.
VIOLETA — Bot. Planta da família das Violáceas; a flor dessa planta.
USO: As flores da violeta constituem um remédio vulgarmente empregado para
combater a tosse, inclusive a coqueluche. São também emolientes e disforéticas.
Empregam-se 10(dez) gramas para l(um) litro de água; 3 (três) xícaras por dia. A mesma
infusão serve para gargarejos nas inflamações da garganta. As folhas, e especialmente, as
flores, são também um bom agente medicinal nas afecções branquiais e no sarampo. Em
caso de resfriado, o chá de violeta, é bom para provocar a sudação e/ou seja, a ação
e/ou efeito de suar e/ou transpiração. Ação de suar e/ou provocar o suor tem contexto
e/ou finalidade terapêutica.

1.20 – Atividades econômicas e industriais


A riqueza de uma nação se mede pela riqueza do povo
e não pela riqueza dos príncipes.
Adam Smith
1.20.1- A origem da cana de açúcar
A cana de açúcar vem de regiões tropicais do sul e do sudeste da Ásia, porém,
existem diferentes espécies que provavelmente se originaram em diversos lugares, uma
vez que a Saccharum barberi é originária da Índia e a S. Offcinarum é originária da Nova
Guiné. Assim sendo, teoricamente falando o vegetal que chamamos de cana deve ter sido
domesticada como cultural agrícola na Nova Guiné, lá pelos anos de 6.000a.C, segundo o
Royal Botanical Gardens, Kew (2004). Assim sendo, os agricultores guineenses dentre
outros culvitvados primitivos de cana, primitivamente apenas mastigavam a referida planta
tendo em vista o suco doce dela proveniente. É bem provável que os primeitos agricultores
e plantadores de cana do sudeste asiático e bem assim em outras partes e ou lugares do
mundo também ter usado o suco fervido, advindo daí a transformação do mesmo em uma
massa viscosa e de fácil transporte e ou condução, o que se leva a crer, por dedução que
estava descoberto o processo de se fazer e ou fabricar açúcar, porém, a primeira produção
e ou produto comestível conhecido por açúcar cristalino teve origem na Índia. Por outro
lado, a história não tem a data exata de sua origem, pois, os primeiros informes sobre a
produção de açúcar datam a partir de textos do sânscrito, uma dentre vinte e três línguas
oficiais da índia.

1.20.2 - A introdução da cana-de-açúcar na América


A historicidade da cana enfatiza de que no século VII, os árabes a introduziu no sul
da Ásia, bem como no Califado Abássida no Mediterrâneo, Egito, Mesopotâmia, Andaluzia e
África do Norte. Foram os espanhóis que introduziram as primeiras culturas de cana na
América nos campos das Ilhas Canárias, pelos portugueses nos campos da região da
Madeira. Cristóvão Colombo, o descobridor da América, introduziu a cultura da cana de
açúcar no Caribe, no Haiti e na República Dominicana. O açúcar transformou em pouco
tempo em uma verdadeira primicia do Novo Mundo a partir de então, logo após o 12 de
outubro de 1492.
A Inglaterra libertou seus escravos em 1833 dos plantios de cana de açúcar, porém,
muitos só deixaram de trabalhar na referida cultura quando bem quiseram. Com a
libertação dos escravos ingleses, os senhores de engenhos passaram a admitir
trabalhadores para a mão de obra mais barata do que escrava na Índia, China e Portugal.

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Nesta mesma época, o Brasil vivia o período regencial, modelo da gestão pública arranjada
porque o Imperador Pedro II, ainda era uma criança e não tinha maturidade suficiente para
administrar o império e seus súditos. O plantio e colheita da cana de açúcar ainda era
escrava e que ainda duraria pelos menos uns cinqüenta anos até o 13 de maio de 1888. É
importante ressaltar de que a cana de açúcar entrou no Brasil nos primeiros anos do século
XVI, logo após o descobrimento e ou achamento da Terra de Santa Cruz, por Pedro Álvares
Cabral em 22 de abril de 1500, através das instalações de engenhos de açúcar e da
primeira indústria na nova colônia portuguesa, sucessora in loco da chamada indústria
extrativa do ciclo do pau-brasil.
A principal fonte de trabalho de Santa Rita ainda é a agricultura canavieira e de
emprego o serviço público municipal, pois, apesar de já existir várias indústrias
instaladas e funcionando, outras em fase de implantação, o comércio também se
expandindo gradativamente. A rede bancária e casas lotéricas também ajuda a
empregar certa parte do povo em suas atividades. A principal riqueza agrícola do mu-
nicípio de Santa Rita é a cultura temporária da cana-de-açúcar, com 18.600 (dezoito mil e
sessentas) hectares, plantadas e colhidas, anualmente, com uma produção anual de
930.000 toneladas. Vem daí o fato de ser conhecida como cidade rainha dos canaviais. O
solo formado principalmente por massapê é propicio ao plantio da cana de açúcar. É Santa
Rita o maior pólo agroindustrial e ou açúcareiro da Paraíba, desde a implantação do
primeiro engenho de açúcar na Paraíba em seu solo em 1587 (Engenho Tibiri, atualmente
extinto), inclusive tem diminuido a oferta de trabalho na zona rural, tendo em vista o
fechamento de usinas, engenhos e pequenas propriedades, bem como por causa da
procura de trabalho com carteira assinada, por parte dos trabalhadores do campo e seus
sindicatos na várzea do Paraíba. Por outro lado o municipio tem 1.800 (um mil e
oitocentas) tectares, plantadas e colhidas do abacaxi, segundo o IBGE (2013), mandioca,
batata doce, coco-da-baía, banana, manga, caju e outras de menor importância ainda, a
exemplo da mangaba, tirada gratuitamente nos tabuleiros da zona rural do municipio
por homens, mulheres e crianças para abastacer com o referido fruto a região
metropolitana, gerando assim trabalho informal. A indústria voltada principalmente para
agroindustria, tendo importância também o ramo da cerâmica e bem assim para o
engarrafamento de água mineral é de extraordinária importância para o progresso do
municipio, além de fonte de empregos formais. Contribui igualmente para combater o
desemprego no âmbito municipal e regional as industrias de calçados, de confecção, de
ágave e de móveis, além de empresas de serviços e de supermecados.

1.20.3 – A origem da industrialização local


Preliminarmente é importante registrar de que a industrialização brasileira é divida
em quatro momentos históricos principais, a saber:
O primeiro período: O da “proibição” que tem início de 1500 e termina em 1808. Assim,
neste período Portugal fazia restrição ao desenvolvimento de quaisquer atividades
industriais no Brasil colonial. Era permitada a funcionar uma pequena indústria, para a
fabricação de fiação e de calçados, com o caráter exclusivo do consumo interno, tendo em
vista a longa distância que separava a metrópole portuguesa e a colônia brasileira.
Ressaltamos de que algumas indústrias iniciaram seu processo de crescimento, a exemplo
do têxtil e do mármore, depois do meado do século XVIII, tudo porque Portugal já tais
indústrias, motivo pelo qual abria concorrência ao comércio da corte e deste modo poderia
transformar a colônia financeiramente independente, embora adquirisse uma possibilidade

59
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

de independência política, tendo em vista o alvará de 5 de janeiro de 1785, assinado por


Dona Maria I, que determinou a extinção das manufaturas têxteis, menos a dos panos
grossos para vestimentas usuais dos escravos e demais trabalhadores do Brasil.
O segundo período: O da “implantação”, tem inicio em 1808 e termina em 1930. Com a
chegada da família real portuguesa em 1808, Dom João VI, revoga o alvará proibitivo e
abre os portos brasieliros para o comércio exterior, fixando a taxa de 24% (vinte e quatro
por cento) para produtos importados, 15% (quinze por cento) para os produtos ingleses e
16% (dezesseis por cento) para os produtos português em geral.
O acordo comercial firmado pelo Brasil com a Inglaterra com 15 anos de duração em
1810, impossibilitou o nosso crescimento diante da grande concorrência dos produtos
ingleses, tendo em vista também serem de melhor qualidade. E foram tantos acordos que
o tempo passou durante a colônia, o império e finalmente chegamos a república, sem que
a industrialização brasileira chegasse, diante das dificuldades existenciais da política e da
concorrência internacional. De modo que somente em 1907, temos conhecimento da
realização do primeiro censo brasileiro industrial, onde constam apenas pouco mais de
3.000 (três mil) empresas. Em 1920, foi realizado o segundo censo industrial, onde já se
constata mais de 13.000 (treze mil) empresas, o que por si só caracteriza um grande
crescimento industrial em tal período considerado histórico para nossa industrialização
iniciante, mesmo diante do surgimento de quase 6.000 (seis mil) novas empresas em plena
primeria Guerra Mundial. A indústria de bens de consumo é predominante, inclusive
abastecia uma grande parte do chamado mercado nacional e ou interno. O café, produto
do setor agroexportador era responsável por 70% (setenta por cento) das exportações,
apesar do crescimento da exportação de carne bovina, no setor alimenticio, que já
ultrapassava o setor têxtil.
O terceiro período: Revolução Industrial Brasileira, tem inicio em 1930 e termina em
1956. Temm origem histórica na Revolução de 1930, ato seguinte ao assassinato de João
Pessoa, em 26 de julho, na Confeitaria Glória, em Recife, capital de Pernambuco. A política
interna mudou totalmente e Getúlio Vargas, praticamente acabou com todas as oligarquias
tradicionais, sic, donos e proprietários dos interesses agrários-comerciais, passando a
adotar a política industrializante em substituição total da mão-de-obra imigrante pela mão-
de-obra nacional, representada pelos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo, tendo em
vista o fenômeno do êxodo rural diante da decadência cafeeira e bem dos chamados
movimentos migratórios internos do norte e nordeste do país. Por outro lado, Getúlio
Vargas investiu comm força na criação da infra-estrutura industrial básica, dentre as quais:
o Conselho Nacional do Petróleo (1938); a Companhia Siderúrgica Naciconal (1941); a
Companhia Vale do Rio Doce (1943); e a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (1945),
dentre outros empreendiemntos igualmente importantes.
Foram diversos os fatores que contribuíram para a implantação e desenvolvimento
industrial brasileiro que teve inicio em 1930, onde podemos destacar: 1) o êxodo rural
provocado pela crise do café, devido o aumento da população urbana, contribuindo assim
para o crescimento do mercado consumidor e o surgimento de mão de obra; 2) a redução
das importações tendo em vista a Segunda Guerra Mundial, favorecendo assim o
desenvolvimento industrial interno e livre de qualquer tipo de concorrência; 3) A Segunda
Guerra Mundial favoreceu o aumento das exportações brasileiras, dentre outros fatores não
menos importantes.
São os projetos de desenvolvimento baseados no capitalismo estatal criados por
Getúlio Vargas, envolvendo investimentos públicos no Instituto Brasileiro do Café, em 1951
e a criação do Banco Nacional de Desenvolvimento Economico e Social, dentre outros

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

projetos de igual importância que forneceram subsídios ao Presidente Juscelino Kubitschek,


em seu Plano de Metas, apesar do elevado custo de internacionalização da economia
nacional. Antes do plano de metas de JK, o Brasil não fabricava nem ferro de engomar. O
sucessor de JK, o presidente Jânio Quadros, renunciou o cargo e assumiu o vice presidente
João Goulart, o Brasil dançou de presidencialismo, parlamentarismo e ditadura militar a
partir de 31 de março de 1964. Enquanto isso, a indústria principal de Santa Rita
continuava e ainda continua sendo a ligada a agroindústria açucareira, via engenhos e
usinas suas sucessoras.
Na realidade Santa Rita vive tentando recuperar o terceiro lugar dentre os 223
municipios paraibanos que até poucos tempos representava em termos financeiros e
econômicos, levando-se em consideração o fechamento da fábrica de produtos químicos,
a Calcioquímica, extinta na década de 80 do século XX, localizada no Bairro Popular, de
várias fábricas de redes, de várias cerâmicas tradicionais, da fábrica de perfume a Avon,
bem como da CTP – Companhia de Tecidos Paraibana, fundada em 1892, na década de 80
do século já referido século. Permanecendo ainda entre nós a Cincera, fabricando tijolos
em escala industrial e comercial, a Cosibra e a Brastex, que inclusive exportam para
diversos países do mundo seus produtos originários da cultura do ágave, localizada no Alto
do Eucalipto, a Alpargatas, fazendo sapatos e a Demilus, indústria de peças íntimas para o
sexo feminino, a Indaiá, engarrafando água mineral e guaraná com essa marca, dentre
outras empresas industriais não menos importantes nos diversos ramos da indústria e do
comércio, vem suprindo a oferta de empregos a classe trabalhadora local e de cidades
vizinhas. Aqui em si plantando tudo dar, porém, os governos: federal, estadual e municipal,
pouco e ou quase nada se tem investido em nosso parque industrial e já faz um bom
tempo.
Na zona rural, estão localizadas as fábricas de açúcar, álcool e seus derivados, em
pleno funcionamento pode-se citar: a Usina São João, localizada no Engenho Central,
fundada em 1888, pelo governo, valendo salientar que a origem da referido engenho
central – Usina São João é o antigo engenho São João que pertenceu ao coronel José
Teixeira de Vasconcelos, o Barão de Maraú, que exerceu o cargo de Presidente da
Provincia da Paraíba, no período de abril a novembro de 1867; a Destilaria Japungu; a
Usina Miriri; a Agroval, sucessora da Usina Sant'ana, antigo Engenho Nossa Senhora da
Ajuda, em virtude de falência; e a Usina Santa Rita e a Usina Jacuípe, também faliram ainda
no final do século XX. No caso da Usina Santa Rita, sua fábrica foi totalmente demontanda,
restando apenas parte do casario e o bueiro em pé. Observamos de que a Usina Santa Rita,
sucessora do Engenho Cumbe e de Engenho Santo Cosme e Damião, e bem assim, vários
outros engenhos de fabricação de açúcar, cachaça, rapadura e seus derivados, em
totalidade estão de “fogo morto”, assim como enfatiza o escritor José Lins do Rego
Cavalcanti, em seu romance de igual nome, isto é, propriedade que não produz mais. O
último a ficar de fogo morto foi o Engenho do Meio, ex- Engenho São Gabriel, que perteceu
a Amaro Gomes Coutinho, mártir da revolução de 1817. Não temos nenhum fogo vivo no
território do municipio de Santa Rita fabricando aguardante, cabumba, incha pé e ou caieba,
na atualidade. Os grandes grupos nacionais e internacionais são os responsáveis pelos
destilados consumidos pelos santaritenses, salvo aqueles que preferem o aperitivo São
Paulo, do engenho de igual nome situado em Cruz do Espirito Santo e ou de outras marcas
de outras municipios. São esses os motivos pelos quais levam o municipio a focar oscilando
entre o terceiro e o quarto lugar na economia paraibana em disputa com o municipio de
Cabedelo. Na realidade o micro distrito industrial de Santa Rita ainda não recebeu a devida
atenção do Governo Estadual para viabilizar sua real concretização, pois, a principal

61
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

industrial no âmbito municipal ainda continua sendo a agroindustria constituída pelas usinas
São João, Japungu, Agroval e Miriri. Ainda temos a presença da Alpargatas, que representa
o ramo calçadista, a Demillus, que representa o ramo de confecção intima feminina, a
Cincera, a principal industria na fabricação de telhas, tijolos e seus derivados. Temos ainda
a Cosibra, representante principal do ramo na fabricação de produtos através do ágave e
seus derivados. E finalmente, a industrialização de água mineral através de diversas
empresas do ramo aqui instaladas e em pleno funcionamento.

1.20.4 – A pecuária do municipio


A pecuária santaritense não tem destaque nacional e ou significação, pois, se trata de
uma pecuária caseira e ou doméstica, motivo pelo qual não existe um rebanho digno
de alusão, levando-se em consideração de que a maioria das propriedades privadas vivem
em função da corrida cada vez maior da plantação de cana-de-açúcar, apesar de existir vá-
rias propriedades rurais de grande porte e pasto suficiente, mas, a quase totalidade dos
fazendeiros e granjeiros, estão imbuídos mesmos no plantio e conservação daquela cultura
temporária, haja vista que é mais rendosa e com menos sacrifício, sic, apesar da miséria
do trabalhador subnutrido e trabalhando com o estômago vazio, em certos casos parece
que a escravidão que foi extinta no papel em 13 de maio de 1888 no Brasil, ainda
continua tendo seus reflexos a condição de escravo, o trabalhador da zona rural
canaveira na várzea do Paraíba e em nas demais regiões do país. Que país é esse que
aboliu a escravidão há mais de cem (100) anos e a escravidão branca continua, não é
mais crime, porém, os patrões e seus banquetes nas sacadas das casas grandes,
continuam, símbolo do poder e da riqueza em detrimento dos direitos negados a seus
tralhadores campesinos, onde o medo é maior do que o direito de viver, tudo diante
da omissão do governo populista de Getúlio Vargas, que criou a Carteira de Trabalho
e Previdência Social para a zona urbana e fechou os olhos para os trabalhadores do
campesinato nacional, tipificando assim como sendo ele, “a mãe dos ricos” e o “pai
dos pobres”. Esse tipo de política trabalhista acabou e faz tempo, inclusive na
atualidade não existe divergência alguma entre o trabalhador da zona urba e o da
zona rural no tocante a contrato de trabalho registrado em carteira profissional e bem
assim a obrigatoriedade do FGTS, da previdência social, dentre outros direitos da
relação empregador e empregado.
Em sintese, segundo o IBGE, através do resultado do último Censo Agropecuário
em Santa Rita, realizado em 2006, apenas 23.655 hectarares, dividas entre 339
pequenas propriedades rurais para produzir e desenvolver a agropecuária.
Ressaltamos ainda de que o municipio tem 215 hectares dividas entre todos os
produtores arrendatários masculinos e feminos, com a mesma finalidade.

1.20.5 – O comércio do municipio


O verdadeiro comércio inspira virtudes próprias: a
economia, a boa-fé, a exatidão, a ordem e
atividade leal.
Eça de Queirós

O comércio santaritense na década de 30 do século XX, abrigava empresas


comerciais de destaque estadual, como por exemplo, a filial de J. Minervino & Cia,
sediada à Praça Pedro II, nº 21, atual Praça Getúlio Vargas, grande armazem de estiv as
importadas e exportadas, único no genero na cidade, com stock permanente de xarque,

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

bacalhau, farinha de trigo, arroz de todos os tipos, feijão, café, bebidas nacionais e
extrangeiras, conservas, enxadas, velas e todos os artigos concernentes ao referido
ramo comercial; a Padaria Central, de Benjamin Francisco de Carvalho, estabelecida à
Praça Pedro II, nº 4, esquina com a Praça João Pessoa, que fabricava as bolachas:
central, rainha e areiinha, bem como biscoitos e pães de várias qualidades; a Padaria
Roial, fundada em 7 de setembro de 1934, por Nathanael da Costa Gadelha, movida a
vapor, localizada à Rua Djalma Dutra, nº 4, atual Rua São João, no centro da cidade,
com forno tipo americado, fabricava a bolacha roial, biscoitos e pão francês; a Padaria
Santo Antônio, movida a eletricidade, fundada por José Gomes da Silveira, localizada à
Rua Siqueira Campos, nº 10; a Padaria Santa Rita, movida a vapor, fundada em 1905
por José Pedro de Lima, localizada à Rua Juarez Távora; a Padaria São João, fundada
por José de Queiroz Filho, localizada à Rua Djalma Dutra. Na mesma época existiam
várias sapatarias, dentre as quais: a Sapataria Santa Rita, de Horácio Gonçalves
Carneiro, na Praça João Pessoa, ex- Praça Padre Ferreira; a Sapataria Moderna, de
Cicero Xavier, na Praça Pedro II e a Sapataria Santa Terezinha, de José Teixeira de
Vasconcelos, também na Praça Pedro II. Entre nós também já existiam diversas
mercearias, dentre as quais: a Casa Vencendora, de Manoel Batista do Carmo, com a
matriz na rua Siqueira Campos e que tinha filiais na Rua do Fogo e na Rua Juarez
Távora; a mercearia de Francisco Teixeira de Vasconcelos, na rua Djalma Dutra; e a
mercearia de João Soares Cavalcante, na Praça João Pessoa. Podemos também registrar
as fábricas: Irmãos Marsicano Scarrano & Cia, estabelecida à Rua Juarez Távora, nº 66,
que fabricava doces e caramelos; a CTP - Cia de Tecidos Paraibana, conhecida como
Fábrica de Tecidos Tibiri, fundada em 1894; a Fábrica de doces e semilares, de Jorge
Silva, na Rua Juarez Távaora; a Fábrica de Bebidas Cruzeiro, de Francisco Madruga, em
Tibiri Fábrica. Tinhamos também as Lojas Paulistas, de Alberto Lundgren & Cia, que
vendia fazendas e retalhos, estabelecida à Praça Pedro II; a loja de Horário de Mendoça
Furtado, conhecida como o metro de ouro, na Praça João Pessoa, que vendia fazendas,
miudezas e perfumarias; a loja de F. Moura e Silva, na rua Juarez Távora, nº 4, que
vendia fazendas e miudezas; a loja “O Raio do Sol”, de J. Batista Cavalcante, que
vendia fazendas e retalho; a loja de Pedro Gerbasi, na rua Juarez Távora, nº 9 , que
vendia fazendas e retalho. A cidade tinha o Cine Independência, na Praça João Pessoa e
o Cine Avenida, no ano de 1937. Na modalidade comercial de casas de ferragens,
dentre outras, podemos destar: a ferragem de José Luiz Correia, na Praça Pedro II, 184
e a de Horário de Mendonça Furtado, na Praça João Pessoa e a ferragem de Altino
Meireles, na rua Juarez Távora, nº 3. A fabricação e comercialização de telhas e tijolos,
ficavam por conta de Telemaco Santiao e de Eitel Santiago, no prolongamento da rua
Juarez Távora. No tocante a prestação de serviços odontológicos, em 1937, a cidade
dispunha dos dentistas: Dr. Edson de Queiroz Melo e Dr. Manoel Sobral, na Rua Juarez
Távora nº 69. A população masculina dispunha da Alfaiataria João Pessoa, na rua
Siqueira Campos, nº 35; a Alfaiataria Ideal, na rua Djalma Dutra, 55; e da Alfaiataria
São Geraldo, na rua Juarez Távora, nº 210, conforme o Anuário de Santa Rita (1937). E
assim vivia o comércio de nossa terra convivendo inclusive com a política implantada
pelo Estado Novo, criado por Getúlio Vargas, em 1937 para continuar governando o
Brasil como ditador. As décadas de 40 e 50 do século XX, também se passaram,
inclusive com as reformas estruturantes provenientes do governo JK e pelo feito da
construção de estradas de rodagem e de Brasilia, no Planalto Central. Nas décadas
seguintes do referido século, o comércio continua sendo representado pela venda de
açúcar, álcool e pelos produtos industrializados através da fibra do sisal, tecidos, redes,

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

tijolos, panelas de barro fabricadas no Bairro do Cercado, que o prefeito Antônio Teixeira,
mudou para Bairro da Liberdade, na mesma época, de agosto a novembro de 1969,
quando construiu o Grupo Escolar Municipal Monsenhor Rafael de Barros Moreira. O
comércio é constituído por mercadorias de subsistência diária quase em sua
totalidade.Observa-se de que mesmo diante da mudança do nome do bairro do “Cercado”
para “Liberdade”, a população quase em sua totalidade ainda o chama de bairro do Cer-
cado, haja vista que não mudou a estrutura existente naquela área que justificasse o novo
nome, como por exemplo, a retirada física do cercado de animais: bovinos e equinos, ali
ainda continua servindo de divisão entre o urbano e o rural, o que justifica que o nome de
“Liberdade” é apenas uma utopia passageiro de político plantonista de passagem pela
chefia do Poder Executivo Municipal, quando se envolve em assunto pequeno, como o de
mudar os nomes das áreas públicas sem consultar o povo para isso, como por exemplo,
a atual rua São João, antes chamava-se de rua Djalma Dutra, a Praça Getúlio Vargas,
antes do Estado Novo em 1937, chamava-se Praça Dom Pedro II, o mesmo ocorrendo
com a rua Epitácio Pessoa, que era chama de rua do “Cantinho”, a rua da Macaíba, qu e
foi divida em dois pedaços a mesma rua para colocar o nome da ilustre professora
Olivia Olivina Carneiro da Cunha, a rua Chapéu Dourado, que antes chamava-se rua
Chapeu Cagado, a atual Praça João Pessoa, chamava-se Praça Padre Ferreira, dentre
muitos outros exemplos. A memória popular nunca esquece tais variações de nomes dos
lugares públicos. Por aqui quando se muda um nome de uma área pública é para
implantar a ideologia do esquecimento do nome anterior, diante dos novos donos do
poder de passagem pela chefia do poder político municipal.
Em suma o comércio funciona os sete dias da semana, tanto na sede municipal,
quanto nos distritos e povoados. Ainda representa uma das maiores atividades de
trabalho para grandes e pequenos comerciantes formais e informais.

1.21 – Os meios de comunicação e transportes


Não me ajeito com os padres, os críticos e os
canudinhos de refresco: não há nada que substitua o
sabor da comunicação direta.
Mário Quintana

A cidade de Santa Rita, encontra-se ligada às sedes dos municípios vizinhos por
estradas de barro, paralelepípedos e asfalto, com a distância de menos de 12Km da Capital
João Pessoa ligada pela estrada conhecida como “o corredor da morte”, que todos os
tempos de política é feita a refeita, quando passa a política o "deputado" eleito, que
pode ser da “situação” e ou da “oposição” ao governo estadual fica mais quatro anos de
boca calada na Assembleia Legislativa, sem nada dizer a respeito de Santa Rita e da
estrada que passa por Bayeux indo à João Pessoa, já afamada nas crônicas policiais e
jornais do Estado e Estados da Federação Nacional mas, política é política... O que nos
leva a crer que como ciência é a ciência encarregada de definir o que deve ser o bem
comum da coletividade, porém, como ideologia de poder, isso s ignifica que o povo
fique para lá que o eleito e seus familiares a fora vão enricar.
Passa também por Santa Rita, a estrada de ferro que a Princesa Isabel, filha do
Imperador Dom Pedro II, concedeu através do Decreto Imperial nº 4.838, de 15 de
dezembro de 1871, aos ilustres conselheiros do Império Brasileiro: Diogo Velho
Cavalcanti de Albuquerque, Deputado Geral Anísio Salatiel Carneiro da Cunha e André
Rebouças, cuja concessão permite a construção e exploração da estrada de ferro Conde

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

D’Eu, entre a Capital da Provincia da Paraíba (atual João Pessoa) até a Vila de Alagoa
Grande, incluindo também os ramais até Ingá e Indpendência (atual cidade de Guarabira.
De modo que tal concessão ficou apenas no papel, não vingou e ou morreu no seu
nascedouro. A historiografia do transporte ferroviário na Paraíba menciona de que
somente em 1880 teve inicio a construção da referida estrada de ferro, momento em que
o historiador paraibano Horácio de Almeida, enfatiza de que “o progresso entrou na
Paraíba pela linha de ferro. Por onde apitava o trem uma emoção nova nascia: a do
progresso econômico, mas foi coisa de pouca monta, porque a área beneficiada era
demasiado exígua”. Por outro lado, a estação ferroviária de Santa Rita foi oficialmente
inaugurada no dia 07 de setembro de 1883, embora que em 1881, tenha sido inaugurado
o primeiro trecho com 30 Km de extebsão ligando a Capital da Paraiba (atual João Pessoa)
a Entroncamento, (atual Paula Cavalcanti, em homenagem ao Deputado José Francisco de
Paula Cavalcanti, a partir de , no município de Cruz do Espirito Santo/PB) e bem assim para
a localidade de Cobé e finalmente onde atualmente encontra-se a cidade de Sapé. A
proprietária do referido transporte era a Companhia Estrada de Ferro Conde D’Eu, via
concessão do Brasil Imperial em seu segundo reinado. Um fato importante na engenharia
de construção além da abertura física da terra e do desmatamento para passar os trilhos
da estrada de ferro se dá com a construção da ponte centenária sobre o rio Paraíba entre a
localidade de Entroncamento e Cobé. Coisa para inglês vê. É evidente que o trem onde
chegava, a vida do povo mudava para melhor. É na localidade de Entroncamento que
acontece a bifurcação para o norte indo até Mulungu (antigo Santo Antônio, isso já em
1882, o que vai dizer que o transporte ferroviário passa por Sapé, por Araçá (atual Marí). A
cidade de Independência, atual Guarabira, também foi contemplada com seu transporte
ferroviário desde 1884 e de lá chegou Nova Cruz e Natal, no vizinho Estado do Rio Grande
do Norte. Ato continuo, em 1883, no sentido sul, de Entroncamento a linha férrea seguiu
até Pilar. Os historiadores informam de que o percurso ferroviário que “houve maior
demora em fazer a ligação da capital ao porto do Cabedelo, numa extensão de apenas 18
km, realizada em 1889. Proclamada a República, os trabalhos pararam. O único trecho
construído em onze anos do regime republicano foi o de Mulungu a Alagoa Grande,
inaugurado em 1901, numa extensão aproximada de 25 km”. Com o advento do regime
republicano o Brasil preferiu arrendar a ferrovia a empresa inglesa Great Western Railway,
que ligou Pilar a Timbaúba, no Estado de Pernambuco e fez a complementação do
percurso de Independência (Guarabira) a Nova Cruz/RN. Somente em 1907, o trem Maria
Fumaça chegou a Campina Grande, pois, “a estrada de ferro onde fazia ponta dava vida ao
lugar. Se passava adiante, levava consigo o progresso. Itabaiana cresceu quando o trem ali
chegou. Estacionou, senão decresceu, quando os trilhos se prolongaram até Campina
Grande. Os lugares que ficavam marginalizados, ao longo da estrada, sem vias de acesso,
como Mamanguape e Areia, caíram estagnados”. De modo que o progresso na época
chegou no interior do Estado da Paraíba através dos trilhos da rede ferroviária, disso não
se tem dúvida alguma.
O tempo passou, o transporte ferroviário foi ficando para trás com o aparecimento
dos novos meios de transportes, o Brasil sofreu vários golpes na gestão democrática do
poder de governar de modo que praticamente o transporte ferroviário já no final da
década de 70 do século XX, já não tinha mais importância de ser o único meio para
transportar pessoas, mercadorias e o progresso das pequenas e grandes cidades da
região com destino à Capital do Estado. Atualmente, apenas os trens urbanos,
conhecidos popularmente como “trens urbanos” ligam Santa Rita a Cabedelo, durante o
dia, transportando mercadorias e pessoas de pouco poder aquisito para o trabalho nas

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

cidades da chamada grande João Pessoa e vice versa. Existe também uma empresa de
ônibus ligando Santa Rita à João Pessoa, que no momento encontra-se em péssimo estado
de conservação, trata-se da Empresa Nacional de Luxo, que de luxo só tem o nome,
pertencente ao senhor Martinho Alencar. É servido também o Município por transportes
aéreos, tendo em vista que é em Santa Rita, que fica o aeroporto que serve à Capital
chamado de "Aeroporto Castro Pinto”, apesar de localizado em Santa Rita, mas, sempre
só sai nas propagandas e noticiários diversos como sendo o aeroporto da Capital do
Estado, até nisto sofre o pobre, rico e desprezado "Torrão", responsável pela fabricação
em escala industrial do açúçar que adoça nossas mesas todos os dias.

1.22 - Vultos ilustres, de herói nacional a pessoas do povo


Dentre todos bravos cidadãos e bravas cidadãs que orgulham nossa terra,
destacamos: André Vidal de Negreiros, nascido no Engenho São João, em terras da atual
Usina São João, do atual municipio de Santa Rita, tendo em vista que na época o nosso
território municipal atual pertencia a Capital da Parahyba do Norte. Ele é considerado
heroi nacional pelo fato de ter sido o chjefe militar comandou com seus companheiros a
rendição e expulsão dos holandeses do Rio Grande do Norte, da Paraíba e de
Pernambuco. E até porque o seu nome é patrono de honra de quarteis militares, de ruas,
praças, escolas, avenidas, bem como da Loja Maçônica em nossa cidade, situada no
Jardim Europa II; Américo Augusto de Souza Falcão, nasceu em Lucena, então povoado
de Santa Rita/PB, em 11 de fevereiro de 1880, filho de Mariano de Souza Falcão e de
Deolinda Zeferina de Carvaho Falcão, foi advogado, jornalista e funcionário público
estadual, faleceu em 09 de abril de 1942, na cidade de João Pessoa/PB, que escreveu e
publicou em vida os livros: Auras Parahybanas, Praias, Náufragos, Visões de Outrora, Rosa
de Alençon e Soluços de Realejo, nasceu, viveu e morreu afirmando que era de Lucena,
pertencente a Santa Rita, porque Somente no inicio da década de 60, do século XX foi que
Lucena emancipou-se de nossa Terra; Eudésia de Carvalho Vieira, nascida em 08 de abril
de 1894, no Distrito de Livramento, Municipio de Santa Rita, Paraíba, fez o curso primário
em uma escola particular e o curso normal no então Instituto de Educação, na Capital da
Paraíba e em 1915, ingressou no magistério público estadual através de concurso público,
casou-se em 1917 e foi mãe de 14 (quatorze) filhos, dos quais apenas 5 (cinco)
sobreviveram.Diante de suas atividades de esposa, mãe e professora, resolveu ser médica,
contra a vontade de seu esposo e enfrentando todos preconceitos e obstáculos de sua
época. Vale salientar de que ela foi à única mulher de sua turma a receber o grau de
doutora em medicina pela Faculdade de Medicina de Recife, Pernambuco, formada instalou
o consultório médico à Rua Duque de Caxias, onde fez da medicina o seu verdareiro
apostolado no atendimento a sua clientela rica e/ou pobre, e durante muito tempo foi
Assistente Social da Penitenciária Modelo do Rogers, respeitada e muito querida pelos
presidiários daquele tempo. Além de professora e médica, ela foi também jornalista,
poetisa e historiadora, uma vez que ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano
em 3 de junho de 1922, dentre outras personalidades santaritenses porque nasceram aqui
e ou porque adotaram essa Terra como seu berço natal e faz parte direta e indiretamente
de seu progresso; Flávio Ribeiro Coutinho, médico e ex-governador da Paraíba, natural de
Gurinhém, porém escolheu Santa Rita para implantar sua Usina Santa Rita (sucessora do
engenho Cumbe) na década de 20 do século XX, atualmente extinta; Oíldo Soares, nasceu
no Rio Grande do Norte, médico, vereador e deputado estadual; Anibal Limeira, professor,
vereador e físico; Odilon Ribeiro Coutinho, industrial, sociólogo e político; Aureliano
Olegário da Trindade, vereador e prefeito; Antônio Gomes Pereira, empresário, vereador e

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

prefeito em exercício; Antônio Gomes Cordeiro de Melo, chefe de polícia, proprietário rural,
juiz de paz e primeiro prefeito de Santa Rita; Martha Falcão, advogada e historiadora;
Antônio Viegas, fotografo da sociedade durante décadas; Odon Leite, antigo farmaceutico;
Francisquinha Carvalho, enfermeira pública e proprietária da antiga farmácia Santa Rita;
Padre Manoel Gervásio Ferreira da Silva, o primeiro é único vereador de Santa Rita que foi
vice governador do Estado da Paraíba de 1990 a 1904; Monsenhor Abdon Odilon Melibeu
Lima, vigário responsável pela reforma do prédio atual da Matriz de Santa Rita, não tendo
concluído a torre porque faleceu em 9 de agosto de 1931, vítima de enfarte fulminante;
Severo Rodrigues, Iracema Feijó, operário da fábrica Tibiri, professor da rede municipal de
ensino na década 30 do século XX e criador da primeira particular masculino e feminina de
Santa Rita, dentre tantos outros que dedicaram suas vidas a educação dos jovens de Santa
Rita; ao soldado Adalberto Cândido de Melo, santaritense da gema que morreu nos campos
de batalhas da Segunda Grande Guerra Mundial; Joaquim Gomes da Silveira, senhor de
engenho, farmaceutico e político; e o coronel José Teixeira de Vasconcelos, o nosso barão
de Maraú, que governou a Paraíba de abril a novembro de 1867 na condição de segundo
vice presidente da província; do jornalista e poeta Antônio Elias Pessoa, nascido na praia
de Lucena em, 3 de outubro de 1865, então povoação de Santa Rita; do professor e
político Francisco Manoel Carneiro da Cunha, nascido em 1810, no solar do Engenho Una
(atual Patrocinio), que era cognominado ao tempo de o "Pai da Pobreza"; do professor,
advogado e jornalista Ascendino Carneiro da Cunha, nascido em 17 de Setembro de 1881,
em Santa Rita; Também podemos citar como ilustre cidadã de Santa Rita, a senhora
Guiomar Nunes, nascida em 1694 na Capitania de Pernambuco, casada com Francisco
Pereira, residente no Engenho Santo André, em território do atual municipio de Santa Rita,
que na época pertencia a Capital da Capitania da Paraíba, quando em 1731, aos 37 (trinta e
sete) anos de idade foi queimada viva,martirizada em Lisboa/Portugal por determinação do
Tribunal do Santo Ofício, “por convicta, negativa e pertinaz nas suas crenças”, segundo
Bittencourt (1914, p. 140); do coronel Francisco Alves de Souza Carvalho; de Enéas
Carvalho, nascido aos, 17 de agosto de 1891, filho de Francisco Alves de Souza Carvalho e
de Lídia de Arroxelas Carvalho, tendo sido nomeado prefeito de Santa Rita em 23 de jnaiero
de 1915; de Diógeneses Nunes Chianca, nascido em 28 de novembro de 1902 e falecido em
02 de novembro de 1963, natural de Areia, Estado da Paraíba, que foi prefeito nomeado de
Santa Rita na década de 40 do século XX; de Flávio Maroja Filho, nascido aos, 25 de maio de
1901 em Santa Rita e falecido em 1981 em João Pessoa, filho Flávio Ferreira da Silva Maroja
e Maria da Purificação Carneiro da Cunha ( Dona Licota ), e que foi prefeito de Santa Rita
duas vezes: de 1935 a 1939 e de 1947 a 1951;de Edgar Seager, natural do Rio Grande do
Sul, nascido em 1889 e falecido em 1970, na cidade de João Pessoa, foi prefeito nomeado
de Santa Rita em 1930, foi gerente da CTP-Companhia de Tecido Paraibano; de João
Vitorino Raposo Filho, foi prefeito de Santa Rita por quatro meses, de 05 de maio de 1902 a
03 de setembro de 1902;de João Crisóstomo Ribeiro Coutinho, nascido em 18 de junho de
1928, natural de João Pessoa/PB, filho de Flávio Ribeiro Coutinho e de Berenice Mindêllo
Ribeiro Coutinho, e foi prefeito de Santa Rita de 30 de novembro de 1955 a 1959, quando
entregou o poder municipal ao prefeito Antônio Teixeira; de Antônio Aurélio Teixeira de
Carvalho, nascido em 23 de julho de 1912, em Fagundes (Lucena),municipio de Santa
Rita/PB, filho de Francisco Ferraz de Carvalho e Antônia Augusta Teixeira de Carvalho, que
foi prefeito de Santa Rita duas vezes: de 1959 a 1963 e de 1969 a 1973; de Heraldo da
Costa Gadelha, nascido aos, 8 de janeiro de 1924, natural de Santa Rita/PB, filho de Ceslau
da Costa Gadelha e Maria Nazareth da Costa Gadelha, que foi vereador, deputado estadual e
prefeito de Santa Rita. Era conhecido como advogado dos probres e o homem que jogava

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

bombons para o povo quando passava nas ruas fazendo campanhas políticas;de Antônio
Joaquim de Morais, nascido aos, 15 de setembro de 1929, natural de Santa Rita/PB, que foi
vereador por vários mandatos e prefeito de 1973 a 1977; de Marcus Odilon Ribeiro Coutinho,
nascido em 26 de abril de 1939, filho de Flaviano Ribeiro Coutinho e de Celeste Teixeira
Ribeiro Coutinho, que acaba de exercer o mandado popular de prefeito “Povo da Silva”; de
Severino Maroja, nascido em 7 de janeiro de 1937, filho de Arnobio Maroja e de Antônia
Câmara Simões, que foi vereador e que encontra-se no exercício do mandado de prefeito de
Santa Rita; do Tenente Francisco Pedro que morreu na segunda guerra mundial em
campos da Europa; do deputado Egidio Silva Madruga, natural de Cruz do Espirito
Santo/PB, nascido aos, 17 de abril de 1932, filho de Sebastião Madruga e Aline Silva
Madruga,que representa o municipio na Casa de Epitácio Pessoa, desde 1958 a presente
data; e Amaro Gomes Coutinho, então dono do Engenho São Gabriel, hoje chamado de
Engenho do Meio, foi preso e condenado a morte por sonhar do ideal republicano em 1817;
o professor universitário e escritor José Ferreira Vaz; a popular Isabel Bandeira Brasileira,
vulgo "Vassoura", uma espécie de “Zé Limeira” santarritense, uma poetisa do absurdo,
tendo em vista que em versos e prosas verbais “lasca” com plavrões quem lhe chama pelo
apelido. É importante mencionar ainda os escritores sonhadores: Lapemberg Medeiros de
Almeida, então funcionário da Great Western na Capital João Pessoa e que em 1937 foi
diretor do Anuário Informativo de Santa Rita, ao lado de Jaime Gonçalves do Nascimento,
o nosso “Glez Lacet”, nascido em 22 de abril de 1909, natural de Santa Rita/PB e filho de
José Gonçalves do Nascimento e de Maria da Paz Lacet, antigos proprietários da Padaria
Santa Rita, e que foi diretor gerente do referido anuário, e bem de Valdemar de Carvalho
Lelis, como diretor secretário do já citado anuário(1937). Relembramos ainda, a figura de
Joaquim Januáio Carneiro, o popular “Castanha”, nascido em 14 de julho de 1920,
originário da cidade de Rio Tinto, Estado da Paraíba, filho de Manoel Carneiro e Cecilia
Carneiro, operários da Companhia de Tecidos Rio Tinto, considerado o maior tocador de
violão de Santa Rita. E se não bastasse, temos o cantor Lavanere Siqueira Ramalho,
origináio de Conceição do Piancó, Estado da Paraíba, onde nasceu na década de trinta,
filho de João Telles Pinto Ramalho e Maria Armênia Siqueira.Além de considerar-se filho
de Santa Rita, tendo em vista que aqui chegou com seis anos de idade, foi operário da
fábrica Tibiri e levou o nome de Santa Rita para os programas: Flávio Cavalcante,
Chacrinha, J. Silvestre, Papel Carbono, dentre outros programas igualmente importante de
rádio e de televisão na condição de cantor, inclusive enfrentando todas as discriminações
possíveis por ser nordestino e da Paraíba.Também não devemos esquecer da figura de
Monsenhor Rafael de Barros Moreira,nascido aos, 23 de julho de 1897, natural da Capital
da Paraíba, falecido em 1978, que foi vigário e diretor da Cooperativa Agricola de Santa
Rita. Vale ressaltar de que com a morte precorse de Monsenhor Melibeu, o Monsenhor
Rafael assumiu em 1931 a condição de vigário de Santa Rita e concluiu a construção da
atual torre da Matriz de Santa Rita de Cássia, projeto inacabado até então diante da morte
do vigário anterior em 9 de agosto de 1931. Outra figura que não pode ser esquecida é a
do professor e pianista Luis de Azevedo Soares, nascido aos, 30 de novembro de 1898,
filho de João de Azevedo Soares e de Doralícia de Aquino, que foi professor por vocação e
não de formação acadêmica, era professor provisionado da Secretaria Estadual de
Educação,sempre foi professor particular. Com a inauguração do Grupo Escolar João
Ursulo, em 1939, aquela escola recebeu um piano para seu auditório e cujo tocador era o
professor Luiz Soares, que fazia a alegria de crianças e adultos. Na arte ou ciência da
fotografia em Santa Ria, temos os fotografos do mais alto gabarito possível, dentre os
quais podemos citar: Salvador Guedes, o pai do Consul e dono do Cine Avenida, durante

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

décadas, pode ser considerado o precursor na arte de fotografar na terrinha; Fausto


Ferreira, Zito do Foto, Zé Domingos, Viegas e tantos outros não menos importantes. Por
falar em Viegas, trata-se de Antônio Alves Bezerra, nascido em 26 de março de 1921,em
Sapé, Paraíba, filho de Adelino José Bezerra e Maria Alves Viégas, um verdadeiro devoto
na arte de tirar fotografia na rainha dos canaviais.

1.23 – Os correios e telegrafos em Santa Rita


Na década de 30 do século XX, segundo o Anuário (1937), Santa Rita tinha a sua
repartição postal e telegráfica dos correios e telegrafos de terceira categoria, localizada
em prédio particular à Rua 29 de Julho, no centro da cidade e o pessoal de atendimento é
constituído por José da Silva Távora, agente postal telegráfico; Emilia de Pace Araújo,
tesoureira; Manoel Augusto da Silva, estaféta; e José Bandeira da Silva, condutor de
malas. Todos trabalhavam com expediente do serviço postal em regime de motuo-
continuo, envolvendo o serviço telegráfico e telefônico, mantendo comunicação direta com
João Pessoa, pelo Morse, nos seguintes horários: às 7 (sete) e às 10 (dez) da manhã, à 1
(uma) hora da tarde, e às 7 (sete) da noite e com Espirito Santo, pelo telefone, nos
mesmos horários. E a referida repartição postal e telegráfica, segundo estatitisca
publicada no já referido anuário, nos informa que foram recebidos 946 (novecentos e
quarenta e seis) telegramas da Capital da Paraíba e 384 (trezentos e oitenta e quatro)
telegramas do interior do Estado, enquanto isso, foram transmitidos 509 (quinhentos e
nove) telegramas para a Capital e 185 (cento e oitenta e cinco) telegramas para o interior
do Estado. Mencionamos também de que durante o ano de 1936, a repartição postal
telegráfica de Santa Rita recebeu 962 (novecentos e sessenta e duas) malas e expediu
981 (novecentos e oitenta e uma) malas, o que representa um número significado de
correspondências efetivadas entre nossa gente e seus interesses pessoais, familiares e
comerciais. Entre nós santaritenses, o serviço postal aéreo com malas de
correspondências funcionava em 1937 da seguintes maneira: para o sul do Brasil, nas
quartas, sextas feiras e sábados, às 16 (dezesseis) horas, e nas quaintas feiras às 15
(quinze) horas; pra o norte do país, nas quartas, quintas e sextas feiras, às 19 (dezenove)
horas; e para a Europa, nas terças e sextas feiras, às 19 (dezenove) horas. Durante as
décadas de 40, 50 e 60 do século XX, tais serviços foram sendo aperfeiçoados em termos
de Brasil e consequentemente em Santa Rita, diante do avanço tecnológico com novas
midias. As famílias de porte médio em termos econômicos de Santa Rita, possuem
transportes próprios, além de ter várias praças de táxi para aluguel. Na sede do Município
na década de 60 já existia uma Central Telefônica com o interubano em funcionamento
em sua agência local, anexo a sede da Prefeitura Municipal, no centro da cidade na rua
Juarez Távora nº 93. Com o advento da Embratel – Empresa Brasileira de
Telecomunicações, os serviços postais e telefônicos, foram ampliados diante do
aparecimento das novas tecnologias midiáticas com uso de internet, telefones de última
geração com e ou sem fio, analógico e ou digital. É uma questão de preferência individual
do usuário. São inumeras as operadoras do sistema nacional de atendimento ao usuário
em nossa terra não é diferente, inclusive com o uso dos sistemas de DDD e DDI. Telefone
por aqui já foi coisa de gente rica e faz tempo que isso aconteceu, na atualidade é objeto
de brincadeira de criança, todo mundo tempo um e ou mais de um para o uso pessoal.

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

1.24 – A rede escolar e o aspecto urbano e rural


Quando falamos "pessoas do bem" não é vindita
política, é porque estamos mesmo em risco, esse
pessoal que Governa o Brasil há 10 anos, vem nos
empurrando para um buraco sem fundo, acabando
com o Patrimônio Nacional e tentando calar a
todos. Temos que reagir, eu não quero uma
Ditadura Militar, mas também não quero uma
Ditadura Fascista.Quero liberdade, quero um País
verdadeiramente Democrático, quero
investimentos em Educação, em Saúde Pública,
em Infraestrutura... Quero o Brasil para todos os
Brasileiros, mas quero de fato e de direito.
Humberto Gebrim

Santa Rita é considerada uma das principais cidades do Estado da Paraíba, no


entanto, apesar de está próxima da Capital é sempre tida como sendo um subúrbio da
chamada grande João Pessoa. A cidade está beneficiada pela energia elétrica vinda de
Paulo Afonso é uma das piores do mundo, tendo vista a escuridão durante a noite, por
falta de lâmpadas nos postes existentes, apesar do povo pagar seus impostos em dia, o
discuido é total por parte dos administradores dos bens públicos de caráter coletivos. As
ruas de Santa Rita apresentam aspectos desagradáveis, tendo em vista a falta de limpeza
pública, pois, a Prefeitura Municipal têm apenas dois carroções abertos para atender a
toda a população residente na sede do Município, deixando de lado os distritos que não
tem limpeza pública, pois, vivem todos totalmente abandonados sem às vistas do Poder
Público Municipal. Apesar disso, a sede do Município possui ruas calçadas e poucas árvores,
pois, parece que em Santa Rita, nenhum administrador jamais gostou de plantar árvores
nas ruas, o que não se concebe em pleno século XX, época em que se fala tanto em
ecologia, não se arborizar uma cidade tão bela e tão nobre quanto a "Terra" de nossos
pais e parentes e a nossa própria, uns que já foram chamados a presença de Deus e
outros que ainda estão aqui na labuta do dia-a-dia e do “si,sinhô,doutô”. Possui a
cidade quatro cinemas: o São João; o Avenida; o Santa Cruz, conhecido como “o puiga” e o
de Toscano, além de duas associações culturais: O GRESC e a AUS- Associação
Universitária Santarritense. É importante também mencionar as principais escolas
existentes na cidade, pode-se citar: 1 – rede pública estadual: EEEFM Enéas Carvalho;
EEEF Prefeito Antônio Teixeira; Escola Estadual Anísio Pereira Borges (Tibiri Fábrica); o
Grupo Escolar João Ursulo; EEEF Aline Silva Madruga; EEEFM Maria Honorina Santiago
(Popular); EEEF André Vidal de Negreiros; EEEF Machado de Assis; EEEFM Luiz Soares;
EEEF de Várzea Nova; dentre outras escolas igualmente importantes para o
desenvolvimento cultural, social e educacional do municipio; rede pública municipal: 2 -
EMEF Monsenhor Rafael de Barros; EMEF Flávio Ribeiro; EMEF Antônio Ferreira Nunes;
EMEF Francisco Marques da Fonseca; EMEF Anibal Limeira; EMEF Padre João Feliz; EMEF
Tiradentes; EMEF Padre Anchieta; EMEF Indio Piragibe; EMEF G. Maul (Bebelândia); EMEF
Amaro Gomes Coutinho (Livramento); EMEF Padre Pires (Livramento); EMEF Arnaldo
Bonifácio (Odilândia); EMEF José Lins do Rego; EMEF Paulo Maroja (em Aguiarlândia);
EMEF Antônio Pereira de Almeida (Marcos Moura); EMEF Flaviano Ribeiro (Cicerolândia);
EMEF Forte Velho; EMEF Severino Cabral (V. Nova); EMEF Arnóbio Maroja (Engenho do
Meio); EMEF Egidio Madruga; EMEF Carlos Arnóbio di Pace (Augustolândia); EMEF Pedro
Jorge (Lerolândia), dentre outras escolas e creches de igual importância em cada

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

localdiade urbana e rural do municipio; rede privada: 3 - COFRAG – Colégio Dr. Francisco
Aguiar, fundado com o nome Instituto Getúlio Vargas, em 05 de janeiro de 1964, à Rua
Eurico Dutra,nº 61, no Bairro Popular, pelo “menino professor Francisco Aguiar”, que
oferece os cursos de alfabetização, 1º e 2º graus regular e profissionalizantes: Técnico
em Contabilidade e Fromação de Professores do 1º Grau,mantido desde sua fundação
sem qualquer tipo de ajuda por parte do Poder Público; o Ginásio Augusto dos Anjos,
mantido pela Fundação Padre Ibiapina (extinto); o Ginásio Américo Falcão, mantido pela
CNEG (extinto); o Instituto São Francisco de Assis, fundado em 1959 e extinto na última
década do século XX; o Instituto Nossa Senhora da Conceição (extinto); o Educandário
São José (extinto); Escola Dom Bosco (deixou de funcionar a partir de 2016); o CEST –
Centro Educacional Santa Terezinha; o CCEJA – Centro Educacional José Américo; o INSF
– Instituto Nossa Senhora de Fátima; a Escola Santa Rita de Cássia; dentre outras escolas
privadas comprometidas com o progresso social e tecnológico de nossa juventude e
cidade.
Entre os principais prédios públicos pode-se citar o da Câmara Municipal na Praça
João Pessoa, nº 31, o da Prefeitura Municipal na rua Juarez Távora,nº 93, o do Mercado
Público, o do Grupo João Ursulo, o da EEEFM Enéas Carvalho, o do Santa Rita Tenis Clube
(extinto), o do Cine Avenida (atualmente funciona uma igreja evangélica), o do Cine São
João (extinto),o do Grupo Escolar de Tibiri (onde funciona a Escola Normal Estadual Anisio
Pereira Borges), o da Igreja de Nossa Senhora da Conceição, construída com os recursos
do senhor de engenho e comerciante Aluisio Silva e inaugurada 1851, o da Igreia Matriz,
criada em 1771 e inaugurada em 06 de dezembro de 1776, na Praça Getúlio Vargas, o
onde todos os dias os fiéis assistem a Santa Missa, o da Escola Doméstica Maria
Honorina Santiago (extinta e cujo prédio foi comprado pelo Governo do Estado da
Paraíba, onde funciona a EEEFM Maria Honorina Santiago), o da CTP – Companhia de
Tecido Paraibana, fundada em 1892 (extinta da década de 70 do século XX, foi derrubo
o prédio e no local funcional a Praça do Povo); o bueiro da CTP que continua de pé; o
prédio onde funciona a Secretaria Municipal de Educação, antiga residência de Virginio
Veloso Borges, Diretor Presidente da Fábrica Tibiri e em cujo solar esteve homisiado
Juarez Távora, considerado um dos principais chefes da Revolução de 1930 no
Nordeste, bem como serviu para abrigar a sede da Aliança Liberal na Paraíba, tendo a
professora Iracema Feijó como oradora oficial quando da recepção ao Presidente
Getúlio Vargas em nossa terra, sem deixar de lado que a pacificação assinada pelos
lideres políticos da UDN e do PSD e demais partidos que ficou conhecido como o
protocolo de Tibiri, também foi assinado em suas dependências e teve como resultado
a eleição que elegeu Flávio Ribeiro Coutinho (governador/UND) e Pedro Moreno Gondim
(vice governador/PSD) em 1956, segundo nos informa sua biografia escrita por Maia
(1977); o da Fundação do Hospital Governador Flávio Ribeiro, construído no início da
década de 60 do século; o sobrado onde residia Sebastião Madruga; o da AUS-
Associação Universitária Santaritense; o do antigo Sandu, atual PAN de Santa Rita; o do
Hospital Ceslau Gadelha - Associação Casa da Mãe Pobre – (extinto); o prédio onde
funcionam o Cofrag – Colégio Dr. Francisco Aguiar, fundado em 05 de janeiro de 1964 e
o IESPA/FAFIL - Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, fundada em 03 de abril de
1984, primeiro imóvel da cidade construído com três andares no século XX em Santa
Rita.
Na zona rural do município estão presentes os mais diversos imóveis (prédios)
representativos da história local, estadual e nacional, onde podemos destacar: o prédio em
ruínas da primeira fábrica de cimento na Paraíba, situado na Ilha Tiriri; as igrejas de São

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Gonçalo (patrocínio); São João (Usina de igual nome); Santa Rita (na extinta usina de igual
nome); Santana (na Usina Agroval); Santana ( em Gargaú, onde Dom Pedro II, em
dezembro de 1859 assistiu missa quando regressava de Mamanguape para a Paraíba e
ficou hospedado no solar dos Gomes da Silveira); São Gabriel ( Engenho do Meio);
Livramento ( na localidade de igual nome); Socorro (na localidade de igual nome e que
fazia parte do extinto povoado da Batalha); São Francisco Xavier ( no Engenho Capelinha,
que pertenceu a Antônio Gomes Cordeiro de Mello, primeiro prefeito de Santa Rita em
29/03/1890); o Forte Atalaia ( em Forte Velho); os casarões das antigas propriedades
rurais em ruinas; dentre outros monumentos públicos e ou privados em ruínas, dentre os
quais, a estação ferroviária de Reis ( Usina São João ).

1.25 – A assistência médico-odontológica-sanitária


É coisa preciosa, a saúde, e a única, em verdade, que
merece que em sua procura empreguemos não apenas
o tempo, o suor, a pena, os bens, mas até a própria
vida; tanto mais que sem ela a vida acaba por tornar-se
penosa e injusta.
Michel de Montaigne

A nossa história não menciona de que com quando da emancipação política de Santa
Rita em 19 de março de 1890, o município tenha herdado um só posto de saúde publico,
assim sendo, somos carentes de tais serviços em favor de nossa população desde os
tempos coloniais, tendo em vista que o nosso atual território municipal sempre pertenceu à
capital da Provincia e do Estado da Paraíba, até então. Tanto é assim, que o somente no
Anuário Municipal (1937), portanto, 47 anos depois da primeira emancipação política de
nosso município é que sem tem notícias da existência do Sub-Posto de Saúde Pública,
localizado à Rua Siqueira Campos, nº 53, fundado em 1º de março de 1936 pelo Dr. Gabriel
Perazzo em cooperação com a Prefeitura Municipal de Santa Rita. O que nos faz deduzir de
que o referido sub-posto era algo subordinado a um posto de saúde, de onde não se sabe,
e mesmo assim não era um órgão do Poder Público Municipal, tendo em vista o termo “em
cooperação com o Dr. Prefeito Municipal”. Vem daí a origem do sistema municipal de saúde
de nosso município, que na época tinha apenas dois funcionários, a saber: João Paulo de
Oliveira, exercia a função de guarda sanitário e Osvaldo Paulo de Oliveira, que exercia a
função de servente. Inclusive parece que ambos são parentes em si, tendo em vista o
sobre nome “Paulo de Oliveira”. Será que o nepotismo municipal tenha começado apartir de
ambos? Disso não se sabe, porém, é por dedução um caso típico de nepotismo dos dias
atuais no serviço público local. Enfatizamos de que o referido sub-posto de saúde tinha o
expediente de 7 (sete) às 11 (onze) e das 13(treze) às 16 (dezesseis) horas, não
funcionando nos dias feriados. Assim nos leva a crer que se trata de um único órgão serviço
de saúde prestado pelo municipio em pleno Estado Novo do Governo Vargas, em 1937. E
registra ainda a estatística municipal do serviço rural de saúde pública efetuado em todo
município de Santa Rita de 15 de abril a 31 de dezembro de 1936, com as seguintes
medicações feitas: 2.478 (dois mil, quatrocentos e setenta e oito) verminoses; 1.412 (um
mil, quatrocentos e doze) empaludismos; 2.113 (dois mil, cento e treze) vacinações; e 229
(duzentos e vinte e nove) revacinações, além de ter matriculado 4.215 (quatro mil,
duzentos e quinze pessoas) pessoas na referida repartição de saúde pública municipal.
Assim sendo, nas décadas de 40 e 50 do século XX, o atendimento ao público em termos
de sistema municipal de saúde, foi mera utopia, pois, somente nos anos 60 e 70 do referido

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

século foi que Santa Rita veio receber dois hospitais mantidos pela iniciativa privada,
ficando a administração pública local com atendimento do tipo consultas, receitas, aplicação
de injeção e tiragem de pressão. Mero preselitismo eleitoreiro, tendo em vista que para ter
direito a um remédio tinha que se pedir aos políticos, dentre outras práticas para atender o
povo carente.
De certa forma a cidade de Santa Rita, está relativamente bem servida no setor de
assistência médico-sanitária, pois, conta com vários postos de higiene municipal, no
restante do território do município, às condições não são muito boas, tendo em vista o
fator distância e a falta de cuidado por parte do Chefe do Executivo Municipal,sempre falta
dinheiro para cuidar do bem estar da população pobre e carente de serviços públicos. Na
cidade tem dois laboratórios de análises clínicas de particulares com convênio com o
INPS, três farmácias, a Santa Rita, na Praça Antenor Navarro, de Fernando e
Francisquinha Carvalho, a Nossa Senhora das Graças, do Senhor Edson Araújo, na Praça
João Pessoa e a Nossa Senhora da Penha, do senhor Adonias Vieira, na Praça Venâncio
Neiva, atual Padre Zé do Grupo Paulo Neto, próxima da Delegacia de Policia, não faltando
também os hospitais e maternidades de iniciativa particular, existentes na sede do
Município, que são respectivamente, Hospital Ceslau Gadelha, mantido pela
Associação Casa da Mãe Pobre, construído pelos irmãos Heraldo da Costa
Gadelha, Ceslau da Costa Gadelha Filho e mediante subvenção parlamentar consignada no
orçamento federal de autoria dos Deputados Humberto Lucena, Janduhy Carneiro e do
próprio Senador Ruy Carneiro, ex-Chefe do Poder Executivo Estadual, é importante registrar
de que o referido hospital também fechou suas portas, ainda no final do século XX e
encontra-se em ruinas. Apenas a Fundação Hospital e Maternidade Gov. Flávio Ribeiro
Coutinho, construído em terreno doado pela S/A Usina Santa e mediante a doação dos
plantadores de cana de açucar de Santa Rita de 1% (um por cento) sobre cada tonelada
de cana fornecida para as usinas da região de Santa Rita durante anos. Inicialmente foi
admnistrado pelas irmães da Congregação das irmães de Caridade da Holanda, e atual
pelas irmães da Congregação do Sagrado Coração de Maria, que vem prestando um
grande serviço a Santa Rita e a seu povo em diversos setores. Por fim funcionou
durante décadas o Hospital Infantil Santa Rita, pertecente ao médico Antônio Cristóvão,
da iniciativa privada, que diante da política adotada pelo SUS – Sistema Único de Saúde,
teve que declarar falência e fechar as portas do referido hospital em 2010 e cujo
patrimônio foi vendido para cobrir despesas de manutenção. Em sintese, o municipio
tem o Pronto de Socorro de Fraturas, clinicas, policlinicas e vários laboratórios
pertencente à iniciativa privada. E a administração pública municipal mantém 40
(quarenta) PSF – Posto de Saúde da Família, dentro de seus limites orçamentários
anuais.

1.26 – Assistencialismo e cooperativismo


Se nós temos os meios e a capacidade, vamos
conseguir tudo por nosso próprio mérito.
Luiz Melodia

Quando em 19 de março de 1890, o governo da Paraíba decretou a emancipação


política de Santa Rita do municipio da Paraíba, atual João Pessoa, o novo municipio não
dispunha de sistema social e cooperativismo público e/ou privado. Assim sendo, temos
noticia de que somente em 6 de maio de 1936, foi fundada a Socidade Cooperativa de
Responabilidade Limitada, com sede a Praça Pedro, II, e estabelecida em 15 de julho do

73
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

mesmo ano, tendo como presidente: Dr. Flávio Maroja Filho; vice presidente Dr. Adalberto
Gomes da Silva; gerente João Quirino Filho; Conselho Fiscal: Joaquim Gomes da Silveira, Dr.
Edson de Queiroz Mélo e Abiatar de Vasconcelos, e suplentes: Américo Falcone, Humberto
Resende Maia e Alcides Cordeiro de Lima. A referida cooperativa fez 85 (oitena e cinco)
empréstimos entre 15 de julho e 31 de dezembro de 1936 no valor de Rs. 63.053$500,
tendo montado o seu movimento global em Rs. 333.747$800, apesar do limitado praso de
cinco meses e quinze dias, conforme consta no Anuário Municipal (1937). Nas décadas
seguintes essa Cooperativa Agrícola e ou Caixa Rural, para outros, prestou grande serviço
ao povo de nossa terra, através de financiamento aos pequenos agricultores. Com a
chegada da rede bancária ela foi perdendo o foco e fechou suas portas na década de 80 do
século XX. Tivemos também a presença do Banco do Estado da Paraíba, com finalidade
diversas, em prol do desenvolvimento do comércio, indústria e agricultura, e deve-se
frizar que foi durante muito tempo a única agência bancária existente na cidade,
daí surgiam grandes filas dos operários e pensionistas do INPS, para receber seus
salários mensais. Por aqui existe a cultura de quem recebe salário minino nacional
passa por necessidades básicas, porque o chefe de familia não tem as condições
minimas para garantir o sustento de sua prole com pouco recurso para se manter.
Depois a cidade recebeu agências de diversos bancos, dentre os quais, o Banco do
Brasil, a Caixa Economica Federal, o Banco Bradesco e recentemente o Banco do
Nordeste do Brasil. A cidade também teve durante muitos anos a presença da Caixa
Escolar “Vigário Ferreira”, fundada em 29 de março de 1936, sendo sua diretoria
composta pelo Dr. Apolônio Nóbrega (Presidente); Eunice Cabral (Secretária); Ana
Moura Henrique (Tesoureira); e o Conselho Fiscal composto pelo professor Luiz de
Azevedo Saores, Julieta Cardoso de Albuquerque e Clara Cordeiro. Em síntese, a
referida caixa escolar no ano de 1936 realizou os seguintes beneficios em favor de
estudantes carentes de Santa Rita: distribuiu 37 (trinta e sete) uniformes; 18
(dezoito) livros; 196 (cento e noventa e seis) cadernos de papel pautado; 44
(quarenta e quatro) cadernos de caligrafia; 125 (cento e vinte e cinco) penas; 50
(cinquenta) canetas; 141 (cento e quarenta e um) lápis; 96 (noventa e seis) tinteiros;
6 (seis) prêmios; e 3 (três) pares de calçados. A referida caixa escolar vivia de
donativos, a exemplo da receita doada no mês de outubro de 1936, no valor de
300$000 (trezentos contos de reis) recebido do Governo do Estado da Paraíba. Na
atualidade o municipio tem várias associações voltadas para o cooperativismo local,
pertencente à iniciativa privada, principalmente para a agricultura familiar e
pequenos proprietários rurais.
Os programas sociais do governo federal: minha casa, minha vida, bolsa
escola, dentre outros de amparo a pobreza, ainda são grandes fontes de renda e de
ajuda aos menos favorecidos em pleno século XXI.

1.27 – A instrução pública e privada no município


[...] crenças funestas, contos fantásticos, práticas
supersticiosas que então circulavam na sociedade,
dando a medida do seu estado de ignorância, e
que, exaltando a imaginação do homem, lhe
enfraqueciam o espírito, o coração e o caráter
[...].

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

(Câmara dos Deputados, Sessão de 8-7-1871, in:


Anaes do Parlamento Brasileiro, Tomo III, p. 80
apud CARTOLANO, 1994, p. 49).

Santa Rita recebeu a emancipação de fato e de direito em 19 de março de 1890,


porém com o cofre vazio, porém, não existia qualquer tipo de sistema de saúde, educação,
infra-estrutura, etc., e muito menos dinheiro em caixa. O Intendente Antônio Gomes C. de
Melo, primeiro chefe do Poder Executivo, tomou posse em 29 de março de 1890 e
renunciou o cargo três meses depois para evitar o ramerame da politicagem adotada por
seu ex-aliado o Padre Manoel Gervásio Ferreira, que queria o dinheiro dos impostos da feira
pública para gastar nas obras sociais da Freguesia de Santa Rita e o Coronel Francisco
Carvalho, porque o Intendente era o titular da Chefatura de Policia em Santa Rita. Inveja é
uma desgraça para qualquer pessoa. Assim sendo foi o primeiro presente de grego que a
rainha dos canaviais recebeu em termos de emancipação, que por analogia parece mais
com uma emancipação aos moldes do pensamento de Pirro. Ressaltamos de que a
instrução pública durante o período colonial brasileiro, não existia, apenas os filhos dos
nobres tinham professores em sua maioria das vezes dentro de suas casas, representado
por padres mestres das diversas ordens religiosas, a exemplo dos beneditinos, franciscanos,
jesuítas, dentre outros. Não foi diferente durante o período do primeiro e do segundo
reinado, representados nas pessoas dos Pedro I e II. Mencionamos de que em 27 de
outubro de 1827, Dom Pedro I, criou as primeiras normas a respeito da instrução públicas
em cidades, povoados e vilas. Isso praticamente ficou no papel, porque não existiam
fundos oficiais para manter tal sistema de educação rudimentar e primária. Nunca devemos
falar em educação pública obrigatória em tais períodos. De modo que em 15 de novembro
de 1889, o Brasil proclamou sua república, via o Marechal Manoel Deodoro da Fonseca,
graças aos ensinamentos de Benjamin Constant, discípulo das idéias positivista de Augusto
Comte. Com o sistema de governo republicano o Brasil teve que reformar também seu
precário sistema de instrução pública, quase inexistente, herdado do sistema imperial.
Assim sendo, o professor Benjamin Constant Botelho de Magalhães, foi o responsável pela
primeira Reforma da Instrução Pública para o Brasil republicano, em 1890, segundo
Nogueira (1936). Assim sendo, é importante mencionar de que o homem considerado como
pai da república nascente, ideologicamente falando, iniciou seus estudos do magistério
1854, conforme confissão escrita de próprio punho, contida na carta 20 de julho de 1879,
quando afirma textualmente:

“[...] espondo algumas das principais


ocurrencias relativas à minha malfadada
carreira do magistério. Tendo terminado em
1853 o primeiro ano da antiga Escola Militar,
oje Politécnica i obtido, como obtive depois em
todos os outros anos do meu curso de estudos,
as melhores aprovações, encetei em 1854 a
carreira do majisterio como explicador de
matemáticas elementares dos alunos daquela
Escola”. (MENDES, 1894, p. 15-16).

De modo que segundo Nogueira (1936, p. 6), Bejamin Constant concliu o curso
de Engenharia na Escola Militar, obtendo o título acadêmico de bacharel em ciências
físicas e matemáticas, em 1858, ingressando posteriormente no Observatório

75
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Astronômico Nacional. Exerceu o primeiro emprego como professor no Instituto dos


Meninos Cegos a partir de 1862, inclusive substituiu o diretor Cláudio Luis da Costa, do
citado instituto, haja vista o falecimento do mesmo em 1869 e teve a idéia de propor a
criação do Plano de Instrução Primária, para a referida escola.
Por outro lado, em 1873, Benjamin Constant, prestou concurso público para exercer
a função de repetidor de matemática, no curso superior da Escola Militar, sendo aprovado
em primeiro lugar. Teve dificuldades por ser militar para ser efetivado na cátedra do
magistério, segundo Cartolano (1994, p. 21), que transcrevemos com a ortografia da língua
portuguesa de sua época:
“O lugar de repetidor da Escola Militar, alen de
mal remunerado só é vitalício no fin de 15 anos
no efetivo ezercicio no majisterio. Alen disso, o
militar que ezerce este lugar, se não tem no
ezercito outro enprego, perde todos os
vencimentos militares que se considerao
incluidos nos vencimentos de Repetidor,
podendo-se dar o fato de perceber menos que
o sinples soldo da patente; somente se poderá
jubilar si dezistir da reforma i vice-versa, i fica
fóra dos cuadros regulares do ezercito, sujeito
â promoções muito mais lentas, com grave
prejuizo seu i de sua familia, a quen legará
menor meio soldo”.

Na realidade, Benjamin Constant, teve que enfrentar uma verdadeira saga, diante
das “mediocridades ambiosas, sob a liderança do patronato” por ser em todos os concursos
públicos que prestou, conforme relata Cartolano (1994, p.28):

“[...] os concursos públicos, afora o desafio


que representavam à sua inteligência, no
momento em que se preparava para eles,
eram a marca da sociedade pendocrata, isto é,
do governo ou influência das mediocridades
ambiciosas, sob a liderança do patronato. A
realidade educacional gerada por esta política
de proteção aos medíocres era, como não
podia deixar de ser, de indiferença real para
com a elevação do nível de ensino,
denunciada, inclusive, por políticos da época,
por ministros-conselheiros, como mencionado
anteriormente, e pelo próprio Benjamin”.

É importante frisar de que em 1880, Benjamin Constant, foi professor e diretor da


Escola Normal. Quando foi proclamada a República dos Estados Unidos do Brasil, ele foi
Ministro da Guerra e posteriormente Ministro da Instrução Pública, Correios e Telegráficos,
órgão criado em 12 de abril de 1890. E através do Decreto nº 981, de 8 de novembro de
1890, obteve a aprovação do regulamento da instrução primária e secundária do Rio de
Janeiro, então Distrito Federal. Essa foi contribuição durante o Governo Provisório
Republicano de Deodoro da Fonseca, tendo falecido no Rio de Janeiro em 22 de janeiro de
1891.

76
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

No final da monarquia brasileira em 15 de novembro de 1889, tendo Dom Pedro II,


como chefe do poder soberano, somente a educação superior era bem valorizada em todo
o país, tanto é assim que “[...] E, quanto ainda ao próprio ensino superior sabemos que o Brasil
teve uma educação fundamentalmente humanista, literária retórica com muito pouco ou quase nada
de científico”, conforme Cartolano (1994, p. 24). Assim sendo, com o fim da monarquia,
surgiram novas idéias para governar e modernizar o Brasil, pelo menos em tese. Tanto é
assim que “já ficou registrado que o fim do Império e o início da República foi uma época
caracterizada por grande movimentação de idéias”, conforme enfoca Carvalho (1987, p. 42).
As idéias de modernização da sociedade eram tantas que passavam pela aceitação
de fato de e direito da libertação dos escravos, fato histórico ocorrido em 13 de maio de
1888, através da Lei Áurea, assinada pela Princesa Isabel. Tudo isso, porque a partir de
então os negros foram declarados livres sem lenço e sem documentos, inclusive o direito a
moradia, a comida e ao letramento, haja que visto que tudo isso fazia parte da bandeira
republicana do abre as asas entre nós. Não foram poucas as perguntas pelos sonhadores
de que com a proclamação da república tudo ia se resolver de um dia para a noite, ledo
engano, tanto é assim que “o fim de escravos (1850) e a solução cafeeira fizeram com que
haja internamente uma disponibilidade de capitais”, no dizer da análise positivista de
Ribeiro (2003, p. 63), inclusive levando-se em consideração que o Brasil continua sendo um
país de vocação agrícola, pois, a indústria nacional não tinha ainda representatividade
alguma no cenário internacional, coisa muito primitiva, pois, continuava ainda plantando,
colhendo e exportando café, cana de açúcar, cacau e borracha, o que caracteriza o setor
agrário exportador, igualmente como era no período imperial. Isso significa um beco sem
saída, porque não se faz um país industrializado sem mão de obra qualificada e tecnologia
de ponta. Tudo continuava como antes no quartel de Abrantes, como diz o ditado popular.
Diante dos acontecimentos históricos, sociais e econômicos ocorridos, viera direta e
indiretamente, influenciar a questão da instrução pública no Brasil, dentre os quais, a Lei do
Ventre Livre, a partir de 1871, que “[...] mandassem ensinar ler e escrever todas as
crianças nascidas a partir de sua promulgação”, conforme enfatiza Schelbauer (1998, p.
41), o que podemos deduzir que se tratava de uma questão de qualificação do trabalho no
futuro. Assim sendo, as mudanças no sistema de instrução pública brasileira do Império
para a República, são assim descritas e ou compreendidas:

“A República inaugurava, pois, transformações


estruturais importantes, tais como o encurtamento
das distâncias com a construção de vias férreas e
a expansão das já existentes, a agilização dos
transportes marítimos através dos barcos a vapor,
a modernização dos processos de fabrico do
açúcar e a construção de engenhos, sem contar o
importante avanço nos processos de
beneficiamento do café que aumentaram a sua
produtividade. Todas essas alterações foram
decisivas no surgimento de novas relações e novos
interesses na sociedade. Da mesma forma que
estas mudanças, o incremento das indústrias, a
urbanização e a modernização das capitais e das
cidades portuárias, bem como, a imigração,
contribuíram de algum modo para a República e
para a federalização do país. Além, é claro, de

77
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

todas as idéias trazidas da Revolução Francesa


que tiveram, igualmente, sua influência. É, então,
fundamental a compreensão dessas
multideterminações, para se entender a sociedade
da época [...]”, conforme Cartolano (1994, p. 94).

A história enfatiza que através do Ato Adicional de 1834, ocorreu durante o Império,
uma reforma importante da instrução publica do ensino primário e secundário no Rio de
Janeiro, então capital do referido império, sendo também contemplado o ensino superior
em todo o território brasileiro. Naquele tempo o ensino primário era de responsabilidade
das Províncias, atuais Estados membros, tal política prevaleceu até 1889, o que não era
favorável seu desenvolvimento tendo em vista que “[...] para uma população de 14
milhões, e uma população em idade escolar de cerca de 2 milhões, tínhamos apenas 250
mil alunos nas escolas primárias”, segundo Basbaum (1981, p. 194).
Através do Decreto nº 7.684, de 6 de março de 1880, foi criada e instalada a Escola
Normal da Corte, tendo Benjamin Constant, como seu primeiro diretor, cuja escola
funcionou no inicio de suas atividades pedagógicas em um espaço cedido pelo Colégio Dom
Pedro II. Por outro lado, o objetivo principalmente da referida escola normal é preparar
docentes para o ensino primário e secundário: 1º e 2º ciclo para ambos os sexos, valendo
lembrar de que aqui o ensino era gratuito.
De modo que com fim do Império (1822/1889) e início da República , em 15 de
novembro de 1889, ainda no século XIX e as décadas iniciais do século XX, o Brasil passou
a defender com garra a sua emancipação legal e política diante das demais nações do
mundo, tendo em vista a adoção do regime republicano e presidencialista, na realidade o
país americanizou-se até no nome adotado: República dos Estados Unidos do Brasil. As
mudanças estruturantes no setor político, econômico e social, bem assim na mudança do
termo “Província” para “Estado” membro, cada unidade da federação nacional. O Rio de
Janeiro passou a sede do Governo Provisório Republicano, dissolução do Congresso
Nacional (Câmara dos Deputados e Senado Federal), e separação oficial da Igreja e do
Estado, a partir de então a nação deixou de ter religião oficial. Ante o exposto, Prato Junior
(1998, p. 218), cita que:

“Os primeiros anos que seguem imediatamente à


proclamação da República serão dos mais graves
da história das finanças brasileiras. A implantação
do novo regime não encontrou oposição nem
resistência aberta sérias. Mas a grande
transformação política e administrativa que operou
não se estabilizara e normalizara senão depois de
muitos anos de lutas e agitações. Do império
unitário o Brasil passou bruscamente com a
República para uma federação largamente
descentralizada que entregou às antigas
Províncias, agora Estados, uma considerável
autonomia administrativa, financeira e até
política”.

A industrialização brasileira, inicialmente se deve a imigração italiana, espanhola e


alemã, dentre outro grupos humanos que resolverem vir para cá, levando-se em

78
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

consideração transformações circunstanciais em suas pátrias. Essa gente trouxera


conhecimento e tecnologia para a fabricação de certos produtos, muitos dos quais se
desenvolveram por falta de concorrentes em solo da Terra de Pindorama, nome pátria
adotado até 22 de abril de 1500, pelos índios, antes da chegada de Pedro Álvares Cabral e
sua comitiva. Na realidade o Continente Europeu vivia a crise da superprodução, advindo
daí, conseqüência natural e de cujo ideológico, conforme menciona Machado (2002, p. 33):

“O movimento socialista fortalecia-se a cada dia e


organizava greve e manifestações em nome da
classe trabalhadora. A burguesia deveria
posicionar-se, ou escolhendo uma forma política
que lhe permitisse lidar com ela ou se utilizando de
meios repressivos. O uso da força sempre produzia
resultados positivos, mas, para esfriar o
movimento, era necessária a adoção de uma
política a longo prazo. O confronto ia se mostrando
menos agudo à medida que se esvaziava o
excedente de mão-de-obra. Nesse momento, o
mundo conheceu o maior movimento imigratório
da história. A emigração era o caminho escolhido
pela maioria dos países para amenizar a crise”.

Assim sendo, diante de tais acontecimentos históricos e sociais, “[...] a Reforma


Benjamin Constant, se de um lado, expressava a descentralização, por outro, funcionava
como ponto de referência e modelo para outras iniciativas ou particulares no campo da
instrução nacional”, conforme Cartolano (1994, p. 125).
É evidente de que a maioria dos intelectuais brasileiros foram influenciados pelo
positivismo de Augusto Comte, dentre os quais o próprio Benjamin Constant. O referido
pensamento positivista significa uma reação ao idealismo, e/ou seja, oposição ao primado
da razão, teológica e ou metafísica, tendo como pedra fundamental o mundo físico e ou
material ao pé da letra. Tanto é assim que Benjamin Constant, segundo Mendes (1894, p.
179), afirma:

A Filozofia Pozitiva não é uma dessas doutrinas


vagas i arbitrarias que os metafizicos tên criado,
bazeando-as em ipotezes gratuitas e inverificáveis,
i que só podem ter influencia passajeira; ao
contrarío, é uma doutrina racionalmente fundada
no raciocinio, na observação i na esperiencia,
unicas fontes que podem oferecer à atividade de
nosso espirito un alimento são i suculento, i os
dados essenciais à sua marxa progressiva, i essa
força assencional con que vemos aumentar cada
vês mais o tesouro dos seus conhecimentos
elevando-se gradativamente dos fenômenos os
mais elementares aos fenômenos mais
complicados, das leis as mais sinples às leis as
mais transcendentes. Nenhuma Filozofia guarda
maior conveniência, entre as concepções
sientificas i as doutrinas relijiozas, i melhor satisfás
as nossas varias necessidades fizicas, morais i

79
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

espirituais. Nenhuma melhor subordina a siencia à


relijião. (Transcrevemos com a ortografia da
época).

Disso ninguém tem dúvida de que Benjamin Constant, na realidade era positivista,
porém, em sua propalada reforma educacional, divergiu da ideologia de Augusto Comte,
conforme citamos que:

Outro objetivo da Reforma foi o de fundamentar a


educação na ciência, em detrimento da tradição
clássica. A predominância literária, de acordo com
a ordenação positivista e liberal, foi substituída
pela científica, embora, segundo, José Veríssimo,
Benjamin Constant não demonstrasse conhecer
suficientemente as concepções de educação de
Augusto Comte, pois incluía já na escola de 1º
grau a aritmética, a geometria prática e, na de 2º
grau que se iniciava aos 13 anos, além destas, a
trigonometria, as ciências físicas e naturais. Esta
introdução das ciências antes do 14 anos não era
recomendada por Comte, para quem, até esta
idade, a criança deveria receber uma educação de
caráter estético, baseada na poesia, na música, no
sedenho e nas línguas, semelhante estudo,
essencialmente isento de preconceitos quaisquer,
consiste apenas em exercícios estéticos, em que
as leituras poéticas são criteriosamente
combinadas com o canto e o desenho. (MEZZARI,
2001, p. 89-90).
Isso é fato e contra fato não se tem argumento. Benjamin Constant, divergiu porque
Augusto Comte, em sua teoria sociológica, acreditava ter descoberto a lei com base na
racionalidade, tendo em vista que para ele, os conhecimentos passam por três estados
diferentes: o teológico e ou fictício; o metafísico e ou abstrato; e o cientifico e ou positivo.
Daí porque o próprio Comte esclarece o seguinte:

“No estado teológico, o espírito humano, dirigindo


essencialmente suas investigações para a natureza
íntima dos seres, as causas primeiras e finais de
todos os efeitos que o tocam, numa palavra, para
os conhecimentos absolutos, apresenta os
fenômenos como produzidos pela ação direta e
contínua de agentes sobrenaturais mais ou menos
numerosos, cuja intervenção arbitrária explica
todas as anomalias aparentes do universo.
No estado metafísico, que no fundo nada mais é
do que simples modificação geral do primeiro, os
agentes sobrenaturais são substituídos por forças
abstratas, verdadeiras entidades (abstrações
personificadas) inerentes aos diversos seres do
mundo, e, concebidas como capazes de engendrar
por elas próprias todos os fenômenos observados,

80
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

cuja explicação consiste, então, em determinar


para cada um uma entidade correspondente.
Enfim, o estado positivo, o espírito humano,
reconhecendo a impossibilidade de obter noções
absolutas, renuncia a procurar a origem e o
destino do universo, a conhecer as causas intímas,
dos fenômenos, para preocupar-se unicamente em
descobrir, graças ao uso bem combinado do
raciocínio e da observação, suas leis efetivas, a
saber, suas relações invariáveis de sucessão e de
similitude. A explicação dos fatos, reduzida então a
seus termos reais, se resume de agora em diante
na ligação estabelecida entre os diversos
fenômenos particulares e alguns fatos gerais, cujo
número o progresso da ciência tende cada vez
mais a diminuir”. (COMTE, 1983, p. 4).

Assim sendo, não temos dúvida de que Augusto Comte, busca aplicar os
conhecimentos da física no social, levando-se em consideração a própria evolução do ser
humano, justificando de que desde o estado inicial, o teológico, indo até o final, o positivo,
onde será atingida a potencialidade máxima do desenvolvimento da espécie humana.
Em 1876, Oliveira Guimarães, fundou a primeira Sociedade Positivista em solo
brasileiro, a qual foi transformada em Igreja Positivista Brasileira, em 1881, por Miguel
Lemos, orientado por Laffite, um dentre os discípulos de Comte. A referida escola fechou
com suas portas com o falecimento de Teixeira Mendes. Ressaltamos de que o positivismo
serviu de uma espécie de bandeira do oriente para a maioria dos intelectuais envolvidos no
processo de emancipação política do Brasil República, daí porque distinguimos Benjamin
Constant, diante do fato levar o referido pensamento à Escola Politécnica do Rio de Janeiro,
ao citar que:

[...] tentava dar a escola secundária um objetivo


essencialmente educativo ou formador, baseado
nas ciências, desligando-a de sua função
preparatória para cursos superiores, pela
estruturação de um “curso integral de estudos”,
desvirtuou o pensamento educacional de Comte,
uma vez que deu ao Estado o papel preponderante
na organização de ensino, enquanto o Positivismo
é contra a obrigatoriedade de ensino, e transfere
esse papel aos “sacerdotes cientistas” (“a
providencia intelectual”), e ainda inclui o estudo
das ciências já para alunos de sete anos de idade,
sacrificando a “educação estética”, que completa a
educação espontânea”. (RIBEIRO JUNIOR, 2003,
p. 322).

Não houve derramamento de sangue para se proclamar a república no Brasil,


através do pensamento positivista, isso significa que entre nós houve uma revolução
branca, dentre muitas outras que ocorreram no mundo naquele tempo. A inspiração
positivista encontra-se exposta na criação da Bandeira Nacional, através do Decreto nº 4,

81
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

de 19 de novembro de 1889, proposta de Benjamin Constant, ideia de Miguel Lemos e


colaboração de Raimundo Teixeira Mendes, que escreveu o lema: “Ordem e Progresso”, a
pedido de Rui Barbosa, Ministro da Fazenda. Assim sendo, Ribeiro Junior (2003, p. 214),
citar que “o que os positivistas queriam demonstrar com a criação da nova bandeira é que
não se pode romper subitamente os laços com o passado e que toda reforma, para
frutificar, deve tirar seus elementos do próprio estado de coisas a ser modificado”. Isso
significa dizer, que o grande legado de Benjamin Constant, foi envolver-se com a primeira
reforma educacional do Brasil República, diante dos fatos históricos, dentre os quais a
imigração, o início da industrialização e a visão de futuro em termos de qualificação de mão
de obra, através do sistema educacional.
Terminou a República velha com a Revolução de 1930, foi criado o Ministério da
Educação, ainda no Governo Getúlio Vargas. A reforma Francisco Campos, em 1931,
passando pela Carta Magna de 1937, que criou o Estado Novo, rearranjada pela reforma
Capanema em 1942. Entrou em vigor a Lei nº 4024/61, que foi substituída em parte pela
Lei nº 5.692/71, a qual foi revogada pela Lei nº 9.394/96, atual Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional.
Diante da realidade nacional acima exposta, vamos sintetizar a historicidade da
instrução pública e privada na Provincia da Paraíba e bem assim em Santa Rita, na década
de 50 do século XIX, desde seus primórdios. Preliminarmente, citamos o jornal O
Governista Parahybano (1850), edição de 27 de julho de 1850, onde publica a informação
de que:

“[...] esta Província nomêa 5 Deputados, e 2


Senadores para a Assembléa geral legislativa, e
28 Deputados Provinciaes, tem 24 frequezias, 3
cadeiras de latim, 23 cadeiras de primeiras letras
para meninos, e 3 para meninas; tem pontes de
madeira, todas bem construídas”.(Transcrevemos
com a ortografia da época).

Segundo informa a tabela 1, que relaciona as cartas sobre a instrução pública nos
jornais da Paraíba no Império, publicada no site da UFPB/CCHLA – Jornais e Folhetins da
Paraíba no século 19. De modo que em todo Estado que na época se chamava de Província
da Paraíba, existiam apenas 23 (vinte e três) cadeiras e ou seja 23 (vinte e três)
professores de primeiras letras para meninos e 3 (três) cadeiras e ou 3 (três) professores
para meninas. Portanto, tínhamos poucos municípios, pouquíssimos alunos matriculados,
diante do fato histórico aqui oficialmente confessado no referido jornal. Toda Paraíba em
1850, tinha apenas 26 (vinte e seis) professores de primeiras letras. Ressaltamos, ainda
que por dedução lógica, que o povoado, a vila e a partir de 19 de março de 1890, a cidade
e município de Santa Rita, não tinha qualquer sistema público e ou privado de ensino de
primeiras letras, aqui instalado e funcionando no século XIX, no auge do Segundo Império,
inclusive na época da visita do Imperador Pedro II, em janeiro de 1859 a Paraíba,
desfilando com sua carruagem em nosso solo, sendo hospedado por José Teixeira de
Vasconcelos, o nosso “Barão de Maraú”, no solar do Engenho São João, com destino a
cidade de Pilar para inaugurar a Casa da Câmara e de lá partiu com igual tarefa oficial para
a cidade de Mamanguape, e de retorno a Capital da Paraíba para regressar via návio ao Rio
de Janeiro, capital do império, deve ter apreciado a douçura da água do rio Jacuípe, tendo
em vista que pernoitou no solar do Engenho Gargaú, de propriedade de Joaquim Gomes da

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Silveira, onde foi oferecido um jantar servido em baixelas de ouro, no melhor estilo da
aristocracia açucareia da época. Isso é fato e contra fato não se tem argumento, tanto é
assim o jornal “O Governista Parahybano”, edição de 04 de janeiro de 1851, publica a
informação dirigida:

“Ao diretor da instrução pública comunicando que


o professor de primeiras letras de Santa Rita:
Angelo Miguel de Souza obteve licença da
Presidência da província durante as férias”.
(Negrito nosso).

Isso nos leva a crer, ainda que por dedução de que o povoado de Santa Rita,
pertencente ao território da Capital da Provincia da Paraíba, tinha apenas um professor de
primeiras letras em 1851, tendo em vista que em toda Província da Paraíba tinha apenas
26 (vinte e seis) cadeiras (professores), sendo: 23 (vinte e três) cadeiras (professores) de
primeiras letras para meninos e 3 (três) para meninas, conforme o referido jornal em
edição de 27 de julho de 1850, antes mencionado. Assim sendo, não temos dúvida de que
Angelo Miguel de Souza, foi na realidade o primeiro é único professor de primeiras letras
em Santa Rita, no meado do século do XIX.
No tocante a professores particulares do ensino de primeiras letras, em Santa Rita,
ninguém sabe e ninguém viu, pois, não temos conhecimento oficial e ou oficioso de sua
existência, nem no ambiente familiar e ou religioso, tendo em vista que a história nacional
enfatiza a existência de padre mestre, porém, entre nós, isso é mera ilação, o que nos
autoriza a afirmar de nossos primeiros padres na capela de Santa Rita de Cássia, apenas
celebravam suas missas em língua latina e nada mais para nossa juventude e população do
lugarejo em formação.
A história é dinâmica em todos os ângulos observados e em qualquer parte do
mundo, de modo que não foi diferente entre nós, tanto é assim que a aristocracia
dominante na Província da Paraíba do Norte, não foi consultada se aceitaria mudar do
regime monárquico para o regime republicano, tendo em vista que na época do golge
militar de Deodoro da Fonsenca, em 15 de novembro de 1889, o fato histórico é assim
registrado na terra das tribos: tabajara, potiguara e Tibiri:

“[...] as primeiras notícias do golpe de 15 de


novembro foram recebidas aqui com alvoroço. Não
nos colheram de surpresa, e o Estado, desde logo,
tratou de organizar a sua administração, dentro
dos moldes que nos trazia a nova forma de
governo”. (Mello, 1996, p. 71).

O alvoroço deve ter sido no sentido dos ocupantes dos cargos e ou funções públicas
para se manterem no poder político, tudo como antes no Quartel de Abrantes, tendo em
vista que os “fatos estão ali, escritos no registro histórico, com determinadas propriedades,
mas isso não implica, de certo, uma noção de que esses fatos revelam seus significados e
relações (conhecimento histórico) por si mesmas”, segundo nos informa Thompson (1981,
p.37), tendo em vista que é a partir de então, 1889 que se inicia um novo tempo na
História do Brasil e de suas Províncias, agora transformadas em Estados. E no Estado da
Paraíba, não foi diferente, tiveram inicio assim um novo e consequentemente uma nova
legislação, escrevendo o destino de nossa gente em todos os sentidos. De modo que não

83
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

vai ser diferente no tocante ao setor educacional público e privado, a nível estadual e bem
assim nos municípios, dentre os quais situamos Santa Rita. Tem inicio o regime republicano
nas três esferas do Poder Público no Brasil, a partir de então. Nos termos da Constituição
Federal de 1891, o Brasil republicano delega a responsabilidade da educação primária e
secundária aos Estados membros. Tal política oficial foi incorporada a Constituição do
Estado da Paraíba, assim como nas demais unidades federação nacional. A partir de então
o Estado da Paraíba passou a gerenciar o sistema de educação pública estadual, bem como
a legislar em termos complementares a própria legislação federal. Assim sendo tem inicio a
referida legislação educacional, conforme passamos a relacionar:

1. Decreto Estadual nº 6, de 23 de janeiro de 1890, que reuniu as diretorias da instrução


primária, da Escola Normal e Reitoria do Liceu, com a denominação de Diretoria Geral da
Instrução Pública da Paraíba;
2. Lei Estadual nº 10, de 20 de dezembro de 1892, que deu nova classificação às escolas
primárias do Estado da Paraíba;
3. Decreto Estadual nº 7, de 4 de fevereiro de 1893, que criou a Escola Normal para ambos
os sexos;
4. Decretos Estaduais diversos, editado em 1896, criando as escolas de primeiras letras no
Estado da Paraíba;
5. Lei Estadual nº 233, de 19 de dezembro de 1903, que reclassificou as cadeiras de
instrução e definiu as posições do professorado no Estado da Paraíba;
6. Lei Estadual nº 216, de 10 de novembro de 1904, estabelecia que os municípios
passassem a destinar 20% (vinte por cento) da sua arrecadação à instrução pública em
cada município.
7. Decreto Estadual nº 241, de 26 de agosto de 1904, que reformou a instrução pública
definiu as posições do professorado da Paraíba;
8. Decreto Estadual nº 265, de 29 de julho de 1905, que substituiu o pessoal docente da
instrução primária por professores normalistas e criou novos incentivos ao professorado.
Tem inicio o fim de professor leigo e ou sem diploma para o exercício do magistério na
Paraíba;
9. Decreto Estadual nº 405, de 3 de março de 1909, criou a Diretoria da Instrução Pública
e da Escola Normal da Paraíba;
10. Lei Estadual nº 313, de 18 de outubro de 1909, instituição de grupos escolares nos
municípios da Paraíba;
11. Regulamento da Escola Normal da Paraíba, de 14 de fevereiro de 1910;
12. Ofício Circular, de 17 de abril de 1909, que organizou os programas de ensino e prédios
escolares;
13. Diversas Leis Estaduais de 1910, que prescreviam a construção dos primeiros prédios
escolares na Paraíba;
14. Lei Estadual nº 360, de 14 de outubro de 1911, determinava que o ensino primário
deve ser ministrado em escolas isoladas e em grupos escolares;
15. Lei Estadual de 7 de outubro de 1913 reformou a instrução pública da Paraíba;
16. Decreto Estadual nº 778, de 19 de julho de 1916, criação do primeiro grupo escolar na
Paraíba: Grupo Escolar Dr. Thomaz Mindello, que foi instalado em prédio antigo comprado
pelo Coronel Antônio Pessoa, então Presidente da Paraíba, por cinqüenta e dois contos de
reis, conforme o Diário do Estado 23 de julho de 1916;
17. Decreto Estadual nº 873, de 21 de dezembro de 1917, reformou a instrução pública,
garantindo a publicação de obras, aparelhos e métodos feitos pelos professores da Paraíba;

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

18. Decreto Estadual nº 23, de maio de 1918, instituindo o prêmio “Epitácio Pessoa”, para
contemplar o melhor aluno do curso;
19. Decreto Estadual nº 441, de junho de 1927, reformou a instrução pública da Paraíba;
20. Lei Estadual nº 656, de 16 de novembro de 1928, entingue a Diretoria Geral da
Instrução Pública da Paraíba;
21. Lei Estadual nº 1.529, de 29 de setembro de 1928, criação da cadeira de educação
cívica na Escola Normal e no Liceu Paraibano
22. Decreto Estadual nº1652, de 22 de março de 1929, cria o serviço de inspeção técnica
educacional da Paraíba;
23. Lei Estadual nº 708, de 30 de setembro de 1930, cria nos municípios do interior da
Paraíba as escolas elementares de ofícios para o aprendizado de menores;
24. Decreto Estadual nº 33, de 11 de dezembro de 1930, considerou extintas as escolas
municipais e estabeleceu para o Estado da Paraíba a responsabilidade das escolas
primárias;
25. Decreto Estadual nº 183, de 12 de setembro de 1931, cria a Diretoria do Ensino
Primário da Paraíba;
26. Decreto Estadual nº 278, de 18 de maio de 1932, prevê a criação de uma revista de
ensino estadual;
27. Decreto Estadual nº 251, de 28 de janeiro de 1932, para aprovação e ratificação do
Convênio para o aperfeiçoamento e uniformização das estatísticas educacionais da Paraíba;
28. Decreto Estadual nº 497, de 12 de março de 1934, cria a escola de aperfeiçoamento de
professores da Paraíba;
29. Decreto Estadual nº 508, de 3 de abril de 1934, regulamentou a escola de
aperfeiçoamento de professores da Paraíba;
30. Decreto Estadual nº 498, de 12 de março de 1934, cria o Orfeão Escolar do Estado da
Paraíba;
31. Lei Estadual nº 16, de 13 de dezembro de 1935, reforma a instrução pública, cria o
Departamento de Educação e a Escola Secundária do Instituto de Educação da Paraíba;
32. Decreto Estadual nº 961, de 11 de fevereiro de 1938, que dispõe sobre a organização
das escolas da Paraíba;
33. Decreto Estadual nº 1042, de 13 de maio de 1938, cria a Escola Rural Modelo da
Paraíba;
34. Decreto-lei estadual nº 311, de 11 de agosto de 1942, reforma o Departaemto de
Educação;
35. Decreto–lei estadual nº 156, de 5 de maio de 1942, cria a escola de professores;
36. Decreto-lei estadual nº 260, de 24 de abril de 1942, cria os cargos de professores
estaduais;
37. Decreto-lei estadual nº 291, de 14 de julho de 1942, cria o curso de emergência para a
formação de monitores de Educação Física;
38. Decreto-lei estadual nº 369, de 19 de novembro de 1942, regulamenta os auxílios e as
subvenções concedidas aos estabelecimentos de instrução da Paraíba;
39. Decreto-lei estadual nº 347, de 31 de outubro de 1942, regulamenta a divisão cultural
do Departamento de Educação da Paraíba;
40. Decreto-lei estadual nº 264, de 4 de agosto de 1942, institui novo fardamento escolar;
41. Decreto-lei estadual nº 320, de 8 de janeiro de 1949, conce autonomia aos municípios
da Paraíba para a organizar os seus sistemas municipais de ensino público;
42. Lei Estadual nº 354, de 1949, cria a campanha da merenda escolar estadual;

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

43. Lei Estadual nº 608, de 13 de novembro de 1951, reestruturou a carreira de inspetor


técnico de ensino da Paraíba;
44. Lei Estadual nº 722, de 4 de janeiro de 1952, cria a Superintendência do Ensino Normal
do Estado da Paraíba;
45. Lei Estadual nº 867, de 30 de dezembro de 1952, organiza o quadro docente do
Instituto de Educação da Paraíba;
46. Lei Estadual nº 1.095, de 29 de novembro de 1954, cria a Divisão de Orientação e
Pesquisas Educacionais da Paraíba;
47. Lei Estadual nº 1.119, de 28 de dezembro de 1954, reestrutura a carreira de professor
primário da Paraíba;
48. Lei Estadual nº 1333, de 28 de dezembro de 1955, faculta aposentadoria aos
professores primários e secundários, aos inspetores técnicos e aos orientadores
educacionais da Paraíba;
49. Lei Estadual nº 1.175, de 2 de março de 1955, cria dotação para professores
substitutos de escolas isoladas estaduais;
50. Lei Estadual nº1.168, de 28 de março de 1955, reforma a Escola Modelo da Paraíba;
51. Lei Estadual nº1.172, de 28 de março de 1955, cria 55 cargos de inspetores
educacionais para a Paraíba;
52. Lei Estadual nº 1.203, de 1955, cria o Serviço Social Escolar da Paraíba;
53. Lei Estadual nº 1.376, de 12 de dezembro de 1955, efetiva os professores fundadores
das cadeiras (disciplinas) existentes na Escola de Formação de Professores da Paraíba.

1.28 - A criação do sistema municipal de educação em Santa Rita


Assim sendo, a legislação educacional complementar do Estado da Paraíba, continua
sendo construída, passando por todas as reformas educacionais do Governo Federal, da Lei
nº 4.024/61, substituída pela Lei nº 5.692/71 e bem assim pela Lei nº 9.394/96, que
determina que a responsabilidade legal pelo oferecimento da educação infantil e o ensino
fundamental é dos municípios, do ensino médio e técnico dos estados membros e o ensino
superior e tecnológico da união. Antes da revolução de 1930 o país não tinha nem o
Ministério da Educação, apesar de ter lei para tudo em todos os setores da gestão pública
federal, estadual e municipal, porém, não se resolve as políticas públicas com apenas a
edição de legislação federal, estadual e municipal, se precisa de ações concretas neste
sentido. Desse modo se deu a reforma estadual de educação por força da Lei Estadual nº
16, de 13 de dezembro de 1935, o que foi na prática apenas mais uma reforma da
instrução pública, porém, essa que criou o Departamento de Educação e a Escola
Secundária do Instituto de Educação da Paraíba. Assim sendo, todos os municípios
paraibanos tiveram que criar e organizar seus sistemas municipais de instrução primária.
Aqui ainda não se conhecia a escola chamada ginásio. E em Santa Rita não foi diferente a
partir do ano de 1936, tanto é assim que a instrução pública de Santa Rita em 1937, na
gestão do prefeito nomeado Flávio Maroja Filho, tinha Apolônio Carneiro da Cunha
Nóbrega, Inspetor Administrativo e o professor Luiz de Azevedo Soares, Inspetor Auxiliar.
Enquanto isso, o corpo docente da rede municipal era constituído pelas professoras:
Iracema Feijó da Silveira; Ana Moura Henrique; Celina Gomes da Silveira; Altina Eudócia de
Vasconcelos; Maria de Lourdes Araújo; Maria do Carmo Gonçalves; Laura Gonçalves;
Julieta Cardoso de Albuquerque; Clara Cordeiro; Maria Amélia Camelo; Emilia da Silva
Costa; Maria de Lourdes Teixeira; Elisa de Alcântara Correia; Francisca Amanda Nobrega;
Severina Cardoso; Anália Ramos; Luíza Vieira Campos; Isaura Fernandes das Neves; Eunice
Serrão; Maria das Neves Pires; Arminda Santos; Emília Serrão de Oliveira; Ana Carolina; e

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Eunice Cabral. Ressaltamos de que naquele ano, a rede pública municipal de ensino tinha
apenas três professores do sexo masculino: Severo Rodrigues da Silva; Luiz de Azevedo
Soares; e Assis Pereira da Silva. Assim sendo, por analogia ao manifesto dos pioneiros da
educação nova no Brasil de 1932, constatamos que foram esses os professores municipais
de Santa Rita que constituíram assim o primeiro corpo docente de nosso primitivo sistema
municipal de educação em pleno Estado Novo da ditadura Vargas. Enfim, ante deles
tínhamos apenas aqui uma e/ou duas cadeiras, como eram tratados os professores
primários e respectivas escolas. E na Paraíba e seus municípios não podia ser diferente,
pois,

Era preciso, pois, imprimir uma direcção cada vez


mais firme a esse movimento já agora nacional,
que arrastou comsigo os educadores de mais
destaque, e leval-o a seu ponto culminante com
uma noção clara e definida de suas aspirações e
suas responsabilidades. Aos que tomaram posição
na vanguarda da campanha de renovação
educacional, cabia o dever de formular, em
documento público e o governo, a posição que
conquistaram e vêm mantendo desde o início das
hostilidades contra a escola tradicional. (INEP,
1944).

Assim sendo, transcrevemos do Anuário (1937), o quadro demonstrativo das escolas


públicas e paraticulares do Município de Santa Rita/Paraíba e seus respectivos docentes:

Escolas Local Regentes


Escola Elementar do Sexo Masculino Séde Luiz A. Soares; Ana Moura
Henriques
Escola Elementar do Sexo Feminino Séde Iracema Feijó da Silveira; Celina
G. Silveira
Escola Elementar Mixta Séde Altina E. Vasconcelos; Maria de
Lourdes Araújo; Eunice Cabral
Escola Elementar Mixta Tibiri Maria do Carmo Gonçalves
Escola Rudimentar Mixta Séde Laura Gonçalves
Escola Rudimentar Nortuna Sexo Masculino Séde Julieta Cardoso de Albuquerque
Escola Rudimentar Noturna Sexo Feminino Séde Luiz de Azevedo Soares
Escola Ementar Mix Engenho Central E.Central Clara Cordeiro
Escola Mixta de Barreiras Barreiras Maria Amélia Camelo
Escola Elementar Mixta Santana Santana Emília da Silva Costa
Escola Elementar Mixta Socorro Socorro Maria de Lourdes Teixeira
Escola Elementar Mixta Rio do Meio R. Meio Anália Ramos
Escola Rudimentar Mixta de Várzea Nova Várzea Nova Severina Cardoso
Escola Rudimentar Mixta de Mumbaba Mumbada Francisco Amanda Nogueira
Escola Rudimentar Mixta de Santo Amaro S. Amaro Elisa de Alcântara Correia
Escola Rudimentar Noturna Sexo Masculino Barreiras Luiz Vieira Campos
Escola Subvencionada Colônia Pescadores Barreiras Isaura Fernandes das Neves
Escola Particular São José Séde Eunice Serrão
Escola Particular 12 de Julho Séde Maria das Neves Pires
Escola Particular Noturna Sexo Masculino Tibiri Severo Rodrigues da Silva
Escola Particular Santa Terezinha Tibiri Maria das Neves Pires
Escola Particular Noturna Sexo Fiminino Séde Maria das Neves Pires; Armanda

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Santos.
Escola Particular Mixta João R. Coutinho Uz. S.Rita Emília Serrão de Oliveira
Escola Particular Mixta de Barreiras Barreiras Ana Carolina
Escola Particular Mixta de Barreiras Barreiras Assis Pereira da Silva
Fonte: Anuário Informativo do Município de Santa Rita. João Pessoa: Typografia A Imprensa. 1937.

E se não bastasse à exposição acima, copiada do referido Anuário (1937) vamos


transcrever o movimento escolar da séde do município de Santa Rita, segundo a matrícula
e freqüência em 1936 das escolas públicas:

Escolas Matriculas Freqüência (média)


Escola Elementar do Sexo Masculino 81 43
Escola Elementar do Sexo Feminino 110 63
Escola Rudimentar Noturna 106 35
Escola Elementar Mixta 126 61
Escola Elementar Mixta de Tibiri 108 56
Escola Elementar Mixta do P. Sinal 79 46
Cad. Rud. Not. Do Sexo Masculino 75 26
Fonte: Anuário Informativo do Município de Santa Rita. João Pessoa: Typografia A Imprensa. 1937.

Assim sendo o nosso município teve 685 (seiscentos e oitenta e cinco) alunos
matriculados de ambos os sexos em 1936 nas escolas públicas municipais. É importante
lembrar de que na década de 30 do século XX não existia ainda o Censo Escolar anual
como nos dias atuais, porém, existia em nosso município o controle de matriculas e
freqüências escolares como algo opcional, tanto é assim que no Anuário (1937), referente
às matriculas e freqüência escolar de 1936, foram feitas pela média, ex-vi a observação
daquele almanaque municipal: “Nota: Deixamos de inserir no quadro acima as escolas dos
povoados, em virtude de não ter atendido o nosso pedido de informação”. Isso é fato e
contra fato não se tem argumento.
É salutar lembrar o número de mariculas das escolas particulares do município de
Santa Rita, segundo o referido anuário, segue a transcrição em tabela.

ESCOLAS PARTICULARES DO MUNICIPIO, SEGUNDO O NUMERO DE


MATRICULAS, EM 1935 E 1936
ESCOLAS 1935 1936
Escola Particular Noturna Tibiri 91 89
Escola Particular São José 38 63
Escola Particular 12 de Julho 69 107
Escola Particular Santa Rita 39 58
Escola Particular Santo Antônio 20 43
Escola Particular João Ribeiro Coutinho - -
Nota – Deixamos de incluir outras escolas particulares: 1º - Por serem de pequena
importância. 2º - Por não nos remeterem as fichas informativas

Assim sendo, foram matriculados 257 (duzentos e cinqüenta e sete) alunos em 1935
e 360 (trezentos e sessenta) alunos em 1936 na escola particular de Santa Rita, segundo
dados oficiais publicados em 1937 pela aministração pública municipal.
A cidade também teve durante muitos anos a presença da Caixa Escolar “Vigário
Ferreira”, fundada em 29 de março de 1936, e sua diretoria era composta pelo Dr.

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Apolônio Nóbrega (Presidente); Eunice Cabral (Secretária); Ana Moura Henrique


(Tesoureira); e o Conselho Fiscal composto pelo professor Luiz de Azevedo Saores,
Julieta Cardoso de Albuquerque e Clara Cordeiro. Em síntese, a referida caixa escolar
no ano de 1936 realizou os seguintes beneficios em favor de estudantes carentes de
Santa Rita: distribuiu 37 (trinta e sete) uniformes; 18 (dezoito) livros; 196 (cento e
noventa e seis) cadernos de papel pautado; 44 (quarenta e quatro) cadernos de
caligrafia; 125 (cento e vinte e cinco) penas; 50 (cinquenta) canetas; 141 (cento e
quarenta e um) lápis; 96 (noventa e seis) tinteiros; 6 (seis) prêmios; e 3 (três) pares
de calçados. A referida caixa escolar vivia de donativos, a exemplo da receita doada
no mês de outubro de 1936, no valor de 300$000 (trezentos contos de reis) recebido
do Governo do Estado da Paraíba, conforme o Aunário (1937). No ano de 1939
recebeu a construção do Grupo Escolar João Úrsulo, a primeira obra estadual em
Santa Rita do gênero.
Assim sendo, de acordo com o recenciamento relativo ao ano de 1980 nosso
município apresenta treze estabelecimentos de ensino mantidos pelo Governo do
Estado da Paraíba, quarenta e oito estabelecimentos de ensino mantidos pela
Prefeitura Municipal de Santa Rita, quinze estabelecimentos de ensino mantidos por
iniciativa privada, entre os colégios e escolas de 1° (primeiro) e 2° (segundo) graus,
figuram ainda, o Projeto Minerva mantendo o ensino supletivo de 1a (primeira) e 2a
(segunda) fases e o MOBRAL - Movimento Brasileiro de Alfabetização, que a grosso
modo em vez de alfabetizar ao pé da letra, representa apenas uma fábrica de eleitores
“sui generis” para os detentores do poder público: federal, estadual e municipal,
levando-se em consideração de que seus alunos em sua maiores aprendem
apenas a desenharem seus nomes para tirar o titulo eleitoral, mas, que de uma
forma e/ou de outra vem colaborando para o engrandecimento da educação e da
cultura “acadêmica” do homem santaritense e brasileiro, ante a cegueira do
analfabetismo pleno. Na atualidade a cidade tem diversos colégios particulares,
dentre os quais encontramos o COFRAG – Colégio Dr. Francisco Aguiar, fundado em
05 de janeiro de 1964, o CEST, o Dom Bosco (extinto recentemente), o CCEJA, o
Santa Rita de Cássia, o CNEC em Tibiri II, dentre outros de igual importância para o
engrandecimento de nossa terra. Temos também um Campus Universário da UFPB
oferecendo o Curso de Ciências Jurídicas e Sociais, a FAFIL – Faculdade de Filosofia,
Ciências e Letras, autorizada a funcionar por decreto federal de 29 de fevereiro de
1996, mantida pelo IESPA, fundado em 03 de abril de 1984 e o Instituto Federal de
Educação da Paraíba em construção na BR 230.
Em síntese os programa de Educação de Jovens e Adultos financiados pelo
governo federal estão em pleno funcionamento no âmbito municipal, inclusive o
municipio de Santa Rita fez realizar a construção do PME – Plano Municipal de
Educação para o período de dez anos (2014-2024), cujo texto final foi aprovado
pela comissão organizadora no ambito da Secretaria Municipal de Educação e pelo
governo municipal, envolvendo o Poder Executivo e o Poder Legislativo, através de
lei especifica e cujo texto encontra-se em vigor, elencando a Educação Infantil, o
Ensino Fundamental, o Ensino Médio (aqui é de responsabilidade do Governo
Estadual), a Educação de Jovens e Adultos e a própria educação voltada para o
trabalho.

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

1.29 – As manifestações e efemérides


O espírito científico, fortemente armado com seu
método, não existe sem a religiosidade
cósmica.Ela se distingue da crença das multidões
ingênuas que consideram Deus um Ser de quem
esperam benignidade e do qual temem o castigo _
uma espécie de sentimento exaltado da mesma
natureza que os laços do filho com o pai_ , um ser
com quem também estabelecem relações
pessoais, por respeitosas que sejam.Mas o sábio,
bem convencido, da lei de causalidade de qualquer
acontecimento , decifra o futuro e o passado
submetidos às mesmas regras de necessidade e
determinismo.A moral não lhe suscita problemas
com os deuses, mas simplesmente com os
homens.Sua religiosidade, consiste em espantar-se
, em extasiar-se diante da harmonia das leis da
natureza , revelando uma inteligência tão superior
que todos os pensamentos humanos e todo seu
engenho não podem desvendar, diante dela, a não
ser seu nada irrisório.Este sentimento desenvolve
a regra dominante de sua vida, de sua coragem,
na medida em que supera a servidão dos desejos
egoístas.Indubitavelmente, este sentimento se
compara àquele que animou os espíritos criadores
religiosos em todos os tempos.
Albert Einstein

O movimento religioso de Santa Rita pode ser compreendido, preliminarmente a


partir da estatísta publicada no Anuário (1937), conforme a transcrevemos para melhor
discussão e visualização histórica, levando-se em consideração o número de igrejas e
capelas existentes no Município de Santa Rita, até a segunda metade da década de 30 do
século XX.

Nomes Lugar
Convento N.S. da Guia (Ruínas) Guia
Igreja Santa Rita (matriz) Séde
Capela N.S. da Conceição Séde
Capela N.S. do Rosário (recentemente dimulida) Séde
Capela do Senhor da Boa Sentença Sede
Capela de São João U. São João
Capela de São Gonçalo U. São Gonçalo
Capela do Socorro Socorro
Capela de N.S. da Conceição Mumbaba
Capela Santa Rita U. Santa Rita
Capela de N.S. da Conceição Gargahú
Capela de São Cosme e São Damião Zubir
Capela de Santo André Santo André
Capela de N.S. da Conceição Tibiri
Capela da Baia Mumguengue
Capela de São Sebastião Capelinha
Capela de N.S. da Conceição Gitó

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Capela de N.S. Sant´Ana U. Santa Ana


Capela de São Sebastião Barreiras
Capela de São Sebastião Forte Velho
Capela de Santo Antônio Santo Antônio
Capela de N.S. da Conceição Tapira
Capela de Fagundes Fagundes
Capela de Ponta de Lucena Ponta de Lucena
Capela de Mungereba Mungereba
Capela de Lucena Lucena
Capela de Ribeira Ribeira

A freguesia católica de Santa Rita de Cássia era composta por 27 (vinte e sete)
templos em 1937, porém, com a emancipação política de Bayeux (ex- Barreiras) e de
Lucena, as capelas situadas em ambas localidades passaram a constituirem novas
freguesias. A Capela N.S. do Rosário (recentemente dimulida)” segundo Anuário (1937) em
cujo local se encontra o Grupo Escolar João Ursulo, primeiro prédio escolar construido pelo
governo da Paraíba e inaugurado em 1939, na administração do governador Argemiro de
Figueiredo.
O movimento católico de Santa Rita, referente ao ano de 1936, segundo o já citado
Anuário (1937), ficou assim especificado:

Especificação Número Total


Convento 1 1
Igrejas (matriz) 1 1
Capelas 25 25
Batizados: Sexo masculino 414 414
Batizados: Sexo feminino 438 438
Comunhões: 1ª vez 20.210 20.210
Comunhões: Outras vezes 112 112
Casamentos 92 92
Confissões de enfermos viaticos unções 88 88
Óbitos: Sexo masculino 375 375
Óbitos: Sexo feminino 319 319
Catecismo: Centros 3 3
Catecismo: alunos 486 486
A.da oração: Centros 1 1
A.da oração: Associados 1.183 1.183
C. de São V. de Paulo: Confrarias 1 1
C. de São V. de Paulo: Confrades 18 18

A comunidade católica tinha as seguintes festas religiosas fixas: 1 de janeiro: a


circunscrição de Nosso Senhor; 6 de janeiro: os reis magos (Epífania); 2 de fevereiro:
purificação de Nossa Senhora; 25 de março: anunciação de Nossa Senhora; 22 de maio:
festa de Santa Rita de Cássia, padroeira do municipio; 13 de junho: Santo Antônio; 24 de
junho: São João Batista; 29 de junho: São Pedro e São Paulo; 8 de agosto: Natividade de
Nossa Senhora; 15 de agosto: Assunção de Nossa Senhora; 1 de novembro: Todos os
Santos e a procissão de Nossa Senhora do Rosário; 2 de novembro: finados; 8 de
dezembro: Conceição de Nossa Senhora; 25 de dezembro: Natal. Era assim até o Estado

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Novo do governo Getúlio Vargas, em Santa Rita. Nas décadas seguintes praticamente nada
mudou. Ressaltamos de que aos poucos foram chegando outras igrejas cristãs e ou
protestantes, bem como espiritas e umbandistas.
Assim sendo, no dia 22 de maio de cada ano é feriado reliogoso municipal, o dia
da padroeira da cidade, Santa Rita de Cássia, devoção iniciada em 6 de dezembro de
1776, época da inauguração da igreja dedicada a santa das causas impossíveis, que
nos últimos anos não tem mais o brilhantismo profano do passado, tendo em vista a
falta de colaboração do Poder Executivo Municipal, mas, no entanto, o povo católico se
congrega num só ato de fé cristã e faz-se o acompanhamento da precisão da padroeira
pelas principais ruas da cidade ao som do hino: "Oh. Santa Rita, nossa padroeira, recebe
e guarda às nossas orações...", é também comemorado festivamente o sete de setembro,
o quinze de novembro, o Natal e Ano Bom, a procissão do Senhor Morto e os santos do
mês de junho: Antônio, João e Pedro, valendo apenas relembrar o novenário e a
procissão de Santo Antônio, realizada durante décadas pela senhora Loura Clemente e
seus irmãos, sobrinhos e demais familiares, residente na Vila dos Clementes, cuja festa
acabou-se depois do seu falecimento; o 1º de novembro com a procissão tradicional
de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, cuja Igreja tradicional primitiva foi derrubada
em 1937 para ser construído o atual Grupo Escolar João Úrsulo, inaugurado em 1939
pelo Interventor Federal (Governador) Argemiro de Figueiredo, para homenagear o
seu correligionário da UDN-União Democrática Nacional, recém falecido na época,
repetimos que apesar da homenagem ser justa, a referida casa de ensino deveria ter
sido localizada em outro terreno e não ter derrubado o prédio histórico do século XIX
da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. Por fim é importante aqui
relembrar a figura dinâmica da católica praticante, a senhora Julieta da Costa Gadelha,
que durante sua vida tomou para si a administração plena da Igreja do Rosário, da
antiga e da nova, aquela que foi construída na saída de Santa Rita para o Planalto/BR
230, antes do Matadouro Municipal, depois do falecimento de Dona Julieta Gadelha,
sua auxiliar Dona Balbina assumiu o barco que conduzia a igreja do Rosário e sua
festa, depois de sua morte, a festa profana com trinta dias de duração desapareu
completamente; e o 8 de dezembro com a procissão de Nossa Senhora da Conceição,
venerada na Igreja de igual nome desde 1851, data de sua inauguração, e bem assim,
a processião patrocinada pela devoção particular e permanente do senhor José Lopes,
residente na Vila Operária Tibiri, e que desapareceu quando ele faleceu, dentre outras
procissões e novenas de cunho familiar devocional.

1.30 – Os aspectos culturais e artísticos


Os verdadeiros artistas e criadores constituem
sempre contra-governos, governos nas sombras
a partir das quais vão impugnando as certezas,
as retóricas, as ficções ou verdades oficiais e
recordando, no que pintam, compõem,
interpretam ou fabulam que, contrariamente ao
que sustém o poder, o mundo vai muito mal, e
que a vida real estará sempre abaixo dos
sonhos e dos desejos humanos.
Mario Vargas Llosa
Escritor/Jornalista/Ensaísta/Peruano [Nobel 2010]

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Os aspectos culturais de Santa Rita sempre estiveram atrelados e ou influenciados


aos da Capital da Paraíba, levando-se em consideração o fato de pertencer a área
metropolitana desde 5 de agosto de 1585, ano da fundação da Paraíba. O anuário (1937),
registra até então as associações existentes em Santa Rita e o número de associados:

ASSOCIAÇÕES SÓCIOS
Honorários Fundadores Efetivos Total
Lira Vencedora 13 17 22 52
Tibiri Recreativo Clube 2 27 29 58
Itaraí Esporte Clube - 12 18 30
Barreirense Futebol Clube 14 17 23 54
São Lourenço Esporte Clube 3 5 17 25
União Beneficente de Santa Rita 3 34 52 89

A redação do anuário (1937) menciona ainda em “NOTA - Deixamos de incluir no


quaro acima o Comercial Recreativo Clube, em virtude dessa agremiação deixar de
remeter-nos a respectiva ficha informativa”. Assim sendo, esse era o quadro das
associações culturais e esportivas até então existentes na rainha dos canaviais e no Distrito
de Barreiras, atual Bayeux.
A sétima arte em Santa Rita é algo parecido com o pensamento do poeta Fernando
Pessoa, ao afirmar que “a arte é a auto-expressão lutando para ser absoluta”. Assim sendo,
Santa Rita teve seu primeiro cinema funcionando em 1907 no prédio do então Mercado
Público de Santa Rita, construído na Praça Dom Pedro II, atual Praça Getúlio Vargas. O
mesmo era de propriedade de uma companhia ambulante, o que vale dizer que não tinha
sede em nome cidade, apenas exibia seus filmes em preto e branco e mudo. Somente em
1912 surgiu na Rainha dos Canaviais o Cinema Central, fundado pelo Coronel Francisco
Honorato Vergara, localizado à Rua Juarez Távora nº 77 e 83, centro, no mesmo prédio
que funcionou a então Serraria Santa Rita, de propriedade de Adalberto Gomes da Silva até
a década de 30 do século XX. Ressaltamos de que ainda em 1912 passou o Cinema Central
a pertencer ao Major Clementino de Oliveira, então Delegado de Policia de nossa cidade,
introduzindo importantes melhoramentos no mesmo e mudou o nome para Cinema
Valfredo Leal (natural de Areia/Pb, nasceu em 21 de fevereiro de 1855 e faleceu em João
Pessoa/Pb em 30 de junho de 1942) foi um sacerdote da igreja católica romana e político
brasileiro de renome, filho de Matias Soares Cavalcanti e Maria dos Santos Leal. Valendo
salientar de que iniciou seus estudos na Paraíba e, em seguida, ingressou na vida religiosa.
Foi ordenado padre em Roma e, de volta ao Brasil, foi designado vigário de Guarabira/PB.
Teve forte influência no brejo e litoral da Paraíba, chegando a ser eleito deputado
constituinte estadual em 1892. Em seguida foi eleito vice-presidente de estado, nos
períodos 1893 - 1893, 1894 - 1894, 1896 - 1896 e 1905 - 1908, chegando a governar o
Estado da Paraíba em várias ocasiões de sua História. Em 1901 foi eleito deputado federal.
Já em 1908 foi eleito senador da República, permanecendo no cargo até 1917. Nos
períodos de 1922 a 1923, 1924 a 1926 e 1928 a 1930, exerceu o mandato de deputado
estadual. A História da Paraíba menciona que depois da revolução de 1930 afastou-se da
vida pública e que o mesmo era tio materno do ministro, escritor e ex-governador José
Américo de Almeida) em homenagem ao líder político e religioso paraibano. Sabemos
também de que em 1918 o Cinema Valfredo Leal foi comprado por Manuel Henrique de Sá,

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

que igualmente mudou o nome para Cinema Morse até sua extinção, quando o mesmo já
era da propriedade de Jorge Silva. O Cinema Avenida (o mesmo prédio onde atualmente
funciona uma igreja evangélica à Praça Getúlio Vargas) de propriedade de Salvador Alves,
o Cinema São João, localizado à Rua São João, antiga Rua Djalma Dutra, de propriedade
de Severino Cavalcante, tivemos ainda o Cinema Santa Cruz, o antigo cinema “puiga”, à
Rua Dr. Pedrosa (antiga rua da Linha Férrea), o Cinema de Toscano, à Praça João Pessoa
esquina com a Rua São João.
Todos os cinemas foram extintos antes do apagar das luzes da última década do
século XX na cidade de Santa Rita/PB, o que ainda perdura na primeira década do século
XXI, sendo substituídos pelas novas tecnologias colocadas a alcance de toda a população e
na hora que entender usá-los no seio de suas casas, de modo que quem quer assistir uma
“telinha” na Terra das Águas Minerais ou Rainha dos Canaviais tem que deslocar-se para os
cinemas na Capital do Estado, e até porque Pablo Picasso afirma que “a arte é a mentira
que nos permite conhecer a verdade”. A cultura em nossa terra sempre foi feita sem a
presença do oficialismo, embora que em época eleitoral os pretensos candidatos e
salvadores da pátria se apresentam para somente naquele instante dar uma ajudinha em
troca de votos no dia da eleição. É essa a cultura dominante entre nossa gente e seus
políticos. Verificamos tais ajudinhas com a doação financeira aos blocos carnalescos,
quadrinhas juninas e materiais esportivos aos times de futebol profissional, amador e de
pelada em épocas eleitorais. A ciência já descobriu como saber o que se encontra dentro
da barriga de uma mulher grávida, porém, o povão nunca sabe o que se encontra dentro
da cabeça dos candidatos de vereador a presidente da República, e quando se fala de
valorização do voto local, aí a coisa fica preta, tem eleitor que vende o voto por uma piola
de cigarro e deixa de lado essa história de arte, cultura, educação, esportes, infraestrutura,
industrialização, hospitais, remédios, esperança e futuro não é sonho para mais de 20% do
eleitorado, conforme os resultados eleitorais que se tem conhecimento em Santa Rita.
Na década de 60 do século XX, tivemos a Rádio Sociedade de Santa Rita, fundada
por seu Tatá, e a Rádio Canavial de Santa Rita, fundada por J. Santos e Francisco Canindé.
Ambas foram fechadas pelo regime militar de 1964. Já no final da década de 80, apareceu
entre nós a Rádio FM Santa Rita, sociedade comercial do deputado Damião Feliciano e do
ex-prefeito Severino Maroja, ainda em funcionamento. Em 03 de abril de 1998, Francisco
de Paula Melo Aguiar e outros idealistas da radiofusão, fundaram a Rádio Comunitária
Educadora FM – RACE/FM, associação civil sem fins lucrativos, apartidária e democrática, a
qual recebeu outorga de funcionamento pelo Governo Federal/MC/Anatel, conforme
Decreto Legislativo Federal nº 511, 2001 do Congresso Nacional (DOU 12/12/2001) e
encontra-se prestando serviços comunitários em gerais na área da educação e cultura
informal, tanto é assim que é reconhecida de utilidade pública pela Lei Municipal nº 1.553,
de 21 de junho de 2013 (DOE/Santa Rita: 08/07/2013).
A Prefeitura Municipal de Santa Rita mantém a Biblioteca Pública Américo Falcão, que
tem cerca de 5.000 volumes. Cita-se ainda, a Banda de Música São José, pertencente
também à edilidade municipal e os conjuntos musicais "Os Sartânicos" e "Os Vândalos",
ambos mantidos por iniciativa privada, além de miniaturas de pequenas difusoras em
diversas partes da cidade, apesar de ser um abuso à população em virtude da poluição
sonora, tendo em vista que é através potentes altofalantes dependurados em hastes de
madeira ao ar livre para todo mundo ouvir. Além da famosa e tradicional Banda Marcial do
COFRAG - Colégio Francisco Aguiar, que abrilhanta os desfiles civicos escolares em Santa
Rita e cidades vizinhas.

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

A banda São José é a mesma Filarmônica São José, onde “o homem que não tem a
música dentro de si e que não se emociona com um concerto de doces acordes é capaz de
traições, de conjuras e de rapinas”, segundo afirma Willian Shakespeare. A municipalidade
de Santa Rita, Estado da Paraíba, nos idos anos da década de 40 do século XX, fundou a
Banda de Música São José, que o povo também a chamava de “Filarmônica São José”. Na
realidade Santa Rita se orgulhava de sua banda musical municipal, mesmo nos momentos
que a chamava de “quebraresguardo”, o povo sentia esse orgulho expressado na emoção
refletiva nos lábios e nos olhos... Era Santa Rita tocando e enchendo os nossos lares com
seus dobrados, marchinhas, etc., e até porque o filósofo Aristóteles mencionava com todo
o seu saber que “a música é celeste, de natureza divina e de tal beleza que encanta a alma
e a eleva acima da sua condição”. Aqui é preciso que tenhamos cultura suficiente para
entender de que uma orquestra, banda de música e ou filarmônica, nada mais é que um
agrupamento instrumental que é utilizado acima de tudo para a execução de música
erudita e ou popular, não importa o estilo musical preferido segundo o tipo de
apresentação, tudo dependendo do momento vivenciado. Como por exemplo, se vamos
hastear as bandeiras: nacional, estadual e municipal em praça pública, o poder público se
faz presente garbosamente através das execuções do hino nacional, do hino estadual e do
hino municipal, se a municipalidade tiver, dentre outras musicas que se julgarem
necessárias. Se, se trata de uma procissão do Senhor Morto, na semana santa, e ou da
padroeira Santa Rita de Cássia, aí o ritmo musical é uma marcha batida envolvendo os
hinos cristãos da Igreja, que pode ser da Igreja católica, protestante, espírita, etc., de
modo que o poder público municipal se faz representar perante seu povo através da
presença sonora de sua filarmônica. Não importa se é uma grande ou pequena orquestra,
banda musical, fanfarra, filarmônica, etc, o que importa é que tal instrumento público
também serviu de escola de aprendiz para muitos jovens do sexo masculino, porque na
época a nossa cultura nacional era outra e aqui em Santa Rita não era diferente, ser
músico, era coisa para homem e não para mulher, naqueles tempos a coisa era muito
preconceituosa. Mas o tempo mudou, o Brasil mudou e Santa Rita, também, não se sabe
se para melhor e ou para pior, se sabe que tudo tem seu tempo de passagem e ou de
transição na história da humanidade em todos os sentidos da palavra.
É importante lembrarmos um pouco sobre a historicidade do termo filarmônica e ou
banda musical, pois, epistemologicamente falando, a palavra em si não designa apenas um
grupo de músicos que tocam ou interpretam via notas musicais às obras envolvendo
diversos instrumentos, pois, também envolve uma parte física, por analogia e referencia ao
chamado teatro grego, tendo em vista que caracterizava-se justamente por um corpo ou
coro de bailarinos e músicos, daí porque quando das apresentações públicas ou privadas,
faziam evoluções sobre um tablado e ou estrado que era chamado de “orkhéstra”, que
ficava localizado entre o cenário e os espectadores, tinha a visão central voltada para o
povo e vice versa. A orquestra ou filarmônica era a dona do pedaço, roubava a sena e
tocava para os ricos e os pobres, ambas as classes ficam alienadas pelo tom musical. É
verdade sempre foi assim e continua sendo assim. O lado musical atende aos interesses
dos deuses e dos diabos, em todos os regimes políticos, religiosos, línguas e etnias, nos
quatro cantos do mundo, em todas as épocas da história da humanidade. O homem
sempre furou os tambores, o dedilhou e tocou sobre as cordas das harpas e o soprou as
flautas, segundo menciona o escrito do cenário bíblico de todas as religiosidades que a
população da terra já teve e ainda tem, para louvar seus deuses e os seus diabos, segundo
suas intenções e devoções. Até porque tem gente que acende uma vela para Deus e outra
para o diabo, segundo dito popular.

95
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Voltando a origem epistemológica da palavra “orkhéstra”, advinha do verbo


“archeisthai”, do grego, que tem o significado de “dançar” ou “eu danço”, assim tal
vocábulo de origem grega teve acesso e ou foi traduzido para o latim como sendo
“orchestra”, e tem o mesmo significado, segundo documentam ou registram os poetas
romanos mais destacados. Assim sendo, Vitrúvio e Suetônio, utilizaram no século I o
referido termo ao pé da letra para justificar e ou designar o lugar que era destinado aos
senadores romanos quando estivessem presentes no teatro romano. Somente na Idade
Média, o termo “orchestra” surgiu à França, tendo em vista as traduções de Suetônio,
ressaltamos, porém de que somente a partir do século XVIII o mesmo foi usado no teatro
moderno através da ópera italiana. Assim, com harpista e saxofonista ou não, sempre
existiram e continua a existir sinfônica (banda mantida pelo poder público) e filarmônica
(banda mantida pelo poder da iniciativa privada), daí a diferença existente entre ambos os
termos.
Na realidade Santa Rita nunca teve uma orquestra sinfônica propriamente dita, pois,
segundo a tradição musical em todos os tempos e épocas da história da música em si
falando, é considerada uma orquestra sinfônica se a mesma tiver cinco classes de
instrumentos básicos: 1º) instrumentos de cordas: violinos, violas, violoncelos,
contrabaixos e harpas; 2º) instrumentos de madeiras: flautas, flautins, oboés, corne-inglês,
clarinetes, claninetes baixos, fagotes, contrafagotes; 3º) instrumentos de metais:
trompetes, trombones, trompas, tubas; 4º) instrumentos de percussão: tímpanos,
triângulos, caixas, bombos, pratos, carrilhão sinfônicos, etc; 5º) instrumentos de teclas:
piano, cravo, órgão.
Mas, mesmo assim Santa Rita era muito feliz quando tinha sua Banda, Sinfônica e
ou Filarmônica São José, que foi mantida até a década de 70 do século XX, onde os
prefeitos: Heraldo da Costa Gadelha, Antônio Aurélio Teixeira de Carvalho e Antônio
Joaquim de Morais, a usava para inaugurar suas obras da administração e para abrir os
desfiles da semana da pátria e as procissões do Senhor Morto e da padroeira Santa Rita,
em cada ano naquela época. Tudo parece com o pensamento de Friedrich Nietzsche que
menciona que “sem a música, a vida seria um erro”, em situação análoga.
Infelizmente a nossa Filarmônica São José foi extinta na administração Marcus
Odilon Ribeiro Coutinho, na gestão chamada de “Povo da Silva I”, conforme informa o
mensário de Santa Rita/PB: “Jornal A Tribuna, em agosto de 1977, p. 7”, que fez publicar o
artigo denominado de “E a banda passou...”, de autoria do professor Odaleno Marinho
Falcão, que nos informa textualmente:

“[...] Hoje tenho a noticia de que Sua Excia., o


senhor prefeito determinou a extinção da
Filarmônica São José, que durante tantos anos só
trouxera lazer ao público de nossa terra”

E continua aquele homem de letras historiando o fato da extinção de nossa


“quebraresguardo”, questionando o seguinte:

“Ora meus senhores, como se admite um absurdo


destes? Será que uma banda não tem utilidade
alguma na vida de uma comunidade? Qual foi o
seu crime, para merecer semelhante punição?”

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

E algo nos chama atenção tendo em vista que o escritor em seu artigo denuncia sua
angústia afirmando em forma de pergunta e quem pergunta quer saber:

“Parece mesmo que Sua Excia, ainda não se


apercebeu da campanha empreendida pela
Fundação Nacional de Arte – FUNARTE – para
organização ou reorganização de bandas em todos
os municípios brasileiros no intuito de se descobrir
novos valores. E olhe que nós temos um
verdadeiro celeiro. Ou será que Sua Excia, ignora
que a Banda São José faz parte das tradições de
Santa Rita e não pode morrer assim?”

A agonia de quem está morrendo e/ou já morreu, se encontra presente em seu


relato de desabafo literário e realista ao dizer que:

“Ah! Que saudades de ti, bandinha querida: Das


tuas alvoradas nas madrugadas festivas, enchendo
as nossas ruas de alegria. Das tuas retretas no
coreto florido da praça da matriz (sacrificado num
ato impiedoso em favor desta praça que mais
parece o deserto do Arizona), ou no coreto de
luzes piscantes da praça João Pessoa, a entoar
marchinhas, valsas e outras canções em volga, na
época”.

Tamanha é a insatisfação diante da extinção da referida banda musical chegou ao


ponto de enfocar que a mesma era utilizada:

“Nas festas cívicas a tua presença era ponto de


destaque, entoando aqueles dobrados que nos
enchia o peito de brasilidade: “A Marcha do
Soldado”, “Fibra de Herói”, “Canção do
Marinheiro”, “Saudades da Minha Terra”, que
arrebatava lágrimas do Prefeito Teixeira, e tantos
outros que só a lembrança deles se imprimiu em
nossas mentes”.

O escritor denunciante implora a atenção do então prefeito Marcus Odilon para


reconsiderar o ato de extinção da Banda e/ou Filarmônica São José, de propriedade da
prefeitura, ao mencionar:

“Por favor Excia., suplicamos até, se preciso for


que sua Excia., não se integre a corrente de
destruição que paira em nossos ares. Estamos
cônscios do elevado compromisso de Sua Excia.,
com o soerguimento sócio-cultural desta terra
sofrida. Tão sofrida quanto a Santa que lhe
emprestou o nome. E sabemos também que a
capacidade de realizações de Sua Excia., é
imensurável”.

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

E finaliza o artigo pedindo ao alcaide municipal que:

“Reintegre o que nos destruíram e faça conservar


o pouco que nos resta. Não queremos obra de
vulto. Não pedimos uma nova Roma, nem edifícios
talhados a moldes gregos. Não! De forma alguma!
Queremos apenas a volta daquilo que foi, é, e será
sempre de todos nós santarritenses”.

O tempo passou em brancas nuvens, a Filarmônica São José, jaz em nossa


historicidade municipal e o alcaide mencionado foi prefeito de Santa Rita durante quatro
mandatos: 1977/1982; 1989/1992;2004/2008 e 2008/2012 e não atendeu o pedido do
ilustre escritor. Ressaltamos, porém, que na administração Severino Maroja (1983/88;
1997/2000 e 2000/2004), embora que provisoriamente a referida banda voltou a funcionar
aos troncos e barrancos, tendo em vista que o referido gestor municipal poderia ter
instituído através de lei municipal de sua autoria a referida filarmônica como sendo uma
instituição permanente do governo municipal e não do gestor de passagem e/ou de
plantão, tanto é que registre-se de que foi novamente desativada a Banda São José até a
presente data pelos gestores seus sucessores. A partir daí Santa Rita deixou de ter suas
retretas no coreto e/ou “pires” da Praça João Pessoa, no centro da cidade. A juventude
deixou de sonhar que um dia deveria ser músico e o povo da terceira idade já não tem
mais motivo para freqüentar nossas praças em finais de semana. A banda passou e
silenciou o imaginário de nossa gente. Por analogia nem os primos da açucarocria se
entendem na hora de governar o municipio.
Ah! Como seria bom se a nossa “quebraresguardo” fosse reinventada para ocupar a
mente de nossa juventude tão dispensa de seus sonhos..., levando-se em consideração a
visão de Aldous Huxlei de que “depois do silêncio, o que mais se aproxima de expressar o
inexprimível é a música”, e isso não é crime e nem ato de corrupção política administrativa,
ex-vi os ensinamentos de Emily Dickinson ao enfocar de que “a esperança é uma ave que
pousa na alma, canta melodias sem palavras e nunca cessa” e se não bastasse o mesmo
pensador finaliza dizendo de que “a esperança tem asas. Faz a alma voar. Canta a melodia
mesmo sem saber a letra. E nunca desiste. Nunca”, não sabemos no entanto se no
imaginário de nossa gente é ou não importante a existencia agora no século XXI da
recriação da Filarmônica São José...
E a cultura de nossa gente continua com Geraldo Jibóia, o folião, pois, com ele
"o povo toma pileques de ilusão com futebol e carnaval. São estas as suas duas fontes de
sonho”, no dizer de Carlos Drummond de Andrade. Onde a folia é uma palavra que na
língua portuguesa falada no Brasil, tem origem na língua latina com o significado de
parábola, que por sua vez deriva do grego parabolé. Então o termo “palavra”, pode ser
definida como sendo justamente um conjunto de letras ou son de uma língua com a ideia
associada ao referido conjunto. Assim sendo, a função da palavra é nada mais nada
menos, representar partes do pensamento humano, o que vale dizer que ela constitui uma
unidade da linguagem humana, segundo Napoleão Mendes de Almeida, em sua obra:
Gramática Metódica da Língua Portuguesa, 45 ed. São Paulo: Saraiva, 2005, pág. 17. (ISBN
978-85-02-05430-1). Assim sendo, folia define em sentido lato sensu uma festa popular
com grande agitação e movimentação pública, caracterizada por dança, música e diversão
em todos os sentidos da palavra. Um exemplo típico folias é o caso do “réveillon” no fim de
cada ano, bem como o caso do “carnaval”. E o Brasil tem o maior espetáculo da terra

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

quando se fala de carnaval. Ninguém sabe fazer carnaval ou festa momo do povo
brasileiro, com suas escolas de sambas, tribos indígenas, etc., todas classes sociais se
encontram nesta grande festa, tanto nos grandes, quanto nos pequenos centros, cidades,
lugarejos, povoados, vilas, arraias, etc., não precisa se preparar para dançar o carnaval
como maior expressão de liberdade do ser humano na face da terra. Não tem idade para
se brincar o carnaval. É só felicidade e nada mais durante os três dias de momo. Qualquer
tipo de música do tipo marchinha e/ou frevo, levanta multidões e até porque “atrás do trio
elétrico; só não vai quem já morreu; quem já botou pra rachar; aprendeu, que é do outro
lado; do lado de lá do lado; que é lá do lado de lá”, e até porque “o sol é seu; o som é
meu; quero morrer; quero viver; quero viver lá”, de modo que “nem quero saber se o
diabo; nasceu, foi na Bahia; foi na Bahia; o trio elétrico; o sol rompeu; no meio-dia; no
meio-dia”, segundo o poeta e compositor Caetano Veloso. Isto é por analogia o que
acontece nas grandes e pequenas festas de mono, anualmente.
Em Santa Rita, a festa de momo, sempre foi festejada com bailes nos principais
clubes até então existentes, como por exemplo: o Santa Rita Tênis e o Santa Cruz. Ambos
disputavam anualmente para se saber quem fazia o melhor carnal na Rainha dos Canaviais.
A criançada tinha sua festa de mono nas matinês, durante os três dias de carnaval, em
ambos os clubes já mencionados e em horários especiais, sempre conduzidos por seus pais
que aproveitavam para “esquentar” em termos de preparação para os grandes bailes a
partir das vinte e duas horas até as primeiras horas do dia seguinte, durante os três dias de
carnaval, baile de orquestra com os melhores músicos e bateristas da Paraíba e do Brasil, a
exemplo de Zé Bornoque (músico) e de Miron (tarolista de primeira qualidade). Isto só para
relembrar um pouco do que já tivemos em nossa amada cidade de Santa Rita. O escritor
Affonso Romano de SantAnna, menciona que “o carnaval é basicamente um movimento
diluidor da rebeldia”. Disso não temos dúvida. Os blocos de carnaval de rua eram muitos,
dentre os quais se destacava o bloco de Geraldo Jibóia, que arrastava a multidão do bairro
da Santa Rita, com a participação de todos e de todas que desejassem brincar o carnaval,
cantando, se divertindo, naquele tempo não era proibido o uso de lança perfume no Brasil
e aqui em Santa Rita, toda e qualquer criança, senhor, senhora, pessoa do povo, exibia
suas lanças perfumes, tomando seus porres dentro e fora dos clubes, no meio da rua, o
povo era feliz e não sabia. No tocante as escolas de samba, Santa Rita tinha, por exemplo:
a “Lira Vencedora”, “Os piratas de mono”, “Sapato de pobre é tamanco”, dentre outras
igualmente importantes. No tocante as tribos indígenas, existiam muitas que agregavam
pessoas de todos os níveis e classes sociais, valendo apenas destacar a tribo indígena de
Josias, de saudosa memória e a tribo indígena de Manoel dos Índios, que com muita luta
vem mantendo até nossos dias o carnaval tradição de nossa terra, geralmente sem apoio
do poder público. Existiram também aqui na terrinha os ursos e o blocos de homens
vestidos de “donzelas”, dentre outras formas do tipo “xirumbas”, “columbinas” e “pierrôs”.
O povo era mais feliz do que hoje em nossa terra. O fotografo Viégas, de saudosa
memória, dentre outros profissionais igualmente importantes, registrou até onde pode
estas festividades dentro e fora dos clubes de Santa Rita, que praticamente em termos
sociais e culturais, o vento levou. Inclusive o bloco de Geraldo Jibóia, que por ter sede à
Desembargador Sindulfo, próximo ao falecido baixo meretrício, o povo denominava de o
“bloco do cabaré”, sem nenhum tipo de preconceito, o bloco desfilava pelas principais ruas
e praças de Santa Rita e ainda visitava as casas das pessoas que ajudavam o referido
cidadão a organizar livremente o seu bloco carnavalesco, todos os anos e alegria era
grande. Nunca se tomou conhecimento que alguém tivesse sido assassinado por participar
do carnaval nesse e ou em outros blocos de nossa cidade. Tudo era brincadeira e muito

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

respeito, até porque nesse tempo o uso de drogas ilícitas era muito menor em nosso meio.
A juventude não sabia nem o que era o cigarro de maconha, quanto mais outros tipos de
drogas. E isso é cultura popular de primeira qualidade, é a cultura nascida com o esforço
do povo. A verdadeira cultura não depende interesse político partidário. O povo faz sua
cultura da maneira que pensa fazer e faz. Sempre foi e é assim em qualquer parte do
mundo. Enfim, “lembre-se todo carnaval tem seu fim,então ame, tenha fantasias, dance e
cante... agora preste atenção. A batucada parou, tire a fantasia”, segundo a visão de
Adriano Soares, publicada na rede social do facebook, tendo em vista que o carnaval é a
época de esquecer os problemas, soltar a franga, beber todas e curtir a festa... E em Santa
Rita na década de 50 e 60 o povo vivia feliz e não sabia, pois, vivenciamos as maiores
festas de momo de todos os tempos em uma cidade do interior do Brasil.

1.31 - Santa Rita e seus prédios históricos


Você poderia tirar de mim as minhas fábricas,
queimar os meus prédios, mas se me der o meu
pessoal, eu construirei outra vez todos os meus
negócios.
Henry Ford

O prédio onde funciona a Prefeitura Municipal de Santa Rita, na rua Juarez Távora;
o prédio da antiga residencia dos pais do Deputado Egidio Madruga; a Igreja de Nossa
Senhora da Conceição (1851), a Igreja Matriz (1776), a casa de José Paulino Cavalcante,
aquela casa onde reside o senhor Antônio Nogueira, criador de gabo na beira da linha do
trem na rua Dr. Pedrosa, esquina com a rua Monte Castelo (foi derrubada e construída
outra casa), junto a fabrica de bebidas de Nem Nunes Machado (foi derrubada e no local
construída uma oficina de conserto de automóvel de Antônio da Mineral); a casa do
Desembargador Sindulfo Santiago, hoje reformada, na entrada da cidade,em frente a
Cincera, o prédio da Caixa Econômica Federal, antigo Metro de Ouro dos irmãos Pedro e
Paulo de Mendonça Furtado, localizado à Praça Getúlio Vargas e várias capelas de
antigos engenhos, grande parte demolidas, como a de Santo André, São Cosmo e São
Damião, a do Engenho Tibirí encontra-se em ruinas e a Igreja do Rosário dos Pretos, cuja
data de fundação é desconhecida, apenas se sabe a data em que foi derrubada na
administração do prefeito Flávio Maroja Filho em 1937, em cujo local foi edificado o
Grupo Escolar João Úrsulo, inaugurado em 1939 pelo governo do Estado da Paraíba, além
das instalações da Fábrica Tibirí e seus casarões e a vila operária em estilo antigo. Além
dos prédios da cadeia pública e da Estação Ferroviária. Todas as capelas centenárias
localizada na zona rural de Santa Rita, dentre as quais: a de São Francisco Xavier,
localizada no Engenho Capelinha, a de Santana, localizada no Engenho Gargaú, a de
Patrocinio (ex-Una), a de Socorro, a de Livramento, a de São Gabriel (Engenho do Meio), a
de São Sebastião (Tibiri) dentre outras igualmente importantes. O prédio onde residiu
Virginio Veloso Borges e que serviu de quartel general para a Aliança Liberal na Paraíba em
1930, na Vila Operária Tibiri. Na realidade na zona rural de Santa Rita encontra-se o
passado recente do Brasil Colônia, Império e República, são inumeras as capelas, casas
grandes, engenhos e senzalas em ruínas. Finalmente, o prédio onde funciona o COFRAG –
Colégio Francisco Aguiar é de construção recente, da década de 70 do século XX, foi o
primeiro prédio construído na cidade com lajes tendo dois andares na rua Eurico Dutra e
três andares com frente para rua Maria Santaigo, porém, é um moderno edificio escolar,
dentre os demais prédios de escolas públicas e privadas de nossa terra centenária.

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

1.32 - A feira pública municipal


Intercâmbio regular e não ocasional de
mercadorias como elemento essencial da
atividade lucrativa e do abastecimento de seus
habitantes.
Max Weber, 1979, p. 69.

Em qualquer parte do mundo, independentemente da etnia, religiosidade e


historicidade, a humanidade sempre compreende que a feira livre é destinada a venda
exclusivamente a varejo, de produtos hortigranjeiros (verduras, frutas, inclusive grãos,
ovos, aves e mel, etc), produtos derivados do leite (coalhada, queijo, manteiga, nata e
requeijão, etc), conservas caseiras diversificadas, bolachas, pão de festa, doces caseiros,
cereais, sabão em pedra (em pó é coisa moderna e muito recente), animais vivos de
pequeno e grande porte, artesanatos e pescados (carpas, traíras, peixes existentes na
região frescos e vivos, como também em determinadas épocas do ano, peixes do mar,
onde existe diversos tipos de peixes e camarão, caranguejo, etc), dentre outras
mercadorias, segundo a cultura de cada povo.
A feira livre em Santa Rita fomenta desde 1823 o aumento e crescimetnto da zona
urbana e zona rural, tendo em vista os produtos hortifrutigranjeiros, além de outros
relacionados com o meio agrícola do nosso homem do campo, com vendas do produtor
diretamente ao consumidor, além do abastecimento do mercado local e regional, vindo
assim promover o equilíbrio entre a oferta e a procura dos bens desenvolvidos em nosso
território municipal, combinação mais que perfeita envolvendo a cidade, o trabalho e o
mercado, daí a grande importância de nosso comércio, sendo a nossa feira livre
considerada a maior feira do interior da várzea do Paraíba. A nossa feira livre desde seus
primórdios além de abastecer nossas casas serve também como termômetro de
conhecimento diante da conexão e eixos sociais envolvidos. Quem primeiro sabe que o
povo estar se alimentando bem e ou passando fome, são os pequenos comerciantes
ambulantes de nossa cidade, diante das mercadorias oferecidas e das mercadorias
vendidas.

1.32.1 – A feira primitiva


A feira livre foi a primeira grande manifestação cultural do povo de Santa Rita,
autorizada oficialmente a funcionar em 1823. É semanalmente realizada uma das maiores
feiras da Paraíba em Santa Rita, que teve origem no século XVIII na localidade
existente entre a atual Igreja da Conceição (1851) e a Matriz de Santa Rita (1776) e
que atrai pessoas da capital e cidades vizinhas, em virtude de sua importância.
Atualmente a feira livre é realizada no Mercado Central desde o início da década de 40,
do século XX no local do antigo Cemitério Público de Santa Rita.

1.32.2– A emancipação de Pirro


É importante relembrar de que somente no inicio da última década do século XIX,
com o lumiar dos ventos republicanos foi que o povoado de Santa Rita recebeu a
emancipação política, algo parecido com a vitória e ou emancipação de Pirro, ex-vi que,

[...] Confiando antes na eficaz cooperação dos


meus distintos companheiros, do que mesmo nas
minhas débeis forças, aceitei reconhecido o

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

honroso encargo com o fim de nele prestar os


meus serviços em prol da autonomia e
engrandecimento deste município [...].
Antônio Gomes C. de Mello
Intendente Municipal de Santa Rita
(29/03/1890 a 29/06/1890)

A Paraíba foi conquistada em 05 de agosto de 1585, no ano seguinte, l586, Martim


Leitão mandou construir o Forte de São Sebastião e em suas proximidades criou e
construiu o primeiro engenho da Paraíba para fabricação de açúcar em terras do atual
município de Santa Rita, trata-se do Engenho Real Tibirí, valendo salientar de que no nosso
território municipal aconteceram violentos encontros de derramamento de sangue
envolvendo os portugueses, potiguaras e tabajaras, estes auxiliados pelos franceses. Em
1771 foi criada a Capela, simbolizando o inicio da colonização da Várzea do Paraíba nos
moldes da fé católica, segundo a orientação do Papado Romano. Santa Rita desde os
tempos primitivos é “ponto de encontro” e ou lugar de “pouso” e ou de “repouso”, dos
viajantes, comerciantes e comerciários, tendo em vista o alagadiço existente entre Santa
Rita e Tibiri, para se poder alcançar a Estrada de Manênma que ligava o Engenho Tibiri à
Paraíba, (atual João Pessoa). Santa Rita antes de ser cidade já era considerada como
sendo lugar de repouso e ou de dormitório para os caxeiros viajantes, seus empregados e
ou seus escravos e animais. Portanto, Tibiri sempre foi o principal ou único “elo de ligação”
com a Capital em todos os sentidos, caminho ou lugar de passagem obrigatória de quem
vinha do sertão, do cariri e do brejo com destino a Capital da Província de igual nome. E
continua Santa Rita sendo o caminho e ou porta de entrada da Capital da Paraíba de quem
vem do sertão para o mar, ainda em pleno século XXI. Naquele tempo o Brasil era uma
Colônia de Portugal, portanto, tinha como religião oficial a Igreja Católica Apostólica
Romana, valendo salientar de que o povoado de Santa Rita sempre viveu atrelado aos
costumes e a vida social e religiosa da sede da Capitania da Paraíba, atual João Pessoa, de
modo que só passou a ser sede de freguesia religiosa católica por força da Lei Provincial nº
2, de 20 de fevereiro de 1830, segundo afirma o IBGE (Enciclopédia dos Municípios
Brasileiros, 1960). A feira livre de Santa Rita foi criada em 1823, por Dom Pedro I, por
pedido de Estevão José Carneiro da Cunha, então Presidente da Província da Paraíba,
tendo como local parte da atual Praça Getúlio Vargas, provavelmente entre a Igreja da
Conceição e a Matriz Santuário de Santa Rita de Cássia, levando-se em consideração de
que no referido local ainda não existiam o casario atualmente existente, de modo que tem
historiadores que afirmam que o local é onde foi construído o Cine Avenida e que agora é
um templo evangélico, o que se sabe mesmo é que foi nesta área territorial o local onde os
negociantes ambulantes, os feirantes e os matutos, que vinham do brejo, do agreste e do
sertão, passavam por Santa Rita em busca das feiras livres da Capital da Província, aqui
pernoitavam para o descanso da longa viagem no lombo dos animais. Desde aquele tempo
a localidade onde habitamos já tinha era denominado como lugar de dormitório e ou de
repouso.
Em 20 de agosto de 1885, em pleno século XIX, foi criado o Engenho Central São
João, considerado a maior fábrica de açúcar da Paraíba até então, sem deixar de lado a
ideia do aparecimento de “engenho grande” ou seja do surgimento do protótipo de uma
“usina”, com novas tecnologias para a época, uma vez que o mesmo moía suas canas e as
canas de outros engenhos menores em menor espaço de tempo, sem deixar de lado a
construção e inauguração da estrada de ferro Conde D’Eu, durante o segundo reinado

102
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

brasileiro, passando pelo território de Santa Rita ( a estação ferroviária de Santa Rita foi
inaugurada em 07 de setembro de 1883) com destino ao brejo, sertão e ao Recife, Capital
de Pernambuco. E isso é fato histórico que com a passagem da estrada de ferro por dentro
da terra do Engenho Central São João, a poucos metros de sua fábrica de açúcar, em sua
biqueira, melhor dizendo, favorecendo assim o progresso da localidade via os trilhos
ferroviários que transportavam seu ouro branco para a Capital da Província da Paraíba e de
Pernambuco, grande mercado consumidor do produto. Assim teve inicio a acessibilidade
motorizada de pessoas e produtos agrícolas, comerciais e industriais na Paraíba. Assim
Santa Rita era já naquela época o lugar onde tinham o maior número de engenhos de cana
de açúcar em funcionamento da Paraíba, além de conta com água, mão de obra barata,
acessibilidade, solo fértil e apropriado para tal monocultura.
A povoação de Santa Rita em 15 de novembro de 1889, dia da Proclamação da
República dos Estados Unidos do Brasil, ainda continuava atrelada a Capital da Província da
Paraíba e em passos lentos o seu desenvolvimento social e cultural, tudo dependia da
grande cidade, inclusive a administração pública, pois, aqui tinha apenas uma sub-
prefeitura em virtude da falta da emancipação política e administrativa de nosso território,
apesar do grande montante dos impostos diretos e indiretos provenientes do comercio e da
industria açucareira durante séculos.
Aqui em Santa Rita toda vida sobrou confusão pela disputa do poder político local
desde os primitivos conflitos de 1585 e anos seguintes envolvendo os nativos: tabajaras e
potiguaras contra o invasor com cara de colonizador português. Nossos primeiros
exploradores e não colonizadores. De modo que todos os lideres políticos da terrinha queria
na realidade sua emancipação política, dentre os principais lideres podemos destacar: o
Padre Manoel Gervásio Ferreira da Silva, o popular - Padre Ferreira - que era também o
Vigário da Freguesia de Santa Rita de Cássia, uma espécie de chefe político e religioso ou
um coronel que sabia ler e escrever naqueles tempos, fim do segundo reinado e inicio da
República no Brasil; O coronel e senhor de engenho Francisco Alves de Sousa Carvalho; o
também coronel e senhor de Engenho Firmino Gomes da Silveira, que na época era
Senador da República; o chefe de polícia de Santa Rita e senhor de engenho Antonio
Gomes Cordeiro de Mello (era proprietário do Engenho Capelinha, terras encravadas na
atual Usina Santana, em cuja Capela do Engenho tinha como padroeiro: São Francisco
Xavier, conforme comprova-se com o que escreveu o historiador paraibano João Lyra
Tavares, no livro denominado: A PARAHYBA, páginas 521 a 525), dentre outros cidadãos
igualmente comprometidos com a “ordem e o progresso” em nossa terra, assim sendo,
fizeram um abaixo-assinado com mais de quinhentas assinaturas e entregaram ao
Presidente do Estado da Paraíba, Venâncio Augusto de Magalhães Neiva, justificando da
necessidade de emancipar o povoado de Santa Rita, fazendo mencionar que “Não há mais
sentido o florescente povoado de Santa Rita no novo regime continuar como freguesia, pois
possui vinte e cinco engenhos moentes, duas escolas, duas igrejas e várias capelas, duas
olarias, uma usina de assucar e um cemitério, além de uma concorrida feira semanal para
onde convergem as populações interioranas [...]” e além do mais “[...] não se justifica que,
contribuindo com seus vantajosos impostos para o progresso do Estado, permaneça Santa
Rita subordinada à Capital [...]”, conforme se comprova pela simples leitura do abaixo-
assinado do Padre Manoel Gervásio Ferreira da Silva – Padre Ferreira e outros, às folhas
183 do Livro do Tombo da Paróquia de Santa Rita de Cássia, da cidade e município de
Santa Rita, Estado da Paraíba. O Brasil mudou de regime imperial para república e Santa
Rita era uma localidade emergente em pleno século XIX, a época já tinha um parque
agroindustrial invejável às demais localidades da Paraíba e de outros Estados do país.

103
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Assim sendo, através do Decreto Estadual nº 10, de 19 de março de 1890, o


Presidente do Estado da Paraíba Venâncio Neiva, emancipou Santa Rita do município da
Capital da Paraíba (atual João Pessoa), pelo desmembramento territorial, conforme segue:
“Decreto nº 10, de 19 de Março de 1890. Art. 1º - Fica elevado a categoria de Vila a
Povoação de Santa Rita, que continua a ter a mesma denominação, passando a freguesia
do mesmo nome, com a do Livramento, a constituir um município com os seguintes limites:
ao nascente o Rio Sanhauá até o Marés, deste em direitura ao Mumbaba de Baixo; Ao Sul,
o Rio Gramame, desde o ponto em que recebe o Mumbaba; da nascença desde até a
Estrada que do Santo Antônio vai a Pedras de Fogo compreendendo as Mumbabas do
Cavalcante, do Trigueiro e do Mary até a Ponte do Cobé, no Rio Paraíba, ao Poente, da
Ponte de Cobé em direitura ao lugar Serraria na antiga Estrada das Boiadas e por esta até
a sua passagem no Rio Miriry, compreendendo os Engenhos Cobé, Santo Antônio,
Calebouço, Engenho Novo e Tabocas que pertencia à Frequesia do Taipú, do Municipio de
Pedras de Fogo; Ao Norte o Rio Miriry desde a passagem da Estrada das Boiadas até à Foz
do mesmo rio, a leste e a nordeste o Rio Paraíba, desde o Sanhauá até a Barra do Miriry,
compreendendo as Ilhas da Restinga, Stuart e Tiriry, pertencentes à Freguesia de
Livramento. Art. 2º - Revogam-se as disposições em contrário. PALÁCIO DO GOVERNO DO
ESTADO DA PARAIBA, em 19 de Março de 1890, e Segundo da República dos Estados
Unidos do Brasil. VENÂNCIO NEIVA”. Assim sendo, a instalação oficial do município de
Santa Rita e a posse do Conselho de Intendência Municipal aconteceu no dia 29 de março
de 1890, ex-vi publicação no jornal Gazeta da Parahyba de 30 de março e 01 de abril de
1890, acessível no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, afirma textualmente o
seguinte: “apesar da chuva copiosa que durante toda a noite de sexta-feira caiu neste
município e ali na capital, o que impediu o comparecimento de muitas pessoas que teriam
vindo assistir a festa de instalação da vila e posse da intendência, esteve aquela animada
apesar de pouco concorrida. Veio o presidente da intendência da Capital, com seu
secretário, bem como a banda de música do 27º batalhão”. Portanto, o nosso município foi
instalado e seus primeiros gestores, tomaram posse no dia 29 de março de 1890, mediante
o juramento formal e posse dos membros do Conselho Municipal de Intendência de Santa
Rita, em sessão solene no Paço Municipal.
E isso é fato histórico consumado, pois, o Presidente Venâncio Neiva assinou a
portaria “nomeando, de conformidade com o decreto do Governo Central da República nº
107, de 30 de dezembro de 1889, para constituir o Conselho de Intendência do Município
de Santa Rita, os cidadãos: ANTONIO GOMES CORDEIRO DE MELLO, como Presidente;
Major BENTO DA COSTA VILLAR e AMARO GOMES FERRAZ (1º e 2º Vice-Presidente); e
para substitutos os cidadãos: JOÃO DE MELLO AZEDO E ALBUQUERQUE, e os Capitães
ANTONIO MANOEL DE ARROXELLAS GALVÃO e BENICIO PEREIRA DE CASTRO”, conforme
publicação no Jornal Gazeta da Parahyba de 25 de março de 1890 (arquivado no IHGP). É
importante registrar de que naquela época não tinha jornal ou diário oficial o Estado da
Paraíba e assim sendo, os atos do governo para entrar em vigor não dependiam da
publicação no jornal ou diário oficial.
Os chefes e coronéis da política de Santa Rita receberam festivamente o
representante do Presidente Venâncio Neiva, o Intendente da Capital e senhor de engenho
Francisco Pinto Pessoa, na solenidade de 29 de março de 1890, cuja autoridade tomou o
juramento formal dos membros do Conselho de Intendência Municipal de Santa Rita em
nome do primeiro mandatário republicano na Paraíba. Logo após o juramento de posse dos
membros do referido conselho, usou da palavra o primeiro gestor de Santa Rita, Presidente
do Conselho de Intendência Municipal, o senhor Antônio Gomes Cordeiro de Mello, que

104
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

assim se expressou: “Cidadãos. Tendo sido, pelo Decreto nº 10, de 19 de março do


corrente ano, elevada a categoria de vila esta florescente povoação de Santa Rita,
constituindo um município com a freguesia de Nossa Senhora do Livramento, houve por
bem o ínclito cidadão governador deste Estado, nomear-me presidente da intendência
municipal da mesma vila, tendo por dignos companheiros os ilustres cidadãos Major Bento
da Costa Vilar e o Professor Jubilado Amaro Gomes Ferraz. Confiando antes na eficaz
cooperação dos meus distintos companheiros, do que mesmo nas minhas débeis forças,
aceitei reconhecido o honroso encargo com o fim de nele prestar os meus serviços em prol
da autonomia e engrandecimento deste município, convocando ao mesmo tempo no
acanhado circulo de minhas atribuições para o credito e consolidação da nova e auspiciosa
instituição republicana, da qual me confesso verdadeiro sectário. Instalada esta intendência
resta-me congratular-me com todos os nossos concidadãos por tão feliz acontecimento,
motivando a segurança de que todos sem distinção, concorrerão na razão de suas forças
para o progresso e engrandecimento deste rico município. Está instalada a intendência
municipal da vila de Santa Rita. Viva a República dos Estados Unidos do Brasil. Viva o
generalíssimo chefe do Poder Executivo. Viva o governador deste Estado. Viva a Vila, o
município de Santa Rita e seus habitantes”, ex-vi publicação original e integral do referido
discurso no jornal Gazeta da Parahyba, edição de 29 de março e 01 de abril de 1890,
acessível no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano. Portanto, comprovado está de que
Santa Rita foi emancipada realmente em 19 de março de 1890 e teve sua instalação oficial
e posse de seu primeiro gestor, seus dois vices e membros suplentes no dia 29 de março
de 1890.
E em 19 de março de 1890, o fato histórico da emancipação política de Santa Rita,
também é comprovada na fala do Padre Manoel Gervásio Ferreira da Silva, Padre Ferreira,
fez um longo discurso, era um homem de capacidade intelectual firme, naquele tempo os
sacerdotes estudavam língua materna e latim envolvendo todos os componentes
curriculares que antecediam sua formação clerical, acerta altura em seu discurso ele
afirma: “[...] é uma realidade para nós o progresso prometido pelo governo provisório dos
Estados Unidos do Brasil, o qual progresso a nós chegou por mão do digno Governador do
Estado da Paraíba, cidadão Venâncio Neiva, assinando a 19 de março do corrente, o
decreto de nossa municipalidade. Portanto, cidadãos, rendamos um preito de gratidão a
esses heróis legendários da Pátria livre, da Pátria unida”, e finaliza o seu longo discurso
exaltando os membros recém empossados do Conselho de Intendência Municipal de Santa
Rita, afirmando: “e vós cidadãos intendentes, inspirados nas palavras de Ordem e
Progresso estudai as necessidades desta terra, que também é vossa, para que por meio de
leis aptas dar-lhe vida, aproveitando a uberdade de seu solo, incutindo em seus filhos o
amor ao trabalho, único incremento de nossa prosperidade. Para vós cidadãos, convergem
todas as nossas vidas, vós sois o depositário de nosso futuro, fazei-o próspero para a glória
desta terra, pela honra de nossos nomes e utilidade nossa”. Então comprovado está de que
Santa Rita foi realmente emancipada em 19 de março de 1890, segundo afirma o Padre
Ferreira em seu discurso de saudação ao primeiro gestor, publicado no jornal Gazeta da
Parahyba em, 29 de março de 1890, página 5, arquivado no IHGP.
Por outro lado, o Intendente Antônio Gomes Cordeiro de Mello, primeiro gestor de
Santa Rita a época tinha mais de setenta anos de idade, motivo pelo qual ele afirma em
seu discurso de posse: “[...]confiando antes na eficaz cooperação dos meus distintos
companheiros, do que mesmo nas minhas débeis forças, aceitei reconhecido o honroso
encargo com o fim de nele prestar os meus serviços em prol da autonomia e
engrandecimento deste município, convocando ao mesmo tempo no acanhado circulo de

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

minhas atribuições para o crédito e consolidação da nova e auspiciosa instituição


republicana, da qual me confesso verdadeiro sectário [...]”.(Grifamos). Era um cidadão
austero, firme e honesto, tanto é assim que preferiu renunciar o cargo de Intendente
Municipal três meses depois de sua posse, tendo em vista que “surgiu da exigência de que
o mesmo cobrasse impostos dos feirantes e aí incluísse uma percentagem para a limpeza
da Igreja de Santa Rita. Enquanto o Padre Ferreira exigia um percentual tributário para as
suas obras religiosas, o Coronel Francisco Carvalho exigia que o intendente fizesse opção
entre o cargo de intendente e o de chefe de polícia que continuava exercendo mesmo
depois de sua posse na intendência”, é o que afirma Santana (1990).
Finalmente, é 19 de março de 1890 o dia da emancipação política de Santa Rita da
Capital da Paraíba, salvo se for “a emancipação política de Pirro”, justamente aquela que
nunca existiu, mera ilação ou ilusão do sonho nunca sonhado e muito menos concretizado
como fato histórico municipal, quando historiadores, sic, afirmam erroneamente de que
Santa Rita teria sido emancipada em 09 de março de 1890, o que não tem confirmação
documental tal ilação.

