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AG282s
ISBN 978-85-92861-52-0
1. PARAÍBA - História.
2. PARAÍBA - Historiografia.
3. PARAÍBA. Santa Rita.
Para meus pais, Sebastião José de Aguiar e Maria do Carmo Melo Aguiar, princípio e
fim de minha existência e razão maior de imeu próprio ser.
Para meus irmãos José Vicente, José Antônio, Maria de Fátima I, Maria de Fátima
II e Maria Anunciada Antônio, Luiz, João, Maria do Carmo e Josefa, que comigo me
ensinaram a enfrentar os primeiros passos da vida juvenil e educacional.
Para meus tios: José, João, Antônio, Sebastião, Severino, Augusto (maternos),
Joaquim e Antônio (paternos), e para minhas tias: Maria, Doninha, Francisca, Josefa, Rosa
e Anália (maternas) e Maria Augusta e Severina (paternas) que juntos aos meus pais
formam a unidade descendental de meus avós: João José de Aguiar e Josefa Maria da
Conceição Vieira de Aguiar (paternos) e Manoel Gomes de Mello e Emília Francisca
Pereira de (Meireles) Mello (maternos).
Para todos os meus sobrinhos e sobrinhas, inclusive os (as) afins.
Para meus cunhados: Djalma Panta, Antônio Medeiros, Antônio, João e Alessandro
Bezerra.
Para minhas cunhadas: Rosilene, Domingas e Eudézia.
Para todos os meus primos, primas, parentes alunos e amigos.
Para o Intendente Antônio Gomes Cordeiro de Mello, Primeiro Presidente do Conselho
Municipal de Intendência de Santa Rita (29/03/1890 a 29/06/1890).
Para Beatriz Lopes Pereira, minha primeira professora.
Para o Lions Clube de Santa Rita.
Para a Loja Maçônica André Vidal de Negreiros e Irmãos.
Para todos ex-Prefeitos e ex-Vereadores de Santa Rita.
Para o Desembargador José Rodrigues de Ataíde – In memorian.
Para todos os Serventuários e demais auxiliares da Justiça de Santa Rita.
Para todos os funcionários públicos de Santa Rita.
Para todos os Maçons, Católicos, Espiritas e Crentes de Santa Rita e do mundo.
Para todos os bóias-frias, camponeses, operários e profissionais anônimos de
Santa Rita e do mundo.
DEDICAÇÃO ESPECIAL
À memória de
João José de Aguiar,
Josefa Maria da Conceição Vieira de Aguiar,
meus avós paternos,
Manoel Gomes de Mello,
Emília Francisca Pereira de Mello,
meus avós maternos,
Maria de Fátima Mello Aguiar (I)
Maria de Fátima Mello Aguiar (II) e
Maria Anunciada Mello Aguiar, minhas irmães, que foram chamadas por Deus para a
eternidade ainda crianças.
Aos habitantes e eleitores de Santa Rita, que me deram a oportunidade de representá-
los durante quatorze anos anos na Câmara Municipal de Santa Rita e pelos mesmos
contínuo a defendê-los como irmão, advogado e educador, eternamente e sempre.
HOMENAGEM ESPECIAL AS CRIANÇAS DE SANTA RITA
CRIANÇA SANTARITENSE
por Francisco de Paula Melo Aguiar
Criança Santarritense!
Eu te comparo a uma flor.
Flor que adorna os lares.
Flor que ornamenta as Escolas.
Flor que matiza os caminhos.
Tens cor, perfume e espinhos
O teu colorido variado
Embeleza os cenários santarritenses.
Teu perfume enche os ares.
E teus espinhos?
Ferem os que te amarn.
Cultivam-te!
Teus pais,
Teus mestres,
Tua comunidade.
Arrancandole os espinhos,
Orientando-te para um caráter reto,
Para seres meiga,
Para seres sensível,
Aos sofrimentos do teu próximo.
Para amares aos que te amam.
Feliz é a pessoa que planta uma árvore para
viver debaixo de sua sombra, antes, durante e
depois de sua vida.
Francisco de Paula Melo Aguiar
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO .................................................................................................... 13
PREFACIANDO ....................................................................................................... 15
Sinto-me honrada em apresentar a segunda edição do livro Santa Rita, Sua História
e Sua Gente, de autoria do advogado, poeta, educador, historiador, escritor e amigo Prof.
Dr. Francisco de Paula Melo Aguiar, que inclusive faz parte na condição de acadêmico na
Academia Paraibana de Poesia da Academia e da Academia de Letras do Brasil. A obra
premiada em primeiro lugar pela AUS-Associação Universtária Santaritense em 1979 e
publicada em 1985 pela Gráfica Júlio Costa, sediada em Campina Grande/PB, quando de
seu lançamento, sai agora em segunda edição em pesquisa aprofundada e ampliada, com
vários capítulos e quase seiscentas páginas.
Constitui uma obra de fôlego, alicerçada em fontes documentais, iconográficas e
orais, reconstruindo Santa Rita de ontem e de hoje. É mais uma obra de história local, a
enriquecer a historiografia paraibana e regional.
O ressurgimento da História regional e local nos anos cinquenta do século passado
na França e Inglaterra e, muito posteriormente em nosso país, deve-se sobretudo pelas
perspectivas abertas pela Escola dos Annales e às veredas conquistadas pela Demografia
Histórica e sua inserção na História Social.
Para o historiador Marc Ferro, em sua imprescindível A História Vigiada: “O
movimento de renovação historiográfica estava marcado pela necessidade de uma análise
mais profunda dos acontecimentos contemporâneos, de onde emergiam uma pluralidade
de agentes sociais e pela limitação imposta pelos paradigmas mais tradicionais do
conhecimento histórico em aplicá-lo” (FERRRO,1989:116).
Feliz de quem descobre muito cedo sua verdadeira vocação, como o Prof. Dr.
Francisco Aguiar, o Menino Professor nascido do casal proprietário rural Sebastião José de
Aguiar e Dona Maria do Carmo Melo Aguiar, em Sapé, a 03 de abril de 1952. Logo que
alfabetizou-se e já lendo corretamente, passou a alfabetizar seus irmãos mais novos e seus
coleguinhas vizinhos, em terraço de sua própria casa. Aos doze anos, em 05 de janeiro de
1964, fundou com incentivo dos pais sua própria Escola. Cinco anos depois o educandário
possuía registro estadual e municipal, além de uma completa banda que abrilhantava os
desfiles cívicos escolares da Semana da Pátria em Santa Rita realizados na administração
do saudoso prefeito Antonio Teixeira.
Hoje o COFRAG - Colégio Dr. Francisco Aguiar, primeira escola particular do Bairro
Popular a oferecer o ensino médio em Santa Rita, é parte de um Complexo Educacional
formado pelo IESPA/FAFIL-Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, Instituições de Ensino
Superior com ótimo conceito nacional, segundo avaliações do MEC.
Como reconhecimento a sua dedicação como educador, foi eleito vereador quatro
vezes nas legislaturas: 31/01/1973 a 31/01/1977; 31/01/1977 a 31/01/1981; 31/01/1981 a
31/01/1983 e 01/01/1989 a 31/12/1992, tendo presidido a Câmara Municipal-Casa Prefeito
Antonio Teixeira, além de Presidente da Assembleia Municipal Constituinte em 1989/90,
quando foi elaborada e aprovada a sua atual Lei Orgânica e comemorado o primeiro
centenário da emancipação política de Santa Rita, fato ocorrido em 19 de março de 1990.
Graduado em Pedagogia pela UFPB e em Ciências Jurídicas e Sociais, pela UNIPÊ,
respectivamente, em julho e dezembro de 1979, poucos anos depois graduou-se também
em Teologia, em 1985, pela Faculdade de Teologia e Ciências Humanas de São Paulo e
recentemente graduou-se em Educação Física, pelo ISEED/MG. Realizou várias
especializações nas áreas de Didática, Metodologia do Ensino Superior, Educação à
Distância, Psicopedagogia e Psicanálise Clinica. É mestre em Teologia, Psicanálise Clínica e
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
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A mesma redação da 1ª edição de 1985 da genitora do autor falecida em 22/12/1996.
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
PREFACIANDO
A historiografia mexe constantemente
com a história que estuda e com o lugar
onde se elabora
CERTEAU, 1982, p. 126.
A cidade e Município de Santa Rita, Estado da Paraíba foi criada e emancipada pelo
Decreto Estadual nº 10, de 19 Março de 1890, quando o Dr. Venâncio Augusto de Magalhães
Neiva, era governador, mas, não obstante os esforços da iniciativa privada, principalmente
com o funcionamento do maior parque agroindustrial açucareiro do Estado e os esforços
dos homens de boa vontade que sempre almejam excelentes princípios de progresso e paz
social, nossa comunidade ficou estacionária por diversas décadas, num verdadeiro e
prolongado ostracismo, quase por todos os governantes estaduais e federais.Graças o
empenho do senhor Antônio Gomes Cordeiro de Mello, do Vigário Padre Manoel Gervásio
Ferreira, dentre outras lideranças locais, que através de abaixo assinado com mais de
quinhentas assinaturas do povo de Santa Rita que exigia ao então primeiro mandatário do
Estado da Paraíba a emancipação de Santa Rita da então Capital da Paraiba, atual João
Pessoa. Deve-se mencionar que após o advento da Revolução de outubro de 1930 que
levou a Aliança Liberal ao Poder Central do Brasil na pessoa do Lider Getúlio Vargas e
principalmente sob a égide e controle administrativo e político do governo nacional
discricionário, veio Santa Rita procurar a tomar novos rumos para sua economia, e que não
somente os prefeitos, vereadores, autoridades estaduais e federais foram os responsáveis
pelo progresso social do município, mas, também, as empresas particulares, como fábri-
cas de aguardante, açúcar, tecidos, redes, panelas de barro, sapatos, usinas e engenhos
de cana-de-açúcar e fábrica de ágave, sendo assim Santa Rita o sexto maior colégio
eleitoral da Paraíba, a quarta maior cidade do Estado e a terceira maior cidade do Estado
em arrecadação de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias - ICMS, conforme as
estatisticas oficiais.
Santa Rita, presentemente, se apresenta como sendo um dos principais municípios
pólos da Paraíba, dada a sua importância natural, sócio-econômico, cultural e até mesmo
político, o que justiíica-se pela sua situação topográfica, quer pelo terreno fértil e
produtivo, quer pela inteligência do seu povo. Financeira e economicamente, é claro, acha-
se, é inegável, em boas e excelentes condições, apesar da crise mundial, provocando a
infração galopante de que o povo brasileiro é a grande vítima de tais descasos nacionais,
estaduais e regionais, tendo em vista as desigualdades sociais emanadas de tal situação que
afeta direta e indiretamente ricos e pobres do Brasil como um todo. Deve-se lembrar que
possui, ainda fábricas de doces, gelo, cerâmicas, fundições, movelárias, serrarias, pescarias
na área de Livramento, Ribeira e Forte Velho e até pouco tempo tinha a pesca da baleia,
de onde se extrai o famoso e medicinal óleo de baleia na Praia de Lucena, fato histórico
de um passado recente entre nossa historicidade. É importante lembrar de que Lucena
pertenceu ao Municipio de Santa Rita até 1963, quando o Governador Pedro Gondim
emancipou-a como Cidade, mas, ainda hoje não tem Comarca Judiciária, pois, a Justiça que
manda em Lucena é a de Santa Rita, tem ainda, oficinas mecânicas com um excelente
pessoal, devidamente habilitado e competente para o serviço. Está bem servida por ônibus
para João Pessoa, e para todos os recantos urbanos e rurais do Município. Tem instaladas
e funcionando as Usinas: São João, Santana, Santa Rita, Japungu e o tradicional Engenho
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Ressaltamos, porém, que o mesmo não ocorreu com nossas lideranças locais
sindicais que preferiram ficar do lado do patronato através do sistema de aperto de mãos e
tapinhas nas costas, onde você é meu amigo e com você ninguém bole, onde os interesses
individuais prevalecem sobre os interesses coletivos.
A vocação agroindustrial do municipio de Santa Rita teve inicio com a fundação
e conquista da Capitania da Paraíba e de modo específico com a fundação do
Engenho Tibiri, ainda no século XVI, ex-vi que “fundaram o primeiro engenho
moderno de açúcar, que é a usina São João (1888)”, bem como “outra usina, a
Cumbe, é de 1910 e a terceira, Bonfim, é de plena fase da grande guerra [...]”,
segundo Mariz (1994). Diante de tal afirmação, o Cumbe transformou-se na Usina
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Santa Rita, atualmente extinta e a Bonfim passou a ser Usina Santa Helena, no
vizinho municipio de Sapé, também extinta e ocupada pelos sem terras na década de
90 do século XX, o que não deixa de ter influência direta e ou indiretamente com a
economia agroindustrial desenvolvida ainda atualmente no municipio de Santa Rita, o
único municipio paraibano que tem em pleno funcionamento no século XXI as usinas:
São João, Japungu, Agroval (antiga Santana) e Miriri, garantindo assim o
desenvolvimento social de emprego e renda em grande escala na zona rural. Por
outro lado, o municipio de Santa Rita também agrega um parque industrial da
grande, pequena e microempresa voltado para confecção de sapato, roupa, ceramica
e engarrafamento de água mineral através de industrias aqui instaladas e
funcionando.
Quanto ao ensino de 1° (primeiro) grau público municipal, o município está
relativamente aparelhado por prédios públicos, tanto na sede, quanto na Zona Rural,
faltando apenas mais investimentos em termos de aparelhamento e qualificação
profissional de todos os agentes educacionais diretos e indiretos com o sistema
educacional, levando-se em consideração de que ma creche não é um depósito de
crianças. O ensino ministrado pela rede estadual não é suficiente para atender a
demanda de alunos que ingressam na primeira série do primeiro grau a cada ano,
apenas pouco mais de vinte por cento dos santarritenses estudam em escolas do poder
público estadual. Vale salientar de que a primeira escola primária estadual de Santa Rita é
o Grupo Escolar João Úrsulo, inaugurado em 1939, pelo Governador Argemiro de
Figueiredo. Existem também as escolas estaduais: Maria Honorina Santiago, a antiga
Escola Reunidade de Viração, que foi dividida em duas escolas: A Professor José Ferreira
Vaz, com frente para a Rua Terêncio Ferreira e a Aline Silva Madruga, com frente para a
Rua Nossa Senhora do Carmo, no Bairro Popular. O Estado também mantem a Escola
Estadual de Ensino Fundamental Prefeito Antônio Teixeira, a Escola Normal Estadual
Anisio Pereira Borges, na Vila Tibiri, além do antigo Colégio Estadual Enéas Carvalho,
dentre outras escolas igualmente importantes em Várzea Nova, Tibiri II/III, e em Marcos
Moura. Em um passado recente a rede particular de ensino fechou as portas do Ginásio
Virginia, do Ginásio Comercial Américo Falcão, da Escola Particular Amaro Gomes, do
Instituto São Francisco de Assis, do Instituto Santa Verônica, do Instituto São José, dentre
outros. Continuam ainda instalados e funcionando desde o século XX a presente data o
COFRAG – Colégio Francisco Aguiar, fundado em 05 de janeiro de 1964, com sede à Rua
Eurico Dutra, nº 64, no Bairro Popular, pelo menino professor (antigo Colégio Presidente
Getúlio Vargas), que mantém o ensino de Educação Básica e profissionalizante; bem como o
Instituto Santa Terezinha e o Educandário José Américo, na sede, e o CNEC Ministro João
Agripino, em Tibiri II, dentre outos educandários igualmente importantes no ramo
educacional básico. A cidade tem o IESPA, mantenedor da FAFIL – Faculdade de Filosofia,
Ciências e Letras, fundado em 1984 e com funcionamento autorizado e reconhecido pelo
Governo Federal desde 29 de fevereiro de 1996. Temos ainda em pleno funcionamento um
campus da UFPB que oferece o bacharelado em Ciências Jurídicas e Sociais, além do Instituto
Federal de Educação da Paraíba, em fase de implantação a margem da BR 230, na localidade
denominado de planalto de Santa Rita.
O processo de instalação do mini-distrito industrial de Santa Rita anda como
passos de crianças deficientes no local denominado de “Planalto” e graças à iniciativa
privada, pois, os recursos públicos são quase inexistentes e a representação política de
Santa Rita é muito pobre para exigir que o Governador do Estado amplie o número de
ajuda para favorecer a implantação do distrito industrial santarritense. A representação
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política na Assembleia Legislativa da Paraíba é omissa diante dos poucos votos que lhe são
conferidos de quatro em quatro anos. Diante da falta de reconhecimento em termos de
votos vem à omissão do esquecimento da cidade e de seu povo hordeiro. O certo é que
Santa Rita ainda não tem uma grande fabrica em suas terras para oferecer empregos as
nvoas gerações. Até mesmo a fábrica de perfume Avon, que era uma esperança de dias
melhores para nossa gente trabalhadora, encerrou suas atividades, a única indústria que
sobrevive a atual crise com a metade de seu quadro de operários é a COSIBRA, depois das
empresas rurais de cana de açúcar. Aqui se fabrica o tijolo e a telha que é usada para
construir casas quase em todas as cidades do Estado,onde tal seguimento econômico é
representado dentre outras empresas pela Cincera.
Aqui está o prefácio do livro denominado de "SANTA RITA, SUA HISTÓRIA, SUA
GENTE", que pretendemos publicar, embora que gradativamente, daí porque, essa foi e é,
a maior razão do passado e do presente,levando-se em conta de que o historiador tem a
visão de mundo “[...] como a relação entre um lugar (um recrutamente, um meio, um
ofício, etc.), procedimentos de análise (uma disciplina) e a construção de um texto (uma
literatura). É admitir que ela faz parte da “realidade” de que trata, e essa realidade pode
ser compreendida “como atividade humana”, “como prática”. Nessa perspectiva, [...]a
operação histórica se refere à combinação de um lugar social, de práticas “científicas” e de
uma escrita.” (CERTEAU, 1982), para servir de exemplo e motivação para os santaritenses
do amanhã, pois, a data de 19 de março, dia da criação e da emancipação do Município e
cidade de Santa Rita, fato histórico ocorrido em 1890, foi lembrado e ou comemorado
como o dia da emancipação municipal, somente o sendo em 1990, quando a cidade e
município completou o seu primeiro centenário de uma história que ainda falta ser contada
em versos e em prosas pelos escritores e historiadores de nosso tempo, levando-se em
consideração de que:
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CAPITULO I
A CAPITANIA DA PARAIBA E SANTA RITA
O estudo do passado não é um guia seguro para
predizer o futuro. Porém, ele nos prepara para o
futuro, expandindo nossa experiência, fazendo
com que possamos aumentar nossas habilidades,
nossa energia e se tudo for bem, nossa sabedoria.
[...] Mas só sabemos essas coisas sobre o futuro
porque estudamos o passado: sem isso não
teríamos nem mesmo o conhecimento dessas
verdades fundamentais, não saberíamos as
palavras para expressá-las, ou até quem, ou onde,
ou o que nós somos. Só conhecemos o futuro
através do passado nele projetado. Nesse sentido
a História é tudo que temos.
Jonh Lewis Gaddis
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Por outro lado, ressaltamos o mesmo fato histórico, porém, ocorrido não no
Engenho Espirito, localizado na Várzea do Paraíba, referente a resistência anti -
holandesa, que teve vinte anos de duração, isto é de 1634 a 1654 sob o comando de
André Vidal de Negreiros, onde os holandeses jamais conseguiram firmar-se, ex-vi que
Portanto, o Rio Samuaraguai, Rio São Domingos e Rio Paraíba, é o mesmo rio
ruim no dizer dos nativos paraibanos, local da tragédia mencionada acima, porém, existe
a divergência da localidade em ambos os historiadores, o primeiro afirma que o local foi
o “Engenho Espirito Santo” e o segundo afirma que o local foi o “Engenho Santo
Antônio”, ambos são vizinhos, sendo apenas separados pelo leito do rio Paraíba, ainda
na atualidade.
A várzea do Samuaraguai, São Domingos e ou Paraíba, não importa o nome do rio
já referido, durante a invasão holandesa na Paraíba, serviu de palco da repressão
holandesa, principalmente depois do assassinato de Ippo Eyssens. Os soldados
comandados por Rabelinho eram quase todos mercenários viviam fazendo saque contra
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"A Rainha dos Canaviais", em razão da plantação de cana de açúçar em seu território e
sua principal fonte de riqueza renovável.
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transformou-se na Usina Santa Rita, atualmente extinta. Em 1701 foi fundada uma
pequena capela no local onde se encontra a atual Matriz-Santuário de Santa Rita de Cássia,
que foi inaugurada em 1776 e restaurada em 1932, graças o trabalho iniciado por
Monsenhor Melibeu, que faleceu em 09 de agosto de 1932 e a coragem de Monsenhor
Rafael de Barros, seu sucessor como vigário de nossa freguesia. A partir de 1701, pequena
capela de então passou a ser local de peregrinação e pagamento de promessas, graças ao
empenho dos frades italianos que assistiam a população local com a fé católica, portanto,
daí surgiu o comércio da referida vila no entorno da referida casa de oração.
O Governo do Estado da Paraíba, no ano seguinte ao nascimento do regime
republicano, atende o clamor da população e emancipa o município de Santa Rita, diante
dos termos do abaixo-assinado redigido pelo Padre Manoel Gervásio Ferreira da Silva, pelo
Coronel Francisco Alves de Souza Carvalho, pelo Senador Firmino Gomes da Silveira, pelo
senhor Antônio Gomes Cordeiro de Mello, dentre mais de 500 (quinhentas) assinaturas,
alegando que “não há mais sentido o florescente povoado de Santa Rita no novo regime
continuar como freguesia, pois possui vinte e cinco engenhos moentes, duas escolas, duas
igrejas e várias capelas, duas olarias, uma usina de assucar e um cemitério, além de uma
concorrida feira semanal para onde convergem as populações interioranas [...]” e além do
mais “[...] não se justifica que, contribuindo com seus vantajosos impostos para o
progresso do Estado, permaneça Santa Rita subordinada à Capital [...]” , conforme registro
as folhas 183 do Livro do Tombo da Paróquia de Santa Rita de Cássia e citado por Santana
(1990, p.200).
Assim sendo, diante da exposição de motivos formalizados através do referido
abaixo-assinado, em 19 de março de 1890, o Governador Venâncio Neiva, não teve outra
saída a não ser assinar o Decreto nº 10, emancipando Santa Rita do território da então
Capital da Paraíba. Segue a transcrição do referido documento de emancipação política
municipal:
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com a deposição dos governadores dos Estados que não ficaram contra o golpe de Deodoro.
E na Paraíba não foi diferente, no dia 27 de dezembro de 1891, foi deposto o governador
Venâncio Neiva, quando por aclamação foi composta uma junta de governo formada pelo
Coronel Cláudio Savaget, então comandante do 27º Batalhão de Infantaria; por Eugênio
Toscano e Joaquim Fernandes de Carvalho. Valendo salientar de que o Venâncio Neiva, foi
reposto por ordem expressa do Rio de Janeiro então capital do Brasil, porém tirou licença
junto ao Superior Tribunal de Justiça e passou o cargo de governador ao desembargador
Manuel Fonseca, cujo governo foi deposto no dia 31 de dezembro de 1891, quando a junta,
após novas aclamações, novas passeatas, senhora da situação, instala no paço do governo e
começou a decretar substituição dos venancistas pelos partidários da política vitoriosa,
conforme Mariz (1994, p.183/184). A partir de então teve inicio a política de demolição, a
começar pela dissolução do primeiro Congresso Constituinte Paraibano, revogação da Carta
Magna do Estado da Paraíba, aprovada em 5 de agosto de 1891, bem como a revogação o
Decreto Estadual nº 69, de 30 de setembro de 1891, que disciplinava a organização judiciária
da Paraíba. O mandonismo paraibano foi ferido de morte tendo em vista o fato da deposição
das intendências municipais que foram nomeadas pelo governo estadual deposto.
Ressaltamos porém de que apenas a intendência do município de Santa Rita escapou a sanha
da Junta Governativa Estadual provisória, diante do fato que o referido município foi extinto e
voltou a condição de Distrito do município da Capital da Paraíba, através da Lei Estadual nº 9,
de 17 de dezembro de 1892, da lavra do presidente Álvaro Machado, que determinou
textualmente: “recolhendo o ex-intendente Francisco Carvalho à intendência da Capital, o
arquivo e as chaves dos próprios da edilidade suprimida”, conforme Rodrigues (1985, p. 39),
tudo por mera represália do “Alvarismo” contra o “Epitacismo”, representado pelo senador
Firmino Gomes da Silveira, aliado políticio das lideranças santaritenses.
O “Alvarismo”, declarou extinto o município de Santa Rita em 17 de dezembro de
1892, assim sendo, a partir de janeiro de 1893 a setembro de 1897, suas principais lideranças
políticas se mobilizam, onde se destaca a liderança do Padre Manoel Gervásio Ferreira da
Silva, que em 1896, escolhido vice presidente do Estado da Paraíba pelo então presidente
Antônio Alfredo da Gama e Melo, e assim sendo ele consegue a restauração da emancipação
política de nossa terra em 1897 e em 1900 o Padre Ferreira se elege deputado estadual com
punho forte, ex-vi que “o Padre Ferreira se julgava no direito de interferir em todos os
assuntos ligados a sua paróquia, interferindo e exigindo obediência do intendente, do
delegado, dos grandes proprietários e da população pobre de Santa Rita”,conforme o
depoimento prestado por Olinto Gil de Freitas a Lapemberg Medeiros, mencionado acima.
Enfatizamos de que nas eleições de 16 de novembro de 1897, os venacistas já tinham aderido
ao alvarismo, de modo que o governo nomeia o coronel Francisco Alves de Souza Carvalho
para presidir a Junta Eleitoral Municipal, motivo pelo qual consegue eleger o Conselho
Municipal de Intendencia de Santa Rita, constituído por ele e seus familiares em mais de 80%
das vagas existentes, que tomaram posse em dezembro de 1897, sendo o próprio coronel
Francisco Alves de Souza Carvalho, nomeado Presidente do Poder Executivo Municipal; e os
conselheiros municipais: Joaquim Peregrino Ferraz de Carvalho (Coronel Quinca Marcelino da
Guarda Nacional nomeado pelo Presidente Campos Sales); Antonio Daniel de Carvalho –
primeiro vice presidente; Carlos Hilário de Carvalho; João Caetano de Carvalho; Ernesto
Todolfo Carvalho de Albuquerque; Manoel Teixeira de Vasconcelos; Manuel Justino de
Andrade (Medeiros apud Santana, 1990, p. 202/205).
A Carta Magna de 1891 tinha o viés liberal republicano, porém manteve o controle
autoritário do Estado Brasileiro através do exército e pelas oligarquias regionais em cada
unidade do país. Vale salitentar de que até o controle da cobrança de impostos em cada
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estado tinha o controle das oligarquias regionais, porque somente assim poderiam ditar os
parâmetros eleitorais estaduais e municipais para se manter no poder do quero, posso e
mando.
Em Santa Rita o Padre Ferreira, diante da novidade vinda da Carta Magna de 1891,
onde agora o voto é direto, porém não secreto, surge direta e indiretamente a necessidade de
controlar os currais eleitorais de sua freguesia, o que ele soube fazer muito bem, fundando
diversas sociedades religiosas, onde os cidadãos associados e demais interessados aprendiam
assinar o nome e a sua doutrina ideologicamente falando, inclusive em termos de maior
aproximação com seus futuros eleitores do sexo masculino, tendo em vista que a referida
constituição excluiu o voto feminino. A ajuda e ou qualificação escolar dos futuros eleitores
patrocinada pelo Padre Ferreira na última década do século XIX na freguesia de Santa Rita,
ainda que por analogia, tem o viés que “o populismo é a política da emoção; por isso, é visto
com desconfiança pelos racionalistas tradicionais” (LE PEN, 2015, p.79) na visão do século
XXI. Dentre as diversas sociedades leigas criadas na freguesia de Santa Rita a partir de 1891,
algo parecido com os currais eleitorais dos coronéis dos engenhos de açúcar, porém, criadas
com o viés católico pelo padre chefe político e religioso, estão: o apostolado da oração,
embora originado de um colégio da Companhia de Jesus, em Vals, perto de Le Puy-em-Velay,
na França, fundado em 03 de dezembro de 1844, na festa de São Francisco Xavier, pelo
Padre Francisco Xavier Gautrelet, com a finalidade apostólica de oferecer suas orações para
os trabalhadores nos diversos campos do apostolado visando salvar os homens, sem que
os estudantes tivessem que parar suas atividades diárias principais que eram os estudos; A
Confraria de São Vicente de Paulo, fundada por Antônio Frederico Ozanam e seus
companheiros em 23 de abril de 1833, inspirado no santo francês de igual nome e que foi
canonizado pelo Papa Clemente XII, em 1737, considerado no seu tempo como um dos
maiores protagonistas da Reforma na Igreja Católica na França no século XVII, além de do
amor a Deus e aos pobres, por isso fundou várias obras de caridade em vida; Associação
da Filhas de Maria para atender o seguimento feminino em evangelização e serviços
pastorais dentro e fora da igreja. É salutar informar de que a junta de qualificação eleitoral
funcionava, embora que provisoriamente nas dependências da igreja matriz. Administrou o
município de Santa Rita de 1907 a 1910, segundo o depoimento de Olinto Gil de Freitas. E
assim foi a atuação do Padre Ferreira durante 42 (quarenta e dois) anos como vigário e
chefe político em Santa Rita, pois, assumiu em 1874 a referida paróquia até setembro de
1916, tendo em vista que o Padre Simão Fileto, seu sucessor, assim se expressa que ele
“faleceu em 1916, em meio de grande pesar dos seus paroquianos e amigos, sendo seu
corpo inhumado na Matriz local”, conforme consta no Livro do Tombo da Paróquia de Santa
Rita (1916/1917.set.1917, p. 183). Em outras palavras o corpo do Padre Ferreira encontra-
se sepultado dentro da Paróquia Santuário de Santa Rita de Cássia.
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inexistentes, escolas e creches sucateadas, etc., aqui falta tudo, inclusive pagamento aos
fornecedores e contratantes de serviços e obras municipais. Aqui merece uma observação
de que Reginaldo Pereira foi candidato a prefeito a primeira vez em 15 de novembro de
1968, vindo a seja prefeito na sétima tentativa em 2012, portanto, foi eleito prefeito 44
(quarenta e quatro) anos depois. Infelizmente sua gestão municipal vive sendo motivo de
discussões judiciais e políticas desde 1 de janeiro de 2013, data da posse. Já foi afastado
do cargo varias vezes e atualmente tenta judicialmente voltar ao referido cargo antes que o
mandato se termine em 31 de dezembro de 2016. Por outro lado o pano de fundo da
desestruturação da gestão atual é por demais complexo e envolve ambos os poderes:
executivo e legislativo, sem ter como capitular da crise que ambos criaram logo no dia da
posse. Infelizmente, a desqualificação da atividade política nacional, estadual e municipal,
tem assim prejudicado pessoas bem intensionadas que desistem de apresentarem seus
nomes para disputar democraticamente o voto popular para exercer atividades na
administração pública nos três níveis de governos de nossa república, dos estados
membros e dos municípios, principalmente quando a opinião pública procura generalizar de
que todos os políticos são corruptos, segundo o imaginário da população revoltada com os
escândalos nacionais, estaduais e municipais, onde tem gente que entra na vida pública
sem ter um cordão para amarrar um vira lata e quando termina o mandato, ele e seus
familiares estão ricos sem causa probante.
Isso é um fato e contra fato não se tem argumento, a Bíblia Sagrada reconhece a
existência da escravidão e apenas a religão procurava atenuar a metodologia e ou modo de
agir, sem sombra de dúvidas aquele que não era escravo, se achava livre para receber
como de fato e de direito recebeu a herança maldita do mundo antigo no tocante a
tradição e preceitos religiosos. Infelizmente a chaga da escravidão humana tem matizes
comerciais, de mercadorias e amparo em todas as religiosidades presentes na terra, salvo a
fé em Jesus Cristo que através do batismo, todos estão livres do pecado (GÁLATAS, 3:22-
28). É essa a norma geral de libertação preconizada pelo Cristiano e imposta pela Igreja
Católica Apostólica Romana em todas as sociedades em que a mesma se fez e faz presente
ainda em pleno século XXI. Na realidade brasileira é inegável de que o escravo era os pés e
as mãos dos senhores de engenho de nossa história colonial e imperial. As péssimas
condições sanitárias eram subhumanas e isso fazia com que os escravos tivessem poucos
anos de vida, haja vista também os castigos corporais, comidas insuficientes, longa jornada
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de trabalho diária. Diante de tais circunstâncias era fomentado em grande escala o tráfico
negreiro da África para atender as necessidades dos senhores de engenhos no Brasil e até
porque o negócio de comprar, vender e trocar escravos era considerado o mais lucrativo
debaixo do sol do além mar. O escravo era uma mercadoria como outra qualquer e que
garantia lucro certo ao seu proprietário, tanto trabalhando nas fazendas e engenhos na
agricultura, criação de gado, etc., quanto para vender no comércio negreiro nas feiras
livres, apesar de “[...] alguns escravos recusavam qualquer adulação ou persuasão para
colaborar e resistiam à escravidão de todas as maneiras possíveis [...] ”, conforme Schwartz
(2001, p. 103). A escravidão é a escravidão em qualquer parte do mundo, seja ela de
negros e ou de brancos, não importa a etnia é um ato desumano em sua plenitude, nada
importando ter ou não a benção de cheferes de estados e de religiões terrenas. Dentre os
paraibanos abolicionistas que durante o século XIX e da libertação no papel da lei áurea
imperial de 13 de maio de 1888, podemos destacar sem sombra de dúvida a luta diária em
favor do cativo humano do Brasil, Diogo Velho, Beaurepaire Rohan e Cardoso Vieira
(homem de instinto intelectual e forte em suas decisões. Nasceu Manoel Pedro Cardoso
Vieira, em 1848, na Freguesia de Jacoca, atual município do Conde/PB, filho legítimo de
Pedro Cardoso Vieira e Maria Severina Vieira. É importante mencionar de que “a sua
família, em 1850, era proprietária de doze escravos e de dois imóveis: um, em Jacoca, o
“sítio de terra” Congo (com 25 braças) e outro na capital, uma casa localizada na área
central, para onde a família se mudou, no período que antecedeu a entrada do jovem
Manoel no Curso de Direito, na Província de Pernambuco”, bem como “sua formação se
deu entre os anos de 1863 e 1870”, de modo que “no ano seguinte, retornou à cidade da
Parahyba, onde se dedicou à advocacia, ao magistério (foi professor particular de
Matemática e, no Liceu, assumiu as cadeiras de Retórica e Geometria) e ao jornalismo,
mantendo seu espírito controverso, questionador e com disposição de levar até as últimas
consequências, seu ponto de vista politico” , assim sendo, “fundou, inclusive, o panfletário
Bossuet da Jacoca, para contestar o seu inimigo político, o ex-conversador e também
liberal padre Lindolfo José Correa das Neves, diretor do jornal O publicador” , entenda-se
que “o jornal Bossuet da Jacoca, irrevente semanário, teve seu primeiro número editado
por Cardoso Vieira em 1875”, e que foi “num dos artigos escritos nesse jornal, atacou
frontalmente o padre Lindolfo por mudar de partido, pois, esse sacerdote havia iniciado sua
vida política no partido Conservador, mas mudara para o Liberal”, já havia naquele tempo
padre metido em política partidária na Província da Paraíba, assim como atualmente, pois,
escreveu um artigo fazendo a seguinte instigação: “quando se sentiu envelhecer num
partido, foi bater as tendas de outro, e como essas prostitutas que mudam de praça, ei-lo,
rejuvenescido, adulado e celebrado! Durará eternamente esta farsa?” (Martins, 1979, apud
Rocha, 2009).
Ressaltamos que segundo Santana (1990, p.87) Cardoso Vieira, nasceu mesmo na
freguesia de Jacoca, atual município do Conde/PB, em 1848. E a referida freguesia tinha
apenas três engenhos em pleno Segundo Reinado, sendo o Engenho Congo pertencente
aos Cardoso Vieira, o que vem justificar a presença de escravos como sua propriedade.