1.32.3 – O mercado público e a feira do papo da coruja


No ano de 1973 teve inicio a administração do prefeito Antonio Joaquim de
Morais, tendo como vice prefeito Joaquim Dias Ramos, enquanto que a Câmara
Municipal de Santa Rita era composta por dez vereadores: João da Costa Gadelha;
Anibal Limeira; Israel Correia Diniz; Severino Maroja e Francisco de Paula Melo
Aguiar(Presidente do Poder Legislativo Municipal) do então MDB-Movimento
Democrático Brasileiro, tendo como presidente do diretório municipal Heraldo da Costa
Gadelha, e Oíldo Soares, Marcos Antônio de Souza Brandão; Débora Soares de Araújo
(substituída pelo suplente de vereador Ernani Inácio da Silva), Reginaldo de Freitas, José
Pereira da Costa Filho, da então Arena, tendo Egidio Silva Madruga como presidente do
diretório municipal. O Mercado Público Municipal de Santa Rita (construído na década de
40 por Diógenes Nunes Chianca e ainda continua a mesma estrutura, apenas o
madeiramento interno e as telhas foram substituídas várias vezes quando o tempo assim
requer) era constituído praticamente da mesma maneira como atualmente,
principalmente por bancos de feiras e seus feirantes, barracas internas e externas de
comercio de carnes, verduras, frutas e estivas em geral. Na parte externa visão para o
“papo da coruja” e a rodovia PB/04, ainda não existia os correios e telégrafos, nem as
casas comerciais das ruas: Antonio Ferreira Nunes (popular rua do Cadeado), Luiz
Soares e Praça da Alimentação, sic, pois, a referida área era totalmente tomada pelas
barracas de pequenos comerciantes e pelo lixão público, de modo que a partir de 1973,
a área era pertencente ao patrimônio da Usina Santa Rita e sendo assim resolveu fazer
o loteamento dos terrenos e colocar a venda. As primeiras casas residenciais construídas
foram: a casa da professora Giselda Dutra (que depois vendeu a Luiz Leal Guedes, onde
atualmente funciona o Todo Dia), a casa de Baiôco, pai das professores Lenilde e Alda
Gomes (onde atualmente funciona uma loja de eletrodomésticos), a casa de Luiza
Pessoa, conhecida por Lulu (onde hoje funcionam várias lojas), a casa de Severino
Cassé (que ainda encontra-se na forma original), e a casa do armazém da Cidagro (onde
atualmente funciona um supermercado) e casa onde funcionou o escritório de
contabilidade de Gilvandro Anjos, atual vice prefeito de Santa Rita (lá atualmente
funciona uma loja de roupas e ao lado uma barraca, esquina da Flávio Ribeiro com a
Praça Antenor Navarro), e o terreno que pertencia a Reginaldo de Freitas que foi
vendido aos empresários que construíram diversas lojas, dentre as quais o Armazém

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Paraíba. Vale salientar de que prédio dos Correios e Telegráfos foi construído em
1973/74 depois que a Câmara Municipal de Santa Rita autorizou a doação do terreno
que foi comprada a Usina Santa Rita. Não existiam as casas e as empresas: Edilicya e
outras atualmente existentes na referida localidade. Foi assim como o lixão do mercado
público de Santa Rita desapareceu na década 70. Do outro lado da rua Flávio Ribeiro,
onde encontra-se construído o posto Santana, o Santa Cruz (esta área a prefeitura
municipal dou inicialmente a AUS – Associação Universitária Santaritense, ainda foi
iniciada a construção com os pilares do “ginásio”, porém, a AUS deixou o tempo passar
e a doação caducou igualmente, dando lugar a doação pela Câmara Municipal ao Santa
Cruz Esporte Clube Recreativo em 1980), o terminal rodoviário (esta área foi doada pela
Prefeitura Municipal para a CNEC construir o Colégio Américo Falcão, na administração
Antonio Teixeira, ficou o projeto só no papel, caducou e deu lugar ao terminal
rodoviário) e a Fundação Flávio Ribeiro (este terreno foi doado pela Usina Santa Rita
para constituir a Fundação Flávio Ribeiro,mantenedora do Hospital com igual nome,
administrado inicialmente pelas Irmãs de Caridade da Holanda e atualmente pelas
Irmãs da Congregação do Imaculado Coração de Maria). , também pertencia ao
patrimônio da Usina Santa Rita. O largo do mercado envolvendo os quatro lados chama-
se oficialmente de Praça Antenor Navarro, na parte que olha para o Lojão da
Econômica, praticamente nada mudou durante os últimos 40 (quarenta) anos, apenas
os donos das lojas venderam seu patrimônio ou morreram. Do lado que olha para
Regismar Ferragens, a mesma coisa, Sinvaldo Cavalcante Viana, vendeu a Joaquim Dias
Ramos e este passou para os atuais donos, na outra esquina com a popular “rua de
Egidio”, como povo chama ainda hoje à Rua Coronel Domiciano, funcionava o armazém
de Antônio Tristão de Melo, e na outra esquina existia a Movelaria de Ely Bezerra e
anexo a parede do mercado vários comerciantes, dentre os quais o comerciante
Joaquim Pequeno, de saudosa memória. E do lado que olhava para antiga loja de
Francisco Capucho e família, também nada mudou, continua praticamente da maneira
forma, pequenas lojas anexadas nas dependências do mercado e os feirantes e suas
barracas, apenas fechou a banca de bicho do ex-vereador José Batista do Nascimento,
tendo em vista o falecimento do mesmo. Na parte interna do mercado público de Santa
Rita sempre teve várias lojas de tudo: pano (com Nezinho e com a esposa de Paulo
Pessoa, estivas em geral no armazém de Arnaldo Martins, dentre outros, todos de
saudosa memória). Por final, na administração Heraldo Gadelha no período de 1963/69,
foram introduzidas as “barracas” padronizadas e pintadas na cor laranja, a cor do
socialismo moreno daquele momento vivido pela administração pública municipal,
(tenho a lembrança da barraca de roupas finas de Zito Mago, de Rita Moreira (mãe de
Walter Levita) e a barraca de venda e conserto de fogão de Bráz), a partir da porta do
mercado olhando para a “Nova Ferragem”, loja de Raimundo Furtado, já existiam lojas,
dentre as quais a Casa do Riso de Luiz Carlos da Silva, casado com Risomar Paiva (filha
do comerciante Oscar Paiva, de saudosa memória em Santa Rita), na área externa do
mercado público e que o tempo encarregou-se de substituí-las pelas atuais casas
comerciais na parte interna/externa do mercado que dão vista para o antigo Metro de
Ouro, de Pedro e Paulo de Mendonça Furtado (atual Patricia móveis e outras lojas),
tinha ainda o loja de fotografia de Fausto Ferreira, que foi substituído pelo “Foto Fiel” de
Zito fotógrafo, a Farmácia Santa Rita de José Bonifácio que foi adquirida e Fernando e
Francisquinha Carvalho (mulher que serviu de enfermeira e amiga do povo de Santa Rita
durante toda sua vida) e a alfaiataria central na parede externa do mercado. Na gestão
do prefeito Heraldo Gadelha, 1963 a 31 de janeiro de 1969, ele em sendo um católico

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

praticante, decretou o fechamento do Mercado Central de Santa Rita nos domingos, a


cidade só tinha a feira pública até o sábado, a justificativa era que o domingo é o dia do
senhor, segundo o cristianismo e por isso deve guardado por todo e qualquer cristão,
porém, os comerciantes ambulantes resolveram fazer uma feira livre entre a linha férrea
e a atual Igreja de Nossa Senhora do Rosário, que ficou denominada de feira do
ralabucho, tendo em vista que a mesmo funcionava disputando espaço com o trem e
com os automóveis que entravam e saiam da cidade com destino ao planalto na BR230.
O mercado público de Várzea Nova sem foi prometido por todos os gestores municipais
e até a presente data não foi construído. O Distrito de Nossa Senhora do Livramento
tem um modesto mercado público. Em Tibiri II também tem um mercado público
municipal que espera sua ampliação desde a década de 90 do século XX, haja vista que
é uma área urbana progressista e desenvolvimentista de nossa cidade. A região de
Marcos Moura, Aguiarlância e adjacências tem um modesto mercado público que
também precisa ser melhor planejamento e ampliado, pois, ali também é uma área de
desenvolvimento humano, social e econômico.

1.33 – Santa Rita, o que teve e não tem mais


[...] O meu passado é tudo quanto não consegui
ser. Nem as sensações de momentos idos me são
saudosas: o que se sente exige o momento;
passado este, há um virar de página e a história
continua, mas não o texto.
Fernando Pessoa, in “Livro do Desassossego”.

 CARNAVAL — Um dos mais animados carnavais de rua da Paraíba,senão o


melhor. Com a participação de 4 (quatro) blocos de frevo:Os Piratas, A Lira Vencedora
(fundada por Aristedes Ferreira, Luis Soares de Azevedo e Jaime Lacet), O Santa Cruz
e o Industrial, da vila operária Tibirí, que arrastavam multidões no ritmo contagiante e
gostoso de frevo. A escola de Samba “sapato de pobre é tamanco”, dirigida pelo saudoso
Faustino Nascimento, o nosso “Seu Tatá”, nascido aos, 15 de fevereiro de 1919,campeã
de vários desfiles em João Pessoa, 4 (quatro) tribos indígenas, várias troças e batucadas,
dentre as quais a batucada de Geraldo Giboia, do Bairro da Viração, além de vários
ursos e mascarados, do tipo chirumbas e travestidos.
 BANDAS — Chegamos a possuir três bandas de músicas, regidas por
grandes maestros, dentre os quais podemos citar: Jovelino Cândido e Manoel Neves. Até a
década de 80 do século tinhamos a quebraresguardo co mo era chamada a Filarmônica São
José, pertencente à Prefeitura Municipal.
 MISS SANTA RITA — Grandes concursos para a escolha de Miss Santa Rita,
realizados com muita pompa nos salões do Santa Rita Tênis Clube, casa cheia tamanho é o
priveligio que a referida festa tem no seio da sociedade, conforme relatos dos mais antigos
moradores de nossa cidade, o evento vem se realizando anual há décadas.
 PROCISSÕES — Éramos antigamente uma cidade de muito fervor religioso católico,
chegando a haver anualmente 38 (trinta e oito) procissões, assim distribuídas: 31(trinta e
uma) procissões em homenagem a Nossa Senhora, por ocasião do mês de maio, uma
procissão por noite; a procissão da Padroeira Santa Rita de Cássia, desde 22 de maio
de 1771, mesma época da edificação da primeira Igreja/Capela dedicada a referida
Santa, as procissões do Bom Jesus dos Passos e do Senhor Morto, na Semana Santa, a
procissão de Corpus Cristi, de Nossa Senhora da Conceição, no dia 8 de dezembro; de

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, em 1°, de novembro, além das procissões quinzenais
da Medalha Milagrosa, que visitou a maioria das casas dos católicos de Santa Rita. Não
faltando a procissão de Nossa Senhoria da Conceição (uma espécie de culto particular),
patrocinada com muita dedicação e vocação pelo devoto José Lopes, morador na Vila
Operária Tibiri. É importante também lembrar aqui a procissão de Santo Antônio,
realizada durante décadas por dona Noura na Vila dos Clementes, uma espécie de
quilombola, atualmente encravado no Bairro André Vidal de Negreiros, nesta cidade.
 RÁDIOS E JORNAIS — Tivemos a Rádio Sociedade de Santa Rita, idealizada pelo
saudoso Tatá, Agência de Publicidade A Voz do Alto, de Elias Monteiro, a Amplificadora de
Toscano e a Amplificadora do Baixo Meretrício, o popular vai quem quer ou cabaré.
Inicialmente registramos que um grupo de jovens intelectuais, dentre os quais:
Jaime Gonçalves do Nascimento (Jaine Lacet e ou Glêz Lacet), Lapemberg Medeiros de
Almeida e Waldemar de Carvalho Lelis, dentre outros, criaram ao longo de nossa
historicidade vários jornais de épocas de cunho literário, noticiosos e humoristicos, dentre
os quais, os jornais:o “Rebate”, em 1914 e o “Cruzeiro”, em 1926, ambos criados e
mantidos por Francisco Teixeira de Vasconcelos e Floriano Mendes, jovens idealistas. Em
1930, existiu entre nós os jornais: o “Faísca” e o “Carleston”, criados por Lapemberg
Medeiros de Almeida, então funcionário da Great Western (Rede Ferroviária) em João
Pessoa. O Anuário Informativo do Municipio de Santa Rita, que foi publicado em 1937, em
pleno período inicial do Estado Novo de Getúlio Vargas, tinha como diretores fundadores e
jornalistas: Jaime Lacet, Lapemberg de Medeiros Alveis e Waldemar de Carvalho Lelis. Em
1946, também tivemos por pouco tempo o “Bomba Atômica” circulando nos meios sociais
de nossa cidade.É importante mencionar de que Jaime Lacet foi fundador e diretor da
Estação Radiofônica de Santa Rita, conhecida como a “PR Melodia”, em 1937, portanto, a
pioneira estão radiofônica da terra que nos é comum. Tivemos ainda outras inciativas
radiofonicas com poucos anos de duração, dentre as quais: a Rádio Municipal de Santa
Rita, a Rádio Royal, a Rádio Clube de Santa Rita e a Rádio Sociedade de Santa Rita, que
teve inclusive Jaime Lacet e seu Tatá como locutores.É importante lembrar de que Santa
Rita também teve o Grêmio Bolsista Tibiry Esporte Clube, uma espécie de precursor do
CTC Futebol Clube, na Vila Operária de Tibiri, e o Escrete Santaritense. Aqui também
existiram o Grêmio da Mocidade, nos idos anos de 1924 e o bloco carnavalesco, Lira
Vencedora, ambos fundados por Jaime Lacet, Luis de Azevedo Soares e Jaime Aristides
Ferreira.Já no inicio da década de 60, havia entre nós o jornal "SINOS DE SANTA
RITA",uma invenção dos padres Mauricio e Paulo, sucessores de Monsenhor Rafael de
Barros, na adminsitração da Paróquia de Santa Rita de Cássia, com a famosa crônica da
"Coruja da Torre", a Tribuna; o Informativo do Gresc (Grêmio de Estudos Sócios
Culturais) e atualmente existe o Jornal "PARTICIPAÇÃO" e o Informativo "Gente da
Gente", mantido pela Prefeitura Municipal de Santa Rita, ambos são tabloides que
divulgam noticias do interesse de seus donos, conforme se pode comprovar através dos
conteudos politiqueiros dos seus textos. Além do Rádio Canavial de Santa Rita de J.
Santos e Francisco Canindé, que inicialmente funcionou à Rua Desembargador Sindulfo e
posteriormente à Rua Professor Severo Rodrigues, esquina com a Rua Coronel Aureliano,
igualmente extinta durante o regime militar brasileiro iniciado em 1964.Vale enfatizar de
que a Rádio Sociedade de Santa Rita, fundada e mantido por Faustino Nascimento, “Seu
Tatá”, teve sua licença cassada pelos militares que fizeram a revolução de 1964, porém,
aquela emissora serviu de laboratório para fabricar locutores e radialistas para toda
Paraíba.

109
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Aqui já existiram diversos clubes sociais, merecendo destaque especial o Santa Rita
Tênis Clube (extinto), onde a chamada elite da cidade frequenta para reuniões e encontros
sociais. Não faltando também a presença do futebol em Santa Rita, que se faz representar
no campeonato paraibano de futebol, onde os times pequenos pagam para jogar, pela
heróica e brava equipe do Santa Cruz Sport Clube, que inclusive chegou a ser campeão e
bicampeão da Paraíba na década de 90 do século XX. Atualmente é apenas o
representante de nossa terra nas disputas intermunicipais a nível do campeonato estadual
da Paraíba.

1.34 – Santa Rita, relato cultural e social do passado


Culpar o passado não melhora as coisas.
Nelson Mandela
[...]

1 - O primeiro Teatro Cinema funcionou no ano de 1907 no prédio do então Mercado


Público Municipal de Santa Rita, onde atualmente funciona o Cine Avenida, à Praça Getúlio
Vargas. Por outro lado, somente em 1912 foi que surgiu o Cinema Teatro Central, fundado
pelo Coronel Francisco Honorato Vergara. No mesmo ano de 1912 o Major Clementino de
Oliveira, que na época exercia o cargo de Delegado de Policia em Santa Rita, além de
fazer amplas reformas no citado teatro, inclusive mudou o nome para Cinema Valfredo
Leal, de saudosa memória. Já no ano de 1918 o Cinema Valfredo Leal foi adquirido por
Manoel Henrique de Sá, que também mudou o nome para Cinema Morse, que passou a
pertencer a Jorge Silva, até sua auto-extinção, apesar de naquele tempo não existir
televisão e outras diversões avançadas como atualrnente.
2 - Em 1908, o cidadão e Professor Francisco da Silva Porto, fundou um centro de reunião
em alto estilo para atender a elite da cidade, sendo inclusive o primeiro cassino a introduzir
bebidas geladas em Santa Rita, o referido cassino era um dos mais importantes da
Paraíba, até então. Em 1915 o cassino do Professor Francisco Porto, hospedou o Dr.
Epitácio da Silva Pessoa, futuro Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil,
quando de visita em Santa Rita, o que causou uma grande honra para todos os
santarritenses, diante do fato de ter hospedado aquela autoridade nacional. Em 1935 o
Professor Luiz Soares de Azevedo, adquiriu o prédio do cassino e instalou uma moderna
escola particular masculina em Santa Rita.
3 - O Coronel Francisco Honorato Vergara, homem rico da Paraíba, em 1907 comprou um
automóvel que inclusive foi o primeiro a circular nas terras dos tabajaras e na ciade de Santa
Rita. Certa vez quando o automóvel parou na Praça da Matriz de Santa Rita de Cássia (de-
pois Praça D. Pedro II) e atualmente Praça Getúlio Vargas, o "Povão" aglomerou-se para
examinar a "bestafera", que inclusive nesse dia aconteceu o primeiro acidente
automobilístico em Santa Rita, pois, a vítima foi o cachorro Bulldog chamado "MANELICK”,
uma espécie de filho de homem sábio...
4 - Em 1921 foi oficialmente inaugurada a primeira empresa de ônibus em Santa Rita com
duas "sopas" ou “marinetes” possantes e com capacidade para trinta passageiros cada.
Mas, logo na viagem de inauguração dos mesmos, uma das "sopas" matou o menino
Deodato e o povão reagiu prendendo o motorista e entregando-o a polícia para ser
processado... Nossa gente sempre foi crítica e vigilante para defender a vida dos seus
semelhantes.
5 - Em 1879, Amaro Gomes Ferraz (foi o segundo Intendente de Santa Rita, assumiu em
29 de junho de 1890 quando o Intendente Antônio Gomes C. de Mello, renunciou o cargo),

110
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

fundou a primeira panificadora em Santa Rita com o nome de Padaria Santa Rosa e fechou
suas portas em 1912. A segunda panificadora fundada em Santa Rita por Manoel Julião em
1885 deixou de funcionar em 1931 e em 1905 foi fundada a terceira padaria com o nome
de Santa Rita, pertencente a José Gonçalves do Nascimento, e que funcionou até a década
de 40. Por fim, funciou até o final do século XIX em Santa Rita, uma fábrica de bolachas e
massas doces, pertencente a José Cabeludo, conforme informa Jayme Lacet, no Anuário
Informativo de Santa Rita do ano de 1937.
6 - Santa Rita foi emancipada através do Decreto nº 10, de 19 de março de 1890, sendo
presidente do Estado da Paraíba o doutor Venâncio Neiva.
7 - Antônio Gomes Cordeiro de Mello, foi nomeado o primeiro Presidente do Conselho
Municipal de Intendência de Santa Rita e tomou posse com os demais membros no dia da
instalação oficial do Municipio de Santa Rita, em 29 de março de 1890.
8 - Santa Rita foi visitada pelo Dr. Álvaro Machado, então Presidente do Estado da Paraíba,
tornando-se assim o primeiro chefe de governo a visitá-la e o mesmo ficou hospedado na
casa do coronel Amaro Gomes Ferraz, que era o Prefeito da época. Mas em 1924, o Dr. João
Suassuna veio a Santa Rita pessoalmente, o que serviu de muita honra, pois, no dia 03 de
dezembro de 1921, o Município de Santa Rita, teve sua emancipação política restabelecida
pelo Decreto n° 613.
9 - Pelo Decreto n° 591, de 30 de Outubro de 1934, o Interventor Federal Gratuliano de
Brito, criava definitivamente a Comarca Judiciária de Santa Rita, sendo nomeado o Dr.
Octávio Celso de Novaes, o seu primeiro Juiz de Direito. Em cinquenta anos de existência —
Bodas de Ouro, à Justiça em Santa Rita, ainda não tem seu Fórum Judiciário devidamente
capacitado para se comemorar tal acontecimento, pois, não obstante, os esforços dos
magistrados atuais de Santa Rita, a primeira vara funciona precariamente no prédio da
Câmara Municipal, juntamente com o Cartório de Distribuição e a própria Câmara de
Vereadores, além do mais, a segunda Vara funciona no prédio do Cartório do 2° Ofício, de
propriedade privada, o que significa dizer que a Justiça anda a pé e sem nenhuma
condição de funcionar e funcionar bem, o que serve de vergonha para quem administra e
aquém já administrou à Paraíba e não forneceu às condições minímas para que à Justiça
pudesse realmente funcionar em prédios especialmente construídos, principalmente em
Santa Rita, enquanto terceira maior cidade em recolhimento do ICM da Paraíba.
Ressaltamos de que somente nas últimas décadas a cidade recebeu a construção dos
prédios do Forum Judiciário e do Ministério Público Estadual.

1.35 – Santa Rita e a imaginação lendária


Como é perigoso libertar um povo que prefere a
escravidão!
Maquiavel

Conta-se que na frente da igreja velha, ou seja da Igreja de São Sebastião, a


primitiva que foi construída na Várzea do Paraíba, logo no ano seguinte a fundação do
Engenho Tibirí, o primeiro engenho de cana de açucar edificado na terra dos tabajaras, logo
após o 5 de agosto de 1585, época bem anterior a construção da ferrovia que liga Santa
Rita a Capital da Paraíba,os antigos moradores da localidade dizem que em uma das
muitas mangueiras que ali se encontram há um lugar descampado que não nasce planta
de espécie alguma. A razão é que foi lá que dois irmãos, de nomes Tibi e Tibira, se
assassinaram a golpes de faca, por ocasião de uma festa. E como um castigo dos céus, o
sangue dos dois irmãos ali derramados, secou por completo a terra, impossibilitando a

111
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

reprodução da vida vegetal em tal localidade. Ressaltamos de que não vem daí a
origem do termo “tibirí”,pois, segundo Frei Vicente do Salvador, em “História do Brasil”,
publicado em 1626, o termo ou topônimo citado é de origem tupy “Tibir – y” e ou “Tibi-
r-y”, que significa em nosso português materno, “rio do sepultado” e ou “rio da
sepultura”, conforme é enfocado por Costa, Pereira da; et all (1904), denominado de
“As etimologias indigenas de Elais Herckmans, publicado em Revista do Instituto
Geológico e Geográfico Pernambucano.De modo que o termo rio Tibery, significando o
que hoje conhecemos como sendo rio Tibiry, com “y” e ou com “i”, no final da palavra,
é mencionado em 1698, no mapa da Provincia da Paraíba, de autoria do italiano
Andreas Antonius Horatius. O que vale dizer que a povoação e colonização da Várzea
do Paraíba teve inicio na região do rio Tibiry, envolvendo indios, brancos, negros e
europeus, tendo em vista a presença da primeira fábrica de açúcar da Paraíba, o
famoso e praticamente desaparecido “Engenho Real Tibiry”, cujos resquicios ainda se
encontram entre a Vila Operária Tibiri e o Rio Preto, nesta cidade.
Por outro lado, conta-se ainda que nos fundos da Igreja de São Sebastião, há
um poço de areia movediça, sobre o qual foi jogado um bezerro de ouro, e todo aquele
que se atreve a procurá-lo, afoga-se na areia, como castigo pelo seu atrevimento. E os
mais velhos contam tais estórias com uma certeza tão grande que os mais jovens ficam
de cabelos arrepiados.
Diz-se também a lenda que o velho sino da Igreja de São Sebastião, teve seu badalo
roubado por ser uma peça de ouro maciço. Mas, parece que o mais racional é admitir
que o sino teve a sua "língua" corroída pela ferrugem. O fato é que o sino original não se
encontra mais na referida igreja. Acredita-se que tenha sido recolhido à casa grande dos
proprietários do antigo engenho.
O povo conta que O Padre Melibeu, falecido em 9 de agosto de 1931, que foi
vigário da cidade e teve morte súbita,três meses depois da grande festa em homenagem
a Santa Rita de Cássia, onde rendeu muito dinheiro para a construção da torre da atual
Igreja Matriz de Santa Rita e bem assim das reformas internas daquela casa de
oração,ato continuo, dias após a realização da citada festa, o dinheiro recolhido no
pavilhão via quermeces e doações, foi roubado, desapareceu da Casa Paroquial e tal fato
na lingua de certos carolas colocou o senhor vigário em discussão, se bem que o referido
sacerdote era um humomem sério e honesto, porém, ficou decepcionado e por isso
faleceu vítima de um enfarto fulminante, foi sepultados nas dependências da Igreja
Matriz e após anos de supultado teve seu túmulo aberto para que lhe fosse retirada a
ossada, para a surpresa de muitos estava em perfeito, tamanho era o estado de
conservação, como se tivesse sido colocado ali naquele momento. Contam também que o
corpo foi retirado e mandado às pressas à Roma para a beatificação. Até hoje ninguém
comprova a incorruptibilidade do referido sacerdote. E não poderia ser diferente, tendo
em vista que isso é uma lenda, ou seja, uma narrativa fantasiosa que é transmitida de
geração em geração pela tradição oral de seus habitantes e especialmente pela carolas da
igreja. Enfim, toda lenda tem o caráter mistico, fantástico e fictício, onde procurar
combinar os fatos reais e históricos com os fatos irreais, que representam o produto de
mera imaginação da aventura humana. Claro que uma lenda pode ser verdadeira o que
não deixa de ser importante.O homem vive de criar situações as mais diversificadas
possíveis para transmitir as novas gerações seus saberes e conhecimentos, sejam eles
academicos e ou não, reais e ou irreais, apenas mitológicos.Segundo os mais
diversificados folcloristas, historiadores e pesquisadores, o que chamamos de lendas, não
passam de frutos de nossa imaginação do senso comum ou popular,porém, ressaltamos

112
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

de que para muitos povos as lendas são os livros na memória viva dos mais sábios, tendo
em vista que uma lenda não representa assim uma mentira e muito menos uma verdade
absoluta, representa portanto, uma história que foi criada, defendida e continua viva na
memória das pessoas e por isso tem no minimo alguma contribuição de fatos veridicos,
por isso vem sendo contada, recontada e assim garante sua sobrevivência no seio da
sociedade. E o Brasil é rico em lendas nacionais, dentre as quais: Vitória Régia, Boto, Mula
sem cabeça, Caipora, Curupira, Papa-figo, Saci Pererê, Comadre Fulôzinha, etc.
Por fim a lenda do hajapau, que segundo os mais velhos, tinha um homem que batia
muito na esposa e quando ela estava sendo castigada e ou molestada injustamente pelo
marido alcoólatra, o filho do casal ficava zombando da mãe gritando e incentivando o pai a
bater mais... hajapau, e quando o referido moleque morreu ficou fazendo medo ao povo
quando passava pelo mercado central de Santa Rita, cujo local foi o cemitério público até
1930. Dizem que alguém saia na carreira dentro do mercado para fora grintando hajapau...

1.36 - O sesquicentenário do Poder Legislativo Brasileiro em Santa Rita


Legisladores ou revolucionários que prometem
simultaneamente a igualdade e a liberdade
são sonhadores ou charlatães.
Johann Goethe

No dia 07 de julho de 1973, pelas 20:00 horas, no Edifício do Poder Legislativo


Municipal de Santa Rita, localizado à Praça João Pessoa, 31, foi solenemente comemorado
o "SESQUICENTENÁRIO DO PODER LEGISLATIVO BRASILEIRO", naquele tempo, era o Vereador
Francisco de Paula Melo Aguiar, Presidente da Câmara Municipal (MDB); o Vereador João da
Costa Gadelha, Vice-Presidente (MDB); o Vereador Marcus Antônio de Souza Brandão, 2°
Secretário (Arena) e em plenário estavam os Vereadores: Israel Correia Diniz (MDB);
Aníbal Limeira (MDB); Oildo Soares (Arena); Reginaldo de Freitas (ARENA) e Ernani Inácio
da Silva (substituindo Débora Soares de Araújo (ARENA), que tinha sido derrotada para
Presidente da Câmara Municipal de Santa Rita em 31/01/73, e proclamou-se eleita e
empossada, mas, o Vereador Francisco de Paula Aguiar, impetrou Mandado de Segurança
e a Justiça, através do Juiz José Rodrigues de Ataide e do Tribunal de Justiça da Paraíba,
mandou que Francisco de Paula Aguiar, assumisse o cargo em definitivo, cumprindo o Regi-
mento da Câmara Municipal, em virtude do mesmo ser o mais jovem vereador, o mais
votado e ter empatado em dois escrutínio para presidente em cinco votos a favor e cinco
contra, porque o MDB tinha cinco vereadores e a Arena tinha também cinco Vereadores).
Os cento e cinquenta anos do Poder do Povo em Santa Rita, foi comemorado
solenemente conforme fato, além de ter comparecido à Câmara Municipal, estudantes,
operários, políticos, professores, motoristas, vigias, autoridades civis, eclesiásticas e
militares, além do Professor Lenildo Correia, que veio representando o Prof. e historiador
José Octávio de Arruda Melo, que fora convidado para proferir uma palestra referente ao
evento, no Edifício da Câmara Municipal de Santa Rita, à Praça João Pessoa, n° 31.
Segue a transcrição do discurso de Francisco de Paula Aguiar, preferido no dia 07 de
julho cie 1973, como representante do Movimento Democrático Brasileiro na sessão de
comemoração dos 150 anos do Poder Legislativo no Brasil.

Exm°s. Senhores:
A 13 de agosto de 1823, começa a florar a crise entre o Estado de Direito
(Assembléia) e o Poder Pessoal (Imperador,) o deputado Antônio Carlos pede

113
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

informações sobre a prisão do cidadão João Martins Pamplona Corte Real. Vários
pronunciamentos se fizeram na Assembleia, que considerava aquela prisão arbitrária e
ilegal. Criava-se o chamado "Affaite Pamplona". A 20 de agosto de 1823, chegava à
Assembleia ofídio participando que João Pamplona é um dos passageiros da escuna
Catarina apreendida no Porto de Santos, sendo seus passageiros presos na Fortaleza da
Barra.
A crise prossegue. E os constituintes propõem que se fizesse "aos povos do Brasil" —
conforme a expressão da época — uma explicação de tudo o que a Assembléia fazia.
Selins — Os cavalos eram os automóveis da época. E o Brasil, que até aquele tempo
nada podia fabricar, começa também uma indústria de artigos ligados à montaria. E nesse
clima, Simpliciano de Souza Barreto solicita à Assembléia "ajuda de custo" para
estabelecer "uma fábrica de selins raros". A proposta tem acolhida nas comissões
técnicas.
A solenidade hoje é a continuação da de ontem. O 3 de maio de 1823 é o dia
seguinte ao 8 de setembro de 1822. É que à independência do povo se junta,
necessária,imprescindível,a representação popular, que no Império, era o cetro da
magestade efetiva.
A independência de um povo, o ato imponente de que se tornou livre, não é tudo.
Povo livre, para sê-lo, realmente, tem que ser povo que exprime anseios, que manifesta
vontade, que decide. Daí a representação da população, sem o que não haverá
independência, nem soberania, nem liberdade.
Após historiar os aspectos que cercaram a instalação do Poder Legislativo no país e
observar que "dirigir um povo não é como acionar uma máquina”, enfatizo ser necessário
que não se esqueça de que o enfraquecimento de qualquer poder, como o seu
fortalecimento, há de ser resultante da emissão ou do esforço dos que o integram.
Aqui, através do trabalho diário de todos nós, trabalho sério, cuidadoso, olhos fitos no
interesse real da Nação em sentido amplo, é que fortaleceremos o Legislativo. Assim, as
nossas críticas, para serem válidas, têm que ser justificadas; nossas divergências bem
caracterizadas: mesmo o aplauso, com razão de ser. Há um mundo de problemas a
estudar e a debater. São sem conta os males a eliminar. Inúmeras as distorções a corrigir.
Daí a necessidade, quando comemoramos século e meio de nosso surgimento, de um
exame de consciência ou de uma autocrítica, para uma tomada de posição.
Há um novo mundo em construção ou se reconstruindo.
— Busca-se uma nova ordem, de que todos participem e não só com o
sofrimento.
Aqui, no Brasil, teremos que pôr fim às desigualdades sociais, dando a todos a
mesma oportunidade. O miserável não pode continuar a ostentar sua miséria parede
e meia com os palácios. As regiões carentes têm que crescer à posição em que se
encontram as desenvolvidas.
Um desenvolvimento integral. Temos que pôr fim aos diversos brasis, que
passarão a ser um só, com a integração em boa hora buscada com a Revolução de 31
de março de 1964.
O Sonho de uma justiça social perfeita há de ser concretizado. E para essa
grande obra estamos todos convocados.
Nós, principalmente, que representamos o povo. Este desafio a que estamos
submetidos. Que aceitamos. Que enfrentaremos a serviço deste Município e da Nação
Brasileira. A Solenidade de ontem é a continuação da de hoje. Aos 7 de setembro de
1822 se seguiu, imperioso, inevitável, o 3 de maio de 1823.

114
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Na Regência, assim como no Segundo Império, tratou da afirmação do


Parlamento, no sentido do bem público, destacando a figura do Imperador Pedro II.
Segundo o parlamento ou melhor, após o advento da República o Parlamento
sofreu diversos agravos, entre estes o fechamento das duas Casas, por Manoel
Deodoro da Fonseca, e a implantação do Estado Novo, por Getúlio Vargas em 1937.
Concluindo, afirmo que o Parlamento tem seus defeitos, imagem que é da própria
coletividade. Em seu âmbito, angústias e incompreensões sobre à superfície e ganham
debates inteligências libertas.
Exalto o desempenho do Poder Legislativo, ao longo dos seus 150 anos de
existência, na condução do destino do país, classificando-o como "A PALAVRA DA NAÇÃO".
Por isso, desde a aurora da vida parlamentar, a emancipação dos escravos foi
preocupação de todo o Império; a Maioridade, a Federação e a República aqui se
prepararam, no idealismo de seus arautos; os direitos e as garantias da pessoa
humana se transformaram em textos constitucionais; a liberdade de imprensa
encontrou quem por ela pugnasse e a regulamentação do Instituto do Habeas Corpus
engrandeceu o Senado, em 1823 e 1833. As grandes leis duradouras, que rasgaram
horizontes nos setores mais diversos, foram aqui discutidas, examinadas e votadas. As
reivindicações populares, os movimentos cívicos, as conquistas do nacionalismo, a guerra
e a paz nasceram aqui e daqui se espalharam para todo o território, ou melhor
nasceram lá no Congresso Nacional, e de lá para todo o território nacional.
Estou aqui para louvar a Câmara ou melhor o Poder Legislativo. O Valor desta
tribuna é o valor do Parlamento. E, para louvá-lo, faço-o no seu terreno, como um dos
seus, nesta sessão comemorativa dos cento e cinquoenta anos da instituição, em nome da
Bancada do Movimento Democrático Brasileiro, secção de Santa Rita. Palmas!...

115
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

CAPÍTULO II
OS SÍMBOLOS MUNICIPAIS
Santa Rita, tem seus símbolos municipais: o brasão, a bandeira e o hino, oficialmente
reconhecidos pela Lei Municipal nº 496, de 24 de janeiro de 1973, conforme segue
transcrita:

ESTADO DA PARAÍBA
PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA RITA
Lei n° 496, de 24 de Janeiro de 1.973
Dispõe sobre a forma e a apresentação dos símbolos do Município de Santa Rita
e dá outras providências.

O PREFEITO CONSTITUCIONAL DO MUNICÍPIO DE SANTA RITA:


Faço saber que o Poder Legislativo decreta e eu sanciono a seguinte Le i:

CAPITULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES


ARTIGO 1° — São símbolos do Município de Santa Rita de conformidade com o
disposto no § 3° do Art. 1° da Constituição Federal:
a) O BRASÃO MUNICIPAL
b) A BANDEIRA MUNICIPAL
c) O HINO MUNICIPAL.
CAPITULO II
DA FORMA DOS SÍMBOLOS MUNICIPAIS

SECÇÃO I
DOS SÍMBOLOS EM GERAL
ARTIGO 2° — Consideram-se padrões dos símbolos do Município de Santa Rita,
os exemplares confeccionados nos têrmos e dispositivos da presente Lei.
ARTIGO 3° — No Gabinete do Prefeito e na Divisão de Educação e Cultura, serão
conservados exemplares-padrões dos símbolos municipais, no sentido de servirem
de modelo obrigatório para a respectiva confecção, constituindo -se em elemento
de confronto para comprovação dos exemplares destinados a apresentação procedam ou
não de iniciativa particular.
ARTIGO 4° — A confecção da Bandeira Municipal somente será executada mediante
determinação dos Poderes Legislativo ou Executivo Municipal e com autorização especial es-
crita, quando a execução for executada por conta de terceiros.
§ 1° — De forma idêntica proceder-se-á com o Hino Municipal, cuja autorização
deverá contar a assinatura a data do despacho do Prefeito Municipal ou do Presidente da
Câmara, ou seus delegados competentes.
§ 2° — E vedada a colocação de qualquer indicação sobre a Bandeira e o Brasão
Municipal.
§ 3° — É proibida a reprodução, tanto do Brasão como da Bandeira Municipal,
para servirem de propaganda política ou comercial.
ARTIGO 5° — É em qualquer reprodução feita por conta de terceiros, da Bandeira
ou do Brasão Municipal, com autorização especial, o beneficiário deverá fazer prova da peça
reproduzida, com o arquivamento de um exemplar no Departamento competente da

116
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Prefeitura Municipal, que exercerá fiscalização e a observância dos médulos, cores e


palavras.
§ Único — Não se aplica à Bandeira Municipal a exigência anterior, cuja
apresentação será feita após a sua confecção, para simples verificação e registro no
livro competente.
SECÇÃO II
DA BANDEIRA MUNICIPAL
ARTIGO 6° — A Bandeira Municipal de Santa Rita, de autoria do heraldista Prof.
Arciné Antônio Peixoto de Farias, da Enciclopédia Heráldica Municipalista, será
ESQUARTELADA EM CRUZ SENDO OS QUARTÉIS VERDES, CONSTITUÍDO POR FAIXAS BRANCAS
CARREGADAS DE SOBREFAIXAS VERMELHAS, DISPOSTAS DUAS A DUAS NO SENTIDO
HORIZONTAL E VERTICAL, QUE PARTEM DOS VÉRTICES DE UM LOSANGO BRANCO, ONDE O
BRASÃO MUNICIPAL É APLICADO.
1° — De conformidade com a tradição da heráldica portuguesa, da qual herdamos os
cânones e regras, as bandeiras municipais podem ser oitavadas, sextavadas,
esquarteladas ou tercidas, tendo por côres as mesmas constantes do campo do escudo
e ostentando ao centro ou na tralha uma figura geométrica onde o Brasão Municipal é
aplicado.
§ 2° — A bandeira municipal de Santa Rita, obedece a essa regra geral, sendo
esquertelada em cruz, lembrando nesse simbolismo o espírito cristão de seu povo.
§ 3° — O Brasão, aplicado na Bandeira representa o GOVERNO MUNICIPAL e o
losango branco onde é contido representa a própria CIDADE-SEDE do Município — a cor
branca é símbolo da paz, amizade, trabalho, prosperidade, pureza, religiosidade; as
faixas brancas carregadas de sobre-faixa vermelhas, que partem dos vértices do losango
central esquertelando a bandeira, representam a irradiação do PODER MUNICIPAL que se
expanda a todos os quadrantes de seu território — a côr vermelha é símbolo de
dedicação, amor-pátrio, audácia, intrepidez, coragem valentia; os quartéis verdes, assim
constituidos, representam as PROPRIEDADES RURAIS existentes no território municipal — é
o verde a côr simbólica da honra, civilidade, cortezia abundância, alegria e também
simbolismo da esperança e, a esperança é verde porque lembra os campos verdejantes na
primavera, fazendo "esperar" copiosa colheita.
ARTIGO 7° — De conformidade com as regras heráldicas a Bandeira Municipal terá
as dimensões oficiais adotadas para a Bandeira Nacional, levando-se em consideração 14
(quatorze) módulo de altura da tralha por 20 (vinte) módulos de comprimento do
retângulo.
§ Único — A Bandeira Municipal poderá ser reproduzida em bandeirolas de papel nas
comemorações de efemérides, observando-se sempre, os módulos e cores heráldicas.
ARTIGO 8º — No Gabinete do Prefeito será mantido um livro para registro de todas as
Bandeiras Municipais mandadas confeccionar, quer sejam por conta do Município, quer
sejam por conta de terceiros com autorização especial, determinando-se as datas,
estabelecimentos para os quais foram destinadas, bem como todo e qualquer ato
relacionado às mesmas.
§ Único — Preferencialmente, a inauguração de uma bandeira deverá ser efetuada
em solenidade cívica, podendo ser designado um padrinho e madrinha, com benção
especial, seguindo-se o hasteamento com execução de marcha batida, ou Hino Nacional ou
Municipal, para em seguida proceder-se ao juramento feito pelos padrinhos (podendo ser
acompanhado por todos os presentes) que, prestando a continência de juramento (braço
direito estendido e mão espalmada para abaixo), versando nas seguintes palavras: “JURO

117
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

HONRAR, AMAR, DEFENDER OS SÍMBOLOS MUNICIPAIS DE SANTA RITA E LUTAR PELO


ENGRANDECIMENTO DESTA CIDADE, COM LEALDADE E PERSEVERANÇA"; o acontecimento será
consignado em ata, conforme determinado neste artigo.
ARTIGO 9° — As Bandeiras velhas ou rôtas serão incineradas, de conformidade com o
disposto no Art. 33 do Decreto-Lei n° 4.545 de 31 de julho de 1942, registrando-se o fato
no livro especial.
§ Único — Não será incinerada, mas recolhida à Divisão de Educação e Cultura, o
exemplar da Bandeira Municipal ao qual esteja ligado fato de relavante significação
histórica do Município, como no caso da primeira Bandeira Municipal inaugurada após a
sua instituição.
ARTIGO 10 — A Bandeira Municipal deve ser hasteada de sol a sol, sendo
permitido o seu uso à noite, uma vez que se encontre convenientemente iluminada;
normalmente, far-se-á o hasteamento às 8 horas e o arriamento às 18 horas.
§ 1° — Quando a Bandeira Municipal é hasteada em conjunto com a Bandeira
Nacional, estará disposta à esquerda desta; sendo que a Bandeira Estadual for também
hasteada, ficará a Nacional ao centro, ladeada pela Municipal à esquerda e a Estadual à
direita, colocando-se a Nacional em plano superior às demais.
§ 2° — Quando a Bandeira Municipal é distendida e sem mastro, em rua ou praça,
entre edifícios ou em portas, será colocada ao comprido, de modo que o lado maior do
retangulo esteja em sentido horizontal e a coroa mural voltada para cima.
§ 3° — Quando aparecer em sala ou salão, por motivo de reuniões, conferências ou
solenidades, ficará a Bandeira Municipal distendida ao longo da parede, por trás da
cadeira da presidência, ou do local do tribunal, sempre acima da cabeça do respectivo
ocupante, observando-se o disposto no § 1° deste artigo; quando colocada em conjunto
com as Bandeira Nacional e Estadual.
ARTIGO 11 — A Bandeira Municipal deve ser hasteada obrigatoriamente nas
repartições e próprios municipais, nos estabelecimentos de ensino público e particulares,
nas instituições particulares de assistência, letras, artes, ciências e desportos:
a) nos dias de festa ou luto Municipal, Estadual ou Nacional.
b) diariamente na fachada dos edifícios-sede dos Poderes Legislativo e Executivo
Municipal, isoladamente em dias de expediente comum e em conjunto com as Bandeira
Estadual e Nacional em datas festivas;
c) na fachada do Edifício-sede do Poder Executivo, será a Bandeira Municipal
hasteada isoladamente em dias de expediente comum, sempre que estiver presente o
Chefe do Executivo, sendo recolhida na ausência deste;
d) na fachada do edifício-sede do Poder Legislativo em dias de Sessão.
ARTIGO 12 — Em funeral, para o hasteamento, será a Bandeira Municipal lavada ao
topo do mastro, antes de ser baixada a meia adriça ou meio mastro, e subirá novamente
ao topo, antes do arriamento; sempre que conduzida em marcha, o luto será indicado
por um laço de crepe atado junto à lança.
§ Único — Somente por determinação do Prefeito Municipal, será a Bandeira
Municipal hasteda em funeral, não podendo sei, todavia, em dias feriados.
ARTIGO 13 — Quanto distendida sobre esquife mortuário de cidadão que tenha
direito a esta homenagem, ficará a tralha do lado da cabeça do morto e a coroa mural
do Brasão à direita, devendo ser retirada por ocasião do sepultamento.
ARTIGO 14 — Os desfiles, a Bandeira Municipal contara com uma Guarda de Honra,
composta de seis pessoas, sendo uma a porta-bandeira, seguida à testa da coluna

118
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

quando isolada ou precedida pelas Bandeira Nacional e Estadual quando estas também
estiverem concorrendo ao desfiles.
ARTIGO 15 — Os estabelecimentos de ensino municipal, deverão manter a Bandeira
Municipal em lugar de honra, quando não hasteada, do mesmo modo procedendo-se com
as bandeiras Nacional e Estadual.
ARTIGO 16 — E terminantemente proibido o uso da Bandeira Municipal para servir de
pano de mesa em solenidade,devendo ser obdecido o previsto no § 3° do Art- 10° da
presente Lei.
ARTIGO 17 — É proibido o uso e hasteamento da Bandeira Municipal, em
locais considerados incovenientes pelos Poderes competentes.

SECÇÃO III
DO HINO MUNICIPAL
ARTIGO 18 — Fica o Poder Executivo autorizado a contratar serviços de um
compositor ou instituir concurso entre compositores para a escolha do Hino
Municipal.
§ Único — A regulamentação do Hino Municipal obedecerá em princípio a
presente Lei e o prescrito do Decreto-Lei nº 4.545 de 31 de julho de 1.942, com
relação ao Hino Nacional.

SECÇÃO IV
DO BRASÃO MUNICIPAL
ARTIGO 19 — O Brasão de Armas de Santa Rita, de autoria do heraldista Prof.
Arcinoé Antônio Peixoto de Farias, da Enciclopédia Heráldica Municipalista, é
descrito em termo próprios de heráldica da seguinte forma:
ESCUDO SAMNITICO ENCIMADO PELA CORÔA MURAL DE SEIS TORRES, DE
ARGENTE, EM CAMPO DE ARGENTE, POSTA ABISMA, A EFÍGIE DE SANTA RITA DE
CARNAÇÃO EM VESTES TIPICAS DE FREIRA, COM UMA CHAGA NA FRONTE E EM ATO DE
ADORAÇÃO AO CRUCIFIXO. ACANTONADOS EM CHEFE DOIS COQUEIROS DE SINOPLA
FRUTADOS E AO TERMO UMA TORA DE MADEIRA DE GOLES PARTIDA DE UMA SERRA
MANUAL DE SABLE, COMO APOIOS DO ESCUDO, À DEXTRA E SINISTRA, FEIXES DE CÂNA-
DE-AÇÚCAR AO NATURAL ENTRECRUZADAS EM PONTA, SOBRE AS QUAIS SE SOBREPÕE
UM LISTE, DE GOLES, CONTENDO EM LETRAS ARGENTINAS O TOPÔNIMO "SANTA RITA"
LADEADO PELOS MILÉSIMOS "1771" E “1890".
§ Único — O Brasão, descrito neste artigo em termos próprios de heráldica, tem a
seguinte interpretação simbólica:
a) — o escudo samnítico, usado para representar o Brasão de Armas de Santa Rita,
foi o primeiro estilo de escudo introduzido em Portugal por influência francesa, herdado
pela heráldica brasileira como evocativo da raça colonizadora e principal formadora da
nossa nacionalidade;
b) — a coroa mural que o sobrepõe é o símbolo universal do brasão de domínio
que, sendo argente (prata), de seis torres, das quais apenas quatro são visíveis em
perpectiva no desenho, classifica a cidade representada na terceira grandeza ou seja,
sede do Município;
c) — o metal argente (prata) do campo do escudo simbiliza à paz, amizade,
trabalho, prosperidade, pureza, religiosidade;
d) — em abismo (centro ou coração do escudo), a efígie de Santa Rita, Padroeira
da cidade, vem a se constituir no parlantismo da peça, uma vez que a cidade lhe adota o

119
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

topônio;
e) — acantonados em chefe (parte superior do escudo) os coqueiros de símpla
(verde) indicam uma riqueza natural e característica do nordeste brasileiro, importante
fonte de divisas aos cofres municipais;
f) a cor símopla (verde) é símbolo de honra, civilidade,cortezia, abundância,
alegria;
g) — ao termo (parte inferior de escudo), a tora de madeira de goles
(vermelha), partida df; uma serra manual de sable (preto), lembra no brasão as
reservas de madeira de lei,pau-d'arco, sucupira, peroba e notadamente aquela que deu
origem ao topônimo de nossa Pátria, o pau brasil;
h) — a cor goles (vermelho) é símbolo de dedicação, amôr-pátrio, audácia, intrepidez,
coragem, valentia — o sable (preto) simboliza a austeridade, prudência, sabedoria,
moderação, firmesa de caráter;
i) — no ornamento exterior, os feixes de cana de açúcar lembram o principal
produto oriundo da terra dádiva e fértil, esteio da economia municipal.
j) — no listei de goles (vermelho) em letras argentinas (prateadas) inscreve-se o
topônimo identificador "SANTA RITA" ladeado pelo milésimo "1771", considerado como o
ano de fundação da cidade, sendo nessa data construída a Igreja Matriz em louvor a
Santa Rita e "1890" de sua emancipação política.
ARTIGO 20 — O Brasil será reproduzido em clichês;, para timbrar a documentação
oficial do Município de Santa Rita com representação icnográfica das cores, em conformi-
dade com a Convenção Internacional, quando a impressão é feita a uma só cor e a
obediência das cores heráldicas, quando a impressão é feita em policromia.
ARTIGO 21 — Objetivando a divulgação municipalista, o Brasão Municipal poderá ser
reproduzido em decalcomanias, brasões de fachada, flâmulas, clichês, distintivos, medalhas
e outros materiais, bem como apostos a objetos de arte desde que, em qualquer
reprodução, sejam observados os módulos e cores heráldicas.
ARTIGO 22 — A critério dos Poderes Municipais, poderá ser instituída a Ordem
Municipal do Brasão, para Comenda aqueles que, de algum modo e sem injunções políticas,
tenham merecido e justificado a honraria outorgada.
§ Único — Será a Comenda constituída por medalhas de Brasão, esmaltada em cores
ou fundida em metal — ouro ou prata — fixada em lapela com as cores municipais,
acompanhada de Diploma de Ordem de "Comendador da Ordem Municipal do Brasil".
ARTIGO 23 — Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrários.

Prefeitura Municipal de Santa Rita, 24 de janeiro de 1973.

Antônio Aurélio Teixeira de Carvalho


PREFEITO

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

SIMBOLOS MUNICIPAIS DE SANTA RITA/PARAÍBA


(Lei Municipal nº 496, de 24/01/1973)

FIG. 01. BRASÃO DE ARMAS (ART. 19 E FIG. 02. BANDEIRA MUNICIPAL (ART. 6º DA LEI
SEGUINTES DA LEI MUNICIPAL Nº MUNICIPAL Nº 496/1973).
496/1973).

HINO DE SANTA RITA


(Art. 18 da Lei Municipal nº 496, de 24/01/1973)
Francisco de Paula Melo Aguiar

Santa Rita, Santa Rita


Berço de glória, de paz e amor.
(Côro – Bis)

I
Oh! Santa Rita, nossa Padroeira
Recebe e guarda com veneração Pois, somos teus filhos
Aqui unidos como irmãos.
(Côro – Bis)

II
Glória a ti, sempre
És espelho de virtude
És modelo de trabalho e juventude.
(Côro — Bis)

III
Santa Rita, lírio gentil
És filha do progresso
Da Paraíba e do grande Brasil.
(Côro — Bis)

IV
Santa Rita do Forte Tibirí
Várzea Nova, Forte Velho
Mumbaba e Livramento
És para nós o próprio firmamento.

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

(Côro — Bis)

V
Santa Rita, campos dos canaviais
E grandes são teus filhos
Que de fortes, fortes
Sempre terás.
(Côro — Bis)

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

CAPITULO III
A ORIGEM DO COFRAG

3.1 - Histórico da fundação do COFRAG


No dia 01 de março de 1971, Hermogenes Silvino Veloso, então Chefe de Estatística do I.B.G.E -
Conselho Nacional de Estatística, Agência Municipal em Santa Rita, assinou de próprio punho a
seguinte declaração: "Declaro para os devidos fins, que o INSTITUTO COMERCIAL GETÚLIO
VARGAS", fundado aos, 05 de janeiro de 1964, situado à Rua Maria Santiago, nº 67, no Bairro Popular,
desta cidade, sob-direção: Professor Francisco de Paula Aguiar, está cadastrado neste repartição, para
fins de informes estatísticos de seu movimento escolar". Portanto, o mesmo ocorre com a declaração
assinada em 30 de setembro de 1970 de próprio punho por Marta Falcão de Carvalho Morais Santana,
então Diretora da Divisão de Educação e Cultural Municipal e por Odaleno Marinho Falcão, então
Secretário da referida divisão da Prefeitura Municipal de Santa Rita, nos seguintes termos: "Declaro
para fins de direito o registro do Instituto Getúlio Vargas, exarado no livro de Registros de Escolas
Particulares da Divisão de Educação e Cultura deste Municipio, sob o nº 11, folha nº 2, tendo como
diretor, o professor Francisco de Paula Aguiar, com sede à rua Maria Santiago, nº 67, nesta cidade
(sede própria), e com funcionamento desde 23 de fevereiro de 1964. O presente Registro foi lavrado
em 3 de maio de 1967 e protocolado sob o número 003.O Governo do Estado da Paraíba, através da
Secretaria de Educação, via o Conselho Estadual de Educação, certifica em data de 22 de outubro de
1985, o seguinte: Certifico à pedido verbal de pessoa interessada que o Professor Francisco de Paula
Aguiar, é fundador, proprietário e diretor do COLÉGIO TÉCNICO NORMAL FRANCISCO AGUIAR,
sediado em Santa Rita, fundado em 05 de janeiro de 1964, funcionando até a presente data, com os
cursos de 1º e 2º graus – Habilitações: Técnico em Contabilidade e Formação de Professores do 1º
grau é reconhecido por este CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO e que nada sei declarar contra a
idoneidade moral e educacional do referido educador, que venha desabonar-lhe, sempre responsável
por seus atos pessoais e obediente as decisões deste Colegiado”. Finalmente, provado está a origem
do COFRAG – Colégio Francisco Aguiar e do inicio das atividades do magistério desenvolvido pelo
menino professor, com menos de doze anos de idade, no bairro popular, na cidade de Santa Rita/PB.

3.2- A historicidade do COFRAG


No dia 01 de março de 1971, Hermogenes Silvino Veloso, então Chefe de Estatística
do I.B.G.E - Conselho Nacional de Estatística, Agência Municipal em Santa Rita, assinou de
próprio punho a seguinte declaração: "Declaro para os devidos fins, que o INSTITUTO
COMERCIAL GETÚLIO VARGAS", fundado aos, 05 de janeiro de 1964, situado à Rua Maria
Santiago, nº 67, no Bairro Popular, desta cidade, sob-direção: Professor Francisco de Paula
Aguiar, está cadastrado neste repartição, para fins de informes estatísticos de seu
movimento escolar". Portanto, o mesmo ocorre com a declaração assinada em 30 de
setembro de 1970 de próprio punho por Marta Falcão de Carvalho Morais Santana, então
Diretora da Divisão de Educação e Cultural Municipal e por Odaleno Marinho Falcão, então
Secretário da referida divisão da Prefeitura Municipal de Santa Rita, nos seguintes termos:
"Declaro para fins de direito o registro do Instituto Getúlio Vargas, exarado no livro de
Registros de Escolas Particulares da Divisão de Educação e Cultura deste Municipio, sob o
nº 11, folha nº 2, tendo como diretor, o professor Francisco de Paula Aguiar, com sede à
rua Maria Santiago, nº 67, nesta cidade (sede própria), e com funcionamento desde 23 de
fevereiro de 1964. O presente Registro foi lavrado em 3 de maio de 1967 e protocolado sob
o número 003. O Governo do Estado da Paraíba, através da Secretaria de Educação, via o

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Conselho Estadual de Educação, certifica em data de 22 de outubro de 1985, o seguinte:


Certifico à pedido verbal de pessoa interessada que o Professor Francisco de Paula Aguiar,
é fundador, proprietário e diretor do COLÉGIO TÉCNICO NORMAL FRANCISCO AGUIAR,
sediado em Santa Rita, fundado em 05 de janeiro de 1964, funcionando até a presente
data, com os cursos de 1º e 2º graus – Habilitações: Técnico em Contabilidade e Formação
de Professores do 1º grau é reconhecido por este CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO e
que nada sei declarar contra a idoneidade moral e educacional do referido educador, que
venha desabonar-lhe, sempre responsável por seus atos pessoais e obediente as decisões
deste Colegiado”. Finalmente, provado está que Francisco Aguiar, o menino professor,
iniciou suas atividades do magistério com menos de doze anos de idade, no bairro popular,
na cidade de Santa Rita/PB.

FIG. 03. DECLARAÇÃO DO PRIMEIRO REGISTRO Fig. 04. DECLARAÇÃO DO IBGE – CONSELHO NACIONAL
PERANTE A DIVISÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURAL DE DE ESTATÍSTICA – AGÊNCIA MUNICIPAL DE
SANTA RITA/PB (1970). ESTATÍSTICA EM SANTA RITA/PB (1971)

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

FIG. 05. CERTIDÃO DO CONSELHO ESTADUAL DE


EDUCAÇÃO DO GOVERNO DO ESTADO DA PARAÍBA (1985).

3.3 – Academia Paraibana de Poesia

FIG. 06. FRANCISCO DE PAULA MELO


AGUIAR – CADEIRA 7 DA ACADEMIA
PARAIBANA DE POESIA, DESDE 5 DE ABRIL
DE 1986 – JOÃO PESSOA/PB.

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

FIG. 07. DIPLOMA DE ACADEMICO DA ACADEMIA PARAIBANA DE POESIA, POSSE EM 5 DE ABRIL DE 1986.

FIG. 08.DIPLOMA COMENDA CULTURAL POETA CEL. ADABEL ROCHA, CONFERIDO PELA ACADEMIA PARAIBANA DE
POESIA, EM 21/12/1996 E ENTREGUE EM 03/04/1998.

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3.4 - Academia de Letras do Brasil

Fig. 08. Diploma da Academia de Letras do Brasil – Titular da Cadeira 001/ALB, de 22/04/2008.

3.5 – Academia Brasileira de Mestres e Educadores


No dia 15 de maio de 2003, a ACADEMIA BRASILEIRA DE MESTRES E
EDUCADORES, mantenedora da ASMEMG – CGC/MF nº 22.233.639/0001-50, sediada em
Ituiutaba/Minas Gerais, concedeu “o presente diploma de honra ao mérito e de posse acadêmica ao
educador Sr. Dr. Francisco Aguiar, por ter nos últimos 10 anos, dedicado à brilhante tarefa
de semear cultura e sabedoria e, por ter distribuído amor, carinho, vida, luz, ideal e progresso à
milhares e milhares de estudantes”, bem como “tomando posse tornando-se titular acadêmico da
Imortal Cadeira de nº 21.163” e finaliza afirmando que “devemos dar honra a quem tem e a quem
merece. Rui Barbosa”, conforme diploma assinado pelo secretário e pelo presidente Dr. Omar Silva
da Costa, da referida academia.

FIG. 09. DIPLOMA DE HONRA


AO MÉRITO E DE POSSE
ACADÊMICA (2003).
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

3.6 - Depoimento autobiográfico


Em 05 de janeiro de 1964, resolvi iniciar minhas atividades como professor primário,
na época ainda ia estudar a segunda série do curso ginasial, não tinha formação didática,
pedagógica e técnica administrativa de qualquer espécie, era um menino de doze anos de
idade incompletos e que tive apenas a ajuda material e financeira de meus pais no sentido
de ajudar a financiar as minhas intenções de querer ser professor, foi assim que começou o
meu sonho que já se arrasta por meio século (05/01/1964 a 05/01/2014) de insistência e
de recomeçar todos os dias o mesmo dilema: educar e instruir crianças, jovens e adultos. O
Instituto Getúlio Vargas, nome primitivo do COFRAG – COLÉGIO FRANCISCO AGUIAR,
como já foi dito em outro artigo, a escola do menino professor, sem estudo e sem diploma,
sem lenço e sem documento, zombado por certos e não todos “professores” e
“educadores” da Santa Rita de 1964 e anos seguintes e que ainda hoje não se conformam
pelo estágio por onde anda a ideia do meu sonho em pleno século XXI. Até para ser
concorrente(s) vitorioso(s) e ou fracassado(s) é preciso de ética pessoal para isso. Aqui a
coisa é seria, tem gente que gosta de contar a história da vida alheia quando o projeto
alheio dá com o burro n´água, quando o sonho alheio é vitorioso, a turminha do quanto
pior melhor, inicia outra maneira de diminuir e tentar prejudicar, de desqualificar de
qualquer maneira quem é criativo, vitorioso, honesto e tem as mãos limpas como afirma a
classe política dominante e de passagem pelo poder federal, estadual e municipal. Mas,
isso é outra conversa que será tratada em outro artigo que fará parte igualmente da
historiografia de Santa Rita e do COFRAG. Comecei ensinando a meia dúzia de alunos em
duas pequenas salas anexas à casa de meus pais: Sebastião José de Aguiar e Maria do
Carmo Melo Aguiar, era o início do ano de 1964, conforme já certificado por documentos
oficiais fornecidos por autoridades federais, estaduais e municipais, dentre as quais pela
historiadora Marta Falcão de Morais Santana e pelo escritor João Ribeiro Filho em sua obra:
“Santa Rita (re)contada em fatos e fotos: do engenho à emancipação”, às páginas 73 a 75
(publicado pela Editora Sal da Terra, João Pessoa:PB, 2011, 158p.), onde o mesmo afirma
que “[...] o mérito do Gestor Doutor Francisco de Paula Aguiar está na vontade do mesmo
possuir um propósito nobre e coloca-lo em prática mesmo partindo quase do nada [...]” .
Assim sendo, tive a compreensão de meus, que em 1969, cinco anos depois de iniciadas as
minhas atividades do magistério, resolveram comprar com seus próprios recursos no dia 17
de outubro de 1969, por CR$ 300,00 (trezentos cruzeiros novos) a casa s/n, da Rua Maria
Santiago, no Bairro Popular (na época a localidade era chamada de Bairro da Santa Cruz),
em Santa Rita/Paraíba, tendo como outorgante vendedora a senhora Josefa Francisca de
Oliveira (mãe da esposa do antigo comerciante de Santa Rita, Duca Cunha, filho de José e
de Felícia Cunha de Vasconcelos, ambos de saudosa memória), “e como outorgada
compradora dona Maria do Carmo Melo Aguiar, brasileira, casada, alfabetizada, residente e
domiciliada nesta cidade”, onde afirma “[...]conforme registro sob o nº 6.976 em 03 de
abril de 1968 [...]”, e tendo a seguinte descrição o imóvel que meus pais compraram para
mim prosseguir com minha missão de menino professor: “uma casa construída de taipa e
coberta de telhas, com uma porta e uma janela de frente, uma janela do lado direito, duas
salas, um quarto, cozinha e aparelho, situada à rua Maria Santiago, s/n, no bairro de Santa
Cruz, nesta cidade de Santa Rita-PB, em terreno foreiro à propriedade Tibiri, medindo 5m
de frente por 22m de fundos, a qual foi adquirida pela vendedora por compra feita a João
Manoel da Silva e sua esposa dona Filonila da Silva, conforme escritura pública de compra
e venda lavrada em notas do cartório de Bayeux, no livro 11 as fls., 147, em data de 30 de
dezembro de 1961, registrada no cartório do registro geral de imóveis desta comarca sob o
nº de ordem e data acima citados”, conforme Escritura Pública de Compra e Venda

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

registrada no Cartório de Registro de


Imóveis de Santa Rita, além de assinada
pelas partes e pelo tabelião público
Antonio Velloso Freire Dourado de
Azevedo, de saudosa memória.

FIG. 10 E 11. ESCRITURA PÚBLICA DE COMPRA E VENDA


REGISTRADA NO CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS DE
SANTA RITA

É esta a verdadeira origem epistemológica do patrimônio inicial das instalações


físicas do atual COFRAG-Colégio Francisco Aguiar, graças à compreensão e ação de meus
pais Sebastião José de Aguiar e Maria do Carmo Melo Aguiar e o resto chama-se confiança,
honestidade e trabalho, onde a prosa e a poesia tem um único significado através da
homenagem especial que presto as crianças de Santa Rita: “Criança santarritense! Eu te
comparo a uma flor; flor que adorna os lares; flor que ornamenta as escolas; flor que
matiza os caminhos; tens cor, perfume e espinhos; o teu colorido variado; embeleza os
cenários santarritenses; teu perfume enche os ares; e teus espinhos?; ferem os que te
amam; cultivam-te!; teus pais,; teus mestres; tua comunidade; arrancando-te os espinhos;
orientando-te para um caráter reto; para seres meiga; para seres sensível; aos sofrimentos
do teu próximo; para amares aos que te amam”. Isso é fato e contra fato não se tem
argumento. Assim sendo, foramm os meus pais os pilares que acreditaram em mim
durante suas vidas, portanto, são eles os verdadeiros cofundadores do COFRAG.

129
FIG. 12. COOFUNDADORES DO COFRAG: SEBASTIÃO JOSÉ DE AGUIAR (NASCEU EM 31/01/1913 E FALECEU EM 01/09/1991) E
MARIA DO CARMO MELO AGUIAR (NASCEU EM 19/04/1920 E FALECEU EM 22/12/1996).

FIG. 13. FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR,


TIRADA EM 03 DE JANEIRO DE 1953. FOTO VITÓRIA
– SAPÉ – PARAÍBA.
FIG. 14. FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR (CENTRO) E OS MANOS: JOSÉ ANTÔNIO E JOSÉ VICENTE DE AGUIAR –
1963 – FOTO: VIEGAS – SANTA RITA/PB.

FIG. 15 FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR E SEUS PRIMEIROS ALUNOS EM 7 DE SETEMBRO DE 1964, NA FRENTE DA
CASA 61, DA RUA EURICO DUTRA, ONDE TEVE INICIO SUAS ATIVIDADES EDUCACIONAIS AOS DOZE ANOS DE IDADE
INCOMPLETOS.
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

3.7 – O COFRAG É O PIONEIRO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E


ADULTOS - GOVERNO DO ESTADO DA PARAIBA/PROJETO MINERVA
EM SANTA RITA:
No inicio da década de 70, a educação supletiva, atual Educação de Jovens e
Adultos, ainda era muito incipiente, quase inexistente no Brasil, na Paraíba e em Santa Rita
não existia qualquer tipo de projeto neste sentido, foi quando o então Coordenador
Estadual do Projeto Minerva, o historiador José Octávio de Arruda Mello, no dia 25 de
agosto de 1972, oficializou ao então prefeito Antônio Teixeira, da existência da implantação
do Curso de Capacitação ao Ginásio pelo Rádio através do Projeto Minerva, nos seguintes
termos: “[...] por recomendação do Exmo.Sr. Secretário de Educação do Governo Ernani
Satyro tenho a honra de passar às mãos de V.S. os resultados finais do Curso de
Capacitação ao Ginásio pelo Rádio que através do Projeto Minerva e graças à valiosa
colaboração do Prof. Francisco de Paula Aguiar, fizemos realizar entre novembro de 1971 e
março de 1972, nesse município, com especial incidência sobre o professorado leigo local” ,
e continua o ilustre historiador e coordenador estadual do projeto Minerva, mencionando
que “[...] ao tempo em que nos dispomos a comparecer a esse Município para feitura da
entrega dos diplomas que equivalem ao antigo curso primário, queremos informa-lo de
que, no seu município, tivemos 4 inscrições contra o comparecimento de 4 aos exames
finais e 4 aprovações”, e encerra o memorando oficial ao então prefeito de Santa Rita
declarando que “[...] honra-nos, sobremaneira, não só agradecer o caloroso apoio de V.S.
ao Projeto Minera [...]”. Em síntese, contra atos e fatos não se tem argumentos que outra
pessoa tenha implantado primitivamente a Educação de Jovens e Adultos em Santa Rita,
ainda no século XX, quando ainda não tinha a denominação e organização de EJA e ou
algum equivalente nos termos da legislação educacional então vigente. Segue a prova
documental oficial do fato:

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

3.8 – O COFRAG E O SESQUICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA DO


BRASIL
Durante o ano 1972, dentro das comemorações da Semana da Pátria e do
Sesquicentenário da Independência do Brasil, o município de Santa Rita, Estado da Paraíba,
tendo como prefeito Antônio Teixeira e como secretária de educação sua filha a professora
Martha Falcão de Carvalho e Morais Santana, elaborou uma grande comemoração cívica
envolvendo todas as escolas: estaduais, municipais e particulares, sediadas no município,
inclusive recebeu solenemente o “Fogo Simbólico da Pátria”, na Praça Getúlio Vargas, das
mãos das autoridades e estudantes de Bayeux/PB e ficou in loco com a responsabilidade de
entregar via os estudantes e professores atletas do município de Santa Rita aos estudantes
e autoridades do município de Ingá/Paraíba. A juventude estudantil de Santa Rita
participou da corrida a pé até Ingá levando e passando de mão em mão o fogo simbólico
da pátria. Na cidade de Ingá a comitiva das autoridades de Santa Rita e seus atletas
estudantes, professores, diretores, etc, foram recebidos festivamente na Praça 31 de
Março, à entrada da cidade, envolvendo banda de música, bancadas marciais, discursos e
lanche oferecido no clube da referida cidade. Foi um grande foguetório em Santa Rita e
maior ainda em Ingá, a população nos recebeu com salvas de palmas e gritos de viva o
Brasil! Todos os estudantes atletas que participaram desta corrida de Santa Rita para
Ingá/PB, receberam um diploma de participação assinado pelo então Presidente da
República e Presidente Natural da Liga da Defesa Nacional, General Emilio Garrastazu
Médici, com os termos (que só muda o nome de cada atleta aluno e ou professor
participante), segue transcrito textualmente o que recebi “[...] A LIGA DA DEFESA
NACIONAL confere a Francisco de Paula Aguiar atleta do Município de Santa Rita, Estado
da Paraíba, o presente Diploma de participação da tradicional CORRIDA DO FOGO
SIMBÓLICO DA PÁTRIA correspondente ao ano de 1972, iniciativa do Diretório Regional do
Rio Grande do Sul, por ele mantida desde 1938, oficializada pelo Diretório Central, em
exaltação à data máxima da nacionalidade, dando início, com a chegada ao seu destino às
comemorações da Semana da Pátria, em São Paulo, junto ao Monumento do Ipiranga, no
SESQUICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA [...]”, conforme (foto), cuja participação de
Francisco de Paula Aguiar se deu em virtude do mesmo como professor, gestor e atleta,
conjuntamente com os seus alunos das modalidades esportivas do então Instituto
Comercial Getúlio Vargas, nome primitivo do COFRAG-Colégio Francisco Aguiar. Naquele
ano Santa Rita teve o maior desfile cívico militar de sua história no dia 07 de setembro de
1972 e o COFRAG, via seus alunos lá estava participando e dizendo sim ao Brasil, a Paraíba
e a Santa Rita.

133
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

FIG. 17. DIPLOMA DO FOGO SIMBÓLICO DA PÁTRIA (1972)

FIG. 18. COFRAG/DESFILE ESCOLAR (1972).

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

FIG. 19. FRANCISCO AGUIAR E O PRÉDIO DO COFRAG –


COLÉGIO FRANCISCO AGUIAR EM 1970.

FIG. 20. PRÉDIO DO COFRAG – COLÉGIO FRANCISCO AGUIAR EM 1972

135
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

3.9 – O RECONHECIMENTO DO CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

3.10 – RECONHECIMENTO DO PODER PÚBLICO


A Câmara Municipal de Santa Rita/Paraíba, aprovou o Projeto de Resolução nº 002/2015, de
27 de abril de 2015, que “Concede a medalha de honra ao mérito Prefeito Antônio Teixera” a

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Francisco de Paula Melo Aguiar, por unanimidade de autoria do Vereador Genival Guedes do
Nascimento Filho, conforme segue:

FIG. 27. FAC SÍMILE DO OFÍCIO Nº 079/2015 DA CÂMARA MUNICIPAL DE SANTA RITA/PB

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

FIG. 28/29 FAC SÍMILE DO PROJETO DE RESOLUÇÃO E DA JUSTIFICATIVA APROVADO POR UNÂNIMIDADE PELA CÂMARA MUNICIPAL
DE SANTA RITA – PARAÍBA.

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FIG. 30. FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR –


LICENCIADO EM PEDAGOGIA NO DIA 27 DE JULHO DE 1979
PELO CENTRO DE EDUCAÇÃO DA UFPB – ORADOR DA
TURMA PIONEIRA.

FIG. 31. FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR – BACHAREL


EM DIREITO EM 19 DE DEZEMBRO DE 1979 – FACULDADE
CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS/UNIPÊ/PB.

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

3.11 – VOTO DE APLAUSOS PELO JUBILEU DE OURO DO COFRAG


O Jubileu de Ouro do COFRAG – Colégio Dr. Francisco Aguiar, ocorrido em 05 de janeiro de
2014, recebeu voto de aplauso através do Requerimento nº 168/2015 de autoria do Vereador
Genival Guedes, aprovado por unanimidade pelos vereadores da Casa Antônio Teixeira, conforme
Fac símile do Ofício nº 0076/2015 e do Requerimento nº 168/2015:

FIG. 32. OFÍCIO Nº 0076/2015

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FIG. 33. REQUERIMENTO Nº 168/2015

FIG. 34. COFRAG- COLÉGIO DR. FRANCISCO AGUIAR NO ANO DE 2014, 50 ANOS DE ATIVIDADES EM SANTA RITA/PARAÍBA.

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

CAPITULO IV
SANTA RITA E SEUS GESTORES
Errar é humano. Culpar outra pessoa é política.
Hubert H. Humphrey

4.1 - A cronologia histórica da gestão pública


O Município de Santa Rita, Estado da Paraíba, pertenceu originariamente ao
município da Paraíba, atual João Pessoa, desde a conquista da Paraíba em 05 de agosto de
1585. O fato histórico mais importante que ocorreu antes de sua emancipação foi à
fundação do arraial com a criação da Freguesia da Igreja Católica com a invocação de
Santa Rita de Cássia em 1771. Com o fim da monarquia brasileira e inicio da vida
republicana nacional, o chefe político e também chefe religioso, o Padre Manoel Gervásio
Ferreira da Silva, conhecido por Padre Ferreira, o senhor de engenho e coronel Francisco
Alves de Souza Carvalho o senador Firmino Gomes da Silveira e o senhor Antônio Gomes
Cordeiro de Mello, fizeram uma abaixo-assinado com mais de 500 (quinhentas) assinaturas
do povo livre de Santa Rita e adesista ao regime republicano proclamado por Deodoro da
Fonseca e outros no dia 15 de novembro de 1889, expondo ao então Presidente do Estado
da Paraíba, senhor Venâncio Neiva, pedindo assim a emancipação política de Santa Rita da
Capital da Paraíba, inclusive alegando de que: “Não há mais sentido o florescente povoado
de Santa Rita no novo regime continuar como freguesia, pois possui vinte e cinco engenhos
moentes, duas escolas, duas igrejas e várias capelas, duas olarias, uma usina de assucar e
um cemitério, além de uma concorrida feira semanal para onde convergem as populações
interioranas [...]” e além do mais “[...] não se justifica que, contribuindo com seus
vantajosos impostos para o progresso do Estado, permaneça Santa Rita subordinada à
Capital [...]”, segundo Santana (1990). E isso é fato histórico e contra fato não se tem
argumento em contrário. Foi justamente o que ocorreu momentos antes de nossa
emancipação política da Capital da Paraíba, fato histórico impar concretizado através do
Decreto nº 10, de 19 de março de 1890, assinado pelo Presidente Venâncio Neiva, o que
levou a população santaritense “ao ser conhecido naquela localidade o decreto do
governador deste Estado, elevando Santa Rita a vila, creando um município, houve geral
regozijo entre os habitantes, traduzindo-se por passeatas, foguetes e discursos de vivas ao
governador Venâncio Neiva”, segundo nos informa o jornal Gazeta da Parahayba de 22 de
março de 1890. E bem assim, a história registra de que o Município de Santa Rita foi
instalado e o Conselho de Intendência empossado no dia 29 de março de 1890, tendo
como comprovação a reportagem publicada no jornal Gazeta da Parahyba de 01 de abril de
1890, cujo acervo encontra-se arquivado no Instituto Histórico e Geográfico da Paraíba,
que registra o acontecimento: “apesar da chuva copiosa que durante toda a noite de sexta-
feira caiu neste município e ali na capital, o que impediu o comparecimento de muitas
pessoas que teriam vindo assistir a festa de instalação da vila e posse da intendência,
esteve aquela animada apesar de pouco concorrida. Veio o presidente da intendência da
Capital, com seu secretário, bem como a banda de música do 27º batalhão ”. E isso é fato
histórico comprovado a “olho nu”, não é ilação e ou brincadeira em determinar outra data
como sendo a data da emancipação política de Santa Rita, pela simples leitura do referido
jornal em poder do referido IHGP, aqui mencionado e diante do calendário civil de 1890,
via o processo de verificação e dedução do espaço entre o decreto de emancipação datado
de 19 de março de 1890, da instalação do município e posse de seus gestores em 29 de
março de 1980 e da publicação do fato histórico no dia 22, 25, 30 de março e 01 de abril

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

de 1890 no jornal Gazeta da Paraíba. Assim sendo, repetimos que uma vez instalado o
município e o seu Conselho de Intendência de Santa Rita, em 29 de março de 1890, ficou
assim constituído por nomeação do Presidente Venâncio Neiva: Presidente (cargo
equivalente ao prefeito na atualidade): ANTÔNIO GOMES CORDEIRO DE MELLO; Primeiro
Vice Presidente (cargo de vice prefeito na atualidade): Major BENTO DA COSTA VILLAR;
Segundo Vice Presidente: AMARO GOMES FERRAZ; e substitutos (Suplentes): JOÃO DE
MELLO AZEDO E ALBUQUERQUE; Capitão ANTONIO MANOEL ARROXELAS GALVÃO e
BENICIO PEREIRA DE CASTRO. É importante mencionar de que o Intendente da Capital e
senhor de engenho Francisco Pinto Pessoa, representou o Presidente (Governador) da
Paraíba, Venâncio Neiva, na referida solenidade, inclusive recebeu formalmente o
juramento dos membros do Conselho de Intendência Municipal de Santa Rita em nome do
primeiro mandatário republicano na Paraíba. E a partir de então isso passou a ser fato
histórico no universo popular de que sempre se nota a ausência do Poder Executivo do
Estado em Santa Rita desde sua instalação da emancipação política até os dias atuais. E
Santa Rita realmente foi emancipada em 19 de março de 1890. Isso é comprovado
também pelo Presidente do Conselho Municipal de Santa Rita, o Intendente Antônio Gomes
Cordeiro de Mello, ao proferi o discurso de posse com os seguintes termos: “Cidadãos.
Tendo sido, pelo Decreto nº 10, de 19 de março do corrente ano, elevada a categoria de
vila esta florescente povoação de Santa Rita, constituindo um município com a freguesia de
Nossa Senhora do Livramento, houve por bem o ínclito cidadão governador deste Estado,
nomear-me presidente da intendência municipal da mesma vila, tendo por dignos
companheiros os ilustres cidadãos Major Bento da Costa Vilar e o Professor Jubilado Amaro
Gomes Ferraz. Confiando antes na eficaz cooperação dos meus distintos companheiros, do
que mesmo nas minhas débeis forças, aceitei reconhecido o honroso encargo com o fim de
nele prestar os meus serviços em prol da autonomia e engrandecimento deste município,
convocando ao mesmo tempo no acanhado circulo de minhas atribuições para o credito e
consolidação da nova e auspiciosa instituição republicana, da qual me confesso verdadeiro
sectário. Instalada esta intendência resta-me congratular-me com todos os nossos
concidadãos por tão feliz acontecimento, motivando a segurança de que todos sem
distinção, concorrerão na razão de suas forças para o progresso e engrandecimento deste
rico município. Está instalada a intendência municipal da vila de Santa Rita. Viva a
República dos Estados Unidos do Brasil. Viva o generalíssimo chefe do Poder Executivo.
Viva o governador deste Estado. Viva a Vila, o município de Santa Rita e seus habitantes” ,
ex-vi publicação original e integral no jornal “Gazeta da Parahyba”, de 01 de abril de 1890,
acessível no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano. Assim a menção a data de 29 de
março de 1890, basta conferi o calendário de março de 1890 e comprovar de que
realmente é o último sábado do mês de março de 1890, data da instalação do município e
da posse do Conselho de Intendência de Santa Rita publicação dos discursos da instalação
do município e do Conselho de Intendência Municipal de Santa Rita, disso não se tem
dúvida, portanto, Santa Rita teve a posse em 29 de março de 1890 de seu primeiro gestor,
sucessores e suplentes legais, cuja publicação ocorreu em 30 de março e 01 de abril de
1890, o que era do costume da época, tendo em vista o “modus operandi” e ou a
tecnologia usada para editar, imprimir e publicar um jornal no Brasil e no mundo, o que
não seria diferente na Terra dos Tabajaras. E isso é fato comprovado também pelo discurso
proferido pelo chefe político e chefe religioso de Santa Rita, o Padre Manoel Gervásio
Ferreira da Silva, o famoso “Padre Ferreira”, logo após o discurso do Presidente do
Conselho de Intendência Municipal, onde faz exaltação e verdadeira profissão na fé
republicana, novo regime nacional, enfocando, corroborando e confirmando assim com o

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

que disse o Intendente Antônio Gomes Cordeiro de Mello, no tocante a data da


emancipação de Santa Rita ocorrida em 19 de março de 1890, de modo que assim sendo o
Padre Ferreira afirma em seu discurso menciona: “[...] é uma realidade para nós o
progresso prometido pelo governo provisório dos Estados Unidos do Brasil, o qual
progresso a nós chegou por mão do digno Governador do Estado da Paraíba, cidadão
Venâncio Neiva, assinando a 19 de março do corrente, o decreto de nossa municipalidade.
Portanto, cidadãos, rendamos um preito de gratidão a esses heróis legendários da Pátria
livre, da Pátria unida”, e finaliza o seu longo discurso exaltando os membros recém
empossados do Conselho de Intendência Municipal de Santa Rita, afirmando: “e vós
cidadãos intendentes, inspirados nas palavras de Ordem e Progresso estudai as
necessidades desta terra, que também é vossa, para que por meio de leis aptas dar-lhe
vida, aproveitando a uberdade de seu solo, incutindo em seus filhos o amor ao trabalho,
único incremento de nossa prosperidade. Para vós cidadãos, convergem todas as nossas
vidas, vós sois o depositário de nosso futuro, fazei-o próspero para a glória desta terra,
pela honra de nossos nomes e utilidade nossa”, publicado em A Gazeta da Parahyba em
01/04/1890. A história de nosso município registra ainda que o Intendente Antônio Gomes
Cordeiro de Mello, renunciou três meses depois de sua posse o cargo de primeiro gestor de
Santa Rita, cujo gesto foi seguido por todos os demais membros do referido conselho,
menos o professor jubilado Amaro Gomes Ferraz, que preferiu comunicar sua permanência
ao então Governador Venâncio Neiva, tendo em vista as interferências dos chefes políticos
locais, nas pessoas do Padre Ferreira e do Coronel Francisco Alves de Souza Carvalho em
sua administração. Era a época do quero, posso e mando vigente nas oligarquias de Santa
Rita, da Paraíba, do Brasil e do mundo. É público e notório de que o chefe político e chefe
religioso Padre Ferreira, exigiu que o primeiro gestor de Santa Rita, já nos idos anos de
1890, final do século XIX, cobrasse impostos dos feirantes e aí incluísse uma percentagem
para a limpeza da Igreja Matriz de Santa Rita de Cássia, bem como certo percentual
tributário para as obras religiosas da freguesia de Santa Rita. Por outro lado, o Coronel
Francisco Alves de Souza Carvalho, também lhe fazia oposição acirrada onde “exigia que o
intendente fizesse opção entre o cargo de intendente e o de chefe de polícia que
continuava exercendo mesmo depois de sua posse na intendência”, segundo Santana
(1990, p. 203). Diante de tais fatos e atos, para não misturar o público com o privado, o
que configura corrupção política e administrativa em Santa Rita já no final do século XIX.
Isso não foi aceito pelo então gestor, o Intendente Antônio Gomes Cordeiro de Mello, prova
disso é o ato de sua renuncia ao cargo em 29 de junho de 1890. Os chefes oligárquicos da
época aqui mencionados não conseguiram manipular o gestor no sentido de obdecer suas
ordens serviçais, apesar de que o mesmo já estava com mais de setenta anos de idade,
lúcido e honesto ao assumir o Poder Executivo Municipal de Santa Rita, através de
nomeação direta do Chefe do Governo Estadual da Paraíba, sem o apoio da politicagem
local e estadual.
O perfil do Intendente Antônio Gomes Cordeiro de Mello, primeiro Presidente do
Conselho Municipal de Intendência de Santa Rita, cargo equivalente ao de prefeito
municipal, nos dias atuais, é de um homem sério, honesto, trabalhador, pai de família
exemplar, católico convicto, proprietário rural do Engenho Capelinha, em cuja capela era
venerado São Francisco Xavier, além de ser chefe (delegado de polícia) do destacamento
de política de Santa Rita, cuja função cumulava com a de Intendente Municipal. Na
realidade ele foi um dos principais e incansáveis idealizadores, sonhadores e promotores da
ideia de que deveria ser emancipado o município de Santa Rita, através do processo de
separação territorial e administrativa do município da Paraíba, atual João Pessoa. Para isso

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

ele contava também com o apoio predestinado do Padre Manoel Gervásio Ferreira, do
senhor “coronel” e senhor de engenho Francisco Alves de Souza Carvalho, do senador
Firmino Gomes da Silveira, além de mais de 500 (quinhentas) assinaturas em um abaixo-
assinado dirigido, contendo a exposição de motivo que justificava a criação e emancipação
de Santa Rita, alegando ainda de que não existia motivos para que nossa terra continuasse
sendo um mero povoado e uma simples frequesia católica, levando-se em consideração
que o povoado “[...] possui vinte e cinco engenhos moentes, duas escolas, duas igrejas e
várias capelas, duas olarias, uma usina de assucar e um cemitério, além de uma concorrida
feira semanal para onde convergem as populações interioranas [...]” e além do mais “não
se justifica que, contribuindo com seus vantajosos impostos para o progresso do Estado,
permaneça Santa Rita subordinada à Capital [...]”, conforme abaixo-assinado pelo Padre
Ferreira e outros, às folhas 183, do Livro do Tombo da Paróquia de Santa Rita de Cássia.
De modo que em julho de 1890 o segundo Conselho de Intendência Municipal de
Santa Rita tomou posse, tendo como Presidente: Amaro Gomes Ferraz; primeiro vice:
Manoel Justino de Andrade; e segundo vice: Benicio Pereira de Castro.
Mencionamos de que em 23 de fevereiro de 1891, o coronel Francisco Alves de
Souza Carvalho, assume o cargo de prefeito nomeado de Santa Rita.
Os inimigos do município de Santa Rita conseguiram em 12 de janeiro de 1893,
derrubar a autonomia política e administrativa de Santa Rita, que voltou a ser anexado ao
município da Capital da Paraíba, passando a ter sub-prefeitura.
Verificamos que em 7 de abril de 1897, o coronel Francisco Alves de Souza Carvalho
é empossado sub-prefeito, tendo como substitutos: Domiciano Lucas de Souza Rangel e
Bento da Costa Vilar.
Ressaltamos ainda de que em 24 de setembro de 1897, o município de Santa Rita
recupera sua autonomia administrativa e política, sendo nomeado Prefeito Municipal o
Coronel Francisco Alves de Souza Carvalho, tamanho era o seu prestigio com o governo da
Paraíba.
De modo que em 5 de maio de 1900, o senhor de engenho e major João Vitorino
Raposo, representando as oligarquias da várzea da época assume a chefia do Poder
Executivo Municipal.
E as adversidades pessoais e políticas em Santa Rita daqueles tempos já eram
grandes, pois, em 3 de setembro de 1900, o coronel Francisco Alves de Souza Carvalho
reassume o cargo de Prefeito nomeado pelo Governo Estadual.
E a história registra que em 7 de janeiro de 1901, o capitão Bernardo Alves de Souza
Carvalho, assume a chefia do Poder Executivo Municipal, voltando ao poder a velha
oligarquia dos “Carvalho” em Santa Rita.
Por incrível que pareça em dezembro de 1904 é novamente nomeado prefeito
Bernardo Alves de Souza Carvalho, tendo como vice Olinto Gil de Freitas, permanecendo no
poder por mais cinco anos.
E a gangorra política do “sobe e desse” continua e que em 10 de maio de 1910,
volta novamente ao cargo de prefeito nomeado o Coronel Francisco Alves de Souza
Carvalho, tendo como vice Olinto Gil de Freitas.
Por prestigio pessoal ou interesse de algum chefe político de plantão não se sabe
nada a esse respeito, porém, em 17 de novembro de 1913, Antônio da Silva Melo Filho
assume o Poder Executivo de Santa Rita.
E a oligarquia dos “Carvalho” é poderosa de verdade de modo que em 23 de janeiro
de 1915, assume o cargo de chefe do Poder Executivo o senhor Enéas de Souza Carvalho.

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

E tanto é assim que em 23 de janeiro de 1924, o Presidente do Estado da Paraíba o


Professor Sólon Barbosa de Lucena, nomeia Enéas de Souza Carvalho, novamente prefeito
de Santa Rita. Tamanho é o prestigio da referida oligarquia pessoal, familiar e financeira.
E o poder dos “Carvalho” é inconteste, sem eleição secreta, eles deitam e rolam e
em 16 de janeiro de 1926, assume novamente a Prefeitura de Santa Rita, Enéas de Souza
Carvalho.
E a briga pelo poder local faz Santa Rita ser emancipada de manhã e a tarde a
emancipação já estava cassada, revogada, extinta, tanto é assim que em 23 de julho de
1927, a Prefeitura de Santa Rita é administrada pelo sub-prefeito nomeado bacharel Júlio
Rique, tendo em vista que nosso município outra vez foi anexado ao município da Capital
do Estado.
Em 30 de abril de 1928, o então Presidente (Governador) João Suassuna, nomeia o
bacharel Pedro Wlisses de Carvalho, prefeito de Santa Rita.
E quem pode mais estando de plantão no Palácio da Redenção andou fazendo o
diabo com Santa Rita, veja que em fevereiro de 1929, o então Presidente João Pessoa
nomeia o industrial Edgar Seager, prefeito de Santa Rita, em oposição às oligarquias da
várzea, tendo em vista que os mesmos lhe faziam oposição ferrenha. É o gestor que
construiu o Cemitério Santana, que antes ocupava o terreno onde se encontra atualmente
o Mercado Público Central de Santa Rita, no centro da cidade.
O município de Santa Rita teve novamente o ódio de seus adversários públicos com
prestigio junto ao Governo Estadual, pois, o Interventor Federal Anthenor Navarro, em 6 de
abril de 1931, decretou a extinção da emancipação política e administrativa de nossa terra,
em plena ditadura de Getúlio Vargas e tendo Santa Rita como um foco da Aliança Liberal
na Paraíba, graças ao prestigio dos donos da CTP –Companhia de Tecidos Paraibanos, em
Tibiri Fábrica, mesmo assim não evitou sua extinção outra vez.
Em 10 de abril de 1932, assume a sub-prefeitura de Santa Rita o bacharel José
Flóscolo da Nóbrega, o nosso município teve outra vez sua emancipação cassada pelo
Poder Executivo Estadual através de decreto.
De modo que em 7 de janeiro de 1933 o Tenente Francisco Pedro dos Santos é
nomeado Prefeito de Santa Rita pelo Interventor Federal na Paraíba, o que vale dizer que a
emancipação política e administrativa foi restabelecida sua autonomia mais uma vez.

4.2 - As eleições municipais através do voto popular


Santa Rita fez sua primeira eleição, embora que a bico de pena, onde a ideologia
“perrepista” e/ou a “liberal”, em plena ditadura Vargas, onde foi eleito e empossado o seu
primeiro prefeito pela vontade popular, tomando posse no dia 30 de dezembro de 1935 o
Dr. Flávio Maroja Filho.
Em 6 de dezembro de 1937, em pleno Estado Novo, período integrante da Ditadura
Vargas, onde todos os partidos e cargos políticos foram extintos no Brasil, inclusive o
direito do povo de Santa Rita ir as urnas e eleger seu prefeito e o conselho municipal (atual
Câmara Municipal), sendo nomeado o Dr. Flávio Maroja Filho, Prefeito de Santa Rita,
através de decreto assinado pelo governador Argemiro de Figueiredo, Interventor da
Paraíba, ligado as oligarquias da açucarocracia da várzea do Paraíba.
No dia 13 de setembro de 1940, o Interventor Federal da Paraíba Ruy Carneiro
nomeia e dá posse no cargo de prefeito de Santa Rita ao bacharel Manoel Morais.
E se não bastasse em 4 de julho de 1942, o Interventor Ruy Carneiro, nomeia e dá
posse no cargo de prefeito de Santa Rita ao fazendeiro Diógenes Nunes Chianca, o mesmo
obteve ajuda do Governo Estadual da época e construiu o Mercado Público Central de

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Santa Rita e fez a construção em paralelepípedo de Santa Rita a Ponte do Barralho (toda
Avenida Liberdade), em Barreira, atual Bayeux, que na época pertencia a Santa Rita.
E o “sobe e desse” da emancipação política e da gestão da coisa pública em Santa
Rita continua, pois, em 9 de novembro de 1945, o Interventor Severino Montenegro
nomeia e dá posse no cargo de prefeito a João Raposo Filho, mais uma vitória das
oligarquias açucareiras da Várzea do Paraíba. Quem não tinha voto chegava ao poder de
qualquer maneira, bastava ser amigo do governador e ou interventor federal de plantão no
Palácio do Governo da Paraíba. Para ser prefeito de Santa Rita não precisava ter voto,
precisava ser amigo do governo de plantão no Palácio da Redenção e que tivesse a bênção
das oligarquias ligadas ao referido chefe.
E o jogo de interesses pessoais pelo poder local em Santa Rita continua, sempre foi
assim, de modo que em 1º de março de 1946, o Interventor Federal (Governador) José
Gomes da Silva nomeia e dá posse no cargo de prefeito a Diógenes Nunes Chianca,
prefeito nomeado pela segunda vez.
Em 11 de março de 1947, o Governador Osvaldo Trigueiro de Albuquerque Mello,
nomeia e dá posse no cargo de prefeito de Santa Rita a João Raposo Filho, também pela
segunda vez.

4.3 – A redemocração do Brasil e a primeira eleição municipal em


1947
O Brasil depois da segunda guerra mundial voltou à democracia plena, de modo que
no dia 12 de outubro de 1947 foi eleito prefeito Municipal o Dr. Flávio Maroja Filho (UDN),
com 2.053 votos, correspondente a 57,01% dos votos válidos e o vice prefeito Pedro de
Mendonça Furtado (UDN), foi eleito com 1.972 votos, correspondente a 57,26% dos votos
válidos. O candidato derrotado foi o ex-prefeito Diógenes Nunes Chianca (PSD), com 1.548
votos, correspondente a 42,99% dos votos válidos e o vice prefeito José Gomes da Silveira
(PSD), foi derrotado com 1.472 votos, correspondente a 42,74% dos votos válidos,
segundo a historiografia do TRE/PB (1947), ex-vi transcrição da tabela do resultado final da
primeira eleição municipal para o cargo de prefeito em Santa Rita depois da ditadura do
Estado Novo implantado em 1937 por Getúlio Vargas no Brasil:

Cargo: Prefeito
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Flávio Maroja Filho UDN 2.053 57,01% Eleito
Diógenes Nunes Chianca PSD 1.548 42,99% Não Eleito
Votos brancos 0
Votos nulos 0
Total apurado 3.601
Fonte: TRE/PB, eleição municipal para prefeito em 1947 em Santa Rita

Ressaltamos que a fraude eleitoral era tão grande entre nós que nas eleições de 12
de outubro de 1947 para prefeito, para vice prefeito e para vereador, não houve nenhum
voto em branco e nenhum voto nulo, o que representa o voto de cabresto, de porteira
fechada. Vide transcrição dos resultados eleitorais daqauele pleito em Santa Rita:

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vice Prefeito


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Pedro de Mendonça Furtado UDN 1.972 57,26% Eleito
José Gomes da Silveira PSD 1.472 42,74% Não Eleito
Votos brancos 0
Votos nulos 0
Total apurado 3.444
Fonte: TRE/PB-Santa Rita/1947

Enfocamos ainda, de que nas eleições municipais em Santa Rita, em 12 de outubro


de 1947, foram candidatos à Câmara Municipal de Santa Rita:

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Oton de Carvalho Pedrosa UDN 458 13,23% Eleito
Elizio Pereira de Paiva UDN 269 7,77% Eleito
José Vitaliano de Carvalho
UDN 234 6,76% Eleito
Rocha
Plácido de Oliveira Lima UDN 229 6,61% Eleito
Eraldo da Costa Gadelha UDN 228 6,59% Eleito
Otávio de Sousa Falcão UDN 216 6,24% Eleito
Antônio Gomes Pereira UDN 211 6,09% Suplente
João de Souza Falcão
PSD 189 5,46% Eleito
Sobrinho
Assis Pereira da Silva PSD 167 4,82% Eleito
Severino Rodrigues Paulista PSD 141 4,07% Suplente
Terencio Ferreira UDN 134 3,87% Suplente
Arnaldo Bonifacio de Paiva PTB 126 3,64% Eleito
Antônio de Souza Nazário PTB 101 2,92% Suplente
Adauto de Souza Lima UDN 101 2,92% Suplente
Salomão de Lima Macêdo PSD 96 2,77% Suplente
Manoel Atanazio de Freitas PSD 94 2,72% Suplente
Davi Falcão PTB 91 2,63% Suplente
Antonio Alves Cabral PSD 89 2,57% Suplente
Paulo Pessoa de Vasconcelos PTB 67 1,94% Suplente
Leonardo Barbosa Hardman PTB 53 1,53% Suplente

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
João Francisco do
PSD 52 1,5% Suplente
Nascimento
José Joaquim da Costa PTB 52 1,5% Suplente
Oziel Nacre Gomes PSD 46 1,33% Suplente
Jacinto Ferreira da Silva PTB 18 0,52% Suplente
Antônio Aurélio Teixeira de
PTB 0 0% Não Eleito
Carvalho
Sebastião Pereira da Silva PTB 0 0% Não Eleito
Votos brancos 0
Votos nulos 0
Total apurado 3.462
Fonte: TRE/PB – Santa Rita/PB.

Os eleitos tomaram posse no dia 7 de novembro de 1947, depois do juramento


solene perante a Câmara Municipal de Santa Rita. E o povo foi às urnas e as ruas gritando
por democracia.
E o processo democrático eleitoral teve continuidade em 12 de agosto de 1951,
quando foram realizadas as eleições municipais para prefeito, vice prefeito e vereadores
em todos os municípios do Estado da Paraíba, inclusive em Santa Rita, que elegeu o
prefeito João Raposo Filho(UDN), e o vice prefeito Antônio Gomes Pereira (UDN), e os
seguintes vereadores: Oton de Carvalho Pedrosa/UDN, Antônio de Souza Nazário/PTB,
Antônio Aurélio Teixeira de Carvalho/UDN, Evandro Maciel Monteiro/PSD, Severino Gomes
de Araújo Pereira/PTB, Heraldo da Costa Gadelha/UDN, Antônio Joaquim de Morais/UDN,
Aurino Pessoa de Luna/PTB, José Barbosa Hardman/PSD. Em 15 de novembro de 1951,
foram empossados os vereadores eleitos e em seguida deram posse ao prefeito eleito pelo
povo, João Raposa Filho e o vice prefeito Antônio Gomes Pereira. Foi grande o foguetório
dos undenistas municipais. Segue tabela contendo os nomes dos candidatos, dos partidos,
coligações, votações, percentuais válidos e situação final:

Cargo: Prefeito
%
Candidato Partido/Coligação Votação Situação
Válidos
João Raposo Filho UDN 2.391 45,68% Eleito
Abyatar Vasconcelos PTB 1.780 34,01% Não Eleito
Diógenes Nunes Chianca PSD 1.063 20,31% Não Eleito
Votos brancos 79
Votos nulos 67
Total apurado 5.380
Eleitorado 8.351

151
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Prefeito
%
Candidato Partido/Coligação Votação Situação
Válidos
Abstenção 2.971 35,58%
Fonte: TRE/PB, resultados das eleições do 1º turno/1951 para prefeito em Santa Rita/Pb.

Naquela fase da história eleitoral brasileira, o cargo de vice prefeito, continuava


sendo votado em separado do cargo de prefeito. Assim sendo, nas eleições de 12 de
agosto de 1951, em Santa Rita foram candidatos a vice prefeito:
Cargo: Vice Prefeito
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Antônio Gomes Pereira UDN 2.356 46,27% Eleito
Plácido de Oliveira Lima PTB 1.673 32,86% Não Eleito
Assis Pereira da Silva PSD 1.063 20,88% Não Eleito
Votos brancos 226
Votos nulos 62
Total apurado 5.380
Eleitorado 8.351
Abstenção 2.971 35,58%
Fonte: TRE/PB, resultados das eleições do 1º turno/1951 para vice prefeito em Santa
Rita/Pb.

No tocante aos candidatos à Câmara Municipal de Santa Rita, foram os seguintes


candidatos e respectivos resultados eleitorais finais:

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Oton de Carvalho Pedrosa UDN 391 7,92% Eleito
Antônio de Souza Nazário PTB 358 7,25% Eleito
Antônio Aurélio Teixeira de
UDN 311 6,3% Eleito
Carvalho
Evandro Maciel Monteiro PSD 262 5,3% Eleito
Severino Gomes de Araújo
PTB 232 4,7% Eleito
Pereira
Heraldo Gadelha UDN 227 4,6% Eleito
Morais UDN 225 4,56% Eleito
Aurino Pessoa de Luna PTB 197 3,99% Eleito
Sem
Pedro de Medonça Furtado PL 178 3,6%
Registro

152
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Histórico
José Vitaliano de Carvalho
UDN 146 2,96% Não Eleito
Rocha
José Pinto de Sousa PTB 136 2,75% Não Eleito
Adauto de Souza Lima UDN 134 2,71% Não Eleito
Aprigio Bezerra dos Santos UDN 127 2,57% Não Eleito
José Barbosa Hardman PSD 114 2,31% Eleito
José Coelho da Silva PSP 108 2,19% Não Eleito
Salomão de Lima Macedo PSP 105 2,13% Não Eleito
José Gomes da Siiveira PSD 103 2,09% Não Eleito
Luiz Francisco da Costa UDN 100 2,02% Não Eleito
Manuel Bento Sobrinho PSP 90 1,82% Não Eleito
João Vicente da Silva PSD 88 1,78% Não Eleito
Manoel Atanazio de Freitas PSP 84 1,7% Não Eleito
Severino Rodrigues Paulista PSD 84 1,7% Não Eleito
João Francisco do Nascimento PSP 84 1,7% Não Eleito
José Candido Feitosa UDN 78 1,58% Não Eleito
Sem
João Fabricio Veras PL 72 1,46% Registro
Histórico
Sem
José Alves do Nascimento PL 72 1,46% Registro
Histórico
Eliseu Serrão de Oliveira PSP 69 1,4% Não Eleito
Julio Moreira dos Santos PSD 59 1,19% Não Eleito
Geraldo dos Santos PSD 58 1,17% Não Eleito
Severino Soares do
PSP 50 1,01% Não Eleito
Nascimento
Edson de Queiroz Melo UDN 49 0,99% Não Eleito
Jovelino Candido Bezerra PSD 47 0,95% Não Eleito
Sem
Elizio Pereira de Paiva PL 45 0,91% Registro
Histórico
José Gomes de Melo PSP 44 0,89% Não Eleito
Severino Ramos Cavalcante
PSP 44 0,89% Não Eleito
Filho

153
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Paulo Pessoa de Vasconcelos PSP 42 0,85% Não Eleito
Paulo da Costa Gadelha PSP 42 0,85% Não Eleito
Pergentino da Silva PSP 41 0,83% Não Eleito
Sem
Severino Tomaz da Silva PL 30 0,61% Registro
Histórico
Hortencio de Brito Montenegro PSD 26 0,53% Não Eleito
Odon Leite UDN 26 0,53% Não Eleito
Valdemar de Carneiro Lelis PSD 22 0,45% Não Eleito
Maria das Neves T. de
PSD 22 0,45% Não Eleito
Vasconcelos
João Gomes da Silva UDN 22 0,45% Não Eleito
Sem
José Brito da Silva PL 21 0,43% Registro
Histórico
Sem
José Alves da Silva PL 20 0,4% Registro
Histórico
Sem
José Paiva de Miranda PL 13 0,26% Registro
Histórico
Pedro Dias Ferreira PSD 13 0,26% Não Eleito
Sem
João Batista da Cruz PL 12 0,24% Registro
Histórico
Sem
Pedro da Costa Gadelha PL 9 0,18% Registro
Histórico
Sem
Antônio Rodrigues da Silva PL 7 0,14% Registro
Histórico
Votos nulos 116
Votos brancos 111
Total apurado 5.166
Eleitorado 8.351
Abstenção 3.185 38,14%
Fonte: TRE/PB, resultados das eleições do 1º turno/1951 para vereador em Santa Rita/Pb

154
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

É importante registrar de que nas eleições gerais de 3 de outubro de 1954, o


advogado Heraldo da Costa Gadelha, foi eleito deputado estadual pelo PSB, com 1.194
votos, correspondente a 0,51% dos votos válidos apurados no Estado da Paraíba, conforme
resultados finais oficiais eleitorais:

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Humberto Coutinho de Lucena PSD 4.065 1,72% Eleito
Luiz da Costa Araújo Bronzeado UDN 4.059 1,72% Eleito
Severino Bezerra Cabral PL 3.998 1,69% Eleito
Eduardo de Alencar Ferreira PTB 3.832 1,62% Eleito
Clovis Bezerra Cavalcanti UDN 3.669 1,55% Eleito
Antonio D'avila Lins PR 3.636 1,54% Eleito
João Feitosa Ventura UDN 3.501 1,48% Eleito
Antonio Nominando Diniz PL 3.450 1,46% Eleito
Antonio de Paiva Gadelha PTB 3.431 1,45% Eleito
Francisco Pereira UDN 3.380 1,43% Eleito
Bivar Olynto de Melo e Silva PSD 3.315 1,4% Eleito
Francisco Chaves Brasileiro UDN 3.240 1,37% Eleito
Lucas Vilar Suassuna UDN 3.209 1,36% Eleito
Ramiro Fernandes de Carvalho PSD 3.201 1,35% Eleito
Alvaro Gaudencio de Queiroz UDN 3.185 1,35% Eleito
Ze Maranhão PTB 3.153 1,33% Eleito
José Cavalcanti UDN 3.148 1,33% Eleito
Carlos Pessoa Filho UDN 3.094 1,31% Eleito
Francisco de Paula Barreto
PSD 3.090 1,31% Eleito
Sobrinho
Jacob Guilherme Frantz UDN 3.074 1,3% Eleito
Americo Maia de Vasconcelos UDN 3.048 1,29% Eleito
Manuel Gonçalves de Abrantes UDN 3.033 1,28% Eleito
Luiz Inacio Ribeiro Coutinho UDN 3.032 1,28% Eleito
Wilson Braga UDN 2.916 1,23% Eleito
Manuel Arruda de Assis PSD 2.913 1,23% Eleito
Petronio Ramos de Figueiredo UDN 2.905 1,23% Não Eleito
José Afonso Gayoso de Souza PSD 2.871 1,21% Eleito
Balduino Minervino de Carvalho PSD 2.868 1,21% Eleito
José Rolim Guimarães UDN 2.866 1,21% Não Eleito
Jader Silva de Medeiros PSD 2.840 1,2% Eleito

155
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Pedro Moreno Gondim PSD 2.839 1,2% Eleito
José Aurélio Arruda UDN 2.814 1,19% Não Eleito
Lourival de Lacerda Lima UDN 2.790 1,18% Não Eleito
Agnaldo Veloso Borges PL 2.788 1,18% Eleito
José Fernandes de Lima PSD 2.746 1,16% Eleito
Roberto Pessoa PSD 2.681 1,13% Eleito
Antonio Leite Montenegro PTB 2.676 1,13% Eleito
José Ribeiro de Farias PSD 2.673 1,13% Eleito
Francisco Seráfico da Nóbrega UDN 2.617 1,11% Não Eleito
Tertuliano Correia da Costa
PSD 2.531 1,07% Eleito
Brito
Antonio Bezerra Cabral PL 2.506 1,06% Eleito
Sílvio Pélico Porto PSD 2.459 1,04% Eleito
Manuel Figueiredo UDN 2.400 1,02% Não Eleito
Geroncio Estanislau de Nobrega PSD 2.399 1,01% Não Eleito
Ascendino Virginio de Moura UDN 2.326 0,98% Não Eleito
Inácio José Feitosa PSD 2.268 0,96% Não Eleito
Luiz Gonzaga de Miranda Freire UDN 2.241 0,95% Não Eleito
Irineu Tródolo da Silva PR 2.184 0,92% Não Eleito
Lindolfo Pires Ferreira Júnior PSD 2.167 0,92% Não Eleito
José Augusto da Silva Galvão PSD 2.133 0,9% Não Eleito
Severino Ismael de Oliveira PTB 2.093 0,89% Não Eleito
Zacarias Sitônio PSD 2.058 0,87% Não Eleito
Antonio Ribeiro Pessoa UDN 2.039 0,86% Não Eleito
Joacil de Brito Pereira UDN 2.039 0,86% Não Eleito
José Medeiros Vieira PL 2.026 0,86% Eleito
Epitácio Ramalho Leite PSD 2.024 0,86% Não Eleito
Fernando Paulo Carrilho
PSD 1.999 0,85% Não Eleito
Milanez
Jacinto Dantas Correia de Góis PSD 1.930 0,82% Não Eleito
Praxedes da Silva Pitanga UDN 1.894 0,8% Não Eleito
Antonio Américo César de
PSP 1.888 0,8% Eleito
Almeida
Djacir Cavalcanti Arruda PSP 1.878 0,79% Não Eleito
Otacilio Nóbrega de Queiroz PSD 1.870 0,79% Não Eleito

156
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
José de Souza Arruda PL 1.867 0,79% Não Eleito
Firmino Silva PSP 1.845 0,78% Não Eleito
Rogerio Martins Costa PSD 1.739 0,74% Não Eleito
Antônio Pereira de Almeida UDN 1.733 0,73% Não Eleito
José Ramalho Xavier PSD 1.707 0,72% Não Eleito
Nelson Lopes Ribeiro Lima PL 1.695 0,72% Não Eleito
Tiburtino Rabelo de Sá PSD 1.688 0,71% Não Eleito
Francisco Fernando de Arruda PSP 1.658 0,7% Não Eleito
Genival de Queiroz Torreão PL 1.644 0,7% Não Eleito
João Cabral Batista UDN 1.626 0,69% Não Eleito
Everaldo Ferreira Soares PSD 1.618 0,68% Não Eleito
Celso de Paiva Leite PTB 1.618 0,68% Não Eleito
Raimundo Paiva Onofre PSD 1.604 0,68% Não Eleito
Antonio Batista Santiago PTB 1.600 0,68% Não Eleito
Celso Otávio Novais de Araújo UDN 1.591 0,67% Não Eleito
José Bethanio Ferreira PL 1.481 0,63% Não Eleito
Arsenio Rolim Araruna PL 1.456 0,62% Não Eleito
Napoleão Abdon da Nobrega PL 1.453 0,61% Não Eleito
Aristarcho Dias de Araújo PTB 1.429 0,6% Não Eleito
Geraldo Gomes Beltrão PSD 1.302 0,55% Não Eleito
Amaury Araújo de Vasconcelos PL 1.299 0,55% Não Eleito
Avani Benicio Maia PL 1.238 0,52% Não Eleito
Arnaldo Bonifacio de Paiva PSD 1.236 0,52% Não Eleito
Heraldo Gadelha PSB 1.194 0,51% Eleito
Raul Lopes PSD 1.181 0,5% Não Eleito
Dirceu Arnaud Diniz PSD 1.160 0,49% Não Eleito
Luiz Rocha Sobrinho PTB 1.103 0,47% Não Eleito
Otavio Teodoro de Amorim PL 1.082 0,46% Não Eleito
Afonso Pereira da Silva PSB 1.003 0,42% Não Eleito
Hilton Sabino de Farias PSB 991 0,42% Não Eleito
Artur Vilarim PSD 977 0,41% Não Eleito
José Lopes de Andrade PSD 959 0,41% Não Eleito
José Paulo Neto PTB 902 0,38% Não Eleito
Abiatar de Vasconcelos PTB 867 0,37% Não Eleito

157
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Ananiano Ramos Galvão PL 866 0,37% Não Eleito
Rubens Henriques Filgueiras PSD 740 0,31% Não Eleito
José Cecílio Batista Filho PSB 695 0,29% Não Eleito
Hélio Nobrega Zenaide PL 695 0,29% Não Eleito
Ubirajara Targino Boto PSD 640 0,27% Não Eleito
Celso Matos Rolim PTB 632 0,27% Não Eleito
Carlos Neves da Franca PTB 629 0,27% Não Eleito
Diógenes Nunes Chianca PSD 594 0,25% Não Eleito
Otacilio Dantas Cartaxo PTB 583 0,25% Não Eleito
Francisco de Oliveira Maia PSD 545 0,23% Não Eleito
Manuel Carneiro da Cunha PR 538 0,23% Não Eleito
Donato de Oliveira PSB 521 0,22% Não Eleito
Manuel de Araújo Souto PSD 515 0,22% Não Eleito
Antonio Alencar de Oliveira PTB 514 0,22% Não Eleito
Manoel Formiga PL 481 0,2% Não Eleito
Orlando Marinho Moreira UDN 477 0,2% Não Eleito
José Coelho Nóbrega PSB 451 0,19% Não Eleito
Delfino Ferreira da Costa PL 450 0,19% Não Eleito
Antonio Fernandes de Medeiros PSP 436 0,18% Não Eleito
Oswaldo Fernandes de Lima PTB 400 0,17% Não Eleito
José Santiago de Moura PL 359 0,15% Não Eleito
Júlio Rique Filho PSP 353 0,15% Não Eleito
Allyrio Meira Wanderley PSD 351 0,15% Não Eleito
Claudio Santa Cruz Costa PSB 317 0,13% Não Eleito
Raimundo Monteiro
PSB 302 0,13% Não Eleito
Montenegro
José Paulo Moura PSP 264 0,11% Não Eleito
José Nunes Machado PSD 262 0,11% Não Eleito
Bernardino Soares Barbosa PSP 258 0,11% Não Eleito
Jaime Floro Ramos PSB 248 0,1% Não Eleito
Gentil da Cunha França PSP 225 0,1% Não Eleito
Severino Patricio da Silva PL 215 0,09% Não Eleito
Antonio Tancredo de Carvalho PSD 213 0,09% Não Eleito
João Belizio de Araújo PSD 183 0,08% Não Eleito
Antonio de Arruda Brayner PSB 176 0,07% Não Eleito

158
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Orestes Toscano Lisboa PR 164 0,07% Não Eleito
João Facundes Filho UDN 161 0,07% Não Eleito
Severino José dos Santos PTB 159 0,07% Não Eleito
Othon Xavier Nery PTB 159 0,07% Não Eleito
Francisco Marcelo Dias PTB 124 0,05% Não Eleito
Orvacio de Lira Machado PSP 121 0,05% Não Eleito
Isaac Rodrigues Laureano PTB 118 0,05% Não Eleito
Edson de Andrade PSB 110 0,05% Não Eleito
Nathanael Bello PST 100 0,04% Não Eleito
Clemildo Cavalcanti Procópio PR 88 0,04% Não Eleito
Antônio Juarez Farias PSB 86 0,04% Não Eleito
José Thimóteo de Morais e
PSP 64 0,03% Não Eleito
Souza
Gilberto Lyra Stuclert PST 59 0,02% Não Eleito
Nizé Marinheiro PSB 47 0,02% Não Eleito
Osnes Leite Gomes PST 41 0,02% Não Eleito
Arnaldo Tavares de Melo PSB 32 0,01% Não Eleito
José Barreto Serrão PSB 29 0,01% Não Eleito
Estela Fonseca de Lima Freire PTB 21 0,01% Não Eleito
Antonio Paulino dos Santos PST 14 0,01% Não Eleito
Jonatas Carecas PST 14 0,01% Não Eleito
Luiz de Carvalho Costa PSP 4 0% Não Eleito
Luiz Borges de Franca PST 1 0% Não Eleito
Votos nulos 6.389
Votos brancos 6.213
Total apurado 248.990
Fonte: TRE/PB, resultados das eleições do 1º turno/1954 para Deputado Estadual/PB.

Legenda:
PSD - Partido Social Democrático
PL - Partido Libertador
PST - Partido Social Trabalhista
PR - Partido Republicano
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PSP - Partido Social Progresista
UDN - União Democrática Nacional
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro

159
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

A partir da eleição de deputado estadual de Heraldo da Costa Gadelha (PSB), filho


de Ceslau da Costa Gadelha, funcionário de confiança da Usina Santa Rita, pertencente ao
Flávio Ribeiro Coutinho (UDN), eleito com 1.194 votos, nascia assim uma liderança
santaritense capaz de arregimentar as oposições e instalar novos tempos na política e na
administração publica municipal, porém, a oligarquia do açúcar elegeu nas eleições de 03
de outubro de 1955, o médico João Crisóstomo Ribeiro Coutinho/UDN, Prefeito com 2.695
votos, índice correspondente a 50,51% dos votos válidos, conforme tabela contendo os
resultados finais eleitorais da referida eleição para prefeito:

Cargo: Prefeito
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
João Crisostomo Ribeiro
UDN 2.695 50,51% Eleito
Coutinho
Abiatar de Vasconcelos PTB 2.406 45,09% Não Eleito
Emanuel de Sousa Brandão 235 4,4% Não Eleito
Votos brancos 239
Votos nulos 101
Total apurado 5.676
Eleitorado 10.359
Abstenção 4.683 45,21%
Fonte: TRE/PB. Santa Rita/PB/1955.

O eleitorado também votou em separado em Euclides Bandeira de Souza/UDN, para


vice prefeito. Vale salientar de que o candidato que ficou e segundo lugar foi Abiatar de
Vasconcelos com 2.406 votos, correspondente a 45,09% dos votos válidos. Mencionamos
também que ficou em terceiro e último lugar o candidato a prefeito Emanuel de Souza
Brandão, obteve 235 votos, equivalente a 4,4% dos votos válidos. Foram apurados 5.676
votos válidos, quando o eleitorado de Santa Rita era 10.339 votos, havendo uma abstenção
de 4.683 votos, equivalente a 45,21%, 239 brancos e 101 votos nulos. Segue transcrição
dos resultados oficiais daquele pleito:

Cargo: Vice Prefeito


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Euclides Bandeira de Souza 2.563 49,74% Eleito
Pedro da Costa Gadelha 2.404 46,65% Não Eleito
João Francisco da Silva Filho 186 3,61% Não Eleito
Votos brancos 425
Votos nulos 98
Total apurado 5.676

160
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vice Prefeito


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Eleitorado 10.359
Abstenção 4.683 45,21%
Fonte: TRE/PB. Santa Rita/PB/1955.

O despertar das forças populares contra os bueiros da várzea do Paraíba é


representado pelos 45,21% de abstenção do eleitorado não querendo votar nos
tradicionais candidatos a prefeito e vice prefeito, aliados diretos e ou indiretos da oligarquia
açucareira santaritense. Nesta eleição foram eleitos os vereadores: Oton Pedrosa de
Carvalho/UDN, Antônio Aurélio Teixeira de Carvalho/UDN, Israel Quirino do
Nascimento/UDN, Francisco Inácio da Silva/UDN, Luiz Francisco da Costa/UDN, dentre os
demais candidatos, conforme os seguintes resultados:

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Oton de Carvalho Pedrosa UDN 427 8,05% Eleito
Morais UDN 344 6,49% Não Eleito
Antônio Aurélio Teixeira de
UDN 336 6,34% Eleito
Carvalho
Sem Registro
Antônio de Souza Hozorio PTB 321 6,05%
Histórico
Sem Registro
Gastão de Souza Falcão PTB 208 3,92%
Histórico
Sem Registro
José Barbosa Hordman PSD 197 3,71%
Histórico
Antônio Ferreira Nunes UDN 182 3,43% Não Eleito
Lourival Caetano Alves de Sem Registro
PSD 163 3,07%
Lima Histórico
Sem Registro
Pedro de Mendonça Furtado PSB 162 3,05%
Histórico
Israel Quirino do Nascimento UDN 144 2,72% Eleito
Amorim Pessoa de Luna UDN 141 2,66% Não Eleito
Adauto de Souza Lima UDN 135 2,55% Não Eleito
Alano Gonçalves do
PSD 126 2,38% Não Eleito
Nascimento
Sem Registro
João Gadelha PSB 124 2,34%
Histórico
Aluisio Gomes de Figueiredo PSB 118 2,23% Sem Registro

161
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Histórico
Sem Registro
Severino Nobrega Dunga PST 107 2,02%
Histórico
Sem Registro
Placido de Oliveira Luna PTB 104 1,96%
Histórico
Sem Registro
José Pinto de Sousa PTB 102 1,92%
Histórico
Francisco Inacio da Silva UDN 93 1,75% Eleito
Luiz Francisco da Costa UDN 90 1,7% Eleito
Sem Registro
Enéas Alves de Lima PSB 90 1,7%
Histórico
Sem Registro
José Coelho da Silva PR 89 1,68%
Histórico
Sem Registro
Manuel Paulino de Lima PSB 88 1,66%
Histórico
José Vitaliano de Carvalho
UDN 84 1,58% Não Eleito
Rocha
Sem Registro
Geraldo dos Santos PSD 84 1,58%
Histórico
Sem Registro
Antônio Rodrigues Jordão PSD 75 1,41%
Histórico
Sem Registro
Antônio Elias Pessoa PSB 72 1,36%
Histórico
Adroaldo José de Santana UDN 71 1,34% Não Eleito
Sem Registro
Evandro Maciel Monteiro PSD 65 1,23%
Histórico
Sem Registro
Pedro Rique Ferreira PSD 55 1,04%
Histórico
Sem Registro
Manuel de Souza Brandão PST 48 0,91%
Histórico
Sem Registro
Eudocio Tavares de Melo PTB 47 0,89%
Histórico
Sem Registro
José Correia de Lima PR 45 0,85%
Histórico
Sem Registro
José Ventura dos Santos PSD 43 0,81%
Histórico
Sem Registro
Vicente Galdino da Silva PTB 43 0,81%
Histórico

162
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Sem Registro
Jesival Lacet Correia PSB 42 0,79%
Histórico
José Bonifácio do Sem Registro
PTB 42 0,79%
Nascimento Histórico
Sem Registro
Eliseu Serrão de Oliveira PSB 41 0,77%
Histórico
Sem Registro
João Francisco da Silva Filho PST 41 0,77%
Histórico
Sem Registro
Fastino do Nascimento PR 39 0,74%
Histórico
Sem Registro
João Alves de Oliveira PTB 35 0,66%
Histórico
Sem Registro
Eriberto Justino de Andrade PTB 35 0,66%
Histórico
Sem Registro
Laum Farias de Barros PR 33 0,62%
Histórico
Sem Registro
Lourenço Alves de Souza PR 32 0,6%
Histórico
Sem Registro
Francisco Soares Lopes PST 30 0,57%
Histórico
Sem Registro
Solon Barbosa da Silva PST 30 0,57%
Histórico
Sem Registro
Rinaldo Cipriano da Costa PTB 29 0,55%
Histórico
Sem Registro
Aderbal Soares da Silva PSD 29 0,55%
Histórico
Sem Registro
José Porfirio de Souza PSB 27 0,51%
Histórico
Sem Registro
Luiz Gonzaga Pessoa PST 27 0,51%
Histórico
Sem Registro
Zacarias Monteiro da Franca PTB 23 0,43%
Histórico
Sem Registro
Rufino Francisco Gomes PR 19 0,36%
Histórico
Sem Registro
João de Souza Castro PSB 17 0,32%
Histórico
Sem Registro
Euripedes Gomes Pinto PST 17 0,32%
Histórico
Onofre Ribeiro PST 14 0,26% Sem Registro

163
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Histórico
João Colombo Rodrigues de Sem Registro
PR 14 0,26%
Carvalho Histórico
Bartolomeu Guimarães Sem Registro
PR 12 0,23%
Machado Histórico
Sem Registro
Laurisberto Castor PR 12 0,23%
Histórico
Severino Fernandes de Sem Registro
PST 12 0,23%
Macêdo Histórico
Sem Registro
Sebastião Cosme Pereira PST 9 0,17%
Histórico
Sem Registro
Antônio Lourenço Rodrigues PST 7 0,13%
Histórico
Sem Registro
João Lessa Feitosa PR 6 0,11%
Histórico
Sem Registro
Waldemar de Carvalho Lelis PSD 5 0,09%
Histórico
Sem Registro
Edson de Souza Carvalho PST 1 0,02%
Histórico
Sem Registro
João Pessoa da Silva PSD 0 0%
Histórico
Sem Registro
José Justino Alves de Mmelo PTB 0 0%
Histórico
Votos brancos 191
Votos nulos 165
Total apurado 5.659
Eleitorado 10.359
Abstenção 4.700 45,37%
Fonte: TRE/PB – Resultados eleitorais vereador/Santa Rita/1955.

Legenda:
PST - Partido Social Trabalhista
PR - Partido Republicano
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
UDN - União Democrática Nacional
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PSD - Partido Social Democrático

164
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Os vereadores, o prefeito e o vice prefeito tomaram posse depois do juramento


formal perante o Poder Legislativo no dia 15 de novembro de 1955.
A história política nacional menciona que em 3 de outubro de 1955, realizaram-se
eleições para Presidente da República, Vice-presidente, Governador, Vice-governador,
Prefeito e Vice-prefeito em todos os municípios do Estado da Paraíba.
A história eleitoral da Paraíba, referente ao pleito de 3 de outubro de 1955, registra
que o candidato mais votado a Presidente da República no Estado da Paraíba foi Juarez do
Nascimento Fernandes Távora (político e militar), nascido aos, 14 de janeiro de 1898,
natural de Jaguaribemirim, Estado do Ceará, e falecido em 18 de julho de 1975 no Rio de
Janeiro, porém, no restante do país o eleito foi o Juscelino Kubitscheck de Oliveira (médico
e oficial da PM/Mineira), nascido aos, 12 de setembro de 1902, em Diamantina, Estado de
Minas Gerais e falecido em, 22 de agosto de 1976, em Resende, Estado do Rio de Janeiro,
o candidato a Vice-presidente mais votado pelo eleitorado paraibano foi Milton Soares
Campos (político, professor, jornalista e advogado), nascido aos, 16 de agosto de 1990,
natural de Ponte Nova, Estado de Minas Gerais e falecido em 16 de janeiro de 1972, em
Belo Horizonte/MG, porém o eleito no restante do país foi o João Belchior Marques Goulart
(advogado e político), nascido em 1 de março de 1919, em São Borja, Rio Grande do Sul, e
falecido aos 57 anos de idade no dia 6 de dezembro de 1976, em Mercedes Corrientes,
Argentina.
Assim sendo, segue a transcrição do resultado final da eleição paa presidente da
República na Paraíba em 1955:

Cargo: Presidente
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Juarez Távora 114.128 51,37% Não Eleito
Juscelino Kubitscheck de
81.307 36,6% Eleito
Oliveira
Adhemar de Barros 16.813 7,57% Não Eleito
Plínio Salgado 9.900 4,46% Não Eleito
Votos nulos 9.433
Votos brancos 8.182
Total apurado 239.763
Fonte: TRE/PB-resultado final eleição/1955.

E para vice presidente da República a Paraíba ofereceu o seguinte resultado ao


Brasil em 1955:
Cargo: Vice Presidente
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Milton Campos 103.988 49,86% Não Eleito
João Belchior Marques
94.912 45,51% Eleito
Goulart

165
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Danton Coelho 9.648 4,63% Não Eleito


Votos brancos 24.269
Votos nulos 6.946
Total apurado 239.763
Fonte: TRE/PB/Eleição/1955.

Foi candidato a governador do Estado da Paraíba nas eleições de 3 de outubro de


1955, Flávio Ribeiro Coutinho (médico, industrial, banqueiro e político), natural de
Pilar/Paraíba, nascido em 20 de julho de 1882, e falecido em 26 de maio de 1963, no Rio
de Janeiro. Eleito e tomou posse em 31 de janeiro de 1956, no cargo de governador da
Paraíba, tendo se ausentado por motivos de saúde em dezembro de 1957 para se tratar no
Rio de Janeiro, passando o cargo interinamente para o vice governador Pedro Moreno
Gondim, conforme MAIA (1977). A candidatura de Flávio Ribeiro Coutinho em 1955, foi
viabilizada através do protocolo de pacificação, firmado na Vila Operária Tibiri, na
residência do industrial Virgínio Veloso Borges, presidente do Partido Libertador e
proprietário da CTP – Companhia de Tecidos Paraibana. Assinaram e cumpriram o acordo
Argemiro de Figueiredo, pela UDN, e Ruy Carneiro, pelo PSD. Ressaltamos que “o povão
não gostou do acordo, tendo o advogado Renato Teixeira Bastos surgido como candidato
de protesto, obtendo, porém, inexpressiva votação”, conforme Luiz Hugo (2003) em
conferência sobre os 80 anos do historiador Joacil de Brito, no IHGP. Assim sendo, teve
como adversário Renato Teixeira Bastos (advogado), candidato do pequeno PST – Partido
Social Trabalhista, criado em 1946 por dissidentes do PTB-Partido Trabalhista Brasileiro, e
extinto em 1965, pelo Ato Institucional nº 2. O resultado final daquela eleição de
governador estadual é o seguinte:

Cargo: Governador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Flávio Ribeiro Coutinho UDN 180.228 90,35% Eleito
Renato Teixeira Bastos PST 19.251 9,65% Não Eleito
Votos brancos 37.425
Votos nulos 2.859
Total apurado 239.763
Fonte: TRE/PB – Eleição de governador/1955.

Legenda:
UDN - União Democrática Nacional
PST - Partido Socialista Trabalhista.

O eleitorado paraibano, segundo a legislação vigente escolheu em chapa única e


separada o vice governador com 100% (cem por cento) dos votos válidos, conforme segue
o resultado final do pleito de 3 de outubro de 1955:

166
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vice Governador


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Pedro Moreno Gondim UDN 180.152 100% Eleito
Votos brancos 56.890
Votos nulos 2.721
Total apurado 239.763
Fonte: TRE/PB-Eleição de vice governador/1955.

Legenda:
UDN - União Democrática Nacional

Em dezembro de 1957, diante do afastamento para tratamento de saúde no Rio de


Janeiro do governador Flário Ribeiro Coutinho, o vice governador Pedro Moreno Gondim
(advogado e político), nascido em 1 de maio de 1914, natural de Alagoa Nova/PB e falecido
em 26 de julho de 2005, em João Pessoa/PB, assumiu a interinidade até 1960, quando se
afastou do referido cargo para ser candidato a governador da Paraíba, sendo sucedido pelo
deputado José Fernandes de Lima, Presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, tendo
como adversário o seu antigo aliado José Janduhy Carneiro. Foi eleito governador para o
período de 1961 a 1966 quando entregou o governo a João Agripino Filho.
Ressaltamos de que nas eleições de 3 de outubro de 1958, foi reeleito deputado
estadual Heraldo da Costa Gadelha/PSB, com 2.477 votos, correspondente a 0,99% dos
votos válidos apurados naquela eleição para deputado estadual na Paraíba. Aparece na
mesma eleição a presença do também advogado Egidio Silva Madruga, pelo partido CNL,
que obteve 2.258 votos, correspondente a 0,9% dos votos válidos, ficando na suplência.
Assim sendo, também concorreu ao cargo de deputado estadual, o ex-prefeito Flávio
Maroja Filho/PSB, que obteve 711 (setecentos e onze votos), correspondente a 0,28% dos
votos válidos, dentre outras personalidades políticas do solo santaritense. Segue a
transcrição final dos resultados finais da referida eleição:

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
José Pires de Sá PSD 4.900 1,96% Eleito
Severino Bezerra Cabral PSD 4.050 1,62% Eleito
Antonio de Paiva Gadelha CNL 3.855 1,54% Eleito
Francisco Souto Neto PSD 3.567 1,43% Eleito
José Pereira da Costa PSD 3.519 1,41% Eleito
Francisco Pereira CNL 3.488 1,39% Eleito
Aloisio Pereira Lima PSD 3.462 1,38% Eleito
José Cavalcanti da Silva CNL 3.442 1,38% Eleito
João Batista de Lima Brandão CNL 3.353 1,34% Eleito

167
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Nivaldo de Farias Brito PSD 3.339 1,33% Eleito
Americo Maia de Vasconcelos CNL 3.327 1,33% Eleito
Manuel Arruda de Assis PSD 3.265 1,31% Eleito
Joacil de Brito Pereira CNL 3.211 1,28% Eleito
Balduino Minervino de
PSD 3.177 1,27% Eleito
Carvalho
Eduardo de Alencar Ferreira PSP 3.150 1,26% Eleito
Alvaro Gaudencio de Queiroz CNL 3.142 1,26% Eleito
José Braz do Rego PSP 3.132 1,25% Eleito
Luiz Inacio Ribeiro Coutinho CNL 3.125 1,25% Eleito
Acacio Braga Rolim PSD 3.125 1,25% Eleito
Clovis Bezerra Cavalcanti CNL 3.124 1,25% Eleito
Dirceu Arnaud Diniz PSD 3.111 1,24% Eleito
Francisco Seraphico da
CNL 3.082 1,23% Eleito
Nóbrega Filho
José Afonso Gayoso de Souza PSD 3.003 1,2% Eleito
Francisco de Paula Barreto
PSD 2.995 1,2% Eleito
Sobrinho
Geroncio Stanislau da
PSD 2.970 1,19% Eleito
Nobrega
João Feitosa Ventura CNL 2.955 1,18% Eleito
Ze Maranhão PSP 2.947 1,18% Eleito
Petronio Ramos de Figueiredo PSP 2.943 1,18% Eleito
Manuel Figueiredo PSP 2.939 1,18% Eleito
Sem
Wilson Braga CNL 2.898 1,16% Registro
Histórico
Antonio Leite Montenegro PSP 2.876 1,15% Eleito
José Ribeiro de Farias PSD 2.844 1,14% Eleito
Mário Silveira PSD 2.835 1,13% Eleito
Sem
Antonio Nominando Diniz CNL 2.805 1,12% Registro
Histórico
Flaviano Ribeiro Coutinho
CNL 2.738 1,09% Suplente
Filho
Inácio José Feitosa PSD 2.709 1,08% Eleito

168
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
José Fernandes de Lima PSD 2.695 1,08% Eleito
Vital do Rêgo PSD 2.691 1,08% Eleito
Heraldo Gadelha PSB 2.477 0,99% Eleito
Sem
Orlando Cavalcanti de Melo PSD 2.446 0,98% Registro
Histórico
Sem
Napoleão Abdon da Nobrega PSD 2.443 0,98% Registro
Histórico
Antonio D'avila Lins PR 2.428 0,97% Eleito
Sem
Jacinto Dantas Filho PSD 2.406 0,96% Registro
Histórico
Severino Ismael de Oliveira PSP 2.332 0,93% Eleito
Sem
Ramiro Fernandes de
PSD 2.332 0,93% Registro
Carvalho
Histórico
Sem
Antonio de Padua Ferreira de
PSD 2.329 0,93% Registro
Carvalho
Histórico
Carlos Pessoa Filho CNL 2.328 0,93% Suplente
Sem
Bivar Olinto de Melo PSD 2.309 0,92% Registro
Histórico
Sem
Silvio Pélico Porto PSD 2.276 0,91% Registro
Histórico
Sem
Egídio da Silva Madruga CNL 2.258 0,9% Registro
Histórico
Sem
Lindolfo Pires Ferreira PSD 2.258 0,9% Registro
Histórico
Sem
João Mangueira Neto PSD 2.199 0,88% Registro
Histórico
Sem
Agnaldo Veloso Borges CNL 2.196 0,88% Registro
Histórico

169
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Sem
Marinésio da Cunha Moreno CNL 2.193 0,88% Registro
Histórico
Sem
Felismino Silva PSP 2.183 0,87% Registro
Histórico
Sem
Odilon Maia Filho PSD 2.157 0,86% Registro
Histórico
Sem
Antonio Bezerra Cabral PSD 2.150 0,86% Registro
Histórico
Sem
Osmar de Araújo Aquino PSD 2.148 0,86% Registro
Histórico
Sem
José Augusto da Silva Galvão PSD 2.123 0,85% Registro
Histórico
Sem
Genival de Queiroz Torreão CNL 2.101 0,84% Registro
Histórico
Sem
Antonio Américo de Almeida PSP 2.083 0,83% Registro
Histórico
Sem
Romeu Gonçalves de
PSP 2.082 0,83% Registro
Abrantes
Histórico
José Teotonio da Silva PSB 2.042 0,82% Eleito
Sem
Francisco Chaves Brasileiro CNL 2.028 0,81% Registro
Histórico
Sem
Octacílio Nobrega de Queiroz PSD 1.986 0,79% Registro
Histórico
Raimundo Asfora PSB 1.972 0,79% Eleito
Sem
Geraldo Gomes Beltrão PSD 1.936 0,77% Registro
Histórico
Sem
Pedro Salvino de Farias PSD 1.762 0,7%
Registro

170
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Histórico
Sem
João Cabral Batista PSP 1.715 0,69% Registro
Histórico
Sem
Afonso Pereira da Silva PSD 1.695 0,68% Registro
Histórico
Sem
Antonio Torres de Carvalho CNL 1.644 0,66% Registro
Histórico
Sem
Rogerio Martins Costa PSD 1.623 0,65% Registro
Histórico
Sem
José Rolim Guimarães CNL 1.615 0,65% Registro
Histórico
Sem
Manuel Roque Filho PSD 1.460 0,58% Registro
Histórico
Sem
Agassis de Amorim Almeida PSB 1.441 0,58% Registro
Histórico
Sem
Jonas Leite Chaves PR 1.398 0,56% Registro
Histórico
Sem
Osvaldo Bezerra Cascudo PR 1.389 0,56% Registro
Histórico
Sem
Aristarco Dias de Araújo PSP 1.374 0,55% Registro
Histórico
Sem
Roberto Barros da Cunha
PSP 1.313 0,52% Registro
Lima
Histórico
Sem
José Gildenor de Albuquerque PSP 1.279 0,51% Registro
Histórico
Sem
Souto Maior PSB 1.266 0,51% Registro
Histórico

171
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Sem
Noaldo Moreira Dantas PSB 1.231 0,49% Registro
Histórico
Sem
José Clementino de Oliveira
PSP 1.212 0,48% Registro
Junior
Histórico
Sem
Elson da Cunha Lima PSB 1.198 0,48% Registro
Histórico
Sem
Orlando Venancio dos Santos PSP 1.192 0,48% Registro
Histórico
Sem
José de Souza Arruda CNL 1.169 0,47% Registro
Histórico
Sem
Francisco de Assis Lemos de
PSB 1.160 0,46% Registro
Sousa
Histórico
Sem
Atencio Bezerra Wanderley CNL 1.091 0,44% Registro
Histórico
Sem
Joaquim Virgolino da Silva CNL 1.090 0,44% Registro
Histórico
Sem
Juracy Cavalcanti de Arruda PSP 1.070 0,43% Registro
Histórico
Sem
Manuel Angelo da Silva CNL 1.034 0,41% Registro
Histórico
Sem
Jansen Guedes Cavalcanti PSD 991 0,4% Registro
Histórico
Sem
Arnaldo Bonifacio de Paiva PRP 956 0,38% Registro
Histórico
Sem
Alexandre da Silva Brito PSP 921 0,37% Registro
Histórico
Edivaldo de Sá Leite PR 899 0,36% Sem

172
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Registro
Histórico
Sem
Joaquim Ferreira Filho PSB 882 0,35% Registro
Histórico
Sem
José João Torres PSB 874 0,35% Registro
Histórico
Sem
José Betamio Ferreira PSB 859 0,34% Registro
Histórico
Sem
José Eloi de Souza PSD 856 0,34% Registro
Histórico
Sem
Francisco Maia Wanderley PSB 856 0,34% Registro
Histórico
Sem
José Cecílio Batista Filho PSP 847 0,34% Registro
Histórico
Sem
José Gomes de Moura PR 801 0,32% Registro
Histórico
Sem
João Inácio de Sousa PSB 798 0,32% Registro
Histórico
Sem
Durval Lins de Miranda PR 735 0,29% Registro
Histórico
Sem
Flávio Maroja Filho CNL 711 0,28% Registro
Histórico
Sem
Severino Lucena PSP 702 0,28% Registro
Histórico
Sem
Donato de Oliveira PSD 686 0,27% Registro
Histórico
Sem
Messias Pessoa de Sousa PSP 660 0,26%
Registro

173
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Histórico
Sem
Vicente Leite Rolim PSB 660 0,26% Registro
Histórico
Sem
Antonio Xavier da Silva PSD 627 0,25% Registro
Histórico
Sem
Almir Pereira Ferreira Lopes PR 595 0,24% Registro
Histórico
Sem
Edésio Rangel de Farias PSB 593 0,24% Registro
Histórico
Sem
Mario Torres de Andrade PSB 589 0,24% Registro
Histórico
Sem
Heitor Coutinho Maroja PSD 566 0,23% Registro
Histórico
Sem
Francisco de Assis Nogueira PRP 564 0,23% Registro
Histórico
Sem
Abdias dos Santos Passos PSD 470 0,19% Registro
Histórico
Sem
Jovaní Paula Neto PSP 456 0,18% Registro
Histórico
Sem
Severino Domingos da Silva PSB 446 0,18% Registro
Histórico
Sem
Antonio Holanda Moura CNL 446 0,18% Registro
Histórico
Sem
José Barros Sobrinho CNL 445 0,18% Registro
Histórico
Sem
Heleno Henrique da Silva PSP 437 0,17% Registro
Histórico

174
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Sem
José Daniel Duarte PSB 437 0,17% Registro
Histórico
Sem
Carlos de Carvalho Pinto PRP 424 0,17% Registro
Histórico
Sem
Euclides Cavalcanti Ribeiro PSP 413 0,17% Registro
Histórico
Sem
José Maria dos Santos PR 412 0,16% Registro
Histórico
Sem
Genaro Herculano de Souto PSB 408 0,16% Registro
Histórico
Sem
Antonio de Sousa Freitas PRP 396 0,16% Registro
Histórico
Sem
José Feliciano da Silva PRP 393 0,16% Registro
Histórico
Sem
Carlos Neves da Franca PSB 390 0,16% Registro
Histórico
Sem
Gabriel Barbosa de Farias PR 376 0,15% Registro
Histórico
Sem
Miguel Jansen Filho PSD 374 0,15% Registro
Histórico
Sem
Lourival Cavalcanti de Oliveira PSP 373 0,15% Registro
Histórico
Sem
Manuel Viana Correia PRP 369 0,15% Registro
Histórico
Sem
Nicodemus Cardoso Cananéa PSD 367 0,15% Registro
Histórico
Dorgival Roque da Silva PRP 364 0,15% Sem

175
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Registro
Histórico
Sem
Renato Teixeira Bastos PR 359 0,14% Registro
Histórico
Sem
Severino Galvincio Ribeiro PSP 345 0,14% Registro
Histórico
Sem
Alfredo S. de Araújo PR 345 0,14% Registro
Histórico
Sem
Julio Maia Bandeira de Melo PSB 334 0,13% Registro
Histórico
Sem
Josué Silvestre da Silva PSB 304 0,12% Registro
Histórico
Sem
Alfredo Pessoa de Lima PRP 289 0,12% Registro
Histórico
Sem
Samuel Correia de Brito CNL 262 0,1% Registro
Histórico
Sem
Luis Bernardo da Silva PSB 260 0,1% Registro
Histórico
Sem
Cypriano Galvão da Trindade PRP 257 0,1% Registro
Histórico
Sem
Celso Matos Rolim PSP 242 0,1% Registro
Histórico
Sem
Severino Pessoa Guimarães PR 235 0,09% Registro
Histórico
Sem
José de Oliveira Ramos PR 210 0,08% Registro
Histórico
Sem
Manuel Barbosa da Silva PR 209 0,08%
Registro

176
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Histórico
Sem
Maurício Araújo de Sousa PRP 195 0,08% Registro
Histórico
Sem
Antonio Tancredo de
CNL 188 0,08% Registro
Carvalho
Histórico
Sem
Vicente Ferreira de Araújo PRP 166 0,07% Registro
Histórico
Sem
Antonio Vital Gomes PRP 161 0,06% Registro
Histórico
Sem
José Garcia Galvão PSD 158 0,06% Registro
Histórico
Sem
Otávio de Sá Leitão Filho PSB 147 0,06% Registro
Histórico
Sem
João Belizio de Araújo PSD 138 0,06% Registro
Histórico
Sem
Laudelino Cordeiro de Araújo PR 135 0,05% Registro
Histórico
Sem
Silvio Fernandes da Silva PSB 117 0,05% Registro
Histórico
Sem
Euclides Gomes de Brito PRP 106 0,04% Registro
Histórico
Sem
Alfredo Ferreira de Barros PRP 91 0,04% Registro
Histórico
Sem
João Soares de Carvalho PSB 90 0,04% Registro
Histórico
Sem
Aguinaldo Lins de Miranda PR 87 0,03% Registro
Histórico

177
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Sem
Cesar Nogueira Rolim PRP 83 0,03% Registro
Histórico
Sem
Severino José dos Santos PSP 82 0,03% Registro
Histórico
Sem
Carlito Mendes Caminha PSP 79 0,03% Registro
Histórico
Sem
Newton Lelis de Carvalho PRP 63 0,03% Registro
Histórico
Sem
José Coelho Nóbrega PR 63 0,03% Registro
Histórico
Sem
Dimas Batista de Toledo PSP 62 0,02% Registro
Histórico
Sem
Clécia Simões Lopes PR 57 0,02% Registro
Histórico
Sem
Claudio Cavalcanti Procópio PR 56 0,02% Registro
Histórico
Sem
Manuel Alexandrino Leite PRP 53 0,02% Registro
Histórico
Sem
Severino Oliveira PSB 50 0,02% Registro
Histórico
Sem
Francisco Leite Piancó CNL 44 0,02% Registro
Histórico
Sem
Antonio Candido Ferreira PSP 40 0,02% Registro
Histórico
Sem
Durval Queiroz Correia PRP 22 0,01% Registro
Histórico
Beijamin Gomes Maranhão PSP 21 0,01% Sem

178
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Registro
Histórico
Sem
Severino da Silva Nogueira PRP 21 0,01% Registro
Histórico
Sem
José Severino de Andrade PSP 17 0,01% Registro
Histórico
Sem
Tiburcio Andréa Magliano PR 16 0,01% Registro
Histórico
Sem
Francisco Macedo Dias PRP 14 0,01% Registro
Histórico
Sem
Dinarte dos Santos PRP 3 0% Registro
Histórico
Sem
Euclides dos Santos Leal Filho PRP 2 0% Registro
Histórico
Sem
Raimundo Mariano da Silva PSB 1 0% Registro
Histórico
Votos brancos 7.752
Votos nulos 3.793
Total apurado 261.659
Fonte: TRE/PB – Resultado final deputado estadual/eleição/1958.

Legenda:
PR - Partido Republicano
PRP - Partido de Representação Popular
PSP - Partido Social Prgressista
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PSD - Partido Social Democrático
CNL - Coligação Nacionalista Libertadora

Dentre os deputados federais eleitos na Paraíba em 3 de outubro de 1958, estava


João Ursulo Ribeiro Coutinho Filho/CNL-Coligação Nacionalsita Libertadora, com 13.450
votos, correspondente a 5,46% dos votos válidos apurados para o referido cargo à Câmara
dos Deputados.

179
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

No dia 2 de agosto de 1959 realizaram-se eleições para prefeito, vice prefeito e


vereadores em todos os municípios do Estado da Paraíba, assim sendo, em Santa Rita foi
eleito prefeito Antônio Aurélio Teixeira de Carvalho (PSB/PSD), com 54,56% dos votos
válidos. Foram derrotados os candidatos a prefeito: João Raposo/UDN/PTB, ex-prefeito e o
ex-deputado Arnaldo Bonifácio/PART. O eleitorado de Santa Rita era de 7.013, votos, dos
quais foram apurados 5.878 votos válidos, com 1.135 abstenções, correspondente a
16,18% dos eleitorado municipal. Seguem os resultados finais da referida eleição
municipal:

Cargo: Prefeito
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Antônio Teixeira PSB/PSD 3.377 54,56% Eleito
João Raposo UDN/PTB 2.724 44,01% Não Eleito
Arnaldo Bonifácio PART 88 1,42% Não Eleito
Total apurado 6.189
Eleitorado 7.013
Abstenção 824 11,75%
Fonte: TRE/PB – Eleição para prefeito de Santa Rita/1959.

Legenda:
PART - Partido da Aliança Republicana Trabalhista
UDN/PTB - Coligação UDN/PTB
PSB/PSD - Coligação PSB/PSD

Foi à eleição do tostão contra um milhão, tendo o deputado Heraldo da Costa


Gadelha/PSB como o comandante supremo das forças populares em Santa Rita ao lado de
Antônio Teixeira e Lourival Caetano de Lima (PSB/PSD) eleito vice prefeito de Santa Rita,
representando o Distrital de Bayeux, com 58,97% dos votos válidos. Foi igualmente
derrotado o candidato a vice prefeito: Abiathar Vasconcelos/UDN/PTB. O eleitorado de
Santa Rita era de 7.013, votos, dos quais foram apurados 5.878 votos válidos, com 1.135
abstenções, correspondente a 16,18% dos eleitorado municipal para vice prefeito na
eleição de 2 de agosto de 1959.

Cargo: Vice Prefeito


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Lourival Caetano Alves de
PSB/PSD 3.466 58,97% Eleito
Lima
Abiathar Vasconcelos UDN/PTB 2.412 41,03% Não Eleito
Total apurado 5.878
Eleitorado 7.013
Abstenção 1.135 16,18%

180
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Fonte: TER/PB-Eleição Municipal de Santa Rita/1959.

Legenda:
UDN/PTB - Coligação UDN/PTB
PSB/PSD - Coligação PSB/PSD

As forças populares comandadas pelo Deputado Estadual Heraldo Gadelha,


compareceram a posse de Antônio Teixeira e Lourival Caetano, festivamente no dia 30 de
novembro de 1959. É apenas a título de curiosidade, o Antônio Teixeira foi eleito prefeito
em 1959 com 54,56% dos votos válidos para prefeito, enquanto Lourival Caetano foi eleito
vice prefeito com 58,97% dos votos validos para vice prefeito. Isso foi possível porque o
eleitorado votou mais para prefeito do que para o vice eleito na citada eleição. A Câmara
Municipal nas eleições municipais de 2 de agosto de 1959, ficou assim constituída:

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
José Maria da Silva Madruga UDN 519 8,11% Eleito
Morais UDN 413 6,45% Eleito
Oton de Carvalho Pedrosa UDN 379 5,92% Eleito
Álano Gonçalves do
PSD 260 4,06% Eleito
Nascimento
Euclides Bandeira de Souza PSD 258 4,03% Eleito
Sem
Reginaldo de Freitas UDN 257 4,01% Registro
Histórico
Pedro de Mendonça Furtado PSB 255 3,98% Eleito
Sem
Milton Ferraz de Medeiros PSD 255 3,98% Registro
Histórico
Gastão de Souza Falcão PR 242 3,78% Eleito
Geraldo José de Santana PR 237 3,7% Eleito
João Gadelha PSB 203 3,17% Eleito
Sem
Severino Vieira Cirino PR 181 2,83% Registro
Histórico
Sem
Antônio Fernandes de Oliveira PR 164 2,56% Registro
Histórico
Sem
Antônio Ferreira Nunes UDN 161 2,51% Registro
Histórico
José Cavalcanti de PR 158 2,47% Sem

181
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Albuquerque Registro
Histórico
Sem
Lourival Caetano Alves de
PSD 146 2,28% Registro
Lima
Histórico
Sem
Severino Gomes de Araújo
PR 140 2,19% Registro
Pereira
Histórico
Sem
Aureliano Olegário da
UDN 133 2,08% Registro
Trindade
Histórico
Sem
Faustino do Nascimento PSB 130 2,03% Registro
Histórico
Sem
Antônio Rodrigues Jordão PSD 128 2% Registro
Histórico
Sem
Aurino Pessoa de Luna UDN 127 1,98% Registro
Histórico
Sem
Wilson de Sousa Falcão PSB 126 1,97% Registro
Histórico
Sem
Manuel Paulino de Lima PSB 98 1,53% Registro
Histórico
Sem
Aluisio Gomes de Figueiredo UDN 98 1,53% Registro
Histórico
Sem
José Barbosa Hardman PR 90 1,41% Registro
Histórico
Sem
Geraldo dos Santos PSD 84 1,31% Registro
Histórico
Sem
José Vitaliano de Carvalho
UDN 84 1,31% Registro
Rocha
Histórico
João Francisco do Sem
PSD 83 1,3%
Nascimento Registro

182
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Histórico
Sem
José Porfirio de Souza PSB 80 1,25% Registro
Histórico
Sem
José Ferreira Lima UDN 68 1,06% Registro
Histórico
Sem
José Bonifácio do Nascimento PR 67 1,05% Registro
Histórico
Sem
Heriberto Justino de Andrade PSB 64 1% Registro
Histórico
Sem
Antônio de Souza Nazário PR 59 0,92% Registro
Histórico
Sem
Clodomir Alves da Silva PSB 52 0,81% Registro
Histórico
Sem
Joaquin Ernesto de Matos PSB 51 0,8% Registro
Histórico
Sem
Aprígio Carlos da Silva PSB 45 0,7% Registro
Histórico
Sem
José de Vasconcelos Furtado PR 41 0,64% Registro
Histórico
Sem
José Pinto de Sousa PR 38 0,59% Registro
Histórico
Sem
Severino Rodrigues da Silva PSB 37 0,58% Registro
Histórico
Sem
Jovelino Candido Bezerra PSD 37 0,58% Registro
Histórico
Sem
José Ventura dos Santos PSB 36 0,56% Registro
Histórico

183
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Sem
Manoel Catuhyte Wanderley PR 36 0,56% Registro
Histórico
Sem
Severino José dos Santos PSP 30 0,47% Registro
Histórico
Sem
Manoel Bezerra de Assunção PSP 29 0,45% Registro
Histórico
Sem
Genésio da Silva PART 28 0,44% Registro
Histórico
Sem
Rufino da Costa PSP 27 0,42% Registro
Histórico
Sem
Clodoaldo Moreira Leal PSD 25 0,39% Registro
Histórico
Sem
José Ferreira da Silva PSP 25 0,39% Registro
Histórico
Sem
Francisco Dionísio da Silva PSP 23 0,36% Registro
Histórico
Sem
Solon Barbosa da Silva PSD 19 0,3% Registro
Histórico
Sem
José Sabino da Silva PSD 18 0,28% Registro
Histórico
Sem
Antônio Sebastião de Oliveira PART 15 0,23% Registro
Histórico
Sem
José Ardelino Martins PSD 15 0,23% Registro
Histórico
Sem
José Pereira de Andrade PART 11 0,17% Registro
Histórico
José Bento Santiago PSP 10 0,16% Sem

184
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Registro
Histórico
Sem
Rufino Francisco Gomes UDN 8 0,12% Registro
Histórico
Total apurado 6.403
Eleitorado 7.013
Abstenção 610 8,7%
Fonte: TER/PB Eleição vice prefeito S.Rita/1959.

Legenda:
PSP - Partido Social Progressista
PR - Partido Republicano
UDN - União Democrática Nacional
PSD - Partido Social Democrático
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PART - Partido da Aliança Republicana Trabalhista

O prefeito Antônio Teixeira fez uma adminsitração popular e voltada para o social,
época em que eclodiu no Brasil e de modo especial na Paraíba a ideologia sindical voltada
para amparar o homem do campo. A ideologia da reforma agrária através das Ligas
Camponesas. Foi também época em que Santa Rita presenciou o fim da hegemonia
eleitoral dos usineiros.
É importante registrar de que o eleitorado de Santa Rita participou das eleições para
deputado estadual realizada em 7 de outubro de 1962, época em que foi eleito o deputado
Egidio Silva Madruga, pelo PDC-Partido Democrático Cristão, com 3.350 votos, equivalente
a 1,16% dos votos validos apurados no Estado da Paraíba para deputado estadual naquela
eleição. De modo que Santa Rita passou a ser representada na Casa de Epitácio Pessoa
pelo Deputado Egidio Madruga. Ressaltamos também de que na referida eleição foi
candidato derrotado para deputado estadual Marcus Odilon Ribeiro Coutinho, pelo PDC,
com 2.457 votos, equivalente a 0,85% dos votos válidos para deputado estadual. Foi
igualmente candidato a deputado estadual em 1962, por Santa Rita, o então prefeito
Antônio Aurélio Teixeira de Carvalho, pelo PSB, que obteve 1.036 votos, equivalente a
0,36% dos votos válidos para aquele cargo estadual, não foi eleito, porém, ajudou a tirar o
mandato de Heraldo Gadelha, que perdeu a reeleição para deputado estadual pelo mesmo
PSB, com 1.942 votos, equivalente a 0,67% dos votos validos. Foi o inicio do rompimento
da criatura (Antônio Teixeira) do seu criador (Heraldo Gadelha) no tocante ao
relacionamento e companheirismo partidário até então existente entre ambos. Daí por
diante Antônio Teixeira e Heraldo Gadelha, jamais foram os mesmos na vida política de
Santa Rita, diante de tal rompimento pessoal e partidário até o fim de sua vida. Ficaram
adversários políticos e as bandeiras passaram a ser outras perante o eleitorado local. Nas
eleições realizadas em 11 de agosto de 1963, mais da metade dos votos válidos do

185
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

eleitorado de Santa Rita elegeu para prefeito Heraldo da Costa Gadelha, cujo resultado
final foi o seguinte:

Cargo: Prefeito
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Heraldo Gadelha 3.004 54,38% Eleito
João Raposo Filho 2.520 45,62% Não Eleito
Votos brancos 150
Votos nulos 80
Total apurado 5.754
Eleitorado 8.288
Abstenção 2.534 30,57%
Fonte: TRE/PB Resultado final para prefeito de Santa Rita/1963.

A vitória da classe trabalhadora inspirada nos princípios de compromisso e lealdade,


fez o filho de Ceslau da Costa Gadelha, ex-funcionário da Usina Santa Rita, pertencente ao
grupo liderado pelos herdeiros do ex-governador Flávio Ribeiro Coutinho e sua clã, sair
vitorioso para prefeito e simultaneamente ajudar a eleger o seu vice prefeito Milton Ferraz
de Medeiros, bancário e originário da classe operária da CTP – Companhia de Tecidos
Paraibana, conforme o seguinte resultado final:

Cargo: Vice Prefeito


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Milton Ferraz de Medeiros 2.968 57,2% Eleito
Antônio Ferreira Nunes 2.221 42,8% Não Eleito
Votos brancos 485
Votos nulos 80
Total apurado 5.754
Eleitorado 8.288
Abstenção 2.534 30,57%
Fonte: TRE/PB-Resultados finais para vice prefeito de Santa Rita/1963.

Nas eleições municipais de Santa Rita, realizadas em 11 de agosto de 1963, o


eleitorado santaritense elegeu democraticamente, mesmo com o vicio da compra de votos
e do voto de cabresto da hegemonia da agroindústria, o eleitorado elegeu os seguintes
vereadores:

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos

186
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Oton de Carvalho Pedrosa UDN 368 6,71% Eleito
Antônio Aurélio Teixeira de
PSB 348 6,34% Eleito
Carvalho
Antônio Joaquim de Morais UDN 341 6,21% Eleito
Reginaldo de Freitas PDC 269 4,9% Eleito
Carlos Antônio PDC 251 4,57% Eleito
Reginaldo Pereira da Costa PTB 246 4,48% Eleito
Severino Tomaz da Silva PTB 201 3,66% Eleito
Joaquim Dias PTB 182 3,32% Suplente
Antônio Gomes Pereira PSB 178 3,24% Eleito
Wilson Lins de Albuquerque PDC 174 3,17% Suplente
José Candido Feitosa PDC 171 3,12% Suplente
Antônio Rodrigues Jordão APD 169 3,08% Eleito
Euclides Bandeira de Souza APD 152 2,77% Suplente
João Gadelha PSB 139 2,53% Suplente
Aureliano Olegário da
UDN 131 2,39% Suplente
Trindade
Pedro de Mendonça Furtado PTB 125 2,28% Suplente
Arnóbio Ferreira Nunes UDN 121 2,2% Suplente
Severino Vieira Cirino UDN 109 1,99% Suplente
Manuel Paulino de Lima PSB 104 1,9% Suplente
José da Silva APD 92 1,68% Suplente
Álano Gonçalves do
APD 91 1,66% Suplente
Nascimento
José Porfirio de Souza PDC 90 1,64% Suplente
José Alvino da Costa PDC 88 1,6% Suplente
Geraldo dos Santos APD 88 1,6% Suplente
Maroja PDC 85 1,55% Suplente
Reginaldo Antônio de Oliveira PTB 80 1,46% Suplente
Antônio de Sousa PTB 77 1,4% Suplente
José Barbosa Hardman PDC 76 1,38% Suplente
João Maria de Lima PTB 74 1,35% Suplente
José Furtado de Vasconcelos UDN 73 1,33% Suplente
José Lins de Albuquerque PTB 65 1,18% Suplente
José Luís de França PTB 59 1,08% Suplente

187
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Elias Monteiro PDC 54 0,98% Suplente
José Miranda Filho PSB 54 0,98% Suplente
Faustino do Nascimento PSB 49 0,89% Suplente
Juvenal Alvino Costa UDN 44 0,8% Suplente
Luis Gomes da Silva APD 43 0,78% Suplente
Nércio Valério dos Santos PSB 42 0,77% Suplente
José Pinto de Sousa PTB 42 0,77% Suplente
João Fabricio Veras PDC 40 0,73% Suplente
Tiago Menor PDC 37 0,67% Suplente
José Neves Filho PSB 34 0,62% Suplente
João Bezerra da Cruz UDN 30 0,55% Suplente
Salvador Gomes PSB 29 0,53% Suplente
João Serrão de Carvalho APD 28 0,51% Suplente
João Avelino de Figueirêdo PSB 25 0,46% Suplente
Olírio Rodrigues Diniz PTB 19 0,35% Suplente
Luis Pereira da Silva PSB 19 0,35% Suplente
José Bonifácio do Nascimento PTB 19 0,35% Suplente
Osvaldo Rafael PSB 19 0,35% Suplente
Jovelino Candido Bezerra APD 19 0,35% Suplente
Paulo Pessoa de Vasconcelos APD 13 0,24% Suplente
José Ferreira da Silva PDC 12 0,22% Suplente
Votos nulos 50
Votos brancos 201
Total apurado 5.739
Eleitorado 8.288
Abstenção 2.549 30,76%
Fonte: Cartório Eleitoral da Comarca de Santa Rita/1963.

Legenda:
UDN - União Democrática Nacional
PDC - Partido Democrata Cristão
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PSB - Partido Socialista Brasileiro
APD - Aliança Popular Democratica
A única coisa ruim do planejamento é que as
coisas nunca ocorrem como foram planejadas.
Lúcio Costa

188
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

A administração do prefeito Heraldo da Costa Gadelha foi voltada para o social,


investiu muito em fazer favores à população carente de Santa Rita. Isso já era sua marca
de fazer política desde os tempos de vereador, secretário municipal e deputado estadual,
antes de ser prefeito. Católico praticante, assistia missa todos os dias, só deixou de assistir
a missa todos os dias quando descobriu que os padres Mauricio e Paulo, sucessores de
Monsenhor Rafael de Barros, na paróquia, discordavam de sua ideologia política no
município, porém, jamais deixou de ser católico e ponto final. Foi nessa época em que
nasceu o Conjunto dos Pobres, que depois passou a ser chamado de “Conjunto Nova
Esperança”, mediante projeto de lei do vereador Francisco Aguiar, tendo em vista a
parceria tácita da Prefeitura Municipal de Santa Rita, celebrada com dona Lili Santiago,
senhora de boa índole, então proprietária do referido terreno, através da permissão
gratuita a quem entendesse “marcar” um terreno foreiro e construir sua casa na referida
área, sem nada pagar a prefeitura local em termos de licença e carta de habite-se. Foi um
verdadeiro mutirão social em favor da casa própria a referida gestão. Surgiram os centros
sociais com a proteção e ajuda da edilidade santaritense, onde foram ministrados os
primeiros cursos de artes domésticas: pinturas, bordados, crochês, corte costura, padaria,
confeitaria, etc., além dos primeiros postos de saúde, envolvendo enfermagem, medicina e
odontologia nos quatro cantos do município de Santa Rita. O Posto de Saúde Ceslau
Gadelha, por exemplo, funcionava à Rua Terêncio Ferreira, no Bairro Popular, onde
atualmente funciona uma associação, era administrado pelo enfermeiro prático José
Bonifácio, antigo dono da Farmácia Santa Rita, que ele vendeu ao casal Fernando e
Francisquinha Carvalho, de saudosa memória, na Praça Antenor Navarro, de frente ao
mercado central. Eclodiu no Brasil em 31 de março de 1964, a Revolução Militar, muitos
dos líderes comunitários e políticos de Santa Rita foram presos durante meses e dias, tudo
porque não eram adeptos da ideologia do Presidente Humberto de Alencar Castelo Branco,
que implantou o regime ditatorial no país da bossa nova, ideologia sonhadora dos tempos
de JK, o presidente que construiu Brasília-DF. A onda de boatos dos adversários do prefeito
Heraldo Gadelha, do PSB, cuja liderança era inconteste e o povo simples o chamava de o
“Fidel Castro da Várzea”, era grande, tinha gente fazendo promessa com Deus e com o
Diabo para que o Regime Militar/64 cassasse os direitos políticos do referido prefeito, haja
vista que ele contestava o comportamento do patronato da agroindústria, representado
pelos senhores de engenhos daquela época, onde explorava a mão de obra dos
camponeses da região da várzea do Paraíba, sem pagamento do salário mínimo, carteira
profissional assinada no campo, férias remuneradas, salário família e 13º salário, dentre
outros direitos. Era a principal bandeira do heraldismo até então. O povo vivia feliz e não
sabia. O funcionalismo público municipal teve durante sua administração reajuste salarial
anual significativo, acima da infração, além de pagamento mensal aos funcionários,
prestadores de serviços e fornecedores, segundo calendário mensal fixado. Foi em sua
administração elaborado o projeto de construção do Estádio Municipal Independência, que
seria edificado na área existente entre as atuais ruas: Horácio Carneiro, Paraíba, São José e
São Pedro, no Bairro Popular. O sonho não saiu do papel por falta de recursos próprios e
de verbas estaduais e federais para tocar o grande empreendimento sonhado por nossa
população. A sua administração proibiu a venda de carne estragada de origem animal e
seus derivados, isso foi um Deus nos acuda, questão de vida e morte entre comerciantes
de tais produtos e sua gestão, tendo em vista que todas as carnes e demais mercadorias
do gênero, eram examinadas pela Vigilância Sanitária Municipal, antes de ser colocada a
venda para a população. O Mercado Central de Santa Rita era fechado aos domingos, o
povão criou a feira do rala-bucho, localizada entre a linha férrea e a Igreja de Nossa

189
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Senhora do Rosário. A população santaritense sofria pela falta de água nas torneiras para
consumo humano, a gestão heraldista encampou a luta, inclusive construiu vários
chafarizes de pedra e cal nas ruas principais dos bairros existentes, a exemplo do Bairro
Popular e do Bairro do Cercado, atual da Liberdade, para que a população tirasse água
para seu consumo, foi aí que apareceu a oposição ferrenha e sistemática denunciando e
criticando o prefeito, afirmando de que nem um certo anão, então morador da cidade
cresceu, nem o prefeito Heraldo Gadelha fez o chafariz de leite funcionar, parodiando o
termo água que fora colocada à disposição da população carente em regime emergencial
temporal. Envolveram o “anão”, nessa conversa porque o anão era tocador de sanfona e
que ele e seus pais compareciam aos comícios de Heraldo Gadelha, com sua sanfona,
tocava e usava da palavra em solidariedade ao referido líder. No seu governo ainda foram
distribuídos livros, cadernos, fardamentos e merenda escolar de qualidade para todos os
estudantes da rede municipal de ensino. Teve inicio em sua passagem pelo governo
municipal a educação de jovens e adultos, através do programa Cruzada ABC, precursora
do Mobral. Iniciou o processo de qualificação de professores, para substituir os chamados
professores leigos e ou sem diplomas para o exercício do magistério. Fez realizar desfiles
cívicos escolares com todas as honras e pompas possíveis. Substituiu todos os postes de
pau da rede elétrica municipal por postes de cimento, introduziu fiação elétrica adequada,
iluminou todas as ruas e praças até então existentes. Calçou com paralelepípedos a rua da
Independência no Bairro da Liberdade, o largo do Mercado Central, a rua Flávio Ribeiro,
indo até a frente do Cemitério Santana, que tambem foi reformado depois de mais de trinta
anos de construído pelo prefeito Edgar Saeger, na década de 30 do século XX. Calçou
também com paralelepípedos, pouco mais do que cinqüenta metros do calçamento da rua
professor Severo Rodrigues, no trecho da rua Minas Gerais até a frente da Escola Municipal
Santo Antônio, atual Biblioteca Dr. Otávio Amorim, no Bairro Popular. Manteve a quebra
resguardo e ou Filarmônica São José, que era usada quando de suas inaugurações de
obras públicas e recepções a autoridades ao nosso município. Naquele tempo não existia
FPM – Fundo de Participação Municipal, o FUNDEB para manter o sistema municipal de
Educação, bem como o SUS – Sistema Único de Saúde, tudo era bancado as expensas do
erário municipal. Foram mantidos os amparos sociais no tocante a distribuição remédios a
quem necessitasse. Foram realizadas mais de 1.300 cirurgias, todas pagas com dinheiro
público pelo referido prefeito. Ordens de retratos para documentos, registros de
nascimentos, atestados de óbitos e caixões de defuntos para sepultamentos aos carentes.
Foi no nesse período, que chegaram a Santa Rita as Irmãs de Caridade da Holanda, que
assumiram a gestão administrativa da Fundação e Hospital Governador Flávio Ribeiro
Coutinho, época em que o Governo Municipal firmou convênio de parceria para
atendimento a toda população carente do município, mediante subvenção mensal.
Intermediou a doação do terreno onde as Irmãs de Caridade de Holanda construíram a
Escola Doméstica Maria Santiago, inclusive fez parceria e forneceu professores por conta
do município para lecionar no referido educandário a nossa juventude. O município
desapropriou, comprou, pagou e doou a CEHAP – Companhia de Estadual de Habitação da
Paraíba o terreno onde foi edificado o Conjunto Tibiri I na sua gestão. O primeiro telefone
público municipal no Bairro Popular, foi instalado na residência da senhora Didiu Paiva, à
rua professor Severo Rodrigues, esquina com a rua Castelo Branco. Vale salientar de que
durante décadas aquela funcionaria telefonista prestou grandes serviços em nome do
município a nossa gente nas horas de suas necessidades em querer se comunicar com o
mundo pedindo socorro para chamar a ambulância, por exemplo. Ajudou integralmente a
fundação e instalação do Centro Social João XXIII, coordenado pelas Irmãs de Caridade da

190
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Holanda, recém chegados em nossa terra. A assistência social era uma constante na vida
de que precisava qualquer tipo de ajuda para fazer o bem sem olhar a quem.
Enfrentou as baionetas do regime militar e não se envolveu com a Arena, o partido
da situação, preferiu ficar no MDB, partido da oposição ao novo regime, não aderiu aos
encantos do poder advindo do Regime Militar/64. Quase todos os seus antigos
correligionários de PSB aderiram a ARENA, partido da situação federal e estadual. Ficou
praticamente sozinho para gestar a coisa pública com sua personalidade forte de não
querer receber conselhos de ninguém, tendo em vista que sabia onde queria permanecer e
permaneceu até o fim do mandato de prefeito. O lema principal da administração populista
de Heraldo Gadelha, era afirmar de que os usineiros não queriam ver os filhos dos pobres
formados doutores, porque filho de pobre era para trabalhar na palha da cana de açúcar.
Ele tinha essa visão porque foi vítima nas mãos dos seus antigos correligionários da UND,
quando pretendeu ser candidato a deputado estadual pela referida legenda foi preterido. E
só se formou em direito porque enfrentou todas as diversidades possíveis a si
apresentadas. O povão sempre acreditou nesse chavão: “advogado dos pobres”, se
referindo ao líder populista local. Assim sendo, ainda nos tempos de estudante na
Faculdade de Direito de Alagoas, Heraldo Gadelha deixou de propósito que a barba
crescesse e resolveu ingressar na vida pública, tendo exercido dois mandatos de vereador à
Câmara Municipal de Santa Rita pela UND, de dois mandatos de deputado estadual à
Assembleia Legislativa da Paraíba e o mandato de prefeito, eleito em 11 de agosto de
1963, tomou posse e administrou o município até 31 de janeiro de 1969, quando passou a
cadeira de prefeito para o antigo correligionário do PSB, agora adversário político, Antônio
Aurélio Teixeira de Carvalho, eleito prefeito pela segunda vez, agora pela Arena – Aliança
Renovadora Nacional, inclusive com a bênção do Palácio do Planalto, do Palácio da
Redenção e de Renato Ribeiro Coutinho, representante oficial dos usineiros e senhores de
engenhos de Santa Rita e da Paraíba.
Outrossim, mencionamos de que durante a gestão de Heraldo Gadelha, a frente do
Poder Executivo Municipal de Santa Rita, o Brasil mudou o rumo da história nacional
deixando de ser democracia e passando a ser governado pelo regime militar, proveniente
do Golpe de 31 de março de 1964, quem descordasse de tal regime era preso, processado
e em muitos casos desaparecidos até a presente data. A partir de então, os presidentes da
República passaram a ser eleitos pelo Colégio Eleitoral, constituído pelos membros do
Congresso Nacional. Em 1965 o eleitorado da Paraíba elegeu pelo voto direto, por
tolerância do novo regime, o governador João Agripino Filho, candidato ligado aos chefes
revolucionários, tendo como adversário o senador e ex-governador Ruy Carneiro, que
perdeu a eleição a nível estadual, porém, graças à liderança do prefeito Heraldo
Gadelha/PSB, o mesmo saiu vitorioso em Santa Rita. Assim sendo, o sucessor de João
Agripino, o governador Ernani Satyro, já foi eleito pela Assembleia Legislativa do Estado,
indiretamente por indicação do Palácio do Planalto, candidato único. Era o Regime Militar
sendo consolidado em sua plenitude na gestão nacional.
No dia 15 de novembro de 1966 realizaram-se eleições diretas para Senador,
Deputado Federal e Deputado Estadual no Estado da Paraíba. Vale relembrar de que nesta
eleição participaram como candidatos a deputado estadual: Ceslau da Costa Gadelha Filho,
irmão do então prefeito Heraldo Gadelha, foi o mais votado de Santa Rita, porém ficou
suplente e Egídio Madruga, foi eleito mais uma vez e pelo partido do governador eleito,
tendo em vista que recebeu mais sufrágios em Taperoá, Sapé, Cruz do Espírito Santo,
dentre outros municípios. Era assim o ramerame da política santaritense, conforme segue o
resultado final estadual daquele pleito:

191
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Ronaldo Cunha Lima MDB 8.871 2,37% Eleito
Clovis Bezerra Cavalcanti ARENA1 8.365 2,24% Eleito
Otávio Mariz Maia ARENA1 7.567 2,03% Eleito
Dr Epitácio ARENA1 7.454 2% Eleito
Inácio Pedrosa Sobrinho MDB 7.356 1,97% Eleito
Alvaro Gaudencio de Queiroz ARENA1 7.146 1,91% Eleito
Francisco Pereira ARENA1 6.954 1,86% Eleito
José Braz do Rego ARENA1 6.846 1,83% Eleito
José Fernandes de Lima MDB 6.438 1,72% Eleito
Laercio Pires de Souza MDB 6.331 1,69% Eleito
José Pereira da Costa ARENA1 6.295 1,69% Eleito
Luiz Ferreira Barros ARENA1 6.043 1,62% Eleito
Edivaldo Fernandes Mota ARENA1 6.004 1,61% Eleito
Inacio Bento de Morais ARENA1 5.892 1,58% Eleito
Mário Silveira MDB 5.860 1,57% Eleito
Romeu Gonçalves de Abrantes ARENA1 5.573 1,49% Eleito
Antonio de Paiva Gadelha MDB 5.568 1,49% Eleito
Egídio da Silva Madruga ARENA1 5.563 1,49% Eleito
Agnaldo Veloso Borges ARENA1 5.546 1,48% Eleito
Carlos Pessoa Filho ARENA2 5.505 1,47% Eleito
José Lacerda ARENA2 5.382 1,44% Eleito
Antônio de Araújo Quinho ARENA1 5.174 1,39% Eleito
Azuil Arruda de Assis MDB 4.898 1,31% Eleito
Ze Maranhão MDB 4.830 1,29% Eleito
Sebastião Calixto de Araújo MDB 4.734 1,27% Eleito
Antonio Batista Santiago ARENA1 4.692 1,26% Eleito
Francisco Souto Neto ARENA1 4.689 1,26% Eleito
José Afonso Gayoso de Souza MDB 4.679 1,25% Eleito
Augusto Ferreira Ramos ARENA1 4.627 1,24% Eleito
Jonas Leite Chaves ARENA2 4.624 1,24% Eleito
Luiz Ignácio Ribeiro Coutinho ARENA1 4.534 1,21% Eleito
João Batista Brandão ARENA1 4.478 1,2% Eleito
Robson Duarte Espinola ARENA1 4.351 1,16% Eleito
Luiz Gonzaga de Miranda MDB 4.330 1,16% Eleito

192
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Freire
Aloisio Pereira Lima MDB 4.176 1,12% Eleito
Silvio Pélico Porto ARENA1 4.168 1,12% Suplente
Francisco de Assis Camelo ARENA2 4.156 1,11% Eleito
Orlando Cavalcanti de Melo MDB 4.045 1,08% Eleito
Antonio Leite Montenegro ARENA1 4.032 1,08% Suplente
Balduino Minervino de
MDB 3.988 1,07% Eleito
Carvalho
José Leite de Souza ARENA1 3.864 1,03% Suplente
Nominando Muniz Diniz ARENA1 3.846 1,03% Não Eleito
José Soares de Figueiredo MDB 3.802 1,02% Eleito
José Alves de Lira MDB 3.798 1,02% Suplente
Diógenes de Morais Martins ARENA1 3.774 1,01% Não Eleito
Nivaldo de Farias Brito ARENA2 3.744 1% Eleito
José Edmar Estrela ARENA1 3.642 0,97% Não Eleito
Ceslau Gadelha MDB 3.629 0,97% Suplente
Desmoulins Wanderley de
MDB 3.612 0,97% Suplente
Farias
Antonio de Padua Ferreira de
ARENA1 3.555 0,95% Não Eleito
Carvalho
Sigismundo Souto Maior ARENA1 3.550 0,95% Não Eleito
Severino Cabral de Souza ARENA2 3.426 0,92% Não Eleito
Severino Ismael de Oliveira ARENA1 3.420 0,92% Não Eleito
Epitacio Vieira de Queiroga MDB 3.350 0,9% Não Eleito
Waldir dos Santos Lima ARENA1 3.320 0,89% Não Eleito
Ronald Queiroz Fernandes MDB 3.149 0,84% Não Eleito
Janduhy Suassuna Saldanha MDB 3.104 0,83% Não Eleito
Orlando Venancio dos Santos MDB 3.052 0,82% Não Eleito
João Franco da Costa ARENA1 3.047 0,82% Não Eleito
João Cabral Batista ARENA2 3.032 0,81% Não Eleito
Leu Palmeira MDB 3.031 0,81% Não Eleito
Euvaldo da Silva Brito ARENA2 2.970 0,8% Não Eleito
Romero Abdon Queiroz da
MDB 2.934 0,79% Não Eleito
Nóbrega
João Gadelha de Oliveira ARENA1 2.859 0,77% Não Eleito

193
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Dr Bosco ARENA1 2.836 0,76% Não Eleito
Rui de Andrade Gouveia MDB 2.749 0,74% Não Eleito
Aurelio de Miranda Leite MDB 2.685 0,72% Não Eleito
Abdiel de Sousa Rolim ARENA2 2.552 0,68% Não Eleito
Pedro Bonifacio de Araújo MDB 2.543 0,68% Não Eleito
Balduino Lelis de Farias MDB 2.509 0,67% Não Eleito
Antônio Alves Pimentel ARENA1 2.508 0,67% Não Eleito
Abdias da Mata Ribeiro MDB 2.506 0,67% Não Eleito
Tercilio Teixeira da Cruz ARENA1 2.482 0,66% Não Eleito
Noaldo Moreira Dantas ARENA2 2.459 0,66% Não Eleito
Francisco Aldo da Silva ARENA1 2.431 0,65% Não Eleito
João Jerônimo da Costa MDB 2.376 0,64% Não Eleito
Sebastião Alves Lins ARENA1 2.269 0,61% Não Eleito
Agamenon da Cunha Lima ARENA2 2.186 0,59% Não Eleito
Osvaldo Bezerra Cascudo ARENA1 2.146 0,57% Não Eleito
José Rodrigues Lustosa ARENA2 2.090 0,56% Não Eleito
Ronaldo Romero Rangel MDB 1.974 0,53% Não Eleito
José Pereira do Nascimento MDB 1.915 0,51% Não Eleito
Francisco Rosado Maia MDB 1.871 0,5% Não Eleito
Manuel Angelo da Silva ARENA2 1.831 0,49% Não Eleito
Jacinto Dantas Filho ARENA2 1.792 0,48% Não Eleito
Amaury Araújo de Vasconcelos ARENA1 1.779 0,48% Não Eleito
Inácio José Feitosa MDB 1.768 0,47% Não Eleito
Manoel Gonçalo de Oliveira MDB 1.695 0,45% Não Eleito
Acrisio Félix Vieira ARENA2 1.692 0,45% Não Eleito
Genésio Soares de Carvalho ARENA2 1.671 0,45% Não Eleito
Manuel Joaquim Barbosa MDB 1.459 0,39% Não Eleito
Eligio Martins de Araújo ARENA2 1.251 0,33% Não Eleito
Otacilio Jurema MDB 1.136 0,3% Não Eleito
Antonio Aurelio Teixeira de
ARENA1 1.011 0,27% Não Eleito
Carvalho
Pedro Salvino de Farias ARENA2 1.009 0,27% Não Eleito
José Roberto Braga MDB 1.008 0,27% Não Eleito
Severino José de Souza ARENA2 875 0,23% Não Eleito
Euclides Rodrigues de Lima ARENA2 829 0,22% Não Eleito

194
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Durval Lins de Albuquerque ARENA1 758 0,2% Não Eleito
Messias Pessoa da Silva ARENA1 725 0,19% Não Eleito
Francisco Gonçalves da Silva ARENA1 723 0,19% Não Eleito
João Holanda Cavalcanti Filho ARENA1 668 0,18% Não Eleito
Manuel Barbosa da Silva ARENA2 505 0,14% Não Eleito
Francisco Troccoli ARENA2 352 0,09% Não Eleito
Evaristo Inocencio da Silva ARENA1 342 0,09% Não Eleito
José Cartaxo Andriola ARENA1 315 0,08% Não Eleito
Benjamim Targino Maranhão MDB 3 0% Não Eleito
João Nogueira de Arruda MDB 2 0% Não Eleito
Votos brancos 26.801
Votos nulos 10.723
Total apurado 411.084
Fonte: TRE/PB – Resultado da eleição para deputado estadual/1966.

Legenda:
ARENA2 - Aliança Renovadora Nacional 2
MDB - Movimento Democrático Brasileiro
ARENA1 - Aliança Renovadora Nacional 1

Em síntese, Egidio Madruga foi releito deputado estdual pela Arena e Ceslau
Gadelha, ficou suplente pelo MDB, tendo posteriormente assumido o mandato de deputado
estadual na Casa de Epitácio Pessoa. Na eleição para deputado federal de 1966, a
agroindústria conseguiu eleger dois deputados, Renato Ribeiro Coutinho e Fláviano Ribeiro
Coutinho Filho, conforme segue a transcrição dos resultados finais do mencionado pleito:

Cargo: Deputado Federal


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
José Janduhy Carneiro MDB 26.909 7,32% Eleito
Humberto Coutinho de
MDB 24.778 6,74% Eleito
Lucena
Pedro Moreno Gondim ARENA 24.563 6,68% Eleito
Francisco Teotonio Neto ARENA 23.976 6,52% Eleito
Renato Ribeiro Coutinho ARENA 20.888 5,68% Eleito
Wilson Braga ARENA 20.815 5,66% Eleito
Flaviano Ribeiro Coutinho
ARENA 18.890 5,14% Eleito
Filho

195
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Federal


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Ernani Ayres Sátyro e Sousa ARENA 18.124 4,93% Eleito
Petronio Ramos de Figueiredo MDB 17.809 4,84% Eleito
Monsenhor Manuel Vieira ARENA 17.737 4,82% Eleito
Vital do Rêgo ARENA 16.386 4,45% Eleito
Milton Bezerra Cabral ARENA 16.323 4,44% Suplente
Bivar Olyntho de Melo e Silva MDB 15.239 4,14% Eleito
Plínio Lemos ARENA 15.043 4,09% Suplente
José de Paiva Gadelha MDB 13.169 3,58% Eleito
Joacil de Brito Pereira ARENA 12.937 3,52% Suplente
Osmar de Araújo Aquino MDB 12.335 3,35% Suplente
Jacob Guilherme Frantz ARENA 10.498 2,85% Não Eleito
Luiz da Costa Araújo
ARENA 10.400 2,83% Não Eleito
Bronzeado
João Fernandes de Lima MDB 10.306 2,8% Suplente
Antonio D'avila Lins MDB 7.071 1,92% Suplente
Antonio Nominando Diniz ARENA 6.568 1,79% Não Eleito
Arnaldo Bezerra Lafayette MDB 5.135 1,4% Não Eleito
Claudio Santa Cruz Costa MDB 1.930 0,52% Não Eleito
Praxedes Pitanga MDB 13 0% Não Eleito
Votos brancos 32.562
Votos nulos 10.687
Total apurado 411.091
Fonte:TRE/PB-Deputado Federal/1966.

Legenda:
ARENA - Aliança Renovadora Nacional
MDB - Movimento Democrático Brasileiro

Enfatizamos de que o prefeito Heraldo Gadelha foi o sucessor do prefeito Antônio


Teixeira e que em 31 de janeiro de 1969, o mesmo Antônio Teixeira o sucedeu no cargo de
prefeito eleito pela segunda vez, conforme resultado final eleitoral da eleição de 15 de
novembro de 1968, já no regime militar de 1964, através do voto popular e secreto, tendo
como companheiro de chapa o vice prefeito Carlos Antônio de Morais Santana, pela Arena-
Aliança Renovadora Nacional, partido da situação do então regime. Segue transcrição dos
resultados finais da referida eleição:

196
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Prefeito
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Antônio Aurélio Teixeira de
Carvalho
ARENA 3.462 100% Eleito
Vice Prefeito: Carlos Antônio
de Morais Santana
Total apurado 3.462
Eleitorado 13.077
Abstenção 9.615 73,53%
Fonte: TRE/PB – Resultado final para prefeito em Santa Rita/1968.

O TRE/PB informa que “temos apenas o registro histórico dos candidatos eleitos
nessa eleição”, a de 15 de novembro de 1968. Assim sendo, mencionamos de que foram
candidatos a prefeito de Santa Rita naquele pleito: Antônio Joaquim de Morais e Antônio de
Pádua Gomes Pereira/ARENA1; Antônio Aurélio Teixeira de Carvalho e Carlos Antônio de
Morais Santana/ARENA2; Reginaldo Pereira da Costa e José Lins de Albuquerque/MDB1;
Milton Ferraz de Medeiros e Aécio Flávio Farias de Barros/MDB2; e Severino Maroja e Olirio
Rodrigues/MDB3. É de suma importância mencionar de que a partir do regime militar de
1964 para cá quem vota no candidato a prefeito, vota obrigatoriamente no vice prefeito. É
a regra dominante no sistemam eleitoral brasileiro para os cargos eletivos majoritários,
inclusive depois da redemocratização advinda a partir de Carta Magna Nacional de 1988.
O eleitorado livre de Santa Rita compareceu as urnas em 15 de novembro de 1968 e
elegeu os seguintes vereadores dentre os demais candidatos ao referido cargo:

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Everaldo José de Medeiros
ARENA 668 7,75% Eleito
Cantalice
Aureliano Olegário da
ARENA 561 6,51% Eleito
Trindade
José Batista do Nascimento ARENA 457 5,3% Eleito
Oildo Soares MDB 454 5,27% Eleito
João Alves da Silva MDB 433 5,02% Eleito
Israel Correia Diniz MDB 393 4,56% Eleito
Débora Soares de Araújo ARENA 391 4,54% Eleito
Antônio de Padua Gomes
ARENA 371 4,3% Eleito
Pereira
Anibal Limeira MDB 331 3,84% Eleito
Joaquim Dias ARENA 305 3,54% Suplente
Clovis Madruga ARENA 272 3,16% Suplente

197
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Ernani Inácio da Silva ARENA 271 3,14% Suplente
Euclides de Souza MDB 271 3,14% Suplente
Wille Magalhães MDB 263 3,05% Suplente
Severino Tomaz MDB 260 3,02% Suplente
Antonio R. Jordão MDB 247 2,87% Suplente
Manoel Targino ARENA 209 2,43% Suplente
Manoel Luiz de Franca ARENA 198 2,3% Suplente
João Gadelha MDB 194 2,25% Suplente
Heronides Ancores MDB 186 2,16% Suplente
Marcos Brandão ARENA 180 2,09% Suplente
Arnaldo da Silva ARENA 173 2,01% Suplente
Severino M. Dias ARENA 172 2% Suplente
Aderbal Machado ARENA 168 1,95% Suplente
Oton Pedroza MDB 159 1,84% Suplente
Manoel Lins MDB 126 1,46% Suplente
José Padilha MDB 123 1,43% Suplente
Gediel de Araújo MDB 116 1,35% Suplente
Antonio E. Pessoa MDB 111 1,29% Suplente
José Barbosa Hardman ARENA 100 1,16% Suplente
João Teotonio ARENA 90 1,04% Suplente
José R. dos Santos MDB 90 1,04% Suplente
José Gomes Filho MDB 83 0,96% Suplente
Manoel Paulino MDB 70 0,81% Suplente
Anezio A. de Miranda ARENA 69 0,8% Suplente
Humberto Viegas ARENA 53 0,61% Suplente
Total apurado 8.618
Eleitorado 13.077
Abstenção 4.459 34,1%
TRE/PB – Resultados da eleição para vereador em Santa Rita/1968.

Legenda:
ARENA - Aliança Renovadora Nacional
MDB - Movimento Democrático Brasileiro

Segundo o site do TRE/PB (1970) “em 03/10/1970 realizaram-se eleições indiretas


para Governador e Vice-governador, escolhidos pelos membros da Assembléia Legislativa

198
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

do Estado, na sessão do dia 3 de outubro de 1970; para Governador foi escolhido o Sr.
Ernâni Ayres Sátyro e Souza e Vice-governador o Sr. Clóvis Bezerra Cavalcanti para o
período de 1971 a 1975”. Enquanto isso o Regime Militar de 1964, mesclava o poder
político autoritário abrindo mão para que o povo fosse as urnas eleger na Paraíba o
senador Milton Bezerra Cabral/Arena e o suplene de senador Flaviano Ribeiro Coutinho
Filho; o senador Domicio Gondim Barreto e o suplente de senador José Medeiros Vieira. E
além do mais “democraticamente” deputados federais e deputados estaduais em 15 de
novembro de 1970, conforme os seguintes resultados finais:

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Múcio Satiro Wanderley ARENA 22.633 5,78% Eleito
Edme Tavares de
ARENA 13.505 3,45% Eleito
Albuquerque
Jonas Leite Chaves ARENA 12.899 3,3% Eleito
José Lacerda ARENA 12.280 3,14% Eleito
Inacio Bento de Morais ARENA 11.677 2,98% Eleito
Eilzo Matos ARENA 11.260 2,88% Eleito
Edivaldo Fernandes Mota ARENA 11.144 2,85% Eleito
Orlando Augusto César de
MDB 10.628 2,71% Eleito
Almeida
Francisco de Assis Camelo ARENA 10.371 2,65% Eleito
Americo Sergio Maia ARENA 9.831 2,51% Eleito
José Afonso Gayoso de Souza MDB 9.529 2,43% Eleito
Francisco Pereira Vieira ARENA 9.439 2,41% Eleito
Inácio Pedrosa Sobrinho MDB 9.373 2,39% Eleito
Ananias Pordeus Gadelha MDB 9.282 2,37% Eleito
Waldir Lyra dos Santos Lima ARENA 8.575 2,19% Eleito
Egídio da Silva Madruga ARENA 8.552 2,18% Eleito
Laercio Pires de Souza MDB 8.383 2,14% Eleito
Luiz Ferreira Barros ARENA 8.099 2,07% Eleito
José Alves de Lira MDB 7.684 1,96% Eleito
José Fernandes de Lima MDB 7.629 1,95% Eleito
Rui de Andrade Gouveia MDB 7.576 1,94% Eleito
Jader Soares Pimentel ARENA 7.263 1,86% Eleito
Euvaldo da Silva Brito ARENA 7.045 1,8% Eleito
Sebastião Calixto de Araújo MDB 6.877 1,76% Eleito
Everaldo da Costa Agra ARENA 6.453 1,65% Suplente
Julião Ferreira da Silva ARENA 6.275 1,6% Suplente

199
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Adonis de Aquino Araújo MDB 6.207 1,59% Suplente
Gil Galdino ARENA 6.202 1,58% Suplente
Lourival Caetano Alves de
MDB 6.139 1,57% Suplente
Lima
Hélio Nobrega Zenaide ARENA 6.042 1,54% Suplente
Nominando Diniz Neto ARENA 6.032 1,54% Suplente
Elson da Cunha Lima MDB 5.994 1,53% Suplente
José Leite de Souza ARENA 5.813 1,48% Suplente
Avelino Elias de Queiroga MDB 5.737 1,47% Suplente
Balduino Minervino de
MDB 5.683 1,45% Suplente
Carvalho
José Pereira da Costa ARENA 5.665 1,45% Suplente
Francisco Muniz de Medeiros MDB 5.528 1,41% Suplente
José Soares de Figueiredo MDB 5.247 1,34% Suplente
Luiz Gonzaga de Miranda
MDB 5.165 1,32% Suplente
Freire
Helio ARENA 5.094 1,3% Suplente
Osvaldo Geminiano Pessoa
MDB 5.071 1,3% Suplente
Jurema
João Batista de Lima Brandão ARENA 5.063 1,29% Suplente
Antonio Batista Santiago ARENA 5.038 1,29% Suplente
Firu MDB 4.900 1,25% Não Eleito
José de Arimatéia Rodrigues
ARENA 4.838 1,24% Suplente
de Amorim
Severino Cabral de Sousa ARENA 4.761 1,22% Suplente
Nivaldo de Farias Brito ARENA 4.445 1,14% Suplente
José Mariano da Silva ARENA 3.979 1,02% Suplente
Heraldo Gadelha MDB 3.949 1,01% Não Eleito
Vital Maria Ribeiro ARENA 3.306 0,84% Suplente
Manuel Joaquim Barbosa MDB 3.062 0,78% Não Eleito
Rafael Manuel dos Santos ARENA 2.476 0,63% Não Eleito
Messias Pessoa da Silva ARENA 1.413 0,36% Não Eleito
Miguel Brilhante de Sousa MDB 823 0,21% Não Eleito
Francisco de Albuquerque
MDB 527 0,13% Não Eleito
Montenegro
João Virginio Acioly ARENA 520 0,13% Não Eleito

200
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Antonio Tancredo de
ARENA 494 0,13% Não Eleito
Carvalho
Euclides Rodrigues de Lima ARENA 487 0,12% Não Eleito
Nominando Muniz Diniz ARENA 195 0,05% Suplente
João Cabral Batista ARENA 192 0,05% Não Eleito
José Ribeiro de Farias MDB 190 0,05% Não Eleito
Newton Meira Pacheco MDB 182 0,05% Não Eleito
Rildo Cavalcanti Fernandes MDB 141 0,04% Não Eleito
José Augusto da Silva Galvão MDB 110 0,03% Não Eleito
Rogerio Martins Costa ARENA 105 0,03% Não Eleito
Ramalho Leite ARENA 102 0,03% Não Eleito
Evandro Gonçalves de
ARENA 97 0,02% Não Eleito
Abrantes
João Juarecy Palhano Freire ARENA 76 0,02% Não Eleito
Benjamin Gomes Maranhão MDB 75 0,02% Não Eleito
Luiz Geris de Oliveira MDB 37 0,01% Não Eleito
Votos brancos 52.287
Votos nulos 27.574
Total apurado 471.325
Eleitorado 630.584
Abstenção 159.259 25,26%

Legenda:
MDB - Movimento Democrático Brasileiro
ARENA - Aliança Renovadora Nacional

Novamente foram candidatos de Santa Rita para deputado estadual em 15 de


novembro de 1970, Egidio Silva Madrgua, que foi eleito e Heraldo da Costa Gadelha, que
não foi eleito, apesar de ser o mais votado no solo santaritense. Enquanto isso, nenhum
candidato a deputado federal originário de Santa Rita se aventurou naquele pleito. O
eleitoral local votou nos candidatos de fora por falta de prata da casa, nem a agroindústria
se aventurou em apresentar seus naturais candidatos de origem familiar para se manter no
quero, posso e mando do ramerame da política da várzea do Paraíba, mera hegemonia do
poder patriarcal eleitoral do voto de cabresto em via de extinção. O eleitorado de Santa
Rita escolheu seus deputados federais dentre os seguintes:

201
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Federal


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Antonio Marques da Silva
ARENA 59.434 15,77% Eleito
Mariz
Alvaro Gaudencio Filho ARENA 44.893 11,91% Eleito
Marcondes Gadelha MDB 43.532 11,55% Eleito
Wilson Braga ARENA 43.055 11,42% Eleito
Francisco Teotonio Neto ARENA 34.147 9,06% Eleito
José Janduhy Carneiro MDB 33.240 8,82% Eleito
Claudio de Paiva Leite ARENA 29.660 7,87% Eleito
Plínio Lemos ARENA 26.635 7,07% Suplente
Petronio Ramos de
MDB 23.716 6,29% Eleito
Figueiredo
João Fernandes de Lima MDB 22.104 5,87% Suplente
Renaldo Rangel MDB 5.737 1,52% Suplente
Archimedes Cavalcanti ARENA 5.001 1,33% Suplente
Claudio Santa Cruz Costa MDB 4.023 1,07% Suplente
Manuel Alexandrino Leite ARENA 568 0,15% Suplente
Benedito Moraes de Souto MDB 567 0,15% Não Eleito
Pedro Ventura Nitão MDB 556 0,15% Não Eleito
Votos brancos 66.279
Votos nulos 27.036
Total apurado 470.183
Eleitorado 630.584
Abstenção 160.401 25,44%
Fonte: TRE/PB Deputados Federais/eleição/1970.

Legenda:
MDB - Movimento Democrático Brasileiro
ARENA - Aliança Renovadora Nacional

Nas eleições de 15 de novembro de 1972, foi eleito prefeito Antônio Joaquim de


Morais e vice prefeito Joaquim Dias Ramos, ambos da Arena/1. Para se melhor ter uma
visão do clima eleitoral de nossa cidade, diante da insegurança do operariado não ter mais
a sua fonte garantida de emprego fora do plantio e do corte de cana de açúcar, levando-se
em consideração, que foi nesta época que a CTP – Companhia de Tecidos Paraibana,
iniciou o seu processo de falência, fechando sua linha de produção, uma vez que não
modernizou-se e o desespero entre os operários e seus familiares era de cortar coração.
Citamos de que o candidato a prefeito Heraldo da Costa Gadelha, era o advogado dos
operários, porém, foi naquele pleito chantageado com um boletim anônimo, reproduzindo o

202
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

teor de um bilhete, distribuído no comício de encerramento da campanha eleitoral em


Santa Rita, afirmando que ele teria enviado à direção da CTP, com o seguinte teor: “[...]
Odilon, não se preocupe, porque quanto aos operários, eu controlarei-os ao meu modo...”,
apresentava uma assinatura semelhante a do referido candidato e isso foi à gota d’água da
classe operária ficar com uma mosca atrás de orelha. Por isso perdeu aquela eleição, até o
presente momento ninguém provou sua veracidade judicialmente. Infelizmente a boataria
do disse me disse, do falso testemunho prevaleceu e incenciou a população operária e
carente que se via agora traída por seu principal líder, advogado e defensor. O certo é que
os adversários deitaram e rolaram com o conteúdo do suposto bilhete. O tempo passou
ninguém nunca descobriu o seu verdadeiro autor. Quando apuradas as urnas da eleição
para prefeito/1972 de Santa Rita vieram os seguintes resultados:

Cargo: Prefeito
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Heraldo Gadelha
Vice Prefeito: Aercio Flávio MDB 5.057 46,88% Não Eleito
Farias de Barros
Morais
ARENA1 3.042 28,2% Eleito
Vice Prefeito: Joaquim Dias
Aureliano Olegário da
Trindade
ARENA2 2.689 24,93% Não Eleito
Vice Prefeito: Mario
Rodrigues da Silva
Votos nulos 338
Votos brancos 234
Total apurado 11.360
Eleitorado 14.822
Abstenção 3.462 23,36%
Fonte: TRE/PB Resultados finais eleição para prefeito/Santa Rita/1972.

Legenda:
ARENA2 - Aliança Renovadora Nacional 2
ARENA1 - Aliança Renovadora Nacional 1
MDB - Movimento Democrático Brasileiro

O eleitorado consciene não acreditou no boletim, o candidato Heraldo da Costa


Gadelha, teve 5.057 votos, correspondente a 46,88% dos votos válidos, porém, o MDB –
Movimento Democrático Brasileiro local, confiou no veneno de seu tradicional líder, não
apresentou cândidos para o MDB2 e MDB3, as famosas sublegendas, que naquele pleito se
somavam entre si para dar a vitória ao candidato mais votado do MDB e ou da Arena. E foi
o que aconteceu, o candidato Antônio Joaquim de Morais/Arena1, obteve 3.042 votos,
correspondente a 28,2% dos votos válidos, somados com 2.689 votos, correspondente a
24,93% dos votos válidos obtidos por Aureliano Olegário da Trindade/2. Assim sendo, a
soma da Arena1 mais a Arena2, totalizaram 53,13% dos votos válidos da segunda zona

203
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

eleitoral, portanto, vitória do candidato Antônio Joaquim de Morais/Arena1, segundo os


resultados oficiais obtidos na Justiça Eleitoral. A sublegenda foi um arranjo eleitoral para
três candidatos de um só partido somar os votos e tomar a eleição do candidato único mais
votado da Arena e ou do MDB. Instrumento de exceção assim como o regime que o criou.
Assim reapareceu na política brasileira com o regime militar, a vitória de Pirro e que fez
muito estrago no solo pátria, a começar por Santa Rita, onde quem ganhou o pleito
municipal, perdeu diante do artifício eleitoral criado naquele tempo no sistema eleitoral.
A classe estudantil que criticava o Regime Militar de 1964, tinha medo de se
apresentar para disputar cargos eletivos, até porque a legislação proibiu que estudantes e
professores fizessem política partidário no ambiente acadêmico. Tudo era monitorado pelos
agentes de segurança nacional, sempre disfarçados de estudantes introjetados no meio dos
verdadeiros estudantes. Todos os dias os meios de comunicação: rádio, televisão, revista,
etc., noticiavam medidas punitivas contra qualquer pessoa e ou instituição que criticava o
regime ditatorial de então. Era o tempo de “Brasil” Ame-o ou deixe-o”. Mesmo assimo,
diante de perseguições diretas e indiretas contras lideranças estudantis e sindicais, jovens
sonhadores resolveram sair candidatos a vereador de Santa Rita na eleição de 15 de
novembro de 1972, conforme seguem os seguintes resultados finais:

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Débora Soares de Araújo ARENA 591 6,05% Eleito
Pereira da Saelpa ARENA 541 5,54% Eleito
Israel Correia Diniz MDB 480 4,92% Eleito
João Gadelha MDB 475 4,87% Eleito
Reginaldo de Freitas ARENA 471 4,82% Eleito
Francisco de Paula Melo
MDB 463 4,74% Eleito
Aguiar
Maroja MDB 456 4,67% Eleito
Marcos Antônio de Souza
ARENA 454 4,65% Eleito
Brandão
Anibal Limeira MDB 392 4,02% Eleito
Edson Guedes do Nascimento MDB 377 3,86% Suplente
Oildo Soares ARENA 319 3,27% Eleito
Antônio Rodrigues Jordão MDB 294 3,01% Suplente
Ernani Inácio da Silva ARENA 285 2,92% Suplente
Antônio Elias Pessoa Filho ARENA 284 2,91% Suplente
Gilvan Lopes MDB 279 2,86% Suplente
João de Souza Sobrinho ARENA 252 2,58% Suplente
Elieser Lourenço MDB 250 2,56% Suplente
Luiz Firmino de Garvalho MDB 233 2,39% Suplente
João Alves da Silva MDB 233 2,39% Suplente

204
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
José Elias Pererira ARENA 231 2,37% Suplente
Everaldo José de Medeiros
ARENA 221 2,26% Suplente
Cantalice
Luiz Carlos de Oliveira ARENA 221 2,26% Suplente
Clovis da Silva Madruga ARENA 219 2,24% Suplente
José Bonifácio do Nascimento ARENA 218 2,23% Suplente
Amaro José de Lima ARENA 212 2,17% Suplente
Antônio Cavalcanti dos
MDB 191 1,96% Suplente
Santos
Manuel Francisco Costa Filho ARENA 157 1,61% Suplente
Raimundo Rodrigues da Silva MDB 108 1,11% Suplente
João Ferreira dos Santos MDB 107 1,1% Suplente
Manuel Pereira de Santana ARENA 101 1,03% Suplente
Erivaldo Costa Araújo ARENA 98 1% Suplente
Manuel Cícero de Oliveira MDB 91 0,93% Suplente
João Francisco da Costa ARENA 89 0,91% Suplente
Geraldo Luiz de Vasconcelos ARENA 73 0,75% Suplente
João Evangelista Filho MDB 48 0,49% Suplente
Severino Ramos Coutinho ARENA 35 0,36% Suplente
Nércio Valério dos Santos MDB 19 0,19% Suplente
José Cavalcanti de Paiva MDB 5 0,05% Suplente
Legenda do MDB 127 1,3%
Legenda do ARENA 63 0,65%
Votos brancos 1.181
Votos nulos 417
Total apurado 11.361
Eleitorado 14.822
Abstenção 3.461 23,35%
Fonte: TRE/PB. Resultado final para vereador em Santa Rita/1972.

Legenda:
ARENA - Aliança Renovadora Nacional
MDB - Movimento Democrático Brasileiro
Em política, perseguir um homem não é apenas
engrandecê-lo, mas também justificar-lhe o
passado.
Honoré de Balzac

205
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

No dia 31 de Janeiro de 1973 a Câmara Municipal de Santa Rita/Paraíba, elegeu o


vereador Francisco de Paula Melo Aguiar/MDB/oposição/professor, empresário do ramo
educacional e estudante de Direito (Presidente); João da Costa
Gadelha/MDB/oposição/contabilista (Vice Presidente); Severino
Maroja/MDB/oposição/senhor de engenho (Primeiro Secretário); Marcos Antônio de Souza
Brandão/ARENA/situação/estudante de direito e empresário (Segundo Secretário);
Reginaldo de Freitas/ARENA/situação; empresário; José Pereira da Costa
Filho/ARENA/situação; funcionário público; Oíldo Soares/ARENA/situação/funcionário
público e estudante de medicina; Aníbal Limeira/MDB/oposição/funcionário público e
estudante de engenharia; e Israel Correia Diniz/MDB/oposição/funcionário público federal;
e Débora Soares de Araújo/ARENA/situação/professora e funcionária pública (que foi
substituída pelo suplente de vereador Ernani Inácio da Silva/ARENA/situação;agricultor),
para assumir a Secretaria Municipal de Educação e Cultura, depois que tomou
conhecimento da sentença proferida no MANDADO DE SEGURANÇA contra sua eleição de
Presidente da Câmara Municipal de Santa Rita que concedeu direito liquido e certo, isto é a
vitória ao Vereador Francisco de Paula Aguiar (MDB), conforme sentença proferida pelo
MM. Juiz de Direito Dr. José Rodrigues de Ataíde em 16 de abril de 1973 e confirmada pelo
Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba através do Acórdão proferido no AGRAVO DE
PETIÇÃO CÍVEL nº 1.027/73, tendo como Agravantes: O Juízo de Direito da Comarca de
Santa Rita e Débora Soares de Araújo e Agravado: Francisco de Paula Aguiar. O relator foi
o Exmo. Desembargador Luiz Pereira de Diniz, onde “[...] com essas razões, e em
harmonia com o parecer do Exmo. Procurador da Justiça, é que esta Câmara, por votação
unânime, nega provimento aos recursos para manter a sentença, que bem apreciou o
litígio e lhe deu decisão correta, restaurando um direito liquido e certo, violado
abusivamente pela impetrada. João Pessoa, 31 de Julho de 1973”. Seguem as assinaturas
do “Presidente, Relator, Membro e do Procurador da Justiça”(TJPB/AGRAVO nº 1.027,
1973).
Por analogia, cai como uma luva no caso em tela o pensamento de Nelson
Rodrigues, quando menciona que “Muitas vezes é a falta de caráter que decide uma
partida. Não se faz literatura, política e futebol com bons sentimentos...”, porém, o autor
do Mandado de Segurança por não aceitar a interpretação do Regimento Interno pela
Vereadora Débora Soares de Araújo e de sua bancada da ARENA/Aliança Renovadora
Nacional, partido dos governos: federal, estadual e municipal, naquele instante no Brasil,
na Paraíba e em Santa Rita, ao declarar-se “Presidente eleita e empossada da Câmara
Municipal de Santa Rita”, no dia 31 de janeiro de 1973. O povo enfurecido invadiu a
Câmara Municipal de Santa Rita contra a arbitrariedade cometida que arrancou o direito
liquido e certo do verdadeiro eleito por força da votação e do Regimento Interno elaborado
e aprovado em 6 de julho de 1949, pelos vereadores José Vitaliano de Carvalho Rocha,
Otávio de Souza Falcão, Plácido de Oliveira Lima, Oton de Carvalho Pedrosa, Antônio
Gomes Pereira, Antônio de Souza Nazário, Severino Rodrigues Paulista, Salomão de Lima
Macedo e Elisio Pereira Paiva, todos de saudosa memória, onde no parágrafo 1º, do artigo
5º (quinto) daquele diploma legal que determinava: “[...] § 1º - Verificando-se empate em
mais de dois nomes, somente os dois vereadores mais idosos poderão ser votados, e no
caso de se verificar votação igual entre os dois, será proclamado eleito o mais moço”
(Regimento, 1949), o que realmente aconteceu, a Vereadora Débora Soares, tinha idade
de ser mãe do Vereador Francisco Aguiar, ambos concorrentes a cargo de Presidente da
Câmara Municipal, em ambos os escrutínios. Portanto, o quebra-quebra aconteceu dentro
do Plenário da Câmara Municipal de Santa Rita na noite de 31 de janeiro de 1973, porque

206
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

tal princípio foi desrespeitado e rasgado por quem presidia a eleição da Mesa Diretora da
Câmara Municipal, atual Casa Antônio Teixeira. E o Poder Judiciário corrigiu o erro de
interpretação do Regimento, e até porque no dizer de Hubert H. Humphrey: “Errar é
humano. Culpar outra pessoa é política”, o que na realidade aconteceu no caso. Os ânimos
da política partidária em Santa Rita sempre foram e são exaltados de ponta a ponta, onde
os adversários botam defeitos de toda ordem em seus concorrentes, porque entendem que
em política feio é perder a eleição. A política é uma fonte de cobiça e de desrespeito aos
valores humanos, profissionais e morais dos concorrentes em si em qualquer parte do
mundo e aqui não é diferente. Isso não é coisa nova em nossa terra, na década de 70 do
século XX, aqui já existia essa herança maldita dos antepassados e das brigas sem motivos
aparentes. O prefeito eleito no pleito de 15 de novembro de 1972 e já empossa era Antônio
Joaquim de Morais (economista e contador) e o Vice Prefeito Joaquim Dias Ramos
(empresário do ramo de panificação), ambos pertencentes à ARENA-Aliança Renovadora
Nacional/situação e seguiam a orientação político do Deputado Egidio Silva Madruga
(advogado), enquanto o MDB/Movimento Democrático Brasileiro seguia a orientação do ex-
Vereador, ex-Deputado e ex-Prefeito Heraldo da Costa Gadelha (advogado), candidato
derrotado naquelas eleições em virtude da existência do instituto das sublegendas
implantas pelo Regime Militar de 1964, onde os dois partidos políticos: Arena e MDB, eram
transformados em seis partidos na prática. As sublegendas de ambos os partidos brigavam
internamente que parecia cachorro vira-lata a procura de “osso” para roer. É esta a
verdadeira história da eleição da Mesa Diretora do Poder Legislativo Municipal de Santa
Rita, realizada no dia 31 de janeiro de 1973 que elegeu o Vereador Francisco de Paula
Aguiar, seu Presidente, contada 40 (quarenta) anos depois para o conhecimento da
população de “Santa Rita, Sua História e Sua Gente”. Mencionamos que Aécio Flávio Farias
de Barros (in memorian) e Heraldo da Costa Gadelha foram os advogados que assinaram a
petição inicial do Mandado de Segurança, e até porque no dizer de Winston Churchil: “A
política é quase tão excitante como a guerra e não menos perigosa. Na guerra a pessoa só
pode ser morta uma vez, mas na política diversas vezes”, o que justifica a publicação
textual contando aquela eleição quarenta anos depois: 31 de janeiro de 1973 a 31 de
janeiro de 2013.
A história nacional registra que em 15 de março de 1974, o General Ernesto Geisel,
foi eleito Presidente e Adalberto Pereira dos Santos, Vice-presidente da república, através
de escolha indireta da Junta do Regime Militar/1964 então em vigor em sua fase de
endurecimento contra as conquistas democráticas. Em todo o país foram realizadas
eleições para senador, deputado federal e deputado estadual em 15 de novembro de 1974.
Assim sendo, aconteceram eleições em todos os municípios da Paraíba, dentre os quais em
Santa Rita. Na Paraíba o eleitorado elegeu senador Ruy Carneiro pelo MDB, partido de
oposição a Arena, o partido do então regime militar. Foram os seguintes resultados
eleitorais finais:

Cargo: Senador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Ruy Carneiro
151 Suplente Senador: Ivandro MDB 297.780 51,66% Eleito
Moura Cunha Lima

207
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Senador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Aluisio Afonso Campos
111 Suplente Senador: Clovis ARENA 278.590 48,34% Não eleito
Bezerra Cavalcanti
Votos brancos 37.668
Votos nulos 28.535
Total apurado 642.573
Fonte: TRE/PB/Eleição para o Senado/1974.

Para deputado federal em 15 de novembro de 1974, Santa Rita não teve candidatos
prata da casa concorrendo. Continuava o bipartidarismo implantado pelo Regime Militar de
1964. Os resultados finais da referida eleição foram:

Cargo: Deputado Federal


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
1101 Wilson Braga ARENA 61.151 12,91% Eleito
Antonio Marques da Silva
1102 ARENA 52.632 11,11% Eleito
Mariz
Humberto Coutinho de
1501 MDB 47.483 10,03% Eleito
Lucena
1502 Marcondes Gadelha MDB 41.179 8,7% Eleito
1103 Ademar Pereira Vieira ARENA 35.238 7,44% Eleito
Petronio Ramos de
1503 MDB 32.651 6,89% Eleito
Figueiredo
1104 Francisco Teotonio Neto ARENA 27.949 5,9% Eleito
1105 Maurício Brasilino Leite ARENA 27.812 5,87% Eleito
1504 José Janduhy Carneiro MDB 25.006 5,28% Eleito
1107 Antonio da Costa Gomes ARENA 23.719 5,01% Eleito
1108 Plínio Lemos ARENA 20.893 4,41% Suplente
1106 Alvaro Gaudencio Filho ARENA 20.104 4,25% Eleito
1109 Claudio de Paiva Leite ARENA 18.692 3,95% Suplente
1110 Raimundo Asfora ARENA 13.893 2,93% Suplente
1505 Otacilio Nóbrega de Queiroz MDB 6.759 1,43% Suplente
1507 Claudio Santa Cruz Costa MDB 3.618 0,76% Suplente
1506 Arnaldo Bezerra Lafayette MDB 1.887 0,4% Suplente
Alan Kardec de Oliveira
1508 MDB 891 0,19% Suplente
Franco

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Federal


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
1111 Manuel Alexandrino Leite ARENA 873 0,18% Suplente
1112 Benedito Geraldo Maia ARENA 675 0,14% Suplente
Legenda do ARENA 7.205 1,52%
Legenda do MDB 3.272 0,69%
Votos brancos 60.890
Votos nulos 34.761
Total apurado 569.233
Fonte: TRE/PB – Eleição deputado federal/1974.

Legenda:
MDB - Movimento Democrático Brasileiro
ARENA - Aliança Renovadora Nacional

O eleitorado paraibano escolheu seus deputados estaduais em 15 de novembro de


1974. Em Santa Rita apareceu como candidatos aqui residentes e eleitores da terra: Egidio
Silva Madruga/Arena, eleito porque teve votação confirmada em Taperoá e em outros
municípios importantes, totalizando 9.813 votos; Heraldo da Costa Gadelha/MDB, suplente
com 6.458 votos; Aécio Flávio Farias de Farias/MDB, suplente com 2.891 votos; e o
segundo secretário da Câmara Municipal de Santa Rita, vereador Marcos Antônio de Souza
Brandão/Arena jovem, ficou suplente com 1.346 votos. O MDB de Santa Rita rachou e
nunca mais se unificou a partir das eleições de 1974 em nossa terra, tendo em vista que o
criador das ideais democráticas e parternalistas (Heraldo Gadelha) perdeu a eleição de
deputado estadual, porque a sua cria política (Aécio Farias), resolveu enfrentá-lo naquele
pleito à Casa de Epitácio Pessoa. O saldo foi que ambos perderam a eleição e nunca mais
foram correligionários políticos. Os resultados finais para deputado estadual na Paraíba em
1974 foram os seguintes:

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
11001 Enivaldo Ribeiro ARENA 15.156 3,12% Eleito
Edme Tavares de
11003 ARENA 14.661 3,02% Eleito
Albuquerque
11002 Evaldo Gonçalves de Queiroz ARENA 13.355 2,75% Eleito
11004 José Lacerda ARENA 13.060 2,69% Eleito
11006 Ramalho Leite ARENA 11.898 2,45% Eleito
11008 Inacio Bento de Morais ARENA 11.886 2,45% Eleito
11010 Antonio Nominando Diniz ARENA 11.555 2,38% Eleito
11005 Francisco Soares de Sá ARENA 11.180 2,31% Eleito

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
11013 José Soares Madruga ARENA 10.927 2,25% Eleito
11007 Francisco de Assis Camelo ARENA 10.515 2,17% Eleito
11011 João Juracy Palhano Freire ARENA 10.515 2,17% Eleito
11014 Ananias Pordeus Gadelha ARENA 10.510 2,17% Eleito
11009 Francisco Pereira Vieira ARENA 10.427 2,15% Eleito
11015 Waldir dos Santos Lima ARENA 10.154 2,09% Eleito
11016 Americo Sergio Maia ARENA 10.049 2,07% Eleito
11018 Antonio Leite Montenegro ARENA 9.980 2,06% Eleito
11012 Egídio da Silva Madruga ARENA 9.813 2,02% Eleito
Paulo de Tarso Benevides
15004 MDB 9.488 1,96% Eleito
Gadelha
Orlando Augusto César de
15005 MDB 9.378 1,93% Eleito
Almeida
15001 Inácio Pedrosa Sobrinho MDB 9.357 1,93% Eleito
15008 João Bosco Braga Barreto MDB 9.158 1,89% Eleito
15002 José Alves de Lira MDB 9.076 1,87% Eleito
Antonio Waldir Bezerra
15009 MDB 8.800 1,81% Eleito
Cavalcanti
15003 Rui de Andrade Gouveia MDB 8.609 1,78% Eleito
Padre Levi Rodrigues de
15007 MDB 8.494 1,75% Eleito
Oliveira
11019 Luiz Ferreira Barros ARENA 8.459 1,74% Eleito
15006 José Fernandes de Lima MDB 8.385 1,73% Eleito
15010 Laercio Pires de Souza MDB 8.191 1,69% Eleito
15012 Francisco Muniz de Medeiros MDB 7.856 1,62% Suplente
11023 Severino Pereira Gomes ARENA 7.309 1,51% Suplente
11024 Telino ARENA 7.247 1,49% Suplente
15011 Gustavo Amorim da Costa MDB 7.199 1,48% Eleito
11017 Manoel Gaudencio ARENA 6.852 1,41% Eleito
11020 Edivaldo Fernandes Mota ARENA 6.840 1,41% Eleito
15017 Firu MDB 6.626 1,37% Suplente
15014 Heraldo Gadelha MDB 6.458 1,33% Suplente
11022 Socrates Pedro ARENA 6.436 1,33% Eleito
John Johnson Gonçalves
11027 ARENA 6.406 1,32% Suplente
Dantas de Abrantes
15013 Alvaro Andrea Magliano MDB 6.361 1,31% Suplente

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Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
11021 Nilo Feitosa Ventura Mayer ARENA 6.160 1,27% Eleito
11025 Vicente Claudino Pontes ARENA 5.976 1,23% Suplente
11028 Jader Soares Pimentel ARENA 5.798 1,2% Suplente
15016 Pedro Pascoal de Oliveira MDB 5.676 1,17% Suplente
11029 Eilzo Matos ARENA 5.440 1,12% Suplente
15015 José Afonso Gayoso de Sousa MDB 5.358 1,1% Suplente
15018 Sebastião Calixto de Araújo MDB 5.124 1,06% Suplente
Balduino Minervino de
11031 ARENA 5.046 1,04% Suplente
Carvalho
11026 Euvaldo da Silva Brito ARENA 5.016 1,03% Suplente
11032 Julião Ferreira da Silva ARENA 4.837 1% Suplente
15020 José de Souza Morais MDB 4.615 0,95% Suplente
11030 Everaldo da Costa Agra ARENA 4.339 0,89% Suplente
15019 Maria MDB 4.149 0,86% Suplente
15021 Rildo Cavalcanti Fernandes MDB 3.690 0,76% Suplente
15022 Adão Eulampio da Silva MDB 3.603 0,74% Suplente
11033 José Marconi de Andrade ARENA 2.896 0,6% Suplente
15023 Aercio Flávio Farias de Barros MDB 2.891 0,6% Suplente
15024 Agamenon da Cunha Lima MDB 2.684 0,55% Suplente
11036 Moisés Lyra Braga ARENA 2.454 0,51% Suplente
11034 Enock Pelágio ARENA 2.443 0,5% Suplente
11039 Brauner Amorim Arruda ARENA 1.869 0,39% Suplente
11038 Salvino de Oliveira Filho ARENA 1.862 0,38% Suplente
15025 Durval Dias da Silva MDB 1.737 0,36% Suplente
Ofélia Gondim Pessoa de
11040 ARENA 1.609 0,33% Suplente
Figueiredo
11041 Noaldo Moreira Dantas ARENA 1.569 0,32% Suplente
11035 Souto Maior ARENA 1.412 0,29% Suplente
Marcos Antônio de Souza
11042 ARENA 1.346 0,28% Suplente
Brandão
11037 Nivaldo de Farias Brito ARENA 1.335 0,28% Suplente
15026 João Mangueira Neto MDB 1.317 0,27% Suplente
15027 Abdias Olímpio Silva MDB 1.271 0,26% Suplente
11043 Messias Pessoa da Silva ARENA 1.091 0,22% Suplente
11044 Bartolomeu Marinardo de ARENA 1.086 0,22% Suplente

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Souza Fonseca
15028 Doutor Abel MDB 880 0,18% Suplente
15029 Sóter de Farias Carvalho MDB 842 0,17% Suplente
José de Arimatéia Rodrigues
11045 ARENA 737 0,15% Suplente
de Amorim
15030 Geraldo Vieira da Costa MDB 493 0,1% Suplente
15031 Edvaldo Lindolfo da Silva MDB 458 0,09% Suplente
15032 Radiel Bezerra Cavalcanti MDB 308 0,06% Suplente
11046 Gilberto Nabot Vieira ARENA 247 0,05% Suplente
15033 João Belizio de Araújo MDB 246 0,05% Suplente
15034 Antônio Pedro dos Santos MDB 136 0,03% Suplente
15035 Manoel Gonçalo de Oliveira MDB 110 0,02% Suplente
11047 Hermes Ferreira Ramos ARENA 102 0,02% Suplente
Legenda do MDB 3.583 0,74%
Legenda do ARENA 2.543 0,52%
Votos brancos 43.047
Votos nulos 33.538
Total apurado 561.595
Fonte: TRE/PB -= Eleição deputado estadual/1974.

Legenda:
MDB - Movimento Democrático Brasileiro
ARENA - Aliança Renovadora Nacional

O Regime Militar que dominava o Brasil desde 1964, fez realizar eleições para
prefeito e para vereador em todo o território nacional em 15 de novembro de 1976, a
exemplo das eleições anteriores, com excessão dos prefeitos das cidades consideradas de
áreas de segurança nacional e das capitais dos estados membros. Assim sendo, Hermano
Augusto de Almeida, foi nomeado em 24 de março de 1975, prefeito de João Pessoa, cujo
mandato terminou em 26 de março de 1979.
O eleitorado santaritense compareceu as urnas em 15 de novembro de 1976 e
decidiu para prefeito o seguinte:

Cargo: Prefeito
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Marcus Odilon
ARENA3 4.919 37,5% Eleito
Vice Prefeito: Aureliano

212
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Prefeito
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Olegário da Trindade
Heraldo Gadelha
Vice Prefeito: José Lins de MDB1 4.342 33,1% Não Eleito
Albuquerque
Antonio Aurelio Teixeira de
Carvalho
ARENA2 1.533 11,69% Não Eleito
Vice Prefeito: Antônio Elias
Pessoa
Joaquim Dias
Vice Prefeito: Antonio de ARENA1 1.509 11,5% Não Eleito
Padua Gomes Pereira
Israel Correia Diniz
Vice Prefeito: Francisco de MDB3 558 4,25% Não Eleito
Assis Limeira
Ceslau Gadelha MDB2 257 1,96% Não Eleito
Votos nulos 593
Votos brancos 361
Total apurado 14.072
Eleitorado 18.883
Abstenção 4.811 25,48%
Fonte: T R E /PB – Eleição de prefeito de Santa Rita/1976

Legenda:
ARENA1 - Aliança Renovadora Nacional 1
ARENA2 - Aliança Renovadora Nacional 2
ARENA3 - Aliança Renovadora Nacional 3
MDB1 - Movimento Democrático Brasileiro 1
MDB2 - Movimento Democrático Brasileiro 2
MDB3 - Movimento Democrático Brasileiro 3

Portanto, em 15 de novembro de 1976 foi eleito prefeito Marcus Odilon Ribeiro


Coutinho e vice prefeito Aureliano Olegário da Trindade, pela ARENA/3, em oposição ao
candidato Joaquim Dias Ramos (prefeito) e Antônio de Pádua Gomes Pereira (vice
prefeito)ARENA/1, apoiado pelo deputado estadual Egidio Silva Madruga e ARENA2 do ex-
prefeito em dois mandatos: 1959/63 e 1969/73: Antônio Aurélio Teixeira de Carvalho
(prefeito) e Antônio Elias Pessoa (vice prefeito), liderança política do povoado de Forte
Velho, até então inconteste. Pelo MDB foram candidatos: Heraldo Gadelha (prefeito) e José
Lins de Albuquerque (vice)/MDB1; Ceslau da Costa Gadelha Filho (prefeito)/MDB/2; e Israel
Correia Diniz (prefeito) e Francisco de Assis Limeira (vice)/MDB3. Observamos que foi nesta
eleição que o candidato a prefeito Heraldo Gadelha, pela primeira vez em disputa eleitoral
majoritária tem menos votos do que o seu principal opositor. Registra-se aí o inicio da

213
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

decadência eleitoral da vertente popular, enfocada no prefácio de José Octávio, in.:


Nordeste Açúcar e Poder (SANTANA, 1990., p. 14/15).
Não tomaram posse no dia 31 de janeiro de 1973, tendo em vista o falecimento de
Flaviano Ribeiro Coutinho, pai de Marcus Odilon, tendo o vereador Oíldo Soares, Presidente
da Câmara Municipal, exercido o mandado de Prefeito por vinte e quatro horas ou “prefeito
por um dia”, tempo suficiente para a realização do funeral do pai do prefeito eleito em João
Pessoa. Em 1982, o prefeito Marcus Odilon, mudou de partido, aderiu ao PMDB do Senador
Humberto Coutinho de Lucena, renunciou o cargo de Prefeito de Santa Rita para ser
candidato a Deputado Estadual, assim sendo, o vice prefeito Aureliano Olegário da
Trindade, assumiu a chefia do Poder Executivo Municipal de maio/1982 a 31 de janeiro de
1983. É lamentável registrar de que o ramerame da politicagem local é grande,
perseguição a fole por todos os lados contra modestos funcionários públicos municipais, um
exemplo disso, é o caso da nomeação do senhor Antônio Francisco da Silva, para zelador
do Cemitério de Mumbaba, através do Decreto nº 540, de 15 de maio de 1968, assinado
pelo prefeito Heraldo Gadelha, mesmo decorridos nove longos anos depois de sua
nomeação nos termos da legislação da época, o prefeito Marcus Odilon, resolveu através
da Portaria nº 1.234, de 09 de agosto de 1977, “demitir” o referido funcionário público por
capricho político administrativo. O ramerame da politicagem local, em termos de
perseguição a quem não votou em quem ganhou a eleição municipal em Santa Rita ainda é
uma constante. A briga pelo poder local das oligarquias, fez extinguir a autonomia
municipal em 12 de janeiro de 1893, onde o município foi incorporado ao município da
Capital do Estado. Os interesses oligárquicos fizeram com que a autonomina municipal
fosse restaurada em 24 de setembro de 1897, sendo nomeado para chefe do Poder
Executivo o Coronel Francisco Carvalho, e por último, em 6 de abril de 1931, através do
Decreto Estadual nº 83, o Interventor Anthenor Navarro, o extinguiu para atender os
interesses de seus correligionários de plantão.
A Câmara Municipal de Santa Rita compareceram inúmeros nomes com perfis
diversificados no pleito de 15 de novembro de 1976, conforme seu transcrição dos
resultados finais eleitorais:

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Luis Ribeiro Nunes ARENA 868 7,1% Eleito
Oildo Soares ARENA 691 5,65% Eleito
Antônio Marcelino Carneiro MDB 605 4,95% Eleito
Francisco de Paula Aguiar MDB 601 4,92% Eleito
José Pereira da C. Filho ARENA 597 4,88% Eleito
Emanoel Lopes da Fonsêca ARENA 534 4,37% Eleito
João Gadelha MDB 495 4,05% Eleito
Anibal Limeira MDB 470 3,84% Eleito
Maroja MDB 448 3,66% Suplente
Gilvan Lopes MDB 438 3,58% Suplente
Carlos Antonio de Morais ARENA 435 3,56% Eleito

214
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Santana
Manoel Dias Pacheco MDB 431 3,52% Suplente
Ademar Clemente dos Santos ARENA 384 3,14% Suplente
Clovis da Silva Madruga ARENA 379 3,1% Suplente
Carlos Gilberto Palmeira ARENA 374 3,06% Suplente
Everaldo Monteiro da Silva ARENA 341 2,79% Suplente
José Antonio da Silva ARENA 320 2,62% Suplente
Walter Amorim MDB 317 2,59% Suplente
Débora Soares de Araújo ARENA 291 2,38% Suplente
Mario Rodrigues da Silva ARENA 247 2,02% Suplente
Williams Olegário da
ARENA 238 1,95% Suplente
Trindade
João de Souza Sobrinho ARENA 226 1,85% Suplente
José Macêdonio Porto de
ARENA 203 1,66% Suplente
Freitas
Amaro José de Lima MDB 200 1,64% Suplente
Luis Pereira da Silva MDB 180 1,47% Suplente
Ernane Inácio da Silva ARENA 179 1,46% Suplente
João José Henriques MDB 156 1,28% Suplente
José Venancio de Lima MDB 156 1,28% Suplente
Maria Paiva de Oliveira MDB 143 1,17% Suplente
Luiz Carlos de Oliveira ARENA 126 1,03% Suplente
Antonio Cavalcante dos
MDB 126 1,03% Suplente
Santos
Antonio Freire Bastos ARENA 111 0,91% Suplente
Isafá Soares Dias MDB 108 0,88% Suplente
João Fernandes de Souza MDB 101 0,83% Suplente
Antonio Gomes de Oliveira ARENA 98 0,8% Suplente
Everaldo José de Medeiros
ARENA 92 0,75% Suplente
Cantalice
Antonio Veloso do
MDB 91 0,74% Suplente
Nascimento
Marcos Osório Inácio da Silva ARENA 85 0,7% Suplente
José Carlos Bezerra MDB 84 0,69% Suplente
Manoel Francisco da Costa
ARENA 73 0,6% Suplente
Filho

215
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
João Ferreira dos Santos MDB 64 0,52% Suplente
José Alves da Silva MDB 32 0,26% Suplente
Mariano Coutinho de Lira MDB 24 0,2% Suplente
Milton Venancio MDB 21 0,17% Suplente
José Cavalcante de Paíva MDB 14 0,11% Suplente
José Salvador Alves MDB 11 0,09% Suplente
Luiz Gonzaga da Mata MDB 6 0,05% Suplente
José Felix Carneiro MDB 5 0,04% Suplente
José de Oliveira Rodrigues MDB 4 0,03% Suplente
João Francisco de Melo MDB 4 0,03% Suplente
Votos brancos 1.038
Votos nulos 446
Total apurado 13.711
Eleitorado 18.883
Abstenção 5.172 27,39%
Fonte: TRE/PB – Vereador Santa Rita/PB.

Legenda:
ARENA - Aliança Renovadora Nacional
MDB - Movimento Democrático Brasileiro

Os vereadores eleitos em 1976 e que tiveram dois anos de mandato biônico, por
força da legislação de prorrogação das eleições para 1982, os resposáveis diretos pela
implantação dos núcleos residenciais rurais, a exemplo de Odilândia, Lerolândia,
Cicerolância e Emanuelândia, em pleno regime militar, graças ao acolhimento das idéias
populistas nascidas na Câmara Municipal de Santa Rita pelo prefeito Marcus Odilon. O povo
simples começou a sonhar com o chão para construir sua casa própria sem nada pagar.
O Brasil realizou às eleições de 15 de novembro de 1978, para senador, deputado
federal e deputado estadual. Assim sendo, a Paraíba elegeu o senador Humberto Coutinho
de Lucena/MDB, e como suplentes: João Bosco Braga Barreto e Ary José da Silva Ribeiro. O
sistema do Regime Militar também fez sua “eleição”, sui generis, onde o povo não votou,
porém, Milton Bezerra Cabral, foi eleito senador biônico pela Paraíba. Seguem a síntese
história das duas modalidades eleitorais (voto democrático e voto biônico) para senador em
1978:

Cargo: Senador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
111 Ivan Bichara Sobreira ARENA 302.655 45,26% Não Eleito

216
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Senador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Suplente Senador: Edísio
Souto
Humberto Coutinho de
151 MDB 267.876 40,06% Eleito
Lucena
152 João Bosco Braga Barreto MDB 49.594 7,42% Suplente
153 Ary José da Silva Ribeiro MDB 48.542 7,26% Suplente
Milton Bezerra Cabral Nomeado
Votos nulos 48.059
Votos brancos 47.972
Total apurado 764.698
Fonte: T R E / PB – Resultado final/eleição senador/1978.

Legenda:
ARENA - Aliança Renovadora Nacional
MDB - Movimento Democrático Brasileiro

O artifício da sublegenda favorece o MDB em 1978, ao eleger o senador Humberto


Lucena, pela soma dos votos dos três candidatos do referido partido. Aí o povo elegeu um
senador e o sistema militar elegeu ao seu modo o outro na pessoa de Milton Cabral.
Para deputado federal a cidade de Santa Rita se fez representar pelo candidato
Heraldo Gadelha/MDB, que ficou na terceira suplência, porém, não assumiu um dia o
referido mandato. Seguem os resultados totais finais da eleição para deputado federal de
15 de novembro de 1978:

Cargo: Deputado Federal


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
101 Wilson Braga ARENA 83.964 13,6% Eleito
Antonio Marques da Silva
108 ARENA 77.060 12,48% Eleito
Mariz
202 Marcondes Gadelha MDB 58.173 9,42% Eleito
111 Joacil de Brito Pereira ARENA 50.155 8,12% Eleito
201 Antonio Carneiro Arnaud MDB 42.155 6,83% Eleito
107 Alvaro Gaudencio Filho ARENA 39.819 6,45% Eleito
102 Ademar Pereira Vieira ARENA 35.415 5,74% Eleito
208 Octacílio Nobrega de Queiroz MDB 34.502 5,59% Eleito
112 Antonio da Costa Gomes ARENA 32.700 5,3% Eleito
205 Arnaldo Bezerra Lefayette MDB 31.797 5,15% Eleito

217
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Federal


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
113 Ernani Ayres Sátyro e Sousa ARENA 28.715 4,65% Eleito
109 Waldyr Lyra dos Santos Lima ARENA 22.461 3,64% Suplente
103 Francisco Teotonio Neto ARENA 20.443 3,31% Suplente
118 Plínio Lemos ARENA 18.806 3,05% Suplente
207 Agassis de Amorim Almeida MDB 10.642 1,72% Suplente
210 João Fernandes de Lima MDB 10.412 1,69% Suplente
209 Heraldo Gadelha MDB 10.086 1,63% Suplente
206 José Rafael de Menezes MDB 6.520 1,06% Não Eleito
Francisco de Assis Queiroz de
106 ARENA 1.443 0,23% Não Eleito
Medeiros
Alan Kardec de Oliveira
204 MDB 1.211 0,2% Não Eleito
Franco
114 Euclides Rodrigues de Lima ARENA 468 0,08% Não Eleito
115 Manuel Alexandrino Leite ARENA 355 0,06% Não Eleito
104 Raimundo Asfora ARENA 206 0,03% Não Eleito
Votos brancos 87.986
Votos nulos 53.764
Total apurado 759.258
Fonte: T R E / PB – Resultado para deputado federal/1978.

Legenda:
ARENA - Aliança Renovadora Nacional
MDB - Movimento Democrático Brasileiro

Foram candidatos a deputado estadual nas eleições de 15 de novembro de 1978 por


Santa Rita: Egidio Madruga, Ana Lúcia Lúcia de Almeida Ribeiro Coutinho, Aureliano
Olegário da Trindade (Lero) e Aécio Flávio Farias de Barros. Apenas Egidio Madruga foi
eleito. Segue transcrição do resultado final daquele memorável pleito:

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Afranio Ataide Bezerra
1207 ARENA 28.689 4,52% Eleito
Cavalcanti
1201 Edme Tavares de Albuquerque ARENA 22.594 3,56% Eleito
1230 Evaldo Gonçalves de Queiroz ARENA 22.389 3,52% Eleito
1241 Francisco de Assis Camelo ARENA 17.403 2,74% Eleito
1239 Francisco Pereira Vieira ARENA 14.443 2,27% Eleito

218
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
1226 Edivaldo Fernandes Mota ARENA 14.267 2,25% Eleito
1218 Inacio Bento de Morais ARENA 13.973 2,2% Eleito
1220 Eilzo Matos ARENA 13.936 2,19% Eleito
1210 José Lacerda ARENA 13.744 2,16% Eleito
1209 José Soares Madruga ARENA 13.608 2,14% Eleito
1245 Manoel Gaudencio ARENA 13.303 2,09% Eleito
1206 Aércio Pereira ARENA 13.031 2,05% Eleito
1215 Sarmento ARENA 12.982 2,04% Eleito
Fernando Paulo Carrilho
1232 ARENA 12.818 2,02% Eleito
Milanez
1213 Egídio da Silva Madruga ARENA 12.622 1,99% Eleito
1117 José Alves de Lira MDB 12.449 1,96% Eleito
Orlando Augusto César de
1124 MDB 12.400 1,95% Eleito
Almeida
1125 Alvaro Andrea Magliano MDB 12.203 1,92% Eleito
1108 José Afonso Gayoso de Souza MDB 12.115 1,91% Eleito
1202 Nilo Feitosa Mayer Ventura ARENA 12.110 1,91% Eleito
1211 Luiz Ferreira Barros ARENA 11.520 1,81% Eleito
1222 Múcio Satyro ARENA 11.410 1,8% Eleito
1216 João Juracy Palhano Freire ARENA 11.141 1,75% Eleito
1217 Americo Sergio Maia ARENA 11.135 1,75% Eleito
1244 Socrates Pedro ARENA 10.961 1,73% Eleito
1212 Antônio Quirino de Moura ARENA 10.951 1,72% Eleito
1234 Ramalho Leite ARENA 10.617 1,67% Suplente
Antonio Waldir Bezerra
1134 MDB 10.556 1,66% Eleito
Cavalcanti
1116 Lourival Caetano Alves de Lima MDB 10.224 1,61% Eleito
1228 Antonio Leite Montenegro ARENA 10.223 1,61% Suplente
1221 Everaldo da Costa Agra ARENA 10.071 1,59% Suplente
1104 Atencio Bezerra Wanderley MDB 9.836 1,55% Eleito
Paulo de Tarso Benevides
1109 MDB 9.530 1,5% Eleito
Gadelha
1101 Inácio Pedrosa Sobrinho MDB 9.375 1,48% Eleito
1115 José Fernandes de Lima MDB 9.205 1,45% Eleito
1102 Adonis de Aquino Salles MDB 9.155 1,44% Eleito

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
1252 Jader Soares Pimentel ARENA 8.996 1,42% Suplente
1121 João Fernandes da Silva MDB 8.773 1,38% Suplente
Ana Lúcia de Almeida Ribeiro
1208 ARENA 8.515 1,34% Não Eleito
Coutinho
1246 Antonio Nominando Diniz ARENA 8.248 1,3% Suplente
1120 Newton Pedrosa MDB 7.879 1,24% Suplente
1107 Laercio Pires de Souza MDB 7.393 1,16% Suplente
Frei Francisco Marcelino Muniz
1106 MDB 7.232 1,14% Suplente
de Medeiros
1118 Ademar Teotonio Leite Ferreira MDB 6.899 1,09% Suplente
1247 Tarcisio Telino de Lacerda ARENA 6.723 1,06% Suplente
1214 Tertuliano Nunes Morais ARENA 6.685 1,05% Suplente
Derivaldo Domingos de
1140 MDB 6.647 1,05% Suplente
Mendonça
1131 Firu MDB 6.538 1,03% Suplente
1236 João Franco da Costa ARENA 6.454 1,02% Suplente
1243 Zeluiz ARENA 6.294 0,99% Suplente
1105 Adão Eulampio da Silva MDB 6.204 0,98% Suplente
Padre Levi Rodrigues de
1127 MDB 5.369 0,85% Suplente
Oliveira
1138 Jorge Rafael de Menezes MDB 4.999 0,79% Suplente
1114 Antonio Batista Ramos MDB 4.931 0,78% Suplente
1235 Luis Martins de Oliveira ARENA 4.539 0,71% Suplente
1126 Rui de Andrade Gouveia MDB 3.810 0,6% Suplente
1249 Antônio Fernandes Filho ARENA 3.805 0,6% Suplente
1123 Lindaci MDB 3.588 0,56% Suplente
1129 Sebastião Calixto de Araújo MDB 3.445 0,54% Suplente
1112 Aercio Flávio Farias de Barros MDB 3.373 0,53% Suplente
Constantino Francisco
1110 MDB 3.149 0,5% Suplente
Nogueira
1225 Magdalena Alves Rodrigues ARENA 2.850 0,45% Suplente
1237 José Bonifacio Lima Lobo ARENA 2.618 0,41% Suplente
1135 Antonio Elísio da Rocha MDB 1.552 0,24% Suplente
1248 Messias Pessoa da Silva ARENA 1.514 0,24% Suplente
1103 Geraldo Vieira da Costa MDB 1.243 0,2% Suplente

220
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Ivan Figueiredo de
1113 MDB 1.106 0,17% Suplente
Albuquerque
1223 Nelson Coelho da Silva ARENA 964 0,15% Suplente
1136 José Hélio de Lucena MDB 909 0,14% Suplente
1128 Arnaldo Bonifacio de Paiva MDB 712 0,11% Suplente
1137 José Aldano da Silva MDB 701 0,11% Suplente
1240 Antonio Lopes da Silva ARENA 582 0,09% Suplente
1233 José Antonio de Figueiredo ARENA 563 0,09% Suplente
1133 Sóter de Farias Carvalho MDB 525 0,08% Suplente
1224 Franklin Pereira da Silva ARENA 464 0,07% Suplente
1130 Dede Rolim MDB 451 0,07% Suplente
1231 Nominando Diniz ARENA 293 0,05% Suplente
1250 Evaristo Inocencio da Silva ARENA 230 0,04% Suplente
1242 Aureliano Olegário da Trindade ARENA 197 0,03% Suplente
1132 Antônio Pedro dos Santos MDB 143 0,02% Suplente
1141 Antonio Guedes Alcoforado MDB 128 0,02% Suplente
1139 Osmídio MDB 55 0,01% Suplente
Votos brancos 66.788
Votos nulos 49.376
Total apurado 751.441
Fonte: T R E / Deputado Estadual/1978.

Legenda:
ARENA - Aliança Renovadora Nacional
MDB - Movimento Democrático Brasileiro

A história eleitoral brasileira registra também que em 15 de março de 1979, foi eleito
Presidente da República Federativa do Brasil, pela Junta Militar, implantada em 1964 no
país, o general João Batista de Oliveira Figueirêdo e Antônio Aureliano Chaves de
Mendonça, vice presidente, respectivamente. Assim como tudo na vida tem inicio, meio e
fim, esse foi o último presidente ditador daquele período negro da história recente do país.
Por outro lado, no dia 26 de março de 1979, Damásio Barbosa da Franca, foi
nomeado Prefeito da capital da Paraíba,sendo exonerado, a pedido próprio, em 15 de
março de 1983, quando Lourenço Di Lorenzo Marsicano, assumiu o cargo de prefeito de
João Pessoa, na condiçlão de Presidente da Câmara Municipal, no período de 12 (doze)
horas apenas, sendo substituído Oswaldo Trigueiro do Vale, prefeito nomeado em 16 de
março de 1983.
A linha dura do Regime Militar de 1964, a partir de 1979, sentiu que o fim se
aproximava, tanto é assim que extinguiu a ARENA – Aliança Renovadora Nacional e em seu

221
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

lugar criou o PDS – Partido Democrático Social, além de editar legislação reformando a
estrutura legal partidária e eleitoral do país. O MDB foi extinto, em seu lugar foi fundado o
PMDB – Partido do Movimento Democrático Brasileiro. Isso só aconteceu por causa das
derrotas que a ARENA, partido da situação, sofreu nas urnas nas eleições anteriores,
portanto, foram extintos os partidos via artifício legal, mandado que fosse colocado o nome
“partido”, antes de qualquer movimento e ou aliança que representasse partido político.
Assim foi feito. Daí por diante, acabou-se o bipartidarismo, surgiram novas siglas: PT-
Partido dos Trabalhadores; PDT – Partido Democrático Trabalhista, e bem assim, outros
partidos foram recriados, como por exemplo, o PTB – Partido Trabalhista Brasileiro e PSB –
Partido Socialista Brasileiro. O PCB – Partido Comunista do Brasil e o PC do B – Partido
Comunista Brasileiro, ambos continuaram na clandestinidade, diante da legislação proibitiva
contra tais agremiações e suas analogias. As eleições municipais de 15 de novembro de
1980 foram adiadas para 15 de novembro de 1982, para que os mandados eletivos de
prefeitos e vereadores, para coincidir com os mandatos de deputados federais, estaduais e
governadores. É pela primeira vez depois de 1965 que o Brasil vai as urnas para eleger
seus governadores. O regime militar criou o sistema eleitoral do voto vinculado e ou chapa
cachão, o eleitor tinha que escolher todos os candidatos do mesmo partido sob pena de
anular o voto. A oposição não fez a maioria no Congresso Nacional e muito menos a
maioria dos governadores em 1982, porém, continua crescendo até conseguir via alianças
a maioria no Colégio Eleitoral que elegeu Tancredo Neves e José Sarney, pela via indireta,
saída legal para o fim do regime militar implantado em 31 de março de 1964. Isso só foi
possível porque a oposição em 1982, elegeu os governadores dos três estados mais
influentes do Brasil: Franco Montoro, em São Paulo; Tancredo Neves, em Minas Gerais;
Leonel Brizola, no Rio de Janeiro. Isso foi à salvação da lavoura democrática para o país
voltar a respirar e viver dentro do estado democrático de direito, somado a crise econômica
de 1981/1983. Assim terminou o regime militar/1964. Para governador do Estado da
Paraíba vieram os seguintes resultados:

Cargo: Governador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Wilson Braga
Vice Governador: José Carlos PDS 509.855 58,48% Eleito
da Silva Junior
Antonio Marques da Silva
Mariz
PMDB 358.146 41,08% Não Eleito
Vice Governador: Mário
Silveira
Francisco Derly Pereira
Vice Governador: José PT 3.918 0,45% Não Eleito
Olímpio de Araújo
Votos brancos 70.291
Votos nulos 22.042
Total apurado 964.252
Fonte: T R E /PB – Governador/1982.

222
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Legenda:
PT - Partido do Trabalhador
PDS - Partido Democrático Social
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro

Para o Senado Federal o eleitorado assim dicidiu em 1982 na Paraíba:


Cargo: Senador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Marcondes Gadelha PDS 321.917 37,6% Eleito
Pedro Moreno Gondim PMDB 257.429 30,07% Não Eleito
Amir Gaudencio de Queiroz PDS 132.231 15,45% Não Eleito
Ney PMDB 78.722 9,2% Não Eleito
Olavo PDS 55.548 6,49% Não Eleito
Djacir Cavalcanti Arruda PMDB 6.559 0,77% Não Eleito
Idalmo da Silva PT 3.730 0,44% Não Eleito
Votos brancos 78.951
Votos nulos 29.165
Total apurado 964.252
Fonte: TRE/PB-Senador/1982

Legenda:
PDS - Partido Democrático Social
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PT - Partido do Trabalhador

Para a Câmara dos Deputados o eleitorado tabajarino assim decidiu em 1982:


Cargo: Deputado Federal
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Burity PDS 173.107 20,71% Eleito
João Agripino Filho PMDB 85.982 10,29% Eleito
Joacil de Brito Pereira PDS 70.262 8,41% Eleito
Ernany Sátyro Ayres e Sousa PDS 51.435 6,15% Eleito
Adauto Pereira PDS 47.600 5,7% Eleito
Edme Tavares de
PDS 46.305 5,54% Eleito
Albuquerque
Antonio Carneiro Arnaud PMDB 45.854 5,49% Eleito
Ze Maranhão PMDB 41.819 5% Eleito
Raimundo Asfora PMDB 40.495 4,85% Eleito

223
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Federal


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Antonio da Costa Gomes PDS 36.420 4,36% Eleito
Aluisio Afonso Campos PMDB 35.549 4,25% Eleito
Alvaro Gaudencio Filho PDS 35.472 4,24% Eleito
Octacílio Nobrega de Queiroz PMDB 29.997 3,59% Suplente
João Juracy Palhano Freire PDS 22.413 2,68% Suplente
Arnaldo Bezerra Lafayette PMDB 19.521 2,34% Suplente
Vanderley Caixe PMDB 13.364 1,6% Suplente
Eurico Santiago Rangel PMDB 9.652 1,15% Suplente
João Pessoa Cavalcanti de
PDS 5.823 0,7% Suplente
Almeida Neto
Paulo Carvalho Xavier PDS 4.299 0,51% Suplente
Claudio Santa Cruz Costa PMDB 4.028 0,48% Suplente
Paulo Germano Carneiro
PDS 2.956 0,35% Suplente
Pordeus
Marconio Edson Alves de
PDS 1.968 0,24% Suplente
Alencar
Paulo Lins Cavalcante PDS 1.647 0,2% Suplente
José Calistrato Cardoso Filho PT 1.487 0,18% Não Eleito
Brauner Amorim Arruda PMDB 1.351 0,16% Suplente
Francisco Nobrega Gadelha
PT 1.030 0,12% Não Eleito
de Queiroga
Pedro Gomes e Silva PT 1.003 0,12% Não Eleito
Orvacio de Lira Machado PMDB 994 0,12% Suplente
Alan Kardec de Oliveira PMDB 643 0,08% Suplente
Euclides Rodrigues de Lima PDS 632 0,08% Suplente
José Palhano Freire PDS 559 0,07% Suplente
Rui de Andrade Gouveia PMDB 449 0,05% Suplente
Paulo de Souza PMDB 437 0,05% Suplente
José Isidro de Sousa PT 29 0% Não Eleito
Rubens Pinto Lyra PT 21 0% Não Eleito
Legenda do PDS 656 0,08%
Legenda do PMDB 541 0,06%
Legenda do PT 8 0%
Votos brancos 87.205
Votos nulos 41.239

224
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Federal


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Total apurado 964.252
Fonte: TER/PB Deputado Federal/1982.

Legenda:
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PDS - Partido Democrático Social
PT - Partido do Trabalhador

Diante de tais resultados nenhum postulante a baixa câmara em Brasília era prata de
casa em termos de Santa Rita. Nem mesmo as antigas oligarquias santaritenses,
apresentaram seus eternos candidatos para a disputa.
Os resultados eleitorais finais para deputado estadual em 15 de novembro de 1982
foram:
Cargo: Deputado Estadual
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Afranio Athaide Bezerra
PDS 41.609 5,08% Eleito
Cavalcanti
Marcus Odilon PMDB 28.189 3,44% Eleito
José Lacerda PDS 26.614 3,25% Eleito
Evaldo Gonçalves de Queiroz PDS 25.085 3,06% Eleito
José Soares Madruga PDS 24.088 2,94% Eleito
Vani PDS 21.177 2,58% Eleito
Zeluiz PMDB 21.075 2,57% Eleito
Francisco de Assis Camelo PDS 20.894 2,55% Eleito
Fernando Paulo Carrilho
PDS 20.132 2,46% Eleito
Milanez
Múcio Satyro PDS 19.435 2,37% Eleito
Roberto Paulino PMDB 18.359 2,24% Eleito
Egídio da Silva Madruga PDS 17.704 2,16% Eleito
Antônio Waldir Bezerra
PMDB 17.582 2,15% Eleito
Cavalcanti
João Ribeiro PDS 17.105 2,09% Eleito
Aloisio Pereira Lima PDS 16.786 2,05% Eleito
Aércio Pereira PDS 16.619 2,03% Eleito
Nilo Feitosa Mayer Ventura PDS 16.129 1,97% Eleito
Carlos Dunga PDS 16.047 1,96% Eleito
Raimundo Doca Benevides PDS 15.491 1,89% Eleito

225
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Gadelha
José Fernandes de Lima PMDB 15.020 1,83% Eleito
Jório de Lira Machado PMDB 14.780 1,8% Eleito
Manoel Gaudencio PDS 14.388 1,76% Eleito
Carlos Pessoa Filho PDS 14.285 1,74% Eleito
Francisco Pereira Vieira PDS 14.243 1,74% Eleito
Edivaldo Fernandes Mota PMDB 13.926 1,7% Eleito
Americo Sergio Maia PMDB 13.705 1,67% Eleito
Clarence Pires de Sá PMDB 13.540 1,65% Eleito
Efraim Morais PDS 13.512 1,65% Eleito
Ramalho Leite PMDB 13.285 1,62% Eleito
Severino Judivan Cabral de
PDS 13.232 1,61% Eleito
Sousa
Orlando Augusto César de
PMDB 13.062 1,59% Eleito
Almeida
Francisco Evangelista PDS 13.058 1,59% Eleito
Antônio Quirino de Moura PDS 12.890 1,57% Eleito
Atencio Bezerra Wanderley PMDB 12.255 1,5% Eleito
José Alves de Lira PMDB 12.252 1,49% Eleito
João Fernandes da Silva PMDB 12.027 1,47% Eleito
Socrates Pedro PDS 11.065 1,35% Eleito
José Aldemir PMDB 10.810 1,32% Suplente
Luiz Ferreira Barros PDS 10.676 1,3% Suplente
Vanildo de Brito Caetano PMDB 10.265 1,25% Suplente
Ademar Teotonio Leite
PMDB 9.980 1,22% Suplente
Ferreira
Simão PMDB 9.923 1,21% Suplente
Everaldo da Costa Agra PDS 9.846 1,2% Suplente
José Dantas Pinheiro PDS 9.066 1,11% Suplente
Telino PMDB 8.718 1,06% Suplente
Antonio Ivo PMDB 8.640 1,05% Suplente
Romeu Gonçalves de
PDS 8.347 1,02% Suplente
Abrantes
Alvaro Andrea Magliano PMDB 8.010 0,98% Suplente
Tercilio Teixeira da Cruz PMDB 8.009 0,98% Suplente

226
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
José Afonso Gayoso de Souza PMDB 7.926 0,97% Suplente
João Bosco Braga Barreto PDS 7.508 0,92% Suplente
Antonio Nominando Diniz PDS 7.162 0,87% Suplente
Waldir Lyra dos Santos Lima PMDB 6.598 0,81% Suplente
Josue Sylvestre da Silva PMDB 5.841 0,71% Suplente
Maria Paulino PDS 4.987 0,61% Suplente
Marisardo Bezerra de
PDS 4.288 0,52% Suplente
Medeiros
Janduhy Suassuna Saldanha PDS 3.801 0,46% Suplente
Wanderley Farias de Sousa PMDB 2.841 0,35% Suplente
Holdermes Bezerra Chaves PMDB 2.711 0,33% Suplente
José Leite da Silva PMDB 2.310 0,28% Suplente
Ceslau Gadelha PDS 2.118 0,26% Suplente
Francisco Marcelino Muniz
PT 665 0,08% Suplente
Medeiros
Joaquim Neto PDS 626 0,08% Suplente
José Edilson de Amorim PT 607 0,07% Suplente
Anisio PT 602 0,07% Suplente
Francisco Ferreira de Sousa PT 536 0,07% Suplente
Otacilia Felinto da Silva PDS 436 0,05% Suplente
Eliezer Pedrosa Gomes PT 391 0,05% Suplente
Andre PMDB 387 0,05% Suplente
Irlanio Ribeiro Pereira PT 373 0,05% Suplente
José Maria Vital Ribeiro PDS 335 0,04% Suplente
José Edson Batinga de Freitas PMDB 301 0,04% Suplente
Maria Licor Lira PMDB 288 0,04% Suplente
José Andriola PDS 246 0,03% Suplente
Antônio Bezerra Cabral
PDS 242 0,03% Suplente
Sobrinho
Magno José Guedes Barreto PT 241 0,03% Suplente
Chakib Aristides Hamad
PDS 175 0,02% Suplente
Timene
Ascendino Freire Cardoso PMDB 136 0,02% Suplente
Daniel da Costa Agra PDS 135 0,02% Suplente
Washington Alves da Rocha PT 119 0,01% Suplente

227
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Pedro Ricarte Dantas PMDB 89 0,01% Suplente
Rita Bento da Silva PDS 81 0,01% Suplente
Vitorino da Propaganda PMDB 62 0,01% Suplente
Inácio Pedrosa Sobrinho PDS 55 0,01% Suplente
João Bosco Lira Melo PT 41 0,01% Suplente
Legenda do PDS 737 0,09%
Legenda do PMDB 647 0,08%
Legenda do PT 5 0%
Votos brancos 90.590
Votos nulos 54.078
Total apurado 964.252
Fonte: TREPB – Deputado Estadual/1982.

Legenda:
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PT - Partido do Trabalhador
PDS - Partido Democrático Social

Diante de tais resultados, a olho nu, comprova-se que participaram do pleito, Ceslau
da Costa Gadelha Filho, que ficou como suplente pelo PMDB e Egidio Silva Madrguda, que
foi reeleito pelo PDS, tendo em vista ser votado em Taperoá, seu principal colégio eleitoral,
dentre outras cidades. Citamos ainda que Marcus Odilon, foi o segundo deputado estadual
mais no votado na Paraíba, tudo porque em Santa Rita, os três candidatos a prefeito pelo
PMDB1: Anibal Limeira; PMDB2: Francisco de Paula Melo Aguiar; e PMDB3: Severino
Maroja, votaram nele de porteira fechada, além do mesmo aparecer bem na foto diante do
populismo desenvolvido durante a administração “Povo da Silva”, distribuindo favores e
terrenos para o povo pobre fazer suas casas. Isso é fato e contra fato não se tem
argumento. E mais ninguém da rainha dos canaviais se candidatou a uma cadaeira à Casa
de Epitácio Pessoa.
Já nas eleições de 15 de novembro de 1982, foram eleitos: Severino Maroja
(prefeito) e Ademar Clemente (vice prefeito), com 6.887 votos, correspondente a 34,8%
dos votos válidos, respectivamente pelo PMDB/3. Em segundo lugar ficou o candidato a
prefeito Aníbal Limeira e vice prefeito Paulo Pedrosa, do PMDB/1, obteve 6.314 votos,
correspondente a 32% dos votos validos. Em terceiro lugar ficou Reginaldo Pereira da
Costa (para prefeito) e Dorivaldo Pereira (para vice prefeito), pelo PDS/2, que obteve 2.978
votos, correspondente a 15,09% dos votos válidos. Em quarto lugar ficou Antônio Joaquim
de Morais (para prefeito) e Carlos Gilberto Palmeira (para vice prefeito), pelo PDS/1, com
2.007 votos, correspondente a 10,17% dos votos válidos. Em quinto lugar ficou Heraldo da
Costa Gadelha (para prefeito) e Romeu de Azevedo Menezes (para Vice prefeito), pelo
PDS/3, ambos obtiveram 812 votos, correspondente a 4,11% dos votos válidos. Em sexto
lugar ficou Francisco de Paula Aguiar (para prefeito) e Antônio Rodrigues Jordão (para vice

228
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

prefeito), pelo PMDB/2, com 620 votos, correspondente a 3,14 % dos votos válidos. E em
sétimo e último lugar Vanderley Gomes (para prefeito) e Elias Pereira Neto (para vice
prefeito), pelo PT-Partido dos Trabalhadores, com 135 votos, correspondente a 0,68% dos
votos válidos. Em fim, é importante mencionar de que Santa Rita em 1982 tinha 28.036
eleitores e apenas 21.717 votos foram apurados, registrando-se assim, 6.319 abstenções,
equivalente a 22,54% do eleitorado da época, registrando-se ainda, 1.035 votos brancos e
949 votos nulos. Foi à última eleição municipal realizada dentro do regime militar no Brasil
e bem assim a última que foi usado o artifício político criado pelo referido regime conhecido
por sublegendas de até três candidatos a critério dos partidos PDS e PMDB. Segue
transcrição do resultado final para prefeito e vice prefeito em 15 de novembro de 1982 em
Santa Rita:

Cargo: Prefeito
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Maroja
Vice Prefeito: Ademar PMDB3 6.867 34,8% Eleito
Clemente da Silva
Anibal Limeira
PMDB1 6.314 32% Não Eleito
Vice Prefeito: Paulo Pedrosa
Reginaldo
Vice Prefeito: Dorivaldo PDS2 2.978 15,09% Não Eleito
Pereira
Morais
Vice Prefeito: Carlos Gilberto PDS1 2.007 10,17% Não Eleito
Palmeira
Heraldo Gadelha
Vice Prefeito: Romeu de PDS3 812 4,11% Não Eleito
Azevedo Menezes
Francisco de Paula Aguiar
Vice Prefeito: Antônio PMDB2 620 3,14% Não Eleito
Rodrigues Jordão
Vanderley Gomes
Vice Prefeito: Elias Pereira PT 135 0,68% Não Eleito
Neto
Votos brancos 1.035
Votos nulos 949
Total apurado 21.717
Eleitorado 28.036
Abstenção 6.319 22,54%
Fonte: T R E / PB – Prefeito de Santa Rita/1982.

Legenda:
PMDB2 - Partido do Movimento Democrático Brasileiro 2

229
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

PMDB1 - Partido do Movimento Democrático Brasileiro 1


PMDB3 - Partido do Movimento Democrático Brasileiro 3
PDS3 - Partido Democrático Social 3
PDS1 - Partido Democrático Social 1
PT - Partido do Trabalhador
PDS2 - Partido Democrático Social 2

A Casa de Antônio Teixeira, segundo o resultado final das eleição municipal para
vereador de 15 de novembro de 1982, ficou assim constituída:

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Oildo Soares PMDB 878 4,54% Eleito
Antônio Marcelino Carneiro PMDB 802 4,14% Eleito
Emanoel Lopes da Fonsêca PMDB 777 4,01% Eleito
Penha Costa PMDB 732 3,78% Eleito
Marinésio Silva PMDB 680 3,51% Eleito
Pedro Antonio Martins da
PMDB 635 3,28% Eleito
Silva
Pedro Mendes PMDB 630 3,25% Eleito
João Gadelha PMDB 599 3,09% Eleito
Gilvan Lopes PMDB 570 2,94% Eleito
Antonio Vicente Pereira PMDB 534 2,76% Suplente
Sebastião Pereira de Paiva PMDB 507 2,62% Suplente
Humberto Viegas
PMDB 483 2,49% Suplente
Vasconcelos
Kil PMDB 457 2,36% Suplente
Francisco de Assis Melo
PDS 412 2,13% Eleito
Cabral
Giderval de Andrade Costa PDS 390 2,01% Eleito
João Alves da Silva PMDB 383 1,98% Suplente
José Pereira da Costa Filjho PDS 379 1,96% Eleito
Antônio Elias Pessoa PDS 378 1,95% Eleito
Josué Francisco da Silva PMDB 369 1,91% Suplente
Jandui Mendonça PMDB 360 1,86% Suplente
João Soares de Oliveira PMDB 346 1,79% Suplente
Israel Correia Diniz PDS 329 1,7% Suplente
Mario Rodrigues da Silva PDS 309 1,6% Suplente
Abraão Falção PDS 287 1,48% Suplente

230
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Dario Claudino PDS 272 1,41% Suplente
Josénias Elias da Silva PMDB 247 1,28% Suplente
Toinzinho da Prestação PMDB 247 1,28% Suplente
José da Silva PMDB 246 1,27% Suplente
Pedro Ferreira Nunes Filho PMDB 242 1,25% Suplente
Luis Ribeiro Nunes PDS 237 1,22% Suplente
Everaldo Monteiro da Silva PMDB 235 1,21% Suplente
Gilflávio Soares Monteiro PMDB 234 1,21% Suplente
Francisco de Paulo Carneiro PMDB 231 1,19% Suplente
José Vicente de Aguiar PMDB 225 1,16% Suplente
Arcanjo José dos Santos
PDS 218 1,13% Suplente
Cabral
José Marcos da Silva PMDB 183 0,95% Suplente
Carlos Antonio de Morais
PDS 183 0,95% Suplente
Santana
Luis Manoel da Silva PMDB 180 0,93% Suplente
Elson Amorim de Araujo PDS 176 0,91% Suplente
Sizenando PDS 173 0,89% Suplente
José Pereira de Lima PMDB 172 0,89% Suplente
Everaldo Oliveira da Silva PMDB 163 0,84% Suplente
José Antonio da Silva PDS 156 0,81% Suplente
Augusto Sales PMDB 155 0,8% Suplente
Francisco Clemente dos
PMDB 150 0,77% Suplente
Santos
José Rodrigues do
PMDB 140 0,72% Suplente
Nascimento
Luis Pereira da Silva PMDB 138 0,71% Suplente
Luiz Firmino de Carvalho PDS 138 0,71% Suplente
Clovis da Silva Madruga PDS 137 0,71% Suplente
Antonio Sabino de Souza PDS 133 0,69% Suplente
Bernardino PDS 126 0,65% Suplente
Arlindo Ramalho Cavalcante
PMDB 125 0,65% Suplente
Filho
Eulina Gadelha Cavalcante PDS 121 0,63% Suplente
Raimundo Rodrigues da Silva PDS 117 0,6% Suplente

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Antonio Crispim dos Santos PDS 114 0,59% Suplente
Geraldo dos Santos PDS 111 0,57% Suplente
Everaldo José de Medeiros
PDS 110 0,57% Suplente
Cantalice
Manuel Pereira de Santana PDS 106 0,55% Suplente
Sebastião Ferreira da Cunha PMDB 106 0,55% Suplente
José Roberto Vieira de Lima PDS 95 0,49% Suplente
Antonio Freire Bastos PDS 93 0,48% Suplente
Porfírio de Souza PMDB 83 0,43% Suplente
Mariano Coutinho de Lira PDS 80 0,41% Suplente
Rita da Silva Sobral PDS 78 0,4% Suplente
Luiz Carlos da Silva PDS 69 0,36% Suplente
João Avelino Figueirêdo PMDB 60 0,31% Suplente
João de Souza Sobrinho PDS 56 0,29% Suplente
Etelvina Freire da Silva PDS 52 0,27% Suplente
Heraldo Ramos Cavalcanti PDS 52 0,27% Suplente
Antonio Dantas PMDB 46 0,24% Suplente
Everaldo Ramos Xavier Lopes PMDB 39 0,2% Suplente
João Morais da Silva PDS 38 0,2% Suplente
Ernani Inácio da Silva PDS 32 0,17% Suplente
Medeiros PDS 28 0,14% Suplente
Raimundo Arantes Magalhães PT 27 0,14% Suplente
Severino do Ramo Silva PT 26 0,13% Suplente
José Antonio de Oliveira PT 21 0,11% Suplente
Severino Ernesto de Miranda PDS 19 0,1% Suplente
José Lourival da Silva PT 18 0,09% Suplente
João Batista dos Reis PT 18 0,09% Suplente
Luiz Muniz de Lima PT 9 0,05% Suplente
José Francisco Barbosa PT 8 0,04% Suplente
Joaquim Dias PDS 3 0,02% Suplente
Manoel Francisco da Cruz PT 1 0,01% Suplente
Legenda do PMDB 30 0,15%
Legenda do PDS 5 0,03%
Votos nulos 1.195
Votos brancos 1.163

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Total apurado 21.717
Eleitorado 28.036
Abstenção 6.319 22,54%
Fonte: T R E – Eleição de Vereador/Santa Rita/1982.

Legenda:
PDS - Partido Democrático Social
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PT - Partido do Trabalhador

No ano de 1984, através de eleição indireta, o Colégio Eleitoral, elegeu Tancredo


Neves e José Ribamar Ferreira de Araújo Costa (José Sarney), presidente e vice presidente
da República. É o fim do regime militar/1964. Antes de tomar posse presidente eleito
faleceu em 21 de abril de 1985. O vice presidente assumiu o compromisso legal de
governar o país de 15 de março de 1985 a 15 de março de 1990.
Diante da abertura do processo democrático, a Justiça Eleitoral realizou no dia 15 de
novembro de 1985, eleição para prefeito de João Pessoa, tendo participado do mesmo o
ex-prefeito de Santa Rita, Marcus Odilon Ribeiro Coutinho, pelo PTB – Partido Trabalhista
Brasileiro, representando a hegemonia da oligarquia açucareira da Várzea do Paraíba,
apesar de apresentar discurso populista, até então considerado candidato “Povo da Silva”.
O resultado que saiu das urnas do eleitorado pessoense foi o seguinte:

Cargo: Prefeito
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Antonio Carneiro Arnaud
15 Vice Prefeito: João Cabral PMDB 60.791 49,61% Eleito
Batista
Marcus Odilon
14 Vice Prefeito: Gilvan Amorim PTB 50.387 41,12% Não Eleito
Navarro
Carlos Glaucio Sabino de
Farias
22 PL 5.342 4,36% Não Eleito
Vice Prefeito: Antonio de
Padua Ferreira de Carvalho
Wanderley Caixe
13 PT 4.419 3,61% Não Eleito
Vice Prefeito: Anisio
Damião Galdino da Silva
16 Vice Prefeito: Inácio Araújo PSTU 1.252 1,02% Não Eleito
Barbosa
12 Josélio Paulo Neto PDT 357 0,29% Não Eleito

233
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Prefeito
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Vice Prefeito: Evandil
Bandeira
Votos nulos 5.657
Votos brancos 1.398
Total apurado 129.603
Eleitorado 161.637
Abstenção 32.034 19,82%
Fonte: TRE/PB/Eleição de prefeito/João Pessoa/1985.

Legenda:
PT - Partido dos Trabalhadores
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PL - Partido Liberal
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado

O vitorioso foi Antônio Carneiro Arnaud, uma espécie de sobrinho filho do Senador
Ruy Carneiro/PMDB, representante maior da oligarquia populista do antigo PSD – Partido
Social Democrático, agora enfaatizado e continuado no PMDB, através do lema: “Forte e o
povo”. Enquanto isso, o candidato a vice prefeito Gilvan Amorim Navarro, na chapa de
Marcus Odilon, era cunhado do ex-governador Tarcísio de Miranda Burity, até então
imbatível dem sua trajetória política através do voto direto e ou indireto na Paraíba da
época.
Antes das eleições diretas para governador e vice governador, na Paraíba, realizada
em 15 de novembro 1986, teve lugar a última eleição indireta para tais cargos, ainda com
base na legislação do Regime Militar/1964, no dia 16 de junho de 1985, onde a
Assembleia Legislativa da Paraíba elegeu o Senador Milton Bezerra Cabral e o Deputado
Federal Antônio da Costa Gomes, governador e vice governador, respectivamente. Em 15
de novembro de 1986 foram realizadas as eleições diretas para governador, vice
governador, senador, deputado federal e deputado estadual. Assim sendo, transcrevemos o
resultado final do citado pleito:

Cargo: Governador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Burity
115 Vice Governador: Raymundo PMDB 755.625 61,27% Eleito
Yasbeck Asfora
Marcondes Gadelha
225 PFL 459.589 37,26% Não Eleito
Vice Governador: Marcus

234
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Governador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Odilon
113 Carlos Alberto Dantas Bezerra PT 18.097 1,47% Não Eleito
Votos brancos 112.701
Votos nulos 38.337
Total apurado 1.384.349
Eleitorado 1.464.338
Abstenção 79.989 5,46%
Fonte: TRE/PB – Governador/1986.

Legenda:
PFL - Partido da Frente Liberal
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PT - Partido dos Trabalhadores

Foi eleito governador da Paraíba em primeiro turno Tarcísio Burity, tendo como vice
governador Raymundo Yasbeck Asfora, que apareceu morto em sua residência em
Campina Grande, antes de tomar posse. Neste pleito Santa Rita também estava presente
na pessoa do ex-prefeito e ex-deputado estadual Marcus Odilon, como candidato a vice
governador na chapa encabeçada por Marcondes Gadelha.
O povo escaldado paraibano escaldado com quase 21 anos de ditadura militar, em 1986,
ofereceu ao Brasil o seguinte resultado para senador:

Cargo: Senador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
152 Lira PMDB 615.533 29,97% Eleito
Humberto Coutinho de
151 PMDB 607.266 29,57% Eleito
Lucena
114 Wilson Braga PPR 388.878 18,94% Não Eleito
111 Maurício Leite PPR 267.111 13,01% Não Eleito
113 João Bosco Braga Barreto PPR 40.723 1,98% Não Eleito
222 Durval Ferreira da Silva Filho PL 33.547 1,63% Não Eleito
132 Alberto do Amaral PT 28.539 1,39% Não Eleito
131 Tota PT 27.118 1,32% Não Eleito
221 José Guedes PL 20.398 0,99% Não Eleito
112 Otavio Pires de Lacerda PPR 13.265 0,65% Não Eleito
171 João José Nouri PTRB 11.126 0,54% Não Eleito
Votos brancos 602.047

235
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Senador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Votos nulos 113.127
Total apurado 2.768.678
Eleitorado 1.464.338
Abstenção 79.999 5,46%
Fonte: T R E / Senador/PB/1986.

Legenda:
PTRB - Partido Trabalhista Renovador Brasileiro
PT - Partido dos Trabalhadores
PPR - Partido Progressista Reformador
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PL - Partido Liberal

O PMDB elegeu os dois senadores: Humberto Lucena e Raymundo Lira, com uma
considerável vantagem sobre o ex-governador Wilson Leite Braga e Brasilino Leite, ambos
pertencentes um dos partidos sucessores da extinta Arena e PDS, ligados ao regime militar
extinto com a eleição de Tancredo Neves e José Sarney.
A eleição para deputado federal em 15 de novembro de 1986, oferece ao Brasil os
seguintes deputados constituintes:

Cargo: Deputado Federal


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Antonio Marques da Silva
1550 PMDB 106.591 12,63% Eleito
Mariz
1511 Cassio Cunha Lima PMDB 93.236 11,05% Eleito
2501 Lúcia Braga PFL 92.324 10,94% Eleito
2525 Evaldo Gonçalves de Queiroz PFL 49.219 5,83% Eleito
1555 Ze Maranhão PMDB 47.873 5,67% Eleito
Edme Tavares de
2510 PFL 37.048 4,39% Eleito
Albuquerque
2555 João da Mata de Sousa PFL 35.956 4,26% Eleito
1109 Adauto Pereira PPR 33.128 3,93% Eleito
1522 Edivaldo Fernandes Mota PMDB 30.964 3,67% Eleito
1101 Oswaldo Trigueiro do Vale PPR 29.181 3,46% Suplente
1502 Aluisio Afonso Campos PMDB 26.911 3,19% Eleito
1510 João Agripino PMDB 26.121 3,1% Eleito
2511 Joacil de Brito Pereira PFL 26.062 3,09% Suplente

236
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Federal


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
2502 Salomão Gadelha PFL 23.438 2,78% Suplente
1544 Agassis de Amorim Almeida PMDB 22.833 2,71% Eleito
Luiz da Costa Araújo
2512 PFL 21.849 2,59% Suplente
Bronzeado
1551 Francisco Matias Rolim PMDB 18.270 2,16% Suplente
1508 Octacílio Nobrega de Queiroz PMDB 15.608 1,85% Suplente
1540 Francisco Monteiro da Silva PMDB 12.656 1,5% Suplente
1501 Atencio Bezerra Wanderley PMDB 11.549 1,37% Suplente
1340 Vanderley Caixe PT 9.636 1,14% Suplente
2666 Geraldo Gomes Beltrão PTR 8.846 1,05% Suplente
2222 Renault Vieira de Souza PL 7.576 0,9% Suplente
1577 Genival Veloso de França PMDB 7.355 0,87% Suplente
2522 Reginaldo PFL 6.938 0,82% Suplente
1503 Jovani Paulo Neto PMDB 6.039 0,72% Suplente
1509 Eurico Santiago Rangel PMDB 6.001 0,71% Suplente
1301 Francisco Derly Pereira PT 3.830 0,45% Suplente
1333 Chico Lopes PT 2.342 0,28% Suplente
1108 Erinaldo Guedes PPR 2.153 0,26% Suplente
1545 Emilson de Lucena Formiga PMDB 2.134 0,25% Suplente
2505 Paulo Lins Cavalcante PFL 1.993 0,24% Suplente
Langstein de Almeida e
2626 PTR 1.854 0,22% Suplente
Amorim
1102 José Morais Lucas PPR 1.759 0,21% Suplente
1313 Severino Dantas Fernandes PT 1.427 0,17% Suplente
1399 Elisa Bezerra Mineiros PT 1.037 0,12% Suplente
1331 Josévaldo Pessoa da Cunha PT 972 0,12% Suplente
1311 José Maria Gurgel PT 911 0,11% Suplente
4040 Wandilson Lopes de Lima PSB 868 0,1% Suplente
2255 Rejane Simoes Andrade PL 819 0,1% Suplente
1212 João Rodrigues dos Santos PDT 711 0,08% Suplente
4001 Ana Lucia Pereira da Silva PSB 693 0,08% Suplente
1318 Edvaldo Faustino da Costa PT 645 0,08% Suplente
1547 Francisco de Assis Nogueira PMDB 638 0,08% Suplente
Otavio Alfredo Falcão de
1505 PMDB 616 0,07% Suplente
Oliveira Lima

237
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Federal


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
1504 Marcus Aurelio Dias de Paiva PMDB 562 0,07% Suplente
1330 João Marrocos Sucupira PT 480 0,06% Suplente
2244 Adeilton Hilario PL 478 0,06% Suplente
1211 Gilmar Sobreira Gomes PDT 431 0,05% Suplente
1406 Ascendino Freire Cardoso PTB 364 0,04% Suplente
Paulo Germano Carneiro
2507 PFL 322 0,04% Suplente
Pordeus
1404 Fechine PTB 296 0,04% Suplente
1110 Geraldo Costa PPR 286 0,03% Suplente
1310 Idalmo da Silva PT 278 0,03% Suplente
1303 Pedro Gomes e Silva PT 253 0,03% Suplente
1103 Domingos Mendonça Netto PPR 227 0,03% Suplente
1255 Elson Marconi Costa PDT 180 0,02% Suplente
1405 Fernando Pereira da Silva PTB 161 0,02% Suplente
4003 Vericima Gomes dos Santos PSB 148 0,02% Suplente
1407 Milton Chaves Costa PTB 140 0,02% Suplente
1701 João Juracy Palhano Freire PTRB 113 0,01% Suplente
2577 Durval PFL 107 0,01% Suplente
1402 Antônio Dantas PTB 100 0,01% Suplente
1104 Rildo Cavalcanti Fernandes PPR 93 0,01% Suplente
1217 Severino Soares Pereira PDT 92 0,01% Suplente
1304 Alberto Nunes de Oliveira PT 78 0,01% Suplente
1401 Erivaldo Torreão Diniz PTB 42 0% Suplente
1702 Romulo Borges Costa PTRB 29 0% Suplente
1408 Marcelo Marques de Almeida PTB 18 0% Suplente
1403 Mirtes Ferreira da Costa PTB 17 0% Suplente
1392 Tereza Cristina Soares Maia PT 12 0% Suplente
José Geraldo de Vasconcelos
1314 PT 1 0% Suplente
Baracuhy
Votos brancos 443.014
Votos nulos 60.670
Total apurado 1.347.602
Eleitorado 1.464.338
Abstenção 116.736 7,97%
Fonte: TRE/PB – Deputado Federal/1986

238
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Legenda:
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PL - Partido Liberal
PT - Partido dos Trabalhadores
PFL - Partido da Frente Liberal
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PTRB - Partido Trabalhista Renovador Brasileiro
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PTR - Partido Trabalhista Renovador
PPR - Partido Progressista Reformador

Santa Rita ofereceu a candidatura a deputado federal de Reginaldo Pereira da Costa,


pelo PFL – Partido da Frente Liberal, sob o número 2522, obteve 6.938 votos,
correspondente a 0,82% dos votos válidos apurados no Estado da Paraíba, uma suplência
muito longe, nunca assumiu um segundo o referido mandato.
No tocante a deputação estadual na Paraíba, foram os seguintes os resultados finais
em 1986:

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
15252 João Maximo PMDB 22.415 2,57% Eleito
15226 José Carlos Candeia Pereira PMDB 20.179 2,31% Eleito
15234 Ramalho Leite PMDB 18.545 2,13% Eleito
Afranio Ataide Bezerra
25101 PFL 17.910 2,05% Eleito
Cavalcanti
25110 José Lacerda PFL 16.752 1,92% Eleito
25202 Nilo Feitosa Mayer Ventura PFL 16.627 1,91% Eleito
11207 Enivaldo Ribeiro PPR 16.217 1,86% Eleito
25233 Carlos Dunga PFL 16.035 1,84% Eleito
15225 Roberto Paulino PMDB 15.892 1,82% Eleito
15280 José Aldemir PMDB 15.518 1,78% Eleito
15108 Pericles Carneiro Vilhena PMDB 15.402 1,77% Eleito
11222 Múcio Satyro PPR 14.982 1,72% Eleito
15217 Zé Otávio PMDB 14.540 1,67% Eleito
25222 Efraim Morais PFL 14.210 1,63% Eleito
15213 Leonel Amaro de Medeiros PMDB 13.501 1,55% Eleito
11201 Aloisio Pereira Lima PPR 13.487 1,55% Eleito
25221 Vani PFL 13.124 1,5% Eleito
11209 José Soares Madruga PPR 12.941 1,48% Eleito

239
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
15211 Geralda Freire Medeiros PMDB 12.919 1,48% Eleito
11239 Francisco Pereira Vieira PPR 12.271 1,41% Eleito
15253 Antonio Ivo PMDB 11.817 1,35% Eleito
25120 Francisco Evangelista PFL 11.768 1,35% Eleito
Pedro Adelson Guedes dos
11210 PPR 11.646 1,33% Eleito
Santos
25125 Jader Soares Pimentel PFL 11.477 1,32% Eleito
15116 Antonio Medeiros Dantas PMDB 11.292 1,29% Eleito
Ademar Teotonio Leite
15118 PMDB 11.258 1,29% Eleito
Ferreira
Severino Judivan Cabral de
25242 PFL 11.175 1,28% Eleito
Souza
11224 Carlos Pessoa Filho PPR 11.079 1,27% Eleito
15115 José Fernandes de Lima PMDB 10.845 1,24% Eleito
11204 Pedro Medeiros PPR 10.820 1,24% Eleito
Fernando Paulo Carrilho
25232 PFL 10.589 1,21% Eleito
Milanez
11206 Aércio Pereira PPR 10.578 1,21% Eleito
25111 Manoel Gaudencio PFL 10.427 1,19% Suplente
25213 Egídio da Silva Madruga PFL 10.416 1,19% Suplente
15121 João Fernandes da Silva PMDB 10.348 1,19% Eleito
Antônio Waldir Bezerra
15134 PMDB 10.344 1,19% Eleito
Cavalcanti
15112 José Luiz Simoes Maroja PMDB 10.243 1,17% Eleito
Antonio Augusto Arroxelas de
15110 PMDB 10.159 1,16% Eleito
Macedo
15221 Oildo Soares PMDB 9.921 1,14% Suplente
11212 Antônio Quirino de Moura PPR 9.729 1,11% Suplente
15200 Ernany Moura PMDB 9.134 1,05% Suplente
11215 Sarmento PPR 9.113 1,04% Suplente
11241 Francisco de Assis Camelo PPR 8.933 1,02% Suplente
11225 José Dantas Pinheiro PPR 8.876 1,02% Suplente
Floripes José de Oliveira
11216 PPR 8.651 0,99% Suplente
Coutinho
Raimundo Doca Benevides
25234 PFL 8.636 0,99% Suplente
Gadelha

240
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
25220 José Fernandes de Alencar PFL 8.325 0,95% Suplente
11219 Severino Pereira Gomes PPR 8.161 0,94% Suplente
15281 Simão PMDB 8.154 0,93% Suplente
11203 Robson Dutra PPR 7.980 0,91% Suplente
Carlos Glaucio Sabino de
22222 PL 7.808 0,89% Suplente
Farias
15117 José Alves de Lira PMDB 7.746 0,89% Suplente
15104 José Ribamar Cavalcante PMDB 7.605 0,87% Suplente
11211 Luiz Ferreira Barros PPR 7.549
Fonte: TRE/PB – Deputado Estadual/1986.

O resultado das eleições de 15 de novembro de 1986 da Paraíba para deputado


estadual, foi brilhante para Santa Rita e seu povo, tendo em vista que José Luiz Simões
Maroja e Pericles Carneiro Vilhena, ambos médicos com atuação em Santa Rita, foram
eleitos deputados estaduais pelo PMDB, bem como ficaram na primeira suplência o
advogado Egidio Madruga/PFL e o médico Oildo Soares/PMDB, ambos assumiram seus
mandatos de deputados estaduais e tiveram atuação voltada para o interesse de nossa
gente. Foram os nossos representantes na Assembleia Legislativa Estadual Constituinte.
O país redemocratizado, com a Carta Magna de 1988 promulgada, o povo
santaritense votou para prefeito e vice prefeito em 15 de novembro de 1988 assim:

Cargo: Prefeito
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Marcus Odilon
14 PTB 12.256 47,56% Eleito
Vice Prefeito: Morais
Oildo Soares
40 PSB 6.682 25,93% Não Eleito
Vice Prefeito: Anibal Limeira
Reginaldo
15 Vice Prefeito: José Homero PMDB 5.258 20,4% Não Eleito
de Araujo Junior
Fernando Antonio Gomes
12 Vice Prefeito: Josélito PDT 887 3,44% Não Eleito
Meireles de Oliveira
Vanderley Gomes
13 Vice Prefeito: Maria da Paz PT 686 2,66% Não Eleito
de Franca Silva
Votos brancos 7.996
Votos nulos 1.945

241
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Prefeito
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Total apurado 35.710
Eleitorado 40.358
Abstenção 4.648 11,52%
Fonte: TRE/PB-Prefeito de Santa Rita/PB

Legenda:
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PT - Partido dos Trabalhadores
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro

O eleitorado fez voltar a gestão pública municipal pela segunda vez, Marcus
Odilon/PDT, eleito prefeito e Antônio Joaquim de Morais/PFL, vice prefeito e ligado
politicamente ao deputado estadual Egidio Madruga.
A composição da Câmara Municipal ordinária e por força da Carta Magna de 1988,
também Assembleia Municipal Constituinte ficou assim:

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
15670 Clóvis Alves PMDB 661 5,16% Eleito
15614 Severino Alves Pereira PMDB 538 4,2% Eleito
Vicencia Maria Lianza
40656 PSB 458 3,58% Eleito
Lombardi
14644 Valdecir Lucindo de Souza PTB 431 3,37% Eleito
15620 Jose Nicacio PMDB 420 3,28% Eleito
11622 Assis de Olavo PDS 417 3,26% Eleito
14633 Toinzinho da Prestação PTB 406 3,17% Eleito
12623 Adilson Francisco dos Santos PDT 398 3,11% Eleito
15699 Ivan Lins Modesto PMDB 398 3,11% Eleito
12609 Zacarias Marques PDT 395 3,09% Não Eleito
11614 Antônio Elias Pessoa Filho PDS 393 3,07% Eleito
14612 Francisco de Paula Aguiar PTB 363 2,84% Eleito
14615 Pedro Mendes PTB 359 2,8% Não Eleito
15611 Pedro Matias PMDB 355 2,77% Eleito
15603 João Gadelha PMDB 351 2,74% Eleito
15622 Emanoel Lopes da Fonsêca PMDB 345 2,7% Não Eleito

242
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
15667 Celio Pedrosa de Alencar PMDB 332 2,59% Não Eleito
14614 Bernardino PTB 314 2,45% Não Eleito
15677 José Alves Vieira-santa Rita PMDB 313 2,45% Não Eleito
14602 Anesio Miranda PTB 310 2,42% Não Eleito
40623 Mario Rodrigues da Silva PSB 302 2,36% Eleito
40640 Elson Amorim de Araujo PSB 285 2,23% Eleito
40610 Leandro PSB 271 2,12% Não Eleito
12607 Josias da Silva Ferreira PDT 240 1,88% Suplente
40650 Ozenival dos Santos Costa PSB 230 1,8% Não Eleito
40633 Luiz de Souza Pontes PSB 228 1,78% Não Eleito
12625 Francisco de Assis da Silva PDT 226 1,77% Não Eleito
Legenda do PSB 1.582 12,36%
Legenda do PTB 1.067 8,34%
Legenda do PT 227 1,77%
Legenda do PMDB 110 0,86%
Legenda do PDT 75 0,59%
Votos brancos 3.847
Votos nulos 2.947
Total apurado 19.594
Eleitorado 40.358
Abstenção 20.764 51,45%
Fonte: TRE/PB – Vereador/Santa Rita/1988.

Legenda:
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PDS - Partido Democrático Social

O demônio não soube o que fez quando


criou o homem político, enganou-se, por
isso, a si próprio.
William Shakespeare

A história de nosso Município de Santa Rita sabe que os prédios públicos onde à
Prefeitura Municipal e a Câmara Municipal de Santa Rita, ainda atualmente funciona são
precários e não se apresentam com o valor histórico, cultural, social e administrativo que

243
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

tem a cidade e o município de igual nome perante as demais cidades do Estado da Paraíba.
Sabemos que tem cidades no interior da Paraíba, com orçamento de até cem vezes menor
do que o nosso e as instalações dos Poderes: Executivo e Legislativo se apresentam com
um perfil invejável em relação ao nosso. É uma questão ou visão de administração onde “a
verdadeira filosofia é reaprender a ver o mundo”, na visão de Merleau-Ponty, é uma
questão de valorizar ou não o exercício dos poderes emanados do povo e em seu nome é
exercido. Tanto é assim que em 11 de dezembro de 1989, os Vereadores com funções
ordinárias na Câmara Municipal de Santa Rita e constituintes na Assembléia Municipal
Constituinte, formalmente aprovaram o planejamento mínimo elaborado pelo Vereador
Francisco de Paula Melo Aguiar, Presidente da aludida assembléia, onde formalmente
autorizaram que o gestor do Poder Legislativo Municipal a “a executar as seguintes obras
no edifício da Câmara Municipal, visando à comemoração do Centenário de Emancipação
Política de Santa Rita no dia 19 de março de 1990: 1. Restauração completa do prédio da
Câmara Municipal, como pintura das paredes e portas; 2. Restauração dos sanitários
masculinos e femininos; 3. Compra de um cortinado para o Plenário; 4. Compra de um
serviço de som moderno com microfones em número de três; 5. Confecção de uma placa
comemorativa em bronze tamanho 70 x 90; 6. Providenciar convites para celebração de
missa e culto evangélico; 7. Ciclo de debates e conferências em homenagem ao centenário
com todos os seguimentos da sociedade. De acordo: Santa Rita, 11 de dezembro de 1989”.
Seguem as assinaturas dos vereadores: Ivan Lins Modesto; Waldercir Lucindo de Souza;
Francisco de Assis de Melo Cabral; Vicência Maria Lianza Lombardi; Severino Alves Pereira;
Pedro Mendes de Brito; Mário Rodrigues da Silva; José Nicácio da Silva; Cloves Alves de
Oliveira Filho; Antonio Elias Pessoa Filho; Élson Amorim de Araújo; e Adilson Francisco dos
Santos. Vale salientar de que no período de 20 de dezembro de 1989 a 20 de fevereiro de
1990, a Câmara Municipal com as funções de Casa Legislativa ordinária e de Assembléia
Municipal Constituinte, para elaborar a primeira lei orgânica municipal de sua história,
passou a funcionar no prédio do COFRAG – Colégio Dr. Francisco Aguiar, à rua Eurico
Dutra, nº 64, no Bairro Popular, Santa Rita, Paraíba. É importante registrar de que o
proprietário Francisco de Paula Melo Aguiar, cedeu gratuitamente o uso do referido prédio
pelo prazo de dois meses ao Poder Legislativo Municipal, tempo suficiente para a
restauração do prédio da Câmara Municipal de Santa Rita, situado à Praça Getúlio Vargas,
nº 31, centro de Santa Rita. Registramos ainda que a oposição irresponsável de quanto
pior melhor, fez denuncia através de emissoras de rádios e jornais da época afirmando de
que o município de Santa Rita estava pagando aluguel do referido prédio ao seu
proprietário o Vereador Francisco Aguiar, se bem que sabemos que “[...] culpar outra
pessoa é política”, no pensamento de Hubert H. Humphrev.
O primeiro Centenário de Emancipação Política de Santa Rita foi comemorado no dia
19 de março de 1990 com sessão solene às dez horas no Plenário da Casa de Antônio
Teixeira, com missa na Matriz de Santa Rita e Culto Evangélico na Assembléia de Deus. Foi
colocado o retrato na Câmara e na Prefeitura Municipal de Santa Rita do Intendente
(primeiro Prefeito ou Gestor) Antônio Gomes Cordeiro de Mel1o, na presença de
autoridades convidadas, dos senhores vereadores, do prefeito Marcus Odilon Ribeiro
Coutinho, do vice Prefeito Antônio Joaquim de Morais e do ex-Deputado Ceslau da Costa
Gadelha Filho, além de funcionários da municipalidade.
E a Lei Orgânica Municipal de Santa Rita desceu a ladeira da popular pronta para ser
promulgada, como de fato e de direito foi promulgada no dia 05 de abril de 1990, pela
Assembléia Municipal Constituinte, assinada pelos vereadores constituintes: Francisco de
Paula Melo Aguiar (Presidente); Pedro Mendes de Brito (1º Vice Presidente); Cloves Alves

244
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

de Oliveira Filho (2º Vice Presidente); Antônio Elias Pessoa Filho (1º Secretário); Élson
Amorim de Araújo (2º Secretário – Relator); Adilson Francisco dos Santos (Membro);
Francisco de Assis de Melo Cabral (Membro); Ivan Lins Modesto (Membro); João da Costa
Gadelha (Membro); José Nicácio da Silva (Membro); Mário Rodrigues da Silva (Membro);
Pedro Antônio Matias da Silva (Membro); Severino Alves Pereira (Membro); Waldercir
Lucindo de Souza (Membro), em sessão especial, com o prédio da Câmara Municipal
totalmente restaurado nos termos da autorização legislativa dos senhores edis, com o
juramento formal prestado pelo Prefeito e pelo Vice Prefeito, nos seguintes termos: “Juro
solenemente perante a ASSEMBLÉIA MUNICIPAL CONSTITUINTE, que prometo cumprir e a
LEI ORGÂNICA MUNICIPAL para o fiel desempenho de minhas funções administrativas e,
bem do povo de Santa Rita. Assim prometo. Santa Rita, 05 de abril de 1990. Marcus Odilon
Ribeiro Coutinho – Prefeito-; Antônio Joaquim de Morais -Vice Prefeito-”, conforme
encontra-se publicado no Diário Oficial do Estado da Paraíba nº 8560, edição do dia 29 de
junho de 1990, em João Pessoa, páginas 14, 15 e 16, o texto integral da referida Lei
Orgânica Municipal.
Por analogia, Kant afirma de que “não se pode aprender a Filosofia; somente se
pode aprender a filosofar”, e os vereadores constituintes do Município de Santa Rita
fizeram concretizar e entregar para a posteridade através da promulgação da lei orgânica
municipal. E até porque “encontrou-se, em boa política, o segredo de fazer morrer de fome
aqueles que, cultivando a terra, fazem viver os outros” no pensamento universalista do
grande Voltaire.
Enfatizamos de que em 15 de novembro de 1989, foi realizado primeiro turno da
eleição para presidente da República, tendo os dois candidatos mais votados disputado o
segundo turno em 17 de dezembro de 1989, entre Fernanco Collor de Melo e Luis Inácio
Lula da Silva. Floi vencedor Fernando Collor de Melo, presidente e Itamar Augusto Cautiro
Franco, vice. Posteriormente, diante do impeachment do presidente Fernando Collor,
assumiu o vice presidente Itamar Franco.
O Brasil dentro da legislação democrática e eleitoral fez realizar em 3 de outubro de
1990, eleições para governdor, vice governador, senador, deputado federal e deputado
estadual em todas as unidades da federação nacional. Desse modo a Paraíba teve o
seguinte resultado eleitoral no primeiro turno:

Cargo: Governador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Wilson Braga
12 Vice Governador: Enivaldo PDT 498.763 43,37% 2º Turno
Ribeiro
Ronaldo Cunha Lima
15 Vice Governador: Cicero PMDB 462.562 40,22% 2º Turno
Lucena
João Agripino
11 Vice Governador: João Rafael PDS 137.487 11,96% Não Eleito
de Aguiar
Genival Veloso de França
13 PT 44.719 3,89% Não Eleito
Vice Governador: Emilia

245
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Governador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Correia Lima
João Juracy Palhano Freire
17 Vice Governador: João PDC 6.494 0,56% Não Eleito
Ariosvaldo Pereira da Silva
Votos brancos 202.478
Votos nulos 129.946
Total apurado 1.482.449
Fonte: T R E / PB – 1º turno governador e vice/1990.

Legenda:
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PDC - Partido Democrata Cristao
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PT - Partido dos Trabalhadores
PDS - Partido Democrático Social

E o eleitorado da Paraíba no segundo turno para governador, conforme o TRE/PB


(1990) “em 25/11/1990 realizaram-se eleições para governador, segundo turno, disputando
o sr. Wilson Leite Braga e Ronaldo José da Cunha Lima, sendo este último o eleito. Eleito
como Vice-governador o Sr. Cícero Lucena Filho”, ex-vi transcrição do resultado final
daquela eleição:

Cargo: Governador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Ronaldo Cunha Lima
15 Vice Governador: Cicero PMDB 704.375 55,19% Eleito
Lucena
Wilson Braga
12 Vice Governador: Enivaldo PDT 571.802 44,81% Não Eleito
Ribeiro
Votos nulos 95.946
Votos brancos 31.417
Total apurado 1.403.540
Fonte: T R E / PB – Eleição governador/1990

Legenda:
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PDT - Partido Democrático Trabalhista

246
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Em 03 de outubro de 1990, o eleitorado paraibano votou assim para senador:

Cargo: Senador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Antonio Marques da Silva
Mariz
151 1º Suplente Senador: Ney PMDB 490.376 54,88% Eleito
2º Suplente Senador: Pericles
Carneiro Vilhena
Marcondes Gadelha
1º Suplente Senador: Maurício
121 Brasilino Leite PDT 296.278 33,16% Não Eleito
2º Suplente Senador:
Hermano Alfredo Neto de Sá
Joacil de Brito Pereira
1º Suplente Senador: Rildo
111 Cavalcanti Fernandes PDS 60.706 6,79% Não Eleito
2º Suplente Senador: José
Murilo Bernardo
Paulo de Araujo Netto
1º Suplente Senador: Alberto
401 Magno PSB 29.511 3,3% Não Eleito
2º Suplente Senador: Luiz
Lima de Almeida
Chico Asfora
1º Suplente Senador: José
171 Palhano Freire PDC 16.615 1,86% Não Eleito
2º Suplente Senador: Jorge
Luiz de Lima
Votos brancos 469.352
Votos nulos 119.611
Total apurado 1.482.449
Fonte: TRE/PB Senador/1990
Legenda:
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PDS - Partido Democrático Social
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PDC - Partido Democrata Cristao

É importante mencionar de que dentre os candidatos a senador em 1990 na Paraíba,


os dois candidatos mais votados, Marcondes Gadelha e Antônio Mariz, ambos foram os
mais votados em Santa Rita dentre os demais candidatos ao mesmo cargo.

247
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Para a baixa Câmara em Brasília, foram votados em Santa Ria em 03 de outubro de


1990:

Cargo: Deputado Federal


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
1201 Lúcia Braga PDT 67.462 9,08% Eleito
1113 Ivan Burity de Almeida PDS 44.466 5,98% Eleito
1511 Ivandro Moura Cunha Lima PMDB 44.231 5,95% Eleito
1101 Rivaldo Medeiros PDS 39.473 5,31% Eleito
1234 Vital do Rêgo PDT 33.468 4,5% Eleito
2522 Adauto Pereira PFL 30.456 4,1% Eleito
2511 Efraim Morais PFL 30.308 4,08% Eleito
2525 Evaldo Gonçalves de Queiroz PFL 29.569 3,98% Eleito
1212 Francisco Evangelista PDT 27.307 3,68% Eleito
1555 Ze Maranhão PMDB 25.860 3,48% Eleito
1520 José Luiz Clerot PMDB 25.106 3,38% Eleito
1566 Moreira Lustosa PMDB 22.105 2,98% Eleito
1522 Edivaldo Fernandes Mota PMDB 20.330 2,74% Suplente
2555 João da Mata de Sousa PFL 20.245 2,72% Suplente
1111 Ramalho Leite PDS 20.223 2,72% Suplente
2507 Alvaro Gaudencio Filho PFL 19.747 2,66% Suplente
1502 Robson de Souza Paulino PMDB 18.304 2,46% Suplente
Edme Tavares de
2510 PFL 18.261 2,46% Suplente
Albuquerque
1214 Silvino PDT 17.732 2,39% Suplente
4511 Odilon Ribeiro Coutinho PSDB 17.581 2,37% Suplente
1551 João Maximo PMDB 17.076 2,3% Suplente
1501 Antonio Carneiro Arnaud PMDB 16.991 2,29% Suplente
2502 Salomão Gadelha PFL 15.632 2,1% Suplente
1544 Agassis de Amorim Almeida PMDB 13.317 1,79% Suplente
1112 Juarez Maracaja Coutinho PDS 9.234 1,24% Suplente
1210 Francisco Monteiro da Silva PDT 8.093 1,09% Suplente
1507 Geraldo Medeiros PMDB 6.703 0,9% Suplente
1110 Geraldo Costa PDS 6.432 0,87% Suplente
2020 Francisco Matias Rolim PSC 6.153 0,83% Suplente
Cozete Barbosa L G de
1331 PT 5.768 0,78% Suplente
Medeiros

248
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Federal


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
1222 Nivaldo Manoel PDT 5.731 0,77% Suplente
1517 José Luiz Simoes Maroja PMDB 5.673 0,76% Suplente
6511 Valtecio Brandão PCDOB 3.884 0,52% Suplente
1211 José Salvador Pereira PDT 3.555 0,48% Suplente
1344 Anisio PT 3.161 0,43% Suplente
1116 Coronel Uchôa PDS 3.009 0,4% Suplente
1202 Severino Lins de Albuquerque PDT 2.565 0,35% Suplente
1313 Carlos Roberto de Queiroz PT 2.468 0,33% Suplente
1220 Coronel Claudemir PDT 2.361 0,32% Suplente
1366 Joaquim Neto PT 2.201 0,3% Suplente
1322 Julio Rafael PT 2.162 0,29% Suplente
Maria da Penha do
1355 PT 2.060 0,28% Suplente
Nascimento Silva
1311 José Maria Gurgel PT 1.931 0,26% Suplente
2323 Hermano PCB 1.638 0,22% Suplente
1407 Gildo Serrano Machado PTB 1.617 0,22% Suplente
1209 Zelio Furtado da Silva PDT 1.609 0,22% Suplente
2501 Nório PFL 1.378 0,19% Suplente
Antonio Aladim Chaves
1404 PTB 1.353 0,18% Suplente
Cordeiro
2222 Ozeas Jordão da Silva PL 1.340 0,18% Suplente
1513 Abdias da Silva de Sa PMDB 1.326 0,18% Suplente
1377 Crisantina Cartaxo da Costa PT 1.218 0,16% Suplente
5211 Helena Rosa Maia de Moura PST 1.182 0,16% Suplente
1213 Washington Alves da Rocha PDT 1.138 0,15% Suplente
1333 Pedro Celestino Dantas Filho PT 1.028 0,14% Suplente
Celso de Paiva Mesquita
1525 PMDB 1.020 0,14% Suplente
Junior
1571 Pedro Ventura Nitão PMDB 770 0,1% Suplente
1534 Francisco de Paula Aguiar PMDB 749 0,1% Suplente
2811 Virgilio Macedo de Souza PTR 740 0,1% Suplente
1388 João de Lima Filho PT 648 0,09% Suplente
4011 Rui Macedo PSB 552 0,07% Suplente
1399 Francisco de Assis Almeida PT 495 0,07% Suplente
2505 Fernandes Patricio PFL 414 0,06% Suplente

249
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Federal


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
1240 Aroldo Camelo de Melo PDT 406 0,05% Suplente
1510 Ricardo Rique PMDB 374 0,05% Suplente
Francisco de Assis Veloso
1221 PDT 369 0,05% Suplente
Filho
1330 José Araujo de Souza PT 362 0,05% Suplente
1301 Edilson Dias Fernandes PT 332 0,04% Suplente
1203 Mozart Gonçalves da Silva PDT 318 0,04% Suplente
Nivaldo Severino Ramos de
2001 PSC 301 0,04% Suplente
Araujo
5222 Almir Serrano Veloso PST 291 0,04% Suplente
Francisco Antonio de Araujo
2828 PTR 235 0,03% Suplente
Guerra
6565 Agamenon Travassos Sarinho PCDOB 200 0,03% Suplente
5210 Edvaldo Domingos da Silva PST 194 0,03% Suplente
Chakib Aristides Hamad
1104 PDS 192 0,03% Suplente
Timene
1505 Edmilson Fonseca PMDB 146 0,02% Suplente
Dalton Roberto Benevides
2504 PFL 141 0,02% Suplente
Gadelha
2506 Barata PFL 103 0,01% Suplente
1545 Mário Silveira PMDB 69 0,01% Suplente
2201 Ewilson Sales Honfi PL 61 0,01% Suplente
1321 Antonio Barbosa Filho PT 51 0,01% Suplente
4522 Mazinho Leite PSDB 47 0,01% Suplente
1109 Erinaldo Guedes PDS 44 0,01% Suplente
Manoel Francisco de
1401 PTB 37 0% Suplente
Figueiredo
1310 João de Deus Rafael Junior PT 32 0% Suplente
2583 Aedson PFL 30 0% Suplente
1702 Juzênio Palhano Freire PDC 23 0% Suplente
1701 Romulo Borges Costa PDC 14 0% Suplente
2508 Mario Leite PFL 12 0% Suplente
Francisca Pereira Lopes
6556 PCDOB 8 0% Suplente
Zenaide
6515 Jaldes Reis de Meneses PCDOB 4 0% Suplente
Votos brancos 527.734

250
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Federal


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Votos nulos 151.257
Total apurado 1.421.996
Fonte: T R E /PB – Deputado Federal/1990.

Legenda:
PCB - Partido Comunista Brasileiro
PTR - Partido Trabalhista Renovador
PT - Partido dos Trabalhadores
PDS - Partido Democrático Social
PCDOB - Partido Comunista do Brasil
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PL - Partido Liberal
PSC - Partido Social Cristao
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PDC - Partido Democrata Cristao
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PFL - Partido da Frente Liberal
PST - Partido Social Trabalhista

Pelo exposto o município de Santa Rita teve três candidatos considerados filhos da
terra: Francisco de Paula Melo Aguiar (PMDB), Odilon Ribeiro Coutinho (PSDB) e José Luiz
Simões Maroja (PMDB), todos ficaram suplentes e nunca assumiram um segundo o
mandato de deputado federal em Brasília.
Para a Casa de Epitácio Pessoa, o eleitorado da Paraíba votou nos seguintes
candidatos em 3 de outubro de 1990:

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
11111 Deusdete Queiroga Filho PDS 23.131 2,69% Eleito
25115 Armando Abílio PFL 20.205 2,35% Eleito
11101 Nominando Diniz PDS 18.755 2,18% Eleito
11233 Carlos Dunga PDS 17.464 2,03% Eleito
11122 Valdecir Amorim PDS 15.911 1,85% Eleito
11217 Gervásio Maia PDS 15.446 1,79% Eleito
12113 Djaci Farias Brasileiro PDT 15.086 1,75% Eleito
15111 Zenóbio Toscano PMDB 14.936 1,73% Eleito
11123 Walter Brito PDS 14.042 1,63% Eleito

251
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
15110 Levi Olimpio Ferreira PMDB 13.828 1,61% Eleito
12120 Lauri Ferreira Dr Lauri PDT 13.386 1,55% Eleito
25202 Nilo Feitosa Mayer Ventura PFL 13.336 1,55% Eleito
25220 Milton Lúcio PFL 13.132 1,52% Eleito
25123 Álvaro Neto PFL 12.375 1,44% Eleito
15108 Dr Bosco PMDB 12.027 1,4% Eleito
12140 Vani PDT 11.864 1,38% Eleito
12220 Tião Gomes PDT 11.822 1,37% Eleito
15252 Ze Feliciano PMDB 11.633 1,35% Eleito
11222 Múcio Satyro PDS 11.349 1,32% Eleito
Afranio Athaide Bezerra
25101 PFL 11.029 1,28% Eleito
Cavalcanti
25110 José Lacerda PFL 11.013 1,28% Eleito
11121 Roberto Lopes Burity PDS 10.982 1,27% Eleito
11253 Antonio Ivo PDS 10.734 1,25% Eleito
11204 Pedro Medeiros PDS 10.583 1,23% Suplente
12190 Arnobio Alves Viana PDT 10.525 1,22% Eleito
25111 Aércio Pereira PFL 10.519 1,22% Eleito
12123 José Admir Pereira de Morais PDT 10.410 1,21% Eleito
25213 Egídio da Silva Madruga PFL 10.316 1,2% Eleito
25224 Terezinha Lins Pessôa PFL 10.199 1,18% Eleito
12232 Tarcisio Marcelo PDT 10.099 1,17% Eleito
15221 Ivanio Ramalho PMDB 9.961 1,16% Eleito
Pedro Adelson Guedes dos
12210 PDT 9.654 1,12% Eleito
Santos
15280 José Aldemir PMDB 9.613 1,12% Eleito
25222 Aloisio Pereira Lima PFL 9.357 1,09% Suplente
11117 Quintans PDS 9.249 1,07% Suplente
12101 João Fernandes Barbosa PDT 8.953 1,04% Suplente
11221 Oildo Soares PDS 8.577 1% Suplente
15156 Fernando Melo PMDB 7.590 0,88% Eleito
Severino Judivan Cabral de
11242 PDS 7.532 0,87% Suplente
Sousa
12111 Paulo Soares Loureiro PDT 7.384 0,86% Suplente
12125 Jader Soares Pimentel PDT 7.274 0,84% Suplente

252
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Floripes José de Oliveira
12122 PDT 7.246 0,84% Suplente
Coutinho
15200 Gilvan Freire PMDB 7.171 0,83% Eleito
José Martinho Serpa de
11113 PDS 7.125 0,83% Suplente
Menezes
15211 Robson Dutra PMDB 6.984 0,81% Suplente
25104 Nicodemos de Paiva Gadelha PFL 6.953 0,81% Suplente
15120 Gilbran Asfora PMDB 6.952 0,81% Suplente
12221 José Dantas Pinheiro PDT 6.857 0,8% Suplente
11234 Luiz Otavio PDS 6.849 0,8% Suplente
15226 José Carlos Candeia Pereira PMDB 6.843 0,79% Suplente
12200 Wilson Santiago PDT 6.597 0,77% Suplente
15102 Naide Cabral da Nóbrega PMDB 6.355 0,74% Suplente
15155 Sanny Ribeiro Japiassu PMDB 6.236 0,72% Suplente
12211 Sarmento PDT 6.218 0,72% Suplente
12234 Antônio Fernandes Filho PDT 6.172 0,72% Suplente
15151 Inaldo Leitão PMDB 5.945 0,69% Suplente
11200 Reginaldo Moura Brasil PDS 5.807 0,67% Suplente
15117 Maroja PMDB 5.541 0,64% Suplente
15115 José Fernandes de Lima PMDB 5.439 0,63% Suplente
Francisco de Paula Barreto
45145 PSDB 5.279 0,61% Suplente
Filho
45155 Dr Teo PSDB 5.220 0,61% Suplente
12133 Gil Galdino PDT 5.198 0,6% Suplente
12104 Genival Matias de Oliveira PDT 5.137 0,6% Suplente
Ademar Teotonio Leite
15118 PMDB 5.063 0,59% Suplente
Ferreira
12116 Sergio Melo PDT 4.936 0,57% Suplente
25125 Ivan de Menezes Lyra PFL 4.856 0,56% Suplente
12203 João Ribeiro PDT 4.855 0,56% Suplente
15123 Waldir Lyra dos Santos Lima PMDB 4.820 0,56% Suplente
12204 Zeluiz PDT 4.698 0,55% Suplente
65111 Simão PCDOB 4.538 0,53% Eleito
14111 Jair Santana PTB 4.485 0,52% Suplente
13166 Chico Lopes PT 4.482 0,52% Eleito

253
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
11230 João Pessoa de Souza PDS 4.293 0,5% Suplente
Joaquim Cavalcante de
13113 PT 4.229 0,49% Suplente
Alencar
12121 Antônio Quirino de Moura PDT 4.198 0,49% Suplente
15150 Marivaldo Saraiva Bezerra PMDB 4.159 0,48% Suplente
11130 Lindolfo Pires PDS 4.050 0,47% Suplente
25232 Milanez PFL 4.026 0,47% Suplente
25211 Dr. Hildemar PFL 3.965 0,46% Suplente
15234 Felix Araujo Filho PMDB 3.954 0,46% Suplente
13133 Francisco Derly Pereira PT 3.930 0,46% Suplente
Maria Izabel Cavalcante
13131 PT 3.777 0,44% Suplente
Pontes
15250 José Araujo Agra PMDB 3.764 0,44% Suplente
15222 Haroldo Coutinho de Lucena PMDB 3.629 0,42% Suplente
11241 Francisco de Assis Camelo PDS 3.562 0,41% Suplente
12226 Danilo Queiroz Figueiredo PDT 3.510 0,41% Suplente
11105 Joana Etina de Medeiros PDS 3.431 0,4% Suplente
12225 Deuslirio Pires de Lacerda PDT 3.426 0,4% Suplente
Raimundo Doca Benevides
25234 PFL 3.379 0,39% Suplente
Gadelha
12222 José Rodrigues Pessoa PDT 3.280 0,38% Suplente
15144 Sargento Martins PMDB 3.269 0,38% Suplente
Carlos Glaucio Sabino de
22222 PL 3.254 0,38% Suplente
Farias
13233 Agamenon Vieira da Silva PT 3.206 0,37% Suplente
11102 Adinaldo de Oliveira Pontes PDS 2.937 0,34% Suplente
11212 Durval Ferreira da Silva Filho PDS 2.684 0,31% Suplente
12110 Gilberto Bezerra PDT 2.589 0,3% Suplente
45111 Arimarcel Padilha de Castro PSDB 2.469 0,29% Suplente
Bartolomeu Franciscano do
15215 PMDB 2.426 0,28% Suplente
Amaral Filho
12106 Renaldo Rangel PDT 2.395 0,28% Suplente
45120 Francisco Tito PSDB 2.337 0,27% Suplente
15113 Dr. Bosco PMDB 2.312 0,27% Suplente
23111 Marcio Tarradt Rocha PCB 2.306 0,27% Suplente
13222 Jairo de Oliveira Souza PT 2.270 0,26% Suplente

254
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
12151 Luiz Medeiros de Araujo PDT 2.236 0,26% Suplente
15122 Telino PMDB 2.228 0,26% Suplente
12150 Sebastião Felix de Morais PDT 2.226 0,26% Suplente
12130 Carlos Alberto Belo Temoteo PDT 2.189 0,25% Suplente
Orlando Augusto César de
11110 PDS 2.142 0,25% Suplente
Almeida
12233 At PDT 2.128 0,25% Suplente
22211 Edmilson de Oliveira Arruda PL 2.032 0,24% Suplente
Fernando Kidelmar Dantas de
13118 PT 1.963 0,23% Suplente
Oliveira
15213 Leonel Amaro de Medeiros PMDB 1.950 0,23% Suplente
45101 Ceslau Gadelha PSDB 1.942 0,23% Suplente
13299 João Camilo Pereira PT 1.936 0,22% Suplente
13103 Ricardo Coutinho PT 1.934 0,22% Suplente
Antonio Leite Montenegro
25112 PFL 1.890 0,22% Suplente
Filho
12102 Antonio Ferreira Lopes Filho PDT 1.838 0,21% Suplente
Antônio Bezerra Cabral
25200 PFL 1.793 0,21% Suplente
Sobrinho
Antonio Augusto Arroxelas de
11210 PDS 1.665 0,19% Suplente
Macedo
22233 Kelson de Assis Chaves PL 1.663 0,19% Suplente
Abdon Soares de Miranda
11223 PDS 1.586 0,18% Suplente
Junior
12141 José Jonas Duarte da Costa PDT 1.567 0,18% Suplente
12112 Bosco Nunes PDT 1.542 0,18% Suplente
12124 João Marcos PDT 1.375 0,16% Suplente
13221 João Pereira PT 1.370 0,16% Suplente
Almir Machado Correa de
12230 PDT 1.348 0,16% Suplente
Oliveira
11114 Dr. Paulo PDS 1.327 0,15% Suplente
14120 Aluisio Paredes PTB 1.314 0,15% Suplente
25117 José Vicente Dede Ferreira PFL 1.292 0,15% Suplente
15101 Laercio Pires de Souza PMDB 1.278 0,15% Suplente
Afonso Valtemir Vieira
13111 PT 1.246 0,14% Suplente
Cartaxo

255
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
14110 Adolfo Braz dos Santos PTB 1.230 0,14% Suplente
12202 Simão Freitas PDT 1.213 0,14% Suplente
13110 Lila PT 1.190 0,14% Suplente
13213 Paula Frassinete PT 1.103 0,13% Suplente
Luiz Ricardo Carneiro
22122 PL 1.099 0,13% Suplente
Benevides
28111 Alberdan PTR 1.078 0,13% Suplente
13101 Afonso Francisco de Abreu PT 1.038 0,12% Suplente
12105 Iremar Ferreira de Miranda PDT 1.018 0,12% Suplente
11108 Reginaldo PDS 999 0,12% Suplente
14114 Fernando Caldeira PTB 897 0,1% Suplente
15114 José Leite da Silva PMDB 835 0,1% Suplente
22111 Eladio Barros da Silva PL 828 0,1% Suplente
11240 Dr Lima PDS 824 0,1% Suplente
11116 Carlos Augusto Nogueira PDS 802 0,09% Suplente
12180 João Teófilo Pereira PDT 778 0,09% Suplente
11103 José Antonio da Silva Filho PDS 773 0,09% Suplente
13200 Luiz Gonzaga Lima de Morais PT 770 0,09% Suplente
13150 Flávio do Pt PT 718 0,08% Suplente
13123 Pastor Edvan PT 686 0,08% Suplente
11112 Mauricio Alves PDS 679 0,08% Suplente
14130 José Campos da Silva PTB 667 0,08% Suplente
11209 Severino Luiz da Silva PDS 595 0,07% Suplente
12238 João Minor de Araujo PDT 545 0,06% Suplente
12244 Josémar de Medeiros Batista PDT 534 0,06% Suplente
Veronica Leite Albuquerque
15104 PMDB 533 0,06% Suplente
de Brito
13132 Darci Lacerda Pessoa PT 532 0,06% Suplente
12201 Lidio Ferreira da Silva PDT 531 0,06% Suplente
11120 José Prudencio da Silva PDS 524 0,06% Suplente
52266 Joao da Penha PST 524 0,06% Suplente
12109 Henri Geraldo Malzac PDT 522 0,06% Suplente
40111 Gilvan Braz de Macedo PSB 506 0,06% Suplente
13144 José Afonso de Carvalho Lira PT 504 0,06% Suplente
45122 Edilson Belo PSDB 501 0,06% Suplente

256
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
12129 Russo PDT 500 0,06% Suplente
13114 Josévaldo Pessoa da Cunha PT 455 0,05% Suplente
45116 Viegas PSDB 453 0,05% Suplente
13240 José Vicente da Silva PT 430 0,05% Suplente
Mauricio José Martins de
20150 PSC 424 0,05% Suplente
Souza
15105 Raimundo Lazaro dos Anjos PMDB 423 0,05% Suplente
13160 Manoel Carlos dos Santos PT 396 0,05% Suplente
15125 Alzeni Rodrigues PMDB 374 0,04% Suplente
45130 Hermano de Oliveira Lima PSDB 357 0,04% Suplente
25102 Francisco Barbosa Rocha PFL 342 0,04% Suplente
11160 Edmilson Antônio da Silva PDS 324 0,04% Suplente
12115 Nosman PDT 321 0,04% Suplente
11140 José Antônio Reis PDS 313 0,04% Suplente
11104 José Gonçalves Diniz PDS 291 0,03% Suplente
José Aloysio da Costa
12250 PDT 285 0,03% Suplente
Machado Neto
Dimas Saulo Limeira dos
28222 PTR 279 0,03% Suplente
Santos
40200 Leosildo PSB 270 0,03% Suplente
52111 Ivonaldo Marcelo da Cunha PST 269 0,03% Suplente
11202 Elias Marques PDS 263 0,03% Suplente
13117 Israel Guedes PT 252 0,03% Suplente
52101 Eduardo de Oliveira e Silva PST 244 0,03% Suplente
13130 Raimundo José da Costa PT 230 0,03% Suplente
13250 Ednaldo Leite Pereira PT 228 0,03% Suplente
11236 Elias Marques PDS 220 0,03% Suplente
Augusto Sergio Santiago de
11126 PDS 215 0,02% Suplente
Brito Pereira
14102 Evanildo Araujo de Almeida PTB 212 0,02% Suplente
José Bartolomeu da Silva
14121 PTB 208 0,02% Suplente
Filho
13211 Maria Licor Lira PT 204 0,02% Suplente
25177 Prof João Nunes de Castro PFL 182 0,02% Suplente
13188 Luiz Patricio de Lima PT 181 0,02% Suplente
11131 Wellington Barbosa de PDS 176 0,02% Suplente

257
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Lucena
Adalgiso Carlos Lacerda de
12241 PDT 176 0,02% Suplente
Oliveira
11115 Domingos Mendonça Netto PDS 175 0,02% Suplente
52210 Severino Agusto de Sousa PST 169 0,02% Suplente
22223 Getulio Paiva de Holanda PL 156 0,02% Suplente
Wilma Martins de Mendonca
13180 PT 153 0,02% Suplente
Arruda
15217 Marcos Bezerra de Assunção PMDB 133 0,02% Suplente
12107 Juvêncio Andrade Neto PDT 121 0,01% Suplente
Cristiano Xavier de Lira
11201 PDS 116 0,01% Suplente
Machado
14101 Professor Newton PTB 100 0,01% Suplente
25155 João Tome Camurca PFL 99 0,01% Suplente
João Crisostomo Moreira
11220 PDS 91 0,01% Suplente
Dantas
12103 Juarez Araújo PDT 85 0,01% Suplente
13242 João Carlos Sousa PT 82 0,01% Suplente
52229 Joaquim Costa Neto PST 72 0,01% Suplente
13229 Antonia Trigueiro PT 70 0,01% Suplente
Ednaldo Luciano do
20111 PSC 69 0,01% Suplente
Nascimento
Antonio Eudes Nunes da
12114 PDT 64 0,01% Suplente
Costa
15109 Ricardo Barbosa PMDB 45 0,01% Suplente
Walquiria Peixoto Veloso
22220 PL 45 0,01% Suplente
Borges Pereira de Lima
25118 José Joacio de Araujo Morais PFL 43 0% Suplente
25105 Dr Epitácio PFL 39 0% Suplente
Romeu Gonçalves de
12108 PDT 38 0% Suplente
Abrantes
11109 Antonio Medeiros Dantas PDS 32 0% Suplente
52222 Edivaldo José da Silva PST 27 0% Suplente
28101 Rosinaldo Araujo Pereira PTR 20 0% Suplente
22250 Inaldo Nerys da Silva PL 19 0% Suplente
22240 Jonas Fernandes Pereira PL 19 0% Suplente

258
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
65110 Manoel Donato de Almeida PCDOB 18 0% Suplente
20200 Francisco Valiomar Rolim PSC 14 0% Suplente
65165 Cristiano Zenaide Paiva PCDOB 14 0% Suplente
Veridiano Ferreira do
20202 PSC 12 0% Suplente
Nascimento
25255 Celia Domiciano Dantas PFL 12 0% Suplente
11270 Fernando Mauricio de Lira PDS 11 0% Suplente
11119 Ernany Moura PDS 11 0% Suplente
Carmen Lucia de Carvalho
17102 PDC 7 0% Suplente
Palhano
Fernando Araujo de
17101 PDC 6 0% Suplente
Mendonca Costa
22230 Mario Borba PL 6 0% Suplente
45224 Noaldo de Souza Ribeiro PSDB 4 0% Suplente
13256 Mageciene Chaves de Oliveira PT 1 0% Suplente
Votos brancos 428.253
Votos nulos 147.495
Total apurado 1.437.173

Legenda:
PCDOB - Partido Comunista do Brasil
PSC - Partido Social Cristao
PDC - Partido Democrata Cristao
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PDS - Partido Democrático Social
PT - Partido dos Trabalhadores
PL - Partido Liberal
PTR - Partido Trabalhista Renovador
PST - Partido Social Trabalhista
PFL - Partido da Frente Liberal
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PCB - Partido Comunista Brasileiro

Enfocamos a historicidade no que diz respeito aos candidatos postulantes a


deputados estaduais em 3 de outubro de 1990, ligados por laços de sangue e eleitores de
Santa Rita: Egidio Silva Madruga, reeleito tendo em vista sua segura votação em Taperoá,

259
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Sapé, Santa Rita e região; Oíldo Soares, Severino Maroja, Reginaldo Pereira da Costa e
Ceslau da Costa Gadelha, todos ficaram na suplência.
O regime democrático fez realizar em todo o território nacional eleição para prefeito,
vice prefeito e vereador, em 3 de outubro de 1992. O resultado final para prefeito e vice
prefeito de Santa Rita na referida eleição, foi o seguinte:

Cargo: Prefeito
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
45 Oildo Soares PSDB 17.277 50,7% Eleito
15 Estefania Maroja PMDB 10.898 31,98% Não Eleito
14 Wanderly Farias de Sousa PTB 4.734 13,89% Não Eleito
13 Severino do Ramos Silva PT 1.170 3,43% Não Eleito
Votos brancos 7.052
Votos nulos 3.107
Total apurado 44.238
Eleitorado 52.742
Abstenção 8.504 16,12%
Fonte: T R E / PB– Prefeito de Santa Rita/1992.