A historicidade do período da Monarquia Brasileira nos informa de que as eleições
eram realizadas em dois turnos. Portanto, o termo dois turnos eleitorais no Brasil já vem de
muito longe, apenas com metodologia diferente, assim como vivenciamos o sistema
republicano. Assim sendo, antes que fosse realizado o primeiro turno do pleito municipal e
ou geral, era nomeada uma junta qualitativa para organizar e elaborar a lista nominal dos
cidadãos ativos, e/ou seja, os que poderiam participar efetivamente do processo eleitoral,
conforme Mattos (2000, p. 20-21), daí por diante, eram divididos em duas categorias,
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O Município de Santa Rita, tem vários rios, sendo cortado de leste/oeste, pelo Rio
Paraíba, que ao longo dos anos vem causando inundações e prejuízos incalculáveis aos
moradores, plantadores de cana de açúcar, da agricultura de subsistência e criadores de
animais da Várzea do Paraíba e mais notadamente nos municípios de Santa Rita, Cruz do
Espírito Santo, Pilar, entre outros, precisamente depois da construção da estrada
transamazônica, que passa por Várzea Nova, pois, o aterro ali colocado transformou-se
em uma verdadeira barragem, tendo em vista a grande quantidade de água corrente, na
época do inverno vinda no leito do “criminoso” Rio Paraíba. Vale apenas ressaltar que
existem ainda, os rios Jacuípe, Mumbaba e Tibirízinho, que são de pequeno porte, mas,
servem para a serventia diária dos moradores de suas aproximidades e para o banho de
animais e pessoas não muito afortunadas. No município não existem açudes considerados
de grande porte, daí porque deixo de fazer alusão, apenas com uma ressalva, no que diz
respeito ao açude de Tibirí, que tanto serve aos habitantes da cidade, e hoje se encontra
na iminência de desaparecer, tendo em vista a falta de atenção dos poderes públicos,
apesar de ficar dentro da própria sede do município, que inclusive poderia ser utilizado
para fazer turismo, além de ter servido a Vila Operária Tibirí e mais ainda, à Fábrica Tibirí,
tendo em vista que era ele que fornecia água a aludida indústria desde sua fundação em
1894, através de encanação própria do líquido precioso.
Ressaltamos, portanto, que o municipio de Santa Rita encontra-se inserido nos
domínios das bacias hidrográficas dos rios Paraíba, na região da várzea, Miriri e Gramame.
É evidente que todos os cursos d’água têm regime de escoamento perene e o padrão de
drenagem é o dendrítico em todas as estações do ano. De modo que os principais corpos
de acumulação d'água são os açudes e lagoas. E além do mais o nosso município tem saída
para o Oceano Atlântico, através do estuário do Rio Paraíba, de modo que nessa região
situam-se diversas ilhas, dentre elas se destacam duas pertencentes ao município: Ilha
Stuart e Ilha Tiriri. No tocante aos corpos d´água do município, temos os seguintes rios:
Cabocó, Camaço, Engenho Novo, Estiva, Gargaú, Gramame, Jaburu, Mamuaba,
Mangereba, Miriri, Paraíba, Paroeira, Pau-Brasil, Preto, Soé, Tapira, Tibiri, Tibirizinho e Una.
Vale apenas também destacas os principais riachos municipais: Água Branca, Bambu,
Bibira, do Boi, do Cesto, Dois Rios, da Estiva, Jaracauna, Jacuípe, Japungu, Laminha,
Mangabeira, Miriri, Obim, Palmeira, Pau-Brasil, das Pedras e Pilão. Destacamos ainda os
principais açudes: gargaú, miriri, Santo Amaro, dos Reis e Tibiri. E bem assim as principais
lagoas são: barriga cheia, do paturi, seca de baixo, seca de cima, tibiri e zumbi. No
estuário do rio Paraíba, existe várias ilhas, que além de servir de limite entre Santa Rita e
João Pessoa, às de maior importância e beleza turística são: Restinga, Struart, Tiriri e
Felix de Belli, todas estão localizadas no complexo sistema de canais do estuário do Rio
Paraíba que desagua na maré do Oceano Atlântico, segundo nos informa Oliveira (1959),
inclusive mencionamos de que as ilhas: Restinga, Struat e Tiriri, são as três maiores ilhas
do estuário do rio Paraíba.
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impaludados. Por outro lado, o título “tamarindo”, inspirou o poeta brasileiro Augusto dos
Anjos, em 1912 a escrever a poesia: “Debaixo do Tamarindo”, onde cita textualmente:
“No tempo de meu Pai, sob estes galhos; Como uma vela fúnebre de cera; Chorei bilhões
de vezes com a canseira; De inexorabilissimos trabalhos!; Hoje, esta árvore, de amplos
agasalhos; Guarda, como uma caixa derradeira; O passado da Flora Brasileira; E a
paleontologia dos Carvalhos!; Quando pararem todos os relógios; De minha vida e a voz
dos necrológios; Gritar nos noticiários que eu morri; Voltando à pátria da homogeneidade;
Abraçada com a própria Eternidade; A minha sombra há de ficar aqui!”, (ANJOS, 2002),
local preferido para seu pai dar-lhes as primerias lições acadêmicas e bem assim para o
poeta escrever suas primitivas poesias. Aqui acontece o congraçamento do botânico com o
poético, sem deixar de lado que tanto a árvore como o poeta são ambos originários da
mesma região de Santa Rita, e várzea e brejo paraibano.
TREVO-CHEIROSO — Bot. Planta da família das Oxaldidáceas.
USO: Costuma-se usar esta planta nos casos de: afecções gástricas, afecções
nervosas, amenorréia, anúria, reumatismo. Como desinfetante, usa-se o chá para lavar
ferida, úlceras, etc. Mistura com mel, o chá dissolve a mecosidade em casos de rouqueira,
catarros, resfriados, enfermidades da garganta e do peito. Em caso de cataplasma,
aplica-se topicamente em casos de amigdalite, bócio, dores de ouvido, inchações em
geral. O suco das flores fresco, do qual se pingam algumas gotas nos olhos, duas ou três
vezes por dia, combate as cataratas.
URTIGA-BRANCA — Bot. Planta cuja haste e folha produzem um prurido ou ardor sobre
a pele; esta, produz flores brancas.
USO: É excelente remédio contra os catarros das vias respiratórias, escrofulose,
hemorragias, hemoptises, leucorréia, menstruação irregular. Este vegetal regulariza as
funções do intestino em casos de constipação e diarreia. Exteriormente aplica-se a infusão
das flores, em loções e compressas, sobre contusões, queimaduras, etc.
URTIGA-VERMELHA — Bot. Difere da branca apenas na coloração.
USO: As folhas tenras das extremidades, misturadas com outras ervas, são usadas
em saladas ou guiados para estimular as funções digestivas, para facilitar a secreção uri-
naria (na hidropisia), ajudar no tratamento da diabete e da anemia. Em saladas,
ensopados, chá, sucos, a urtiga age poderosamente como depurativo do sangue, pelo que
se usa nas afecções da pele, gôta, reumatismo, etc. É um bom remédio contra os cálculos
renais. Aumenta a secreção do leite das mulheres que amamentam. É preciso tomar
cuidado com os espinhos da urtiga, ao apanhar suas folhas. Depois de colhidas as folhas,
os próprios espinhos ficam murchos inofensivas.
URUCU ou URUCUM — Bot. É o fruto do urucuzeiro ou urucueiro (bixa orellana),
arvoreta pertencnete a família das bixáceas, planta nativa da América Tropical e que pode
atingir a atula de seis metros (arbusto da família das Bixáxeas).
USO: As sementes do urucu ou urucum são expectorantes para combater as moléstias
do peito. São recomendadas para diversas afecções do coração: cardite, endorardite,
pericardite, etc. A tinta do urucum é usada como antídoto do ácido prússico, veneno da
mandioca.
VASSOURINHA — Bot. (Scoparia dulcis). Planta da família das Rubiáceas.
USO:Planta béquica, emoliente e peitoral. Ajuda a expulsar os catarros pulmonares, é
útil na bronquite, regulariza a menstruação.
VELAME-BRANCO — Bot. (Macrosiphonia velame). Planta herbácea da família das
Oxalidáceas.
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Nesta mesma época, o Brasil vivia o período regencial, modelo da gestão pública arranjada
porque o Imperador Pedro II, ainda era uma criança e não tinha maturidade suficiente para
administrar o império e seus súditos. O plantio e colheita da cana de açúcar ainda era
escrava e que ainda duraria pelos menos uns cinqüenta anos até o 13 de maio de 1888. É
importante ressaltar de que a cana de açúcar entrou no Brasil nos primeiros anos do século
XVI, logo após o descobrimento e ou achamento da Terra de Santa Cruz, por Pedro Álvares
Cabral em 22 de abril de 1500, através das instalações de engenhos de açúcar e da
primeira indústria na nova colônia portuguesa, sucessora in loco da chamada indústria
extrativa do ciclo do pau-brasil.
A principal fonte de trabalho de Santa Rita ainda é a agricultura canavieira e de
emprego o serviço público municipal, pois, apesar de já existir várias indústrias
instaladas e funcionando, outras em fase de implantação, o comércio também se
expandindo gradativamente. A rede bancária e casas lotéricas também ajuda a
empregar certa parte do povo em suas atividades. A principal riqueza agrícola do mu-
nicípio de Santa Rita é a cultura temporária da cana-de-açúcar, com 18.600 (dezoito mil e
sessentas) hectares, plantadas e colhidas, anualmente, com uma produção anual de
930.000 toneladas. Vem daí o fato de ser conhecida como cidade rainha dos canaviais. O
solo formado principalmente por massapê é propicio ao plantio da cana de açúcar. É Santa
Rita o maior pólo agroindustrial e ou açúcareiro da Paraíba, desde a implantação do
primeiro engenho de açúcar na Paraíba em seu solo em 1587 (Engenho Tibiri, atualmente
extinto), inclusive tem diminuido a oferta de trabalho na zona rural, tendo em vista o
fechamento de usinas, engenhos e pequenas propriedades, bem como por causa da
procura de trabalho com carteira assinada, por parte dos trabalhadores do campo e seus
sindicatos na várzea do Paraíba. Por outro lado o municipio tem 1.800 (um mil e
oitocentas) tectares, plantadas e colhidas do abacaxi, segundo o IBGE (2013), mandioca,
batata doce, coco-da-baía, banana, manga, caju e outras de menor importância ainda, a
exemplo da mangaba, tirada gratuitamente nos tabuleiros da zona rural do municipio
por homens, mulheres e crianças para abastacer com o referido fruto a região
metropolitana, gerando assim trabalho informal. A indústria voltada principalmente para
agroindustria, tendo importância também o ramo da cerâmica e bem assim para o
engarrafamento de água mineral é de extraordinária importância para o progresso do
municipio, além de fonte de empregos formais. Contribui igualmente para combater o
desemprego no âmbito municipal e regional as industrias de calçados, de confecção, de
ágave e de móveis, além de empresas de serviços e de supermecados.
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industrial no âmbito municipal ainda continua sendo a agroindustria constituída pelas usinas
São João, Japungu, Agroval e Miriri. Ainda temos a presença da Alpargatas, que representa
o ramo calçadista, a Demillus, que representa o ramo de confecção intima feminina, a
Cincera, a principal industria na fabricação de telhas, tijolos e seus derivados. Temos ainda
a Cosibra, representante principal do ramo na fabricação de produtos através do ágave e
seus derivados. E finalmente, a industrialização de água mineral através de diversas
empresas do ramo aqui instaladas e em pleno funcionamento.
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bacalhau, farinha de trigo, arroz de todos os tipos, feijão, café, bebidas nacionais e
extrangeiras, conservas, enxadas, velas e todos os artigos concernentes ao referido
ramo comercial; a Padaria Central, de Benjamin Francisco de Carvalho, estabelecida à
Praça Pedro II, nº 4, esquina com a Praça João Pessoa, que fabricava as bolachas:
central, rainha e areiinha, bem como biscoitos e pães de várias qualidades; a Padaria
Roial, fundada em 7 de setembro de 1934, por Nathanael da Costa Gadelha, movida a
vapor, localizada à Rua Djalma Dutra, nº 4, atual Rua São João, no centro da cidade,
com forno tipo americado, fabricava a bolacha roial, biscoitos e pão francês; a Padaria
Santo Antônio, movida a eletricidade, fundada por José Gomes da Silveira, localizada à
Rua Siqueira Campos, nº 10; a Padaria Santa Rita, movida a vapor, fundada em 1905
por José Pedro de Lima, localizada à Rua Juarez Távora; a Padaria São João, fundada
por José de Queiroz Filho, localizada à Rua Djalma Dutra. Na mesma época existiam
várias sapatarias, dentre as quais: a Sapataria Santa Rita, de Horácio Gonçalves
Carneiro, na Praça João Pessoa, ex- Praça Padre Ferreira; a Sapataria Moderna, de
Cicero Xavier, na Praça Pedro II e a Sapataria Santa Terezinha, de José Teixeira de
Vasconcelos, também na Praça Pedro II. Entre nós também já existiam diversas
mercearias, dentre as quais: a Casa Vencendora, de Manoel Batista do Carmo, com a
matriz na rua Siqueira Campos e que tinha filiais na Rua do Fogo e na Rua Juarez
Távora; a mercearia de Francisco Teixeira de Vasconcelos, na rua Djalma Dutra; e a
mercearia de João Soares Cavalcante, na Praça João Pessoa. Podemos também registrar
as fábricas: Irmãos Marsicano Scarrano & Cia, estabelecida à Rua Juarez Távora, nº 66,
que fabricava doces e caramelos; a CTP - Cia de Tecidos Paraibana, conhecida como
Fábrica de Tecidos Tibiri, fundada em 1894; a Fábrica de doces e semilares, de Jorge
Silva, na Rua Juarez Távaora; a Fábrica de Bebidas Cruzeiro, de Francisco Madruga, em
Tibiri Fábrica. Tinhamos também as Lojas Paulistas, de Alberto Lundgren & Cia, que
vendia fazendas e retalhos, estabelecida à Praça Pedro II; a loja de Horário de Mendoça
Furtado, conhecida como o metro de ouro, na Praça João Pessoa, que vendia fazendas,
miudezas e perfumarias; a loja de F. Moura e Silva, na rua Juarez Távora, nº 4, que
vendia fazendas e miudezas; a loja “O Raio do Sol”, de J. Batista Cavalcante, que
vendia fazendas e retalho; a loja de Pedro Gerbasi, na rua Juarez Távora, nº 9 , que
vendia fazendas e retalho. A cidade tinha o Cine Independência, na Praça João Pessoa e
o Cine Avenida, no ano de 1937. Na modalidade comercial de casas de ferragens,
dentre outras, podemos destar: a ferragem de José Luiz Correia, na Praça Pedro II, 184
e a de Horário de Mendonça Furtado, na Praça João Pessoa e a ferragem de Altino
Meireles, na rua Juarez Távora, nº 3. A fabricação e comercialização de telhas e tijolos,
ficavam por conta de Telemaco Santiao e de Eitel Santiago, no prolongamento da rua
Juarez Távora. No tocante a prestação de serviços odontológicos, em 1937, a cidade
dispunha dos dentistas: Dr. Edson de Queiroz Melo e Dr. Manoel Sobral, na Rua Juarez
Távora nº 69. A população masculina dispunha da Alfaiataria João Pessoa, na rua
Siqueira Campos, nº 35; a Alfaiataria Ideal, na rua Djalma Dutra, 55; e da Alfaiataria
São Geraldo, na rua Juarez Távora, nº 210, conforme o Anuário de Santa Rita (1937). E
assim vivia o comércio de nossa terra convivendo inclusive com a política implantada
pelo Estado Novo, criado por Getúlio Vargas, em 1937 para continuar governando o
Brasil como ditador. As décadas de 40 e 50 do século XX, também se passaram,
inclusive com as reformas estruturantes provenientes do governo JK e pelo feito da
construção de estradas de rodagem e de Brasilia, no Planalto Central. Nas décadas
seguintes do referido século, o comércio continua sendo representado pela venda de
açúcar, álcool e pelos produtos industrializados através da fibra do sisal, tecidos, redes,
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tijolos, panelas de barro fabricadas no Bairro do Cercado, que o prefeito Antônio Teixeira,
mudou para Bairro da Liberdade, na mesma época, de agosto a novembro de 1969,
quando construiu o Grupo Escolar Municipal Monsenhor Rafael de Barros Moreira. O
comércio é constituído por mercadorias de subsistência diária quase em sua
totalidade.Observa-se de que mesmo diante da mudança do nome do bairro do “Cercado”
para “Liberdade”, a população quase em sua totalidade ainda o chama de bairro do Cer-
cado, haja vista que não mudou a estrutura existente naquela área que justificasse o novo
nome, como por exemplo, a retirada física do cercado de animais: bovinos e equinos, ali
ainda continua servindo de divisão entre o urbano e o rural, o que justifica que o nome de
“Liberdade” é apenas uma utopia passageiro de político plantonista de passagem pela
chefia do Poder Executivo Municipal, quando se envolve em assunto pequeno, como o de
mudar os nomes das áreas públicas sem consultar o povo para isso, como por exemplo,
a atual rua São João, antes chamava-se de rua Djalma Dutra, a Praça Getúlio Vargas,
antes do Estado Novo em 1937, chamava-se Praça Dom Pedro II, o mesmo ocorrendo
com a rua Epitácio Pessoa, que era chama de rua do “Cantinho”, a rua da Macaíba, qu e
foi divida em dois pedaços a mesma rua para colocar o nome da ilustre professora
Olivia Olivina Carneiro da Cunha, a rua Chapéu Dourado, que antes chamava-se rua
Chapeu Cagado, a atual Praça João Pessoa, chamava-se Praça Padre Ferreira, dentre
muitos outros exemplos. A memória popular nunca esquece tais variações de nomes dos
lugares públicos. Por aqui quando se muda um nome de uma área pública é para
implantar a ideologia do esquecimento do nome anterior, diante dos novos donos do
poder de passagem pela chefia do poder político municipal.
Em suma o comércio funciona os sete dias da semana, tanto na sede municipal,
quanto nos distritos e povoados. Ainda representa uma das maiores atividades de
trabalho para grandes e pequenos comerciantes formais e informais.
A cidade de Santa Rita, encontra-se ligada às sedes dos municípios vizinhos por
estradas de barro, paralelepípedos e asfalto, com a distância de menos de 12Km da Capital
João Pessoa ligada pela estrada conhecida como “o corredor da morte”, que todos os
tempos de política é feita a refeita, quando passa a política o "deputado" eleito, que
pode ser da “situação” e ou da “oposição” ao governo estadual fica mais quatro anos de
boca calada na Assembleia Legislativa, sem nada dizer a respeito de Santa Rita e da
estrada que passa por Bayeux indo à João Pessoa, já afamada nas crônicas policiais e
jornais do Estado e Estados da Federação Nacional mas, política é política... O que nos
leva a crer que como ciência é a ciência encarregada de definir o que deve ser o bem
comum da coletividade, porém, como ideologia de poder, isso s ignifica que o povo
fique para lá que o eleito e seus familiares a fora vão enricar.
Passa também por Santa Rita, a estrada de ferro que a Princesa Isabel, filha do
Imperador Dom Pedro II, concedeu através do Decreto Imperial nº 4.838, de 15 de
dezembro de 1871, aos ilustres conselheiros do Império Brasileiro: Diogo Velho
Cavalcanti de Albuquerque, Deputado Geral Anísio Salatiel Carneiro da Cunha e André
Rebouças, cuja concessão permite a construção e exploração da estrada de ferro Conde
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D’Eu, entre a Capital da Provincia da Paraíba (atual João Pessoa) até a Vila de Alagoa
Grande, incluindo também os ramais até Ingá e Indpendência (atual cidade de Guarabira.
De modo que tal concessão ficou apenas no papel, não vingou e ou morreu no seu
nascedouro. A historiografia do transporte ferroviário na Paraíba menciona de que
somente em 1880 teve inicio a construção da referida estrada de ferro, momento em que
o historiador paraibano Horácio de Almeida, enfatiza de que “o progresso entrou na
Paraíba pela linha de ferro. Por onde apitava o trem uma emoção nova nascia: a do
progresso econômico, mas foi coisa de pouca monta, porque a área beneficiada era
demasiado exígua”. Por outro lado, a estação ferroviária de Santa Rita foi oficialmente
inaugurada no dia 07 de setembro de 1883, embora que em 1881, tenha sido inaugurado
o primeiro trecho com 30 Km de extebsão ligando a Capital da Paraiba (atual João Pessoa)
a Entroncamento, (atual Paula Cavalcanti, em homenagem ao Deputado José Francisco de
Paula Cavalcanti, a partir de , no município de Cruz do Espirito Santo/PB) e bem assim para
a localidade de Cobé e finalmente onde atualmente encontra-se a cidade de Sapé. A
proprietária do referido transporte era a Companhia Estrada de Ferro Conde D’Eu, via
concessão do Brasil Imperial em seu segundo reinado. Um fato importante na engenharia
de construção além da abertura física da terra e do desmatamento para passar os trilhos
da estrada de ferro se dá com a construção da ponte centenária sobre o rio Paraíba entre a
localidade de Entroncamento e Cobé. Coisa para inglês vê. É evidente que o trem onde
chegava, a vida do povo mudava para melhor. É na localidade de Entroncamento que
acontece a bifurcação para o norte indo até Mulungu (antigo Santo Antônio, isso já em
1882, o que vai dizer que o transporte ferroviário passa por Sapé, por Araçá (atual Marí). A
cidade de Independência, atual Guarabira, também foi contemplada com seu transporte
ferroviário desde 1884 e de lá chegou Nova Cruz e Natal, no vizinho Estado do Rio Grande
do Norte. Ato continuo, em 1883, no sentido sul, de Entroncamento a linha férrea seguiu
até Pilar. Os historiadores informam de que o percurso ferroviário que “houve maior
demora em fazer a ligação da capital ao porto do Cabedelo, numa extensão de apenas 18
km, realizada em 1889. Proclamada a República, os trabalhos pararam. O único trecho
construído em onze anos do regime republicano foi o de Mulungu a Alagoa Grande,
inaugurado em 1901, numa extensão aproximada de 25 km”. Com o advento do regime
republicano o Brasil preferiu arrendar a ferrovia a empresa inglesa Great Western Railway,
que ligou Pilar a Timbaúba, no Estado de Pernambuco e fez a complementação do
percurso de Independência (Guarabira) a Nova Cruz/RN. Somente em 1907, o trem Maria
Fumaça chegou a Campina Grande, pois, “a estrada de ferro onde fazia ponta dava vida ao
lugar. Se passava adiante, levava consigo o progresso. Itabaiana cresceu quando o trem ali
chegou. Estacionou, senão decresceu, quando os trilhos se prolongaram até Campina
Grande. Os lugares que ficavam marginalizados, ao longo da estrada, sem vias de acesso,
como Mamanguape e Areia, caíram estagnados”. De modo que o progresso na época
chegou no interior do Estado da Paraíba através dos trilhos da rede ferroviária, disso não
se tem dúvida alguma.
O tempo passou, o transporte ferroviário foi ficando para trás com o aparecimento
dos novos meios de transportes, o Brasil sofreu vários golpes na gestão democrática do
poder de governar de modo que praticamente o transporte ferroviário já no final da
década de 70 do século XX, já não tinha mais importância de ser o único meio para
transportar pessoas, mercadorias e o progresso das pequenas e grandes cidades da
região com destino à Capital do Estado. Atualmente, apenas os trens urbanos,
conhecidos popularmente como “trens urbanos” ligam Santa Rita a Cabedelo, durante o
dia, transportando mercadorias e pessoas de pouco poder aquisito para o trabalho nas
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
cidades da chamada grande João Pessoa e vice versa. Existe também uma empresa de
ônibus ligando Santa Rita à João Pessoa, que no momento encontra-se em péssimo estado
de conservação, trata-se da Empresa Nacional de Luxo, que de luxo só tem o nome,
pertencente ao senhor Martinho Alencar. É servido também o Município por transportes
aéreos, tendo em vista que é em Santa Rita, que fica o aeroporto que serve à Capital
chamado de "Aeroporto Castro Pinto”, apesar de localizado em Santa Rita, mas, sempre
só sai nas propagandas e noticiários diversos como sendo o aeroporto da Capital do
Estado, até nisto sofre o pobre, rico e desprezado "Torrão", responsável pela fabricação
em escala industrial do açúçar que adoça nossas mesas todos os dias.
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
prefeito em exercício; Antônio Gomes Cordeiro de Melo, chefe de polícia, proprietário rural,
juiz de paz e primeiro prefeito de Santa Rita; Martha Falcão, advogada e historiadora;
Antônio Viegas, fotografo da sociedade durante décadas; Odon Leite, antigo farmaceutico;
Francisquinha Carvalho, enfermeira pública e proprietária da antiga farmácia Santa Rita;
Padre Manoel Gervásio Ferreira da Silva, o primeiro é único vereador de Santa Rita que foi
vice governador do Estado da Paraíba de 1990 a 1904; Monsenhor Abdon Odilon Melibeu
Lima, vigário responsável pela reforma do prédio atual da Matriz de Santa Rita, não tendo
concluído a torre porque faleceu em 9 de agosto de 1931, vítima de enfarte fulminante;
Severo Rodrigues, Iracema Feijó, operário da fábrica Tibiri, professor da rede municipal de
ensino na década 30 do século XX e criador da primeira particular masculino e feminina de
Santa Rita, dentre tantos outros que dedicaram suas vidas a educação dos jovens de Santa
Rita; ao soldado Adalberto Cândido de Melo, santaritense da gema que morreu nos campos
de batalhas da Segunda Grande Guerra Mundial; Joaquim Gomes da Silveira, senhor de
engenho, farmaceutico e político; e o coronel José Teixeira de Vasconcelos, o nosso barão
de Maraú, que governou a Paraíba de abril a novembro de 1867 na condição de segundo
vice presidente da província; do jornalista e poeta Antônio Elias Pessoa, nascido na praia
de Lucena em, 3 de outubro de 1865, então povoação de Santa Rita; do professor e
político Francisco Manoel Carneiro da Cunha, nascido em 1810, no solar do Engenho Una
(atual Patrocinio), que era cognominado ao tempo de o "Pai da Pobreza"; do professor,
advogado e jornalista Ascendino Carneiro da Cunha, nascido em 17 de Setembro de 1881,
em Santa Rita; Também podemos citar como ilustre cidadã de Santa Rita, a senhora
Guiomar Nunes, nascida em 1694 na Capitania de Pernambuco, casada com Francisco
Pereira, residente no Engenho Santo André, em território do atual municipio de Santa Rita,
que na época pertencia a Capital da Capitania da Paraíba, quando em 1731, aos 37 (trinta e
sete) anos de idade foi queimada viva,martirizada em Lisboa/Portugal por determinação do
Tribunal do Santo Ofício, “por convicta, negativa e pertinaz nas suas crenças”, segundo
Bittencourt (1914, p. 140); do coronel Francisco Alves de Souza Carvalho; de Enéas
Carvalho, nascido aos, 17 de agosto de 1891, filho de Francisco Alves de Souza Carvalho e
de Lídia de Arroxelas Carvalho, tendo sido nomeado prefeito de Santa Rita em 23 de jnaiero
de 1915; de Diógeneses Nunes Chianca, nascido em 28 de novembro de 1902 e falecido em
02 de novembro de 1963, natural de Areia, Estado da Paraíba, que foi prefeito nomeado de
Santa Rita na década de 40 do século XX; de Flávio Maroja Filho, nascido aos, 25 de maio de
1901 em Santa Rita e falecido em 1981 em João Pessoa, filho Flávio Ferreira da Silva Maroja
e Maria da Purificação Carneiro da Cunha ( Dona Licota ), e que foi prefeito de Santa Rita
duas vezes: de 1935 a 1939 e de 1947 a 1951;de Edgar Seager, natural do Rio Grande do
Sul, nascido em 1889 e falecido em 1970, na cidade de João Pessoa, foi prefeito nomeado
de Santa Rita em 1930, foi gerente da CTP-Companhia de Tecido Paraibano; de João
Vitorino Raposo Filho, foi prefeito de Santa Rita por quatro meses, de 05 de maio de 1902 a
03 de setembro de 1902;de João Crisóstomo Ribeiro Coutinho, nascido em 18 de junho de
1928, natural de João Pessoa/PB, filho de Flávio Ribeiro Coutinho e de Berenice Mindêllo
Ribeiro Coutinho, e foi prefeito de Santa Rita de 30 de novembro de 1955 a 1959, quando
entregou o poder municipal ao prefeito Antônio Teixeira; de Antônio Aurélio Teixeira de
Carvalho, nascido em 23 de julho de 1912, em Fagundes (Lucena),municipio de Santa
Rita/PB, filho de Francisco Ferraz de Carvalho e Antônia Augusta Teixeira de Carvalho, que
foi prefeito de Santa Rita duas vezes: de 1959 a 1963 e de 1969 a 1973; de Heraldo da
Costa Gadelha, nascido aos, 8 de janeiro de 1924, natural de Santa Rita/PB, filho de Ceslau
da Costa Gadelha e Maria Nazareth da Costa Gadelha, que foi vereador, deputado estadual e
prefeito de Santa Rita. Era conhecido como advogado dos probres e o homem que jogava
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
bombons para o povo quando passava nas ruas fazendo campanhas políticas;de Antônio
Joaquim de Morais, nascido aos, 15 de setembro de 1929, natural de Santa Rita/PB, que foi
vereador por vários mandatos e prefeito de 1973 a 1977; de Marcus Odilon Ribeiro Coutinho,
nascido em 26 de abril de 1939, filho de Flaviano Ribeiro Coutinho e de Celeste Teixeira
Ribeiro Coutinho, que acaba de exercer o mandado popular de prefeito “Povo da Silva”; de
Severino Maroja, nascido em 7 de janeiro de 1937, filho de Arnobio Maroja e de Antônia
Câmara Simões, que foi vereador e que encontra-se no exercício do mandado de prefeito de
Santa Rita; do Tenente Francisco Pedro que morreu na segunda guerra mundial em
campos da Europa; do deputado Egidio Silva Madruga, natural de Cruz do Espirito
Santo/PB, nascido aos, 17 de abril de 1932, filho de Sebastião Madruga e Aline Silva
Madruga,que representa o municipio na Casa de Epitácio Pessoa, desde 1958 a presente
data; e Amaro Gomes Coutinho, então dono do Engenho São Gabriel, hoje chamado de
Engenho do Meio, foi preso e condenado a morte por sonhar do ideal republicano em 1817;
o professor universitário e escritor José Ferreira Vaz; a popular Isabel Bandeira Brasileira,
vulgo "Vassoura", uma espécie de “Zé Limeira” santarritense, uma poetisa do absurdo,
tendo em vista que em versos e prosas verbais “lasca” com plavrões quem lhe chama pelo
apelido. É importante mencionar ainda os escritores sonhadores: Lapemberg Medeiros de
Almeida, então funcionário da Great Western na Capital João Pessoa e que em 1937 foi
diretor do Anuário Informativo de Santa Rita, ao lado de Jaime Gonçalves do Nascimento,
o nosso “Glez Lacet”, nascido em 22 de abril de 1909, natural de Santa Rita/PB e filho de
José Gonçalves do Nascimento e de Maria da Paz Lacet, antigos proprietários da Padaria
Santa Rita, e que foi diretor gerente do referido anuário, e bem de Valdemar de Carvalho
Lelis, como diretor secretário do já citado anuário(1937). Relembramos ainda, a figura de
Joaquim Januáio Carneiro, o popular “Castanha”, nascido em 14 de julho de 1920,
originário da cidade de Rio Tinto, Estado da Paraíba, filho de Manoel Carneiro e Cecilia
Carneiro, operários da Companhia de Tecidos Rio Tinto, considerado o maior tocador de
violão de Santa Rita. E se não bastasse, temos o cantor Lavanere Siqueira Ramalho,
origináio de Conceição do Piancó, Estado da Paraíba, onde nasceu na década de trinta,
filho de João Telles Pinto Ramalho e Maria Armênia Siqueira.Além de considerar-se filho
de Santa Rita, tendo em vista que aqui chegou com seis anos de idade, foi operário da
fábrica Tibiri e levou o nome de Santa Rita para os programas: Flávio Cavalcante,
Chacrinha, J. Silvestre, Papel Carbono, dentre outros programas igualmente importante de
rádio e de televisão na condição de cantor, inclusive enfrentando todas as discriminações
possíveis por ser nordestino e da Paraíba.Também não devemos esquecer da figura de
Monsenhor Rafael de Barros Moreira,nascido aos, 23 de julho de 1897, natural da Capital
da Paraíba, falecido em 1978, que foi vigário e diretor da Cooperativa Agricola de Santa
Rita. Vale ressaltar de que com a morte precorse de Monsenhor Melibeu, o Monsenhor
Rafael assumiu em 1931 a condição de vigário de Santa Rita e concluiu a construção da
atual torre da Matriz de Santa Rita de Cássia, projeto inacabado até então diante da morte
do vigário anterior em 9 de agosto de 1931. Outra figura que não pode ser esquecida é a
do professor e pianista Luis de Azevedo Soares, nascido aos, 30 de novembro de 1898,
filho de João de Azevedo Soares e de Doralícia de Aquino, que foi professor por vocação e
não de formação acadêmica, era professor provisionado da Secretaria Estadual de
Educação,sempre foi professor particular. Com a inauguração do Grupo Escolar João
Ursulo, em 1939, aquela escola recebeu um piano para seu auditório e cujo tocador era o
professor Luiz Soares, que fazia a alegria de crianças e adultos. Na arte ou ciência da
fotografia em Santa Ria, temos os fotografos do mais alto gabarito possível, dentre os
quais podemos citar: Salvador Guedes, o pai do Consul e dono do Cine Avenida, durante
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
localdiade urbana e rural do municipio; rede privada: 3 - COFRAG – Colégio Dr. Francisco
Aguiar, fundado com o nome Instituto Getúlio Vargas, em 05 de janeiro de 1964, à Rua
Eurico Dutra,nº 61, no Bairro Popular, pelo “menino professor Francisco Aguiar”, que
oferece os cursos de alfabetização, 1º e 2º graus regular e profissionalizantes: Técnico
em Contabilidade e Fromação de Professores do 1º Grau,mantido desde sua fundação
sem qualquer tipo de ajuda por parte do Poder Público; o Ginásio Augusto dos Anjos,
mantido pela Fundação Padre Ibiapina (extinto); o Ginásio Américo Falcão, mantido pela
CNEG (extinto); o Instituto São Francisco de Assis, fundado em 1959 e extinto na última
década do século XX; o Instituto Nossa Senhora da Conceição (extinto); o Educandário
São José (extinto); Escola Dom Bosco (deixou de funcionar a partir de 2016); o CEST –
Centro Educacional Santa Terezinha; o CCEJA – Centro Educacional José Américo; o INSF
– Instituto Nossa Senhora de Fátima; a Escola Santa Rita de Cássia; dentre outras escolas
privadas comprometidas com o progresso social e tecnológico de nossa juventude e
cidade.
Entre os principais prédios públicos pode-se citar o da Câmara Municipal na Praça
João Pessoa, nº 31, o da Prefeitura Municipal na rua Juarez Távora,nº 93, o do Mercado
Público, o do Grupo João Ursulo, o da EEEFM Enéas Carvalho, o do Santa Rita Tenis Clube
(extinto), o do Cine Avenida (atualmente funciona uma igreja evangélica), o do Cine São
João (extinto),o do Grupo Escolar de Tibiri (onde funciona a Escola Normal Estadual Anisio
Pereira Borges), o da Igreja de Nossa Senhora da Conceição, construída com os recursos
do senhor de engenho e comerciante Aluisio Silva e inaugurada 1851, o da Igreia Matriz,
criada em 1771 e inaugurada em 06 de dezembro de 1776, na Praça Getúlio Vargas, o
onde todos os dias os fiéis assistem a Santa Missa, o da Escola Doméstica Maria
Honorina Santiago (extinta e cujo prédio foi comprado pelo Governo do Estado da
Paraíba, onde funciona a EEEFM Maria Honorina Santiago), o da CTP – Companhia de
Tecido Paraibana, fundada em 1892 (extinta da década de 70 do século XX, foi derrubo
o prédio e no local funcional a Praça do Povo); o bueiro da CTP que continua de pé; o
prédio onde funciona a Secretaria Municipal de Educação, antiga residência de Virginio
Veloso Borges, Diretor Presidente da Fábrica Tibiri e em cujo solar esteve homisiado
Juarez Távora, considerado um dos principais chefes da Revolução de 1930 no
Nordeste, bem como serviu para abrigar a sede da Aliança Liberal na Paraíba, tendo a
professora Iracema Feijó como oradora oficial quando da recepção ao Presidente
Getúlio Vargas em nossa terra, sem deixar de lado que a pacificação assinada pelos
lideres políticos da UDN e do PSD e demais partidos que ficou conhecido como o
protocolo de Tibiri, também foi assinado em suas dependências e teve como resultado
a eleição que elegeu Flávio Ribeiro Coutinho (governador/UND) e Pedro Moreno Gondim
(vice governador/PSD) em 1956, segundo nos informa sua biografia escrita por Maia
(1977); o da Fundação do Hospital Governador Flávio Ribeiro, construído no início da
década de 60 do século; o sobrado onde residia Sebastião Madruga; o da AUS-
Associação Universitária Santaritense; o do antigo Sandu, atual PAN de Santa Rita; o do
Hospital Ceslau Gadelha - Associação Casa da Mãe Pobre – (extinto); o prédio onde
funcionam o Cofrag – Colégio Dr. Francisco Aguiar, fundado em 05 de janeiro de 1964 e
o IESPA/FAFIL - Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, fundada em 03 de abril de
1984, primeiro imóvel da cidade construído com três andares no século XX em Santa
Rita.
Na zona rural do município estão presentes os mais diversos imóveis (prédios)
representativos da história local, estadual e nacional, onde podemos destacar: o prédio em
ruínas da primeira fábrica de cimento na Paraíba, situado na Ilha Tiriri; as igrejas de São
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Gonçalo (patrocínio); São João (Usina de igual nome); Santa Rita (na extinta usina de igual
nome); Santana (na Usina Agroval); Santana ( em Gargaú, onde Dom Pedro II, em
dezembro de 1859 assistiu missa quando regressava de Mamanguape para a Paraíba e
ficou hospedado no solar dos Gomes da Silveira); São Gabriel ( Engenho do Meio);
Livramento ( na localidade de igual nome); Socorro (na localidade de igual nome e que
fazia parte do extinto povoado da Batalha); São Francisco Xavier ( no Engenho Capelinha,
que pertenceu a Antônio Gomes Cordeiro de Mello, primeiro prefeito de Santa Rita em
29/03/1890); o Forte Atalaia ( em Forte Velho); os casarões das antigas propriedades
rurais em ruinas; dentre outros monumentos públicos e ou privados em ruínas, dentre os
quais, a estação ferroviária de Reis ( Usina São João ).
A nossa história não menciona de que com quando da emancipação política de Santa
Rita em 19 de março de 1890, o município tenha herdado um só posto de saúde publico,
assim sendo, somos carentes de tais serviços em favor de nossa população desde os
tempos coloniais, tendo em vista que o nosso atual território municipal sempre pertenceu à
capital da Provincia e do Estado da Paraíba, até então. Tanto é assim, que o somente no
Anuário Municipal (1937), portanto, 47 anos depois da primeira emancipação política de
nosso município é que sem tem notícias da existência do Sub-Posto de Saúde Pública,
localizado à Rua Siqueira Campos, nº 53, fundado em 1º de março de 1936 pelo Dr. Gabriel
Perazzo em cooperação com a Prefeitura Municipal de Santa Rita. O que nos faz deduzir de
que o referido sub-posto era algo subordinado a um posto de saúde, de onde não se sabe,
e mesmo assim não era um órgão do Poder Público Municipal, tendo em vista o termo “em
cooperação com o Dr. Prefeito Municipal”. Vem daí a origem do sistema municipal de saúde
de nosso município, que na época tinha apenas dois funcionários, a saber: João Paulo de
Oliveira, exercia a função de guarda sanitário e Osvaldo Paulo de Oliveira, que exercia a
função de servente. Inclusive parece que ambos são parentes em si, tendo em vista o
sobre nome “Paulo de Oliveira”. Será que o nepotismo municipal tenha começado apartir de
ambos? Disso não se sabe, porém, é por dedução um caso típico de nepotismo dos dias
atuais no serviço público local. Enfatizamos de que o referido sub-posto de saúde tinha o
expediente de 7 (sete) às 11 (onze) e das 13(treze) às 16 (dezesseis) horas, não
funcionando nos dias feriados. Assim nos leva a crer que se trata de um único órgão serviço
de saúde prestado pelo municipio em pleno Estado Novo do Governo Vargas, em 1937. E
registra ainda a estatística municipal do serviço rural de saúde pública efetuado em todo
município de Santa Rita de 15 de abril a 31 de dezembro de 1936, com as seguintes
medicações feitas: 2.478 (dois mil, quatrocentos e setenta e oito) verminoses; 1.412 (um
mil, quatrocentos e doze) empaludismos; 2.113 (dois mil, cento e treze) vacinações; e 229
(duzentos e vinte e nove) revacinações, além de ter matriculado 4.215 (quatro mil,
duzentos e quinze pessoas) pessoas na referida repartição de saúde pública municipal.
Assim sendo, nas décadas de 40 e 50 do século XX, o atendimento ao público em termos
de sistema municipal de saúde, foi mera utopia, pois, somente nos anos 60 e 70 do referido
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
século foi que Santa Rita veio receber dois hospitais mantidos pela iniciativa privada,
ficando a administração pública local com atendimento do tipo consultas, receitas, aplicação
de injeção e tiragem de pressão. Mero preselitismo eleitoreiro, tendo em vista que para ter
direito a um remédio tinha que se pedir aos políticos, dentre outras práticas para atender o
povo carente.
De certa forma a cidade de Santa Rita, está relativamente bem servida no setor de
assistência médico-sanitária, pois, conta com vários postos de higiene municipal, no
restante do território do município, às condições não são muito boas, tendo em vista o
fator distância e a falta de cuidado por parte do Chefe do Executivo Municipal,sempre falta
dinheiro para cuidar do bem estar da população pobre e carente de serviços públicos. Na
cidade tem dois laboratórios de análises clínicas de particulares com convênio com o
INPS, três farmácias, a Santa Rita, na Praça Antenor Navarro, de Fernando e
Francisquinha Carvalho, a Nossa Senhora das Graças, do Senhor Edson Araújo, na Praça
João Pessoa e a Nossa Senhora da Penha, do senhor Adonias Vieira, na Praça Venâncio
Neiva, atual Padre Zé do Grupo Paulo Neto, próxima da Delegacia de Policia, não faltando
também os hospitais e maternidades de iniciativa particular, existentes na sede do
Município, que são respectivamente, Hospital Ceslau Gadelha, mantido pela
Associação Casa da Mãe Pobre, construído pelos irmãos Heraldo da Costa
Gadelha, Ceslau da Costa Gadelha Filho e mediante subvenção parlamentar consignada no
orçamento federal de autoria dos Deputados Humberto Lucena, Janduhy Carneiro e do
próprio Senador Ruy Carneiro, ex-Chefe do Poder Executivo Estadual, é importante registrar
de que o referido hospital também fechou suas portas, ainda no final do século XX e
encontra-se em ruinas. Apenas a Fundação Hospital e Maternidade Gov. Flávio Ribeiro
Coutinho, construído em terreno doado pela S/A Usina Santa e mediante a doação dos
plantadores de cana de açucar de Santa Rita de 1% (um por cento) sobre cada tonelada
de cana fornecida para as usinas da região de Santa Rita durante anos. Inicialmente foi
admnistrado pelas irmães da Congregação das irmães de Caridade da Holanda, e atual
pelas irmães da Congregação do Sagrado Coração de Maria, que vem prestando um
grande serviço a Santa Rita e a seu povo em diversos setores. Por fim funcionou
durante décadas o Hospital Infantil Santa Rita, pertecente ao médico Antônio Cristóvão,
da iniciativa privada, que diante da política adotada pelo SUS – Sistema Único de Saúde,
teve que declarar falência e fechar as portas do referido hospital em 2010 e cujo
patrimônio foi vendido para cobrir despesas de manutenção. Em sintese, o municipio
tem o Pronto de Socorro de Fraturas, clinicas, policlinicas e vários laboratórios
pertencente à iniciativa privada. E a administração pública municipal mantém 40
(quarenta) PSF – Posto de Saúde da Família, dentro de seus limites orçamentários
anuais.
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
mesmo ano, tendo como presidente: Dr. Flávio Maroja Filho; vice presidente Dr. Adalberto
Gomes da Silva; gerente João Quirino Filho; Conselho Fiscal: Joaquim Gomes da Silveira, Dr.
Edson de Queiroz Mélo e Abiatar de Vasconcelos, e suplentes: Américo Falcone, Humberto
Resende Maia e Alcides Cordeiro de Lima. A referida cooperativa fez 85 (oitena e cinco)
empréstimos entre 15 de julho e 31 de dezembro de 1936 no valor de Rs. 63.053$500,
tendo montado o seu movimento global em Rs. 333.747$800, apesar do limitado praso de
cinco meses e quinze dias, conforme consta no Anuário Municipal (1937). Nas décadas
seguintes essa Cooperativa Agrícola e ou Caixa Rural, para outros, prestou grande serviço
ao povo de nossa terra, através de financiamento aos pequenos agricultores. Com a
chegada da rede bancária ela foi perdendo o foco e fechou suas portas na década de 80 do
século XX. Tivemos também a presença do Banco do Estado da Paraíba, com finalidade
diversas, em prol do desenvolvimento do comércio, indústria e agricultura, e deve-se
frizar que foi durante muito tempo a única agência bancária existente na cidade,
daí surgiam grandes filas dos operários e pensionistas do INPS, para receber seus
salários mensais. Por aqui existe a cultura de quem recebe salário minino nacional
passa por necessidades básicas, porque o chefe de familia não tem as condições
minimas para garantir o sustento de sua prole com pouco recurso para se manter.
Depois a cidade recebeu agências de diversos bancos, dentre os quais, o Banco do
Brasil, a Caixa Economica Federal, o Banco Bradesco e recentemente o Banco do
Nordeste do Brasil. A cidade também teve durante muitos anos a presença da Caixa
Escolar “Vigário Ferreira”, fundada em 29 de março de 1936, sendo sua diretoria
composta pelo Dr. Apolônio Nóbrega (Presidente); Eunice Cabral (Secretária); Ana
Moura Henrique (Tesoureira); e o Conselho Fiscal composto pelo professor Luiz de
Azevedo Saores, Julieta Cardoso de Albuquerque e Clara Cordeiro. Em síntese, a
referida caixa escolar no ano de 1936 realizou os seguintes beneficios em favor de
estudantes carentes de Santa Rita: distribuiu 37 (trinta e sete) uniformes; 18
(dezoito) livros; 196 (cento e noventa e seis) cadernos de papel pautado; 44
(quarenta e quatro) cadernos de caligrafia; 125 (cento e vinte e cinco) penas; 50
(cinquenta) canetas; 141 (cento e quarenta e um) lápis; 96 (noventa e seis) tinteiros;
6 (seis) prêmios; e 3 (três) pares de calçados. A referida caixa escolar vivia de
donativos, a exemplo da receita doada no mês de outubro de 1936, no valor de
300$000 (trezentos contos de reis) recebido do Governo do Estado da Paraíba. Na
atualidade o municipio tem várias associações voltadas para o cooperativismo local,
pertencente à iniciativa privada, principalmente para a agricultura familiar e
pequenos proprietários rurais.
Os programas sociais do governo federal: minha casa, minha vida, bolsa
escola, dentre outros de amparo a pobreza, ainda são grandes fontes de renda e de
ajuda aos menos favorecidos em pleno século XXI.
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
De modo que segundo Nogueira (1936, p. 6), Bejamin Constant concliu o curso
de Engenharia na Escola Militar, obtendo o título acadêmico de bacharel em ciências
físicas e matemáticas, em 1858, ingressando posteriormente no Observatório
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Na realidade, Benjamin Constant, teve que enfrentar uma verdadeira saga, diante
das “mediocridades ambiosas, sob a liderança do patronato” por ser em todos os concursos
públicos que prestou, conforme relata Cartolano (1994, p.28):
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
A história enfatiza que através do Ato Adicional de 1834, ocorreu durante o Império,
uma reforma importante da instrução publica do ensino primário e secundário no Rio de
Janeiro, então capital do referido império, sendo também contemplado o ensino superior
em todo o território brasileiro. Naquele tempo o ensino primário era de responsabilidade
das Províncias, atuais Estados membros, tal política prevaleceu até 1889, o que não era
favorável seu desenvolvimento tendo em vista que “[...] para uma população de 14
milhões, e uma população em idade escolar de cerca de 2 milhões, tínhamos apenas 250
mil alunos nas escolas primárias”, segundo Basbaum (1981, p. 194).
Através do Decreto nº 7.684, de 6 de março de 1880, foi criada e instalada a Escola
Normal da Corte, tendo Benjamin Constant, como seu primeiro diretor, cuja escola
funcionou no inicio de suas atividades pedagógicas em um espaço cedido pelo Colégio Dom
Pedro II. Por outro lado, o objetivo principalmente da referida escola normal é preparar
docentes para o ensino primário e secundário: 1º e 2º ciclo para ambos os sexos, valendo
lembrar de que aqui o ensino era gratuito.
De modo que com fim do Império (1822/1889) e início da República , em 15 de
novembro de 1889, ainda no século XIX e as décadas iniciais do século XX, o Brasil passou
a defender com garra a sua emancipação legal e política diante das demais nações do
mundo, tendo em vista a adoção do regime republicano e presidencialista, na realidade o
país americanizou-se até no nome adotado: República dos Estados Unidos do Brasil. As
mudanças estruturantes no setor político, econômico e social, bem assim na mudança do
termo “Província” para “Estado” membro, cada unidade da federação nacional. O Rio de
Janeiro passou a sede do Governo Provisório Republicano, dissolução do Congresso
Nacional (Câmara dos Deputados e Senado Federal), e separação oficial da Igreja e do
Estado, a partir de então a nação deixou de ter religião oficial. Ante o exposto, Prato Junior
(1998, p. 218), cita que:
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Disso ninguém tem dúvida de que Benjamin Constant, na realidade era positivista,
porém, em sua propalada reforma educacional, divergiu da ideologia de Augusto Comte,
conforme citamos que:
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Assim sendo, não temos dúvida de que Augusto Comte, busca aplicar os
conhecimentos da física no social, levando-se em consideração a própria evolução do ser
humano, justificando de que desde o estado inicial, o teológico, indo até o final, o positivo,
onde será atingida a potencialidade máxima do desenvolvimento da espécie humana.
Em 1876, Oliveira Guimarães, fundou a primeira Sociedade Positivista em solo
brasileiro, a qual foi transformada em Igreja Positivista Brasileira, em 1881, por Miguel
Lemos, orientado por Laffite, um dentre os discípulos de Comte. A referida escola fechou
com suas portas com o falecimento de Teixeira Mendes. Ressaltamos de que o positivismo
serviu de uma espécie de bandeira do oriente para a maioria dos intelectuais envolvidos no
processo de emancipação política do Brasil República, daí porque distinguimos Benjamin
Constant, diante do fato levar o referido pensamento à Escola Politécnica do Rio de Janeiro,
ao citar que:
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Segundo informa a tabela 1, que relaciona as cartas sobre a instrução pública nos
jornais da Paraíba no Império, publicada no site da UFPB/CCHLA – Jornais e Folhetins da
Paraíba no século 19. De modo que em todo Estado que na época se chamava de Província
da Paraíba, existiam apenas 23 (vinte e três) cadeiras e ou seja 23 (vinte e três)
professores de primeiras letras para meninos e 3 (três) cadeiras e ou 3 (três) professores
para meninas. Portanto, tínhamos poucos municípios, pouquíssimos alunos matriculados,
diante do fato histórico aqui oficialmente confessado no referido jornal. Toda Paraíba em
1850, tinha apenas 26 (vinte e seis) professores de primeiras letras. Ressaltamos, ainda
que por dedução lógica, que o povoado, a vila e a partir de 19 de março de 1890, a cidade
e município de Santa Rita, não tinha qualquer sistema público e ou privado de ensino de
primeiras letras, aqui instalado e funcionando no século XIX, no auge do Segundo Império,
inclusive na época da visita do Imperador Pedro II, em janeiro de 1859 a Paraíba,
desfilando com sua carruagem em nosso solo, sendo hospedado por José Teixeira de
Vasconcelos, o nosso “Barão de Maraú”, no solar do Engenho São João, com destino a
cidade de Pilar para inaugurar a Casa da Câmara e de lá partiu com igual tarefa oficial para
a cidade de Mamanguape, e de retorno a Capital da Paraíba para regressar via návio ao Rio
de Janeiro, capital do império, deve ter apreciado a douçura da água do rio Jacuípe, tendo
em vista que pernoitou no solar do Engenho Gargaú, de propriedade de Joaquim Gomes da
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Silveira, onde foi oferecido um jantar servido em baixelas de ouro, no melhor estilo da
aristocracia açucareia da época. Isso é fato e contra fato não se tem argumento, tanto é
assim o jornal “O Governista Parahybano”, edição de 04 de janeiro de 1851, publica a
informação dirigida:
Isso nos leva a crer, ainda que por dedução de que o povoado de Santa Rita,
pertencente ao território da Capital da Provincia da Paraíba, tinha apenas um professor de
primeiras letras em 1851, tendo em vista que em toda Província da Paraíba tinha apenas
26 (vinte e seis) cadeiras (professores), sendo: 23 (vinte e três) cadeiras (professores) de
primeiras letras para meninos e 3 (três) para meninas, conforme o referido jornal em
edição de 27 de julho de 1850, antes mencionado. Assim sendo, não temos dúvida de que
Angelo Miguel de Souza, foi na realidade o primeiro é único professor de primeiras letras
em Santa Rita, no meado do século do XIX.
No tocante a professores particulares do ensino de primeiras letras, em Santa Rita,
ninguém sabe e ninguém viu, pois, não temos conhecimento oficial e ou oficioso de sua
existência, nem no ambiente familiar e ou religioso, tendo em vista que a história nacional
enfatiza a existência de padre mestre, porém, entre nós, isso é mera ilação, o que nos
autoriza a afirmar de nossos primeiros padres na capela de Santa Rita de Cássia, apenas
celebravam suas missas em língua latina e nada mais para nossa juventude e população do
lugarejo em formação.
A história é dinâmica em todos os ângulos observados e em qualquer parte do
mundo, de modo que não foi diferente entre nós, tanto é assim que a aristocracia
dominante na Província da Paraíba do Norte, não foi consultada se aceitaria mudar do
regime monárquico para o regime republicano, tendo em vista que na época do golge
militar de Deodoro da Fonsenca, em 15 de novembro de 1889, o fato histórico é assim
registrado na terra das tribos: tabajara, potiguara e Tibiri:
O alvoroço deve ter sido no sentido dos ocupantes dos cargos e ou funções públicas
para se manterem no poder político, tudo como antes no Quartel de Abrantes, tendo em
vista que os “fatos estão ali, escritos no registro histórico, com determinadas propriedades,
mas isso não implica, de certo, uma noção de que esses fatos revelam seus significados e
relações (conhecimento histórico) por si mesmas”, segundo nos informa Thompson (1981,
p.37), tendo em vista que é a partir de então, 1889 que se inicia um novo tempo na
História do Brasil e de suas Províncias, agora transformadas em Estados. E no Estado da
Paraíba, não foi diferente, tiveram inicio assim um novo e consequentemente uma nova
legislação, escrevendo o destino de nossa gente em todos os sentidos. De modo que não
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
vai ser diferente no tocante ao setor educacional público e privado, a nível estadual e bem
assim nos municípios, dentre os quais situamos Santa Rita. Tem inicio o regime republicano
nas três esferas do Poder Público no Brasil, a partir de então. Nos termos da Constituição
Federal de 1891, o Brasil republicano delega a responsabilidade da educação primária e
secundária aos Estados membros. Tal política oficial foi incorporada a Constituição do
Estado da Paraíba, assim como nas demais unidades federação nacional. A partir de então
o Estado da Paraíba passou a gerenciar o sistema de educação pública estadual, bem como
a legislar em termos complementares a própria legislação federal. Assim sendo tem inicio a
referida legislação educacional, conforme passamos a relacionar:
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
18. Decreto Estadual nº 23, de maio de 1918, instituindo o prêmio “Epitácio Pessoa”, para
contemplar o melhor aluno do curso;
19. Decreto Estadual nº 441, de junho de 1927, reformou a instrução pública da Paraíba;
20. Lei Estadual nº 656, de 16 de novembro de 1928, entingue a Diretoria Geral da
Instrução Pública da Paraíba;
21. Lei Estadual nº 1.529, de 29 de setembro de 1928, criação da cadeira de educação
cívica na Escola Normal e no Liceu Paraibano
22. Decreto Estadual nº1652, de 22 de março de 1929, cria o serviço de inspeção técnica
educacional da Paraíba;
23. Lei Estadual nº 708, de 30 de setembro de 1930, cria nos municípios do interior da
Paraíba as escolas elementares de ofícios para o aprendizado de menores;
24. Decreto Estadual nº 33, de 11 de dezembro de 1930, considerou extintas as escolas
municipais e estabeleceu para o Estado da Paraíba a responsabilidade das escolas
primárias;
25. Decreto Estadual nº 183, de 12 de setembro de 1931, cria a Diretoria do Ensino
Primário da Paraíba;
26. Decreto Estadual nº 278, de 18 de maio de 1932, prevê a criação de uma revista de
ensino estadual;
27. Decreto Estadual nº 251, de 28 de janeiro de 1932, para aprovação e ratificação do
Convênio para o aperfeiçoamento e uniformização das estatísticas educacionais da Paraíba;
28. Decreto Estadual nº 497, de 12 de março de 1934, cria a escola de aperfeiçoamento de
professores da Paraíba;
29. Decreto Estadual nº 508, de 3 de abril de 1934, regulamentou a escola de
aperfeiçoamento de professores da Paraíba;
30. Decreto Estadual nº 498, de 12 de março de 1934, cria o Orfeão Escolar do Estado da
Paraíba;
31. Lei Estadual nº 16, de 13 de dezembro de 1935, reforma a instrução pública, cria o
Departamento de Educação e a Escola Secundária do Instituto de Educação da Paraíba;
32. Decreto Estadual nº 961, de 11 de fevereiro de 1938, que dispõe sobre a organização
das escolas da Paraíba;
33. Decreto Estadual nº 1042, de 13 de maio de 1938, cria a Escola Rural Modelo da
Paraíba;
34. Decreto-lei estadual nº 311, de 11 de agosto de 1942, reforma o Departaemto de
Educação;
35. Decreto–lei estadual nº 156, de 5 de maio de 1942, cria a escola de professores;
36. Decreto-lei estadual nº 260, de 24 de abril de 1942, cria os cargos de professores
estaduais;
37. Decreto-lei estadual nº 291, de 14 de julho de 1942, cria o curso de emergência para a
formação de monitores de Educação Física;
38. Decreto-lei estadual nº 369, de 19 de novembro de 1942, regulamenta os auxílios e as
subvenções concedidas aos estabelecimentos de instrução da Paraíba;
39. Decreto-lei estadual nº 347, de 31 de outubro de 1942, regulamenta a divisão cultural
do Departamento de Educação da Paraíba;
40. Decreto-lei estadual nº 264, de 4 de agosto de 1942, institui novo fardamento escolar;
41. Decreto-lei estadual nº 320, de 8 de janeiro de 1949, conce autonomia aos municípios
da Paraíba para a organizar os seus sistemas municipais de ensino público;
42. Lei Estadual nº 354, de 1949, cria a campanha da merenda escolar estadual;
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Eunice Cabral. Ressaltamos de que naquele ano, a rede pública municipal de ensino tinha
apenas três professores do sexo masculino: Severo Rodrigues da Silva; Luiz de Azevedo
Soares; e Assis Pereira da Silva. Assim sendo, por analogia ao manifesto dos pioneiros da
educação nova no Brasil de 1932, constatamos que foram esses os professores municipais
de Santa Rita que constituíram assim o primeiro corpo docente de nosso primitivo sistema
municipal de educação em pleno Estado Novo da ditadura Vargas. Enfim, ante deles
tínhamos apenas aqui uma e/ou duas cadeiras, como eram tratados os professores
primários e respectivas escolas. E na Paraíba e seus municípios não podia ser diferente,
pois,
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Santos.
Escola Particular Mixta João R. Coutinho Uz. S.Rita Emília Serrão de Oliveira
Escola Particular Mixta de Barreiras Barreiras Ana Carolina
Escola Particular Mixta de Barreiras Barreiras Assis Pereira da Silva
Fonte: Anuário Informativo do Município de Santa Rita. João Pessoa: Typografia A Imprensa. 1937.
Assim sendo o nosso município teve 685 (seiscentos e oitenta e cinco) alunos
matriculados de ambos os sexos em 1936 nas escolas públicas municipais. É importante
lembrar de que na década de 30 do século XX não existia ainda o Censo Escolar anual
como nos dias atuais, porém, existia em nosso município o controle de matriculas e
freqüências escolares como algo opcional, tanto é assim que no Anuário (1937), referente
às matriculas e freqüência escolar de 1936, foram feitas pela média, ex-vi a observação
daquele almanaque municipal: “Nota: Deixamos de inserir no quadro acima as escolas dos
povoados, em virtude de não ter atendido o nosso pedido de informação”. Isso é fato e
contra fato não se tem argumento.
É salutar lembrar o número de mariculas das escolas particulares do município de
Santa Rita, segundo o referido anuário, segue a transcrição em tabela.
Assim sendo, foram matriculados 257 (duzentos e cinqüenta e sete) alunos em 1935
e 360 (trezentos e sessenta) alunos em 1936 na escola particular de Santa Rita, segundo
dados oficiais publicados em 1937 pela aministração pública municipal.
A cidade também teve durante muitos anos a presença da Caixa Escolar “Vigário
Ferreira”, fundada em 29 de março de 1936, e sua diretoria era composta pelo Dr.
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Nomes Lugar
Convento N.S. da Guia (Ruínas) Guia
Igreja Santa Rita (matriz) Séde
Capela N.S. da Conceição Séde
Capela N.S. do Rosário (recentemente dimulida) Séde
Capela do Senhor da Boa Sentença Sede
Capela de São João U. São João
Capela de São Gonçalo U. São Gonçalo
Capela do Socorro Socorro
Capela de N.S. da Conceição Mumbaba
Capela Santa Rita U. Santa Rita
Capela de N.S. da Conceição Gargahú
Capela de São Cosme e São Damião Zubir
Capela de Santo André Santo André
Capela de N.S. da Conceição Tibiri
Capela da Baia Mumguengue
Capela de São Sebastião Capelinha
Capela de N.S. da Conceição Gitó
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A freguesia católica de Santa Rita de Cássia era composta por 27 (vinte e sete)
templos em 1937, porém, com a emancipação política de Bayeux (ex- Barreiras) e de
Lucena, as capelas situadas em ambas localidades passaram a constituirem novas
freguesias. A Capela N.S. do Rosário (recentemente dimulida)” segundo Anuário (1937) em
cujo local se encontra o Grupo Escolar João Ursulo, primeiro prédio escolar construido pelo
governo da Paraíba e inaugurado em 1939, na administração do governador Argemiro de
Figueiredo.
O movimento católico de Santa Rita, referente ao ano de 1936, segundo o já citado
Anuário (1937), ficou assim especificado:
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Novo do governo Getúlio Vargas, em Santa Rita. Nas décadas seguintes praticamente nada
mudou. Ressaltamos de que aos poucos foram chegando outras igrejas cristãs e ou
protestantes, bem como espiritas e umbandistas.
Assim sendo, no dia 22 de maio de cada ano é feriado reliogoso municipal, o dia
da padroeira da cidade, Santa Rita de Cássia, devoção iniciada em 6 de dezembro de
1776, época da inauguração da igreja dedicada a santa das causas impossíveis, que
nos últimos anos não tem mais o brilhantismo profano do passado, tendo em vista a
falta de colaboração do Poder Executivo Municipal, mas, no entanto, o povo católico se
congrega num só ato de fé cristã e faz-se o acompanhamento da precisão da padroeira
pelas principais ruas da cidade ao som do hino: "Oh. Santa Rita, nossa padroeira, recebe
e guarda às nossas orações...", é também comemorado festivamente o sete de setembro,
o quinze de novembro, o Natal e Ano Bom, a procissão do Senhor Morto e os santos do
mês de junho: Antônio, João e Pedro, valendo apenas relembrar o novenário e a
procissão de Santo Antônio, realizada durante décadas pela senhora Loura Clemente e
seus irmãos, sobrinhos e demais familiares, residente na Vila dos Clementes, cuja festa
acabou-se depois do seu falecimento; o 1º de novembro com a procissão tradicional
de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, cuja Igreja tradicional primitiva foi derrubada
em 1937 para ser construído o atual Grupo Escolar João Úrsulo, inaugurado em 1939
pelo Interventor Federal (Governador) Argemiro de Figueiredo, para homenagear o
seu correligionário da UDN-União Democrática Nacional, recém falecido na época,
repetimos que apesar da homenagem ser justa, a referida casa de ensino deveria ter
sido localizada em outro terreno e não ter derrubado o prédio histórico do século XIX
da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. Por fim é importante aqui
relembrar a figura dinâmica da católica praticante, a senhora Julieta da Costa Gadelha,
que durante sua vida tomou para si a administração plena da Igreja do Rosário, da
antiga e da nova, aquela que foi construída na saída de Santa Rita para o Planalto/BR
230, antes do Matadouro Municipal, depois do falecimento de Dona Julieta Gadelha,
sua auxiliar Dona Balbina assumiu o barco que conduzia a igreja do Rosário e sua
festa, depois de sua morte, a festa profana com trinta dias de duração desapareu
completamente; e o 8 de dezembro com a procissão de Nossa Senhora da Conceição,
venerada na Igreja de igual nome desde 1851, data de sua inauguração, e bem assim,
a processião patrocinada pela devoção particular e permanente do senhor José Lopes,
residente na Vila Operária Tibiri, e que desapareceu quando ele faleceu, dentre outras
procissões e novenas de cunho familiar devocional.
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ASSOCIAÇÕES SÓCIOS
Honorários Fundadores Efetivos Total
Lira Vencedora 13 17 22 52
Tibiri Recreativo Clube 2 27 29 58
Itaraí Esporte Clube - 12 18 30
Barreirense Futebol Clube 14 17 23 54
São Lourenço Esporte Clube 3 5 17 25
União Beneficente de Santa Rita 3 34 52 89
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que igualmente mudou o nome para Cinema Morse até sua extinção, quando o mesmo já
era da propriedade de Jorge Silva. O Cinema Avenida (o mesmo prédio onde atualmente
funciona uma igreja evangélica à Praça Getúlio Vargas) de propriedade de Salvador Alves,
o Cinema São João, localizado à Rua São João, antiga Rua Djalma Dutra, de propriedade
de Severino Cavalcante, tivemos ainda o Cinema Santa Cruz, o antigo cinema “puiga”, à
Rua Dr. Pedrosa (antiga rua da Linha Férrea), o Cinema de Toscano, à Praça João Pessoa
esquina com a Rua São João.
Todos os cinemas foram extintos antes do apagar das luzes da última década do
século XX na cidade de Santa Rita/PB, o que ainda perdura na primeira década do século
XXI, sendo substituídos pelas novas tecnologias colocadas a alcance de toda a população e
na hora que entender usá-los no seio de suas casas, de modo que quem quer assistir uma
“telinha” na Terra das Águas Minerais ou Rainha dos Canaviais tem que deslocar-se para os
cinemas na Capital do Estado, e até porque Pablo Picasso afirma que “a arte é a mentira
que nos permite conhecer a verdade”. A cultura em nossa terra sempre foi feita sem a
presença do oficialismo, embora que em época eleitoral os pretensos candidatos e
salvadores da pátria se apresentam para somente naquele instante dar uma ajudinha em
troca de votos no dia da eleição. É essa a cultura dominante entre nossa gente e seus
políticos. Verificamos tais ajudinhas com a doação financeira aos blocos carnalescos,
quadrinhas juninas e materiais esportivos aos times de futebol profissional, amador e de
pelada em épocas eleitorais. A ciência já descobriu como saber o que se encontra dentro
da barriga de uma mulher grávida, porém, o povão nunca sabe o que se encontra dentro
da cabeça dos candidatos de vereador a presidente da República, e quando se fala de
valorização do voto local, aí a coisa fica preta, tem eleitor que vende o voto por uma piola
de cigarro e deixa de lado essa história de arte, cultura, educação, esportes, infraestrutura,
industrialização, hospitais, remédios, esperança e futuro não é sonho para mais de 20% do
eleitorado, conforme os resultados eleitorais que se tem conhecimento em Santa Rita.
Na década de 60 do século XX, tivemos a Rádio Sociedade de Santa Rita, fundada
por seu Tatá, e a Rádio Canavial de Santa Rita, fundada por J. Santos e Francisco Canindé.
Ambas foram fechadas pelo regime militar de 1964. Já no final da década de 80, apareceu
entre nós a Rádio FM Santa Rita, sociedade comercial do deputado Damião Feliciano e do
ex-prefeito Severino Maroja, ainda em funcionamento. Em 03 de abril de 1998, Francisco
de Paula Melo Aguiar e outros idealistas da radiofusão, fundaram a Rádio Comunitária
Educadora FM – RACE/FM, associação civil sem fins lucrativos, apartidária e democrática, a
qual recebeu outorga de funcionamento pelo Governo Federal/MC/Anatel, conforme
Decreto Legislativo Federal nº 511, 2001 do Congresso Nacional (DOU 12/12/2001) e
encontra-se prestando serviços comunitários em gerais na área da educação e cultura
informal, tanto é assim que é reconhecida de utilidade pública pela Lei Municipal nº 1.553,
de 21 de junho de 2013 (DOE/Santa Rita: 08/07/2013).
A Prefeitura Municipal de Santa Rita mantém a Biblioteca Pública Américo Falcão, que
tem cerca de 5.000 volumes. Cita-se ainda, a Banda de Música São José, pertencente
também à edilidade municipal e os conjuntos musicais "Os Sartânicos" e "Os Vândalos",
ambos mantidos por iniciativa privada, além de miniaturas de pequenas difusoras em
diversas partes da cidade, apesar de ser um abuso à população em virtude da poluição
sonora, tendo em vista que é através potentes altofalantes dependurados em hastes de
madeira ao ar livre para todo mundo ouvir. Além da famosa e tradicional Banda Marcial do
COFRAG - Colégio Francisco Aguiar, que abrilhanta os desfiles civicos escolares em Santa
Rita e cidades vizinhas.
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A banda São José é a mesma Filarmônica São José, onde “o homem que não tem a
música dentro de si e que não se emociona com um concerto de doces acordes é capaz de
traições, de conjuras e de rapinas”, segundo afirma Willian Shakespeare. A municipalidade
de Santa Rita, Estado da Paraíba, nos idos anos da década de 40 do século XX, fundou a
Banda de Música São José, que o povo também a chamava de “Filarmônica São José”. Na
realidade Santa Rita se orgulhava de sua banda musical municipal, mesmo nos momentos
que a chamava de “quebraresguardo”, o povo sentia esse orgulho expressado na emoção
refletiva nos lábios e nos olhos... Era Santa Rita tocando e enchendo os nossos lares com
seus dobrados, marchinhas, etc., e até porque o filósofo Aristóteles mencionava com todo
o seu saber que “a música é celeste, de natureza divina e de tal beleza que encanta a alma
e a eleva acima da sua condição”. Aqui é preciso que tenhamos cultura suficiente para
entender de que uma orquestra, banda de música e ou filarmônica, nada mais é que um
agrupamento instrumental que é utilizado acima de tudo para a execução de música
erudita e ou popular, não importa o estilo musical preferido segundo o tipo de
apresentação, tudo dependendo do momento vivenciado. Como por exemplo, se vamos
hastear as bandeiras: nacional, estadual e municipal em praça pública, o poder público se
faz presente garbosamente através das execuções do hino nacional, do hino estadual e do
hino municipal, se a municipalidade tiver, dentre outras musicas que se julgarem
necessárias. Se, se trata de uma procissão do Senhor Morto, na semana santa, e ou da
padroeira Santa Rita de Cássia, aí o ritmo musical é uma marcha batida envolvendo os
hinos cristãos da Igreja, que pode ser da Igreja católica, protestante, espírita, etc., de
modo que o poder público municipal se faz representar perante seu povo através da
presença sonora de sua filarmônica. Não importa se é uma grande ou pequena orquestra,
banda musical, fanfarra, filarmônica, etc, o que importa é que tal instrumento público
também serviu de escola de aprendiz para muitos jovens do sexo masculino, porque na
época a nossa cultura nacional era outra e aqui em Santa Rita não era diferente, ser
músico, era coisa para homem e não para mulher, naqueles tempos a coisa era muito
preconceituosa. Mas o tempo mudou, o Brasil mudou e Santa Rita, também, não se sabe
se para melhor e ou para pior, se sabe que tudo tem seu tempo de passagem e ou de
transição na história da humanidade em todos os sentidos da palavra.