Legenda:
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PT - Partido dos Trabalhadores
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira

Foi eleito o ex-vereador e ex-deputado estadual Oíldo Soares, tendo como vice José
Luiz da Silva, o popular Irmão Zezinho Crente, ambos do PSDB.
Para a Câmara Municipal de Santa Rita, o eleitorado votou assim:

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
45677 Zero Á PSDB 928 2,83% Eleito
15614 Pinto PMDB 922 2,81% Eleito
40623 Lala PSB 786 2,4% Eleito
25670 Clóvis Alves PFL 672 2,05% Eleito
25633 Antonio Alves de Moraes PFL 665 2,03% Eleito
14648 Caje PTB 579 1,77% Eleito
25652 Reginaldo PFL 538 1,64% Eleito
14644 Valdecir Lucindo de Souza PTB 480 1,46% Eleito

260
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
12616 Vicencia PDT 446 1,36% Eleito
45608 Gustavo Montenegro Pontes PSDB 442 1,35% Eleito
45680 Anesio Miranda PSDB 428 1,31% Eleito
12650 Laércio Romão PDT 424 1,29% Eleito
15611 Pedro Matias PMDB 411 1,25% Eleito
Gizelia Maria de Andrade
25611 PFL 404 1,23% Eleito
Costa Inácio
45611 Moza PSDB 371 1,13% Eleito
25622 Assis de Olavo PFL 366 1,12% Eleito
14628 Penha Costa PTB 366 1,12% Eleito
14618 José Jairo Carneiro da Silva PTB 365 1,11% Eleito
Rachel Christina Pedrosa
15667 PMDB 363 1,11% Suplente
Maroja
45615 Pedro Mendes PSDB 360 1,1% Suplente
45609 Sizenando PSDB 350 1,07% Suplente
12608 José Severiano de Souza PDT 350 1,07% Suplente
45645 Evilasio Cavalcante Junior PSDB 342 1,04% Suplente
25620 Clovis Batista Guedes PFL 328 1% Suplente
25614 Antônio Elias Pessoa Filho PFL 326 0,99% Suplente
45619 Leandro PSDB 323 0,99% Suplente
45678 Dourivaldo Pereira da Silva PSDB 315 0,96% Suplente
40646 Max PSB 315 0,96% Eleito
45602 Aguinaldo Pereira de Lima PSDB 313 0,96% Suplente
45699 Moacir Avelino de Almeida PSDB 311 0,95% Suplente
14629 Marlene Viana Ferreira PTB 308 0,94% Suplente
15603 João Gadelha PMDB 306 0,93% Suplente
15610 Alberto Sérgio PMDB 303 0,92% Suplente
45623 Mario Rodrigues da Silva PSDB 292 0,89% Suplente
15650 Alfredo Mariano PMDB 287 0,88% Suplente
25625 Bernardino PFL 286 0,87% Suplente
José Homero de Araujo
25610 PFL 285 0,87% Suplente
Junior
15615 Marly Lacerda Di Paci PMDB 276 0,84% Suplente
15699 Ivan Lins Modesto PMDB 273 0,83% Suplente
45601 Jose Nicacio PSDB 261 0,8% Suplente

261
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
40653 Jonas Fotografo PSB 260 0,79% Suplente
José Eduardo Dias Lins de
14645 PTB 258 0,79% Suplente
Albuquerque
25613 Ronaldo de Chiu PFL 246 0,75% Suplente
15655 Pereira da Saelpa PMDB 239 0,73% Suplente
15634 Edson Ferreira Lima PMDB 236 0,72% Suplente
15666 Luis Ribeiro Nunes PMDB 234 0,71% Suplente
12625 Francisco de Assis da Silva PDT 225 0,69% Suplente
45617 Manoel Motorista PSDB 219 0,67% Suplente
25640 Elson Amorim de Araujo PFL 214 0,65% Suplente
14652 Antonino Alves de Souza PTB 212 0,65% Suplente
14620 Zacarias Marques PTB 208 0,63% Suplente
12623 Adilson Francisco dos Santos PDT 202 0,62% Suplente
15639 Kil PMDB 198 0,6% Suplente
15678 Pedro Fernandes PMDB 192 0,59% Suplente
45610 João José da Silva PSDB 188 0,57% Suplente
14613 Antônio Marcelino Carneiro PTB 187 0,57% Suplente
15622 Emanoel Lopes da Fonsêca PMDB 185 0,56% Suplente
25604 Ademar Clemente dos Santos PFL 177 0,54% Suplente
Francisco de Assis Pinheiro
23611 PPS 170 0,52% Suplente
Dantas
15677 Benjamim Elias Pessoa PMDB 169 0,52% Suplente
15675 Severino Ramos de Oliveira PMDB 169 0,52% Suplente
25612 Juvenal PFL 167 0,51% Suplente
40622 Azulmi de Souza Limeira PSB 166 0,51% Suplente
14624 Marinésio Silva PTB 163 0,5% Suplente
João Marconio Correia de
40611 PSB 162 0,49% Suplente
Albuquerque
13601 Maria da Paz de Franca Silva PT 155 0,47% Suplente
Severino Sebastião Biu
12618 PDT 154 0,47% Suplente
Mendes
22622 Alda Rodrigues Fernandes PL 150 0,46% Suplente
15630 Luiz Manoel PMDB 147 0,45% Suplente
13611 Jailton Maciel Alexandre PT 143 0,44% Suplente
45640 Tiba da Cagepa PSDB 140 0,43% Suplente

262
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
14640 Valter de Moraes Pereira PTB 139 0,42% Suplente
14633 Samuel de Paiva Henrique PTB 138 0,42% Suplente
14631 Jandira dos Santos Immisch PTB 138 0,42% Suplente
14627 Raimundo Rodrigues da Silva PTB 134 0,41% Suplente
13610 Raimundo Miguel da Silva PT 133 0,41% Suplente
14656 João Fernandes de Souza PTB 132 0,4% Suplente
13603 Edvaldo Severiano de Lima PT 130 0,4% Suplente
12615 João Felix de Medeiros PDT 129 0,39% Suplente
14622 Alba Rodrigues Fernandes PTB 128 0,39% Suplente
15601 Francisco de Paula Aguiar PMDB 125 0,38% Suplente
45655 Manoel Tabaiana PSDB 120 0,37% Suplente
14610 Everaldo Monteiro da Silva PTB 116 0,35% Suplente
45625 João Antonio Vitorino PSDB 111 0,34% Suplente
22633 Alemar Feitosa Gomes PL 111 0,34% Suplente
12613 Calango PDT 110 0,34% Suplente
45606 Emilia Porto de Miranda PSDB 109 0,33% Suplente
45624 Severino Lopes Rodrigues PSDB 107 0,33% Suplente
40628 Reginaldo Gomes de Melo PSB 103 0,31% Suplente
Cristovão Malaquias de
14655 PTB 101 0,31% Suplente
Araujo
40633 Luiz de Souza Pontes PSB 100 0,31% Suplente
22614 Mario Enedino da Costa PL 100 0,31% Suplente
12601 Rozendo PDT 99 0,3% Suplente
Carlos Antonio do
25650 PFL 98 0,3% Suplente
Nascimento
14641 J Roberto PTB 98 0,3% Suplente
14636 Ricardo Elias Bezerra PTB 96 0,29% Suplente
15618 Otavio Batista do Nascimento PMDB 94 0,29% Suplente
15670 Jailton Souza PMDB 94 0,29% Suplente
45670 João Quirino de Santana PSDB 93 0,28% Suplente
14635 Rivaldo Antonio de Oliveira PTB 92 0,28% Suplente
45627 José Estelio da Silva PSDB 91 0,28% Suplente
Everaldo José de Medeiros
25660 PFL 91 0,28% Suplente
Cantalice
45621 João Paulo dos Santos PSDB 90 0,27% Suplente

263
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
25608 Wilder Pereira de Lima PFL 90 0,27% Suplente
45614 Ramisso da Silva Brito PSDB 90 0,27% Suplente
40632 Cabo Sildo PSB 89 0,27% Suplente
45605 Carlos Antonio de Lima PSDB 88 0,27% Suplente
Marcos Antonio de Oliveira
15620 PMDB 88 0,27% Suplente
Estrela
15616 Gilvan Lopes PMDB 88 0,27% Suplente
15602 Paulo Luiz da Silva PMDB 87 0,27% Suplente
15619 Oziel Felicio de Lima PMDB 86 0,26% Suplente
15606 Antonio Barbosa Sobrinho PMDB 85 0,26% Suplente
12602 Luiz Firmino de Carvalho PDT 85 0,26% Suplente
45660 Tarcísio PSDB 85 0,26% Suplente
Maria de Lourdes da Cunha
15636 PMDB 84 0,26% Suplente
Oliveira
65655 Moura PC DO B 84 0,26% Suplente
14647 João Batista dos Santos PTB 82 0,25% Suplente
14619 Jurandi Mendonca PTB 82 0,25% Suplente
13607 Josias da Silva Ferreira PT 82 0,25% Suplente
15608 Francisco das Chagas Silva PMDB 82 0,25% Suplente
22611 Joséfa Amancio da Silva PL 81 0,25% Suplente
22608 Neco da Prestação PL 81 0,25% Suplente
15688 Maria Madalena dos Anjos PMDB 81 0,25% Suplente
40601 Telmo PSB 80 0,24% Suplente
José Humberto Bastos da
45613 PSDB 78 0,24% Suplente
Silva
22630 Genival Marinho de Oliveira PL 77 0,23% Suplente
45626 João Pedro da Silva PSDB 75 0,23% Suplente
22615 Marivaldo Belisio Cavalcante PL 75 0,23% Suplente
40655 José Bezerra Ramos PSB 73 0,22% Suplente
15613 Manuel Pereira de Santana PMDB 72 0,22% Suplente
40641 Carlos Gilberto Palmeira PSB 71 0,22% Suplente
25607 Edvaldo Viana da Cunha PFL 70 0,21% Suplente
22624 Professor Alfredo PL 70 0,21% Suplente
15644 Ivo Pedro da Silva PMDB 70 0,21% Suplente
14604 Gilson Francisco de Oliveira PTB 69 0,21% Suplente

264
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Francisco Clemente dos
45676 PSDB 68 0,21% Suplente
Santos
25606 Manoel Rufino PFL 66 0,2% Suplente
52602 José Elias Pereira PST 66 0,2% Suplente
15625 José Salvador Alves PMDB 64 0,2% Suplente
15660 Josélito Bandeira Vicente PMDB 64 0,2% Suplente
23610 Paulo Luis da Silva PPS 63 0,19% Suplente
12606 Edson Oliveira PDT 62 0,19% Suplente
14621 José Victor de Abreu PTB 62 0,19% Suplente
40614 José João da Silva PSB 62 0,19% Suplente
14643 Pedro Ferreira Nunes Filho PTB 61 0,19% Suplente
40605 Severino Cesario Claudio PSB 61 0,19% Suplente
45603 Francisco Alexandre Nunes PSDB 59 0,18% Suplente
45635 Giusepe Antonio da Silva PSDB 56 0,17% Suplente
40651 José Alves Feitosa PSB 56 0,17% Suplente
40630 Chagas Taxista PSB 55 0,17% Suplente
13613 Antonio Isidio da Silva PT 54 0,16% Suplente
Severino Leôncio Nascimento
13612 PT 54 0,16% Suplente
Sobrinho
14625 Linaldo José Felix da Silva PTB 54 0,16% Suplente
Carlos Antônio de Morais
25605 PFL 54 0,16% Suplente
Santana
15695 João Pedro Pereira Filho PMDB 53 0,16% Suplente
45650 Genival Neves de Lima PSDB 53 0,16% Suplente
22606 Bartolomeu Lins PL 52 0,16% Suplente
14612 Severino Pereira da Silva PTB 52 0,16% Suplente
45604 Severina Oliveira PSDB 51 0,16% Suplente
15661 José Laurindo da Silva PMDB 51 0,16% Suplente
40606 Valdir Solano de Melo Lira PSB 51 0,16% Suplente
40656 Leonardo PSB 51 0,16% Suplente
45607 Pedro Vicente de Lima PSDB 51 0,16% Suplente
14650 João Ancelmo de Lira PTB 50 0,15% Suplente
15680 José Anizio Pessoa PMDB 49 0,15% Suplente
14653 José Gomes da Silva PTB 49 0,15% Suplente
13633 Luiz Severino da Silva PT 49 0,15% Suplente

265
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
45622 Dario Claudino PSDB 48 0,15% Suplente
14615 Severino Farias de Franca PTB 47 0,14% Suplente
15624 Zé Gotinha PMDB 47 0,14% Suplente
25602 Antonio Sabino de Souza PFL 46 0,14% Suplente
45687 Moacir Dantas da Cunha PSDB 45 0,14% Suplente
45630 Djares Alves PSDB 45 0,14% Suplente
22640 Antônio da Sucata PL 44 0,13% Suplente
José de Arimateia Alves de
25615 PFL 44 0,13% Suplente
Santana
40602 Heraldo Gadelha PSB 42 0,13% Suplente
14606 Antonio Fernandes Coutinho PTB 40 0,12% Suplente
Severino Alexandre do
14638 PTB 38 0,12% Suplente
Nascimento
15640 José Adelino Barbosa PMDB 38 0,12% Suplente
15643 Antonio da Silva PMDB 37 0,11% Suplente
13620 José Ramos de Souza PT 37 0,11% Suplente
14608 Maviael dos Santos Rozendo PTB 37 0,11% Suplente
13615 Antonio Tavares da Silva PT 37 0,11% Suplente
22620 Jeova Cabral Oliveira PL 36 0,11% Suplente
12612 José Francisco Filho PDT 35 0,11% Suplente
40647 Luciano PSB 35 0,11% Suplente
40666 José Hermogenes da Silva PSB 35 0,11% Suplente
14632 Geruza Alves Valentin PTB 34 0,1% Suplente
25616 Noberto Coelho de Araujo PFL 33 0,1% Suplente
Manoel Dorian da Costa
22610 PL 33 0,1% Suplente
Oliveira
Maria Veronica Maciel
25601 PFL 33 0,1% Suplente
Coutinho
14646 Edson Adalberto Cunha PTB 32 0,1% Suplente
14605 Ranulfo Rufino Ferreira PTB 32 0,1% Suplente
Gilvan Barbosa de
14611 PTB 31 0,09% Suplente
Vasconcelos
Marcos Antonio Gomes de
12610 PDT 31 0,09% Suplente
Melo
14617 José de Oliveira Rodrigues PTB 30 0,09% Suplente
14654 Severino Luciano da Costa PTB 30 0,09% Suplente

266
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
22601 Antonio da Silva Teixeira PL 30 0,09% Suplente
12620 Paulo Antonio da Silva PDT 30 0,09% Suplente
45631 José Soares da Silva PSDB 30 0,09% Suplente
15635 Manoel Adelino da Silva PMDB 29 0,09% Suplente
Hugo Faustino do
22609 PL 29 0,09% Suplente
Nascimento
25666 Luiz Carlos de Oliveira PFL 29 0,09% Suplente
14642 Galego do Relógio PTB 29 0,09% Suplente
40640 José Severino da Silva PSB 29 0,09% Suplente
Maria do Carmo Magalhaes
45618 PSDB 29 0,09% Suplente
Chaves
25630 Expedito PFL 28 0,09% Suplente
40692 Edmilson da Silva PSB 28 0,09% Suplente
13666 Vanderley Gomes PT 28 0,09% Suplente
40660 Francisco Cirilo dos Santos PSB 28 0,09% Suplente
Antonio Marcelo Dantas de
45666 PSDB 28 0,09% Suplente
Oliveira
14607 Josaura Mauricio Holmes PTB 28 0,09% Suplente
Lucimar Francisco do
22650 PL 27 0,08% Suplente
Nascimento
15633 Carlos Alberto da Silva PMDB 27 0,08% Suplente
14623 Severino Ferreira dos Ramos PTB 26 0,08% Suplente
Severino do Ramo Santos
40657 PSB 26 0,08% Suplente
Silva
45616 Edmilson Soares da Silva PSDB 26 0,08% Suplente
28610 Vanderley Borges de Aquino PTR 25 0,08% Suplente
40609 José Batista da Silva Filho PSB 25 0,08% Suplente
Uberlandio Galdino dos
40671 PSB 25 0,08% Suplente
Santos
Argemiro Marques da Silva
40670 PSB 24 0,07% Suplente
Filho
40644 Celso Cassimiro da Silva PSB 24 0,07% Suplente
40620 José Luiz Barbosa PSB 24 0,07% Suplente
40683 José Maria da Silva Filho PSB 23 0,07% Suplente
13670 Severino Deolindo da Silva PT 23 0,07% Suplente
14602 Maria Laura da Silva PTB 23 0,07% Suplente

267
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Edson Martins do
40616 PSB 22 0,07% Suplente
Nascimento
45612 José Alves Salvador PSDB 21 0,06% Suplente
15612 João Francisco de Lima Neto PMDB 21 0,06% Suplente
15651 Eduardo Rafael Duarte PMDB 20 0,06% Suplente
14649 José Vicente da Silva PTB 19 0,06% Suplente
14603 Antonio Rodrigues da Silva PTB 19 0,06% Suplente
14657 Arionaldo Batista do Carmo PTB 18 0,05% Suplente
14651 Dorivaldo Chaves de Oliveira PTB 18 0,05% Suplente
Raimundo Arantes
13630 PT 18 0,05% Suplente
Magalhães
13671 Luis Pereira da Silva PT 17 0,05% Suplente
15657 Antonio da Silva Oliveira PMDB 16 0,05% Suplente
15664 Manoel Araujo de Santana PMDB 15 0,05% Suplente
José Bonifácio do
14630 PTB 15 0,05% Suplente
Nascimento
45644 José Elias Pessoa PSDB 15 0,05% Suplente
Aureliano Olegário da
14601 PTB 15 0,05% Suplente
Trindade
13606 Luiz Muniz de Lima PT 14 0,04% Suplente
40619 Francisco Elias da Silva PSB 14 0,04% Suplente
14634 Katia Maria Silveira PTB 14 0,04% Suplente
14609 Everaldo Oliveira da Silva PTB 14 0,04% Suplente
40649 Jancet Xavier Leite PSB 14 0,04% Suplente
14614 Nivaldo Marcelino da Silva PTB 13 0,04% Suplente
14639 Antonio Brito Izidio PTB 13 0,04% Suplente
14616 Alirio Virgulino da Nobrega PTB 13 0,04% Suplente
40610 Severino Freire dos Santos PSB 12 0,04% Suplente
22603 Elias Pereira de Lima PL 11 0,03% Suplente
15654 Antonio de Padua Soares PMDB 11 0,03% Suplente
40631 Valdeci dos Santos Souza PSB 11 0,03% Suplente
40603 Ivone Dias do Nascimento PSB 11 0,03% Suplente
40642 Moizes Manoel do Carmo PSB 11 0,03% Suplente
22644 Mario Plinio de Oliveira PL 10 0,03% Suplente
15663 Severino Antonio Francisco PMDB 10 0,03% Suplente

268
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
40680 Jacinto João da Silva PSB 9 0,03% Suplente
25609 Ariberto Pires da Silva PFL 9 0,03% Suplente
40624 Rosa Maria de Andrade PSB 8 0,02% Suplente
52601 Antônio Dantas PST 7 0,02% Suplente
Carlos Roberto Henriques
40617 PSB 6 0,02% Suplente
Benedito
40677 Rafael Avelino Soares PSB 6 0,02% Suplente
14626 José Fidelis de Lima PTB 4 0,01% Suplente
Maria Nilda Magalhaes
40694 PSB 2 0,01% Suplente
Gadelha
40613 Severino Firmino de Carvalho PSB 2 0,01% Suplente
40607 Sebastião da Silva PSB 2 0,01% Suplente
45654 José João de Albuquerque PSDB 1 0% Suplente
40604 Antonio Freire Bastos PSB 1 0% Suplente
23612 Antonio Luiz de Santana PPS 0 0% Suplente
40688 Everaldo Euclides Pereira PSB 0 0% Suplente
Votos brancos 5.356
Votos nulos 3.725
Total apurado 41.849
Eleitorado 52.742
Abstenção 10.893 20,65%
Fonte: T R E / PB – Eleição Vereador – Santa Rita/1992.

Legenda:
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PTR - Partido Trabalhista Renovador
PFL - Partido da Frente Liberal
PL - Partido Liberal
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PC DO B - Partido Comunista do Brasil
PPS - Partido Popular Socialista
PST - Partido Social Trabalhista
PT - Partido dos Trabalhadores
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PSB - Partido Socialista Brasileiro

O eleitorado é sempre um caixa de surpresa, nas eleições para vereadores de 1992,


tivemos 5.356 votos brancos; 3.725 votos nulos e 10.893 abstenção, equivalente a 20,65%

269
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

do eleitorado municipal de Santa Rita. A soma dos votos em brancos, mais os votos nulos,
mais abstenção, totalizam 19.974 votos jogados fora pelo eleitorado que não acreditou na
mensagem de campanha dos candidatos para vereador naquele pleito, apesar das mais
variadas opções apresentadas, do cortador de cana de açúcar ao portador de titulo
universitário. Isso representa indeferença do presente sem visão de futuro e ou de saída
para os velhos problemas municipais da população envolvida e sempre esquecida por seus
representantes do passado. É o tipo do eleitorado gato escaldado.
O TRE/PB (1992), informa que aconteceu o segundo turno nas eleições municipais
de 1992, apenas no município de João Pessoa, cuja eleição aconteceu em 15 de novembro
de 1992, entre os dois candidatos mais votados no primeiro turno realizado em 3 de
outubro de 1992, sendo eleito Francisco Xaviera Moneiro da Franca (PDT) que obteve
102.878 votos, equivalente a 58,91% dos votos válidos, em desfavor de Francisco Lopes
Silva (PT), que obteve 71.750 votos, correspondente a 41,09% dos votos válidos.
Observamos que foram verificados: 26.370 votos nulos; 2.599 votos brancos; e 44.754
abstenções (18,02% dos votos válidos). Apenas por curiosidade, podemos registrar de que
a soma dos votos brancos, nulos e abstenções verificados em 1992 no principal colégio
eleitoral do Estado da Paraíba, totalizam 73.723 votos, portanto, maior do que a votação
do candidato Francisco Lopes Silva (PT).
O sistema eleitoral nacional, via o regime democrático de direito fez realizar em 3 de
outubro de 1994, eleições para presidente, vice presidente, senador, governador, vice
governador, deputado federal e deputado estadual, em todas as unidades da federação,
dentre as quais a Paraíba e seus municípios. Segue transcrição do resultado final do
primeiro turno para presidente e vice da república em 1994:

Cargo: Presidente
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Fernando Henriq
45 Vice Presidente: Marco PTB / PSDB / PFL 761.876 63,05% Eleito
Antonio de Oliveira Maciel
Lula
PV / PPS / PSTU / PT
13 Vice Presidente: Aloizio 311.142 25,75% Nao Eleito
/ PSB
Mercadante Oliva
Orestes Quercia
15 Vice Presidente: Iris de PSD / PMDB 56.408 4,67% Nao Eleito
Araujo Rezende Machado
Eneas
56 Vice Presidente: Roberto PRONA 44.088 3,65% Nao Eleito
Gama e Silva
Brizola
12 Vice Presidente: Darcy PDT 15.985 1,32% Nao Eleito
Ribeiro
Esperidiao Amin
11 Vice Presidente: Maria PPR 8.285 0,69% Nao Eleito
Gardenia Santos Ribeiro

270
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Presidente
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Goncalves
Carlos Gomes
36 Vice Presidente: Dilton Carlos PRN 6.883 0,57% Nao Eleito
Salomoni
Hernani Fortuna
20 Vice Presidente: Vitor Jorge PSC 3.741 0,31% Nao Eleito
Abdala Nosseis
Votos brancos 219.564
Votos nulos 191.677
Total apurado 1.619.649
Eleitorado 2.092.389
Abstenção 472.740 22,59%
Fonte: T RE /PB – 1º Turno Presidente e Vice da República/1994.

Legenda:
PSC - Partido Social Cristao
PV - Partido Verde
PSD - Partido Social Democrático
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PRONA - Partido da Reedificação da Ordem Nacional
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PPS - Partido Popular Socialista
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
PT - Partido dos Trabalhadores
PPR - Partido Progressista Reformador
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PRN - Partido da Reconstrução Nacional
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PFL - Partido da Frente Liberal

O eleitorado da Paraíba nas eleições de 03 de outubro de 1994, assim votou no


primeiro turno para governador e vice, respectivamente:

Cargo: Governador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Mariz PSD / PPS / PP / PPR
151 Vice Governador: José / PSDB / PRP / PSC / 525.396 46,59% 2o. Turno
Targino Maranhão PMDB
121 Lucia Braga PRN / PFL / PTB / PL 489.066 43,37% 2o. Turno

271
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Governador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Vice Governador: Evaldo / PDT
Goncalves de Queiroz
Avenzoar
PC DO B / PT / PSB /
131 Vice Governador: Antonio 73.989 6,56% Nao Eleito
PSTU / PV
Cariri do Nascimento
Chico PSD / PPS / PP / PPR
111 Vice Governador: Salomao / PSDB / PRP / PSC / 24.541 2,18% Nao Eleito
Benevides Gadelha PMDB
Djacy Lima
331 Vice Governador: Paulo Celso PMN 14.611 1,3% Nao Eleito
do Valle Filho
Votos brancos 357.027
Votos nulos 135.019
Total apurado 1.619.649
Eleitorado 2.092.389
Abstenção 472.740 22,59%
Fonte: TRE/PB – 1º Turno – Governador e Vice Governador/1994.

Legenda:
PC DO B - Partido Comunista do Brasil
PSD - Partido Social Democrático
PRN - Partido da Reconstrução Nacional
PT - Partido dos Trabalhadores
PPR - Partido Progressista Reformador
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PFL - Partido da Frente Liberal
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PPS - Partido Popular Socialista
PP - Partido Progressista
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PRP - Partido Republicano Progressista
PV - Partido Verde
PSC - Partido Social Cristao
PL - Partido Liberal

A eleição foi para o segundo turno, cuja eleição aconteceu em 15 de novembro de


1994 e teve o seguinte resultado final:

272
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Governador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Mariz PSC / PSDB / PSD /
151 Vice Governador: José Targino PP / PPS / PMDB / 781.349 58,3% Eleito
Maranhão PRP
Lucia Braga
PTB / PFL / PL / PDT
121 Vice Governador: Evaldo 558.987 41,7% Nao Eleito
/ PRN
Goncalves de Queiroz
Votos nulos 137.249
Votos brancos 18.536
Total apurado 1.496.121
Eleitorado 2.092.389
Abstenção 596.268 28,5%
Fonte: TRE/PB – 2º Turno – Governador e Vice Governador/1994.

Legenda:
PSC - Partido Social Cristao
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PL - Partido Liberal
PFL - Partido da Frente Liberal
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PSD - Partido Social Democrático
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PPS - Partido Popular Socialista
PP - Partido Progressista
PRN - Partido da Reconstrução Nacional
PRP - Partido Republicano Progressista

Em janeiro de 1995, assumiu o destino da gestão pública estadual o governador


Antônio Marques da Silva Mariz, sendo substituído pelo vice governador José Targino
Maranhão, “mais ou menos dez (1) meses em fase da ocorrência do seu falecimento”,
segundo o TRE/PB(1995).
Ninguém sabe realmente o vem de dentro das urnas, foi justamente o que
aconteceu para senador na Paraíba em 3 de outubro de 1994, quando o eleitorado
“absolveu” publicamente através do voto popular o ex-governador e naquela eleição
candidato a senador Ronaldo José da Cunha Lima, do crime ocorrido no Restaurante
Gulliver, em João Pessoa, no dia 5 de novembro de 1993, provocado pelos três tiros que
disparou contra o seu antecessor, o ex-governador Tarcísio de Miranda Burity, mesmo
diante da exploração de tal caso por seus concorrentes da oposição, dando ênfase a troca
da viola pela pistola, por analogia algo semelhante a visão de S. Kierkegaard, onde “o
trágico é a contradição sofredora [...] A perspectiva trágica vê a contradição e se desespera

273
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

acerca da saída”, citado por Szondi (2004, p. 59), onde o povo representou a sua
sobrevivência na vida pública diante de tal caso ex-vi o resultado final daquele pleito:

Cargo: Senador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Ronaldo C Lima
Suplente de Senador: Jose PPS / PP / PRP / PSC
153 Carlos da Silva Junior / PMDB / PSDB / PSD 517.833 26,84% Eleito
Suplente de Senador: / PPR
Roberto Cavalcanti Ribeiro
Humberto Lucena
Suplente de Senador: Jose PPS / PP / PRP / PSC
152 Wellington Roberto / PMDB / PSDB / PSD 415.900 21,56% Eleito
Suplente de Senador: Renato / PPR
Moura da Cunha Lima
Raimundo Lira
Suplente de Senador:
Francisco Dantas Lira PDT / PFL / PRN / PL
252 381.186 19,76% Nao Eleito
Suplente de Senador: / PTB
Roberto D' Horn Moreira
Monteiro da Franca
Joao Agripino
Suplente de Senador: Manuel
PDT / PFL / PRN / PL
253 Alceu Gaudencio 319.095 16,54% Nao Eleito
/ PTB
Suplente de Senador: Romeu
Goncalves de Abrantes
Joaquim Neto
Suplente de Senador:
PSB / PSTU / PT / PC
132 Albenor Nunes de Carvalho 135.834 7,04% Nao Eleito
DO B / PV
Suplente de Senador: Edilson
Dias Fernandes
Francis
Suplente de Senador: Jader
PSB / PSTU / PT / PC
653 de Paiva Costa 65.972 3,42% Nao Eleito
DO B / PV
Suplente de Senador: Jose de
Arimateia Pereira da Silva
Joao Bosco Melo
Suplente de Senador:
Marcelo Cavalcanti Silva
332 PMN 47.471 2,46% Nao Eleito
Suplente de Senador:
Antonio Ernesto Almeida da
Costa
Joao Nunes
333 PMN 45.898 2,38% Nao Eleito
Suplente de Senador: Jose

274
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Senador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Mario Souto Batista
Suplente de Senador: Flavio
Bonner Filho
Votos brancos 905.051
Votos nulos 405.058
Total apurado 3.239.298
Eleitorado 2.092.389
Abstenção 472.740 22,59%
Fonte: T R E / PB – Eleição para senador/1994.

Legenda:
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PP - Partido Progressista
PRN - Partido da Reconstrução Nacional
PC DO B - Partido Comunista do Brasil
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PPS - Partido Popular Socialista
PRP - Partido Republicano Progressista
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PT - Partido dos Trabalhadores
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
PSC - Partido Social Cristao
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PFL - Partido da Frente Liberal
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PSD - Partido Social Democrático
PL - Partido Liberal
PPR - Partido Progressista Reformador
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PV - Partido Verde

O eleitorado democraticamente elegeu os senadores: Ronaldo José da Cunha Lima,


tendo como suplente: José Carlos da Silva Júnior; e Humberto Coutinho de Lucena, tendo
como suplente: Wellington Roberto, em abril de 1999 assumiu o referido cargo de senador
tendo em vista o falecimento do titular Humberto Lucena.
E o eleitorado paraibano compareceu as urnas e votou assim para deputado federal
em 1994:

Cargo: Deputado Federal


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos

275
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Federal


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PRP / PSDB / PPR /
1515 Cassio PPS / PMDB / PSD / 157.609 16,49% Eleito
PSC / PP
PRN / PFL / PTB /
1210 Wilson Braga 64.271 6,73% Eleito
PDT / PL
PRP / PSDB / PPR /
1522 Gilvan Freire PPS / PMDB / PSD / 57.566 6,02% Eleito
PSC / PP
PRP / PSDB / PPR /
1511 Ivandro PPS / PMDB / PSD / 53.748 5,62% Eleito
PSC / PP
PRP / PSDB / PPR /
1520 Clerot PPS / PMDB / PSD / 42.964 4,5% Eleito
PSC / PP
PRP / PSDB / PPR /
1551 Armando PPS / PMDB / PSD / 41.233 4,32% Eleito
PSC / PP
PRN / PFL / PTB /
2522 Adauto Pereira 35.213 3,69% Eleito
PDT / PL
PRN / PFL / PTB /
2511 Efraim 34.595 3,62% Eleito
PDT / PL
PRN / PFL / PTB /
2501 Alvaro Neto 34.094 3,57% Media
PDT / PL
PRN / PFL / PTB /
1414 Marcus Odilon 33.471 3,5% Suplente
PDT / PL
PRP / PSDB / PPR /
1110 Enivaldo PPS / PMDB / PSD / 33.303 3,49% Media
PSC / PP
PRP / PSDB / PPR /
1550 Jose Aldemir PPS / PMDB / PSD / 32.657 3,42% Media
PSC / PP
PRP / PSDB / PPR /
1502 Roberto Paulino PPS / PMDB / PSD / 31.644 3,31% Media
PSC / PP
PRP / PSDB / PPR /
1510 Ricardo Rique PPS / PMDB / PSD / 29.606 3,1% Suplente
PSC / PP
PRN / PFL / PTB /
2502 Marcondes 28.230 2,95% Suplente
PDT / PL
1566 Vituriano PRP / PSDB / PPR / 27.121 2,84% Suplente

276
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Federal


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PPS / PMDB / PSD /
PSC / PP
PRN / PFL / PTB /
2510 Rivaldo Medeiros 26.891 2,81% Suplente
PDT / PL
PRP / PSDB / PPR /
1111 Evangelista Jr PPS / PMDB / PSD / 25.422 2,66% Suplente
PSC / PP
PRP / PSDB / PPR /
4545 Moaci Carneiro PPS / PMDB / PSD / 20.963 2,19% Suplente
PSC / PP
PRN / PFL / PTB /
2505 Eitel 19.875 2,08% Suplente
PDT / PL
PRN / PFL / PTB /
1212 Nadja Palitot 17.024 1,78% Suplente
PDT / PL
PRN / PFL / PTB /
1211 Gessner Caetano 15.553 1,63% Suplente
PDT / PL
PRN / PFL / PTB /
2240 Carlos Glaucio 11.451 1,2% Suplente
PDT / PL
PRN / PFL / PTB /
1234 Vital 8.861 0,93% Suplente
PDT / PL
PT / PC DO B / PV /
1313 Anisio Maia 6.527 0,68% Nao Eleito
PSTU / PSB
PT / PC DO B / PV /
1345 Cbs 5.333 0,56% Nao Eleito
PSTU / PSB
PT / PC DO B / PV /
1317 Israel Guedes 5.204 0,54% Nao Eleito
PSTU / PSB
PT / PC DO B / PV /
1330 Jeova 4.485 0,47% Nao Eleito
PSTU / PSB
PT / PC DO B / PV /
6511 Brandao 3.139 0,33% Nao Eleito
PSTU / PSB
PT / PC DO B / PV /
1366 Zenito 2.743 0,29% Nao Eleito
PSTU / PSB
PRN / PFL / PTB /
3666 Cicero Freire 2.676 0,28% Suplente
PDT / PL
PRN / PFL / PTB /
2530 Marleno Barros 2.079 0,22% Suplente
PDT / PL
PRP / PSDB / PPR /
1530 Lima Junior PPS / PMDB / PSD / 1.811 0,19% Suplente
PSC / PP

277
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Federal


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PRP / PSDB / PPR /
1501 Laercio Pires PPS / PMDB / PSD / 1.696 0,18% Suplente
PSC / PP
PRN / PFL / PTB /
2520 Epitacio Araujo 1.191 0,12% Suplente
PDT / PL
PT / PC DO B / PV /
1314 Joao Jose 1.070 0,11% Nao Eleito
PSTU / PSB
PT / PC DO B / PV /
1311 Lucio Flavio 1.053 0,11% Nao Eleito
PSTU / PSB
PT / PC DO B / PV /
1301 Assis 843 0,09% Nao Eleito
PSTU / PSB
PT / PC DO B / PV /
1388 Joao de Lima 828 0,09% Nao Eleito
PSTU / PSB
PT / PC DO B / PV /
4015 Dr. Heraldo 747 0,08% Nao Eleito
PSTU / PSB
PRN / PFL / PTB /
2513 Marden Goes 677 0,07% Suplente
PDT / PL
PT / PC DO B / PV /
1616 Ednaldo Leite 637 0,07% Nao Eleito
PSTU / PSB
PT / PC DO B / PV /
1333 Antonio Neto 609 0,06% Nao Eleito
PSTU / PSB
PRN / PFL / PTB /
1213 Romulo Paz 316 0,03% Suplente
PDT / PL
PT / PC DO B / PV /
1399 Caca Ribeiro 306 0,03% Nao Eleito
PSTU / PSB
PRN / PFL / PTB /
1411 Antonio Aladim 223 0,02% Suplente
PDT / PL
PT / PC DO B / PV /
4012 Orlando 172 0,02% Nao Eleito
PSTU / PSB
PT / PC DO B / PV /
1331 Paulo de Tarso 126 0,01% Nao Eleito
PSTU / PSB
PT / PC DO B / PV /
4013 Marcio Porto 115 0,01% Nao Eleito
PSTU / PSB
PRP / PSDB / PPR /
3911 Almir Serrano PPS / PMDB / PSD / 32 0% Suplente
PSC / PP
Legenda do PT 14.363 1,5%
Legenda do PMDB 6.148 0,64%
Legenda do PDT 1.975 0,21%

278
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Federal


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Legenda do PFL 1.700 0,18%
Legenda do PSDB 1.374 0,14%
Legenda do PPR 746 0,08%
Legenda do PL 340 0,04%
Legenda do PRN 284 0,03%
Legenda do PTB 212 0,02%
Legenda do PC DO B 109 0,01%
Legenda do PSB 96 0,01%
Legenda do PSTU 63 0,01%
Legenda do PPS 40 0%
Legenda do PP 38 0%
Legenda do PSC 26 0%
Legenda do PSD 19 0%
Legenda do PRP 10 0%
Legenda do PV 7 0%
Votos nulos 356.319
Votos brancos 308.186
Total apurado 1.620.058
Eleitorado 2.092.389
Abstenção 472.331 22,57%
Fonte: TRE/PB – Eleição-Deputado Federal/1994.

Legenda:
PT - Partido dos Trabalhadores
PC DO B - Partido Comunista do Brasil
PRN - Partido da Reconstrução Nacional
PRP - Partido Republicano Progressista
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PPR - Partido Progressista Reformador
PPS - Partido Popular Socialista
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PFL - Partido da Frente Liberal
PSC - Partido Social Cristão
PP - Partido Progressista
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PV - Partido Verde
PSD - Partido Social Democrático

279
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

PTB - Partido Trabalhista Brasileiro


PSB - Partido Socialista Brasileiro
PL - Partido Liberal

A curiosidade do pleito para deputado federal na Paraíba em 1994, ficou por conta
do candidato Heraldo da Costa Gadelha, homem íntegro, ex-vereador, ex-deputado
estadual, ex-prefeito e advogado dos pobres na região de Santa Rita, que só obteve 747
(setecentos e quarenta e sete) votos, correspondente a 0,08% dos votos válidos. O
eleitorado foi mais generoso com o ex-prefeito Marcus Odilon Ribeiro Coutinho, que obteve
3,5% (três, vírgula cinco por cento) dos votos válidos e ficou como suplente e não assumiu
um dia se quer como deputado federal.
O comparecimento livre dos eleitores em 1994 para deputado estadual na Paraíba,
não causou grandes surpresas, foi praticamente mantida a hegemonia em termos de
representação popular das antigas oligarquias, diante dos seguintes resultados:

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PSC / PSDB / PPS /
15111 Zenobio PP / PRP / PSD / 34.837 3,37% Eleito
PMDB / PPR
PSC / PSDB / PPS /
15233 Dunga PP / PRP / PSD / 32.404 3,14% Eleito
PMDB / PPR
PRN / PL / PDT / PFL
12600 Jose Romero 18.964 1,83% Eleito
/ PTB
PSC / PSDB / PPS /
15105 Nominando Diniz PP / PRP / PSD / 18.893 1,83% Eleito
PMDB / PPR
PSC / PSDB / PPS /
15115 Ariano PP / PRP / PSD / 17.724 1,71% Eleito
PMDB / PPR
PSC / PSDB / PPS /
15211 Robson Dutra PP / PRP / PSD / 17.608 1,7% Eleito
PMDB / PPR
PSC / PSDB / PPS /
15221 Francisca Motta PP / PRP / PSD / 16.800 1,63% Eleito
PMDB / PPR
PRN / PL / PDT / PFL
12202 Ze Luiz 16.529 1,6% Eleito
/ PTB
PSC / PSDB / PPS /
15199 Gervasio PP / PRP / PSD / 15.870 1,54% Eleito
PMDB / PPR
39200 Valdecir Amorim PSC / PSDB / PPS / 15.388 1,49% Eleito

280
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PP / PRP / PSD /
PMDB / PPR
PRN / PL / PDT / PFL
25110 Jose Lacerda Neto 15.277 1,48% Eleito
/ PTB
PSC / PSDB / PPS /
15133 Lindolfo Pires PP / PRP / PSD / 15.187 1,47% Eleito
PMDB / PPR
PSC / PSDB / PPS /
15220 Tiao Gomes PP / PRP / PSD / 14.984 1,45% Eleito
PMDB / PPR
PSC / PSDB / PPS /
15113 Djaci Farias PP / PRP / PSD / 14.944 1,45% Eleito
PMDB / PPR
PSC / PSDB / PPS /
15101 Domiciano Cbral PP / PRP / PSD / 14.581 1,41% Eleito
PMDB / PPR
PRN / PL / PDT / PFL
25105 Epitacioleite 14.521 1,4% Eleito
/ PTB
PSC / PSDB / PPS /
15110 Levi Olimpio PP / PRP / PSD / 14.350 1,39% Eleito
PMDB / PPR
PSC / PSDB / PPS /
15222 Walter Brito PP / PRP / PSD / 14.148 1,37% Eleito
PMDB / PPR
PSC / PSDB / PPS /
15151 Inaldo Leitao PP / PRP / PSD / 13.897 1,34% Eleito
PMDB / PPR
PRN / PL / PDT / PFL
25111 Aercio 13.649 1,32% Eleito
/ PTB
PSC / PSDB / PPS /
15117 Estefania PP / PRP / PSD / 13.451 1,3% Media
PMDB / PPR
PSC / PSDB / PPS /
15253 Antonio Ivo PP / PRP / PSD / 13.279 1,28% Media
PMDB / PPR
PRN / PL / PDT / PFL
12123 Neto Franca 13.268 1,28% Eleito
/ PTB
PSC / PSDB / PPS /
15200 Pedro Medeiros PP / PRP / PSD / 13.244 1,28% Media
PMDB / PPR

281
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PRN / PL / PDT / PFL
12200 Wilson Santiago 13.191 1,28% Eleito
/ PTB
PRN / PL / PDT / PFL
12345 Vitalzinho 13.008 1,26% Eleito
/ PTB
PSC / PSDB / PPS /
15122 Tarcizo Telino PP / PRP / PSD / 12.555 1,21% Media
PMDB / PPR
PRN / PL / PDT / PFL
25220 Dona Dida 12.549 1,21% Eleito
/ PTB
PRN / PL / PDT / PFL
12140 Vani Braga 12.277 1,19% Media
/ PTB
PRN / PL / PDT / PFL
12232 Tarcisiomarcelo 12.271 1,19% Media
/ PTB
PSC / PSDB / PPS /
15120 Gilbran Asfora PP / PRP / PSD / 12.018 1,16% Media
PMDB / PPR
PRN / PL / PDT / PFL
25300 Joao Estrela 11.890 1,15% Media
/ PTB
PSC / PSDB / PPS /
15156 Fernando Melo PP / PRP / PSD / 11.786 1,14% Suplente
PMDB / PPR
PSC / PSDB / PPS /
39110 Quintans PP / PRP / PSD / 11.757 1,14% Suplente
PMDB / PPR
PSB / PT / PV / PC
13213 Padre Adelino 11.730 1,13% Eleito
DO B / PSTU
PSC / PSDB / PPS /
15170 Pedro Pascoal PP / PRP / PSD / 11.351 1,1% Suplente
PMDB / PPR
PSC / PSDB / PPS /
15108 Joao Bosco PP / PRP / PSD / 11.223 1,09% Suplente
PMDB / PPR
PSC / PSDB / PPS /
15140 Julio Cesar PP / PRP / PSD / 11.193 1,08% Suplente
PMDB / PPR
PRN / PL / PDT / PFL
25200 Joao Paulo 11.179 1,08% Suplente
/ PTB
PSC / PSDB / PPS /
15153 Ricardo Barbosa PP / PRP / PSD / 10.866 1,05% Suplente
PMDB / PPR

282
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PSC / PSDB / PPS /
15107 Adriano Bezerra PP / PRP / PSD / 10.772 1,04% Suplente
PMDB / PPR
PSC / PSDB / PPS /
15252 Ze Feliciano PP / PRP / PSD / 10.709 1,04% Suplente
PMDB / PPR
PRN / PL / PDT / PFL
25123 Ademir Morais 10.698 1,04% Suplente
/ PTB
PRN / PL / PDT / PFL
25202 Nilo Feitosa 10.489 1,01% Suplente
/ PTB
PRN / PL / PDT / PFL
25101 Bertrand 10.359 1% Suplente
/ PTB
PSC / PSDB / PPS /
15150 Marivaldo PP / PRP / PSD / 9.844 0,95% Suplente
PMDB / PPR
PRN / PL / PDT / PFL
25500 Marta Ramalho 9.731 0,94% Suplente
/ PTB
PRN / PL / PDT / PFL
25104 Cozinho 9.682 0,94% Suplente
/ PTB
PSB / PT / PV / PC
13110 Luiz A Couto 9.449 0,91% Eleito
DO B / PSTU
PSC / PSDB / PPS /
11111 Benedito PP / PRP / PSD / 9.271 0,9% Suplente
PMDB / PPR
PSB / PT / PV / PC
13166 Chico Lopes 9.243 0,89% Eleito
DO B / PSTU
PRN / PL / PDT / PFL
12221 Jose Dantas 9.051 0,88% Suplente
/ PTB
PRN / PL / PDT / PFL
25211 Orlando Dantas 8.928 0,86% Suplente
/ PTB
PSC / PSDB / PPS /
15123 Paulo Soares PP / PRP / PSD / 8.540 0,83% Suplente
PMDB / PPR
PSC / PSDB / PPS /
15190 Rosilene Gomes PP / PRP / PSD / 8.413 0,81% Suplente
PMDB / PPR
PRN / PL / PDT / PFL
12133 FC 8.289 0,8% Suplente
/ PTB
25112 Mucio Satyro PRN / PL / PDT / PFL 8.284 0,8% Suplente

283
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
/ PTB
PRN / PL / PDT / PFL
12120 Lauri Ferreira 8.273 0,8% Suplente
/ PTB
PRN / PL / PDT / PFL
25102 Carlos Mangueir 8.218 0,8% Suplente
/ PTB
PSB / PT / PV / PC
43111 Tota 7.826 0,76% Media
DO B / PSTU
PSB / PT / PV / PC
65111 Simao Almeida 7.615 0,74% Suplente
DO B / PSTU
PRN / PL / PDT / PFL
25126 Ze Lima 7.554 0,73% Suplente
/ PTB
PSB / PT / PV / PC
40111 Jose Agricio 7.344 0,71% Suplente
DO B / PSTU
PSC / PSDB / PPS /
39211 Carlos Pessoa PP / PRP / PSD / 7.291 0,71% Suplente
PMDB / PPR
PSC / PSDB / PPS /
39210 Pedro Adelson PP / PRP / PSD / 7.213 0,7% Suplente
PMDB / PPR
PSB / PT / PV / PC
13117 Cozete Barbosa 7.140 0,69% Suplente
DO B / PSTU
PSC / PSDB / PPS /
15104 Marcus Gerbasi PP / PRP / PSD / 7.048 0,68% Suplente
PMDB / PPR
PSC / PSDB / PPS /
45111 Manoel Junior PP / PRP / PSD / 7.044 0,68% Suplente
PMDB / PPR
PRN / PL / PDT / PFL
12203 Joao Ribeiro 6.837 0,66% Suplente
/ PTB
PSC / PSDB / PPS /
15130 Floripes PP / PRP / PSD / 6.682 0,65% Suplente
PMDB / PPR
PSB / PT / PV / PC
13103 Ricardo 6.353 0,61% Suplente
DO B / PSTU
PRN / PL / PDT / PFL
36111 Antonio Burity 6.297 0,61% Suplente
/ PTB
PRN / PL / PDT / PFL
12111 Diogo 6.243 0,6% Suplente
/ PTB
15102 Lula de Mandu PSC / PSDB / PPS / 6.134 0,59% Suplente

284
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PP / PRP / PSD /
PMDB / PPR
PRN / PL / PDT / PFL
25125 Nivaldo 6.125 0,59% Suplente
/ PTB
PRN / PL / PDT / PFL
12110 Cabo Martins 6.072 0,59% Suplente
/ PTB
PRN / PL / PDT / PFL
12211 Jose Will 5.951 0,58% Suplente
/ PTB
PSC / PSDB / PPS /
11117 Joao Marcos PP / PRP / PSD / 5.849 0,57% Suplente
PMDB / PPR
PSC / PSDB / PPS /
11112 Basto D Abacaxi PP / PRP / PSD / 5.587 0,54% Suplente
PMDB / PPR
PSB / PT / PV / PC
13211 Dr. Zoma 5.377 0,52% Suplente
DO B / PSTU
PSB / PT / PV / PC
13133 Carlos Bezerra 5.173 0,5% Suplente
DO B / PSTU
PRN / PL / PDT / PFL
25222 Adalberto 4.929 0,48% Suplente
/ PTB
PSC / PSDB / PPS /
15103 Edvaldo Leite PP / PRP / PSD / 4.843 0,47% Suplente
PMDB / PPR
PSC / PSDB / PPS /
45145 Paulo Freire PP / PRP / PSD / 4.707 0,46% Suplente
PMDB / PPR
PSC / PSDB / PPS /
23123 Emilia Correia PP / PRP / PSD / 4.482 0,43% Suplente
PMDB / PPR
PSB / PT / PV / PC
13233 Bonifacio Rocha 4.329 0,42% Suplente
DO B / PSTU
PRN / PL / PDT / PFL
25120 Fechine 4.292 0,42% Suplente
/ PTB
PSB / PT / PV / PC
13299 Ailton 4.244 0,41% Suplente
DO B / PSTU
PRN / PL / PDT / PFL
12233 Aluisio Regis 4.114 0,4% Suplente
/ PTB
PSC / PSDB / PPS /
15144 Abel Medeiros 3.547 0,34% Suplente
PP / PRP / PSD /

285
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PMDB / PPR
PSB / PT / PV / PC
13131 Zizo 2.789 0,27% Suplente
DO B / PSTU
PSC / PSDB / PPS /
15210 Galego PP / PRP / PSD / 2.750 0,27% Suplente
PMDB / PPR
PSB / PT / PV / PC
13161 Garibaldipessoa 2.725 0,26% Suplente
DO B / PSTU
PRN / PL / PDT / PFL
12000 Nosman Paulo 2.699 0,26% Suplente
/ PTB
PSB / PT / PV / PC
13113 Wilson Aragao 2.680 0,26% Suplente
DO B / PSTU
PSC / PSDB / PPS /
45121 Paulo Monteiro PP / PRP / PSD / 2.642 0,26% Suplente
PMDB / PPR
PSC / PSDB / PPS /
15121 Adao Eulampio PP / PRP / PSD / 2.490 0,24% Suplente
PMDB / PPR
PSB / PT / PV / PC
13107 Ernesto B Filho 2.471 0,24% Suplente
DO B / PSTU
PSB / PT / PV / PC
40140 JC 2.146 0,21% Suplente
DO B / PSTU
PSB / PT / PV / PC
40167 Deca 2.115 0,2% Suplente
DO B / PSTU
PSB / PT / PV / PC
13124 Dr. Dede 2.103 0,2% Suplente
DO B / PSTU
PSB / PT / PV / PC
13114 Ze Bento 1.756 0,17% Suplente
DO B / PSTU
PRN / PL / PDT / PFL
12244 Ronaldo Xavier 1.750 0,17% Suplente
/ PTB
PRN / PL / PDT / PFL
12166 Alcides Vilar 1.706 0,17% Suplente
/ PTB
PSB / PT / PV / PC
13222 Fernando Lopes 1.593 0,15% Suplente
DO B / PSTU
PSC / PSDB / PPS /
11101 Idacio Souto PP / PRP / PSD / 1.563 0,15% Suplente
PMDB / PPR
PRN / PL / PDT / PFL
12222 Maracaja 1.479 0,14% Suplente
/ PTB

286
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PSC / PSDB / PPS /
11120 Jose Prudencio PP / PRP / PSD / 1.257 0,12% Suplente
PMDB / PPR
33101 Uray Domingos PMN 1.242 0,12% Nao Eleito
PSC / PSDB / PPS /
45101 C Brasileiro PP / PRP / PSD / 1.133 0,11% Suplente
PMDB / PPR
PSC / PSDB / PPS /
11123 Antonio Nobrega PP / PRP / PSD / 1.066 0,1% Suplente
PMDB / PPR
PSB / PT / PV / PC
13120 Matias 1.058 0,1% Suplente
DO B / PSTU
PSB / PT / PV / PC
13177 Joana Batista 921 0,09% Suplente
DO B / PSTU
PSB / PT / PV / PC
13116 Salomao Marinho 897 0,09% Suplente
DO B / PSTU
PRN / PL / PDT / PFL
12101 Chico Evaristo 848 0,08% Suplente
/ PTB
PRN / PL / PDT / PFL
22140 Marilo Costa 802 0,08% Suplente
/ PTB
PRN / PL / PDT / PFL
14140 Valter Morais 723 0,07% Suplente
/ PTB
PSC / PSDB / PPS /
39222 Ives Mikika PP / PRP / PSD / 698 0,07% Suplente
PMDB / PPR
PSB / PT / PV / PC
13101 Manoel Raimundo 695 0,07% Suplente
DO B / PSTU
PRN / PL / PDT / PFL
36110 Ze Antonio 685 0,07% Suplente
/ PTB
PSB / PT / PV / PC
13144 Eliane Nunes 575 0,06% Suplente
DO B / PSTU
PSB / PT / PV / PC
13150 Flavio Dantas 442 0,04% Suplente
DO B / PSTU
PSB / PT / PV / PC
13111 Jose Tavares 428 0,04% Suplente
DO B / PSTU
PSB / PT / PV / PC
40163 Dorginho 418 0,04% Suplente
DO B / PSTU
PSB / PT / PV / PC
40162 AC 410 0,04% Suplente
DO B / PSTU

287
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PSB / PT / PV / PC
40161 Chagas 380 0,04% Suplente
DO B / PSTU
PSB / PT / PV / PC
13226 Fernando Tadeu 367 0,04% Suplente
DO B / PSTU
PSB / PT / PV / PC
13240 Ze Grandao 363 0,04% Suplente
DO B / PSTU
PSB / PT / PV / PC
40130 Leoncio 331 0,03% Suplente
DO B / PSTU
PRN / PL / PDT / PFL
14101 Lidio Ferreira 327 0,03% Suplente
/ PTB
PSB / PT / PV / PC
40150 Joao Bocao 315 0,03% Suplente
DO B / PSTU
PSB / PT / PV / PC
13200 Edvan Carneiro 294 0,03% Suplente
DO B / PSTU
PSB / PT / PV / PC
13130 Genario Saraiva 287 0,03% Suplente
DO B / PSTU
PSB / PT / PV / PC
13112 Francualdo 282 0,03% Suplente
DO B / PSTU
PSB / PT / PV / PC
40160 AS 273 0,03% Suplente
DO B / PSTU
PRN / PL / PDT / PFL
12108 Galdino Filho 240 0,02% Suplente
/ PTB
PRN / PL / PDT / PFL
14121 Severino Franci 209 0,02% Suplente
/ PTB
PSC / PSDB / PPS /
11110 Aguinaldo PP / PRP / PSD / 204 0,02% Suplente
PMDB / PPR
PSB / PT / PV / PC
40165 Leo 193 0,02% Suplente
DO B / PSTU
PSB / PT / PV / PC
13188 Luiz Patricio 188 0,02% Suplente
DO B / PSTU
PSB / PT / PV / PC
13250 Manoel Pereira 187 0,02% Suplente
DO B / PSTU
PSB / PT / PV / PC
40166 Luiz Pedreiro 165 0,02% Suplente
DO B / PSTU
PSB / PT / PV / PC
13123 Calixto 151 0,01% Suplente
DO B / PSTU
PRN / PL / PDT / PFL
12212 Aderban Martins 132 0,01% Suplente
/ PTB

288
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PRN / PL / PDT / PFL
12105 W 117 0,01% Suplente
/ PTB
PSB / PT / PV / PC
16161 Sosthenes 114 0,01% Suplente
DO B / PSTU
PSB / PT / PV / PC
13201 Fernando Alves 106 0,01% Suplente
DO B / PSTU
PRN / PL / PDT / PFL
25152 Joao Goncalves 83 0,01% Suplente
/ PTB
PRN / PL / PDT / PFL
25232 Milanez 68 0,01% Suplente
/ PTB
PSC / PSDB / PPS /
39111 Deusdete Filho PP / PRP / PSD / 61 0,01% Suplente
PMDB / PPR
PRN / PL / PDT / PFL
25255 Ademar 55 0,01% Suplente
/ PTB
PRN / PL / PDT / PFL
12613 Narma Xavier 54 0,01% Suplente
/ PTB
PSC / PSDB / PPS /
39101 Fernando Barbos PP / PRP / PSD / 48 0% Suplente
PMDB / PPR
PSB / PT / PV / PC
65110 Nilton Silva 22 0% Suplente
DO B / PSTU
PSB / PT / PV / PC
13244 Cely 21 0% Suplente
DO B / PSTU
PSB / PT / PV / PC
13298 Giucelia 18 0% Suplente
DO B / PSTU
PSB / PT / PV / PC
65120 Montenegro 15 0% Suplente
DO B / PSTU
Legenda do PT 8.018 0,78%
Legenda do PMDB 5.453 0,53%
Legenda do PDT 1.885 0,18%
Legenda do PFL 1.477 0,14%
Legenda do PPR 569 0,06%
Legenda do PSDB 552 0,05%
Legenda do PL 248 0,02%
Legenda do PRN 202 0,02%
Legenda do PTB 177 0,02%
Legenda do PPS 98 0,01%

289
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Legenda do PSB 87 0,01%
Legenda do PC DO B 63 0,01%
Legenda do PP 60 0,01%
Legenda do PSTU 43 0%
Legenda do PMN 43 0%
Legenda do PV 36 0%
Legenda do PSC 27 0%
Legenda do PSD 13 0%
Legenda do PRP 5 0%
Votos nulos 297.401
Votos brancos 289.050
Total apurado 1.620.058
Eleitorado 2.092.389
Abstenção 472.331 22,57%
Fonte: TRE/PB – Eleição – Deputado Estadual/1994.

Legenda:
PRN - Partido da Reconstrução Nacional
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PSC - Partido Social Cristao
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PPS - Partido Popular Socialista
PV - Partido Verde
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
PC DO B - Partido Comunista do Brasil
PFL - Partido da Frente Liberal

Santa Rita só teve Estefania Maroja, esposa do ex-prefeito Severino Maroja, como
candidata da terra a deputada estadual em 1994, a qual obteve apenas 1,3% (um vírgula
três por cento) dos votos válidos na Paraíba, segundo o TRE/PB(1994), cujo resultado fez
Santa Rita ficar sem representação na Casa de Epitácio Pessoa por mais quatro anos.
Em 03 de outubro de 1996, aconteceu pela primeira vez na Paraíba o uso do sistema
de votação através de urnas eletrônicas em todos os municípios paraibanos, dentre os
quais Santa Rita, que teve o seguinte resultado para prefeito e vice prefeito:

Cargo: Prefeito
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
15 Maroja PMDB 16.432 41,89% Eleito

290
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Prefeito
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Vice Prefeito: José Lins de
Albuqueruqe
Aldo Marinho Pontes
25 Vice Prefeito: Misael Eustaquio PFL 11.749 29,95% Não Eleito
Mendes de Lucena
Ana Lucia de Almeida Ribeiro
Coutinho
14 PTB 7.596 19,36% Não Eleito
Vice Prefeito: Angela Uchoa
Vilhena
Laércio Romão
40 Vice Prefeito: Severino Leôncio PSB 1.599 4,08% Não Eleito
Nascimento Sobrinho
José Luiz da Silva Filho
45 Vice Prefeito: Antônio Elias PSDB 1.214 3,09% Não Eleito
Pessoa Filho
Ceslau Gadelha
23 Vice Prefeito: Ovidio Raimundo PPS 637 1,62% Não Eleito
dos Santos
Votos nulos 5.521
Votos brancos 2.313
Total apurado 47.061
Eleitorado 60.156
Abstenção 13.095 21,77%
Fonte: TRE/PB – Eleição de Prefeito de Santa Rita/1996.

Legenda:
PPS - PARTIDO POPULAR SOCIALISTA
PFL - PARTIDO DA FRENTE LIBERAL
PSB - PARTIDO SOCIALISTA BRASILEIRO
PMDB - PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRATICO BRASILEIRO
PSDB - PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA
PTB - PARTIDO TRABALHISTA BRASILEIRO

O resultado final do pleito não trouxe nada de novo, a oligarquia do açúcar elegeu o
prefeito Severino Maroja, pela segunda vez prefeito de Santa Rita.
A representação popular para legislar, segundo os resultados das eleições à Câmara
Municipal com o uso das urnas eletrônicas em 1996 ficou assim constituída:
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos

291
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
45614 Pinto PSDB 1.338 3,57% Eleito
25666 Reginaldo PFL 1.142 3,05% Eleito
45677 Zero Á PSDB 969 2,59% Eleito
45678 Dorivaldo Pereira PSDB 903 2,41% Eleito
25670 Lala PFL 894 2,39% Eleito
45666 Pantinha PSDB 853 2,28% Eleito
15666 Cicinha PMDB 752 2,01% Eleito
25611 Moza PFL 737 1,97% Eleito
45620 Valter Filgueira de Sena PSDB 646 1,72% Eleito
25640 Arturo Martins Fernandes PFL 640 1,71% Eleito
25622 Assis de Olavo PFL 634 1,69% Eleito
45650 Creuza Maria da Silva PSDB 634 1,69% Suplente
45602 Aguinaldo PSDB 617 1,65% Suplente
25608 Gustavo Montenegro Pontes PFL 597 1,59% Suplente
25626 Vicencia PFL 585 1,56% Suplente
45670 Clóvis Alves PSDB 581 1,55% Suplente
40633 Bernardino PSB 552 1,47% Eleito
15680 Anesio Miranda PMDB 536 1,43% Eleito
22653 Jonas Fotografo PL 534 1,43% Eleito
15611 Pereira da Saelpa PMDB 522 1,39% Eleito
14633 Toinzinho da Prestação PTB 454 1,21% Eleito
14606 Max PTB 450 1,2% Eleito
13610 Cabo Sildo PT 434 1,16% Eleito
15622 Joca Pessoa PMDB 417 1,11% Suplente
45640 Tiba da Cagepa PSDB 411 1,1% Suplente
15612 Antoniel PMDB 406 1,08% Suplente
25613 Ronaldo de Chiu PFL 401 1,07% Suplente
15644 Valdecir Lucindo de Souza PMDB 400 1,07% Suplente
14620 Kil PTB 399 1,07% Eleito
13613 Zé Santana PT 399 1,07% Suplente
14655 Pedro Matias PTB 397 1,06% Suplente
22623 Manoel Motorista PL 397 1,06% Suplente
25625 Morais PFL 378 1,01% Suplente
23611 Nilton Lins de Vasconcelos PPS 374 1% Não Eleito

292
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
25630 João Polodoro PFL 373 1% Suplente
12608 José Severiano de Souza PDT 367 0,98% Não Eleito
14607 Luciano Dionisio PTB 366 0,98% Suplente
15681 Fernando Martins PMDB 363 0,97% Suplente
25680 Joaquim Dias PFL 359 0,96% Suplente
15633 Jailton Souza PMDB 357 0,95% Suplente
15610 Alberto Sérgio PMDB 337 0,9% Suplente
40611 Wilmar Cicero de Oliveira PSB 331 0,88% Suplente
45648 Caje PSDB 323 0,86% Suplente
45623 Mario Rodrigues da Silva PSDB 308 0,82% Suplente
23610 Edvaldo Severiano de Lima PPS 306 0,82% Não Eleito
25678 Gilvanildo Felix de Araujo PFL 303 0,81% Suplente
14602 Cassiano Alvino da Costa PTB 297 0,79% Suplente
25623 Juvenaldo Cavalcante Costa PFL 292 0,78% Suplente
14608 Penha Costa PTB 283 0,76% Suplente
12613 Calango PDT 279 0,74% Não Eleito
José João de Albuquerque
45611 PSDB 272 0,73% Suplente
Chaves
22611 Elson Amorim de Araujo PL 268 0,72% Suplente
13601 Professor Vamberto PT 255 0,68% Suplente
23613 Moura PPS 255 0,68% Não Eleito
22613 Joao Miguel PL 254 0,68% Suplente
Janete Bernardo Carneiro da
14614 PTB 245 0,65% Suplente
Silva
Gizelia Maria de Andrade
14611 PTB 243 0,65% Suplente
Costa Inácio
14619 Ze Lopes PTB 242 0,65% Suplente
Otavio Batista do Nacimento
45618 PSDB 241 0,64% Suplente
Neto
15615 Marly Lacerda Di Paci PMDB 232 0,62% Suplente
45601 Jose Nicacio PSDB 225 0,6% Suplente
45610 Marlene Lima Cavalcante PSDB 224 0,6% Suplente
15601 Sargento Jair PMDB 210 0,56% Suplente
25650 Arruda PFL 209 0,56% Suplente
15650 Alfredo Mariano PMDB 209 0,56% Suplente

293
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Manoel Adilson Fernandes
14613 PTB 208 0,56% Suplente
Coutinho
Adilson Francisco Bengala
14610 PTB 206 0,55% Suplente
dos Santos
22622 Daniel PL 190 0,51% Suplente
14622 Wanderly Farias de Sousa PTB 187 0,5% Suplente
22610 Celio Rufino PL 180 0,48% Suplente
13606 Joséfa Pereira Dias PT 180 0,48% Suplente
15630 Luiz Manoel PMDB 179 0,48% Suplente
15613 Antônio Marcelino Carneiro PMDB 176 0,47% Suplente
14616 Marinésio Silva PTB 168 0,45% Suplente
14605 Gileno PTB 158 0,42% Suplente
Maria Bernadete Benicio de
45604 PSDB 158 0,42% Suplente
Oliveira
12620 Ivan de Souza Dias PDT 154 0,41% Não Eleito
40601 Telmo PSB 150 0,4% Suplente
14604 Manoel Tabaiana PTB 146 0,39% Suplente
45615 Pedro Mendes PSDB 144 0,38% Suplente
12650 Celso Gomes PDT 144 0,38% Não Eleito
14629 Marlene Viana Pereira PTB 141 0,38% Suplente
22605 Adalberto PL 135 0,36% Suplente
12618 Biu PDT 126 0,34% Não Eleito
Margarida Maria Cunha
15605 PMDB 121 0,32% Suplente
Farias
15620 Barbosa PMDB 120 0,32% Suplente
12601 Rozendo PDT 119 0,32% Não Eleito
José de Alencar do Carmo
12640 PDT 118 0,32% Não Eleito
Silva
14618 J Roberto PTB 117 0,31% Suplente
Severino do Ramo Gonzaga
15658 PMDB 116 0,31% Suplente
de Araujo
23604 Cleonice Fonseca de Paiva PPS 113 0,3% Não Eleito
14623 Roberval PTB 113 0,3% Suplente
40612 Nilton PSB 109 0,29% Suplente
45621 João Paulo dos Santos PSDB 109 0,29% Suplente
40640 João Sirvano de Oliveira Neto PSB 109 0,29% Suplente

294
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
45645 Amauri José da Silva PSDB 108 0,29% Suplente
14617 Marcílio Araújo PTB 107 0,29% Suplente
22666 Tarcisio Soares da Silva Filho PL 104 0,28% Suplente
15616 Gilvan Lopes PMDB 101 0,27% Suplente
22604 Severina Oliveira PL 101 0,27% Suplente
Berenice Taveira do
23606 PPS 100 0,27% Não Eleito
Nascimento Nunes
22624 Professor Alfredo PL 98 0,26% Suplente
15667 Nunes PMDB 98 0,26% Suplente
23602 José Bento Pereira PPS 97 0,26% Não Eleito
25621 Rivaldo Jordão da Silva PFL 97 0,26% Suplente
40610 José Luiz PSB 96 0,26% Suplente
23605 Robson de Morais Bezerra PPS 96 0,26% Não Eleito
22601 Ademar Clemente dos Santos PL 92 0,25% Suplente
15608 Francisco das Chagas Silva PMDB 90 0,24% Suplente
40660 Jerônimo PSB 86 0,23% Suplente
23607 Pedro Pereira da Silva Neto PPS 81 0,22% Não Eleito
Pedro Francisco do
40617 PSB 78 0,21% Suplente
Nascimento
23612 Paulo Luiz da Silva PPS 77 0,21% Não Eleito
Francisco Joelson de Souza
22630 PL 74 0,2% Suplente
Lima
José de Arimatea Alves de
25615 PFL 73 0,19% Suplente
Santana
22602 Chagas Taxista PL 73 0,19% Suplente
22606 Joséfa Amancio da Silva PL 73 0,19% Suplente
40614 José João da Silva PSB 72 0,19% Suplente
Marcos Antônio Ferreira
22626 PL 71 0,19% Suplente
Nunes
15678 Wilde Pereira de Lima PMDB 71 0,19% Suplente
José Hermogenes da Silva
23608 PPS 70 0,19% Não Eleito
Junior
14609 Galego do Relógio PTB 66 0,18% Suplente
40665 Naldinho PSB 62 0,17% Suplente
Manoel Antônio do
40655 PSB 58 0,15% Suplente
Nascimento

295
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
12633 Renan PDT 57 0,15% Não Eleito
13611 Francisquinha PT 56 0,15% Suplente
12612 José Francisco Filho PDT 54 0,14% Não Eleito
25620 Irmã Zezé PFL 54 0,14% Suplente
14601 Maria dos Anjos Oliveira PTB 53 0,14% Suplente
Francisco de Assis Matias da
40615 PSB 51 0,14% Suplente
Silva
Aluizio Ricardo Paiva de
12615 PDT 51 0,14% Não Eleito
Oliveira
25609 Medeiros PFL 48 0,13% Suplente
40666 Luzilda Gomes de Lima PSB 45 0,12% Suplente
22618 Ednildo Santana da Silva PL 45 0,12% Suplente
45619 Leandro PSDB 42 0,11% Suplente
25660 Everaldo Araujo Barros PFL 36 0,1% Suplente
Sandro Cavalcante do
12627 PDT 35 0,09% Não Eleito
Nascimento
22609 Severino Ramos Soares Filho PL 33 0,09% Suplente
Manoel Rodrigues de
23601 PPS 33 0,09% Não Eleito
Almeida
22615 Bartolomeu Lins PL 29 0,08% Suplente
65660 Manoel Pedro de Farias PC DO B 26 0,07% Suplente
22608 Maria Socorro Cabral Oliveira PL 22 0,06% Suplente
45605 Herotildes Pereira de Castro PSDB 21 0,06% Suplente
Maria Aparecida de Carvalho
12606 PDT 20 0,05% Não Eleito
Silva
22620 Severino Lopes Rodrigues PL 17 0,05% Suplente
12611 Expedito PDT 16 0,04% Não Eleito
40669 Dunga PSB 16 0,04% Suplente
11611 Antônio Dantas PPB 14 0,04% Não Eleito
22657 Luiz da Silva Nascimento PL 13 0,03% Suplente
40602 Heraldo Gadelha PSB 12 0,03% Suplente
11614 João Moura da Silva PPB 12 0,03% Não Eleito
11615 José Antônio Reis PPB 12 0,03% Não Eleito
11613 Adriana Gonçalves Ferreira PPB 10 0,03% Não Eleito
12610 Marconi Rodrigues da Silva PDT 10 0,03% Não Eleito

296
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Maria Nazareth Magalhaes
40620 PSB 4 0,01% Suplente
Gadelha
Antônio Figueiredo de
11680 PPB 2 0,01% Não Eleito
Oliveira
45654 José Elias Pessoa PSDB 2 0,01% Suplente
12624 Gilnaldo Lima da Silva PDT 2 0,01% Não Eleito
Legenda do PTB 86 0,23%
Legenda do PMDB 76 0,2%
Legenda do PFL 69 0,18%
Legenda do PSDB 61 0,16%
Legenda do PT 31 0,08%
Legenda do PL 30 0,08%
Legenda do PDT 26 0,07%
Legenda do PSB 20 0,05%
Legenda do PPS 20 0,05%
Legenda do PPB 6 0,02%
Legenda do PC DO B 4 0,01%
Votos brancos 6.998
Votos nulos 2.606
Total apurado 47.061
Eleitorado 60.156
Abstenção 13.095 21,77%
Fonte: TER/PB – Eleição – Vereador – Santa Rita/1996.

Legenda:
PL - PARTIDO LIBERAL
PT - PARTIDO DOS TRABALHADORES
PTB - PARTIDO TRABALHISTA BRASILEIRO
PMDB - PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRATICO BRASILEIRO
PC DO B - PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL
PPS - PARTIDO POPULAR SOCIALISTA
PDT - PARTIDO DEMOCRATICO TRABALHISTA
PPB - PARTIDO PROGRESSISTA BRASILEIRO
PSB - PARTIDO SOCIALISTA BRASILEIRO
PFL - PARTIDO DA FRENTE LIBERAL
PSDB - PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA

297
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Os resultados não surpreendem o eleitorado santaritense, haja vista que 13.095


abstenções, equivalente a 21,77% dos válidos, bem como os 6.998 votos em brancos,
adicionados a 2.606 votos nulos, quando foram apurados 47.061 votos do eleitorado
municipal constituído por 60.156 (sessenta mil, cento e cinqüenta e seis) eleitores.
Entendemos de que a maior surpresa vinda dos resultados finais para vereador à Câmara
Municipal de Santa Rita, em 03 de outubro de 1996, ficou por conta da votação obtida pelo
ex-vereador, ex-deputado estadual, ex-prefeito, ex-suplente de deputado federal e
advogado dos pobres na região da Várzea do Paraíba, tendo Santa Rita como quartel
general, representado pela figura de Heraldo da Costa Gadelha, que obteve apenas 12
(doze) votos, correspondente a 0,03% (zero, vírgula zero por cento), dos votos válidos à
Casa Antônio Teixeira, o que nos leva a pensar de que na realidade “o homem é a única
criatura que deve ser educada”, segundo Kant (1964, p. 697), o que depõe a favor do
pensamento do grande líder que foi Heraldo Gadelha desde o seu primeiro mandato
parlamentar. Infelizmente, o tempo passou e as novas gerações não procuraram respeitar
o referido benfeitor de nossa gente, algo observável diante da ínfima votação. Em parte
aceitamos a ideia de que o povo tem memória curta para não reconhecer e ou retribuir o
bem que lhe foi feito.
A construção do regime democrático é exigente para somente através de
eleições em todos os níveis e com o comparecimento do eleitorado, escolher através do
voto secreto quem vai mandar em quem e vice versa. Desse modo em 4 de outubro de
1998, o Brasil escolheu em primeiro turno o presidente e vice presidente da República. E os
eleitores da Paraíba votaram assim:

Cargo: Presidente
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Fernando Henrique
45 Vice Presidente: Marco PSDB 541.067 45,26% Eleito
Antonio de Oliveira Maciel
Lula
13 Vice Presidente: Leonel de PT 402.293 33,65% Não Eleito
Moura Brizola
Ciro
23 Vice Presidente: Roberto PPS 191.878 16,05% Não Eleito
João Pereira Freire
Enéas
56 Vice Presidente: Irapuan PRONA 15.889 1,33% Não Eleito
Teixeira
Zé Maria
16 Vice Presidente: José Galvão PSTU 10.039 0,84% Não Eleito
de Lima
Sirkis
43 Vice Presidente: Carla PV 8.411 0,7% Não Eleito
Piranda Rabello
33 Brigadeiro Ivan Frota PMN 7.483 0,63% Não Eleito

298
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Presidente
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Vice Presidente: João Ferreira
da Silva
João de Deus Barbosa
70 PT DO B 5.363 0,45% Não Eleito
Vice Presidente: Nanci Pilar
Eymael
27 Vice Presidente: Josmar PSDC 4.309 0,36% Não Eleito
Oliveira Alderete
Vasco Neto
31 Vice Presidente: Alexandre PSN 3.663 0,31% Não Eleito
José Ferreira dos Santos
Thereza Ruiz
19 Vice Presidente: Eduardo PTN 2.885 0,24% Não Eleito
Gomes
Sérgio Bueno
20 Vice Presidente: Ronald PSC 2.200 0,18% Não Eleito
Abrahão Azaro
Votos nulos 258.592
Votos brancos 221.533
Total apurado 1.675.605
Eleitorado 2.223.259
Abstenção 547.654 24,63%
Fonte: TSE/TER/PB – Eleição/1º Turno/Presidente e Vice da República/1998.

Legenda:
PSC - Partido Social Cristao
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PRONA - Partido da Reedificação da Ordem Nacional
PPS - Partido Popular Socialista
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
PTN - Partido Trabalhista Nacional
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PV - Partido Verde
PT - Partido dos Trabalhadores
PSN - Partido da Solidariedade Nacional
PT DO B - Partido Trabalhista do Brasil

A economia brasileira ia relativamente muito bem, diante do auge do Plano Real,


bem como a implantação das políticas públicas nacionais, com reflexo nos Estados
membros e nos municípios, propiciaram a vitória do presidente Fernando Henrique em
primeiro turno em 1998.

299
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Na Paraíba o eleitorado votou assim para Senador:

Cargo: Senador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Ney
1º Suplente Senador:
Robinson Koury Viana da
15 PMDB 455.359 41,64% Eleito
Silva
2º Suplente Senador: Maria
de Fátima Pinto de Sa Pires
Burity
1º Suplente Senador: Manoel
11 Gaudencio PPB 394.294 36,05% Não Eleito
2º Suplente Senador:
Marconi Goes Albuquerque
Cozete Barbosa
1º Suplente Senador:
13 Valtecio Brandão PT 216.006 19,75% Não Eleito
2º Suplente Senador: Albenor
Nunes de Carvalho
Marcio Porto
1º Suplente Senador: Aroldo
33 Alves da Silva PMN 11.267 1,03% Não Eleito
2º Suplente Senador: Alberto
Augusto Araujo Figueiredo
Jaime Carneiro
1º Suplente Senador: José
36 Antonio da Silva Filho PRN 9.489 0,87% Não Eleito
2º Suplente Senador: Cicero
Freire
Chico Asfora
1º Suplente Senador: Laudeci
17 PSL 7.237 0,66% Não Eleito
Barbosa Bezerra de Lima
2º Suplente Senador: Cabeto
Votos brancos 334.841
Votos nulos 247.112
Total apurado 1.675.605
Eleitorado 2.223.259
Abstenção 547.654 24,63%
Fonte: TSE/TRE/PB – Senador/1998.

Legenda:
PRN - Partido da Reconstrução Nacional

300
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

PMN - Partido da Mobilização Nacional


PSL - Partido Social Liberal
PT - Partido dos Trabalhadores
PPB - Partido Progressista Brasileiro
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro

O grande perdedor da eleição para senador pela Paraíba em 1998, foi o ex-
governador Tarcisio Burity, que não conseguiu se eleger e foi sua última candidatura a
cargo majoritário.
A Paraíba em 04 de outubro de 1998 votou para governador e vice governador
assim:

Cargo: Governador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Ze Maranhão
15 Vice Governador: Roberto PMDB 877.852 80,72% Eleito
Paulino
Gilvan Freire
40 Vice Governador: Hamurabi PSB 175.234 16,11% Não Eleito
Duarte de Carvalho
Valadares
44 Vice Governador: Fernando PRP 14.090 1,3% Não Eleito
Vieira de Lima
Pastor Cesar
33 Vice Governador: Wellington PMN 11.095 1,02% Não Eleito
Cariri do Nascimento
Marcelino
16 Vice Governador: Antonio PSTU 9.244 0,85% Não Eleito
Ferreira Lima Neto
Votos brancos 374.347
Votos nulos 213.743
Total apurado 1.675.605
Eleitorado 2.223.259
Abstenção 547.654 24,63%
Fonte: TSE/TRE/PB – Governador/1998.

Legenda:
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
PRP - Partido Republicano Progressista
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PSB - Partido Socialista Brasileiro

301
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Em primeiro turno José Maranhão foi reeleito governador da Paraíba, era o auge do
“Zé, o mestre de obras”, cantado e decantado nos meios de comunicação e na boca do
povo no disse me disse, obteve 80,72% dos votos válidos para governador, além de ter
contribuído para eleger o até então desconhecido na política paraibana o senhor Ney
Suassuna.
O eleitorado em 1998 para deputado federal votou assim:

Cargo: Deputado Federal


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
4510 Wilson Braga PSDB 80.367 6,77% Eleito
1414 Dr. Damião PTB 76.101 6,41% Eleito
1515 Inaldo Leitão PMDB 70.734 5,96% Eleito
2511 Efraim Morais PFL 69.272 5,84% Eleito
1510 Ricardo Rique PMDB 69.053 5,82% Eleito
1533 Domiciano Cabral PMDB 55.585 4,68% Eleito
1111 Enivaldo Ribeiro PPB 51.385 4,33% Eleito
1501 Carlos Dunga PMDB 49.357 4,16% Eleito
2502 Marcondes Gadelha PFL 48.439 4,08% Eleito
2522 Adauto Pereira PFL 45.338 3,82% Eleito
1551 Armando Abílio PMDB 44.403 3,74% Eleito
2501 Álvaro Neto PFL 43.878 3,7% Suplente
1520 José Luiz Clerot PMDB 43.867 3,7% Suplente
1555 Zeluiz PMDB 40.838 3,44% Suplente
1234 Vital do Rêgo PDT 39.428 3,32% Suplente
1550 José Aldemir PMDB 30.386 2,56% Suplente
1526 Olavo PMDB 25.673 2,16% Suplente
2525 João Agripino PFL 24.505 2,06% Suplente
1212 Chico Franca PDT 18.216 1,53% Suplente
1366 Avenzoar PT 16.649 1,4% Eleito
4010 Beto Meireles PSB 15.995 1,35% Suplente
1311 Julio Rafael PT 15.786 1,33% Suplente
6565 Simão PC DO B 11.820 1% Suplente
4011 Lacerda PSB 11.047 0,93% Suplente
1544 Aracilba Rocha PMDB 9.256 0,78% Suplente
1313 Anisio PT 7.939 0,67% Suplente
1322 Julio Cezar PT 7.423 0,63% Suplente
1317 Israel Guedes PT 5.018 0,42% Suplente
2521 Bertrand PFL 4.991 0,42% Suplente

302
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Federal


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
1333 Laércio PT 4.390 0,37% Suplente
4545 Moaci PSDB 4.329 0,36% Suplente
4030 Bernardino PSB 3.649 0,31% Suplente
1330 João de Deus PT 3.523 0,3% Suplente
4013 Nivaldo Mangueira PSB 2.189 0,18% Suplente
1344 João Lima PT 2.075 0,17% Suplente
1616 Alexandre Arruda PSTU 1.959 0,17% Suplente
1388 Souza PT 1.571 0,13% Suplente
2510 Maurício Leite PFL 1.389 0,12% Suplente
1331 Professor Alfredo PT 1.272 0,11% Suplente
1300 Genário PT 1.148 0,1% Suplente
2505 Ana Benévolo PFL 985 0,08% Suplente
4040 Zé Rodrigues PSB 903 0,08% Suplente
5656 Martha Izabel PRONA 899 0,08% Suplente
1558 Alzeni Rodrigues PMDB 579 0,05% Suplente
4005 Pedro Josias Leite PSB 486 0,04% Suplente
1211 Veneziano PDT 428 0,04% Suplente
1122 Barata PPB 383 0,03% Suplente
4544 Lunetta PSDB 215 0,02% Suplente
4444 Roberto Castro PRP 173 0,01% Suplente
3636 Jairton Pequeno PRN 70 0,01% Suplente
4022 Heraldo Gadelha PSB 59 0% Suplente
3612 Professor Calos PRN 47 0% Suplente
1617 Véra Dantas PSTU 31 0% Suplente
6510 Josimar PC DO B 27 0% Suplente
2722 Fátima Lima PSDC 21 0% Suplente
Legenda do PMDB 41.544 3,5%
Legenda do PT 23.898 2,01%
Legenda do PSDB 18.227 1,54%
Legenda do PDT 8.616 0,73%
Legenda do PPB 7.913 0,67%
Legenda do PFL 5.311 0,45%
Legenda do PTB 4.644 0,39%
Legenda do PSL 2.183 0,18%

303
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Federal


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Legenda do PL 1.847 0,16%
Legenda do PSB 1.737 0,15%
Legenda do PV 1.715 0,14%
Legenda do PRP 1.006 0,08%
Legenda do PRONA 987 0,08%
Legenda do PC DO B 956 0,08%
Legenda do PSTU 554 0,05%
Legenda do PRN 288 0,02%
Legenda do PSDC 59 0%
Votos nulos 261.734
Votos brancos 226.940
Total apurado 1.675.708
Eleitorado 2.223.259
Abstenção 547.551 24,63%

Fonte: TSE/TRE/PB- Deputado Federal/1998.

Legenda:
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PFL - Partido da Frente Liberal
PRP - Partido Republicano Progressista
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PPB - Partido Progressista Brasileiro
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PRONA - Partido da Reedificação da Ordem Nacional
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PRN - Partido da Reconstrução Nacional
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
PC DO B - Partido Comunista do Brasil
PT - Partido dos Trabalhadores

O LÍDER E SUA OBSTINAÇÃO


A opinião, rainha do mundo, não pode submeter-se
ao poder dos soberanos, que são, pelo contrário,
os seus primeiros escravos.
ROUSSEAU

304
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Apresentou-se como candidato a deputado federal Heraldo da Costa Gadelha, com


base eleitoral em Santa Rita, que obteve apenas 59 (cinqüenta e nove) votos, segundo o
TRE/PB(1998), não obstante sua perseverança em sonhar de que Santa Rita precisa ter um
representante na Câmara Federal, ele sabia mais que ninguém, justificava em palanque a
existência de nossa riqueza natural proveniente do lençol freático, onde a água mineral é
cristalina e abundante que corre entre nossos vales como o sangue corre em nossas veias.
Cantava em versos e prosa a riqueza proveniente da agricultura e da agroindústria
localizada em Santa Rita, defendia a classe operária da exploração do patronato. Santa
Rita, terra de homem trabalhador e de moça bonita, argumentava em seus discursos. O
povo o aplaudia, porém das urnas não brotavam mais a força salutar proveniente do voto
popular para fazer a sua bandeira de luta ser a bandeira de luta de nossa gente em termos
de políticas públicas, investimento estruturante do tipo industrialização, trabalho, cultura,
saúde, educação e lazer, dentre outras bandeiras igualmente importantes e que nossa
comunidade reclama tendo em vista a ideologia negativa de quem vem ganhando as
eleições em Santa Rita e depois do pleito vira as costas para nossa gente brava. Negar a
luta honesta como verdadeiro samaritano do ex-prefeito Heraldo Gadelha, significa não
conhecê-lo, sempre procurou ficar ao lado do fraco (empregado) em detrimento do forte
(patrão). Em suas conversas públicas e ou privadas incentivava e ou estimulava o povo a
ler a Bíblia e lembramos de que uma certa vez ele citou o Evangelho de Lucas, capítulo 10,
versículos 30 a 37:

"Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e


caiu nas mãos de salteadores, os quais o
despojaram e, espancando-o, retiraram-se,
deixando-o semimorto. Descia pelo mesmo
caminho certo sacerdote; e, vendo-o, passou de
largo. E de igual modo um levita chegando àquele
lugar, e, avistando o pobre homem, passou
também de largo. Mas um samaritano, que ia de
viagem, chegou ao pé dele e, fitando-o, tomou-se
de infinita compaixão; e, aproximando-se, atou-lhe
as feridas, aplicando-lhes azeite e vinho; e pondo-o
sobre um animal de sua propriedade, levou-o para
uma estalagem e cuidou dele. No outro dia,
partindo, tirou dois denários (antiga moeda
romana), e deu-os ao dono da hospedaria e lhe
disse: Cuida bem deste ferido, e tudo o que de
mais gastares, eu te pagarei quando aqui voltar.
Qual, pois, destes três — perguntou Jesus ao
homem da lei — te parece que foi o próximo
daquele que caiu nas mãos dos salteadores? Ao
que o doutor da lei lhe respondeu: Claramente o
que usou de misericórdia para com ele. Disse-lhe,
então, calmamente Jesus: ‘Vai, pois, e fazes da
mesma forma”.

E era assim a analogia que fazia entre sua pregação de homem público e o seu
querer fazer o bem sem olhar para quem em Santa Rita. Era o discurso de cuidar do
abandono da cidade e de seu povo, porém, o povo em sua maioria fazia ouvido de
marcador. Até mesmo, aqueles estudantes secundaristas e universitários, que não são

305
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

poucos e que receberam ajuda em termos de livros, bolsas de estudo, estágios


remunerados, empregos, etc, no tempo em que ele foi prefeito, ficaram ricos e passaram a
ser seus concorrentes na advocacia e na atividade política local e estadual, além de
transformarem-se em adversários ferrenhos. É a justificativa que se tem de sua última
vitória eleitoral a de prefeito de Santa Rita em 1963. Foi prefeito honesto e teve todas as
prestações de contas aprovadas na forma da legislação da gestão pública. De lá para cá...
o referido líder, saiu da vida pública e não obteve mais o gosto de ganhar uma só eleição,
não obstante a sua obstinação de homem público e de opositor ao Regime Militar de 1964.
O resultado para deputado estadual da Paraíba em 4 de outubro de 1998, não foi de
causar surpresa diante da relação dos eleitos, conforme segue:

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
15155 Olenka Maranhão PMDB 43.740 3,41% Eleito
15111 Zenóbio Toscano PMDB 29.354 2,29% Eleito
15221 Chica Motta PMDB 29.022 2,26% Eleito
15211 Robson Dutra PMDB 28.878 2,25% Eleito
15105 Nominando Diniz PMDB 28.198 2,2% Eleito
13666 Ricardo Coutinho PT 25.388 1,98% Eleito
15220 Tião Gomes PMDB 23.771 1,85% Eleito
15113 Djaci Farias Brasileiro PMDB 23.574 1,84% Eleito
45000 Quintans PSDB 22.473 1,75% Eleito
15199 Gervásio Maia PMDB 22.344 1,74% Eleito
45600 Wilson Santiago PSDB 22.080 1,72% Eleito
15101 Ruy Carneiro PMDB 20.767 1,62% Eleito
15152 Iraê Lucena PMDB 20.630 1,61% Eleito
12345 Vitalzinho PDT 19.921 1,55% Eleito
15115 Ariano Fernandes PMDB 19.661 1,53% Eleito
17100 Lúcia Braga PSL 19.565 1,52% Eleito
25110 José Lacerda PFL 19.365 1,51% Eleito
15200 Pedro Medeiros PMDB 19.339 1,51% Eleito
15133 Lindolfo Pires PMDB 18.345 1,43% Eleito
15123 Romulo Gouveia PMDB 17.809 1,39% Eleito
25200 João Paulo PFL 17.214 1,34% Eleito
15117 Estefania Maroja PMDB 16.473 1,28% Eleito
25123 Ademir Morais PFL 16.339 1,27% Eleito
45200 Valdecir Amorim PSDB 16.164 1,26% Eleito
15125 Arthur Cunha Lima PMDB 15.915 1,24% Eleito
15222 Walter Brito PMDB 15.739 1,23% Eleito

306
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
15144 Carlos Mangueira PMDB 14.797 1,15% Eleito
12369 Joao da Penha PDT 14.655 1,14% Eleito
15150 Jacinto Dantas PMDB 14.411 1,12% Suplente
25111 Aércio Pereira PFL 14.148 1,1% Eleito
11110 Vituriano de Abreu PPB 14.136 1,1% Eleito
45300 Socorro Marques PSDB 13.930 1,09% Eleito
15233 Trocolli Júnior PMDB 13.729 1,07% Suplente
13333 Frei Anastacio PT 13.508 1,05% Eleito
15253 Antonio Ivo PMDB 12.647 0,99% Suplente
45115 João Fernandes PSDB 12.362 0,96% Eleito
25105 Zarinha PFL 12.234 0,95% Eleito
43123 Sargento Denis PV 12.036 0,94% Eleito
25500 Narriman Xavier da Costa PFL 11.972 0,93% Suplente
25300 Nicodemos de Paiva Gadelha PFL 11.869 0,92% Suplente
13110 Luiz Couto PT 11.849 0,92% Eleito
15120 Gilbran Asfora PMDB 11.714 0,91% Suplente
25222 José Passos PFL 11.641 0,91% Suplente
25112 Múcio Satyro PFL 11.412 0,89% Suplente
45006 Benedito Biu PSDB 11.307 0,88% Suplente
15140 Julio Cesar PMDB 10.798 0,84% Suplente
15153 Ricardo Barbosa PMDB 10.756 0,84% Suplente
25125 Eitel Santiago PFL 10.672 0,83% Suplente
45111 José Romero PSDB 10.636 0,83% Suplente
45110 Dr Geraldinho PSDB 10.533 0,82% Suplente
15170 Pedro Pascoal PMDB 10.526 0,82% Suplente
12111 Ramalho Leite PDT 10.049 0,78% Suplente
25220 Dona Dida PFL 9.824 0,77% Suplente
11111 Guilherme Almeida PPB 9.717 0,76% Suplente
15156 Fernando Melo PMDB 9.659 0,75% Suplente
25120 Francisco Evangelista PFL 9.265 0,72% Suplente
40111 Nadja Palitot PSB 9.205 0,72% Suplente
15112 Dr. Marizinho PMDB 9.032 0,7% Suplente
45140 Vani PSDB 8.784 0,68% Suplente
15154 Adriano Bezerra PMDB 8.730 0,68% Suplente

307
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
13111 Dr Junior PT 8.486 0,66% Suplente
13166 Chico Lopes PT 8.430 0,66% Suplente
15110 Lavoisier Dantas PMDB 8.344 0,65% Suplente
25400 Milton Lúcio PFL 8.167 0,64% Suplente
13213 Padre Adelino PT 7.852 0,61% Suplente
43111 Tota Agra PV 7.379 0,58% Suplente
13660 Luciano Cartaxo PT 7.273 0,57% Suplente
14111 J Sales PTB 7.221 0,56% Suplente
15258 Ivanio Ramalho PMDB 6.726 0,52% Suplente
15122 Telino PMDB 6.648 0,52% Suplente
45611 Oildo Soares PSDB 6.414 0,5% Suplente
25101 Rivaldo Medeiros PFL 6.103 0,48% Suplente
12123 Neto Franca PDT 5.931 0,46% Suplente
15190 Coronel Uchôa PMDB 5.743 0,45% Suplente
22101 Dr Joao Leite PL 5.488 0,43% Suplente
13113 Jeová Campos PT 5.426 0,42% Suplente
45555 Buba PSDB 5.354 0,42% Suplente
13133 Carlos Bezerra PT 4.865 0,38% Suplente
15234 João Maximo PMDB 4.759 0,37% Suplente
45100 Zeza PSDB 4.166 0,32% Suplente
45150 Dr. Mangueira PSDB 4.114 0,32% Suplente
44111 Delegado Olimpio PRP 4.032 0,31% Suplente
13013 Edgar Malagodi PT 3.928 0,31% Suplente
12127 Nena Martins PDT 3.525 0,27% Suplente
14101 Marcial Lima PTB 3.261 0,25% Suplente
44122 Ze Claudio PRP 2.862 0,22% Suplente
22111 João Marcos PL 2.676 0,21% Suplente
22122 Evangelista Luiz Alberto PL 2.637 0,21% Suplente
25211 Bruno Gaudencio PFL 2.299 0,18% Suplente
13131 Zizo PT 2.258 0,18% Suplente
65123 Renô Macaúbas PC DO B 2.133 0,17% Suplente
11123 Jader Filho PPB 1.902 0,15% Suplente
43143 Walmir Rufino PV 1.353 0,11% Suplente
13222 Fernando Lopes PT 1.316 0,1% Suplente

308
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
11122 Mistura PPB 1.282 0,1% Suplente
12121 Ricardo Nobrega PDT 1.265 0,1% Suplente
13000 Pádua PT 1.261 0,1% Suplente
33644 Ronaldo PMN 1.231 0,1% Suplente
15166 Dr. Adão PMDB 1.213 0,09% Suplente
25202 Mauricio Alves PFL 1.209 0,09% Suplente
40010 Ronaldo Torres PSB 1.131 0,09% Suplente
44144 Klemper Valadares PRP 1.089 0,08% Suplente
43134 Ramiro Pinto PV 1.040 0,08% Suplente
45622 Edilson Belo PSDB 929 0,07% Suplente
44166 Jurandi Ferreira PRP 915 0,07% Suplente
22150 Marilo Costa PL 886 0,07% Suplente
22112 Drª Maria PL 884 0,07% Suplente
11126 Maria Paraíba PPB 807 0,06% Suplente
22123 Dr Lima PL 723 0,06% Suplente
15114 Terezinha Ramalho PMDB 719 0,06% Suplente
17199 Aderaldo Gonçalves Junior PSL 697 0,05% Suplente
18123 Pastor Cicero PST 653 0,05% Suplente
25255 Shirley Targino Teixeira PFL 593 0,05% Suplente
45123 Camilo Macedo PSDB 583 0,05% Suplente
33633 Luciano Breno PMN 523 0,04% Suplente
44121 Zé Lima PRP 500 0,04% Suplente
40040 Rui Macedo PSB 478 0,04% Suplente
33610 Fernando PMN 459 0,04% Suplente
11115 Joao Paulino Maia PPB 432 0,03% Suplente
44123 Rosa PRP 406 0,03% Suplente
33622 Antonio Cariri do Nascimento PMN 402 0,03% Suplente
11114 Raminho PPB 382 0,03% Suplente
45222 Calixto PSDB 364 0,03% Suplente
45777 Pedro Pontes PSDB 361 0,03% Suplente
17999 Jeane Calixto PSL 352 0,03% Suplente
44131 Otoniel PRP 352 0,03% Suplente
20111 Bv PSC 336 0,03% Suplente
18120 Arlindo do Taxi PST 334 0,03% Suplente

309
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
23023 Ceslau Gadelha PPS 326 0,03% Suplente
29029 Lourdes Sarmento PCO 317 0,02% Suplente
15226 Tarcisio Pedrosa PMDB 311 0,02% Suplente
25333 Fernando Macedo PFL 311 0,02% Suplente
33699 Alvaro Cavalcanti PMN 302 0,02% Suplente
12112 Prof João Nunes de Castro PDT 276 0,02% Suplente
36166 Zé Silva PRN 248 0,02% Suplente
36104 Uray PRN 229 0,02% Suplente
56111 Mario Roberto Barros PRONA 228 0,02% Suplente
44132 Dagoberto Pontes PRP 219 0,02% Suplente
36178 Luciano Siqueira PRN 208 0,02% Suplente
14114 Reinaldo do Amaral Modesto PTB 203 0,02% Suplente
33611 Abdias Alves PMN 198 0,02% Suplente
44125 Ruiter PRP 193 0,02% Suplente
44188 Aron PRP 191 0,01% Suplente
36198 João Rangel Filho PRN 188 0,01% Suplente
44101 Zé Matias PRP 177 0,01% Suplente
13112 Francualdo PT 170 0,01% Suplente
40130 Leoncio PSB 139 0,01% Suplente
13999 Fernando Sobreira PT 137 0,01% Suplente
15250 Professor Aloisio PMDB 135 0,01% Suplente
56156 Dan Manoel PRONA 127 0,01% Suplente
16161 Hipólito PSTU 123 0,01% Suplente
36108 Nivaldo PRN 99 0,01% Suplente
36101 Jefferson Ruy Carneiro PRN 86 0,01% Suplente
15162 Luiz Lopes PMDB 85 0,01% Suplente
44112 Luciana Pinto PRP 84 0,01% Suplente
25250 Tico Lira PFL 81 0,01% Suplente
33666 Ignácio Ephgênio de Oliveira PMN 81 0,01% Suplente
36109 Luizão PRN 73 0,01% Suplente
25225 Aedson PFL 72 0,01% Suplente
45345 Noilton Freitas PSDB 69 0,01% Suplente
56560 Vandré PRONA 63 0% Suplente
45608 Marcos Cego PSDB 62 0% Suplente

310
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
44199 Reginaldo Francisco PRP 59 0% Suplente
36103 Antonio Carlos da Costa PRN 54 0% Suplente
44124 Cláudio PRP 46 0% Suplente
27212 Vitorino da Propaganda PSDC 38 0% Suplente
45333 Bruno Barbosa de Mélo PSDB 28 0% Suplente
11116 Osoisa PPB 25 0% Suplente
16171 Vera Lucia Ribeiro de Lima PSTU 22 0% Suplente
45666 Graça PSDB 16 0% Suplente
18018 Geraildes Leite PST 16 0% Suplente
44110 Lourdes Costa PRP 15 0% Suplente
44133 Ricardo Menezes PRP 10 0% Suplente
40122 Nazareth Gadelha PSB 9 0% Suplente
44160 Erinaldo Guedes PRP 9 0% Suplente
44155 Fábio PRP 8 0% Suplente
45650 José Ramalho Felipe PSDB 7 0% Suplente
44177 Armando Almeida PRP 5 0% Suplente
Legenda do PMDB 40.792 3,18%
Legenda do PT 19.714 1,54%
Legenda do PSDB 17.345 1,35%
Legenda do PDT 8.247 0,64%
Legenda do PPB 8.199 0,64%
Legenda do PFL 5.862 0,46%
Legenda do PTB 5.190 0,4%
Legenda do PSB 2.890 0,23%
Legenda do PPS 2.550 0,2%
Legenda do PSL 1.496 0,12%
Legenda do PL 1.330 0,1%
Legenda do PRONA 816 0,06%
Legenda do PV 787 0,06%
Legenda do PRP 767 0,06%
Legenda do PC DO B 653 0,05%
Legenda do PSTU 588 0,05%
Legenda do PMN 418 0,03%
Legenda do PRN 311 0,02%

311
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Legenda do PSC 272 0,02%
Legenda do PST 228 0,02%
Legenda do PSDC 89 0,01%
Legenda do PCO 64 0%
Votos nulos 227.966
Votos brancos 164.483
Total apurado 1.675.708
Eleitorado 2.223.259
Abstenção 547.551 24,63%

Fonte: TSE/TRE/PB – Deputados Estadual/1998.

Legenda:
PCO - Partido da Causa Operária
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PRN - Partido da Reconstrução Nacional
PRP - Partido Republicano Progressista
PL - Partido Liberal
PFL - Partido da Frente Liberal
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PPB - Partido Progressista Brasileiro
PPS - Partido Popular Socialista
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
PT - Partido dos Trabalhadores
PSC - Partido Social Cristao
PSL - Partido Social Liberal
PST - Partido Social Trabalhista
PC DO B - Partido Comunista do Brasil
PV - Partido Verde
PRONA - Partido da Reedificação da Ordem Nacional
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro

Apresentaram-se três candidatos natos a deputados estaduais nas eleições de 1998


em Santa Rita, Estefânia Maroja, foi eleita porque obteve 1,28% dos votos válidos; Oíldo
Soares, ficou suplente porque só obteve 0,5% dos votos válidos; e Ceslau Gadelha, ficou
suplente porque só obteve 0,03% dos votos válidos. A nossa gente nunca gosta de votar
para deputado federal e/ou estadual na prata de casa. Essa cultura tem dominado os
antigos e novos eleitores, com raras exceções, a exemplo do que aconteceu em 15 de

312
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

novembro de 1982, onde os candidatos a prefeito: Anibal Limeira, Francisco Aguiar e


Severino Maroja, apoiaram para deputado estadual Marcus Odilon, motivo pelo qual o
mesmo saiu eleito só com os votos de Santa Rita. Depois desse pleito, os filhos de Santa
Rita só se elegem se tiverem votação em outros municípios menores para fazer a
complementação obrigatória, se pretender se eleger e ir para à Casa de Epitácio Pessoa. A
ideologia dominante entre os eleitores fracassados de Santa Rita é quem quiser ser grande,
procure nascer no paú, por analogia a mesma palavra que aparece na música “a triste
partida”, de Luiz Gonzaga, significando “cercado de gado” e ou “o mesmo que paul”, com
predominância do português arcaico de nossa gente nordestina, conforme Dicionário
Caldas Aulete (1964, v. 4, p. 3020). Aí o bicho pega e Santa Rita fica sempre para depois,
diante de não ter representação política na Assembleia Estadual e na Câmara dos
Deputados que exija para ela o que é de direito e não de favor em véspera de eleição.
E assim chegamos as eleições municipais de 01 de outubro de 2000, para prefeito,
vice prefeito e vereadores em todos os municípios do Estado da Paraíba. Em Santa Rita o
eleitorado decidiu a parada assim:

Cargo: Prefeito
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Maroja PSL / PSDC / PL /
15 Vice-prefeito: Jose Lins de PMDB / PRP / PSB / 24.144 50,97% Eleito
Albuquerque PTB
Reginaldo
25 Vice-prefeito: Creuza Maria da PFL / PSDB 20.727 43,75% Não Eleito
Silva
Ceslau Gadelha
23 Vice-prefeito: Severino PT / PPS 2.502 5,28% Não Eleito
Leôncio Nascimento Sobrinho
Votos nulos 5.173
Votos brancos 1.754
Total apurado 54.300
Eleitorado 65.732
Abstenção 11.432 17,39%
Fonte: TRE/PB – Prefeito-Santa Rita/2000.

Legenda:
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PSL - Partido Social Liberal
PFL - Partido da Frente Liberal
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PL - Partido Liberal
PT - Partido dos Trabalhadores
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PRP - Partido Republicano Progressista
PPS - Partido Popular Socialista

313
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

PSB - Partido Socialista Brasileiro


PTB - Partido Trabalhista Brasileiro

Assim sendo, podemos dizer que o resultado eleitoral/2000 representa a continuação


da oligarquia agroindustrial no poder de mando da gestão pública municipal, apesar de
mais de 90% do eleitorado santaritense ser constituído por prestadores de serviços formais
e informais, do lar e operários de diversas áreas comerciais e industriais. Assim sendo,
terminada a campanha eleitoral municipal "a própria instância política se esvazia, para dar
lugar à ação quase direta das necessidades do processo de reprodução do capital, em
sincronia com a redução cada vez maior dos indivíduos à sua dimensão privada. O político
se cinde e se esvazia, arrastando consigo a esfera pública, os interesses públicos e o
espírito público. O social, por sua vez, reproduz cada vez mais o econômico, fazendo da
vida política uma projeção do mercado, que define quase sem mediações as formas de
sociabilidade”, segundo Sader (2001). Foi o terceiro mandato de prefeito exercido por
Severino Maroja, que administrou Santa Rita em céu de brigadeiro, tinha como vice
prefeito José de Ule, na Câmara Municipal tinha maioria, além de uma casta de secretários
indicados pelo grupo familiar da referida oligarquia do açúcar. Assim sendo, o eleitorado
votou assim para vereador naquele pleito:

Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
15680 Anesio Miranda PMDB 1.149 2,26% Eleito
15666 Cicinha PMDB 1.114 2,19% Eleito
45670 Clóvis Alves PFL / PSDB 916 1,8% Eleito
15644 Bebe PMDB 864 1,7% Eleito
25698 Irene PFL / PSDB 836 1,64% Eleito
14567 Eduardo Lins PTB 831 1,63% Eleito
25670 Lala PFL / PSDB 752 1,48% Eleito
15614 Pinto PMDB 747 1,47% Eleito
15654 Pantinha PMDB 736 1,44% Suplente
17620 Dr Djalma PSDC / PSL 688 1,35% Eleito
25625 Morais PFL / PSDB 683 1,34% Eleito
13456 Sebastião Bastos PPS / PT 673 1,32% Eleito
Eleito Por
45678 Dorivaldo Pereira PFL / PSDB 672 1,32%
Média
25611 Moza PFL / PSDB 662 1,3% Suplente
14670 Adelson PTB 662 1,3% Eleito
40627 Irmão Pereira PRP / PSB 641 1,26% Eleito
45622 Assis de Olavo PFL / PSDB 621 1,22% Suplente
15620 Olavo PMDB 599 1,18% Suplente
15678 Pedro Fernandes PMDB 599 1,18% Suplente

314
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
45612 Oildo Soares PFL / PSDB 594 1,17% Suplente
14633 Toinzinho da Prestação PTB 592 1,16% Suplente
17677 Finha PSDC / PSL 586 1,15% Eleito
Eleito Por
17614 Manoel Motorista PSDC / PSL 550 1,08%
Média
22623 Vicencia PL 512 1% Eleito
25677 Zero Á PFL / PSDB 509 1% Suplente
17622 Celio Rufino PSDC / PSL 503 0,99% Suplente
Eleito Por
22666 Walter Pato PL 502 0,99%
Média
15612 Antoniel PMDB 502 0,99% Suplente
17666 Juvenal PSDC / PSL 500 0,98% Suplente
45666 Genival PFL / PSDB 484 0,95% Suplente
15117 Henrique Maroja PMDB 468 0,92% Suplente
25678 Fátima Guedes PFL / PSDB 464 0,91% Suplente
22611 Pereira da Saelpa PL 460 0,9% Suplente
40630 Bernardino PRP / PSB 460 0,9% Suplente
14607 Luciano Dionisio PTB 455 0,89% Suplente
13123 Zé Santana PPS / PT 453 0,89% Suplente
25612 Edson PFL / PSDB 445 0,87% Suplente
17630 João Polodoro PSDC / PSL 444 0,87% Suplente
17690 Joca Pessoa PSDC / PSL 443 0,87% Suplente
45690 Netinho PFL / PSDB 436 0,86% Suplente
25620 Walter Sena PFL / PSDB 420 0,82% Suplente
14455 Pedro Matias PTB 418 0,82% Suplente
22679 Aguinaldo PL 403 0,79% Suplente
17609 Sizenando PSDC / PSL 401 0,79% Suplente
14620 Kil PTB 400 0,79% Suplente
23234 Moura PPS / PT 398 0,78% Suplente
17610 Alberto Sérgio PSDC / PSL 384 0,75% Suplente
22640 Marcos Miranda PL 381 0,75% Suplente
15611 Jailton Souza PMDB 380 0,75% Suplente
22626 Antônio PL 364 0,71% Suplente
15615 Marly Lacerda Di Paci PMDB 360 0,71% Suplente
13610 Cabo Sildo PPS / PT 335 0,66% Suplente

315
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
25632 Joel PFL / PSDB 327 0,64% Suplente
17640 Tiba da Cagepa PSDC / PSL 315 0,62% Suplente
14653 Jonas Fotografo PTB 314 0,62% Suplente
13555 Braz Bicicleta PPS / PT 300 0,59% Suplente
17632 Arruda PSDC / PSL 299 0,59% Suplente
40610 Laércio Romão PRP / PSB 293 0,58% Suplente
45613 Ronaldo de Chiu PFL / PSDB 284 0,56% Suplente
22630 Adailton PL 283 0,56% Suplente
14666 Max PTB 282 0,55% Suplente
17678 Socorro do Mirandão PSDC / PSL 281 0,55% Suplente
12613 Calango PDT / PSC 274 0,54% Eleito
17619 Ze Lopes PSDC / PSL 273 0,54% Suplente
20607 Iron Barbosa Vanderley PDT / PSC 254 0,5% Suplente
14699 Peixoto PTB 250 0,49% Suplente
12345 Paulo Martins PDT / PSC 247 0,48% Suplente
20677 Edinho PDT / PSC 243 0,48% Suplente
27712 Jose Nicacio PSDC / PSL 242 0,47% Suplente
40650 Manoel Chaves PRP / PSB 238 0,47% Suplente
15630 Luiz Manoel PMDB 221 0,43% Suplente
23333 Edvaldo Severiano de Lima PPS / PT 216 0,42% Suplente
15234 Fernando Martins PMDB 216 0,42% Suplente
22654 Gilvan do Pastor PL 215 0,42% Suplente
17648 Caje PSDC / PSL 215 0,42% Suplente
17633 Flavio do Hospital PSDC / PSL 212 0,42% Suplente
22620 Gilson PL 208 0,41% Suplente
15123 Quinca Capucho PMDB 207 0,41% Suplente
12650 Carlos Pontes PDT / PSC 203 0,4% Suplente
17680 Joaquim Dias PSDC / PSL 198 0,39% Suplente
14789 Marinésio Silva PTB 198 0,39% Suplente
40640 Deda Inácio PRP / PSB 196 0,38% Suplente
22698 Sargento Jair PL 192 0,38% Suplente
17123 Joao Miguel PSDC / PSL 192 0,38% Suplente
14623 Roberval PTB 181 0,36% Suplente
15624 Zé Gotinha PMDB 165 0,32% Suplente

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Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
22612 Kell Bicicletas PL 163 0,32% Suplente
15456 Eduardo Carvalho PMDB 160 0,31% Suplente
40622 Célia Limeira PRP / PSB 159 0,31% Suplente
17890 João Gadelha PSDC / PSL 157 0,31% Suplente
15608 Francisco das Chagas Silva PMDB 156 0,31% Suplente
13675 Braguinha PPS / PT 155 0,3% Suplente
40621 Lindovan PRP / PSB 152 0,3% Suplente
13333 Verônica PPS / PT 150 0,29% Suplente
13111 Professor Vamberto PPS / PT 150 0,29% Suplente
13666 Luiz Candido PPS / PT 149 0,29% Suplente
40660 Jerônimo PRP / PSB 147 0,29% Suplente
15602 Aluizio da Padaria PMDB 144 0,28% Suplente
14614 Dr Jairo Carneiro PTB 134 0,26% Suplente
14628 Penha Costa PTB 126 0,25% Suplente
13631 Professor Alfredo PPS / PT 119 0,23% Suplente
12606 Edson Oliveira PDT / PSC 116 0,23% Suplente
15633 Nunes PMDB 116 0,23% Suplente
22678 Ramo da Papa PL 114 0,22% Suplente
13654 Celso Gomes PPS / PT 114 0,22% Suplente
40601 Telmo PRP / PSB 109 0,21% Suplente
20608 Lando PDT / PSC 109 0,21% Suplente
25671 Dolores PFL / PSDB 108 0,21% Suplente
14000 Neco da Prestação PTB 107 0,21% Suplente
40612 Irmã Sandra PRP / PSB 104 0,2% Suplente
22602 Irmã Anatilde PL 102 0,2% Suplente
22601 Reginaldo Batista Nascimento PL 102 0,2% Suplente
40644 Luizinho PRP / PSB 101 0,2% Suplente
15616 Gilvan Lopes PMDB 97 0,19% Suplente
13789 Ubiratan Costa PPS / PT 88 0,17% Suplente
14605 Gileno PTB 87 0,17% Suplente
22677 Ivanildo PL 82 0,16% Suplente
12678 Luiz Pereira PDT / PSC 81 0,16% Suplente
12666 Djares Alves PDT / PSC 80 0,16% Suplente
20605 do Céu PDT / PSC 75 0,15% Suplente

317
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
23007 Francisca da Usina PPS / PT 75 0,15% Suplente
44655 José Luiz PRP / PSB 70 0,14% Suplente
27745 Jodson Paulo PSDC / PSL 69 0,14% Suplente
23207 Batista Brandão PPS / PT 67 0,13% Suplente
12633 Renan PDT / PSC 67 0,13% Suplente
14615 Pedro Mendes PTB 67 0,13% Suplente
22222 Daniel PL 66 0,13% Suplente
20615 Izaias do Portão PDT / PSC 66 0,13% Suplente
14610 Nilton PTB 64 0,13% Suplente
12644 Francisquinha PDT / PSC 64 0,13% Suplente
23456 Galego PPS / PT 63 0,12% Suplente
44688 Jardelino PRP / PSB 61 0,12% Suplente
17612 Nice PSDC / PSL 58 0,11% Suplente
44660 Danda PRP / PSB 58 0,11% Suplente
40680 Macarrão PRP / PSB 56 0,11% Suplente
27789 Maria das Graças PSDC / PSL 55 0,11% Suplente
40645 Beto PRP / PSB 54 0,11% Suplente
20601 Jair Gomes PDT / PSC 54 0,11% Suplente
40615 Cícero PRP / PSB 54 0,11% Suplente
45609 Leandro PFL / PSDB 53 0,1% Suplente
17611 Zezinho PSDC / PSL 52 0,1% Suplente
17655 Irmã Zezé PSDC / PSL 52 0,1% Suplente
22660 Jandira do Cartorio PL 51 0,1% Suplente
20610 Naldinho PDT / PSC 50 0,1% Suplente
40623 Sebastiana PRP / PSB 50 0,1% Suplente
14644 Galego do Relógio PTB 50 0,1% Suplente
45611 Francisco Canidé PFL / PSDB 50 0,1% Suplente
40611 Vilmar PRP / PSB 49 0,1% Suplente
17602 Chagas Taxista PSDC / PSL 48 0,09% Suplente
12622 Biu PDT / PSC 47 0,09% Suplente
44622 Dorinha PRP / PSB 46 0,09% Suplente
20602 Maria José da Silva PDT / PSC 46 0,09% Suplente
12612 José Francisco Filho PDT / PSC 45 0,09% Suplente
40613 Jacob PRP / PSB 45 0,09% Suplente

318
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
25690 Josué PFL / PSDB 44 0,09% Suplente
23615 Fábio Henrique PPS / PT 44 0,09% Suplente
17617 Claudio PSDC / PSL 42 0,08% Suplente
25633 Tânia PFL / PSDB 41 0,08% Suplente
14613 Claudio Marcelino PTB 39 0,08% Suplente
14602 Maria da Saúde PTB 39 0,08% Suplente
15555 Margarida PMDB 37 0,07% Suplente
25650 Almeida PFL / PSDB 36 0,07% Suplente
Pedro Francisco do
20617 PDT / PSC 34 0,07% Suplente
Nascimento
14111 Cabo Diogenes PTB 34 0,07% Suplente
40620 Orlando PRP / PSB 33 0,06% Suplente
44567 Mariano PRP / PSB 33 0,06% Suplente
20600 Antônio Silva PDT / PSC 32 0,06% Suplente
22662 Antônio da Sucata PL 32 0,06% Suplente
17667 Simão PSDC / PSL 30 0,06% Suplente
40666 Dunga PRP / PSB 30 0,06% Suplente
17654 Luiz de Andrade PSDC / PSL 29 0,06% Suplente
27777 Dario Claudino PSDC / PSL 28 0,05% Suplente
20620 Luciano PDT / PSC 28 0,05% Suplente
12601 Rozendo PDT / PSC 27 0,05% Suplente
12617 Marcílio Araújo PDT / PSC 25 0,05% Suplente
11111 Antônio Dantas PPB 24 0,05% Não Eleito
17605 Adalberto PSDC / PSL 23 0,05% Suplente
12611 Expedito PDT / PSC 22 0,04% Suplente
44464 Leonardo PRP / PSB 21 0,04% Suplente
Washington Mariano de
20613 PDT / PSC 20 0,04% Suplente
Aquino
23678 Wando PPS / PT 20 0,04% Suplente
22633 Bené PL 19 0,04% Suplente
22644 Vasconcelos Professor PL 19 0,04% Suplente
27715 Maria do Carmo PSDC / PSL 18 0,04% Suplente
14641 J Roberto PTB 18 0,04% Suplente
44665 Jojó PRP / PSB 17 0,03% Suplente
45689 Hélio PFL / PSDB 16 0,03% Suplente

319
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
17651 Zelia PSDC / PSL 15 0,03% Suplente
45645 Frank PFL / PSDB 15 0,03% Suplente
40605 Eleno PRP / PSB 14 0,03% Suplente
40614 Sueli A Enfermeira do Povo PRP / PSB 14 0,03% Suplente
25609 Medeiros PFL / PSDB 13 0,03% Suplente
22610 Mariê Cabelereira PL 12 0,02% Suplente
23666 José Antônio Soares Leite PPS / PT 10 0,02% Suplente
45644 Dedinha Lopes PFL / PSDB 10 0,02% Suplente
44605 Irmão Sandro PRP / PSB 10 0,02% Suplente
17650 Vera PSDC / PSL 10 0,02% Suplente
44677 José Fernandes PRP / PSB 9 0,02% Suplente
44644 Rita de Cássia PRP / PSB 9 0,02% Suplente
17604 Severina Oliveira PSDC / PSL 9 0,02% Suplente
20609 Dedé PDT / PSC 9 0,02% Suplente
20604 Luzilda Gomes de Lima PDT / PSC 8 0,02% Suplente
40604 Heraldo PRP / PSB 8 0,02% Suplente
45614 Bita PFL / PSDB 7 0,01% Suplente
20612 Barbosa PDT / PSC 5 0,01% Suplente
15650 Alfredo Mariano PMDB 4 0,01% Suplente
25610 Feitosa PFL / PSDB 3 0,01% Suplente
17777 Walter Amorim PSDC / PSL 3 0,01% Suplente
23193 Ceiça Cabeleireira PPS / PT 2 0% Suplente
12615 Jozaniel PDT / PSC 1 0% Suplente
17645 Terezinha PSDC / PSL 1 0% Suplente
Legenda do PMDB 2.122 4,16%
Legenda do PFL 1.697 3,33%
Legenda do PDT 388 0,76%
Legenda do PTB 304 0,6%
Legenda do PSL 279 0,55%
Legenda do PSDB 256 0,5%
Legenda do PPS 246 0,48%
Legenda do PL 235 0,46%
Legenda do PPB 139 0,27%
Legenda do PT 136 0,27%

320
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Legenda do PSB 136 0,27%
Legenda do PSC 66 0,13%
Legenda do PRP 54 0,11%
Legenda do PSDC 18 0,04%
Votos nulos 2.038
Votos brancos 1.311
Total apurado 54.300
Eleitorado 65.732
Abstenção 11.432 17,39%
Fonte: TER/PB – Vereador – Santa Rita/2000.

Legenda:
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PL - Partido Liberal
PSL - Partido Social Liberal
PRP - Partido Republicano Progressista
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PPS - Partido Popular Socialista
PPB - Partido Progressista Brasileiro
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PFL - Partido da Frente Liberal
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PT - Partido dos Trabalhadores
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PSC - Partido Social Cristão

Diante do resultado final eleitoral para vereador no referido pleito de 2000, quem
insistiu mais uma vez candidatar-se à Câmara Municipal de Santa Rita, foi o ex-vereador,
ex-deputado estadual e ex-prefeito Heraldo da Costa Gadelha, que sempre abraçou a
política como um verdadeiro sacerdócio e até porque [...] a política foi inventada pelos
homens como o modo pelo qual pudessem expressar suas diferenças e conflitos sem
transformá-los em guerra total [...] foi inventada como modo pelo qual a sociedade,
internamente dividida, discute, delibera e decide em comum, segundo Chauí (1995).
Apenas podemos registrar o fato histórico que transcrevemos:

Cargo: Vereador
Candidato: 40604 – Heraldo da Costa Gadelha
Partido / Coligação: P S B
Situação: Suplente
Zona Seção Votos

321
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
Candidato: 40604 – Heraldo da Costa Gadelha
Partido / Coligação: P S B
Situação: Suplente
Zona Seção Votos
2 21 1
2 40 1
2 41 1
2 63 1
2 106 1
2 176 1
2 217 1
2 224 1
Total nas zonas 8
Fonte: TRE/PB- Eleição Vereador/2000

Diante de ambos os resultados para prefeito, vice prefeito e para vereador em 2000
em Santa Rita, podemos por analogia dizer que “[...] quanto ao governo, não é coisa de
que qualquer um possa se ocupar: o tempo e a experiência segregam em cada época uma
aristocracia que sabe calcular a política conveniente ao bem-estar da coletividade”.
(Châtelet, Duhamel, Pisier-Kouchner. 1997. p. 95), diante do aparecimento de novos
nomes e novas lideranças no cenário municipal. Ninguém fez mais favor à população
carente de Santa Rita em todos os tempos do que o doutor Heraldo Gadelha, desde a
década de 50 do século XX, segundo o universo popular, ele usava o jeep, que os
adversários apelidaram de Maria Molambo, que servia de ambulância para atender a todos
que o procurava para levar aos hospitais de Santa Rita e de João Pessoa. Pense em uma
vida de lutas e dedicação plena ao povo. Tem gente que conviveu com ele durante o
tempo em que foi vereador, deputado e prefeito de que o mesmo comprava qualquer
discussão para defender as necessidades do povo, a começar pela falta de água, de
emprego, de segurança, de educação, dentre outras políticas públicas. Uma certa vez em
um comício da campanha para prefeito de Santa Rita em 1972, na encruzilhada das ruas:
José Paulino Cavalcanti, Monte Castelo e Campos Sales, ele afirmou de que o povo humilde
adoece e morre cedo por falta de comida e bebida sadia. O povão ia ao delírio, com vivas,
foguetões e aplausos. As maiores passeatas e comícios que Santa Rita já assistiu, em
termos de participação popular, nos anos 60 e inicio da década de 70 do século XX, era de
Heraldo Gadelha, inclusive indo de Santa Rita para o Distrito de Várzea Nova, ao som da
banda de música, tocando a virada e vassourinha. O povo marcando o passo e dando vida
ao referido candidato do “Pire” da Praça João Pessoa para Várzea Nova e vice versa. Sem
esquecer que ele usava os termos de que quem tem os generais que nós temos não
podemos perder a eleição para ninguém. É por esse perfil que seus adversários o
chamavam de o Fidel Castro da Várzea, fazendo alusão por analogia ao ditador cubano. Ele
e o Deputado Egidio Silva Madruga, do PDS, foram adversários políticos durante várias
décadas, porém, nas eleições de 15 de novembro de 1982, aderiu ao PDS/3 – Partido
Democrático Social, do referido adversário político, os líderes antagônicos até então se

322
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

juntaram, fizeram uma aliança política, porém, o povo do “heraldismo”, não o


acompanhou, Heraldo Gadelha foi candidato a prefeito de Santa Rita pelo PDS/3, tendo
como candidato a vice o médico Romeu de Azevedo Menezes/PDS, seu antigo adversário
político, obteve apenas 812 (oitocentos e doze votos), segundo o TRE/PB (1982),
equivalente a 4,11% dos votos válidos para prefeito. O povo não o acompanhou porque
durante mais de trinta anos ouvia a afirmação do referido líder de que os seguidores da
Arena e agora do PDS, eram ricos e não gostavam de pobres. Assim sendo, a adesão de
Heraldo Gadelha ao antigo adversário Egídio Madruga/PDS, ainda que pela analogia
popular e “sob os maus governos a igualdade é ilusória e aparente, e não serve senão para
manter o pobre na miséria e o rico na usurpação”, segundo Rousseau (1980, p. 27), é o
que deduzimos, tendo em vista que a partir de então jamais teve o percentual de votos até
então obtidos nas eleições anteriores, sendo vitorioso e ou não. Foi o fim de um reinado
popular eleitoral e de uma liderança carísmática.
A corrida da política nacional, estadual e local teve o primeiro turno no dia 06 de
outubro de 2002 realizam-se as eleições para Presidente, Vice Presidente, Governador, Vice
Governador, Senador, Deputado Federal e Deputado Estadual em todos os municípios da
Paraíba. O eleitorado da Paraíba votou assim para Presidente e Vice Presidente da
República:

Cargo: Presidente
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Lula PC do B / PL / PMN /
13 754.329 47,77% 2º Turno
Vice-presidente: José Alencar PT / PCB
José Serra
45 PMDB / PSDB 466.346 29,53% 2º Turno
Vice-presidente: Rita Camata
Garotinho
40 PSB / PGT / PTC 215.207 13,63% Não Eleito
Vice-presidente: José Antonio
Ciro
23 PTB / PPS / PDT 138.789 8,79% Não Eleito
Vice-presidente: Paulinho
Zé Maria
16 Vice-presidente: Dayse PSTU 3.863 0,24% Não Eleito
Oliveira Gomes
Rui Costa Pimenta
29 PCO 666 0,04% Não Eleito
Vice-presidente: Pepe
Votos nulos 242.757
Votos brancos 83.551
Total apurado 1.905.508
Eleitorado 2.322.068
Abstenção 416.560 17,94%
Fonte: TSE/TER/PB – 1º Turno - Presidente e Vice da República/2002

Legenda:
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro

323
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

PMN - Partido da Mobilização Nacional


PSB - Partido Socialista Brasileiro
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PT - Partido dos Trabalhadores
PTC - Partido Trabalhista Cristão
PCB - Partido Comunista Brasileiro
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PL - Partido Liberal
PPS - Partido Popular Socialista
PCO - Partido da Causa Operária
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PGT - Partido Geral dos Trabalhadores
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado

O segundo turno teve lugar no dia 27 de outubro de 2002 e de lá o eleitorado assim


decidiu o pleito presidencial brasileiro:

Cargo: Presidente
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Lula PT / PMN / PCB / PC
13 984.944 57,02% Eleito
Vice-presidente: José Alencar do B / PL
José Serra
45 PSDB / PMDB 742.486 42,98% Não Eleito
Vice-presidente: Rita Camata
Votos nulos 128.746
Votos brancos 38.138
Total apurado 1.894.314
Eleitorado 2.322.068
Abstenção 427.754 18,42%
Fonte – TSE/TRE/PB – 2º Turno – Presidente e Vice/2002

Legenda:
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PT - Partido dos Trabalhadores
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PCB - Partido Comunista Brasileiro
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PL - Partido Liberal
PC do B - Partido Comunista do Brasil

A vida pública é dinâmica assim como a própria política, assim sendo, o eleitorado
paraibano votou em primeiro turno em 06 de outubro de 2002 para governador e vice
governador, tendo o seguinte resultado:

324
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Governador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Cassio Cunha Lima PV / PST / PSDB /
45 752.297 47,2% 2º Turno
Vice-governador: Lauremília PSD / PFL / PRTB
Roberto Paulino
PMDB / PSDC / PPB /
15 Vice-governador: Gervásio 637.239 39,98% 2º Turno
PHS
Maia
Avenzoar
PSC / PT / PL / PMN /
13 Vice-governador: Carlos 200.362 12,57% Não Eleito
PC do B
Pedrosa Júnior
Alexandre Arruda
16 PSTU 1.632 0,1% Não Eleito
Vice-governador: Hipólito
Lourdes Sarmento
29 Vice-governador: Manoel PCO 1.434 0,09% Não Eleito
Vieira
Professora Maria José
30 Vice-governador: Manuel PGT 844 0,05% Não Eleito
Leite de Araújo
Votos nulos 212.921
Votos brancos 98.779
Total apurado 1.905.508
Eleitorado 2.322.068
Abstenção 416.560 17,94%
Fonte: TSE/TER/PB – 1º turno -Governador/2002

Legenda:
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PT - Partido dos Trabalhadores
PST - Partido Social Trabalhista
PL - Partido Liberal
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PFL - Partido da Frente Liberal
PRTB - Partido Renovador Trabalhista Brasileiro
PHS - Partido da Humanista da Solidariedade
PSC - Partido Social Cristão
PCO - Partido da Causa Operária
PV - Partido Verde
PSD - Partido Social Democrático
PPB - Partido Progressista Brasileiro
PMN - Partido da Mobilização Nacional

325
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

PC do B - Partido Comunista do Brasil


PGT - Partido Geral dos Trabalhadores
Foram para o segundo turno realizado em 27 de outubro de 2002, os candidatos
Roberto Paulino e Cássio Cunha Lima, sendo eleito o último citado conforme o seguinte
resultado:

Cargo: Governador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Cassio Cunha Lima PRTB / PFL / PSDB /
45 889.922 51,35% Eleito
Vice-governador: Lauremília PSD / PV / PST
Roberto Paulino
PHS / PMDB / PSDC /
15 Vice-governador: Gervásio 843.127 48,65% Não Eleito
PPB
Maia
Votos nulos 130.791
Votos brancos 30.474
Total apurado 1.894.314
Eleitorado 2.322.068
Abstenção 427.754 18,42%
Fonte: TSE/TRE/PB - 2º turno – Governador/2002

Legenda:
PHS - Partido da Humanista da Solidariedade
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PRTB - Partido Renovador Trabalhista Brasileiro
PFL - Partido da Frente Liberal
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PSD - Partido Social Democrático
PST - Partido Social Trabalhista
PV - Partido Verde
PPB - Partido Progressista Brasileiro

Ainda nas eleições de 2002, o nosso generoso eleitorado votou para senador na
Paraíba e teve o seguinte resultado:

Cargo: Senador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Zé Maranhão
1º Suplente Senador: Roberto
PSDC / PMDB / PPB /
151 Cavalcanti Ribeiro 831.083 28,72% Eleito
PHS
2º Suplente Senador: Antonio
Porcino Sobrinho

326
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Senador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Efraim Morais
1º Suplente Senador:
PST / PSD / PV / PFL
251 Fernando Rodrigues Catao 594.191 20,53% Eleito
/ PSDB / PRTB
2º Suplente Senador: Marta
Eleonora Aragão Ramalho
Wilson Braga
1º Suplente Senador:
PST / PSD / PV / PFL
252 Othamar Batista Gama 591.390 20,43% Não Eleito
/ PSDB / PRTB
2º Suplente Senador:
Cassiano Pascoal Pereira Neto
Burity
1º Suplente Senador: Luiz
PSDC / PMDB / PPB /
152 Gonzaga de Miranda Burity 510.734 17,65% Não Eleito
PHS
2º Suplente Senador: Alberto
Paulino Amorim
Dra. Lígia
1º Suplente Senador: Marconi
PL / PT / PC do B /
203 Maia de Oliveira 169.895 5,87% Não Eleito
PMN / PSC
2º Suplente Senador: Carlos
Bezerra Cavalcanti
Simão
1º Suplente Senador:
PL / PT / PC do B /
654 Joaquim José da Silva Neto 113.405 3,92% Não Eleito
PMN / PSC
2º Suplente Senador: Edivan
da Silva
Bala
1º Suplente Senador: Geraldo
PSB / PT do B / PTN /
400 Amorim de Sousa 60.290 2,08% Não Eleito
PAN / PTC
2º Suplente Senador: Albenor
Nunes de Carvalho
Hermano
1º Suplente Senador: Maria
do Carmo Ferreira Gomes
PSL / PDT / PRP /
231 Quaresma 14.576 0,5% Não Eleito
PPS / PTB
2º Suplente Senador:
Oliveiros Cavalcanti de
Oliveira
Tânia Brito
1º Suplente Senador: Antonio
161 Ferreira Lima Neto PSTU 6.543 0,23% Não Eleito
2º Suplente Senador:
Marcelino Rodrigues da Silva

327
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Senador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Joseilson Freitas
1º Suplente Senador: Josefa
299 Cassiano da Silva PCO 2.061 0,07% Não Eleito
2º Suplente Senador: Paulo
Rodrigues da Silva
Votos nulos 606.409
Votos brancos 310.439
Total apurado 3.811.016
Eleitorado 2.322.068
Abstenção 416.560 17,94%
Legenda:
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PSL - Partido Social Liberal
PRP - Partido Republicano Progressista
PAN - Partido dos Aposentados da Nação
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PPB - Partido Progressista Brasileiro
PSC - Partido Social Cristão
PCO - Partido da Causa Operária
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PT do B - Partido Trabalhista do Brasil
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PT - Partido dos Trabalhadores
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PPS - Partido Popular Socialista
PHS - Partido da Humanista da Solidariedade
PTC - Partido Trabalhista Cristão
PRTB - Partido Renovador Trabalhista Brasileiro
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
PL - Partido Liberal
PST - Partido Social Trabalhista
PTN - Partido Trabalhista Nacional
PSD - Partido Social Democrático
PFL - Partido da Frente Liberal
PV - Partido Verde
PMN - Partido da Mobilização Nacional

A lição que ficou da eleição para senador em 2002 na Paraíba, ficou por conta das
derrotas sofridas pelos dois concunhados e ex-governadores: Wilson Braga e Tarcísio

328
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Burity, diante da vitória de José Maranhão e Efraim Morais, ambos representantes das
tradicionais oligarquias que já serviram de abrigo também para ambos derrotados.
Com o sistema eleitoral usando as urnas eletrônicas e o pluripartidarismo, na eleição
para deputado federal na Paraíba em 2002, surgiram diversos candidatos contemplando
todas as siglas envolvidas. O resultado final foi o seguinte:

Cargo: Deputado Federal


%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
PSDC / PPB / PMDB /
1511 Wilson Santiago 99.941 5,8% Eleito
PHS
PSDB / PSD / PFL /
4510 Ronaldo Cunha Lima 95.537 5,54% Eleito
PV / PRTB / PST
PSDC / PPB / PMDB /
1555 Benjamin Maranhão 95.151 5,52% Eleito
PHS
PTB / PRP / PDT /
1414 Carlos Dunga 82.228 4,77% Eleito
PPS / PSL
PSDB / PSD / PFL /
4567 Armando Abílio 80.245 4,66% Eleito
PV / PRTB / PST
PMN / PC do B / PL /
1345 Luiz Couto 77.432 4,49% Eleito
PSC / PT
PTB / PRP / PDT /
1456 Wellington Roberto 76.526 4,44% Eleito
PPS / PSL
PSDB / PSD / PFL /
2522 Adauto Pereira 76.356 4,43% Eleito
PV / PRTB / PST
PSDC / PPB / PMDB /
1111 Enivaldo Ribeiro 74.680 4,33% Eleito
PHS
PSDB / PSD / PFL /
4111 Lúcia Braga 72.449 4,2% Eleito
PV / PRTB / PST
PSDB / PSD / PFL / Eleito Por
4533 Domiciano Cabral 69.668 4,04%
PV / PRTB / PST Média
PSDB / PSD / PFL /
2502 Marcondes Gadelha 60.369 3,5% Suplente
PV / PRTB / PST
PSDC / PPB / PMDB /
1515 Dr. Damião 60.049 3,48% Suplente
PHS
PSDB / PSD / PFL /
4569 Ricardo Rique 52.775 3,06% Suplente
PV / PRTB / PST
PSDC / PPB / PMDB /
1510 Lauro Maia 51.183 2,97% Suplente
PHS
PSDB / PSD / PFL /
4545 Inaldo Leitão 45.234 2,63% Suplente
PV / PRTB / PST
1234 Veneziano PTB / PRP / PDT / 44.732 2,6% Suplente

329
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Federal


%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
PPS / PSL
PSDB / PSD / PFL /
2501 Álvaro Neto 41.170 2,39% Suplente
PV / PRTB / PST
PMN / PC do B / PL / Eleito Por
2233 Pastor Philemon 37.224 2,16%
PSC / PT Média
PMN / PC do B / PL /
2277 Pastor Edvan 34.327 1,99% Suplente
PSC / PT
PTB / PRP / PDT /
1412 Ivanio Ramalho 24.076 1,4% Suplente
PPS / PSL
PSDC / PPB / PMDB /
1522 Nabor 20.877 1,21% Suplente
PHS
PTB / PRP / PDT /
4444 Fernando Carvalho 16.858 0,98% Suplente
PPS / PSL
PMN / PC do B / PL /
1310 Giucelia 12.724 0,74% Suplente
PSC / PT
PMN / PC do B / PL /
1313 Zé Magliano 10.764 0,62% Suplente
PSC / PT
PMN / PC do B / PL /
1333 Edgar Malagodi 10.567 0,61% Suplente
PSC / PT
PMN / PC do B / PL /
1366 Valquiria Alencar 9.826 0,57% Suplente
PSC / PT
PMN / PC do B / PL /
1331 Romeu Lemos 9.111 0,53% Suplente
PSC / PT
PSB / PT do B / PTC /
4045 Vital do Rêgo 8.376 0,49% Não Eleito
PTN / PAN
PTB / PRP / PDT /
2323 Marcio Araujo 6.997 0,41% Suplente
PPS / PSL
PMN / PC do B / PL /
1355 Eilzo Matos 6.768 0,39% Suplente
PSC / PT
PMN / PC do B / PL /
1312 Ednaildo 4.739 0,28% Suplente
PSC / PT
PTB / PRP / PDT /
1215 Aedson 4.708 0,27% Suplente
PPS / PSL
PMN / PC do B / PL /
6565 Watteau 4.706 0,27% Suplente
PSC / PT
PMN / PC do B / PL /
1399 Bivar Duda 2.723 0,16% Suplente
PSC / PT
PSDB / PSD / PFL /
4343 Cláudio Lucena 2.460 0,14% Suplente
PV / PRTB / PST

330
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Federal


%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
PMN / PC do B / PL /
1344 Ramiro Pinto 2.426 0,14% Suplente
PSC / PT
PMN / PC do B / PL /
1361 Edileudo Lucena 2.306 0,13% Suplente
PSC / PT
PSB / PT do B / PTC /
4013 Nivaldo Mangueira 2.249 0,13% Não Eleito
PTN / PAN
PMN / PC do B / PL /
6512 Assis Mandela 2.045 0,12% Suplente
PSC / PT
PMN / PC do B / PL /
1311 Paulo Xavier 2.026 0,12% Suplente
PSC / PT
PMN / PC do B / PL /
1307 Francisco Azevedo 1.999 0,12% Suplente
PSC / PT
PMN / PC do B / PL /
6541 Upiraktan 1.971 0,11% Suplente
PSC / PT
PSDB / PSD / PFL /
4310 Sargento Dornelas 1.946 0,11% Suplente
PV / PRTB / PST
PSB / PT do B / PTC /
4012 Antonio Nobrega 1.901 0,11% Não Eleito
PTN / PAN
PTB / PRP / PDT /
1212 Simão Freitas 1.844 0,11% Suplente
PPS / PSL
PTB / PRP / PDT /
2333 Ceslau Gadelha 1.719 0,1% Suplente
PPS / PSL
PSB / PT do B / PTC /
4010 Joao Pontes 1.691 0,1% Não Eleito
PTN / PAN
PSB / PT do B / PTC /
7010 Brito 1.514 0,09% Não Eleito
PTN / PAN
PSDC / PPB / PMDB /
1122 Barata 1.512 0,09% Suplente
PHS
Roberto Gomes do PSDC / PPB / PMDB /
1533 1.496 0,09% Suplente
Nascimento PHS
PSDB / PSD / PFL /
4512 Ana Benévolo 1.487 0,09% Suplente
PV / PRTB / PST
PSB / PT do B / PTC /
3678 Soldado Crispim 1.430 0,08% Não Eleito
PTN / PAN
PSDB / PSD / PFL /
2525 Valéria 1.336 0,08% Suplente
PV / PRTB / PST
3011 Américo Gomes PGT 1.279 0,07% Não Eleito
PMN / PC do B / PL /
6510 Coelho 1.239 0,07% Suplente
PSC / PT

331
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Federal


%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
PTB / PRP / PDT /
2345 Roberto Cabral 1.171 0,07% Suplente
PPS / PSL
PSDC / PPB / PMDB /
2727 Marinezio Ferreira da Silva 1.160 0,07% Suplente
PHS
PSDC / PPB / PMDB /
1558 Alzeni Rodrigues 951 0,06% Suplente
PHS
PSDB / PSD / PFL /
4323 Soldado Ramalho 936 0,05% Suplente
PV / PRTB / PST
PSB / PT do B / PTC /
4023 José Valdevino 891 0,05% Não Eleito
PTN / PAN
PMN / PC do B / PL /
1300 Genário do Pt 849 0,05% Suplente
PSC / PT
PSDC / PPB / PMDB /
1545 Bó Lucena Neto 775 0,04% Suplente
PHS
PSB / PT do B / PTC /
2678 Prof João Nunes de Castro 673 0,04% Não Eleito
PTN / PAN
PSDB / PSD / PFL /
4312 Gil 661 0,04% Suplente
PV / PRTB / PST
PTB / PRP / PDT /
1789 Jayme Cesar 617 0,04% Suplente
PPS / PSL
PSDC / PPB / PMDB /
1520 Clerot 616 0,04% Suplente
PHS
PSDB / PSD / PFL /
4321 Soldado Wallace 615 0,04% Suplente
PV / PRTB / PST
PTB / PRP / PDT /
1710 Jair Santos 599 0,03% Suplente
PPS / PSL
PMN / PC do B / PL /
2222 Alex Costa 599 0,03% Suplente
PSC / PT
PSDC / PPB / PMDB /
1110 Geraldo Costa 588 0,03% Suplente
PHS
PTB / PRP / PDT /
1223 Heretiano Gurjão Filho 568 0,03% Suplente
PPS / PSL
2929 Tony Sérgio PCO 504 0,03% Não Eleito
PSB / PT do B / PTC /
4011 Mário da Cruz 476 0,03% Não Eleito
PTN / PAN
PSB / PT do B / PTC /
4085 Luciano Alves 470 0,03% Não Eleito
PTN / PAN
PSDC / PPB / PMDB /
3131 Gideon 451 0,03% Suplente
PHS

332
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Federal


%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
PMN / PC do B / PL /
3333 Neto Guedes 377 0,02% Suplente
PSC / PT
PSB / PT do B / PTC /
4004 Rabelo 363 0,02% Não Eleito
PTN / PAN
PSB / PT do B / PTC /
3679 Luciano Siqueira 326 0,02% Não Eleito
PTN / PAN
PSB / PT do B / PTC /
7070 Francisquinho 319 0,02% Não Eleito
PTN / PAN
PSB / PT do B / PTC /
4014 Dornelles 236 0,01% Não Eleito
PTN / PAN
PTB / PRP / PDT /
1717 Jorge de Zizi 195 0,01% Suplente
PPS / PSL
2919 Barreto PCO 191 0,01% Não Eleito
PTB / PRP / PDT /
1221 João Almeida 186 0,01% Suplente
PPS / PSL
PMN / PC do B / PL /
2218 José Pinheiro 53 0% Suplente
PSC / PT
2969 Aluizio Sobrinho PCO 46 0% Não Eleito
2999 Maria das Dores PCO 23 0% Não Eleito
Legenda do PSDB 40.332 2,34%
Legenda do PMDB 30.391 1,76%
Legenda do PDT 27.120 1,57%
Legenda do PT 19.414 1,13%
Legenda do PFL 17.549 1,02%
Legenda do PTB 11.750 0,68%
Legenda do PPB 10.768 0,62%
Legenda do PL 5.255 0,3%
Legenda do PSB 5.029 0,29%
Legenda do PPS 3.773 0,22%
Legenda do PRP 3.243 0,19%
Legenda do PSD 2.827 0,16%
Legenda do PSC 1.655 0,1%
Legenda do PSL 1.213 0,07%
Legenda do PMN 974 0,06%
Legenda do PV 959 0,06%
Legenda do PTC 920 0,05%

333
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Federal


%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Legenda do PC do B 866 0,05%
Legenda do PHS 848 0,05%
Legenda do PST 773 0,04%
Legenda do PTN 425 0,02%
Legenda do PAN 416 0,02%
Legenda do PSDC 366 0,02%
Legenda do PT do B 250 0,01%
Legenda do PCO 237 0,01%
Legenda do PRTB 157 0,01%
Legenda do PGT 129 0,01%
Votos brancos 120.173
Votos nulos 62.238
Total apurado 1.905.507
Eleitorado 2.322.068
Abstenção 416.561 17,94%
Fonte: TSE/TRE/PB – Deputado Federal/2002

Legenda:
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PTC - Partido Trabalhista Cristão
PT do B - Partido Trabalhista do Brasil
PSD - Partido Social Democrático
PFL - Partido da Frente Liberal
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PTN - Partido Trabalhista Nacional
PHS - Partido da Humanista da Solidariedade
PV - Partido Verde
PSC - Partido Social Cristão
PAN - Partido dos Aposentados da Nação
PCO - Partido da Causa Operária
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PRTB - Partido Renovador Trabalhista Brasileiro
PST - Partido Social Trabalhista
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PPB - Partido Progressista Brasileiro
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PRP - Partido Republicano Progressista

334
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

PL - Partido Liberal
PGT - Partido Geral dos Trabalhadores
PT - Partido dos Trabalhadores
PPS - Partido Popular Socialista
PSL - Partido Social Liberal

O pleito para a Câmara dos Deputados não trouxe praticamente nada de novo, as
mesmas forças políticas de projeção estadual elegeram seus representantes. Assim sendo,
em Santa Rita saiu como candidato o ex-deputado estadual Ceslau Gadelha, irmão do ex-
prefeito Heraldo Gadelha, ficou como suplente porque obteve apenas 0,1% (zero, vírgula
um por cento) dos votos válidos. Diante do exposto, mais uma vez o nosso torrão ficou
sem ter um representa nato na baixa câmara em Brasília.
Ainda em 06 de outubro de 2002 foram realizadas as eleições para deputado
estadual a nível nacional e na Paraíba também. O nosso eleitorado decidiu a disputa no
voto a voto assim:

Cargo: Deputado Estadual


%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
PT / PMN / PL / PSC
13666 Ricardo Coutinho 47.912 2,77% Eleito
/ PC do B
PMDB / PPB / PHS /
15111 Manoel Junior 35.160 2,03% Eleito
PSDC
PMDB / PPB / PHS /
15155 Olenka Maranhão 33.740 1,95% Eleito
PSDC
PST / PSDB / PRTB /
45800 Ruy Carneiro 33.648 1,94% Eleito
PFL / PV / PSD
PST / PSDB / PRTB /
45245 Edina Wanderley 30.536 1,76% Eleito
PFL / PV / PSD
PST / PSDB / PRTB /
45789 Romulo Gouveia 28.996 1,67% Eleito
PFL / PV / PSD
PMDB / PPB / PHS /
11111 Aguinaldo Ribeiro 28.229 1,63% Eleito
PSDC
PST / PSDB / PRTB /
45111 Trocolli Júnior 27.651 1,6% Eleito
PFL / PV / PSD
12345 Vitalzinho PDT / PTB 27.473 1,59% Eleito
PST / PSDB / PRTB /
45145 Arthur Cunha Lima 26.935 1,55% Eleito
PFL / PV / PSD
PMDB / PPB / PHS /
15199 Gervásio Filho 26.152 1,51% Eleito
PSDC
PST / PSDB / PRTB /
45000 Fábio Nogueira 24.390 1,41% Eleito
PFL / PV / PSD
15221 Chica Motta PMDB / PPB / PHS / 24.163 1,39% Eleito

335
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
PSDC
PST / PSDB / PRTB /
45444 Antonio Mineral 23.857 1,38% Eleito
PFL / PV / PSD
PST / PSDB / PRTB /
45123 Zenóbio Toscano 23.687 1,37% Eleito
PFL / PV / PSD
PMDB / PPB / PHS /
15115 Ariano Fernandes 23.670 1,37% Eleito
PSDC
PSB / PAN / PTN / PT
40444 Fabiano Lucena 23.358 1,35% Eleito
do B / PTC
PT / PMN / PL / PSC
13333 Frei Anastacio 22.354 1,29% Eleito
/ PC do B
PT / PMN / PL / PSC
22555 Pastor Fausto Oliveira 22.012 1,27% Eleito
/ PC do B
PST / PSDB / PRTB /
25110 José Lacerda 21.836 1,26% Eleito
PFL / PV / PSD
PT / PMN / PL / PSC
13110 Rodrigo 21.442 1,24% Eleito
/ PC do B
PST / PSDB / PRTB /
45006 Benedito Biu 21.338 1,23% Eleito
PFL / PV / PSD
PMDB / PPB / PHS /
15222 Walter Brito 21.068 1,22% Eleito
PSDC
PST / PSDB / PRTB /
25147 Lucinha 20.782 1,2% Eleito
PFL / PV / PSD
PMDB / PPB / PHS /
11222 Jacó 20.627 1,19% Eleito
PSDC
PMDB / PPB / PHS /
15152 Iraê Lucena 20.370 1,18% Eleito
PSDC
PST / PSDB / PRTB /
45678 Tião Gomes 20.307 1,17% Eleito
PFL / PV / PSD
PMDB / PPB / PHS /
15200 Pedro Medeiros 20.248 1,17% Eleito
PSDC
PMDB / PPB / PHS / Eleito Por
15113 Djaci Farias Brasileiro 20.230 1,17%
PSDC Média
PMDB / PPB / PHS /
15133 Lindolfo Pires 20.071 1,16% Suplente
PSDC
PST / PSDB / PRTB /
25800 Quintans 19.521 1,13% Eleito
PFL / PV / PSD
PSB / PAN / PTN / PT
40123 José Aldemir 19.359 1,12% Eleito
do B / PTC

336
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
14567 Manoel Ludgerio PDT / PTB 19.132 1,1% Eleito
PMDB / PPB / PHS /
15117 Estefania Maroja 19.087 1,1% Suplente
PSDC
14666 Ricardo Marcelo PDT / PTB 18.568 1,07% Eleito
PMDB / PPB / PHS /
15211 Robson Dutra 18.298 1,06% Suplente
PSDC
PMDB / PPB / PHS /
15144 Carlos Mangueira 18.273 1,05% Suplente
PSDC
PST / PSDB / PRTB / Eleito Por
25600 Valdecir Amorim 17.670 1,02%
PFL / PV / PSD Média
PST / PSDB / PRTB /
45645 João Gonçalves 17.191 0,99% Suplente
PFL / PV / PSD
PST / PSDB / PRTB /
43123 Sargento Denis 16.762 0,97% Suplente
PFL / PV / PSD
PST / PSDB / PRTB /
25123 Ademir Morais 15.891 0,92% Suplente
PFL / PV / PSD
PST / PSDB / PRTB /
25200 João Paulo 15.745 0,91% Suplente
PFL / PV / PSD
PST / PSDB / PRTB /
45115 João Fernandes 15.296 0,88% Suplente
PFL / PV / PSD
14789 Antonio Ivo PDT / PTB 13.308 0,77% Suplente
PMDB / PPB / PHS /
15101 Vituriano de Abreu 13.078 0,75% Suplente
PSDC
PSB / PAN / PTN / PT
40500 Gilvan Freire 12.647 0,73% Suplente
do B / PTC
PST / PSDB / PRTB /
45300 Socorro Marques 12.504 0,72% Suplente
PFL / PV / PSD
PSB / PAN / PTN / PT
40222 Dr Aníbal 12.439 0,72% Suplente
do B / PTC
PST / PSDB / PRTB /
25111 Aércio Pereira 12.338 0,71% Suplente
PFL / PV / PSD
PST / PSDB / PRTB /
25105 Dr Epitácio 11.885 0,69% Suplente
PFL / PV / PSD
PMDB / PPB / PHS /
15151 Idácio Souto 11.740 0,68% Suplente
PSDC
PSB / PAN / PTN / PT
40234 Zé Luiz 11.675 0,67% Suplente
do B / PTC
12222 Marcus Odilon PDT / PTB 11.646 0,67% Suplente

337
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
PST / PSDB / PRTB /
25678 José Passos 11.513 0,66% Suplente
PFL / PV / PSD
PST / PSDB / PRTB /
45500 Milton Lúcio 11.493 0,66% Suplente
PFL / PV / PSD
PT / PMN / PL / PSC
13123 Giannina 11.310 0,65% Eleito
/ PC do B
12333 Doutora Lourdinha PDT / PTB 11.270 0,65% Suplente
PT / PMN / PL / PSC
13660 Luciano Cartaxo 11.081 0,64% Suplente
/ PC do B
14258 Dr. Jaime PDT / PTB 11.075 0,64% Suplente
PST / PSDB / PRTB /
25222 Dona Dida 10.822 0,62% Suplente
PFL / PV / PSD
PST / PSDB / PRTB /
25456 Beto Meireles 10.690 0,62% Suplente
PFL / PV / PSD
PST / PSDB / PRTB /
25789 Ângela Lucinha 10.661 0,62% Suplente
PFL / PV / PSD
PST / PSDB / PRTB /
45600 Reginaldo 10.062 0,58% Suplente
PFL / PV / PSD
PMDB / PPB / PHS /
15150 Jacinto Dantas 9.879 0,57% Suplente
PSDC
23231 João Bosco Carneiro Júnior PSL / PPS / PRP 9.565 0,55% Eleito
PMDB / PPB / PHS /
15123 Josauro 9.526 0,55% Suplente
PSDC
PSB / PAN / PTN / PT
40333 Ricardo Barbosa 9.058 0,52% Suplente
do B / PTC
PT / PMN / PL / PSC
22333 Nivaldo Manoel 8.697 0,5% Suplente
/ PC do B
PT / PMN / PL / PSC
13213 Padre Adelino 8.663 0,5% Suplente
/ PC do B
PT / PMN / PL / PSC
13513 Júlio Rafael 8.489 0,49% Suplente
/ PC do B
23456 Martha Simone PSL / PPS / PRP 8.312 0,48% Suplente
PT / PMN / PL / PSC
13678 Antonio Pereira 8.268 0,48% Suplente
/ PC do B
23111 Guilherme Almeida PSL / PPS / PRP 8.012 0,46% Suplente
PMDB / PPB / PHS /
15121 Lucio 7.919 0,46% Suplente
PSDC
15130 Josa da Padaria PMDB / PPB / PHS / 7.876 0,45% Suplente

338
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
PSDC
PST / PSDB / PRTB /
18123 Roberto Feliciano 7.792 0,45% Suplente
PFL / PV / PSD
PMDB / PPB / PHS /
15215 Leo Burity 7.645 0,44% Suplente
PSDC
PT / PMN / PL / PSC
13100 Chico Lopes 7.625 0,44% Suplente
/ PC do B
17111 Zé Regis PSL / PPS / PRP 7.517 0,43% Suplente
PST / PSDB / PRTB /
41111 Zerinho 7.189 0,41% Suplente
PFL / PV / PSD
PMDB / PPB / PHS /
15147 Joao da Penha 6.888 0,4% Suplente
PSDC
12300 Nadja Estrela PDT / PTB 5.729 0,33% Suplente
PT / PMN / PL / PSC
22456 Pedro do Caminhão 5.042 0,29% Suplente
/ PC do B
PT / PMN / PL / PSC
65456 Rildian 4.957 0,29% Suplente
/ PC do B
PSB / PAN / PTN / PT
40456 Fernando Ramalho 4.898 0,28% Suplente
do B / PTC
23000 André Villarim PSL / PPS / PRP 4.868 0,28% Suplente
PT / PMN / PL / PSC
33333 Sócrates Agra 4.307 0,25% Suplente
/ PC do B
PMDB / PPB / PHS /
15233 Zeza Vitorino 4.020 0,23% Suplente
PSDC
17000 Thalles PSL / PPS / PRP 3.998 0,23% Suplente
PMDB / PPB / PHS /
15125 Antonio Carlos 3.934 0,23% Suplente
PSDC
12123 Neto Franca PDT / PTB 3.773 0,22% Suplente
23666 Aluisio Paredes PSL / PPS / PRP 3.075 0,18% Suplente
12555 Dr. Mangueira PDT / PTB 2.980 0,17% Suplente
PST / PSDB / PRTB /
45455 Sarmento 2.598 0,15% Suplente
PFL / PV / PSD
PT / PMN / PL / PSC
13122 Dr. Raimundo 2.490 0,14% Suplente
/ PC do B
PT / PMN / PL / PSC
13000 Pádua 2.443 0,14% Suplente
/ PC do B
17890 Padre Francivaldo PSL / PPS / PRP 2.007 0,12% Suplente

339
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
23333 Falcão PSL / PPS / PRP 1.782 0,1% Suplente
PMDB / PPB / PHS /
15158 Vital Melo 1.733 0,1% Suplente
PSDC
44444 Professor Pereira PSL / PPS / PRP 1.543 0,09% Suplente
23123 Jammes de Oliveira PSL / PPS / PRP 1.543 0,09% Suplente
PT / PMN / PL / PSC
22777 Marilo Costa 1.537 0,09% Suplente
/ PC do B
PT / PMN / PL / PSC
22123 Pastor Adalberto 1.505 0,09% Suplente
/ PC do B
14637 Lailton Bastos PDT / PTB 1.486 0,09% Suplente
12369 Nosman PDT / PTB 1.243 0,07% Suplente
PT / PMN / PL / PSC
13611 Professor Salomao Marinho 1.060 0,06% Suplente
/ PC do B
PSB / PAN / PTN / PT
26789 Romero Paulo 1.053 0,06% Suplente
do B / PTC
PSB / PAN / PTN / PT
40666 Gerlando Linhares 1.044 0,06% Suplente
do B / PTC
PT / PMN / PL / PSC
33123 Major Querino 1.007 0,06% Suplente
/ PC do B
12640 Araponga PDT / PTB 987 0,06% Suplente
PSB / PAN / PTN / PT
26222 Sargento Martins 967 0,06% Suplente
do B / PTC
PT / PMN / PL / PSC
13555 Barbosa 945 0,05% Suplente
/ PC do B
PT / PMN / PL / PSC
22640 Terezinha 893 0,05% Suplente
/ PC do B
PST / PSDB / PRTB /
25369 Bertrand 886 0,05% Suplente
PFL / PV / PSD
PST / PSDB / PRTB /
25700 Tânia Castelliano 856 0,05% Suplente
PFL / PV / PSD
23444 Ze Vitor PSL / PPS / PRP 833 0,05% Suplente
PST / PSDB / PRTB /
45222 Calixto 797 0,05% Suplente
PFL / PV / PSD
PT / PMN / PL / PSC
13222 Laércio Romão 758 0,04% Suplente
/ PC do B
44445 Luciano Arruda PSL / PPS / PRP 749 0,04% Suplente
PT / PMN / PL / PSC
13789 Diassis 742 0,04% Suplente
/ PC do B

340
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Wellington Barbosa PSB / PAN / PTN / PT
36123 733 0,04% Suplente
Nascimento do B / PTC
PST / PSDB / PRTB /
43111 Chico Barraco 697 0,04% Suplente
PFL / PV / PSD
16666 Tanque PSTU 680 0,04% Não Eleito
44441 Pedro Segundo PSL / PPS / PRP 584 0,03% Suplente
44446 Maria José PSL / PPS / PRP 567 0,03% Suplente
PT / PMN / PL / PSC
20101 Joaquim Neto 560 0,03% Suplente
/ PC do B
PSB / PAN / PTN / PT
40020 Luizinho 535 0,03% Suplente
do B / PTC
PST / PSDB / PRTB /
25235 Galego do Café 532 0,03% Suplente
PFL / PV / PSD
PT / PMN / PL / PSC
33444 Dr Nunes 524 0,03% Suplente
/ PC do B
12365 Galega das Jóias PDT / PTB 479 0,03% Suplente
PSB / PAN / PTN / PT
26888 Valdir Fuba do Radiador 477 0,03% Suplente
do B / PTC
PT / PMN / PL / PSC
13111 Professor Aloisio 476 0,03% Suplente
/ PC do B
44443 Zezito do Carimbo PSL / PPS / PRP 467 0,03% Suplente
PSB / PAN / PTN / PT
40040 Lula Cabral 466 0,03% Suplente
do B / PTC
PT / PMN / PL / PSC
13613 Paulo Pereira 462 0,03% Suplente
/ PC do B
14000 Guido Romero PDT / PTB 453 0,03% Suplente
PMDB / PPB / PHS /
31313 Chico Tocha 452 0,03% Suplente
PSDC
12226 Doutor Abel PDT / PTB 451 0,03% Suplente
PSB / PAN / PTN / PT
26333 Otoniel 432 0,02% Suplente
do B / PTC
23623 Dr. Kleber PSL / PPS / PRP 413 0,02% Suplente
PSB / PAN / PTN / PT
26111 Esdras Vieira 407 0,02% Suplente
do B / PTC
17617 Amintas PSL / PPS / PRP 385 0,02% Suplente
PT / PMN / PL / PSC
13631 Professor Alfredo 378 0,02% Suplente
/ PC do B

341
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
PSB / PAN / PTN / PT
70123 Anchieta Melo 341 0,02% Suplente
do B / PTC
PSB / PAN / PTN / PT
26123 Prof Maria José Menezes 340 0,02% Suplente
do B / PTC
PT / PMN / PL / PSC
13654 Maria Licor Lira 314 0,02% Suplente
/ PC do B
29123 Guinho PCO 288 0,02% Não Eleito
PSB / PAN / PTN / PT
40140 Maria Paraíba 287 0,02% Suplente
do B / PTC
PT / PMN / PL / PSC
13615 Zé Cabelinho 280 0,02% Suplente
/ PC do B
PT / PMN / PL / PSC
33336 Fernando 259 0,01% Suplente
/ PC do B
PSB / PAN / PTN / PT
40262 Elias Marques 245 0,01% Suplente
do B / PTC
PST / PSDB / PRTB /
45888 Santana 232 0,01% Suplente
PFL / PV / PSD
17100 Lúcia PSL / PPS / PRP 219 0,01% Suplente
PT / PMN / PL / PSC
13013 Flávio do Pt 211 0,01% Suplente
/ PC do B
PT / PMN / PL / PSC
22600 Josenildo Ferreira de Aguiar 202 0,01% Suplente
/ PC do B
PT / PMN / PL / PSC
22619 Roberto Valeriano 201 0,01% Suplente
/ PC do B
PSB / PAN / PTN / PT
40789 Armando Swendsen 200 0,01% Suplente
do B / PTC
PT / PMN / PL / PSC
13888 Ildemar Nobrega 188 0,01% Suplente
/ PC do B
PSB / PAN / PTN / PT
26666 Dr Josimar Marques 186 0,01% Suplente
do B / PTC
29111 Allan Patrick PCO 181 0,01% Não Eleito
PSB / PAN / PTN / PT
26777 Afonso Teles 180 0,01% Suplente
do B / PTC
PMDB / PPB / PHS /
27000 Jessé Juvino 176 0,01% Suplente
PSDC
PT / PMN / PL / PSC
13456 Guia 174 0,01% Suplente
/ PC do B
22789 Lacerda PT / PMN / PL / PSC 154 0,01% Suplente