É importante lembrarmos um pouco sobre a historicidade do termo filarmônica e ou
banda musical, pois, epistemologicamente falando, a palavra em si não designa apenas um
grupo de músicos que tocam ou interpretam via notas musicais às obras envolvendo
diversos instrumentos, pois, também envolve uma parte física, por analogia e referencia ao
chamado teatro grego, tendo em vista que caracterizava-se justamente por um corpo ou
coro de bailarinos e músicos, daí porque quando das apresentações públicas ou privadas,
faziam evoluções sobre um tablado e ou estrado que era chamado de “orkhéstra”, que
ficava localizado entre o cenário e os espectadores, tinha a visão central voltada para o
povo e vice versa. A orquestra ou filarmônica era a dona do pedaço, roubava a sena e
tocava para os ricos e os pobres, ambas as classes ficam alienadas pelo tom musical. É
verdade sempre foi assim e continua sendo assim. O lado musical atende aos interesses
dos deuses e dos diabos, em todos os regimes políticos, religiosos, línguas e etnias, nos
quatro cantos do mundo, em todas as épocas da história da humanidade. O homem
sempre furou os tambores, o dedilhou e tocou sobre as cordas das harpas e o soprou as
flautas, segundo menciona o escrito do cenário bíblico de todas as religiosidades que a
população da terra já teve e ainda tem, para louvar seus deuses e os seus diabos, segundo
suas intenções e devoções. Até porque tem gente que acende uma vela para Deus e outra
para o diabo, segundo dito popular.
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E algo nos chama atenção tendo em vista que o escritor em seu artigo denuncia sua
angústia afirmando em forma de pergunta e quem pergunta quer saber:
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quando se fala de carnaval. Ninguém sabe fazer carnaval ou festa momo do povo
brasileiro, com suas escolas de sambas, tribos indígenas, etc., todas classes sociais se
encontram nesta grande festa, tanto nos grandes, quanto nos pequenos centros, cidades,
lugarejos, povoados, vilas, arraias, etc., não precisa se preparar para dançar o carnaval
como maior expressão de liberdade do ser humano na face da terra. Não tem idade para
se brincar o carnaval. É só felicidade e nada mais durante os três dias de momo. Qualquer
tipo de música do tipo marchinha e/ou frevo, levanta multidões e até porque “atrás do trio
elétrico; só não vai quem já morreu; quem já botou pra rachar; aprendeu, que é do outro
lado; do lado de lá do lado; que é lá do lado de lá”, e até porque “o sol é seu; o som é
meu; quero morrer; quero viver; quero viver lá”, de modo que “nem quero saber se o
diabo; nasceu, foi na Bahia; foi na Bahia; o trio elétrico; o sol rompeu; no meio-dia; no
meio-dia”, segundo o poeta e compositor Caetano Veloso. Isto é por analogia o que
acontece nas grandes e pequenas festas de mono, anualmente.
Em Santa Rita, a festa de momo, sempre foi festejada com bailes nos principais
clubes até então existentes, como por exemplo: o Santa Rita Tênis e o Santa Cruz. Ambos
disputavam anualmente para se saber quem fazia o melhor carnal na Rainha dos Canaviais.
A criançada tinha sua festa de mono nas matinês, durante os três dias de carnaval, em
ambos os clubes já mencionados e em horários especiais, sempre conduzidos por seus pais
que aproveitavam para “esquentar” em termos de preparação para os grandes bailes a
partir das vinte e duas horas até as primeiras horas do dia seguinte, durante os três dias de
carnaval, baile de orquestra com os melhores músicos e bateristas da Paraíba e do Brasil, a
exemplo de Zé Bornoque (músico) e de Miron (tarolista de primeira qualidade). Isto só para
relembrar um pouco do que já tivemos em nossa amada cidade de Santa Rita. O escritor
Affonso Romano de SantAnna, menciona que “o carnaval é basicamente um movimento
diluidor da rebeldia”. Disso não temos dúvida. Os blocos de carnaval de rua eram muitos,
dentre os quais se destacava o bloco de Geraldo Jibóia, que arrastava a multidão do bairro
da Santa Rita, com a participação de todos e de todas que desejassem brincar o carnaval,
cantando, se divertindo, naquele tempo não era proibido o uso de lança perfume no Brasil
e aqui em Santa Rita, toda e qualquer criança, senhor, senhora, pessoa do povo, exibia
suas lanças perfumes, tomando seus porres dentro e fora dos clubes, no meio da rua, o
povo era feliz e não sabia. No tocante as escolas de samba, Santa Rita tinha, por exemplo:
a “Lira Vencedora”, “Os piratas de mono”, “Sapato de pobre é tamanco”, dentre outras
igualmente importantes. No tocante as tribos indígenas, existiam muitas que agregavam
pessoas de todos os níveis e classes sociais, valendo apenas destacar a tribo indígena de
Josias, de saudosa memória e a tribo indígena de Manoel dos Índios, que com muita luta
vem mantendo até nossos dias o carnaval tradição de nossa terra, geralmente sem apoio
do poder público. Existiram também aqui na terrinha os ursos e o blocos de homens
vestidos de “donzelas”, dentre outras formas do tipo “xirumbas”, “columbinas” e “pierrôs”.
O povo era mais feliz do que hoje em nossa terra. O fotografo Viégas, de saudosa
memória, dentre outros profissionais igualmente importantes, registrou até onde pode
estas festividades dentro e fora dos clubes de Santa Rita, que praticamente em termos
sociais e culturais, o vento levou. Inclusive o bloco de Geraldo Jibóia, que por ter sede à
Desembargador Sindulfo, próximo ao falecido baixo meretrício, o povo denominava de o
“bloco do cabaré”, sem nenhum tipo de preconceito, o bloco desfilava pelas principais ruas
e praças de Santa Rita e ainda visitava as casas das pessoas que ajudavam o referido
cidadão a organizar livremente o seu bloco carnavalesco, todos os anos e alegria era
grande. Nunca se tomou conhecimento que alguém tivesse sido assassinado por participar
do carnaval nesse e ou em outros blocos de nossa cidade. Tudo era brincadeira e muito
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respeito, até porque nesse tempo o uso de drogas ilícitas era muito menor em nosso meio.
A juventude não sabia nem o que era o cigarro de maconha, quanto mais outros tipos de
drogas. E isso é cultura popular de primeira qualidade, é a cultura nascida com o esforço
do povo. A verdadeira cultura não depende interesse político partidário. O povo faz sua
cultura da maneira que pensa fazer e faz. Sempre foi e é assim em qualquer parte do
mundo. Enfim, “lembre-se todo carnaval tem seu fim,então ame, tenha fantasias, dance e
cante... agora preste atenção. A batucada parou, tire a fantasia”, segundo a visão de
Adriano Soares, publicada na rede social do facebook, tendo em vista que o carnaval é a
época de esquecer os problemas, soltar a franga, beber todas e curtir a festa... E em Santa
Rita na década de 50 e 60 o povo vivia feliz e não sabia, pois, vivenciamos as maiores
festas de momo de todos os tempos em uma cidade do interior do Brasil.
O prédio onde funciona a Prefeitura Municipal de Santa Rita, na rua Juarez Távora;
o prédio da antiga residencia dos pais do Deputado Egidio Madruga; a Igreja de Nossa
Senhora da Conceição (1851), a Igreja Matriz (1776), a casa de José Paulino Cavalcante,
aquela casa onde reside o senhor Antônio Nogueira, criador de gabo na beira da linha do
trem na rua Dr. Pedrosa, esquina com a rua Monte Castelo (foi derrubada e construída
outra casa), junto a fabrica de bebidas de Nem Nunes Machado (foi derrubada e no local
construída uma oficina de conserto de automóvel de Antônio da Mineral); a casa do
Desembargador Sindulfo Santiago, hoje reformada, na entrada da cidade,em frente a
Cincera, o prédio da Caixa Econômica Federal, antigo Metro de Ouro dos irmãos Pedro e
Paulo de Mendonça Furtado, localizado à Praça Getúlio Vargas e várias capelas de
antigos engenhos, grande parte demolidas, como a de Santo André, São Cosmo e São
Damião, a do Engenho Tibirí encontra-se em ruinas e a Igreja do Rosário dos Pretos, cuja
data de fundação é desconhecida, apenas se sabe a data em que foi derrubada na
administração do prefeito Flávio Maroja Filho em 1937, em cujo local foi edificado o
Grupo Escolar João Úrsulo, inaugurado em 1939 pelo governo do Estado da Paraíba, além
das instalações da Fábrica Tibirí e seus casarões e a vila operária em estilo antigo. Além
dos prédios da cadeia pública e da Estação Ferroviária. Todas as capelas centenárias
localizada na zona rural de Santa Rita, dentre as quais: a de São Francisco Xavier,
localizada no Engenho Capelinha, a de Santana, localizada no Engenho Gargaú, a de
Patrocinio (ex-Una), a de Socorro, a de Livramento, a de São Gabriel (Engenho do Meio), a
de São Sebastião (Tibiri) dentre outras igualmente importantes. O prédio onde residiu
Virginio Veloso Borges e que serviu de quartel general para a Aliança Liberal na Paraíba em
1930, na Vila Operária Tibiri. Na realidade na zona rural de Santa Rita encontra-se o
passado recente do Brasil Colônia, Império e República, são inumeras as capelas, casas
grandes, engenhos e senzalas em ruínas. Finalmente, o prédio onde funciona o COFRAG –
Colégio Francisco Aguiar é de construção recente, da década de 70 do século XX, foi o
primeiro prédio construído na cidade com lajes tendo dois andares na rua Eurico Dutra e
três andares com frente para rua Maria Santaigo, porém, é um moderno edificio escolar,
dentre os demais prédios de escolas públicas e privadas de nossa terra centenária.
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brasileiro, passando pelo território de Santa Rita ( a estação ferroviária de Santa Rita foi
inaugurada em 07 de setembro de 1883) com destino ao brejo, sertão e ao Recife, Capital
de Pernambuco. E isso é fato histórico que com a passagem da estrada de ferro por dentro
da terra do Engenho Central São João, a poucos metros de sua fábrica de açúcar, em sua
biqueira, melhor dizendo, favorecendo assim o progresso da localidade via os trilhos
ferroviários que transportavam seu ouro branco para a Capital da Província da Paraíba e de
Pernambuco, grande mercado consumidor do produto. Assim teve inicio a acessibilidade
motorizada de pessoas e produtos agrícolas, comerciais e industriais na Paraíba. Assim
Santa Rita era já naquela época o lugar onde tinham o maior número de engenhos de cana
de açúcar em funcionamento da Paraíba, além de conta com água, mão de obra barata,
acessibilidade, solo fértil e apropriado para tal monocultura.
A povoação de Santa Rita em 15 de novembro de 1889, dia da Proclamação da
República dos Estados Unidos do Brasil, ainda continuava atrelada a Capital da Província da
Paraíba e em passos lentos o seu desenvolvimento social e cultural, tudo dependia da
grande cidade, inclusive a administração pública, pois, aqui tinha apenas uma sub-
prefeitura em virtude da falta da emancipação política e administrativa de nosso território,
apesar do grande montante dos impostos diretos e indiretos provenientes do comercio e da
industria açucareira durante séculos.
Aqui em Santa Rita toda vida sobrou confusão pela disputa do poder político local
desde os primitivos conflitos de 1585 e anos seguintes envolvendo os nativos: tabajaras e
potiguaras contra o invasor com cara de colonizador português. Nossos primeiros
exploradores e não colonizadores. De modo que todos os lideres políticos da terrinha queria
na realidade sua emancipação política, dentre os principais lideres podemos destacar: o
Padre Manoel Gervásio Ferreira da Silva, o popular - Padre Ferreira - que era também o
Vigário da Freguesia de Santa Rita de Cássia, uma espécie de chefe político e religioso ou
um coronel que sabia ler e escrever naqueles tempos, fim do segundo reinado e inicio da
República no Brasil; O coronel e senhor de engenho Francisco Alves de Sousa Carvalho; o
também coronel e senhor de Engenho Firmino Gomes da Silveira, que na época era
Senador da República; o chefe de polícia de Santa Rita e senhor de engenho Antonio
Gomes Cordeiro de Mello (era proprietário do Engenho Capelinha, terras encravadas na
atual Usina Santana, em cuja Capela do Engenho tinha como padroeiro: São Francisco
Xavier, conforme comprova-se com o que escreveu o historiador paraibano João Lyra
Tavares, no livro denominado: A PARAHYBA, páginas 521 a 525), dentre outros cidadãos
igualmente comprometidos com a “ordem e o progresso” em nossa terra, assim sendo,
fizeram um abaixo-assinado com mais de quinhentas assinaturas e entregaram ao
Presidente do Estado da Paraíba, Venâncio Augusto de Magalhães Neiva, justificando da
necessidade de emancipar o povoado de Santa Rita, fazendo mencionar que “Não há mais
sentido o florescente povoado de Santa Rita no novo regime continuar como freguesia, pois
possui vinte e cinco engenhos moentes, duas escolas, duas igrejas e várias capelas, duas
olarias, uma usina de assucar e um cemitério, além de uma concorrida feira semanal para
onde convergem as populações interioranas [...]” e além do mais “[...] não se justifica que,
contribuindo com seus vantajosos impostos para o progresso do Estado, permaneça Santa
Rita subordinada à Capital [...]”, conforme se comprova pela simples leitura do abaixo-
assinado do Padre Manoel Gervásio Ferreira da Silva – Padre Ferreira e outros, às folhas
183 do Livro do Tombo da Paróquia de Santa Rita de Cássia, da cidade e município de
Santa Rita, Estado da Paraíba. O Brasil mudou de regime imperial para república e Santa
Rita era uma localidade emergente em pleno século XIX, a época já tinha um parque
agroindustrial invejável às demais localidades da Paraíba e de outros Estados do país.
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Paraíba. Vale salientar de que prédio dos Correios e Telegráfos foi construído em
1973/74 depois que a Câmara Municipal de Santa Rita autorizou a doação do terreno
que foi comprada a Usina Santa Rita. Não existiam as casas e as empresas: Edilicya e
outras atualmente existentes na referida localidade. Foi assim como o lixão do mercado
público de Santa Rita desapareceu na década 70. Do outro lado da rua Flávio Ribeiro,
onde encontra-se construído o posto Santana, o Santa Cruz (esta área a prefeitura
municipal dou inicialmente a AUS – Associação Universitária Santaritense, ainda foi
iniciada a construção com os pilares do “ginásio”, porém, a AUS deixou o tempo passar
e a doação caducou igualmente, dando lugar a doação pela Câmara Municipal ao Santa
Cruz Esporte Clube Recreativo em 1980), o terminal rodoviário (esta área foi doada pela
Prefeitura Municipal para a CNEC construir o Colégio Américo Falcão, na administração
Antonio Teixeira, ficou o projeto só no papel, caducou e deu lugar ao terminal
rodoviário) e a Fundação Flávio Ribeiro (este terreno foi doado pela Usina Santa Rita
para constituir a Fundação Flávio Ribeiro,mantenedora do Hospital com igual nome,
administrado inicialmente pelas Irmãs de Caridade da Holanda e atualmente pelas
Irmãs da Congregação do Imaculado Coração de Maria). , também pertencia ao
patrimônio da Usina Santa Rita. O largo do mercado envolvendo os quatro lados chama-
se oficialmente de Praça Antenor Navarro, na parte que olha para o Lojão da
Econômica, praticamente nada mudou durante os últimos 40 (quarenta) anos, apenas
os donos das lojas venderam seu patrimônio ou morreram. Do lado que olha para
Regismar Ferragens, a mesma coisa, Sinvaldo Cavalcante Viana, vendeu a Joaquim Dias
Ramos e este passou para os atuais donos, na outra esquina com a popular “rua de
Egidio”, como povo chama ainda hoje à Rua Coronel Domiciano, funcionava o armazém
de Antônio Tristão de Melo, e na outra esquina existia a Movelaria de Ely Bezerra e
anexo a parede do mercado vários comerciantes, dentre os quais o comerciante
Joaquim Pequeno, de saudosa memória. E do lado que olhava para antiga loja de
Francisco Capucho e família, também nada mudou, continua praticamente da maneira
forma, pequenas lojas anexadas nas dependências do mercado e os feirantes e suas
barracas, apenas fechou a banca de bicho do ex-vereador José Batista do Nascimento,
tendo em vista o falecimento do mesmo. Na parte interna do mercado público de Santa
Rita sempre teve várias lojas de tudo: pano (com Nezinho e com a esposa de Paulo
Pessoa, estivas em geral no armazém de Arnaldo Martins, dentre outros, todos de
saudosa memória). Por final, na administração Heraldo Gadelha no período de 1963/69,
foram introduzidas as “barracas” padronizadas e pintadas na cor laranja, a cor do
socialismo moreno daquele momento vivido pela administração pública municipal,
(tenho a lembrança da barraca de roupas finas de Zito Mago, de Rita Moreira (mãe de
Walter Levita) e a barraca de venda e conserto de fogão de Bráz), a partir da porta do
mercado olhando para a “Nova Ferragem”, loja de Raimundo Furtado, já existiam lojas,
dentre as quais a Casa do Riso de Luiz Carlos da Silva, casado com Risomar Paiva (filha
do comerciante Oscar Paiva, de saudosa memória em Santa Rita), na área externa do
mercado público e que o tempo encarregou-se de substituí-las pelas atuais casas
comerciais na parte interna/externa do mercado que dão vista para o antigo Metro de
Ouro, de Pedro e Paulo de Mendonça Furtado (atual Patricia móveis e outras lojas),
tinha ainda o loja de fotografia de Fausto Ferreira, que foi substituído pelo “Foto Fiel” de
Zito fotógrafo, a Farmácia Santa Rita de José Bonifácio que foi adquirida e Fernando e
Francisquinha Carvalho (mulher que serviu de enfermeira e amiga do povo de Santa Rita
durante toda sua vida) e a alfaiataria central na parede externa do mercado. Na gestão
do prefeito Heraldo Gadelha, 1963 a 31 de janeiro de 1969, ele em sendo um católico
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Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, em 1°, de novembro, além das procissões quinzenais
da Medalha Milagrosa, que visitou a maioria das casas dos católicos de Santa Rita. Não
faltando a procissão de Nossa Senhoria da Conceição (uma espécie de culto particular),
patrocinada com muita dedicação e vocação pelo devoto José Lopes, morador na Vila
Operária Tibiri. É importante também lembrar aqui a procissão de Santo Antônio,
realizada durante décadas por dona Noura na Vila dos Clementes, uma espécie de
quilombola, atualmente encravado no Bairro André Vidal de Negreiros, nesta cidade.
RÁDIOS E JORNAIS — Tivemos a Rádio Sociedade de Santa Rita, idealizada pelo
saudoso Tatá, Agência de Publicidade A Voz do Alto, de Elias Monteiro, a Amplificadora de
Toscano e a Amplificadora do Baixo Meretrício, o popular vai quem quer ou cabaré.
Inicialmente registramos que um grupo de jovens intelectuais, dentre os quais:
Jaime Gonçalves do Nascimento (Jaine Lacet e ou Glêz Lacet), Lapemberg Medeiros de
Almeida e Waldemar de Carvalho Lelis, dentre outros, criaram ao longo de nossa
historicidade vários jornais de épocas de cunho literário, noticiosos e humoristicos, dentre
os quais, os jornais:o “Rebate”, em 1914 e o “Cruzeiro”, em 1926, ambos criados e
mantidos por Francisco Teixeira de Vasconcelos e Floriano Mendes, jovens idealistas. Em
1930, existiu entre nós os jornais: o “Faísca” e o “Carleston”, criados por Lapemberg
Medeiros de Almeida, então funcionário da Great Western (Rede Ferroviária) em João
Pessoa. O Anuário Informativo do Municipio de Santa Rita, que foi publicado em 1937, em
pleno período inicial do Estado Novo de Getúlio Vargas, tinha como diretores fundadores e
jornalistas: Jaime Lacet, Lapemberg de Medeiros Alveis e Waldemar de Carvalho Lelis. Em
1946, também tivemos por pouco tempo o “Bomba Atômica” circulando nos meios sociais
de nossa cidade.É importante mencionar de que Jaime Lacet foi fundador e diretor da
Estação Radiofônica de Santa Rita, conhecida como a “PR Melodia”, em 1937, portanto, a
pioneira estão radiofônica da terra que nos é comum. Tivemos ainda outras inciativas
radiofonicas com poucos anos de duração, dentre as quais: a Rádio Municipal de Santa
Rita, a Rádio Royal, a Rádio Clube de Santa Rita e a Rádio Sociedade de Santa Rita, que
teve inclusive Jaime Lacet e seu Tatá como locutores.É importante lembrar de que Santa
Rita também teve o Grêmio Bolsista Tibiry Esporte Clube, uma espécie de precursor do
CTC Futebol Clube, na Vila Operária de Tibiri, e o Escrete Santaritense. Aqui também
existiram o Grêmio da Mocidade, nos idos anos de 1924 e o bloco carnavalesco, Lira
Vencedora, ambos fundados por Jaime Lacet, Luis de Azevedo Soares e Jaime Aristides
Ferreira.Já no inicio da década de 60, havia entre nós o jornal "SINOS DE SANTA
RITA",uma invenção dos padres Mauricio e Paulo, sucessores de Monsenhor Rafael de
Barros, na adminsitração da Paróquia de Santa Rita de Cássia, com a famosa crônica da
"Coruja da Torre", a Tribuna; o Informativo do Gresc (Grêmio de Estudos Sócios
Culturais) e atualmente existe o Jornal "PARTICIPAÇÃO" e o Informativo "Gente da
Gente", mantido pela Prefeitura Municipal de Santa Rita, ambos são tabloides que
divulgam noticias do interesse de seus donos, conforme se pode comprovar através dos
conteudos politiqueiros dos seus textos. Além do Rádio Canavial de Santa Rita de J.
Santos e Francisco Canindé, que inicialmente funcionou à Rua Desembargador Sindulfo e
posteriormente à Rua Professor Severo Rodrigues, esquina com a Rua Coronel Aureliano,
igualmente extinta durante o regime militar brasileiro iniciado em 1964.Vale enfatizar de
que a Rádio Sociedade de Santa Rita, fundada e mantido por Faustino Nascimento, “Seu
Tatá”, teve sua licença cassada pelos militares que fizeram a revolução de 1964, porém,
aquela emissora serviu de laboratório para fabricar locutores e radialistas para toda
Paraíba.
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Aqui já existiram diversos clubes sociais, merecendo destaque especial o Santa Rita
Tênis Clube (extinto), onde a chamada elite da cidade frequenta para reuniões e encontros
sociais. Não faltando também a presença do futebol em Santa Rita, que se faz representar
no campeonato paraibano de futebol, onde os times pequenos pagam para jogar, pela
heróica e brava equipe do Santa Cruz Sport Clube, que inclusive chegou a ser campeão e
bicampeão da Paraíba na década de 90 do século XX. Atualmente é apenas o
representante de nossa terra nas disputas intermunicipais a nível do campeonato estadual
da Paraíba.
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fundou a primeira panificadora em Santa Rita com o nome de Padaria Santa Rosa e fechou
suas portas em 1912. A segunda panificadora fundada em Santa Rita por Manoel Julião em
1885 deixou de funcionar em 1931 e em 1905 foi fundada a terceira padaria com o nome
de Santa Rita, pertencente a José Gonçalves do Nascimento, e que funcionou até a década
de 40. Por fim, funciou até o final do século XIX em Santa Rita, uma fábrica de bolachas e
massas doces, pertencente a José Cabeludo, conforme informa Jayme Lacet, no Anuário
Informativo de Santa Rita do ano de 1937.
6 - Santa Rita foi emancipada através do Decreto nº 10, de 19 de março de 1890, sendo
presidente do Estado da Paraíba o doutor Venâncio Neiva.
7 - Antônio Gomes Cordeiro de Mello, foi nomeado o primeiro Presidente do Conselho
Municipal de Intendência de Santa Rita e tomou posse com os demais membros no dia da
instalação oficial do Municipio de Santa Rita, em 29 de março de 1890.
8 - Santa Rita foi visitada pelo Dr. Álvaro Machado, então Presidente do Estado da Paraíba,
tornando-se assim o primeiro chefe de governo a visitá-la e o mesmo ficou hospedado na
casa do coronel Amaro Gomes Ferraz, que era o Prefeito da época. Mas em 1924, o Dr. João
Suassuna veio a Santa Rita pessoalmente, o que serviu de muita honra, pois, no dia 03 de
dezembro de 1921, o Município de Santa Rita, teve sua emancipação política restabelecida
pelo Decreto n° 613.
9 - Pelo Decreto n° 591, de 30 de Outubro de 1934, o Interventor Federal Gratuliano de
Brito, criava definitivamente a Comarca Judiciária de Santa Rita, sendo nomeado o Dr.
Octávio Celso de Novaes, o seu primeiro Juiz de Direito. Em cinquenta anos de existência —
Bodas de Ouro, à Justiça em Santa Rita, ainda não tem seu Fórum Judiciário devidamente
capacitado para se comemorar tal acontecimento, pois, não obstante, os esforços dos
magistrados atuais de Santa Rita, a primeira vara funciona precariamente no prédio da
Câmara Municipal, juntamente com o Cartório de Distribuição e a própria Câmara de
Vereadores, além do mais, a segunda Vara funciona no prédio do Cartório do 2° Ofício, de
propriedade privada, o que significa dizer que a Justiça anda a pé e sem nenhuma
condição de funcionar e funcionar bem, o que serve de vergonha para quem administra e
aquém já administrou à Paraíba e não forneceu às condições minímas para que à Justiça
pudesse realmente funcionar em prédios especialmente construídos, principalmente em
Santa Rita, enquanto terceira maior cidade em recolhimento do ICM da Paraíba.
Ressaltamos de que somente nas últimas décadas a cidade recebeu a construção dos
prédios do Forum Judiciário e do Ministério Público Estadual.
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reprodução da vida vegetal em tal localidade. Ressaltamos de que não vem daí a
origem do termo “tibirí”,pois, segundo Frei Vicente do Salvador, em “História do Brasil”,
publicado em 1626, o termo ou topônimo citado é de origem tupy “Tibir – y” e ou “Tibi-
r-y”, que significa em nosso português materno, “rio do sepultado” e ou “rio da
sepultura”, conforme é enfocado por Costa, Pereira da; et all (1904), denominado de
“As etimologias indigenas de Elais Herckmans, publicado em Revista do Instituto
Geológico e Geográfico Pernambucano.De modo que o termo rio Tibery, significando o
que hoje conhecemos como sendo rio Tibiry, com “y” e ou com “i”, no final da palavra,
é mencionado em 1698, no mapa da Provincia da Paraíba, de autoria do italiano
Andreas Antonius Horatius. O que vale dizer que a povoação e colonização da Várzea
do Paraíba teve inicio na região do rio Tibiry, envolvendo indios, brancos, negros e
europeus, tendo em vista a presença da primeira fábrica de açúcar da Paraíba, o
famoso e praticamente desaparecido “Engenho Real Tibiry”, cujos resquicios ainda se
encontram entre a Vila Operária Tibiri e o Rio Preto, nesta cidade.
Por outro lado, conta-se ainda que nos fundos da Igreja de São Sebastião, há
um poço de areia movediça, sobre o qual foi jogado um bezerro de ouro, e todo aquele
que se atreve a procurá-lo, afoga-se na areia, como castigo pelo seu atrevimento. E os
mais velhos contam tais estórias com uma certeza tão grande que os mais jovens ficam
de cabelos arrepiados.
Diz-se também a lenda que o velho sino da Igreja de São Sebastião, teve seu badalo
roubado por ser uma peça de ouro maciço. Mas, parece que o mais racional é admitir
que o sino teve a sua "língua" corroída pela ferrugem. O fato é que o sino original não se
encontra mais na referida igreja. Acredita-se que tenha sido recolhido à casa grande dos
proprietários do antigo engenho.
O povo conta que O Padre Melibeu, falecido em 9 de agosto de 1931, que foi
vigário da cidade e teve morte súbita,três meses depois da grande festa em homenagem
a Santa Rita de Cássia, onde rendeu muito dinheiro para a construção da torre da atual
Igreja Matriz de Santa Rita e bem assim das reformas internas daquela casa de
oração,ato continuo, dias após a realização da citada festa, o dinheiro recolhido no
pavilhão via quermeces e doações, foi roubado, desapareceu da Casa Paroquial e tal fato
na lingua de certos carolas colocou o senhor vigário em discussão, se bem que o referido
sacerdote era um humomem sério e honesto, porém, ficou decepcionado e por isso
faleceu vítima de um enfarto fulminante, foi sepultados nas dependências da Igreja
Matriz e após anos de supultado teve seu túmulo aberto para que lhe fosse retirada a
ossada, para a surpresa de muitos estava em perfeito, tamanho era o estado de
conservação, como se tivesse sido colocado ali naquele momento. Contam também que o
corpo foi retirado e mandado às pressas à Roma para a beatificação. Até hoje ninguém
comprova a incorruptibilidade do referido sacerdote. E não poderia ser diferente, tendo
em vista que isso é uma lenda, ou seja, uma narrativa fantasiosa que é transmitida de
geração em geração pela tradição oral de seus habitantes e especialmente pela carolas da
igreja. Enfim, toda lenda tem o caráter mistico, fantástico e fictício, onde procurar
combinar os fatos reais e históricos com os fatos irreais, que representam o produto de
mera imaginação da aventura humana. Claro que uma lenda pode ser verdadeira o que
não deixa de ser importante.O homem vive de criar situações as mais diversificadas
possíveis para transmitir as novas gerações seus saberes e conhecimentos, sejam eles
academicos e ou não, reais e ou irreais, apenas mitológicos.Segundo os mais
diversificados folcloristas, historiadores e pesquisadores, o que chamamos de lendas, não
passam de frutos de nossa imaginação do senso comum ou popular,porém, ressaltamos
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de que para muitos povos as lendas são os livros na memória viva dos mais sábios, tendo
em vista que uma lenda não representa assim uma mentira e muito menos uma verdade
absoluta, representa portanto, uma história que foi criada, defendida e continua viva na
memória das pessoas e por isso tem no minimo alguma contribuição de fatos veridicos,
por isso vem sendo contada, recontada e assim garante sua sobrevivência no seio da
sociedade. E o Brasil é rico em lendas nacionais, dentre as quais: Vitória Régia, Boto, Mula
sem cabeça, Caipora, Curupira, Papa-figo, Saci Pererê, Comadre Fulôzinha, etc.
Por fim a lenda do hajapau, que segundo os mais velhos, tinha um homem que batia
muito na esposa e quando ela estava sendo castigada e ou molestada injustamente pelo
marido alcoólatra, o filho do casal ficava zombando da mãe gritando e incentivando o pai a
bater mais... hajapau, e quando o referido moleque morreu ficou fazendo medo ao povo
quando passava pelo mercado central de Santa Rita, cujo local foi o cemitério público até
1930. Dizem que alguém saia na carreira dentro do mercado para fora grintando hajapau...
Exm°s. Senhores:
A 13 de agosto de 1823, começa a florar a crise entre o Estado de Direito
(Assembléia) e o Poder Pessoal (Imperador,) o deputado Antônio Carlos pede
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
informações sobre a prisão do cidadão João Martins Pamplona Corte Real. Vários
pronunciamentos se fizeram na Assembleia, que considerava aquela prisão arbitrária e
ilegal. Criava-se o chamado "Affaite Pamplona". A 20 de agosto de 1823, chegava à
Assembleia ofídio participando que João Pamplona é um dos passageiros da escuna
Catarina apreendida no Porto de Santos, sendo seus passageiros presos na Fortaleza da
Barra.
A crise prossegue. E os constituintes propõem que se fizesse "aos povos do Brasil" —
conforme a expressão da época — uma explicação de tudo o que a Assembléia fazia.
Selins — Os cavalos eram os automóveis da época. E o Brasil, que até aquele tempo
nada podia fabricar, começa também uma indústria de artigos ligados à montaria. E nesse
clima, Simpliciano de Souza Barreto solicita à Assembléia "ajuda de custo" para
estabelecer "uma fábrica de selins raros". A proposta tem acolhida nas comissões
técnicas.
A solenidade hoje é a continuação da de ontem. O 3 de maio de 1823 é o dia
seguinte ao 8 de setembro de 1822. É que à independência do povo se junta,
necessária,imprescindível,a representação popular, que no Império, era o cetro da
magestade efetiva.
A independência de um povo, o ato imponente de que se tornou livre, não é tudo.
Povo livre, para sê-lo, realmente, tem que ser povo que exprime anseios, que manifesta
vontade, que decide. Daí a representação da população, sem o que não haverá
independência, nem soberania, nem liberdade.
Após historiar os aspectos que cercaram a instalação do Poder Legislativo no país e
observar que "dirigir um povo não é como acionar uma máquina”, enfatizo ser necessário
que não se esqueça de que o enfraquecimento de qualquer poder, como o seu
fortalecimento, há de ser resultante da emissão ou do esforço dos que o integram.
Aqui, através do trabalho diário de todos nós, trabalho sério, cuidadoso, olhos fitos no
interesse real da Nação em sentido amplo, é que fortaleceremos o Legislativo. Assim, as
nossas críticas, para serem válidas, têm que ser justificadas; nossas divergências bem
caracterizadas: mesmo o aplauso, com razão de ser. Há um mundo de problemas a
estudar e a debater. São sem conta os males a eliminar. Inúmeras as distorções a corrigir.
Daí a necessidade, quando comemoramos século e meio de nosso surgimento, de um
exame de consciência ou de uma autocrítica, para uma tomada de posição.
Há um novo mundo em construção ou se reconstruindo.
— Busca-se uma nova ordem, de que todos participem e não só com o
sofrimento.
Aqui, no Brasil, teremos que pôr fim às desigualdades sociais, dando a todos a
mesma oportunidade. O miserável não pode continuar a ostentar sua miséria parede
e meia com os palácios. As regiões carentes têm que crescer à posição em que se
encontram as desenvolvidas.
Um desenvolvimento integral. Temos que pôr fim aos diversos brasis, que
passarão a ser um só, com a integração em boa hora buscada com a Revolução de 31
de março de 1964.
O Sonho de uma justiça social perfeita há de ser concretizado. E para essa
grande obra estamos todos convocados.
Nós, principalmente, que representamos o povo. Este desafio a que estamos
submetidos. Que aceitamos. Que enfrentaremos a serviço deste Município e da Nação
Brasileira. A Solenidade de ontem é a continuação da de hoje. Aos 7 de setembro de
1822 se seguiu, imperioso, inevitável, o 3 de maio de 1823.
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CAPÍTULO II
OS SÍMBOLOS MUNICIPAIS
Santa Rita, tem seus símbolos municipais: o brasão, a bandeira e o hino, oficialmente
reconhecidos pela Lei Municipal nº 496, de 24 de janeiro de 1973, conforme segue
transcrita:
ESTADO DA PARAÍBA
PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA RITA
Lei n° 496, de 24 de Janeiro de 1.973
Dispõe sobre a forma e a apresentação dos símbolos do Município de Santa Rita
e dá outras providências.
SECÇÃO I
DOS SÍMBOLOS EM GERAL
ARTIGO 2° — Consideram-se padrões dos símbolos do Município de Santa Rita,
os exemplares confeccionados nos têrmos e dispositivos da presente Lei.
ARTIGO 3° — No Gabinete do Prefeito e na Divisão de Educação e Cultura, serão
conservados exemplares-padrões dos símbolos municipais, no sentido de servirem
de modelo obrigatório para a respectiva confecção, constituindo -se em elemento
de confronto para comprovação dos exemplares destinados a apresentação procedam ou
não de iniciativa particular.
ARTIGO 4° — A confecção da Bandeira Municipal somente será executada mediante
determinação dos Poderes Legislativo ou Executivo Municipal e com autorização especial es-
crita, quando a execução for executada por conta de terceiros.
§ 1° — De forma idêntica proceder-se-á com o Hino Municipal, cuja autorização
deverá contar a assinatura a data do despacho do Prefeito Municipal ou do Presidente da
Câmara, ou seus delegados competentes.
§ 2° — E vedada a colocação de qualquer indicação sobre a Bandeira e o Brasão
Municipal.
§ 3° — É proibida a reprodução, tanto do Brasão como da Bandeira Municipal,
para servirem de propaganda política ou comercial.
ARTIGO 5° — É em qualquer reprodução feita por conta de terceiros, da Bandeira
ou do Brasão Municipal, com autorização especial, o beneficiário deverá fazer prova da peça
reproduzida, com o arquivamento de um exemplar no Departamento competente da
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quando isolada ou precedida pelas Bandeira Nacional e Estadual quando estas também
estiverem concorrendo ao desfiles.
ARTIGO 15 — Os estabelecimentos de ensino municipal, deverão manter a Bandeira
Municipal em lugar de honra, quando não hasteada, do mesmo modo procedendo-se com
as bandeiras Nacional e Estadual.
ARTIGO 16 — E terminantemente proibido o uso da Bandeira Municipal para servir de
pano de mesa em solenidade,devendo ser obdecido o previsto no § 3° do Art- 10° da
presente Lei.
ARTIGO 17 — É proibido o uso e hasteamento da Bandeira Municipal, em
locais considerados incovenientes pelos Poderes competentes.
SECÇÃO III
DO HINO MUNICIPAL
ARTIGO 18 — Fica o Poder Executivo autorizado a contratar serviços de um
compositor ou instituir concurso entre compositores para a escolha do Hino
Municipal.
§ Único — A regulamentação do Hino Municipal obedecerá em princípio a
presente Lei e o prescrito do Decreto-Lei nº 4.545 de 31 de julho de 1.942, com
relação ao Hino Nacional.
SECÇÃO IV
DO BRASÃO MUNICIPAL
ARTIGO 19 — O Brasão de Armas de Santa Rita, de autoria do heraldista Prof.
Arcinoé Antônio Peixoto de Farias, da Enciclopédia Heráldica Municipalista, é
descrito em termo próprios de heráldica da seguinte forma:
ESCUDO SAMNITICO ENCIMADO PELA CORÔA MURAL DE SEIS TORRES, DE
ARGENTE, EM CAMPO DE ARGENTE, POSTA ABISMA, A EFÍGIE DE SANTA RITA DE
CARNAÇÃO EM VESTES TIPICAS DE FREIRA, COM UMA CHAGA NA FRONTE E EM ATO DE
ADORAÇÃO AO CRUCIFIXO. ACANTONADOS EM CHEFE DOIS COQUEIROS DE SINOPLA
FRUTADOS E AO TERMO UMA TORA DE MADEIRA DE GOLES PARTIDA DE UMA SERRA
MANUAL DE SABLE, COMO APOIOS DO ESCUDO, À DEXTRA E SINISTRA, FEIXES DE CÂNA-
DE-AÇÚCAR AO NATURAL ENTRECRUZADAS EM PONTA, SOBRE AS QUAIS SE SOBREPÕE
UM LISTE, DE GOLES, CONTENDO EM LETRAS ARGENTINAS O TOPÔNIMO "SANTA RITA"
LADEADO PELOS MILÉSIMOS "1771" E “1890".
§ Único — O Brasão, descrito neste artigo em termos próprios de heráldica, tem a
seguinte interpretação simbólica:
a) — o escudo samnítico, usado para representar o Brasão de Armas de Santa Rita,
foi o primeiro estilo de escudo introduzido em Portugal por influência francesa, herdado
pela heráldica brasileira como evocativo da raça colonizadora e principal formadora da
nossa nacionalidade;
b) — a coroa mural que o sobrepõe é o símbolo universal do brasão de domínio
que, sendo argente (prata), de seis torres, das quais apenas quatro são visíveis em
perpectiva no desenho, classifica a cidade representada na terceira grandeza ou seja,
sede do Município;
c) — o metal argente (prata) do campo do escudo simbiliza à paz, amizade,
trabalho, prosperidade, pureza, religiosidade;
d) — em abismo (centro ou coração do escudo), a efígie de Santa Rita, Padroeira
da cidade, vem a se constituir no parlantismo da peça, uma vez que a cidade lhe adota o
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topônio;
e) — acantonados em chefe (parte superior do escudo) os coqueiros de símpla
(verde) indicam uma riqueza natural e característica do nordeste brasileiro, importante
fonte de divisas aos cofres municipais;
f) a cor símopla (verde) é símbolo de honra, civilidade,cortezia, abundância,
alegria;
g) — ao termo (parte inferior de escudo), a tora de madeira de goles
(vermelha), partida df; uma serra manual de sable (preto), lembra no brasão as
reservas de madeira de lei,pau-d'arco, sucupira, peroba e notadamente aquela que deu
origem ao topônimo de nossa Pátria, o pau brasil;
h) — a cor goles (vermelho) é símbolo de dedicação, amôr-pátrio, audácia, intrepidez,
coragem, valentia — o sable (preto) simboliza a austeridade, prudência, sabedoria,
moderação, firmesa de caráter;
i) — no ornamento exterior, os feixes de cana de açúcar lembram o principal
produto oriundo da terra dádiva e fértil, esteio da economia municipal.
j) — no listei de goles (vermelho) em letras argentinas (prateadas) inscreve-se o
topônimo identificador "SANTA RITA" ladeado pelo milésimo "1771", considerado como o
ano de fundação da cidade, sendo nessa data construída a Igreja Matriz em louvor a
Santa Rita e "1890" de sua emancipação política.
ARTIGO 20 — O Brasil será reproduzido em clichês;, para timbrar a documentação
oficial do Município de Santa Rita com representação icnográfica das cores, em conformi-
dade com a Convenção Internacional, quando a impressão é feita a uma só cor e a
obediência das cores heráldicas, quando a impressão é feita em policromia.
ARTIGO 21 — Objetivando a divulgação municipalista, o Brasão Municipal poderá ser
reproduzido em decalcomanias, brasões de fachada, flâmulas, clichês, distintivos, medalhas
e outros materiais, bem como apostos a objetos de arte desde que, em qualquer
reprodução, sejam observados os módulos e cores heráldicas.
ARTIGO 22 — A critério dos Poderes Municipais, poderá ser instituída a Ordem
Municipal do Brasão, para Comenda aqueles que, de algum modo e sem injunções políticas,
tenham merecido e justificado a honraria outorgada.
§ Único — Será a Comenda constituída por medalhas de Brasão, esmaltada em cores
ou fundida em metal — ouro ou prata — fixada em lapela com as cores municipais,
acompanhada de Diploma de Ordem de "Comendador da Ordem Municipal do Brasil".
ARTIGO 23 — Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrários.
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FIG. 01. BRASÃO DE ARMAS (ART. 19 E FIG. 02. BANDEIRA MUNICIPAL (ART. 6º DA LEI
SEGUINTES DA LEI MUNICIPAL Nº MUNICIPAL Nº 496/1973).
496/1973).
I
Oh! Santa Rita, nossa Padroeira
Recebe e guarda com veneração Pois, somos teus filhos
Aqui unidos como irmãos.
(Côro – Bis)
II
Glória a ti, sempre
És espelho de virtude
És modelo de trabalho e juventude.
(Côro — Bis)
III
Santa Rita, lírio gentil
És filha do progresso
Da Paraíba e do grande Brasil.
(Côro — Bis)
IV
Santa Rita do Forte Tibirí
Várzea Nova, Forte Velho
Mumbaba e Livramento
És para nós o próprio firmamento.
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(Côro — Bis)
V
Santa Rita, campos dos canaviais
E grandes são teus filhos
Que de fortes, fortes
Sempre terás.
(Côro — Bis)
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CAPITULO III
A ORIGEM DO COFRAG
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FIG. 03. DECLARAÇÃO DO PRIMEIRO REGISTRO Fig. 04. DECLARAÇÃO DO IBGE – CONSELHO NACIONAL
PERANTE A DIVISÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURAL DE DE ESTATÍSTICA – AGÊNCIA MUNICIPAL DE
SANTA RITA/PB (1970). ESTATÍSTICA EM SANTA RITA/PB (1971)
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FIG. 07. DIPLOMA DE ACADEMICO DA ACADEMIA PARAIBANA DE POESIA, POSSE EM 5 DE ABRIL DE 1986.
FIG. 08.DIPLOMA COMENDA CULTURAL POETA CEL. ADABEL ROCHA, CONFERIDO PELA ACADEMIA PARAIBANA DE
POESIA, EM 21/12/1996 E ENTREGUE EM 03/04/1998.
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3.4 - Academia de Letras do Brasil
Fig. 08. Diploma da Academia de Letras do Brasil – Titular da Cadeira 001/ALB, de 22/04/2008.
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FIG. 12. COOFUNDADORES DO COFRAG: SEBASTIÃO JOSÉ DE AGUIAR (NASCEU EM 31/01/1913 E FALECEU EM 01/09/1991) E
MARIA DO CARMO MELO AGUIAR (NASCEU EM 19/04/1920 E FALECEU EM 22/12/1996).
FIG. 15 FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR E SEUS PRIMEIROS ALUNOS EM 7 DE SETEMBRO DE 1964, NA FRENTE DA
CASA 61, DA RUA EURICO DUTRA, ONDE TEVE INICIO SUAS ATIVIDADES EDUCACIONAIS AOS DOZE ANOS DE IDADE
INCOMPLETOS.
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Francisco de Paula Melo Aguiar, por unanimidade de autoria do Vereador Genival Guedes do
Nascimento Filho, conforme segue:
FIG. 27. FAC SÍMILE DO OFÍCIO Nº 079/2015 DA CÂMARA MUNICIPAL DE SANTA RITA/PB
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FIG. 28/29 FAC SÍMILE DO PROJETO DE RESOLUÇÃO E DA JUSTIFICATIVA APROVADO POR UNÂNIMIDADE PELA CÂMARA MUNICIPAL
DE SANTA RITA – PARAÍBA.
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FIG. 34. COFRAG- COLÉGIO DR. FRANCISCO AGUIAR NO ANO DE 2014, 50 ANOS DE ATIVIDADES EM SANTA RITA/PARAÍBA.
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CAPITULO IV
SANTA RITA E SEUS GESTORES
Errar é humano. Culpar outra pessoa é política.
Hubert H. Humphrey
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de 1890 no jornal Gazeta da Paraíba. Assim sendo, repetimos que uma vez instalado o
município e o seu Conselho de Intendência de Santa Rita, em 29 de março de 1890, ficou
assim constituído por nomeação do Presidente Venâncio Neiva: Presidente (cargo
equivalente ao prefeito na atualidade): ANTÔNIO GOMES CORDEIRO DE MELLO; Primeiro
Vice Presidente (cargo de vice prefeito na atualidade): Major BENTO DA COSTA VILLAR;
Segundo Vice Presidente: AMARO GOMES FERRAZ; e substitutos (Suplentes): JOÃO DE
MELLO AZEDO E ALBUQUERQUE; Capitão ANTONIO MANOEL ARROXELAS GALVÃO e
BENICIO PEREIRA DE CASTRO. É importante mencionar de que o Intendente da Capital e
senhor de engenho Francisco Pinto Pessoa, representou o Presidente (Governador) da
Paraíba, Venâncio Neiva, na referida solenidade, inclusive recebeu formalmente o
juramento dos membros do Conselho de Intendência Municipal de Santa Rita em nome do
primeiro mandatário republicano na Paraíba. E a partir de então isso passou a ser fato
histórico no universo popular de que sempre se nota a ausência do Poder Executivo do
Estado em Santa Rita desde sua instalação da emancipação política até os dias atuais. E
Santa Rita realmente foi emancipada em 19 de março de 1890. Isso é comprovado
também pelo Presidente do Conselho Municipal de Santa Rita, o Intendente Antônio Gomes
Cordeiro de Mello, ao proferi o discurso de posse com os seguintes termos: “Cidadãos.
Tendo sido, pelo Decreto nº 10, de 19 de março do corrente ano, elevada a categoria de
vila esta florescente povoação de Santa Rita, constituindo um município com a freguesia de
Nossa Senhora do Livramento, houve por bem o ínclito cidadão governador deste Estado,
nomear-me presidente da intendência municipal da mesma vila, tendo por dignos
companheiros os ilustres cidadãos Major Bento da Costa Vilar e o Professor Jubilado Amaro
Gomes Ferraz. Confiando antes na eficaz cooperação dos meus distintos companheiros, do
que mesmo nas minhas débeis forças, aceitei reconhecido o honroso encargo com o fim de
nele prestar os meus serviços em prol da autonomia e engrandecimento deste município,
convocando ao mesmo tempo no acanhado circulo de minhas atribuições para o credito e
consolidação da nova e auspiciosa instituição republicana, da qual me confesso verdadeiro
sectário. Instalada esta intendência resta-me congratular-me com todos os nossos
concidadãos por tão feliz acontecimento, motivando a segurança de que todos sem
distinção, concorrerão na razão de suas forças para o progresso e engrandecimento deste
rico município. Está instalada a intendência municipal da vila de Santa Rita. Viva a
República dos Estados Unidos do Brasil. Viva o generalíssimo chefe do Poder Executivo.
Viva o governador deste Estado. Viva a Vila, o município de Santa Rita e seus habitantes” ,
ex-vi publicação original e integral no jornal “Gazeta da Parahyba”, de 01 de abril de 1890,
acessível no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano. Assim a menção a data de 29 de
março de 1890, basta conferi o calendário de março de 1890 e comprovar de que
realmente é o último sábado do mês de março de 1890, data da instalação do município e
da posse do Conselho de Intendência de Santa Rita publicação dos discursos da instalação
do município e do Conselho de Intendência Municipal de Santa Rita, disso não se tem
dúvida, portanto, Santa Rita teve a posse em 29 de março de 1890 de seu primeiro gestor,
sucessores e suplentes legais, cuja publicação ocorreu em 30 de março e 01 de abril de
1890, o que era do costume da época, tendo em vista o “modus operandi” e ou a
tecnologia usada para editar, imprimir e publicar um jornal no Brasil e no mundo, o que
não seria diferente na Terra dos Tabajaras. E isso é fato comprovado também pelo discurso
proferido pelo chefe político e chefe religioso de Santa Rita, o Padre Manoel Gervásio
Ferreira da Silva, o famoso “Padre Ferreira”, logo após o discurso do Presidente do
Conselho de Intendência Municipal, onde faz exaltação e verdadeira profissão na fé
republicana, novo regime nacional, enfocando, corroborando e confirmando assim com o
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ele contava também com o apoio predestinado do Padre Manoel Gervásio Ferreira, do
senhor “coronel” e senhor de engenho Francisco Alves de Souza Carvalho, do senador
Firmino Gomes da Silveira, além de mais de 500 (quinhentas) assinaturas em um abaixo-
assinado dirigido, contendo a exposição de motivo que justificava a criação e emancipação
de Santa Rita, alegando ainda de que não existia motivos para que nossa terra continuasse
sendo um mero povoado e uma simples frequesia católica, levando-se em consideração
que o povoado “[...] possui vinte e cinco engenhos moentes, duas escolas, duas igrejas e
várias capelas, duas olarias, uma usina de assucar e um cemitério, além de uma concorrida
feira semanal para onde convergem as populações interioranas [...]” e além do mais “não
se justifica que, contribuindo com seus vantajosos impostos para o progresso do Estado,
permaneça Santa Rita subordinada à Capital [...]”, conforme abaixo-assinado pelo Padre
Ferreira e outros, às folhas 183, do Livro do Tombo da Paróquia de Santa Rita de Cássia.
De modo que em julho de 1890 o segundo Conselho de Intendência Municipal de
Santa Rita tomou posse, tendo como Presidente: Amaro Gomes Ferraz; primeiro vice:
Manoel Justino de Andrade; e segundo vice: Benicio Pereira de Castro.
Mencionamos de que em 23 de fevereiro de 1891, o coronel Francisco Alves de
Souza Carvalho, assume o cargo de prefeito nomeado de Santa Rita.
Os inimigos do município de Santa Rita conseguiram em 12 de janeiro de 1893,
derrubar a autonomia política e administrativa de Santa Rita, que voltou a ser anexado ao
município da Capital da Paraíba, passando a ter sub-prefeitura.
Verificamos que em 7 de abril de 1897, o coronel Francisco Alves de Souza Carvalho
é empossado sub-prefeito, tendo como substitutos: Domiciano Lucas de Souza Rangel e
Bento da Costa Vilar.
Ressaltamos ainda de que em 24 de setembro de 1897, o município de Santa Rita
recupera sua autonomia administrativa e política, sendo nomeado Prefeito Municipal o
Coronel Francisco Alves de Souza Carvalho, tamanho era o seu prestigio com o governo da
Paraíba.
De modo que em 5 de maio de 1900, o senhor de engenho e major João Vitorino
Raposo, representando as oligarquias da várzea da época assume a chefia do Poder
Executivo Municipal.
E as adversidades pessoais e políticas em Santa Rita daqueles tempos já eram
grandes, pois, em 3 de setembro de 1900, o coronel Francisco Alves de Souza Carvalho
reassume o cargo de Prefeito nomeado pelo Governo Estadual.
E a história registra que em 7 de janeiro de 1901, o capitão Bernardo Alves de Souza
Carvalho, assume a chefia do Poder Executivo Municipal, voltando ao poder a velha
oligarquia dos “Carvalho” em Santa Rita.
Por incrível que pareça em dezembro de 1904 é novamente nomeado prefeito
Bernardo Alves de Souza Carvalho, tendo como vice Olinto Gil de Freitas, permanecendo no
poder por mais cinco anos.
E a gangorra política do “sobe e desse” continua e que em 10 de maio de 1910,
volta novamente ao cargo de prefeito nomeado o Coronel Francisco Alves de Souza
Carvalho, tendo como vice Olinto Gil de Freitas.
Por prestigio pessoal ou interesse de algum chefe político de plantão não se sabe
nada a esse respeito, porém, em 17 de novembro de 1913, Antônio da Silva Melo Filho
assume o Poder Executivo de Santa Rita.
E a oligarquia dos “Carvalho” é poderosa de verdade de modo que em 23 de janeiro
de 1915, assume o cargo de chefe do Poder Executivo o senhor Enéas de Souza Carvalho.
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Santa Rita e fez a construção em paralelepípedo de Santa Rita a Ponte do Barralho (toda
Avenida Liberdade), em Barreira, atual Bayeux, que na época pertencia a Santa Rita.
E o “sobe e desse” da emancipação política e da gestão da coisa pública em Santa
Rita continua, pois, em 9 de novembro de 1945, o Interventor Severino Montenegro
nomeia e dá posse no cargo de prefeito a João Raposo Filho, mais uma vitória das
oligarquias açucareiras da Várzea do Paraíba. Quem não tinha voto chegava ao poder de
qualquer maneira, bastava ser amigo do governador e ou interventor federal de plantão no
Palácio do Governo da Paraíba. Para ser prefeito de Santa Rita não precisava ter voto,
precisava ser amigo do governo de plantão no Palácio da Redenção e que tivesse a bênção
das oligarquias ligadas ao referido chefe.
E o jogo de interesses pessoais pelo poder local em Santa Rita continua, sempre foi
assim, de modo que em 1º de março de 1946, o Interventor Federal (Governador) José
Gomes da Silva nomeia e dá posse no cargo de prefeito a Diógenes Nunes Chianca,
prefeito nomeado pela segunda vez.
Em 11 de março de 1947, o Governador Osvaldo Trigueiro de Albuquerque Mello,
nomeia e dá posse no cargo de prefeito de Santa Rita a João Raposo Filho, também pela
segunda vez.
Cargo: Prefeito
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Flávio Maroja Filho UDN 2.053 57,01% Eleito
Diógenes Nunes Chianca PSD 1.548 42,99% Não Eleito
Votos brancos 0
Votos nulos 0
Total apurado 3.601
Fonte: TRE/PB, eleição municipal para prefeito em 1947 em Santa Rita
Ressaltamos que a fraude eleitoral era tão grande entre nós que nas eleições de 12
de outubro de 1947 para prefeito, para vice prefeito e para vereador, não houve nenhum
voto em branco e nenhum voto nulo, o que representa o voto de cabresto, de porteira
fechada. Vide transcrição dos resultados eleitorais daqauele pleito em Santa Rita:
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Oton de Carvalho Pedrosa UDN 458 13,23% Eleito
Elizio Pereira de Paiva UDN 269 7,77% Eleito
José Vitaliano de Carvalho
UDN 234 6,76% Eleito
Rocha
Plácido de Oliveira Lima UDN 229 6,61% Eleito
Eraldo da Costa Gadelha UDN 228 6,59% Eleito
Otávio de Sousa Falcão UDN 216 6,24% Eleito
Antônio Gomes Pereira UDN 211 6,09% Suplente
João de Souza Falcão
PSD 189 5,46% Eleito
Sobrinho
Assis Pereira da Silva PSD 167 4,82% Eleito
Severino Rodrigues Paulista PSD 141 4,07% Suplente
Terencio Ferreira UDN 134 3,87% Suplente
Arnaldo Bonifacio de Paiva PTB 126 3,64% Eleito
Antônio de Souza Nazário PTB 101 2,92% Suplente
Adauto de Souza Lima UDN 101 2,92% Suplente
Salomão de Lima Macêdo PSD 96 2,77% Suplente
Manoel Atanazio de Freitas PSD 94 2,72% Suplente
Davi Falcão PTB 91 2,63% Suplente
Antonio Alves Cabral PSD 89 2,57% Suplente
Paulo Pessoa de Vasconcelos PTB 67 1,94% Suplente
Leonardo Barbosa Hardman PTB 53 1,53% Suplente
150
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
João Francisco do
PSD 52 1,5% Suplente
Nascimento
José Joaquim da Costa PTB 52 1,5% Suplente
Oziel Nacre Gomes PSD 46 1,33% Suplente
Jacinto Ferreira da Silva PTB 18 0,52% Suplente
Antônio Aurélio Teixeira de
PTB 0 0% Não Eleito
Carvalho
Sebastião Pereira da Silva PTB 0 0% Não Eleito
Votos brancos 0
Votos nulos 0
Total apurado 3.462
Fonte: TRE/PB – Santa Rita/PB.
Cargo: Prefeito
%
Candidato Partido/Coligação Votação Situação
Válidos
João Raposo Filho UDN 2.391 45,68% Eleito
Abyatar Vasconcelos PTB 1.780 34,01% Não Eleito
Diógenes Nunes Chianca PSD 1.063 20,31% Não Eleito
Votos brancos 79
Votos nulos 67
Total apurado 5.380
Eleitorado 8.351
151
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Prefeito
%
Candidato Partido/Coligação Votação Situação
Válidos
Abstenção 2.971 35,58%
Fonte: TRE/PB, resultados das eleições do 1º turno/1951 para prefeito em Santa Rita/Pb.
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Oton de Carvalho Pedrosa UDN 391 7,92% Eleito
Antônio de Souza Nazário PTB 358 7,25% Eleito
Antônio Aurélio Teixeira de
UDN 311 6,3% Eleito
Carvalho
Evandro Maciel Monteiro PSD 262 5,3% Eleito
Severino Gomes de Araújo
PTB 232 4,7% Eleito
Pereira
Heraldo Gadelha UDN 227 4,6% Eleito
Morais UDN 225 4,56% Eleito
Aurino Pessoa de Luna PTB 197 3,99% Eleito
Sem
Pedro de Medonça Furtado PL 178 3,6%
Registro
152
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Histórico
José Vitaliano de Carvalho
UDN 146 2,96% Não Eleito
Rocha
José Pinto de Sousa PTB 136 2,75% Não Eleito
Adauto de Souza Lima UDN 134 2,71% Não Eleito
Aprigio Bezerra dos Santos UDN 127 2,57% Não Eleito
José Barbosa Hardman PSD 114 2,31% Eleito
José Coelho da Silva PSP 108 2,19% Não Eleito
Salomão de Lima Macedo PSP 105 2,13% Não Eleito
José Gomes da Siiveira PSD 103 2,09% Não Eleito
Luiz Francisco da Costa UDN 100 2,02% Não Eleito
Manuel Bento Sobrinho PSP 90 1,82% Não Eleito
João Vicente da Silva PSD 88 1,78% Não Eleito
Manoel Atanazio de Freitas PSP 84 1,7% Não Eleito
Severino Rodrigues Paulista PSD 84 1,7% Não Eleito
João Francisco do Nascimento PSP 84 1,7% Não Eleito
José Candido Feitosa UDN 78 1,58% Não Eleito
Sem
João Fabricio Veras PL 72 1,46% Registro
Histórico
Sem
José Alves do Nascimento PL 72 1,46% Registro
Histórico
Eliseu Serrão de Oliveira PSP 69 1,4% Não Eleito
Julio Moreira dos Santos PSD 59 1,19% Não Eleito
Geraldo dos Santos PSD 58 1,17% Não Eleito
Severino Soares do
PSP 50 1,01% Não Eleito
Nascimento
Edson de Queiroz Melo UDN 49 0,99% Não Eleito
Jovelino Candido Bezerra PSD 47 0,95% Não Eleito
Sem
Elizio Pereira de Paiva PL 45 0,91% Registro
Histórico
José Gomes de Melo PSP 44 0,89% Não Eleito
Severino Ramos Cavalcante
PSP 44 0,89% Não Eleito
Filho
153
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Paulo Pessoa de Vasconcelos PSP 42 0,85% Não Eleito
Paulo da Costa Gadelha PSP 42 0,85% Não Eleito
Pergentino da Silva PSP 41 0,83% Não Eleito
Sem
Severino Tomaz da Silva PL 30 0,61% Registro
Histórico
Hortencio de Brito Montenegro PSD 26 0,53% Não Eleito
Odon Leite UDN 26 0,53% Não Eleito
Valdemar de Carneiro Lelis PSD 22 0,45% Não Eleito
Maria das Neves T. de
PSD 22 0,45% Não Eleito
Vasconcelos
João Gomes da Silva UDN 22 0,45% Não Eleito
Sem
José Brito da Silva PL 21 0,43% Registro
Histórico
Sem
José Alves da Silva PL 20 0,4% Registro
Histórico
Sem
José Paiva de Miranda PL 13 0,26% Registro
Histórico
Pedro Dias Ferreira PSD 13 0,26% Não Eleito
Sem
João Batista da Cruz PL 12 0,24% Registro
Histórico
Sem
Pedro da Costa Gadelha PL 9 0,18% Registro
Histórico
Sem
Antônio Rodrigues da Silva PL 7 0,14% Registro
Histórico
Votos nulos 116
Votos brancos 111
Total apurado 5.166
Eleitorado 8.351
Abstenção 3.185 38,14%
Fonte: TRE/PB, resultados das eleições do 1º turno/1951 para vereador em Santa Rita/Pb
154
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
155
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
156
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
157
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
158
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Legenda:
PSD - Partido Social Democrático
PL - Partido Libertador
PST - Partido Social Trabalhista
PR - Partido Republicano
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PSP - Partido Social Progresista
UDN - União Democrática Nacional
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
159
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Prefeito
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
João Crisostomo Ribeiro
UDN 2.695 50,51% Eleito
Coutinho
Abiatar de Vasconcelos PTB 2.406 45,09% Não Eleito
Emanuel de Sousa Brandão 235 4,4% Não Eleito
Votos brancos 239
Votos nulos 101
Total apurado 5.676
Eleitorado 10.359
Abstenção 4.683 45,21%
Fonte: TRE/PB. Santa Rita/PB/1955.
160
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Oton de Carvalho Pedrosa UDN 427 8,05% Eleito
Morais UDN 344 6,49% Não Eleito
Antônio Aurélio Teixeira de
UDN 336 6,34% Eleito
Carvalho
Sem Registro
Antônio de Souza Hozorio PTB 321 6,05%
Histórico
Sem Registro
Gastão de Souza Falcão PTB 208 3,92%
Histórico
Sem Registro
José Barbosa Hordman PSD 197 3,71%
Histórico
Antônio Ferreira Nunes UDN 182 3,43% Não Eleito
Lourival Caetano Alves de Sem Registro
PSD 163 3,07%
Lima Histórico
Sem Registro
Pedro de Mendonça Furtado PSB 162 3,05%
Histórico
Israel Quirino do Nascimento UDN 144 2,72% Eleito
Amorim Pessoa de Luna UDN 141 2,66% Não Eleito
Adauto de Souza Lima UDN 135 2,55% Não Eleito
Alano Gonçalves do
PSD 126 2,38% Não Eleito
Nascimento
Sem Registro
João Gadelha PSB 124 2,34%
Histórico
Aluisio Gomes de Figueiredo PSB 118 2,23% Sem Registro
161
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Histórico
Sem Registro
Severino Nobrega Dunga PST 107 2,02%
Histórico
Sem Registro
Placido de Oliveira Luna PTB 104 1,96%
Histórico
Sem Registro
José Pinto de Sousa PTB 102 1,92%
Histórico
Francisco Inacio da Silva UDN 93 1,75% Eleito
Luiz Francisco da Costa UDN 90 1,7% Eleito
Sem Registro
Enéas Alves de Lima PSB 90 1,7%
Histórico
Sem Registro
José Coelho da Silva PR 89 1,68%
Histórico
Sem Registro
Manuel Paulino de Lima PSB 88 1,66%
Histórico
José Vitaliano de Carvalho
UDN 84 1,58% Não Eleito
Rocha
Sem Registro
Geraldo dos Santos PSD 84 1,58%
Histórico
Sem Registro
Antônio Rodrigues Jordão PSD 75 1,41%
Histórico
Sem Registro
Antônio Elias Pessoa PSB 72 1,36%
Histórico
Adroaldo José de Santana UDN 71 1,34% Não Eleito
Sem Registro
Evandro Maciel Monteiro PSD 65 1,23%
Histórico
Sem Registro
Pedro Rique Ferreira PSD 55 1,04%
Histórico
Sem Registro
Manuel de Souza Brandão PST 48 0,91%
Histórico
Sem Registro
Eudocio Tavares de Melo PTB 47 0,89%
Histórico
Sem Registro
José Correia de Lima PR 45 0,85%
Histórico
Sem Registro
José Ventura dos Santos PSD 43 0,81%
Histórico
Sem Registro
Vicente Galdino da Silva PTB 43 0,81%
Histórico
162
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Sem Registro
Jesival Lacet Correia PSB 42 0,79%
Histórico
José Bonifácio do Sem Registro
PTB 42 0,79%
Nascimento Histórico
Sem Registro
Eliseu Serrão de Oliveira PSB 41 0,77%
Histórico
Sem Registro
João Francisco da Silva Filho PST 41 0,77%
Histórico
Sem Registro
Fastino do Nascimento PR 39 0,74%
Histórico
Sem Registro
João Alves de Oliveira PTB 35 0,66%
Histórico
Sem Registro
Eriberto Justino de Andrade PTB 35 0,66%
Histórico
Sem Registro
Laum Farias de Barros PR 33 0,62%
Histórico
Sem Registro
Lourenço Alves de Souza PR 32 0,6%
Histórico
Sem Registro
Francisco Soares Lopes PST 30 0,57%
Histórico
Sem Registro
Solon Barbosa da Silva PST 30 0,57%
Histórico
Sem Registro
Rinaldo Cipriano da Costa PTB 29 0,55%
Histórico
Sem Registro
Aderbal Soares da Silva PSD 29 0,55%
Histórico
Sem Registro
José Porfirio de Souza PSB 27 0,51%
Histórico
Sem Registro
Luiz Gonzaga Pessoa PST 27 0,51%
Histórico
Sem Registro
Zacarias Monteiro da Franca PTB 23 0,43%
Histórico
Sem Registro
Rufino Francisco Gomes PR 19 0,36%
Histórico
Sem Registro
João de Souza Castro PSB 17 0,32%
Histórico
Sem Registro
Euripedes Gomes Pinto PST 17 0,32%
Histórico
Onofre Ribeiro PST 14 0,26% Sem Registro
163
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Histórico
João Colombo Rodrigues de Sem Registro
PR 14 0,26%
Carvalho Histórico
Bartolomeu Guimarães Sem Registro
PR 12 0,23%
Machado Histórico
Sem Registro
Laurisberto Castor PR 12 0,23%
Histórico
Severino Fernandes de Sem Registro
PST 12 0,23%
Macêdo Histórico
Sem Registro
Sebastião Cosme Pereira PST 9 0,17%
Histórico
Sem Registro
Antônio Lourenço Rodrigues PST 7 0,13%
Histórico
Sem Registro
João Lessa Feitosa PR 6 0,11%
Histórico
Sem Registro
Waldemar de Carvalho Lelis PSD 5 0,09%
Histórico
Sem Registro
Edson de Souza Carvalho PST 1 0,02%
Histórico
Sem Registro
João Pessoa da Silva PSD 0 0%
Histórico
Sem Registro
José Justino Alves de Mmelo PTB 0 0%
Histórico
Votos brancos 191
Votos nulos 165
Total apurado 5.659
Eleitorado 10.359
Abstenção 4.700 45,37%
Fonte: TRE/PB – Resultados eleitorais vereador/Santa Rita/1955.
Legenda:
PST - Partido Social Trabalhista
PR - Partido Republicano
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
UDN - União Democrática Nacional
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PSD - Partido Social Democrático
164
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Presidente
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Juarez Távora 114.128 51,37% Não Eleito
Juscelino Kubitscheck de
81.307 36,6% Eleito
Oliveira
Adhemar de Barros 16.813 7,57% Não Eleito
Plínio Salgado 9.900 4,46% Não Eleito
Votos nulos 9.433
Votos brancos 8.182
Total apurado 239.763
Fonte: TRE/PB-resultado final eleição/1955.
165
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Governador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Flávio Ribeiro Coutinho UDN 180.228 90,35% Eleito
Renato Teixeira Bastos PST 19.251 9,65% Não Eleito
Votos brancos 37.425
Votos nulos 2.859
Total apurado 239.763
Fonte: TRE/PB – Eleição de governador/1955.
Legenda:
UDN - União Democrática Nacional
PST - Partido Socialista Trabalhista.
166
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Legenda:
UDN - União Democrática Nacional
167
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
168
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
169
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
170
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
171
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
172
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
173
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
174
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
175
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
176
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
177
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
178
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Legenda:
PR - Partido Republicano
PRP - Partido de Representação Popular
PSP - Partido Social Prgressista
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PSD - Partido Social Democrático
CNL - Coligação Nacionalista Libertadora
179
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Prefeito
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Antônio Teixeira PSB/PSD 3.377 54,56% Eleito
João Raposo UDN/PTB 2.724 44,01% Não Eleito
Arnaldo Bonifácio PART 88 1,42% Não Eleito
Total apurado 6.189
Eleitorado 7.013
Abstenção 824 11,75%
Fonte: TRE/PB – Eleição para prefeito de Santa Rita/1959.