342
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
/ PC do B
PT / PMN / PL / PSC
22147 Célia - Acs 150 0,01% Suplente
/ PC do B
14222 Olavo Machado Filho PDT / PTB 147 0,01% Suplente
PMDB / PPB / PHS /
31456 Pedro Paulo 137 0,01% Suplente
PSDC
29555 Cícero Alexandro PCO 125 0,01% Não Eleito
PT / PMN / PL / PSC
20321 Risaldo Alves 120 0,01% Suplente
/ PC do B
PMDB / PPB / PHS /
11123 Antonio Carlos da Costa 119 0,01% Suplente
PSDC
29099 Cassiano Pedra PCO 103 0,01% Não Eleito
PMDB / PPB / PHS /
15156 Sérgio Melo 97 0,01% Suplente
PSDC
PMDB / PPB / PHS /
15102 Sapé 92 0,01% Suplente
PSDC
PMDB / PPB / PHS /
31222 Rosa Torreão 88 0,01% Suplente
PSDC
PT / PMN / PL / PSC
13188 Luiz Patricio de Lima 76 0% Suplente
/ PC do B
PT / PMN / PL / PSC
20345 Uray 69 0% Suplente
/ PC do B
PST / PSDB / PRTB /
43038 Joadir da Silva 68 0% Suplente
PFL / PV / PSD
PT / PMN / PL / PSC
13999 Santos 63 0% Suplente
/ PC do B
29333 Geraldo Viegas PCO 60 0% Não Eleito
PSB / PAN / PTN / PT
40888 Heraldo Gadelha 58 0% Suplente
do B / PTC
PMDB / PPB / PHS /
27555 Ana Suely 55 0% Suplente
PSDC
44442 Leonardo PSL / PPS / PRP 54 0% Suplente
PSB / PAN / PTN / PT
26555 Professor Newton 46 0% Suplente
do B / PTC
PMDB / PPB / PHS /
15106 Edirce Oliveira Silva 43 0% Suplente
PSDC
PSB / PAN / PTN / PT
36134 Sgt Assunção 36 0% Suplente
do B / PTC

343
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
29779 Zé Tavares PCO 33 0% Não Eleito
29889 Tota PCO 25 0% Não Eleito
PST / PSDB / PRTB /
25250 Fernando Macedo 23 0% Suplente
PFL / PV / PSD
PT / PMN / PL / PSC
20650 Maurilio Martins 23 0% Suplente
/ PC do B
PMDB / PPB / PHS /
11142 João Camilo 21 0% Suplente
PSDC
PSB / PAN / PTN / PT
26999 Dida da Catingueira 19 0% Suplente
do B / PTC
29029 Fernando Augusto PCO 16 0% Não Eleito
29999 Thaisa Santos PCO 15 0% Não Eleito
29666 Nielton Torres PCO 12 0% Não Eleito
29449 Antonio Maria PCO 10 0% Não Eleito
PMDB / PPB / PHS /
31234 André 9 0% Suplente
PSDC
PT / PMN / PL / PSC
33222 Ricardo Lucena 3 0% Suplente
/ PC do B
23023 Marco Maciel PSL / PPS / PRP 1 0% Suplente
PST / PSDB / PRTB /
18234 Ronaldo Menezes 1 0% Suplente
PFL / PV / PSD
PSB / PAN / PTN / PT
36136 Elizabeth Alves 0 0% Suplente
do B / PTC
29089 Elisabete Sarmento PCO 0 0% Não Eleito
Legenda do PMDB 62.863 3,63%
Legenda do PSDB 55.952 3,23%
Legenda do PFL 40.024 2,31%
Legenda do PT 20.020 1,16%
Legenda do PDT 15.402 0,89%
Legenda do PTB 13.431 0,78%
Legenda do PPB 8.797 0,51%
Legenda do PL 5.904 0,34%
Legenda do PSB 5.320 0,31%
Legenda do PPS 4.281 0,25%
Legenda do PSD 3.713 0,21%
Legenda do PRP 2.732 0,16%

344
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Legenda do PC do B 2.595 0,15%
Legenda do PSC 2.462 0,14%
Legenda do PV 1.303 0,08%
Legenda do PSL 980 0,06%
Legenda do PTC 964 0,06%
Legenda do PMN 851 0,05%
Legenda do PHS 777 0,04%
Legenda do PSTU 771 0,04%
Legenda do PST 750 0,04%
Legenda do PAN 519 0,03%
Legenda do PT do B 369 0,02%
Legenda do PTN 364 0,02%
Legenda do PRTB 346 0,02%
Legenda do PSDC 284 0,02%
Legenda do PCO 233 0,01%
Votos brancos 107.251
Votos nulos 65.504
Total apurado 1.905.507
Eleitorado 2.322.068
Abstenção 416.561 17,94%
Fonte: TSE/TRE/PB – Deputados Estaduais/2002

Legenda:
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PSC - Partido Social Cristão
PFL - Partido da Frente Liberal
PCO - Partido da Causa Operária
PT - Partido dos Trabalhadores
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PTN - Partido Trabalhista Nacional
PRTB - Partido Renovador Trabalhista Brasileiro
PL - Partido Liberal
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PSD - Partido Social Democrático
PST - Partido Social Trabalhista
PSL - Partido Social Liberal
PPS - Partido Popular Socialista
PSB - Partido Socialista Brasileiro

345
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

PT do B - Partido Trabalhista do Brasil


PHS - Partido da Humanista da Solidariedade
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PV - Partido Verde
PPB - Partido Progressista Brasileiro
PAN - Partido dos Aposentados da Nação
PRP - Partido Republicano Progressista
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PTC - Partido Trabalhista Cristão

O nosso eleitorado santaritense é indiferente com o sucesso e ou insucesso dos


candidatos da terra, um exemplo disso aconteceu no pleito para deputado estadual em
2002, foram candidatos: Ceslau da Costa Gadelha Filho, obtive apenas 0,1% (zero vírgula
um por cento) dos votos válidos; Reginaldo Pereira da Costa, obtive apenas 0,58% (zero
virgula cinqüenta e oito por cento) dos votos válidos; Estefânia Pedrosa Maroja (na época o
esposo Severino Maroja, era o prefeito de Santa Rita), obteve apenas 1,1% (um virgula um
por cento) dos votos válidos; Marcus Odilon Ribeiro Coutinho, obteve apenas 0,67% (zero
virgula sessenta e sete por centos) dos votos válidos; e Heraldo da Costa Gadelha, obteve
apenas 58 (cinqüenta e oito) votos de todos os votos válidos apurados na Paraíba. Ficaram
todos suplentes e Santa Rita sem nenhum deputado estadual na Assembleia Legislativa da
Paraíba. Deduzimos de que o nosso eleitorado faz vista grossa e não quer parar para
pensar de que o lema “Ordem e Progresso”, frase linda estampada na bandeira nacional,
nos faz nada temer, levando em consideração que o futuro será garantido, desde que
exista uma harmonização do individuo e sociedade, envolvendo também o corpo e o
espírito, a história e natureza, humanidade e natural em geral, por analogia ao pensamento
de Comte (1976), o que significa dizer, se o eleitorado local não quer ter representante nas
casas legislativas estadual e federal, então vai continuar a ver navio, como afirma o dito
popular, por falta de representação política para lembrar e relembrar a importância de
nossa terra no cenário estadual e nacional. E viva o discurso do espírito negativo de nossa
gente... Nem mesmo as oligarquias locais em Santa Rita se entendem durante muito tempo
no modo de fazer política, tendo em vista a ganância pelo poder local, apesar de todos
serem cristãos e saberem que no Cristianismo, a ganância é um dos sete pecados capitais.
O povo não aceita que políticos matem pelo poder, sejam corrompendo e sendo
corrompido, com dinheiro na cueca, contas no exterior, lava-jato, mensalão, petrolão e
tantas outras falcatruas, inclusive levando ao ponto de pai ficar contra filho e filho contra
pai, para se locupletar a qualquer custa o poder político para fazer do erário a continuação
de seu cofre de comprar votos em períodos eleitorais. Nos parece que sempre existiu esse
tipo de gente, ainda que por analogia ao pensamento do profeta Isaías, 10 v.1-3: “Ai de
vocês que fazem leis injustas, leis para explorar o povo! Vocês não defendem os direitos
dos pobres nem as causas dos necessitados e exploram as viúvas e os órfãos. O que vocês
vão fazer no dia do castigo?”. É com esse tipo de argumento que se balança menino no
Brasil e em Santa Rita não é diferente. A opinião pública é sempre negativa em relação à
classe política, o que nos leva a crer que o individuo ganancioso pretende apenas adquirir o
que deseja, jamais pensa nos fracos, pobres, humildes e bem assim não tem coragem de
cumprir o que fala em palanque, tendo em vista que não divide o que tem com ninguém.
Tudo não passa de mera ilação para enganar pessoas desprevenidas de armadilhas

346
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

politiqueiras. Assim sendo, o dinheiro público, adquirido fácil, faz muitos indivíduos se
tornarem orgulhosos, más, arrogantes e prepotentes. Disso não temos dúvidas. Farão
quaisquer desgraças contra o próximo para se perpetuar no poder político local, estadual e
nacional. Por analogia ao pensamento do profeta Habacuque, cap. 2, v. 5, que afirma: “de
fato, a riqueza engana, e as pessoas orgulhosas nunca têm sossego. A sua ganância não
tem fim. Elas nunca estão satisfeitas: como o mundo dos mortos, sempre querem mais.”
Ao nosso ver isso pode ser aplicável ao mundo da política que não exige ética, respeito,
formação e reconhecimento público e privado do outro.
O fascínio da política faz o eleitorado ser convocado para decidir o que querem para
cada município do Brasil em 3 de outubro de 2004. Diante da afirmação, a população de
Santa Rita com direito a votar e a ser votada compareceu as urnas e decidiu o queria
assim:

Cargo: Prefeito
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Marcus Odilon
PRONA / PC do B /
12 Vice-prefeito: Dr. Pericles 36.165 60,05% Eleito
PDT
Vilhena
Reginaldo
PAN / PFL / PL / PSL
45 Vice-prefeito: Ednaldo do 20.050 33,29% Não Eleito
/ PV / PSDB
Edilicya
Zé de Ule
14 PTB / PT do B 1.542 2,56% Não Eleito
Vice-prefeito: Caia
Bernardino
23 PT / PPS 1.086 1,8% Não Eleito
Vice-prefeito: Severino Leoncio
Irmão Nicácio
27 PMN / PSDC 977 1,62% Não Eleito
Vice-prefeito: André
Quinca da Padaria
44 PRP / PP 403 0,67% Não Eleito
Vice-prefeito: Risonete
Votos nulos 4.198
Votos brancos 1.660
Total apurado 66.081
Eleitorado 76.922
Abstenção 10.841 14,09%
Fonte:TSE/TRE/PB – Prefeito e Vice/2004

Legenda:
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PAN - Partido dos Aposentados da Nação
PFL - Partido da Frente Liberal
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PT - Partido dos Trabalhadores
PRP - Partido Republicano Progressista

347
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

PC do B - Partido Comunista do Brasil


PSL - Partido Social Liberal
PV - Partido Verde
PP - Partido Progressista
PPS - Partido Popular Socialista
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PL - Partido Liberal
PRONA - Partido da Reedificação da Ordem Nacional
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PT do B - Partido Trabalhista do Brasil

O eleitorado local decidiu eleger o candidato da oposição, retornando assim, pela


terceira vez o prefeito Marcus Odilon Ribeiro Coutinho, representante mais que oficial da
oligarquia agroindustrial, embora mesclado pela alcunha de “Governo Povo da Silva” e pela
aliança política com o PC do B, Prona e do PDT, todos partidos da linha de esquerda que
representam o comunismo brasileiro, em total hegemonia de pensamento com o patronato
local, estadual e nacional, haja vista a condição de usineiro do mesmo. Tudo isso é coisa
de política e não de ideologia de classe. Aqui patrão e empregados falam a mesma língua e
tem o mesmo discurso. Assim Santa Rita apresenta para o mundo a forma de se viver em
paz entre capital e força de trabalho, desaparecendo assim a ideia de que são forças
antagônicas preconizadas por Marx e seus seguidores. O que nos parece, ainda que por
analogia que [...] ocorrem períodos nos quais as classes em luta se equilibram tão bem que
o poder do Estado, como mediador ostensivo, adquire, por momentos, uma certa margem
de independência em relação a ambas. (Marx e Engels, V. 3, 1983, p. 137).
O legislativo mirim de Santa Rita em 3 de outubro de 2004 obteve a seguinte
votação:

Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
11470 Netinho PP / PRP 2.176 3,46% Eleito
45670 Clovis de Loi PSDB / PFL 1.712 2,72% Eleito
15666 Cicinha PSC / PMDB 1.638 2,6% Eleito
12222 Pantinha PRONA / PDT 1.483 2,36% Eleito
44680 Olavo de Zé da Baleia PP / PRP 1.483 2,36% Média
44600 Gilvandro PP / PRP 1.383 2,2% Média
25611 Moza PSDB / PFL 1.339 2,13% Eleito
15123 Mitzi Santiago PSC / PMDB 1.299 2,06% Suplente
22147 Manoel da Usina PSL / PV / PL 1.280 2,03% Eleito
11230 Kako PP / PRP 1.272 2,02% Suplente
25670 Lala PSDB / PFL 1.096 1,74% Média
45622 Assis de Olavo PSDB / PFL 1.047 1,66% Suplente

348
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
25627 Irmão Pereira PSDB / PFL 1.035 1,65% Suplente
19670 Juvenaldo PTN / PSB / PHS 921 1,46% Não Eleito
22456 Walter Sena PSL / PV / PL 904 1,44% Média
25652 Dr. Juca PSDB / PFL 902 1,43% Suplente
56555 Fernanda Santiago PRONA / PDT 894 1,42% Média
25698 Irene PSDB / PFL 844 1,34% Suplente
15680 Anésio Míranda PSC / PMDB 835 1,33% Suplente
12123 Resende do Inss PRONA / PDT 801 1,27% Suplente
12612 Edson de Elizio PRONA / PDT 797 1,27% Suplente
22345 Finha PSL / PV / PL 771 1,23% Suplente
12369 Valdomiro Henrique PRONA / PDT 763 1,21% Suplente
15678 Pedro Fernandes PSC / PMDB 748 1,19% Suplente
33100 Marcelo Moura PMN / PSDC 743 1,18% Não Eleito
15644 Bebé PSC / PMDB 730 1,16% Suplente
31677 Edinho PTN / PSB / PHS 698 1,11% Não Eleito
25614 Pinto PSDB / PFL 646 1,03% Suplente
22623 Vicência PSL / PV / PL 637 1,01% Suplente
43123 Pereira do Sandu PSL / PV / PL 632 1% Suplente
14567 Eduardo Lins PTB / PT do B 615 0,98% Não Eleito
12345 Calango PRONA / PDT 604 0,96% Suplente
43600 Givanildo PSL / PV / PL 587 0,93% Suplente
22610 Oildo Soares PSL / PV / PL 581 0,92% Suplente
23456 Celino PT / PPS 541 0,86% Não Eleito
31111 Paulo Martins PTN / PSB / PHS 528 0,84% Não Eleito
15111 João Grilo PSC / PMDB 525 0,83% Suplente
45678 Dorivaldo PSDB / PFL 519 0,82% Suplente
23321 Geuza Americo PT / PPS 504 0,8% Não Eleito
40123 Humberto Alexandre PTN / PSB / PHS 498 0,79% Não Eleito
44678 Fatima Guedes PP / PRP 480 0,76% Suplente
22666 Walter Pato PSL / PV / PL 474 0,75% Suplente
11000 Marilene Serejo PP / PRP 460 0,73% Suplente
33555 Irmão Adailton PMN / PSDC 445 0,71% Não Eleito
13610 Cabo Sildo PT / PPS 432 0,69% Não Eleito
22555 Irmão Adelson PSL / PV / PL 431 0,69% Suplente

349
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
23623 Celio Rufino PT / PPS 427 0,68% Não Eleito
19612 Antoniel PTN / PSB / PHS 424 0,67% Não Eleito
33133 Pedro Matias PMN / PSDC 421 0,67% Não Eleito
14000 Dr. Sérgio PTB / PT do B 419 0,67% Não Eleito
13123 Josias PT / PPS 411 0,65% Não Eleito
17677 Jarbas Mineral PSL / PV / PL 410 0,65% Suplente
45000 Irmão Zezinho PSDB / PFL 397 0,63% Suplente
11555 Arruda PP / PRP 391 0,62% Suplente
14122 Peixoto PTB / PT do B 385 0,61% Não Eleito
25610 Homero do Cartório PSDB / PFL 384 0,61% Suplente
17690 Joca Pessoa PSL / PV / PL 369 0,59% Suplente
43200 Adriana Falcão PSL / PV / PL 350 0,56% Suplente
33789 Irmão Farias PMN / PSDC 350 0,56% Não Eleito
11111 Naldo PP / PRP 343 0,55% Suplente
11121 Valter da Galinha PP / PRP 342 0,54% Suplente
14600 Feitosa PTB / PT do B 325 0,52% Não Eleito
44664 Liberato PP / PRP 316 0,5% Suplente
33000 Irmã Denise do Caminhão PMN / PSDC 314 0,5% Não Eleito
23223 Petronio Beltrao PT / PPS 296 0,47% Não Eleito
33123 João Miguel PMN / PSDC 288 0,46% Não Eleito
13222 Sueldes PT / PPS 284 0,45% Não Eleito
33456 Gilson PMN / PSDC 263 0,42% Não Eleito
23244 Vamberto PT / PPS 245 0,39% Não Eleito
27500 Lula PMN / PSDC 245 0,39% Não Eleito
33222 João Jorge PMN / PSDC 241 0,38% Não Eleito
12311 Joao do Brek PRONA / PDT 238 0,38% Suplente
25666 Dr. Pimenta PSDB / PFL 231 0,37% Suplente
14260 Professora Daluz PTB / PT do B 228 0,36% Não Eleito
11222 Russo PP / PRP 220 0,35% Suplente
14220 Zé da Penha PTB / PT do B 219 0,35% Não Eleito
27222 Adones Júnior PMN / PSDC 215 0,34% Não Eleito
45666 Raimundo PSDB / PFL 212 0,34% Suplente
33111 Alberto Sérgio PMN / PSDC 200 0,32% Não Eleito
43000 Irmão Zé Lopes PSL / PV / PL 198 0,31% Suplente

350
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
23234 Izaias Primo PT / PPS 180 0,29% Não Eleito
11113 Ze Gotinha PP / PRP 176 0,28% Suplente
65100 Arlindo Motorista PC do B 176 0,28% Não Eleito
43133 Geronimo PSL / PV / PL 164 0,26% Suplente
13444 Padí Leomar PT / PPS 160 0,25% Não Eleito
65001 Lula Chinês PC do B 159 0,25% Não Eleito
44666 Zezinho de Quinca PP / PRP 156 0,25% Suplente
15777 Professora Martha Falcão PSC / PMDB 152 0,24% Suplente
12340 Luciana Conselheira PRONA / PDT 151 0,24% Suplente
31222 Arlete Enfermeira PTN / PSB / PHS 151 0,24% Não Eleito
14620 Kil PTB / PT do B 149 0,24% Não Eleito
12623 Roberval dos Óculos PRONA / PDT 148 0,24% Suplente
Irmão Claudio Filho de
11314 PP / PRP 143 0,23% Suplente
Massal
12517 Nil PRONA / PDT 143 0,23% Suplente
43456 Irmã Ciça PSL / PV / PL 141 0,22% Suplente
14666 Moura PTB / PT do B 139 0,22% Não Eleito
22444 Fabio Henrique PSL / PV / PL 137 0,22% Suplente
15630 Luis Manoel de Almeida PSC / PMDB 133 0,21% Suplente
23613 Ely do Pronto Socorro PT / PPS 133 0,21% Não Eleito
33444 Irmão Flavio PMN / PSDC 132 0,21% Não Eleito
13555 Braz PT / PPS 131 0,21% Não Eleito
12111 Claúdia PRONA / PDT 124 0,2% Suplente
12789 Marinesio Silva PRONA / PDT 123 0,2% Suplente
14321 Bel do Iogurte PTB / PT do B 120 0,19% Não Eleito
33333 Tânia PMN / PSDC 111 0,18% Não Eleito
12144 Eudes da Ferragem PRONA / PDT 109 0,17% Suplente
13000 Josenildo Rapaz dos Baldes PT / PPS 108 0,17% Não Eleito
33777 Irmã Vera PMN / PSDC 107 0,17% Não Eleito
12346 Silvio dos Correios PRONA / PDT 103 0,16% Suplente
43222 Professora Kalyne PSL / PV / PL 100 0,16% Suplente
27333 Irmã Nélia PMN / PSDC 99 0,16% Não Eleito
31444 Sandro Rufino PTN / PSB / PHS 98 0,16% Não Eleito
27110 Mariinha PMN / PSDC 96 0,15% Não Eleito
12124 Chico do Mercado PRONA / PDT 92 0,15% Suplente

351
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
27999 Tó PMN / PSDC 87 0,14% Não Eleito
14605 Gileno PTB / PT do B 86 0,14% Não Eleito
31333 Ramos Foto PTN / PSB / PHS 85 0,14% Não Eleito
12013 Wilde Pereira PRONA / PDT 83 0,13% Suplente
31777 Beta PTN / PSB / PHS 82 0,13% Não Eleito
43223 Sargento Ednaldo PSL / PV / PL 80 0,13% Suplente
65777 Adenildo PC do B 78 0,12% Não Eleito
44612 Magna PP / PRP 78 0,12% Suplente
23789 Elivaldo PT / PPS 76 0,12% Não Eleito
19222 Valter Paiva PTN / PSB / PHS 75 0,12% Não Eleito
31789 Cabo Walter PTN / PSB / PHS 75 0,12% Não Eleito
31555 Professora Dalva PTN / PSB / PHS 74 0,12% Não Eleito
31234 Antonio Cardoso PTN / PSB / PHS 73 0,12% Não Eleito
14140 Marco da Associação PTB / PT do B 72 0,11% Não Eleito
40000 Aldalberto da Caixa PTN / PSB / PHS 69 0,11% Não Eleito
12130 Suzana Santana PRONA / PDT 68 0,11% Suplente
27123 Rubão PMN / PSDC 67 0,11% Não Eleito
44611 Paulo Diogo PP / PRP 67 0,11% Suplente
12643 Eligton PRONA / PDT 66 0,1% Suplente
14628 Sebastiana de Jaburú PTB / PT do B 64 0,1% Não Eleito
25601 Prof°. Arlindo PSDB / PFL 61 0,1% Suplente
23444 Jose do Sindicato PT / PPS 61 0,1% Não Eleito
33663 Lulinha Fotografo PMN / PSDC 60 0,1% Não Eleito
31456 Graciete PTN / PSB / PHS 58 0,09% Não Eleito
23123 Ceiça PT / PPS 57 0,09% Não Eleito
65555 Omena PC do B 56 0,09% Não Eleito
27789 Graça PMN / PSDC 54 0,09% Não Eleito
12122 Fatima Limeira PRONA / PDT 50 0,08% Suplente
14252 José Silva PTB / PT do B 49 0,08% Não Eleito
43333 Francisca Azevedo PSL / PV / PL 49 0,08% Suplente
19900 Professora Antonia PTN / PSB / PHS 46 0,07% Não Eleito
13789 Ubiratan Costa PT / PPS 45 0,07% Não Eleito
23112 Dora PT / PPS 43 0,07% Não Eleito
14123 Wipson PTB / PT do B 43 0,07% Não Eleito

352
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
15234 Itapoã PSC / PMDB 42 0,07% Suplente
44607 Luzivan Paulino PP / PRP 41 0,07% Suplente
11666 Ana de Lourdes PP / PRP 41 0,07% Suplente
33888 Junior San PMN / PSDC 38 0,06% Não Eleito
40500 Josimar PTN / PSB / PHS 38 0,06% Não Eleito
14789 Neco da Prestação PTB / PT do B 37 0,06% Não Eleito
44610 Suzete PP / PRP 36 0,06% Suplente
65666 Irani PC do B 35 0,06% Não Eleito
12444 Raminho da Lotaçao PRONA / PDT 35 0,06% Suplente
44605 da Guia PP / PRP 31 0,05% Suplente
14444 Irmã Céu PTB / PT do B 31 0,05% Não Eleito
44608 Chico Nunes PP / PRP 30 0,05% Suplente
11234 Zeze PP / PRP 28 0,04% Suplente
70111 Marcos Delmiro PTB / PT do B 27 0,04% Não Eleito
23111 Luiz do Biscoito PT / PPS 27 0,04% Não Eleito
65111 Nilsinho PC do B 27 0,04% Não Eleito
43300 Leilane PSL / PV / PL 26 0,04% Suplente
65333 Mira PC do B 25 0,04% Não Eleito
19700 Gitó PTN / PSB / PHS 25 0,04% Não Eleito
65002 Palão PC do B 23 0,04% Não Eleito
65000 Professora Mirtes PC do B 23 0,04% Não Eleito
65217 Gerlane PC do B 22 0,03% Não Eleito
15607 Valdete PSC / PMDB 22 0,03% Suplente
27620 Roseany PMN / PSDC 20 0,03% Não Eleito
65222 Pedro do Heitel PC do B 19 0,03% Não Eleito
14667 Neuman PTB / PT do B 16 0,03% Não Eleito
13456 Marquire Nobrega PT / PPS 14 0,02% Não Eleito
15222 Diginaldo PSC / PMDB 14 0,02% Suplente
23678 Nena PT / PPS 14 0,02% Não Eleito
65123 Paraguay PC do B 13 0,02% Não Eleito
40400 Francisco Diniz PTN / PSB / PHS 10 0,02% Não Eleito
40640 Vera Amorim PTN / PSB / PHS 6 0,01% Não Eleito
12677 Beija PRONA / PDT 5 0,01% Suplente
15555 Roseno PSC / PMDB 3 0% Suplente

353
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
40777 Nazareth Galvão PTN / PSB / PHS 3 0% Não Eleito
19123 Jonas PTN / PSB / PHS 1 0% Não Eleito
20620 Humberto PSC / PMDB 1 0% Suplente
Legenda do PDT 2.101 3,34%
Legenda do PSDB 845 1,34%
Legenda do PP 255 0,41%
Legenda do PFL 239 0,38%
Legenda do PL 223 0,35%
Legenda do PMDB 219 0,35%
Legenda do PTB 212 0,34%
Legenda do PRP 169 0,27%
Legenda do PPS 140 0,22%
Legenda do PT 84 0,13%
Legenda do PMN 80 0,13%
Legenda do PSL 58 0,09%
Legenda do PRONA 55 0,09%
Legenda do PV 50 0,08%
Legenda do PSDC 47 0,07%
Legenda do PHS 43 0,07%
Legenda do PSB 42 0,07%
Legenda do PTN 40 0,06%
Legenda do PC do B 26 0,04%
Legenda do PSC 11 0,02%
Legenda do PT do B 9 0,01%
Votos nulos 1.830
Votos brancos 1.339
Total apurado 66.081
Eleitorado 76.922
Abstenção 10.841 14,09%
Fonte: TRE/PB – Vereador – Santa Rita /2004

Legenda:
PFL - Partido da Frente Liberal
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PV - Partido Verde

354
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

PT do B - Partido Trabalhista do Brasil


PSC - Partido Social Cristão
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PHS - Partido Humanista da Solidariedade
PP - Partido Progressista
PL - Partido Liberal
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PRONA - Partido da Reedificação da Ordem Nacional
PTN - Partido Trabalhista Nacional
PT - Partido dos Trabalhadores
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PSL - Partido Social Liberal
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PPS - Partido Popular Socialista
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PRP - Partido Republicano Progressista

Em cada eleição os resultados são sempre uma caixa de surpresa em relação a


acertos candidatos que vivem no meio do povão fazendo favores os mais diversos
possíveis, nas eleições de 3 de outubro de 2004 à Câmara Municipal de Santa Rita, a maior
surpresa foi não ter sido eleito o ex-vereador, ex-deputado, ex-prefeito e médico Oíldo
Soares, que obteve apenas 581 (quinhentos e oitenta e um) votos, equivalente a 0,92%
(zero virgula noventa e dois por cento) dos votos válidos. Tem época em que queremos até
a acreditar que o eleitorado tem memória curta, diante de tal resultado, pois, sem querer
desmerecer os demais concorrentes naquela eleição, ele representava um quadro
extraordinário, além de mais de trinta e seis anos de dedicação ao povo como político e
como profissional da medicina. Disso ninguém tem dúvida, porém, os resultados vindos das
urnas eletrônicas foram diferentes, se por ventura a votação e a apuração ainda fosse
manual, alguém poderia até dizer que o referido candidato foi fraudado em sua votação.
Isso é fato e contra fato não se tem argumento.
A democracia dentro de seu processo de consolidação no Brasil, fez realizar a eleição
para presidente e vice da república, cujo primeiro turno ocorreu em 01 de outubro de
2006. Segue transcrição do primeiro turno na Paraíba:

Cargo: Presidente
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Lula
13 PC do B / PT / PRB 1.258.341 65,31% 2º Turno
Vice-presidente: José Alencar
Geraldo Alckmin
45 PFL / PSDB 537.042 27,87% 2º Turno
Vice-presidente: José Jorge
Heloísa Helena
50 Vice-presidente: César PCB / PSOL / PSTU 80.351 4,17% Não Eleito
Benjamin
12 Cristovam Buarque PDT 45.397 2,36% Não Eleito

355
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Presidente
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Vice-presidente: Jefferson
Peres
Ana Maria Rangel
44 PRP 2.926 0,15% Não Eleito
Vice-presidente: Delma Gama
Luciano Bivar
17 Vice-presidente: Américo de PSL 1.453 0,08% Não Eleito
Souza
José Maria Eymael
27 Vice-presidente: José Paulo PSDC 1.144 0,06% Não Eleito
da Silva Neto
Votos nulos 170.318
Votos brancos 57.181
Total apurado 2.154.153
Eleitorado 2.573.766
Abstenção 419.613 16,3%
Fonte: TSE/TRE/PB – 1º turno – presidente/2006

Legenda:
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PCB - Partido Comunista Brasileiro
PFL - Partido da Frente Liberal
PSOL - Partido Socialismo e Liberdade
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PRP - Partido Republicano Progressista
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PSL - Partido Social Liberal
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
PRB - Partido Republicano Brasileiro
PT - Partido dos Trabalhadores

Na democracia plena e ou Estado Democrático de Direito adotado pela Carta Magna


(1988), o voto popular é o pilar fundamental para decidir quem vai governar o país em
todas as suas esferas de poder público. Todo poder emana do povo e em seu nome é
exercido, assim sendo, o eleitorado da Paraíba e do Brasil foi as urnas do segundo turno
para presidente e vice da República em 29 de outubro de 2006, conforme seguem os
resultados finais:

Cargo: Presidente
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos

356
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Presidente
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Lula
13 PC do B / PT / PRB 1.478.378 75,01% Eleito
Vice-presidente: José Alencar
Geraldo Alckmin
45 PSDB / PFL 492.524 24,99% Não Eleito
Vice-presidente: José Jorge
Votos nulos 134.607
Votos brancos 27.087
Total apurado 2.132.596
Eleitorado 2.573.766
Abstenção 441.170 17,14%
Fonte: TSE/TER/PB – 1º Turno/Presidente/2006

Legenda:
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PT - Partido dos Trabalhadores
PRB - Partido Republicano Brasileiro
PFL - Partido da Frente Liberal
O eleitorado da Paraíba compareceu as urnas em 01 de outubro de 2006 e votou em
primeiro turno, conforme transcrevemos os seguintes resultados:

Cargo: Governador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Cássio PT do B / PFL / PL /
Vice-governador: Zé PTC / PSDB / PTN / 943.922 49,67% 2º Turno
Lacerda PTB / PP
Zé Maranhão
PT / PSB / PMDB /
1 Vice-governador: Luciano 926.272 48,74% 2º Turno
PC do B / PRB
Cartaxo
David Lobão
PSTU / PSOL 22.949 1,21% Não Eleito
Vice-governador: Marcelino
Lourdes Sarmento
2 Vice-governador: Manoel PCO 3.902 0,21% Não Eleito
Vieira
Marinezio
2 Vice-governador: Didi da PSDC 1.743 0,09% Não Eleito
Cajarana
Francisco Carlos
2 Vice-governador: Carlos PCB 1.698 0,09% Não Eleito
Magno

357
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Governador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Votos nulos 187.446
Votos brancos 66.221
Total apurado 2.154.153
Eleitorado 2.573.766
Abstenção 419.613 16,3%
Fonte: TSE/TRE/PB – 1º Turno/Governador/2006

Legenda:
PCO - Partido da Causa Operária
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PL - Partido Liberal
PTC - Partido Trabalhista Cristão
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PTN - Partido Trabalhista Nacional
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PRB - Partido Republicano Brasileiro
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
PT do B - Partido Trabalhista do Brasil
PCB - Partido Comunista Brasileiro
PFL - Partido da Frente Liberal
PT - Partido dos Trabalhadores
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PP - Partido Progressista
PSOL - Partido Socialismo e Liberdade

A história de cada eleição nos Estados membros do Brasil, são praticamente a


mesma e faz muito tempo, e na Paraíba não é diferente, quando chega o período eleitoral
surgem denuncias de corrupção eleitoral por parte da oposição e bem assim da própria
situação, em 2006 os concorrentes do segundo turno à cadeira de governador com assento
no Palácio da Redenção, Cássio Cunha Lima e José Maranhão, participaram ativamente de
duas eleições a do voto popular e a do tapetão na esfera judicial. Por analogia, citamos o
caso denunciado pelo mineiro Antônio Carlos, então presidente (governador) de Minas
Gerais, em convenção de seu partido em 1929, portanto, ainda na República Velha, ao
afirmar que: "para mim, insisto em dizê-lo, o ponto vulnerável da nossa organização
política reside no sistema de voto, pois notoriamente ele favorece a compressão, a
corrupção e a fraude, permitindo que os títulos eleitorais se transformem em títulos
negociáveis e que o Governo exerça sobre o ato do voto, praticado sob a odiosa
fiscalização e vigilância de seus agentes, a incontrastável influência da ameaça, de
represália ou das tentativas de peita ou de suborno", segundo Nagle (1976, p.11). Assim
sendo, o ramerame eleitoral continua sendo o mesmo em todas as eleições democráticas
com e ou sem voto de cabresto, apenas os coronéis rurais passaram a ser coronéis

358
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

urbanos, pois, quem tem o poder nas mãos nunca quer perder a eleição. Diante de
acusações mútuas de corrupção e compra de votos, o eleitorado decidiu em segundo turno
para governador no dia 29 de outubro de 2006 assim:
Cargo: Governador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
PSDB / PTC / PT do B
Cássio
45 / PL / PTN / PFL / 1.003.102 51,35% Eleito
Vice-governador: Zé Lacerda
PTB / PP
Zé Maranhão
PSB / PRB / PT / PC
15 Vice-governador: Luciano 950.269 48,65% Não Eleito
do B / PMDB
Cartaxo
Votos nulos 155.244
Votos brancos 23.981
Total apurado 2.132.596
Eleitorado 2.573.766
Abstenção 441.170 17,14%
Fonte: TSE/TRE/PB – 2º Turno/Governador/2006

Legenda:
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PTC - Partido Trabalhista Cristão
PL - Partido Liberal
PT do B - Partido Trabalhista do Brasil
PRB - Partido Republicano Brasileiro
PT - Partido dos Trabalhadores
PTN - Partido Trabalhista Nacional
PFL - Partido da Frente Liberal
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PP - Partido Progressista
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro

Diante do exposto, o caso foi parar no tapete judicial, o candidato derrotado José
Maranhão/PMDB, recorreu e finalmente no dia 20 de novembro de 2008, o TSE – Tribunal
Superior Eleitoral cassou o mandato de governador de Cássio Cunha Lima, reeleito
governador no segundo turno em 2006 na Paraíba. Ato contínuo, assume José Maranhão, o
cargo de governador por ter ficado em segundo lugar na referida disputa.
O acirramento pelas duas cadeiras de senador em 1 de outubro de 2006, o
eleitorado com inteligência peculiar elegeu um senador da situação: Cicero Lucena/PSDB e
outro da oposição: Ney Suassuna/PMDB. Ainda que por analogia, a decisão tomada pelo
voto popular para senador em 2006 na Paraíba, significa que o eleitor vota em quem quer
votar e não segue ideologia política partidária alguma, pois, “como elementos funcionais de
uma ordem constitucional, os partidos situam-se no ponto nevrálgico de imbricação do

359
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

poder do Estado juridicamente sancionado com o poder da sociedade politicamente


legitimado”, segundo Gomes Cannotilho (2000). O povo é o povo e vota como quer, não
seguem a ideologia partidária e ponto final. Vide a transcrição do resultado final da referida
eleição senatorial:

Cargo: Senador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Cícero Lucena
1º Suplente Senador: Carlos PFL / PTC / PTB /
456 Dunga PP / PL / PSDB / 803.600 48,25% Eleito
2º Suplente Senador: João PTN / PT do B
Rafael
Ney Suassuna
1º Suplente Senador: Edvaldo
PRB / PSB / PC do B
151 Rosas 725.502 43,56% Não Eleito
/ PMDB / PT
2º Suplente Senador:
Vituriano de Abreu
Vital Farias
500 1º Suplente Senador: Tanque PSOL / PSTU 99.966 6% Não Eleito
2º Suplente Senador: Nunes
Dr. Walter Amorim
1º Suplente Senador:
289 Francimar Cordeiro PRTB 13.541 0,81% Não Eleito
2º Suplente Senador:
Francisco Tito
Joseilson Freitas
299 1º Suplente Senador: Paulo PCO 7.576 0,45% Não Eleito
2º Suplente Senador: Maria
Ronaldo Medeiros
1º Suplente Senador: Pastor
177 Ferreira PMN / PRONA / PSL 7.294 0,44% Não Eleito
2º Suplente Senador: Geúde
Oliveira
Dr. Livieto Régis
1º Suplente Senador:
277 Wellington Brito PSDC 5.580 0,34% Não Eleito
2º Suplente Senador: Luciano
Neves
Antonio Pereira
1º Suplente Senador: Gervásio
215 Neto PCB 2.384 0,14% Não Eleito
2º Suplente Senador: Antonio
Trajano de Carvalho
Votos nulos 286.609

360
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Senador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Votos brancos 202.101
Total apurado 2.154.153
Eleitorado 2.573.766
Abstenção 419.613 16,3%
Fonte: TSE/TRE/PB – Eleição / Senador /

Legenda:
PCO - Partido da Causa Operária
PTC - Partido Trabalhista Cristão
PCB - Partido Comunista Brasileiro
PSOL - Partido Socialismo e Liberdade
PP - Partido Progressista
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PRONA - Partido de Reedificação da Ordem Nacional
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PT - Partido dos Trabalhadores
PT do B - Partido Trabalhista do Brasil
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PFL - Partido da Frente Liberal
PRB - Partido Republicano Brasileiro
PRTB - Partido Renovador Trabalhista Brasileiro
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PL - Partido Liberal
PTN - Partido Trabalhista Nacional
PSL - Partido Social Liberal

Ressaltamos ainda que foi candidato a senador no pleito de 2006, o santa-ritense e


médico Walter Amorim de Araújo/PRTB, (irmão do ex-vereador Elson Amorim e da
enfermeira Maria de Fátima), filho do farmacêutico Edson e Maria de Lourdes Amorim de
Araújo, ambos de saudosa memória, proprietários da extinta Farmácia Nossa Senhora das
Graças, durante décadas que funcionava ao lado da sede Guarany Futebol Clube, na Praça
João Pessoa, nesta cidade.
O sistema eleitoral brasileiro é por demais fragmentado e o eleitorado em todas as
regiões do país não sabe claramente quem é da situação e ou da oposição, levando-se em
conta o embrulho das coligações partidárias, isso acontece ao contrário em uma parcela
muito pequena dentre todos os partidos até então existentes, pois, “o voto uninominal, as
coligações eleitorais interpartidárias e, sobretudo, a combinação entre esses dois
mecanismos, são inconsistentes com a lógica da representação proporcional, que busca a
integração e o consenso precisamente como resultado da diferenciação, da especificidade e

361
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

da nitidez da representação de cada um dos partidos no parlamento”, segundo Tavares


(1994, p. 24). E assim fica o eleitor por mais esclarecido que seja, embrulhado pelas
coligações interpartidárias e termina votando em quem jamais votaria de sã consciência. E
na Paraíba e de modo específico em Santa Rita não é diferente, o jogo é o mesmo em todo
território nacional. Assim sendo, a profissão política na Paraíba vem mantendo o
coronelismo da República Velha, existente antes da Revolução de 1930 até os nossos dias.
As oligarquias econômicas e regionalizadas são representadas na Câmara Federal, apenas
mudam de nomes em substituição aos que já não estão mais entre nós. É esse o ciclo da
democracia que temos. Segue o resultado final para deputado federal em 01 de outubro de
2006 no Estado da Paraíba:

Cargo: Deputado Federal


%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
PMDB / PT / PSB / PC
1510 Vitalzinho 168.301 8,69% Eleito
do B / PRB
PMDB / PT / PSB / PC
1511 Wilson Santiago 163.661 8,45% Eleito
do B / PRB
PT do B / PSDB / PTC
4578 Rômulo Gouveia 152.330 7,87% Eleito
/ PFL
PT do B / PSDB / PTC
2511 Efraim Filho 147.335 7,61% Eleito
/ PFL
PMDB / PT / PSB / PC
4040 Manoel Junior 126.339 6,52% Eleito
do B / PRB
2222 Wellington Roberto PP / PTB / PTN / PL 125.407 6,48% Eleito
PT do B / PSDB / PTC
4510 Ronaldo Cunha Lima 124.192 6,41% Eleito
/ PFL
PMDB / PT / PSB / PC
1522 Wilson Braga 113.557 5,86% Eleito
do B / PRB
PMDB / PT / PSB / PC
1345 Luiz Couto 83.742 4,32% Eleito
do B / PRB
2233 Dr. Damião PP / PTB / PTN / PL 75.408 3,89% Eleito
PT do B / PSDB / PTC
4567 Armando Abílio 55.337 2,86% Média
/ PFL
1111 Enivaldo Ribeiro PP / PTB / PTN / PL 52.421 2,71% Suplente
PPS / PV / PRTB /
1234 Gilvan Freire 50.348 2,6% Não Eleito
PHS / PDT / PSC
2210 Inaldo Leitão PP / PTB / PTN / PL 44.587 2,3% Suplente
PMDB / PT / PSB / PC
4015 Marcondes Gadelha 39.361 2,03% Média
do B / PRB
1415 Pastor Philemon PP / PTB / PTN / PL 24.602 1,27% Suplente
4012 Bonifacio PMDB / PT / PSB / PC 24.437 1,26% Suplente

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Federal


%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
do B / PRB
PMDB / PT / PSB / PC
1515 Erasmo Lucena 17.328 0,89% Suplente
do B / PRB
PPS / PV / PRTB /
2300 Aluisio Paredes 15.624 0,81% Não Eleito
PHS / PDT / PSC
PT do B / PSDB / PTC
2525 Walter Brito Neto 12.934 0,67% Suplente
/ PFL
PMDB / PT / PSB / PC
1599 Mikika 11.639 0,6% Suplente
do B / PRB
PMDB / PT / PSB / PC
1313 Nelson Anacleto 8.974 0,46% Suplente
do B / PRB
PT do B / PSDB / PTC
4555 Tarcísio Marcelo 8.414 0,43% Suplente
/ PFL
PPS / PV / PRTB /
2345 Vital do Rêgo 6.497 0,34% Não Eleito
PHS / PDT / PSC
PMDB / PT / PSB / PC
6565 Watteau 5.547 0,29% Suplente
do B / PRB
PMDB / PT / PSB / PC
1399 Lucius Fabiani 5.383 0,28% Suplente
do B / PRB
PMDB / PT / PSB / PC
1333 Eudes 5.267 0,27% Suplente
do B / PRB
PMDB / PT / PSB / PC
1544 Afonso Cartaxo 4.908 0,25% Suplente
do B / PRB
PPS / PV / PRTB /
2327 Bernardino 4.297 0,22% Não Eleito
PHS / PDT / PSC
PT do B / PSDB / PTC
2540 Major Fábio 4.061 0,21% Suplente
/ PFL
PMDB / PT / PSB / PC
4044 Marleno Barros 3.315 0,17% Suplente
do B / PRB
PT do B / PSDB / PTC
4515 Viegas 3.258 0,17% Suplente
/ PFL
PPS / PV / PRTB /
4343 Dr Eurico Rangel 3.207 0,17% Não Eleito
PHS / PDT / PSC
PPS / PV / PRTB /
2310 Bala 2.929 0,15% Não Eleito
PHS / PDT / PSC
PMDB / PT / PSB / PC
1378 Arimatéia França 2.823 0,15% Suplente
do B / PRB
4090 Chico Lopes PMDB / PT / PSB / PC 2.769 0,14% Suplente

363
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Federal


%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
do B / PRB
PPS / PV / PRTB /
2399 Magliano 2.422 0,13% Não Eleito
PHS / PDT / PSC
PT do B / PSDB / PTC
4545 Elenildo 1.871 0,1% Suplente
/ PFL
5022 Americo Gomes PSTU / PSOL 1.868 0,1% Não Eleito
PPS / PV / PRTB /
1211 Manoel Paulino 1.853 0,1% Não Eleito
PHS / PDT / PSC
PPS / PV / PRTB /
2301 Doutor Sales 1.825 0,09% Não Eleito
PHS / PDT / PSC
PMDB / PT / PSB / PC
6512 Professora Betanea 1.820 0,09% Suplente
do B / PRB
1616 Antonio Radical PSTU / PSOL 1.764 0,09% Não Eleito
PMDB / PT / PSB / PC
4080 Nicola 1.705 0,09% Suplente
do B / PRB
PMDB / PT / PSB / PC
4000 Sargento Jucelino 1.691 0,09% Suplente
do B / PRB
1122 Coronel Guilherme PP / PTB / PTN / PL 1.670 0,09% Suplente
PT do B / PSDB / PTC
2580 Renô de Souza 1.557 0,08% Suplente
/ PFL
PT do B / PSDB / PTC
4546 Gilvan Bandeira 1.464 0,08% Suplente
/ PFL
PPS / PV / PRTB /
2333 Neves 1.394 0,07% Não Eleito
PHS / PDT / PSC
4444 Silvino do Sindicato PRP 1.236 0,06% Não Eleito
PPS / PV / PRTB /
3131 Joao Rodrigues 1.234 0,06% Não Eleito
PHS / PDT / PSC
PPS / PV / PRTB /
2315 João Marcos 1.159 0,06% Não Eleito
PHS / PDT / PSC
PMDB / PT / PSB / PC
6511 Chagas 1.130 0,06% Suplente
do B / PRB
1112 Vieirinha PP / PTB / PTN / PL 1.069 0,06% Suplente
PPS / PV / PRTB /
2313 Naldo Cabeça 980 0,05% Não Eleito
PHS / PDT / PSC
PPS / PV / PRTB /
2020 Sérgio Lourenço 944 0,05% Não Eleito
PHS / PDT / PSC
PPS / PV / PRTB /
2323 Márcio Araújo do Incra 906 0,05% Não Eleito
PHS / PDT / PSC

364
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Federal


%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
4400 Sargento Romero PRP 901 0,05% Não Eleito
2912 Lucí PCO 894 0,05% Não Eleito
5011 Clara PSTU / PSOL 883 0,05% Não Eleito
PPS / PV / PRTB /
2828 Sargento Marcos Silva 857 0,04% Não Eleito
PHS / PDT / PSC
PPS / PV / PRTB /
4310 William Ramos 839 0,04% Não Eleito
PHS / PDT / PSC
3333 Hildebrando Marcos PRONA / PMN / PSL 790 0,04% Não Eleito
PMDB / PT / PSB / PC
1010 Euzébio 729 0,04% Suplente
do B / PRB
2999 Quinho PCO 701 0,04% Não Eleito
5050 Ari PSTU / PSOL 667 0,03% Não Eleito
PPS / PV / PRTB /
2077 Isaac Santos 612 0,03% Não Eleito
PHS / PDT / PSC
2727 Lira PSDC 609 0,03% Não Eleito
PMDB / PT / PSB / PC
6500 Ednaldo Fontes 599 0,03% Suplente
do B / PRB
PPS / PV / PRTB /
2344 Maria Paraíba 568 0,03% Não Eleito
PHS / PDT / PSC
2277 Alzeni Rodrigues PP / PTB / PTN / PL 554 0,03% Suplente
PPS / PV / PRTB /
2033 Pastor Brasimar 454 0,02% Não Eleito
PHS / PDT / PSC
PT do B / PSDB / PTC
4525 Alex Marques 423 0,02% Suplente
/ PFL
5055 Mauro Placido PSTU / PSOL 411 0,02% Não Eleito
PT do B / PSDB / PTC
7000 Pádua 406 0,02% Suplente
/ PFL
2930 Severino PCO 381 0,02% Não Eleito
PPS / PV / PRTB /
3122 Valdeci Mestre 374 0,02% Não Eleito
PHS / PDT / PSC
4445 Walter Lopes PRP 321 0,02% Não Eleito
PMDB / PT / PSB / PC
1011 Lacerda 282 0,01% Suplente
do B / PRB
PPS / PV / PRTB /
4312 Gildenor Rodrigues 226 0,01% Não Eleito
PHS / PDT / PSC
PPS / PV / PRTB /
2332 Martinho Queiroz 177 0,01% Não Eleito
PHS / PDT / PSC

365
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Federal


%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
3300 Antonio Andrade PRONA / PMN / PSL 173 0,01% Não Eleito
5033 Reverendo Antonio PSTU / PSOL 129 0,01% Não Eleito
PMDB / PT / PSB / PC
6543 Guga Silva 110 0,01% Suplente
do B / PRB
2255 Ricardo Rique PP / PTB / PTN / PL 99 0,01% Suplente
PT do B / PSDB / PTC
2501 Nilson 60 0% Suplente
/ PFL
1199 João Camilo PP / PTB / PTN / PL 37 0% Suplente
Legenda do PSDB 40.903 2,11%
Legenda do PMDB 34.995 1,81%
Legenda do PDT 31.295 1,62%
Legenda do PT 20.360 1,05%
Legenda do PFL 12.252 0,63%
Legenda do PP 7.929 0,41%
Legenda do PSB 7.816 0,4%
Legenda do PL 7.099 0,37%
Legenda do PTB 4.979 0,26%
Legenda do PRB 3.886 0,2%
Legenda do PPS 3.599 0,19%
Legenda do PRP 3.308 0,17%
Legenda do PSOL 2.941 0,15%
Legenda do PSL 1.742 0,09%
Legenda do PMN 1.104 0,06%
Legenda do PHS 954 0,05%
Legenda do PRONA 892 0,05%
Legenda do PV 766 0,04%
Legenda do PTC 657 0,03%
Legenda do PSC 508 0,03%
Legenda do PC do B 474 0,02%
Legenda do PSTU 442 0,02%
Legenda do PCO 394 0,02%
Legenda do PTN 356 0,02%
Legenda do PRTB 247 0,01%
Legenda do PT do B 239 0,01%
Legenda do PSDC 238 0,01%

366
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Federal


%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Votos brancos 141.003
Votos nulos 76.408
Total apurado 2.154.153
Eleitorado 2.573.766
Abstenção 419.613 16,3%
Fonte: TSE/TRE/PB – Deputado Federal/2006

Legenda:
PRONA - Partido de Reedificação da Ordem Nacional
PPS - Partido Popular Socialista
PT - Partido dos Trabalhadores
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PRP - Partido Republicano Progressista
PHS - Partido Humanista da Solidariedade
PRB - Partido Republicano Brasileiro
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PSOL - Partido Socialismo e Liberdade
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PSC - Partido Social Cristão
PTC - Partido Trabalhista Cristão
PTN - Partido Trabalhista Nacional
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PT do B - Partido Trabalhista do Brasil
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PV - Partido Verde
PRTB - Partido Renovador Trabalhista Brasileiro
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PP - Partido Progressista
PSL - Partido Social Liberal
PCO - Partido da Causa Operária
PL - Partido Liberal
PFL - Partido da Frente Liberal

O único candidato a deputado federal com base política em Santa Rita que
concorreu em 01 de outubro de 2006 foi o empresário, ex-vereador e professor José
Bernardino, pela coligação: PPS/PV/PRTB/PHS/PDT/PSC, obteve em toda a Paraíba apenas
0,22% dos votos válidos na Paraíba e não foi eleito. Isso vem mais uma vez corroborar
com a tese de que o eleitorado santaritense não gosta de votar na prata de casa, apesar
das coligações partidárias expressivas e que seus filiados não acompanham tais siglas
quando se tratam de partidos nanicos e sem grandes potencialidades socioeconômicas, em

367
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

termos de investimentos em campanhas eleitorais para seus candidatos, que ficam a ver
navios, nadam, nadam e morrem na praia como afirma o ditado popular. Isso nos leva a
crer, ainda que por analogia “o nível de votação de legenda de um partido é um indicador
operacional da extensão em que ele promove sua sigla partidária”, segundo nos informa
Samuels (1997, p. 527). No dia seguinte a votação o eleitorado amanhece com a cabeça
baixa, não sabe mais em que votou para deputado federal e Santa Rita ficou mais uma vez
no esquecimento do cenário estadual e nacional por falta de um representante na Câmara
dos Deputados em Brasília.
O único candidato a deputado federal com base política em Santa Rita que
concorreu em 01 de outubro de 2006 foi o empresário, ex-vereador e professor José
Bernardino, pela coligação: PPS/PV/PRTB/PHS/PDT/PSC, obteve em toda a Paraíba apenas
0,22% dos votos válidos na Paraíba e não foi eleito, segundo o TRE/PB (2006). Isso vem
mais uma vez corroborar com a tese de que o eleitorado santaritense não gosta de votar
na prata de casa, apesar das coligações partidárias expressivas e que seus filiados não
acompanham tais siglas quando se tratam de partidos nanicos e sem grandes
potencialidades socioeconômicas, em termos de investimentos em campanhas eleitorais
para seus candidatos, que ficam a ver navios, nadam, nadam e morrem na praia como
afirma o ditado popular. O chamado candidato popular nascido do povo que não é
originado das oligarquias não são os preferidos pelo eleitorado humilde de nossa terra. Isso
nos leva a crer, ainda que por analogia que “o nível de votação de legenda de um partido é
um indicador operacional da extensão em que ele promove sua sigla partidária” , segundo
nos informa Samuels (1997, p. 527). Sem recursos materiais e financeiros para promover
um partido e ou uma coligação formada de partidos assim identificados com a classe
pobre, torna-se num verdadeiro milagre, diante das dificuldades operacionais no decorrer
da campanha. No dia seguinte a votação o eleitorado amanhece com a cabeça baixa, não
sabe mais em que votou para deputado federal e Santa Rita mais uma vez fica no
esquecimento do cenário estadual e nacional, por falta de representantes no Poder
Legislativo Estadual e na Câmara dos Deputados em Brasília.
O cenário para escolha de deputado estadual em Santa Rita também não é muito
diferente daquele apresentado para deputado federal, o perfil do eleitorado é o mesmo,
mais de 70% dos válidos em cada pleito de quatro em quatro anos, vai para os candidatos
fantasmas que procuram freqüentar enterros, missas, procissões, partidas de futebol,
casamentos, bailes, portas de cadeias, etc., tudo isso nas vésperas das eleições, depois que
compram os votos com tais grandes serviços junto a eleitores que se deixam alienar, vão
embora e chutam na bunda dessa gente que não tem amor verdadeiro pela causa da
ordem e do progresso de Santa Rita. É esse o motivo do terceiro maior colégio eleitoral da
Paraíba não ter um só secretário de Estado na administração pública estadual. Tudo por
falta de representação política de qualidade, gente que saiba ler e escrever, para não ter
que ouvir besteira e comer pelas mãos do favor e ou da ajuda, porque quem não sabe
onde quer chegar, aí fica humilhado dentro e fora do poder federal e ou estadual
paraibano. Essa história de deputado federal e ou estadual lagartixa, que sabe apenas
balançar a cabeça as normas ditadas pelo governo federal e ou estadual em troca de
contrato temporário de prestador de serviços para seus parentes e ou poucas pessoas suas
amigas que não passaram em um só concurso público. Isso representa alienação cega pelo
poder que não tem. Segue o resultado final da eleição para deputado estadual de 01 de
outubro de 2006 na Paraíba:

368
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
PTB / PSDB / PTC /
45123 Zenóbio Toscano PP / PL / PTN / PT do 38.265 1,95% Eleito
B
12345 Manoel Ludgério PDT / PSC 38.129 1,95% Eleito
PTB / PSDB / PTC /
45111 Romero Rodrigues PP / PL / PTN / PT do 38.014 1,94% Eleito
B
PTB / PSDB / PTC /
45000 Fabiano Lucena PP / PL / PTN / PT do 37.154 1,9% Eleito
B
15221 Francisca Motta PRB / PMDB 36.323 1,85% Eleito
15229 Quinto PRB / PMDB 35.844 1,83% Eleito
PTB / PSDB / PTC /
45678 Ruy Carneiro PP / PL / PTN / PT do 34.912 1,78% Eleito
B
15199 Gervasio Maia PRB / PMDB 32.778 1,67% Eleito
PTB / PSDB / PTC /
45145 Arthur Cunha Lima PP / PL / PTN / PT do 32.113 1,64% Eleito
B
PTB / PSDB / PTC /
45245 Dinaldo Wanderley PP / PL / PTN / PT do 32.082 1,64% Eleito
B
15151 Raniery Paulino PRB / PMDB 31.517 1,61% Eleito
25666 José Aldemir PFL 31.233 1,59% Eleito
PTB / PSDB / PTC /
45645 João Gonçalves PP / PL / PTN / PT do 31.019 1,58% Eleito
B
17123 Tião Gomes PMN / PRONA / PSL 29.760 1,52% Não Eleito
25888 Branco PFL 28.970 1,48% Eleito
15155 Olenka Maranhão PRB / PMDB 28.669 1,46% Eleito
25000 João Henrique PFL 28.041 1,43% Eleito
25800 Quintans PFL 27.860 1,42% Eleito
PTB / PSDB / PTC /
45666 Ricardo Marcelo PP / PL / PTN / PT do 27.597 1,41% Eleito
B
13456 Jeova PT 27.521 1,41% Eleito
25111 Lindolfo Pires PFL 27.118 1,38% Eleito
25147 Arnaldo Monteiro PFL 26.741 1,37% Média

369
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
PTB / PSDB / PTC /
11111 Aguinaldo Ribeiro PP / PL / PTN / PT do 26.237 1,34% Eleito
B
PTB / PSDB / PTC /
45444 Antônio Mineral PP / PL / PTN / PT do 25.645 1,31% Eleito
B
25006 Biu Fernandes PFL 24.341 1,24% Suplente
15123 Trocólli Júnior PRB / PMDB 24.320 1,24% Eleito
15122 Dr.verissinho PRB / PMDB 23.318 1,19% Eleito
15152 Iraê Lucena PRB / PMDB 22.641 1,16% Eleito
15234 Marcio Roberto PRB / PMDB 22.158 1,13% Média
15210 Dr. Ivaldo Moraes PRB / PMDB 22.017 1,12% Média
40123 Guilherme Almeida PC do B / PSB 21.950 1,12% Eleito
13110 Rodrigo Soares PT 21.890 1,12% Eleito
25123 Ademir Morais PFL 21.866 1,12% Suplente
13333 Frei Anastácio PT 21.679 1,11% Suplente
15111 Dr. Expedito PRB / PMDB 21.678 1,11% Suplente
40400 Leonardo Gadelha PC do B / PSB 21.531 1,1% Eleito
10123 Fausto Oliveira PRB / PMDB 21.276 1,09% Suplente
12333 Jacó Maciel PDT / PSC 20.513 1,05% Eleito
PTB / PSDB / PTC /
14141 Dunga Júnior PP / PL / PTN / PT do 20.436 1,04% Média
B
PTB / PSDB / PTC /
45200 Pedro Medeiros PP / PL / PTN / PT do 20.288 1,04% Suplente
B
15113 Djaci Brasileiro PRB / PMDB 20.184 1,03% Suplente
12444 Dr. Aníbal PDT / PSC 19.887 1,02% Suplente
15107 Alvar0 Neto PRB / PMDB 19.671 1% Suplente
25833 Sara Cabral PFL 19.582 1% Suplente
40112 Batinga PC do B / PSB 19.314 0,99% Eleito
PTB / PSDB / PTC /
45789 Ricardo Barbosa PP / PL / PTN / PT do 18.869 0,96% Suplente
B
PTB / PSDB / PTC /
45115 Ariano Fernandes PP / PL / PTN / PT do 18.713 0,96% Suplente
B

370
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
15222 Bado PRB / PMDB 18.083 0,92% Suplente
40757 Nadja Palitot PC do B / PSB 17.595 0,9% Suplente
25222 Walter Brito PFL 17.570 0,9% Suplente
40456 Urquiza PC do B / PSB 16.650 0,85% Suplente
25456 Diego Tavares PFL 15.752 0,8% Suplente
12678 Inácio Falcão PDT / PSC 14.485 0,74% Suplente
PAN / PRTB / PHS /
23300 Socorro Marques 13.887 0,71% Eleito
PPS / PV
PAN / PRTB / PHS /
23000 Nivaldo Manoel 13.872 0,71% Média
PPS / PV
40333 Tonquinho Figueiredo PC do B / PSB 13.869 0,71% Suplente
PAN / PRTB / PHS /
23333 Alexandre Brasil 13.820 0,71% Suplente
PPS / PV
PAN / PRTB / PHS /
23231 Joao Bosco Carneiro Junior 13.270 0,68% Suplente
PPS / PV
13123 Professor Paiva PT 11.326 0,58% Suplente
40190 Coronel Francisco PC do B / PSB 11.010 0,56% Suplente
25678 Dr. Passos PFL 10.675 0,54% Suplente
PTB / PSDB / PTC /
45555 Florentina Flora PP / PL / PTN / PT do 10.318 0,53% Suplente
B
PTB / PSDB / PTC /
11123 Carlos Sousa PP / PL / PTN / PT do 10.302 0,53% Suplente
B
PAN / PRTB / PHS /
23777 Robson Dutra 9.884 0,5% Suplente
PPS / PV
15200 João Paulo PRB / PMDB 9.658 0,49% Suplente
15555 Fernando Carvalho PRB / PMDB 9.578 0,49% Suplente
13450 Adalberto Fulgêncio PT 9.189 0,47% Suplente
PTB / PSDB / PTC /
14567 Vital Costa PP / PL / PTN / PT do 8.942 0,46% Suplente
B
13666 Giucélia PT 8.151 0,42% Suplente
40666 Fuba PC do B / PSB 7.583 0,39% Suplente
12123 Raoni PDT / PSC 7.402 0,38% Suplente
PTB / PSDB / PTC /
14123 Severino Gomes 6.252 0,32% Suplente
PP / PL / PTN / PT do

371
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
B
PAN / PRTB / PHS /
43123 Sargento Denis 5.992 0,31% Suplente
PPS / PV
12456 Estefânia Maroja PDT / PSC 5.927 0,3% Suplente
25220 Milton Lúcio PFL 5.870 0,3% Suplente
12222 Padre Adelino PDT / PSC 5.868 0,3% Suplente
13667 Avenzoar Arruda PT 5.803 0,3% Suplente
44888 Ivan Batista PRP 5.463 0,28% Não Eleito
PTB / PSDB / PTC /
14640 Tavinho PP / PL / PTN / PT do 5.423 0,28% Suplente
B
PTB / PSDB / PTC /
22222 Arimarcel Padilha PP / PL / PTN / PT do 5.392 0,28% Suplente
B
10789 Pastor Edvan PRB / PMDB 5.196 0,27% Suplente
40444 Willams PC do B / PSB 4.847 0,25% Suplente
PAN / PRTB / PHS /
23456 Joao Maximo 4.708 0,24% Suplente
PPS / PV
56789 Sebastiao Placido PMN / PRONA / PSL 4.628 0,24% Não Eleito
65666 Simão PC do B / PSB 4.291 0,22% Suplente
33123 Dr. Gildasio Alcantara PMN / PRONA / PSL 4.165 0,21% Não Eleito
44007 Alberto Agra PRP 4.062 0,21% Não Eleito
40999 Hermano Nepomuceno PC do B / PSB 4.035 0,21% Suplente
25622 Irmão Marivaldo PFL 3.999 0,2% Suplente
PTB / PSDB / PTC /
22444 Antônio Lopes PP / PL / PTN / PT do 3.982 0,2% Suplente
B
15127 Ribamar PRB / PMDB 3.560 0,18% Suplente
15666 Pimentel Filho PRB / PMDB 3.490 0,18% Suplente
40222 Marcilio Braz PC do B / PSB 2.985 0,15% Suplente
PTB / PSDB / PTC /
22333 Dr. João Leite PP / PL / PTN / PT do 2.957 0,15% Suplente
B
44111 André Villarim PRP 2.613 0,13% Não Eleito
PTB / PSDB / PTC /
22123 Fumaça PP / PL / PTN / PT do 2.319 0,12% Suplente
B

372
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
40500 Humberto Jerônimo PC do B / PSB 2.161 0,11% Suplente
40555 Marcos Patricio PC do B / PSB 1.828 0,09% Suplente
PAN / PRTB / PHS /
23100 Lidia Moura 1.826 0,09% Suplente
PPS / PV
44789 Targino PRP 1.770 0,09% Não Eleito
44190 Tenente Barbosa PRP 1.699 0,09% Não Eleito
PTB / PSDB / PTC /
22000 Angelita Lucas PP / PL / PTN / PT do 1.697 0,09% Suplente
B
13190 Tenente Gilberto PT 1.599 0,08% Suplente
40111 Zé Leite PC do B / PSB 1.504 0,08% Suplente
Claudio Rodrigues O PAN / PRTB / PHS /
23818 1.459 0,07% Suplente
Leiturista PPS / PV
15166 Floripes PRB / PMDB 1.432 0,07% Suplente
44660 Dr. Leidson PRP 1.431 0,07% Não Eleito
44777 Galego do Leite PRP 1.384 0,07% Não Eleito
44444 Prof. Pereira PRP 1.382 0,07% Não Eleito
13199 Sargento Elionaldo PT 1.350 0,07% Suplente
44333 Belo PRP 1.326 0,07% Não Eleito
PAN / PRTB / PHS /
23123 Jailton Sousa 1.286 0,07% Suplente
PPS / PV
PTB / PSDB / PTC /
45333 José Araújo PP / PL / PTN / PT do 1.196 0,06% Suplente
B
33133 Laercio Braga PMN / PRONA / PSL 1.152 0,06% Não Eleito
12007 Gilmario PDT / PSC 1.142 0,06% Suplente
15153 Conceição Casado PRB / PMDB 1.137 0,06% Suplente
33456 Ronaldo Lucena PMN / PRONA / PSL 1.077 0,05% Não Eleito
PTB / PSDB / PTC /
22111 Clodoaldo PP / PL / PTN / PT do 1.067 0,05% Suplente
B
50333 Martins da Cachoeira PSTU / PSOL 1.054 0,05% Não Eleito
17789 Gerson Negao PMN / PRONA / PSL 1.037 0,05% Não Eleito
50500 Rafael Pires PSTU / PSOL 1.020 0,05% Não Eleito
PAN / PRTB / PHS /
31333 Petronio Eletricista 953 0,05% Suplente
PPS / PV
33190 Major Israel PMN / PRONA / PSL 953 0,05% Não Eleito

373
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
PAN / PRTB / PHS /
31111 Alan Delon 890 0,05% Suplente
PPS / PV
40000 Ricardo Almeida PC do B / PSB 845 0,04% Suplente
17444 Vanildo PMN / PRONA / PSL 818 0,04% Não Eleito
PAN / PRTB / PHS /
23111 Nena 732 0,04% Suplente
PPS / PV
21212 Adriana Paula PCB 709 0,04% Não Eleito
21222 Alexandre Mesquita PCB 705 0,04% Não Eleito
50666 Emanuel PSTU / PSOL 659 0,03% Não Eleito
50456 Sizenando PSTU / PSOL 608 0,03% Não Eleito
PAN / PRTB / PHS /
26567 Chico Casado 605 0,03% Suplente
PPS / PV
40888 Fernando Rodrigues PC do B / PSB 589 0,03% Suplente
50555 Fernando Viana PSTU / PSOL 589 0,03% Não Eleito
50050 Edier Sabino PSTU / PSOL 584 0,03% Não Eleito
50222 Cabo Willams PSTU / PSOL 574 0,03% Não Eleito
44700 Carlos Montecarlos PRP 560 0,03% Não Eleito
12013 Nivaldo Mangueira PDT / PSC 555 0,03% Suplente
44212 Ari Santos PRP 549 0,03% Não Eleito
40777 Pedro Bezerra PC do B / PSB 545 0,03% Suplente
44555 José Ilo PRP 544 0,03% Não Eleito
40004 Professor Doutor Rafael PC do B / PSB 539 0,03% Suplente
44031 Ranieri Rodrigues PRP 535 0,03% Não Eleito
15333 Fabiana Lemos PRB / PMDB 531 0,03% Suplente
40115 Judas Tadeu PC do B / PSB 523 0,03% Suplente
PAN / PRTB / PHS /
23444 Demontië Gomes 518 0,03% Suplente
PPS / PV
15230 Lazaro Cambuim PRB / PMDB 518 0,03% Suplente
PTB / PSDB / PTC /
14560 José Lins / Zé de Ule PP / PL / PTN / PT do 510 0,03% Suplente
B
15999 Nininho de Mangabeira PRB / PMDB 507 0,03% Suplente
17777 Sargento Nóbrega PMN / PRONA / PSL 494 0,03% Não Eleito
44522 Irmão David PRP 467 0,02% Não Eleito
44033 Ademir Leão PRP 456 0,02% Não Eleito
40033 Paulo Menezes PC do B / PSB 456 0,02% Suplente

374
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
40011 Cabo Brito de Areia PC do B / PSB 453 0,02% Suplente
33333 Dagoberto PMN / PRONA / PSL 450 0,02% Não Eleito
13000 Licor Lira PT 439 0,02% Suplente
17652 Irmão Jayme PMN / PRONA / PSL 409 0,02% Não Eleito
44666 Prof. Léo PRP 408 0,02% Não Eleito
15533 Roberto Gomes PRB / PMDB 400 0,02% Suplente
17456 Marcelo Guimarães PMN / PRONA / PSL 394 0,02% Não Eleito
56123 Olavo Bonfim PMN / PRONA / PSL 391 0,02% Não Eleito
PAN / PRTB / PHS /
31031 Valdevino 382 0,02% Suplente
PPS / PV
40040 Professor Janduy PC do B / PSB 375 0,02% Suplente
PTB / PSDB / PTC /
22600 Aguiar PP / PL / PTN / PT do 368 0,02% Suplente
B
50000 Honorato dos Ambulantes PSTU / PSOL 357 0,02% Não Eleito
44123 Bertrand PRP 355 0,02% Não Eleito
44222 Absalão PRP 332 0,02% Não Eleito
25670 Carlos Silva PFL 325 0,02% Suplente
25190 Tenente Roberto PFL 316 0,02% Suplente
40080 Pedro Pontes de Alcântara PC do B / PSB 301 0,02% Suplente
13789 Silvano Morais PT 297 0,02% Suplente
44262 Elias Marques PRP 289 0,01% Não Eleito
17100 Jair Santos PMN / PRONA / PSL 282 0,01% Não Eleito
25235 Galego do Café PFL 275 0,01% Suplente
44120 Bile PRP 270 0,01% Não Eleito
10222 Sargento Vitório PRB / PMDB 254 0,01% Suplente
17345 Cabo Crispim PMN / PRONA / PSL 252 0,01% Não Eleito
33404 Alexandre Rocha PMN / PRONA / PSL 240 0,01% Não Eleito
15239 Professora e Taxista Regina PRB / PMDB 222 0,01% Suplente
PAN / PRTB / PHS /
31234 Trovão 221 0,01% Suplente
PPS / PV
29029 Antonio Alfredo PCO 211 0,01% Não Eleito
29729 Gilson Ferreira PCO 207 0,01% Não Eleito
PAN / PRTB / PHS /
26666 Mauricao 192 0,01% Suplente
PPS / PV

375
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
29629 Michel Costa PCO 188 0,01% Não Eleito
13271 Raminho Talibã PT 177 0,01% Suplente
PTB / PSDB / PTC /
70123 Fabiano PP / PL / PTN / PT do 176 0,01% Suplente
B
PAN / PRTB / PHS /
26333 Joao Nunes 169 0,01% Suplente
PPS / PV
PTB / PSDB / PTC /
45427 Ceslau Gadelha PP / PL / PTN / PT do 168 0,01% Suplente
B
20200 Isaac Melo PDT / PSC 166 0,01% Suplente
15190 Carlos Bonfim PRB / PMDB 154 0,01% Suplente
15150 Floriano PRB / PMDB 153 0,01% Suplente
44999 Chico Lobo PRP 144 0,01% Não Eleito
40300 Ronaldo Toscano PC do B / PSB 142 0,01% Suplente
17111 Jessé Juvino PMN / PRONA / PSL 141 0,01% Não Eleito
20999 Zé Noirton PDT / PSC 138 0,01% Suplente
PTB / PSDB / PTC /
14140 Sargento Braz PP / PL / PTN / PT do 136 0,01% Suplente
B
PTB / PSDB / PTC /
11223 João Leite PP / PL / PTN / PT do 129 0,01% Suplente
B
29429 Andre Sarmento PCO 122 0,01% Não Eleito
PAN / PRTB / PHS /
23449 Alberto de Castro 121 0,01% Suplente
PPS / PV
PTB / PSDB / PTC /
22245 Linaldo PP / PL / PTN / PT do 113 0,01% Suplente
B
PAN / PRTB / PHS /
31123 Edvaldo 109 0,01% Suplente
PPS / PV
PTB / PSDB / PTC /
11222 Barata PP / PL / PTN / PT do 91 0% Suplente
B
40010 Prof. Aloísio Queiroz PC do B / PSB 90 0% Suplente
44412 Dr. Tiago Barbosa PRP 88 0% Não Eleito
PAN / PRTB / PHS /
26777 Eduardo Milhomem 83 0% Suplente
PPS / PV

376
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
PTB / PSDB / PTC /
70333 João Aranha PP / PL / PTN / PT do 82 0% Suplente
B
12999 Mara PDT / PSC 74 0% Suplente
29329 Wagner Batista PCO 68 0% Não Eleito
44521 Mário da Cruz PRP 62 0% Não Eleito
PAN / PRTB / PHS /
23999 Lula Cabral 57 0% Suplente
PPS / PV
20222 Jaco Gomes PDT / PSC 54 0% Suplente
20233 Irmão PDT / PSC 54 0% Suplente
29229 Allan Patrick PCO 54 0% Não Eleito
PAN / PRTB / PHS /
23888 Joao Camurça 39 0% Suplente
PPS / PV
15160 Edirce de Oliveira PRB / PMDB 32 0% Suplente
27277 Marcio Pereira PSDC 30 0% Não Eleito
17126 Zezito da Banca PMN / PRONA / PSL 20 0% Não Eleito
PTB / PSDB / PTC /
19123 Toinha PP / PL / PTN / PT do 18 0% Suplente
B
PTB / PSDB / PTC /
19000 Dr. Temístocles PP / PL / PTN / PT do 14 0% Suplente
B
PAN / PRTB / PHS /
26123 Dida 11 0% Suplente
PPS / PV
PTB / PSDB / PTC /
11007 Aellysson Formiga PP / PL / PTN / PT do 7 0% Suplente
B
PAN / PRTB / PHS /
31000 Nilton Almeida 3 0% Suplente
PPS / PV
44321 Geraildes PRP 0 0% Não Eleito
Legenda do PSDB 70.663 3,61%
Legenda do PMDB 61.494 3,14%
Legenda do PT 23.472 1,2%
Legenda do PFL 16.264 0,83%
Legenda do PDT 14.846 0,76%
Legenda do PSB 9.449 0,48%
Legenda do PL 8.310 0,42%

377
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Legenda do PP 6.695 0,34%
Legenda do PTB 4.960 0,25%
Legenda do PPS 4.884 0,25%
Legenda do PRP 3.260 0,17%
Legenda do PSOL 2.432 0,12%
Legenda do PRB 2.241 0,11%
Legenda do PSL 2.007 0,1%
Legenda do PC do B 1.352 0,07%
Legenda do PRONA 1.297 0,07%
Legenda do PCB 1.223 0,06%
Legenda do PV 1.197 0,06%
Legenda do PMN 1.028 0,05%
Legenda do PHS 1.022 0,05%
Legenda do PRTB 666 0,03%
Legenda do PTC 640 0,03%
Legenda do PSC 589 0,03%
Legenda do PSTU 552 0,03%
Legenda do PAN 457 0,02%
Legenda do PT do B 397 0,02%
Legenda do PCO 385 0,02%
Legenda do PTN 350 0,02%
Legenda do PSDC 311 0,02%
Votos brancos 118.898
Votos nulos 76.470
Total apurado 2.154.153
Eleitorado 2.573.766
Abstenção 419.613 16,3%
Fonte: TSE/TER/PB – Deputado Estadual/2006

Legenda:
PTC - Partido Trabalhista Cristão
PRTB - Partido Renovador Trabalhista Brasileiro
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PL - Partido Liberal
PFL - Partido da Frente Liberal
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro

378
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PT do B - Partido Trabalhista do Brasil


PV - Partido Verde
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
PTN - Partido Trabalhista Nacional
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PSOL - Partido Socialismo e Liberdade
PRONA - Partido de Reedificação da Ordem Nacional
PSL - Partido Social Liberal
PHS - Partido Humanista da Solidariedade
PPS - Partido Popular Socialista
PAN - Partido dos Aposentados da Nação
PT - Partido dos Trabalhadores
PCO - Partido da Causa Operária
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PP - Partido Progressista
PRB - Partido Republicano Brasileiro
PCB - Partido Comunista Brasileiro
PRP - Partido Republicano Progressista
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PSC - Partido Social Cristão

Foram candidatos a deputados estaduais com base política em Santa Rita: Flaviano
Quinto Ribeiro Coutinho/PRB/PMDB, filho do então prefeito Marcus Odilon Ribeiro Coutinho
e representante maior da oligarquia do agroindustrial, foi eleito com 1,83% dos votos
válidos; Estefania Pedrosa Maroja/PDT/PSC, ex-deputada estadual e esposa do ex-prefeito
Severino Maroja, ficou suplente e obteve 0,3% dos votos válidos; José Lins de Albuquerque
- Zé de Ule/PTB, ex-vice prefeito e empresário, obteve apenas 0,03% dos votos válidos,
não foi eleito; e Ceslau da Costa Gadelha Filho, ex-deputado estadual, empresário, herdeiro
político do ex-prefeito e ex-deputado Heraldo Gadelha, obteve apenas 0,01% dos votos
válidos para deputado estadual na Paraíba. A ordem e o progresso de nossa cidade,
depende justamente da vontade popular, o que justifica o abandono durante décadas por
parte dos governos estadual e federal, por analogia a falta de consideração de nossa gente
para com os nossos candidatos locais a cargos eletivos. O quociente eleitoral partidário é
outro problema que beneficia apenas os grandes partidos, isso é “um padrão de
distribuição da representação parlamentar entre os partidos muito próximo e, não raro,
idêntico àquele produzido pelo sistema de quociente eleitoral de Hare e de quociente
partidário no qual a distribuição dos assentos remanescentes se opera segundo a fórmula
da mais forte média”, segundo Tavares (1994, p. 171).
A população nacional e de modo específico aquela constituída por eleitores, tem que
suportar em ano de eleição, os horários gratuitos em rádio e televisão da propaganda
eleitoral obrigatória, três vezes ao dia. Tanto é assim que Kaid e Holtz-Bacha (1995, p. 16),
enfatizam que o Brasil é a única democracia existente no mundo que leva tanto tempo com
propaganda eleitoral na televisão.
O eleitoral municipal santaritense compareceu as urnas em 5 de outubro de 2008,
para escolher prefeito, vice dito e vereadores, a exemplo dos demais municípios brasileiros.
Entre nós, para prefeito e vice, tivemos o seguinte resultado:

379
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Prefeito
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
PSDC / PPS / PC do
Marcus Odilon
15 B / PSB / PMDB / 32.038 50,85% Eleito
Vice-prefeito: Gilvandro Anjos
PSL / PT
Ana Cristina
14 PTB / PHS 29.918 47,48% Não Eleito
Vice-prefeito: Zé de Ule
Djalma Varela PV / PMN / PTC /
33 1.052 1,67% Não Eleito
Vice-prefeito: Pastor Justino PRP
Votos nulos 4.763
Votos brancos 2.731
Total apurado 70.502
Eleitorado 82.435
Abstenção 11.933 14,48%
Fonte: TRE/PB – Prefeito/Santa Rita/2008

Legenda:
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PPS - Partido Popular Socialista
PV - Partido Verde
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PHS - Partido Humanista da Solidariedade
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PSL - Partido Social Liberal
PT - Partido dos Trabalhadores
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PTC - Partido Trabalhista Cristão
PRP - Partido Republicano Progressista

A oligarquia agroindustrial elegeu Marcus Odilon Ribeiro Coutinho/PMDB e outros


partidos, pela quarta vez, mesmo diante das denúncias de compra de votos através do uso
da máquina administrativa municipal, já que se tratava de reeleição. A diferença foi apenas
de 3,37% a favor de Marcus Odilon. E isso só foi possível, segundo a opinião pública
porque a Justiça Eleitoral impugnou e cassou a candidatura do “oposicionista” Reginaldo
Pereira da Costa, faltando menos de cinco dias para o dia da eleição. O nome que o
substituiu para ser votado para prefeito nunca teve experiência eleitoral de qualquer
espécie, portanto, trata-se de transferência de prestigio eleitoral junto ao eleitorado de
Santa Rita, a preço instantâneo e passageiro de outubro de 2008.
Os vereadores que concorreram as cadeiras da Casa de Antônio Teixeira em 5 de
outubro de 2008, foram os seguintes:

380
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
PMDB / PC do B /
15611 Moza 3.311 5,16% Eleito
PSB
PMDB / PC do B /
15115 Adones Júnior 3.165 4,93% Eleito
PSB
PMDB / PC do B /
15680 Olavo de Baleia 3.098 4,83% Eleito
PSB
PMDB / PC do B /
15666 Cicinha 2.507 3,91% Média
PSB
PR / PT do B / PRB /
22222 Edinaldo do Edilicya 2.356 3,67% Eleito
DEM
PMDB / PC do B /
15470 Netinho 2.329 3,63% Suplente
PSB
PR / PT do B / PRB /
22111 Dr. Djalma (juca) 2.212 3,45% Eleito
DEM
PR / PT do B / PRB /
22123 Rezende do Inss 2.168 3,38% Eleito
DEM
14888 Zé Paulo PHS / PTB 2.012 3,13% Eleito
31229 Edinho PHS / PTB 1.918 2,99% Eleito
PR / PT do B / PRB /
25555 Queiroga 1.875 2,92% Suplente
DEM
PR / PT do B / PRB /
22147 Manoel da Usina 1.709 2,66% Suplente
DEM
PR / PT do B / PRB /
22670 Clovis Alves 1.561 2,43% Suplente
DEM
PR / PT do B / PRB /
25230 Kako 1.511 2,35% Suplente
DEM
14670 Juvenal PHS / PTB 1.478 2,3% Eleito
14677 Finha PHS / PTB 1.370 2,13% Suplente
PMDB / PC do B /
15555 Fernanda Santiago 1.253 1,95% Suplente
PSB
14680 Anésio Miranda PHS / PTB 1.191 1,86% Suplente
31111 Paulo Martins PHS / PTB 1.101 1,72% Suplente
14777 Henrique Maroja PHS / PTB 1.052 1,64% Suplente
14644 Bebé PHS / PTB 980 1,53% Suplente
31500 Lula PHS / PTB 968 1,51% Suplente
PR / PT do B / PRB /
22625 Assis de Olavo 966 1,51% Suplente
DEM

381
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
PMDB / PC do B /
40040 Aurian 936 1,46% Suplente
PSB
23456 Dr. Otávio Bernardino PPS / PT 851 1,33% Eleito
PR / PT do B / PRB /
22456 Walter Sena 790 1,23% Suplente
DEM
14567 Thereza Lins PHS / PTB 786 1,22% Suplente
13456 Sebastião do Sindicato PPS / PT 755 1,18% Suplente
14123 Alexandre Almeida PHS / PTB 634 0,99% Suplente
PR / PT do B / PRB /
25123 Dr. Dorivaldo 618 0,96% Suplente
DEM
13444 Padi Leomar PPS / PT 601 0,94% Suplente
14000 Bruno Arruda PHS / PTB 573 0,89% Suplente
PR / PT do B / PRB /
10123 Angela Vilhena 525 0,82% Suplente
DEM
31121 Walter da Galinha PHS / PTB 504 0,79% Suplente
13229 Claudio PPS / PT 502 0,78% Suplente
PR / PT do B / PRB /
22220 Leo 496 0,77% Suplente
DEM
31234 Arruda PHS / PTB 475 0,74% Suplente
PMDB / PC do B /
15612 Edson de Elísio 409 0,64% Suplente
PSB
13122 Luiz Carlos PPS / PT 405 0,63% Suplente
23234 Moura PPS / PT 386 0,6% Suplente
PMDB / PC do B /
15111 João Grilo 345 0,54% Suplente
PSB
Manoel Geronimo de Souza
13333 PPS / PT 309 0,48% Suplente
(mel)
Ramiro da Padaria Marcos
23450 PPS / PT 309 0,48% Suplente
Moura
23229 Diocelio PPS / PT 285 0,44% Suplente
PTC / PMN / PV /
43111 Edvando Damazio 260 0,41% Não Eleito
PRP
14560 Marinésio do Alternativo PHS / PTB 258 0,4% Suplente
13007 Sirleide Dantas PPS / PT 254 0,4% Suplente
PMDB / PC do B /
65500 Cidadão 240 0,37% Suplente
PSB
23789 Bebe Maciel PPS / PT 230 0,36% Suplente

382
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
13000 Josenildo PPS / PT 227 0,35% Suplente
PMDB / PC do B /
65234 Cláudio Maçal 222 0,35% Suplente
PSB
13015 Severino Leocio (biló) PPS / PT 215 0,33% Suplente
31221 Calango PHS / PTB 213 0,33% Suplente
31222 Arlete Enfermeira PHS / PTB 203 0,32% Suplente
PR / PT do B / PRB /
70333 Irmão - Beto 199 0,31% Suplente
DEM
PMDB / PC do B /
15690 Zita 193 0,3% Suplente
PSB
PMDB / PC do B /
65113 Zé Gotinha 183 0,29% Suplente
PSB
23123 Junior da Saúde PPS / PT 183 0,29% Suplente
13111 Evandre PPS / PT 178 0,28% Suplente
PMDB / PC do B /
65123 Chico do Mercado 171 0,27% Suplente
PSB
PR / PT do B / PRB /
25888 Andréa Cláudia 142 0,22% Suplente
DEM
PTC / PMN / PV /
36999 Fabricio Santos 122 0,19% Não Eleito
PRP
31789 Geuza Américo PHS / PTB 120 0,19% Suplente
Vania do Loteamento Boa
23339 PPS / PT 107 0,17% Suplente
Vista
21125 Ronaldo Maciel PCB / PSOL 96 0,15% Não Eleito
23023 Carlão do Pps PPS / PT 96 0,15% Suplente
PTC / PMN / PV /
44612 Irmão João do Perfume 89 0,14% Não Eleito
PRP
PTC / PMN / PV /
36555 Gilmar 68 0,11% Não Eleito
PRP
PTC / PMN / PV /
44600 Risonete Mendonça 67 0,1% Não Eleito
PRP
PTC / PMN / PV /
33453 Deleon 61 0,1% Não Eleito
PRP
PR / PT do B / PRB /
70678 Marcelo 59 0,09% Suplente
DEM
PTC / PMN / PV /
43214 Gilberto 56 0,09% Não Eleito
PRP

383
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
21111 Marcos Delmiro PCB / PSOL 50 0,08% Não Eleito
PR / PT do B / PRB /
70123 Francisca Azevedo 48 0,07% Suplente
DEM
PMDB / PC do B /
15155 Alberto de Brito 41 0,06% Suplente
PSB
PR / PT do B / PRB /
22602 Edivan 38 0,06% Suplente
DEM
23122 Lucia da Seresta PPS / PT 29 0,05% Suplente
50050 Paulo Cobrador PCB / PSOL 23 0,04% Não Eleito
PTC / PMN / PV /
44618 Marcos Souza 22 0,03% Não Eleito
PRP
PTC / PMN / PV /
44611 Bolo 22 0,03% Não Eleito
PRP
21123 Adilson Marques PCB / PSOL 14 0,02% Não Eleito
21217 Mara do Povão PCB / PSOL 12 0,02% Não Eleito
PMDB / PC do B /
15229 Fábio Sá 11 0,02% Suplente
PSB
PMDB / PC do B /
15222 Paulo Pedrosa 5 0,01% Suplente
PSB
50011 Onã PCB / PSOL 3 0% Não Eleito
PTC / PMN / PV /
44622 Marquinhos Locutor 1 0% Não Eleito
PRP
PTC / PMN / PV /
44678 Antônio Nazário 0 0% Não Eleito
PRP
PTC / PMN / PV /
36123 Eline Freire 0 0% Não Eleito
PRP
Legenda do PMDB 2.669 4,16%
Legenda do PTB 1.901 2,96%
Legenda do PR 384 0,6%
Legenda do PT 172 0,27%
Legenda do DEM 131 0,2%
Legenda do PPS 106 0,17%
Legenda do PHS 102 0,16%
Legenda do PMN 94 0,15%
Legenda do PSB 38 0,06%
Legenda do PCB 37 0,06%
Legenda do PRB 33 0,05%

384
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Legenda do PRP 31 0,05%
Legenda do PC do B 29 0,05%
Legenda do PT do B 16 0,02%
Legenda do PV 10 0,02%
Legenda do PTC 9 0,01%
Legenda do PSOL 5 0,01%
Votos nulos 3.440
Votos brancos 2.879
Total apurado 70.502
Eleitorado 82.435
Abstenção 11.933 14,48%
Fonte: TRE/PB – Vereador/Santa Rita/2008

Legenda:
PR - Partido da República
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PCB - Partido Comunista Brasileiro
PT do B - Partido Trabalhista do Brasil
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PHS - Partido Humanista da Solidariedade
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PPS - Partido Popular Socialista
PTC - Partido Trabalhista Cristão
PRB - Partido Republicano Brasileiro
DEM - Democratas
PT - Partido dos Trabalhadores
PSOL - Partido Socialismo e Liberdade
PV - Partido Verde
PRP - Partido Republicano Progressista.

Podemos enfatizar que pelo menos, um terço, mais ou menos das cadeiras do Poder
Legislativo Municipal foram substituídas por marinheiros de primeira viagem, levando-se em
conta os favores pessoais da véspera da eleição. E a renovação não foi maior por causa
das coligações partidárias municipais “denominação dada, na legislação brasileira, às
alianças eleitorais entre partidos, que visam alcançar, assim, o maior número de postos,
em uma eleição proporcional ou o melhor resultado em um escrutínio majoritário”, segundo
Porto (2000, p. 139). Raramente um político deixa de tentar a reeleição a qualquer cargo
eletivo, isso parece um germe na corrente sanguínea.

385
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

A ciranda em busca do aperfeiçoamento da democracia plena continuou, de modo


que em 3 de outubro de 2010, o eleitorado brasileiro, voltou as urnas para escolher
livremente, não obstante denúncias de corrupção e do abuso do poder econômico em favor
de certos e determinados candidatos oligárquicos e ou não. Esse foi o clima do primeiro
turno para os cargos de presidente, governador, senador, deputado federal e deputado
estadual. É importante mencionar de que as eleições de 2010 no Brasil, foram realizadas
segundo a norma disciplinadora, advinda da Resolução nº 23.215, aprovada pelo TSE –
Tribunal Superior Eleitoral, que permitiu aos eleitores que estivessem fora do seu domicílio
eleitoral no dia do pleito, tanto no primeiro, quanto no segundo turno das eleições,
pudessem votar em trânsito nas capitais dos estados membros, apenas para o cargo de
Presidente da República. Diante de tal permissividade, gerou-se uma alteração numérica no
eleitorado em decorrência de eleitores com domicílio eleitoral no Estado da Paraíba, e bem
assim de outros estados, por exemplo, terem votado em outras capitais e eleitores de
outras capitais terem votado na capital da Paraíba. Foi algo novo introduzido no sistema
eleitoral nacional até então desconhecido. O primeiro turno para presidente da República
na Paraíba foi decidido o seguinte:

Cargo: Presidente
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
PR / PTN / PMDB /
Dilma
PT / PDT / PSB /
13 Vice-presidente: Michel 1.031.185 53,21% 2º Turno
PTC / PC do B / PRB
Temer
/ PSC
José Serra PPS / PT do B /
45 Vice-presidente: Índio da PSDB / PMN / DEM / 551.053 28,43% 2º Turno
Costa PTB
Marina Silva
43 Vice-presidente: Guilherme PV 341.916 17,64% Não Eleito
Leal
Plínio
50 Vice-presidente: Hamilton PSOL 9.270 0,48% Não Eleito
Assis
Eymael
27 Vice-presidente: José Paulo da PSDC 1.490 0,08% Não Eleito
Silva Neto
Ivan Pinheiro
21 Vice-presidente: Edmilson PCB 1.052 0,05% Não Eleito
Costa
Zé Maria
16 Vice-presidente: Cláudia PSTU 1.023 0,05% Não Eleito
Durans
Levy Fidelix
28 PRTB 717 0,04% Não Eleito
Vice-presidente: Luiz Duarte
29 Rui Costa Pimenta PCO 280 0,01% Não Eleito

386
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Presidente
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Vice-presidente: Edson Dorta
Votos nulos 213.747
Votos brancos 80.528
Total apurado 2.232.261
Eleitorado 2.738.313
Abstenção 506.052 18,48%
Fonte: TSE/TRE/PB – 1º Turno – Presidente/2010.

Legenda:
PR - Partido da República
PPS - Partido Popular Socialista
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
PCO - Partido da Causa Operária
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PCB - Partido Comunista Brasileiro
DEM - Democratas
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PTC - Partido Trabalhista Cristão
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PSC - Partido Social Cristão
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PTN - Partido Trabalhista Nacional
PT do B - Partido Trabalhista do Brasil
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PSOL - Partido Socialismo e Liberdade
PT - Partido dos Trabalhadores
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PV - Partido Verde
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PRTB - Partido Renovador Trabalhista Brasileiro
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PRB - Partido Republicano Brasileiro

É sempre bom lembrar o passado de nossa historicidade política e eleitoral. Assim


sendo, primitivamente, logo a partir do século XVI os municípios brasileiros existentes
faziam suas eleições isoladamente para escolher seus gestores, segundo as ordenações
manuelinas, afonsinas, etc., tendo em vista o período do Brasil – Colônia e depois de 7 de
setembro de 1822, segundo as normas eleitorais do período imperial, incluindo aí o período
regencial. A partir do advento da República no Brasil em 1889, surgiram as eleições
nacionais, onde somente tinham direito a votar e ser votado os homens adultos, acima de
21 anos de idade, independentemente de renda pessoal e ou empresarial, desde que
soubessem ler e escrever. As mulheres alfabetizadas passaram a votar a partir de 1932,

387
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

bem como somente a partir da Carta Magna de 1988, os analfabetos e os maiores de 16


anos, conquistaram o direito de votar. O voto passou a ser secreto a partir de 1932, antes
era aberto e ou voto de bico de pena e ou voto de cabresto. A legislação eleitoral é esparsa
e complementar ao Código Eleitoral Brasil, objeto que trata a Lei nº 4.737, de 15 de julho
de 1965, uma verdadeira colcha de retalhos, fuxicos e ou arranjos circunstanciais eleitorais.
Assim sendo, em 31 de outubro de 2010, o eleitor brasileiro, escolheu em segundo
turno presidente e vice da República na Paraíba conforme os resultados ora transcritos:

Cargo: Presidente
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
PSC / PDT / PT / PR
Dilma
/ PMDB / PC do B /
13 Vice-presidente: Michel 1.229.391 61,55% Eleito
PSB / PRB / PTN /
Temer
PTC
José Serra
PSDB / PMN / PTB /
45 Vice-presidente: Índio da 767.919 38,45% Não Eleito
DEM / PT do B / PPS
Costa
Votos nulos 166.383
Votos brancos 53.447
Total apurado 2.217.140
Eleitorado 2.738.389
Abstenção 521.249 19,03%
Fonte: TSE/TER/PB – Presidente – Segundo turno/2010.

Legenda:
PT - Partido dos Trabalhadores
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
DEM - Democratas
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PRB - Partido Republicano Brasileiro
PPS - Partido Popular Socialista
PT do B - Partido Trabalhista do Brasil
PTN - Partido Trabalhista Nacional
PSC - Partido Social Cristão
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PR - Partido da República
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PTC - Partido Trabalhista Cristão

Ambos candidatos à presidência da República no segundo turno/2010, são em tese,


pertencentes ideologicamente a política do toma lá, dá cá, e/ou dos direitos sociais

388
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

implantados no Brasil a partir da Carta Magna de 1988, algo parecido com a social
democracia européia. Tanto o PT quanto o PSDB, são diferentes apenas em suas siglas,
porque um partido tem duas letras e o outro tem quatro letras. A ideologia de poder é a
mesma, ainda que por analogia, pois, “na medida em que são historicamente necessárias,
as ideologias têm uma validade que é validade psicológica: Elas organizam as massas
humanas, formam o terreno sobre o qual os homens se movimentam, adquirem
consciência de sua posição, lutam, etc”, segundo Gramsci (1978, p. 62-3). Assim sendo,
através da Emenda Constitucional nº 64, de 4 de fevereiro de 2010, deu nova redação ao
artigo 6º, da referida Carta Constitucional, afirmando que: “São direitos sociais a educação,
a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a
proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
Constituição”. Desse modo, foi implantada a base fundamental e legal para a prática das
chamadas políticas públicas nacionais a favor da população pobre e ou carente, que por ser
analfabeta em sua grande maioria, fica alienada ideologicamente e incapaz de parar para
refletir a realidade nacional, uma vez que: “Os direitos sociais, como dimensão dos direitos
fundamentais do homem, são prestações positivas proporcionadas pelo Estado direta ou
indiretamente, enunciadas em normas constitucionais, que possibilitam melhores condições
de vida aos mais fracos, direitos que tendem a realizar a igualização de situações sociais
desiguais. São, portanto, direitos que se ligam ao direito de igualdade”, segundo cita Silva
(200, p. 285), porém são interpretados, pela classe pobre e excluída como sendo
assistencialismo e ou favor do candidato “A” e ou “B”, a alienação é geral, representando
assim os resultados eleitorais a favor de quem estiver de plantão no Palácio do Planalto,
nos palácios estaduais e municipais pelo Brasil a fora. É esse o carisma dominante na
classe política nacional nas últimas décadas, onde a liderança é feita via a distribuição de
favores a quem precisa de comida e bebida para não morrer de fome. Existe assim uma
verdadeira legião de gente de todas as idades sem empregados e sem rendas mensais e de
vivem apenas dos programas sociais assistencialistas implantados no governo de Fernando
Henrique, aperfeiçoado na gestão Lula Inácio e continua com Dilma Rousseff. Bem
sabemos de que os programas assistenciais e serviços sociais só serão implantados sem o
viés de assistencialismo e ou de compra antecipada de votos, assim interpretado nas urnas
diante dos últimos resultados eleitorais, se no Brasil e ou em qualquer parte do mundo se o
Estado Soberano tiver pulso firme para combater as desigualdades sociais, a começar pela
criminalização dos agentes públicos e/ou ocupantes de cargos eletivos que se perpetuam
na vida pública através de uso do erário nacional para fazer proselitismo de cunho
eleitoreiro antecipado. O maior problema dos programas e serviços assistenciais é que eles
ficam parecendo com caridade que os gestores: federais, estaduais e municipais, em sua
“benemerência”, estão fazendo com dinheiro dos impostos diretos e indiretos da população
ativa por mais de 52,7 milhões de pessoas pobres, dentre as quais, 14,4 milhões de
pessoas vivem em extrema pobreza, o que significa dizer que vive com uma renda per
capita inferior a R$ 70,00 (setenta reais) mensais, segundo os dados do IPEA (2010). Na
realidade tem gente tirando crédito eleitoreiro com tais programas, a exemplo do bolsa
escola, bolsa família, vale gás, energia de baixa renda, fies, prouni, cotas, minha casa
minha vida, etc. Todos esses programas são financiados pelo grande consórcio nacional da
população que trabalha, gera riqueza, renda e paga impostos nas três esferas
governamentais. É inegável o grande beneficio advindo dos Programas de Transferências
de Rendas – PTR, segundo Santana (2007). Não somos contra a distribuição da riqueza
nacional com a população pobre, somos contra a corrupção com dinheiro de todos para o
enriquecimento de poucos. A leitura que fazemos do perfil eleitoral de 2010 é de que tais

389
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

resultados estão vínculos as políticas públicas sociais e assistências de distribuição de


favores oficiais a pessoas carentes, que com medo de serem excluídos, preferem aceitar a
política da continuidade das mesmas siglas no domínio do poder público nacional.
Em 3 de outubro de 2010, todos os eleitores da Paraíba foram convocados para
escolher através do voto secreto o novo governador. A ideologia principal de todos os
candidatos foi à promessa de fazer e ou garantir o bem comum de todos e principalmente
dos mais necessitados. A decisão final ficou para o segundo turno, diante dos seguintes
resultados:

Cargo: Governador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Ricardo Coutinho PRP / PPS / PV / PTC
40 Vice-governador: Rômulo / PSB / PSDB / PTN / 942.121 49,74% 2º Turno
Gouveia DEM / PDT
PSL / PC do B / PP /
Zé Maranhão
PT do B / PHS / PT /
15 Vice-governador: Rodrigo 933.754 49,3% 2º Turno
PMN / PSC / PR /
Soares
PMDB / PTB / PRB
Nelson Junior
50 PSOL 12.471 0,66% Não Eleito
Vice-governador: Ana Júlia
Lourdes Sarmento
29 Vice-governador: Gilberto PCO 2.442 0,13% Não Eleito
Ferreira
Francisco Oliveira
21 Vice-governador: Jocimar PCB 1.886 0,1% Não Eleito
Oliveira
Marcelino
16 PSTU 1.252 0,07% Não Eleito
Vice-governador: Tanque
Votos nulos 237.303
Votos brancos 101.032
Total apurado 2.232.261
Eleitorado 2.738.313
Abstenção 506.052 18,48%
Fonte: TSE/TRE/PB – 1º turno – Governador/2010.

Legenda:
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PTN - Partido Trabalhista Nacional
PR - Partido da República
PPS - Partido Popular Socialista
PV - Partido Verde
PTC - Partido Trabalhista Cristão
PSB - Partido Socialista Brasileiro

390
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira


PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PSOL - Partido Socialismo e Liberdade
PCB - Partido Comunista Brasileiro
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PRB - Partido Republicano Brasileiro
PRP - Partido Republicano Progressista
PP - Partido Progressista
PT do B - Partido Trabalhista do Brasil
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
PHS - Partido Humanista da Solidariedade
DEM - Democratas
PCO - Partido da Causa Operária
PSL - Partido Social Liberal
PT - Partido dos Trabalhadores
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PSC - Partido Social Cristão
PDT - Partido Democrático Trabalhista

O eleitorado paraibano mandou para o segundo turno, cuja eleição aconteceu em 31


de outubro de 2010, os candidatos Ricardo Coutinho e José Maranhão, ambos se
posicionaram a favor das continuação das políticas assistencialistas do governo federal,
tendo em vista “o recebimento de benefícios sociais pelas famílias empobrecidas na maioria
das vezes é tido como um “favor” dos agentes públicos investidos em funções
governamentais, requerendo na concepção das referidas famílias um pagamento desse
‘favor’, principalmente com a troca pelo voto nas eleições. O estudo desse processo político
pode revelar as motivações mais profundas que levam a essa consequência, e quais são os
caminhos para superação desse padrão de relação de poder”, conforme Seidel (2006, p.2).
E até porque tanto Dilma Rousseff, candidata do PT e José Serra, candidato do PSDB,
defendiam a mesma tese de que jamais iriam fracassar a presença do Estado em favor dos
programas assistenciais e sociais em favor dos pobres. A campanha eleitoral federal e
estadual parecia mais um monólogo, diante do baralho com estampa e ou discurso único.
O voto popular decidiu o segundo turno para governador assim:

Cargo: Governador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Ricardo Coutinho PTN / DEM / PSDB /
40 Vice-governador: Rômulo PSB / PRP / PTC / 1.079.164 53,7% Eleito
Gouveia PV / PPS / PDT
PMN / PMDB / PT /
Ze Maranhao
PHS / PTB / PR /
15 Vice-governador: Rodrigo 930.331 46,3% Não Eleito
PSC / PSL / PC do B
Soares
/ PT do B / PP / PRB
Votos nulos 169.073
Votos brancos 38.572

391
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Governador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Total apurado 2.217.140
Eleitorado 2.738.389
Abstenção 521.249 19,03%
Fonte: TSE/TRE/PB - Segundo turno – Governador/2010

Legenda:
PMN - Partido da Mobilização Nacional
DEM - Democratas
PHS - Partido Humanista da Solidariedade
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PR - Partido da República
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PRP - Partido Republicano Progressista
PTC - Partido Trabalhista Cristão
PV - Partido Verde
PPS - Partido Popular Socialista
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PTN - Partido Trabalhista Nacional
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PT - Partido dos Trabalhadores
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PSC - Partido Social Cristão
PSL - Partido Social Liberal
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PT do B - Partido Trabalhista do Brasil
PRB - Partido Republicano Brasileiro
PP - Partido Progressista

E assim o eleitorado paraibano decidiu quem iria ser o inquilino número um a ter
assento no Palácio da Redenção do Estado da Paraíba, tendo em vista que “todo o poder
emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos, ou diretamente, nos
termos desta Constituição.” (BRASIL, 1988), corroborando igual com esse pensamento, a
ideia de que “com a democracia semidireta, a alienação política da vontade popular faz-se
apenas parcialmente. A soberania está com o povo, e o governo, mediante o qual essa
soberania se comunica ou exerce, pertence por igual ao elemento popular nas matérias
mais importantes da vida pública. Determinadas instituições, como o referendum, a
iniciativa popular, o veto e o direito de revogação, fazem efetiva a intervenção do povo,
garantem-lhe um poder de decisão de última instância,supremo, definitivo, incontrastável,
segundo menciona Bonavides (2008, p.275). A chamada Constituição Cidadã de 1988,
segundo Damatta (1997), tem a garantia expressa no tocante a participação direta da
população na gestão pública federal, estadual e municipal, inclusive através da iniciativa
popular de projeto de lei, referendo, plebiscito, gestão democrática da seguridade social,
bem prestigia e garante a dignidade da pessoa humana em sua plenitude.

392
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

A representação da Paraíba no Senado Federal, foi eleita em 3 de outubro de 2010,


quando Campina Grande ofereceu ao Brasil os dois senadores: Cássio Cunha Lima/PSDB,
pela oposição e Vital do Rego Filho/PMDB, pela situação. A hegemonia das oligarquias
urbanas e rurais mais uma vez se fizeram representar através destes novos senadores na
alta casa do Congresso Nacional, salvo melhor juízo, pois, pois devemos entender de que
todo e qualquer partido político continua sendo o “elemento complexo da sociedade no
qual já tenha início o concretizar-se de uma vontade coletiva reconhecida e afirmada
parcialmente na ação”, segundo Gramsci (1980, p. 5), conforme os seguintes resultados
oficiais:

Cargo: Senador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Cassio Cunha Lima
DEM / PSB / PDT /
1º Suplente Senador: Deca
456 PRP / PSDB / PPS / 1.004.183 29% Eleito
2º Suplente Senador: Ivandro
PTC / PTN / PV
Cunha Lima
Vitalzinho PC do B / PRB / PSC
1º Suplente Senador: Lira / PR / PTB / PMDB /
155 869.501 25,11% Eleito
2º Suplente Senador: Tavinho PT do B / PP / PSL /
Santos PMN / PHS / PT
Wilson Santiago
PC do B / PRB / PSC
1º Suplente Senador:
/ PR / PTB / PMDB /
151 Marcondes Gadelha 820.653 23,7% Não Eleito
PT do B / PP / PSL /
2º Suplente Senador: Sanny
PMN / PHS / PT
Japiassú
Efraim Morais
1º Suplente Senador: Carlos DEM / PSB / PDT /
256 Antonio PRP / PSDB / PPS / 692.451 20% Não Eleito
2º Suplente Senador: Ramalho PTC / PTN / PV
Leite
Vital Farias
1º Suplente Senador: Zé
211 Silveira PCB 58.460 1,69% Não Eleito
2º Suplente Senador: Graciete
Cunha
Marcos Dias
1º Suplente Senador: Ronaldo
501 Damião PSOL 16.967 0,49% Não Eleito
2º Suplente Senador:
Adriana
Votos nulos 555.769
Votos brancos 446.538
Total apurado 4.464.522

393
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Senador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Eleitorado 2.738.313
Abstenção 506.052 18,48%
Fonte: TSE/TRE/PB – Senador/2010.

Legenda:
DEM - Democratas
PRB - Partido Republicano Brasileiro
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PTC - Partido Trabalhista Cristão
PT do B - Partido Trabalhista do Brasil
PSOL - Partido Socialismo e Liberdade
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PSC - Partido Social Cristão
PCB - Partido Comunista Brasileiro
PRP - Partido Republicano Progressista
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PR - Partido da República
PPS - Partido Popular Socialista
PP - Partido Progressista
PSL - Partido Social Liberal
PTN - Partido Trabalhista Nacional
PHS - Partido Humanista da Solidariedade
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PT - Partido dos Trabalhadores
PV - Partido Verde

Concomitantemente em 3 de outubro de 2010, o eleitorado paraibano decidiu quem


seriam os doze deputados federais que seriam eleitos para lhe representar na baixa casa
do Congresso Nacional, conforme segue a decisão final:

Cargo: Deputado Federal


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PT / PRB / PT do B
2222 Wellington Roberto / PHS / PSL / PR / 113.167 5,8% Eleito
PC do B
PSDB / PTC / PSB /
4567 Ruy Carneiro DEM / PDT / PTN / 108.644 5,56% Eleito
PV / PPS / PRP / PP

394
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Federal


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PTB / PMN / PMDB
1515 Manoel Junior 108.041 5,53% Eleito
/ PSC / PP
PTB / PMN / PMDB
1511 Wilson Filho 105.822 5,42% Eleito
/ PSC / PP
PT / PRB / PT do B
1345 Luiz Couto / PHS / PSL / PR / 95.555 4,89% Eleito
PC do B
PSDB / PTC / PSB /
4510 Romero Rodrigues DEM / PDT / PTN / 95.293 4,88% Eleito
PV / PPS / PRP / PP
PTB / PMN / PMDB
1555 Bejamim Maranhao 94.984 4,86% Eleito
/ PSC / PP
PSDB / PTC / PSB /
1111 Aguinaldo Ribeiro DEM / PDT / PTN / 87.572 4,48% Eleito
PV / PPS / PRP / PP
PSDB / PTC / PSB /
1212 Dr. Damião DEM / PDT / PTN / 87.134 4,46% Eleito
PV / PPS / PRP / PP
PSDB / PTC / PSB /
2511 Efraim Filho DEM / PDT / PTN / 87.014 4,46% Eleito
PV / PPS / PRP / PP
PTB / PMN / PMDB
1522 Hugo Motta 86.150 4,41% Eleito
/ PSC / PP
PTB / PMN / PMDB
1510 Nilda Gondim 79.412 4,07% Média
/ PSC / PP
PTB / PMN / PMDB
2010 Leonardo Gadelha 73.743 3,78% Suplente
/ PSC / PP
PSDB / PTC / PSB /
2540 Major Fabio DEM / PDT / PTN / 68.147 3,49% Suplente
PV / PPS / PRP / PP
PT / PRB / PT do B
1380 Jeova / PHS / PSL / PR / 66.741 3,42% Suplente
PC do B
PTB / PMN / PMDB
1414 Armando Abilio 60.660 3,11% Suplente
/ PSC / PP
PTB / PMN / PMDB
1500 Quinto 54.201 2,78% Suplente
/ PSC / PP
PTB / PMN / PMDB
1502 Roberto Paulino 41.053 2,1% Suplente
/ PSC / PP

395
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Federal


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PSDB / PTC / PSB /
4040 Edvaldo Rosas DEM / PDT / PTN / 33.941 1,74% Suplente
PV / PPS / PRP / PP
PTB / PMN / PMDB
1551 Fernando Carvalho 23.076 1,18% Suplente
/ PSC / PP
PSDB / PTC / PSB /
1234 Amorim DEM / PDT / PTN / 20.612 1,06% Suplente
PV / PPS / PRP / PP
PSDB / PTC / PSB /
4012 Bonifácio Rocha DEM / PDT / PTN / 16.888 0,86% Suplente
PV / PPS / PRP / PP
PT / PRB / PT do B
1010 Edvan Carneiro / PHS / PSL / PR / 16.301 0,83% Suplente
PC do B
PSDB / PTC / PSB /
1233 João Estrela DEM / PDT / PTN / 15.627 0,8% Suplente
PV / PPS / PRP / PP
PT / PRB / PT do B
2233 Pastor Philemon / PHS / PSL / PR / 14.677 0,75% Suplente
PC do B
PTB / PMN / PMDB
1520 Clero 12.740 0,65% Suplente
/ PSC / PP
PSDB / PTC / PSB /
4014 Jáder Pimentel DEM / PDT / PTN / 9.178 0,47% Suplente
PV / PPS / PRP / PP
PSDB / PTC / PSB /
4511 Paulo Nepomuceno DEM / PDT / PTN / 8.698 0,45% Suplente
PV / PPS / PRP / PP
PSDB / PTC / PSB /
2323 Walter Brito DEM / PDT / PTN / 7.433 0,38% Suplente
PV / PPS / PRP / PP
PT / PRB / PT do B
1311 Julio Rafael / PHS / PSL / PR / 6.549 0,34% Suplente
PC do B
PSDB / PTC / PSB /
4513 Dr Ivanes DEM / PDT / PTN / 5.592 0,29% Suplente
PV / PPS / PRP / PP
PT / PRB / PT do B
1000 Walter Brito Neto / PHS / PSL / PR / 5.202 0,27% Suplente
PC do B

396
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Federal


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PTB / PMN / PMDB
1501 Abelardo Jurema 5.186 0,27% Suplente
/ PSC / PP
PSDB / PTC / PSB /
4000 Flavio Moreira DEM / PDT / PTN / 4.474 0,23% Suplente
PV / PPS / PRP / PP
PSDB / PTC / PSB /
4004 Rossana Honorato DEM / PDT / PTN / 3.664 0,19% Suplente
PV / PPS / PRP / PP
PT / PRB / PT do B
3111 Dra Ana Paula / PHS / PSL / PR / 3.090 0,16% Suplente
PC do B
PTB / PMN / PMDB
3333 Lidia Moura 3.024 0,15% Suplente
/ PSC / PP
PSDB / PTC / PSB /
4013 Ramiro Pinto DEM / PDT / PTN / 2.360 0,12% Suplente
PV / PPS / PRP / PP
PT / PRB / PT do B
6521 Cidadão / PHS / PSL / PR / 2.293 0,12% Suplente
PC do B
PT / PRB / PT do B
6565 Fernando Jordão / PHS / PSL / PR / 1.933 0,1% Suplente
PC do B
PSDB / PTC / PSB /
1919 Professor Neto DEM / PDT / PTN / 1.896 0,1% Suplente
PV / PPS / PRP / PP
1616 Carlisson PSTU 1.850 0,09% Não Eleito
5022 Tonny Cultura PSOL 1.725 0,09% Não Eleito
PSDB / PTC / PSB /
4456 Tião DEM / PDT / PTN / 1.687 0,09% Suplente
PV / PPS / PRP / PP
PT / PRB / PT do B
1313 Magliano / PHS / PSL / PR / 1.617 0,08% Suplente
PC do B
PT / PRB / PT do B
1333 Ricardo Agra / PHS / PSL / PR / 1.353 0,07% Suplente
PC do B
PSDB / PTC / PSB /
4444 Flavio Menezes DEM / PDT / PTN / 1.228 0,06% Suplente
PV / PPS / PRP / PP
4515 Viegas PSDB / PTC / PSB / 1.174 0,06% Suplente

397
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Federal


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
DEM / PDT / PTN /
PV / PPS / PRP / PP
PT / PRB / PT do B
1733 Petronio Eletricista / PHS / PSL / PR / 1.165 0,06% Suplente
PC do B
PT / PRB / PT do B
7015 Sérgio Pereira / PHS / PSL / PR / 1.089 0,06% Suplente
PC do B
2111 Zé Wagner PCB 994 0,05% Não Eleito
PSDB / PTC / PSB /
4322 Professor Washigton DEM / PDT / PTN / 807 0,04% Suplente
PV / PPS / PRP / PP
PTB / PMN / PMDB
3344 Ijeilson Rodrigues 795 0,04% Suplente
/ PSC / PP
PT / PRB / PT do B
1353 Socorro Pimentel / PHS / PSL / PR / 779 0,04% Suplente
PC do B
PSDB / PTC / PSB /
4500 Roosevelt DEM / PDT / PTN / 774 0,04% Suplente
PV / PPS / PRP / PP
PT / PRB / PT do B
1323 Lila / PHS / PSL / PR / 693 0,04% Suplente
PC do B
PTB / PMN / PMDB
2020 Sérgio Lourenço 680 0,03% Suplente
/ PSC / PP
PT / PRB / PT do B
1377 Adailto Barros / PHS / PSL / PR / 656 0,03% Suplente
PC do B
5020 Professor José Rodrigues PSOL 594 0,03% Não Eleito
PSDB / PTC / PSB /
4321 Gonzalez DEM / PDT / PTN / 551 0,03% Suplente
PV / PPS / PRP / PP
PT / PRB / PT do B
2277 Alzeni Rodrigues / PHS / PSL / PR / 518 0,03% Suplente
PC do B
PT / PRB / PT do B
3131 Caiçara / PHS / PSL / PR / 507 0,03% Suplente
PC do B
5005 Calaço dos Correios PSOL 488 0,02% Não Eleito

398
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Federal


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PTB / PMN / PMDB
1513 Gigi 464 0,02% Suplente
/ PSC / PP
PT / PRB / PT do B
6512 Maria Betânia / PHS / PSL / PR / 450 0,02% Suplente
PC do B
2949 Gilson Ferreira PCO 445 0,02% Não Eleito
PT / PRB / PT do B
1301 Ana Clara Maia / PHS / PSL / PR / 441 0,02% Suplente
PC do B
PTB / PMN / PMDB
3366 Rosilda Guedes 425 0,02% Suplente
/ PSC / PP
5050 Ari do Psol PSOL 414 0,02% Não Eleito
5051 Luciano PSOL 396 0,02% Não Eleito
PSDB / PTC / PSB /
2510 Kleber Rocha DEM / PDT / PTN / 354 0,02% Suplente
PV / PPS / PRP / PP
5000 Floriano Marques PSOL 248 0,01% Não Eleito
2929 Camilo Duarte PCO 235 0,01% Não Eleito
PTB / PMN / PMDB
3315 Djalma Varela 208 0,01% Suplente
/ PSC / PP
PSDB / PTC / PSB /
4521 Edirce Silva DEM / PDT / PTN / 148 0,01% Suplente
PV / PPS / PRP / PP
PTB / PMN / PMDB
1505 Manu 131 0,01% Suplente
/ PSC / PP
PT / PRB / PT do B
2245 Cassiano / PHS / PSL / PR / 19 0% Suplente
PC do B
Legenda do PMDB 51.264 2,63%
Legenda do PSDB 50.390 2,58%
Legenda do PT 15.110 0,77%
Legenda do DEM 13.547 0,69%
Legenda do PDT 10.296 0,53%
Legenda do PSB 10.177 0,52%
Legenda do PP 5.752 0,29%
Legenda do PSC 4.587 0,23%
Legenda do PTB 3.132 0,16%

399
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Cargo: Deputado Federal


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Legenda do PR 2.988 0,15%
Legenda do PPS 2.947 0,15%
Legenda do PSL 2.503 0,13%
Legenda do PV 2.328 0,12%
Legenda do PRP 2.085 0,11%
Legenda do PRB 1.906 0,1%
Legenda do PCB 1.758 0,09%
Legenda do PSOL 1.690 0,09%
Legenda do PTN 1.591 0,08%
Legenda do PT do B 924 0,05%
Legenda do PTC 808 0,04%
Legenda do PC do B 787 0,04%
Legenda do PHS 614 0,03%
Legenda do PSTU 588 0,03%
Legenda do PMN 560 0,03%
Legenda do PRTB 334 0,02%
Legenda do PCO 202 0,01%
Votos brancos 186.929
Votos nulos 92.595
Total apurado 2.232.261
Eleitorado 2.738.313
Abstenção 506.052 18,48%
Fonte: TSE/TRE/PB – Deputado Federal/2010.

Legenda:
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PHS - Partido Humanista da Solidariedade
PTN - Partido Trabalhista Nacional
PPS - Partido Popular Socialista
PP - Partido Progressista
PSC - Partido Social Cristão
PTC - Partido Trabalhista Cristão
PRB - Partido Republicano Brasileiro
PR - Partido da República
PCO - Partido da Causa Operária
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PRP - Partido Republicano Progressista
PCB - Partido Comunista Brasileiro

400
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira


DEM - Democratas
PSOL - Partido Socialismo e Liberdade
PT - Partido dos Trabalhadores
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
PT do B - Partido Trabalhista do Brasil
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PSL - Partido Social Liberal
PV - Partido Verde
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro.

Dentre os candidatos a deputado federal nas eleições de outubro de 2010, estava


Flaviano Quinto Ribeiro Coutinho, representante da oligarquia agroindustrial e filho do
então prefeito Marcus Odilon, que obteve 2,78% dos votos válidos e ficou como suplente
pelo PMDB. A síndrome de que os eleitores de Santa Rita não gostam de votar em
candidatos de casa voltou a toma diante da falta de votos para completar a eleição de
deputado federal do referido candidato. Por incrível que pareça a cidade rainha dos
canaviais ficou mais uma vez sem ter um só representante seu na Câmara dos Deputados
com base eleitoral em nosso município.
Através do voto secreto, pelo menos em tese e ou na forma lei, a classe dominante
se articulou e formou a unidade necessária para reproduzir e se manter no Poder
Legislativo Estadual da Paraíba, levando-se em consideração o princípio “a política
concentrada das classes dominantes”, citado por Dias (1991, p. 17), com raras exceções de
deputados eleitos originários das classes populares, a exemplo de Toinho do Sopão, da
coligação: PTC/PPS/PV/PRP/PTN, que obteve 57.592 votos, correspondente a 2,88% dos
votos válidos, sendo eleito em primeiro lugar, representando assim o protesto isolado do
povão em detrimento das elites dominantes. Assim o eleitorado em 3 de outubro de 2010
no processo de escolha de nossos deputados estaduais, decidiu:

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PTC / PPS / PV /
19169 Toinho do Sopão 57.592 2,88% Eleito
PRP / PTN
15199 Gervasio Maia PSC / PMDB 45.597 2,28% Eleito
15221 Francisca Motta PSC / PMDB 43.475 2,17% Eleito
PSB / DEM / PSDB /
12345 Manoel Ludgerio 40.153 2,01% Eleito
PDT
PSB / DEM / PSDB /
40123 Léa 37.820 1,89% Eleito
PDT
20147 Arnaldo Monteiro PSC / PMDB 35.765 1,79% Eleito
15123 Trocolli Junior PSC / PMDB 35.622 1,78% Eleito
45666 Ricardo Marcelo PSB / DEM / PSDB / 35.164 1,76% Eleito

401
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PDT
PSB / DEM / PSDB /
25111 Lindolfo Pires 34.935 1,75% Eleito
PDT
PSB / DEM / PSDB /
40789 Edmilson Soares 33.401 1,67% Eleito
PDT
15789 Andre Gadelha PSC / PMDB 33.312 1,66% Eleito
PSB / DEM / PSDB /
25666 José Aldemir 32.814 1,64% Eleito
PDT
PSB / DEM / PSDB /
25000 João Henrique 32.591 1,63% Eleito
PDT
15155 Olenka Maranhão PSC / PMDB 32.344 1,62% Eleito
22222 Caio PSL / PR 32.307 1,61% Eleito
PSB / DEM / PSDB /
25888 Branco Mendes 32.012 1,6% Eleito
PDT
17123 Tião Gomes PSL / PR 30.638 1,53% Eleito
11111 Daniella Ribeiro PP / PTB 29.863 1,49% Eleito
20123 Guilherme Almeida PSC / PMDB 29.858 1,49% Eleito
15151 Raniery Paulino PSC / PMDB 29.257 1,46% Eleito
PSB / DEM / PSDB /
40444 Adriano Galdino 29.098 1,45% Eleito
PDT
PTC / PPS / PV /
19789 Eva Gouveia 27.158 1,36% Eleito
PRP / PTN
PSDC / PT / PC do
13333 Frei Anastacio 26.014 1,3% Eleito
B / PRB
PSB / DEM / PSDB /
45645 João Gonçalves 25.542 1,28% Eleito
PDT
15369 Doda de Tiao PSC / PMDB 24.953 1,25% Eleito
15234 Marcio Roberto PSC / PMDB 24.880 1,24% Eleito
15215 Wilson Braga PSC / PMDB 24.752 1,24% Eleito
20111 Vituriano PSC / PMDB 24.482 1,22% Média
PSB / DEM / PSDB /
45444 Antonio Mineral 24.387 1,22% Eleito
PDT
PSB / DEM / PSDB /
25833 Domiciano Cabral 24.329 1,22% Média
PDT
PSDC / PT / PC do
13660 Luciano Cartaxo 24.296 1,21% Eleito
B / PRB
20112 Batinga PSC / PMDB 23.732 1,19% Suplente

402
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
15210 Ivaldo Morais PSC / PMDB 23.696 1,18% Suplente
15152 Irae Lucena PSC / PMDB 23.567 1,18% Suplente
15566 Mayenne-van PSC / PMDB 22.478 1,12% Suplente
PSB / DEM / PSDB /
25800 Quintans 22.457 1,12% Suplente
PDT
PSDC / PT / PC do
13000 Anisio Maia 21.516 1,07% Média
B / PRB
PTC / PPS / PV /
23456 Gilma Germano 21.067 1,05% Eleito
PRP / PTN
15000 Nivaldo Manoel Nini PSC / PMDB 20.995 1,05% Suplente
17444 Dr. Aníbal PSL / PR 20.455 1,02% Eleito
PSB / DEM / PSDB /
45123 Hervazio Bezerra 20.274 1,01% Suplente
PDT
PSB / DEM / PSDB /
45115 Ariano Fernandes 19.702 0,98% Suplente
PDT
15111 Dr Expedito Pereira PSC / PMDB 19.298 0,96% Suplente
14141 Carlos Dunga PP / PTB 18.841 0,94% Média
17888 Bado Venâncio PSL / PR 17.746 0,89% Suplente
PSDC / PT / PC do
10123 Jutay Meneses 17.371 0,87% Suplente
B / PRB
PTC / PPS / PV /
23111 Janduhy Carneiro 16.504 0,82% Eleito
PRP / PTN
15500 Gilvan Freire PSC / PMDB 16.382 0,82% Suplente
PSB / DEM / PSDB /
40406 Biu 15.755 0,79% Suplente
PDT
PTC / PPS / PV /
44414 Reginaldo Pereira 15.332 0,77% Suplente
PRP / PTN
PMN / PT do B /
70123 Genival Matias PRTB / PC do B / 15.255 0,76% Não Eleito
PHS
PSB / DEM / PSDB /
40040 Urquiza 14.754 0,74% Suplente
PDT
PSB / DEM / PSDB /
40000 Dr Americo Cabral 14.462 0,72% Suplente
PDT
15100 Alvaro Neto PSC / PMDB 14.339 0,72% Suplente
PSB / DEM / PSDB /
45678 Inacio Falcao 13.853 0,69% Suplente
PDT

403
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PTC / PPS / PV /
44456 Jóia Germano 13.625 0,68% Suplente
PRP / PTN
17999 Mikika Leitao PSL / PR 13.427 0,67% Suplente
17117 Dra. Nadja Palitot PSL / PR 12.853 0,64% Suplente
PTC / PPS / PV /
23300 Monaci Marques 12.386 0,62% Suplente
PRP / PTN
PSB / DEM / PSDB /
40456 Ricardo Barbosa 11.984 0,6% Suplente
PDT
PSB / DEM / PSDB /
45200 Pedro Medeiros 11.057 0,55% Suplente
PDT
14567 Vital Costa PP / PTB 10.908 0,54% Suplente
15555 Milanez Neto PSC / PMDB 10.655 0,53% Suplente
17192 Dra. Tatiana Medeiros PSL / PR 10.408 0,52% Suplente
PSDC / PT / PC do
13999 Peron 10.225 0,51% Suplente
B / PRB
14147 Dr.leomar Maia PP / PTB 9.779 0,49% Suplente
15515 Expedito Leite PSC / PMDB 9.483 0,47% Suplente
15666 Cicinha PSC / PMDB 9.378 0,47% Suplente
PSDC / PT / PC do
13135 Socorro Brito 8.143 0,41% Suplente
B / PRB
PTC / PPS / PV /
36999 Cabo Sergio Rafael 7.898 0,39% Suplente
PRP / PTN
PSB / DEM / PSDB /
40007 Othon Gama 7.394 0,37% Suplente
PDT
PTC / PPS / PV /
23145 Dr Paulo Monteiro 6.952 0,35% Suplente
PRP / PTN
PSDC / PT / PC do
13455 Marenilson 6.943 0,35% Suplente
B / PRB
PSB / DEM / PSDB /
45000 Cariolando 6.614 0,33% Suplente
PDT
PSDC / PT / PC do
13200 Benilton Lucena 6.596 0,33% Suplente
B / PRB
17700 Joao Paulo PSL / PR 6.492 0,32% Suplente
PTC / PPS / PV /
36136 Coronel Kelson 6.456 0,32% Suplente
PRP / PTN
PMN / PT do B /
70622 Marivaldo PRTB / PC do B / 5.957 0,3% Não Eleito
PHS

404
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PTC / PPS / PV /
23210 Poeta Nivaldo Magalhães 5.933 0,3% Suplente
PRP / PTN
17789 Robson Dutra PSL / PR 5.758 0,29% Suplente
PSB / DEM / PSDB /
40800 Demazinho 5.469 0,27% Suplente
PDT
PTC / PPS / PV /
23234 Flora Diniz 5.319 0,27% Suplente
PRP / PTN
PTC / PPS / PV /
19000 Fabio Agra Medeiros 5.207 0,26% Suplente
PRP / PTN
22333 Ednaldo do Edilicia PSL / PR 5.008 0,25% Suplente
PMN / PT do B /
70111 Nosman PRTB / PC do B / 4.819 0,24% Não Eleito
PHS
PMN / PT do B /
70888 Wanda Vasconcelos PRTB / PC do B / 4.290 0,21% Não Eleito
PHS
14789 Dr.galileu PP / PTB 4.118 0,21% Suplente
PSDC / PT / PC do
65111 Simão Almeida 3.816 0,19% Não Eleito
B / PRB
PSDC / PT / PC do
13209 Ze Mario 2.859 0,14% Suplente
B / PRB
PSDC / PT / PC do
13013 Paulo Marcelo 2.815 0,14% Suplente
B / PRB
PSDC / PT / PC do
13222 Fernanda Benvenutty 2.782 0,14% Suplente
B / PRB
PSB / DEM / PSDB /
25229 Rachel Maroja 2.639 0,13% Suplente
PDT
PMN / PT do B /
70170 Júlio César PRTB / PC do B / 2.360 0,12% Não Eleito
PHS
PTC / PPS / PV /
44000 Cel Lima Irmão 2.354 0,12% Suplente
PRP / PTN
PSDC / PT / PC do
13123 Ednaildo 2.100 0,1% Suplente
B / PRB
PTC / PPS / PV /
36000 Cantora Eunice Ferreira 1.780 0,09% Suplente
PRP / PTN
PSB / DEM / PSDB /
25456 Lucas Pereira 1.655 0,08% Suplente
PDT
27777 Ze Ronaldo PSDC / PT / PC do 1.636 0,08% Não Eleito

405
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
B / PRB
PSDC / PT / PC do
65123 Fabio Araujo 1.634 0,08% Não Eleito
B / PRB
22345 Luciano Caetano PSL / PR 1.588 0,08% Suplente
PSB / DEM / PSDB /
25678 Marcone da Grafica 1.586 0,08% Suplente
PDT
PSDC / PT / PC do
13789 Bivar Duda 1.568 0,08% Suplente
B / PRB
PTC / PPS / PV /
36190 Silvano Morais 1.381 0,07% Suplente
PRP / PTN
PTC / PPS / PV /
23222 Alexandre Gouveia 1.349 0,07% Suplente
PRP / PTN
PMN / PT do B /
28123 Joao da Penha PRTB / PC do B / 1.320 0,07% Não Eleito
PHS
PMN / PT do B /
70000 Marcos Marinho PRTB / PC do B / 1.288 0,06% Não Eleito
PHS
PMN / PT do B /
33789 Gerson Negão PRTB / PC do B / 1.260 0,06% Não Eleito
PHS
PTC / PPS / PV /
36300 Elionaldo 1.240 0,06% Suplente
PRP / PTN
PSDC / PT / PC do
27000 Professor Mauricio 1.209 0,06% Não Eleito
B / PRB
PSB / DEM / PSDB /
12111 Ze Carlos 1.208 0,06% Suplente
PDT
PTC / PPS / PV /
36500 Vilberto Fiscal 1.132 0,06% Suplente
PRP / PTN
PSB / DEM / PSDB /
45679 Pastor Samuel 1.104 0,06% Suplente
PDT
PTC / PPS / PV /
43043 Professor Davy 1.087 0,05% Suplente
PRP / PTN
PSDC / PT / PC do
13555 Licor Lira 1.082 0,05% Suplente
B / PRB
14777 Jussara Braga PP / PTB 1.063 0,05% Suplente
PMN / PT do B /
33222 Antonio Garcia PRTB / PC do B / 1.060 0,05% Não Eleito
PHS

406
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
21456 Tarcizio Moreira PCB 978 0,05% Não Eleito
17317 Prof. Barreto PSL / PR 972 0,05% Suplente
PMN / PT do B /
70333 Ari Santos PRTB / PC do B / 875 0,04% Não Eleito
PHS
15113 Dra Veronica PSC / PMDB 860 0,04% Suplente
PMN / PT do B /
31234 Reginaldo Guimarães PRTB / PC do B / 854 0,04% Não Eleito
PHS
PSB / DEM / PSDB /
40400 Professora Cláudia Lessa 841 0,04% Suplente
PDT
PSB / DEM / PSDB /
40777 Liba Erlich 800 0,04% Suplente
PDT
PTC / PPS / PV /
36111 Josemy Costa (mi) 784 0,04% Suplente
PRP / PTN
PMN / PT do B /
Sargento Wellington da
70999 PRTB / PC do B / 783 0,04% Não Eleito
Saúde
PHS
PSDC / PT / PC do
13111 Toninho 772 0,04% Suplente
B / PRB
PTC / PPS / PV /
23000 Cassio Rogerio 759 0,04% Suplente
PRP / PTN
11333 Joilson de Assis PP / PTB 747 0,04% Suplente
PSDC / PT / PC do
13313 Padua 733 0,04% Suplente
B / PRB
PMN / PT do B /
70789 João Epilepsia PRTB / PC do B / 730 0,04% Não Eleito
PHS
PSB / DEM / PSDB /
25999 Abimadabe 709 0,04% Suplente
PDT
PSDC / PT / PC do
13113 Pedro Severino 704 0,04% Suplente
B / PRB
PSB / DEM / PSDB /
25444 Agnaldo Verdureiro 685 0,03% Suplente
PDT
PSB / DEM / PSDB /
45145 Assis Sinfronio 685 0,03% Suplente
PDT
20100 Arlindo Barreto PSC / PMDB 657 0,03% Suplente
50567 Arruda Número 01 PSOL 646 0,03% Não Eleito

407
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PMN / PT do B /
70456 Claudio Lucena PRTB / PC do B / 646 0,03% Não Eleito
PHS
21111 Pr.cicero Simplicio PCB 617 0,03% Não Eleito
PMN / PT do B /
28777 Fernando Lira PRTB / PC do B / 607 0,03% Não Eleito
PHS
PSB / DEM / PSDB /
45677 Toni Fernandes 606 0,03% Suplente
PDT
PSDC / PT / PC do
10000 Chefao 583 0,03% Suplente
B / PRB
50200 Emerson Lira PSOL 581 0,03% Não Eleito
PSDC / PT / PC do
13444 Divanildo Russo 577 0,03% Suplente
B / PRB
PMN / PT do B /
31111 Alan PRTB / PC do B / 567 0,03% Não Eleito
PHS
PTC / PPS / PV /
23888 Vicente Jr 540 0,03% Suplente
PRP / PTN
PSDC / PT / PC do
27141 Ines Claudino 538 0,03% Não Eleito
B / PRB
21777 Esdras Vieira PCB 526 0,03% Não Eleito
PSDC / PT / PC do
13190 Sargento Pereira 525 0,03% Suplente
B / PRB
PTC / PPS / PV /
44123 Adriana Agra 518 0,03% Suplente
PRP / PTN
17678 Ronaldao PSL / PR 514 0,03% Suplente
PTC / PPS / PV /
36400 Robson Ferreira 514 0,03% Suplente
PRP / PTN
20555 Chico do Povo PSC / PMDB 513 0,03% Suplente
PTC / PPS / PV /
44111 Russo 511 0,03% Suplente
PRP / PTN
PTC / PPS / PV /
43111 Vanduy Moreira 510 0,03% Suplente
PRP / PTN
PTC / PPS / PV /
36192 Zyzo A Voz do Povo 510 0,03% Suplente
PRP / PTN
15999 Nininho de Mangabeira PSC / PMDB 507 0,03% Suplente
15222 Joao Almeida PSC / PMDB 496 0,02% Suplente

408
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PTC / PPS / PV /
44445 João Batista 494 0,02% Suplente
PRP / PTN
PSDC / PT / PC do
13195 Professor Brito 484 0,02% Suplente
B / PRB
PTC / PPS / PV /
23818 Claudio Rodrigues 473 0,02% Suplente
PRP / PTN
PSDC / PT / PC do
65222 Alexandre Mesquita 461 0,02% Não Eleito
B / PRB
17666 Dr. Américo PSL / PR 455 0,02% Suplente
11555 Pablo Dantas PP / PTB 454 0,02% Suplente
PTC / PPS / PV /
44544 Mildred 441 0,02% Suplente
PRP / PTN
50100 Antônio Buqueirão PSOL 431 0,02% Não Eleito
PTC / PPS / PV /
43100 Dr Alfredo Ferretti 430 0,02% Suplente
PRP / PTN
PMN / PT do B /
70444 Ilo PRTB / PC do B / 430 0,02% Não Eleito
PHS
50123 Boy das Baterias PSOL 404 0,02% Não Eleito
11123 Carlos Sousa PP / PTB 370 0,02% Suplente
PTC / PPS / PV /
36002 Marlene 369 0,02% Suplente
PRP / PTN
20013 Heretiano PSC / PMDB 367 0,02% Suplente
PTC / PPS / PV /
23444 Lycia 362 0,02% Suplente
PRP / PTN
11112 Pastor Luciano Gabriel PP / PTB 357 0,02% Suplente
PSB / DEM / PSDB /
45664 Tiba de Mangabeira 353 0,02% Suplente
PDT
21234 Dr. Mariano PCB 347 0,02% Não Eleito
PMN / PT do B /
31100 Dijair Laurindo PRTB / PC do B / 346 0,02% Não Eleito
PHS
PTC / PPS / PV /
19999 Giovanni Medeiros 321 0,02% Suplente
PRP / PTN
17111 Jesse Juvino PSL / PR 305 0,02% Suplente
50222 Arnaldo Costeira PSOL 305 0,02% Não Eleito
PTC / PPS / PV /
44222 Carlos Silva 303 0,02% Suplente
PRP / PTN

409
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PMN / PT do B /
28888 Leao PRTB / PC do B / 302 0,02% Não Eleito
PHS
50150 Alécio Costa PSOL 298 0,01% Não Eleito
20015 Fabiano Dantas PSC / PMDB 298 0,01% Suplente
PSB / DEM / PSDB /
40222 Professor Igor 296 0,01% Suplente
PDT
21222 Josemar Lopes PCB 284 0,01% Não Eleito
PSB / DEM / PSDB /
12333 Jacó Maciel 280 0,01% Suplente
PDT
PTC / PPS / PV /
44333 Arnaldo Potengí 278 0,01% Suplente
PRP / PTN
PSDC / PT / PC do
27190 Cabrito 276 0,01% Não Eleito
B / PRB
50000 Madalena PSOL 269 0,01% Não Eleito
15193 Prof Maria Jose PSC / PMDB 266 0,01% Suplente
PSDC / PT / PC do
27444 Soares 266 0,01% Não Eleito
B / PRB
PTC / PPS / PV /
44133 Ivo Ventura 259 0,01% Suplente
PRP / PTN
PSB / DEM / PSDB /
40321 Elbert Catão 256 0,01% Suplente
PDT
PSDC / PT / PC do
65444 João de Sá 249 0,01% Não Eleito
B / PRB
PTC / PPS / PV /
23589 Sgt Nunes 234 0,01% Suplente
PRP / PTN
PTC / PPS / PV /
44404 Celia Martins 211 0,01% Suplente
PRP / PTN
PTC / PPS / PV /
43456 Gerson 207 0,01% Suplente
PRP / PTN
PMN / PT do B /
31333 Ribamar PRTB / PC do B / 202 0,01% Não Eleito
PHS
PSB / DEM / PSDB /
40005 Rogério Coutinho 200 0,01% Suplente
PDT
PTC / PPS / PV /
36333 Fabio Sousa 189 0,01% Suplente
PRP / PTN
45456 Vasco PSB / DEM / PSDB / 189 0,01% Suplente

410
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PDT
PTC / PPS / PV /
44611 Zezito do Carimbo 182 0,01% Suplente
PRP / PTN
PMN / PT do B /
33123 Davidson Lins PRTB / PC do B / 181 0,01% Não Eleito
PHS
PTC / PPS / PV /
36456 Major Jorge 180 0,01% Suplente
PRP / PTN
11999 Joaohugo PP / PTB 178 0,01% Suplente
29029 André Sarmento PCO 176 0,01% Não Eleito
PSDC / PT / PC do
13513 Nilson Moto Taxista 171 0,01% Suplente
B / PRB
21000 Antonio Carlos PCB 162 0,01% Não Eleito
PTC / PPS / PV /
23333 Martinho 142 0,01% Suplente
PRP / PTN
50500 Souza PSOL 141 0,01% Não Eleito
PMN / PT do B /
28234 Camelo PRTB / PC do B / 141 0,01% Não Eleito
PHS
21021 Gervásio Neto PCB 140 0,01% Não Eleito
PMN / PT do B /
31444 Joseilson Nascimento PRTB / PC do B / 139 0,01% Não Eleito
PHS
PMN / PT do B /
31123 Mayckel da Internet PRTB / PC do B / 134 0,01% Não Eleito
PHS
17555 Adolfo Braz PSL / PR 130 0,01% Suplente
PSDC / PT / PC do
10124 Welliton Carlos 125 0,01% Suplente
B / PRB
PMN / PT do B /
33151 Romulo Freitas PRTB / PC do B / 124 0,01% Não Eleito
PHS
PMN / PT do B /
31000 Adeilton da Tekcel PRTB / PC do B / 122 0,01% Não Eleito
PHS
PMN / PT do B /
70234 Fabiano Soares PRTB / PC do B / 121 0,01% Não Eleito
PHS
28242 Alberico Monte PMN / PT do B / 116 0,01% Não Eleito

411
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PRTB / PC do B /
PHS
50113 Macílio PSOL 114 0,01% Não Eleito
PMN / PT do B /
28112 Keke PRTB / PC do B / 110 0,01% Não Eleito
PHS
PTC / PPS / PV /
43777 Sonia Lustosa 106 0,01% Suplente
PRP / PTN
17333 Dra. Lúcia PSL / PR 103 0,01% Suplente
50190 Rodrigo Alves PSOL 102 0,01% Não Eleito
PTC / PPS / PV /
36777 Bob 102 0,01% Suplente
PRP / PTN
PMN / PT do B /
28111 Zil PRTB / PC do B / 95 0% Não Eleito
PHS
22610 Amaral PSL / PR 91 0% Suplente
PTC / PPS / PV /
36555 Vitoria Uchoa 91 0% Suplente
PRP / PTN
PTC / PPS / PV /
23123 Beto do Brasil 89 0% Suplente
PRP / PTN
PSDC / PT / PC do
10333 Doutor Uray Por Nos 85 0% Suplente
B / PRB
22151 Mário da Cruz PSL / PR 81 0% Suplente
PSDC / PT / PC do
10222 Pastor Clovis Lopes 78 0% Suplente
B / PRB
14123 Niceas PP / PTB 70 0% Suplente
50174 José Ferreira PSOL 66 0% Não Eleito
PSDC / PT / PC do
27277 Marinezio do Trio 61 0% Não Eleito
B / PRB
PTC / PPS / PV /
23800 Dr Zenilton 54 0% Suplente
PRP / PTN
PSDC / PT / PC do
10999 Doutor Vaqueiro 34 0% Suplente
B / PRB
22221 Rilmar PSL / PR 32 0% Suplente
15455 Jullys PSC / PMDB 29 0% Suplente
PTC / PPS / PV /
36036 Fausto 24 0% Suplente
PRP / PTN
17017 Cabo Evania PSL / PR 19 0% Suplente

412
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PTC / PPS / PV /
23789 Marcos Martins 17 0% Suplente
PRP / PTN
PTC / PPS / PV /
36123 Denilzo Batista 10 0% Suplente
PRP / PTN
PMN / PT do B /
31456 Arão PRTB / PC do B / 8 0% Não Eleito
PHS
PTC / PPS / PV /
44322 Andréa Batata 6 0% Suplente
PRP / PTN
PTC / PPS / PV /
23400 Socorro Marques 4 0% Suplente
PRP / PTN
17007 Arabelly Pontes PSL / PR 3 0% Suplente
PMN / PT do B /
33315 Izabel Boris PRTB / PC do B / 3 0% Não Eleito
PHS
PSDC / PT / PC do
13994 Herta 3 0% Suplente
B / PRB
15978 Eneide PSC / PMDB 2 0% Suplente
PSDC / PT / PC do
13995 Josefina 1 0% Suplente
B / PRB
15429 Renata Cavalcante PSC / PMDB 0 0% Suplente
PSDC / PT / PC do
10631 Jackeline 0 0% Suplente
B / PRB
Legenda do PMDB 45.181 2,26%
Legenda do PDT 26.752 1,34%
Legenda do PSDB 21.874 1,09%
Legenda do PP 16.612 0,83%
Legenda do PT 16.011 0,8%
Legenda do PSB 12.236 0,61%
Legenda do DEM 9.894 0,49%
Legenda do PR 7.522 0,38%
Legenda do PSC 5.994 0,3%
Legenda do PRP 5.163 0,26%
Legenda do PTB 5.014 0,25%
Legenda do PPS 4.760 0,24%
Legenda do PSL 4.584 0,23%
Legenda do PTN 3.479 0,17%

413
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Legenda do PRB 3.055 0,15%
Legenda do PCB 2.878 0,14%
Legenda do PV 1.742 0,09%
Legenda do PSOL 1.449 0,07%
Legenda do PT do B 1.085 0,05%
Legenda do PTC 1.084 0,05%
Legenda do PMN 926 0,05%
Legenda do PRTB 909 0,05%
Legenda do PHS 766 0,04%
Legenda do PC do B 423 0,02%
Legenda do PSDC 276 0,01%
Legenda do PCO 254 0,01%
Votos brancos 130.427
Votos nulos 100.231
Total apurado 2.232.261
Eleitorado 2.738.313
Abstenção 506.052 18,48%
Fonte: TSE/TRE/PB – Deputado Estadual/2010.