Legenda:
PART - Partido da Aliança Republicana Trabalhista
UDN/PTB - Coligação UDN/PTB
PSB/PSD - Coligação PSB/PSD
180
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Legenda:
UDN/PTB - Coligação UDN/PTB
PSB/PSD - Coligação PSB/PSD
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
José Maria da Silva Madruga UDN 519 8,11% Eleito
Morais UDN 413 6,45% Eleito
Oton de Carvalho Pedrosa UDN 379 5,92% Eleito
Álano Gonçalves do
PSD 260 4,06% Eleito
Nascimento
Euclides Bandeira de Souza PSD 258 4,03% Eleito
Sem
Reginaldo de Freitas UDN 257 4,01% Registro
Histórico
Pedro de Mendonça Furtado PSB 255 3,98% Eleito
Sem
Milton Ferraz de Medeiros PSD 255 3,98% Registro
Histórico
Gastão de Souza Falcão PR 242 3,78% Eleito
Geraldo José de Santana PR 237 3,7% Eleito
João Gadelha PSB 203 3,17% Eleito
Sem
Severino Vieira Cirino PR 181 2,83% Registro
Histórico
Sem
Antônio Fernandes de Oliveira PR 164 2,56% Registro
Histórico
Sem
Antônio Ferreira Nunes UDN 161 2,51% Registro
Histórico
José Cavalcanti de PR 158 2,47% Sem
181
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Albuquerque Registro
Histórico
Sem
Lourival Caetano Alves de
PSD 146 2,28% Registro
Lima
Histórico
Sem
Severino Gomes de Araújo
PR 140 2,19% Registro
Pereira
Histórico
Sem
Aureliano Olegário da
UDN 133 2,08% Registro
Trindade
Histórico
Sem
Faustino do Nascimento PSB 130 2,03% Registro
Histórico
Sem
Antônio Rodrigues Jordão PSD 128 2% Registro
Histórico
Sem
Aurino Pessoa de Luna UDN 127 1,98% Registro
Histórico
Sem
Wilson de Sousa Falcão PSB 126 1,97% Registro
Histórico
Sem
Manuel Paulino de Lima PSB 98 1,53% Registro
Histórico
Sem
Aluisio Gomes de Figueiredo UDN 98 1,53% Registro
Histórico
Sem
José Barbosa Hardman PR 90 1,41% Registro
Histórico
Sem
Geraldo dos Santos PSD 84 1,31% Registro
Histórico
Sem
José Vitaliano de Carvalho
UDN 84 1,31% Registro
Rocha
Histórico
João Francisco do Sem
PSD 83 1,3%
Nascimento Registro
182
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Histórico
Sem
José Porfirio de Souza PSB 80 1,25% Registro
Histórico
Sem
José Ferreira Lima UDN 68 1,06% Registro
Histórico
Sem
José Bonifácio do Nascimento PR 67 1,05% Registro
Histórico
Sem
Heriberto Justino de Andrade PSB 64 1% Registro
Histórico
Sem
Antônio de Souza Nazário PR 59 0,92% Registro
Histórico
Sem
Clodomir Alves da Silva PSB 52 0,81% Registro
Histórico
Sem
Joaquin Ernesto de Matos PSB 51 0,8% Registro
Histórico
Sem
Aprígio Carlos da Silva PSB 45 0,7% Registro
Histórico
Sem
José de Vasconcelos Furtado PR 41 0,64% Registro
Histórico
Sem
José Pinto de Sousa PR 38 0,59% Registro
Histórico
Sem
Severino Rodrigues da Silva PSB 37 0,58% Registro
Histórico
Sem
Jovelino Candido Bezerra PSD 37 0,58% Registro
Histórico
Sem
José Ventura dos Santos PSB 36 0,56% Registro
Histórico
183
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Sem
Manoel Catuhyte Wanderley PR 36 0,56% Registro
Histórico
Sem
Severino José dos Santos PSP 30 0,47% Registro
Histórico
Sem
Manoel Bezerra de Assunção PSP 29 0,45% Registro
Histórico
Sem
Genésio da Silva PART 28 0,44% Registro
Histórico
Sem
Rufino da Costa PSP 27 0,42% Registro
Histórico
Sem
Clodoaldo Moreira Leal PSD 25 0,39% Registro
Histórico
Sem
José Ferreira da Silva PSP 25 0,39% Registro
Histórico
Sem
Francisco Dionísio da Silva PSP 23 0,36% Registro
Histórico
Sem
Solon Barbosa da Silva PSD 19 0,3% Registro
Histórico
Sem
José Sabino da Silva PSD 18 0,28% Registro
Histórico
Sem
Antônio Sebastião de Oliveira PART 15 0,23% Registro
Histórico
Sem
José Ardelino Martins PSD 15 0,23% Registro
Histórico
Sem
José Pereira de Andrade PART 11 0,17% Registro
Histórico
José Bento Santiago PSP 10 0,16% Sem
184
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Registro
Histórico
Sem
Rufino Francisco Gomes UDN 8 0,12% Registro
Histórico
Total apurado 6.403
Eleitorado 7.013
Abstenção 610 8,7%
Fonte: TER/PB Eleição vice prefeito S.Rita/1959.
Legenda:
PSP - Partido Social Progressista
PR - Partido Republicano
UDN - União Democrática Nacional
PSD - Partido Social Democrático
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PART - Partido da Aliança Republicana Trabalhista
O prefeito Antônio Teixeira fez uma adminsitração popular e voltada para o social,
época em que eclodiu no Brasil e de modo especial na Paraíba a ideologia sindical voltada
para amparar o homem do campo. A ideologia da reforma agrária através das Ligas
Camponesas. Foi também época em que Santa Rita presenciou o fim da hegemonia
eleitoral dos usineiros.
É importante registrar de que o eleitorado de Santa Rita participou das eleições para
deputado estadual realizada em 7 de outubro de 1962, época em que foi eleito o deputado
Egidio Silva Madruga, pelo PDC-Partido Democrático Cristão, com 3.350 votos, equivalente
a 1,16% dos votos validos apurados no Estado da Paraíba para deputado estadual naquela
eleição. De modo que Santa Rita passou a ser representada na Casa de Epitácio Pessoa
pelo Deputado Egidio Madruga. Ressaltamos também de que na referida eleição foi
candidato derrotado para deputado estadual Marcus Odilon Ribeiro Coutinho, pelo PDC,
com 2.457 votos, equivalente a 0,85% dos votos válidos para deputado estadual. Foi
igualmente candidato a deputado estadual em 1962, por Santa Rita, o então prefeito
Antônio Aurélio Teixeira de Carvalho, pelo PSB, que obteve 1.036 votos, equivalente a
0,36% dos votos válidos para aquele cargo estadual, não foi eleito, porém, ajudou a tirar o
mandato de Heraldo Gadelha, que perdeu a reeleição para deputado estadual pelo mesmo
PSB, com 1.942 votos, equivalente a 0,67% dos votos validos. Foi o inicio do rompimento
da criatura (Antônio Teixeira) do seu criador (Heraldo Gadelha) no tocante ao
relacionamento e companheirismo partidário até então existente entre ambos. Daí por
diante Antônio Teixeira e Heraldo Gadelha, jamais foram os mesmos na vida política de
Santa Rita, diante de tal rompimento pessoal e partidário até o fim de sua vida. Ficaram
adversários políticos e as bandeiras passaram a ser outras perante o eleitorado local. Nas
eleições realizadas em 11 de agosto de 1963, mais da metade dos votos válidos do
185
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
eleitorado de Santa Rita elegeu para prefeito Heraldo da Costa Gadelha, cujo resultado
final foi o seguinte:
Cargo: Prefeito
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Heraldo Gadelha 3.004 54,38% Eleito
João Raposo Filho 2.520 45,62% Não Eleito
Votos brancos 150
Votos nulos 80
Total apurado 5.754
Eleitorado 8.288
Abstenção 2.534 30,57%
Fonte: TRE/PB Resultado final para prefeito de Santa Rita/1963.
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
186
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Oton de Carvalho Pedrosa UDN 368 6,71% Eleito
Antônio Aurélio Teixeira de
PSB 348 6,34% Eleito
Carvalho
Antônio Joaquim de Morais UDN 341 6,21% Eleito
Reginaldo de Freitas PDC 269 4,9% Eleito
Carlos Antônio PDC 251 4,57% Eleito
Reginaldo Pereira da Costa PTB 246 4,48% Eleito
Severino Tomaz da Silva PTB 201 3,66% Eleito
Joaquim Dias PTB 182 3,32% Suplente
Antônio Gomes Pereira PSB 178 3,24% Eleito
Wilson Lins de Albuquerque PDC 174 3,17% Suplente
José Candido Feitosa PDC 171 3,12% Suplente
Antônio Rodrigues Jordão APD 169 3,08% Eleito
Euclides Bandeira de Souza APD 152 2,77% Suplente
João Gadelha PSB 139 2,53% Suplente
Aureliano Olegário da
UDN 131 2,39% Suplente
Trindade
Pedro de Mendonça Furtado PTB 125 2,28% Suplente
Arnóbio Ferreira Nunes UDN 121 2,2% Suplente
Severino Vieira Cirino UDN 109 1,99% Suplente
Manuel Paulino de Lima PSB 104 1,9% Suplente
José da Silva APD 92 1,68% Suplente
Álano Gonçalves do
APD 91 1,66% Suplente
Nascimento
José Porfirio de Souza PDC 90 1,64% Suplente
José Alvino da Costa PDC 88 1,6% Suplente
Geraldo dos Santos APD 88 1,6% Suplente
Maroja PDC 85 1,55% Suplente
Reginaldo Antônio de Oliveira PTB 80 1,46% Suplente
Antônio de Sousa PTB 77 1,4% Suplente
José Barbosa Hardman PDC 76 1,38% Suplente
João Maria de Lima PTB 74 1,35% Suplente
José Furtado de Vasconcelos UDN 73 1,33% Suplente
José Lins de Albuquerque PTB 65 1,18% Suplente
José Luís de França PTB 59 1,08% Suplente
187
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Elias Monteiro PDC 54 0,98% Suplente
José Miranda Filho PSB 54 0,98% Suplente
Faustino do Nascimento PSB 49 0,89% Suplente
Juvenal Alvino Costa UDN 44 0,8% Suplente
Luis Gomes da Silva APD 43 0,78% Suplente
Nércio Valério dos Santos PSB 42 0,77% Suplente
José Pinto de Sousa PTB 42 0,77% Suplente
João Fabricio Veras PDC 40 0,73% Suplente
Tiago Menor PDC 37 0,67% Suplente
José Neves Filho PSB 34 0,62% Suplente
João Bezerra da Cruz UDN 30 0,55% Suplente
Salvador Gomes PSB 29 0,53% Suplente
João Serrão de Carvalho APD 28 0,51% Suplente
João Avelino de Figueirêdo PSB 25 0,46% Suplente
Olírio Rodrigues Diniz PTB 19 0,35% Suplente
Luis Pereira da Silva PSB 19 0,35% Suplente
José Bonifácio do Nascimento PTB 19 0,35% Suplente
Osvaldo Rafael PSB 19 0,35% Suplente
Jovelino Candido Bezerra APD 19 0,35% Suplente
Paulo Pessoa de Vasconcelos APD 13 0,24% Suplente
José Ferreira da Silva PDC 12 0,22% Suplente
Votos nulos 50
Votos brancos 201
Total apurado 5.739
Eleitorado 8.288
Abstenção 2.549 30,76%
Fonte: Cartório Eleitoral da Comarca de Santa Rita/1963.
Legenda:
UDN - União Democrática Nacional
PDC - Partido Democrata Cristão
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PSB - Partido Socialista Brasileiro
APD - Aliança Popular Democratica
A única coisa ruim do planejamento é que as
coisas nunca ocorrem como foram planejadas.
Lúcio Costa
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
189
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Senhora do Rosário. A população santaritense sofria pela falta de água nas torneiras para
consumo humano, a gestão heraldista encampou a luta, inclusive construiu vários
chafarizes de pedra e cal nas ruas principais dos bairros existentes, a exemplo do Bairro
Popular e do Bairro do Cercado, atual da Liberdade, para que a população tirasse água
para seu consumo, foi aí que apareceu a oposição ferrenha e sistemática denunciando e
criticando o prefeito, afirmando de que nem um certo anão, então morador da cidade
cresceu, nem o prefeito Heraldo Gadelha fez o chafariz de leite funcionar, parodiando o
termo água que fora colocada à disposição da população carente em regime emergencial
temporal. Envolveram o “anão”, nessa conversa porque o anão era tocador de sanfona e
que ele e seus pais compareciam aos comícios de Heraldo Gadelha, com sua sanfona,
tocava e usava da palavra em solidariedade ao referido líder. No seu governo ainda foram
distribuídos livros, cadernos, fardamentos e merenda escolar de qualidade para todos os
estudantes da rede municipal de ensino. Teve inicio em sua passagem pelo governo
municipal a educação de jovens e adultos, através do programa Cruzada ABC, precursora
do Mobral. Iniciou o processo de qualificação de professores, para substituir os chamados
professores leigos e ou sem diplomas para o exercício do magistério. Fez realizar desfiles
cívicos escolares com todas as honras e pompas possíveis. Substituiu todos os postes de
pau da rede elétrica municipal por postes de cimento, introduziu fiação elétrica adequada,
iluminou todas as ruas e praças até então existentes. Calçou com paralelepípedos a rua da
Independência no Bairro da Liberdade, o largo do Mercado Central, a rua Flávio Ribeiro,
indo até a frente do Cemitério Santana, que tambem foi reformado depois de mais de trinta
anos de construído pelo prefeito Edgar Saeger, na década de 30 do século XX. Calçou
também com paralelepípedos, pouco mais do que cinqüenta metros do calçamento da rua
professor Severo Rodrigues, no trecho da rua Minas Gerais até a frente da Escola Municipal
Santo Antônio, atual Biblioteca Dr. Otávio Amorim, no Bairro Popular. Manteve a quebra
resguardo e ou Filarmônica São José, que era usada quando de suas inaugurações de
obras públicas e recepções a autoridades ao nosso município. Naquele tempo não existia
FPM – Fundo de Participação Municipal, o FUNDEB para manter o sistema municipal de
Educação, bem como o SUS – Sistema Único de Saúde, tudo era bancado as expensas do
erário municipal. Foram mantidos os amparos sociais no tocante a distribuição remédios a
quem necessitasse. Foram realizadas mais de 1.300 cirurgias, todas pagas com dinheiro
público pelo referido prefeito. Ordens de retratos para documentos, registros de
nascimentos, atestados de óbitos e caixões de defuntos para sepultamentos aos carentes.
Foi no nesse período, que chegaram a Santa Rita as Irmãs de Caridade da Holanda, que
assumiram a gestão administrativa da Fundação e Hospital Governador Flávio Ribeiro
Coutinho, época em que o Governo Municipal firmou convênio de parceria para
atendimento a toda população carente do município, mediante subvenção mensal.
Intermediou a doação do terreno onde as Irmãs de Caridade de Holanda construíram a
Escola Doméstica Maria Santiago, inclusive fez parceria e forneceu professores por conta
do município para lecionar no referido educandário a nossa juventude. O município
desapropriou, comprou, pagou e doou a CEHAP – Companhia de Estadual de Habitação da
Paraíba o terreno onde foi edificado o Conjunto Tibiri I na sua gestão. O primeiro telefone
público municipal no Bairro Popular, foi instalado na residência da senhora Didiu Paiva, à
rua professor Severo Rodrigues, esquina com a rua Castelo Branco. Vale salientar de que
durante décadas aquela funcionaria telefonista prestou grandes serviços em nome do
município a nossa gente nas horas de suas necessidades em querer se comunicar com o
mundo pedindo socorro para chamar a ambulância, por exemplo. Ajudou integralmente a
fundação e instalação do Centro Social João XXIII, coordenado pelas Irmãs de Caridade da
190
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Holanda, recém chegados em nossa terra. A assistência social era uma constante na vida
de que precisava qualquer tipo de ajuda para fazer o bem sem olhar a quem.
Enfrentou as baionetas do regime militar e não se envolveu com a Arena, o partido
da situação, preferiu ficar no MDB, partido da oposição ao novo regime, não aderiu aos
encantos do poder advindo do Regime Militar/64. Quase todos os seus antigos
correligionários de PSB aderiram a ARENA, partido da situação federal e estadual. Ficou
praticamente sozinho para gestar a coisa pública com sua personalidade forte de não
querer receber conselhos de ninguém, tendo em vista que sabia onde queria permanecer e
permaneceu até o fim do mandato de prefeito. O lema principal da administração populista
de Heraldo Gadelha, era afirmar de que os usineiros não queriam ver os filhos dos pobres
formados doutores, porque filho de pobre era para trabalhar na palha da cana de açúcar.
Ele tinha essa visão porque foi vítima nas mãos dos seus antigos correligionários da UND,
quando pretendeu ser candidato a deputado estadual pela referida legenda foi preterido. E
só se formou em direito porque enfrentou todas as diversidades possíveis a si
apresentadas. O povão sempre acreditou nesse chavão: “advogado dos pobres”, se
referindo ao líder populista local. Assim sendo, ainda nos tempos de estudante na
Faculdade de Direito de Alagoas, Heraldo Gadelha deixou de propósito que a barba
crescesse e resolveu ingressar na vida pública, tendo exercido dois mandatos de vereador à
Câmara Municipal de Santa Rita pela UND, de dois mandatos de deputado estadual à
Assembleia Legislativa da Paraíba e o mandato de prefeito, eleito em 11 de agosto de
1963, tomou posse e administrou o município até 31 de janeiro de 1969, quando passou a
cadeira de prefeito para o antigo correligionário do PSB, agora adversário político, Antônio
Aurélio Teixeira de Carvalho, eleito prefeito pela segunda vez, agora pela Arena – Aliança
Renovadora Nacional, inclusive com a bênção do Palácio do Planalto, do Palácio da
Redenção e de Renato Ribeiro Coutinho, representante oficial dos usineiros e senhores de
engenhos de Santa Rita e da Paraíba.
Outrossim, mencionamos de que durante a gestão de Heraldo Gadelha, a frente do
Poder Executivo Municipal de Santa Rita, o Brasil mudou o rumo da história nacional
deixando de ser democracia e passando a ser governado pelo regime militar, proveniente
do Golpe de 31 de março de 1964, quem descordasse de tal regime era preso, processado
e em muitos casos desaparecidos até a presente data. A partir de então, os presidentes da
República passaram a ser eleitos pelo Colégio Eleitoral, constituído pelos membros do
Congresso Nacional. Em 1965 o eleitorado da Paraíba elegeu pelo voto direto, por
tolerância do novo regime, o governador João Agripino Filho, candidato ligado aos chefes
revolucionários, tendo como adversário o senador e ex-governador Ruy Carneiro, que
perdeu a eleição a nível estadual, porém, graças à liderança do prefeito Heraldo
Gadelha/PSB, o mesmo saiu vitorioso em Santa Rita. Assim sendo, o sucessor de João
Agripino, o governador Ernani Satyro, já foi eleito pela Assembleia Legislativa do Estado,
indiretamente por indicação do Palácio do Planalto, candidato único. Era o Regime Militar
sendo consolidado em sua plenitude na gestão nacional.
No dia 15 de novembro de 1966 realizaram-se eleições diretas para Senador,
Deputado Federal e Deputado Estadual no Estado da Paraíba. Vale relembrar de que nesta
eleição participaram como candidatos a deputado estadual: Ceslau da Costa Gadelha Filho,
irmão do então prefeito Heraldo Gadelha, foi o mais votado de Santa Rita, porém ficou
suplente e Egídio Madruga, foi eleito mais uma vez e pelo partido do governador eleito,
tendo em vista que recebeu mais sufrágios em Taperoá, Sapé, Cruz do Espírito Santo,
dentre outros municípios. Era assim o ramerame da política santaritense, conforme segue o
resultado final estadual daquele pleito:
191
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
192
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
193
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
194
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Legenda:
ARENA2 - Aliança Renovadora Nacional 2
MDB - Movimento Democrático Brasileiro
ARENA1 - Aliança Renovadora Nacional 1
Em síntese, Egidio Madruga foi releito deputado estdual pela Arena e Ceslau
Gadelha, ficou suplente pelo MDB, tendo posteriormente assumido o mandato de deputado
estadual na Casa de Epitácio Pessoa. Na eleição para deputado federal de 1966, a
agroindústria conseguiu eleger dois deputados, Renato Ribeiro Coutinho e Fláviano Ribeiro
Coutinho Filho, conforme segue a transcrição dos resultados finais do mencionado pleito:
195
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Legenda:
ARENA - Aliança Renovadora Nacional
MDB - Movimento Democrático Brasileiro
196
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Prefeito
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Antônio Aurélio Teixeira de
Carvalho
ARENA 3.462 100% Eleito
Vice Prefeito: Carlos Antônio
de Morais Santana
Total apurado 3.462
Eleitorado 13.077
Abstenção 9.615 73,53%
Fonte: TRE/PB – Resultado final para prefeito em Santa Rita/1968.
O TRE/PB informa que “temos apenas o registro histórico dos candidatos eleitos
nessa eleição”, a de 15 de novembro de 1968. Assim sendo, mencionamos de que foram
candidatos a prefeito de Santa Rita naquele pleito: Antônio Joaquim de Morais e Antônio de
Pádua Gomes Pereira/ARENA1; Antônio Aurélio Teixeira de Carvalho e Carlos Antônio de
Morais Santana/ARENA2; Reginaldo Pereira da Costa e José Lins de Albuquerque/MDB1;
Milton Ferraz de Medeiros e Aécio Flávio Farias de Barros/MDB2; e Severino Maroja e Olirio
Rodrigues/MDB3. É de suma importância mencionar de que a partir do regime militar de
1964 para cá quem vota no candidato a prefeito, vota obrigatoriamente no vice prefeito. É
a regra dominante no sistemam eleitoral brasileiro para os cargos eletivos majoritários,
inclusive depois da redemocratização advinda a partir de Carta Magna Nacional de 1988.
O eleitorado livre de Santa Rita compareceu as urnas em 15 de novembro de 1968 e
elegeu os seguintes vereadores dentre os demais candidatos ao referido cargo:
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Everaldo José de Medeiros
ARENA 668 7,75% Eleito
Cantalice
Aureliano Olegário da
ARENA 561 6,51% Eleito
Trindade
José Batista do Nascimento ARENA 457 5,3% Eleito
Oildo Soares MDB 454 5,27% Eleito
João Alves da Silva MDB 433 5,02% Eleito
Israel Correia Diniz MDB 393 4,56% Eleito
Débora Soares de Araújo ARENA 391 4,54% Eleito
Antônio de Padua Gomes
ARENA 371 4,3% Eleito
Pereira
Anibal Limeira MDB 331 3,84% Eleito
Joaquim Dias ARENA 305 3,54% Suplente
Clovis Madruga ARENA 272 3,16% Suplente
197
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Ernani Inácio da Silva ARENA 271 3,14% Suplente
Euclides de Souza MDB 271 3,14% Suplente
Wille Magalhães MDB 263 3,05% Suplente
Severino Tomaz MDB 260 3,02% Suplente
Antonio R. Jordão MDB 247 2,87% Suplente
Manoel Targino ARENA 209 2,43% Suplente
Manoel Luiz de Franca ARENA 198 2,3% Suplente
João Gadelha MDB 194 2,25% Suplente
Heronides Ancores MDB 186 2,16% Suplente
Marcos Brandão ARENA 180 2,09% Suplente
Arnaldo da Silva ARENA 173 2,01% Suplente
Severino M. Dias ARENA 172 2% Suplente
Aderbal Machado ARENA 168 1,95% Suplente
Oton Pedroza MDB 159 1,84% Suplente
Manoel Lins MDB 126 1,46% Suplente
José Padilha MDB 123 1,43% Suplente
Gediel de Araújo MDB 116 1,35% Suplente
Antonio E. Pessoa MDB 111 1,29% Suplente
José Barbosa Hardman ARENA 100 1,16% Suplente
João Teotonio ARENA 90 1,04% Suplente
José R. dos Santos MDB 90 1,04% Suplente
José Gomes Filho MDB 83 0,96% Suplente
Manoel Paulino MDB 70 0,81% Suplente
Anezio A. de Miranda ARENA 69 0,8% Suplente
Humberto Viegas ARENA 53 0,61% Suplente
Total apurado 8.618
Eleitorado 13.077
Abstenção 4.459 34,1%
TRE/PB – Resultados da eleição para vereador em Santa Rita/1968.
Legenda:
ARENA - Aliança Renovadora Nacional
MDB - Movimento Democrático Brasileiro
198
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
do Estado, na sessão do dia 3 de outubro de 1970; para Governador foi escolhido o Sr.
Ernâni Ayres Sátyro e Souza e Vice-governador o Sr. Clóvis Bezerra Cavalcanti para o
período de 1971 a 1975”. Enquanto isso o Regime Militar de 1964, mesclava o poder
político autoritário abrindo mão para que o povo fosse as urnas eleger na Paraíba o
senador Milton Bezerra Cabral/Arena e o suplene de senador Flaviano Ribeiro Coutinho
Filho; o senador Domicio Gondim Barreto e o suplente de senador José Medeiros Vieira. E
além do mais “democraticamente” deputados federais e deputados estaduais em 15 de
novembro de 1970, conforme os seguintes resultados finais:
199
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
200
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Legenda:
MDB - Movimento Democrático Brasileiro
ARENA - Aliança Renovadora Nacional
201
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Legenda:
MDB - Movimento Democrático Brasileiro
ARENA - Aliança Renovadora Nacional
202
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Prefeito
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Heraldo Gadelha
Vice Prefeito: Aercio Flávio MDB 5.057 46,88% Não Eleito
Farias de Barros
Morais
ARENA1 3.042 28,2% Eleito
Vice Prefeito: Joaquim Dias
Aureliano Olegário da
Trindade
ARENA2 2.689 24,93% Não Eleito
Vice Prefeito: Mario
Rodrigues da Silva
Votos nulos 338
Votos brancos 234
Total apurado 11.360
Eleitorado 14.822
Abstenção 3.462 23,36%
Fonte: TRE/PB Resultados finais eleição para prefeito/Santa Rita/1972.
Legenda:
ARENA2 - Aliança Renovadora Nacional 2
ARENA1 - Aliança Renovadora Nacional 1
MDB - Movimento Democrático Brasileiro
203
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Débora Soares de Araújo ARENA 591 6,05% Eleito
Pereira da Saelpa ARENA 541 5,54% Eleito
Israel Correia Diniz MDB 480 4,92% Eleito
João Gadelha MDB 475 4,87% Eleito
Reginaldo de Freitas ARENA 471 4,82% Eleito
Francisco de Paula Melo
MDB 463 4,74% Eleito
Aguiar
Maroja MDB 456 4,67% Eleito
Marcos Antônio de Souza
ARENA 454 4,65% Eleito
Brandão
Anibal Limeira MDB 392 4,02% Eleito
Edson Guedes do Nascimento MDB 377 3,86% Suplente
Oildo Soares ARENA 319 3,27% Eleito
Antônio Rodrigues Jordão MDB 294 3,01% Suplente
Ernani Inácio da Silva ARENA 285 2,92% Suplente
Antônio Elias Pessoa Filho ARENA 284 2,91% Suplente
Gilvan Lopes MDB 279 2,86% Suplente
João de Souza Sobrinho ARENA 252 2,58% Suplente
Elieser Lourenço MDB 250 2,56% Suplente
Luiz Firmino de Garvalho MDB 233 2,39% Suplente
João Alves da Silva MDB 233 2,39% Suplente
204
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
José Elias Pererira ARENA 231 2,37% Suplente
Everaldo José de Medeiros
ARENA 221 2,26% Suplente
Cantalice
Luiz Carlos de Oliveira ARENA 221 2,26% Suplente
Clovis da Silva Madruga ARENA 219 2,24% Suplente
José Bonifácio do Nascimento ARENA 218 2,23% Suplente
Amaro José de Lima ARENA 212 2,17% Suplente
Antônio Cavalcanti dos
MDB 191 1,96% Suplente
Santos
Manuel Francisco Costa Filho ARENA 157 1,61% Suplente
Raimundo Rodrigues da Silva MDB 108 1,11% Suplente
João Ferreira dos Santos MDB 107 1,1% Suplente
Manuel Pereira de Santana ARENA 101 1,03% Suplente
Erivaldo Costa Araújo ARENA 98 1% Suplente
Manuel Cícero de Oliveira MDB 91 0,93% Suplente
João Francisco da Costa ARENA 89 0,91% Suplente
Geraldo Luiz de Vasconcelos ARENA 73 0,75% Suplente
João Evangelista Filho MDB 48 0,49% Suplente
Severino Ramos Coutinho ARENA 35 0,36% Suplente
Nércio Valério dos Santos MDB 19 0,19% Suplente
José Cavalcanti de Paiva MDB 5 0,05% Suplente
Legenda do MDB 127 1,3%
Legenda do ARENA 63 0,65%
Votos brancos 1.181
Votos nulos 417
Total apurado 11.361
Eleitorado 14.822
Abstenção 3.461 23,35%
Fonte: TRE/PB. Resultado final para vereador em Santa Rita/1972.
Legenda:
ARENA - Aliança Renovadora Nacional
MDB - Movimento Democrático Brasileiro
Em política, perseguir um homem não é apenas
engrandecê-lo, mas também justificar-lhe o
passado.
Honoré de Balzac
205
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
206
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
tal princípio foi desrespeitado e rasgado por quem presidia a eleição da Mesa Diretora da
Câmara Municipal, atual Casa Antônio Teixeira. E o Poder Judiciário corrigiu o erro de
interpretação do Regimento, e até porque no dizer de Hubert H. Humphrey: “Errar é
humano. Culpar outra pessoa é política”, o que na realidade aconteceu no caso. Os ânimos
da política partidária em Santa Rita sempre foram e são exaltados de ponta a ponta, onde
os adversários botam defeitos de toda ordem em seus concorrentes, porque entendem que
em política feio é perder a eleição. A política é uma fonte de cobiça e de desrespeito aos
valores humanos, profissionais e morais dos concorrentes em si em qualquer parte do
mundo e aqui não é diferente. Isso não é coisa nova em nossa terra, na década de 70 do
século XX, aqui já existia essa herança maldita dos antepassados e das brigas sem motivos
aparentes. O prefeito eleito no pleito de 15 de novembro de 1972 e já empossa era Antônio
Joaquim de Morais (economista e contador) e o Vice Prefeito Joaquim Dias Ramos
(empresário do ramo de panificação), ambos pertencentes à ARENA-Aliança Renovadora
Nacional/situação e seguiam a orientação político do Deputado Egidio Silva Madruga
(advogado), enquanto o MDB/Movimento Democrático Brasileiro seguia a orientação do ex-
Vereador, ex-Deputado e ex-Prefeito Heraldo da Costa Gadelha (advogado), candidato
derrotado naquelas eleições em virtude da existência do instituto das sublegendas
implantas pelo Regime Militar de 1964, onde os dois partidos políticos: Arena e MDB, eram
transformados em seis partidos na prática. As sublegendas de ambos os partidos brigavam
internamente que parecia cachorro vira-lata a procura de “osso” para roer. É esta a
verdadeira história da eleição da Mesa Diretora do Poder Legislativo Municipal de Santa
Rita, realizada no dia 31 de janeiro de 1973 que elegeu o Vereador Francisco de Paula
Aguiar, seu Presidente, contada 40 (quarenta) anos depois para o conhecimento da
população de “Santa Rita, Sua História e Sua Gente”. Mencionamos que Aécio Flávio Farias
de Barros (in memorian) e Heraldo da Costa Gadelha foram os advogados que assinaram a
petição inicial do Mandado de Segurança, e até porque no dizer de Winston Churchil: “A
política é quase tão excitante como a guerra e não menos perigosa. Na guerra a pessoa só
pode ser morta uma vez, mas na política diversas vezes”, o que justifica a publicação
textual contando aquela eleição quarenta anos depois: 31 de janeiro de 1973 a 31 de
janeiro de 2013.
A história nacional registra que em 15 de março de 1974, o General Ernesto Geisel,
foi eleito Presidente e Adalberto Pereira dos Santos, Vice-presidente da república, através
de escolha indireta da Junta do Regime Militar/1964 então em vigor em sua fase de
endurecimento contra as conquistas democráticas. Em todo o país foram realizadas
eleições para senador, deputado federal e deputado estadual em 15 de novembro de 1974.
Assim sendo, aconteceram eleições em todos os municípios da Paraíba, dentre os quais em
Santa Rita. Na Paraíba o eleitorado elegeu senador Ruy Carneiro pelo MDB, partido de
oposição a Arena, o partido do então regime militar. Foram os seguintes resultados
eleitorais finais:
Cargo: Senador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Ruy Carneiro
151 Suplente Senador: Ivandro MDB 297.780 51,66% Eleito
Moura Cunha Lima
207
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Senador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Aluisio Afonso Campos
111 Suplente Senador: Clovis ARENA 278.590 48,34% Não eleito
Bezerra Cavalcanti
Votos brancos 37.668
Votos nulos 28.535
Total apurado 642.573
Fonte: TRE/PB/Eleição para o Senado/1974.
Para deputado federal em 15 de novembro de 1974, Santa Rita não teve candidatos
prata da casa concorrendo. Continuava o bipartidarismo implantado pelo Regime Militar de
1964. Os resultados finais da referida eleição foram:
208
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Legenda:
MDB - Movimento Democrático Brasileiro
ARENA - Aliança Renovadora Nacional
209
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
210
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
211
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Legenda:
MDB - Movimento Democrático Brasileiro
ARENA - Aliança Renovadora Nacional
O Regime Militar que dominava o Brasil desde 1964, fez realizar eleições para
prefeito e para vereador em todo o território nacional em 15 de novembro de 1976, a
exemplo das eleições anteriores, com excessão dos prefeitos das cidades consideradas de
áreas de segurança nacional e das capitais dos estados membros. Assim sendo, Hermano
Augusto de Almeida, foi nomeado em 24 de março de 1975, prefeito de João Pessoa, cujo
mandato terminou em 26 de março de 1979.
O eleitorado santaritense compareceu as urnas em 15 de novembro de 1976 e
decidiu para prefeito o seguinte:
Cargo: Prefeito
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Marcus Odilon
ARENA3 4.919 37,5% Eleito
Vice Prefeito: Aureliano
212
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Prefeito
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Olegário da Trindade
Heraldo Gadelha
Vice Prefeito: José Lins de MDB1 4.342 33,1% Não Eleito
Albuquerque
Antonio Aurelio Teixeira de
Carvalho
ARENA2 1.533 11,69% Não Eleito
Vice Prefeito: Antônio Elias
Pessoa
Joaquim Dias
Vice Prefeito: Antonio de ARENA1 1.509 11,5% Não Eleito
Padua Gomes Pereira
Israel Correia Diniz
Vice Prefeito: Francisco de MDB3 558 4,25% Não Eleito
Assis Limeira
Ceslau Gadelha MDB2 257 1,96% Não Eleito
Votos nulos 593
Votos brancos 361
Total apurado 14.072
Eleitorado 18.883
Abstenção 4.811 25,48%
Fonte: T R E /PB – Eleição de prefeito de Santa Rita/1976
Legenda:
ARENA1 - Aliança Renovadora Nacional 1
ARENA2 - Aliança Renovadora Nacional 2
ARENA3 - Aliança Renovadora Nacional 3
MDB1 - Movimento Democrático Brasileiro 1
MDB2 - Movimento Democrático Brasileiro 2
MDB3 - Movimento Democrático Brasileiro 3
213
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Luis Ribeiro Nunes ARENA 868 7,1% Eleito
Oildo Soares ARENA 691 5,65% Eleito
Antônio Marcelino Carneiro MDB 605 4,95% Eleito
Francisco de Paula Aguiar MDB 601 4,92% Eleito
José Pereira da C. Filho ARENA 597 4,88% Eleito
Emanoel Lopes da Fonsêca ARENA 534 4,37% Eleito
João Gadelha MDB 495 4,05% Eleito
Anibal Limeira MDB 470 3,84% Eleito
Maroja MDB 448 3,66% Suplente
Gilvan Lopes MDB 438 3,58% Suplente
Carlos Antonio de Morais ARENA 435 3,56% Eleito
214
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Santana
Manoel Dias Pacheco MDB 431 3,52% Suplente
Ademar Clemente dos Santos ARENA 384 3,14% Suplente
Clovis da Silva Madruga ARENA 379 3,1% Suplente
Carlos Gilberto Palmeira ARENA 374 3,06% Suplente
Everaldo Monteiro da Silva ARENA 341 2,79% Suplente
José Antonio da Silva ARENA 320 2,62% Suplente
Walter Amorim MDB 317 2,59% Suplente
Débora Soares de Araújo ARENA 291 2,38% Suplente
Mario Rodrigues da Silva ARENA 247 2,02% Suplente
Williams Olegário da
ARENA 238 1,95% Suplente
Trindade
João de Souza Sobrinho ARENA 226 1,85% Suplente
José Macêdonio Porto de
ARENA 203 1,66% Suplente
Freitas
Amaro José de Lima MDB 200 1,64% Suplente
Luis Pereira da Silva MDB 180 1,47% Suplente
Ernane Inácio da Silva ARENA 179 1,46% Suplente
João José Henriques MDB 156 1,28% Suplente
José Venancio de Lima MDB 156 1,28% Suplente
Maria Paiva de Oliveira MDB 143 1,17% Suplente
Luiz Carlos de Oliveira ARENA 126 1,03% Suplente
Antonio Cavalcante dos
MDB 126 1,03% Suplente
Santos
Antonio Freire Bastos ARENA 111 0,91% Suplente
Isafá Soares Dias MDB 108 0,88% Suplente
João Fernandes de Souza MDB 101 0,83% Suplente
Antonio Gomes de Oliveira ARENA 98 0,8% Suplente
Everaldo José de Medeiros
ARENA 92 0,75% Suplente
Cantalice
Antonio Veloso do
MDB 91 0,74% Suplente
Nascimento
Marcos Osório Inácio da Silva ARENA 85 0,7% Suplente
José Carlos Bezerra MDB 84 0,69% Suplente
Manoel Francisco da Costa
ARENA 73 0,6% Suplente
Filho
215
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
João Ferreira dos Santos MDB 64 0,52% Suplente
José Alves da Silva MDB 32 0,26% Suplente
Mariano Coutinho de Lira MDB 24 0,2% Suplente
Milton Venancio MDB 21 0,17% Suplente
José Cavalcante de Paíva MDB 14 0,11% Suplente
José Salvador Alves MDB 11 0,09% Suplente
Luiz Gonzaga da Mata MDB 6 0,05% Suplente
José Felix Carneiro MDB 5 0,04% Suplente
José de Oliveira Rodrigues MDB 4 0,03% Suplente
João Francisco de Melo MDB 4 0,03% Suplente
Votos brancos 1.038
Votos nulos 446
Total apurado 13.711
Eleitorado 18.883
Abstenção 5.172 27,39%
Fonte: TRE/PB – Vereador Santa Rita/PB.
Legenda:
ARENA - Aliança Renovadora Nacional
MDB - Movimento Democrático Brasileiro
Os vereadores eleitos em 1976 e que tiveram dois anos de mandato biônico, por
força da legislação de prorrogação das eleições para 1982, os resposáveis diretos pela
implantação dos núcleos residenciais rurais, a exemplo de Odilândia, Lerolândia,
Cicerolância e Emanuelândia, em pleno regime militar, graças ao acolhimento das idéias
populistas nascidas na Câmara Municipal de Santa Rita pelo prefeito Marcus Odilon. O povo
simples começou a sonhar com o chão para construir sua casa própria sem nada pagar.
O Brasil realizou às eleições de 15 de novembro de 1978, para senador, deputado
federal e deputado estadual. Assim sendo, a Paraíba elegeu o senador Humberto Coutinho
de Lucena/MDB, e como suplentes: João Bosco Braga Barreto e Ary José da Silva Ribeiro. O
sistema do Regime Militar também fez sua “eleição”, sui generis, onde o povo não votou,
porém, Milton Bezerra Cabral, foi eleito senador biônico pela Paraíba. Seguem a síntese
história das duas modalidades eleitorais (voto democrático e voto biônico) para senador em
1978:
Cargo: Senador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
111 Ivan Bichara Sobreira ARENA 302.655 45,26% Não Eleito
216
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Senador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Suplente Senador: Edísio
Souto
Humberto Coutinho de
151 MDB 267.876 40,06% Eleito
Lucena
152 João Bosco Braga Barreto MDB 49.594 7,42% Suplente
153 Ary José da Silva Ribeiro MDB 48.542 7,26% Suplente
Milton Bezerra Cabral Nomeado
Votos nulos 48.059
Votos brancos 47.972
Total apurado 764.698
Fonte: T R E / PB – Resultado final/eleição senador/1978.
Legenda:
ARENA - Aliança Renovadora Nacional
MDB - Movimento Democrático Brasileiro
217
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Legenda:
ARENA - Aliança Renovadora Nacional
MDB - Movimento Democrático Brasileiro
218
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220
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Legenda:
ARENA - Aliança Renovadora Nacional
MDB - Movimento Democrático Brasileiro
A história eleitoral brasileira registra também que em 15 de março de 1979, foi eleito
Presidente da República Federativa do Brasil, pela Junta Militar, implantada em 1964 no
país, o general João Batista de Oliveira Figueirêdo e Antônio Aureliano Chaves de
Mendonça, vice presidente, respectivamente. Assim como tudo na vida tem inicio, meio e
fim, esse foi o último presidente ditador daquele período negro da história recente do país.
Por outro lado, no dia 26 de março de 1979, Damásio Barbosa da Franca, foi
nomeado Prefeito da capital da Paraíba,sendo exonerado, a pedido próprio, em 15 de
março de 1983, quando Lourenço Di Lorenzo Marsicano, assumiu o cargo de prefeito de
João Pessoa, na condiçlão de Presidente da Câmara Municipal, no período de 12 (doze)
horas apenas, sendo substituído Oswaldo Trigueiro do Vale, prefeito nomeado em 16 de
março de 1983.
A linha dura do Regime Militar de 1964, a partir de 1979, sentiu que o fim se
aproximava, tanto é assim que extinguiu a ARENA – Aliança Renovadora Nacional e em seu
221
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
lugar criou o PDS – Partido Democrático Social, além de editar legislação reformando a
estrutura legal partidária e eleitoral do país. O MDB foi extinto, em seu lugar foi fundado o
PMDB – Partido do Movimento Democrático Brasileiro. Isso só aconteceu por causa das
derrotas que a ARENA, partido da situação, sofreu nas urnas nas eleições anteriores,
portanto, foram extintos os partidos via artifício legal, mandado que fosse colocado o nome
“partido”, antes de qualquer movimento e ou aliança que representasse partido político.
Assim foi feito. Daí por diante, acabou-se o bipartidarismo, surgiram novas siglas: PT-
Partido dos Trabalhadores; PDT – Partido Democrático Trabalhista, e bem assim, outros
partidos foram recriados, como por exemplo, o PTB – Partido Trabalhista Brasileiro e PSB –
Partido Socialista Brasileiro. O PCB – Partido Comunista do Brasil e o PC do B – Partido
Comunista Brasileiro, ambos continuaram na clandestinidade, diante da legislação proibitiva
contra tais agremiações e suas analogias. As eleições municipais de 15 de novembro de
1980 foram adiadas para 15 de novembro de 1982, para que os mandados eletivos de
prefeitos e vereadores, para coincidir com os mandatos de deputados federais, estaduais e
governadores. É pela primeira vez depois de 1965 que o Brasil vai as urnas para eleger
seus governadores. O regime militar criou o sistema eleitoral do voto vinculado e ou chapa
cachão, o eleitor tinha que escolher todos os candidatos do mesmo partido sob pena de
anular o voto. A oposição não fez a maioria no Congresso Nacional e muito menos a
maioria dos governadores em 1982, porém, continua crescendo até conseguir via alianças
a maioria no Colégio Eleitoral que elegeu Tancredo Neves e José Sarney, pela via indireta,
saída legal para o fim do regime militar implantado em 31 de março de 1964. Isso só foi
possível porque a oposição em 1982, elegeu os governadores dos três estados mais
influentes do Brasil: Franco Montoro, em São Paulo; Tancredo Neves, em Minas Gerais;
Leonel Brizola, no Rio de Janeiro. Isso foi à salvação da lavoura democrática para o país
voltar a respirar e viver dentro do estado democrático de direito, somado a crise econômica
de 1981/1983. Assim terminou o regime militar/1964. Para governador do Estado da
Paraíba vieram os seguintes resultados:
Cargo: Governador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Wilson Braga
Vice Governador: José Carlos PDS 509.855 58,48% Eleito
da Silva Junior
Antonio Marques da Silva
Mariz
PMDB 358.146 41,08% Não Eleito
Vice Governador: Mário
Silveira
Francisco Derly Pereira
Vice Governador: José PT 3.918 0,45% Não Eleito
Olímpio de Araújo
Votos brancos 70.291
Votos nulos 22.042
Total apurado 964.252
Fonte: T R E /PB – Governador/1982.
222
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Legenda:
PT - Partido do Trabalhador
PDS - Partido Democrático Social
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
Legenda:
PDS - Partido Democrático Social
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PT - Partido do Trabalhador
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Legenda:
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PDS - Partido Democrático Social
PT - Partido do Trabalhador
Diante de tais resultados nenhum postulante a baixa câmara em Brasília era prata de
casa em termos de Santa Rita. Nem mesmo as antigas oligarquias santaritenses,
apresentaram seus eternos candidatos para a disputa.
Os resultados eleitorais finais para deputado estadual em 15 de novembro de 1982
foram:
Cargo: Deputado Estadual
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Afranio Athaide Bezerra
PDS 41.609 5,08% Eleito
Cavalcanti
Marcus Odilon PMDB 28.189 3,44% Eleito
José Lacerda PDS 26.614 3,25% Eleito
Evaldo Gonçalves de Queiroz PDS 25.085 3,06% Eleito
José Soares Madruga PDS 24.088 2,94% Eleito
Vani PDS 21.177 2,58% Eleito
Zeluiz PMDB 21.075 2,57% Eleito
Francisco de Assis Camelo PDS 20.894 2,55% Eleito
Fernando Paulo Carrilho
PDS 20.132 2,46% Eleito
Milanez
Múcio Satyro PDS 19.435 2,37% Eleito
Roberto Paulino PMDB 18.359 2,24% Eleito
Egídio da Silva Madruga PDS 17.704 2,16% Eleito
Antônio Waldir Bezerra
PMDB 17.582 2,15% Eleito
Cavalcanti
João Ribeiro PDS 17.105 2,09% Eleito
Aloisio Pereira Lima PDS 16.786 2,05% Eleito
Aércio Pereira PDS 16.619 2,03% Eleito
Nilo Feitosa Mayer Ventura PDS 16.129 1,97% Eleito
Carlos Dunga PDS 16.047 1,96% Eleito
Raimundo Doca Benevides PDS 15.491 1,89% Eleito
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Legenda:
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PT - Partido do Trabalhador
PDS - Partido Democrático Social
Diante de tais resultados, a olho nu, comprova-se que participaram do pleito, Ceslau
da Costa Gadelha Filho, que ficou como suplente pelo PMDB e Egidio Silva Madrguda, que
foi reeleito pelo PDS, tendo em vista ser votado em Taperoá, seu principal colégio eleitoral,
dentre outras cidades. Citamos ainda que Marcus Odilon, foi o segundo deputado estadual
mais no votado na Paraíba, tudo porque em Santa Rita, os três candidatos a prefeito pelo
PMDB1: Anibal Limeira; PMDB2: Francisco de Paula Melo Aguiar; e PMDB3: Severino
Maroja, votaram nele de porteira fechada, além do mesmo aparecer bem na foto diante do
populismo desenvolvido durante a administração “Povo da Silva”, distribuindo favores e
terrenos para o povo pobre fazer suas casas. Isso é fato e contra fato não se tem
argumento. E mais ninguém da rainha dos canaviais se candidatou a uma cadaeira à Casa
de Epitácio Pessoa.
Já nas eleições de 15 de novembro de 1982, foram eleitos: Severino Maroja
(prefeito) e Ademar Clemente (vice prefeito), com 6.887 votos, correspondente a 34,8%
dos votos válidos, respectivamente pelo PMDB/3. Em segundo lugar ficou o candidato a
prefeito Aníbal Limeira e vice prefeito Paulo Pedrosa, do PMDB/1, obteve 6.314 votos,
correspondente a 32% dos votos validos. Em terceiro lugar ficou Reginaldo Pereira da
Costa (para prefeito) e Dorivaldo Pereira (para vice prefeito), pelo PDS/2, que obteve 2.978
votos, correspondente a 15,09% dos votos válidos. Em quarto lugar ficou Antônio Joaquim
de Morais (para prefeito) e Carlos Gilberto Palmeira (para vice prefeito), pelo PDS/1, com
2.007 votos, correspondente a 10,17% dos votos válidos. Em quinto lugar ficou Heraldo da
Costa Gadelha (para prefeito) e Romeu de Azevedo Menezes (para Vice prefeito), pelo
PDS/3, ambos obtiveram 812 votos, correspondente a 4,11% dos votos válidos. Em sexto
lugar ficou Francisco de Paula Aguiar (para prefeito) e Antônio Rodrigues Jordão (para vice
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
prefeito), pelo PMDB/2, com 620 votos, correspondente a 3,14 % dos votos válidos. E em
sétimo e último lugar Vanderley Gomes (para prefeito) e Elias Pereira Neto (para vice
prefeito), pelo PT-Partido dos Trabalhadores, com 135 votos, correspondente a 0,68% dos
votos válidos. Em fim, é importante mencionar de que Santa Rita em 1982 tinha 28.036
eleitores e apenas 21.717 votos foram apurados, registrando-se assim, 6.319 abstenções,
equivalente a 22,54% do eleitorado da época, registrando-se ainda, 1.035 votos brancos e
949 votos nulos. Foi à última eleição municipal realizada dentro do regime militar no Brasil
e bem assim a última que foi usado o artifício político criado pelo referido regime conhecido
por sublegendas de até três candidatos a critério dos partidos PDS e PMDB. Segue
transcrição do resultado final para prefeito e vice prefeito em 15 de novembro de 1982 em
Santa Rita:
Cargo: Prefeito
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Maroja
Vice Prefeito: Ademar PMDB3 6.867 34,8% Eleito
Clemente da Silva
Anibal Limeira
PMDB1 6.314 32% Não Eleito
Vice Prefeito: Paulo Pedrosa
Reginaldo
Vice Prefeito: Dorivaldo PDS2 2.978 15,09% Não Eleito
Pereira
Morais
Vice Prefeito: Carlos Gilberto PDS1 2.007 10,17% Não Eleito
Palmeira
Heraldo Gadelha
Vice Prefeito: Romeu de PDS3 812 4,11% Não Eleito
Azevedo Menezes
Francisco de Paula Aguiar
Vice Prefeito: Antônio PMDB2 620 3,14% Não Eleito
Rodrigues Jordão
Vanderley Gomes
Vice Prefeito: Elias Pereira PT 135 0,68% Não Eleito
Neto
Votos brancos 1.035
Votos nulos 949
Total apurado 21.717
Eleitorado 28.036
Abstenção 6.319 22,54%
Fonte: T R E / PB – Prefeito de Santa Rita/1982.
Legenda:
PMDB2 - Partido do Movimento Democrático Brasileiro 2
229
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
A Casa de Antônio Teixeira, segundo o resultado final das eleição municipal para
vereador de 15 de novembro de 1982, ficou assim constituída:
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Oildo Soares PMDB 878 4,54% Eleito
Antônio Marcelino Carneiro PMDB 802 4,14% Eleito
Emanoel Lopes da Fonsêca PMDB 777 4,01% Eleito
Penha Costa PMDB 732 3,78% Eleito
Marinésio Silva PMDB 680 3,51% Eleito
Pedro Antonio Martins da
PMDB 635 3,28% Eleito
Silva
Pedro Mendes PMDB 630 3,25% Eleito
João Gadelha PMDB 599 3,09% Eleito
Gilvan Lopes PMDB 570 2,94% Eleito
Antonio Vicente Pereira PMDB 534 2,76% Suplente
Sebastião Pereira de Paiva PMDB 507 2,62% Suplente
Humberto Viegas
PMDB 483 2,49% Suplente
Vasconcelos
Kil PMDB 457 2,36% Suplente
Francisco de Assis Melo
PDS 412 2,13% Eleito
Cabral
Giderval de Andrade Costa PDS 390 2,01% Eleito
João Alves da Silva PMDB 383 1,98% Suplente
José Pereira da Costa Filjho PDS 379 1,96% Eleito
Antônio Elias Pessoa PDS 378 1,95% Eleito
Josué Francisco da Silva PMDB 369 1,91% Suplente
Jandui Mendonça PMDB 360 1,86% Suplente
João Soares de Oliveira PMDB 346 1,79% Suplente
Israel Correia Diniz PDS 329 1,7% Suplente
Mario Rodrigues da Silva PDS 309 1,6% Suplente
Abraão Falção PDS 287 1,48% Suplente
230
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Dario Claudino PDS 272 1,41% Suplente
Josénias Elias da Silva PMDB 247 1,28% Suplente
Toinzinho da Prestação PMDB 247 1,28% Suplente
José da Silva PMDB 246 1,27% Suplente
Pedro Ferreira Nunes Filho PMDB 242 1,25% Suplente
Luis Ribeiro Nunes PDS 237 1,22% Suplente
Everaldo Monteiro da Silva PMDB 235 1,21% Suplente
Gilflávio Soares Monteiro PMDB 234 1,21% Suplente
Francisco de Paulo Carneiro PMDB 231 1,19% Suplente
José Vicente de Aguiar PMDB 225 1,16% Suplente
Arcanjo José dos Santos
PDS 218 1,13% Suplente
Cabral
José Marcos da Silva PMDB 183 0,95% Suplente
Carlos Antonio de Morais
PDS 183 0,95% Suplente
Santana
Luis Manoel da Silva PMDB 180 0,93% Suplente
Elson Amorim de Araujo PDS 176 0,91% Suplente
Sizenando PDS 173 0,89% Suplente
José Pereira de Lima PMDB 172 0,89% Suplente
Everaldo Oliveira da Silva PMDB 163 0,84% Suplente
José Antonio da Silva PDS 156 0,81% Suplente
Augusto Sales PMDB 155 0,8% Suplente
Francisco Clemente dos
PMDB 150 0,77% Suplente
Santos
José Rodrigues do
PMDB 140 0,72% Suplente
Nascimento
Luis Pereira da Silva PMDB 138 0,71% Suplente
Luiz Firmino de Carvalho PDS 138 0,71% Suplente
Clovis da Silva Madruga PDS 137 0,71% Suplente
Antonio Sabino de Souza PDS 133 0,69% Suplente
Bernardino PDS 126 0,65% Suplente
Arlindo Ramalho Cavalcante
PMDB 125 0,65% Suplente
Filho
Eulina Gadelha Cavalcante PDS 121 0,63% Suplente
Raimundo Rodrigues da Silva PDS 117 0,6% Suplente
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Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Antonio Crispim dos Santos PDS 114 0,59% Suplente
Geraldo dos Santos PDS 111 0,57% Suplente
Everaldo José de Medeiros
PDS 110 0,57% Suplente
Cantalice
Manuel Pereira de Santana PDS 106 0,55% Suplente
Sebastião Ferreira da Cunha PMDB 106 0,55% Suplente
José Roberto Vieira de Lima PDS 95 0,49% Suplente
Antonio Freire Bastos PDS 93 0,48% Suplente
Porfírio de Souza PMDB 83 0,43% Suplente
Mariano Coutinho de Lira PDS 80 0,41% Suplente
Rita da Silva Sobral PDS 78 0,4% Suplente
Luiz Carlos da Silva PDS 69 0,36% Suplente
João Avelino Figueirêdo PMDB 60 0,31% Suplente
João de Souza Sobrinho PDS 56 0,29% Suplente
Etelvina Freire da Silva PDS 52 0,27% Suplente
Heraldo Ramos Cavalcanti PDS 52 0,27% Suplente
Antonio Dantas PMDB 46 0,24% Suplente
Everaldo Ramos Xavier Lopes PMDB 39 0,2% Suplente
João Morais da Silva PDS 38 0,2% Suplente
Ernani Inácio da Silva PDS 32 0,17% Suplente
Medeiros PDS 28 0,14% Suplente
Raimundo Arantes Magalhães PT 27 0,14% Suplente
Severino do Ramo Silva PT 26 0,13% Suplente
José Antonio de Oliveira PT 21 0,11% Suplente
Severino Ernesto de Miranda PDS 19 0,1% Suplente
José Lourival da Silva PT 18 0,09% Suplente
João Batista dos Reis PT 18 0,09% Suplente
Luiz Muniz de Lima PT 9 0,05% Suplente
José Francisco Barbosa PT 8 0,04% Suplente
Joaquim Dias PDS 3 0,02% Suplente
Manoel Francisco da Cruz PT 1 0,01% Suplente
Legenda do PMDB 30 0,15%
Legenda do PDS 5 0,03%
Votos nulos 1.195
Votos brancos 1.163
232
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Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Total apurado 21.717
Eleitorado 28.036
Abstenção 6.319 22,54%
Fonte: T R E – Eleição de Vereador/Santa Rita/1982.
Legenda:
PDS - Partido Democrático Social
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PT - Partido do Trabalhador
Cargo: Prefeito
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Antonio Carneiro Arnaud
15 Vice Prefeito: João Cabral PMDB 60.791 49,61% Eleito
Batista
Marcus Odilon
14 Vice Prefeito: Gilvan Amorim PTB 50.387 41,12% Não Eleito
Navarro
Carlos Glaucio Sabino de
Farias
22 PL 5.342 4,36% Não Eleito
Vice Prefeito: Antonio de
Padua Ferreira de Carvalho
Wanderley Caixe
13 PT 4.419 3,61% Não Eleito
Vice Prefeito: Anisio
Damião Galdino da Silva
16 Vice Prefeito: Inácio Araújo PSTU 1.252 1,02% Não Eleito
Barbosa
12 Josélio Paulo Neto PDT 357 0,29% Não Eleito
233
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Cargo: Prefeito
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Vice Prefeito: Evandil
Bandeira
Votos nulos 5.657
Votos brancos 1.398
Total apurado 129.603
Eleitorado 161.637
Abstenção 32.034 19,82%
Fonte: TRE/PB/Eleição de prefeito/João Pessoa/1985.
Legenda:
PT - Partido dos Trabalhadores
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PL - Partido Liberal
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
O vitorioso foi Antônio Carneiro Arnaud, uma espécie de sobrinho filho do Senador
Ruy Carneiro/PMDB, representante maior da oligarquia populista do antigo PSD – Partido
Social Democrático, agora enfaatizado e continuado no PMDB, através do lema: “Forte e o
povo”. Enquanto isso, o candidato a vice prefeito Gilvan Amorim Navarro, na chapa de
Marcus Odilon, era cunhado do ex-governador Tarcísio de Miranda Burity, até então
imbatível dem sua trajetória política através do voto direto e ou indireto na Paraíba da
época.
Antes das eleições diretas para governador e vice governador, na Paraíba, realizada
em 15 de novembro 1986, teve lugar a última eleição indireta para tais cargos, ainda com
base na legislação do Regime Militar/1964, no dia 16 de junho de 1985, onde a
Assembleia Legislativa da Paraíba elegeu o Senador Milton Bezerra Cabral e o Deputado
Federal Antônio da Costa Gomes, governador e vice governador, respectivamente. Em 15
de novembro de 1986 foram realizadas as eleições diretas para governador, vice
governador, senador, deputado federal e deputado estadual. Assim sendo, transcrevemos o
resultado final do citado pleito:
Cargo: Governador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Burity
115 Vice Governador: Raymundo PMDB 755.625 61,27% Eleito
Yasbeck Asfora
Marcondes Gadelha
225 PFL 459.589 37,26% Não Eleito
Vice Governador: Marcus
234
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Governador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Odilon
113 Carlos Alberto Dantas Bezerra PT 18.097 1,47% Não Eleito
Votos brancos 112.701
Votos nulos 38.337
Total apurado 1.384.349
Eleitorado 1.464.338
Abstenção 79.989 5,46%
Fonte: TRE/PB – Governador/1986.
Legenda:
PFL - Partido da Frente Liberal
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PT - Partido dos Trabalhadores
Foi eleito governador da Paraíba em primeiro turno Tarcísio Burity, tendo como vice
governador Raymundo Yasbeck Asfora, que apareceu morto em sua residência em
Campina Grande, antes de tomar posse. Neste pleito Santa Rita também estava presente
na pessoa do ex-prefeito e ex-deputado estadual Marcus Odilon, como candidato a vice
governador na chapa encabeçada por Marcondes Gadelha.
O povo escaldado paraibano escaldado com quase 21 anos de ditadura militar, em 1986,
ofereceu ao Brasil o seguinte resultado para senador:
Cargo: Senador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
152 Lira PMDB 615.533 29,97% Eleito
Humberto Coutinho de
151 PMDB 607.266 29,57% Eleito
Lucena
114 Wilson Braga PPR 388.878 18,94% Não Eleito
111 Maurício Leite PPR 267.111 13,01% Não Eleito
113 João Bosco Braga Barreto PPR 40.723 1,98% Não Eleito
222 Durval Ferreira da Silva Filho PL 33.547 1,63% Não Eleito
132 Alberto do Amaral PT 28.539 1,39% Não Eleito
131 Tota PT 27.118 1,32% Não Eleito
221 José Guedes PL 20.398 0,99% Não Eleito
112 Otavio Pires de Lacerda PPR 13.265 0,65% Não Eleito
171 João José Nouri PTRB 11.126 0,54% Não Eleito
Votos brancos 602.047
235
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Senador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Votos nulos 113.127
Total apurado 2.768.678
Eleitorado 1.464.338
Abstenção 79.999 5,46%
Fonte: T R E / Senador/PB/1986.
Legenda:
PTRB - Partido Trabalhista Renovador Brasileiro
PT - Partido dos Trabalhadores
PPR - Partido Progressista Reformador
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PL - Partido Liberal
O PMDB elegeu os dois senadores: Humberto Lucena e Raymundo Lira, com uma
considerável vantagem sobre o ex-governador Wilson Leite Braga e Brasilino Leite, ambos
pertencentes um dos partidos sucessores da extinta Arena e PDS, ligados ao regime militar
extinto com a eleição de Tancredo Neves e José Sarney.
A eleição para deputado federal em 15 de novembro de 1986, oferece ao Brasil os
seguintes deputados constituintes:
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Legenda:
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PL - Partido Liberal
PT - Partido dos Trabalhadores
PFL - Partido da Frente Liberal
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PTRB - Partido Trabalhista Renovador Brasileiro
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PTR - Partido Trabalhista Renovador
PPR - Partido Progressista Reformador
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Cargo: Prefeito
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Marcus Odilon
14 PTB 12.256 47,56% Eleito
Vice Prefeito: Morais
Oildo Soares
40 PSB 6.682 25,93% Não Eleito
Vice Prefeito: Anibal Limeira
Reginaldo
15 Vice Prefeito: José Homero PMDB 5.258 20,4% Não Eleito
de Araujo Junior
Fernando Antonio Gomes
12 Vice Prefeito: Josélito PDT 887 3,44% Não Eleito
Meireles de Oliveira
Vanderley Gomes
13 Vice Prefeito: Maria da Paz PT 686 2,66% Não Eleito
de Franca Silva
Votos brancos 7.996
Votos nulos 1.945
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Cargo: Prefeito
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Total apurado 35.710
Eleitorado 40.358
Abstenção 4.648 11,52%
Fonte: TRE/PB-Prefeito de Santa Rita/PB
Legenda:
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PT - Partido dos Trabalhadores
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
O eleitorado fez voltar a gestão pública municipal pela segunda vez, Marcus
Odilon/PDT, eleito prefeito e Antônio Joaquim de Morais/PFL, vice prefeito e ligado
politicamente ao deputado estadual Egidio Madruga.
A composição da Câmara Municipal ordinária e por força da Carta Magna de 1988,
também Assembleia Municipal Constituinte ficou assim:
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
15670 Clóvis Alves PMDB 661 5,16% Eleito
15614 Severino Alves Pereira PMDB 538 4,2% Eleito
Vicencia Maria Lianza
40656 PSB 458 3,58% Eleito
Lombardi
14644 Valdecir Lucindo de Souza PTB 431 3,37% Eleito
15620 Jose Nicacio PMDB 420 3,28% Eleito
11622 Assis de Olavo PDS 417 3,26% Eleito
14633 Toinzinho da Prestação PTB 406 3,17% Eleito
12623 Adilson Francisco dos Santos PDT 398 3,11% Eleito
15699 Ivan Lins Modesto PMDB 398 3,11% Eleito
12609 Zacarias Marques PDT 395 3,09% Não Eleito
11614 Antônio Elias Pessoa Filho PDS 393 3,07% Eleito
14612 Francisco de Paula Aguiar PTB 363 2,84% Eleito
14615 Pedro Mendes PTB 359 2,8% Não Eleito
15611 Pedro Matias PMDB 355 2,77% Eleito
15603 João Gadelha PMDB 351 2,74% Eleito
15622 Emanoel Lopes da Fonsêca PMDB 345 2,7% Não Eleito
242
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
15667 Celio Pedrosa de Alencar PMDB 332 2,59% Não Eleito
14614 Bernardino PTB 314 2,45% Não Eleito
15677 José Alves Vieira-santa Rita PMDB 313 2,45% Não Eleito
14602 Anesio Miranda PTB 310 2,42% Não Eleito
40623 Mario Rodrigues da Silva PSB 302 2,36% Eleito
40640 Elson Amorim de Araujo PSB 285 2,23% Eleito
40610 Leandro PSB 271 2,12% Não Eleito
12607 Josias da Silva Ferreira PDT 240 1,88% Suplente
40650 Ozenival dos Santos Costa PSB 230 1,8% Não Eleito
40633 Luiz de Souza Pontes PSB 228 1,78% Não Eleito
12625 Francisco de Assis da Silva PDT 226 1,77% Não Eleito
Legenda do PSB 1.582 12,36%
Legenda do PTB 1.067 8,34%
Legenda do PT 227 1,77%
Legenda do PMDB 110 0,86%
Legenda do PDT 75 0,59%
Votos brancos 3.847
Votos nulos 2.947
Total apurado 19.594
Eleitorado 40.358
Abstenção 20.764 51,45%
Fonte: TRE/PB – Vereador/Santa Rita/1988.
Legenda:
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PDS - Partido Democrático Social
A história de nosso Município de Santa Rita sabe que os prédios públicos onde à
Prefeitura Municipal e a Câmara Municipal de Santa Rita, ainda atualmente funciona são
precários e não se apresentam com o valor histórico, cultural, social e administrativo que
243
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
tem a cidade e o município de igual nome perante as demais cidades do Estado da Paraíba.
Sabemos que tem cidades no interior da Paraíba, com orçamento de até cem vezes menor
do que o nosso e as instalações dos Poderes: Executivo e Legislativo se apresentam com
um perfil invejável em relação ao nosso. É uma questão ou visão de administração onde “a
verdadeira filosofia é reaprender a ver o mundo”, na visão de Merleau-Ponty, é uma
questão de valorizar ou não o exercício dos poderes emanados do povo e em seu nome é
exercido. Tanto é assim que em 11 de dezembro de 1989, os Vereadores com funções
ordinárias na Câmara Municipal de Santa Rita e constituintes na Assembléia Municipal
Constituinte, formalmente aprovaram o planejamento mínimo elaborado pelo Vereador
Francisco de Paula Melo Aguiar, Presidente da aludida assembléia, onde formalmente
autorizaram que o gestor do Poder Legislativo Municipal a “a executar as seguintes obras
no edifício da Câmara Municipal, visando à comemoração do Centenário de Emancipação
Política de Santa Rita no dia 19 de março de 1990: 1. Restauração completa do prédio da
Câmara Municipal, como pintura das paredes e portas; 2. Restauração dos sanitários
masculinos e femininos; 3. Compra de um cortinado para o Plenário; 4. Compra de um
serviço de som moderno com microfones em número de três; 5. Confecção de uma placa
comemorativa em bronze tamanho 70 x 90; 6. Providenciar convites para celebração de
missa e culto evangélico; 7. Ciclo de debates e conferências em homenagem ao centenário
com todos os seguimentos da sociedade. De acordo: Santa Rita, 11 de dezembro de 1989”.
Seguem as assinaturas dos vereadores: Ivan Lins Modesto; Waldercir Lucindo de Souza;
Francisco de Assis de Melo Cabral; Vicência Maria Lianza Lombardi; Severino Alves Pereira;
Pedro Mendes de Brito; Mário Rodrigues da Silva; José Nicácio da Silva; Cloves Alves de
Oliveira Filho; Antonio Elias Pessoa Filho; Élson Amorim de Araújo; e Adilson Francisco dos
Santos. Vale salientar de que no período de 20 de dezembro de 1989 a 20 de fevereiro de
1990, a Câmara Municipal com as funções de Casa Legislativa ordinária e de Assembléia
Municipal Constituinte, para elaborar a primeira lei orgânica municipal de sua história,
passou a funcionar no prédio do COFRAG – Colégio Dr. Francisco Aguiar, à rua Eurico
Dutra, nº 64, no Bairro Popular, Santa Rita, Paraíba. É importante registrar de que o
proprietário Francisco de Paula Melo Aguiar, cedeu gratuitamente o uso do referido prédio
pelo prazo de dois meses ao Poder Legislativo Municipal, tempo suficiente para a
restauração do prédio da Câmara Municipal de Santa Rita, situado à Praça Getúlio Vargas,
nº 31, centro de Santa Rita. Registramos ainda que a oposição irresponsável de quanto
pior melhor, fez denuncia através de emissoras de rádios e jornais da época afirmando de
que o município de Santa Rita estava pagando aluguel do referido prédio ao seu
proprietário o Vereador Francisco Aguiar, se bem que sabemos que “[...] culpar outra
pessoa é política”, no pensamento de Hubert H. Humphrev.
O primeiro Centenário de Emancipação Política de Santa Rita foi comemorado no dia
19 de março de 1990 com sessão solene às dez horas no Plenário da Casa de Antônio
Teixeira, com missa na Matriz de Santa Rita e Culto Evangélico na Assembléia de Deus. Foi
colocado o retrato na Câmara e na Prefeitura Municipal de Santa Rita do Intendente
(primeiro Prefeito ou Gestor) Antônio Gomes Cordeiro de Mel1o, na presença de
autoridades convidadas, dos senhores vereadores, do prefeito Marcus Odilon Ribeiro
Coutinho, do vice Prefeito Antônio Joaquim de Morais e do ex-Deputado Ceslau da Costa
Gadelha Filho, além de funcionários da municipalidade.
E a Lei Orgânica Municipal de Santa Rita desceu a ladeira da popular pronta para ser
promulgada, como de fato e de direito foi promulgada no dia 05 de abril de 1990, pela
Assembléia Municipal Constituinte, assinada pelos vereadores constituintes: Francisco de
Paula Melo Aguiar (Presidente); Pedro Mendes de Brito (1º Vice Presidente); Cloves Alves
244
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
de Oliveira Filho (2º Vice Presidente); Antônio Elias Pessoa Filho (1º Secretário); Élson
Amorim de Araújo (2º Secretário – Relator); Adilson Francisco dos Santos (Membro);
Francisco de Assis de Melo Cabral (Membro); Ivan Lins Modesto (Membro); João da Costa
Gadelha (Membro); José Nicácio da Silva (Membro); Mário Rodrigues da Silva (Membro);
Pedro Antônio Matias da Silva (Membro); Severino Alves Pereira (Membro); Waldercir
Lucindo de Souza (Membro), em sessão especial, com o prédio da Câmara Municipal
totalmente restaurado nos termos da autorização legislativa dos senhores edis, com o
juramento formal prestado pelo Prefeito e pelo Vice Prefeito, nos seguintes termos: “Juro
solenemente perante a ASSEMBLÉIA MUNICIPAL CONSTITUINTE, que prometo cumprir e a
LEI ORGÂNICA MUNICIPAL para o fiel desempenho de minhas funções administrativas e,
bem do povo de Santa Rita. Assim prometo. Santa Rita, 05 de abril de 1990. Marcus Odilon
Ribeiro Coutinho – Prefeito-; Antônio Joaquim de Morais -Vice Prefeito-”, conforme
encontra-se publicado no Diário Oficial do Estado da Paraíba nº 8560, edição do dia 29 de
junho de 1990, em João Pessoa, páginas 14, 15 e 16, o texto integral da referida Lei
Orgânica Municipal.
Por analogia, Kant afirma de que “não se pode aprender a Filosofia; somente se
pode aprender a filosofar”, e os vereadores constituintes do Município de Santa Rita
fizeram concretizar e entregar para a posteridade através da promulgação da lei orgânica
municipal. E até porque “encontrou-se, em boa política, o segredo de fazer morrer de fome
aqueles que, cultivando a terra, fazem viver os outros” no pensamento universalista do
grande Voltaire.