Legenda:
PCO - Partido da Causa Operária
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PTC - Partido Trabalhista Cristão
PSB - Partido Socialista Brasileiro
DEM - Democratas
PSC - Partido Social Cristão
PRTB - Partido Renovador Trabalhista Brasileiro
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PSL - Partido Social Liberal
PT - Partido dos Trabalhadores
PCB - Partido Comunista Brasileiro
PRB - Partido Republicano Brasileiro
PSOL - Partido Socialismo e Liberdade
PP - Partido Progressista
PPS - Partido Popular Socialista
PT do B - Partido Trabalhista do Brasil
PV - Partido Verde
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira

414
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

PDT - Partido Democrático Trabalhista


PRP - Partido Republicano Progressista
PHS - Partido Humanista da Solidariedade
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PR - Partido da República
PTN - Partido Trabalhista Nacional

Na eleição de 3 de outubro de 2010, foram candidatos a deputado estadual:


Reginaldo Pereira da Costa,/PRP, ficou suplente, obteve 0,77% dos votos válidos; Cicera da
Nóbrega/PMDB, ficou suplente, obteve 0,47% dos votos válidos; Ednaldo do Edilicia/PR,
ficou suplente, obteve 0,25% dos votos válidos; Wanda Vasconcelos/PMN, ficou suplente,
obteve 0,21% dos votos válidos; Rachel Pedrosa Maroja/PSB, ficou suplente, obteve 0,13%
dos votos válidos; e o Sgt. Nunes/PTC, ficou suplente, obteve 0,01% dos votos válidos.
Outra vez ficou comprovado de que o eleitorado santaritense não gosta de votar na prata
de casa, e com isso Santa Rita ficou mais uma vez sem ter um só representante na Casa de
Epitácio Pessoa. Diante de tal situação negativa em termos de falta de credibilidade do
nosso eleitorado para com os nossos candidatos postulantes a cargos eletivos, só temos
que entender que "a educação é uma arte, cuja prática necessita ser aperfeiçoada por
várias gerações. Cada geração, de posse dos conhecimentos das gerações precedentes,
está melhor aparelhada para exercer uma educação que desenvolva todas as disposições
naturais na justa proporção e de conformidade com a finalidade daquelas, e, assim, guie
toda a humana espécie a seu destino", conforme o pensamento ainda atual de Kant (1996,
p.19), tendo em vista que a educação não resolve todas as mazelas em termos de políticas
públicas em favor do povo, porém, sem ela nada será possível, porque o mito popular nos
ensina que quando o homem fica sabido demais vira bicho. Esse sabido demais, tem tudo a
haver com a ideia popular de que a classe política de forma generalizada, embora não seja,
comete corrupção e enriquecimento ilícito usando o dinheiro do pagamento dos impostos
diretos e indiretos nos três níveis da administração pública. A tese generalizada, de que
santo de casa não tem valor, principalmente quando se trata de campanha política e
conseqüente votação nos candidatos da terra, deve ser compreendida como sendo, ainda
que por analogia, "a reflexão filosófica sobre a educação é que dá o tom a pedagogia,
garantindo-lhe a compreensão dos valores que, hoje, direcionam a prática educacional e
dos valores que deverão orientá-la para o futuro", no dizer de Luckesi (1990, p. 33), haja
vista que o individuo para viver bem, direta e ou indiretamente ele precisa ter uma boa
educação, munido de conhecimentos e perspectivas de futuro para poder viver ainda
melhor, em não vendo isso na pregação dos candidatos e se assim pregam, entendem que
são meras promessas, proselitismo e demagogia de véspera de eleição, resolvem votar
nulo, branco, se abstém de votar e ou vota em candidatos que não conhecem, a titulo de
protesto branco. Não votar em candidatos filhos da terra, é uma maneira do eleitor
filosofar, já que gato escaldado tem medo de água fria, no dizer popular, assim preferem
não votar porque alguém já o enganou, prometeu e nada realizou em campanhas políticas
anteriores, corroborando assim com a ideia de que "não há filosofia que se possa aprender;
só se aprende a filosofar", segundo Piletti (1991). Entendemos assim que a filosofia é o
amor a sabedoria e ou a verdade em qualquer contexto, o eleitor desconfiado no seu ato
de filosofar, não vota duas vezes no candidato que direta e ou indiretamente o enganou,
tão grande é a sua necessidade premente em termos de políticas públicas, a exemplo de
segurança, educação, emprego, saúde, moradia, lazer, etc. E até porque o eleitor sabe que

415
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

quando a esmola é grande demais o santo deve desconfiar. Acreditamos que a juventude
deve ser bem informada e formada em termos educacionais, para na hora de decidir
através do voto, o destino do governo federal, estadual e municipal, em todas as suas
instancias, tenha realmente condições de escolher entre o joio e o trigo, uma vez que "a
educação é o vetor do progresso, ela fornece a base para a esperança num plano de
conjunto da evolução humana, de um progresso geral rumo ao melhor”, conforme enfatiza
Menezes (2000, p. 118). E disso ninguém tem dúvida, pois o exercício de todo e qualquer
mandato eletivo: federal, estadual, municipal e ou distrital é um negócio como outro
qualquer, em qualquer parte do mundo. Assim sendo, todos os filósofos dão sua
contribuição para ajudar a construir o conhecimento em todas as áreas do saber humano,
visando direta e indiretamente à felicidade das gerações presentes e futuras, o que
corrobora com o pensamento de Makiguti (2004, p. 23). A educação é o único instrumento
de formação e de transformação do homem para exercitar a liberdade, a autonomia e sua
possível humanização em qualquer parte do mundo, envolve disciplina pessoal e bem assim
de um "conjunto de regras éticas para atingir um objetivo", segundo Tiba (1998, p.113). O
censo comum sabe que existe no ar um germe, pior do vírus da AIDS, originado pela
decadência da política nacional, estadual e municipal.
Finalmente, o eleitorado santaritense compareceu as urnas no dia 7 de outubro de
2012, com o objetivo de escolher o futuro prefeito e vice da rainha dos canaviais, da água
mineral e da cerâmica, são tantos títulos naturais que nossa Santa Rita tem que não
dependeu de um só voto interno e ou eterno de seus eleitores, tendo em vista que se trata
de riquezas naturais, presentes do grande Arquiteto do Universo, no momento do ato da
criação do mundo. Livremente assim votou o nosso eleitorado:

Cargo: Prefeito
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Reginaldo PRP / PR / PHS /
44 33.990 51,52% Eleito
Vice-prefeito: Netinho PSDB / PT do B
Adones PC do B / PDT / PT /
15 Vice-prefeito: Dr. Emerson PMN / PSB / PSC / 26.218 39,74% Não eleito
Panta PRTB / PRB / PMDB
José Silva
50 PSOL 5.767 8,74% Não eleito
Vice-prefeito:Padre Cristiano
Votos nulos 5.695
Votos brancos 3.522
Total apurado 75.192
Eleitorado 89.443
Abstenção 14.251 15,93%
Fonte: TRE/PB – Prefeito – Santa Rita/2012

Legenda:
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PT - Partido dos Trabalhadores

416
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

PRP - Partido Republicano Progressista


PR - Partido da República
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PRTB - Partido Renovador Trabalhista Brasileiro
PSC - Partido Social Cristão
PRB - Partido Republicano Brasileiro
PSOL - Partido Socialismo e Liberdade
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PHS - Partido Humanista da Solidariedade
PT do B - Partido Trabalhista do Brasil

Não entendemos como os eleitores escolhem seus candidatos em cada eleição,


segundo Campbell; Converse; Miller; Stokes (1960). E a dúvida de como é feita a escolha
do candidato para votar vive tirando o sono de muita gente, pois, sabemos que os
marqueteiros, através de pesquisas direcionadas, fazem Satanás, um santo e o Santo, um
satanás, as famosas pesquisas para saber a opinião antes da votação, induz tal população
eleitoralmente ativa a não perder o voto. Isso é muito prejudicial ao futuro do país, do
estado e do município, na realidade brasileira. É um jogo de mentira para convencer o
eleitorado inexperiente e criticamente leigo, massa de manobra nas mãos de quem paga
mais por seu voto. Isso é corrupção eleitoral. As pesquisas eleitorais motivam os eleitores a
errar e ou a acertar na escolha do nome do candidato. Segundo Gandi (1992, p. 29),
dentre os diversos tipos de votos, podemos destacar o voto ideológico, o voto pessoal e ou
o voto circunstancial. Assim sendo, as convicções políticas partidárias e ou ideológicas são
usas por uma pequena parcela do eleitorado no momento da escolha do nome do
candidato para ser votado. A maioria do eleitorado na realidade vota no candidato de sua
confiança federal, estadual e ou municipal. O voto dos indecisos depende da mídia focando
o discurso do candidato e seus projetos. A dúvida, porém, continua quando entra o
processo de compra de votos e os programas assistencialistas de cunho social.
Infelizmente, a compra de votos, enquanto fenômeno transitório e intermediário, vem
surgindo sucessivamente em diversos sistemas eleitorais de governo representativo em
diversos países do mundo, conforme cita Scott (1971), merecendo distinguir: o voto na
visão de chantagem e ou de extorsão eleitoral; o voto negociado e ou comprado a qualquer
preço; e o voto sob a manifestação de crédito e ou de descrédito e ou de reprovação dos
candidatos e ou de seus representantes nacionais, estaduais e ou municipais. Infelizmente
a prática da compra de votos faz parte da realidade nacional brasileira, diante da
negociação de bens materiais, promessa de cargos e favores diversos de cunho
administrativo envolvendo o dinheiro público e ou privado. Um exemplo disso, é o caso de
médicos, advogados, professores, dentistas, etc., que dão atendimento gratuito a
população visando votos. O cabo eleitoral tem a missão de induzir eleitor e negociar o
preço do voto para seu candidato. Em tempos de eleições as denúncias ao sistema eleitoral
de candidatos contra candidatos chovem mais do que no mês de janeiro no sertão
nordestino. Embora que todos os candidatos sem exceção vivam fazendo favores
eleitoreiros aos seus pretensos eleitores. Isso é fato e contra fato não tem argumento. Por
aqui a maioria do eleitorado não vota pelo perfil acadêmico do candidato, vota pelo que ele
representa no momento do ato de pedir o voto, no toma lá, dá cá. É o dando que se
recebe da oração de São Francisco. É por isso que depois das eleições, a população que

417
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

negociou o voto, bem como, aquela minoria populacional que não negociou, ambas ficam
prejudicadas, esquecidas por quem ganhou as eleições e aqueles candidatos que foram
derrotados ficam dizendo que nada podem fazer porque não tem mandatos. E até porque a
apuração é “o ato por meio do qual o conteúdo, depositado nas urnas convencionais ou
digitado nas urnas eletrônicas, é conhecido e computado, por junta eleitoral especialmente,
é conhecida, preservando-se o anonimato do eleitor”, conforme Farhat (1996, p. 323). E daí
por diante termina em tese o ramerame eleitoral do antes, do durante e do depois das
eleições em todos níveis: federal, estadual e municipal, salvo no caso de recursos os mais
diversos possíveis à luz dos fatos e da legislação vigorante no país.
O eleitorado de nossa esquecida Santa Rita, em 7 de outubro de 2012, votou assim
para vereador:

Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Eleito por
55229 Genival Guedes Filho PV / PSD 1.795 2,57%
QP
PT do B / PRP / Eleito por
44666 Cibelly Filha de Cicinha 1.780 2,55%
PSDB / PHS QP
PT do B / PRP / Eleito por
44555 Flavio Pereira 1.734 2,48%
PSDB / PHS QP
Eleito por
36456 Farias PTB / PTC / PP 1.609 2,3%
QP
PT do B / PRP / Eleito por
70888 Vanda de Olavo 1.590 2,28%
PSDB / PHS QP
Eleito por
36999 Josa de Nezinho PTB / PTC / PP 1.419 2,03%
QP
Eleito por
43999 Ivonete PV / PSD 1.325 1,9%
QP
Eleito por
36234 Irmão Jauires PTB / PTC / PP 1.064 1,52%
QP
PDT / PSB / PRTB / Eleito por
40123 Anésio Miranda 1.036 1,48%
PMDB / PRB QP
Eleito por
55000 Finha PV / PSD 1.000 1,43%
média
55147 Manoel da Usina PV / PSD 984 1,41% Suplente
Eleito por
36111 Celio Rufino PTB / PTC / PP 963 1,38%
QP
PT do B / PRP / Eleito por
70644 Bebé 924 1,32%
PSDB / PHS QP
14670 Juvenal PTB / PTC / PP 903 1,29% Suplente
PT do B / PRP / Eleito por
31111 Paulo Martins 887 1,27%
PSDB / PHS média

418
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Eleito por
19444 Tubarão PTN / DEM / PPS 845 1,21%
QP
PT do B / PRP /
70222 do 840 1,2% Suplente
PSDB / PHS
PDT / PSB / PRTB / Eleito por
40040 Aurian 783 1,12%
PMDB / PRB QP
PDT / PSB / PRTB / Eleito por
40456 João Júnior 761 1,09%
PMDB / PRB média
Eleito por
13456 Sebastião do Sindicato PT / PSC 746 1,07%
QP
PT do B / PRP /
70111 Assis de Bila 744 1,06% Suplente
PSDB / PHS
23456 Otávio Bernardino PTN / DEM / PPS 735 1,05% Suplente
Eleito por
65444 Missinho do Bode PC do B 717 1,03%
QP
65123 Rosa do Vaqueiro PC do B 717 1,03% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
40045 Carlos Pereira Júnior 702 1% Suplente
PMDB / PRB
36777 Coronel Dutra PTB / PTC / PP 687 0,98% Suplente
23123 Paulinho Fernandes PTN / DEM / PPS 648 0,93% Suplente
65112 Peixoto PC do B 631 0,9% Suplente
PT do B / PRP /
45123 Joelson de Resende 608 0,87% Suplente
PSDB / PHS
65888 Gil do Bar PC do B 601 0,86% Suplente
36222 Irmão Adailton PTB / PTC / PP 598 0,86% Suplente
36121 Valter da Galinha PTB / PTC / PP 589 0,84% Suplente
PT do B / PRP /
31456 Adeilton do Deposito 579 0,83% Suplente
PSDB / PHS
11222 Josa da Galinha PTB / PTC / PP 558 0,8% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
40151 Luiz de Forte Velho 549 0,79% Suplente
PMDB / PRB
14229 Iranildo Maranhão PTB / PTC / PP 546 0,78% Suplente
43456 Prof. Gilvan PV / PSD 539 0,77% Suplente
PT do B / PRP /
31622 Assis de Olavo 532 0,76% Suplente
PSDB / PHS
36036 Riata PTB / PTC / PP 531 0,76% Suplente
31600 Givanildo PT do B / PRP / 525 0,75% Suplente

419
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
PSDB / PHS
Eleito por
13444 Padi Leomar PT / PSC 523 0,75%
média
36555 Galego do Boa Vista PTB / PTC / PP 523 0,75% Suplente
36000 Vera da Saúde PTB / PTC / PP 521 0,75% Suplente
65000 Raminho Botafogo PC do B 508 0,73% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
10123 Pastor Miguelzinho 504 0,72% Suplente
PMDB / PRB
PDT / PSB / PRTB /
40000 Adriano da Ong 503 0,72% Suplente
PMDB / PRB
PDT / PSB / PRTB /
10234 Tota do Mercadinho 498 0,71% Suplente
PMDB / PRB
11111 Demetrius da Farmácia PTB / PTC / PP 497 0,71% Suplente
13222 José do Sindicato PT / PSC 488 0,7% Suplente
PT do B / PRP /
31500 Lula de Marcos Moura 482 0,69% Suplente
PSDB / PHS
65222 Sergio Confecções PC do B 465 0,67% Suplente
36333 Júnior PTB / PTC / PP 459 0,66% Suplente
20377 Irmão Josivaldo PT / PSC 459 0,66% Suplente
55444 Claudio Marçal PV / PSD 438 0,63% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
40555 Eliane da Saúde 428 0,61% Suplente
PMDB / PRB
36789 Fátima Guedes PTB / PTC / PP 425 0,61% Suplente
PT do B / PRP /
44229 Jodson Junior 405 0,58% Suplente
PSDB / PHS
19123 Alexandre Almeida PTN / DEM / PPS 405 0,58% Suplente
55123 Diocelio de Várzea Nova PV / PSD 402 0,58% Suplente
19000 Daniel Gonzalez PTN / DEM / PPS 397 0,57% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
40444 Mitzi Santiago 391 0,56% Suplente
PMDB / PRB
36688 Mago Kinha PTB / PTC / PP 388 0,56% Suplente
20229 Irmão Sandro da Estação PT / PSC 366 0,52% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
12470 Fabrício Santos 351 0,5% Suplente
PMDB / PRB
65007 Pipo PC do B 349 0,5% Suplente
PT do B / PRP /
70614 Jane de Pinto 340 0,49% Suplente
PSDB / PHS

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
19111 Luciano Alvino PTN / DEM / PPS 335 0,48% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
28888 Wellington Lima 329 0,47% Suplente
PMDB / PRB
36321 Irmão Betinho PTB / PTC / PP 327 0,47% Suplente
13100 Jacinto Sinecom PT / PSC 324 0,46% Suplente
PT do B / PRP /
70000 Cezar 317 0,45% Suplente
PSDB / PHS
13888 Iracema da Saude PT / PSC 316 0,45% Suplente
36258 Léo de Bebelândia PTB / PTC / PP 303 0,43% Suplente
PT do B / PRP /
70100 Cabeção 274 0,39% Suplente
PSDB / PHS
PT do B / PRP /
70555 Régis 262 0,37% Suplente
PSDB / PHS
65500 Cidadão PC do B 259 0,37% Suplente
23777 Irmã Luiza PTN / DEM / PPS 257 0,37% Suplente
13234 Joãozinho do Gás PT / PSC 254 0,36% Suplente
19229 Ari PTN / DEM / PPS 252 0,36% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
40333 Marinaldo 251 0,36% Suplente
PMDB / PRB
PDT / PSB / PRTB /
40400 Dorivaldo Júnior 249 0,36% Suplente
PMDB / PRB
14111 Pedro Alves PTB / PTC / PP 241 0,34% Suplente
PT do B / PRP /
70333 Irmão Beto do Lava Jato 239 0,34% Suplente
PSDB / PHS
PDT / PSB / PRTB /
40140 Professor Hilton 234 0,33% Suplente
PMDB / PRB
43007 Guarabira PV / PSD 233 0,33% Suplente
55100 Ademar PV / PSD 232 0,33% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
40004 Lúcia do Heitel 231 0,33% Suplente
PMDB / PRB
PT do B / PRP /
70411 Bebe Óleo 228 0,33% Suplente
PSDB / PHS
14321 Nonato Júnior PTB / PTC / PP 226 0,32% Suplente
23229 Dinga Box PTN / DEM / PPS 223 0,32% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
12345 Michelina do Dr. Damião 222 0,32% Suplente
PMDB / PRB
44444 Raminho do Mirandão PT do B / PRP / 218 0,31% Suplente

421
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
PSDB / PHS
13111 Evandre PT / PSC 212 0,3% Suplente
55125 Arlete Enfermeira PV / PSD 211 0,3% Suplente
PT do B / PRP /
44456 Gilvan Davi 208 0,3% Suplente
PSDB / PHS
13229 Claudio PT / PSC 206 0,29% Suplente
13000 Pessoinha PT / PSC 204 0,29% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
10110 Sergio dos Amigos da Trilha 203 0,29% Suplente
PMDB / PRB
65432 Marinesio Silva PC do B 199 0,28% Suplente
13007 Sirleide Dantas PT / PSC 195 0,28% Suplente
36444 Irmã Zezinha PTB / PTC / PP 190 0,27% Suplente
25555 João Pessoa PTN / DEM / PPS 189 0,27% Suplente
19333 Elton Jarison PTN / DEM / PPS 187 0,27% Suplente
19567 Humberto PTN / DEM / PPS 187 0,27% Suplente
20222 Fábio Faz PT / PSC 185 0,26% Suplente
43222 Luiz da Cagepa PV / PSD 180 0,26% Suplente
55144 Marcos da Associação PV / PSD 175 0,25% Suplente
36190 Eudes da Ferragem PTB / PTC / PP 172 0,25% Suplente
19999 Marcos Delmiro PTN / DEM / PPS 171 0,24% Suplente
36612 Edson de Elisio PTB / PTC / PP 171 0,24% Suplente
65544 Calango PC do B 167 0,24% Suplente
55192 Georgiana Karla PV / PSD 166 0,24% Suplente
20000 Geraldo da Comunidade PT / PSC 164 0,23% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
10100 Careca do Atletico 157 0,22% Suplente
PMDB / PRB
20115 Biu da Associação PT / PSC 157 0,22% Suplente
65555 Bel PC do B 153 0,22% Suplente
43229 Bruno PV / PSD 152 0,22% Suplente
43777 Cassio PV / PSD 149 0,21% Suplente
14123 Galega do Churrasco PTB / PTC / PP 148 0,21% Suplente
36888 Lucinha PTB / PTC / PP 148 0,21% Suplente
65229 João Grilo PC do B 147 0,21% Suplente
65777 Cris Lima PC do B 147 0,21% Suplente
36123 João Miguel PTB / PTC / PP 146 0,21% Suplente

422
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
43877 Claudio Gas PV / PSD 145 0,21% Suplente
PT do B / PRP /
70450 Edinalva de Ramiro 145 0,21% Suplente
PSDB / PHS
14567 Zé de Ule PTB / PTC / PP 144 0,21% Suplente
13333 Jailson da Galinha PT / PSC 132 0,19% Suplente
65225 Kinka PC do B 127 0,18% Suplente
23000 Aluizio PTN / DEM / PPS 126 0,18% Suplente
43123 Genilda PV / PSD 125 0,18% Suplente
20120 Alexandre PT / PSC 117 0,17% Suplente
14777 Coronel Israel PTB / PTC / PP 114 0,16% Suplente
Vania do Loteamento Boa
55239 PV / PSD 114 0,16% Suplente
Vista
19800 Jocimar Carneiro PTN / DEM / PPS 110 0,16% Suplente
23666 Gean do Tae Kwon do PTN / DEM / PPS 110 0,16% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
40111 Lambú 109 0,16% Suplente
PMDB / PRB
PT do B / PRP /
44123 Vinicius da Cyber 109 0,16% Suplente
PSDB / PHS
55556 Moura PV / PSD 109 0,16% Suplente
20020 Carlinhos do Adesivo PT / PSC 108 0,15% Suplente
20111 Coronel PT / PSC 106 0,15% Suplente
43444 Bernadete PV / PSD 106 0,15% Suplente
13666 Adailson Regis PT / PSC 102 0,15% Suplente
55678 Teta PV / PSD 100 0,14% Suplente
23231 Professor Vasconcelos PTN / DEM / PPS 98 0,14% Suplente
13555 Gonzaga Junior PT / PSC 97 0,14% Suplente
43151 Roberto PV / PSD 96 0,14% Suplente
23222 Janaina Fernandes PTN / DEM / PPS 96 0,14% Suplente
65800 Ramos PC do B 96 0,14% Suplente
65333 Erminio PC do B 92 0,13% Suplente
PT do B / PRP /
70777 Reginaldo da Padaria 88 0,13% Suplente
PSDB / PHS
23345 Irmão Ednaldo PTN / DEM / PPS 88 0,13% Suplente
65111 O Maguin PC do B 86 0,12% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
10222 Ednaldo da Verdura 85 0,12% Suplente
PMDB / PRB

423
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
55198 Tereza Raquel PV / PSD 84 0,12% Suplente
65678 Talana Lima PC do B 84 0,12% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
12444 Raminho da Lotação 82 0,12% Suplente
PMDB / PRB
PDT / PSB / PRTB /
10115 Andrade 80 0,11% Suplente
PMDB / PRB
13123 Irmão Ivanildo PT / PSC 79 0,11% Suplente
PT do B / PRP /
44500 Gileno 78 0,11% Suplente
PSDB / PHS
65300 Nilton Claudino PC do B 77 0,11% Suplente
19126 Roberto PTN / DEM / PPS 75 0,11% Suplente
PT do B / PRP /
44600 Risonete Mendonça 74 0,11% Suplente
PSDB / PHS
14560 Marinésio do Alternativo PTB / PTC / PP 74 0,11% Suplente
55111 Fabio Henrique PV / PSD 72 0,1% Suplente
20789 Fernando do Censf PT / PSC 72 0,1% Suplente
65254 Nelson PC do B 72 0,1% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
40217 Thiago Vital 70 0,1% Suplente
PMDB / PRB
PDT / PSB / PRTB /
10602 Edvaldo do Teclado 70 0,1% Suplente
PMDB / PRB
55345 Edmilson da Saude PV / PSD 69 0,1% Suplente
23111 Kinho PTN / DEM / PPS 68 0,1% Suplente
PT do B / PRP /
70770 Irmão Antonio 67 0,1% Suplente
PSDB / PHS
20015 Nino do Veneno PT / PSC 66 0,09% Suplente
55666 Nino PV / PSD 66 0,09% Suplente
25123 Professora Iracy PTN / DEM / PPS 62 0,09% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
10333 Professor Vanderley 61 0,09% Suplente
PMDB / PRB
20417 Quezia PT / PSC 60 0,09% Suplente
43379 Dellyane PV / PSD 58 0,08% Suplente
13789 Tota do Pt PT / PSC 58 0,08% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
10345 Marcos de Dude 57 0,08% Suplente
PMDB / PRB
PT do B / PRP /
44624 Regina 55 0,08% Suplente
PSDB / PHS

424
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
13664 Eda PT / PSC 54 0,08% Suplente
20456 Irmão Jefferson PT / PSC 54 0,08% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
15123 Rafael da Construtora 53 0,08% Suplente
PMDB / PRB
36378 Irmã Rônia PTB / PTC / PP 53 0,08% Suplente
20888 Tia Leta PT / PSC 52 0,07% Suplente
65456 Fabinho PC do B 51 0,07% Suplente
14234 Neco da Prestação PTB / PTC / PP 50 0,07% Suplente
19246 Décio Pereira PTN / DEM / PPS 49 0,07% Suplente
65666 Lusia PC do B 48 0,07% Suplente
25888 Vamberto PTN / DEM / PPS 47 0,07% Suplente
65221 Diva PC do B 47 0,07% Suplente
65144 Lisboa PC do B 46 0,07% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
10229 Gilson 46 0,07% Suplente
PMDB / PRB
43044 Neno PV / PSD 45 0,06% Suplente
19234 Professora Maria Jose PTN / DEM / PPS 45 0,06% Suplente
65265 Galego PC do B 45 0,06% Suplente
23333 Irmão Jose PTN / DEM / PPS 43 0,06% Suplente
PT do B / PRP /
70123 Francsica Azevedo 40 0,06% Suplente
PSDB / PHS
13110 Toninho de Dede PT / PSC 40 0,06% Suplente
25025 Nildo PTN / DEM / PPS 39 0,06% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
40610 Eline da Saúde 36 0,05% Suplente
PMDB / PRB
43333 Leoncio PV / PSD 36 0,05% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
10555 Ana Cristina 34 0,05% Suplente
PMDB / PRB
20123 Suzete PT / PSC 31 0,04% Suplente
65999 Joebia PC do B 29 0,04% Suplente
PT do B / PRP /
70567 Almir Propaganda 26 0,04% Suplente
PSDB / PHS
PT do B / PRP /
70999 Jaciara 26 0,04% Suplente
PSDB / PHS
55555 Zezé de Varzea Nova PV / PSD 26 0,04% Suplente
44111 Antonio Higino PT do B / PRP / 26 0,04% Suplente

425
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
PSDB / PHS
20777 Suzana PT / PSC 25 0,04% Suplente
43666 Leandro PV / PSD 25 0,04% Suplente
25000 Marcilio PTN / DEM / PPS 22 0,03% Suplente
43888 Zezinho PV / PSD 20 0,03% Suplente
PT do B / PRP /
70789 Lucia do Bar 19 0,03% Suplente
PSDB / PHS
19119 Elias Junior PTN / DEM / PPS 18 0,03% Suplente
50500 Rita de Cássia PSOL 15 0,02% Não eleito
23023 Jacqueline PTN / DEM / PPS 15 0,02% Suplente
43347 Chicão PV / PSD 13 0,02% Suplente
65289 Maria Luzimar PC do B 12 0,02% Suplente
PT do B / PRP /
44800 Campeão 10 0,01% Suplente
PSDB / PHS
PDT / PSB / PRTB /
10120 Dona Fatima 9 0,01% Suplente
PMDB / PRB
PDT / PSB / PRTB /
10456 Professora Cristina 8 0,01% Suplente
PMDB / PRB
43463 Gomes PV / PSD 8 0,01% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
10010 Sargento Dias 7 0,01% Suplente
PMDB / PRB
25222 Lulu PTN / DEM / PPS 7 0,01% Suplente
43113 Maria Marques PV / PSD 6 0,01% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
28678 Ana Carla 4 0,01% Suplente
PMDB / PRB
13999 Fatima do Pt PT / PSC 3 0% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
40789 Fátima Dantas de Santa Rita 2 0% Suplente
PMDB / PRB
PDT / PSB / PRTB /
40404 Amália 2 0% Suplente
PMDB / PRB
14000 Paulo PTB / PTC / PP 2 0% Suplente
36800 Mariinha PTB / PTC / PP 1 0% Suplente
PT do B / PRP /
31555 Danielly 1 0% Suplente
PSDB / PHS
19019 Maria Salete PTN / DEM / PPS 0 0% Suplente
65865 Divina PC do B 0 0% Suplente

426
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
PT do B / PRP /
70680 Francsica de Marcos Moura 0 0% Suplente
PSDB / PHS
11000 Anyelli PTB / PTC / PP 0 0% Suplente
14098 Professora Consuelo PTB / PTC / PP 0 0% Suplente
PT do B / PRP /
31229 Renata 0 0% Suplente
PSDB / PHS
25255 Rosangela PTN / DEM / PPS 0 0% Suplente
25111 Virginia PTN / DEM / PPS 0 0% Suplente
65448 Guia PC do B 0 0% Suplente
Legenda do PRP 1.333 1,91%
Legenda do PMDB 984 1,41%
Legenda do PTC 210 0,3%
Legenda do PSOL 174 0,25%
Legenda do PSB 158 0,23%
Legenda do PDT 145 0,21%
Legenda do PSDB 135 0,19%
Legenda do PSD 134 0,19%
Legenda do PP 128 0,18%
Legenda do PC do B 104 0,15%
Legenda do PTB 93 0,13%
Legenda do PT do B 88 0,13%
Legenda do PRB 83 0,12%
Legenda do PT 74 0,11%
Legenda do PPS 56 0,08%
Legenda do PHS 50 0,07%
Legenda do PV 50 0,07%
Legenda do PTN 46 0,07%
Legenda do PSC 36 0,05%
Legenda do DEM 31 0,04%
Legenda do PRTB 6 0,01%
Votos nulos 2.777
Votos brancos 2.535
Total apurado 75.192
Eleitorado 89.443

427
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Abstenção 14.251 15,93%
Fonte: TRE/PB – Santa Rita - Vereador/2012

Legenda:
PT do B - Partido Trabalhista do Brasil
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PRP - Partido Republicano Progressista
PTN - Partido Trabalhista Nacional
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PSB - Partido Socialista Brasileiro
DEM - Democratas
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PPS - Partido Popular Socialista
PRB - Partido Republicano Brasileiro
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PV - Partido Verde
PT - Partido dos Trabalhadores
PSOL - Partido Socialismo e Liberdade
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PSD - Partido Social Democrático
PTC - Partido Trabalhista Cristão
PP - Partido Progressista
PHS - Partido Humanista da Solidariedade
PRTB - Partido Renovador Trabalhista Brasileiro
PSC - Partido Social Cristão

Pela simples leitura dos resultados finais (TRE/PB, 2012) para vereador nas eleições
de 7 de outubro de 2012, em Santa Rita, se pode fazer a dedução devida da forma e do
desempenho individual de cada candidato no referido pleito. Levando-se em consideração
que “a apuração é conceituada como a terceira máxima fase do processo eleitoral, que se
conecta de forma imediata com a votação”, segundo Ramayana (2009, p.137).
Registramos de que apenas o PRP – Partido Republicano Progressista, obteve 1.333 votos
de legenda, ficando em segundo lugar o PMDB – Partido do Movimento Democrático
Brasileiro, que obteve 984 votos, dentre todos os partidos presentes na referida corrida ao
legislativo municipal. A história do referido pleito, registrou 2.777 votos nulos; 2.535 votos
brancos e 14.251 abstenções, equivalente a 15,93% do eleitorado de 89.443 votantes,
tendo sido apurado apenas 75.192 votos. É uma atitude que devemos respeitar a vontade
do eleitor, porém, entendemos que isso é um desserviço a democracia que tanto
defendemos e queremos, pois, são na realidade 19.563 votos (branco+nulo+abstenção) do
nosso eleitorado nas eleições de 2012 para vereador, votos suficientes para eleger
praticamente 1/3 (um terço) das cadeiras legislativas municipais em Santa Rita, assim
sendo, o referido eleitorado que não quer fazer valer seu voto nas decisões de sua cidade,
como sendo ”a diferença consiste em que a inibição do melancólico nos parece enigmática
porque não podemos ver o que é que o está absorvendo tão completamente. [...]O

428
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

paciente representa seu ego para nós como sendo desprovido de valor, incapaz de
qualquer realização e moralmente desprezível [...]. Ele se encontra, de fato, tão
desinteressado e tão incapaz de amor e realização quanto afirma. [...] Pelo contrário,
tornam-se as pessoas mais maçantes, dando sempre a impressão de que se sentem
desconsideradas e de que foram tratadas com grande injustiça”, segundo Freud (1917
[1915], p.278-281). Diante de tal pensamento, deduzimos que o voto nulo, o voto branco e
a abstenção eleitoral, representa a melancolia nacional, estadual e municipal que vive e ou
pensa viver esse tipo de eleitorado, isso representa protesto em não aceitar votar em
ninguém, por não avistar uma luz no final do túnel, não encontra alternativa, generaliza
que todos os políticos são iguais, todos calçam quarenta, tudo da mesma laia, incapazes,
corruptos de uma figa, algo que o gato enterra, etc, e até porque nunca o Brasil, a Paraíba
e Santa Rita vai mudar... É a turma do quanto pior melhor.
Apenas nos dois maiores colégios eleitorais da Paraíba: João Pessoa e Campina
Grande, teve eleições no segundo turno para prefeito no dia 28 de outubro de 2012.
Em 2014 o Brasil sediou a Copa do Mundo, gastou o que bem entendeu, sem fazer
qualquer tipo de licitação, os estágios de futebol foram construídos e ficaram sendo
chamados de Arena(s). Não faltou dinheiro público gasto a fole e ainda perdemos a
referida disputa para a Alemanha de sete a um no dia 14 de julho de 2014. Registramos
também o acidente aéreo que matou o candidato à presidência da República Eduardo
Campos/PSB, no dia 13 de agosto de 2014, em Santos, Estado de São Paulo, além dos
tripulantes/pilotos: Geraldo Magela Barbosa da Cunha e Marcos Martins; e quatro
passageiros: Alexandre Severo e Silva (fotógrafo); Carlos Augusto Leal Filho; Pedro
Valadares Neto e Marcelo de Oliveira Lira, assessores do referido candidato. A esquerda
irresponsável insuflou sua gente a cometer os arrastões nas principais capitais, dentre as
quais Rio de Janeiro e São Paulo. Apareceram os rolezinhos em ambientes públicos e
privados formados por menores, quebrando tudo que encontrava pela frente, em total
desrespeito a legislação do menor brasileiro e da própria ordem pública em geral, foram
muitos os confrontos antes do período eleitoral. Diante de tais ocorrências e mais o
discurso político de acusações mútuas, no dia 05 de outubro de 2014, foi realizado o
primeiro turno das eleições para os cargos de presidente, governador, senador, deputado
federal e deputado estadual. A campanha presidencial ficou fragmentada diante da saída
indesejada do candidato Eduardo Campos. Diante dos fatos o eleitorado paraibano votou
no primeiro turno em 5 de outubro de 2014 assim:

Cargo: Presidente
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
DILMA PDT / PC do B / PP /
13 Vice-presidente: MICHEL PROS / PSD / PR / 1.166.632 55,61% 2º turno
TEMER PMDB / PRB / PT
PTN / PEN / PSDB /
AÉCIO NEVES
SD / PMN / PTB /
45 Vice-presidente: ALOYSIO 490.516 23,38% 2º turno
PTC / PT do B /
NUNES FERREIRA
DEM
MARINA SILVA PRP / PSB / PPL /
40 393.390 18,75% Não eleito
Vice-presidente: BETO PSL / PPS / PHS

429
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Presidente
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
ALBUQUERQUE
LUCIANA GENRO
50 PSOL 16.827 0,8% Não eleito
Vice-presidente: JORGE PAZ
PASTOR EVERALDO
20 Vice-presidente: LEONARDO PSC 12.101 0,58% Não eleito
GADELHA
EDUARDO JORGE
43 Vice-presidente: CÉLIA PV 7.784 0,37% Não eleito
SACRAMENTO
LEVY FIDELIX
28 Vice-presidente: CEL. JOSÉ PRTB 7.538 0,36% Não eleito
ALVES
ZÉ MARIA
16 Vice-presidente: CLAUDIA PSTU 1.070 0,05% Não eleito
DURANS
EYMAEL
27 Vice-presidente: ROBERTO PSDC 911 0,04% Não eleito
LOPES
MAURO IASI
21 Vice-presidente: SOFIA PCB 796 0,04% Não eleito
MANZANO
RUI COSTA PIMENTA
29 Vice-presidente: RICARDO PCO 247 0,01% Não eleito
MACHADO
Votos nulos 141.373
Votos brancos 95.337
Total apurado 2.334.522
Eleitorado 2.834.782
Abstenção 500.260 17,65%
Fonte: TSE/TRE/PB – 1º turno – Presidente da República/2014.

Legenda:
PC do B - Partido Comunista do Brasil
SD - Solidariedade
PP - Partido Progressista
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PSL - Partido Social Liberal
PHS - Partido Humanista da Solidariedade
PT - Partido dos Trabalhadores
PMN - Partido da Mobilização Nacional

430
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

PSD - Partido Social Democrático


PR - Partido da República
PPS - Partido Popular Socialista
PSC - Partido Social Cristão
PV - Partido Verde
PRB - Partido Republicano Brasileiro
PCB - Partido Comunista Brasileiro
PSOL - Partido Socialismo e Liberdade
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PRP - Partido Republicano Progressista
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PTC - Partido Trabalhista Cristão
PCO - Partido da Causa Operária
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PRTB - Partido Renovador Trabalhista Brasileiro
DEM - Democratas
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PTN - Partido Trabalhista Nacional
PEN - Partido Ecológico Nacional
PPL - Partido Pátria Livre
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
PROS - Partido Republicano da Ordem Social
PT do B - Partido Trabalhista do Brasil

É importante registrar a participação do paraibano Leonardo Gadelha como


candidato a vice presidente da República na chapa do presidenciável Pastor Everaldo, do
PSC.
Sabiamente o eleitorado apenas decidiu os dois nomes que deveriam ir para o
segundo turno em 26 de outubro de 2014. Assim sendo, a campanha eleitoral do segundo
turno presidencial se desenvolveu envolvendo debates, entrevistas, comícios, etc., em
rádio, televisão, nas redes sociais, carros de som, etc., levando-se em consideração de que
a política é um negócio como outro qualquer, inclusive corrobora com tal pensamento,
Kotler (1998), quando menciona que o marketing é a técnica de gestão que conduz e ou
leva os negócios para atingir padrão objetivo. É uma visão mercantilista visando vender
serviços e ou produtos, assim sendo as novas tecnologias da comunicação são ferramentas
imprescindíveis para todo e qualquer negócio, inclusive para a atividade política partidária.
É o que deduzimos, inclusive em termos de relações sociais, comerciais, políticas e
religiosas. Todos anunciam porque querem vender seus produtos e ou serviços.
Diante do contexto da historicidade eleitoral para qualquer cargo político em
qualquer parte do mundo, se observa que o candidato, ainda que por analogia, é
semelhante a um produto colocado a venda, tendo em vista os inúmeros clientes e/ou
eleitores, segundo nos informa Scotto (2003). Então é necessário que se faça em grande
escala a mídia do candidato, via o markenting, usando as novas tecnologias, para despertar
o interesse dos clientes e ou eleitores visando o sucesso e ou a vitória daquele produto e
ou candidato. Tem que haver divulgação do candidato e do seu perfil, pois, aquele negócio
pronto e acabado de se votar em um candidato por pertencer a essa e ou aquela ideologia,
já não tem grande aceitação tendo em vista as necessidades básicas do eleitorado, do tipo

431
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

políticas públicas de cunho coletivo. Não é por acaso que em todo tipo de campanha
política, comercial, empresarial, social, etc., aparece a figura do marqueteiro e ou seja,
aquele que vai ser o responsável pelo planejamento e divulgação na pequena e grande
mídia daquele produto, candidato e ou serviço. Assim sendo, é importante conhecer o
pensamento de Kotler e Keller (2006, p. 183-184), a respeito da administração de
markenting, ao considerar três teorias motivacionais em seus estudos. Vejamos tais
teorias: a) teoria da motivação de Herzberg, onde envolve os fatores que levam a
insatisfação (identificar para evitar o que leva a insatisfação) e a satisfação (para identificar
o que leva a satisfação; b) teoria da motivação de Freud, onde as forças psicológicas
moldam inconscientemente o comportamento das pessoas, como por exemplo, o fato de
uma pessoa chupar charuto, aversão adulta de chupar dedo e ou algo semelhante, dentre
outras hipóteses; c) teoria da motivação de Maslow, onde as necessidades pessoais são
organizadas hierarquicamente e/ou seja o que mais urgente e o que é menos urgente. E o
disse me disse cumpriu o calendário eleitoral em 2014, apesar da “enrolação”, da
“enganação” e ou do disse me disse dos candidatos, segundo o imaginário popular, e por
analogia, citado como “tal produto não presta é só marketing”, e ou “o candidato tal é fruto
do marketing”, conforme Zela (2002, p.1). A publicidade brasileira de produtos e serviços é
criativa, além de ser considerada como uma das melhores do mundo, segundo Cobra
(2003). O marketing é aplicado praticamente em todos os setores, dentre os quais no setor
político, levando-se em consideração sua própria história e ao desenvolvimento da
propaganda. É importante mencionar de que a propaganda política via a contratação de
empresa de markenting já foi usado em diversos países, dentre os quais podemos
mencionar: em 1956 na campanha presidencial dos Estados Unidos da América, conforme
Figueiredo (1994), diante de tais informações, os candidatos com índices negativos em
termos percentuais eleitorais, passam a agredir os adversários, seus concorrentes visando
melhores resultados na próxima aferição de resultados pré e eleitorais finais. É mito
popular de quem o pau que for pobre que se quebre. Isso é muito usado em nossos dias,
trata-se de propaganda desonesta em termos de concorrência, quem não tem defeito, o
adversário arranja e bota o defeito. É o vale tudo do período eleitoral, além das
conseqüências naturais de quando a campanha termina os processos na esfera judicial
continuam. A propaganda visa à divulgação do produto e ou serviço, serve de marco e ou
pontapé do antes e do durante, visando o futuro em termos de promessa eleitoral, por
exemplo. É assim que surge o spot e jingle, pequenos anúncios em fração de segundos nos
meios de comunicação, principalmente no rádio e na televisão, apresentando o bem e ou
mal que o candidato fulano de tal pretende fazer se eleito e ou que já fez a favor e ou
contra a coletividade. Tudo isso é tido pela opinião pública como propaganda que pode ser
enganosa e ou não. É daí que o povo deduz que ninguém sabe em quem acreditar, todos
tem a formula para resolver todos os problemas da comunidade, estão vendendo muitas
facilidades, então desse modo, quando a esmola é grande demais, até o santo deve
desconfiar, quanto mais o eleitorado. A imagem do candidato e seu programa e ou
promessa de concretização se for eleito, é massificado via a publicidade planejada por
empresas de propagandas. O marketing política do candidato deve ser planeja para
envolver o eleitorado em todos os sentidos. Quem não tem a atenção do eleitor não tem
como vender suas idéias em termos eleitorais, isso é análogo ao que pensa Rego (1985).
Somente a mídia pode tirar o candidato desconhecido do grande público do anonimato e
torná-lo acessível em suas idéias e projetos presentes e futuros, sem isso nada feito. É
caixão e vela preta. O eleitorado gosta de ser enganado, pelo menos em tese, com mídia
desencontrada quando vai comprar um produto, como por exemplo, uma roupa, um objeto

432
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

para sua casa e não é diferente para escolher em quem votar. O candidato no período pré
e eleitoral é uma mercadoria, um produto na visão macro da politicagem nacional e
internacional. Quem mentir mais tem mais condições de induzir o eleitor na hora de
escolher a mercadoria e ou o candidato que vai votar. A mercadoria e ou candidato
divulgado com planejamento é relativamente bem aceito pelo mercado de eleitores. A
política é um negócio como outro qualquer. A meta dominante na mídia de todo e qualquer
candidato é ser melhor e eficiente em relação aos demais. Nunca se concorda com a ideia
do outro concorrente, o eleitor não escolhe em quem votar diante de tal igualdade e sim
em decorrência da desigualdade de falar e agir. A mercadoria eleitor só vota se acreditar
na ideia da mercadoria candidato. Sem essa interação social de confiança, nada feito. Tem
profissionais em movimentos e ou campanhas eleitorais que afirmam que se ganha uma
eleição no dia da eleição, justamente porque quem defende tal tese, sabe que vai aliciar o
eleitorado com distribuição de dinheiro, mídia enganosa, boletins fofoqueiros, etc., então
pega o eleitorado despreparado livre de maldade. É o conto de que tudo foi feito e ou vai
ser feito, tanto é assim que a solução é a mercadoria e ou o candidato tal. Às vezes por
uma única palavra proferida em um debate leva o candidato a ser derrotado, basta haver
uma exploração de tal pensamento negativo e ou positivo em relação à comunidade
eleitora. A mídia está para o candidato assim como sangue para seu corpo. São as
qualidades e os defeitos do candidato e de seus adversários que pesam na hora da escolha
pelo eleitorado, conforme Manhanelli (1988, p. 70). O segundo turno da eleição para
presidente e vice da República aconteceu no dia 26 de outubro de 2014 e o eleitorado
paraibano assim decidiu:

Cargo: Presidente
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
DILMA PRB / PSD / PDT /
13 Vice-presidente: MICHEL PR / PC do B / PROS 1.380.988 64,26% Eleito
TEMER / PT / PP / PMDB
AÉCIO NEVES DEM / PT do B / SD
45 Vice-presidente: ALOYSIO / PTB / PSDB / PMN 767.916 35,74% Não eleito
NUNES FERREIRA / PEN / PTC / PTN
Votos nulos 132.050
Votos brancos 43.718
Total apurado 2.324.672
Eleitorado 2.834.880
Abstenção 510.208 18%

Fonte: TSE/TER/PB – Segundo Turno – Presidente/2014.

Legenda:
PR - Partido da República
PT do B - Partido Trabalhista do Brasil
PC do B - Partido Comunista do Brasil
SD - Solidariedade
PT - Partido dos Trabalhadores

433
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

PTB - Partido Trabalhista Brasileiro


PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PTN - Partido Trabalhista Nacional
PRB - Partido Republicano Brasileiro
PSD - Partido Social Democrático
DEM - Democratas
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PROS - Partido Republicano da Ordem Social
PP - Partido Progressista
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PTC - Partido Trabalhista Cristão
PEN - Partido Ecológico Nacional

É importante mencionar de que o disse me disse de ambas as partes refletem o


proselitismo dos programas sociais assistencialistas. O povo pobre votou com o estomago,
tendo em vista que foi o mote do primeiro e do segundo turno, com medo de perder tais
benefícios financiados através do pagamento de impostos diretos e indiretos pela classe
ativamente trabalhadora e usado como moeda de troca e ou de financiamento do
populismo oficial da candidata reeleita por mais quatro anos na presidência do país.
O nosso eleitorado em 5 de outubro de 2014, no primeiro turno votou assim para
governador da Paraíba:

Cargo: Governador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
SD / PPS / PTB /
CASSIO CUNHA LIMA PRB / PSD / PT do B
45 Vice-governador: RUY / PSDC / PSDB / PR 965.397 47,44% 2º turno
CARNEIRO / PTN / PEN / PMN /
PSC / PP
PRP / PHS / PPL /
RICARDO COUTINHO
PDT / PC do B / PV
40 Vice-governador: LÍGIA 937.009 46,05% 2º turno
/ PRTB / PT / DEM /
FELICIANO
PSB / PSL
VITAL
15 Vice-governador: ROBERTO PT / PMDB 106.162 5,22% Não eleito
PAULINO
MAJOR FÁBIO
90 Vice-governador: OLAVO PROS 14.910 0,73% Não eleito
FILHO
TÁRCIO
50 Vice-governador: MARCOS PSOL 8.849 0,43% Não eleito
DIAS
16 ANTONIO RADICAL PSTU 2.570 0,13% Não eleito

434
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Governador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Vice-governador: LENA
LEITE
Votos nulos 192.482
Votos brancos 107.143
Total apurado 2.334.522
Eleitorado 2.834.782
Abstenção 500.260 17,65%
Fonte: TSE/TRE/PB – Primeiro turno – Governador/2014

Legenda:
SD - Solidariedade
PRP - Partido Republicano Progressista
PHS - Partido Humanista da Solidariedade
PPL - Partido Pátria Livre
PV - Partido Verde
PR - Partido da República
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PSL - Partido Social Liberal
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PPS - Partido Popular Socialista
PRB - Partido Republicano Brasileiro
PT do B - Partido Trabalhista do Brasil
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PT - Partido dos Trabalhadores
DEM - Democratas
PSC - Partido Social Cristão
PP - Partido Progressista
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PSOL - Partido Socialismo e Liberdade
PRTB - Partido Renovador Trabalhista Brasileiro
PTN - Partido Trabalhista Nacional
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
PSD - Partido Social Democrático
PROS - Partido Republicano da Ordem Social
PEN - Partido Ecológico Nacional
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro.

Assim sendo, a campanha política de 2014 para todos os cargos de


presidente da República a deputado estadual, em si teve diversos eventos marcantes,

435
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

dentre os quais debates em rádio e televisão, além da distribuição de santinhos e boletins


informativos conclamando o eleitorado pela preferência de seus nomes. Sem deixar de lado
os valores da sociedade da ideologia dominante, envolvendo direta e indiretamente tal
ritual, algo parecido ainda que por analogia aos ensinamentos de DaMatta (1997), onde
cada candidato tem sua sigla, número e cores partidárias, que constituíram seus símbolos
de identificação e ou bandeiras de lutas. Tem um ditado popular que afirma que quem quer
pegar a galinha não faz show, pegando o gancho dessa variável, foram muitos os
encontros do olho no olho dos candidatos e os eleitores aos cargos eletivos disputados
através do voto livre e democrático, almoços, jantares, caronas, visitas domiciliares,
comícios, favores pessoais, promessas para o futuro, festas, casamentos, enterros, visitas a
hospitais, etc., em tudo isso envolve crédito e débito eleitoral indecifrável, tudo isso faz
parte da metodologia de se fazer política. Tudo isso faz parte do marketing político que
representa o imaginário nacional brasileiro, como algo mágico, onde tudo é possível na
visão dos marqueteiros para adequar ao perfil do candidato a determinado cargo eletivo
(FIGUEIRERO, 1997, p. 3). Diante da força pessoal dos candidatos ao Palácio da Redenção
e da orientação de seus marqueteiros e das pesquisas quase diárias, que o eleitorado da
Paraíba em seu silêncio e na capacidade de julgar assim decidiu aquele pleito
governamental estadual no segundo turno realizado em 26 de outubro de 2014:

Cargo: Governador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PV / DEM / PPL /
RICARDO COUTINHO
PSL / PC do B / PHS
40 Vice-governador: LÍGIA 1.125.956 52,61% Eleito
/ PRTB / PDT / PT /
FELICIANO
PSB / PRP
PSD / PR / PSDC /
CASSIO CUNHA LIMA PEN / PRB / PMN /
45 Vice-governador: RUY PTB / PTN / PP / SD 1.014.393 47,39% Não eleito
CARNEIRO / PPS / PSC / PSDB
/ PT do B
Votos nulos 141.228
Votos brancos 43.095
Total apurado 2.324.672
Eleitorado 2.834.880
Abstenção 510.208 18%
Fonte: TSE/TRE/PB – Segundo turno – Governador/2014.

Legenda:
PSD - Partido Social Democrático
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PR - Partido da República
PHS - Partido Humanista da Solidariedade
PRTB - Partido Renovador Trabalhista Brasileiro
PDT - Partido Democrático Trabalhista

436
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

PEN - Partido Ecológico Nacional


PRB - Partido Republicano Brasileiro
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PRP - Partido Republicano Progressista
PV - Partido Verde
DEM - Democratas
PPL - Partido Pátria Livre
PSL - Partido Social Liberal
PTN - Partido Trabalhista Nacional
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PP - Partido Progressista
PT - Partido dos Trabalhadores
PPS - Partido Popular Socialista
SD - Solidariedade
PSC - Partido Social Cristão
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PT do B - Partido Trabalhista do Brasil

A sabedoria popular nos ensina que ninguém tem a formula certa para saber o que o
eleitorado quer fazer no ato de votar, tanto é assim, que no primeiro turno da eleição de
governador/2014 o preferido do eleitorado em termos percentuais foi o candidato Cássio
Cunha Lima, que obteve os resultados 47,44% dos votos válidos contra 46,05% dos votos
válidos de Ricardo Coutinho. Vitória parcial, assim sendo, no segundo turno, o mesmo
eleitorado optou por Ricardo Coutinho, que obteve 52,61% dos votos válidos, enquanto
Cássio Cunha Lima, obteve 47,39% dos votos válidos. Daí se tira a lição de que no segundo
turno o candidato da oposição decresceu 0,05% dos votos válidos que obteve no primeiro
turno. Por analogia, "um candidato consegue se eleger quando possui o dom de persuasão
e convence um bom número de pessoas de que suas aspirações coincidem com as do
povo. O marketing político não ganha eleições, ajuda a quem tem condições de fazê-lo a
chegar lá", conforme a visão de Manhanelli (1988, p. 70). Em Santa Rita, o eleitorado
concedeu maioria no primeiro e no segundo turno ao Ricardo Coutinho, assim como optou
em ambas as eleições pela presidenta Dilma Rousseff.
O primeiro turno realizado em 5 de outubro de 2014, também escolheu quem iria
ocupar a cadeira única de senador para representar o Estado da Paraíba no Senado
Federal. Durante a campanha política aconteceu o confronto entre o velho e o novo, saindo
vitorioso o velho que obteve 37,12% dos votos válidos depositados em favor de José
Maranhão/PMDB, contra 29,93% dos votos válidos sufragados no nome de Lucélio
Cartaxo/PT, bem como constatamos que candidato Wilson Santiago/PTB, obteve 29,02%
dos votos válidos. Entendemos assim que a historicidade das acomodações políticas
eleitorais para o senado na Paraíba em 2014, dividiu o velho e novo entre os três principais
candidatos e suas mídias nos programas eleitorais. Saiu vitorioso o velho contra dois novos
que somados os percentuais totalizam 58,95% dos votos válidos no referido pleito.
Portanto, a vitória de José Maranhão, representa o reconhecimento público da maioria
individual diante de tal divisão de tais lideranças. Tudo isso é fruto da opinião pública e da
periodicidade das eleições no regime democrático contemporâneo no dizer Miguel (2004).

437
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Segue a transcrição do resultado final da eleição realizada em 5 de novembro de 2014 para


senador:

Cargo: Senador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
JOSE MARANHÃO
1º Suplente: NILDA GONDIM
155 PT / PMDB 647.271 37,12% Eleito
2º Suplente: ROOSEVELT
VITA
LUCÉLIO CARTAXO
1º Suplente: BENILTON
133 LUCENA PT / PMDB 521.938 29,93% Não eleito
2º Suplente: LENILDO
MORAIS
PSDB / PPS / PMN
WILSON SANTIAGO
/ PTB / PT do B /
1º Suplente: LUCIANO AGRA
145 PR / PTN / PP / SD 506.093 29,02% Não eleito
2º Suplente: JÚNIOR
/ PSDC / PSC /
EVANGELISTA
PEN / PSD / PRB
PROFESSORA LEILA
1º Suplente: SARGENTO
900 PROS 44.627 2,56% Não eleito
LINDINALVA FARIAS
2º Suplente: ZINHO
NELSON JÚNIOR
1º Suplente: FABIANO
500 PSOL 11.502 0,66% Não eleito
GALDINO
2º Suplente: ALÉCIO COSTA
WALTER BRITO
1º Suplente: VALBERTO
VITORIANO
360 PTC 11.063 0,63% Não eleito
1º Suplente: MARCUS
AZEVEDO
2º Suplente: PASTOR GIL
RAMA DANTAS
1º Suplente: VERA LÚCIA
161 2º Suplente: MARCELINO PSTU 1.461 0,08% Não eleito
RODRIGUES
2º Suplente: TANQUE
Votos nulos 325.589
Votos brancos 264.978
Total apurado 2.334.522
Eleitorado 2.834.782

438
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Senador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Abstenção 500.260 17,65%
Fonte: TSE/TRE/PB – Senador / 2014.

Legenda:
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PPS - Partido Popular Socialista
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PT do B - Partido Trabalhista do Brasil
PR - Partido da República
PTC - Partido Trabalhista Cristão
PTN - Partido Trabalhista Nacional
PP - Partido Progressista
PSOL - Partido Socialismo e Liberdade
SD - Solidariedade
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PROS - Partido Republicano da Ordem Social
PEN - Partido Ecológico Nacional
PSC - Partido Social Cristão
PT - Partido dos Trabalhadores
PSD - Partido Social Democrático
PRB - Partido Republicano Brasileiro
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro

Não temos dúvida de que toda e qualquer atividade lícita em torno do nome do
candidato e de seu partido é campanha política, além de legal é a principal mídia e ou
ferramenta de comunicação política, conforme Gomes (2001). O trabalho dos partidos e
suas coligações nos termos da lei é o caminho para encaminhar todas as discussões do
passando e do presente histórico, visando o futuro da sociedade e suas transformações. É
a leitura simplista que se faz do resultado eleitoral para senador em 2014 na Paraíba.
Não temos dúvida de que dentre os muitos problemas que se apresentam durante
uma campanha eleitoral se encontra o de estudar e determinar o comportamento dos
eleitores. Assim sendo, os candidatos devem ser auxiliados por bons marqueteiros e
cientistas políticos na hora da onça beber água. Podemos afirmar de que existem três
grandes leis fundamentais que posicionam o eleitorado brasileiro, segundo trabalhos
realizados para saber tal perfil. As leis são as seguintes: a) Lei da Indiferença, entendida de
que todos os candidatos calçam quarenta na hora entra na cabine eleitoral. Esse tipo de
eleitor esquece os nomes dos candidatos, seus partidos e números de identificação
eleitoral. Dar branco geral. No tempo em que as urnas não eram eletrônicas, o eleitor
escrevia palavrões xingando os candidatos e votava em pessoas do povo: Vassoura, Pedro
Buraco, macaco Tião, Caixa D’Água, Mocidade, dentre outras figuras locais, regionais e
nacionais, que não eram nem se quer candidatos. É indiferente votar nesse e ou naquele
candidato e ponto final, segundo tal visão de cidadania; b) Lei da Procrastinação e/ou seja,

439
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

o eleitor com esse perfil adia o tempo todo sem tomar uma decisão em quem vai votar,
pelo sim e ou pelo não deixa tudo para o último segundo antes de entrar na cabine
eleitoral para votar. Isso faz parte do eleitorado indeciso, apesar disso, se sabe que
aproximadamente 90% dos eleitores que entram na cabine eleitoral já tem candidato
escolhido para votar. Assim se deduz que 10% do eleitorado são indecisos e ou
procrastinadores até no momento exato de votar o que faz com que determinadas eleições
fiquem disputadas e ou acirradas no voto a voto e no corpo a corpo do principio ao fim do
período eleitoral. O procrastinador em qualquer tipo de atividade, em sua essência tem
problemas emocionais, assim sendo “a maioria de nós começa o dia procrastinando, ao
apertar aquele botão do despertador que permite ficarmos na cama por mais cinco
minutinhos”, segundo Ferrari Junior (2005), dentre inúmeros outros exemplos; c) Lei da
Efemeridade e ou onde as idéias e ou objetivos da sociedade como um tudo, passa a
conviver com um tipo de vida determinada pela ecologia, corrupção, violência urbana e ou
rural, dentre outras tipologias de defensores: da educação, do emprego, dos programas
sociais e assistencialistas, da segurança pública, etc. Desse modo, se um candidato procura
defender uma bandeira, objetivo e ou tese que a sociedade não tem mais interesse, ele
possivelmente não sairá vitorioso em suas pretensões por falta de eleitores adeptos de tais
idéias, levando em consideração de que o voto é influenciado necessariamente pelos
elementos: ideológico, político e eleitoral, segundo Scotto (2003). É uma regra geral dos
partidos políticos de qualquer escola e ou padrão ideológico, ganhar o poder (BARRY,
1965).
Assim sendo, o eleitorado paraibano em 5 de outubro de 2014, escolheu através do
voto secreto e democrático, pelo menos em tese, mesmo diante de todo o tipo de manobra
ideológica os seus deputados federais, conforme os seguintes resultados gerais:

Cargo: Deputado Federal


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PTB / PRB / PP /
PTN / PSC / SD / PT
Eleito por
4510 PEDRO CUNHA LIMA do B / PR / PSDC / 179.886 9,29%
QP
PSDB / PSD / PMN /
PPS / PEN
Eleito por
1510 VENEZIANO PMDB / PT 177.680 9,17%
QP
PTB / PRB / PP /
PTN / PSC / SD / PT
Eleito por
1111 AGUINALDO RIBEIRO do B / PR / PSDC / 161.999 8,36%
QP
PSDB / PSD / PMN /
PPS / PEN
Eleito por
1522 HUGO PMDB / PT 123.686 6,39%
QP
Eleito por
1515 MANOEL JUNIOR PMDB / PT 105.693 5,46%
média
2222 WELLINGTON ROBERTO PTB / PRB / PP / 104.799 5,41% Eleito por

440
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Federal


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PTN / PSC / SD / PT QP
do B / PR / PSDC /
PSDB / PSD / PMN /
PPS / PEN
PRP / PSL / PPL /
PV / PSB / DEM / Eleito por
2511 EFRAIM FILHO 103.477 5,34%
PRTB / PT / PC do B QP
/ PHS / PDT
PTB / PRB / PP /
PTN / PSC / SD / PT
Eleito por
1411 WILSON FILHO do B / PR / PSDC / 95.746 4,94%
QP
PSDB / PSD / PMN /
PPS / PEN
PTB / PRB / PP /
PTN / PSC / SD / PT
Eleito por
5555 RÔMULO GOUVEIA do B / PR / PSDC / 84.820 4,38%
QP
PSDB / PSD / PMN /
PPS / PEN
PRP / PSL / PPL /
PV / PSB / DEM / Eleito por
1345 LUIZ COUTO 69.922 3,61%
PRTB / PT / PC do B QP
/ PHS / PDT
PRP / PSL / PPL /
PV / PSB / DEM / Eleito por
1212 DR. DAMIÃO 67.558 3,49%
PRTB / PT / PC do B média
/ PHS / PDT
PTB / PRB / PP /
PTN / PSC / SD / PT
Eleito por
7777 BENJAMIN MARANHÃO do B / PR / PSDC / 63.433 3,28%
média
PSDB / PSD / PMN /
PPS / PEN
PTB / PRB / PP /
PTN / PSC / SD / PT
2020 MARCONDES GADELHA do B / PR / PSDC / 60.435 3,12% Suplente
PSDB / PSD / PMN /
PPS / PEN
PRP / PSL / PPL /
PV / PSB / DEM /
4040 EDVALDO ROSAS 50.171 2,59% Suplente
PRTB / PT / PC do B
/ PHS / PDT
5000 GOBIRA PSOL 48.157 2,49% Não eleito

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Federal


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PTB / PRB / PP /
PTN / PSC / SD / PT
1010 BISPO JOSÉ LUIZ do B / PR / PSDC / 30.044 1,55% Suplente
PSDB / PSD / PMN /
PPS / PEN
PTB / PRB / PP /
PTN / PSC / SD / PT
4545 DR. EMERSON PANTA do B / PR / PSDC / 25.149 1,3% Suplente
PSDB / PSD / PMN /
PPS / PEN
PTB / PRB / PP /
PTN / PSC / SD / PT
MARCO ANTONIO NEGRÃO
1919 do B / PR / PSDC / 24.603 1,27% Suplente
ABENÇOADO
PSDB / PSD / PMN /
PPS / PEN
PRP / PSL / PPL /
PV / PSB / DEM /
1333 ODON BEZERRA 22.253 1,15% Suplente
PRTB / PT / PC do B
/ PHS / PDT
PRP / PSL / PPL /
PV / PSB / DEM /
4016 ZEZINHO BOTAFOGO 19.768 1,02% Suplente
PRTB / PT / PC do B
/ PHS / PDT
PTB / PRB / PP /
PTN / PSC / SD / PT
7000 ISAAC VENERANDO do B / PR / PSDC / 14.650 0,76% Suplente
PSDB / PSD / PMN /
PPS / PEN
PRP / PSL / PPL /
PV / PSB / DEM /
1300 BIRA 12.258 0,63% Suplente
PRTB / PT / PC do B
/ PHS / PDT
PRP / PSL / PPL /
PV / PSB / DEM /
4010 EVALDO COSTA 11.141 0,58% Suplente
PRTB / PT / PC do B
/ PHS / PDT
PRP / PSL / PPL /
PV / PSB / DEM /
1234 BETO MEIRELES 9.352 0,48% Suplente
PRTB / PT / PC do B
/ PHS / PDT
5050 RENAN PALMEIRA PSOL 8.240 0,43% Não eleito

442
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Federal


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PTB / PRB / PP /
PTN / PSC / SD / PT
1112 FERNANDO BORGES do B / PR / PSDC / 7.360 0,38% Suplente
PSDB / PSD / PMN /
PPS / PEN
PRP / PSL / PPL /
PV / PSB / DEM /
2828 PASTOR GILVAN COSTA 6.701 0,35% Suplente
PRTB / PT / PC do B
/ PHS / PDT
1555 ANDRÉ AMARAL PMDB / PT 6.552 0,34% Suplente
PRP / PSL / PPL /
PV / PSB / DEM /
1700 MICHELLE ARAUJO 5.721 0,3% Suplente
PRTB / PT / PC do B
/ PHS / PDT
PRP / PSL / PPL /
PV / PSB / DEM /
3131 ALVARO GAUDENCIO NETO 5.715 0,3% Suplente
PRTB / PT / PC do B
/ PHS / PDT
PTB / PRB / PP /
PTN / PSC / SD / PT
4522 IRAÊ LUCENA do B / PR / PSDC / 5.353 0,28% Suplente
PSDB / PSD / PMN /
PPS / PEN
PRP / PSL / PPL /
PV / PSB / DEM /
6565 PERCIVAL 3.474 0,18% Suplente
PRTB / PT / PC do B
/ PHS / PDT
PTB / PRB / PP /
PTN / PSC / SD / PT
1000 MAJOR FRANCIMAR do B / PR / PSDC / 3.453 0,18% Suplente
PSDB / PSD / PMN /
PPS / PEN
9009 SARGENTO XAVIER PROS 3.162 0,16% Não eleito
PTB / PRB / PP /
PTN / PSC / SD / PT
2345 ASSIS do B / PR / PSDC / 3.125 0,16% Suplente
PSDB / PSD / PMN /
PPS / PEN
PRP / PSL / PPL /
4023 VITAL FARIAS PV / PSB / DEM / 2.953 0,15% Suplente
PRTB / PT / PC do B

443
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Federal


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
/ PHS / PDT
PRP / PSL / PPL /
PV / PSB / DEM /
4011 ZÉ LACERDA 2.892 0,15% Suplente
PRTB / PT / PC do B
/ PHS / PDT
PRP / PSL / PPL /
PV / PSB / DEM /
4004 ROBERTO BURITY 2.540 0,13% Suplente
PRTB / PT / PC do B
/ PHS / PDT
PRP / PSL / PPL /
PV / PSB / DEM /
1323 PE.JUNIOR 2.424 0,13% Suplente
PRTB / PT / PC do B
/ PHS / PDT
PRP / PSL / PPL /
PV / PSB / DEM /
2888 FERNANDO ANTONIO 2.306 0,12% Suplente
PRTB / PT / PC do B
/ PHS / PDT
PTB / PRB / PP /
PTN / PSC / SD / PT
1477 WALTER BRITO NETO do B / PR / PSDC / 2.299 0,12% Suplente
PSDB / PSD / PMN /
PPS / PEN
1500 ELVIS PMDB / PT 2.111 0,11% Suplente
PRP / PSL / PPL /
PV / PSB / DEM /
4456 JOSEMY COSTA, MI 2.070 0,11% Suplente
PRTB / PT / PC do B
/ PHS / PDT
PRP / PSL / PPL /
PV / PSB / DEM /
4343 SARGENTO DENIS 1.705 0,09% Suplente
PRTB / PT / PC do B
/ PHS / PDT
5014 JOSÉ SILVA PSOL 1.698 0,09% Não eleito
PTB / PRB / PP /
PTN / PSC / SD / PT
1910 JUNIO SOM do B / PR / PSDC / 1.531 0,08% Suplente
PSDB / PSD / PMN /
PPS / PEN
PRP / PSL / PPL /
MC VAVÁ O AMIGO DO PV / PSB / DEM /
5477 1.492 0,08% Suplente
TRÂNSITO PRTB / PT / PC do B
/ PHS / PDT

444
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Federal


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PTB / PRB / PP /
PTN / PSC / SD / PT
3344 MARABA do B / PR / PSDC / 1.405 0,07% Suplente
PSDB / PSD / PMN /
PPS / PEN
PTB / PRB / PP /
PTN / PSC / SD / PT
3345 BALA BARBOSA do B / PR / PSDC / 1.365 0,07% Suplente
PSDB / PSD / PMN /
PPS / PEN
PTB / PRB / PP /
PTN / PSC / SD / PT
4515 VIEGAS do B / PR / PSDC / 1.345 0,07% Suplente
PSDB / PSD / PMN /
PPS / PEN
PTB / PRB / PP /
PTN / PSC / SD / PT
3333 IVANILDO DUNGA do B / PR / PSDC / 1.315 0,07% Suplente
PSDB / PSD / PMN /
PPS / PEN
1511 AUXI SILVEIRA PMDB / PT 1.070 0,06% Suplente
PRP / PSL / PPL /
PV / PSB / DEM /
4322 PROFESSOR WASHINGTON 1.068 0,06% Suplente
PRTB / PT / PC do B
/ PHS / PDT
PTB / PRB / PP /
PTN / PSC / SD / PT
1444 VALERIA BEZERRA do B / PR / PSDC / 1.025 0,05% Suplente
PSDB / PSD / PMN /
PPS / PEN
PRP / PSL / PPL /
PV / PSB / DEM /
4377 WALESKA CABRAL 992 0,05% Suplente
PRTB / PT / PC do B
/ PHS / PDT
SARGENTO MARCOS
9049 PROS 991 0,05% Não eleito
CARDOSO
PTB / PRB / PP /
PTN / PSC / SD / PT
1122 ELENILDO GOMES do B / PR / PSDC / 976 0,05% Suplente
PSDB / PSD / PMN /
PPS / PEN

445
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Federal


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
9090 CABO JOSIELE PROS 967 0,05% Não eleito
PTB / PRB / PP /
PTN / PSC / SD / PT
1415 JOSINATO GOMES do B / PR / PSDC / 950 0,05% Suplente
PSDB / PSD / PMN /
PPS / PEN
PRP / PSL / PPL /
PV / PSB / DEM /
1311 RICARDO AGRA 878 0,05% Suplente
PRTB / PT / PC do B
/ PHS / PDT
2929 CAMILO SOBREIRA DUARTE PCO 699 0,04% Não eleito
PTB / PRB / PP /
PTN / PSC / SD / PT
2777 SIDNEY LIMA do B / PR / PSDC / 665 0,03% Suplente
PSDB / PSD / PMN /
PPS / PEN
PTB / PRB / PP /
PTN / PSC / SD / PT
5533 DR. ERÁCLITO do B / PR / PSDC / 562 0,03% Suplente
PSDB / PSD / PMN /
PPS / PEN
PTB / PRB / PP /
PTN / PSC / SD / PT
4555 EDIRCE do B / PR / PSDC / 526 0,03% Suplente
PSDB / PSD / PMN /
PPS / PEN
9010 SANTIAGO PROS 464 0,02% Não eleito
5005 SÍLVIO CALAÇO PSOL 462 0,02% Não eleito
5033 DANIEL PINTOR PSOL 448 0,02% Não eleito
1533 JAQUELINE BARBOSA PMDB / PT 343 0,02% Suplente
PTB / PRB / PP /
PTN / PSC / SD / PT
5510 MARIA PARAÍBA do B / PR / PSDC / 327 0,02% Suplente
PSDB / PSD / PMN /
PPS / PEN
PRP / PSL / PPL /
PV / PSB / DEM /
4440 FLAVIO MENEZES 322 0,02% Suplente
PRTB / PT / PC do B
/ PHS / PDT
1414 WILLIAM SANTIAGO PTB / PRB / PP / 321 0,02% Suplente

446
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Federal


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PTN / PSC / SD / PT
do B / PR / PSDC /
PSDB / PSD / PMN /
PPS / PEN
PRP / PSL / PPL /
PV / PSB / DEM /
3100 PATRICIA TECKCEL 297 0,02% Suplente
PRTB / PT / PC do B
/ PHS / PDT
PTB / PRB / PP /
PTN / PSC / SD / PT
1445 CLARIANA do B / PR / PSDC / 230 0,01% Suplente
PSDB / PSD / PMN /
PPS / PEN
PRP / PSL / PPL /
PV / PSB / DEM /
2880 MICHELLY FEIJÓ 228 0,01% Suplente
PRTB / PT / PC do B
/ PHS / PDT
3699 ALBERTO MAGNO PTC 182 0,01% Não eleito
1525 CARMÉN CAVALCANTI PMDB / PT 154 0,01% Suplente
9011 ANA MARIA PROS 141 0,01% Não eleito
9032 ELAINE PROS 109 0,01% Não eleito
PTB / PRB / PP /
PTN / PSC / SD / PT
1452 SUELY SANTIAGO do B / PR / PSDC / 104 0,01% Suplente
PSDB / PSD / PMN /
PPS / PEN
PRP / PSL / PPL /
PV / PSB / DEM /
4404 VALERIA 95 0% Suplente
PRTB / PT / PC do B
/ PHS / PDT
5001 JANETE GUEDES PSOL 95 0% Não eleito
5024 LILIAN PALMEIRA PSOL 87 0% Não eleito
PRP / PSL / PPL /
PV / PSB / DEM /
2539 BENÉ SIQUEIRA 83 0% Suplente
PRTB / PT / PC do B
/ PHS / PDT
PRP / PSL / PPL /
PV / PSB / DEM /
1301 MARIA DAS GRAÇAS 59 0% Suplente
PRTB / PT / PC do B
/ PHS / PDT

447
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Federal


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
5019 MARTA PSOL 45 0% Não eleito
PTB / PRB / PP /
PTN / PSC / SD / PT
1199 NELMA MENDONÇA do B / PR / PSDC / 42 0% Suplente
PSDB / PSD / PMN /
PPS / PEN
PRP / PSL / PPL /
PV / PSB / DEM /
4405 TAINA 38 0% Suplente
PRTB / PT / PC do B
/ PHS / PDT
PTB / PRB / PP /
PTN / PSC / SD / PT
7013 DALVA do B / PR / PSDC / 30 0% Suplente
PSDB / PSD / PMN /
PPS / PEN
PTB / PRB / PP /
PTN / PSC / SD / PT
1407 EVA VILMA do B / PR / PSDC / 29 0% Suplente
PSDB / PSD / PMN /
PPS / PEN
PTB / PRB / PP /
PTN / PSC / SD / PT
7001 MÁRCIA do B / PR / PSDC / 21 0% Suplente
PSDB / PSD / PMN /
PPS / PEN
PRP / PSL / PPL /
PV / PSB / DEM /
1314 DR. JAVA 0 0% Não eleito
PRTB / PT / PC do B
/ PHS / PDT
PRP / PSL / PPL /
PV / PSB / DEM /
2820 TITELA 0 0% Não eleito
PRTB / PT / PC do B
/ PHS / PDT
PRP / PSL / PPL /
PV / PSB / DEM /
2899 CARLOS SILVA 0 0% Não eleito
PRTB / PT / PC do B
/ PHS / PDT
PRP / PSL / PPL /
PV / PSB / DEM /
4344 ADAILTO BARROS 0 0% Não eleito
PRTB / PT / PC do B
/ PHS / PDT

448
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Federal


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PRP / PSL / PPL /
JONATHAS ARRUDA DE PV / PSB / DEM /
5400 0 0% Não eleito
ALBUQUERQUE PRTB / PT / PC do B
/ PHS / PDT
PRP / PSL / PPL /
PV / PSB / DEM /
5444 BIOLOGO HONORATO 0 0% Não eleito
PRTB / PT / PC do B
/ PHS / PDT
Legenda do PSDB 28.779 1,49%
Legenda do PT 25.179 1,3%
Legenda do PMDB 24.442 1,26%
Legenda do PSB 16.840 0,87%
Legenda do PTB 15.843 0,82%
Legenda do PDT 7.848 0,41%
Legenda do PP 5.322 0,27%
Legenda do PEN 4.498 0,23%
Legenda do DEM 4.058 0,21%
Legenda do PSC 3.583 0,18%
Legenda do PRB 3.395 0,18%
Legenda do PSD 3.010 0,16%
Legenda do PR 2.726 0,14%
Legenda do PSL 1.920 0,1%
Legenda do PPS 1.721 0,09%
Legenda do PSOL 1.678 0,09%
Legenda do PRP 1.672 0,09%
Legenda do PROS 1.557 0,08%
Legenda do PTN 1.433 0,07%
Legenda do PC do B 1.334 0,07%
Legenda do PPL 1.214 0,06%
Legenda do SD 1.046 0,05%
Legenda do PT do B 835 0,04%
Legenda do PV 780 0,04%
Legenda do PMN 688 0,04%
Legenda do PHS 668 0,03%
Legenda do PTC 610 0,03%
Legenda do PRTB 599 0,03%

449
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Federal


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Legenda do PSDC 277 0,01%
Legenda do PCO 152 0,01%
Votos brancos 245.880
Votos nulos 151.823
Total apurado 2.334.522
Eleitorado 2.834.782
Abstenção 500.260 17,65%
Fonte: TSE/TRE/PB – Deputados Federais/2015

Legenda:
PRP - Partido Republicano Progressista
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PRB - Partido Republicano Brasileiro
DEM - Democratas
PRTB - Partido Renovador Trabalhista Brasileiro
PP - Partido Progressista
SD - Solidariedade
PSOL - Partido Socialismo e Liberdade
PROS - Partido Republicano da Ordem Social
PTC - Partido Trabalhista Cristão
PR - Partido da República
PT do B - Partido Trabalhista do Brasil
PSD - Partido Social Democrático
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PHS - Partido Humanista da Solidariedade
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PPL - Partido Pátria Livre
PT - Partido dos Trabalhadores
PSC - Partido Social Cristão
PTN - Partido Trabalhista Nacional
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PSL - Partido Social Liberal
PCO - Partido da Causa Operária
PV - Partido Verde
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PPS - Partido Popular Socialista
PEN - Partido Ecológico Nacional

450
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Dentre todos os candidatos a baixa câmara em Brasília estava o médico Emerson


Panta/PSBD, que obteve 1,3% dos votos apurados e ficou como suplente; o operário José
da Silva/PSOL, que obteve 0,09% dos votos apurados e não foi eleito; MC.Vavá o amigo do
trânsito/PRP, que obteve o,o8% dos votos e ficou suplente. Assim sendo mais uma vez
Santa Rita ficou sem ter um só deputado federal, mesmo tendo mais de noventa mil
eleitores. Em temos de Paraíba verificaram-se 17,65%, correspondente a 500.260
abstenções; 151.823 votos nulos e 245.880 votos brancos, o que se deduz a falta de
identificação do eleitorado com tais candidatos e bem assim com seus reais problemas
relacionados às políticas públicas nacionais, estaduais e municipais.
Infelizmente o pensamento político do eleitorado brasileiro ainda não é ideológico, o
voto é assim desvalorizado, tem gente que vota porque o candidato é bonito, outro porque
o candidato fala bem, outro vota porque recebeu um milheiro de tijolos em véspera da
eleição, isso significa dizer que nossa gente tem tendência natural, a votar na modalidade
jeitinho brasileiro, onde tudo deve ter uma ajudinha para isso e ou para aquilo, aqui as
políticas públicas são confundidas como moeda de troca por voto. Isso nos tem custado
muito caro, por menos do que isso em 1964, o Brasil ingressou no regime ditatorial militar
por aproximadamente vinte e cinco longos anos de desrespeito aos direitos humanos e ao
direito do povo escolher em sua plenitude seus governantes: presidente da república,
governadores dos estados e prefeitos das capitais e dos municípios considerados de
segurança nacional e ou estâncias hidrominerais. Assim sendo, o eleitorado sente a
necessidade precípua do poder público nas três esferas de governos no tocante a políticas
públicas reais. Diante de tais necessidades o proselitismo, enquanto ideologia da
enganação representa um grande campo que vem sendo explorado em cada eleição no
país, não obstante “o declínio da relevância dos partidos em campanhas eleitorais é um
fenômeno universal causado por uma transformação no ambiente midiático, por uma
redução no percentual de identificação partidária no eleitorado e pelo aumento na afluência
de consultores políticos externos às operações gerenciais e estratégicas, antes conduzidas
pelos próprios partidos, mas hoje em dia mais e mais delegadas a profissionais de
campanha externos altamente especializados”, segundo Plasser (2001, p. 48-49). Tem
origem aí o marketeiro, que faz milagre nas mídias em termos de propagada eleitoral que
leva o eleitorado a exaustão e ou ilação em termos de enganação para que o candidato
fulano de tal seja o salvador da pátria e via tal induzimento saia vitorioso das urnas.
Apenas a titulo de analogia ao real comportamento dos candidatos, de seus partidos e da
evolução histórica e social do eleitorado paraibano, em 5 de outubro de 2014, para
deputado estadual na Paraíba o eleitorado em suas emoções assim decidiu:

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Eleito por
55555 MANOEL LUDGERIO PSD / PSC 50.107 2,49%
QP
PP / PEN / PSDB / Eleito por
11111 DANIELLA RIBEIRO 46.938 2,34%
PR / PTB QP
PDT / PSB / DEM / Eleito por
25000 JOÃO HENRIQUE 45.178 2,25%
PRP / PRTB QP
51456 RICARDO MARCELO PP / PEN / PSDB / 45.061 2,24% Eleito por

451
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PR / PTB QP
PP / PEN / PSDB / Eleito por
51789 EDMILSON SOARES 42.620 2,12%
PR / PTB QP
PDT / PSB / DEM / Eleito por
40444 ADRIANO GALDINO 40.609 2,02%
PRP / PRTB QP
Eleito por
15221 NABOR PMDB / PT 40.138 2%
QP
PP / PEN / PSDB / Eleito por
51666 JOSÉ ALDEMIR 39.310 1,96%
PR / PTB QP
PP / PEN / PSDB / Eleito por
45245 DINALDINHO 38.963 1,94%
PR / PTB QP
PP / PEN / PSDB / Eleito por
14369 DODA DE TIÃO 37.231 1,85%
PR / PTB QP
Eleito por
20147 ARNALDO MONTEIRO PSD / PSC 36.864 1,83%
QP
PMN / PRB / PTN /
Eleito por
10123 JUTAY MENESES PSDC / SD / PT do 35.415 1,76%
QP
B / PPS
Eleito por
15151 RANIERY PAULINO PMDB / PT 35.007 1,74%
QP
PDT / PSB / DEM / Eleito por
40000 ESTELA BEZERRA 34.929 1,74%
PRP / PRTB QP
Eleito por
15199 GERVASIO MAIA PMDB / PT 34.795 1,73%
QP
Eleito por
55655 JOÃO GONÇALVES PSD / PSC 34.059 1,69%
QP
PP / PEN / PSDB / Eleito por
45222 BRUNO CUNHA LIMA 34.054 1,69%
PR / PTB QP
PP / PEN / PSDB / Eleito por
11222 GALEGO SOUSA 33.971 1,69%
PR / PTB QP
PDT / PSB / DEM / Eleito por
25111 LINDOLFO PIRES 33.717 1,68%
PRP / PRTB QP
PDT / PSB / DEM / Eleito por
40222 RICARDO BARBOSA 32.892 1,64%
PRP / PRTB QP
PP / PEN / PSDB / Eleito por
51888 BRANCO MENDES 32.848 1,63%
PR / PTB QP
PP / PEN / PSDB / Eleito por
45123 CAMILA TOSCANO 32.682 1,63%
PR / PTB QP
17123 TIAO GOMES PV / PSL / PPL / PC 30.974 1,54% Eleito por

452
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
do B / PHS QP
PP / PEN / PSDB / Eleito por
45100 TOVAR 30.670 1,53%
PR / PTB QP
PDT / PSB / DEM / Eleito por
40789 BUBA GERMANO 29.586 1,47%
PRP / PRTB QP
PP / PEN / PSDB / Eleito por
22222 CAIO 29.576 1,47%
PR / PTB média
Eleito por
20120 DR. RENATO GADELHA PSD / PSC 26.594 1,32%
QP
Eleito por
13000 ANÍSIO MAIA PMDB / PT 25.905 1,29%
QP
20112 BATINGA PSD / PSC 25.847 1,29% Suplente
PP / PEN / PSDB /
45444 ANTÔNIO MINERAL 25.550 1,27% Suplente
PR / PTB
PV / PSL / PPL / PC Eleito por
65888 ZÉ PAULO 25.341 1,26%
do B / PHS QP
PDT / PSB / DEM / Eleito por
40456 JEOVÁ 23.815 1,19%
PRP / PRTB média
55789 EVA GOUVEIA PSD / PSC 23.408 1,16% Suplente
PP / PEN / PSDB /
51234 JULLYS ROBERTO 22.468 1,12% Suplente
PR / PTB
Eleito por
13333 FREI ANASTÁCIO PMDB / PT 22.119 1,1%
média
Eleito por
15123 TROCOLLI JR PMDB / PT 20.685 1,03%
média
PDT / PSB / DEM /
40123 HERVAZIO BEZERRA 20.513 1,02% Suplente
PRP / PRTB
PP / PEN / PSDB /
45000 ELIZA 20.249 1,01% Suplente
PR / PTB
13110 RODRIGO SOARES PMDB / PT 19.902 0,99% Suplente
PMN / PRB / PTN /
Eleito por
19123 JANDUHY CARNEIRO PSDC / SD / PT do 19.694 0,98%
QP
B / PPS
PP / PEN / PSDB /
51222 DR. ANIBAL MARCOLINO 19.615 0,98% Suplente
PR / PTB
15155 OLENKA MARANHÃO PMDB / PT 19.526 0,97% Suplente
PDT / PSB / DEM /
28222 ARTUR CUNHA LIMA FILHO 19.180 0,95% Suplente
PRP / PRTB

453
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
20123 GUILHERME ALMEIDA PSD / PSC 17.341 0,86% Suplente
15333 DR. OLIMPIO PMDB / PT 15.557 0,77% Suplente
PMN / PRB / PTN /
Eleito por
70123 GENIVAL MATIAS PSDC / SD / PT do 15.027 0,75%
QP
B / PPS
PP / PEN / PSDB /
45456 DUNGA JÚNIOR 14.888 0,74% Suplente
PR / PTB
PMN / PRB / PTN /
Eleito por
70000 INÁCIO FALCÃO PSDC / SD / PT do 14.392 0,72%
média
B / PPS
20111 VITURIANO PSD / PSC 14.187 0,71% Suplente
PDT / PSB / DEM /
12123 RAONI 13.808 0,69% Suplente
PRP / PRTB
JOAO BOSCO CARNEIRO PV / PSL / PPL / PC Eleito por
17111 13.307 0,66%
JUNIOR do B / PHS média
PMN / PRB / PTN /
19789 EMANO SANTOS PSDC / SD / PT do 12.485 0,62% Suplente
B / PPS
PV / PSL / PPL / PC
17888 CHALES CAMARAENSE 12.157 0,6% Suplente
do B / PHS
PMN / PRB / PTN /
19000 BERG LIMA PSDC / SD / PT do 11.775 0,59% Suplente
B / PPS
15100 TATIANA MEDEIROS PMDB / PT 11.568 0,58% Suplente
13455 MARENILSON BATISTA PMDB / PT 11.520 0,57% Suplente
PMN / PRB / PTN /
23123 DR. AMÉRICO CABRAL PSDC / SD / PT do 10.796 0,54% Suplente
B / PPS
PV / PSL / PPL / PC
65999 CABO SERGIO RAFAEL 10.606 0,53% Suplente
do B / PHS
RODRIGO CLEMENTE DE PV / PSL / PPL / PC
17007 10.561 0,53% Suplente
BRITO do B / PHS
PMN / PRB / PTN /
23456 NONATO BANDEIRA PSDC / SD / PT do 10.378 0,52% Suplente
B / PPS
PDT / PSB / DEM /
25222 DR. DJALMA 8.897 0,44% Suplente
PRP / PRTB
90123 WILLIAM VERAS PROS 8.850 0,44% Não eleito
11567 VITAL COSTA PP / PEN / PSDB / 7.786 0,39% Suplente

454
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PR / PTB
PMN / PRB / PTN /
23300 MONACI MARQUES PSDC / SD / PT do 7.737 0,39% Suplente
B / PPS
PMN / PRB / PTN /
19622 HERCULANO PEREIRA PSDC / SD / PT do 7.673 0,38% Suplente
B / PPS
PMN / PRB / PTN /
27222 JOÃO CORUJINHA PSDC / SD / PT do 7.098 0,35% Suplente
B / PPS
PV / PSL / PPL / PC
17444 ARACILBA ROCHA 7.090 0,35% Suplente
do B / PHS
PP / PEN / PSDB /
51169 TOINHO DO SOPÃO 6.851 0,34% Suplente
PR / PTB
PV / PSL / PPL / PC
65123 NAPOLEÃO MARACAJÁ 6.688 0,33% Suplente
do B / PHS
PP / PEN / PSDB /
45145 CORONEL KELSON 6.596 0,33% Suplente
PR / PTB
PP / PEN / PSDB /
45833 ARNON DOMICIANO 6.038 0,3% Suplente
PR / PTB
13131 OLIVÂNIO REMIGIO PMDB / PT 5.949 0,3% Suplente
PV / PSL / PPL / PC
43000 TIA MILA 5.885 0,29% Suplente
do B / PHS
50123 SEU CIÇO PSOL 5.723 0,28% Não eleito
PV / PSL / PPL / PC
65656 MARLENE ALVES 5.665 0,28% Suplente
do B / PHS
PDT / PSB / DEM /
40040 ADONES 5.384 0,27% Suplente
PRP / PRTB
90777 IRMÃO CEZAR PROS 5.047 0,25% Não eleito
PMN / PRB / PTN /
23200 DR. FRANCISCO PSDC / SD / PT do 4.890 0,24% Suplente
B / PPS
PMN / PRB / PTN /
33123 PEDRO RUFFO PSDC / SD / PT do 4.810 0,24% Suplente
B / PPS
PP / PEN / PSDB /
45555 FLORA DINIZ 4.808 0,24% Suplente
PR / PTB
13456 FEITOSA PMDB / PT 4.630 0,23% Suplente
17333 MISSIONÁRIO EDUARDO PV / PSL / PPL / PC 4.489 0,22% Suplente

455
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
TEODORO do B / PHS
PMN / PRB / PTN /
19456 GILBRAN ASFORA PSDC / SD / PT do 4.449 0,22% Suplente
B / PPS
PV / PSL / PPL / PC
65789 DONA FATIMA 4.436 0,22% Suplente
do B / PHS
PDT / PSB / DEM /
25123 JOJÓ 4.227 0,21% Suplente
PRP / PRTB
PP / PEN / PSDB /
22123 BOLÃO 4.021 0,2% Suplente
PR / PTB
90190 CABO GILBERTO SILVA PROS 4.012 0,2% Não eleito
PMN / PRB / PTN /
33111 INALDO DO SACOLÃO PSDC / SD / PT do 3.882 0,19% Suplente
B / PPS
90999 EDER CAXIAS PROS 3.036 0,15% Não eleito
PDT / PSB / DEM /
40666 DIMAS CAMPOS 3.005 0,15% Suplente
PRP / PRTB
PV / PSL / PPL / PC
54800 JOHANNES CARNEIRO 2.947 0,15% Suplente
do B / PHS
PDT / PSB / DEM /
12345 SERGIO MAXIMO RUSSO 2.870 0,14% Suplente
PRP / PRTB
50505 DR RIVALDO PSOL 2.786 0,14% Não eleito
PP / PEN / PSDB /
11444 REGINALDO SEGUNDO 2.572 0,13% Suplente
PR / PTB
PV / PSL / PPL / PC
65111 PADRE GESCIONE 2.511 0,12% Suplente
do B / PHS
PMN / PRB / PTN /
HERMERSON
70001 PSDC / SD / PT do 2.430 0,12% Suplente
CAMINHONEIRO
B / PPS
PV / PSL / PPL / PC
43222 ARNALDO SILVA DA CLIPSI 1.945 0,1% Suplente
do B / PHS
PV / PSL / PPL / PC
65151 MARCOS SANTOS 1.944 0,1% Suplente
do B / PHS
PMN / PRB / PTN /
10111 EDUARDO FELIZARDO PSDC / SD / PT do 1.853 0,09% Suplente
B / PPS
13123 PEDRINHO PMDB / PT 1.816 0,09% Suplente
PMN / PRB / PTN /
70456 DR. MANOEL FILHO 1.806 0,09% Suplente
PSDC / SD / PT do

456
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
B / PPS
PP / PEN / PSDB /
11000 NENEM CORRETORA 1.779 0,09% Suplente
PR / PTB
29029 LOURDES SARMENTO PCO 1.775 0,09% Não eleito
15122 CARLOS RAFAEL PMDB / PT 1.728 0,09% Suplente
PP / PEN / PSDB /
14567 RAMOS 1.629 0,08% Suplente
PR / PTB
55222 DR. JOAO LEITE PSD / PSC 1.578 0,08% Suplente
PMN / PRB / PTN /
27777 CLENILDO COSTA PSDC / SD / PT do 1.574 0,08% Suplente
B / PPS
PMN / PRB / PTN /
23111 NÊM DOS ÓCULOS PSDC / SD / PT do 1.517 0,08% Suplente
B / PPS
PV / PSL / PPL / PC
65100 CLAUCIVESSE MEDEIROS 1.477 0,07% Suplente
do B / PHS
50555 MARCOS PATRÍCIO PSOL 1.470 0,07% Não eleito
90333 JANDERSON BRITO PROS 1.364 0,07% Não eleito
PMN / PRB / PTN /
33345 GARCIA DA METALÚRGICA PSDC / SD / PT do 1.347 0,07% Suplente
B / PPS
55123 MARCIO TADEU PSD / PSC 1.297 0,06% Suplente
PV / PSL / PPL / PC
17666 CORONEL ALENCAR 1.192 0,06% Suplente
do B / PHS
PMN / PRB / PTN /
19400 GILSON CANDIDO PSDC / SD / PT do 1.144 0,06% Suplente
B / PPS
PDT / PSB / DEM /
28123 RICARDO LEANDRO 1.118 0,06% Suplente
PRP / PRTB
PV / PSL / PPL / PC
43777 RENATA PRISCILLA 1.035 0,05% Suplente
do B / PHS
20555 ALBERTO LIMEIRA PSD / PSC 1.028 0,05% Suplente
20444 IRMÃ ANA PSD / PSC 1.023 0,05% Suplente
20333 PETRONIO DO VENTILADOR PSD / PSC 1.016 0,05% Suplente
55000 LUIZ DO BISCOITO PSD / PSC 996 0,05% Suplente
PDT / PSB / DEM /
40777 SERGIO LUCENA 957 0,05% Suplente
PRP / PRTB
33313 JORGE LUIS PMN / PRB / PTN / 950 0,05% Suplente

457
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PSDC / SD / PT do
B / PPS
PMN / PRB / PTN /
10222 SOUSA NETO PSDC / SD / PT do 940 0,05% Suplente
B / PPS
PDT / PSB / DEM /
40555 ULIANA 931 0,05% Suplente
PRP / PRTB
13190 PEREIRA PMDB / PT 881 0,04% Suplente
PMN / PRB / PTN /
10014 RICARDO LIMA PSDC / SD / PT do 863 0,04% Suplente
B / PPS
PP / PEN / PSDB /
45999 MARCELO 816 0,04% Suplente
PR / PTB
PV / PSL / PPL / PC
31111 ALAN DELON 815 0,04% Suplente
do B / PHS
PV / PSL / PPL / PC
65333 PC METAIS 778 0,04% Suplente
do B / PHS
PP / PEN / PSDB /
11234 VALDIR BRAZ 740 0,04% Suplente
PR / PTB
55111 JOÃO DOS FOGOS PSD / PSC 722 0,04% Suplente
PMN / PRB / PTN /
33145 EDNALDO CORREIRA PSDC / SD / PT do 721 0,04% Suplente
B / PPS
36123 JAIR PEREIRA PTC 703 0,03% Não eleito
PP / PEN / PSDB /
14999 MARCIO JEEPÃO 697 0,03% Suplente
PR / PTB
PV / PSL / PPL / PC
31007 SARGENTO EDMILSON 696 0,03% Suplente
do B / PHS
PMN / PRB / PTN /
23000 MANOEL DA FARMACIA PSDC / SD / PT do 690 0,03% Suplente
B / PPS
PMN / PRB / PTN /
33222 KAIQUE HENRIQUE PSDC / SD / PT do 676 0,03% Suplente
B / PPS
50050 CELSO BATISTA PSOL 657 0,03% Não eleito
EDVALDO DO CIDADE
36111 PTC 657 0,03% Não eleito
VERDE
PV / PSL / PPL / PC
54456 JUAREZ MARQUES 652 0,03% Suplente
do B / PHS

458
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
50567 ARRUDA PSOL 641 0,03% Não eleito
PV / PSL / PPL / PC
65522 NOVINHO DA PARAIBA 618 0,03% Suplente
do B / PHS
PDT / PSB / DEM /
44440 DA LUZ 614 0,03% Suplente
PRP / PRTB
PMN / PRB / PTN /
33456 TARCIZIO MOREIRA PSDC / SD / PT do 610 0,03% Suplente
B / PPS
90222 MARCONI TENÓRIO PROS 609 0,03% Não eleito
55456 SIDNEY SANDRINNI PSD / PSC 607 0,03% Suplente
PMN / PRB / PTN /
19111 PAULO NOGUEIRA PSDC / SD / PT do 586 0,03% Suplente
B / PPS
PMN / PRB / PTN /
33777 MARCELO ELIAS PSDC / SD / PT do 585 0,03% Suplente
B / PPS
PDT / PSB / DEM /
44123 JOVEM CHINA ERONALDO 575 0,03% Suplente
PRP / PRTB
LUCIANO CAMELÔ DA PV / PSL / PPL / PC
54000 572 0,03% Suplente
HABITAÇÃO do B / PHS
PMN / PRB / PTN /
23888 HAYDÊ LAPENDA PSDC / SD / PT do 567 0,03% Suplente
B / PPS
PP / PEN / PSDB /
11123 MARCELO MENDONÇA 563 0,03% Suplente
PR / PTB
PMN / PRB / PTN /
70500 LEVI MEIRA PSDC / SD / PT do 556 0,03% Suplente
B / PPS
PMN / PRB / PTN /
33555 SGT. IVALDO PSDC / SD / PT do 555 0,03% Suplente
B / PPS
PMN / PRB / PTN /
10234 CLAUDIO MARÇAL PSDC / SD / PT do 541 0,03% Suplente
B / PPS
PMN / PRB / PTN /
19100 NILDA VIEIRA PSDC / SD / PT do 539 0,03% Suplente
B / PPS
PV / PSL / PPL / PC
65555 PROF. BRASILEIRO 536 0,03% Suplente
do B / PHS

459
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PV / PSL / PPL / PC
17222 PROFESSORA GUIA 530 0,03% Suplente
do B / PHS
PMN / PRB / PTN /
O LEITURISTA CLAUDIO
23818 PSDC / SD / PT do 525 0,03% Suplente
RODRIGUES
B / PPS
PP / PEN / PSDB /
14789 CARECA DE BAYEUX 508 0,03% Suplente
PR / PTB
50190 SILVANO MORAIS PSOL 506 0,03% Não eleito
PMN / PRB / PTN /
27027 ERICA MATUTA PSDC / SD / PT do 495 0,02% Suplente
B / PPS
50456 MISAEL DO OVO PSOL 488 0,02% Não eleito
PDT / PSB / DEM /
28555 WASHINGTON 477 0,02% Suplente
PRP / PRTB
PDT / PSB / DEM /
40044 PROFESSOR RAFAEL 462 0,02% Suplente
PRP / PRTB
90789 SOLDADO JOHN FERREIRA PROS 456 0,02% Não eleito
PP / PEN / PSDB /
45789 PR. JOILSON DE ASSIS 453 0,02% Suplente
PR / PTB
PMN / PRB / PTN /
70002 LYCIA PSDC / SD / PT do 453 0,02% Suplente
B / PPS
PMN / PRB / PTN /
70321 TEREZA CRISTINA PSDC / SD / PT do 439 0,02% Suplente
B / PPS
PP / PEN / PSDB /
11211 LEONARDO SANTANA 429 0,02% Suplente
PR / PTB
PMN / PRB / PTN /
33033 ARAÚJO NETO PSDC / SD / PT do 401 0,02% Suplente
B / PPS
PMN / PRB / PTN /
33234 DR. MARIANO PSDC / SD / PT do 391 0,02% Suplente
B / PPS
PDT / PSB / DEM /
40321 ASSIS SINFRONIO 389 0,02% Suplente
PRP / PRTB
90888 IRIS CONCEIÇÃO PROS 389 0,02% Não eleito
PMN / PRB / PTN /
33911 CORONEL GUEDES PSDC / SD / PT do 388 0,02% Suplente
B / PPS

460
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PV / PSL / PPL / PC
31133 REINALDO COSTA 387 0,02% Suplente
do B / PHS
PDT / PSB / DEM /
25079 ANA LÚCIA 384 0,02% Suplente
PRP / PRTB
PV / PSL / PPL / PC
43111 XEXEU PESSOA 379 0,02% Suplente
do B / PHS
PMN / PRB / PTN /
70331 MARIA CABELEREIRA PSDC / SD / PT do 379 0,02% Suplente
B / PPS
13229 CLAUDIO SILVA PMDB / PT 379 0,02% Suplente
PMN / PRB / PTN /
70234 BOY DAS BATERIAS PSDC / SD / PT do 374 0,02% Suplente
B / PPS
PMN / PRB / PTN /
70222 VALDILENE PSDC / SD / PT do 364 0,02% Suplente
B / PPS
PMN / PRB / PTN /
10789 ALVES DA FLAMENGUEIRA PSDC / SD / PT do 362 0,02% Suplente
B / PPS
PP / PEN / PSDB /
11225 DANIEL DO LEITE 362 0,02% Suplente
PR / PTB
PV / PSL / PPL / PC
65222 ALEXANDRE MESQUITA 353 0,02% Suplente
do B / PHS
PP / PEN / PSDB /
45906 SANDRO MOTOBOY 350 0,02% Suplente
PR / PTB
PMN / PRB / PTN /
70070 DANIEL TRIGUEIRO PSDC / SD / PT do 344 0,02% Suplente
B / PPS
PV / PSL / PPL / PC
54444 LÉO CIGANO DO POVO 334 0,02% Suplente
do B / PHS
PMN / PRB / PTN /
33000 PASTOR CÍCERO PSDC / SD / PT do 330 0,02% Suplente
B / PPS
PP / PEN / PSDB /
14321 ALDO DE SOUZA 329 0,02% Suplente
PR / PTB
PDT / PSB / DEM /
40888 NENEN DE AUCY 326 0,02% Suplente
PRP / PRTB
PDT / PSB / DEM /
28000 CHICO AMARO 326 0,02% Suplente
PRP / PRTB

461
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
50500 REJANE MARIA PSOL 321 0,02% Não eleito
PP / PEN / PSDB /
22000 IVO BARBOSA 316 0,02% Suplente
PR / PTB
PP / PEN / PSDB /
45677 DEUSINHA 315 0,02% Suplente
PR / PTB
50014 MARIINHA PSOL 304 0,02% Não eleito
15111 EMÍLIA PINHEIRO PMDB / PT 290 0,01% Suplente
50002 RAFAEL MARCONI PSOL 288 0,01% Não eleito
20222 JAÍRA QUILOMBOLA PSD / PSC 288 0,01% Suplente
PDT / PSB / DEM /
40697 ANTONIO ATLETA 286 0,01% Suplente
PRP / PRTB
36222 LITA MARTINS PTC 284 0,01% Não eleito
PDT / PSB / DEM /
44554 MARIA SOLEDADE 280 0,01% Suplente
PRP / PRTB
20000 RICARDO SANTOS PSD / PSC 275 0,01% Suplente
PDT / PSB / DEM /
44555 MARCELO MAIA 272 0,01% Suplente
PRP / PRTB
90193 ONILDO PROS 272 0,01% Não eleito
PDT / PSB / DEM /
40234 ELZA AUGUSTA 268 0,01% Suplente
PRP / PRTB
PP / PEN / PSDB /
11181 ROBERTO ALEXANDRE 266 0,01% Suplente
PR / PTB
PMN / PRB / PTN /
PASTOR QUEIROGA
10101 PSDC / SD / PT do 264 0,01% Suplente
CAMBOIM
B / PPS
20020 DELEGADO ROCKFELLER PSD / PSC 263 0,01% Suplente
PV / PSL / PPL / PC
31555 OLDACK AGRA 262 0,01% Suplente
do B / PHS
PP / PEN / PSDB /
14777 FRANKLIN ARRUDA 258 0,01% Suplente
PR / PTB
PV / PSL / PPL / PC
43666 JONATHAN NOBREGA 248 0,01% Suplente
do B / PHS
PP / PEN / PSDB /
45678 ZÉ CARNEIRO 244 0,01% Suplente
PR / PTB
PV / PSL / PPL / PC
65444 FATIMA AMORIM 234 0,01% Suplente
do B / PHS
50010 FÁTIMA SANTOS PSOL 233 0,01% Não eleito

462
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PV / PSL / PPL / PC
31123 ROSAN LUCENA 231 0,01% Suplente
do B / PHS
55545 ROMULO PSD / PSC 222 0,01% Suplente
PV / PSL / PPL / PC
43333 SARGENTO CALDAS 199 0,01% Suplente
do B / PHS
50333 PE. CRISTIANO MELO PSOL 194 0,01% Não eleito
PP / PEN / PSDB /
14555 AUGUSTO DINIZ 194 0,01% Suplente
PR / PTB
PMN / PRB / PTN /
70124 IRAN TOMAZ PSDC / SD / PT do 191 0,01% Suplente
B / PPS
PP / PEN / PSDB /
11121 ROSE ALMEIDA 191 0,01% Suplente
PR / PTB
15171 ISRAEL NICOLAU PMDB / PT 189 0,01% Suplente
55300 CABO ROCHA PSD / PSC 187 0,01% Suplente
20033 PASTOR BRASIMAR PSD / PSC 186 0,01% Suplente
PV / PSL / PPL / PC
17000 ONIETE LINS PEREIRA 184 0,01% Suplente
do B / PHS
SARGENTO JUÇARA
90077 PROS 178 0,01% Não eleito
ALMEIDA
PMN / PRB / PTN /
33444 ALEXANDRE AGRA PSDC / SD / PT do 173 0,01% Suplente
B / PPS
PDT / PSB / DEM /
44266 DALVINHA 169 0,01% Suplente
PRP / PRTB
PMN / PRB / PTN /
70777 MARCUS CAMURÇA PSDC / SD / PT do 169 0,01% Suplente
B / PPS
PDT / PSB / DEM /
44040 JOSEANNE 167 0,01% Suplente
PRP / PRTB
PV / PSL / PPL / PC
17067 PROFESSORA MARCIA 165 0,01% Suplente
do B / PHS
PMN / PRB / PTN /
70092 JESSIKA PSDC / SD / PT do 164 0,01% Suplente
B / PPS
13666 CÉLIA PEREIRA PMDB / PT 164 0,01% Suplente
MARCELIO DO CALDO DE
36717 PTC 164 0,01% Não eleito
CANA

463
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PP / PEN / PSDB /
45193 UILSON ALVES 162 0,01% Suplente
PR / PTB
36300 LUVIO PTC 162 0,01% Não eleito
PROFESSOR JOSIAS
90852 PROS 161 0,01% Não eleito
MENDES
16000 CINTHYA COSTA PSTU 161 0,01% Não eleito
90556 GIBRAN PROS 159 0,01% Não eleito
PMN / PRB / PTN /
70188 JULIO CESAR PSDC / SD / PT do 158 0,01% Suplente
B / PPS
20200 SERGIO LOURENÇO PSD / PSC 158 0,01% Suplente
PP / PEN / PSDB /
45111 PROFESSORA SERNITA 152 0,01% Suplente
PR / PTB
90945 MANUEL MELO PROS 146 0,01% Não eleito
PMN / PRB / PTN /
70604 GALEGA DO CHURRASCO PSDC / SD / PT do 144 0,01% Suplente
B / PPS
PP / PEN / PSDB /
14145 MARIO DA CRUZ 138 0,01% Suplente
PR / PTB
PP / PEN / PSDB /
45845 WILLAMS CORREIA 137 0,01% Suplente
PR / PTB
55670 CELIO TEOTONIO PSD / PSC 120 0,01% Suplente
PMN / PRB / PTN /
10010 DRA. JAVA PSDC / SD / PT do 117 0,01% Suplente
B / PPS
PP / PEN / PSDB /
45662 DURVAL RABELO 109 0,01% Suplente
PR / PTB
PMN / PRB / PTN /
70122 FABIANO PSDC / SD / PT do 102 0,01% Suplente
B / PPS
PP / PEN / PSDB /
45312 ROSINHA CABELEIREIRA 101 0,01% Suplente
PR / PTB
PP / PEN / PSDB /
11404 SOCORRO MESSIAS 98 0% Suplente
PR / PTB
90007 FABRICIO PROS 97 0% Não eleito
90741 LUMA ALVES PROS 93 0% Não eleito
PDT / PSB / DEM /
40133 OSCAR VENANCIO 89 0% Suplente
PRP / PRTB

464
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
50013 MARCÍLIO CORREIA PSOL 88 0% Não eleito
PV / PSL / PPL / PC
54321 CAIÇARA 88 0% Suplente
do B / PHS
90900 ROBERTA PEREIRA PROS 82 0% Não eleito
PDT / PSB / DEM /
40004 VICTOR CASTRO 78 0% Suplente
PRP / PRTB
50003 DALIANE DA SILVA PSOL 75 0% Não eleito
13980 MARIA DO SOCORRO PMDB / PT 73 0% Suplente
PMN / PRB / PTN /
70333 BRUNO PSDC / SD / PT do 71 0% Suplente
B / PPS
PV / PSL / PPL / PC
54222 JUCIELEN VALERIA 69 0% Suplente
do B / PHS
PMN / PRB / PTN /
70999 JONATHAN SOARES PSDC / SD / PT do 67 0% Suplente
B / PPS
PV / PSL / PPL / PC
31444 JOSÉ JOSEMARIO 66 0% Suplente
do B / PHS
PMN / PRB / PTN /
70555 ANA CRISANTO PSDC / SD / PT do 64 0% Suplente
B / PPS
PMN / PRB / PTN /
10777 MARA PSDC / SD / PT do 60 0% Suplente
B / PPS
PDT / PSB / DEM /
25069 MARIA MEL 56 0% Suplente
PRP / PRTB
PDT / PSB / DEM /
40007 PRISCILA CASTRO 53 0% Suplente
PRP / PRTB
PP / PEN / PSDB /
45345 SARA BARRETO 53 0% Suplente
PR / PTB
PMN / PRB / PTN /
10333 GUGA PSDC / SD / PT do 52 0% Suplente
B / PPS
PV / PSL / PPL / PC
65777 MAYARA MAGNA 51 0% Suplente
do B / PHS
PP / PEN / PSDB /
45011 ROSA 46 0% Suplente
PR / PTB
PP / PEN / PSDB /
45005 ELISANGELA 43 0% Suplente
PR / PTB

465
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Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
50001 EDILMA VILAR PSOL 41 0% Não eleito
90114 ALESSANDRA PROS 41 0% Não eleito
PMN / PRB / PTN /
27999 TEN CARLOS HENRIQUE PSDC / SD / PT do 40 0% Suplente
B / PPS
PDT / PSB / DEM /
40401 JUCELIA BRAGA 39 0% Suplente
PRP / PRTB
PP / PEN / PSDB /
22333 GALBA 37 0% Suplente
PR / PTB
PDT / PSB / DEM /
25833 DOMICIANO CABRAL 35 0% Suplente
PRP / PRTB
PDT / PSB / DEM /
28999 RITA BELMONT 34 0% Suplente
PRP / PRTB
13777 EDNALVA PMDB / PT 29 0% Suplente
PMN / PRB / PTN /
70730 ADEILZA PSDC / SD / PT do 28 0% Suplente
B / PPS
20999 ANA CLEIDE PSD / PSC 27 0% Suplente
PDT / PSB / DEM /
25456 CAROL ROCHA 27 0% Suplente
PRP / PRTB
PDT / PSB / DEM /
40221 LUCIANA LOPES 23 0% Suplente
PRP / PRTB
PP / PEN / PSDB /
45880 IRLANDA 23 0% Suplente
PR / PTB
PP / PEN / PSDB /
51678 JOSINALVA SANTIAGO 20 0% Suplente
PR / PTB
PMN / PRB / PTN /
33133 CHICO CHAVES PSDC / SD / PT do 16 0% Suplente
B / PPS
55045 ANDREA GOUVEIA PSD / PSC 11 0% Suplente
PMN / PRB / PTN /
70897 ANA TEREZA PSDC / SD / PT do 11 0% Suplente
B / PPS
90555 ERINALDA MONTEIRO PROS 9 0% Não eleito
PP / PEN / PSDB /
51872 CLAUDIA SANTOS 7 0% Suplente
PR / PTB
PMN / PRB / PTN /
10935 MARLENE PSDC / SD / PT do 6 0% Suplente
B / PPS

466
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Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PMN / PRB / PTN /
10991 FERNANDA PSDC / SD / PT do 6 0% Suplente
B / PPS
PMN / PRB / PTN /
10300 LIDIANE PSDC / SD / PT do 4 0% Suplente
B / PPS
PV / PSL / PPL / PC
54333 MARIA JOSÉ 3 0% Suplente
do B / PHS
PMN / PRB / PTN /
70489 ANA PAULA PSDC / SD / PT do 3 0% Suplente
B / PPS
PV / PSL / PPL / PC
17367 MARIA GORETE 3 0% Suplente
do B / PHS
PDT / PSB / DEM /
25025 MACEDO 3 0% Suplente
PRP / PRTB
PMN / PRB / PTN /
33888 MADJA MEDEIROS PSDC / SD / PT do 3 0% Suplente
B / PPS
PMN / PRB / PTN /
70236 MARILIA PSDC / SD / PT do 1 0% Suplente
B / PPS
PMN / PRB / PTN /
70382 WILLAINY PSDC / SD / PT do 1 0% Suplente
B / PPS
50222 RAQUEL LIMEIRA PSOL 0 0% Não eleito
55333 DELFINO CARLOS DANTAS PSD / PSC 0 0% Não eleito
55857 PAULA REGINA PSD / PSC 0 0% Suplente
PV / PSL / PPL / PC
65000 RAQUEL MACIEL 0 0% Não eleito
do B / PHS
PMN / PRB / PTN /
BERTRAND FREIRE
70101 PSDC / SD / PT do 0 0% Não eleito
MEDEIROS
B / PPS
PMN / PRB / PTN /
70200 JHOANNYS FERRAZ LIMA PSDC / SD / PT do 0 0% Não eleito
B / PPS
PMN / PRB / PTN /
70444 JOÃO PAULO PSDC / SD / PT do 0 0% Não eleito
B / PPS
70977 ROSALIA PMN / PRB / PTN / 0 0% Suplente

467
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Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PSDC / SD / PT do
B / PPS
PMN / PRB / PTN /
77111 RODRIGO RAMOS PSDC / SD / PT do 0 0% Não eleito
B / PPS
90113 MARIA APARECIDA PROS 0 0% Não eleito
90115 MARIA DE JESUS PROS 0 0% Não eleito
90444 COCÓ PROS 0 0% Não eleito
90567 GERALDO CARNEIRO PROS 0 0% Não eleito
90660 MARCONI TÔ CHEGANDO PROS 0 0% Não eleito
PMN / PRB / PTN /
10000 DR. MARINHO PSDC / SD / PT do 0 0% Não eleito
B / PPS
PDT / PSB / DEM /
12190 MARCIO PRUDENCIO 0 0% Não eleito
PRP / PRTB
PDT / PSB / DEM /
12333 LUIZ PEREIRA 0 0% Não eleito
PRP / PRTB
13013 MARIAH PMDB / PT 0 0% Não eleito
16123 MARCELINO RODRIGUES PSTU 0 0% Não eleito
PV / PSL / PPL / PC
17654 IRYS PONTES 0 0% Suplente
do B / PHS
PV / PSL / PPL / PC
17777 ANA MARLY GUSMÃO 0 0% Não eleito
do B / PHS
PMN / PRB / PTN /
27000 ZICO PSDC / SD / PT do 0 0% Não eleito
B / PPS
PDT / PSB / DEM /
28028 ALTAGENI - TITO 0 0% Não eleito
PRP / PRTB
PV / PSL / PPL / PC
31100 RICARDO FERNANDES 0 0% Não eleito
do B / PHS
PV / PSL / PPL / PC
31331 BRUNO GAUDENCIO 0 0% Não eleito
do B / PHS
PMN / PRB / PTN /
33333 PASTOR LUCIANO BRENO PSDC / SD / PT do 0 0% Não eleito
B / PPS
PMN / PRB / PTN /
33433 GERANA XAVIER PSDC / SD / PT do 0 0% Não eleito
B / PPS

468
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
36456 EDJANE PTC 0 0% Não eleito
Legenda do PSDB 24.649 1,23%
Legenda do PMDB 21.256 1,06%
Legenda do PT 18.143 0,9%
Legenda do PSB 15.931 0,79%
Legenda do PDT 15.500 0,77%
Legenda do PP 11.476 0,57%
Legenda do PEN 7.626 0,38%
Legenda do PTB 6.439 0,32%
Legenda do PSD 5.778 0,29%
Legenda do PSC 5.743 0,29%
Legenda do DEM 5.240 0,26%
Legenda do PR 5.181 0,26%
Legenda do PRB 4.217 0,21%
Legenda do PRP 3.517 0,18%
Legenda do PSOL 3.267 0,16%
Legenda do PTN 2.790 0,14%
Legenda do PSL 2.778 0,14%
Legenda do SD 2.351 0,12%
Legenda do PPS 2.300 0,11%
Legenda do PPL 1.451 0,07%
Legenda do PC do B 1.293 0,06%
Legenda do PT do B 1.226 0,06%
Legenda do PMN 1.009 0,05%
Legenda do PRTB 989 0,05%
Legenda do PHS 843 0,04%
Legenda do PROS 806 0,04%
Legenda do PV 750 0,04%
Legenda do PSTU 665 0,03%
Legenda do PTC 409 0,02%
Legenda do PSDC 365 0,02%
Legenda do PCO 202 0,01%
Votos brancos 191.294
Votos nulos 133.662

469
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cargo: Deputado Estadual


Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Total apurado 2.334.522
Eleitorado 2.834.782
Abstenção 500.260 17,65%
Fonte: TSE/TRE/PB – Deputados Estaduais/2014.

Legenda:
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PROS - Partido Republicano da Ordem Social
PPL - Partido Pátria Livre
PT - Partido dos Trabalhadores
SD - Solidariedade
PHS - Partido Humanista da Solidariedade
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PP - Partido Progressista
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PEN - Partido Ecológico Nacional
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PV - Partido Verde
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PTN - Partido Trabalhista Nacional
PT do B - Partido Trabalhista do Brasil
DEM - Democratas
PSL - Partido Social Liberal
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
PRB - Partido Republicano Brasileiro
PCO - Partido da Causa Operária
PSOL - Partido Socialismo e Liberdade
PPS - Partido Popular Socialista
PR - Partido da República
PTC - Partido Trabalhista Cristão
PSD - Partido Social Democrático
PRP - Partido Republicano Progressista
PRTB - Partido Renovador Trabalhista Brasileiro
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PSC - Partido Social Cristão.

Observamos que pela primeira na história brasileira e paraibana, tivemos trinta e um


partidos políticos na caça aos votos nas eleições/2014 de deputados estaduais, deputados
federais, senadores, governadores e presidente da República. Teve aliança para todos os
gostos e naipes eleitorais, de esquerda, de direita, de centro, etc., etc. Mesmo diante de
tantos partidos políticos, verificamos que Santa Rita não conseguiu eleger um só deputado

470
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

estadual, não obstante ser o terceiro maior colégio eleitoral da Paraíba, com 89.443
(oitenta e nove mil, quatrocentos e quarenta e três votos) eleitores em 2014 e mais de cem
mil votos em sua zona eleitoral, computados os votos da cidade de Lucena/PB. Assim
sendo, citamos os candidatos a deputado estadual/2014, que vivem em Santa Rita e fazem
parte do eleitorado municipal: Padre Cristiano Melo/PSOL, obteve 194 votos, equivalente a
0,01% dos votos válidos, não foi eleito; Mariinha/PSOL, obteve 304 votos, equivalente a
0,02% dos votos válidos, não foi eleita; Claudio Marçal/PMN, obteve 541 votos, equivalente
a 0,03% dos votos válidos, não foi eleito; Luiz do Biscoito/PSD, obteve 996 votos,
equivalente a 0,05% dos votos válidos, ficou suplente; Reginaldo Pereira da Costa
Segundo/PB, obteve 2.572 votos, equivalente a 0,13% dos votos válidos,ficou suplente;
Adones Junior/PDT, obteve 5.384 votos, equivalente a 0,27% dos votos válidos, ficou
suplente; O médico Djalma Fernandes/DEM, obteve 8.897 votos, equivalente a 0,44% dos
votos válidos, ficou suplente; Zé Paulo/PCdoB, obteve 25.341 votos, equivalente a 1,26%
dos votos válidos, foi eleito pelo quociente partidário. Assim sendo, o quociente partidário é
determinado para cada partido e ou coligação o quociente partidário, dividindo-se pelo
quociente eleitoral o número de votos válidos dados sob a mesma legenda e ou coligação
de legendas, desprezadas a fração, conforme o artigo 107, do Código Eleitoral Brasileiro.
Ressaltamos também de que foram 2.777 votos nulos, 2.535 votos brancos e 14.251
abstenções, equivalente a 15,93% dos 89.443 eleitores. Em síntese, foram apurados
75.192 votos para deputado estadual em 2014 em Santa Rita, assim sendo não foi eleito
um só deputado estadual só com a votação do eleitorado santaritense constituído por
89.443 eleitores, o que nos parece que “as ideologias, ao mesmo tempo em que são
constituídas pela cultura política de uma sociedade, acabam moldando esta mesma
sociedade através da produção de novos significados que são internalizados nas práticas
sociais”, segundo Borba (2005). É a falta de confiança e/ou de compromisso do eleitorado
para com os candidatos ditos filhos da terra.

471
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

CAPITULO V
ANDRÉ VIDAL DE NEGREIROS, HERÓI NACIONAL
[...] Religioso como um santo instituio perto
de Guayanna a capella da Senhora do
Desterro, attribuindo a intercessão dessa
santa as victorias alcançadas contra os
hollandezes. [...]. (MOREIRA DE AZEVEDO,
1861, p.9).

Os nossos pais e bem assim os nossos professores falavam sobre a figura histórica
de André Vidal de Negreiros, nascido em 1606, natural do Engenho São João, Capitania da
Paraíba, filho de Francisco Vidal de Negreiros e de Catarina Ferreira, considerado um dos
principais lideres da restauração das capitanias do Rio Grande do Norte, da Paraíba e
Pernambuco, dentre outras que ficaram sujeitas ao domínio holandês, bem como é
considerado como a alma da restauração, tendo em vista ser o homem que jamais se
curvou ao medo e muito menos as conveniências, nunca correu mesmo diante do poderio
inimigo apesar de muitas vezes foi quase esmagado, conforme Pinto citado por Silva (2006,
p. 160). Sua bravura e ou fama é reconhecida no texto da carta do Padre Antônio Vieira
enviada ao Rei D. João IV, escrita na Capitania do Pará em, 6 de dezembro de 1655, onde
afirma que
Tem V. M. mui poucos nos seus reinos que sejam
como André Vidal; eu o conhecia pouco mais que
de vista e fama [...] pelo que toca ao serviço de V.
M. (de que nem ainda cá me posso esquecer) digo
a V.M. que está André Vidal perdido no Maranhão,
e que não estivera a Índia perdida se V.M. lha
entregara.(VIEIRA, 2003, p. 455-456).

Portanto, sem sombra de dúvidas ele é considerado a alma da restauração do Brasil


no enfrentamento e expulsão dos holandeses e nasceu no Engenho São João (nas
imediações da atual Usina São João), de onde partiu no século XVII na então Parahyba do
Norte para transformar-se no herói nacional de nossos dias. É um dentre os grandes filhos
do solo santaritense e paraibano. É importante mencionar de que o

Herói brasileiro e súdito português nascido no


engenho São João, Capitania da Paraíba, Brasil,
chefe e inspirador da insurreição pernambucana
contra a colonização holandesa no Brasil (1624-
1654). Alistou-se para combater os holandeses e
lutou contra esses europeus quando da invasão de
Salvador na Bahia (1624). Após oito anos em
Portugal e Espanha, voltou ao Brasil para lutar
contra o governo do príncipe holandês Maurício de
Nassau, instalado em Pernambuco e capitanias
vizinhas. Voltou a se envolver no conflito
participando de todas as fases da Insurreição

472
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Pernambucana (1645-1654), quando mobilizou


tropas e meios nos sertões nordestinos.
Considerado um dos melhores soldados de seu
tempo, tomou parte, com grande bravura, em
quase todos os combates contra os holandeses. Foi
nomeado Mestre-de-Campo, notabilizando-se no
comando de um dos Terços do Exército Patriota,
nas duas batalhas dos Guararapes (1648 / 1649)
ao lado de João Fernandes Vieira, Henrique Dias e
Filipe Camarão. Nassau ofereceu dois mil florins
por sua cabeça, e ele respondeu com uma oferta
de seis mil cruzados pela cabeça do conde
holandês. Herói do combate da Casa Forte, entrou
em Recife com seus companheiros e, após a
rendição final dos holandeses (1654), foi escolhido
para levar a Lisboa a notícia da vitória e expulsão
dos holandeses ao rei D. João IV (1640-1656). Foi
condecorado e nomeado governador-geral e
Capitão-Geral da Capitania do Maranhão e do Grão-
Pará (1655-1657). Depois foi governador da
Capitania de Pernambuco (1657-1661 / 1667) e de
Angola, na África (1661-1666). Morreu no Engenho
Novo da Vila de Goiana, Pernambuco, atual estado
de Pernambuco. Na verdade, a alegada expulsão
definitiva dos holandeses de Pernambuco (1654),
que fora a região mais rica do mundo colonial
português com sua exportação de centenas de
milhares de arrobas de açúcar, não terminou com
esta pontual vitória militar. Para que os holandeses
não retomassem suas idéias colonizadoras no
território brasileiro, foi assinado um tratado de paz
bilateral em Haia (1661), em que Portugal teve que
pagar à Holanda, 4 milhões de cruzados de
indenização, além de entregar o Ceilão e as ilhas
Molucas para o governo holandês. (BIOGRAFIAS,
2016)

O certo é que em 1637, em excursão contra os holandeses na Parahyba, ele foi


ferido no peito por uma chuchada, contando então com trinta (30) anos de idade. Vale
salientar de que abraçou a carreira das armas, não por interesse meramente material, mas
por acendrado patriotismo, em 1625, justamente, quando se deu o primeiro assalto dos
holandeses à Bahia ele foi elevado de simples soldado recruta ao posto de alferes,
exercendo, porém, a profissão militar a sua própria custa. Os historiadores afirmam que ele
era um homem rico. A história pátria menciona de que na heróica resistência de
Pernambuco, chefiada por Martins de Albuquerque, sem felicidade, distinguiu-se como
capitão ajudante, sempre foi grande na bravura e invencível na tenacidade (LIBERATO,
1914, Vol. II, p. 32-34).

473
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

A data certa do nascimento de André Vidal de Negreiros é incerta, havendo


portanto, divergências neste sentido. Quanto ao fato da história mencionar de que ele era
filho do Engenho São João, na Capitania da Paraíba, tal afirmativa é contestada porque,

André Vidal de Negreiros apareceu em Recife, sob


o pretexto transparentemente frágil de dizer adeus
ao velho pai, que era um pobre carpinteiro da
Paraíba, a quem estava ele tão ansioso de rever
quanto eu estaria de ver o rei do Congo. (BOXER,
1961, p. 228).

A sociedade no século XVII, época do nascimento, epopéia e falecimento de André


Vidal de Negreiros não era diferente da atual em termos de classes sociais e preconceitos
diversificados, de modo que a fonte histórica mencionada nos informa que o pai dele era
um velho carpinteiro e morador da Paraíba, todavia existem relatos que o pai dele tinha um
engenho e o titulo de nobreza de cavaleiro da Ordem de Cristo e vinte mil réis de pensão
(COSTA, 1952, vol.3, p.447). Portanto, assim sendo, cai por terra o argumento do mesmo
ser pobre carpinteiro e sem posses, tendo em vista que pertence a classe social dominante.
Assim sendo, o confronto historiográfico sobre o fato de ser nobre e ou não a família
paterna do herói mencionado ainda não se esgotou e que poderá voltar à tona a qualquer
instante dependendo, sic, sempre de fonte ainda não conhecida e por isso não pesquisada.
A dúvida continua para se saber quem estar falando a verdade e ou não.
A fonte histórica, sic, procura assim desqualificar os seus vencedores na paz e na
guerra, tendo em vista que André Vidal de Negreiros e seus companheiros não aceitaram o
perdão e a rendição oferecida pelo domínio da Holanda, o que se comprova com a edição
da

“Carta dos holandeses, oferecendo o perdão a


todos os rebeldes que se renderem a seu domínio e
respostas dos brasileiros, João Fernandes Vieira,
André Vidal de Negreiros, Antônio Felipe Camarão
e Henrique Dias, em nome de todos os defensores
do Brasil na luta contra a Holanda” (CARTA DOS
HOLANDESES, 1648).

O que é muito natural ainda nos dias atuais. E até porque ninguém deve pagar pelo
passado de seus familiares. A pobreza não é um câncer que se nasce, vive e morre com
ele. A classe social em que nasceu o grande herói não importa para sua ascensão na vida
pública, não existe demérito em ele ter nascido filho de senhor de engenho e ou filho de
um modesto carpinteiro e ou cortador de cana. A dignidade não tem preço em qualquer
situação. Importa sim não ser corrupto e muito menos corruptor, é justamente o que
deduzimos da figura do herói André Vidal de Negreiros e seus companheiros, haja vista que
todas as cartas recebidas por eles, in loco foram encaminhadas ao rei lusitano para que
delas ele tivesse conhecimento e ciência própria, conforme

Parecer do Conselho Ultramarino ao rei de Portugal


a respeito das cartas enviadas a André Vidal de
Negreiros e João Fernandes Vieira.

474
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Lisboa,24/10/1647.(ALBUQUERQUE,CASTILHO,
MONTALVÃO, 1647).

Assim sendo, importa em ele ser um homem livre e de bons costumes da Capitania
da Paraíba e com atuação praticamente em todo o nordeste do Brasil no século XVII,
homem de fibra, bravo e ostentador de “sucesso da guerra dos portugueses, levantados
em Pernambuco contra os holandeses” (NEGREIROS; SOARES, 1646), daí vem o
argumento historiográfico holandês de que ele era capitão-do-mato, filho de pai
carpinteiro, pobre na forma da lei, querendo com isso dizer que ele servia a uma classe
social a qual ele próprio não pertencia. Esse argumento é falso em sua essência
epistemológica e desprovida de qualquer amparo documental. É o fato dito porque quem
disse queria dizer que ele era assim e ou assado, Deus e ou o Diabo na terra da lua e ou
sol. Isso é mera ilação e ou lenda de quem não tem o que dizer a favor e ou contra uma
pessoa que viveu com dignidade e honradez, conforme sua biografia escrita em 1861,
portanto no século XIX, que

Hoje, que três séculos nos separam de André Vidal


de Negreiros, vemos o seu nome cercado cada
anno, cada século, de mais fama e gloria; parece
que cada dia torna-se mais verde, mais bella, a
coroa immortal que lhe cinge a fronte [...]Isso é
fato e contra fato não se tem argumento, pois
“desde então tornou-se elle o guia de todos, o
chefe dos seus, o heroe desse punhado de
guerreiros, que se levantara contra os inimigos da
sua terra. (MOREIRA DE AZEVEDO, 1861, p. 6-7)

Nem por isso se pode tirar sua valentia, nativismo e heroísmo de caráter nacionalista
da futura nação brasileira, cujo nativismo nasceu de sua lealdade e de seus honrados
comandantes e comandados, é por isso que ele é acima de tudo e de todos um dentre os
demais heróis na construção da Pátria que ele não a conheceu em vida, tendo em vista que
nossa terra naquele tempo pertencia ao domínio lusitano, de modo que

O ajudante André Vidal de Negreiros [...] com


esforço singular e singular fortuna, principiando a
crescer nos postos por que foi subindo a mestre-
de-campo e aos governos do Maranhão,
Pernambuco e Angola, não teve pequena parte,
assim no trabalho como na glória de quanto se foi
obrando na guerra e na restauração do Brasil.
(FREIRE, 2001, p. 236-237)

E isso é fato histórico. Sabe-se que ele foi um dos maiores intrépidos defensores da
Capitania da Bahia. É importante mencionar de que revoltado contra o domínio batavo,
João Fernandes Vieira agita um dia Pernambuco contra os holandeses chefiados pelo
Conde Mauricio de Nassau, e André Vidal de Negreiros, tomou conhecimento do fato,
resolveu entrar em território pernambucano, fingindo nada ter com o governo português,
toma a chefia militar da revolução, ganha a batalha de Casa Forte, no Recife, mostrando-se

475
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

mais uma vez inimitável na bravura de guerra, na abnegação e na tenacidade. Foi


aconselhado por D. João IV a abandonar Pernambuco ao domínio holandês, não conhecia
então obediência, mandado, porém, um outro general, Barreto de Menezes, contra um tal
domínio, e o heróico lidador era todo obediência. Queria a independência e grandeza da
Pátria do Brasil. Distinguiu-se na batalha dos Guararapes, como na tomada de Recife, sua
presença foi marcante. Foi, em fim, o principal elemento de expulsão dos holandeses do
Brasil como um todo. Encarregado de levar a grata noticia a Lisboa, aí chegou a 19 de
março de 1654, sendo recebido com grandes honrarias pela Corte Portuguesa. Ganhou
então foro de grande fidalgo da casa real, do conselho de guerra e a de Cristo, as
alcaidarias móres das vilas de Marialva e de Moreira, foi confirmado no posto de capitão
general e governador do Maranhão. Mais tarde foi governador de Pernambuco e finalmente
de Angola. Dotado de grande inteligência e de superiores qualidades morais, de um
verdadeiro homem de guerra, Vidal de Negreiros foi sem questão um dos mais hábeis
generais do seu tempo, e, no dizer insuspeito do celebre Padre Antonio Vieira, havia ele
todas as virtudes e habilidades, só lhe faltando fazer versos. O certo é que ele viveu no
mundo dos engenhos na várzea do Paraíba, participando direta e indiretamente da
fundação de vários deles, dentro da incerteza sempre presente, envolvendo terras férteis
para o plantio da cana-de-açúcar e a mão de obra escrava no século XVII, poucas décadas
após a fundação de Filipéia de Nossa Senhora das Neves em, 5 de agosto de 1885,
inclusive das incursões dos índios contra os colonos e vice versa, bem assim das invasões
de corsários europeus, dentre os quais podemos citar o caso da invasão holandesa no
Brasil. E não foi diferente os conflitos envolvendo as ordens religiosas, dentre as quais a
Companhia de Jesus contra os próprios colonos e selvagens no processo de catequização,
sem dispensar o controle da mão-de-obra indígena, com força regimental, onde eram

[...] favorecereis muito aos Religiosos e


Pregadores, e a todas as outras pessoas
Eclesiásticas que nele hão de tratar da conversão
dos Infiéis, procurando que sejam muito
respeitados dos Portugueses, e de toda a outra
gente [...]. (MENDONÇA, 1972, p.700).

A principal meta da igreja através de seus religiosos era promover a conversão dos
infiéis ao catolicismo sem abrir mão do trafico negreiros da África para o Brasil, na época
comercio que garantia grandes lucros, tendo em vista o uso da mão-de-obra dos escravos
negros na plantão e coleta da cultura da cana-de-açúcar. E foram muitos os conflitos que
tiveram a participação direta e indireta de André Vidal de Negreiros e da Companhia de
Jesus, de modo que ano de 1661, a referida ordem religiosa foi expulsa do Maranhão pelos
colonos descontentes, época em que o mesmo já estava sendo governador da Capitania de
Pernambuco, desde 1657, representando a política dos senhores de engenhos e tentando
recuperar a economia da açucarocracia naquela importante capitania do império lusitano.
Tanto é assim que foi enviada a “Carta ao rei de Portugal tratando dos abusos cometidos
por André Vidal de Negreiros no governo de Pernambuco”(MENESES, 1658).
Em 1765 André Vidal de Negreiros se encontra em Luanda e continua tendo como
ideologia e ou política o pensamento do Padre Antônio Vieira, o que serviu para enfrentar o
pensamento do governo do Rei Dom Antônio I, do Congo, o Mani Maluza, que vivia
submetendo a população que discordasse de sua orientação, tal como lealdade obrigatória
aos chefes aliados e submissão a ferro e a fogo os inimigos seus. O referido rei foi

476
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

derrotado e assassinado por Vidal de Negreiros e suas tropas na Batalha de Ambuila,


através da anuência religiosa o que viabilizou a acusação de caráter cismático e idolatra, o
justificou a invasão contra o referido rei. Assim sendo, depois de Ambuila o reino do Congo
foi literalmente divido por lutas e ou questões intestinais, onde prevaleceu os interesses
dos mercadores de escravos (ALENCASTRO, 2000). E assim sendo, diante da conclusão de
sua missão do outro lado do Oceano Atlântico, regressou ao Brasil, desembarcando na
Capitania de Pernambuco em 1667, em cuja capitania os senhores de engenhos tinha
prendido em 1666 o governador Jerônimo de Mendonça Furtado, e bem assim mandado o
mesmo de volta para Portugal com um rosário de queixas ao rei Afonso III, segundo consta
da “[Consulta do Conselho Ultramarino ao rei de Portugal, á respeito da representação de
Jerônimo de Mendonça Furtado, contra os oficiais da Câmara, que o expulsaram do
governo][Consulta do Conselho Ultramarino ao rei de Portugal, á respeito da representação
de Jerônimo de Mendonça Furtado, contra os oficiais da Câmara, que o expulsaram do
governo]”. (CONSULTA DO CONSELHO ULTRAMARINO, 26/10/1667). A aristocracia e ou
açucarocracia nordestina nunca brincou contra seus algozes, toda vida defenderam seus
interesses empresarias e sociais, tanto é assim que escolheram livremente André Vidal de
Negreiros para assumir o governo da Capitania de Pernambuco, para evitar maiores
prejuízos com a tensão política e administrativa gerada com a coroa lusitana. Governou
Pernambuco pela segunda vez e por pouco tempo até o rei de Portugal nomear o seu
sucessor sem causar-lhe qualquer tipo de constrangimento, levando em consideração o
fato do mesmo representar a aristocracia dominante. Terminada a referida gestão,
recolheu-se ao seu Engenho Novo de Goiana, Estado de Pernambuco, de onde
pessoalmente passou a administrar seu vasto patrimônio particular, onde também escreveu
seu testamento. Era religioso como um santo e atribuía suas vitórias a Nossa Senhora do
Desterro, motivo pelo qual deixou parte do seu patrimônio para o morgado e capela que
leva o nome da referida senhora mãe de Jesus Cristo, atual padroeira da cidade de Itambé,
Estado de Pernambuco, cujo morgado ficou instituído a favor de seu Matias Vidal de
Negreiros, o único dentre os demais filhos naturais que requereu judicialmente e obteve o
reconhecimento oficial de sua paternidade após a morte de André Vidal de Negreiros,
motivo pelo qual foi anulado o testamento e acendeu a luz da desavença com os demais
herdeiros e descendentes, motivo pelo qual o referido patrimônio aos poucos foi sendo
dilapidado e desapareceu completamente. A confusão envolvendo o herdeiro legítimo
Matias Vidal de Negreiros e os herdeiros naturais, dentre outros, chegou até o reino
lusitano, a começar pelo

Recife, 15 de setembro de 1726 . 3147 - CARTA


DO BISPO DE PERNAMBUCO, [D. JOSÉ FIALHO],
sobre ordem para cobrar ao sargento-mor Matias
Vidal de Negreiros os legados que o governador
André Vidal de Negreiros deixou em testamento, e
da obrigação que ele tem em reedificar o engenho
de São João na capitania da Paraíba.(ARQUIVO
HISTÓRICO ULTRAMARINO, 1726)

Onde denuncia que Matias Vidal de Negreiros não cumpriu a obrigação de reedificar
o engenho São João na Capitania da Paraíba, cujas ruínas atualmente se encontra nas
imediações da atual Usina São João que foi construída em suas terras. Por outro lado o

477
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

sargento-mor Matias Vidal de Negreiros, requereu a D. João V, então imperador de


Portugal,

“641 – [ant. 1730, setembro, 19, Paraíba] -


REQUERIMENTO do sargento-mor Matias Vidal de
Negreiros, ao rei [D. João V], solicitando mandar
que, pelo juízo secular competente, se tome contas
dos rendimentos e encargos da capela que seu pai,
André Vidal de Negreiros, instituiu de todos os bens
em seu testamento, dando-se ao suplicante os
alimentos devidos; e ordenar a devassa do caso de
furto feito na sepultura de seu pai”.(ARQUIVO
HISTÓRICO ULTRAMARINO, 1730).

Denuncia assim ao soberano lusitano de que precisa receber os alimentos devidos e


instituídos por seu pai em seu testamento e bem assim clama para que Sua Majestade
ordene a devassa do caso de furto feito na sepultura de seu genitor André Vidal de
Negreiros, na Capela do Engenho Novo, em Goiana, Pernambuco.
E até porque é bíblico todo reino dividido é destruído. Isso é fato e contra fato não
se tem argumento. E assim sendo, cai por terra o argumento histórico holandês de que
André Vidal de Negreiro era filho de um carpinteiro, que se tornou capitão-do-mato, gente
sem classe social, tudo isso porque,

[...] Depois de ter derrotado os hollandezes no Rio


Grande e na Parahyba, coberto de gloria, e
abençoado pelo povo, volta a Pernambuco. Os
perigos o esperam, mas sabe vencel-os ; faz da
guerra uma estrada de triumphos. .Tomando o
forte, seguio-se a capitulação. Depois de ter
conferenciado com o inimigo, fazendo todos os
esforços para incluir no tratado de paz a terra do
seu berço, a Parahyba, assigna o tratado de 1654,
pelo qual os hollandezes entregaram a praça do
Recife com todas as suas defensas, as capitanias
de ltamaracá, Rio Grande e Parahyba [...].
(MOREIRA AZEVEDO). (Transcrevemos com a
ortografia da época).

A conduta moral, nativista e nacionalista por si e seus comandados se fazia presente


em todos os seus planejamentos presentes e futuros sem interesses materiais e
passageiros a exemplo de conduta patrocinada por delação premiada de nossos dias. Ao
contrário o santaritense, paraibano e brasileiro,

“André Vidal era homem tão superior que


necessitara um Plutarco para apreciá-lo. Enquanto
empreendeu, sempre com muito esforço e valor,
não levara a mira no prêmio, nem talvez nesse
mesmo fantasma da glória que tantas vezes nos

478
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

embriaga; tudo fez pelo zelo e amor do Brasil, ou


por caridade cristã”. (VARNHAGEN, 1975, p. 94).

E recebeu o reconhecimento do Padre Antônio Vieira, homem religioso da


Companhia de Jesus e cheio de esperanças, ao mencionar que o território indiano não
estava perdido depois de conquistado por Portugal se lá existe alguém da postura de André
Vidal de Negreiros. É que o nosso herói governou as Capitanias de Pernambuco (duas
vezes), Maranhão e Angola, entre as décadas de 1650 a 1667, do século XVII, trajetória
voltada para a reorganização da cultura da cana-de-açúcar, da questão indígena e disputas
diversas por jurisdição nas instancias do poder colonial lusitano. Faleceu em 3 de fevereiro
de 1680, com 74 (setenta e quatro) anos de idade, no Engenho Novo, em Goiana,
Capitania de Pernambuco. Os seus últimos anos de vida foi voltado para a prática de obras
sociais e ou filantrópicas, inclusive mandou construir a Igreja de Nossa Senhora do
Desterro, nos limites de Paraíba e Pernambuco, atuais cidades de Pedras de Fogo e
Itambé. Tendo em vista a sua vida volta para a guerra ficou deficiente de uma de suas
pernas em combate. Declarava-se ser solteiro, sem herdeiros, porém, deixou grande parte
de seu patrimônio em testamento feito e assinado de próprio punho para sua família,
religiosos e agregados. Ao afirmar que era solteiro, não quer dizer que ele não tivesse
filhos, porque para se ter filho não é preciso ser casado, embora que seja filho natural e ou
adulterino, não aceitos perante a doutrina da Igreja Católica, pela própria sociedade e
principalmente por ser ele um homem de alta sociedade, muito religioso, o que o fez
declarar em seu testamento que não deixa herança de sangue diretamente, para poder
manter sua casta, família, ascendência, descendência e/ou parentesco arranjado fora do
casamento, dentro da visão social do século XVII. (BLUTEAU, 1733, vol.7, p.473). A história
registra que os bens não se passavam apenas de pai para filho, tendo em vista tais bens
ficavam no circulo dos parentes, afilhados, compadrios e outros conhecidos contemplados
em testamento formal antes da morte de seu instituidor. O sangue enquanto substancia
nobre e liquida une o corpo a alma. Isso significa afirmar de que “a hereditariedade das
qualidades supostamente assegurava a perenidade da ordem social”, uma vez que “todo
nascimento comportava um risco: o de uma ruptura, do surgimento de um ser diferente do
pai”,segundo Jouanna (2011,p.30-33). Foi sepultado na capela do referido engenho até 4
de agosto de 1942, quando os seus restos mortais foram transladados por determinação da
Arquidiocese de Oliveira e Recife, do Governo de Pernambuco e do Comando da Sétima
Região Militar no Nordeste, para a Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, edificada nos
históricos montes do atual município de Jaboatão dos Guararapes, em cuja localidade
foram travadas as batalhas em 1648 e 1649, ambas decisivas para a rendição e expulsão
dos holandeses de Pernambuco em 1654. E através de Lei Federal nº 12.701, de 6 de
agosto de 2012, determina a inscrição do nome de André Vidal de Negreiros, dentre outros,
no Livro dos Heróis da Pátria. (DOU, 07/08/2012).
O testamento do patrimônio de André Vidal de Negreiros, obedeceu todas as
formulas da legislação cartorial e religiosa, foi instituído no dia 14 de maio de 1678, onde
existe o equilíbrio em sua distribuição hereditária entre seus filhos naturais e ou
adulterinos: Catarina Vidal de Negreiros; Matias Vidal de Negreiros; Padre Manuel Vidal de
Negreiros e Frei Francisco Vidal de Negreiros (Frei Francisco da Madalena). Em observando
pela simples leitura do testamento verifica-se que todos os beneficiados de seu vasto
patrimônio não estão ali identificados como seus parentes e ou amigos, com exceção da
afilhada D. Catarina Vidal de Negreiros. Vale salientar de que apenas Matias Vidal de
Negreiros foi reconhecido como filho legitimo de André Vidal de Negreiros (ORDENAÇÕES,

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

1870, livro 4, título 82-92). E a negativa de tais paternidades estão presentes no


testamento mencionado, embora quando se refere a Frei Francisco Vidal de Negreiros (Frei
Francisco da Madalena, prior da Ordem Carmelita em Olinda), ao mencionar que “[...]
quando ele nasceu, era eu Capitão de Infantaria na cidade da Bahia, e havia sido Alferes e
Ajudante da mesma Infantaria muitos anos; além de eu ser nobre e viver sempre na Lei da
nobreza [...]” e até porque ele reconheceu Francisco como filho legitimo, declarando sua
paternidade para que o mesmo se habilitasse na Ordem de Cristo como nobre e fidalgo,
embora contestasse a mesma. (ANTT, HOC, letra M, Mc, 48, doc. 19, sd). Assim sendo,
diante de tal reconhecimento de sua paternidade tornava-se nulo o testamento que seu
genitor fez e assinou, o qual passamos a transcrevê-lo na íntegra:

“Declaro que sou natural da Cidade da Paraíba, filho de


legítimo matrimônio de Francisco Vidal, natural da
Cidade de Lisboa, e de Catarina Ferreira, natural de
Porto Santos, os quais são falecidos da vida presente, e
que sou solteiro, e nunca fui casado e nem fiz
promessas de o ser.
Declaro que não tenho herdeiro nenhum forçado que
haja de herdar minha fazenda; pelo que instituo por
minha herdeira universas a minha alma, de todos os
meus bens que se acharem me pertençam líquido
monte, cumprindo-se me tudo as dotações que tenho
feito à minha Capela, invocação de N. S. do Desterro,
sita nos meus Currais, à qual doei e dotei os bens nela
declarados; e dos que se acharem fora das ditas
doações, meus Testamenteiros disporão delas na forma
que em meu Testamento ordeno; porque minha última
vontade é que inteiramente se guarde as ditas doações
e instituição da Capela; e se necessário é para sua
validade por esta minha última vontade, confirmo tudo
que
nas ditas escrituras tenho posto, e no mais que parecer
melhor a meus Testamenteiros que abaixo nomeio, os
quais me farão os mais sufrágios que aqui nomear.
Declaro que instituo por meus Testamenteiros os Revs.
Padres Manuel Vidal de Negreiros e Antonio de Souza
Ferraz, Sacerdotes do hábito de S. Pedro, e em sua
ausência ao Procurador da S. Casa de Lisboa, a quem
peço e rogo pelo amor de Deus queiram aceitar serem
meus Testamenteiros, aos quais e a cada in solidum
dou todo poder que em direito posso e for necessário,
para dar dos meus bens, tomarem e acudirem o que
necessário for para o meu enterramento e cumprimento
dos meus legados e paga das minhas dívidas.
Declaro que tenho cinco engenhos, quatro d'água com
todas as terras, partidos, pastos, lenhas, escravos,
cobres, bois e tudo o mais necessário; dois na Capitania
da Paraíba, da invocação S. João Batista e Engenho
Novo de S. Antonio; e assim mais outro Engenho Novo
de S. Antonio em Goiana e o Engenho S. Francisco na
Várzea de Capibaribe de Pernambuco, e assim mais um

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Molinote na ribeira de Goiana, invocação de N. S. da


Conceição, que tenho arrendado ao sargento-maior
Francisco Camelo Valcassar, por cada ano quatrocentos
mil réis, pagos em açúcar posto no Recife e como valer
na praça.
Declaro mais que tenho vinte Currais de gado vacum
com os escravos necessários nestas terras em que se
podem pôr mais Currais, os quais comprei a Manuel
Correia Pestana e ao Dr. Simão de Lapenha, como
consta das escrituras e títulos; assim mais tenho as
terras de Caricé que comprei aos Araújos, onde tenho
eu mais Currais com escravos e bois necessários para
serrarem caixões e lavrarem mantimentos para maneio
dos Engenhos; assim mais tenho uma sorte de terras na
ilha de Teriri em que tenho uma rede com um mulato e
quatro ou cinco peças de escravos.
Declaro que, além destes Currais, deixei mais um junto
à Ermida de Nossa Senhora, que lhe dei quando
levantei a dita Capela, para a fábrica da dita Igreja.
Declaro que tenho comprado na ribeira de Mamanguape
uma sorte de terras ao Capitão Duarte Gomes da
Silveira, em que tenho uma serraria com escravos e
bois.
Declaro que tenho uns chãos no Recife, da banda do
mar, junto às casas de Antônio Ferreira Rabelo, que
comprei ao Capitão André Gomes Pena e a seu irmão o
Cheira-dinheiro, por alcunha; e assim mais uma sorte
de terras na praia da Barreta que houve de João de
Mendonça Furtado; assim mais três braças de terra que
comprei ao alferes Francisco Fernandes Beija e a sua
cunhada.
Junto às terras dos meus Currais comprei uma sorte de
terras a Álvaro Teixeira de Mesquita, o Moçambique,
junto ao seu açude, em que está um curral de gado
com seus escravos, que dei ao Padre Manuel Vidal de
Negreiros, para seu patrimônio.
Tenho mais uma data de terras de dez léguas em
quadro na Paraíba, dada pelo Conde de Atouguia, e
outras datas mais, que partem com elas, que me deu o
Capitão-mor que foi da Capitania da Paraíba, Luiz Nunes
de Carvalho.
Também tenho para a parte da Paraíba uma sorte de
terras em Jurupiranga para gado que comprei com o
Engenho Novo de Santo Antônio de Goiana, que
pertence à Capela.
Declaro que tenho na Cidade da Paraíba umas casas de
sobrado e uns chãos juntos delas, e uma pedreira com
um forno de cal com toda terra que vai correndo até o
rio Paraíba.
Declaro que destes bens que possuo tenho dado e
vinculado à instituição da Capela de N. S. do Desterro
dos meus Currais, onde me hei de recolher com alguns

481
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Sacerdotes, o Engenho Novo de S. Antônio de Goiana,


com todas as suas terras, parte dos cobres, bois e
peças de escravos, e tudo o mais pertencente ao dito
Engenho; e assim mais terras do Caricé que comprei
aos Araújos, onde tenho uma serraria e lavouras de
roças com todas as peças d'escravos, bois e carros; e
assim mais lhe doei os vinte Currais de gado vacum que
nos limites de Terra Nova e Tirite na Capitania de
Itamaracá e rio da Paraíba, com todos os escravos e
terras em que se podem pôr mais Currais, como tudo se
acha nas escrituras.
Declaro que também tenho dado e doado à dita Capela
o Engenho S. João, sito na Capitania da Paraíba, com
todas as terras, partidos, cobres, escravos e bois, e
tudo o mais pertencente a ele; e assim mais as terras
de Mamanguape que comprei retro aberto ao Capitão
Duarte Gomes da Silveira, onde tenho uma serraria com
peças e bois para maneio dos ditos Engenhos doados à
Capela.
Declaro que tenho dado à minha afilhada D. Catarina
Vidal de Negreiros o Engenho de S. Francisco, sito nesta
Várzea de Capibaribe com todas as terras e partidos,
cobres, bois e peças; e tudo o mais pertencente a ele;
como também as terras que comprei ao Capitão
Antônio Cavalcanti de Albuquerque, junto ao açude de
Álvaro Teixeira; o que tudo lhe dou pelo amor de Deus,
para bem de seu casamento, assim por ser minha
afilhada de batismo, como pela ter criado; com as
condições e cláusulas na escritura que lhe fiz da doação
do dito Engenho de São Francisco.

Declaro que, do dito Engenho, deixei que de seus


reditos se dessem dois mil cruzados ao alferes Francisco
de Freitas Vidal, pelo amor de Deus, os quais se lhe
darão ainda que D. Catarina Vidal de Negreiros não
case e nem seja Freira, de qualquer sorte ordeno aos
meus Testamenteiros lhe dêem dois mil cruzados dos
rendimentos do dito Engenho de S. Francisco; e no caso
de que a dita D. Catarina não tome estado, porque
tomando-o ela, ou seu marido lhe satisfarão a duzentos
mil réis em cada ano, em açúcar e como valer nesta
praça do Recife.
Deixo duzentos mil réis em cada ano a Matias Vidal de
Negreiros, enquanto for vivo, os quais lhe deixo pelo
amor de Deus, e por se achar criado em minha casa; os
quais duzentos mil réis pagarão meus Testamenteiros
do rendimento do dito Molinote N. S. da Conceição.
Deixo e ordeno ao Padre Manuel Vidal de Negreiros,
como meu Testamenteiro, pelo trabalho que há de ter
nas disposições dos meus legados, que tome para si
duzentos mil réis em cada ano, enquanto ele viver, do
rendimento do dito Molinote da invocação de N. S. da

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Conceição, os quais duzentos mil réis, além do seu


trabalho, deixo pelo amor de Deus, pelo haver criado
em minha casa; e por sua morte e de Matias Vidal de
Negreiros, passará o dito Molinote à Capela que tenho
instituído de N. S. do Desterro dos meus Currais, para o
administrador da mesma Capela repartir o rendimento
dele, na forma em que ordeno na escritura da
instituição respectiva.
Declaro que, sendo o caso que Deus faça de mim
alguma coisa antes da minha afilhada D. Catarina Vidal
de Negreiros tomar estado, ordeno que meus
Testamenteiros lhe dêem todo o necessário dos
rendimentos do Engenho S. Francisco, para seu
sustento e vestir, até o tomar, com toda a largueza; e
se Deus a tomar para si antes de o fazer, meus
Testamenteiros lhe farão bem por sua alma, e darão a
sua mãe Isabel Rodrigues, quatro peças de escravos
pelo amor de Deus e pelos bons serviços que tenho
recebido dela, além do negro Rodrigo Sapateiro, que
lhe dei quando casou.
Declaro que Fr. Francisco Vidal ou da Madalena,
Religioso Carmelitano, que serviu de Prior no Convento
do Carmo da Vila de Olinda, e agora está servindo de
Provincial de sua Religião, é filho de Inês Barroso,
pessoa que era naquele tempo casado com Gaspar
Nunes, e quando nasceu era ainda vivo o dito Gaspar
Nunes; e viveu ainda depois muitos anos, como consta
das provações que da Majestade lhe mandasse tirar
quando lhe fez mercê do hábito de Cristo, dizendo na
Provisão que supria nos impedimentos dele Fr.
Francisco Vidal, ser filho de mulher casada, como
consta também por um sumário de testemunhas que a
meu requerimento se tiraram ad perpetuam rei
memoriam. Os meus Testamenteiros darão clareza de
tudo, e suposto que se dizia que ele era meu filho,
nunca o tive por esse; e se que fora, nunca podia ele
nem a Ordem herdar de mim, assim por ser filho
adulterino, como porque quando ele nasceu, era eu
Capitão de Infantaria na cidade da Bahia, e havia sido
Alferes e Ajudante da mesma Infantaria muitos anos;
além de eu ser nobre e viver sempre na Lei da nobreza;
mas por se haver criado em minha casa o dito Padre Fr.
Francisco ordeno a meus Testamenteiros lhe dêem cem
mil réis todos os anos enquanto ele for vivo somente;
os quais lhe pagarão do rendimento do Engenho Novo
de S. Antônio da Paraíba, que comprei ao Capitão
Duarte Gomes da Silveira.
Deixo ao meu sobrinho Antônio Curado Vidal, as
Comendas que S.Majestade me tem dado, assim a de S.
Pedro do Sul em que estou encartado, como as demais
que tem feito mercê e promessa; e assim mais meus
serviços, e peço a S. Alteza que, atendendo aos muitos

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

e bons serviços que tenho feito à Coroa de Portugal, lhe


faça todas estas mercês e o queira honrar com outras
muitas mais avantajadas; e assim lhe deixo mais dois
mil cruzados, que lhe pagarão da venda ou rendimentos
do Engenho Novo de S. Antônio da Paraíba, que
comprei a Duarte Gomes da Silveira, em açúcares a
duzentos mil réis cada ano, e como valer na praça do
Recife; e lhe deixo mais meu espadim de prata.
Deste modo houve eu por acabado este Testamento, e
esta é a última e verdadeira minha vontade; e revogo e
hei por revogados quaisquer outros Testamentos e
Codicílios que antes deste tenha feito, os quais não
quero que tenham força ou vigor, e só este quero
que valha; e peço e rogo às Justiças de S. Alteza, assim
eclesiásticas como seculares, façam cumprir e guardar
este meu Testamento, assim e da maneira que nele se
contém, que fiz e assinei com a minha própria mão,
sendo testemunhas as pessoas abaixo nomeadas, e
assim em dia e ora acima. André Vidal de Negreiros.
Declaro que tenho mais uma sorte de terras em Goiana,
entre o Engenho do Jacaré e terras de João Pacheco, e
que comprei aos Morenos, que também deixo à Capela.
André Vidal de Negreiros.” (MACHADO, 1977,v.1, p.
313-322). E além do mais o seu longo e judicioso
testamento, escrito de próprio punho, a 14 de maio de
1678, está publicado no nº 14 da Revista do Instituto
Arquiológico Pernambucano.

Em síntese, no centro da atual capital da Paraíba, o Poder Público fez construir a


Praça André Vidal de Negreiros, sonhado por Liberato Bittencourt em 1914 e tantos outros
defensores de que o nosso herói nacional deveria ser sempre lembrado para as novas
gerações, tendo em vista a rendição dos holandeses em 1654, cuja noticia vitoriosa da
expulsão dos holandeses do Nordeste do Brasil foi levado por ele ao rei D. João IV, que o
condecorou e nomeou governador geral e capitão geral da Capitania do Maranhão e Grão-
Pará (1655-1657), em seguida foi governador da Capitania de Pernambuco, em dois
períodos (1657-1661 e 1667), bem como governador de Angola, na África no período de
1661 a 1666. Para evitar nova invasão holandesa ao Brasil, Portugal assinou um tratado
bilateral em Haia no ano de 1661 e pagou a indenização de quatro milhões de cruzados,
bem como entregou as Ilhas Molucas e o Ceilão a Holanda, apesar da rendição e expulsão
dos holandeses de Pernambuco em 1654, que se diga de passagem que o nordeste
brasileiro foi à região mais rica do mundo colonial lusitano, em termos de produção e
exportação de milhares de arrobas de açúcar para o Continente Europeu e outras partes do
mundo. É esse o cenário onde nasceu, viveu, fez história e faleceu em 3 de fevereiro de
1680, o herói brasileiro, paraibano e santaritense André Vidal de Negreiro, no Engenho
Novo de Santo Antônio de Goiana, em cuja capela foi sepultado, na Vila de Goiana, Estado
de Pernambuco (BARBALHO, 1982, p-25-31). Sua vida serve de exemplo para ser seguida
por todo e bom brasileiro.

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

CAPITULO VI
EM TI E POR TI SANTA RITA

6.1 - POR QUE BAIRRO POPULAR?


É um erro popular muito comum acreditar
que aqueles que fazem mais barulho a
lamentarem-se a favor do público sejam os
mais preocupados com o seu bem-estar.
Edmund Burke

O termo popular é um adjetivo de dois gêneros, algo relativo e ou relativo ao povo e


feito pelas pessoas simples, sem muita instrução e de pouco poder social, econômico e
financeiro. É um nome que não representa a fidalguia elitista. Assim sendo, nasceu a
Fundação da Casa Popular, no Governo do Presidente Dutra, órgão subordinado ao então
Ministro José Pereira Lira, nascido em 23 de agosto de 1899, em Cruz do Espírito Santo,
Estado da Paraíba e que faleceu no Rio de Janeiro em 1985 com 86 anos de idade. O
referido cidadão foi Bacharel em Direito e Professor Universitário. No Estado do Rio de
Janeiro foi fundador da Faculdade de Direito, além de Diretor de 1940/41 e de 1946/47 da
referida Faculdade. Foi Deputado Federal, Chefe de Polícia no Estado do Rio de Janeiro,
Ministro do Tribunal de Contas da União (inclusive foi seu Presidente) e Ministro Chefe do
Gabinete Civil da Presidência da República, de 16 de dezembro de 1946 a 31 de janeiro de
1951, na gestão do já citado Presidente Marechal Eurico Gaspar Dutra. Sem delongas, em
síntese foi o Ministro Pereira Lira, o responsável direto pela construção do conjunto
residencial da Fundação da Casa Popular, instituída através do Decreto-Lei nº 9.218, de 1
de maio de 1946, obra embrionária de caráter populista e nacionalista que deu motivo ao
povo brasileiro e dentre os quais a população sem casa para morar em Santa Rita, entre os
anos de 1948/49 a começar a chamar a antiga área de curral do Engenho Tibiri de Bairro
Popular. Foi o primeiro conjunto residencial construído em Santa Rita com dinheiro público
federal, o Brasil era governado pelo Marechal Eurico Dutra e Santa Rita pelo Prefeito Flávio
Maroja Filho, ambos eleitos pelo voto popular no período seguinte ao pós-Estado Novo e ou
ditadura Vargas que durou de 1937/45. Valendo salientar de que o Município de Santa Rita
recebeu de “mão beijada” e/ou a fundo perdido a doação do dinheiro que edificou tal
conjunto residencial. Os moradores das referidas casas populares passaram a ser inquilinos
da Prefeitura Municipal de Santa Rita de 1949 a 1980, época em que o então Vereador
Francisco Aguiar, apresentou um projeto de lei à Câmara Municipal autorizando a Prefeitura
Municipal de Santa Rita a assinar escritura de doação a todos os seus inquilinos, o projeto
foi aprovado e o prefeito sancionou a referida lei. A título de gratidão e ou de
reconhecimento público, o referido Bairro Popular denominou uma de suas ruas com o
nome de "Rua Professor Pereira Lira, para imortalizar entre nós aquele benfeitor. O
professor Pereira Lira, foi também co-fundador da Academia de Letras Brasiliense, tendo
sido seu Presidente, bem como pertenceu a Associação Brasileira de Escritores. O povo
santaritense o tem como um dos seus benfeitores desde a década de 40 do século XX.
E o Bairro Popular desde 1949 vem despertando a simpatia e o afeto do povo, sem
demérito aos demais bairros, é o bairro mais conhecido e mais lembrado, dentro e fora da
Paraíba, quando se fala em Santa Rita, vem logo em mente o Bairro Popular, seja na
alegria e ou na dor, tamanha é sua notoriedade. É lugar conhecido, democrático, sabido,

485
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

plebeu e elogiável, no bom sentido da palavra. Atualmente é habitado por gente de todas
as classes sociais e profissões liberais. O nosso popular não significa ser medíocre, somos
uma população honrada e trabalhadora e que sonha de olhos abertos com o nosso futuro,
de modo que discordamos plenamente de Oscar Wilde, ao afirmar de que “a cada bela
impressão que causamos, conquistamos um inimigo. Para ser popular é indispensável ser
medíocre”, tendo em vista que amamos esse lugar como amamos o nosso próprio ser. O
Bairro Popular fez realizar o sonho de muita gente com a casa própria e barata, um
exemplo disso: “[...] Trabalhávamos os dois na fábrica de tecidos paraibana, chamada
Tibiri. Ele era tecelão igual a mim, mas nunca tirou um pagamento igual, sempre tirei 20,30
cruzeiros a mais por causa da produção. Moramos na casa da companhia, casa de 2
quartos, na rua 20, até pouco antes do nascimento de Jacilene. Aí fiz um acordo com a
companhia, porque tive que ser operada, e 1 ano e 6 meses depois ele foi despedido.
Tinha 30 dias para desocupar a casa. Peguei meu dinheiro e saí pela cidade alta,
procurando uma casa barata, porque o bairro estava começando[...].” (OLIVEIRA; PRADO,
1981, p.71-72). E o acesso ao Bairro Popular? Diante de fatos não se tem argumentos,
tanto é assim que analogicamente falando entendemos que Santa Rita, Sua História e Sua
Gente, é muito bem retratada nas fotografias de Fausto Ferreira e Antônio Viégas, dentre
outros fotógrafos “in memorian” que aqui escolheram para morar e construir suas famílias.
As fotos que registram in loco a construção da pequena ponte sobre o rio preto, que nasce
nas imediações da localidade “onze” no Bairro da Santa Rita e corta a cidade para despejar
na maré com destino ao mar, passando pela a atual rua Professor Severo Rodrigues,
educador exemplar “in memorian”, antigo professor da Vila Operária Tibiri e da rede
municipal de educação na década de 30 do século XX em nossa terra. Não é por acaso que
Mia Farrow enfatiza que “a fotografia nunca se revela por inteiro quando você se
desmancha por alguém. Essas relações lembram uma foto polaroid: a imagem vai
aparecendo aos poucos. Algumas coisas se distanciam do sentimento original, mas isso é a
vida”. Voltando a análise nua e crua da foto antes citada, ao fundo do registro fotográfico
avista-se a antiga Cadeia Pública de Santa Rita, edificado também na década de 30 e o
casario com o estilo da época, valendo apenas relembrar de que todas as casas foram
derrubadas e em cujos terrenos foram construídos novos prédios, a começar pelo prédio
dos herdeiros do comerciante Antônio Alvino da Costa, por exemplo, na Praça Venâncio
Neiva, de frente para a Estação Ferroviária Conde D'Eu em Santa Rita/PB, inaugurada em
1882 e assim denominada em homenagem ao genro do Imperador D. Pedro II, esposo da
Princesa Isabel, a responsável pela libertação dos escravos em 13 de maio de 1888. É
importante registrar que o prédio da antiga Estação Ferroviária também foi derrubada na
década de 80 do século XX, e em cujo terreno foi construída o prédio atual. Nota-se
também a existência da construção de casas de taipa e cobertas de palhas na atual Rua
Senador José Américo, que na época era chamada de rua do Melão e depois de rua Nova
Descoberta, já existiam as casas de frente para a cadeia pública, a exemplo da casa onde
mora e trabalha o senhor João Ferreira Maciel, um dos primeiros radiotécnicos de Santa
Rita formado no Rio de Janeiro para consertar rádio e televisão, além do salão de beleza
masculino do hoje advogado e delegado Oscar Amâncio e colegas de profissão, a exemplo
do senhor conhecido por “Paixão”, dentre outros. Já existia a Rua da Linha, que passou a
chamar-se de Rua Dr. Pedrosa, bem como a casa do senhor José Severiano de Lima,
enfermeiro altamente humano e qualificado e que trabalhava no Hospital e Maternidade
São Vicente de Paula, na cidade de Itabaiana/PB, casado com dona Dulce Ferreira de Lima,
conhecida por dona Dulce, de saudosa memória e que construiu uma grande prole, dentre
os quais o Engenheiro Edson Severiano; o Médico Val; a Professora Edileuza; Professor

486
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Evandro Severiano de Lima, que inclusive foi professor no COFRAG - Colégio Dr. Francisco
Aguiar, no período de 01 de outubro de 1985 a 23 de março de 1992, quando já estava
estabilizado como professor na rede pública estadual e municipal, e outros filhos
igualmente ilustres de famílias de nossa amada terra: Santa Rita. A casa onde morou Mário
Bandeira de Luna, funcionário da Rede Ferroviária Federal, (pai de Cândida das Neves,
Maria do Carmo, Maria da Penha, Maria de Fátima e João Bandeira), casado com Herundina
Pereira da Costa, tia do ex-prefeito Reginaldo Pereira da Costa e seus irmãos, também
aparece encoberta por plantações de bananeiras e coqueiros, onde se encontra edificada a
Padaria Santo Antônio, de Adauto Apolinário e família, e do outro lado da rua Professor
Severo Rodrigues, esquina com a rua Dr.Pedrosa, verifica-se a existência de uma modesta
casa de taipa e coberta de palhas de cana de açúcar, que é justamente a casa primitiva do
comerciante Ernesto Alves de Lima, “in memorian”, onde encontra-se atualmente
estabelecido o seu filho e também comerciante Antonio Alves de Lima, o popular Tota
promoções. O povo passava para o bairro popular por uma pinguela, feita de madeira ou
por dentro d'água, não existia a rua Professor Severo Rodrigues, isto é o inicio da
habitação do sopé que acessa “morro” da popular, nosso maior orgulho de vivermos nele
os 365 dias do ano, isto há mais de 60 (sessenta) anos contínuos. Assistimos a expansão
urbana de nosso amado Bairro Popular e demais bairros de nossa cidade alta e
adjacências. O registro panorâmico fotográfico prova de que antes dali o Bairro Popular
ainda não tinha sido pisado por automóveis, motors, etc., apenas por animais domésticos,
bois, cabras, jumento, cavalos, etc., e ou selvagens que outrora se presume que tenham
aqui vivido antes da presença do homem tido como civilizado, ainda não existia lixo e
esgoto sanitário jorrando a céu aberto como sepultura esperando o cadáver para ser
sepultado, sic, salvo melhor juízo.
Em síntese nesta época, Santa Rita era administrada pelo então Prefeito Antônio
Teixeira, iniciada em 1959, no Bairro Popular tinha apenas as casas populares construídas
no Governo do Presidente Eurico Gaspar Dutra e inauguradas em 1949, entre as atuais
ruas: José Paulino Cavalcante, Professor Pereira Lira e Major Terêncio, na rua Eurico Dutra,
tinha apenas a construção da caixa d’água no local onde atual foi construída a Secretaria
Acadêmica da Faculdade e Colégio Francisco Aguiar - COFRAG. E por fim cercados de
criação de gado, muitos pés de macaíba e poucos casas edificadas de barro e cobertas de
palhas de cana e ou de coqueiro. E até porque Andy Warhol tem razão quando afirma que
“a melhor coisa sobre uma fotografia, é que ela não muda mesmo quando as pessoas
mudam”. Vem daí o atual Bairro Popular, que batiza todas as demais localidades da atual
cidade alta de Santa Rita. Viva nossa terra!

6.2 - A PRAÇA DA MATRIZ


Os adolescentes logo depois,
Das novenas e das missas,
Reuniam-se na praça da matriz,
Uns de braços dados, sonhando com o futuro...
Aos beijos, abraços e ais.

A quebra2 resguardo tocava no coreto,


Era o entre e sai da juventude...
Do Cinema Avenida,
2
Quebra resguardo era o nome dado pelo povo a Filarmônica Municipal São José.

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

O arvoredo cobria a Praça,


E o povo sorria de graça.

O palanque meia-lua,
De arquitetura deslumbrante,
Palco de Nelson Gonçalves,
De Luiz Gonzaga e de Ébano.
Tribuna da política local e nacional.

No centro da praça, o Caramanchão3


Recepcionando os bancos toscos,
A banca de revista e seus freqüentadores,
Os lustradores de sapatos,
Registro vivo de nossa sociedade.

De hora em hora,
O apitar da Fábrica Tibiri,
Das usinas e engenhos,
A noite ia impondo o silêncio...
E a lua iniciava seu clarão.

Até amanhã amigos,


Abraços juvenis, afagos...
Aperto de mãos e sorrisos,
O despertar do sexo e fôlego curto,
Os jovens iam dormir sonhando com a amada.

O desejo do corpo a corpo...


Razão e sonho de futuro...
Ficava para depois do casamento...
E amanhã fazer tudo outra vez,
Cama só depois do juramento...

E assim as estações do ano...


Foram passando...
E a juventude também...
O passado não pede passagem...
Para voltar aquele tempo...

6.3 - Santa Rita e a primeira fábrica de cimento da Ilha Tiriri


[...] Mas só sabemos essas coisas sobre o
futuro porque estudamos o passado: sem
isso não teríamos nem mesmo o
conhecimento dessas verdades
3
Construção de quadrangular de colunas duplas em suas extremidades no estilo arquitetônico, semelhantes aos pilares romanos,
edificada em parques e/ou jardins, de cimento armado e/ou de madeira, coberto de vegetação, local usado para descanso e ou
recreação; e o mesmo que caramanchel.

488
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

fundamentais, não saberíamos as palavras


para expressá-las, ou até quem, ou onde, ou
o que nós somos. Só conhecemos o futuro
através do passado nele projetado. Nesse
sentido a História é tudo que temos.
Jonh Lewis Gaddis

É importante enfocar de que a Ilha Tiriri (planta rasteira que corta como navalha) é
localizada defronte a Capital da Paraíba, sob suas águas turvas aconteceram os naufrágios
não encontrados e sem descrições do barco francês Chargeau D´Flote, em 1712 e bem
assim a barca brasileira Antonietti, em 1873, em ambos os casos teve como motivo
encalhamento em banco de areia. E por fim, sem motivo conhecido, naufragou em 1893,
em águas da Ilha da Restinga, a barco de nacionalidade norueguesa Albert, conforme os
Naufrágios da Paraíba relacionados em o Brasil Mergulho (sd)¹. Nada cai do céu por acaso,
se sabe que em 1890, no mesmo ano em que Antônio Gomes Cordeiro de Mello e seus
companheiros conseguiram a emancipação política de Santa Rita da então Capital da
Paraíba do Norte, em 19 de março de 1890, esteve visitando as terras de Santa Rita,
principalmente o nosso litoral paraibano, o português Antônio Varandas de Carvalho e o
inglês Jordan Stuart, quando ambos resolveram parar suas andanças para descansar um
pouco, foi justamente aí quando observaram que a lama que se acumulava nos varapaus
de apoio para vadear o nosso manguezal, secava relativamente rápido, tornando-se
consistente e de boa qualidade a referida argamassa natural. Dizem que foi a partir dessa
observação que a Ilha Tiriri foi posteriormente escolhida como o local para construção e
funcionamento da primeira indústria de cimento da América do Sul em solo santaritense
paraibano em 1892, conforme nos informa Adm. Conselho Nac. Geografia (1943) e bem
assim os Confrades do IHGP (1946). Assim sendo, foi construída e funcionou durante três
meses em 1892, o que envolve pioneirismo e fugacidade, sic, conforme cita a Revista do
Serviço Público, v. 13 (1941): “[...] no Estado da Paraíba foi, em 1892, inaugurada na Ilha
de Tiriri uma fábrica de cimento que suspendeu, porém, dentro de três meses o seu
funcionamento”. Isso mesmo, localizada em Santa Rita, na Ilha Tiriri e/ou Tiririca, no
século XIX. Vale salientar de que a falência da referida Fábrica de Cimento Tiriri, provocou
a “Questão da Ilha de Tiriri”, embate jurídico envolvendo o Governo do Estado da Paraíba e
a Companhia de Cimento Portland, sediada no Rio de Janeiro, proprietária da referida
fábrica na última década do referido século, onde os donos da fábrica pediam indenização
pelo acervo entregue ao Estado da Paraíba, tendo em vista o investimento arrojado para a
época e a grande quantidade de toneladas de cimento ali fabricado. Existem duas versões
a respeito do fechamento da Usina e ou Fábrica de Cimento da Ilha Tiriri: 1ª) A quebra do
volante de uma máquina a vapor, segundo seus proprietários; 2ª) As dificuldades dos
empreendedores da fábrica de cimento em lutar contra os preços dos produtos importados,
segundo Simonsen (1967). Sejam quais forem os motivos da falência da referida fábrica, é
importante conhecermos os argumentos da historicidade do cimento Portland, segundo
artigo de Battagin (2009) ao afirmar: “[...]Assim, chegou a funcionar durante apenas três
meses, em 1892, uma pequena instalação produtora na ilha de Tiriri, na Paraíba, cuja
construção data de 1890, por iniciativa do engenheiro Louis Felipe Alves da Nóbrega, que
estudara na França e chegara ao Brasil com novas ideias, tendo inclusive o projeto da
fábrica pronto e publicado em livro de sua autoria. Atribui-se o fracasso do
empreendimento não à qualidade do produto, mas à distância dos centros consumidores e
à pequena escala de produção, que não conseguia competitividade com os cimentos

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

importados da época [...]”. Aí fica configurada a idéia de interior, lugar de difícil acesso,
rural e/ou rústico de tudo que fica longe dos grandes centros urbanizados, herança
histórica e literária da cultura do interior que Portugal durante mais de trezentos anos
assim introduziu e induziu nossa gente a acreditar. É mesmo o lugar onde o vento faz a
volta, o que costumamos chamar de interior, de gente atrasada. Ainda na atualidade os
grandes empreendimentos são direcionados aos grandes estados membros da federação
brasileira em detrimento dos considerados pequenos e ou atrasados. É a cultura do interior
e do atraso que não gera industrialização e muito menos desenvolvimento social. O Brasil
ainda continua em via de desenvolvimento sustentável diante das demais nações, tidas
como grandes e de primeiro mundo. Quase todos grandes investimentos que vem para o
Estado do Paraíba, principalmente se for para implantação de novas industrias, esforços
políticos são implementados e fixados para os municípios de Campina Grande e João
Pessoa, onde Santa Rita mesmo sendo a terceira cidade da Paraíba vem sofrendo tal
discriminação desde o inicio de nossa fundação e emancipação política e social, não
obstante fomos e ainda somos o maior marque agro-açucareiro desde o período colonial
aos nossos dias no solo paraibano.
Em síntese, as ruínas da fábrica de cimento estão ainda presentes na Ilha Tiriri,
pertencem a particulares e podem ser visitadas mediante agendamento prévio, tendo como
acesso, via barco a partir da Praia de Jacaré, em Cabedelo, e/ou através da BR 101,
passando por Pirpiri/Bebelândia/Gargaú e o Distrito de Nossa Senhora do Livramento, em
Santa Rita, litoral paraibano. Nossa Santa Rita é privilegiada pela natureza, tem o maior
lençol freático da Paraíba em seu solo, temos água mineral jorrando com abundância em
pleno século XXI a céu aberto, água doce de primeira qualidade, o que motivou a
implantação de várias indústrias de exploração do ramo em nosso território municipal.

6.4 – O poder político paraibano e o protocolo de Tibiri


[...] o povão não gostou do acordo, tendo o
advogado Renato Teixeira Bastos surgido
como candidato de protesto, obtendo,
porém, inexpressiva votação.
Luiz Hugo(IHGP/2003)

A história política nacional menciona que em 3 de outubro de 1955, realizaram-se


eleições para Presidente da República, Vice-presidente, Governador, Vice-governador,
Prefeito e Vice-prefeito em todos os municípios do Estado da Paraíba.
A história eleitoral da Paraíba, referente ao pleito de 3 de outubro de 1955, registra
que o candidato mais votado a Presidente da República no Estado da Paraíba foi Juarez do
Nascimento Fernandes Távora (político e militar), nascido aos, 14 de janeiro de 1898,
natural de Jaguaribemirim, Estado do Ceará, e falecido em 18 de julho de 1975 no Rio de
Janeiro, porém, no restante do país o eleito foi o Juscelino Kubitscheck de Oliveira (médico
e oficial da PM/Mineira), nascido aos, 12 de setembro de 1902, em Diamantina, Estado de
Minas Gerais e falecido em, 22 de agosto de 1976, em Resende, Estado do Rio de Janeiro,
o candidato a Vice-presidente mais votado pelo eleitorado paraibano foi Milton Soares
Campos (político, professor, jornalista e advogado), nascido aos, 16 de agosto de 1990,
natural de Ponte Nova, Estado de Minas Gerais e falecido em 16 de janeiro de 1972, em
Belo Horizonte/MG, porém o eleito no restante do país foi o João Belchior Marques Goulart
(advogado e político), nascido em 1 de março de 1919, em São Borja, Rio Grande do Sul, e

490
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

falecido aos 57 anos de idade no dia 6 de dezembro de 1976, em Mercedes Corrientes,


Argentina.
Foi candidato a governador do Estado da Paraíba nas eleições de 3 de outubro de
1955, Flávio Ribeiro Coutinho, médico, industrial, banqueiro e político, natural de
Pilar/Paraíba, nascido em 20 de julho de 1882, e falecido em 26 de maio de 1963, no Rio
de Janeiro. Eleito e tomou posse em 31 de janeiro de 1956, no cargo de governador da
Paraíba, tendo se ausentado por motivos de saúde em dezembro de 1957 para se tratar no
Rio de Janeiro, passando o cargo interinamente para o vice governador Pedro Moreno
Gondim, conforme Maia (1977, p.202). A candidatura de Flávio Ribeiro em 1955, foi
viabilizada através do protocolo de pacificação, firmado na Vila Operária Tibiri, na
residência do industrial Virginio Veloso Borges, presidente do Partido Libertador e
proprietário da CTP – Companhia de Tecidos Paraibana. Assinaram e cumpriram o acordo
Argemiro de Figueiredo, pela UDN e Ruy Carneiro, pelo PSD. E assim “[...] O Dr. Flávio
assumiu o poder por demais idoso e só esteve à frente do Estado 18 meses [...]”, e isso só
foi possível através da “troca de amabilidades: Flávio abre o cofre para Argemiro...”
recebendo como recompensa da “amabilidade trocada: Argemiro abre a porta do carro...”
(COUTINHO, 1965, p.162-165). Por dedução a política é um negócio como outro qualquer
na ideologia da elite dominante sobre a classe obreira desempregada em períodos
eleitorais. Ressaltamos que “o povão não gostou do acordo, tendo o advogado Renato
Teixeira Bastos surgido como candidato de protesto, obtendo, porém, inexpressiva
votação”, conforme Luiz Hugo (2003) em conferência sobre os 80 anos do historiador Joacil
de Brito, no IHGP. Assim sendo, teve como adversário Renato Teixeira Bastos (advogado),
candidato do pequeno PST – Partido Social Trabalhista, criado em 1946 por dissidentes do
PTB-Partido Trabalhista Brasileiro, e extinto em 1965, pelo Ato Institucional nº 2.
Santa Rita recebeu no dia 20 de julho de 1957, a visita oficial do seu chefe do
Poder Executivo, pena que em dezembro de 1957, diante do afastamento para tratamento
de saúde no Rio de Janeiro, o governador Flávio Ribeiro Coutinho, transmitiu ao vice
governador Pedro Moreno Gondim, advogado e político, nascido em 1 de maio de 1914,
natural de Alagoa Nova/PB e falecido em 26 de julho de 2005, em João Pessoa/PB, a
interinidade do referido até 1960, quando se afastou do rcargo para ser candidato a
governador da Paraíba, sendo sucedido pelo deputado José Fernandes de Lima, então
Presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, tendo como adversário o seu antigo aliado
José Janduhy Carneiro, irmão do senador Ruy Carneiro. Foi eleito governador para o
período de 1961 a 1966 quando entregou o governo a João Agripino Filho. E Santa Rita
perdeu com o afastamento em dezembro de 1957 o seu eterno governador Flávio Ribeiro
Coutinho, oportunidade única para resolver seus antigos problemas de saúde, educação,
industrialização, infraestrutura, dentre outros problemas locais, algo parecido com o ditado
popular que “o cavalo não passa selado duas vezes na mesma porta”, assim como o mito
de que “o raio não cai duas vezes no mesmo lugar”, enquanto isso Santa Rita e o seu povo
aguarda solução para seus problemas básicos que dependem direta e indiretamente da
gestão pública estadual. Nossa terra não tem sucesso com seus homens públicos quando
no exercício de mandato de chefia no Poder Executivo Estadual, basta tomar como
exemplos: José Teixeira de Vasconcellos, o Barão de Maraú, que foi Presidente
(Governador) da Paraíba na condição de segundo vice presidente no período de 22 de abril
a 01 de novembro de 1867, nada fez em particular a favor de nossa terra; o mesmo
aconteceu com o Padre Manoel Gervasio Ferreira da Silva, que foi segundo vice governador
do Estado da Paraíba de 22 de outubro de 1900 a 22 de outubro de 1904, não assumiu o
poder executivo estadual um minuto se quer e também nada trouxe para nossa

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

comunidade com o uso do dinheiro público; e por fim uma trombose retirou o governador
Flávio Ribeiro Coutinho da cadeira de governador com menos de um ano de ter assumido o
referido cargo em dezembro de 1957, seu sucessor o vice Pedro Gondim, apenas manteve
os serviços essenciais funcionando em nossa terra e investimentos praticamente nada
trouxe para acelerar o nosso desenvolvimento social, financeiro e econômico.

6.5 – Isabel Bandeira Brasileira, a catadora de lixo

Lixo, substantivo masculino


Qualquer material sem valor
Sem utilidade e sem destino
Sem vida e calor...

Detrito originado de trabalho


Doméstico, comercial e industrial
É tudo que se joga fora, bandalho...
Resíduo orgânico e inorgânico geral.

É tudo que é retirado


Mudança de lugar, limpeza
Imundície, sujeira, rejeitado...
Cultura do atraso, pobreza.

Vassoura, a catadora de lixo


Na cidade de Santa Rita
O povo da rua, cochicho...
Ela esculhamba e apita.

Honestidade em pessoa
Não tinha fineza...
Vassoura gente trabalhadora
Forte e não dependia da riqueza.

Não tinha chuva, sol ou sereno


Mantinha a si e sua prole com seu suor
De fala alta e picante como veneno
Falava o que vinha a boca, arigó...

O fluido aquoso, secretado e incolor


De Vassoura escorre no corpo, compele...
Glândulas sudoríparas, trabalho duro, suor
Destilado pelos poros da pele.

492
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

CAPITULO VII
SANTA RITA DE ONTEM E DE HOJE
7.1 – QUARENTA ANOS DEPOIS...
Em política, perseguir um homem não é
apenas engrandecê-lo, mas também
justificar-lhe o passado.
Honoré de Balzac

No dia 31 de Janeiro de 1973 a Câmara Municipal de Santa Rita/Paraíba, elegeu o


vereador Francisco de Paula Melo Aguiar/MDB/oposição/professor, empresário do ramo
educacional e estudante de Direito (Presidente); João da Costa
Gadelha/MDB/oposição/contabilista (Vice Presidente); Severino
Maroja/MDB/oposição/senhor de engenho (Primeiro Secretário); Marcos Antônio de Souza
Brandão/ARENA/situação/estudante de direito e empresário (Segundo Secretário);
Reginaldo de Freitas/ARENA/situação; empresário; José Pereira da Costa
Filho/ARENA/situação; funcionário público; Oíldo Soares/ARENA/situação/funcionário
público e estudante de medicina; Aníbal Limeira/MDB/oposição/funcionário público e
estudante de engenharia; e Israel Correia Diniz/MDB/oposição/funcionário público federal;
e Débora Soares de Araújo/ARENA/situação/professora e funcionária pública (que foi
substituída pelo suplente de vereador Ernani Inácio da Silva/ARENA/situação;agricultor),
para assumir a Secretaria Municipal de Educação e Cultura, depois que tomou
conhecimento da sentença proferida no MANDADO DE SEGURANÇA contra sua eleição de
Presidente da Câmara Municipal de Santa Rita que concedeu direito liquido e certo, isto é a
vitória ao Vereador Francisco de Paula Aguiar (MDB), conforme sentença proferida pelo
MM. Juiz de Direito Dr. José Rodrigues de Ataíde em 16 de abril de 1973 e confirmada pelo
Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba através do Acórdão proferido no AGRAVO DE
PETIÇÃO CÍVEL nº 1.027/73, tendo como Agravantes: O Juízo de Direito da Comarca de
Santa Rita e Débora Soares de Araújo e Agravado: Francisco de Paula Aguiar.. O relator foi
o Exmo. Desembargador Luiz Pereira de Diniz, onde “[…] com essas razões, e em harmonia
com o parecer do Exmo. Procurador da Justiça, é que esta Câmara, por votação unânime,
nega provimento aos recursos para manter a sentença, que bem apreciou o litígio e lhe
deu decisão correta, restaurando um direito liquido e certo, violado abusivamente pela
impetrada. João Pessoa, 31 de Julho de 1973”. Seguem as assinaturas do “Presidente,
Relator, Membro e do Procurador da Justiça”.
Por analogia cai como uma luva no caso em tela o pensamento de Nelson Rodrigues
quando menciona que “Muitas vezes é a falta de caráter que decide uma partida. Não se
faz literatura, política e futebol com bons sentimentos…”, porém, o autor do Mandado de
Segurança por não aceitar a interpretação do Regimento Interno pela Vereadora Débora
Soares de Araújo e de sua bancada da ARENA/Aliança Renovadora Nacional, partido dos
governos: federal, estadual e municipal, naquele instante no Brasil, na Paraíba e em Santa
Rita, ao declarar-se “Presidente eleita e empossada da Câmara Municipal de Santa Rita”, no
dia 31 de janeiro de 1973. O povo enfurecido invadiu a Câmara Municipal de Santa Rita
contra a arbitrariedade cometida que arrancou o direito liquido e certo do verdadeiro eleito
por força da votação e do Regimento Interno elaborado e aprovado em 6 de julho de 1949,
pelos vereadores José Vitaliano de Carvalho Rocha, Otávio de Souza Falcão, Plácido de
Oliveira Lima, Oton de Carvalho Pedrosa, Antônio Gomes Pereira, Antônio de Souza

493
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Nazário, Severino Rodrigues Paulista, Salomão de Lima Macedo e Elisio Pereira Paiva, todos
de saudosa memória, onde no parágrafo 1º, do artigo 5º (quinto) daquele diploma legal
que determinava: “[…] § 1º – Verificando-se empate em mais de dois nomes,
somente os dois vereadores mais idosos poderão ser votados, e no caso de se
verificar votação igual entre os dois, será proclamado eleito o mais moço”
(Grifamos), o que realmente aconteceu, a Vereadora Débora Soares, tinha idade de ser
mãe do Vereador Francisco Aguiar, ambos concorrentes a cargo de Presidente da Câmara
Municipal, em ambos os escrutínios. Portanto, o quebra-quebra aconteceu dentro do
Plenário da Câmara Municipal de Santa Rita na noite de 31 de janeiro de 1973, porque tal
principio foi desrespeitado e rasgado por quem presidia a eleição da Mesa Diretora da
Câmara Municipal, atual Casa Antônio Teixeira. E o Poder Judiciário corrigiu o erro de
interpretação do Regimento, e até porque no dizer de Hubert H. Humphrey “Errar é
humano. Culpar outra pessoa é política”, o que na realidade aconteceu no caso. Os ânimos
da política partidária em Santa Rita sempre foram e são exaltados de ponta a ponta, onde
os adversários botam defeitos de toda ordem em seus concorrentes, porque entendem que
em política feio é perder a eleição. A política é uma fonte de cobiça e de desrespeito aos
valores humanos, profissionais e morais dos concorrentes em si em qualquer parte do
mundo e aqui não é diferente. Isso não é coisa nova em nossa terra, na década de 70 do
século XX, aqui já existia essa herança maldita dos antepassados e das brigas sem motivos
aparentes. O prefeito eleito no pleito de 15 de novembro de 1972 e já empossa era Antônio
Joaquim de Morais (economista e contador) e o Vice Prefeito Joaquim Dias Ramos
(empresário do ramo de panificação), ambos pertencentes à ARENA-Alicança Renovadora
Nacional/situação e seguiam a orientação político do Deputado Egidio Silva Madruga
(advogado), enquanto o MDB/Movimento Democrático Brasileiro seguia a orientação do ex-
Vereador, ex-Deputado e ex-Prefeito Heraldo da Costa Gadelha (advogado), candidato
derrotado naquelas eleições em virtude da existência do instituto das sublegendas
implantas pelo Regime Militar de 1964, onde os dois partidos políticos: Arena e MDB, eram
transformados em seis partidos na prática. As sublegendas de ambos os partidos brigavam
internamente que parecia cachorro vira-lata a procura de “osso” para roer. É esta a
verdadeira história da eleição da Mesa Diretora do Poder Legislativo Municipal de Santa
Rita, realizada no dia 31 de janeiro de 1973 que elegeu o Vereador Francisco de Paula
Aguiar, seu Presidente, contada 40 (quarenta) anos depois para o conhecimento da
população de “Santa Rita, Sua História e Sua Gente”. Mencionamos que Aécio Flávio Farias
de Barros (in memorian) e Heraldo da Costa Gadelha foram os advogados que assinaram a
petição inicial do Mandado de Segurança, e até porque no dizer de Winston Churchil “A
política é quase tão excitante como a guerra e não menos perigosa. Na guerra a pessoa só
pode ser morta uma vez, mas na política diversas vezes”, o que justifica a publicação
textual contando aquela eleição quarenta anos depois: 31 de janeiro de 1973 a 31 de
janeiro de 2013.

7.2 – Minha cidade


Santa Rita é conhecida como terra dos canaviais
É também terra do abacaxi
Do mamão, da pinha e dos coqueirais
Da mangaba, da goiaba e dos mangueirais
Tem centenas de frutas mais
Todas dão polpa e sucos naturais.

494
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Santa Rita é também terra de água mineral e vertente


Onde plantei há mais de quarenta anos minha semente
Fundando uma escola para ensinar minha gente
Que foi transformada em Faculdade
Este belíssimo presente do pai onipotente
É lugar de mulher bonita e de homem inteligente.

Aqui ninguém passa sede


Santa Rita tem água na flor da terra
Tem mata verde, tem rios perenes, fábricas e usinas
Cidade alta e cidade baixa
Onde a todos dá morada
Por isso morro dizendo: Santa Rita minha eterna namorada.

FIG. 35. PRAÇA GETÚLIO VARGAS – FOTO VIEGAS/1968.

7.3 – O prefácio do anuário de 1937


[...] Todavia, temos confiança de que no ano
vindouro, se os maus fados não empanarem a
nossa marcha, estaremos novamente a postos
no cumprimento do nosso dever [...].
Waldemar de Carvalho Lelis/1937

Como já foi mencionado anteriormente, o primeiro e único Anuário Informativo do


Município de Santa Rita foi publicado no final do ano de 1937, neste tempo a Prefeitura
Municipal de Santa Rita funcionava à Praça João Pessoa nº 31 (atual prédio da Câmara

495
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Municipal de Santa Rita) e não no prédio atual na Rua Juarez Távora, cujo Prefeito
Municipal era o Flávio Maroja Filho e Secretário (único) Bernardino Gomes da Silveira, o
expediente era das 8:00 às 11:00 horas e das 14:00 às 17:00 horas. Internamente a
prefeitura tinha os seguintes funcionários e respectivos cargos: Ângelo Batista de Souza
(Tesoureiro); Izidro Gadelha Filho (Fiscal Geral); Alcides Cordeiro de Lima (Diretor de
Obras); João Arcebispo de Carvalho (Administrador de Obras Públicas); José Vicente da
Silva (Inspetor de Veículos); José Cândido Feitosa ((Fiscal Arrecadador); João Moreira da
Costa (Fiscal Arrecadador); Sebastião Gonçalves de Lima (Fiscal Arrecadador); Manuel
Pereira de Carvalho (Fiscal Arrecadador); Bento Leite de Araújo (Fiscal Arrecadador);
Juvenal do Vale e Silva (Fiscal Arrecadador); Antonio Barbosa de Lima (Fiscal Arrecadador);
Manuel Vieira dos Santos (Coveiro e Zelador); Zacarias Francisco Soares (Porteiro
contínuo). É neste ambiente que o jovem Waldemar de Carvalho Lelis, exerceu a função de
Diretor-Secretário do Anuário Informativo da Prefeitura Municipal de Santa Rita no ano de
1937, ao lado Lapemberg Medeiros (Diretor) e Jaime Gonçalves do Nascimento (Diretor
Gerente). Aqui vale salientar que Waldemar de Carvalho Lelis fez o “Prefácio” da edição
única do anuário mencionado, onde ele inicia afirmando que “vamos caminhando para uma
época de ressurgimento econômico, industrial, comercial, político, social e intelectual”, de
modo que tal fato já era presente na Santa Rita do Estado Novo de Getúlio Vargas, criado
em 1937, que era o “pai dos ricos” e a “mãe dos pobres”, mero proselitismo populista e
nacionalista, então dominante no Brasil e em outras partes do mundo, de modo que “foi a
consciência do que acabamos de expor, que nos animou em coligir tudo que represente
trabalho e prosperidade de Santa Rita”, e continua enfocando que “na presente publicação
apresentamos inúmeros dados estatísticos, que comprovam o que somos e o que
possuímos”, fato importante relatado em 1937 por um jovem intelectual local, fazendo
história em sua diacronicidade, de modo que “há em Santa Rita uma dura e terrível
incompreensão, alheiada a uma irresponsabilidade altamente prejudicial aos seus mais
intrínsecos e palpitantes problemas”, segundo o dito prefaciador, chegando ao ponto de
afirmar que “ninguém melhor do que nós, devemos conhecer, as nossas possibilidades e
os vastíssimos horizontes que se descortinam, nos mostrando um meio de atingirmos a um
fim condigno e elevado”, e ele continua prefaciando, dissertando o momento político,
cultural, educacional e administrativo da “Rainha dos Canaviais”, da “Rainha das Águas
Minerais”, da “Rainha da Cerâmica”, e de tantos outros adjetivos, inclusive de uma das
cidades mais violentas do Brasil, de modo que registrava ainda que “não alimentamos
vaidade, nem ideias preconcebidas, quando tomamos o encargo de dar a Santa Rita um
anuário informativo, que ela até hoje não possuía ainda”, isto no final do ano de 1937, não
obstante os esforços pessoais dos idealistas e intelectuais: Waldemar de Carvalho Lelis
(Diretor-Secretário), Jaime (Lacet) Gonçalves do Nascimento (Diretor-Gerente) e
Lapemberg Medeiros (Diretor), junto ao então prefeito Flávio Maroja Filho e demais
pessoas influentes do poder local, denunciando ainda que “não é tão fácil como pareça a
primeira vista, coordenar todos os algarismos relativos a um município como o nosso”, o
que confirma a complexidade administrativa do jogo do poder local, além do tamanho
territorial que naquela época ainda era maior do que hoje, pois, Barreiras (atual Bayeux) e
Lucena, pertenciam política e administrativamente ao território santaritense desde sua
emancipação política da Capital da Paraíba em 19 de março de 1890, apenas o território do
município de Cruz do Espirito Santo foi emancipado do de Santa Rita em 7 de março de
1896, “mas, Santa Rita precisava de há muito tempo, uma iniciativa como esta que ora
empreendemos. Pois, não seria plausível, que silenciássemos, uma causa, que mais do que
nunca precisa ser patenteada em letras de forma”, o que comprova sua vontade da fazer

496
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

surgir no solo de Santa Rita uma espécie de imprensa local livre para divulgar o que era
público e o que era privado, coisa que atualmente em pleno século XXI ainda não existe
uma imprensa oficial local, não obstante as novas mídias da comunicação, pois, “temos a
necessidade imprescindível de testemunhar o que valemos, aos quatro ventos para que nos
conheçam perfeitamente”, o que comprova ainda hoje a necessidade de auto-afirmação
pessoal e profissional das letras e suas tecnologias das pessoas idealistas, éticas e
intelectualmente preparadas para assumir quaisquer atividades da vida pública ou privada
em Santa Rita, o que vale dizer que já naquele tempo não se fazia política por ideologia e
sim por necessidade em nossa terra, a chamada açucarocracia, onde a “prata de casa” não
tem valor perante os donos dos meios de produção de açúcar e seus derivados, que são os
mesmos donos do poder político municipal e enfatiza sem medo que “por isso, não nos
furtamos e o contentamento de dizer da profunda alegria que nos invade a alma,
enfeixando em volume essa porção de estatísticas, que representa para nós uma
preciosidade fantástica”, levando-se em consideração que “nos desobrigamos, deste modo,
da missão que tivemos por bem, cumpri-la fielmente”, demonstrando assim a capacidade
técnica e profissional dele e de sua equipe editorial do referido anuário de 1937,
adiantando ainda que “se porventura não esteja perfeito o que fizemos, pedimos a
complacência dos nossos conterrâneos”, tamanha era a ética profissional deste jovem
intelectual diante da realidade transcrita no primeiro e único anuário que registrou os atos
e fatos da administração pública e da vida privada em Santa Rita, de modo que “nos
consola, porém, a certeza de que prestamos ao torrão querido uma justa e significativa
homenagem”, o que vale dizer que “todavia, temos confiança de que no ano vindouro, se
os maus fados não empanarem a nossa marcha, estaremos novamente a postos no
cumprimento do nosso dever”, ficou apenas na esperança de uma segunda edição do
anuário, nunca se teve uma só explicação oficial e ou oficiosa, porém, as forças do atraso
do poder político municipal não ajudaram a concretizar a continuação do sonho dos três
jovens de 1937, talvez com medo de que eles viessem a ascenderem na política de Santa
Rita como prefeitos, vereadores, etc, de modo que Lelis (1937) termina o prefácio da
edição única do Anuário Informativo do Município de Santa Rita, afirmando que “esperamos
contudo, que não nos faltem o apoio moral e material, sem o que nada poderemos fazer. É
somente”. Conclusão a inveja local contra quem sabe ler e escrever e fazer algo digno,
criativo e que envolva conhecimentos acadêmicos e profissionais, não é bem visto e faz
muito tempo pelas forças do atraso ainda presentes em nossos dias na vida política, social
e administrativa de Santa Rita.

7.4 – A Praia de Lucena


O poeta é um sonhador da história de sua vida, de
seu povo, de sua aldeia e do seu tempo, centelha
que o tempo não apagará.
Francisco de Paula Melo Aguiar

Em lendo as páginas 29/30, do livro: HOMENS DO BRASIL (Em todos os ramos de


1550 aos nossos dias), volume II, denominado de PARAHYBA (PARAHYBANOS ILUSTRES),
de autoria de LIBERATO BITTENCOURT (Major de Artilharia; Doutor em Matemática e
Ciências Físicas; Engenheiro Militar; Lente e Instrutor de Estradas da Escola Militar; Diretor
do Ginásio Federal; Sócio Efetivo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro; Honorário
do Instituto de Sergipe; Correspondente do de Pernambuco; do da Parahyba; do Ceará e
do de Santa Catarina; Condecorado com a Medalha do Mérito Cientifico de 1ª classe da

497
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Academia de Palermo e com a Medalha de Prata de Mérito Militar), escrito especialmente


para a mocidade das escolas parahybanas, publicado pela Livraria e Papelaria Gomes
Pereira, Editor, Rua Do Ouvidor, nº 91 – Rio de Janeiro – 1914, encontrei informações
referente a vida e obra de AMÉRICO AUGUSTO DE SOUZA FALCÃO, poeta afamado que
nasceu no dia 11 de fevereiro de 1880, na Praia de Lucena, então Município de Santa Rita,
fazendo seus primeiros estudos no LYCEU PARAHYBANO, formou-se em Direito pela
Faculdade de Direito do Recife, em 1908, com grande imaginação e superior inteligência,
dedicou-se com felicidade a poesia, sendo considerado em sua terra um dos poetas de
mais feliz inspiração. Improvisava com extrema facilidade. Era de alta estatura, de franzina
organização, moreno, strabico, feioso: mas tinha afáveis modos, boas maneiras e conduta
rigorosamente exemplar. Foi um dos redatores do Jornal da União, funcionário da
Secretaria da Polícia e sócio do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano. Publicou os
livros de versos: “AURAS PARAHYBANAS”, “PRAIAS”, “CANÇÕES PRAEIRAS” e “VISÕES DO
MIRIRY”. Da lira de Américo Falcão se tem um valor aproximado com as leituras das
seguintes e encantadoras poesias que passo transcreve-las:
PRAIA – Das alturas da Serra tu desceste; E aqui chegaste... E agora ao regressares, vão
contigo meus lugubres cismares... Visão bendita, que destino é este?... Maguas somente
em meu semblante leste; E por isso recorda meus pesares; Quando em caminho, além
descortinares; A formosa cidade em que nasceste! Leva em tua alma a dulcida lembrança;
Das noites de luar da minha terra; Noites feitas de amor e de esperança. Em teus sonhos
de luz sempre hás de vê-las; Ao chegares feliz naquela Serra. Vendo-te lá mais perto das
estrelas.
PROMESSA – Hei de um dia levar-te à minha Praia; Minha formosa e cândida morena;
Para mostrar-te a vaga que se espraia; Numa tarde de amor calma e serena... Verás
nuvens passar, fina cambraia; Na minha Aldeia plácida e pequena; E então dirás a vaga
que desmaia: Como é bonita a Praia de Lucena! E eu sorrirei mostrando-te a jangada; Que
de alto mar regressa valorosa; Buscando altiva a praia desejada... E após isto ao sombreiro
dos Palmares; Irão em romaria luminosa; Meu olhar, teu olhar, nossos olhares!
Pelos feitos dos grandes homens, a exemplo de Américo Falcão, melhor se chega a
incutir no espírito varonil da mocidade estudiosa, que mesmo antes de Lucena ser
politicamente emancipada do Município de Santa Rita, fato que só ocorreu na década de
1960, ele já exaltava em versos e prosas (antes de 1914) seu amor filial por sua Terra
natal.

7.5 – A Capela do Desterro


[...] Além da igreja e uma capela edificadas na
Villa do Espírito Santo, há outras mais nas
seguintes localidades: Sapé, S. Miguel,
Sobrado, S. José de Cachoeira, Boa Vista,
Tapuá, Sant’Anna, Desterro, Puchy, Páo
d’arco, Taboca, Santo Antônio, Consolações,
Marahú [...].
TAVARES (1910, p.537).

498
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

FIG.36. VERDERAME, EDUARDO. IGREJAS BARROCAS BRASILEIRAS.

A construção da Capela de Nossa Senhora do Desterro, santuário particular edificado


na propriedade rural de igual nome, na Várzea do Paraíba, pertencente em 1869 a Capital
da Paraíba do Norte, que com a emancipação política de Santa Rita, passou a pertencer ao
seu território municipal, fato esse comprovado com a simples leitura do Decreto nº 10, de
19 de março de 1890, quando se refere o limite municipal a localidade Cobé como sendo
um dos limites de Santa Rita, valendo salientar de que em 29 de março de 1890 foi
instalado oficialmente o município de Santa Rita, quando também ocorreu a posse do
primeiro Conselho Municipal de Intendência, tendo como presidente Antônio Gomes
Cordeiro de Mello. Assim sendo, a construção com recursos privados e em propriedade
rural privada da referida capela, que atualmente pertencente ao Município de Cruz do
Espírito Santo, Estado da Paraíba, haja vista a emancipação política do mesmo em 1897, se
deve a devoção de seu financiador e fundador Carlos Gomes de Mello, cujo corpo encontra-
se sepultado na referida capela, onde também repousam os restos mortais de Ana Gomes
de Mello Cunha, de Manoel Gomes de Mello e de sua esposa Emília Francisca Pereira de
(Meireles) Mello. A Capela do Desterro pertencia a Freguezia de Santa Rita de Cássia desde
sua fundação tendo em vista que não existia a Freguezia de Cruz do Espirito Santo, cuja
matriz foi edificada na década de 80 do século XIX, portanto, depois da fundação e
construção da referida capela.
O Santuário de Nossa Senhora do Desterro tem no altar mor as imagens de Nossa
Senhora, o menino Jesus e São José. Vem daí, portanto, o termo Sagrada Família e ou
Nossa Senhora do Desterro, devoção muito conhecida no mundo católico, inclusive em
Portugal de onde são originários os Gomes de Mello. Segundo a historicidade das igrejas
existentes no Estado da Paraíba e edificadas até o século XIX, a capela do Desterro é a
segunda que tem o copiar e ou alpendre amparando o portal principal e ou na frente da
referida edificação. Anexo a referida capela tem o cemitério com igual nome onde a
população local e ribeirinha escolhe para ser sua última morada, a exemplo dos sobrinhos e

499
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

treta netos de Carlos Gomes de Mello, lá sepultados. As variantes ortográficas da família


Melo e Mello, é uma questão cartoral.
É importante mencionar de que na referida capela casou-se Manoel Gomes de Mello,
nascido em 25 de dezembro de 1865 e falecido em 14 de agosto de 1943; e Emilia
Francisca Pereira de Meireles, nascida em, 05 de abril de 1877 e falecida em 03 de junho
de 1962, que passou a usar o nome de casada de Emília Francisca Pereira de Mello – Dona
Emília Gomes, em 1898. Vale salientar de que os restos mortais de Manoel Gomes de Mello
e Emilia Francisca Pereira de Mello, estão sepultados abaixo do altar de Nossa Senhora da
Conceição, na referida capela do Desterro. Ambos contraíram matrimônio na Igreja de
Nossa Senhora do Desterro, tendo nascido de referido matrimônio: Rosa Gomes de Mello,
morreu donzela e está sepultada no Cemitério Santana, em Santa Rita; Francisca Gomes de
Mello, que casou-se com Joaquim Gonçalo Pessoa, conhecido por Joaquim Soleiro (porque
fabricava arreios, celas e outros derivados de couro), ficou viúva e casou-se com Severino
Passarinho, faleceu em 13 de maio de 1959 e está sepultada no Cemitério de Nossa
Senhora das Consolações, após a ponte de Cobé; Antônio Gomes de Mello, casou-se com
Ana Maria, faleceu em 1997 e está sepultado no Cemitério Santana, em Santa Rita; José
Gomes de Mello, casou-se com a prima dele Rosa Procópio de Mello, faleceu em 1967 e
está sepultado no Cemitério Senhor da Boa Sentença, em João Pessoa/PB; Josefa Gomes
de Mello, casou-se com Severino Santana Cavalcanti, está sepultada no Cemitério Central
de Mamanguape/PB; Maria Hermenegidia Gomes de Mello, casou-se com o primo Antônio
Procópio de Mello, ficou viúva e casou-se em segunda núpcia com o primo e cunhado
Francisco Procópio de Mello, ficou viúva pela segunda vez, faleceu e está sepultada no
Cemitério do Desterro; Maria das Graças Gomes de Mello (Doninha), casou-se com João
Luiz de França (João Frade), faleceu em 9 de janeiro de 1975 e está sepultada no
Cemitério do Desterro; Anália Gomes de Mello, casou-se com primo José Procópio de Mello,
faleceu em 1991 e está sepultada no Cemitério Santana, em Santa Rita/PB; Severino
Gomes de Mello, assentou praça no Exército Brasileiro e foi ex-combatente na Segunda
Guerra Mundial década de 40 do século XX, casou-se com Helena Maria, faleceu e está
sepultado no Cemitério de Santo Amaro, em Recife/Pernambuco; Augusto Gomes de Mello,
casou-se com Maria Lita Inácio, faleceu e está sepultado no Cemitério do Desterro;
Sebastião Gomes de Mello, casou-se com a prima Ana Procópio de Mello, faleceu e está
sepultado no Cemitério do Desterro; João Gomes de Mello, cassou-se com a prima Lindalva
Pereira, faleceu e está sepultado no cemitério de Consolações, depois da ponte de Cobé; e
Maria do Carmo Gomes de Mello, casou-se com Sebastião José (Vieira) de Aguiar, adotou o
nome de casada: Maria do Carmo Mello Aguiar, faleceu em 22 de dezembro de 1996, está
sepultada no Cemitério Santana, em Santa Rita. Enfatizamos que os filhos e filhas do casal
Emilia e Manoel Gomes de Mello, sobrinho paterno de Carlos Gomes de Mello, fundador da
Capela de Nossa Senhora do Desterro, foram batizados na Capela de Nossa Senhora do
Desterro. Portanto, são essas as origens epistemológicas e históricas relacionadas à
fundação e construção do citado santuário de origem portuguesa entre nós na Várzea do
Paraíba.
Assim sendo, enfatizamos de que a Capela de Nossa Senhora do Desterro,
construída em 1869 (na Paraíba, atual João Pessoa, que com a emancipação de Santa Rita
em 19 de março de 1890, o município também incorporou em sua base territorial o atual
município de Cruz do Espírito Santo) na visão do H.P.I.P – Patrimônio de Influência
Portuguesa, pertencente a Fundação Calouste Gulbenkian e segundo enfatiza o
pesquisador Juliano Loureiro de Carvalho, a respeito da arquitetura religiosa da referida
capela, localizada na zona rural de Cruz do Espírito Santo, Estado da Paraíba, ao citar que:

500
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

“A capela situa‐se sobre uma elevação, de forma


que é visível a partir do Rio Paraíba, distante 500
metros, e do Engenho Santana, na margem
oposta. Seu único registo identificado é de 1910,
quando aparece sem vínculo com outra
propriedade – indício de que possuiu património
próprio. Ela é o segundo exemplar paraibano com
alpendre (Santa Rita, Capela de Nossa Senhora do
Socorro), e apresenta outros elementos usuais nas
capelas dos séculos XVII e XVIII: janelas frontais
no rés‐do‐chão e duas sacristias ligadas à
capela‐mor por arcos. Contudo, é possível que seja
mais recente, com elementos arcaizantes. Como
demonstraram Saia e Azevedo, o alpendre permitia
que mais pessoas pudessem assistir à missa e,
simultaneamente, as hierarquizava espacialmente.
As sacristias abertas, reservadas aos mais
poderosos e suas famílias, tinham funções
semelhantes. Sem proteção legal e com pouco uso,
a capela teve o alpendre demolido na década de
1990. Foi reconstruído em 1998, por iniciativa
particular”.

Assim sendo, portanto, o referido pesquisador é muito feliz ao mencionar que “seu
único registo identificado é de 1910, quando aparece sem vínculo com outra propriedade -
indício de que possuiu patrimônio próprio”, assim sendo, trata-se de um santuário
construído e mantido pela iniciativa privada e ou seja pelos donos do feudo rural que o fez
edificar no século XIX em homenagem a Virgem do Desterro e/ou Sagrada Família,
confirmando a versão da Família Gomes de Mello de que Carlos Gomes de Mello mandou
edificá-la com recursos próprios, portanto, repetimos, um santuário particular e ou privado
da referida família, construído e inaugurado em 1869. Ressaltamos de que nem mesmo a
presença dos monges beneditinos, antigos senhores feudais do Engenho Maraú, antes da
construção e fundação da capela do Desterro, na segunda metade do século XIX, faz
qualquer registro a respeito da existência da referida capela na Várzea do Rio Paraíba.
Desse modo, invocamos os ensinamentos de Azevedo(1981) e de Saia (sd), quando
menciona que “como demonstraram Saia e Azevedo, o alpendre permitia que mais pessoas
pudessem assistir à missa e, simultaneamente, as hierarquizava espacialmente”, bem como
nos informa que “as sacristias abertas, reservadas aos mais poderosos e suas famílias,
tinham funções semelhantes”. E quem representava a aristocracia rural na localidade da
fazenda ou propriedade rural onde foi erguida a capela do Desterro em 1869? E relata
ainda que a Capela do Desterro vive “sem proteção legal e com pouco uso, a capela teve o
alpendre demolido na década de 1990” e afirma ainda que o alpendre “foi reconstruído em
1998, por iniciativa particular”. Enfatizamos de que a referida capela, as duas sacristias, a
nave principal, o alpendre, altar mor, os dois altares coadjuvantes, a pia batismal, portas,
janelas, escada, coro, bem como as imagens de Nossa Senhora do Desterro, o menino
Jesus, São José, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora das Graças e o coro, foram
completamente restaurados em 1998 e bem assim 2012/13, graças à determinação

501
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

particular da direção do COFRAG-Colégio Dr. Francisco Aguiar, sediado em Santa Rita,


Estado da Paraíba. Isso significa que o prédio da capela do Desterro, erguido em 1869 no
estilo barroco rococó pelo devoto Carlos Gomes de Mello (cujos restos mortais estão
sepultados na nave principal da referida capela) e seus familiares, continua sendo centro
de romaria rural a quase um século e meio, pois, todos os últimos domingos de cada mês
tem missa as dez horas da manhã, além de terços e procissões e pagamentos de
promessas pelos devotos da referida santa. E se não bastasse à religiosidade popular,
temos o referencial histórico existencial da capela do Desterro, uma vez que é citada
nominalmente por Tavares5 (1910, p. 537), ao afirmar que “além da igreja e uma capela
edificadas na Villa do Espírito Santo, há outras mais nas seguintes localidades: Sapé, S.
Miguel, Sobrado, S. José de Cachoeira, Boa Vista, Tapuá, Sant’Anna, Desterro, Puchy, Páo
d’arco, Taboca, Santo Antônio, Consolações, Marahú [...]”. É importante resgatar três
figuras femininas indispensáveis na manutenção em termos de zelo pela Igreja do
Desterro: Ana Gomes de Mello Cunha, dedicou-se de corpo e alma a devoção e a obrigação
de manter o referido templo de pé e bem cuidado até seu falecimento no inicio da década
de 40 do século, inclusive seus restos mortais repousam em sua nave principal. A segunda
mulher a manter as suas expensas a referida igreja foi Maria do Carmo Gomes de Mello,
até o dia 16 de junho de 1951, dia do seu casamento e porque passou a residir em uma
propriedade rural no município de Sapé, porém, nos finais de semanas vinha prestar-lhe
socorro e ou mandava alguém fazer. E a terceira mulher, foi à senhora Felícia Cunha, filha
de Ana Gomes de Mello Cunha e Antônio Carneiro da Cunha, casada com José da Cunha de
Vasconcellos, durante décadas ela residia em uma casa na frente da igreja com seus filhos
e esposo que também mantinha uma bodega.
E finalmente, a casa de Nossa Senhora do Desterro continua aberta para receber
seus devotos para pagamento de promessas diárias e assistir a sana missa. Registramos
ainda de que a mesma serviu de berço para nascer à vocação sacerdotal e para celebrar a
primeira missa do Padre José Maria de Mesquita6, filho da região, que venha mensalmente
celebrar a missa, fazer casamentos e batizados, o que fez durante toda a sua vida útil
como sacerdote, pois, mesmo em sendo vigário da Paróquia de Gurinhém/Paraíba, jamais
esqueceu de sua origem e devoção com Nossa Senhora do Desterro. Por outro lado
mencionamos também de que a referida casa de oração, também serviu de quartel general
e de moradia para os componentes do MST - Movimento dos Sem Terras, visando à
reforma agrária nas fazendas e engenhos da Várzea do Paraíba na década de 90 do século
XX. Então é verdadeira a tese de que desde sua origem a presente data a capela
mencionada é realmente mantida pela iniciativa privada, motivo pelo qual não se pretende
fazer o seu registro e/ou tombamento no IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional. É importante mencionar que Eduardo Verderame desenhou-a ainda
quando estava em ruínas7. Deste modo repetimos que tanto a restauração de 1989/99 e
bem assim a última restauração de 2012/13, vem sendo financiada pela fé na Sagrada
Família por parte da iniciativa privada patrocinadora, que em nosso caso envolve o
emocional, o intelectual, o histórico, o social e a religiosidade familiar do seu fundador, via
seu parentesco de sangue com a nossa família materna os “Gomes de Mello” na Várzea do
Paraíba desde o século XIX. É o nosso reencontro com o mundo do Desterro que ainda não
acabou em nossa visão de mundo.

502
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

7.6 – A Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos

FIG. 37. FOTOGRAFO DESCONHECIDO. IGREJA DO ROSÁRIO/SANTA RITA/PB, 1937.DERRUBADA.

[...] A construção de 170 ossarios em o novo


cemitério; varias casas foram desapropriadas e
demolidas com o fim de alargamento de ruas.
Iniciarei em breve o calçamento das ruas
principais; a demolição da velha Igreja do Rosário,
para abertura de um ampla avenida [...]
Flávio Maroja Filho/27/01/1937

No dizer de Henri Cartier-Bresson, de todos os meios de expressão, a fotografia é o


único que fixa para sempre o instante preciso e transitório. Nós, fotógrafos, lidamos com
coisas que estão continuamente desaparecendo e, uma vez desaparecidas, não há
mecanismo no mundo capaz de fazê-las voltar outra vez. Não podemos revelar ou copiar
uma memória, isso é fato e contra fato não se tem argumento.
Em pleno Estado Novo da Ditadura Vargas, implantada em 1937 no Brasil, fez
desmoronar a história da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, construída pelos negros
livres e popularmente conhecida como a "Igreja do Rosário dos Pretos", foi edificada diante
da necessidade de uma casa de oração católica, tendo em vista que a Igreja Matriz de
Santa Rita de Cássia, construída criada em 1771 e inaugurada em 6 de dezembro de 1776,
pelos Frades Capuchinhos Italianos, era uma igreja freqüentada apenas pela elite da

503
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

cidade. Não era um ambiente freqüentado pela classe negra e escrava da cidade. E não foi
diferente também a necessidade da fundação da Igreja de Nossa Senhora da Conceição,
construída em 1851, através da iniciativa privada do senhor de engenho Joaquim da Silva,
que obteve a cooperação espiritual e ou a benção do Padre José Ouriques Gonçalves de
Vasconcelos, que fundou a Irmandade dos Pardos com as cores de marfim e azul mar.
Assim sendo, a cidade de Santa Rita já teve três templos católicos no atual centro da
cidade, envolvendo a Praça do Coreto e ou Padre Ferreira, construída pelo Tenente
Francisco Pedro, segundo Santana (2010, p.141), atual Praça João Pessoa e a Praça
Getúlio Vargas, antiga Praça Dom Pedro II, de modo que no meado do século XIX, ali
existiam a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, que era freqüentada pelos
negros livres, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, freqüentada pelos pardos e a Igreja
Matriz de Santa Rita de Cássia, fundada em 1776, freqüentada pela elite branca da cidade.
Ressaltamos de que a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, foi derrubada em
1937, pelo Interventor Municipal Flávio Maroja Filho, que doou o terreno ao Governo do
Estado da Paraíba, para ser construído o Grupo Escolar João Ursulo, na gestão do
Interventor Federal Argemiro de Figueiredo, obra iniciada em 1938, tendo em vista os
termos do Decreto nº 1.043, publicado no Jornal A União, em 14 de maio de 1938, página
4, sendo inaugurado o referido grupo escolar em 1939. Na realidade o terreno onde estava
edificada a Igreja do Rosário dos Pretos, pertencia a Usina Santa Rita. De modo que a
Usina Santa Rita construiu outra Igreja dedicada a Nossa Senhora do Rosário dos Pretos,
na saída para o planalto, em terreno encravado no atual Conjunto Nice. Portanto, não
existe qualquer semelhança arquitetônica entre o prédio da igreja que foi derrubada em
1937 e a que foi construída em 1938, segundo o ex-Prefeito Heraldo da Costa Gadelha, a
igreja derrubada era um prédio estilo barroco muito lindo, afirmando ainda que o atual
prédio da igreja do Rosário foi uma satisfação que o prefeito Flávio Maroja Filho, procurou
dar a população de Santa Rita, tamanho foi o desconforto de sua imagem no seio da
sociedade, apesar da população ter recebido com alegria a primeira construção de um
prédio público escolar. A igreja derrubada em 1937, era em estilo barroco rococó e tinha
beleza arquitetônica além da história de ser o lugar sagrado onde os escravos faziam suas
orações, além de ter sido um patrimônio construído com sangue, suor e lágrimas, e que
era o único lugar onde os escravos se viam libertos antes da liberdade da escravidão
brasileira em nossa terra em 13 de maio de 1888, o que por analogia, cai como uma luva,
o pensamento do ex-prefeito de Santa Rita, diante da visão da escritora Márcia Reis ao
afirmar que “o melhor álbum de fotografia é a nossa memória, nela ficam gravadas fotos
reais de momentos bons e ruins de nossa vida”, quando na verdade ambos nunca se
conheceram e tem a mesma preocupação histórica e antropológica de uma realidade que o
tempo levou.
A Igreja do Rosário até então existente até 1937, no terreno do atual Grupo Escolar
João Úrsulo, ficava de frente para o Rio Paraíba, tendo a casa do senhor vigário ao lado,
que era uma das cinco casas que existiam em 1851 quando foi construída e inaugurada a
Igreja da Conceição, segundo o resumo histórico publicado no Anuário Informativo do
Município de Santa Rita (1937). É fato concreto que no atual mercado central de Santa Rita
funcionou o Cemitério Santana até 1930, na gestão Edgar Seiger, quando foi derrubado e
transferido para o local atual do Cemitério Santana. A Matriz de Santa Rita ficou de 1776 a
1932 sendo capela comum, não tinha a atual torre, que foi construída e inaugurada na
década de 30 do século XX, por Monsenhor Rafael Moreira de Barros, sucessor de
Monsenhor Abdon Odilon Melibeu de Lima, que faleceu em 9 de agosto de 1932,
prematuramente. O pensador Ivan Lima afirma que “a fotografia, antes de tudo é um

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

testemunho. Quando se aponta a câmara para algum objeto ou sujeito, constrói-se um


significado, faz-se uma escolha, seleciona-se um tema e conta-se uma história, cabe a nós,
espectadores, o imenso desafio de lê-las”, de modo que isso nos leva a crer que tem
realmente sentido tal afirmação.
A gruta também não existia até então, isso é uma arquitetura nova que Monsenhor
Rafael de Barros Moreira mandou edificar, quem construiu foi artífice do povo Severino
Rodrigues, de saudosa memória e que residia à Rua Anísio Pereira Borges, ao lado oposto
ao ex-Hospital Ceslau Gadelha, próximo ao pontilhão que dá acesso a Vila Operária Tibiri.
Severino Rodrigues era um artista na área da construção civil, apesar de ser um homem de
poucas letras, era um verdadeiro artífice na construção civil. A antiga Igreja Matriz, cuja
inauguração primitiva data de 06 de dezembro de 1776, que passou várias reformas até se
chegar ao prédio do atual santuário. As fotografias daquele monumento diante das
reformas que sofreu entre 1776 e 1932, estão preservadas graças ao trabalho minucioso
do saudoso fotografo Viegas, conseguiu um fac símile com o senhor Salvador Guedes, seu
amigo e antigo dono do Cine Avenida, e que procurou fazer a sua restauração com o seu
saber artístico para salvar aquela relíquia de 1926. No tocante a fotografia do antigo
cemitério existente no local onde atualmente está edificado desde 1940 o Mercado Central
de Santa Rita, inaugurado na gestão do prefeito Diógenes Nunes Chianca, sendo Ruy
Carneiro o Governador (Interventor) da Paraíba, dela não se tem conhecimento de uma só
relíquia histórica daquele local, o que se presume a falta de interesse e de profissionais em
nossa terra naquele tempo para preservar, pelo menos em fotografias a história de nossa
arquitetura. Essa pobreza em termos de referencial fotográfico do nosso passado recente
se dá justamente porque naquele tempo a ciência fotográfica ainda vivia o tempo do
“lambe-lambe”, a modernidade neste ramo é coisa nova em relação a outros progressos
e/ou tecnologias novas. Eram poucas as famílias que tinham fotografias de seus entes
queridos.
Antes da invenção da fotografia surgiram na face da terra os grandes artistas
pintando o que viam, o exemplo disso é o caso de Pedro Américo, o intelectual e político,
que se formou na Academia de Belas Artes, na Europa com ajuda de Dom Pedro II,
inclusive desenhou o quadro da Independência do Brasil, o nosso 7 de setembro de 1822,
dentre muitas outras pinturas igualmente importantes. Então em um passado recente tirar
uma fotografia era uma coisa quase que impossível ao povo de poucas posses. Para uma
pessoa tirar um retrato naquele tempo, fazia agendamento com meses de antecipação para
ir à Paraíba e ou ir para o Recife, a “Veneza Brasileira”, para ser fotografado, de modo que
somente a pessoa de posses, tinha interesse e podia comprar tal serviço. Assim sendo, o
acervo fotográfico de domínio público nacional, e que pertence a Fundação Joaquim
Nabuco, na Capital pernambucana, guarda centenas de fotografias de personalidades e
pessoas de posses daqueles tempos, tanto da Paraíba, quanto de outros estados da
federação nacional. A historiografia recente de Santa Rita, menciona os seus mais
importantes fotógrafos, dentre os quais, Antônio Alves Bezerra, o popular “Viégas”,
Salvador Guedes (era mais pintor do que fotógrafo), José Domingos, Fausto Ferreira,
Antônio Bernardo Coutinho que foi sucedido por seu filho Zito do Foto, João Gonçalves
(funcionário público da rede ferroviária federal e fotografo nas horas vagas), dentre outros
profissionais da arte de tirar retratos. Nas feiras públicas de Santa Rita tinha quem tirasse
fotografia relâmpago no sistema do “lambe-lambe”, um desses profissionais era o pai do
Bacharel João Vicente da Silva, já falecido, delegado de policia civil, santaritense, assim
como tantos outros mortais.

505
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Assim sendo, invocamos o pensamento de Santo Agostinho, em seu Sermão: 215,6,


ensina que “é a ressurreição dos mortos que distingue a vida da nossa fé daqueles que
morrem sem fé”. É a visão do santo, evangelizador e filósofo da Igreja Católica Romana.
Ele tem razão, pois a fé é o fundamento daquilo que não vemos, porém, acreditamos à luz
da razão.
Voltando ao caso especifico da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, é importante
mencionar de que a senhora Julieta da Costa Gadelha, irmã de Ceslau da Costa Gadelha,
pai de Humberto, Ceslau, Rita e Heraldo da Costa Gadelha, e irmã de Natanael da Costa
Gadelha, um dos pioneiros do ramo de padarias em nossa cidade, pai de Natinho, Manuel,
Betinha, Eulina e João da Costa Gadelha, exerceu durante décadas a função de zeladora,
uma espécie de administradora mor da Igreja do Rosário, sem salário de qualquer espécie,
era voluntária do trabalho e da fé católica, fazia uma grande festa religiosa com a ajuda do
povo e do seu próprio bolso, foi assim até morrer, sendo auxiliada pela população devota
da referida Virgem do Rosário, valendo apenas destacar a presença de uma senhora do
povo de nome Balbina, que continuou o trabalho de dona Julieta da Costa Gadelha, depois
de sua morte. Neste tempo existia aqui uma grande festa com trinta dias de duração
dedicada a Nossa Senhora do Rosário. Na tarde do dia 1º de novembro de cada ano, o
povo de Santa Rita e de cidades vizinhas compareciam a procissão para pagar promessas,
fazer promessas, acompanhada pelas autoridades locais: deputado, prefeito, vereadores,
profissionais liberais, operários, padre e o povo em geral, ao som dos dobrados da
Filarmônica São José, pertencente à edilidade santaritense. O povo era feliz e não sabia.
Quando dona Julieta Gadelha era viva a festa do Rosário tinha mais brilho do que nos dias
atuais, pois, quando alguém dizia: “Isso é impossível”, aí ela respondia com fé em Deus:
“tudo é possível”, segundo Lucas, capitulo 18, versículo 27. Era uma senhora da sociedade
santaritense de personalidade forte e capaz de realizar qualquer empreendimento em favor
da coletividade e de modo especial da Igreja que escolheu para adorar a Deus e seus
santos. Nos tempos natalinos dona Julieta Gadelha mandava armar o "Presépio" em
tamanho natural no Correto da Praça João Pessoa, bem como era a referida senhora da
sociedade santaritense, responsável pela gestão anual do "Pavilhão Central" das festas de
final de ano em Santa Rita. O dinheiro apurado era entregue ao Padre Vigário para manter
as obras sociais da freguesia de Santa Rita. O povo era feliz, repetimos, e não sabia... E até
porque “as pessoas, geralmente, têm uma visão plana, pegada a terra, de duas dimensões.
Quando a tua vida for sobrenatural, obterás de Deus a terceira dimensão: a altura. E, com
ela, o relevo, o peso e o volume”, no dizer de Josemaria Escrivá. Todas essas dimensões
estavam presentes na vida e no caminho percorrido por Julieta Gadelha.
É um fato que o grande escritor brasileiro Machado de Assis menciona que “o olho
do homem serve de fotografia ao invisível, como o ouvido serve de eco ao silêncio” , um
exemplo disso é que nos tempos de Jesus Cristo, não existia a arte de fotografar e que
nem por isso se deixa de cultuar sua honra e sua glória, dependendo do desenhista e do
escultor, tem hora que nos apresentam uma estampa ou escultura bonita, barroca, e tem
hora que nos apresenta uma estampa feia e ou futurista, tudo depende do que se pensa e
se vê no universo individual de cada pessoa, se que é que realmente se tem percepção
para entender o que é apresentado em todos os sentidos durante a vida terrena. E isso é
fato, pois,“sem a fé não é possível agradar a Deus”, conforme Hebreus, capítulo 11,
versículo 6., Julieta da Costa Gadelha é um exemplo de mulher de fé e de religiosidade de
que as novas gerações deveriam nela se inspirar.

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

7.7 – O mercado público e o papo da coruja


No ano de 1973 teve inicio a administração do prefeito Antonio Joaquim de Morais,
tendo como vice prefeito Joaquim Dias Ramos, enquanto que a Câmara Municipal de Santa
Rita era composta por dez vereadores: João da Costa Gadelha; Anibal Limeira; Israel
Correia Diniz; Severino Maroja e Francisco de Paula Melo Aguiar(Presidente do Poder
Legislativo Municipal) do então MDB-Movimento Democrático Brasileiro, tendo como
presidente do diretório municipal Heraldo da Costa Gadelha, e Oíldo Soares, Marcos
Antônio de Souza Brandão; Débora Soares de Araújo (substituída pelo suplente de
vereador Ernani Inácio da Silva), Reginaldo de Freitas, José Pereira da Costa Filho, da
então Arena, tendo Egidio Silva Madruga como presidente do diretório municipal. O
Mercado Público Municipal de Santa Rita (construído na década de 40 por Diógenes Nunes
Chianca e ainda continua a mesma estrutura, apenas o madeiramento interno e as telhas
foram substituídas várias vezes quando o tempo assim requer) era constituído
praticamente da mesma maneira como atualmente, principalmente por bancos de feiras e
seus feirantes, barracas internas e externas de comercio de carnes, verduras, frutas e
estivas em geral. Na parte externa visão para o “papo da coruja” e a rodovia PB/04, ainda
não existia os correios e telégrafos, nem as casas comerciais das ruas: Antonio Ferreira
Nunes (a popular rua do Cadeado), Luiz Soares e Praça da Alimentação, sic, pois, a referida
área era totalmente tomada pelas barracas de pequenos comerciantes e pelo lixão público,
de modo que a partir de 1973, a área era pertencente ao patrimônio da Usina Santa Rita e
sendo assim resolveu fazer o loteamento dos terrenos e colocar a venda. As primeiras
casas residenciais construídas foram: a casa da professora Giselda Dutra (que depois
vendeu a Luiz Leal Guedes, onde atualmente funciona o Todo Dia), a casa de Baiôco, pai
das professores Lenilde e Alda Gomes (onde atualmente funciona uma loja de
eletrodomésticos), a casa de Luiza Pessoa, conhecida por Lulu (onde hoje funcionam várias
lojas), a casa de Severino Cassé (que ainda encontra-se na forma original), e a casa do
armazém da Cidagro (onde atualmente funciona um supermercado) e casa onde funcionou
o escritório de contabilidade de Gilvandro Anjos, ex-vereador e ex-vice prefeito de Santa
Rita (lá atualmente funciona uma loja de roupas e ao lado uma barraca, esquina da Flávio
Ribeiro com a Praça Antenor Navarro), e o terreno que pertencia a Reginaldo de Freitas
que foi vendido aos empresários que construíram diversas lojas, dentre as quais o
Armazém Paraíba. Vale salientar de que prédio dos Correios e Telegráfos foi construído em
1973/74 depois que a Câmara Municipal de Santa Rita autorizou a doação do terreno que
foi comprada a Usina Santa Rita. Não existiam as casas e as empresas: Edilicya e outras
atualmente existentes na referida localidade. Foi assim como o lixão do mercado público de
Santa Rita desapareceu na década 70. Do outro lado da rua Flávio Ribeiro, onde encontra-
se construído o posto Santana, o Santa Cruz (esta área a prefeitura municipal dou
inicialmente a AUS – Associação Universitária Santaritense, ainda foi iniciada a construção
com os pilares do “ginásio”, porém, a AUS deixou o tempo passar e a doação caducou
igualmente, dando lugar a doação pela Câmara Municipal ao Santa Cruz Esporte Clube
Recreativo em 1980), o terminal rodoviário (esta área foi doada pela Prefeitura Municipal
para a CNEC construir o Colégio Américo Falcão, na administração Antonio Teixeira, ficou o
projeto só no papel, caducou e deu lugar ao terminal rodoviário) e a Fundação Flávio
Ribeiro (este terreno foi doado pela Usina Santa Rita para constituir a Fundação Flávio
Ribeiro,mantenedora do Hospital com igual nome, administrado inicialmente pelas Irmãs de
Caridade da Holanda e atualmente pelas Irmãs da Congregação do Imaculado Coração de
Maria), também pertencia ao patrimônio da Usina Santa Rita. O largo do mercado
envolvendo os quatro lados chama-se oficialmente de Praça Antenor Navarro, na parte que

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

olha para o Lojão da Econômica, praticamente nada mudou durante os últimos 40


(quarenta) anos, apenas os donos das lojas venderam seu patrimônio ou morreram. Do
lado que olha para Regismar Ferragens, a mesma coisa, Sinvaldo Cavalcante Viana, vendeu
a Joaquim Dias Ramos e este passou para os atuais donos, na outra esquina com a popular
“rua de Egidio”, como povo chama ainda hoje à Rua Coronel Domiciano, funcionava o
armazém de Antônio Tristão de Melo, e na outra esquina existia a Movelaria de Ely Bezerra
e anexo a parede do mercado vários comerciantes, dentre os quais o comerciante Joaquim
Pequeno, de saudosa memória. E do lado que olhava para antiga loja de Francisco
Capucho e família, também nada mudou, continua praticamente da maneira forma,
pequenas lojas anexadas nas dependências do mercado e os feirantes e suas barracas,
apenas fechou a banca de bicho do ex-vereador José Batista do Nascimento, tendo em
vista o falecimento do mesmo. Na parte interna do mercado público de Santa Rita sempre
teve várias lojas de tudo: pano (com Nezinho e com a esposa de Paulo Pessoa, estivas em
geral no armazém de Arnaldo Martins, dentre outros, todos de saudosa memória). Por
final, na administração Heraldo Gadelha no período de 1963/69, foram introduzidas as
“barracas” padronizadas e pintadas na cor laranja, a cor do socialismo moreno daquele
momento vivido pela administração pública municipal, (tenho a lembrança da barraca de
roupas finas de Zito Mago, de Rita Moreira (mãe de Walter Levita) e a barraca de venda e
conserto de fogão de Bráz), a partir da porta do mercado olhando para a “Nova Ferragem”,
loja de Raimundo Furtado, já existiam lojas, dentre as quais a Casa do Riso de Luiz Carlos
da Silva, casado com Risomar Paiva (filha do comerciante Oscar Paiva, de saudosa
memória em Santa Rita), na área externa do mercado público e que o tempo encarregou-
se de substituí-las pelas atuais casas comerciais na parte interna/externa do mercado que
dão vista para o antigo Metro de Ouro, de Pedro e Paulo de Mendonça Furtado (atual
Patricia móveis e outras lojas), tinha ainda o loja de fotografia de Fausto Ferreira, que foi
substituído pelo “Foto Fiel” de Zito fotógrafo, a Farmácia Santa Rita de José Bonifácio que
foi adquirida e Fernando e Francisquinha Carvalho (mulher que serviu de enfermeira e
amiga do povo de Santa Rita durante toda sua vida) e a alfaiataria central na parede
externa do mercado.
É importante mencionar de que o primitivo mercado (galpão) público municipal de
Santa Rita foi construído entre a Igreja Matriz de Santa Rita e a Igreja de Nossa Senhora
da Conceição na gestão do prefeito Amaro Gomes Ferraz, sucessor de Antônio Gomes
Cordeiro de Mello no inicio da última década do século XIX, tendo o referido galpão sido
derrubado posteriormente pelo prefeito Bernardo Alves de Carvalho, para abrigar uma
tenda para a sétima arte (cinema ambulante) em 1907.

7.8 – A Cagepa em Santa Rita


Pode-se enganar a todos por algum tempo; pode-
se enganar alguns por todo o tempo; mas não se
pode enganar a todos todo o tempo.
Abraham Lincoln

Abram a boca contra a CAGEPA, água tem no solo de Santa Rita, falta investimento
dos governos que tem passado pela Paraíba. É muito bom vender, receber e não entregar
(mesmo descumprindo o que determina o Código do Consumidor Brasileiro) água nas
torneiras em diversas cidades do Estado da Paraíba e especialmente em Santa Rita: TIBIRI
I,II,III, MARCOS MOURA, AGUARLÂNDIA, EITEL SANTIAGO, POPULAR, VÁRZEA NOVA,

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

NICE, SANTA CRUZ, AÇÚDE, LIBERDADE, CENTRO, ETC., É lucro certo, não é dona
CAGEPA?! E finalmente, não estamos no deserto do "SAARA" e muito menos no sertão do
nordeste do Brasil, estamos sim em Santa Rita perto do mar e até porque Santa Rita é o
município paraibano mais rico em água em todos os sentidos, inclusive em água e água
mineral e com abundância, pois, desde o inicio da colonização da Paraíba em 1585 que
suas terras são exploradas com a plantação de cana de açúcar e a água de Santa Rita já
servia aos nobres que iam chegando por aqui, tendo como exemplo o governador
(holandez na Capitania da Paraíba) Elias Herckmans, que em seus relatórios históricos
entendia que o nome de “Tibiri” significava "rio do pecado sodomítico" (de tebiró-y = "o
que tem o traseiro roto", ou melhor "o indivíduo que se presta a servir de mulher", assim
sendo, não concordando com tal origem epistemológica do termo ontológico do tupy,
“Tibiri”, o missionário e historiador Frei Vicente do Salvador, aquele mesmo que afirmara
que o homem brasileiro é como caranguejo só gosta viver ou de morar a beira do mangue
ou do mar, dando portanto, em 1626, outra terminologia ou significado ao termo “Tibiri”,
ao afirmar que o termo tem origem de tibi-r-y, que quer dizer: "rio da sepultura" e ou "rio
do sepultado", ou ainda "rio do enterrado" e finalmente "rio do finado", o que retira a idéia
de prostituição entre pessoas do mesmo sexo, segundo a historiografia de Elias
Herckmans, porém, tem fundos de verdade seus argumentos, uma vez que entre os nossos
silvícolas era comum a prática homossexual entre pessoas do mesmo sexo. De 1626 para o
dia de hoje quatro séculos aproximadamente já se foram, porém, o caminho do rio Tibiri
continua poluído, porém, ainda tem água que serve a Sana Rita, a João Pessoa, a Cabedelo
e Bayeux, toda a riqueza da área metropolitana em termos de água para consumo humano
e animal, bem como para a implantação e industrialização de empresas nos diversos
setores da economia nacional, dentre os quais, a construção civil, haja vista a grandeza
natural do lençol freático das terras de Santa Rita. Se Tibiri I,II,III, e conjuntos adjacentes
não tem água é por falta de interesse e ou planejamento e execução de obras
estruturantes para viabilizar o fornecimento de água portável com abundância pelos
governos: federal, estadual e municipal. E o povo tem que abrir a boca e exigir a
implantação de bancos, escolas técnicas, universidades, hospitais, clinicas, teatros, campos
esportivos, etc., O Tibiri II e III é uma nova Santa Rita fundada em 1983 em nosso meio e
seu progresso depende de banco, água e vontade política, também. Isso sem deixar de
lado a importância dos demais bairros e conjuntos vizinhos de Tibiri II/III. É uma vergonha
morarmos em casa de ferreiro e temos apenas espeto de pau, como é o caso de Santa
Rita, ter água para vender para o mundo e em casa, nossas torneiras só tem ar e a conta
para pagar no final do mês.

7.9 – O céu de minha terra


O dia é um pedaço de vida,
Uma semente
Uma flor que desabrocha...
O amanhecer é lindo,
Como o sorriso de uma criança.

O sol é um gerador de vida,


E a claridade entra pela porta,
Nesta manhã, de passarinhos cantando,
É mais um doce reverdecer
De fé e de esperança

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Um novo dia.

O sol beija as flores,


E o céu é azul e branco,
Amanhece...

Os pingos de claridade entram


Pela porta como anjos da paz
O meu quarto se envolve de
Raios de luz.

A noite passou em paz profunda,


Não teve sorriso. Nem apertos de mãos,
Nem beijos, nem palavras da mulher amada
Amanhece.

7.10 – A Santa Inquisição em Santa Rita


“Não obstante as falhas que se podem apontar contra
todo e qualquer sistema repressivo, não é licito nem
honesto ver na atuação da Inquisição ou Santo Ofício
somente a face negativa.”
(RUPERT,1981, p. 284, Vol. I).

Preliminarmente podemos enfatizar de que a América Portuguesa se omitiu em não


querer processar e julgar seus hereges a pena capital e com morte na fogueira,via auto-de-
fé, tanto é assim que
“Durante o século XVI, conforme noticias que temos, a
Inquisição agiu discretamente; são conhecidos três
processos e uma visita do Santo Ofício, tudo sem maiores
conseqüências. Misturavam-se às vezes, fatos reais de
índole religiosa, ou político social com faltas aparentes ou
supostas, interesses particulares ou tendências
perniciosas no campo religioso e social. Houve certamente
acusações fundamentadas e dignas de serem
examinadas. Mas houve outras que nasciam mais da
ingenuidade ou de antipatias pessoais. Ainda não foi
examinado todo o acervo da documentação inquisitorial
que traz, felizmente muitas notícias históricas de real
valor. O Clero do Brasil no século XVI, excetuados alguns
jesuítas e talvez algum bispo, mostrou-se pouco
prestativo às exigências inquisitoriais, quase sempre
moderado por ocasião de algum processo ou
denunciação” (RUPERT, 1981, p. 273,Vol. I).

Com exceção do que aconteceu com a cristã-nova Guiomar Nunes, natural de


Pernambuco e neoconversa no século XVII, mãe de oito filhos, casada com Luís Nunes
Fonseca, vendedor de latas e residente no Engenho Santo André, em território do atual

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

município de Santa Rita/Paraíba e que foi denunciada por prática e comportamento judaico
ao Tribunal do Santo Oficio e ou Tribunal da Santa Inquisição da Igreja Católica na Paraíba.
Foi presa em 1729 e enviada para Lisboa, onde foi processada, julgada e considerada
culpada, sendo portanto, a única mulher proveniente do Brasil a perder a vida em um auto
de fé, fato esse ocorrido em 17 de junho de 1731, segundo Assis (2013). Ela tinha 47
(quarenta e sete) anos de idade quando foi garroteada, isto é estrangulada. Pouco tempo
depois seu corpo foi queimado em praça pública pelas chamas da fogueira de até seis
metros de altura, cujo espetáculo foi presenciado por mais de três mil pessoas em Lisboa.
Ainda chegou a pedir perdão ao Santo Ofício para evitar que fosse queimada viva.
Infelizmente a América Portuguesa fez purificar os corpos de seus hereges na fogueira em
nome da fé católica.
A historicidade da Santa Inquisição na Paraíba menciona que ela esteve no Engenho
Tibiri “na relação de Anita Novinsky, em Inquisição rol dos culpados constam os nomes dos
irmãos Ignácio Cardozo, João de Almeida e Pedro (Pero) Cardozo - todos filhos de
Francisco Cardozo” e acrescenta ainda que “eram cristão-novos, residiam no engenho
Tibiri, e já se encontravam presos em 1732”, de modo que “o pai é dado como “senhor de
engenho”, menciona ainda de que “Ignácio Cardozo: cristão-novo, natural e morador no
Engenho Tibiri, solteiro, irmão de Pedro Cardozo, filho de F. Cardozo” e que teve como
testemunhas de suas práticas judaicas “Antonio Nunes Chaves, em 12 de maio de 1732” e
bem assim “Diogo Dias de Fernandes, em 28 de abril de 1733”, segundo Pinto (2006, p.
345). Não se tem noticia de que Francisco Cardozo e seus filhos tenham sido condenados a
morte como era de praxe naquele tempo negro em nome da fé católica.

7.11 – O amanhecer na várzea


E pude conceber esta poesia,
Ante de tudo isso me concentrei
Para o criador minha mente levantei.

Para o labor do dia enfrentarem


Levando enxadas, facões e seus virados
Os trabalhadores vão para os roçados.

Revolvendo com seus pezinhos as palhas


Se os vê revoar pelos caminhos
Como passarinhos prá catar migalhas
Que de um a um vão deixando os ninhos.

Canta uma gralha, canta um canarinho


Desponta o sol, sua luz se espalha
O povo trabalha, gira o engenho
O arbusto da várzea farfalha
A usina apita, o rio Paraíba transborda
E o povo trabalhando canta...

6.12 – A origem do Conjunto Tibiri I


O Conjunto Residencial Tibiri I, foi construído pela CEHAP – Companhia Estadual de
Habitação Popular, no governo de João Agripino Filho, em terras compradas pela Prefeitura

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Municipal de Santa Rita, na administração Heraldo da Costa Gadelha, ao Engenho Tibiri.


Sua construção aconteceu entre os anos de 1967 a 1970, quando as casas foram entregues
aos seus “donos”, praticamente ninguém queria lá morar, parecia mais um deserto do que
um conjunto residencial, foram poucos os habitantes primitivos que lá se fixaram até hoje.
Tudo na época na base da proteção política, só quem arranjava a chave de uma destas
casas junto a CEHAP, era quem tinha alguma aproximação com o então deputado Egidio
Silva Madruga, homem forte de Santa Rita na administração do então governador. A
CEHAP quando entregou as casas não tinha ruas calçadas, água e esgotos sanitários, a
iluminação pública era de propriedade da Prefeitura Municipal de Santa Rita, vale aqui
destacar que foi na administração Antonio Teixeira (1969 a 1972), que o município de
Santa Rita vendeu a iluminação pública de Santa Rita a SAELPA – Sociedade Anônima de
Eletrificação da Paraíba, e foi com esta companhia estadual que o serviço de iluminação
pública e domiciliar, veio até os dias de hoje com a sua sucessora Energisa. Valendo
salientar de que a SAELPA foi vendida no governo de José Maranhão a Energisa. No Tibiri I
no inicio da década de 70 do século XX, não existia a presença do governo municipal em
termos de escolas, creches, postos médicos, calçamentos, existia apenas a Escola Estadual
André Vidal de Negreiros, situada à Praça Castelo Branco, muito pequena e sem estrutura
adequada, pois, foi construída com telhas brasilite e postes modulares, ainda não tinha
nem murros, e na segurança pública tinha o Posto Policial localizada na primeira casa da
esquina do lado direito da Rua Paraíba com a Rua Rio de Janeiro, servia apenas para
prender bêbados, porque naquele tempo ainda não existia as drogas pesadas de hoje e
maconheiro era coisa difícil de se encontrar em Santa Rita, os homens do povo tinham
vergonha de serem taxados de “maconheiros”. A Escola Municipal Helena Izaura Guerra
(1973) e/ou Antonio Ferreira Nunes (1989), (ambos os nomes é uma única escola que
muda de nome de acordo com a administração de plantão na briga simulada para se
manter no poder municipal entre os primos: Marcus Odilon e Severino Maroja, ex-vi três
mandatos de prefeito de Maroja e quatro mandatos de prefeito de Marcus) foi construída
em 1983 pelo prefeito Severino Maroja A foto tirada da atual rua Paraná, onde encontra-se
atualmente a Igreja Matriz do Sagrado Coração de Jesus, registra a atual Praça Antonio
Ribeiro Pessoa, Tibiri I, com casas no estilo padrão inicial e o reservatório de água
construído pela CAGEPA nos idos anos de 1970/72, sem um palmo de calçamento. A casa
da esquina do lado direito da referida praça é a atual casa de Cides Alves da Silva, filho do
vereador João Alves da Silva, de saudosa memória e meu ex-aluno no COFRAG – Colégio
Francisco Aguiar, no inicio da década de 70. A iluminação pública da localidade ainda é a
mesma, nada modernizou-se em termos de iluminação pública no Bairro Popular e
conjuntos, continua tudo como antes no quartel de Abrantes, 42 (quarenta e dois) anos
depois.

7.13 – A fotografia e o lambe-lambe


Em 1966, com dezesseis anos de idade, assisti uma película no Cine Avenida,
situado à Praça Getúlio Vargas, em Santa Rita/Paraíba, momentos depois, já assentado em
um dos bancos da praça mencionada, eu e vários jovens de minha idade passamos a
discutir o tema desenvolvimento no enredo do filme, foi aí que novamente, descobri e
observei que estava interferindo nos processos de comunicação e informação, e, com isso,
introduzindo desequilíbrios que provocavam discussões e novas relações sociais.
Se meus desenhos simbolizando o jogo de caipira com os seis bichos desenhados por
minhas próprias mãos, uma espécie de fotografia do desenho de memorização, de
observação e/ou de criação, segundo minha mente, representou um primeiro passo na

512
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

socialização de minha cultura, tendo em vista que a linguagem do jogo de caipira era
compreendido e aceito por todos os seus participantes e/ou não, a máquina fotográfica do
tipo lambe-lambe, sempre encontradas nas praças e feiras públicas de minha cidade, e
agora o cinema representou o meu primeiro passo em direção à socialização do
conhecimento em sentido mais amplo e mundialmente aceito. Passei a freqüentar com
mais assiduidade casas de espetáculos cinematográficos, pois, lá no cinema antes, durante
e depois das exibições dos filmes, tinha uma grande satisfação pessoal, pois, lá tinha a
grande oportunidade de contato com pessoas simples, iletradas, e/ou alfabetizadas, para
as quais os filmes legendados em português representavam uma linguagem, pelo menos
em parte, indecifrável e incomunicável, que, muitas vezes, suscitava longas conversas
posteriores e, algumas outras, até nova exibição do filme. Filmes mudos, ou quase mudos,
como os de “Carlitos” e/ou os do “Gordo e o Magro”, em geral, eram os que faziam maior
sucesso de assistência e de bilheteria; outra opção eram os filmes nacionais de
“Teixeirinha” (por exemplo: Coração de Luto), e/ou de “Mazzaroppi”. A escolha dos filmes
quase sempre recaía sobre aqueles que tinham predominantemente linguagem icônica e/ou
aqueles falados em português, uma vez que a maioria das pessoas era analfabeta e/ou
tinha dificuldade para ler rapidamente o que passava na tela. Selecionávamos filmes
usando como critério a predominância do icônico para as pessoas não-alfabetizadas. O
cinema, ao mesmo tempo em que possibilitava levar conhecimento àquelas pessoas, fez-
me perceber que havia um abismo muito grande, que separava as pessoas alfabetizadas
das não alfabetizadas: enquanto umas podiam ver, ler e entender qualquer filme, outras
ficavam limitadas aos filmes nacionais e/ou aos filmes mudos.

7.14 – É 19 de março de 1890


[...] É uma realidade para nós o progresso
prometido pelo governo provisório dos Estados
Unidos do Brasil, o qual progresso a nós chegou
por mão do digno Governador do Estado da
Paraíba, cidadão Venâncio Neiva, assinando a 19
de março do corrente, o decreto de nossa
municipalidade [...].
Padre Manoel Gervásio Ferreira da Silva – Padre
Ferreira - 29/03/1890-

A Lei Orgânica Municipal de Santa Rita promulgada em 05 de abril de 1990, pela


Assembleia Municipal Constituinte, declara em seus artigos 4º, § 3º e 118 § 5º, que o
Decreto nº 10, de 19 de março de 1890 é parte integrante da referida lei orgânica tendo
em vista ser o referido diploma legal o marco da emancipação política de Santa Rita a
partir de 19 de março de 1890, assinado pelo Presidente da Paraíba, senhor Venâncio
Neiva, conforme publicação no Jornal A Gazeta da Parahyba, no dia 21 de março de 1890,
diário encontra-se compilado no arquivo do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano.
Outrossim informamos de que em 19 de março de 1990, dia do Centenário da
Emancipação política de Santa Rita, o Vereador Francisco de Paula Melo Aguiar, , em nome
do Poder Legislativo Municipal pronunciou discurso contido na plaquete comemorativa
denominado de “SANTA RITA, VILA CENTENÁRIA”, conforme consta dos anais da Câmara
Municipal de Santa Rita, Estado da Paraíba, corroborando assim com os termos do Decreto
nº 10, de 19/03/1890, antes mencionado. Diante da publicação oficial e integral dos

513
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

termos do Decreto nº 10, de 19 de março de 1890, o então governo do Estado da Paraíba,


presidido por Venâncio Neiva, atendia o pedido formalizado pelos cidadãos de Santa Rita,
através de abaixo-assinado redigido pelo Padre Manoel Gervásio Ferreira da Silva (Padre
Ferreira), pelo Coronel Francisco Alves de Souza Carvalho e pelo Senador Firmino Gomes
da Silveira, dentre mais de 500 (quinhentas) assinaturas, alegando que “não há mais
sentido o florescente povoado de Santa Rita no novo regime continuar como freguesia, pois
possui vinte e cinco engenhos moentes², duas escolas, duas igrejas e várias capelas, duas
olarias, uma usina de assucar² e um cemitério, além de uma concorrida feira semanal para
onde convergem as populações interioranas [...]” e além do mais “[...] não se justifica que,
contribuindo com seus vantajosos impostos para o progresso do Estado, permaneça Santa
Rita subordinada à Capital, conforme registro as folhas 183 do Livro do Tombo da Paróquia
de Santa Rita de Cássia. Diante da exposição formalizada através do referido abaixo-
assinado, em 19 de março de 1890, o Governador Venâncio Neiva, assinou o Decreto nº
10, emancipando Santa Rita do território da então Capital da Paraíba. Segue a transcrição
do:

“Decreto nº 10, de 19 de Março de 1890. Art. 1º -


Fica elevado a categoria de Vila a Povoação de
Santa Rita, que continua a ter a mesma
denominação, passando a freguesia do mesmo
nome, com a do Livramento, a constituir um
município com os seguintes limites: ao nascente o
Rio Sanhauá até o Marés, deste em direitura ao
Mumbaba de Baixo; Ao Sul, o Rio Gramame, desde
o ponto em que recebe o Mumbaba; da nascença
desde até a Estrada que do Santo Antônio vai a
Pedras de Fogo compreendendo as Mumbabas do
Cavalcante, do Trigueiro e do Mary até a Ponte do
Cobé, no Rio Paraíba, ao Poente, da Ponte de Cobé
em direitura ao lugar Serraria na antiga Estrada
das Boiadas e por esta até a sua passagem no Rio
Miriry, compreendendo os Engenhos Cobé, Santo
Antônio, Calebouço, Engenho Novo e Tabocas que
pertencia à Frequesia do Taipú, do Município de
Pedras de Fogo; Ao Norte o Rio Miriry desde a
passagem da Estrada das Boiadas até à Foz do
mesmo rio, a leste e a nordeste o Rio Paraíba,
desde o Sanhauá até a Barra do Miriry,
compreendendo as Ilhas da Restinga, Stuart e
Tiriry, pertencentes à Freguesia de Livramento. Art.
2º - Revogam-se as disposições em contrário.
PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DA PARAIBA,
em 19 de Março de 1890, e Segundo da República
dos Estados Unidos do Brasil. VENÂNCIO NEIVA.”
(Publicado no dia 21 de março de 1890 no Jornal A
Gazeta da Parahyba).

514
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

No dia 21 de março de 1890, o Governo da Paraíba nomeou o primeiro Conselho de


Intendência de Santa Rita, cuja portaria de nomeação encontra-se publicado no Jornal A
Gazeta da Parahyba, no dia 25 de março de 1890, página 1, arquivado no IHGP e colocado
à visitação e pesquisa ao público interessado em conhecer para escrever a nossa
verdadeira história do povo santaritense.
O município foi instalado oficialmente em 29 de março de 1890 e foram empossados
os membros do Conselho Municipal de Intendência, sendo o governador Venâncio Neiva,
representado por Francisco Pinto Pessoa, presidente do Conselho Municipal de Intendência
da Capital da Paraíba, o qual recebeu o juramento dos membros do Conselho Municipal de
Intendência de Santa Rita em nome do governo do Estado da Paraíba. De modo que a data
de 29 de março de 1890 é o dia da instalação do município de Santa Rita e da posse de
seu primeiro gestor (cargo equivalente ao de prefeito atualmente) e suplentes. A Gazeta da
Parahyba de 30 de março e de 01 de abril de 1890, transcreve os discursos da instalação
do município e do Conselho de Intendência Municipal de Santa Rita, cujo jornal encontra-se
arquivado no acervo do Instituto Histórico e Geográfico da Paraíba, que textualmente
afirma:

“Apesar da chuva copiosa que durante toda a noite


de sexta-feira caiu neste município e ali na capital,
o que impediu o comparecimento de muitas
pessoas que teriam vindo assistir a festa de
instalação da vila e posse da intendência, esteve
aquela animada apesar de pouco concorrida. Veio
o presidente da intendência da Capital, com seu
secretário, bem como a banda de música do 27º
batalhão”.

Usou da palavra o senhor Antônio Gomes Cordeiro de Mello, Presidente do Conselho


Municipal de Intendência, recém empossado, afirmando textualmente:

“Cidadãos. Tendo sido, pelo Decreto nº 10, de 19


de março do corrente ano, elevada a categoria de
vila esta florescente povoação de Santa Rita,
constituindo um município com a freguesia de
Nossa Senhora do Livramento, houve por bem o
ínclito cidadão governador deste Estado, nomear-
me presidente da intendência municipal da mesma
vila, tendo por dignos companheiros os ilustres
cidadãos Major Bento da Costa Vilar e o Professor
Jubilado Amaro Gomes Ferraz. Confiando antes na
eficaz cooperação dos meus distintos
companheiros, do que mesmo nas minhas débeis
forças, aceitei reconhecido o honroso encargo com
o fim de nele prestar os meus serviços em prol da
autonomia e engrandecimento deste município,
convocando ao mesmo tempo no acanhado circulo
de minhas atribuições para o credito e consolidação
da nova e auspiciosa instituição republicana, da

515
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

qual me confesso verdadeiro sectário. Instalada


esta intendência resta-me congratular-me com
todos os nossos concidadãos por tão feliz
acontecimento, motivando a segurança de que
todos sem distinção, concorrerão na razão de suas
forças para o progresso e engrandecimento deste
rico município. Está instalada a intendência
municipal da vila de Santa Rita. Viva a República
dos Estados Unidos do Brasil. Viva o generalíssimo
chefe do Poder Executivo. Viva o governador deste
Estado. Viva a Vila, o município de Santa Rita e
seus habitantes”.

Ex-vi publicação texto copiado do jornal “A Gazeta da Parahyba, de 01 de abril de


1890, acessível no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano. Fato esse comprovado na
fala do chefe político e chefe religioso em saudação aos empossados no referido Conselho
de Intendência, o Padre Ferreira, afirma:

“[...] é uma realidade para nós o progresso


prometido pelo governo provisório dos Estados
Unidos do Brasil, o qual progresso a nós chegou
por mão do digno Governador do Estado da
Paraíba, cidadão Venâncio Neiva, assinando a 19
de março do corrente, o decreto de nossa
municipalidade. Portanto, cidadãos, rendamos um
preito de gratidão a esses heróis legendários da
Pátria livre, da Pátria unida [...]”.

Ex-vi publicação do dia 01 de abril de 1890, em A Gazeta da Parahyba, arquivado no


IHGP, antes mencionado.
Ante o exposto através da comprovação documental dos atos do Governo Venâncio
Neiva e dos discursos do Intendente Antônio Gomes C. de Mello e do Padre Manoel
Gervásio Ferreira, então vigário da Santa Rita, quando da solenidade de instalação do
Conselho Municipal de Intendência e posse de seu titular e suplentes, em 29 de março de
1890, confirma que a data da emancipação política de Santa Ria é 19 de março de 1890, à
luz dos artigos 4º, § 3º e 118 § 5º, que o Decreto nº 10, de 19 de março de 1890 é parte
integrante da referida lei orgânica municipal de 05/04/1990 e bem assim a Lei Municipal
nº 1.200 de 22 de novembro de 2005, em vigor no referido município de Santa Rita. Salve
Santa Rita, seu bravo povo e sua emancipação política.

7.15 – Estevão José Carneiro da Cunha


Preliminarmente, é importante mencionar de que Estêvão José Carneiro da Cunha,
militar e político brasileiro, nasceu no em 1762, em Recife, Estado de Pernambuco, filho de
João Carneiro da Cunha, sargento-mor da Vila de Igarassu, em Pernambuco e faleceu no
Rio de Janeiro em 12 de outubro de 1832, em pleno exercício do mandado de Senador do
Império, representando a Paraíba. Foi um dos principais revolucionários de 1817, que na
época era comandante da tropa de linha da Capitania da Paraíba, valendo salientar de que
aderiu entusiasticamente a revolução mencionada juntamente com o seu cunhado Amaro

516
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Gomes Coutinho, Mártir da Revolução de 1817, antigo proprietário do Engenho São Gabriel
(atual Engenho do Meio). Ressaltamos que no momento exalto para se travar a luta foi de
opinião contrária, afirmando que seria melhor evitar inútil derramamento de sangue entre
irmãos. Diante do fracasso da Revolução de 1817, ele fugiu para a Inglaterra e ai
permaneceu até 1821. Os seus bens foram sequestrados a 24 de maio e a 21 de julho de
1817, os quais foram arrematados em hasta pública por 2:130$000 (dois mil, cento e trinta
contos de réis) no dia 20 de maio de 1819, valendo salientar de que o seu principal
patrimônio que foi vendido através de arrematação a titulo de represália tendo em vista a
sua participação no movimento revolucionário de 1817 contra a então Coroa Portuguesa.
Foi também ilustre membro das Academias do Cabo e Paraíso (Portugal), além de
cavaleiro da Ordem de São Bento de Aviz. Depois que o Brasil declarou-se independente de
Portugal, ele regressou ao Brasil e foi nomeado Presidente da Provincia da Paraíba de 1822
a 1824. E de 1826 a 1832 foi um dos dois senadores da Paraíba no Senado da Câmara
(como o povo chamava o atual Congresso Nacional) até o dia de sua morte, ao lado do
Marquez de Queluz (João Severiano Maciel da Costa, que era magistrado).

7.16 – A emancipação política de Pirro


[...] Confiando antes na eficaz cooperação dos
meus distintos companheiros, do que mesmo nas
minhas débeis forças, aceitei reconhecido o
honroso encargo com o fim de nele prestar os
meus serviços em prol da autonomia e
engrandecimento deste município [...].
Antônio Gomes Cordeiro de Mello. Intendente
Municipal de Santa Rita. (Posse: 29/03/1890 –
Renuncia: 29/06/1890).

A Paraíba foi conquistada em 05 de agosto de 1585, no ano seguinte, l586, Martim


Leitão mandou construir o Forte de São Sebastião e em suas proximidades criou e
construiu o primeiro engenho da Paraíba para fabricação de açúcar em terras do atual
município de Santa Rita, trata-se do Engenho Real Tibirí, valendo salientar de que no nosso
território municipal aconteceram violentos encontros de derramamento de sangue
envolvendo os portugueses, potiguaras e tabajaras, estes auxiliados pelos franceses. Em
1771 foi criada a Capela, simbolizando o inicio da colonização da Várzea do Paraíba nos
moldes da fé católica, segundo a orientação do Papado Romano. Santa Rita desde os
tempos primitivos é “ponto de encontro” e ou lugar de “pouso” e ou de “repouso”, dos
viajantes, comerciantes e comerciários, tendo em vista o alagadiço existente entre Santa
Rita e Tibiri, para se poder alcançar a Estrada de Manênma que ligava o Engenho Tibiri à
Paraíba, (atual João Pessoa). Santa Rita antes de ser cidade já era considerada como
sendo lugar de repouso e ou de dormitório para os caxeiros viajantes, seus empregados e
ou seus escravos e animais. Portanto, Tibiri sempre foi o principal ou único “elo de ligação”
com a Capital em todos os sentidos, caminho ou lugar de passagem obrigatória de quem
vinha do sertão, do cariri e do brejo com destino a Capital da Província de igual nome. E
continua Santa Rita sendo o caminho e ou porta de entrada da Capital da Paraíba de quem
vem do sertão para o mar, ainda em pleno século XXI. Naquele tempo o Brasil era uma
Colônia de Portugal, portanto, tinha como religião oficial a Igreja Católica Apostólica
Romana, valendo salientar de que o povoado de Santa Rita sempre viveu atrelado aos
costumes e a vida social e religiosa da sede da Capitania da Paraíba, atual João Pessoa, de

517
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

modo que só passou a ser sede de freguesia religiosa católica por força da Lei Provincial nº
2, de 20 de fevereiro de 1830, segundo afirma o IBGE (Enciclopédia dos Municípios
Brasileiros, 1960). A feira livre de Santa Rita foi criada em 1823, por Dom Pedro I, por
pedido de Estevão José Carneiro da Cunha, então Presidente da Província da Paraíba,
tendo como local parte da atual Praça Getúlio Vargas, provavelmente entre a Igreja da
Conceição e a Matriz Santuário de Santa Rita de Cássia, levando-se em consideração de
que no referido local ainda não existiam o casario atualmente existente, de modo que tem
historiadores que afirmam que o local é onde foi construído o Cine Avenida e que agora é
um templo evangélico, o que se sabe mesmo é que foi nesta área territorial o local onde os
negociantes ambulantes, os feirantes e os matutos, que vinham do brejo, do agreste e do
sertão, passavam por Santa Rita em busca das feiras livres da Capital da Província, aqui
pernoitavam para o descanso da longa viagem no lombo dos animais. Desde aquele tempo
a localidade onde habitamos já tinha era denominado como lugar de dormitório e ou de
repouso.
Em 20 de agosto de 1885, em pleno século XIX, foi criado o Engenho Central São
João, considerado a maior fábrica de açúcar da Paraíba até então, sem deixar de lado a
ideia do aparecimento de “engenho grande” ou seja do surgimento do protótipo de uma
“usina”, com novas tecnologias para a época, uma vez que o mesmo moía suas canas e as
canas de outros engenhos menores em menor espaço de tempo, sem deixar de lado a
construção e inauguração da estrada de ferro Conde D’Eu, durante o segundo reinado
brasileiro, passando pelo território de Santa Rita com destino ao brejo, sertão e ao Recife,
Capital de Pernambuco. E isso é fato histórico que com a passagem da estrada de ferro por
dentro da terra do Engenho Central São João, a poucos metros de sua fábrica de açúcar,
em sua biqueira, melhor dizendo, favorecendo assim o progresso da localidade via os
trilhos ferroviários que transportavam seu ouro branco para a Capital da Província da
Paraíba e de Pernambuco, grande mercado consumidor do produto. Assim teve inicio a
acessibilidade motorizada de pessoas e produtos agrícolas, comerciais e industriais na
Paraíba. Assim Santa Rita era já naquela época o lugar onde tinham o maior número de
engenhos de cana de açúcar em funcionamento da Paraíba, além de conta com água, mão
de obra barata, acessibilidade, solo fértil e apropriado para tal monocultura.
A povoação de Santa Rita em 15 de novembro de 1889, dia da Proclamação da
República dos Estados Unidos do Brasil, ainda continuava atrelada a Capital da Província da
Paraíba e em passos lentos o seu desenvolvimento social e cultural, tudo dependia da
grande cidade, inclusive a administração pública, pois, aqui tinha apenas uma sub-
prefeitura em virtude da falta da emancipação política e administrativa de nosso território,
apesar do grande montante dos impostos diretos e indiretos provenientes do comercio e da
industria açucareira durante séculos.
Aqui em Santa Rita toda vida sobrou confusão pela disputa do poder político local
desde os primitivos conflitos de 1585 e anos seguintes envolvendo os nativos: tabajaras e
potiguaras contra o invasor com cara de colonizador português. Nossos primeiros
exploradores e não colonizadores. De modo que todos os lideres políticos da terrinha queria
na realidade sua emancipação política, dentre os principais lideres podemos destacar: o
Padre Manoel Gervásio Ferreira da Silva, o popular “Padre Ferreira”, que era também o
Vigário da Freguesia de Santa Rita de Cássia, uma espécie de chefe político e religioso ou
um coronel que sabia ler e escrever naqueles tempos, fim do segundo reinado e inicio da
República no Brasil; O coronel e senhor de engenho Francisco Alves de Sousa Carvalho; o
também coronel e senhor de Engenho Firmino Gomes da Silveira, que na época era
Senador da República; o chefe de polícia de Santa Rita e senhor de engenho Antonio

518
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Gomes Cordeiro de Mello (era proprietário do Engenho Capelinha, terras encravadas na


atual Usina Santana, em cuja Capela do Engenho tinha como padroeiro: São Francisco
Xavier, conforme comprova-se com o que escreveu o historiador paraibano João Lyra
Tavares, no livro denominado: “A PARAHYBA”, páginas 521 a 525), dentre outros cidadãos
igualmente comprometidos com a “ordem e o progresso” em nossa terra, assim sendo,
fizeram um abaixo-assinado com mais de quinhentas assinaturas e entregaram ao
Presidente do Estado da Paraíba, Venâncio Augusto de Magalhães Neiva, justificando da
necessidade de emancipar o povoado de Santa Rita, fazendo mencionar que “Não há mais
sentido o florescente povoado de Santa Rita no novo regime continuar como freguesia, pois
possui vinte e cinco engenhos moentes, duas escolas, duas igrejas e várias capelas, duas
olarias, uma usina de assucar e um cemitério, além de uma concorrida feira semanal para
onde convergem as populações interioranas [...]” e além do mais “[...] não se justifica que,
contribuindo com seus vantajosos impostos para o progresso do Estado, permaneça Santa
Rita subordinada à Capital [...]”, conforme se comprova pela simples leitura do abaixo-
assinado do Padre Manoel Gervásio Ferreira da Silva – Padre Ferreira e outros, às folhas
183 do Livro do Tombo da Paróquia de Santa Rita de Cássia, da cidade e município de
Santa Rita, Estado da Paraíba. O Brasil mudou de regime imperial para república e Santa
Rita era uma localidade emergente em pleno século XIX, a época já tinha um parque
agroindustrial invejável as demais localidades da Paraíba e de outros Estados do país.
Assim sendo, através do Decreto Estadual nº 10, de 19 de março de 1890, o
Presidente do Estado da Paraíba Venâncio Neiva, emancipou Santa Rita do município da
Capital da Paraíba (atual João Pessoa), pelo desmembramento territorial, conforme segue:
“Decreto nº 10, de 19 de Março de 1890. Art. 1º - Fica elevado a categoria de Vila a
Povoação de Santa Rita, que continua a ter a mesma denominação, passando a freguesia
do mesmo nome, com a do Livramento, a constituir um município com os seguintes limites:
ao nascente o Rio Sanhauá até o Marés, deste em direitura ao Mumbaba de Baixo; Ao Sul,
o Rio Gramame, desde o ponto em que recebe o Mumbaba; da nascença desde até a
Estrada que do Santo Antônio vai a Pedras de Fogo compreendendo as Mumbabas do
Cavalcante, do Trigueiro e do Mary até a Ponte do Cobé, no Rio Paraíba, ao Poente, da
Ponte de Cobé em direitura ao lugar Serraria na antiga Estrada das Boiadas e por esta até
a sua passagem no Rio Miriry, compreendendo os Engenhos Cobé, Santo Antônio,
Calebouço, Engenho Novo e Tabocas que pertencia à Frequesia do Taipú, do Municipio de
Pedras de Fogo; Ao Norte o Rio Miriry desde a passagem da Estrada das Boiadas até à Foz
do mesmo rio, a leste e a nordeste o Rio Paraíba, desde o Sanhauá até a Barra do Miriry,
compreendendo as Ilhas da Restinga, Stuart e Tiriry, pertencentes à Freguesia de
Livramento. Art. 2º - Revogam-se as disposições em contrário. PALÁCIO DO GOVERNO DO
ESTADO DA PARAIBA, em 19 de Março de 1890, e Segundo da República dos Estados
Unidos do Brasil. VENÂNCIO NEIVA”. Assim sendo, a instalação oficial do município de
Santa Rita e a posse do Conselho de Intendência Municipal aconteceu no dia 29 de março
de 1890, ex-vi publicação no jornal A Gazeta da Parahyba de 30 de março e 01 de abril de
1890, acessível no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, afirma textualmente o
seguinte: “apesar da chuva copiosa que durante toda a noite de sexta-feira caiu neste
município e ali na capital, o que impediu o comparecimento de muitas pessoas que teriam
vindo assistir a festa de instalação da vila e posse da intendência, esteve aquela animada
apesar de pouco concorrida. Veio o presidente da intendência da Capital, com seu
secretário, bem como a banda de música do 27º batalhão”. Portanto, o nosso município foi
instalado e seus primeiros gestores, tomaram posse no dia 29 de março de 1890, mediante

519
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

o juramento formal e posse dos membros do Conselho Municipal de Intendência de Santa


Rita, em sessão solene no Paço Municipal.
E isso é fato histórico consumado, pois, o Presidente Venâncio Neiva assinou a
portaria “nomeando, de conformidade com o decreto do Governo Central da República nº
107, de 30 de dezembro de 1889, para constituir o Conselho de Intendência do Município
de Santa Rita, os cidadãos: ANTONIO GOMES CORDEIRO DE MELLO, como Presidente;
Major BENTO DA COSTA VILLAR e AMARO GOMES FERRAZ (1º e 2º Vice-Presidente); e
para substitutos os cidadãos: JOÃO DE MELLO AZEDO E ALBUQUERQUE, e os Capitães
ANTONIO MANOEL DE ARROXELLAS GALVÃO e BENICIO PEREIRA DE CASTRO”, conforme
publicação no Jornal Gazeta da Parahyba de 25 de março de 1890 (arquivado no IHGP). É
importante registrar de que naquela época não tinha jornal ou diário oficial o Estado da
Paraíba e assim sendo, os atos do governo para entrar em vigor não dependiam da
publicação no jornal ou diário oficial.
Os chefes e coronéis da política de Santa Rita receberam festivamente o
representante do Presidente Venâncio Neiva, o Intendente da Capital e senhor de engenho
Francisco Pinto Pessoa, na solenidade de 29 de março de 1890, cuja autoridade tomou o
juramento formal dos membros do Conselho de Intendência Municipal de Santa Rita em
nome do primeiro mandatário republicano na Paraíba. Logo após o juramento de posse dos
membros do referido conselho, usou da palavra o primeiro gestor de Santa Rita, Presidente
do Conselho de Intendência Municipal, o senhor Antônio Gomes Cordeiro de Mello, que
assim se expressou: “Cidadãos. Tendo sido, pelo Decreto nº 10, de 19 de março do
corrente ano, elevada a categoria de vila esta florescente povoação de Santa Rita,
constituindo um município com a freguesia de Nossa Senhora do Livramento, houve por
bem o ínclito cidadão governador deste Estado, nomear-me presidente da intendência
municipal da mesma vila, tendo por dignos companheiros os ilustres cidadãos Major Bento
da Costa Vilar e o Professor Jubilado Amaro Gomes Ferraz. Confiando antes na eficaz
cooperação dos meus distintos companheiros, do que mesmo nas minhas débeis forças,
aceitei reconhecido o honroso encargo com o fim de nele prestar os meus serviços em prol
da autonomia e engrandecimento deste município, convocando ao mesmo tempo no
acanhado circulo de minhas atribuições para o credito e consolidação da nova e auspiciosa
instituição republicana, da qual me confesso verdadeiro sectário. Instalada esta intendência
resta-me congratular-me com todos os nossos concidadãos por tão feliz acontecimento,
motivando a segurança de que todos sem distinção, concorrerão na razão de suas forças
para o progresso e engrandecimento deste rico município. Está instalada a intendência
municipal da vila de Santa Rita. Viva a República dos Estados Unidos do Brasil. Viva o
generalíssimo chefe do Poder Executivo. Viva o governador deste Estado. Viva a Vila, o
município de Santa Rita e seus habitantes”, ex-vi publicação original e integral do referido
discurso no jornal “A Gazeta da Parahyba”, de 29 de março e 01 de abril de 1890, acessível
no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano. Portanto, comprovado está de que Santa Rita
foi emancipada realmente em 19 de março de 1890 e teve sua instalação oficial e posse de
seu primeiro gestor, seus dois vices e membros suplentes no dia 29 de março de 1890.
E a data de 19 de março de 1890, data da emancipação política de Santa Rita,
também é comprovada na fala do Padre Manoel Gervásio Ferreira da Silva, Padre Ferreira,
fez um longo discurso, era um homem de capacidade intelectual firme, naquele tempo os
sacerdotes estudavam língua materna e latim envolvendo todos os componentes
curriculares que antecediam sua formação clerical, acerta altura em seu discurso ele
afirma: “[...] é uma realidade para nós o progresso prometido pelo governo provisório dos
Estados Unidos do Brasil, o qual progresso a nós chegou por mão do digno Governador do

520
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Estado da Paraíba, cidadão Venâncio Neiva, assinando a 19 de março do corrente, o


decreto de nossa municipalidade. Portanto, cidadãos, rendamos um preito de gratidão a
esses heróis legendários da Pátria livre, da Pátria unida”, e finaliza o seu longo discurso
exaltando os membros recém empossados do Conselho de Intendência Municipal de Santa
Rita, afirmando: “e vós cidadãos intendentes, inspirados nas palavras de Ordem e
Progresso estudai as necessidades desta terra, que também é vossa, para que por meio de
leis aptas dar-lhe vida, aproveitando a uberdade de seu solo, incutindo em seus filhos o
amor ao trabalho, único incremento de nossa prosperidade. Para vós cidadãos, convergem
todas as nossas vidas, vós sois o depositário de nosso futuro, fazei-o próspero para a glória
desta terra, pela honra de nossos nomes e utilidade nossa”. Então comprovado está de que
Santa Rita foi realmente emancipada em 19 de março de 1890, segundo afirma o Padre
Ferreira em seu discurso de saudação ao primeiro gestor, publicado no jornal A Gazeta da
Parahyba em, 29 de março de 1890, página 5, arquivado no IHGP.
Por outro lado, o Intendente Antônio Gomes Cordeiro de Mello, primeiro gestor de
Santa Rita a época tinha mais de setenta anos de idade, motivo pelo qual ele afirma em
seu discurso de posse: “[...]confiando antes na eficaz cooperação dos meus distintos
companheiros, do que mesmo nas minhas débeis forças, aceitei reconhecido o honroso
encargo com o fim de nele prestar os meus serviços em prol da autonomia e
engrandecimento deste município, convocando ao mesmo tempo no acanhado circulo de
minhas atribuições para o crédito e consolidação da nova e auspiciosa instituição
republicana, da qual me confesso verdadeiro sectário [...]”.Era um cidadão austero, firme e
honesto, tanto é assim que preferiu renunciar o cargo de Intendente Municipal três meses
depois de sua posse, tendo em vista que “surgiu da exigência de que o mesmo cobrasse
impostos dos feirantes e aí incluísse uma percentagem para a limpeza da Igreja de Santa
Rita. Enquanto o Padre Ferreira exigia um percentual tributário para as suas obras
religiosas, o Coronel Francisco Carvalho exigia que o intendente fizesse opção entre o
cargo de intendente e o de chefe de polícia que continuava exercendo mesmo depois de
sua posse na intendência”, é o que afirma Santana (1990). Assim sendo, preferiu renunciar
o cargo de Presidente do Conselho Municipal de Intendência a corromper-se no dia 29 de
junho de 1890.
Finalmente, é 19 de março de 1890 o dia da emancipação política de Santa Rita da
Capital da Paraíba, salvo se for “a emancipação política de Pirro”, justamente aquela que
nunca existiu, mera ilação ou ilusão do sonho nunca sonhado e muito menos concretizado
como fato histórico municipal, quando historiadores, sic, afirmam erroneamente de que
Santa Rita teria sido emancipada em 09 de março de 1890, o que não tem confirmação
documental tal ilação.

7.17 – A história do milagre das duas capelas


As pessoas, geralmente, têm uma visão plana, pegada a
terra, de duas dimensões. - Quando a tua vida for
sobrenatural, obterás de Deus a terceira dimensão: a
altura. E, com ela, o relevo, o peso e o volume.
Josemaría Escrivá

A História da Paraíba registra que “o dia 17 de novembro de 1636, nascera coroado


por um céu límpido e sereno de estio”, segundo relata J. Glês Lacet no conto histórico “O
Milagre”, publicado no Anuário Informativo do Município de Santa Rita de 1937.

521
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

É certo de que o contista continua sua dissertação de cunho histórico afirmando de


que “o orvalho matinal, caíra tremulante, chorando, talvez com saudades do céu, e, o azul-
natier dos morros, emendava-se com o verde fosco da várzea imensa”, o que comprova
assim de que realmente em ambas as margens do rio Samuraguai, segundo nos ensina
Donato (1996), quando afirma: “[...] o estratégico engenho à margem direita do Rio
Samuraguai, defendido pelos holandeses com muito empenho lhes foi tomado de assalto
pela companhia do Cap. Francisco Rabelo. Lutando entre defensores, morreu o conselheiro
Ippo Eys-sens, Governador da PB, membro do Conselho do Recife [...]”, cujo rio
posteriormente passou a ser chamado de rio São Domingos e atual rio Paraíba, cujo termo
em tupy guarany significa rio de difícil navegação, acesso ou rio ruim em ambos os
sentidos, eram cobertas por grande vegetação nativa (madeira de lei), que com o passar
dos tempos foi substituída pela plantação da cana de açúcar e/ou “ouro branco”, como é
popularmente chamada ainda nos dias atuais.
E o conto histórico já referido referencia que “após ter infligido uma derrota total,
nas forças holandesas, que guarneciam o Engenho Espírito Santo e ter morto o governador
Ippo Eyssens”, continua dizendo que “apesar deste ter se defendido heroicamente, chegou
o denodado guerreiro e patriota Capitão Francisco Rabelo, com seu exército de bravos, a
margem setentrional do Paraíba”e enfatiza em sua prosa literária e porque não dizer obra-
prima, haja vista que “em sua marcha vitoriosa o pequeno exército paraibano, fora
destruindo os canaviais do inimigo afim de desalentá-lo e pretendendo assim continuar até
juntar-se as forças do acampamento de Bagnuolo”. O certo é que o bravo Capitão
Francisco Rabelo destacou-se por suas investidas de surpresa, sistema de guerrilha contra
o invasor holandês, principalmente na Capitania da Paraíba, entre os anos de 1630 a 1637.
A história registra que ele recapturou Porto Calvo (1636) e, em seguida, participou da
Batalha da Mata Redonda, que foi vencida pelos holandeses.
Dentre os seus feitos, destacou-se o ataque ao administrador, uma espécie de
governador nomeado interinamente/Interventor holandês na Paraíba, Ippo Eyssens, que,
juntamente com a sua tropa foram assassinados, no Engenho Espírito Santo, em 1636. O
referido engenho pertencera ao Capitão Manoel Correa Perez que, à época, teve essa
propriedade confiscada, isto é, tomada sem qualquer tipo de pagamento pela Companhia
Neerlandesa das Índias Ocidentais, vindo a ser adquirido assim pelo administrador
holandês assassinado. A história registra ainda que a ação do “Rabelinho”, nome dado a
Francisco Rabelo foi reconhecida pelos habitantes do povoado do Espírito Santo, que
ergueu duas capelas, uma dedicada a Nossa Senhora do Perpetuo Socorro e outra a Nossa
Senhora da Batalha, nos locais de ambas batalhas, onde os paraibanos nativos saíram
vencedores. Foi um verdadeiro milagre tendo em vista a superioridade do exército
holandês. Ambas capelas, ainda atualmente existentes, relíquias vivas da História da
Paraíba e do Brasil no século XVII. A história menciona ainda de que a ação guerrilheira do
Capitão “Rabelinho” fez-se sentir negativamente, com o aumento da repressão da
Companhia Neerlandesa das Indias Ocidentais na região da Várzea do Paraíba naqueles
tempos. Em síntese a história de ontem e de hoje menciona de que a povoação constitui-se
na cidade de Cruz do Espírito Santo/Paraíba, cuja emancipação política ocorreu em 7 de
Março de 1896. E Francisco Rabelo, o Capitão “Rebelinho” faleceu em combate, na ilha de
Itaparica, em 1647, o que vale dizer que “com o seu exército de bravos, à margem
setentrional do Paraíba”, caracterizando-se um verdadeiro milagre diante do grande
número de soldados inimigos holandeses que lutavam para defender o sangue derramado
de seu líder e chefe.

522
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Vale ressaltar ainda de que Francisco Rabelo “em sua marcha vitoriosa, o pequeno
exército paraibano, fora destruindo os canaviais do inimigo afim de desalentá-lo e
pretendendo assim continuar até juntar-se as forças do acampamento de Bagnuolo”
(Giovanni di san Felice, conde Bagnuoli, dito conde de Bagnolo ou Bagnuolo, militar italiano
(nasceu Nápoles/Itália, 1575; faleceu em Salvador/Bahia/Brasil, 1640). A serviço do rei da
Espanha, lutou contra os holandeses na Várzea do Paraíba, no Nordeste brasileiro).
A história narrada no conto histórico registra também que “porém antes de ter
seguido para o seu engenho Espírito Santo, onde a morte fora surpreendê-lo, o governador
IPPO EYSSENS tomara as suas providencias, e, por essa razão, sem imaginar si quer na
morte do valente mais despótico governador, um forte contingente partira nesse ínterim,
de Friederickstadt (Paraíba) e às 10 (dez) horas mais ou menos do dia 17 de novembro,
achou-se frente a frente com a pequena tropa do capitão Rabelo”. É importante relembrar
os nomes que a atual João Pessoa já teve a saber: Em 1585 - Cidade Real de Nossa
Senhora das Neves, foi o nome escolhido quando da sua fundação, no dia 5 de agosto, em
homenagem ao santo do dia; em 1588 - Filipéia de Nossa Senhora das Neves em
homenagem ao Rei Filipe II da Espanha, durante o período em que a Coroa Portuguesa foi
incorporada à Coroa Espanhola (União Ibérica 1580-1640); em 1634 - Friederickstadt
(Cidade de Frederico) ou Frederica em homenagem ao príncipe de Orange, Frederico
Henrique de Nassau, durante os 20 anos de ocupação holandesa no nordeste brasileiro; em
1654 - Cidade da Parahyba ao iniciar o período de restauração após a expulsão dos
holandeses do nordeste brasileiro; em 1930 - João Pessoa numa homenagem ao político
João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, paraibano de Umbuzeiro, então presidente
(governador) do Estado da Paraíba, assassinado na cidade de Recife em 26 de julho de
1930 pelo advogado João Duarte Dantas.
Mencionamos ainda de que o conto de caráter histórico do santaritense Jaime
Gonçalves, menciona de que “o bravo guerreiro teve de relance, a intuição de qual seria o
fim daquela luta desigual, mas não podendo evitá-la, relanceou para os seus comandados
um olhar de animo e de surpresa renuncia a vida pela grandeza e liberdade da terra
nativa”, é aí que entra a participação do homem nativo (índio) na libertação das terras da
Várzea do Paraíba dos atuais municípios de Santa Rita e Cruz do Espírito Santo com a
expulsão do domínio holandês, fato histórico e primitivo de que o sentimento patriótico
nasceu em solo paraibano antes mesmo do sangue derramado de Tiradentes em Minas
Gerais pelos mesmos ideais.
A História da Paraíba deve muito a memória e a bravura de Francisco Rabelo, pois,
“os valentes soldados compreenderam e apesar de exaustos da luta anterior e da longa
caminhada, ergueram os bustos resolutos, dispostos a tudo”, segundo relata o conto ora
analisado à luz da história que nos é comum. Daí por diante, “travou-se, então, a luta
furiosa e sanguinolenta”, registrando-se de que “de um lado, um forte exercito de
invasores (holandeses) animado pela cúbica e pela superioridade numérica; de outro, um
punhado de patriotas (Francisco Rabelo, seus soldados brancos, negros e índios) confiado
apenas na justiça divina e na própria bravura”, partiram para a luta do corpo a corpo, pois,
“durante angustiosas horas o sangue regou em abundância a margem esquerda do rio
Paraíba”, e como “não tardou que a horda estrangeira começasse a aniquilar pouco a
pouco a tropa nativa”, o que vale dizer: os homens de Rabelinho: brancos, negros e índios,
em pequena quantidade, levando-se em consideração “então, animado subitamente por
uma fé estranha, o Capitão Rabelo incitou os seus bravos a elevarem uma prece ardente e
sincera, a Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, a fim de não perecerem todos quando
podiam ainda prestar tantos serviços a Pátria”, confirmando a partir daí o nascimento do

523
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

grande patriota atualmente esquecido que é a figura de Francisco Rabelo, na História da


Paraíba e do Brasil, desde 17 de novembro de 1637, em plena terceira década do século
XVII.
Ato contínuo, o soneto de cunho histórico ora enfocado afirma de que “até o próprio
exercito inimigo (holandês), que era composto de protestantes, reduziu um pouco o ímpeto
da luta, ao ver aquele pequeno grupo de heróis estropiados e sujos de sangue e poeira,
lutar ao som de uma ardente prece, ditada (pelo Capitão Francisco Rabelo) pelo fervor de
uma fé (católica) súbita e inabalável”.
Dando continuidade “e a luta prosseguiu encarniçada”, e como não bastasse “de
repente o exército holandês viu-se cercado entre dois fogos”, pois, “é que um formidável
reforço sob o comando do Capitão Sebastião de Souto e do famoso Henrique Dias (negro),
viera pela margem direita do rio, em socorro da tropa de Francisco Rabelo”. E o sol da
Pátria nascia em pleno século XVII na Várzea do Paraíba e em terras (solo, espaço físico)
do Município de Santa Rita, tendo em vista que “em poucas horas, completamente
rechaçados, os holandeses retrocederam, deixando o campo de luta semeado de mortos e
feridos”. A Pátria Brasileira estava começando a ser construída com sangue na várzea do
rio Samuraguai, São Domingos e Paraíba, atualmente.
E Francisco Rabelo e seus homens (brancos, negros e índios) “considerando então,
que a sua prece fora atendida, a tropa paraibana mandou erigir, depois, duas capelas
(capela de Socorro e capela da Batalha), em agradecimento ao fato, que todos passaram a
considerar um verdadeiro milagre”, ambos exemplares do barroco brasileiro no estilo
rococó ainda continuam erguidos e recebendo visitantes para ouvir missas, pagar
promessas e curtir o turismo histórico e religioso, tombados pelo patrimônio histórico e
artístico nacional e cujas terras pertencem à propriedade da Usina São João.
Visitar a Capela do Socorro e a Capela da Batalha é reviver no tempo e no espaço os
fatos históricos e a bravura do homem paraibano a procura de sua nacionalidade brasileira,
levando-se em consideração “assim, foram erguidas, na margem setentrional do rio
Paraíba, no local da luta, a capela de Nossa Senhora da Batalha, e na meridional a de
Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, que ainda hoje existem, conservada piedosamente
pelo povo, que na sua quase totalidade, ignoram o valor pátrio-religioso daquelas duas
relíquias da história paraibana”, é o que afirma no conto histórico publicado no Anuário da
Prefeitura de Santa Rita em 1937 de autoria de Jaime Gonçalves do Nascimento, o popular
“Jaime Lacet” que assinava com o apelido de “J.Glês Lacet”, e até porque a visão sobre os
referidos monumentos históricos e religiosos ainda continua praticamente a mesma, pois, a
sua permanência em termos de restauração e assim por diante se dá por conta da lei de
incentivo a cultura nacional, ainda vigorante em nosso meio, caso contrário ambas já
teriam tido o mesmo destino que tiveram: a) da Capela de Santos Cosme e Damião (que
existia na Várzea do Paraíba antes da BR 101 e pertencia a extinta Usina Santa Rita,
quando menino estive lá em um dia em que Padre Mauricio celebrava missa e tenho em
minha mente sua constituição física e os santos em tamanho natural de um homem, a linha
de trem levava o Padre até a porta da Capela, foi derrubada para plantar cana de açúcar);
b) da capela de Santo André (onde atualmente encontra-se construído o matadouro
particular de Santa Rita a margem da PB 004-Santa Rita /Cruz do Espirito Santo, também
na época era da propriedade da extinta Usina Santa Rita); c) da capela de Nossa Senhora
do Rosário (frente para o Rio Paraíba e que foi derrubada na década de 30 do século XX,
pertencia ao patrimônio da extinta Usina Santa Rita, e cujo terreno foi doado ao Governo
do Estado da Paraíba para ser construído o Grupo Escolar João Úrsulo, inaugurado em
1939; d) da Capela de São Francisco Xavier (encontra-se em ruínas), situada ao lado da

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Casa Grande e do Engenho Capelinha, residência oficial do primeiro prefeito de Santa Rita,
o Intendente Antonio Gomes Cordeiro de Melo, cuja posse ocorreu em 29 de março de
1890 e cujo patrimônio pertence à extinta Usina Santana, atual Agroval, dentre outras
existentes na Várzea do Paraíba: Capela do Engenho Maraú/C.E.Santo; Capela do Engenho
Itapuá/São Miguel de Taipu; Capela de Nossa Senhora da Consolação (1851)/Paula
Cavalcante (Entroncamento)/Cruz do Espírito Santo) e em terras de Santa Rita.

7.18 – O sodalício santaritense


Segundo o dicionário online <http://www.dicio.com.br/sodalicio/>, o termo sodalício
significa “sociedade de pessoas que vivem juntas ou em comum”, e tendo como sinônimo
“contubérnio”. Portanto, fazendo apologia ao pensamento de Augusto dos Anjos, no poema
“O Deus-Verme”, quando declara “[...] e vive em contubérnio com a bactéria, livre das
roupas do antropomorfismo”. O que vale dizer que o individuo vive em concubinato,
amigação ou mancebia e não tem desejo de assumir compromisso com casamento e/ou
com a sociedade em termos formais.
De modo que o passado recente de nossa cidade nos informa que “o primeiro
sodalício que houve em Santa Rita, foi o Grêmio Musical Recreativo Carlos Gomes” ,
fundado em 1903, por Eduardo de Menezes e que “tinha prédio próprio, bilhares, biblioteca
e uma banda de música com cerca de 40 figuras”, ex-vi o que o texto: “Santa Rita que se
fica” de autor ignorado constante do Anuário Informativo de Santa Rita (1937).
Aqui podemos mencionar as associações do tipo sodalício existentes em Santa Rita
até 1937 e que nas décadas seguintes desapareceram do mundo social de nossa terra, a
saber: Lira Vencedora (uma espécie de escola de samba da elite, tinha 52 (cinqüenta e
dois) associados, sendo: 12 (doze) honorários; 17 (dezessete) fundadores; e 22 (vinte e
dois) efetivos); Sapato de Pobre é Tamanco (o nome já diz tudo, trata-se de uma escola de
samba de pessoas não pertencentes à elite da época, o número de associados era
ilimitado, bastava querer brincar o carnaval); Tibiri Recreativo Clube (tinha 58(cinquenta e
oito) associados, sendo: 2 (dois) honorários; 27 (vinte e sete) fundadores; 29 (vinte e
nove) efetivos); Itaraí Esporte Clube (tinha 30 (trinta) associados, sendo: 12 (doze)
fundadores e 18 (dezoito) efetivos); Barreirense Futebol Clube, sediado no Distrito de
Bayeux (tinha 54(cinqüenta e quatro) associados, sendo: 14 (quatorze) honorários;
17(dezessete) fundadores; e 23 (vinte e três) efetivos); São Lourenço Esporte Clube (tinha
25 (vinte e cinco) associados, sendo: 3 (três) honorários; 5 (cinco) fundadores; e 17
(dezessete) efetivos); União Beneficente de Santa Rita (tinha 89 (oitenta e nove)
associados, sendo: 3 (três) honorários; 34 (trinta e quatro) fundadores e 52 (cinqüenta e
dois) efetivos); e o Comercial Recreativo Clube com número ilimitado de associados,
segundo o referido informativo (1937).
Em Tibiri Fábrica também existiu um tradicional sodalício dedicado aos
operários e suas famílias, se trata do clube CTP pertencente à Companhia de Tecidos
Paraibanos, fundada em 1892, ainda hoje existente, apesar da falência e do
desaparecimento da referida companhia na década de 70 do século XX, valendo mencionar
que foi na realidade a primeira fábrica de tecidos no Estado da Paraíba.
É de suma importância mencionar o Santa Cruz Recreativo Esporte Clube, o
“cobra coral”, como agremiação e como sodalício, fundado a 15 de abril de 1939, em sede
alugada à Rua Djalma Dutra, depois Rua São João, Centro de Santa Rita, de onde se
mudou para sua sede própria à Rua Flávio Ribeiro Coutinho, sede adquirida por doação do
Governo Municipal de Santa Rita em 1980. O “Santa Cruz Canavieiro” como é
popularmente chamado, já foi campeão (1995) e bicampeão paraibano (1996) e orgulha-se

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

de ter revelado de Santa Rita para o mundo o campeão mundial pela Seleção Brasileira na
Copa do Mundo de 1994, conhecido por “MAZINHO”, que nasceu e criou-se no Bairro
Popular, precisamente à Rua Professor Pereira Lira esquina com a Rua José.
O Guarany Futebol Clube, o sodalício “verde-amarelo” da Praça João Pessoa, é um
clube tradicional fundado no século XX em Santa Rita e freqüentado principalmente por
pessoas do sexo masculino, é também conhecido como a “Universidade do Guarany”,
tendo em vista os assuntos diversos, principalmente a política local e estadual que é lá
discutida em larga escala nos trezentos e sessenta e cinco dias de cada ano, oferece jogos
de sinucas e outras modalidades. Ressaltamos de que o mesmo nunca teve vocação para
viver da realização de festas ou eventos sociais do tipo bailes dançantes, desde sua
fundação, e nunca teve quadro social para fins de inclusão e promoção de festas, isso
nunca foi sua praia.
O Cruzmaltino Futebol Clube é outro tradicional clube voltado exclusivamente para a
prática de futebol de campo em nossa cidade, encontra-se instalado à Rua Dr. Pedrosa, a
popular “Rua da Linha” e nunca teve vocação para viver da realização de festas sociais.
O Onze Futebol Clube também é outra agremiação tradicional de Santa Rita e que
foi extinta na última década do século XX, restando apenas o “mito” do seu nome na
localidade onde existia a sua sede no Bairro da Santa Cruz, igualmente nunca viveu de
festas sociais e sim da prática esportiva.
O Clube de Futebol da Usina Santa Rita foi extinto quando foi decretada a falência
da referida empresa agroindustrial em nossa cidade, porém, teve momentos de glória
quando de sua existência.
O Atlético Futebol Clube foi outra agremiação futebolística de tempos contados ou
de vida curta, foi fundado no Bairro Popular na década de 60 por João Trigueiro e outros
desportistas.
A AUS – Associação Universitária Santaritense, sodalício e órgão máximo da
representação estudantil de Santa Rita, fundada na década de 70 do século XX, teve seus
momentos de glória com o preenchimento de seus quadros sociais, tem ainda seu
patrimônio principal onde funcionou sua sede à Praça Getúlio Vargas, esquina com a Rua
Juarez Távora, e que deixou de funcionar desde o final da década de 90 do século passado.
Já na década de 50 do século XX foi fundado o Santa Rita Tênis Clube, maior
sodalício do povo de Santa Rita e um dos maiores da Paraíba com quadros sociais distintos
e constituídos por comerciantes, profissionais liberais e pela elite local, com o passar dos
tempos foi extinto igualmente no inicio do século XXI e o seu patrimônio foi vendido em
hasta pública para pagar dividas trabalhistas com seus ex-empregados.
É a Santa Rita que se fica, por aqui praticamente o termo sodalício já desapareceu e
faz muito tempo do convívio da família santaritense.

7.19 – A vila dos Clementes


A liberdade é conquistada através de sangue, suor
e lágrima e nunca através de simulação legal.
FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR

Preliminarmente é importante mencionar de que o termo quilombola é uma


designação geral de todos os escravos refugiados e agregados em quilombos e ou lugar
habitado e ou esconderijo dos descendentes de escravos de pele negra, valendo salientar
de que seus antepassados na época histórica da escravidão brasileira fugiram sem destino,
a procura de liberdade, dos engenhos de cana de açúcar, fazendas, sítios e ou pequenas

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

propriedades onde viviam trabalhando e ou executando serviços diversificados braçais,


motivo pelo qual resolveram fugir e formar e ou construir pequenos vilarejos denominados
assim de quilombos. Em tese o lugar chamado de quilombo é lugar de se viver e pensar
livre, sem amordaças de quaisquer espécies por parte dos capitães do mato em nome do
patronato e ou proprietários de escravos, pois, os escravos eram marcados e ou ferrados
como se ferram atualmente animais diversos, como por exemplo, gabo bovino, cavalos,
burros, etc. O certo é que os escravos tinham donos e mercado negreiro certo, era
mercadoria, algo parecido com o comércio de compra e venda de animais nas pequenas e
grandes feiras pelo Brasil afora. O termo “cañybó”, do tupi-guarani, quer dizer ao pé da
letra aquele que foge muito, o que é assim aplicado ao escravo que fugia em busca da
liberdade para viver com ou sem sua prole nas matas, virando selvagem (FFLCH — USP
(2005).
Com o advento da Constituição Federal de 05 de outubro de 1988, os quilombolas,
descendentes de escravos negros, tem direito a propriedade de suas terras, assim sendo,
poucos mais de dois mil quilombolas estão espalhados por todo o país. Muitos deles já não
existem mais, é o caso da Comunidade Quilombola dos Clementes, gente descendente de
escravos negros e residentes em grande parte em Santa Rita, em vila de igual nome, em
terra que pertencia a Usina Santa Rita S/A, extinta nas duas últimas décadas do século XX
e durante décadas foi dirigida pelo empresário e ex-governador Flávio Ribeiro Coutinho.
Essa gente não recebeu o direito de ficar na terra onde seus antepassados aqui chegaram
há mais de duzentos anos. Praticamente a unidade grupal já não existe mais, apenas o
sangue correndo nas veias de seus descendentes. Tal dissolução grupal foi iniciada quando
o referido grupo foi transferido possivelmente da localidade de Socorro, onde viviam e
inclusive existia um cemitério negreiro em vala comum, segundo depoimento informal da
senhora Elza Clemente Rocha, “in memorian”, pois, seus pais eram descendentes de
escravos e que assim como seus avós e bisavós, etc., ali residiram antes de serem
transferidos para a Vila dos Clementes, na década de 30 do século XX. Na realidade os
ascendentes e descendentes dos “Clementes”, nunca lutaram contra o patronato rural,
sempre foram gente pacifica, honesta e trabalhadora. É o que a historicidade popular nos
ensina, corroborando com igual pensamento o ex-vereador, ex-deputado estadual e ex-
prefeito Heraldo da Costa Gadelha. A vila dos Clementes representa o passado histórico de
seus antepassados, lugar de livre convivência humana e de liberdade sem ideologia e ou
interesse de tornar-se dono da propriedade e ou feudo rural.
As comunidades quilombolas estão dispersas pelos estados da Amapá, Espírito
Santo, Goiás, Rio de Janeiro, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais,
Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina e São
Paulo, ex-vi as visões e definições conceituais quilombolas na atualidade, conforme Visões
Quilombolas (2008). Em tais unidades da federação nacional, tendo com documento
básico a constituição cidadã de 1988, as comunidades quilombolas remanescentes, em
parceria com os movimentos sociais, a exemplo do MST – Movimento dos Sem Terras e
outros tipos de camponeses que já viviam na terra e não tinham o título de propriedade da
mesma, conquistaram o direito à Educação Básica no campo, em seus assentamentos,
além de outras conquistas essenciais para sua fixação no meio rural, como por exemplo,
eletrificação rural, postos médicos e odontológicos, meios de comunicação, estradas e
transportes, etc. Ainda tem muitos outros direitos a serem conquistados por essa gente
brava. A libertação dos escravos através da lei áurea, assinada em 13 de maio de 1888, foi
uma forma legal que a Princesa Isabel, em nome de seu pai, o Imperador Pedro II,

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

arranjou para presentear os senhores de engenhos com a liberdade de seus escravos, em


sua maioria, velhos, sem profissão, analfabetos, verdadeiros filhos de Eva, que foram
jogados nas grandes e pequenas cidades, dando origem as primeiras favelas no Brasil.
Assim sendo, o patronato rural se livrou do compromisso de manter casas, senzalas,
remédio e comida todos os dias para tais escravos. E até porque os principais interessados
na liberdade de si e de sua prole não se fizeram presentes, não houve lutas, guerras e
batalhas de quaisquer espécies. A libertação dos escravos de 13 de maio de 1888, foi um
presente de grego para todos os escravos e escravos deste país. Saíram pelas estradas
sem lenço e sem documentos a procura de pão e água para beber. Esse foi o quadro da
verdadeira libertação dos escravos antes do nascimento do regime republicano.
Na Vila dos Clementes, a senhora conhecida por Loura, uma de seus descendentes,
mulher negra, firme, educando sem ter instrução acadêmica, amiga de todos os ricos e
pobres de Santa Rita, durante décadas cultuou sua devoção a Santo Antônio, considerado
o santo casamenteiro, natural de Lisboa, capital de Portugal, batizado com o nome de
Fernando e abraçando a vida clerical foi ordenado frade na Ordem de Santo Agostinho.
Posteriormente, se tornou frade da Ordem de São Francisco, lá pelos anos de 1220, época
em que visitou fazendo missões em vários países, dentre os quais França, Itália e Portugal.
A sua biografia menciona que ele morreu na cidade de Pádua, em Portugal, com mais ou
menos, entre 36 a 40 anos de idade. Tem gente que o chama de Santo Antônio de Lisboa,
assim com tem gente que o chama de Santo Antônio de Pádua, tais adjetivos qualificativos
estão relacionados aos nomes das cidades onde ele nasceu e faleceu.Tanto é assim que na
Vila dos Clementes, o povo simples chamava de Santo Antônio dos Clementes, porque
dona Loura, pediu ajuda e ou tirava auxílio para ele e no dia 13 de junho de cada ano,
fazia uma grandiosa procissão pelas principais ruas de Santa Rita e terminava em uma
palhoça e ou latada que ela e seus parentes faziam para rezar o novenário dele e receber
os visitantes, que entre ricos e pobres, era muita gente. A procissão comparecia de pé de
chinela a professores, doutores, prefeitos, vereadores, deputados, usineiros, etc., ali todo
mundo se cumprimentava e era feliz, inclusive havia distribuição de lanches e bebidas para
todos no final da procissão. A banda de música São José, da Prefeitura Municipal de Santa
Rita e a fanfarra musical do COFRAG –Colégio Dr. Francisco Aguiar, dentre outras tocadas
musicais, são exemplos de bandas que serviram de acompanhamento do cortejo da
referida procissão durante quase meio século de sua existência. Na realidade Santo
Antônio, além de grande pregador e professor nas universidades francesas e italianas, é
considerado também como o pai dos pobres, o santo casamenteiro por ajudar moças em
seu tempo a pagar o dote para o casamento. Dentre os santos da Igreja Católica ele é um
dos grandes homenageados todos os dias de cada ano, a exemplo da região nordestina
brasileira. Com o falecimento de dona Loura Clemente, desapareceu da referida localidade
a procissão dedicada a Santo Antônio, bem como a Vila dos Clementes, antes pertencente
ao Engenho Santo André, feudo rural da extinta Usina Santa Rita S/A, se urbanizou e
pertence ao novo bairro de Santa Rita, denominado de André Vidal de Negreiros, em
homenagem ao grande santaritense e brasileiro que comandou as tropas para ajudar
expulsar os invasores holandeses da Paraíba e do Brasil.
Em lendo o cordel quilombola (GALDINO, 2011), a nossa população nacional,
descendente de negros e índios, todos livres em suas origens e escravizados pela
oficialidade até o 13 de maio de 1888, ainda convivem em pleno século XXI, a procura de
sua real libertação, tendo em vista que dentre as comunidades mencionadas, ainda faltam
aquelas que perderam sua própria identidade no referido período, haja vista que nada ficou
escrito a respeito de sua historicidade para as novas gerações, um exemplo disso é o caso

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

dos descendentes dos “Clementes” em Santa Rita, um quilombola familiar informalmente


constituído. A liberdade é conquistada através de sangue, suor e lágrima e nunca através
de tapas nas costas, apertos de mãos e ou de simulação legal, isso é a alienação grupal
para a implantação de ditadura fascista com simulação de estado soberano de direito
democrático.

7.20 – Cícera, a santaritense


Juiz não autoriza e nem proíbe aborto em
menor que o padrasto estuprou.
(Jornal do Brasil, 11-4-1980).

Assim como o vento sopra onde quer, a sorte e ou destino é implacável com o nome
“Cícera”, substantivo próprio, feminino singular. O citado termo tem origem no latim, vem
de “cicer” e significa “grão de bico”, é a variante feminina de Cícero, nome muito usado
pelos romanos. Assim sendo, podemos mencionar sem sombra de dúvidas o eu, a pessoa,
o sujeito e o cidadão “Cícero”, o maior orador romano, que viveu no século I a.C. É
importante mencionar de que ele recebeu tal nome em homenagem a um dos seus
parentes que tinha uma verruga no nariz, daí a justificativa da alcunha e ou apelido de
“grão de bico”. Tudo isso é mera coincidência no tocante a origem dos nomes próprios.
Acreditamos que o nome de cada pessoa nada tem a haver com o seu perfil pessoal, social
e profissional, tudo porque se pela primeira vez na vida tivéssemos chamado a “vaca” de
perfume e o “perfume” de vaca, em nada mudaria sua essência, enquanto essências. O
emocional de cada pessoa independe do nome que recebe ao nascer. Portanto, cada
pessoa, cada objeto e tudo que existe sobre a face da terra tem que ter um nome para
poder ser conhecido e chamado durante o período de sua existência material. Assim sendo,
preliminarmente podemos mencionar que a saga de nossa Cícera é algo relacionado com a
migração nordestina, enquanto fio da meada sociológica das idas e vindas e/ou
deslocamentos internos no Brasil a procura de melhoria de vida para si e para seu grupo
familiar, geralmente em crise provocada pelo desemprego do e ou dos responsáveis pela
manutenção de si e da prole, de modo que o:

“Estudo de gênero, sobre migrações ou qualquer


outra temática, significa mais do que falar a
respeito de homens e de mulheres: requer
investigar e compreender as formas nas quais as
diferenças e similaridades relacionadas a
sexualidade física são compreendidas, organizadas
e praticadas dentro das sociedades. Assim, nos
podemos encontrar uma diversidade de sentidos e
instituições baseados nas relações entre e dentro
dos diferentes grupos em todas as sociedades”
(GUTMANN, 2000, p. 3).

De modo que os enfrentamentos e/ou violências em tais processos são inumeráveis,


haja vista que no caso da autobiografia mencionada à violência praticada tem origem
dentro do próprio lar, através de ação negativa do ponto de vista legal e humano por quem
tinha o dever de garantir e proteger pessoas menores de idade em sentido amplo. E os

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

fatos vão parar nos jornais, na policia e no Poder Judiciário. É a desestruturação completar
do grupo familiar mencionado.
Mas, a “Cícera” que enfatizamos é “Cícera, um destino de mulher”, autobiografia
duma migrante santaritense, paraibana e nordestina, operária têxtil aos doze anos de idade
na CTP – Companhia de Tecidos Paraibana e moradora da Vila Operária Tibiri, antes de ir
morar no Rio de Janeiro, época em que foi descoberta pela defensora da causa feminista
brasileira, doutora e escritora Danda Prado, intelectual da sociedade carioca e herdeira da
editora brasiliense, fundada por seu pai Caio Prado Jr, outro idealista da causa marxista no
Brasil. O mencionado livro foi publicado pela editora brasiliense, em 1981, tem 128
páginas, escrito mediante entrevistas dadas por Cícera Fernandes de Oliveira a já referida
feminista e escritora Danda Prato, no período de abril a outubro de 1980, na cidade do Rio
de Janeiro. O livro tem como índice, a introdução, onde Cícera (p. 9/10), a personagem
central, enfoca que “pobre só sai no jornal quando há tragédia e polícia”, segundo a
sabedoria popular. Assim tal fato sempre envolve a vítima e o culpado. É aí que acontece a
desconstrução do que antes era chamado de lar e/ou família. É justamente o lócus e/ou
focus principal da bravura, sofrimento e altivez de “Cícera”, pano de fundo do livro, tendo
como enredo da vida real: o fato de ter começado a trabalhar aos doze anos de idade na
Fábrica Tibiri para ajudar seus pais e irmãos; de ter casado muito jovem em Santa Rita,
que foi traída por seu primeiro marido com a empregada de sua casa; que depois de
separada, aguardou a volta do marido e ele não voltou; que arranjou um segundo maridou
tempos depois, inclusive teve um filho dele, porém tudo representa desencontro e/ou
desconstrução amorosa e cumplicidades. É bom mencionar de que sorte e/ou destino é
uma mera invenção do ser humano. Foi igualmente traída porque ele arranjou outra
mulher e constituiu família; por fim deixou tudo em Santa Rita e foi à procura da sorte no
Rio de Janeiro, lugar que arranjou o terceiro marido, tendo sido igualmente traída no
corpo, na alma e no sangue, tendo em vista que o mesmo estuprou e engravidou sua filha
menor de 13 (treze) anos, dentro de sua própria casa, não a respeitando a si e a menor
enquanto padrasto, portanto, pai de criação. Nessa época ela residia no Estado do Rio de
Janeiro, a trinta quilômetros da cidade maravilhosa de São Sebastião do Rio de Janeiro. O
primeiro capítulo do livro trata do “Poder e violência patriarcais”, onde a “Justiça e a Igreja
opinam pela imprensa” sobre o caso indagando a “Cícera, como foi que tudo aconteceu?”,
o calvário dela e de sua filha menor estuprada e grávida pelo padrasto vai parar nas portas
dos hospitais e das clinicas médicas, onde “Os médicos recusam o aborto”, enquanto que a
mesma é indagada se vai “Dar ou criar esse filho?”, conforme páginas 13/45 da referida
obra. E enfatiza que “a criança vai nascer, ninguém sabe se é homem ou mulher, só sei
que o enxoval está todo comprado, hoje comprei a banheira, daqui a pouco vem o berço,
só fala a mamadeira”. E continua o sofrimento emocional e social de “Cícera” afirmando de
que “vou lembrar que foi filho daquele homem que foi meu seis anos, com a minha própria
criança de treze anos” e diz ainda que “a vida inteira vou lembrar que é filho daquele
homem, homem que jurava me amar tanto” (1981, p. 44). No capítulo segundo, enfatiza o
“Passado no Norte”, o termo “Norte” aqui, usado por ela, significa Nordeste, pois, a
autobiografia é de “Cícera”, filha de pais e irmãos santaritenses, que inicia o referido
capítulo, afirmando que “minha vida dava para escrever um livro”, adiante ainda que “não
queria casar com aquele homem”, quando se refere ao primeiro marido, conta que “eu quis
ir para o hospital” para ter seus filhos. E conclui sua entrevista do segundo capítulo dizendo
que “nós, mulheres, sofremos mais do que os homens”, ex-vi p. 75 da autobiografia
referida. Relata que começou a trabalhar ainda muito pequena para ajudar seus pais e
irmãos em nossa terra. É enfática ao dizer que “quando eu era criança, nos éramos 11

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

irmãos, 6 meninas e 5 homens” (p. 48). Todos iam para o roçado ajudar seus pais.
Moravam na roça e/ou melhor na zona rural. E adianta ainda que “agora, a terra não era
do meu pai, pagava no fim do ano, era arrendada”. A prática de contrato escrito e/ou
verbal de arrendamento de parte de um engenho, fazenda, granja e/ou sítio é comum em
todo país e em diversas partes do mundo. Assim também é algo típico da realidade rural
santaritense, paraibana, nordestina e brasileira, inclusive isso já existia antes da reforma
agrária engessada através do Estatuto da Reforma Agrária do Regime Militar de 1964 e
realizada pela força bruta da ignorância e ou da metodologia marxista do movimento dos
“sem terra”, nas décadas de 80 e 90 do século XX e início do século XXI, tendo em vista
que o referido diploma legal foi elaborado, aprovado e sancionado pelo Governo Federal e
por si só nunca foi executado pelo oficialismo de plantão, salvo através dos levantes
campesinos patrocinados pelas centrais sindicais ligados ao homem do campo. Adianta o
personagem central da já referida autobiografia que “nóis viemos para perto de João
Pessoa, em Santa Rita, quando eu tinha 8 anos , em 1951” (p.51), portanto uma menor
impúbere. Aqui passou com sua família necessidades primárias básicas, lhe faltou comida
para si, para seus irmãos e para seus pais, é o que a personagem da autobiografia
denuncia com precisão que “também meu tio dava o almoço, mas era pouca comida,
lembro duma vez quase chorar de fome porque minha tia demorava pra trazer o prato” ,
tanto é assim que “por isso só fiz até o 3º ano, não deu mais tempo. Fui logo trabalhar,
com 12 anos, porque a situação não dava. Meu pai ficou só com um pouquinho de roça
para trabalhar lá na rua, no quintal de casa” (p.52). O termo “rua”, aqui referido significa a
cidade de Santa Rita, Estado da Paraíba, é uma espécie de cultura popular local de chamar
a cidade de “rua” para quem mora na zona rural. E continua registrando que “tinha o rio,
uma parte descia para a cachoeira”. Aqui ela se refere justamente rio Tibirizinho e a
famosa cachoeira denominada de televisão, no balde do açude Tibiri, o mesmo açude das
águas minerais da atualidade, esse açude fornecia água para o funcionamento da
Companhia de Tecidos Paraibana e para o consumo animal e humano da Vila Operária
Tibiri, tendo em vista que se trata de água mineral de primeira qualidade, local de onde
começa o rio com igual nome que a população chama de Rio da Levada e/ou de Rio Preto,
por causa de receber em seu leito o retorno de água com a tintura da lavagem dos tecidos
novos em diversas cores da CTP, a popular Fábrica de Tecido de Tibiri, usado também para
lavagem de roupas nas pedras e/ou “pedrinhas” ali colocadas ao longo de sua extensão,
passando pelo pau com destino ao Rio Paraíba, a maré e ao Oceano Atlântico. O ciclo vital
desse rio continua ainda o mesmo, apesar de poluído em pleno século XXI. Cita
textualmente que “aonde nós fomos morar, na rua, a gente que tinha de mais pobre era a
gente”, de modo que “depois que meu pai arrumou paú, aí melhorou mais”, e acrescenta
com propriedade que “paú é para plantar couve, maxixe, abóbora” . Ainda na atualidade a
área de pau existente entre a cidade alta e/ou Bairro Popular e a cidade baixa de Santa
Rita é a uma das maiores riquezas naturais de nossa gente, apesar da poluição do rio
Preto, repetimos. Não esquece em se relato memorável o fato de que “depois que minha
mãe ganhou o último filho, o caçula, foi que meu pai conseguiu arrumar o dinheiro para
registrar todos os filhos”, e acrescenta sem tirar uma vírgula ainda que “tinha lá um moço,
não sei se era prefeito, não tenho lembrança, mas ajudou meu pai a registrar os quatro
filhos menores”. Ela fala a verdade porque antes da legislação atual, pobre para registrar
um filho tinha que pedir favor aos ricaços políticos da cidade, era favor mesmo, e somente
era pago com o voto da família toda nos tempos das eleições federais, estaduais e
municipais, se bem que ainda tinha que dever tal favor o resto da vida, algo parecido com
os programas sociais atuais como projeto de poder e não de governo de gente populista

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

e/ou facista no exercício de mandatos eletivos federais, estaduais e municipais.


Infelizmente isso é uma prática corrupta, tendo em vista que tais programas sociais
atualmente são mantidos e pagos por todos os brasileiros, via os pagamentos diretos e
indiretos dos impostos nos três níveis de governos. De modo que “o moço/prefeito não
queria nada, só mesmo ajudar”. Isso não era regra, era uma exceção fazer favor fora de
tempo eleitoral ao povo humilde. Relata que o irmão mais velho já tinha viajado para o Rio
de Janeiro, a mãe dela ficou doente e não tinha o INPS para fazer a operação. E continua a
narração de sua história de vida que “nessa época eu só tinha cinco meses de fábrica,
estava com doze anos e cinco meses de idade, aí fui lá para João Pessoa pedir homenagem
a um doutor que tinha lá não me lembro o nome dele”, conforme página 55 do livro antes
citado. Vale lembrar de que nesse tempo não tinha o FGTS e a o SUS – Sistema Único de
Saúde para atender os contribuintes diretos e indiretos no Brasil. E diz ainda que “quando
tinha doze anos meu pai tirou documento dizendo que eu tinha quinze. Aumentou três
anos na minha idade, pra mim começar a trabalhar para ganhar dinheiro, porque meu pai
não podia com a família e as mais velhas não tinham essa possibilidade porque não sabiam
ler” (p.55/56). Esse fato mencionado por ela comprova de que para trabalhar na CPT –
Companhia de Tecidos Paraibana – Fábrica Tibiri, fundada na última década do século XIX,
tinha que saber ler, pelo menos em tese, porque conhecemos Dona Ziza, “in memorim”,
uma senhora da tradicional família dos Clementes de Santa Rita, uma espécie de quilombo
em nossa terra, que não sabia ler e nem escrever e foi funcionária durante décadas da
referida fábrica de tecidos. Assim sendo, a autobiografada diz que “[...] d. Olga, me deu
serviço no ato; na tecelagem, como eu queria. Tiveram que botar um banquinho, para eu
subir na máquina” e sintetiza sua passagem laboral na CTP ao afirmar que “adorava
trabalhar de tecelã. Ganhava vinte e cinco centavos por semana, dez centavos dava à
minha mãe e ficava com quinze” (p. 56). Ela é gente forte desde criança. Arranjou certa
independência financeira, porém, nunca ficou livre dos cuidados paternos, tendo em vista
que “uma vez minha mãe me tirou dum salão de baile” e possivelmente com saudades de
sua juventude, afirma que “quando fui trabalhar na fábrica, arrumei um namorado” (p. 57).
Cita que “minha mãe é preta, bisneta de índio”, enquanto que “meu pai era branco, neto
de português, sertanejo do sertão do Ceará, e minha mão vem de índio”. Os fatos por ela
contados são reais e vivenciados no seu caminhar da infância a vida adulta. A
discriminação social brasileira é tão antiga quanto à própria formação de nossa identidade
nacional, pois, somos o encontro e o desencontro das etnias: negra, branca e indígena, e
em Santa Rita isso não era e não é diferente, tanto é assim que existiam três igrejas: a de
Santa Rita de Cássia, atual Matriz-Santuário, fundada em 1771 e inaugurada em 06 de
dezembro de 1776, local freqüentado pela elite rica da cidade; a de Nossa Senhora da
Conceição, fundada e inaugurada em 1851, frequentada pelos pardos livres e sua
irmandade e que foi construída com recursos privados de Aluizio Silva; e a de Nossa
Senhora do Rosário, freqüentada pelos negros livres, edificada onde se encontra o atual
Grupo Escolar João Úrsulo, construído entre 1937/39, no Governo Argemiro de Figueiredo.
Portanto, diante de nossa historicidade municipal, estadual e nacional, não é de se
espantar resquícios discriminatórios em sua fala quando cita que “o ticuqueiro é o que
trabalha nas usinas”, pois essa gente, denuncia ela, “chegam em casa com aquele
pouquinho, um quilinho de feijão, um quilo de arroz, às vezes nem compram farinha para
fazer o leite da criança”, e acrescenta que “moram num barraquinho, coberto de palha de
cana”, pois, todo dia fazem a mesma trajetória quando “amanhece o dia, eles vão trabalhar
nas usinas. Botam a enxada nas costas, botam um peixe chamado caíco, que é um
peixinho pequenininho que tem, e passam o dia todinho limpando cana, cortando, cortando

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

aquelas canas em pedaços”. E até porque “os homens vão cavando buracos, as mulheres
cobrindo. As crianças vão semeando cana e os homens plantam”, acrescentando ainda que
“tudo isso para ganhar mixaria. Trabalham o dia para comer de noite”, conforme página 59
da citada obra. Eita gente digna e de respeito os nossos ticuqueiros, viviam do suor de seu
rosto. Gente brava e de muito respeito no “eito” e na rua. Tudo isso é verdade pura,
naquele tempo não existia o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente e muito menos a
Lei Maria da Penha. Era o Brasil de Getúlio Vargas, considerado o pai dos pobres e a mãe
dos ricos, e de JK, o construtor de Brasília, a nova Capital do país de 1955/60. Portanto,
trata-se do período da redemocratização nacional que teve inicio a eleição de Eurico Dutra
para presidente da República, dos governadores e dos prefeitos, através do voto livre do
povo letrado, porque analfabetos não votavam. O Brasil ainda vivia de sonhos e/ou
paradigmas internacionais, ora de esquerda e outra hora de direita, uns sonhando com o
capitalismo, o facismo e outros com o comunismo. Tudo não passou de mera utopia
nacionalista para justificar projetos isolados de poder. A autobiografada menciona que ficou
noiva de Antônio, na véspera de São Pedro de 1959 e casou-se pouco tempo depois. De
modo que com “o nascimento de meu primeiro filho foi também a hora em que mudou
nossa vida de casados”. Ela reclama que agora já não podia mais sair com o esposo para
as festas, tinha que ficar com o menino em casa e o esposo sai e só chegava no outro
dia... E desabafa que “trabalhávamos os dois na fábrica de tecidos Paraibana, chamada de
Tibiri. Ele era tecelão igual a mim, mas nunca tirou um pagamento igual, sempre tirei 20,
30 cruzeiros a mais por causa da produção”, informa ainda de que “moramos na casa da
companhia, casa de 2 quartos, na rua 20, até pouco antes do nascimento de Jacilene”. Isso
é verdade sim senhor, pois, o feudo empresarial urbano e rural da Tibiri alugava suas casas
aos seus empregados enquando trabalhassem na referida indústria têxtil. E com riqueza de
detalhes, informa também que “aí fiz um acordo com a companhia, porque tive que ser
operada, e 1 ano e 6 meses depois ele foi despedido. Tinha 30 dias para desocupar a casa.
Peguei meu dinheiro e sai pela cidade alta, procurando uma casa barata, porque o bairro
estava começando”. Isso representa que ela é uma mulher de fibra e corajosa do tipo
Paraíba mulher macho sim senhor. Essa cidade alta é o atual Bairro Popular, originário da
Fundação da Casa Popular, criada no Governo de Eurico Dutra, construído entre 1947/49,
graças ao Ministro Chefe da Casa Civil Professor Pereira Lira, que relacionou o nome de
nossa terra para receber a fundo perdido a construção do conjunto da casa popular aqui no
local do antigo cercado do engenho Tibiri, local escolhido para expansão urbana de nossa
cidade. Informa que comprou uma casa no Bairro Popular e botou água de graça através
do prefeito da época. É enfática e diz que “meu marido não me deixava ir ao comício, nem
ia comigo, não gostava”, diz ainda que “estava com 21 anos de idade, ia ficar sozinha?
Minha mãe queria que eu ficasse sozinha esperando por ele: seu marido foi embora com
outra (Elza, sua ex-empregada doméstica) mas vai voltar, espere por seu marido”, reclama
sua sorte e lastima de que “mas logo que ele me deixou a vida estava muito difícil para
mim. Nasceu o nenê, que morreu com 8 meses, como já contei” e agora “estava sem
marido, com minha vida livre, saia gritando na rua no tempo dos votos. Gritava tanto que
ficava rouca de noite, nos dias de comício” e complementa dizendo que “assim eu
arrumava sapato, vestido, teve um tempo em que arrumei para Jacilene acho que uns 3
pares de sandálias”. É a prática carismática de se fazer política do toma lá dá cá de nossa
terra, do antes, do durante e do depois... As coisas por aqui sempre foram assim mesmo.
Diz ainda que “a cada candidato pedia um negócio. Pedia da minha parte porque votava
nele, e pedia da outra parte mesmo que não votasse. Andava pelos dois partidos pedindo”.
Ainda hoje tal prática vive presente na memória de nossa gente, nada mudou dos anos 50,

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

60 do século XX para os anos iniciais do século XXI. As conseqüências são drásticas em


termos de gestão pública em qualquer nível de poder: federal, estadual e municipal,
porque falta tudo em todos os setores da gestão pública, em virtude de tal prática
criminosa de aliciamento aos eleitores, que são induzidos a votar em quem não devia
votar. Ideologicamente falando, isso representa o criador (os eleitores) continuar sendo
ignorado em termos de serviços públicos de primeira necessidade, permanentemente por
sua criação (os políticos eleitos: presidente, governador, senador, deputado, vereador),
além de representar alienação social cidadã, porque nunca com tal prática o eleitorado se
ver representado no poder por ele constituído através do voto comprado. Assim como as
folhas secas caem das árvores, ela confirma que “nós votávamos pelo PSD ou pelo PTB.
Minha mãe não queria que a gente votasse pela UDN, dizia que era só de rico, de
usineiros”, destaca ainda que “naquele tempo o voto do trabalhador era para o Partido
Trabalhista Brasileiro, como chama lá. Pelo Getúlio Vargas. Minha mãe quando foi a eleição
dele não deixava ninguém votar pelo José Américo”. Ela tem razão de sobra o Brasil do
povo pobre começou com a CLT – Consolidação das Leis Trabalhista, através de decreto-lei
do ditador Vargas, no inicio de 40 do século XX, onde todos os trabalhadores urbanos
passaram a ter a carteira de trabalho assinado, isso em tese, sem fundo de garantia,
enquanto que os trabalhadores rurais continuaram sem qualquer tipo de direito trabalhista
social. Foi a continuação dos direitos negados mesmo depois da libertação dos escravos em
13 de maio de 1888, proclamado oficialmente pela Princesa Isabel, em nome do seu pai,
Dom Pedro II. Tudo como antes no quartel de Abrantes, no tocante ao trabalhador da zona
rural, uma vez que somente a partir da década de 70 do século foi que o patronato rural
entenderam assinar seus contratos de trabalho, época em que quase todos os engenhos da
várzea do Paraíba já estavam de fogo morto, estória referenciada no romance de igual
nome do escritor Zé Lins do Rego. Menciona em sua autobiografia, verdadeira epopéia
humana com todas as letras: “e o doutor Eraldo que era deputado é muito bacana, posso
chegar lá, onde me vê me abraça. É ricaço, foi ele quem pagou a operação de minha mãe,
me ajudou a botar água quando comprei a casa”. E continua seu depoimento ocular de sua
historicidade pessoal envolvendo a nossa querida cidade de Santa Rita, informando de
“sempre quem dá mais dinheiro e auxilio é o partido dos ricos, a gente vota no outro
porque gosta mesmo. Eu trabalhava no grupo que gritava nos comícios, por Eraldo
Gadelha”. Por analogia ao seu depoimento, invocamos o pensamento de Hermann Hesse,
onde “a alegria e o sofrimento são inseparáveis como compassos diferentes da mesma
música”, e isso é aqui vivenciados pela escritora quando nos informa de seu sofrimento
familiar e amoroso, tendo sua alegria patrocinada pelo populismo do líder maior do povo
santaritense da época, representado pelo: vereador, deputado, prefeito e advogado dos
pobres, Heraldo da Costa Gadelha. Esclarece ainda, em seu depoimento autobiográfico de
que “davam vestido, uma espécie de uniforme. Aí ia cada uma com uma bandeira gritando
nos comícios e passeatas, atrás dele”. Relembra aquele passado que continua presente em
sua memória de vida e luta, enfocando de que “me lembro ainda hoje, coitadinha da minha
mãe, ela nem comia para ver o dr. Eraldo. Ele foi muito bom para a gente, foi e ainda é” .
Isso é fato e contra fato não se tem argumento, conforme páginas 77/78 da obra já
mencionada, objeto do presente estudo. Fala da intimidade pessoal dela, dizendo que
arranjou um companheiro de nome Dedé, pois, “já chega um ano que estou esperando
pelo Antônio, minha mãe quer que eu espere por ele, mas não vou mais esperar não” e
acrescenta ainda: “mas você está doida, todo mundo vai dizer que você estava com ele”.
Não ouviu o conselho materno e não obteve a benção de seus pais diante do fato de
arranjar um segundo companheiro. Ficou grávida de Dedé e teve Elinaldo, via parto

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

normal. Declara que “meu segundo também me traiu, mandei cair fora”, bem como diz
ainda que o terceiro marido também a traiu quando menciona: “esse outro agora me traiu
com minha própria filha, também mandei cair fora”, afirma que “tenho ódio de 2, agora
não tenho ódio do pai de Elinaldo, porque me traiu mas eu nunca vi, soube porque já tinha
outra esperando filho dele”. Isso parece com o dito popular de que o que os olhos não
vêem o coração não sente. No capítulo terceiro do livro, ela com seu estilo próprio de
contar sua caminhada de vitória e de decepção amorosa, o denomina de “o presente no
Rio”, afirma que “no Rio, dormia no chão forrado com esteira” (p.90/95), adianta que “eu
tão inocente, vivendo cheia de felicidade” (p. 95/102), foi quando “a Jacilene quase
morreu” (p. 102/106), fez valer sua fé em Deus e em seus Santos, pois, confessa ser
católica ao dizer “o senhor é médico, mas não é Deus” (p. 106/109), e assim a divindade
atendeu seus pedidos e pagou suas promessas em favor de seus filhos, acrescente que
“depois que foi embora me sinto mais feliz” (p.109/113), e que o trabalho lhe serve como
uma terapia e ou psicanálise tendo em vista que “na fábrica esqueço meus problemas” (p.
114/122). E corrobora com esse pensamento H.L. Mencken, ao dizer que “nenhum homem
merece uma confiança ilimitada - na melhor das hipóteses, a sua traição espera uma
tentação suficiente”. Tal pensamento nos parece auto-aplicável no caso em tela.
De modo que “a única que não foi feliz com o marido fui eu, mas não estou
arrependida, não sinto falta de felicidade de marido, nenhum desses maridos que já possuí
estão me fazendo falta”, isso quando ela se refere aos casamentos de suas irmãs e
continua tirando suas conclusões que aprendeu na escola da vida real e diz ainda: “meu
marido de casada não me faz falta, meu segundo marido Dedé não me faz falta, e esse
Messias que não me faz falta mesmo”, o desengano por marido traidor é tão grande que
ela enfatiza que “por mim, posso conversar com ele, mas é um homem morto. Tive 3
maridos mas o mais traidor foi esse, o último, e vai ser o último marido para sempre, que
homem em minha casa não entra mais”, tal pensamento cai como uma luva no que diz
Carlos Drummond de Andrade:“no adultério há pelo menos três pessoas que se enganam”,
pessoas essas encontradas na obra literária em ”Cicera, um destino de mulher”. O livro de
sua autobiografia foi publicado em 1981 e ela enfoca seu sofrimento da infância pobre em
Santa Rita, sua decepção marital, apesar de ter tido três maridos. Enfoca que foi obrigada
a bater a porta da Justiça e somente assim obteve a condenação de Messias, a 3 anos e 9
meses de reclusão pela prática de estupro na sua filha menor de 13 anos de idade J.F.O,
no Rio de Janeiro, conforme “carta aberta dos advogados a um jornalista”, data de 12 de
agosto de 1980 (p. 123/125). Por analogia, em sendo assim, Fernando Pessoa, o escritor e
poeta português tem razão de sobra ao afirmar: “o meu passado é tudo quanto não
consegui ser. Nem as sensações de momentos idos me são saudosas: o que se sente exige
o momento; passado este, há um virar de página e a história continua, mas não o texto”. E
a odisséia do personagem principal da autobiografia, representa sem sombra de dúvida,
uma vida de sacrifício e honestidade, não foi omissa diante dos fatos narrados por ela
mesma, tendo em vista que nasceu em 6 de agosto de 1980, uma criança do sexo
masculino, pois, “seu nascimento definiu o futuro a curto prazo da família”, daí porque, “as
dúvidas e alternativas cedem lugar a uma realidade um pouco mágica, que é o despertar
dum bebê para o mundo e para os que o cercam”, conforme página 127 da citada obra. E
a vida de luta dela continua... e menciona que “nesse tempo, a fábrica Paraibana despediu
todos os operários e fechou, não sei bem por quê. Muitas colegas minhas ficaram pedindo
esmola, ajudei sempre”, finalmente, ela vive morrendo de saudade de Santa Rita, de seus
familiares, e de seus ex-colegas da Companhia de Tecidos Paraibana, diz textualmente que
“eu fiquei muito tempo no Rio sem poder visitar minha terra, e quase choro quando tocam

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

a canção de lembrança da terra da gente” (p. 86/87). Diante dos fatos relatados com
riqueza de detalhes de luta, trabalho, dedicação e traição, em três momentos de sua vida
por seus companheiros envolvidos com casos extraconjugais, mais que geradores de
sentimentos negativos de abandono, raiva e destruição de si e de sua família, porém
levantou a cabeça e com perseverança venceu todos os obstáculos e a vida continua...

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

CAPÍTULO VIII
ANTÔNIO GOMES E O ENGENHO CENTRAL
Dívida não paga e/ou contraída por quem não
tinha a intenção de pagá-la.
Francisco de Paula Melo Aguiar

8.1 - O perfil do senhorio da açucarocracia


Isso é fato de que para ser um excelente profissional, bom profissional e ou fraco
profissional, em qualquer área do conhecimento humano, só será possível mediante anos,
meses, horas e segundos de estudos, pesquisas em fontes intermináveis para se puder
chegar a algum lugar em termos conceituais e científicos capazes de enfrentar o
“ramerame” dos verdadeiros e dos pseudos pesquisadores, filósofos, sociólogos,
educadores, etc., que contam estórias e não pesquisam as fontes históricas e não
históricas para se puder fazer história. E ou até mesmo descobrir a formula cientifica da
eterna juventude e ou da eterna ignorância de si mesmo e dos valores e ou perfis morais,
intelectuais, culturais e científicos alheios. Toda grande e ou pequena vitória humana tem
sua origem no estudo, no planejamento e na coragem de pesquisar antes para fazer
depois. Alguém já disse de que o grande mal da humanidade não está no entra pela boca e
sim pelo que sai pela boca. Sempre foi assim. O ser humano é sempre imperfeito,
independentemente de sua origem étnica, antropológica e social. Precisamos de tudo e
dependemos de tudo, de nascer, de comer, de beber, de dormir, de acordar, de estudar,
de ensinar, etc. Temos necessidades básicas iguais a todos os demais animais irracionais,
apenas temos razão e por isso sabemos quando fazemos o bem e o mal em qualquer
sentido da palavra. Quem quer tudo fácil demais nunca estuda antes para ser professor e
ou cientista de algum tipo do saber depois da aprendizagem, inclusive deve manter-se
aberta às novas descobertas do conhecimento e do saber humano dos povos. E isso é
melhor do dissertar sobre tema que não conhece e não sabe por existe. Copiar textos da
internet de autores outros e publicar como sendo de sua autoria, além de crime nos termos
da legislação brasileira, representa também uma falta de ética deslavada em querer ser o
pai da criança sem o ser.
Assim sendo, em lendo o jornal, folha diária, Gazeta da Parahyba (1888, anno 1,
edição diária nº 164, p.3), portanto, há pouco mais de cinco meses da libertação dos
escravos pela Princesa Isabel, fato ocorrido em 13 de maio de 1888, sem derramamento de
um pingo de sangue por parte dos patrões dos engenhos de açúcar e muito menos por
parte dos escravos que foram libertados e ficaram no meio do caminho, sem lenço e sem
documento, porque não tinham letramento e profissão fora do engenho, casa grande e
senzala, a exemplo da saga histórica vivenciada na obra de “Casa Grande & Senzala”, do
sociólogo e historiador Gilberto de Mello Freyre, escritor e historiador que dedicou-se como
ensaísta da interpretação do Brasil, enfocando o relacionamento patronal escravista nas
relações de trabalho nos engenhos de açúcar, envolvendo os ângulos da sociologia,
antropologia e história, dedicando-se ainda a poesia, a pintura, a escrever obras de ficção e
ao jornalismos. Quando jovem teve problemas sérios com sua aprendizagem, porém, com
o tempo tais dificuldades foram superadas. Assim como José Lins do Rego Cavalcanti, teve
suas primeiras experiências de menino de engenho, passando temporadas em épocas de
férias no Engenho São Severino do Ramo, onde ainda atualmente milhares de pessoas
fazem romaria todos os anos, há mais de 100 (cem) anos para pagar promessas ao mártir

537
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

venerado na Capela de Nossa Senhora da Luz, encravada no referido engenho, no


município de Paudalho, Pernambuco, pertencente aos parentes de sua genitora Francisca
de Mello Freyre. Tais experiências vão servir de pano de fundo para seus escritos sobre as
pessoas, as coisas e os animais, por ele visualizados e enfatizados com maestria. Isso
representa estudar e pesquisar para puder escrever o que viu e sentiu no meio rural e ou
no meio urbano de seu tempo. Não o foi diferente com o paraibano Zé Lins do Rego
Cavalcanti, pois, passou sua vida de criança e de jovem atrelado e agregado ao ramerame
do disse-me-disse do Engenho Corredor do seu avô materno o Coronel José Paulinho
Cavalcanti, cujo cenário vai aparecer em tinta e papel em suas obras literárias, a exemplo
dos romances: Menino de Engenho, Fogo Morto, Usina, etc. É ali contado em verso e prosa
tudo que vivenciou in loco com gente da elite e os camumbembes da cozinha e do terreiro
do Engenho Corredor, dentre outros de sua parentela.

8.2 - O comprar e não pagar aos senhores de engenhos


Em ambos escritores, poetas e historiadores diretos e indiretos da saga nordestina
dos engenhos, sua história e sua gente, não encontramos, apesar de intelectuais do
mesmo torrão, ainda que por analogia, denuncia e/ou algo parecido com o comportamento
denunciado no jornal Gazeta da Parahyba denominado de: “Apedidos”, falando sobre o
“Engenho Central”, onde os cidadãos:

“Antonio Gomes Cordeiro de Mello e José Joaquim


dos Santos Lima por parte do commendador
Phelippe Binicio da Fonseca Galvão vem ainda uma
vez protestar contra o gerente da Companhia do
Engenho Central nesta província Dr. José Dias
Maynard, como representante da mesma
companhia, pela falta de pagamento das cannas
fornecidas nos primeiros 30 dias, principalmente
por parte do Sr. Dr. gerente tem asseverado que
deixa de effectuar dito pagamento, porque teem
os protestantes promovido questão comsigo. Será
este facto mais um motivo para que os
protestantes tomem a rezolução de aproveitar
suas cannas. Parahyba 23 de novembro de 1888.
Antonio Gomes Cordeiro de Mello; José Joaquim
dos Santos Lima”(GAZETA DA PARAHYBA, 1888,
anno 1, edição diária nº 165, p.3).

Tal comportamento gera terra arrasada para os senhores de engenhos e


fornecedores de cana para o engenho central, inaugurado em 27 de setembro de 1888,
portanto, um ano antes da proclamação da República no Brasil, conforme o jornal Gazeta
da Parahyba (1888, edição 92, 28/08/188, p.1) quando enfatiza que “o engenho central -
São João construído no valle do Parahyba, freguezia de Santa Rita vai ser inaugurado
officialmente a 27 vindouro, segundo nos consta, uma vez que achão-se terminadas as
respectivas obras” e bem assim menciona que “fazemos votos para que os agricultores de
canna colhão o melhor resultado dessa usina garantida pelo governo geral, e que em vista
do credito agrícola concedido para auxiliar a lavoura desta província alarguem as suas
safras, firmando contractos hypothecarios ou de penhor, se por ventura entenderem que
não são elles onerosos a lavoura por compromissos anteriores: ou finalmente prescindindo

538
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

desse auxilio fazendo uso dos seus próprios recursos”e menciona ainda que “em todo caso
a canna do Parahyba com a usina S. João, visto que a respectiva companhia, segundo
fomos informados, facilita por meio de contractos os recursos indispensáveis para o maior
desenvolvimento de sua cultura em proveito unicamente da própria usina”. Na prática foi
um verdadeiro Deus nos acuda conforme a transcrição textual com a ortografia da época
do referido jornal, onde os senhores de engenhos exigem a liberação do pagamento de
suas canas que foram vendidas ao referido engenho central, fundado no século XIX nas
terras do antigo engenho São João Batista na Várzea da Paraíba, portanto, em solo
santaritense. O engenho central foi uma invenção que não deu certo na Paraíba por esse e
outros motivos estruturais e financiadores.

8.3 – A falência do Engenho Central Estatal


È importante mencionar de que “a Paraíba participou da experiência do engenho
central, o qual objetivava, por iniciativa do Estado, a implantação da divisão do trabalho na
agroindústria do açúcar. O plantio da cana caberia aos agricultores e o fabrico do açúcar
ficaria a cargo dos industriais. Haveria, assim, um uso mais eficiente dos fatores de
produção, uma vez que cada agricultor investiria seus recursos na cultura da cana e os
proprietários do engenho central concentrariam seus capitais na técnica de processamento.
Todavia, só o setor industrial se modernizou; o agrícola continuou utilizando os métodos
rotineiros” (GALLIZA, 1993, p. 48). Tudo representava o avança da cultura da cana de
açúcar e sua industrialização com novas tecnologias que garantia a fabricação em grande
escala para atender o comércio interno e externo. É importante mencionar que o Engenho
Central São João, foi fundado e construído pela Companhia de Engenhos Centras nas
Províncias da Paraíba e Sergipe S.A., em 1888, no mesmo ano em que o Brasil libertava os
escravos. Portanto, bem diferente do que ocorrera noutras províncias, a da Paraíba veio a
ter um só engenho central e cuja sede estava sediada no Rio de Janeiro.
Na realidade o projeto do engenho central na Paraíba não deu certo, porque os
senhores de engenho não aceitaram perder os lucros em parte da produção, a começar
pelo cultivo e bem assim no refino do açúcar, tendo em vista que tal engenho central
representava o grande latifúndio, diante das médias e pequenas plantações de cana que
era enviada para a usina e ou engenho grande para ser transformada em açúcar, não
obstante o prestigio das oligarquias na Várzea do Paraíba, principalmente no solo territorial
do município de Santa Rita, sufocou plenamente tal tentativa, uma vez que durou poucos
anos a ideia de Engenho Central entre nós porque não honrava com os pagamentos aos
senhores engenhos fornecedores de cana para o seu funcionamento, de modo que

[...] O capricho em casos desta natureza não tem


explicação decente, por que elle tende unicamente a
illudir a boa fé dos contractos. Prosseguirei na
exposição dos fatos, em ordem a mostrar que há
completar desorganisação no serviço da moagem, e que
assim não deve continuar. Engenho Cidreira 7 de
Novembro de 1888. Antonio Gomes Cordeiro de Mello
Junior”(GAZETA DA PARAHYBA, 08/11/1888, Ed. 151,
p.3).

539
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

8.4 - A nomeação de Presidente do Conselho de Intendência de


Santa Rita
Assim sendo, vale apenas registrar de que quem escreve e publica no referido diário
Gazeta da Paraíba a noticia da falta de organização e cumprimento dos contratos assinados
com os senhores de engenhos de Santa Rita é Antônio Gomes Cordeiro de Mello Junior, o
mesmo que torna-se o primeiro Presidente do Conselho Municipal de Intendência de Santa
Rita (primeiro prefeito), cuja posse ocorreu em 29 de março de 1890, tendo em vista o ato
de nomeação da

“INTENDENCIA DE SANTA RITA. Por acto de hontem


foram nomeados para o conselho do novo município de
Santa Rita os seguintes cidadãos: Antonio Gomes
Cordeiro de Mello, presidente, major Bento da Costa
Villar e Amaro Gomes Ferraz, e para supplentes capitães
João de Mello Azedo e Albuquerque, Antonio Manoel de
Arroxellas Galvão e Benicio Pereira de Castro”.(GAZETA
DA PARAHYBA, 22/10/1890. Ed. 544, p. 2).

É o que se deduz igualmente através da simples leitura do ato de convocação


eleitoral de Santa Rita que transcrevemos:

“Editaes – Trabalhos Eleitoraes nº 1 – O presidente do


Conselho de Intendência Municipal, em cumprimento
aos artigos 8º 13º do decreto nº 200 A do Governo
Federal, datado de 8 de Fevereiro do corrente anno, faz
publico, que nomeou os cidadãos Dr.Dario Gomes da
Silveira, e o professor público Francisco das Chagas
Nunes Pessoa, para fazerem parte das commisões
districtaes, o primeiro d’esta parochia de Santa Rita,
que funcionará no paço d’esta Intendencia, e o segundo
da de N.S. do Livramento, que funcionará na capella do
coração de Jezus, em Lucena, os quaes deverão na
forma do já citado decreto, comparecer para os
referidos trabalhos no dia e hora que for designado
pelos seus respectivos juízes de paz. E para constar, eu
Victorino José Raposo, seccretario o escrevi. Secretaria
do Conselho de Intendência Municipal da Villa de Santa
Rita, Estado da Parahyba, em 18 de Abril de 1890. O
Presidente Antonio Gomes Cordeiro de Mello Junior. O
Seccretario, Victorino José Raposo” (GAZETA DA
PARAHYBA, 23/04/1890, Ed. 567, p. 3).

E também constatamos a publicação do edital de trabalhos eleitorais nº 2, na referida


fonte que ora transcrevemos:

Trabalhos Eleitoraes nº 2 – O Presidente do Conselho


de Intendência Municipal, em Additamento ao seu edital
de 18 do andante, faz publico que em consequencia de
não ter acceitado o cidadão Dr. Dario Gomes da Silveira
a nomeação para fazer parte da commissão districtal

540
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

d’esta parochia de Santa Rita nomeou para a mesma


commissão o cidadão Dr. José Pereira Maia. E, para
constar, eu Victorino José Raposo, seccretario o escrevi.
Secretaria do Conselho de Intendência Municipal da
Villa de Santa Rita, Estado da Parahyba, em 21 de Abril
de 1890. O Presidente, Antonio Gomes C. de Mello. O
Seccretario, Victorino José Raposo” (GAZETA DA
PARAHYBA, 23/04/1890, Ed. 567, p. 3).

Ante o exposto comprovado está que o primeiro Presidente do Conselho de


Intendência Municipal de Santa Rita chamava-se Antônio Gomes Cordeiro de Mello Junior,
existindo em suas assinaturas a variação nominal, o que vale dizer que seu genitor que não
foi o primeiro gestor de nossa terra também tinha o mesmo nome.
Assim o inicio do processo de avançar no plantio e na fabricação de açúcar no
grande engenho, nos parece algo do tipo desistir de plantar e vender cana a Companhia do
Engenho Central na Província da Paraíba nas últimas décadas do século XIX, portanto, foi o
predecessor das usinas de açúcar entre nós e entre outros estados do Brasil. A referida
companhia comprava a cana aos senhores de engenhos da Várzea do Paraíba, dentre os
quais o cidadão Antônio Gomes Cordeiro de Mello, proprietário do Engenho Capellinha e
futuro primeiro Presidente do Conselho Municipal de Intendência de Santa Rita, levando-se
em consideração a emancipação política advinda pelo Decreto nº 10, de 19 de março de
1890, sua instalação e posse do primeiro conselho de intendência em 29 de março de
1890. Portanto, o calote era certo, comprava e não pagava a cana aos referidos senhores
proprietários dos engenhos e representantes da oligarquia municipal santaritense. Esse
também foi um dos muitos motivos do fracasso do projeto engenho central paraibano, sem
deixar de lado que a libertação dos escravos que foram substituídos pelo homem livre,
pobre e bastante numeroso em todo Nordeste, principalmente nas chamadas regiões
pobres sem recursos como a Paraíba, conforme enfatiza Medeiros (1999, p. 55). Isso é fato
e contra fato não se tem argumento e todos os senhores de engenhos dentre os quais os
de Santa Rita sofreram com esse golpe branco consentido da libertação oficial dos escravos
no 13 de maio de 1888.

8.5 - O que mudou do Império à República?


[...] Quando quer é porque quer, fazendo
sua vontade lei, passo para a qual a
disposição citada [...].
(Gazeta da Parahyba:24/07/1888)

O jornal Gazeta da Parahyba, folha diária de 24 de julho de 1888, denuncia a


morosidade do Poder Judiciário no tempo do fim do Segundo Império na Provincia da
Parahyba, envolvendo devedores da Fazenda Pública, tendo como pano de fundo a
burocracia e o desrespeito a lei de 1º de dezembro de 1761, então em vigor. Enfatiza que
o Dr. Trindade, o juiz daquele feito “quando quer é porque quer, fazendo sua vontade lei,
passo para a qual a disposição citada”. E isso é prova de que os processos judiciais iam
parar nos órgãos de imprensa da época, embora ainda que o Brasil não fosse república. E
as partes envolvidas já vivenciavam momentos difíceis na esfera acanhada da justiça
distribuída nos últimos dias da monarquia e da escravidão entre nós. Herança ainda viva
nos meios judiciais e processuais republicanos, inclusive com o uso e o abuso do Estado de

541
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Direito, onde todos são iguais perante a lei, apenas enquanto literatura magna, tendo em
vista que na prática isso não existe. A arrogância e a prepotência faz os serviços públicos
judiciais e administrativos nas esferas dos três poderes da república não funcionar, apesar
de que todos os cidadãos participam do consórcio diário para pagar impostos diretos e
indiretos para manter tais serviços e poderes constitucionais. Assim sendo, a folha diária
mencionada publicou em termos de denuncia pública, justamente para que a população
tomasse conhecimento do comportamento do magistrado citado. Os envolvidos eram
pessoas da alta sociedade da época, caso contrário, iam ter que prestar contas na cadeia e
outras punições, embora que ilegais. Naquele tempo a magistratura era nomeada sem
concurso público, portanto, devia atenção e favor ao presidente da Província da Parahyba e
porque não dizer a classe política dominante. E também não era diferente nas demais
províncias do país. E o jornal publica o pedido de intervenção do chefe do Poder Executivo
Estadual em um certo processo judicial que o magistrado não queria vê-lo concluído,
afirmando:

“[...] ora bem vê o Sr. Dr. juiz de direito e


bem poderá ver Exc. o Sr. Presidente da
província, a quem tem esse juiz suas queixas
por officio, que tem perfeito assento na lei a
prática de irem os mandados, depois de
assignados pelo juiz, à secção do contencioso.
E, quando não houvesse essa razão legal,
inveria outra razão tirada do bom senso [...]”
(Gazeta da Parahyba:24/07/1888).

Então, o que mudou do Império à República quando o poder público exige do


contribuinte empregado e ou empregador pagamento de tributos indevidos? O jornal
Gazeta da Parahyba - 1888 a 1890 - PR_SOR_02996 (digitalizado) se refere ao senhor
Antônio Gomes Cordeiro de Mello, primeiro Presidente do Conselho Municipal de
Intendência de Santa Rita, que juntou documento com prova de pagamento de dívida sua
junto a Fazenda Pública Estadual, ex-vi parte da referida denuncia formalizada pelo
Procurador Fiscal junto ao Presidente da Provincia Estadual da Parahyba,

“[...] Qual é portanto a razão por que o Sr. Juiz


dos feitos faz escarcéo e representa ao presidente
porque o procurador fiscal requereu para juntar-se
a uma acção o documento que provava estar paga
a divida, que foi a do Sr.Antonio Gomes Cordeiro
de Mello? A razão é porque estava a conta em
juízo, e somente este podia dar a guia. Quem
porém com o devido critério jurídico procurar a
razão do que dispõe o art. 32 do supra citado
regulamento, chegará a convencer-se que o Dr.
Juiz dos feitos desarrôa, quando quer negar ao
contencioso o direito de passar guias para
recolhimento dos debitos, cujos mandados não
foram ainda cumpridos. E que autoridade tem o
juiz para assignar, como tem assignado as guias

542
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

passadas pelo escrivão? [...]”(Gazeta da


Parahyba:24/07/1888).

E até onde fica a cidadania responsável pelo pagamento direto e indireto de


impostos para manter a maquina estatal nos três níveis do poder público brasileiro? O
raciocínio de cobrar impostos diretos e indiretos a todos os viventes sem lhes resçassir em
termos de obras e serviços públicos de primeira qualidade é uma cultura antiga entre nós.
Por isso é bom que todos os contribuintes guardem com cuidado todos os seus recibos de
pagamentos efetuados a terceiros e bem assim ao próprio poder público estatal, porque
salvo melhor, em sendo cobrado indevidamente pela segunda vez, sem o comprovante
e/ou recibo de pagamento, sofrerá as penalidades legais. E até porque a lei não resguarda
os que dormem, segundo o velho chavão romano.
Repetimos o que mudou de 1888 para 2016 no ramerame do aparelho estatal em
cobrar o que não lhe é devido e o Estado julgador nas comarcas das unidades da federação
nacional republicana em pleno século XXI? O tempo passou e a cultura jurisdicional da
política dominante é procrastinatória e de perseguição aos contrários, opositores as idéias
malucas de cobrar duas vezes para ver se cola...

543
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

CAPITULO IX
PADRE FERREIRA, O RELIGIOSO E O POLÍTICO
A história não é invenção sem pesquisa, fato e
acontecimento.
Francisco de Paula Melo Aguiar

Quem é metido a historiador deve viver pesquisando os fatos que envolvem o lócus
em sua historicidade, sempre que possível retratando a verdade até onde a mesma é
possível sua comprovação por dedução racional e lógica dos fatos, inclusive por analogia
dentro da tese da aproximação dos acontecimentos. Isso é o mínimo que um historiador
pode oferecer aos seus leitores presentes e futuros. Assim sendo, o disse me disse em
Santa Rita de que o Vigário Padre Manoel Gervásio Ferreira da Silva, que aqui chegou em
1874 para tomar conta de nossa freguesia católica apostólica romana. Em aqui chegando,
passou a conviver com os senhores de engenhos, com os homens livres e com os escravos,
inclusive casou e batizou dezenas dentre eles em nossas capelas da referida freguesia. Foi
contemporâneo na Paraíba do deputado geral Manoel Pedro Cardoso Vieira, abolicionista
paraibano e autor do discurso de 8 de outubro de 1879 na Tribuna da Câmara dos
Deputados, na época localizada no Rio de Janeiro, onde afirma que:

“Falo, senhores deputados, pela minha província,


inteiramente agrícola. No vale do Paraíba, sede da
indústria do açúcar, não há um só engenho que
possua 50 escravos no trabalho. Alguns tem 16 ou
12 e outros o estritamente necessário ao serviço
doméstico. A produção do açúcar tem, todavia,
aumentado”.(ANAIS DA CÂMARA DOS
DEPUTADOS, 1879).

Diante de tais fatos é inegável dizer que o Padre Ferreira conviveu e viveu com
monarquistas e republicanos na cidade e no meio rural. Assim sendo, ele fundou a primeira
escola de educação de adultos do sexo masculino em Santa Rita, conforme transcrevemos
a noticia publicada no jornal Gazeta da Parahyba, ano 1, edição 187, sexta feira, 21 de
dezembro de 1888, matéria de primeira página:

“Club Amigos do A.B.C. Com este título acaba de


fundar-se na povoação de Santa Rita uma
associação, cujo fim é propagar a instrucção por
meios de aulas nocturnas. Teve logar a primeira
reunião no domingo ultimo, a que compareceram
43 sócios, sendo eleita a directoria que ficou
composta dos Srs: Vigário Manoel Gervasio
Ferreira da Silva, presidente; Dr. Chrispim Antonio
de Miranda Henriques, vice presidente; Amaro
Gomes Ferraz, 1º secretario; Galdino Ignacio de
Vasconcellos, 2º secretario. Mais louvaveis não
podem ser os intituitos da nova associação a qual
desejamos vida longa e que consiga o fim que tem
em vista. No próximo domingo realisa-se a

544
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

segunda reunião para discussão dos


estatutos”.(Transcrevemos com a ortografia da
época do referido jornal).

E isso é uma associação que teve um objetivo muito importante em nossa povoação,
levando-se em consideração de que a educação brasileira colonial era direcionada para as
crianças, não obstante de que os “indígenas adultos foram também submetidos a uma
intensa ação cultural e educacional” (STEPHANOU; BASTOS; 2005, p. 259). A ação de
catequizar na visão jesuíta era iniciar na fé católica e desenvolver o processo de
alfabetização na língua materna portuguesa os nossos indígenas nacionais. Assim sendo,
chegamos em 1759 quando os jesuítas foram expulsos do Brasil e com eles foram às idéias
educacionais de educação de adultos, tendo em vista que o sistema educacional como um
todo passou para a responsabilidade do império. Diante de tal fato, apenas as classes
abastadas da elite foram beneficiadas com o nosso sistema educacional e/ou a educação
pombalina é um monopólio das classes dominantes, onde foram excluídos os negros e os
indígenas do direito a educação, e em Santa Rita não foi diferente tal prática. Voltamos
praticamente à estaca zero neste sentido. Até mesmo a Constituição de 1824 tornou-se
praticamente letra morta em sua execução. A cultura de que toda pessoa analfabeta é
dependente, ignorante e incompetente passou a dominar o cenário nacional, inclusive o
intelectual e jurista Rui Barbosa, nessa época profetiza que “os analfabetos são
considerados, assim, como crianças, incapazes de pensar por si próprios”, segundo
Stephanou; Bastos (2005, p. 262). Então diante de tais argumentos, podemos enfatizar
que a ideia de nosso vigário Ferreira em fundar o Club ABC, ainda no século XIX, no final
do segundo reinado brasileiro em Santa Rita, é um acontecimento histórico municipal
louvável, ocorrido em 21 de dezembro de 1888, portanto, a sete meses da libertação dos
escravos nos termos da Lei Áurea assinada pela princesa Isabel em nome de D. Pedro II.
Santa Rita era apenas um povoado agregado ao município da capital da Paraíba do Norte,
constituído apenas por uma elite rural açucareira proveniente da senzala e da casa grande
mal assombrada, agora decadente tendo em vista a falta de mão-de-obra escrava. E além
do mais o mundo do Padre Ferreira, representado por sua freguesia religiosa e secular,
diante do típico coronel que se fazia representar e se respeitar na comunidade local, chefe
religioso e da política. A nossa gente popular e iletrada, os conflitos eram diversos de
ordem pessoal e comercial, um exemplo disso é o caso de injustiça publicado no jornal
Gazeta da Parahyba, na edição nº 69, p. 3/4, no dia 29 de junho de 1888, onde as relações
da vida privada envolvendo compra e venda de mercadoria, diante da negativa de
pagamento por parte do devedor, surge a tentativa de homicídio, inclusive através de
emboscada via contrato criminoso com tal finalidade, que diante da inércia do aparelho
policial do Governo da Província da Paraíba, obriga a vítima ameaçada a denunciar o caso
pela imprensa e pedir providencias ao referido governo paraibano. A fama de que Santa
Rita é terra sem lei vem de há muito tempo, de modo que tal argumento tem fundamentos
desde o século XIX, diante da transcrição do pedido de clemência e justiça daquela vítima
encurralada em sua casa e em seu comercio com medo de ser morto por seu algoz,
conforme ora transcrevemos com a ortografia da época:

Ao publico e especialmente a justiça da Capital. Sem


hábitos de escrever para a imprensa sou obrigado a
apparecer hoje, trazendo ao conhecimento do publico
um facto criminoso que, dando-se na povoação de
Santa Rita a 7 deste mez, e ainda repetido a 16 do

545
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

mesmo, tendo ficado sem o menor reparo, sendo


entretanto conhecido pelas autoridades, quer d’aquella
povoação quer da capital, exige uma reparação.
Infelizmente que de dia a dia vão peiorando as cousas
n’esta boa terra. No dia 7 d’este mez achando-me em
meu estabelecimento na povoação de Santa Rita vem o
Sr. Emydio d’Oliveira Feijó, pagar-me uma antiga conta
de que me era devedor; nada me obstava a receber
aquillo que me pertencia, entretanto mal sabia eu, que
o pagamento que o Sr. Feijó procurava fazer, tinha por
fim insultar-me, e isto porque o mesmo Sr. Entregando-
me parte da quantia exigia de mim o recibo de saldo de
suas contas. Recusando-me a passar-lhe o recibo de
saldo, uma vez que elle continuava a ser meo devedor,
dando-lhe entretanto o recibo do dinheiro, recebido por
conta de seu debito, aceita o e lança sobre mim os mais
vergonhosos epithetos; não satisfeito d’isto derije-se a
sua casa que era muito próxima a minha e de lá volta
com um revolver, e engatilhando-o, ameaça matar-me,
o que muitas pessoas do lugar foi presenciado, e
impedido. Conservei-me manso e pacífico como sei selo
sempre, julgando que findos aquelles momentos de
allucinação o Sr. Feijó voltaria a seu estado normal.
Enganei-me porém, porque a 16 d’este sou novamente
atacado, quando ainda mansamente e recolhido ao seio
de minha família, vem o Sr. Feijó com os mais
vergonhosos impropérios, offendendo-me no que tenho
de mais caro, e ainda armado de revolver e faca,
declarando em altas voses que matar-me-hia, ou
obrigar-me-hia a mata-lo. Tive prudência, nada
respondi e minha calma desarmou-o. Incontinente vou
entender-me com o supplente do subdelegado então
em exercício; este nenhuma medida tomando, obriga-
me obriga-me a vir a capital entender-me com o Sr. Dr.
Chefe de polícia, que também por sua vez nenhum
passo deo.
Há poucos momentos acabo de saber por bocca
de um morador d’aquella povoação Felismino de tal;
que o declarou perante diversas testemunhas fora
peitado pelo Sr. Emydio Feijó que lhe
offerecera...50$000, para emboscar-me e assassinar-
me,o que elle recusara mas avisa-me para que
acautelasse-me uma vez que, o mesmo Sr. Feijó
declarara-lhe que um dos dous desappareceria.Sempre
houverão relações entre mim e o Sr. Feijó, até o dia que
elle sem mais motivo, quero comprar eu uma caza a
Exmª. Srª. D. Amelia Umbelina de Lima, caza que diz o
mesmo Sr. lhe pertence pelo facto único de ter
convivido com esta senhora cerca de nove annos, tendo
a seduzido da companhia de seo marido, d’onde trouxe
algum dinheiro, com o qual viveu todo este tempo o
mesmo Sr. Feijó, como é público e notório. Ameaçado

546
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

em minha vida, sem garantias para ella, porque sou


pobre e não posso gastar com os empregados da
justiça, faço por esta forma o meu protesto, declarando
que de qualquer mal que possa eu vir a soffrer será ao
Sr. Emydio de Oliveira Feijó a quem attribuirei. Se a
justiça entender em seu alto conceito que não deve
ficar impune semelhante tentativa, encontrará as provas
do que venho de allegar entre os moradores d’aquella
povoação. (Fernando Parrella)”.

Eita mundo bom! Salve-se quem puder em nossa terra e já faz muito tempo...
A fome também habitou entre as pessoas humildes de nossa cidade, descendentes
de escravos e de pessoas do povo livre, tanto é assim que

“A FOME EM SANTA RITA – Sobre a noticia que demos


de terem sido suspensos os trabalhos públicos em Santa
Rita , escreve-nos o digno vigário daquella freguezia,
Padre Manoel Gervásio Ferreira da Silva, em data de
ante-hontem: “Srs. Redactores da Gazeta da Parahyba.
Lendo em a Gazeta de hoje a noticia de estarem há três
dias suspensos os trabalhos públicos desta freguesia,
por amor a verdade apresso-me em dizer a Vv. que os
trabalhos estão em continuação, tendo havido somente
redução, no pessoal empregado por ordem superior;
entretanto trabalharam hontem 243 pessoas. O que há
aqui é falta absoluta de gêneros, pois, há 9 dias não
apparece um litro de farinha para os pobres
trabalhadores, que, recebendo 500 rs. diarios, não
acham onde comprar gêneros; e assim vão elles e suas
famílias, algumas de mais de 15 pessoas, exhaurindo os
parcos recursos particulares. Uma turma de 17
meninos estava hoje a chupar bagaços de canna em
barreiro, donde foram por mim tirados para lhes dar
uma bolacha. Para esta pobre gente faminta, nua e
desabrigada peçam Vv. em seu conceituado jornal uma
esmola ao governo, e por este serviço de caridade
muito penhor arão ao seu constante leitor – Vigário –
Manoel Gervásio Ferreira da Silva” (GAZETA DA
PARAHYBA,25/07/1889, edição nº 352, ano II, p. 1).

E a Gazeta da Parahyba da edição nº 352 faz também a denuncia do pedido do


Padre Manoel Gervásio Ferreira da Silva ao Presidente da Provincia da Paraiba nos
seguintes termos:

“Attenda ao Exm. Sr. Dr. Gama Rosa que quem falla é


um respeitável sacerdote que com tão negras cores
descreve a miséria que vae por Santa Rita, duas legoas
apenas distante desta capital e com communicação
diária pela via férrea Conde d’Eu! O digno sacerdote
pede ao governo de S.M. o Imperador uma esmola para
aquella pobre gente faminta, nua e desabrigada, e S.

547
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Exc. Não póde nem deve negala. Lembre-se S. Exc. Das


palavras que ahi mesmo em palácio o senador Henrique
d’Avila, presidente do Ceará: que seria uma vergonha
para este paiz dizer que tinha morrido um brazileiro de
fome!”.

O poder estatal fazia ouvido de marcador para com as necessidades do povo faminto
de nossa terra. Assim sendo,

“Pediram ante-hontem exoneração de membros da


commissão de socorros públicos da freguesia de Santa
Rita,o vigário daquella freguesia, padre Manoel Gervásio
Ferreira da Silva e capitão Francisco Alves de Souza
Carvalho. O facto não foi determinado porque não haja
secca em Santa Rita, como se pensa nas altas regiões,
em Santa Rita e em toda a província, mas porque há
secca demais, o que não há é auxilio do governo, são
socorros públicos”. (GAZETA DA PARAHYBA, ano II,
edição nº 353, de 26/07/1889, p.2).

Na edição 328, de 26/06/1889, p. 3, do Gazeta da Parahyba, verificamos a


nomeação das autoridades policiais do distrito de Santa Rita, ainda pertencente a Capital
da paraibana:“Santa Rita – Subdelegado A. Lucas Souza Rangel; Supplente: Francisco Alves
de Souza Carvalho; dito Antonio Francisco Ferreira de Vasconcellos”.Pelo visto a elite
açucareira representada em parte pelo Coronel Chico Carvalho, filhos e irmãos, se fazia por
si mesmo representar nos serviços do policiamento local.
São registradas mortes por doenças provocadas por sarampo, vermes, por beribéri,
e dentre os falecidos de 15 a 31 de agosto de 1889, se encontra, por exemplo: “[...] 466 –
Cecilia Maria da Conceição, 25 annos, casada, Santa Rita, beribéri [...]”, conforme a Gazeta
da Parahyba (edição n° 392, de 13/09/1889, p.3).
E até porque “dizem-nos que nestes últimos dias tem-se desenvolvido na freguesia
de Santa Rita o furto de cavallos em larga escala, dormindo as autoridades policiaes sobre
o caso”, inclusive a referida noticia crime divulgada pela imprensa menciona ainda que
“naturalmente essa autoridades, achando que isto de furtar cavallo é uma ninharia perante
os tribofes, deixam que os Srs. ladrões, exerçam mui pacatamente a sua profissão, e não
querem commeter a injustiça de prende-los por se apossarem de propriedade alheia,
porque os dinheiros também são propriedade alheia, e a lei, diz a Constituição do Império é
igual para todos”,e depois da reprimenda indireta as nossas autoridades policiais, o referido
diário em sua denuncia acrescenta que estão “correctas as autoridades policiaes de Santa
Rita e Cruz do Espirito Santo”(GAZETA DA PARAHYBA, edição nº 393, de 14/09/1889, p.1).
Tal fechamento textual da noticia que ora faz parte de nossa história é contraditória em
sua essência pelo fato de denunciar a falta de comprometimento das autoridades policiais
em combater os ladrões de cavalo e em seguida afirma que tais autoridades estão corretas,
algo parecido com dois pesos e duas medidas.
Por outro lado, enfatizamos parte da manchete denominada de “Gados soltos no
município”, publicada no Gazeta da Paraíba (03/10/1889, ano: II, edição nº 409, p. 2),
conforme segue
“[...] Vamos transcrever a seguinte circular do
subdelegado de Santa Rita, que está se prestando

548
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

ostensivamente a proteger a creação de gados neste


município. Ei-la: “Circular. Subdelegacia de Santa Rita.
Sendo constantes as queixas e reclamações trazidas a
esta subdelegacia contra plantadores de roçados por
damnos em animaes e gado incorrendo assim esses
malfeitores nas penas da lei de 15 de outubro de 1886,
e procedendo contra a liberal disposição da lei de
Postura Municipal de 30 de Setembro de 1859, artigo
77, que permitte a creação de gado solto fora do
recinto da cidade e povoação, e estando esta
subdelegacia na firme resolução de conter esses
malfeitores, que se hão tornado verdadeiros
perturbadores da paz e socego, os que exercem a licita
industria de creação garantida pela Constituição do
Império constrangindo-os a assignarem termo de
segurança com a communicação legal de prizão e multa
como permitte o art. 12 do cod. do processo § 7, para
que se não chamem á ignorância, determino-lhe que dê
Vmc. aos plantadores de roçados que residirem em seu
quarteirão conhecimento dos artigos de Lei por copia
juntos, dando-me por escripto informação dos
recalcitrantes, e que apezar de tão salutar advertência
não queirão cercar seos roçados, obrigação que resulta
da postura municipal e da harmonia dos industriaes de
plantação e creação. Eu José Vicente de Carvalho,
escrivão o escrevi. Domiciano Lucas de Souza Rangel.
Santa Rita 24 de Setembro de 1889. (Transcrevemos
com a ortografia da época).

E encerra aquele circular recomendando a leitura da legislação e das penas


aplicáveis aos infratores da referida norma:

“Vão os artigos referidos. Lei nº 3311 de 15 de outubro


de 1886 art. 1 – Destruir ou damnificar couza alheia de
qualquer valor. Pena de prizão por 20 ou 90 dias e
multa de 5 a 25$000 por cento. Lei provincial nº 26 de
30 de Setembro de 1859 – art. 77 – Não é permitido
ter-se gado vaccum, cavallar, cabram, lamgera a pastar
solto no recinto desta cidade e povoações de seu termo.
O infractor incorre na multa de 4$000 réis por cada
cabeça de gado vaccum, cavallar ou suíno. 4$000 por
cada cabeça lanígero e cabram, e o duplo na
reincidência, salvo o direito que competir ao agricultor
prejudicado [...]”(GAZETA DA PARAHYBA: 03/10/1889,
Ed. 409, p. 2). Transcrito com a ortografia original.

O Ministério Público Estadual sempre teve e ainda tem muito trabalho contra
pessoas que cometem delitos os mais diversos possíveis: roubos, furtos, homicídios,
latrocínios, etc., em qualquer parte do mundo, inclusive em nosso município a cultura
criminológica não é diferente, assim sendo,

549
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

“DENUNCIA. O Sr. Dr. Promotor público d’esta comarca,


em data de hontem, denunciou como autores dos
assassinatos e ferimentos que tiveram logar no dia 1º
do corrente no logar Aguas Turvas, da freguesia de
Santa Rita, aos indivíduos Pedro Francisco dos Santos,
Elydio Francisco dos Santos e Manoel Graciano da Silva,
e como cúmplices as mulheres Paulina Maria da
Conceição, Gravina de tal e Maria de tal: requerendo
contra todos prisão preventiva, na forma do art. 13 da
lei nº 2033, de 20 de setembro de 1871”. (GAZETA DA
PARAHYBA, 07/09/1888, Ed.101, p.1).

Todo e qualquer gestor do patrimônio público e/ou do privado por antecipação sabe
que nada sabe fazer para progredir e que terá no final das contas a sua falência
antecipadas por crises internas e externas, tais como mudanças de governos e paradigmas
em qualquer época da história da humanidade, tem todo o tempo e lugar. Assim sendo, a
quebradeira de ricos ficando pobres dentre os senhores da agroindústria santaritense seu
deu gradativamente, envolvendo os senhores de engenhos do vale do Paraíba, dentre os
quais podemos mencionar que:

“Foi hontem arrematada, em terceira praça, perante o


Dr.juiz municipal desta capital, na sala das audiências, a
parte do engenho “Santos Reis”, situado na freguezia
de Santa Rita, deste termo, a qual era pertencente ao
coronel Claudino do Rego Barros e sua mulher, e aos
mesmos penhorada para pagamento do principal e
custas, constantes da execução que lhes promovia
Vicencia Maria das Neves, pelo preço de cinco contos de
reis, offerecido pelos consenhores do mesmo Engenho
Pereira Carneiro & Cia de Pernmabuco, que assim
ficaram donos de toda propriedade”(GAZETA DA
PARAHYBA, 9/11/1889, edição 439,p. 1).

Por outro lado em “Santa Rita – Vende se no Engenho Torrinha, mel de furo bom a
500 reis a canad” (GAZETA DA PARAHYBA, 09/01/1890, ano III, edição 483, p.3). O mel é
chamado de “furo”, porque escore pelo furo das formas de açúcar no engenho bangüê,
objeto de estudo literário no romance de transição de igual nome escrito por José Lins do
Rego em 1934, um verdadeiro clássico de nossa literatura nacional que encerra a trilogia
da história de Carlos Melo com o declínio do patriarcado rural brasileiro, obra que antecede
o romance Usina, publicado em 1936, do mesmo escritor. Em tal romance o tema bangüê é
decantado em toda sua historicidade no referido ciclo da cana-de-açúcar nordestina.
Isso é fato e contra fato não se tem argumento. O esquecimento do poder público
estadual e federal por nossa terra vem desde sua fundação, povoação, vila e emancipação
política. O poder público estadual não tinha uma só escola na acepção atual que temos
sobre a referida instituição construída em nossa cidade até 1890, a única escola masculina
que aqui funcionava era em uma casa alugada e que o poder público estadual não honrava
com o pagamento do aluguel ao seu proprietário, tendo em vista que a “Chronica da
Assembléa” , publicada no Gazeta da Parahyba, em 15/12/1888, edição nº 182, p. 2, onde
consta o requerimento: “Do sr. Lordão: [...] auctorisando o pagamento ao professor de
Santa Rita, Amaro Gomes Ferraz, do excesso dos aluguéis da casa em que tem funccionado

550
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

a escola publica [...]”. E mesmo assim o deputado Lordão teve sua emenda rejeitada e o
professor Amaro Gomes Ferraz não recebeu o pagamento dos aluguéis vencidos e não
pagos pelo governo da Paraíba da casa de sua propriedade onde funcionava a escola
pública em nossa terra em 1888, tendo em vista que

“Entre as emendas regeitadas especificaremos as


seguintes: [...] que mandava pagar ao professor o
excesso de aluguel de casa”.(GAZETA DA PARAHYBA,
16/12/1888, edição 183, p.2).(Transcrito com a
ortografia da época).

A nossa história revela que o professor e coronel Amaro Gomes Ferraz,

“Foi aposentado com ordenado proporcional ao tempo


de effectivo exercício o professor publico do ensino
primário, cidadão Amaro Gomes Ferraz” (GAZETA DA
PARAHYBA, 01/02/1890, edição 503, p.1).

A elite da açucarocracia santaritense ficou irada com a nomeação da comissão de


socorros aos trabalhadores livres e não mais escravos e necessitados de ajuda, já no
regime republicano brasileiro, tanto é assim que fez publicar:

“Santa Rita – Escreve-nos desta localidade: “Lendo hoje


a “Gazeta da Parahyba”, deparamos com a nomeação
de uma commissão de socorros para este povoado, o
que surprehendeu-nos, porquanto aqui não há
necessidade de tal commissão, visto como não temos
secca e todos os senhores de engenho fornecem
trabalho a quem quer que se apresente solicitando-o. O
estabelecimento de socorros públicos em Santa Rita
vem antes estovar a boa marcha dos serviços da
lavoura viciando o pessoal dos engenhos, que
abandonará o trabalho agrícola pela esmola do governo,
como já acontece em um dia por semana, quando a
maior parte dos trabalhadores abandona seu trabalho
para ir a essa cidade receber a ração de farinha que se
lhes distribue ahi. Se houver precisão de sementes é
muito fácil chegar-se até a capital para recebe-las, pois
é muito perto; portanto, a bem dos interesses da
lavoura, pedimos ao digno governador que não
estabeleçam socorros públicos em Santa Rita” (GAZETA
DA PARAHYBA, 08/02/1890, edição 509, p. 2).

Nossa terra ainda não tinha se emancipado, porém, os seus velhos e novos
problemas em termos de segurança pública já eram existentes e com força, o que se
traduz pela nota publicada pedindo providencias nos seguintes termos:

“Santa Rita – Do illustre cidadão chefe de policia


solicitamos providencias contra o relaxamento das
authoridades policiaes d’aquelle importante povoado,

551
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

conhecidos desordeiros espancam e dão tiros no meio


da rua, sem que experimentem a severa corrigenda de
que são merecedores” (GAZETA DA PARAHYBA,
12/02/1890, edição 512, p.2).

A luta pela abolição da escravatura e da proclamação da república em Santa Rita é


marcada pela fundação malograda do Club da Lavoura, conforme passamos a transcrever
sua historicidade publicada no Gazeta da Parahyba, em 07/03/1890, edição nº 531, p. 2,
que afirma textualmente :

[...] Diz o Dr. Lacerda, no compromettedor artigo em


que procurou justificar-se da celebre melgueira dos
dous contos, que sempre se absteve de responder as
nossas allusões.
Mas, Dr., nós não fizemos allusão de espécie alguma;
usamos em nossa linguagem do pão pão, queijo queijo.
E para que você não venha amanhã dizer outra vez que
fizemos allusões, vamos contar em poucas palavras e
singellamente a historia do Club da Lavoura.
Quando nesta cidade principiou a accentuar-se o
movimento abolicionista, os senhores de engenho das
margens do Parahyba, receiosos da propaganda anti-
esclavagista, trataram de fundar uma associação que
tivesse por fim garantir a permanência dos seus
escravos nas fazendas.
O movimento libertador, porem, já tinha feito muito
progresso, a idéa cada vez mais conquistava mais
sympathias na massa popular, e aquelles agricultores
fundando um club para o fim que tinham em vista,
deram-lhe apparentemente uma feição diversa afim de
não chamar para o Club odiosidades.
Reunidos em Santa Rita foi com effeito fundado o club
com a denominação de Club da Lavoura, e delle fez
parte o Dr. Paulo de Lacerda, que não era agricultor,
mas muito conhecido pelas suas idéas anti-esclavagista,
como o era também pelo seu aferro a monarchia, o que
não impedio que, depois de 13 de Maio e 15 de
Novembro, fosse elle muito bom abolicionista e muito
bom republicano.
Constituído o Club, foi eleito seu thesoureiro o Dr.
Lacerda, e em sua primeira reunião cotisaram-se os
lavradores afim de dar principio a formação do fundo
social, rendendo essa subscripção seiscentos e tantos
mil réis.
Precipitavam-se, porem, os acontecimentos que deram
em resultado o 13 de Maio; nada mais podia por um
dique a idéa triumphante, e o Club da Lavoura morreu
sem celebrar uma só sessão, e com sua morte
morreram também para as algibeiras de seus donos os
seiscentos e tantos mil réis, pois o tal thesoureiro nunca
mais disse que fim lhes tinha dado!

552
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

E que falta fez desta vez uma commissão de contas,


que falta!...” (Transcrição com a ortografia da época).

Assim sendo, os senhores de engenhos da várzea do Paraíba foram enganados pelo


tesoureiro do Club da Lavoura que já nasceu morto em sua essência e sem finalidade
diante dos fatos históricos ocorridos em 13 de maio de 1888 e 15 de novembro de 1889.
Ressaltamos de que em 19 de março de 1890, através do Decreto nº 10, foi
emancipado o município de Santa Rita, sendo Antônio Gomes Cordeiro de Mello,
empossado Presidente do Conselho Municipal de Intendência com a instalação do município
em 29 de março de 1890, cujo mandado terminou em 29 de junho de 1890, dia em que o
mesmo renunciou o referido cargo, sendo substituído pelo Professor Amaro Gomes Ferraz,
então vice Presidente do referido conselho.
E o povoado de Santa Rita foi emancipado sem ter uma só sala de aula para o sexo
feminino mantida pelo Governo Estadual, tanto é assim que por “Actos do Governo, extrato
do expediente de 10 de maio de 1890”, publicado no Gazeta da Parahyba, edição nº 584,
p. 1, de 15 de maio de maio de 1890, consta: “Officios: [...] Ao cidadão inspector do
Thesouro do Estado, recommendando que providencie no sentido de serem fornecidos a
escola pública do sexo feminino da Villa de Santa Rita os utensílios necessários a mesma
escola. [...]”. Assim sendo, o argumento de falta de meios e ou utensílios para mover a
educação é mais antigo em nossa terra do que se pensa...
O mundo dos sonhos de nossa gente do estrelato religioso e político do Padre
Ferreira e do Intendente Antônio Gomes C. de Mello, não é um dos melhores, pois, aqui já
se praticava perseguição política aos adversários e/ou concorrentes e/ou a pessoas que
discordavam da orientação oficial do governo, apadrinhados e fuxiqueiros de plantão,
inclusive com demissão a bem do serviço público sem a constituição do processo
administrativo legal, por mero capricho do quero, posso e mando, tanto é assim que,

“Publicamos hoje na secção competente um artigo do


Sr. Antonio Francisco Teixeira de Vasconcellos,
mostrando a injustiça do acto que fulminou com a
demissão a bem do serviço público do cargo de
subdelegado de Santa Rita. Nós queremos com effeito
acreditar que, se o ilustre Sr.Dr.Venancio conhecesse o
demitido, não teria acceitado a proposta do Sr.Dr.
Cunha Lima, sem modifical-a ao menos”. (GAZETA DA
PARAHYBA, 12/06/1890, Ed. 606, p. 1).

E agora transcrevemos o artigo do injustiçado demitido a bem do serviço público em


Santa Rita na ultima década do século XIX:

“APEDIDOS – O ex-subdelegado de Santa Rita ao


publico. Li no noticiário da “Gazeta da Parahyba”de 8 do
corrente o seguinte: Foi demitido a bem do serviço
publico de subdelegado de Santa Rita Antônio Francisco
Teixeira de Vasconcellos e nomeado para substituil-o
Manoel Faustino de Mendonça Rego Barros – (!).
Sorprehendeo-me esta noticia não só porque disto não
recebi communicação alguma das auctoridades
superiores, como porque minha consciencia não me

553
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

accusava de haver commetido acto algum que


provocasse um tal procedimento. Então procurei saber
o que havia dado logar a essa demissão acintosa, que
me foi lançada a face, e com palmo soube, que pessoa
aliamente collocada em nossa magistratura já havia em
outra ocasião me feito a injuria de perante a junta da
revisão dos jurados deste termo excluir-me da lista dos
mesmos por ser eu pessoa de reputação duvidosa!!!
Desde então fiz propósito de vir a imprensa, não
justificar-me porque graças a Deus não tenho factos,
que a isso me obriguem, MS expor ao publico os
motivos porque tão covardemente fui ferida em minha
reputação, com abuso de aucthoridade, por alguém,
que della se servio para satisfazer a odios e caprichos
de quem talvez não possa tel-os. Nunca procurei
exercer o cargo de subdelegado, mas por considerações
a amigos acceitei-o no domínio não só dos
conservadores como ultimamente dos liberaes. Nos
exercício desse cargo tenho consciência de que procedi
com toda honradez com que poderia ter procedido
qualquer cidadão da mais elevada posição deste termo;
e a prova do que acabo de diser é que nunca contra
mim houve uma só queixa perante meos superiores, no
entanto que muitos forão os criminosos presos por mim
e muitos os inquéritos por mim instaurados por crimes
commetidos, tendo a par da energia necessária o
critério preciso para manter a ordem e desafrontar a
justiça, sem ser preciso recorrer á força publica. Isto eu
poderia provar com declaração escripta por todos os
habitantes do termo; mas recorrer a este meio seria
duvida de minha própria consciência, não recorro a elle
porque confio inteiramente no juíso, que mim sempre
formarão meos conterrâneos. Se o Dr. Juiz de Direito
teve a facilidade de acreditar e leviandade de externar,
perante a junta revisora, no seio da qual encontrou logo
a contestação de que eu era homem de reputação
duvidosa, sem duvida que a isso foi levado por
informações de algum inimigo mesquinho e vil, que
perante elle procurou desconsiderar-me, mas lamento,
que S.S. fosse tão fácil em acceitar essa calunia,
quando devia saber que como juiz nunca recebeo
queixas contra mim e nem nos cartórios existem factos,
que me possa macular, e sabe mais quanto podem a
calumnia e maledicência no conceito dos homens de
bem, porque foi victima, como Juiz de Direito de
Campina Grande, das horrorosas calumnias e invectivas.
Eu sabia que no animo de alguém nesta cidade existão
prevenções contra mim porque como subdelegado de
S.Rita não me quiz prestar a subscrever a prisão injusta
de um pobre homem, feita por uma potencia do
engenho central, e ultimamente vim a saber, que o
facto de eu haver apprenhendido em casa de um

554
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

trabalhador do novo subdelegado de Santa Rita, carne e


couro de um animal furtado de Francisco d’Almeida
Braga, e recolhido a prizão o mesmo trabalhador,
causara isto grande offensa aos protectores do ladrão,
que não poderão obter de mim pelos meios
empregados, mas que obtiverão minha demissão por
um modo acintoso. Ora, veja o publico de todo o
expendido quem pode ser o homem de reputação
duvidosa si eu, ou aquelles que promoverão minha
demissão, e qualquer que seja o juiso do publico a elle
me submetto. Santa Rita, 10 de Junho de 1890. Antonio
Francisco Teixeira de Vasconcellos”. (GAZETA DA
PARAHYBA, 12/06/1890, Ed. 606, p. 2) (Transcrito com
a ortografia da época)..

E por incrível que pareça esse tipo de cultura administrativa ainda é requerida por
certas e determinadas lideranças no Brasil do século XXI quando exercem poder político:
federal, estadual e municipal, ao confundir a figura do funcionário público como sendo a
continuação de sua propriedade privada. E quando se trata de pessoas que exercem cargos
de confiança, em regime temporário sem vinculo funcional que falta de concurso público,
os chamados comissionados, aí o bicho pega, tem gente em Santa Rita vive a procurar
fuxico para seu patrão de plantão, além de ser capaz de praticar qualquer atrocidade para
defendê-lo. Ser livre aqui é ainda não ser gente de confiança perante as pseudas lideranças
“letradas” e “iletradas” dos programas sociais de cunho populista.
Tudo bem. Depois o disse me disse, sem comprovação histórica fala de que no
período de janeiro de 1893 a setembro de 1897, o Padre Manoel Gervásio Ferreira da Silva,
se elegeu deputado estadual de Santa Rita, sic, e influenciou a restauração da
emancipação política de Santa Rita, graças ao presidente Antônio da Gama e Mello. A
restauração da autonomia municipal aconteceu realmente em 1897, porém, o nome do
Padre Manoel Gervásio Ferreira da Silva, como deputado estadual eleito em 1896, sic, não
consta em nenhuma legislatura da Assembléia Legislativa do Estado da Paraíba, inclusive
na - 3ª LEGISLATURA - 1896-1899- pois na época eram os seguintes deputados estaduais:
Abdon Odilon da Nóbrega; Adelgício Cabral de Albuquerque Vasconcelos; Antônio Tomás
de Araújo Aquino – faleceu; Apolinário da Trindade Meira Henriques; Apolônio Zenaide
Peregrino de Albuquerque – renunciou; Ascendino Cândido das Neves; Augusto Alfredo de
Lima Botelho; Augusto Gomes e Silva; Cláudio César Freire; Francisco Antônio da Silva
Araújo Pereira; Francisco Claudino de Lima e Moura; Francisco de Gouveia Nóbrega -
eleição complementar; Francisco de Paula Pessoa da Costa – faleceu; Francisco Targino
Pereira da Costa; Graciliano Fontino Lordão; Gustavo Mariano Soares de Pinho; Higino
Gonçalves Sobreira Rolim; Inácio Evaristo Monteiro Sobrinho; João Leite Ferreira Primo;
João Lourenço Porto; João Pereira de Castro Pinto - eleição complementar; José Alves
Cavalcanti de Albuquerque; José Bezerra Cavalcanti de Albuquerque; José Campelo de
Albuquerque Galvão; José Fernandes de Carvalho; José Francisco de Moura; José Francisco
de Paula Cavalcanti (Coronel Cazuza Trombone); Manoel Dantas Correia de Góis; Manoel
Joaquim de Sousa Lemos; Manoel Soares Sarmento; Waldevino Lobo Ferreira Maia;
Walfredo dos Santos Leal - eleição complementar; Wenceslau Lopes da Silva, conforme
pesquisa nos anais da referida assembléia (SANTOS, 2011). Portanto, cai por terra o
argumento de que Padre Manoel Gervásio Ferreira da Silva, foi deputado estadual por
Santa Rita na terceira legislatura de 1896 a 1899 da Assembleia Legislativa do Estado da

555
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Paraíba. Isso não é verdade. Ressaltamos de que a Almanak Administrativo, Mercantil e


Industrial do Rio de Janeiro - 1891 a 1940 - PR_SOR_00165_313394, publicou em 1901 os
Estados da República, inclusive cita textualmente as páginas 1346, 1347 e 1348, onde
consta: “Governo do Estado – Presidente: José Peregrino de Araújo, Desembargador; 1º
Vice Presidente: Affonso Lopes Machado, Dr.; 2º Vice Presidente: Manoel Gervasio Ferreira
da Silva, Padre” (p. 1346). Por outro lado, é importante também afirmar de que o Padre
Ferreira, apesar de ser um homem influente com vigário, chefe político e vice Presidente do
Estado da Paraíba no período de 22 de outubro de 1900 a 22 de outubro de 1904, não
assumiu o cargo de governador interino estadual por um grau de segundo, tendo em vista
o que consta das mensagens e ou relatórios administrativos anuais enviados pelo
presidente José Peregrino de Araújo nos anos de 1901, 1902, 1903 e 1904. Mesmo assim,
o padre coronel na religiosidade e na gestão pública santaritense, foi um dos idealistas ao
lado de Antônio Gomes Cordeiro de Mello, dentre outros para fazer Santa Rita livre do
domínio político e administrativo da capital do Estado da Paraíba. A política circulava em
suas veias como o sangue a procura da oxigenação, exerceu por diversas vezes funções
públicas eletivas, dentre as quais a de Presidente do Conselho Municipal, órgão equivalente
a atual Câmara Municipal no período de 1907 a 1910, tendo como vice presidente o
Capitão Clementino Augusto de Oliveira e como secretário Terêncio Ferreira. Neste período
o prefeito era o coronel Francisco Alves de Souza Carvalho e o vice prefeito era Olynto Gil
de Freitas. O cargo de juiz de paz era preenchido por eleição em Santa Rita e no resto do
Brasil naquele tempo.
Para se ter uma noção geral da historicidade de Santa Rita no período de 1907 a
1910, fim da primeira década do século XX, passaremos a transcreve, inclusive com a
ortografia da época o que diz o Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de
Janeiro (1891 a 1940), a respeito de Santa Rita-Paraíba em 1909:

“ESTADO DA PARAHYBA DO NORTE


Santa Rita
Município pertencente á comarca da capital.
Comprehende os districtos da cidade e Livramento. Por
decreto de 14 de junho de 1890 foi creado comarca. E
em janeiro de 1903 foi supprimida a comarca e o
município. Por lei 79 de 24 de setembro de 1897 foi
restabelecido o município. O transporte é feito por via
ferrea, estradas de rodagem em animaes e automoveis.
Possue 868 casas cobertas de telhas e 2936 de palha.
Sua população é de 17:643 almas, sendo 8086 homens
e 9557 mulheres (1909).
Administração municipal:
Prefeito: Francisco Alves de Souza Carvalho, cor.
Sub-prefeito: Olynto Gil de Freitas”.

O Conselho Municipal Legislativo estava assim constituído:


“Presidente do conselho: Manoel Gervário Ferreira da
Costa, pad. (em vez da Costa, da Silva, correção nossa).
Vice – presidente: Clementino Augusto de Oliveira, cap.
Secretario: Terencio Ferreira.
Procurador thesoureiro: E. Ferreira do Monte Falco.
Conselheiros:
Ernesto Rodolpho Cavalcanti de Albuquerque.

556
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Joaquim P. Ferraz de Carvalho.


Manoel Justino de Andrade”.

Os serviços de fiscalização, portaria e de guardas municipais estavam constituídos


assim:
“Fiscal: Henrique da Silva e Albuquerque.
Porteiro: Antônio F. da Nobrega.
Guardas:
Joaquim Teixeira de Vasconcellos.
Manoel de Sousa Maciel”.

Os serviços processuais municipais estavam assim organizados, segundo a legislação


pertinente em vigor:
“Administração judiciária:
1º districto: Santa Rita.
Supplentes do juiz substituto seccional:
1º Clementino Augusto de Oliveira.
2º Olinto Gil de Freitas.
Ajudante do procurador da República:
Terencio Ferreira”.

E através de eleições livres a população qualificada e habilitada escolhiam os,


“Juizes de paz:
1º Dr. Thomaz Gomes da Silva.
2º Antônio Gomes Cordeiro de Mello.
3º José Gonçalves do Nascimento.
4º Pedro Serapião de Araujo.
Supplentes:
Chrysanto Ribeiro P. de Lacerda.
Elias Gomes da Silveira.
Genuino Thomaz de Mello.
Pedro Teixeira de Vasconcellos.
Official de registro civil e escrivão de paz: Duval
Gonçalves do Nascimento”.

Tanto a sede Santa Rita, quanto o Distrito de Nossa Senhora do Livramento tinha
seus juízes de paz:
“2º districto: Livramento.
Juizes de paz:
1º Hypolito de Sousa Falcão;
2º José Emilio P. de Carvalho.
3º Belino Alves de Vasconcellos Duarte.
4º Joaquim da Silva P. Ferreira.
Supplentes:
Eduardo Marques Guimarães.
José da Costa e Silva.
José Moreira dos Santos
Paulo Canuto da Paz”.

557
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

A segurança pública também se fazia presente assim:


“Administração policial:
Delegacia:
Delegado: Alexandre Benicio de Carvalho.
Supplentes:
1º Terencio Ferreira.
2º Marcelino Cavalcanti de Albuquerque.
3º Feliz de Mello Azedo.
1ª Sub-delegacia:
Joaquim Gomes da Silveira.
Supplentes:
1º João Ferreira de Deus.
2º Constantino José de Medeiros Correia.
3º Olynto Gil de Freitas.
2ª Sub-delegacia:
Sub-delegado: João Braz Ferreira.
Supplente: João B. de Vasconcellos Maia.
Districto do Livramento, 3ª Sub-delegacia:
Sub-delegado: Henrique Chrisostomo de Carvalho.
Supplentes:
1º Anthero Lopes de Mendonça.
2º Ulysses Toscano de Brito.
3º Elysio Lopes de Mendonça.
4ª Sub-delegacia:
Sub-delegado: Carlos Hilario de Carvalho.
Supplentes:
1º Manoel Chaves de Carvalho.
2º Francisco da Cosa Guarim.
3º Manoel Valerio de Carvalho”.

No período de 1907 a 1910, Santa Rita tinha duas grandes educadoras,


“Instrucção publica e particular:
Professores minicipaes:
D. Joanna Gomes da Silveira.
D. Maria Vita Ferraz de Carvalho”.

A mesa de renda estadual também já existia entre nós,


“COLLECTORIAS:
Collector estadoal: Francisco Moniz de Medeiros.
Escrivão: Manoel Valerio de Carvalho”.

Os serviços dos correios e telégrafos também já estavam implantados,


“Correio:
Dona Ana Carolina Cordeiro de Mello.
Telegrapho:
Chefe: Manoel Moniz de Medeiros”.

558
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

A Igreja Católica Apostólica Romana ainda era a única instituição religiosa existente
no âmbito municipal em funcionamento, haja vista que durante o período imperial a
mesma era a igreja oficial,
“Religião:
Vigário collado: Manoel Gervasio Ferreira da Silva”.

Os serviços religiosos eram divulgados e propagados na comunidade através das


“Irmandades:
Conceição.
Dores.
Coração de Jesus.
Rosario.
Santo Antonio”.

A cidade também tinha “Sociedade Musical Carlos Gomes”, que com o passar foi
extinta por seus fundadores.
O comércio local já era próspero e tinha diversos estabelecimentos comerciais,
dentre os quais,
“Commercio:
Fazendas, seccos, molhados, ferragens, etc.
Antonio Thomaz Gomes da Silva.
Clementino Augusto de Oliveira.
Ernesto Rodolpho C. de Albuquerque.
Genuino Thomaz de Mello
Horacio de Mendonça Furtado.
José Kurth.
Luiz Correia”.

A história do Brasil registra que na Paraíba, o primeiro engenho de fabricação de


açúcar foi o Engenho Tibiri, desde o período do Brasil Colonial, o solo santaritense foi logo
ocupado com a construção de diversos engenhos de cana de açúcar, não ficou apenas no
sonho realizado pela primeira fábrica do gênero, porém, Santa Rita também recebeu da
iniciativa privada a primeira fábrica de tecidos do Estado da Paraíba em 1892, a Companhia
de Tecidos Tibery Parahybana, bem como registramos em 1909 a existência de,

“Engenhos:
Angelo Custodio Correia, Santiago e Torrinha.
Antonio C. de Carvalho, Joburu (joburu não,
Jaburu).
Antonio Cordeiro de Mello, Capellinha.
Antonio Furtado, Santo André.
Antonio Lyra, cor, Cumb.
Antonio da Silva Mello Filho, Unna.
Caetano Gomes de Almeida, cor, Gargaú, Pau
Dases e Clara Netto.
Companhia Commercio (sede Rio de Janeiro),
Central S. João.
Guilherme Gomes da Silveira, S.Guilherme.

559
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Francisco Alves de Sousa Carvalho, cor., Rio Preto,


Coiongo, Pureza e Pameza.
Francisco Marques da Fonseca, Santo Amaro.
Dr. Francisco Barbosa Aranha Monteiro da França,
S. Francisco e Medo.
Dr. Lindolpho de Assumpção , Tibery.
D. Maria Pedrosa, Engenho Velho.
Fabrica de álcool e assucar: João Augusto Moreira”.

Entre os proprietários rurais também em 1909, encontramos em Santa Rita,


“Agricultores e lavradores:
Alypio Gomes da Silveira.
Antonio da Silva Mello Filho.
Cypriano Gonçalves do Nascimento.
Francisco Alves de Sousa Carvalho, cor.
Dr. Francisco Barbosa A. Monteiro da Fonseca.
João Victorino Raposo.
Terencio Ferreira”.

Como não poderia faltar a presença dos principais,


“Criadores:
Caetano Gomes de Almeida.
Francisco Alves de Sousa Carvalho, cor. (coronel).
João Victorino Raposo.
Dr. Lindolpho de Assumpção Santiago.
D. Maria Pedrosa”.

E por fim o Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de Janeiro (1891 a


1940), aqui usado como referencia principal, menciona ainda em suas páginas a existência
de figuras importantes no mundo econômico e financeiro,
“Capitalistas:
Dr. Agostinho Netto.
Antonio Furtado da Motta.
Caetano Gomes de Almeida.
João Victorino Raposo”.

Enfim, essa é a Santa Rita até o ano de 1910 do Padre Manoel Gervásio Ferreira da
Silva, falecido em 1916, que passou por morte o comando supremo da chefia política
municipal ao coronel Francisco Alves de Souza Carvalho e seus descendentes.

560
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

CAPÍTULO X
MONSENHOR MELIBEU E A PARÓQUIA DE SANTA RITA
[...] eu esperava dos documentos que me ensinassem a
verdade dos fatos, cuja lembrança tinha por missão
preservar. Logo verifiquei que esta verdade é
inacessível e que o historiador só tem oportunidade de
aproximar-se dela em nível intermediário, ao nível da
testemunha questionando-se não sobre os fatos que
relata, mas sobre a maneira como os relatou. Eis que
dou atualmente mais atenção aos relatos, por mais
fantasmagóricos que sejam, do que as anotações
“objetivas”, descarnadas que podemos encontrar nos
arquivos.
GEORGES DUBY

O Brasil proclamou a República como sistema político de governo em 15 de


novembro de 1889, data em que o Estado separou-se da Igreja Católica, passou a ser um
estado laico (sem religião oficial). É importante mencionar de que no regime monárquico
brasileiro que acabou com a proclamação da república entre nós, aqui tinha uma leva de
padres desregrados e casados que era em regra o perfil ou imagem que se tinha da Igreja
no Brasil. Assim sendo, diante do nascimento do novo regime, o papado romano
aconselhou os seus bispos para fundar seminários e empenhar-se na formação e na
quantidade de novos sacerdotes para fazer frente aos novos tempos em termos religiosos
em nossa terra nacional. Assim foram criados seminários em diversos estados do país pela
Igreja através de suas dioceses. Na Paraíba foi criado em 1894, o Seminário de Nossa
Senhora da Conceição, em João Pessoa que oferecia os cursos: menor (preparatório) e
maior (composto pelos cursos de Filosofia e Teologia). Nesta época o Brasil já era
República e o estado nacional laico, assim sendo, Dom Adauto Aurélio de Miranda
Henriques, nascido em 30 de agosto de 1855, natural de Areia e falecido em 15 de agosto
de 1935 em João Pessoa, Estado da Paraíba, filho do Coronel Idelfonsiano Clímaco
Clodoveu de Miranda Henriques e dona Laurinda Esmeralda de Sá e Mello, senhores dos
engenhos Buraco e Fundão, em Areia/PB, conforme afirma o Padre Francisco Lima, em sua
obra “Dom Adauto”. Assim o referido prelado foi o primeiro bispo e o primeiro arcebispo da
Paraíba conforme consta da historiografia da Arquidiocese da Paraíba. Assim sendo, por
exemplo, Dom Adauto, como o povo o chamava, transcendeu suas funções de pastor da
Igreja Católica quando criou uma matriz curricular pedagógica para os cursos: menor e
maior do seminário, envolvendo uma série de atividades em termos de exercícios didáticos,
religiosos, morais e éticos, atribuindo valores aos saberes às humanidades, à teologia e à
filosofia. É importante mencionar que o Papa Leão XIII, em 1892, criou a Diocese da
Paraíba e nomeou Dom Adauto, seu primeiro bispo no dia 2 de janeiro de 1894 e sagração
no dia 7 de janeiro de 1894, valendo lembrar de que o referido bispo também foi o
primeiro arcebispo da Paraíba nomeado pela Santa Sé Romana em 14 de julho de 1914. Foi
um arcebispo de pulso firme e polêmico, ficou notável pelas cartas pastorais que escreve
condenando publicamente o liberalismo, o ateísmo, o socialismo, a maçonaria, o
comunismo, a emancipação da mulher e o relaxamento de costumes trazido pelo
urbanismo e a industrialização.

561
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

O paradigma ou modelo da educação desenvolvida no Seminário Nossa Senhora da


Conceição, na capital da Paraíba, envolvia o combate a tudo isso e mais uma estrutura de
formação com objetivos educacionais claros em termos de racionalização no tocante ao
modo do ensino, onde em cada componente curricular, matéria e ou disciplina tinha um
professor que dava aula para alunos com o mesmo nível e/ou grau de conhecimento
independente da idade, além da eficiência, onde o que era planejado para cada matéria em
termos de conteúdos era integralmente ensinado para cada classe. E isso era naquela
época um grande avanço em termos instrucionais e educacionais. O Seminário da Diocese
da Paraíba, já no final do século XIX, educação geral integral em termos laicos e capacitava
ainda em termos religiosos de uma educação espiritual, intelectual e moral, voltado
justamente para um desempenho qualitativo dos padres que ali se formavam em termos
gerais. A instituição seminário católico romano no Brasil, a partir do advento do sistema
republicano de governo, constituiu a maior academia entre nós paraibanos em brasileiros,
além de formar padres para pregar o evangelho, casar, batizar e celebrar missa, etc.,
também foi responsável pela formação de intelectuais do tipo: padres professores
(português, francês, inglês, latim, matemática, história, geografia, ciências físicas e
biológicas, filosofia, etc.), padres educadores, padres escritores, padres jornalistas, padres
chefes políticos, dentre outros profissionais. Os egressos saiam do seminário como padre
e/ou não, porém, saiam preparados para exercerem quaisquer atividades, dentro e fora da
igreja. Com o fim da monarquia, o Estado separado da Igreja, aí todas as despesas para o
oficio religioso católico, construção, manutenção e recuperação de prédios de igrejas,
capelas e seminários, já não era mais feito com dinheiro do Tesouro Nacional e sim das
ofertas dos fies e da prestação de serviços diversificados que a igreja viesse oferecer a
população. Então criar um seminário para formar padres não é tarefa fácil nem naquele
tempo e por analogia nos tempos atuais. A igreja deixou de receber os subsídios do Estado
e bem assim o Estado não tinha o auxilio dos padres para o ensino público no Brasil. Diante
desse universo os senhores bispos, dentre os quais o da Paraíba, em acatando a orientação
emanada do Concílio de Trento e dos ideais religiosos ultramontanos no tocante a
formação sacerdotal através de seminários.
A história da Igreja em termos educacionais é tão antiga quanto a sua origem, tudo
começou desde os primórdios dos sermões de Jesus Cristo e depois pelos seus apóstolos e
demais seguidores no mundo. Isso não era um sistema de educação formal, porém,
educação informal de grande valia já naqueles tempos. De modo que em 1179 foi
convocado o terceiro Concílio Lateranense pelo Papa Alexandre III, onde foi reafirmado
formalmente o compromisso de educar os clérigos e os pobres como missão da Igreja. De
modo que com a fundação da Companhia de Jesus, desde 1547, ficaram incumbidos no
ministério de ensino e seus adeptos faziam voto de pobreza, de castidade, de humildade e
de evangelização dos fies. Os jesuítas fundaram 144 colégios na Europa até o ano de 1580.
Vem daí o ensino de gramática, retórica, filosofia e teologia, segundo Assumpção (1982).
Nessa época o Brasil ainda era Colônia de Portugal.
E com o bispo Dom Adauto quando da fundação e instalação do Seminário
Diocesano da Paraíba em 1894 e que teve como sede o palacete de José Silvino Carneiro
da Cunha, o barão de Abiahy, localizado na esquina da rua das Trincheiras, frente para a
praça conhecida como “Pavilhão do Chá”, cujo prédio foi demolido e lá construído o
edifício da atual Delegacia do Trabalho, em João Pessoa/PB, não foi diferente ao optar pela
educação dos candidatos a padres que fossem de origem pobre, conforme enfoca: “[...] a
corrupção dos costumes e a educação anti-cristã que desgraçadamente se dão hoje à
mocidade, não se têm tão lastimavelmente penetrado”, segundo Henriques (1897, p.25).

562
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

A história relata que o Convento São Francisco no centro histórico de João Pessoa foi
doado a Diocese da Paraíba pela Ordem Franciscana a pedido de Dom Adauto, onde
passou a funcionar em caráter definitivo a Casa de Formação de Padres na Paraíba,
conforme Henriques, apud Figueiredo (1906, p. 148).
Diante da corrupção dos costumes e da educação anti-cristã já em voga no final do
século XIX denunciada por Dom Adauto no meio da juventude, tem a compreensão por
analogia no dizer de Almeida (1976) ao afirma que: “ o seminário formava, entretanto,
uma escola. A ausência de estímulos preservava as consciências e convivia-se numa
atmosfera capaz de sanear os corações mais impuros”, e por assim dizer enfatiza ainda
que: “tudo era vulnerável e continha-se a natureza. As maiores crises nasciam da
castidade; a continência ascendia fogueira de imaginações exaltadas que sublimavam um
ato medíocre”, de modo que: “a disciplina congelava e a carne ia perdendo sua
sensibilidade” e conclui afirmando que:”reinava a paz dos sentidos, à prova do sexo, o
pecado que infundia mais horror”. E isso é verdade em todos os tempos a adolescência
sempre foi e sempre será uma caixa de surpresa na vida da juventude sempre indecisa em
suas tomadas de decisões.
O grande Santo Tomás de Aquino é o mentor que serviu de modelo para a Igreja
Católica a partir de Leão XIII que adotou suas idéias no tocante a formação dos padres do
final do século XIX e do século XX, via os fundamentos filosóficos e teológicos, eis que: “o
oficio próprio do sacerdote é ser mediador de Deus e o povo: a saber, enquanto ele
comunica ao povo os dons de Deus (donde o “sacerdote” quer dizer um doador de coisas
sacras), e, de outro lado, enquanto Deus oferece as orações do povo e, de algum modo,
apresenta satisfações pelos pecados dos homens”, enfatiza Aquino (2000 - 2003, p. 191).
É nesse cenário da vida eclesiástica da Paraíba e do mundo, opção por candidatos
ao sacerdócio oriundo de famílias pobres que ingressou no Seminário Nossa Senhora da
Conceição, na Capital da Paraíba, atual João Pessoa, o jovem Abdon Odilon Melibeu Lima,
nascido em 1876, natural de Campina Grande, Estado da Paraíba, filho de pai comerciante,
depois de ter sido “aprovado simplesmente” e “aprovado plenamente em História
Universal” nos exames gerais preparatórios efetivados em agosto de 1895 no Estado da
Paraíba de acordo com o Decreto nº 2.032, de 26 de junho de 1895, conforme Diário
Oficial nº 7832, segunda feira, 01 de dezembro de 1895. Assim sendo, com 24 (vinte e
quatro) anos de idade, Abdon Odilon Melibeu Lima, foi ordenado padre pelo Bispo da
Paraíba, Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques, turma pioneira do Seminário Nossa
Senhora da Conceição em 1900. O que vale dizer que ele tinha dezenove anos de idade
quando foi aprovado nos exames gerais preparatórios de 1895 antes mencionados. Além
de padre ele era formado em Direito.
O neófito sacerdote foi enviado para prestar o serviço do altar na Vila de Santo
Antônio do Piancó, Estado da Paraíba, logo após a sua ordenação em 1901, é a informação
que temos: “[...] O Padre da época, Abdon Melibeu Lima, aproveitando a presença do seu
superior na pequena Vila de Santo Antonio, pediu transferência para uma outra freguesia,
no que foi prontamente atendido por Dom Adauto, que por conta de solicitação do líder
maior da localidade, Dr. Felizardo Leite, designou de pronto o jovem sacerdote
pombalense, como coordenador religioso da referida comunidade” e a historiografia
daquele acontecimento conclui que: “Vale salientar que os dias da visita pastoral foram
suficientes para que a população identificasse os dotes do Padre Aristides: maneiroso, vivo
e diligente, afeito ao povo sertanejo e aos seus interesses, o que provocou uma enorme
simpatia. O novo dirigente paroquial assumiu em agosto de 1902³”. Assim sendo, o Padre
Abdon Melibeu, foi transferido da freguesia do Vale do Piancó, que foi substituído pelo

563
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Padre o Padre Aristides Ferreira da Cruz, nascido aos, 18 de junho de 1872, na Fazenda
Lagoa, município de Pombal/PB, filho de do casal de agricultores: Jorge Ferreira da Cruz e
Joana Ferreira Chaves, que se tornou chefe religioso, chefe político do Vale do Piancó,
deputado estadual da Paraíba e um dos mártires da Coluna Prestes na Paraíba em 1926.
O Padre Abdon Odilon Melibeu Lima foi transferido para freguesia de Martins, Estado
do Rio Grande do Norte, o que se comprova a benção litúrgica que o mesmo administrou
em 2 de fevereiro de 1902 na condição de vigário local4, fato esse igualmente
testemunhado com a participação do Padre Tertuliano Fernandes de Queiroz, vigário da
cidade de Paus dos Ferros/RN e da banda de música da cidade de Catolé do Rocha/PB,
conforme APODI/RN (1902 A 1904)5.
Da freguesia de Martins/RN, foi transferido para a cidade Cametá, Estado do Pará,
onde exerceu a atividade de Reitor do Seminário de Belém do Pará, quando foi transferido
na condição de vigário encomendado para a freguesia de Pilões/PB, e de lá veio para a
freguesia de Santa Rita/PB, quando tomou posse como vigário em 01 de janeiro de 1921.
Foi também diretor do Colégio Pio X, na Capital da Paraíba. De modo que em sendo vigário
da freguesia de Santa Rita, procurou imediatamente a fazer a reforma do prédio da capela
inaugurada em 6 de dezembro de 1776 pelos padres franciscanos capuchinhos5, tendo
como orientador espiritual Frei Manuel de Santa Tereza. O livro tombo da freguesia de
Santa Rita nº 001 encontra-se praticamente destruído pelo tempo e pelas traças, porém, o
mesmo foi escrito depois da inauguração da capela de Santa Rita, em 6 de dezembro de
1776. Assim sendo, a cidade de Santa Rita passou pela condição de engenho, vila,
freguesia, paróquia e emancipação política em 19 de março de 1890, tendo o Intendente
Antônio Gomes Cordeiro de Mello, Presidente do Conselho de Intendência, cargo
equivalente ao de prefeito na atualidade. A igreja do Rosário (a mesma foi derrubada para
no local ser construído o Grupo Escolar João Ursulo, no governo de Argemiro de
Figueiredo, sendo prefeito de Santa Rita, Flávio Maroja Filho, 1937/39) e a igreja da
Conceição, inaugurada em 1851, eram os prédios mais importantes da cidade de então.
O vigário Monsenhor Abdon Melibeu era um homem culto (formado em Filosofia,
Teologia e Direito), letrado, amava o artístico e belo, conhecia a História Universal como
ninguém no seu tempo em nossa terra, tanto é assim que foi aprovado plenamente nos
exames gerais da Diretoria Geral de Instrução do Brasil de agosto de 1895, antes citado.
Foi diretor espiritual do Seminário Nossa Senhora da Conceição, substituindo entre
fevereiro e março de 1901, na Capital da Paraíba. Ele era um autodidata da história do
mundo ou história da humanidade, compreendida como sendo os registros dos feitos do
homo sapiens na terra, a partir do momento que o homem adquiriu capacidade para fazer
os registros de sua vida através da escrita. É justamente o marco divisório da história a
pré-história, onde o homem na terra e ainda não tinha capacidade necessária para fazer os
registros de seus próprios acontecimentos. Essa era a praia em termos de conhecimentos
acadêmicos do vigário mencionado. E diante de sua experiência edificadora de sempre
construir e reformar prédios de capelas e igrejas por onde passou, bem como por ter
convivido com a elite acadêmica e eclesiástica do Seminário de Belém do Pará, onde foi
reitor e bem assim na condição de diretor do Colégio Pio X, na Capital da Paraíba. Com
coragem e apoio dos fies, fez elaborar o projeto arquitetônico arrojado para ampliar e
embelezar a capela de Santa Rita em 1929 e que em 1939 foi elevada a categoria de Igreja
Matriz de nossa cidade. Infelizmente, Monsenhor Abdon Melibeu, faleceu vítima de enfarte
fulminante, em 9 de agosto de 1931, tendo apenas modificado a parte interna da atual
Igreja Santuário, menos o altar mor e a torre. O idealista e reformador de nossa principal
casa de oração católica, despertou na população a devoção através de procissões,

564
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

verdadeiras romarias trazendo material de construção para os serviços de reforma da então


capela de Santa Rita de Cássia a seu pedido em suas pregações e peregrinações, exemplo
cristão de verdadeiro sacerdote, sempre projetando e executando com os poucos recursos
adquiridos através de doações dos fies e romeiros, onde o padre e o povo: “Caminhantes,
não há caminhos. Faz-se o caminho ao andar”, conforme enfoca o poeta espanhol Antônio
Machado7. Diante de seu trabalho diuturno, de orações, de perseverança, e de
honestidade, pois, passou dez anos aqui como vigário e não aderiu aos “coronéis” da vida
social e política local. O ministério de Monsenhor Melibeu, era trabalhar e converter almas
para o catolicismo. Diante das calúnias criadas e divulgadas sem autoria no seio da
comunidade católica de Santa Rita, depois da festa da padroeira de 1931, o fez refletir os
ensinamentos de Sócrates, que afirma que calúnia é uma meia verdade, um sofisma de
construção inteligente que induz ao erro a quem é dirigido, conforme enfoca Péricles, pois,
uma afirmação falsa, desonrosa e desconexa a respeito de alguém (no caso em tela
Monsenhor Melibeu) ou algo como programa e ou projeto de governo ( gestão pública ou
privada ), mortos e ou acabados com o decurso do tempo, que uma vez se adiciona a uma
ação verdadeira, criando assim um dilema, ou seja uma mentira repetida passa a ser
verdadeira. E isso o deprimiu demais, não sabia o sacerdote a quem chamar para pedir
explicações, os acusadores o faziam no disse me disse, nunca provaram nada contra ele. O
certo é que o deprimiu bastante, ficando debilitado e pensativo, o que vale enfocar que
Platão do alto de seu saber filosófico, entende isso pela prática de um fato determinado,
definido da realidade para com um crime e tudo isso é uma contradição embutida ou
imposta via imposição de reflexão difícil de ser elucidada tendo em vista que foi feita de
má-fé. O certo que é ele faleceu aos 52 (cinqüenta e dois anos) de idade. Até hoje a
comunidade católica de Santa Rita nada comprovou contra Monsenhor Melibeu a tal
respeito, conforme os escritos de Jaime Gonçalves do Nascimento, Waldemar de Carvalho
Lelis e Lapemberg Medeiros, diretores e autores do Anuário Informativo do Município de
Santa Rita, publicado em 1937 e publicação única do gênero nas décadas 30, 40 e 50 do
século. O que nos leva a crer que foi realmente um falso testemunho tal calúnia. Corrobora
com essa tese o que escreveu Lapemberg Medeiros, em 1948 (manuscrito), onde justifica
que “desempenhou Mons. Melibeu uma administração fecunda e honesta, revela-se um
dirigente incansável”, e se não bastasse tal convencimento conclui dizendo que: “apesar do
seu singular retraimento pouco frequentando os meios sociais e conservando-se sempre
distanciado da política, das lutas partidárias”. Assim ele era um gestor ético e afinado com
os compromissos com sua igreja e seus fies. É evidente de que os possíveis conteúdos
mentais observados em Monsenhor Melibeu, são passiveis de ser algo psicológico
(introspecção/autoconhecimento de si mesmo), podemos citar: a crença, a imagem mental,
a memória ( visual, auditiva, olfativa, sonora, tácteis), as intenções, as emoções e o próprio
conteúdo do pensamento: conceitos, raciocínios, associações de idéias. E isso já fazia 17
(dezessete) anos do falecimento do referido Melquisedeque ou rei de Salém8. É importante
mencionar de que o periódico “PHENIX”, sob a direção de Floriano Mendes e Sebastião
Castelo Branco, circulou em Santa Rita de 1930 a 1937 “em todas as festas,
principalmente, natal, ano novo e nossa senhora Santa Rita”, segundo nos informa o
Anuário Informativo de Santa Rita (1937), e o mesmo é omisso no que se refere a calúnia
que fizeram contra Monsenhor Melibeu, que o levou a enfartar em menos de noventas dias
do fim da festa da padroeira no ano de 1931. Ele teve como primeiro sucessor na freguesia
de Santa Rita de Cássia a partir de 09 de agosto de 1931, pelo Monsenhor Francisco
Severino de Figueiredo, natural de Caicó, Estado do Rio Grande do Norte (1872-1936),
então vigário interino da Paróquia de Nossa Senhora das Neves, além de professor do Liceu

565
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Paraibano, membro do Instituto Histórico e Geográfico da Paraíba e professor e diretor do


Colégio Pio X, em João Pessoa. Na realidade Monsenhor Figueiredo passou pouco tempo
respondendo interinamente pela freguesia de Santa Rita. Foi sucedido pelo Monsenhor
Rafael de Barros Moreira, nascido em 1897 e falecido em 1975, em João Pessoa/Paraíba.
Monsenhor Rafael como os paroquianos o chamava, esteve como vigário presente e
enérgico entre nós de 15 de novembro de 1931 a 1963. Ao tomar posse como vigário de
Santa Rita deu continuidade ao sonho de Monsenhor Melibeu, edificando o altar mor e a
torre de nossa matriz santuário, cuja obra ficou concluído no dia 26 de outubro de 1932 e
inaugurada solenemente no dia de Todos os Santos, inclusive de Nossa Senhora do
Rosário, 1º (primeiro) de novembro de 1932. Estiveram presentes as autoridades
constituídas locais e estaduais, bem como Monsenhor Francisco Severino de Figueiredo,
que lhe antecedeu na referida freguesia, entre agosto a novembro/1931. O relógio sineiro
foi inaugurado em 1934, tecnologia moderna para época que serve de ponto de orientação
e informação a população santaritense até os dias atuais. Além do mais Monsenhor Rafael
projetou e executou a construção da gruta ao lado da matriz e fez escrever sobre a
mesma: “Eu sou a Imaculada Conceição”, cujo dístico já não existe mais nos dias atuais.
O escritor e cronista Lapemberg Medeiros de Almeida(1948) nos informa que
Monsenhor Abdon Melibeu faleceu em 26 de outubro de 1931, infelizmente isso não é
verdade, tendo em vista que Monsenhor Rafael de Barros Moreira, vigário definitivo de 15
de novembro de 1931 a 1963, no Livro Tombo da Freguesia de Santa Rita, página 53
(cinquenta e três) escreveu de próprio punho em suas anotações de que foi 09 (nove) de
agosto de 1931, a data do falecimento do mesmo. Um fato nos chama atenção, o Padre
Abdon Odilon Melibeu Lima, estava vigário na Vila de Santo Antonio do Piancó em 1901
quando pediu a Dom Adauto, bispo da Paraíba para lhe transferir para outra freguesia, foi
transferido para Martins/RN, lá ele também construiu e inaugurou a Igreja matriz, assim
sendo, ele se livrou da “Coluna Prestes” (fevereiro/1926), que trucidou o Padre Aristides
Ferreira da Cruz e seus seguidores, porém, quando vigário da freguesia de Santa Rita de
Cássia, morreu de enfarte fulminante tendo em vista uma calunia levantada contra si
envolvendo o desvio do dinheiro da festa da padroeira relativo ao 22 de maio de 1931.
Em síntese, Monsenhor Abdon Odilon Melibeu, é um benfeitor da comunidade
católica de Santa Rita, teve a coragem de enfrentar todos os obstáculos presentes e
ausentes, inclusive colou em risco sua própria vida, tendo em vista que foi vítima de
calúnia que jamais fora comprovada sua veracidade. É o que podemos deduzir que o
referido sacerdote foi vítima de uma minoria atrasada e sempre presente nos meios
comunitários de nossa civilização. Nada fazem e ficam com raiva de quem projeta, acredita
e faz acontecer. Tanto é assim que a as irmandades da freguesia de Santa Rita,
juntamente com Monsenhor Rafael de Barros Moreira, o camareiro do papa, homem de
fibra moral e de capacidade administrativa enfrentou tudo e todos e fez realizar na integra
o projeto originário do sonho sonhado em refazer em estilo artístico arquitetônico o nosso
maior templo católico na terra de todos nós, além de conceder-lhe a honraria de expor o
seu retrato em um dos corredores da referida igreja. O saudoso Monsenhor Melibeu é
sempre lembrado e homenageado pelo povo santaritense, tendo em que o poder público
municipal já prestou várias homenagens, dentre as quais: uma rua e uma praça em nossa
cidade.

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

CAPÍTULO XI
CENTENÁRIO DE SEBASTIÃO JOSÉ DE AGUIAR
Um homem é ético quando ajuda toda forma
de vida e evita ferir toda a coisa que vive.
Albert Schwetzer

Sebastião José de Aguiar, também conhecido por Sebastião Vieira, tendo em vista
erro do cartório ao fazer o seu registro de nascimento, que em vez de escrever:
SEBASTIÃO JOSÉ VIEIRA DE AGUIAR, escreveu: SEBASTIÃO JOSÉ DE AGUIAR, nascido em
31 de Janeiro de 1913, falecido em 01 de setembro de 1991 e se encontra sepultado no
Cemitério Santana, em Santa Rita/PB e que em 31/01/2013 foi comemorado o primeiro
centenário de seu nascimento, natural de Pilar/Paraíba (na época de seu nascimento o
Engenho Coité, de propriedade de seus pais, pertencia parte a Pilar, parte a Cruz do
Espírito Santo e parte a Mamanguape, o povoado de Sapé, só foi emancipado em 01 de
dezembro de 1925, filho de João José de Aguiar e Josefa Maria da Conceição Vieira de
Aguiar, ambos sepultados no Cemitério Santana, em Santa Rita/PB. São irmãos de pai:
Maria José de Vieira de Aguiar Monteiro, (Maria Augusta), casada com Augusto Monteiro,
primeiro escrivão de policia ex-Juiz de Paz da Comarca de Sapé/PB; Severina Vieira de
Aguiar Fernandes, casada com Pedro Bento Fernandes; Joaquim Vieira de Aguiar, casado
com Maria José de Aguiar e Antonio Vieira de Aguiar, casado com Cicera Vieira de Aguiar.
Todos já estão na eternidade. Meu pai casou-se em 16 de junho de 1951, na cidade de
Sapé/PB com Maria do Carmo Gomes de Melo, nascida em 19 de abril de 1920, natural de
Cruz do Espírito Santo/Paraíba, falecida em 22 de dezembro de 1996 e sepultada no
Cemitério Santana, em Santa Rita/PB, que adotou o nome após o casamento de Maria do
Carmo Melo Aguiar, filha de Manuel Gomes de Melo (filho de Antonio Gomes C. de Mello e
Isabel Carneiro da Cunha Mello) e Emilia Francisca Pereira de Meireles (filha de Antônio
Coelho de Meireles e Diamantina Virgulina Ferreira Pereira). Minha mãe tem os seguintes
irmãos: Rosa Gomes de Melo (nasceu, viveu e faleceu moça donzela), Antônio Gomes de
Melo (casou-se com Ana de Melo), José Gomes de Melo (casou-se com Rosa Procópio de
Melo, sobrinha de meu avô materno), Francisca Gomes de Melo (casou-se com Joaquim
Gonçalo Pessoa), Maria das Graças Gomes de Melo, dona Doninha, (casou-se com João
Luiz de França, conhecido por João Frade), Maria Hermenegidia Gomes de Melo (casou-se
com Antônio Procópio Guedes, sobrinho de meu avô materno), Severino Gomes de Melo
(foi ex-combatente da Segunda Guerra Mundial), Augusto Gomes de Melo (casou-se com
Maria Lita Inácio), João Gomes de Melo (casou-se com Lindalva Pereira de Melo), Josefa
Gomes de Melo (casou-se com Severino Santana Cavalcanti), Anália Gomes de Melo
(casou-se com José Procópio de Melo, sobrinho de meu avô materno), Sebastião Gomes de
Melo (casou-se com Ana Procópio de Melo, sobrinha de meu avô materno). Os meus avós
paternos estão sepultados no Cemitério Santana, em Santa Rita/PB, e os avós maternos
estão sepultados no altar da Imaculada Conceição, na Igreja de Nossa Senhora do
Desterro, zona rural de Cruz do Espírito Santo/Pb.
É importante mencionar de que do casamento de Sebastião José de Aguiar e Maria
do Carmo Melo Aguiar, nasceram os filhos: Francisco de Paula Melo Aguiar (casado com
Severina Bezerra da Silva Melo Aguiar); José Vicente de Aguiar (casado com Eudezia Ponce
de Leon Aguiar); José Antonio de Aguiar (casado com Maria Eunice Silva), Maria de Fátima
Melo Aguiar (primeira – in menorian, nascida em 1954 e falecida em 1956 e sepultada no

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Cemitério Nossa Senhora da Assunção, em Sapé/Paraíba); Maria de Fátima Melo Aguiar


(segunda-in memorian, nascida em 1959 e falecida em 1960 e sepultada no Cemitério
Santana, em Santa Rita/PB) e Maria Anunciada Melo Aguiar (in memorian, nascida e
falecida em 1962, sepultada no Cemitério Santana, em Santa Rita/PB). É importante
mencionar de que antes do casar-se na forma da lei de Deus e dos homens, ele foi pai
solteiro de Maria do Carmo Vieira de Aguiar (casada com Antônio Rodrigues de Medeiros
Neto); Josefa Maria Vieira de Aguiar Neta (casada com Djalma Panta); Luiz José de Aguiar,
(in memorian, casado com Maria da Penha Aguiar); João José de Aguiar Neto (casado com
Domingas do Espirito Santo Aguiar); Antonio José de Aguiar (in-memoriam, casado com
Rosilene de Paula), todos filhos da senhora Minervina Maria Adolfo de Jesus, falecida em
13 de abril de 1991 e sepultada no cemitério de Sapé/PB. O que vale dizer por analogia de
que “não há barreiras que o ser humano não possa transpor” e até porque “nunca se devia
engatinhar, quando o nosso impulso era voar”, no dizer da pensadora Helen Keller², de
modo que assumiu a responsabilidade paternal integral com menos de dezoito anos de
idade. Pai e amigo extremoso. Em 05 de janeiro de 1964, meus pais me ajudaram a fundar
o COFRAG – Colégio Francisco Aguiar, colocando a minha disposição três pequenas salas,
anexas a nossa residência à Rua Eurico Dutra, nº 61 – Bairro Popular – Santa Rita – Pb,
portanto, eles são igualmente fundadores comigo do referido colégio, pois, eu tinha apenas
12 anos de idade incompletos e estava iniciando a segunda série do curso ginasial, surgiu
daí a ideia do menino professor que falam os historiadores João Ribeiro Filho e Martha
Falcão, em seus escritos.
O meu pai nasceu, viveu e morreu agricultor, homem de poucas letras, sempre teve
uma gleba de terra de sua propriedade, nunca foi empregado e ou morador de ninguém.
Pensava e falava o que queria. Viveu em harmonia com todos conhecidos. No tempo das
eleições votava em quem ele queria, não obedecia à orientação oligárquica de quem quer
que fosse. Católico de batismo e freqüentador das principais festas de sua religiosidade
com sua esposa e filhos. Jamais viveu debaixo de batina de padre. Viveu sendo dono de
seu nariz com seu perfil forte, meigo e sereno. Fuxico do disse me disse com ele, não
vigorava. Para ser amigo do meu pai tinha que não trazer-lhe fuxico de vida alheia, que o
caso fosse verdade e ou mentira. Estudou pouco, desenhava o nome dele, porém, sabia as
quatro “peças” de contas, o motivo de que ter estudado pouco se deu em virtude do
falecimento prematuro de sua mãe Josefa Maria da Conceição Vieira de Aguiar, aos trinta e
dois anos de idade, vítima de câncer em suas mamas em 1922, quando ele tinha apenas
nove anos de idade e seu pai João José de Aguiar, entendeu que não devia contrair
segundas núpcias, não queria dar madrasta aos filhos, porque tinha amor e ainda guardava
respeito à memória de sua honrada mulher. Naquele tempo rapazes e moças estudavam
pouco e se casavam cedo. A Faculdade mais perto era a do Recife, a Paraíba ainda não
tinha Faculdade, pois, somente na década de 50 do século XX foi que o Governo José
Américo de Almeida, fez implantar as primeiras escolas superiores na terra dos Tabajaras.
Meu avô permaneceu viúvo até o final de sua vida. Educou seus filhos: Antônio, Joaquim,
Sebastião e Severina, todos Vieira de Aguiar, através do espírito forte de sua filha
primogênita Maria José Vieira de Aguiar, dona Maria Augusta como era chamada por todos
no Engenho Cuité e/ou Coité, Município de Pilar até 01 de dezembro de 1925, quando Sapé
teve sua emancipação política e a posse do primeiro prefeito nomeado, o Coronel Gentil
Lins Vieira de Mello. Todos foram alfabetizados por meu avô e por minha tia Maria Augusta.
Os Vieira de Aguiar professavam a religião católica, viviam com boas condições financeiras,
tinham empregados e tiveram escravos durante o período negro da historicidade brasileira
que terminou em 13 de maio de 1888. De modo que meu pai sempre serviu de exemplo

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

para seus filhos, sua imagem como homem e como pessoa ainda estar presente na
memória de seus descentes. Honesto e trabalhador por convicção, jamais deixou de
cumprir com suas obrigações com ricos e ou com pobres. A sua maior herança é sua
honradez de homem simples com o coração de anjo e capaz de ajudar aos seus
semelhantes em suas dificuldades materiais e temporais. Quando jovem, pensou como
ancião e quando velho agiu com todas as forças de sua juventude, quando abria sua boca
de homem de poucas letras, falava melhor em versos e em prosas que qualquer filósofo e
ou sábio da antiguidade e ou da modernidade. A sua escola ideológica se fundamentava na
sinceridade e honestidade. Quando se falava em cultivar a terra, ele sempre procurava
desvendar sem magia os seus segredos advindos da natureza, tendo em vista que não
freqüentou a Escola de Agronomia, porém, sabia mais que ninguém adubar a terra para
essa e ou aquela cultura que vai ser ali plantada. Não era santo, porém, obrava milagres
entre seus amigos e compadres de todas as classes sociais de que fez parte. Orgulho com
ele, isso nunca existiu. Homem de barriga cheia e de bons costumes. Viveu integrado com
seus familiares e com seus conhecidos, respeitando a todos e se fazendo respeitar. Sua
conduta sempre foi uma conduta inabalável, jamais deu trabalho à polícia e ao Poder
Judiciário. Nunca foi preso e ou processado. Enquanto homem, esposo, pai, tio, sogro,
genro, cunhado e amigo, ele é um exemplo pra seus descendentes copiar sua retidão de
compromisso e dedicação. Generoso ao extremo para com seus familiares e amigos.
Homem honrado e distinto em sua integridade pessoal e profissional. Agricultor de mãos
limpas. No Sapé ele foi dono até 1956 de um sítio encravado no antigo Engenho Conceição.
Comprou em 1956 o sítio Pajuçara na Fazenda Maraú, lugar que servia de divisão territorial
para os atuais municípios: Sapé, São Miguel de Taipu, Sobrado e Cruz do Espírito Santo/PB.
Até que tentou permanecer até o final de sua vida em tal localidade, porém, com a
fundação da Liga Camponesa, motivo pelo qual foi assassinado o líder João Pedro Teixeira,
em 02 de abril de 1962, na rodovia estadual que liga Sapé, na localidade de Anta do Sono,
perto da região onde ele vivia e oferecia trabalho há mais de cem homens no cabo da
enxada, resolveu vender o Sítio Pajuçara do Maraú e fixar residência definitiva em Santa
Rita, onde já possuía casa residencial desde a década de 50 do século XX, atividades
comerciais e uma granja encravada na Fazenda Tibirizinho, de sua propriedade. E além do
mais, aconselhado por minha mãe que queria fazer com que os três filhos continuassem
seus estudos secundários e quiçá universitários. Época em que conclui o curso primário na
Escola Elementar Mista do Engenho Itapuá, sob a direção da professora Beatriz Lopes
Pereira, e tinha que iniciar a primeira série do curso ginasial na capital. O sonho idealizado
por meus pais, resultou no fato de dois de seus três filhos, concluírem mais de um curso
superior e bem assim mestrados e doutorados em áreas interdisciplinares do conhecimento
humano. O lócus principal da passagem dele no seio de sua família se resume em afirmar
de “as atitudes são muito mais importantes do que os fatos”, no dizer do cientista
Alexander Fleming, descobridor da “penicilina” em 1928 e Prêmio Nobel de Medina em
1945 e que doou todo o dinheiro recebido para patrocinar a formação de futuros médicos.
Tenho na memória a ida dele ao Palácio da Redenção, em 1962, as pressas, ele e minha
mãe foram falar com o então Governador Pedro Gondim, para pedir-lhe que mandasse
soltar alguns de seus trabalhadores rurais que tinham sido presos pela Polícia Militar
Estadual, localizada em Sapé, ato contínuo de perseguição política e de repressão, após a
morte do líder da liga camponesa João Pedro Teixeira, no período que se seguiu a abril de
1962, dentre os quais Zé Burinete, negro sonhador e de poucas letras que pregava a
reforma agrária naquele tempo nas reuniões campesinas, muitas vezes no próprio roçado,
local do trabalho diário. O danado do negro não sabia ler e muito menos escrever, jamais

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

ele entenderia a diferença ideológica de ser socialista e ou de ser capitalista, ele queria
apenas um pedaço de terra, coisa parecida com os atuais “sem terra”. Por isso foi preso e
levou uma surra, não apanhou mais porque teve a intervenção de papai junto ao
Governador do Estado. É bem parecido com o pensamento de Martin Luther Kin, quando
menciona que “aprendemos a voa como pássaros, a nadar como peixes, mas não
aprendemos a conviver como irmãos”. Poucas são as pessoas que tem o que se manter
com seu grupo familiar e que faz reflexão em favor de quem nada tem para comer, beber,
residir, etc. O meu pai é a figura arquetípica de todos os meus sonhos sonhados, a ele a
minha eterna gratidão em ser seu filho. Meu pai não tinha formação acadêmica, porém,
sobrava-lhe bondade pessoal e emocional, tendo em vista que “não existe verdadeira
inteligência sem bondade”, porque ele nasceu, viveu e morreu no campo, plantando e
colhendo tudo que a terra dar, a zona rural, lá na Granja Tibirizinho, foi o local onde ele
viveu seus últimos anos de vida e de sonhos realizados e não realizados, porque mesmo
não sendo um cidadão letrado, tinha conhecimento e ciência própria por analogia que
“aqui, a surdez incomoda menos que em qualquer outro lugar, e as árvores parecem me
falar de Deus”, conforme afirmação de Beethoven, o grande músico surdo e sonhador de
seu tempo. Por tudo isso e muito mais que se a memória não me falhar. O primeiro
centenário de seu nascimento foi comemorado com a celebração da Santa Missa, no
Santuário de Santa Rita de Cássia, contando com a presença de seus filhos, netos,
bisnetos, tataranetos e demais familiares e amigos no dia 31 de janeiro de 2013, tendo
como celebrante o dinâmico Padre Ildemberg Campos, Reitor do referido santuário do povo
de Santa Rita. Obrigado a meu Deus por puder escrever e publicar o presente artigo
relatando a origem genealógica e centenária da passagem de meu pai sobre a terra.

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

CAPÍTULO XII
TEIXEIRA, O CIDADÃO E O HOMEM PÚBLICO
Quando tomamos consciência de nosso papel,
mesmo o mais obscuro, só então somos felizes. Só
então podemos viver e morrer em paz, pois o que
dá um sentido à vida, dá também um sentido à
morte”.
(Terra dos Homens)

Em 23 de julho de 2012, a historiadora Martha Maria Falcão de Carvalho e Morais


Santana, membro do IHGP – Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, lançou o concurso:
“Teixeira, o cidadão e o homem público”, parte integrante do centenário de nascimento de
seu genitor. Inicia sua justificativa dizendo que o espírito desacomoda e inquieto, sempre
em busca de justiça social, qual um D. Quixote do século XX, enfatizando que Antônio
Aurélio Teixeira de Carvalho, filho dos proprietários rurais Francisco Ferraz de Carvalho e
de Antonia Augusta Teixeira de Carvalho, nascido no então povoado de Fagundes, do
Distrito de Lucena, município de Santa Rita, Estado da Paraíba, em 23 de julho de 1912,
onde afirma que ele teve sempre a sua vida marcada por perseguições, ameaças de morte
e até mesmo prisões, por defender injustiçados e excluídos, em constante confronto com
os potentados, contra os donos do poder.
Nos informa que ele ficou órgão de pai e mãe, quando tinha apenas nove e onze
anos, respectivamente. Que estudou o curso primário em Santa Rita, na Escola do
Professor Amaro Gomes Ferraz, primo de seu avô paterno, o Coronel Joaquim Peregrino
Ferraz de Carvalho, o popular: Coronel Quinca Marcelino, o principal chefe político da zona
rural de Santa Rita, além de vereador, por cinco mandatos na chamada primeira República.
Enfatiza de que seu pai para estudar teve que vir residir quando jovem na companhia de
seu padrinho de batismo, Monsenhor Abdon Odilon Melibeu Lima, então Vigário da
Freguesia de Santa Rita de Cássia, onde ajudava nas missas diárias como coroinha,
juntamente com o jovem Emídio, futuro padre Emídio Viana, educador de projeção na
cidade de Campina Grande e do jovem Pedro de Mendonça Furtado, que tempos depois,
ingressaria na política municipal de Santa Rita, vindo a ocupar o cargo de vice prefeito nas
eleições de 1947. Nos informa também que foi justamente nessa época em seu pai ainda
jovem e residindo na Casa Paroquial de Santa Rita se deparou com o caixão de defunto
conhecido pela população de “bate-queixo”, de propriedade da referida paróquia e que era
guardado nas dependências da referida matriz, que era emprestado para levar o corpo de
defunto pobre de sua casa até a sepultura. Essa era a prática cultural das pessoas
indigentes e/ou sem recursos para comprar ataúde para ser sepultado em nossa terra até
então. Quando o cortejo fúnebre chegava ao cemitério, o corpo era jogado na sepultura
para ser enterrado e o bate-queixo era trazido para o seu lugar nas dependências da matriz
para aguardar o próximo corpo a ser sepultado. Isso era cena comum e diária. Tal cena
ficou gravada na mente de Antônio Teixeira, de modo que quando foi eleito prefeito de
Santa Rita em 1958 e empossado em 1959, o seu primeiro ato foi extinguir o bate queixo
em âmbito territorial de Santa Rita, além de garantir a doação de caixão decente a
população carente e/ou necessitada.
O Monsenhor Abdon Odilon Melibeu Lima, faleceu em 9 de agosto de 1931, quando
Antônio Teixeira passou a residir em João Pessoa, na casa do Professor Amaro Gomes

571
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Ferraz, seu parente, para prosseguir nos estudos do curso ginasial no Liceu Paraibano. Na
capital da Paraíba, arranja o primeiro emprego na empresa Great-West, como estafeta,
pessoa encarregada de entregar a correspondência oficial no Palácio da Redenção, assim
sendo, ele teve seus primeiros contatos com a ideologia instituidora da Aliança Liberal.
Menciona também em seu relato de que seu pai ao rebentar a Revolução de 1930,
contrariando sua tutora Dona Paula de Carvalho Teixeira – Dona Popola e seus irmãos:
José Nicodemos, Luiz Gonzaga, Maria Emilia e Ana Carolina, alista-se como voluntário e
parte para o Recife, de onde regressa em virtude da vitória do movimento. Ato continuo,
agora desempregado e tendo concluído o curso ginasial por decreto, emprega-se no
almoxarifado da Fábrica de Tecidos Rio Tinto, pertencente ao Grupo Lundgreen, onde logo
participa com outros operários idealistas de várias reuniões secretas para a fundação do
Sindicato Têxtil daquela empresa. Assim sendo, é apontado como um dos líderes do
movimento, é ameaçado de morte pelos capangas da indústria de tecidos e foge para
Fagundes, onde reabre a mercearia e loja de tecidos e ferragens de seu pai, ocasião
também em que conclui a construção da casa de seus pais, que ficou inconclusa desde
1922, quando do prematuro falecimento de seu genitor. Ressalta ainda, de que a distância
dos irmãos e da tia e já com seu avô falecido desde 1926, sente o peso da solidão e
resolve aos vinte e um anos de idade iniciar sua própria família. No final de julho de 1933,
casa-se com sua prima Antonia Pessoa de Carvalho, moça vocacionada para o magistério,
portadora de certa cultura que sabia escrever modas e poesias. Deste casamento nasceram
os seguintes filhos: Terezinha, falecida aos oito meses de difiteria; José Micodemus, Nanci
e Vicentina, que também ficaram na orfandade, aos seis, cinco e três anos de idade,
respectivamente, depois da mãe agonizar sem esperança em 1943, vítima de tuberculose,
mal incurável na época da história de nossa gente.
Na gestão do interventor Argemiro de Figueiredo, logo no inicio de 1937, Antônio
Teixeira, assume o terceiro emprego de sua vida e o segundo cargo público, ao ser
nomeado inspetor de ensino encarregado das escolas da zona rural do município de Santa
Rita, via a nomeação da lavra do Monsenhor Pedro Anísio Dantas, então Diretor de Ensino
da Paraíba, algo semelhante ao cargo de secretário estadual de educação na atualidade.
Valendo salientar de que em 1935, ele fundou com sua esposa, uma escola noturna de
alfabetização na Colônia de Pescadores, trabalho voluntário e sem remuneração.
E a saga historiográfica de Antônio Teixeira, na versão de sua filha, nos informa de
que em abril de 1944, um ano após sua viuvez, com três filhos pequenos, ele se casa em
segundas núpcias com Dona Isaura de Souza Falcão, sobrinha do poeta Américo Falcão, de
família tradicional de Lucena, com quem teve os seguintes filhos: Martha, Raquel, Abraão e
Sônia. E sintetiza que o mesmo teve morte prematura em 11 de janeiro de 1980 e
encontra-se sepultado no Cemitério Santana, em Santa Rita.
Em 1945, terminou a Ditadura Vargas e teve inicio o processo de redemocratização
nacional, Antônio Teixeira se filia ao PSD – Partido Social Democrático, ao lado dos
correligionários Rui Carneiro e Diógenes Nunes Chianca, esse seu vizinho de propriedade
rural na área das praias de Fagundes e Nossa Senhora da Guia. É importante mencionar
de que Teixeira rompeu em 1945 com Diógenes Chianca, porque o seu capatar e/ou
administrador Bastos Lisboa, da Fazenda Guia, deu uma surra em um morador seu que
fora apanhar em terreno de marinha, porém, explorado por Chianca, umas palhas de
coqueiro e cipós, para construir sua casa. E aí aparece David Falcão que diante do
rompimento com o PSD, o convida a ingressar no PCB – Partido Comunista Brasileiro, se
filia e se candidata a deputado estadual, obteve apenas 72 (setenta e dois) votos, sendo

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

eleito o único deputado estadual do PCB o advogado João Santa Cruz de Oliveira, seu
fraternal amigo por toda vida, conforme menciona a filha mencionada do biografado.
A convite do industrial e político Flávio Ribeiro Coutinho, se filia a UDN – União
Democrática Nacional em 1947, quando apoio e ajudou eleger Flávio Maroja Filho, prefeito
e Pedro de Mendonça Furtado, vice prefeito de Santa Rita, valendo salientar, segundo a
filha do ora biografado, que o êxito dessa disputa só foi possível, graças aos votos da zona
rural de Santa Rita, onde a liderança de Teixeira era inconteste. Esclarece também de que
através de seu cunhado e correligionário, o vereador Octávio de Souza Falcão, na condição
de Presidente da Câmara Municipal de Santa Rita, via requerimentos, conseguiu a
construção de duas escolas, sendo uma em Fagundes e outra em Lucena, envolvendo
verbas federais, estaduais e municipais, cujas unidades escolares foram inauguradas em
1949, pelo governador Osvaldo Trigueiro de Albuquerque Melo. Ressalta também de que o
prefeito Antenor Lopes Falcão, assinou ato denominando de Escola Municipal de Ensino
Fundamental Antônio Aurélio Teixeira de Carvalho, em Fagundes, sua terra natal.
E a saga envolvendo ainda seqüelas da derrota de Diógenes Chianca/PSD, chega até
1949, quando Teixeira e sua família, sofre um atentado através de uma bomba de alto
poder explosivo, colocada no alpendre vizinho aos quartos de sua casa residencial e que foi
apagada por uma chuva enviada de madrugada pela Providência Divina. Tal acontecimento
foi divulgado na imprensa local e estadual, além do inquérito presidido pelo delegado
Azulão, de Santa Rita, varias foram as diligências policiais e os responsáveis nada sofreram
na forma da lei criminal brasileira.
Em 1950, Antônio Teixeira é nomeado Fiscal Geral de Tributos Municipais de Santa
Rita, época em que encontrou os pesos do mercado municipal adulterados, o que
desencadeia intensa fiscalização e bem assim o aplauso da imprensa e da edilidade, e
muitas ameaças de morte também. A partir de então a população deixou de ser lesada,
tanto é assim que nas eleições de 1951, ele é eleito o terceiro vereador mais votado de
Santa Rita, cujo feito foi repetido no quatriênio posterior. Através de requerimento de sua
autoria, consegue com o prefeito João Raposo Filho, levar a eletrificação a diesel ao Distrito
de Lucena e ao povoado de Fagundes.
E o depoimento informal de Martha Falcão, dissertando sobre o que vivenciou com o
seu pai, menciona que “para as eleições de 1955 a 1958, deu-se a coligação da UDN,
sendo aprovada a chapa de conciliação, tendo como vencedores, o médico João Crisóstomo
Ribeiro Coutinho e o panificador Euclides Bandeira de Souza, saindo eleito ao governo do
Estado, o usineiro Dr. Flávio Ribeiro Coutinho, tendo como vice governador Pedro Moreno
Gondim”, e assim ele “com seu segundo mandato de vereador, começa a discordar do
descalabro administrativo da então gestão municipal, culminando com total rompimento,
em 1956, quando o prefeito pretendeu monopolizar a venda de carne verde do mercado,
beneficiando seu protegido, o senhor Manoel Alves de Oliveira (Nequinho), em prejuízo dos
outros marchantes”, tanto é assim que “seus discursos na Câmara foram tão contundentes
que ganharam manchetes nos jornais da capital e nas palavras do advogado Renato
Teixeira Bastos: “eram verdadeiras Catilinárias em defesa do povo”. E assim sendo, sofreu
em tal período muitas agressões covardes, chegando mesmo a ser agredido fisicamente,
mas não recuou, desabafa a informante com os olhos cheios de lágrimas, tendo em vista
que ela presenciou no corpo e na alma a trajetória de seu genitor em Santa Rita.
Diante de tais fatos, desliga-se da UDN e filia-se ao PSB-Partido Socialista Brasileiro,
lá permanecendo até o golpe militar de 31 de março de 1964. O PSB fez coligação do PSD
de Santa Rita, teve inicio a campanha para as eleições municipais de 1959, com o apoio do
deputado estadual Heraldo da Costa Gadelha, do senador Rui Carneiro e do deputado

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

federal José Joffily Bezerra, além dos operários da Fábrica Tibiri, do distrito de Bayeux e da
população em geral, assim sendo: “elegeu-se prefeito de Santa Rita, tendo como
companheiro de chapa, Lourival Caetano de Lima, derrotando o candidato das usinas, o
banqueiro João Raposo Filho, na famosa campanha do “tostão contra o milhão”, e quando
no município a oposição elegeu o primeiro prefeito desde a fundação da cidade”, é o que
nos informa Martha Falcão, 23/07/2012.
Em seu relato circunstanciado a informando menciona ainda que “mesmo não tendo
maioria na Câmara, que votava contra até mesmo as mensagens de aumento do
funcionalismo público, fez uma gestão voltada para as necessidades de seu povo” e
continua afirmando que “preocupado com os desassistidos, organizou a assistência social
do município, mantendo convênios com os Hospitais Padre Zé, São Vicente de Paula, Santa
Isabel, Instituto dos Cegos e Instituto São José (escola profissionalizante),
subvencionando-os e para lá transportando os doentes sem assistência da previdência e
custeando cursos profissionalizantes para estudantes carentes”, sem recursos federais e ou
estaduais, “logo no inicio de sua profícua gestão, adquiriu com recursos próprios, uma
ambulância, não sem antes pioneiramente, abrir a estrada ligando Lucena a Santa Rita,
ocasião em que inaugurou a assistência médica-odontológica ambulante, assistindo
semanalmente a zona rural do município”, metodologia atualmente inexistente no tocante a
maneira de atender a nossa gente da zona rural, tendo inclusive avançado em sua visão de
saber administrar e administrar bem, isso é possível ao saber que “foi também pioneiro do
transporte rodoviário, inaugurando a empresa rodoviária Santo Antônio, que por muitos
anos prestou relevantes serviços à população de Lucena e Santa Rita, além de construir a
primeira estação rodoviária da cidade”, trata-se portanto, daquele lugar abandonado pela
atual gestão que ainda serve precariamente como ponto dos ônibus que leva o povo de
Santa Rita à João Pessoa, na rua Venâncio Neiva. E o desabafo em termos de informante
ocular da filha do ex-prefeito, faz lembrar ainda que “reorganizou e ampliou a educação
rural e urbana do município, além de fornecer passagens aos que vinham da zona rural
cursar o ginásio na cidade”, quando faz voltar o tempo e afirma que “em 1962, graças ao
empenho do deputado federal José Joffily, consegue o SAMDU para Santa Rita,
melhorando significativamente as condições de saúde do município”, enfatizando ainda que
“concluído seu mandato, ovacionado e nos braços do povo, foi também eleito o vereador
mais votado. Já engajado na luta pela sindicalização e direitos do homem o campo,
participou da fundação das Ligas Camponesas de Sapé, Rio Tinto, Mari e Santa Rita, ao
lado dos companheiros: José Joffily, Assis Lemos, Antonio Dantas e Osmar de Aquino”,
assim sendo “com o golpe militar de 1964, avisado pelo seu amigo e delegado Aloísio
Simões que havia recebido ordens de prendê-lo e que deveria fugir, para não ser torturado
em Sapé pelo Coronel Luiz de Barros ou deportado para Fernando de Noronha, respondeu:
“ Quem foge são os bandidos e ladrões. Lutei por um ideal e não vou abandonar minha
família para sofrer humilhações em meu lugar. Eles que venham prender-me em minha
casa”, tanto é assim que foi “preso por duas vezes, respondeu a dois Inquéritos Policiais
Militares, tendo como advogado seu amigo Nizi Marinheiro, tendo sido absolvido em ambos
e em 2010, reconhecido postumamente como anistiado político” pela Comissão da Anistia
do Brasil.
Em 15 de novembro de 1968, em plena ditadura militar, tachado de comunista pelos
adversários e concorrentes em Santa Rita, é eleito prefeito pela segunda vez pela Arena/3,
derrotando todos os três candidatos do então MDB e da ARENA 1 e 2 de nossa terra. É a
consagração popular de sua liderança junto aos mais humildes e “novamente fez uma
excelente administração, notadamente, nas áreas de Educação, Urbanização e Saúde”,

574
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

tanto é assim que “aos dez meses e dias de sua administração, conseguiu com recursos
próprios, em 15 de novembro de 1969, inaugurar o moderno Grupo Escolar Mons. Rafael
de Barros, calçando todo o antigo bairro do Cercado, mudando-lhe o nome para Bairro da
Liberdade, além de restaurar a Praça Amarro Ferraz, que se encontrava em ruínas.
Indagado pela imprensa o porquê da mudança do nome, afirmou que: a liberdade era o
maior bem da humanidade, e que cercado só ficava bem em engenho e fazenda”, foi assim
mesmo com tal espírito de iniciativa e visão ampla que “restaurou todas as escolas
estaduais e municipais da zona rural que se encontravam em ruínas, cedeu prédio
municipal totalmente equipado para o funcionamento da Escola Normal Estadual, além de
triplicar a matricula do município e de habilitar através do Projeto Minerva, todas as
professoras leigas, ao Pedagógico, e no final de sua gestão, todo o quadro do magistério
estava qualificado”. Uma grande conquista sem sombra de dúvidas naquele instante para a
realidade educacional municipal. E informante ocular da vida e obra de Antônio Teixeira
menciona que “respondendo aos anseios dos desportistas de sua terra, construiu o Estádio
Virginio Veloso Borges, que o povo em sua homenagem batizou de Teixeirão. Calçou
grande parte da cidade baixa e a avenida Professor Severo Rodrigues do Bairro Popular” e
disse ainda que “construiu galerias pluviais e pontes na cidade alta e zona rural e fez
instalar um semáforo na Rua Juarez Távora, Av. Anísio Pereira Borges e Pça. João Pessoa”,
tudo isso com recursos próprios.
A Cagega abasteceu a nossa cidade com água em quantidade e qualidade e a Saelpa
foi responsável pela eletrificação urbana e rural do município de Santa Rita, graças aos
convênios assinados em sua administração com o então governador João Agripino Filho,
época em que foram eletrificados o povoado de Forte Velho, o Distrito de Nossa Senhora
do Livramento e o Conjunto Residencial Tibiri I, e além do mais “a política habitacional
também foi uma de suas preocupações administrativas. Com recursos próprios do
município, conseguiu acabar com todas as casas de palha do bairro Popular e bairro de
Santa Cruz (Viração), conseguindo construir galerias pluviais, calçamentos, além do
diuturno serviço de terraplanagem, como evidenciam os fatos de seu arquivo”, sua meta
principal era fazer o povo simples feliz que “em reunião com seu grande amigo, Padre
Paulo Kollen, pároco da cidade, conseguiu doações de terrenos com a bondosa e generosa
D. Lili Santiago, que doou todos os terrenos, onde hoje é o Conjunto Nova Esperança”,
haja vista que “em sistema de mutirão, os beneficiados recebiam da Prefeitura o material
de construção e se responsabilizavam pela mão de obra, sob a supervisão do topógrafo
Manoel Braz, outro grande amigo e colaborador”, e além do mais restaurou todas as praças
da cidade e prédios públicos de nossa cidade.
Em suma, a informante, historiadora e filha de Antônio Teixeira, em seu relato
menciona a dimensão humana da grandeza de seu pai, através da frase: “aqui jaz alguém
que escreveu seu nome sobre a face do céu com letras eternas, amando ao próximo como
a sim mesmo”, escrita sobre o seu túmulo no Cemitério Santana, em Santa Rita, Paraíba.

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

CAPÍTULO XIII
O EPÍLOGO HISTORIOGRÁFICO SANTARITENSE
Em tempo de delação, conte tudo que leu,
pesquisou, viu, ouviu e aprendeu antes que seja
tarde.
Francisco de Paula Melo Aguiar

A colonização da Paraíba teve origem logo após a fundação da Paraíba em 05 de


agosto de 1585, por Frutuoso Barbosa, valendo salientar de que naquele tempo os
portugueses, potiguaras (auxiliadores pelos franceses) e tabajaras viviam em
enfrentamentos e/ou combates freqüentes pela disputa do território do atual município de
Santa Rita.
A origem do termo de Santa Rita vem da criação em 1771 da capela dedicada a
Santa Rita de Cássia e inaugurada em 6 de dezembro de 1776. Assim nasceu o arraial,
povoado, vila e cidade dormitório, epistemologicamente falando, pois desde então a
população nascente, assim o chama, em virtude do acampamento espontâneo constituído
por nativos, colonos, exploradores, grandes e pequenos comerciantes, grandes e pequenos
criadores de animais de todas as espécies e voltados para o abate comercial, e bem assim
por tropas militares que saiam da capital para o sertão e que vinham do sertão com destino
a capital da então província da Paraíba. A historicidade nos informa que foi construído o
Forte Atalaia, na localidade de Forte Velho, no estuário do Rio Paraíba, por ser o lugar
apropriado para garantir segurança a capital da Paraíba, o que nos leva crer, que
possivelmente tal construção foi a primeira edificada não só em Santa Rita, mas também
em todo o território paraibano pelos colonizadores, levando-se em consideração que

[...] O povoado de Forte Velho foi fundado pelo general


espanhol Diego Flórez de Valdés, em 1584, que ali
ergueu o primeiro forte destinado a ajudar na fundação
e/ou conquista da Paraíba (Forte de São Filipe e São
Tiago), a qual só ocorreu em 05 de agosto de 1585. E
isto é fato, porque Valdés detinha poderes autorizados
pela Coroa Espanhola, que na época estendeu seus
domínios sobre Portugal e suas colônias em virtude da
União Ibérica, e em virtude disso ele dotou Forte Velho
de uma alcaidaria e/ou prefeitura e confiou a feitoria
— antes de se retirar para a Europa — aos cuidados do
capitão de infantaria Francisco de Castrejón, seu
patrício [...]. (GONÇALVES, 2004).

E se não bastasse esse fato histórico, é em nosso território que foi fundado o
primeiro engenho de cana de açúcar, provavelmente a partir de 1586, na localidade Tibiry,
também foi posteriormente erguido o Forte e a Capela de São Sebastião, em suas
adjacências. Assim sendo, O engenho Del Rey Tibiry, o Forte e a Capela de São Sebastião,
são provas fundamentais que constituem o marco primitivo da formação do nosso
povoado. Não temos dúvida de que o engenho Tibiry recebeu profissionais: engenheiros,
químicos, artífices, mão de obra especializada da Europa para sua edificação e para a
exploração agroindustrial desde sua fundação, constituindo assim uma elite intelectual

576
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

junto aos nativos e escravos em nossa terra durante mais de dois séculos (de 1586 a
1822), portanto, no período do Brasil Colônia de Portugal.
O atual município de Santa Rita, serviu de palco para a primeira derrota e expulsão
dos holandeses na várzea do Paraíba, graças ao Capitão Francisco Rabelo (ou Rebelo),
seus homens e a bravura do negro Henrique Dias e o Capitão Sebastião de Souto, a
margem direita do rio que vieram em socorro da tropa, segundo J. Glês Lacet (1937) e
seus comandados, em 17 de novembro de 1636, tendo em vista “[...] o estratégico
engenho à margem direita do Rio Samuraguai, defendido pelos holandeses com muito
empenho lhes foi tomado de assalto pela companhia do Cap. Francisco Rabelo. Lutando
entre defensores, morreu o conselheiro Ippo Eys-sens, Governador da PB, membro do
Conselho do Recife [...]”, conforme Donato (1996). Assim vem daí a origem da construção
das capelas de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro e de Nossa da Batalha, ambas
originárias do pedido de Francisco Rabelo, homem valente e devoto da Virgem Maria,
especialmente no campo de batalha contra o invasor holandês em nossa terra, sic,
enfocado por Lacet (1937), não obstante que “[...] em novembro de 1636, junta-se à tropa
de Francisco Rebelo. No mesmo ano Rebelo e seus companheiros foram atacados e
derrotados na Paraíba pelo major inglês John Godlad, comandante das tropas holandeses.
Os brasileiros perderam 25 soldados 17 negros de Henrique Dias” ,conforme nos informa
Moura (2004, p. 128). Ressaltamos que Francisco Rabelo e/ou Francisco Rebelo, é o
mesmo capitão que assassinou o conselheiro holandês Ippo Eys-Sens, antes da batalha de
17 de novembro de 1636, no Engenho Espirito Santo, onde “o Paraíba do Norte açucareiro,
portanto, não foi um rio manso”, apesar de “menos de trinta anos depois de se ter
instalado o primeiro engenho era a balança do peso transferida de Tibiri para Filipéia. Uma
das apontadas razões dessa mudança fora a de que no Tibiri só chegavam barcas de carga
de cem caixas de açúcar ao passo que até o Varadouro podiam enterar navios com águas
vivas até trezentas toneladas” e conclui que “além disso convinha armazenar o açúcar ao
alcance imediato das naus, evitando-se a demora que havia em reuni-lo de diferentes
pontos do estuário [...]” (ANDRADE, 1997, p.79 e 82). Portanto, o primeiro partido de cana
foi plantado nas terras do Engenho Tibiri, no final do século XVI e protegido pelo Forte de
São Sebastião.
O nosso território municipal serviu de passagem para o Imperador Pedro II e sua
comitiva em 26 de dezembro de 1859, segundo nos relata o então Presidente da Provincia
da Paraíba, Ambrosio Leitão da Cunha (PARAIBA, 1860, p. 1,2,3):

[...] Aqui estiverão SS. MM. II, desde as 3 horas da


tarde de 24 até às 9 horas da manhaã de 30 de
desembro do anno proximo passado.
Tendo chegado SS.MM.II, ao porte desta cidade, como
disse, ás 3 horas da tarde de 24 de desembro ultimo,
desembarcarão as 4 e meia horas, e depois da
cerimônia religiosa do Osculo do Crucifixo, e de
receberem as felicitações da camara municipal da
capital, que teve a honra de apresentar á S.M. o
Imperador a chave da cidade, seguirão SS.MM. para a
matriz, onde ouvirão o Te-Deum mandado celebrar por
aquella camara.
Recolhendo-se depois ao Paço receberão SS.MM.II.as
respeitosas homenagens de todas as pessoas, que
tinhão tido a honra de acompanha-los desde o ponto de

577
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

desembarque, depois do que jantarão SS.MM. as 9 das


noute, e forão repousar.
A meia noute SS.MM.II.ouvirão missa na capella do
palácio, celebrada pelo seu capellão.
No dia 25 as 6 e meia horas da manhaã embarcou S.M.
o Imperador no vapor APA, e foi a fortaleza do
Cabedello, e, depois de a haver percorrido e examinado
minuciosamente, visitou toda a povoação d’aquelle
nome, e embarcou em sua galeota para ir ver a caza do
lazareto, sita na Ilha da Restinga, defrente da mesma
povoação.
D’hai regressou ao vapor APA, que se pôz em marcha
para esta capital. Em viagem S.M. ouvio missa á bordo
do vapor, tendo aqui chegado as 11 horas da manhaã.
Em toda essa digressão tiverão a honra de acompanhar
a S.M., além de sua comitiva, SS. Excs.os Senhores
Ministro do Imperio, Senador Almeida e Albuquerque,
Vice-Almirante Marques Lisboa, toda a officialidade do
seu estado maior e da guarnição do vapor, e eu.
Depois do almoço sahio S.M.o Imperador do Paço a
uma hora da tarde, e foi visitar as igrejas e conventos
desta capital; e depois de as haver percorrido, tendo
também visitado o hospital da Santa Casa de
Mizericordia, recolheu-se ao Paço as 4 horas da tarde.
Depois do jantar tornou a sahir S.M.e visitou os quartéis
do meio batalhão de linha e do corpo policial, e a cadêa
publica, recolhendo-se então ao Paço.
Tendo resolvido S.M.o Imperador visitar a villa do Pilar
e a cidade de Mamanguape, poe-se em marcha para
aquella villa as 4 horas da madrugada de 26 do predito
mez, acompanhado pela sua comitiva, por S. Exc. o Sr.
Ministro do Imperio, por mim, e por grande numero de
cidadãos, que, desejando ter a honra de acompanhar a
S.M.na sua digressão ao centro da província, havião
obtido para isso a necessaria permissão.
S.M.o Imperador, tendo-se dignado de tomar uma
refeição no engenho S. João do coronel José Teixeira de
Vasconcellos d’aqui distante 3 leguas e de almoçar no
engenho Maraú do mosteiro de S. Bento a 9 legoas de
distancia desta Capital, chegou á villa do Pilar a 12
legoas da capital as 11 horas da manhã. (p.2/3)
Depois de jantar S.M.o Imperador sahio do Paço, e
visitou a matriz, a cadêa e o cemitério, recolhendo-se
ao Paço, onde deu beijamão á todos quantos quiserão
receber semelhante honra.
As 4 da manhaã de 27 sahiu S.M.I.do Pilar com direcção
á Mamanguape, e tendo ido repousar e almoçar no
engenho Páo-d’Arco do Dr. João Antonio Fernandes de
Carvalho d’alli distante 6 legoas, chegou a cidade de
Mamanguape d’ahi a 7 legoas ao meio dia.
Depois de jantar recebeu S.M.I.á tarde as homenagens
da camara municipal, que teve a honra de apresentar-

578
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

lhe a chave da cidade, e depois sahio, e foi visitar a


matriz, e outras igrejas da cidade, a casa da camara
municipal, a cadêa, as escholas de primeiras lettras e a
aula de latim.
No dia 28 as 4 horas da madrugada sahio S.M. o
Imperador da cidade de Mamanguape, e tendo vindo
repousar e almoçar no engenho Gargaú do coronel
Joaquim Gomes da Silveira a 9 legoas d’aquella cidade e
3 desta, aqui chegou as 11 e meia horas do dia.
Durante a ausência de S.M.o Imperador S.M. a
Imperatriz sahio do Paço para visitar as igrejas da
capital.
Na noute de 28 SS.MM.II.se dignarão de assistir das
janellas do Paço a um magnífico fogo de artifício,
queimado na praça de palácio,o qual fizera parte dos
festejos, com que os habitantes desta cidade tiverão a
honra de receber SS.MM.II.
As 6 horas da manhã de 29 sahio do Paço S.M. o
Imperador e visitou o armasem d’artigos bellicos, a
fonte do Tambiá, a thesouraria de Fazenda, a alfândega
e o thesouro provincial, depois do que recolheo-se ao
Paço.
Depois do almoço tornou a sahir S.M.I.e visitou o Lyceo,
e as escholas de primeiras lettras da capital,
recolhendo-se ao Paço, de onde sahirão SS.MM. II.a
noute para honrarem com suas Augustas Presenças o
baile, que se dignarão de acceitar como parte das
demonstrações do elevado regosijo, de que fora presa a
população da Parahyba com a visita imperial.
[...]
No dia 30 as 8 e meia horas da manhaã embarcaram
SS.MM.II.no vapor APA, e seguirão para a província de
Alagoas” (Trancrevemos com a ortografia da época).

São diversos os escritores e historiadores paraibanos e brasileiros que procuram


contar e/ou historiar a visita de D. Pedro II, em 1859 a Paraíba, sempre divergindo a
versão oficial em parte, dentre as quais a versão que ele passou fome no dia em que
visitou o Pilar, porque não encontrou o almoço pronto no Engenho Maraú, apesar de
avisados os Monges Beneditinos, eles não aprontaram a tempo a referida refeição e por
isso chegou cedo demais ao Pilar que também não o esperava naquela hora e tudo ainda
estava para ser concluído, pois, tem gente que fala que a Câmara Municipal estava
totalmente desarrumada e que ele dormiu em uma rede que arranjaram para ele dormir
em 26 de dezembro de 1859 na referida cidade. E por aí vão as ilações da população
quando se referem a referida visita, tanto é assim que “[...] além de ter ido a cavalo ao
Mamanguagpe subiu o baixo-Paraíba até o Pilar e almoçou nos engenhos Gargaú, Paudarco
e Maraú. Mas desses contactos do Imperador com senhores de engenho paraibanos só
resultaram dois barões-do-açucar, dos quais um só em todo o Paraíba: José Teixeira de
Vasconcelos, barão de Maraú”, conforme Andrade (1997, p. 109), e o segundo foi
concedido a Flávio Clementino da Silva Freire, o barão de Mamanguape, ambos títulos

579
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

conferidos em 14 de março de 1860, dia do aniversário da Imperatriz Teresa Cristina.


Portanto, somos partidários da versão oficial:

“Tendo resolvido S.M.o Imperador visitar a villa do Pilar


e a cidade de Mamanguape, poe-se em marcha para
aquella villa as 4 horas da madrugada de 26 do predito
mez, acompanhado pela sua comitiva, por S. Exc. o Sr.
Ministro do Imperio, por mim, e por grande numero de
cidadãos, que, desejando ter a honra de acompanhar a
S.M.na sua digressão ao centro da província, havião
obtido para isso a necessaria permissão.
S.M.o Imperador, tendo-se dignado de tomar uma
refeição no engenho S. João do coronel José Teixeira de
Vasconcellos d’aqui distante 3 leguas e de almoçar no
engenho Maraú do mosteiro de S. Bento a 9 legoas de
distancia desta Capital, chegou á villa do Pilar a 12
legoas da capital as 11 horas da manhã. (p.2/3)
Depois de jantar S.M.o Imperador sahio do Paço, e
visitou a matriz, a cadêa e o cemitério, recolhendo-se
ao Paço, onde deu beijamão á todos quantos quiserão
receber semelhante honra”. (PARAIBA, 1860,p.2/3).

Assim sendo a versão oficial nos garante que ele esteve sim no engenho São João,
do Coronel José Teixeira de Vasconcellos quando ia para Pilar em 26 de dezembro de 1859.
E ao retornar de Mamanguape esteve outra vez em nosso município, agora no engenho
Gargaú, ex-vi que,
No dia 28 as 4 horas da madrugada sahio S.M. o
Imperador da cidade de Mamanguape, e tendo vindo
repousar e almoçar no engenho Gargaú do coronel
Joaquim Gomes da Silveira a 9 legoas d’aquella cidade e
3 desta, aqui chegou as 11 e meia horas do
dia.(PARAIBA, 1860, p.3).

No dia 7 de setembro de 1883 foi oficialmente inaugurada a estação de trem sobre


trilhos de Santa Rita pela Conde D'Eu Railway Company Limited. O município por ser o
maior pólo de cultivo e comercialização de cana de açúcar e seus derivados, portanto,
principal produto da economia do Estado da Paraíba durante os séculos XIX e XX, Assim
sendo, na década de 50 do século XX, as usinas locais também tinham suas linhas férreas e
seus trens próprios em suas propriedades para o transporte da referida cultura e de seus
empregados na labuta diária, o que vale dizer que foi neste período que a ferrovia atingiu o
auge no âmbito municipal. A estação ferroviária de Santa Rita é usada para transportar
operários para a capital da Paraíba diariamente através da CBTU – Companhia Brasileira de
Trens Urbanos. O prédio original da estação inaugurada em 1883 foi derrubado e em seu
local construído outro de alvenaria e coberta de telha de amianto, não tendo nada a haver
com a antiga estação ferroviária, segundo o historiador Ralph (2007) fundamentado em
diversas fontes, dentre as quais o Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; a
Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, volume IV, 1958; e o Estudo Descriptivo das
Estradas de Ferro do Brazil, Cyro Deocleciano R. Pessoa Jr., 1886. São escritos com
grandezas de detalhes históricos praticamente indiscutíveis, haja a seriedade de tais
pesquisas envolvendo o tempo e o espaço em que cada acontecimento inaugura o sonho

580
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

sonhado de seus idealizadores e executores. É o testemunho imparcial dos acontecimentos


da implantação e da falência do transporte ferroviário no Brasil do Império a República.
Aqui também é o berço do nascimento do único Engenho Central edificado em 1888,
fábrica sucessora do primitivo Engenho São João, de propriedade de José Teixeira de
Vasconcelos – Barão de Maraú, que inclusive foi segundo vice Presidente da Provincia e
que exerceu o cargo de Presidente da Paraíba no período de 22 de abril a 01 de novembro
de 1867. O já referido engenho central foi transformado em usina, já no período
republicano. Também serviu de berço para a construção da primeira fábrica de tecidos na
Vila Operária Tibiri, na última década do século XIX.
A obra retrata em prosa e verso o município e cidade de “Santa Rita, Sua História,
Sua Gente”, envolvendo a origem, a história, o povo, a sociedade, a base econômica, a
antrologia geo-social e cultural, desde a criação da capela dedicada a Santa Rita de Cássia,
em 6 de dezembro de 1776, a qual deu origem a fundação do arraial, do povoado, da vila e
atual cidade e município de Santa Rita, Estado da Paraíba, emancipado do município da
Paraíba, então Capital do estado de igual nome, que em 19 de março de 1890, através do
Decreto nº 10, assinado pelo Governador Venâncio Neiva. Por outro lado, o município foi
oficialmente instalado no dia 29 de março de 1890, tendo tomado posse o primeiro
Conselho de Intendência Municipal, sendo: Antônio Gomes Cordeiro de Mello (Presidente);
Major Bento da Costa Villar e Amaro Gomes Ferraz; e para substitutos os cidadãos: João de
Mello Azedo e Albuquerque; e os capitães: Antonio Manoel de Arroxellas Galvão e Benicio
Pereira de Castro, conforme extrato do expediente do dia 21 de março de 1890 dos “Actos
do Governo” do Estado da Paraíba, publicados na Gazeta da Parahyba.
A vocação industrial e empresarial de nosso município é por natureza indiscutível
desde os primórdios, pois, foi aqui construída a primeira Fábrica de Cimento Portland na
Paraíba e quiçá no Brasil na última década do século XIX, segundo Battagin (2009) ao
afirmar:

“[...] Assim, chegou a funcionar durante apenas três


meses, em 1892, uma pequena instalação produtora na
ilha de Tiriri, na Paraíba, cuja construção data de 1890,
por iniciativa do engenheiro Louis Felipe Alves da
Nóbrega, que estudara na França e chegara ao Brasil
com novas ideias, tendo inclusive o projeto da fábrica
pronto e publicado em livro de sua autoria. Atribui-se o
fracasso do empreendimento não à qualidade do
produto, mas à distância dos centros consumidores e à
pequena escala de produção, que não conseguia
competitividade com os cimentos importados da época
[...]”.

Isso é fato e contra fato não se tem argumento, salvo ilação emotiva desprovida de
fundamentação e/ou epistemologia histórica social.
O ramerame da disputa dos senhores de engenhos de Santa Rita pelo poder político
municipal, fez o Poder Executivo Estadual suprimir o município logo após sua emancipação
primitiva, que voltou a ser subprefeitura do território da Capital da Paraíba, sendo portanto,
restabelecido pela Lei Estadual nº 79, de 24 de setembro de 1897 graças a intervenção do
Padre Manoel Gervásio Ferreira da Silva, chefe religioso, político e oligárquico, homem
afeiçoado as manobras e contra-manobras oligárquicas, da situação e da oposição, tendo
ocupado por vários mandatos o cargo de conselheiro (vereador) e de presidente do

581
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Conselho Legislativo Municipal (Câmara Municipal), inclusive exerceu o mandato de


Segundo Vice Presidente (Vice Governador) do Estado da Paraíba, no período de 22 de
outubro de 1990 a 22 de outubro de 1904, do governo do Desembargador José Peregrino
de Araújo, conforme Almanark Administrativo e Industrial do Rio de Janeiro (1901).
O Município de Santa Rita foi extinto várias vezes, porém, pela Lei Estadual nº 613,
de 3 de dezembro de 1824, foi restabelecida a emancipação municipal, que novamente foi
extinta, sendo restaurada finalmente via o Decreto Estadual nº 352, de 28 de dezembro de
1932 até a presente data. Em síntese, em 1959 o município de Santa Rita era formado pela
sede e pelos distritos de Livramento, Bayeux (emancipado em 1959) e Lucena (emancipado
em 1961). Atualmente o município tem 730.205Km2, segundo a Resolução da Presidência
do IBGE nº 5 (R.PR-2/02) de 10 de outubro de 2002. Temos ainda uma densidade
demográfica de 165,62 hab/Km2. clima tropical, quente e úmido. O IDH – Índice de
desenvolvimento humano é 0,659, em média, segundo o PNUD - Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento (2000). O PIB per capita é de R$ 7.781,67 (sete mil,
setecentos e oitenta e um reais e sessenta e sete centavos), segundo nos informa o
IBGE(2008). A população estimada em 2015 é 134.940 habitantes. Gentílico: santa-ritense.

582
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

CAPITULO XIV
SANTA RITA, SOMOS O QUE TEMOS
Viver é isso aí mesmo, ficar se equilibrando entre
escolhas e consequências.
Paulo Coelho

Nossa história municipal marcada pelos últimos quatro anos de administração do


prefeito Reginaldo Pereira da Costa, que foi cassado pela Câmara Municipal de Santa Rita,
reassumindo diversas vezes com liminares judiciais e sendo substituído pelo vice prefeito
Severino Alves (Netinho), o sobe e desse causou grandes prejuízos a cidade e ao seu povo,
tendo em vista a “ideologia” de um acusar o outro, sem deixar de lado a atuação dos
dezenove vereadores da legislatura iniciada em 01 de janeiro de 2013 e com término
previsto para 31 de dezembro de 2016. A legislação brasileira determina que o vice prefeito
é o substituto legal, nos afastamentos do prefeito, e seu sucessor único, no caso de
vacância em primeiro lugar. Diante disso, o vice prefeito é eleito através de voto direto e
secreto, conjuntamente com o prefeito, em chapa única, de quatro em quatro anos, de
modo vinculado, ex-vi artigo 29, I e II da Carta Magna Federal do Brasil. O prefeito é o
chefe do poder executivo municipal. No caso especifico do entra e sai prefeito e assume o
vice prefeito de Santa Rita, o funcionalismo público ativo e inativo, reclama todos os dias
da falta de pagamentos para manter a sobrevivência de si e de sua família, igual fala é a
dos fornecedores e contratantes de obras estruturantes municipais. O comércio vive
praticamente parado, uma vez que depende do pagamento concretizado da prefeitura e do
INSS, na maioria dos casos. É um Deus me livre, a situação é de vaca desconhecer
bezerro. É o que temos e o que lemos em nossa cidade e no semblante de nossa gente.
Tem gente chorando de fome por falta de pagamentos da edilidade, com dois e/ou meses
sem receber o salário que é mensal. A gestão pública se tornou um drama anunciado, sem
atores que queiram assumir e ou resgatar o profissionalismo dos funcionários públicos
municipais e a esperança de dias melhores para a nossa população em geral. A máxima do
Império Romano: circo, pão e vinho, ainda que por analogia desapareceu completamente
no cenário administrativo santaritense, nenhum dos três itens de alienação popular, não
existe mais aqui. Foi com esse clima que surgiram cinco candidaturas a prefeito de Santa
Rita para o pleito de 2 de outubro de 2016, a saber: o médico Emerson Panta (PSDB – nº
45); Flaviano Quinto Ribeiro Coutinho (PSC – nº 20); Luiz do Biscoito (PSTU – nº 16); o
deputado estadual Zé Paulo (PSB- nº 40); e o professor Valdir Lima (PSOL – nº 50). O
povo santaritense passou 45 (quarenta e cinco) dias engajado nas cinco candidaturas,
segundo suas ideologias preferidas, não importando se direita e ou de esquerda. O
eleitorado com o resultado do pleito espera ter resolvido o grande gargalho da gestão
desastrosa que terminará em 31 de dezembro de 2016.

583
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

MÉDICO EMERSON PANTA/PSDB


Assim sendo, é importante mencionar de que o candidato a
prefeito, o médico Emerson Fernandes Alvino Panta e o candidato
a vice prefeito Nildo de Oliveira Pontes, o popular “Carimbó”,
obteve 51.037 (cinqüenta e um mil e trinta e sete) votos,
correspondente a 70,16% dos votos válidos, sendo considerado
prefeito eleito pelo povo, apesar de sua candidatura está subjudice
no STE – Superior Tribunal Eleitoral, tendo como argumento de
que ele foi aprovado em concurso público e não assumiu a referida
função, porém, sua candidatura foi impugnada com a afirmação de
que teria abandonado o serviço público e por isso estava
enquadrado na lei da ficha limpa. E tal argumento foi recebido e
deferido pelo TRE-Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba por cinco
votos contra e um voto a seu favor. Portanto a cidade tem um prefeito eleito com votação
esmagadora, porém espera a decisão final do TSE em Brasília para poder assumir e ou não
a chefe do governo municipal a partir de 01 de janeiro de 2017. O Dr. Emerson Panta foi
candidato a prefeito de Santa Rita pela coligação: FRENTE PELA RECONSTRUÇÃO DE
SANTA RITA, constituída pelos partidos: REDE / PTN / PMN/ PRP / PSDB / PSD / PROS,
totalizando sete partidos. A cidade inteira espera que a justiça seja feita e que o mesmo
assuma o cargo de prefeito, para evitar o disse me disse que ele nadou... nadou... e
morreu na praia.

DEPUTADO JOSÉ PAULO VITURINO/PSB


Por outro lado, ficou em segundo lugar o candidato a prefeito
José Paulo/PSB, tendo como vice o médico Djalma Bento Fernandes
Junior, candidato oficial apoiado pelo governador Ricardo Coutinho,
do Estado da Paraíba, que apenas obteve 16.989 (dezesseis mil,
novecentos e oitenta e nove) votos, correspondente a 23,35% (vinte
e três, virgula trinta e cinco por cento)dos votos válidos. Assim o
resultado final é visionário diante de uma derrota esmagadora de
34.048 (trinta e quatro mil e quarenta e oito) votos a favor do
primeiro colocado na referida eleição ocorrida em 2 de outubro de
2016 na terra dos canaviais. Finalmente enfatizamos de que o
candidato Zé Paulo a prefeito de Santa Rita, pela coligação: PRA
SANTA RITA AVANÇAR, foi constituída pelos partidos: PRB / PP / PDT / PT / PTB / PMDB /
PSL / PPS / DEM / PSDC / PHS / PMB / PSB / PV / PEN / PC do B / PT do B / SD / PRTB,
totalizando 19 (dezenove) agremiações partidárias, inclusive o partido do atual Presidente
da República Michel Temmer e seus aliados na Paraíba, a exemplo do senadores Raimundo
Lira e José Maranhão. O eleitorado santaritense se viu cobrado pelo governador Ricardo
Coutinho, principal parceira de Zé Paulo, rumo à prefeitura, onde era alegada a construção
da estrada de Santa Rita a Forte Velho, das construções intermináveis: a barragem de nível
da CAGEPA, que por sinal presta um péssimo serviço a nossa população e igualmente no
andamento a passos lentos da obra do futuro Hospital de Trauma de Santa Rita, que ainda
não saiu do papel, apareceu apenas na fala de palanque durante a campanha. A nossa
cidade clama por um restaurante popular no centro, de um hospital infantil e por segurança
pública, levando-se em consideração o avanço da criminalidade, diante do uso de drogas
pela juventude e pela falta de empregos, além do precário serviço e de educação existente

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

em nossa cidade. A falta de obras e serviços concretos na cidade por parte da


administração pública municipal e bem assim estadual, fez nascer a derrota do parceiro do
nosso atual governador na terra de André Vidal de Negreiros, o nosso herói nacional desde
o século XVI.

PROFESSOR VALDIR LIMA/PSOL


Pelo PSOL – Partido Socialista e Liberdade, Santa Rita teve
como candidato a prefeito o professor da rede municipal de ensino,
Valdir Lima e como vice prefeita Marinalva Targino da Silva, que
obteve 3.463 (três mil, quatrocentos e sessenta e três) votos,
correspondente a 4,76% (quatro, virgula setenta e seis por cento)
dos votos válidos, apesar de ter realizado uma boa campanha de
conscientização a população e especialmente ao funcionalismo
público, além de pregar reformas estruturantes envolvendo a
juventude e o desenvolvimento cultural e social. O certo é que ficou
em terceiro lugar no referido pleito e sem condições de assumir a
chefia da edilidade pelo voto popular, tendo em vista que não caiu
na preferência do eleitor. A ideologia nas eleições municipais de
Santa Rita em 2016 não funcionou, apesar de ser uma cidade operária por excelência.
Assim sendo, ainda que por dedução o nosso marxismo local não se identificou com a
proposta e também não elegeu um só vereador ao legislativo mirim para a legislatura de
01 de janeiro de 2017 a 31 de dezembro de 2020.

LUIZ ANTONIO NOBERTO DE SOUZA/PSOL


O PSTU-Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado,
candidatou o popular Luiz do Biscoito, a prefeito, tendo Arlison Silva
de Vasconcelos, como candidato a vice prefeito, que fez uma
campanha pé de chinelo, conversou com a população durante o
período eleitoral, fez visitas e ouviu as necessidades das
comunidades envolvidas, porém, com sua candidatura simples e
sem condições de econômicas e ou financeiras não podia fazer uma
campanha do tamanho arrojada e suas promessas não foram
aceitas pelo eleitorado, isso é possível se comprovar diante de sua
votação de apenas 1.189 (um mil, cento e oitenta e nove) votos,
correspondente a 1,63% (um, vírgula sessenta e três por cento) dos
votos válidos apurados para prefeito do referido pleito. A campanha dele pareceu mais uma
luta de David e Golias, segundo os ensinamentos bíblicos. Também não conseguiu eleger
um só vereador à Câmara Municipal a referida agremiação.

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

FLAVIANO QUINTO RIBEIRO COUTINHO/PSC


O candidato a prefeito Quinto, o filho de Marcus Odilon, teve
como candidato a vice prefeito Carlos Alberto Leite de Aguiar, o
popular “Carlão”, ex-secretário de finanças de Santa Rita, que
abandonou a campanha no dia 16 de setembro de 2016, porém, não
oficializando a Justiça Eleitoral de sua desistência de concorrer ao
pleito, motivo pelo qual os candidatos a vereador de sua legenda o
PSC – Partido Social Cristão, ficarão a ver navios e a referida
legenda não elegeu nenhum vereador, porque não conseguiu fazer
nem o coeficiente eleitoral. É importante mencionar de que
conforme o resultado final oficial do Tribunal Regional Eleitoral,
Flaviano Quinto, obteve apenas 68 (sessenta e oito) votos,
correspondente a 0,09% (zero, virgula nove por cento) dos votos válidos e apurados para
prefeito. Ressaltamos de que ele desistiu de concorrer através de uma aliança branca
abençoada pelo governador Ricardo Coutinho a favor da candidatura do deputado José
Paulo Viturino, motivo pelo qual, ainda que por dedução deixou o eleitorado com raiva e
sem opção, pois, o mesmo representava a oligarquia canavieira do ex- prefeito Marcus
Odilon Ribeiro Coutinho, seu pai, que governou Santa Rita por quatro mandatos e criou a
“ideologia” populista denominada de “Povo da Silva”. Até então o referido ex-prefeito e ex-
deputado estadual Marcus Odilon, era o líder e ou campeão de votos no município, sendo
superada a sua votação e popularidade pelo prefeito eleito Emerson Panta, em 2 de
outubro de 2016, Sem palanque para prefeito todos os candidatos a vereadores ficaram
como ave sem ninho. Todos foram derrotados, inclusive o ex-vereador Francisco Aguiar,
que ficou sozinho, não renunciou a candidatura e amargou a ínfima votação de 145 (cento
e quarenta e cinco) votos, um dos mais votados da referida legenda PSC- Partido Social
Cristão, e inclusive Quinto, o filho de Marcus Odilon, ficou em quinto e último lugar, diante
da ínfima votação obtida.

O Poder Legislativo Municipal


Em suma, o município de Santa Rita nas eleições municipais de 2 de outubro de
2016, tinha 88.677 (oitenta e oito mil, seiscentos e setenta e sete) eleitores aptos a votar,
verificando-se portanto, 2.957 (dois mil, novecentos e cinqüenta e sete) votos em branco,
6.642 (seis mil, seiscentos e quarenta e dois) votos nulos e 6.332 (seis mil, trezentos e
trinta e duas) abstenções. É essa a realidade eleitoral municipal atual. Para a Câmara
Municipal foram eleitos os seguintes vereadores: Rosa do Vaqueiro/PC do B, com 1.527
votos (2.03%); Gustavo/PTN, com 1.518 votos (2.02%); Ivonete/PSD, com 1.413 votos
(1,88%); Bruno Filho de Cicinha/PR, com 1.335 (1.77%); Anésio Miranda/PSB, com 1.306
votos (1.73%); Carlos Pereira Junior/PSB, com 1.222 votos (1.62%); Peixoto/PC do B, com
1.219 votos (1,62%); Queiroga/PTN, com 1.198 votos (1.59%); Marcos Farias/PC do B,
com 1.180 votos (1,57%); Flávio/PSD, com 1.174 votos (1,56%); Vanda de Olavo/PT do B
com 1.119 votos (1,49%); Cicero Medeiros/PRB, com 963 votos (1,28%); Sergio
Confecções/PSDB, com 926 votos (1,23%); Josa da Galinha/PRB, com 894 votos (1,19%);
Gils Bar/PSDB, com 843 votos (1,12%); Galego do Boa Vista/PSL, com 747 votos (0,99%);
João Grandão/PRTB, com 586 votos (0,78%); Sebastião do Sindicato/PT, com 550 votos
(0,73%); Diocélio de Várzea Nova/PSL, com 533 votos (0,71%) dos votos validos. Por
outro lado, apenas cinco dos antigos vereadores foram reconduzidos ao Poder Legislativo
Municipal. E por fim essa é a representação popular em sua diversidade, ressaltamos ainda

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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

de o PSOL, o PSC e o PSTU não conseguiram fazer o coeficiente eleitoral e assim nenhum
vereador à Casa de Antônio Teixeira, apesar de todos terem candidatos a prefeitos no
referido pleito. E assim nossa gente continua escrevendo sua história diante dos fatos e
atos aqui mencionados, para futura reflexão na formação social e econômica dos
habitantes do solo que nos é comum, não importando se capitalismo e ou socialismo, a
ideologia dominante e ou dominada, porque o voto popular é uma força livre e
independente que nunca seca, até mesmo com o uso de pedra, onça e peixe, na conquista
do voto na formação do coronelismo urbano e ou rural, do centro e da favela. Infelizmente
tal prática é a cultura da compra de voto, apesar de ser crime, porém, dominante no
território nacional e em Santa Rita, não é diferente a existência de corruptos e corruptores
em tal negociata antes de cada eleição, e até porque “[...] o ser dos homens é o seu
processo da vida real”, na visão Marx e de Engels (1932-1976). Detectamos assim a
evolução cada vez mais dos comportamentos sociais individuais em qualquer parte do
mundo.

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605
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

606
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

ANEXO ICONOGRÁFICO

607
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

608
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

ANTÔNIO AURELIO TEIXEIRA DE Antônio Joaquim de Morais-Prefeito-


CARVALHO - Prefeito eleito-1959-1968 Prefeito eleito-1972

DIÓGENES NUNES CHIANCA - Prefeito Edgar Seager - Prefeito nomeado-1930


nomeado-1940

609
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

ANTONIO GOMES CORDEIRO DE MELLO- FLÁVIO MAROJA FILHO - 1º Prefeito-1935


1º Intendente - Prefeito - Nomeado-1890 e 1947

ENEAS DE SOUZA CARVALHO-Prefeito HERALDO GADELHA-Prefeito eleito-1963


nomeado-1915-1924

610
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

João Crisóstomo Ribeiro Coutinho-Prefeito Severino Maroja - Prefeito eleito-1982-


eleito-1955 1996-2000

João Vitorino Raposo Filho - Prefeito José Flósculo da Nobrega-Subprefeito


eleito-1951 nomeado-1931

611
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Oildo Soares-Prefeito eleito-1992

PADRE MANOEL GERVÁSIO DA SILVA


FERREIRA-Prefeito nomeado 1907

Reginaldo Pereira da Costa - Prefeito


eleito-2012

Marcus Odilon Ribeiro Coutinho-Prefeito


eleito-1976-1988-2004-2012

612
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

CAPELA DO DESTERRO - EDUARDO


VERDERAME

CAPELA DO ENGENHO CENTRAL SÃO


JOÃO - 1888

CAPELA SANTO COSME E DAMIÃO - ENG.


INHOBIM

CAPELA USINA SANTANA - DESENHO DE


VERDERAME

613
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

CAPELA S FRANCISCO XAVIER -


ENGENHO CAPELINHA- 1890

CAPELA DE SANTA RITA-1776

Capela do Engenho de Santo André-Séc. XVII

MATRIZ DE VARZEA NOVA

Capela de Forte Velho

614
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

IGREJA ROSARIO-Demolida em 1937-


S.Rita CAPELA DO ENG.SÃO BENTO-RUINAS

MATRIZ DE SANTA RITA-1926 CAPELA DO ENGENHO MUCUTA-RUINAS

CAPELA DO ENGENHO SÃO JOÃO - PROP.


BARÃO DE MARAÚ - 1835-RUINAS
IGREJA - S. SEBASTIÃO – 1587

615
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

CAPELA DE NOSSA SENHORA DO


SOCORRO

CAPELA ENG.INHOBIM - S COSME E


DAMIÃO - PEDRA SOBRE PEDRA – RUINA

CAPELA DO DESTERRO-2016

PEDRA INAUGURAÇÃO DA CAPELA DE


SANTA RITA-1776
MATRIZ DE NOSSA SENHORA DO
LIVRAMENTO-SÉCULO XVII

Capela do Desterro-SEPULTURA dos


Capelo do Desterro- Inauguração da
Gomes de Mello
restauração-AGUIAR-DOM ALDO-2013

616
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

CAPELA SANTANA - GARGAU- VISITADA SANTUÁRIO SANTA RITA-ALTAR MOR-


POR D. PEDRO II EM 1859. 2016

CAPELA SÃO GABRIEL - ENGENHO DO Capelo do Desterro-Altar mor-1869


MEIO-1608

617
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

CAPELA DO ROSÁRIO-2012_1

CAPELA USINA SANTA RITA -


ENG.CUMBE-USINA SANTA RITA

IGREJA CONCEIÇÃO-1851

CAPELA DE São Gonçalo

IGREJA DA CONCEIÇÃO-ALTAR MOR -


SANTA RITA_1 MATRIZ-SANTUÁRIO-2016_1

618
CAPELA DO DESTERRO- Devoção popular-2016

SANTUÁRIO SANTA RITA DE CÁSSIA-1776-2016


Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

A FUNDAÇÃO E HOSPITAL FLAVIO


Cine São João – 1968
RIBEIRO

CINE AVENIDA -1968


AVENIDA ANISIO PEREIRA BORGES – 1961

COLETORIA ESTADUAL EM SANTA RITA-1969


BAIRRO POPULAR-INICIO DA URBANIZAÇÃO-1947

SANTA RITA - CENTRO- 1963 POPULAR-1949

620
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

PRAÇA GETULIO VARGAS VISTA TIBIRI

RECEITA FEDERAL POSTO CESLAU GADELHA-1968

PRA_A J PESSOA EX PADRE FERREIRA-1932


RUA SIQUEIRA CAMPOS - 1979 – CENTRO

PRA_AS Jo_o Pessoa - Get_lio Vargas-1967


SANTA RITA - CENTRO - 1955

621
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA RITA- Gruta de Nossa Senhora da Conceicão em


1968 1960

Pavilhão Central-1950 RUA S JOAO-Ex-Djalma Dutra

MERCADO SANTA RITA - 1968

Colegio Francisco Aguiar - COFRAG-1979


PRAÇA G.VARGAS

622
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

SANTA RITA - DELEGACIA DE TRANSITO –


FABRICA TIBIRI - 1957
1973

FABRICA TIBIRI – 1968 CINCERA-1973

CASA GRANDE-ENGENHO VELHO E OU N S


ILHA TIRIRI – 1ª FABRICA DE CIMENTO AJUDA - USINA SANTANA 001
AMÉRICA LATINA-1892

MERCADO E O PAPO DA CORUJA-1973


Engenho Capelinha - ruinas -2015

623
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

SANTA RITA - VISTA PARCIAL – 1963 COFRAG-1970 - PREDIO_1

SANTA RITA - RUA PEREGRINO DE COFRAG-1964


CARVALHO

SANTA RITA-BLOCO CARNAVALESCO


FILOPANÇA - 1965 COFRGAG-1969

624
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Vista do bairro Popular. Rua Prof Severino


Rodrigues. Cruzamento com a linha férrea.
ACESSO - 1968 COFRAG-2016

CENTRAL TELEFONICA Casa grande - Eng. São Gonçalo-1700

CASA GRANDE - ENGENHO JABURU 001

COFRAG - COLÉGIO FRANCISCO AGUIAR - PARQUE INFANTIL FLAVIO RIBEIRO


2016

625
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

CASA GRANDE DA USINA SÃO JOÃO - 2

CORETO-2008

CASA GRANDE DE TIBIRI-2008 ENGENHO TIBIRI - RUINAS -2016

COSIBRA-2016

SANTA RITA - 2016


CÂMARA MUNICIPAL DE SANTA RITA-2016

626
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

MONTE ATALAIA - FORTE VELHO – 1584

FORTE ATALAIA-FORTE VELHO-1584

Américo Falcão - Escritor e poeta

IRACEMA FEIJÓ

MIRANTE DO ATALAIA

627
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

ABC – 1966

CAMPO DO CEMITERIO-1968

CTP-ESPORTE CLUBE

COFRAG-1977

Flávio Ribeiro Coutinho-Governador –


20/07/1957

ADEMAR BOLACHA

628
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Funcionarios da Prefeitura Municipal de


JK-RUY CARNEIRO-HERALDO GADELHA-
Santa Rita-1937
VISITA SANTA RITA - 02-1964

EGIDIO-TRIBUNA ALPB
FUNDAÇÃO F RIBEIRO

AGUIAR-ENTREGA O DIPLOMA E
CIDADÃO SANTARITENSE AO SENADOR
RUY CARNEIRO-15-05-1975
HERALDO, TEIXEIRA,
LOURIVAL -1959

629
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

AGUIAR, ANIBA, A.GOMES – 1974


FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR E
IRMÃOS

FILARMONICA S JOSÉ-1960

CAMARA-1989

HUMBERTO-AGUIAR-MAMAE-BETRIZ-1986

ANTONIO AZEVEDO-FARMACEUTICO

630
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

COFRAG-50 ANOS FUNDAÇÃO-1964-2014 Assembleia Municipal Constituinte - 1989-90

PADRE PAULO KOELLEN -1962 Antonio Bezerra - Fotografo Veigas-1972

CASAMENTO DE HERALDO GADELHA MARTHA-50 COFRAG

631
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

D. PEDRO II – 1859 MONSENHOR RAFAEL DE BARROS MOREIRA

ANDRÉ VIDAL DE NEGREIROS- HERÓI MONSENHOR MELIBEU-FOTO 1931


NACIONAL – MEC

632
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Jayme Lacet - 1937 JOAO PESSOA

JOAO PESSOA - MORTO em 26/01930.


Recife-Pe

Lapemberg Medeiros de Almeida - 1937

633
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

FLAVIO RIBEIRO COUTINHO. MÉDICO, ODILON RIBEIRO COUTINHO. ESCRITOR e


POLITICO e INDUSTRIAL SOCIÓLOGO

EUDÉSIA VIEIRA – PROFESSORA, MÉDICA, JULIETA GADELHA


HISTORIADORA e POETISA

634
BIOGRAFIA
FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR, natural de Sapé/PB, nascido aos 3 de abril de
1952, cidadão honorário de Pilar e Santa Rita – Paraíba, filho de Sebastião José (Vieira) de
Aguiar (agricultor) e Maria do Carmo (Gomes) Melo Aguiar (do lar). É casado com Severina
Bezerra da Silva Melo Aguiar (Licenciada em Geografia; Mestra e Doutora em Ciências da
Educação).

FORMAÇÃO UNIVERSITÁRIA
CURSOS DE GRADUAÇÃO: Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais (Direito); Bacharel
em Teologia, Ciências Humanas; Bacharel em Psicanálise Clinica; Licenciado em Pedagogia;
Licenciado em Educação Física; Professor de História, Geografia, EMC e OSPB, via EXAMES
DE SUFICIÊNCIA pelo Centro de Educação da UFPB; Estágio Universitário na Câmara
Federal em Brasília (1975).

CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO: Especialista em Psicanálise Clínica; Especialista em


Metodologia da Educação para Áreas Rurais; Especialista em Metodologia do Ensino
Superior; Especialista em Administração da Educação à Distância; Especialista em
Psicodagogia; Mestre em Teologia; Mestre em Educação e Doutor em PSICANÁLISE
CLÍNICA, na área de concentração: A Didática na Teoria da Técnica Psicanalítica, pela
Escola Superior de Psicanálise Clínica do Rio de Janeiro e University of European Peoples –
Málaga – Espanha; Doutor em Teologia pelo ITEPAR – Instituto Teológico do Paraná –
Maringá – Paraná; Mestre e Doutor em Ciências da Educação, pela UPAP – Universidade
Politécnica e Artística – Assunção/PY - site: www.upap.edu.py. Grau universitário
revalidado pelo MEC/ CAPES/UFPE.

VIDA POLÍTICA: Vereador à Câmara Municipal de Santa Rita-PB nas legislaturas:


31/01/1973 a 31/01/1977; 31/01/1977 a 31/01/1981; 31/01/1981 a 31/01/1983; e
01/01/1989 a 31/12/1992; Presidente da Câmara Municipal de Santa Rita; Presidente da
Assembléia Municipal Constituinte de Santa Rita (1989/90); Candidato a Prefeito de Santa
Rita (1982); Suplente de Deputado Federal (1990). Secretário Municipal de Meio Ambiente
de Santa Rita (2005); Secretario Municipal Chefe de Gabinete PMSR (2014); e Secretário
Municipal de Educação/PMSR/PB (até 08/06/2015);

VIDA INTELECTUAL: Acadêmico da ACADEMIA PARAIBANA DE POESIA CADEIRA 7 –


PATRONO: CARLOS DIAS FERNANDES (desde 05 de abril de 1986) REsp-1282265 PB
(2011/0225111-0)
https://ww2.stj.jus.br/websecstj/decisoesmonocraticas/frame.asp?url=/websecstj/cgi/revist
a/REJ.cgi/MON?seq=28033890&formato=PDF; Acadêmico,Representante/Presidente da
Secção da Academia de Letras do Brasil – Cadeira 01/PB – site:
<http://www.academialetrasbrasil.org.br/albestados.htm >;
<http://www.academialetrasbrasil.org.br/artfranaguiar.htm>;autor dos seguintes livros:
Epítome Literário Latino (1999); Augusto dos Anjos e a realidade do ser e do não ser
(1984); Santa Rita, Sua História, Sua Gente(Prêmio de primeiro lugar em concurso
patrocinado pela Associação Universitária Santarritense); Genealogia, História e Poesia
(1989);O menor bóia fria (1981) Santa Rita, Vila Centenária (1990); Educador para
Educador (1991); Glossário Botânico das Plantas Medicinais na Região de Santa Rita e
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar

Brejo Paraibano In Santa Rita, Sua História, Sua Gente e citado no livro Dicionários de Átila
Almeida, Funape, UFPB e Nova Stella, J.Pessoa e São Paulo, 1988, pág. 18; Nome citado
no capítulo 2, tendo em vista sua participação ainda como estudante do Curso de Direito
no Júri Simulado que envolveu os fatos das mortes de João Pessoa e João Dantas e a
Revolução de 1930, objeto do livro: Revolta e Revolução Cinqüenta Anos Depois, de autoria
de José Joffily, publicado em 1979, pela editora Paz e Terra. Rio de Janeiro e cujo Conselho
Editorial era formado por Antônio Cândido, Celso Furtado, Fernando Gasparian e Fernando
Henrique Cardoso. É colaborador na condição de escritor voluntário do Jornal Interiorano,
sediado na cidade de Sapé/PB; já publicou vários artigos no Jornal O Norte, dos Diários
Associados em João Pessoa/Pb. VIDA DESPORTIVA E SOCIAL: Sócio fundador do Lions
Club Santa Rita; Presidente da Liga Desportiva de Santa Rita; Cidadão Honorário das
cidades de Pilar e de Santa Rita, títulos conferidos pelas Câmaras Municipais; Filiado à
OAB/PB e a Ordem dos Teólogos do Brasil. sócio do Santa Cruz Canavieiro. VIDA
PROFISSIONAL E EMPRESARIAL: Fundador e proprietário do atual COFRAG-Colégio Dr.
Francisco Aguiar (ensino fundamental, médio, técnico em contabilidade e cursos e exames
supletivos, fundado em 05 de janeiro de 1964); Fundador, proprietário e Reitor do IESPA-
Instituto de Ensino Superior da Paraíba; Diretor da FAFIL-Faculdade de Filosofia, Ciências e
Letras de Santa Rita-PB (1984 – site: http:://www.iespa.edu.br; Advogado militante e
professor universitário. Escreve e publica diariamente em vários blogs, sites nacionais e
internacionais, dentre os quais: I) ACADEMIA DE LETRAS DO BRASIL ESCRITORES
BRASILEIROS DIPLOMADOS EM CADEIRAS VITALÍCIAS DA ACADEMIA DE LETRAS DO
BRASIL, IN.: <http://www.academialetrasbrasil.org.br/galeriaindicados.html>; ARTIGOS
PUBLICADOS IN.: <http://www.academialetrasbrasil.org.br/artfranaguiar.htm>; RECANTO
DAS LETRAS: <http://www.recantodasletras.com.br/autor.php?id=65161 > II) O GUIA
LEGAL = SITE DE PESQUISAS: <http://www.oguialegal.com/08-historicodefavela.htm >
<http://www.oguialegal.com/08-favelaontemehoje.htm ><http://www.oguialegal.com/08-
favelaemespanhol.htm > http://www.oguialegal.com/08-palavrafavela.htm .

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