Enfatizamos de que em 15 de novembro de 1989, foi realizado primeiro turno da
eleição para presidente da República, tendo os dois candidatos mais votados disputado o
segundo turno em 17 de dezembro de 1989, entre Fernanco Collor de Melo e Luis Inácio
Lula da Silva. Floi vencedor Fernando Collor de Melo, presidente e Itamar Augusto Cautiro
Franco, vice. Posteriormente, diante do impeachment do presidente Fernando Collor,
assumiu o vice presidente Itamar Franco.
O Brasil dentro da legislação democrática e eleitoral fez realizar em 3 de outubro de
1990, eleições para governdor, vice governador, senador, deputado federal e deputado
estadual em todas as unidades da federação nacional. Desse modo a Paraíba teve o
seguinte resultado eleitoral no primeiro turno:
Cargo: Governador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Wilson Braga
12 Vice Governador: Enivaldo PDT 498.763 43,37% 2º Turno
Ribeiro
Ronaldo Cunha Lima
15 Vice Governador: Cicero PMDB 462.562 40,22% 2º Turno
Lucena
João Agripino
11 Vice Governador: João Rafael PDS 137.487 11,96% Não Eleito
de Aguiar
Genival Veloso de França
13 PT 44.719 3,89% Não Eleito
Vice Governador: Emilia
245
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Governador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Correia Lima
João Juracy Palhano Freire
17 Vice Governador: João PDC 6.494 0,56% Não Eleito
Ariosvaldo Pereira da Silva
Votos brancos 202.478
Votos nulos 129.946
Total apurado 1.482.449
Fonte: T R E / PB – 1º turno governador e vice/1990.
Legenda:
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PDC - Partido Democrata Cristao
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PT - Partido dos Trabalhadores
PDS - Partido Democrático Social
Cargo: Governador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Ronaldo Cunha Lima
15 Vice Governador: Cicero PMDB 704.375 55,19% Eleito
Lucena
Wilson Braga
12 Vice Governador: Enivaldo PDT 571.802 44,81% Não Eleito
Ribeiro
Votos nulos 95.946
Votos brancos 31.417
Total apurado 1.403.540
Fonte: T R E / PB – Eleição governador/1990
Legenda:
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PDT - Partido Democrático Trabalhista
246
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Senador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Antonio Marques da Silva
Mariz
151 1º Suplente Senador: Ney PMDB 490.376 54,88% Eleito
2º Suplente Senador: Pericles
Carneiro Vilhena
Marcondes Gadelha
1º Suplente Senador: Maurício
121 Brasilino Leite PDT 296.278 33,16% Não Eleito
2º Suplente Senador:
Hermano Alfredo Neto de Sá
Joacil de Brito Pereira
1º Suplente Senador: Rildo
111 Cavalcanti Fernandes PDS 60.706 6,79% Não Eleito
2º Suplente Senador: José
Murilo Bernardo
Paulo de Araujo Netto
1º Suplente Senador: Alberto
401 Magno PSB 29.511 3,3% Não Eleito
2º Suplente Senador: Luiz
Lima de Almeida
Chico Asfora
1º Suplente Senador: José
171 Palhano Freire PDC 16.615 1,86% Não Eleito
2º Suplente Senador: Jorge
Luiz de Lima
Votos brancos 469.352
Votos nulos 119.611
Total apurado 1.482.449
Fonte: TRE/PB Senador/1990
Legenda:
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PDS - Partido Democrático Social
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PDC - Partido Democrata Cristao
247
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
248
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
249
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
250
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Legenda:
PCB - Partido Comunista Brasileiro
PTR - Partido Trabalhista Renovador
PT - Partido dos Trabalhadores
PDS - Partido Democrático Social
PCDOB - Partido Comunista do Brasil
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PL - Partido Liberal
PSC - Partido Social Cristao
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PDC - Partido Democrata Cristao
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PFL - Partido da Frente Liberal
PST - Partido Social Trabalhista
Pelo exposto o município de Santa Rita teve três candidatos considerados filhos da
terra: Francisco de Paula Melo Aguiar (PMDB), Odilon Ribeiro Coutinho (PSDB) e José Luiz
Simões Maroja (PMDB), todos ficaram suplentes e nunca assumiram um segundo o
mandato de deputado federal em Brasília.
Para a Casa de Epitácio Pessoa, o eleitorado da Paraíba votou nos seguintes
candidatos em 3 de outubro de 1990:
251
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
252
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
253
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
254
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
255
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
256
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
257
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Legenda:
PCDOB - Partido Comunista do Brasil
PSC - Partido Social Cristao
PDC - Partido Democrata Cristao
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PDS - Partido Democrático Social
PT - Partido dos Trabalhadores
PL - Partido Liberal
PTR - Partido Trabalhista Renovador
PST - Partido Social Trabalhista
PFL - Partido da Frente Liberal
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PCB - Partido Comunista Brasileiro
259
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Sapé, Santa Rita e região; Oíldo Soares, Severino Maroja, Reginaldo Pereira da Costa e
Ceslau da Costa Gadelha, todos ficaram na suplência.
O regime democrático fez realizar em todo o território nacional eleição para prefeito,
vice prefeito e vereador, em 3 de outubro de 1992. O resultado final para prefeito e vice
prefeito de Santa Rita na referida eleição, foi o seguinte:
Cargo: Prefeito
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
45 Oildo Soares PSDB 17.277 50,7% Eleito
15 Estefania Maroja PMDB 10.898 31,98% Não Eleito
14 Wanderly Farias de Sousa PTB 4.734 13,89% Não Eleito
13 Severino do Ramos Silva PT 1.170 3,43% Não Eleito
Votos brancos 7.052
Votos nulos 3.107
Total apurado 44.238
Eleitorado 52.742
Abstenção 8.504 16,12%
Fonte: T R E / PB– Prefeito de Santa Rita/1992.
Legenda:
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PT - Partido dos Trabalhadores
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
Foi eleito o ex-vereador e ex-deputado estadual Oíldo Soares, tendo como vice José
Luiz da Silva, o popular Irmão Zezinho Crente, ambos do PSDB.
Para a Câmara Municipal de Santa Rita, o eleitorado votou assim:
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
45677 Zero Á PSDB 928 2,83% Eleito
15614 Pinto PMDB 922 2,81% Eleito
40623 Lala PSB 786 2,4% Eleito
25670 Clóvis Alves PFL 672 2,05% Eleito
25633 Antonio Alves de Moraes PFL 665 2,03% Eleito
14648 Caje PTB 579 1,77% Eleito
25652 Reginaldo PFL 538 1,64% Eleito
14644 Valdecir Lucindo de Souza PTB 480 1,46% Eleito
260
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
12616 Vicencia PDT 446 1,36% Eleito
45608 Gustavo Montenegro Pontes PSDB 442 1,35% Eleito
45680 Anesio Miranda PSDB 428 1,31% Eleito
12650 Laércio Romão PDT 424 1,29% Eleito
15611 Pedro Matias PMDB 411 1,25% Eleito
Gizelia Maria de Andrade
25611 PFL 404 1,23% Eleito
Costa Inácio
45611 Moza PSDB 371 1,13% Eleito
25622 Assis de Olavo PFL 366 1,12% Eleito
14628 Penha Costa PTB 366 1,12% Eleito
14618 José Jairo Carneiro da Silva PTB 365 1,11% Eleito
Rachel Christina Pedrosa
15667 PMDB 363 1,11% Suplente
Maroja
45615 Pedro Mendes PSDB 360 1,1% Suplente
45609 Sizenando PSDB 350 1,07% Suplente
12608 José Severiano de Souza PDT 350 1,07% Suplente
45645 Evilasio Cavalcante Junior PSDB 342 1,04% Suplente
25620 Clovis Batista Guedes PFL 328 1% Suplente
25614 Antônio Elias Pessoa Filho PFL 326 0,99% Suplente
45619 Leandro PSDB 323 0,99% Suplente
45678 Dourivaldo Pereira da Silva PSDB 315 0,96% Suplente
40646 Max PSB 315 0,96% Eleito
45602 Aguinaldo Pereira de Lima PSDB 313 0,96% Suplente
45699 Moacir Avelino de Almeida PSDB 311 0,95% Suplente
14629 Marlene Viana Ferreira PTB 308 0,94% Suplente
15603 João Gadelha PMDB 306 0,93% Suplente
15610 Alberto Sérgio PMDB 303 0,92% Suplente
45623 Mario Rodrigues da Silva PSDB 292 0,89% Suplente
15650 Alfredo Mariano PMDB 287 0,88% Suplente
25625 Bernardino PFL 286 0,87% Suplente
José Homero de Araujo
25610 PFL 285 0,87% Suplente
Junior
15615 Marly Lacerda Di Paci PMDB 276 0,84% Suplente
15699 Ivan Lins Modesto PMDB 273 0,83% Suplente
45601 Jose Nicacio PSDB 261 0,8% Suplente
261
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
40653 Jonas Fotografo PSB 260 0,79% Suplente
José Eduardo Dias Lins de
14645 PTB 258 0,79% Suplente
Albuquerque
25613 Ronaldo de Chiu PFL 246 0,75% Suplente
15655 Pereira da Saelpa PMDB 239 0,73% Suplente
15634 Edson Ferreira Lima PMDB 236 0,72% Suplente
15666 Luis Ribeiro Nunes PMDB 234 0,71% Suplente
12625 Francisco de Assis da Silva PDT 225 0,69% Suplente
45617 Manoel Motorista PSDB 219 0,67% Suplente
25640 Elson Amorim de Araujo PFL 214 0,65% Suplente
14652 Antonino Alves de Souza PTB 212 0,65% Suplente
14620 Zacarias Marques PTB 208 0,63% Suplente
12623 Adilson Francisco dos Santos PDT 202 0,62% Suplente
15639 Kil PMDB 198 0,6% Suplente
15678 Pedro Fernandes PMDB 192 0,59% Suplente
45610 João José da Silva PSDB 188 0,57% Suplente
14613 Antônio Marcelino Carneiro PTB 187 0,57% Suplente
15622 Emanoel Lopes da Fonsêca PMDB 185 0,56% Suplente
25604 Ademar Clemente dos Santos PFL 177 0,54% Suplente
Francisco de Assis Pinheiro
23611 PPS 170 0,52% Suplente
Dantas
15677 Benjamim Elias Pessoa PMDB 169 0,52% Suplente
15675 Severino Ramos de Oliveira PMDB 169 0,52% Suplente
25612 Juvenal PFL 167 0,51% Suplente
40622 Azulmi de Souza Limeira PSB 166 0,51% Suplente
14624 Marinésio Silva PTB 163 0,5% Suplente
João Marconio Correia de
40611 PSB 162 0,49% Suplente
Albuquerque
13601 Maria da Paz de Franca Silva PT 155 0,47% Suplente
Severino Sebastião Biu
12618 PDT 154 0,47% Suplente
Mendes
22622 Alda Rodrigues Fernandes PL 150 0,46% Suplente
15630 Luiz Manoel PMDB 147 0,45% Suplente
13611 Jailton Maciel Alexandre PT 143 0,44% Suplente
45640 Tiba da Cagepa PSDB 140 0,43% Suplente
262
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
14640 Valter de Moraes Pereira PTB 139 0,42% Suplente
14633 Samuel de Paiva Henrique PTB 138 0,42% Suplente
14631 Jandira dos Santos Immisch PTB 138 0,42% Suplente
14627 Raimundo Rodrigues da Silva PTB 134 0,41% Suplente
13610 Raimundo Miguel da Silva PT 133 0,41% Suplente
14656 João Fernandes de Souza PTB 132 0,4% Suplente
13603 Edvaldo Severiano de Lima PT 130 0,4% Suplente
12615 João Felix de Medeiros PDT 129 0,39% Suplente
14622 Alba Rodrigues Fernandes PTB 128 0,39% Suplente
15601 Francisco de Paula Aguiar PMDB 125 0,38% Suplente
45655 Manoel Tabaiana PSDB 120 0,37% Suplente
14610 Everaldo Monteiro da Silva PTB 116 0,35% Suplente
45625 João Antonio Vitorino PSDB 111 0,34% Suplente
22633 Alemar Feitosa Gomes PL 111 0,34% Suplente
12613 Calango PDT 110 0,34% Suplente
45606 Emilia Porto de Miranda PSDB 109 0,33% Suplente
45624 Severino Lopes Rodrigues PSDB 107 0,33% Suplente
40628 Reginaldo Gomes de Melo PSB 103 0,31% Suplente
Cristovão Malaquias de
14655 PTB 101 0,31% Suplente
Araujo
40633 Luiz de Souza Pontes PSB 100 0,31% Suplente
22614 Mario Enedino da Costa PL 100 0,31% Suplente
12601 Rozendo PDT 99 0,3% Suplente
Carlos Antonio do
25650 PFL 98 0,3% Suplente
Nascimento
14641 J Roberto PTB 98 0,3% Suplente
14636 Ricardo Elias Bezerra PTB 96 0,29% Suplente
15618 Otavio Batista do Nascimento PMDB 94 0,29% Suplente
15670 Jailton Souza PMDB 94 0,29% Suplente
45670 João Quirino de Santana PSDB 93 0,28% Suplente
14635 Rivaldo Antonio de Oliveira PTB 92 0,28% Suplente
45627 José Estelio da Silva PSDB 91 0,28% Suplente
Everaldo José de Medeiros
25660 PFL 91 0,28% Suplente
Cantalice
45621 João Paulo dos Santos PSDB 90 0,27% Suplente
263
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
25608 Wilder Pereira de Lima PFL 90 0,27% Suplente
45614 Ramisso da Silva Brito PSDB 90 0,27% Suplente
40632 Cabo Sildo PSB 89 0,27% Suplente
45605 Carlos Antonio de Lima PSDB 88 0,27% Suplente
Marcos Antonio de Oliveira
15620 PMDB 88 0,27% Suplente
Estrela
15616 Gilvan Lopes PMDB 88 0,27% Suplente
15602 Paulo Luiz da Silva PMDB 87 0,27% Suplente
15619 Oziel Felicio de Lima PMDB 86 0,26% Suplente
15606 Antonio Barbosa Sobrinho PMDB 85 0,26% Suplente
12602 Luiz Firmino de Carvalho PDT 85 0,26% Suplente
45660 Tarcísio PSDB 85 0,26% Suplente
Maria de Lourdes da Cunha
15636 PMDB 84 0,26% Suplente
Oliveira
65655 Moura PC DO B 84 0,26% Suplente
14647 João Batista dos Santos PTB 82 0,25% Suplente
14619 Jurandi Mendonca PTB 82 0,25% Suplente
13607 Josias da Silva Ferreira PT 82 0,25% Suplente
15608 Francisco das Chagas Silva PMDB 82 0,25% Suplente
22611 Joséfa Amancio da Silva PL 81 0,25% Suplente
22608 Neco da Prestação PL 81 0,25% Suplente
15688 Maria Madalena dos Anjos PMDB 81 0,25% Suplente
40601 Telmo PSB 80 0,24% Suplente
José Humberto Bastos da
45613 PSDB 78 0,24% Suplente
Silva
22630 Genival Marinho de Oliveira PL 77 0,23% Suplente
45626 João Pedro da Silva PSDB 75 0,23% Suplente
22615 Marivaldo Belisio Cavalcante PL 75 0,23% Suplente
40655 José Bezerra Ramos PSB 73 0,22% Suplente
15613 Manuel Pereira de Santana PMDB 72 0,22% Suplente
40641 Carlos Gilberto Palmeira PSB 71 0,22% Suplente
25607 Edvaldo Viana da Cunha PFL 70 0,21% Suplente
22624 Professor Alfredo PL 70 0,21% Suplente
15644 Ivo Pedro da Silva PMDB 70 0,21% Suplente
14604 Gilson Francisco de Oliveira PTB 69 0,21% Suplente
264
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Francisco Clemente dos
45676 PSDB 68 0,21% Suplente
Santos
25606 Manoel Rufino PFL 66 0,2% Suplente
52602 José Elias Pereira PST 66 0,2% Suplente
15625 José Salvador Alves PMDB 64 0,2% Suplente
15660 Josélito Bandeira Vicente PMDB 64 0,2% Suplente
23610 Paulo Luis da Silva PPS 63 0,19% Suplente
12606 Edson Oliveira PDT 62 0,19% Suplente
14621 José Victor de Abreu PTB 62 0,19% Suplente
40614 José João da Silva PSB 62 0,19% Suplente
14643 Pedro Ferreira Nunes Filho PTB 61 0,19% Suplente
40605 Severino Cesario Claudio PSB 61 0,19% Suplente
45603 Francisco Alexandre Nunes PSDB 59 0,18% Suplente
45635 Giusepe Antonio da Silva PSDB 56 0,17% Suplente
40651 José Alves Feitosa PSB 56 0,17% Suplente
40630 Chagas Taxista PSB 55 0,17% Suplente
13613 Antonio Isidio da Silva PT 54 0,16% Suplente
Severino Leôncio Nascimento
13612 PT 54 0,16% Suplente
Sobrinho
14625 Linaldo José Felix da Silva PTB 54 0,16% Suplente
Carlos Antônio de Morais
25605 PFL 54 0,16% Suplente
Santana
15695 João Pedro Pereira Filho PMDB 53 0,16% Suplente
45650 Genival Neves de Lima PSDB 53 0,16% Suplente
22606 Bartolomeu Lins PL 52 0,16% Suplente
14612 Severino Pereira da Silva PTB 52 0,16% Suplente
45604 Severina Oliveira PSDB 51 0,16% Suplente
15661 José Laurindo da Silva PMDB 51 0,16% Suplente
40606 Valdir Solano de Melo Lira PSB 51 0,16% Suplente
40656 Leonardo PSB 51 0,16% Suplente
45607 Pedro Vicente de Lima PSDB 51 0,16% Suplente
14650 João Ancelmo de Lira PTB 50 0,15% Suplente
15680 José Anizio Pessoa PMDB 49 0,15% Suplente
14653 José Gomes da Silva PTB 49 0,15% Suplente
13633 Luiz Severino da Silva PT 49 0,15% Suplente
265
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
45622 Dario Claudino PSDB 48 0,15% Suplente
14615 Severino Farias de Franca PTB 47 0,14% Suplente
15624 Zé Gotinha PMDB 47 0,14% Suplente
25602 Antonio Sabino de Souza PFL 46 0,14% Suplente
45687 Moacir Dantas da Cunha PSDB 45 0,14% Suplente
45630 Djares Alves PSDB 45 0,14% Suplente
22640 Antônio da Sucata PL 44 0,13% Suplente
José de Arimateia Alves de
25615 PFL 44 0,13% Suplente
Santana
40602 Heraldo Gadelha PSB 42 0,13% Suplente
14606 Antonio Fernandes Coutinho PTB 40 0,12% Suplente
Severino Alexandre do
14638 PTB 38 0,12% Suplente
Nascimento
15640 José Adelino Barbosa PMDB 38 0,12% Suplente
15643 Antonio da Silva PMDB 37 0,11% Suplente
13620 José Ramos de Souza PT 37 0,11% Suplente
14608 Maviael dos Santos Rozendo PTB 37 0,11% Suplente
13615 Antonio Tavares da Silva PT 37 0,11% Suplente
22620 Jeova Cabral Oliveira PL 36 0,11% Suplente
12612 José Francisco Filho PDT 35 0,11% Suplente
40647 Luciano PSB 35 0,11% Suplente
40666 José Hermogenes da Silva PSB 35 0,11% Suplente
14632 Geruza Alves Valentin PTB 34 0,1% Suplente
25616 Noberto Coelho de Araujo PFL 33 0,1% Suplente
Manoel Dorian da Costa
22610 PL 33 0,1% Suplente
Oliveira
Maria Veronica Maciel
25601 PFL 33 0,1% Suplente
Coutinho
14646 Edson Adalberto Cunha PTB 32 0,1% Suplente
14605 Ranulfo Rufino Ferreira PTB 32 0,1% Suplente
Gilvan Barbosa de
14611 PTB 31 0,09% Suplente
Vasconcelos
Marcos Antonio Gomes de
12610 PDT 31 0,09% Suplente
Melo
14617 José de Oliveira Rodrigues PTB 30 0,09% Suplente
14654 Severino Luciano da Costa PTB 30 0,09% Suplente
266
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
22601 Antonio da Silva Teixeira PL 30 0,09% Suplente
12620 Paulo Antonio da Silva PDT 30 0,09% Suplente
45631 José Soares da Silva PSDB 30 0,09% Suplente
15635 Manoel Adelino da Silva PMDB 29 0,09% Suplente
Hugo Faustino do
22609 PL 29 0,09% Suplente
Nascimento
25666 Luiz Carlos de Oliveira PFL 29 0,09% Suplente
14642 Galego do Relógio PTB 29 0,09% Suplente
40640 José Severino da Silva PSB 29 0,09% Suplente
Maria do Carmo Magalhaes
45618 PSDB 29 0,09% Suplente
Chaves
25630 Expedito PFL 28 0,09% Suplente
40692 Edmilson da Silva PSB 28 0,09% Suplente
13666 Vanderley Gomes PT 28 0,09% Suplente
40660 Francisco Cirilo dos Santos PSB 28 0,09% Suplente
Antonio Marcelo Dantas de
45666 PSDB 28 0,09% Suplente
Oliveira
14607 Josaura Mauricio Holmes PTB 28 0,09% Suplente
Lucimar Francisco do
22650 PL 27 0,08% Suplente
Nascimento
15633 Carlos Alberto da Silva PMDB 27 0,08% Suplente
14623 Severino Ferreira dos Ramos PTB 26 0,08% Suplente
Severino do Ramo Santos
40657 PSB 26 0,08% Suplente
Silva
45616 Edmilson Soares da Silva PSDB 26 0,08% Suplente
28610 Vanderley Borges de Aquino PTR 25 0,08% Suplente
40609 José Batista da Silva Filho PSB 25 0,08% Suplente
Uberlandio Galdino dos
40671 PSB 25 0,08% Suplente
Santos
Argemiro Marques da Silva
40670 PSB 24 0,07% Suplente
Filho
40644 Celso Cassimiro da Silva PSB 24 0,07% Suplente
40620 José Luiz Barbosa PSB 24 0,07% Suplente
40683 José Maria da Silva Filho PSB 23 0,07% Suplente
13670 Severino Deolindo da Silva PT 23 0,07% Suplente
14602 Maria Laura da Silva PTB 23 0,07% Suplente
267
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Edson Martins do
40616 PSB 22 0,07% Suplente
Nascimento
45612 José Alves Salvador PSDB 21 0,06% Suplente
15612 João Francisco de Lima Neto PMDB 21 0,06% Suplente
15651 Eduardo Rafael Duarte PMDB 20 0,06% Suplente
14649 José Vicente da Silva PTB 19 0,06% Suplente
14603 Antonio Rodrigues da Silva PTB 19 0,06% Suplente
14657 Arionaldo Batista do Carmo PTB 18 0,05% Suplente
14651 Dorivaldo Chaves de Oliveira PTB 18 0,05% Suplente
Raimundo Arantes
13630 PT 18 0,05% Suplente
Magalhães
13671 Luis Pereira da Silva PT 17 0,05% Suplente
15657 Antonio da Silva Oliveira PMDB 16 0,05% Suplente
15664 Manoel Araujo de Santana PMDB 15 0,05% Suplente
José Bonifácio do
14630 PTB 15 0,05% Suplente
Nascimento
45644 José Elias Pessoa PSDB 15 0,05% Suplente
Aureliano Olegário da
14601 PTB 15 0,05% Suplente
Trindade
13606 Luiz Muniz de Lima PT 14 0,04% Suplente
40619 Francisco Elias da Silva PSB 14 0,04% Suplente
14634 Katia Maria Silveira PTB 14 0,04% Suplente
14609 Everaldo Oliveira da Silva PTB 14 0,04% Suplente
40649 Jancet Xavier Leite PSB 14 0,04% Suplente
14614 Nivaldo Marcelino da Silva PTB 13 0,04% Suplente
14639 Antonio Brito Izidio PTB 13 0,04% Suplente
14616 Alirio Virgulino da Nobrega PTB 13 0,04% Suplente
40610 Severino Freire dos Santos PSB 12 0,04% Suplente
22603 Elias Pereira de Lima PL 11 0,03% Suplente
15654 Antonio de Padua Soares PMDB 11 0,03% Suplente
40631 Valdeci dos Santos Souza PSB 11 0,03% Suplente
40603 Ivone Dias do Nascimento PSB 11 0,03% Suplente
40642 Moizes Manoel do Carmo PSB 11 0,03% Suplente
22644 Mario Plinio de Oliveira PL 10 0,03% Suplente
15663 Severino Antonio Francisco PMDB 10 0,03% Suplente
268
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
40680 Jacinto João da Silva PSB 9 0,03% Suplente
25609 Ariberto Pires da Silva PFL 9 0,03% Suplente
40624 Rosa Maria de Andrade PSB 8 0,02% Suplente
52601 Antônio Dantas PST 7 0,02% Suplente
Carlos Roberto Henriques
40617 PSB 6 0,02% Suplente
Benedito
40677 Rafael Avelino Soares PSB 6 0,02% Suplente
14626 José Fidelis de Lima PTB 4 0,01% Suplente
Maria Nilda Magalhaes
40694 PSB 2 0,01% Suplente
Gadelha
40613 Severino Firmino de Carvalho PSB 2 0,01% Suplente
40607 Sebastião da Silva PSB 2 0,01% Suplente
45654 José João de Albuquerque PSDB 1 0% Suplente
40604 Antonio Freire Bastos PSB 1 0% Suplente
23612 Antonio Luiz de Santana PPS 0 0% Suplente
40688 Everaldo Euclides Pereira PSB 0 0% Suplente
Votos brancos 5.356
Votos nulos 3.725
Total apurado 41.849
Eleitorado 52.742
Abstenção 10.893 20,65%
Fonte: T R E / PB – Eleição Vereador – Santa Rita/1992.
Legenda:
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PTR - Partido Trabalhista Renovador
PFL - Partido da Frente Liberal
PL - Partido Liberal
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PC DO B - Partido Comunista do Brasil
PPS - Partido Popular Socialista
PST - Partido Social Trabalhista
PT - Partido dos Trabalhadores
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PSB - Partido Socialista Brasileiro
269
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
do eleitorado municipal de Santa Rita. A soma dos votos em brancos, mais os votos nulos,
mais abstenção, totalizam 19.974 votos jogados fora pelo eleitorado que não acreditou na
mensagem de campanha dos candidatos para vereador naquele pleito, apesar das mais
variadas opções apresentadas, do cortador de cana de açúcar ao portador de titulo
universitário. Isso representa indeferença do presente sem visão de futuro e ou de saída
para os velhos problemas municipais da população envolvida e sempre esquecida por seus
representantes do passado. É o tipo do eleitorado gato escaldado.
O TRE/PB (1992), informa que aconteceu o segundo turno nas eleições municipais
de 1992, apenas no município de João Pessoa, cuja eleição aconteceu em 15 de novembro
de 1992, entre os dois candidatos mais votados no primeiro turno realizado em 3 de
outubro de 1992, sendo eleito Francisco Xaviera Moneiro da Franca (PDT) que obteve
102.878 votos, equivalente a 58,91% dos votos válidos, em desfavor de Francisco Lopes
Silva (PT), que obteve 71.750 votos, correspondente a 41,09% dos votos válidos.
Observamos que foram verificados: 26.370 votos nulos; 2.599 votos brancos; e 44.754
abstenções (18,02% dos votos válidos). Apenas por curiosidade, podemos registrar de que
a soma dos votos brancos, nulos e abstenções verificados em 1992 no principal colégio
eleitoral do Estado da Paraíba, totalizam 73.723 votos, portanto, maior do que a votação
do candidato Francisco Lopes Silva (PT).
O sistema eleitoral nacional, via o regime democrático de direito fez realizar em 3 de
outubro de 1994, eleições para presidente, vice presidente, senador, governador, vice
governador, deputado federal e deputado estadual, em todas as unidades da federação,
dentre as quais a Paraíba e seus municípios. Segue transcrição do resultado final do
primeiro turno para presidente e vice da república em 1994:
Cargo: Presidente
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Fernando Henriq
45 Vice Presidente: Marco PTB / PSDB / PFL 761.876 63,05% Eleito
Antonio de Oliveira Maciel
Lula
PV / PPS / PSTU / PT
13 Vice Presidente: Aloizio 311.142 25,75% Nao Eleito
/ PSB
Mercadante Oliva
Orestes Quercia
15 Vice Presidente: Iris de PSD / PMDB 56.408 4,67% Nao Eleito
Araujo Rezende Machado
Eneas
56 Vice Presidente: Roberto PRONA 44.088 3,65% Nao Eleito
Gama e Silva
Brizola
12 Vice Presidente: Darcy PDT 15.985 1,32% Nao Eleito
Ribeiro
Esperidiao Amin
11 Vice Presidente: Maria PPR 8.285 0,69% Nao Eleito
Gardenia Santos Ribeiro
270
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Presidente
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Goncalves
Carlos Gomes
36 Vice Presidente: Dilton Carlos PRN 6.883 0,57% Nao Eleito
Salomoni
Hernani Fortuna
20 Vice Presidente: Vitor Jorge PSC 3.741 0,31% Nao Eleito
Abdala Nosseis
Votos brancos 219.564
Votos nulos 191.677
Total apurado 1.619.649
Eleitorado 2.092.389
Abstenção 472.740 22,59%
Fonte: T RE /PB – 1º Turno Presidente e Vice da República/1994.
Legenda:
PSC - Partido Social Cristao
PV - Partido Verde
PSD - Partido Social Democrático
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PRONA - Partido da Reedificação da Ordem Nacional
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PPS - Partido Popular Socialista
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
PT - Partido dos Trabalhadores
PPR - Partido Progressista Reformador
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PRN - Partido da Reconstrução Nacional
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PFL - Partido da Frente Liberal
Cargo: Governador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Mariz PSD / PPS / PP / PPR
151 Vice Governador: José / PSDB / PRP / PSC / 525.396 46,59% 2o. Turno
Targino Maranhão PMDB
121 Lucia Braga PRN / PFL / PTB / PL 489.066 43,37% 2o. Turno
271
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Governador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Vice Governador: Evaldo / PDT
Goncalves de Queiroz
Avenzoar
PC DO B / PT / PSB /
131 Vice Governador: Antonio 73.989 6,56% Nao Eleito
PSTU / PV
Cariri do Nascimento
Chico PSD / PPS / PP / PPR
111 Vice Governador: Salomao / PSDB / PRP / PSC / 24.541 2,18% Nao Eleito
Benevides Gadelha PMDB
Djacy Lima
331 Vice Governador: Paulo Celso PMN 14.611 1,3% Nao Eleito
do Valle Filho
Votos brancos 357.027
Votos nulos 135.019
Total apurado 1.619.649
Eleitorado 2.092.389
Abstenção 472.740 22,59%
Fonte: TRE/PB – 1º Turno – Governador e Vice Governador/1994.
Legenda:
PC DO B - Partido Comunista do Brasil
PSD - Partido Social Democrático
PRN - Partido da Reconstrução Nacional
PT - Partido dos Trabalhadores
PPR - Partido Progressista Reformador
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PFL - Partido da Frente Liberal
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PPS - Partido Popular Socialista
PP - Partido Progressista
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PRP - Partido Republicano Progressista
PV - Partido Verde
PSC - Partido Social Cristao
PL - Partido Liberal
272
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Governador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Mariz PSC / PSDB / PSD /
151 Vice Governador: José Targino PP / PPS / PMDB / 781.349 58,3% Eleito
Maranhão PRP
Lucia Braga
PTB / PFL / PL / PDT
121 Vice Governador: Evaldo 558.987 41,7% Nao Eleito
/ PRN
Goncalves de Queiroz
Votos nulos 137.249
Votos brancos 18.536
Total apurado 1.496.121
Eleitorado 2.092.389
Abstenção 596.268 28,5%
Fonte: TRE/PB – 2º Turno – Governador e Vice Governador/1994.
Legenda:
PSC - Partido Social Cristao
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PL - Partido Liberal
PFL - Partido da Frente Liberal
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PSD - Partido Social Democrático
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PPS - Partido Popular Socialista
PP - Partido Progressista
PRN - Partido da Reconstrução Nacional
PRP - Partido Republicano Progressista
273
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
acerca da saída”, citado por Szondi (2004, p. 59), onde o povo representou a sua
sobrevivência na vida pública diante de tal caso ex-vi o resultado final daquele pleito:
Cargo: Senador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Ronaldo C Lima
Suplente de Senador: Jose PPS / PP / PRP / PSC
153 Carlos da Silva Junior / PMDB / PSDB / PSD 517.833 26,84% Eleito
Suplente de Senador: / PPR
Roberto Cavalcanti Ribeiro
Humberto Lucena
Suplente de Senador: Jose PPS / PP / PRP / PSC
152 Wellington Roberto / PMDB / PSDB / PSD 415.900 21,56% Eleito
Suplente de Senador: Renato / PPR
Moura da Cunha Lima
Raimundo Lira
Suplente de Senador:
Francisco Dantas Lira PDT / PFL / PRN / PL
252 381.186 19,76% Nao Eleito
Suplente de Senador: / PTB
Roberto D' Horn Moreira
Monteiro da Franca
Joao Agripino
Suplente de Senador: Manuel
PDT / PFL / PRN / PL
253 Alceu Gaudencio 319.095 16,54% Nao Eleito
/ PTB
Suplente de Senador: Romeu
Goncalves de Abrantes
Joaquim Neto
Suplente de Senador:
PSB / PSTU / PT / PC
132 Albenor Nunes de Carvalho 135.834 7,04% Nao Eleito
DO B / PV
Suplente de Senador: Edilson
Dias Fernandes
Francis
Suplente de Senador: Jader
PSB / PSTU / PT / PC
653 de Paiva Costa 65.972 3,42% Nao Eleito
DO B / PV
Suplente de Senador: Jose de
Arimateia Pereira da Silva
Joao Bosco Melo
Suplente de Senador:
Marcelo Cavalcanti Silva
332 PMN 47.471 2,46% Nao Eleito
Suplente de Senador:
Antonio Ernesto Almeida da
Costa
Joao Nunes
333 PMN 45.898 2,38% Nao Eleito
Suplente de Senador: Jose
274
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Senador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Mario Souto Batista
Suplente de Senador: Flavio
Bonner Filho
Votos brancos 905.051
Votos nulos 405.058
Total apurado 3.239.298
Eleitorado 2.092.389
Abstenção 472.740 22,59%
Fonte: T R E / PB – Eleição para senador/1994.
Legenda:
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PP - Partido Progressista
PRN - Partido da Reconstrução Nacional
PC DO B - Partido Comunista do Brasil
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PPS - Partido Popular Socialista
PRP - Partido Republicano Progressista
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PT - Partido dos Trabalhadores
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
PSC - Partido Social Cristao
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PFL - Partido da Frente Liberal
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PSD - Partido Social Democrático
PL - Partido Liberal
PPR - Partido Progressista Reformador
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PV - Partido Verde
275
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
276
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
277
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
278
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Legenda:
PT - Partido dos Trabalhadores
PC DO B - Partido Comunista do Brasil
PRN - Partido da Reconstrução Nacional
PRP - Partido Republicano Progressista
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PPR - Partido Progressista Reformador
PPS - Partido Popular Socialista
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PFL - Partido da Frente Liberal
PSC - Partido Social Cristão
PP - Partido Progressista
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PV - Partido Verde
PSD - Partido Social Democrático
279
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
A curiosidade do pleito para deputado federal na Paraíba em 1994, ficou por conta
do candidato Heraldo da Costa Gadelha, homem íntegro, ex-vereador, ex-deputado
estadual, ex-prefeito e advogado dos pobres na região de Santa Rita, que só obteve 747
(setecentos e quarenta e sete) votos, correspondente a 0,08% dos votos válidos. O
eleitorado foi mais generoso com o ex-prefeito Marcus Odilon Ribeiro Coutinho, que obteve
3,5% (três, vírgula cinco por cento) dos votos válidos e ficou como suplente e não assumiu
um dia se quer como deputado federal.
O comparecimento livre dos eleitores em 1994 para deputado estadual na Paraíba,
não causou grandes surpresas, foi praticamente mantida a hegemonia em termos de
representação popular das antigas oligarquias, diante dos seguintes resultados:
280
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
281
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
282
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
283
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
284
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
285
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
286
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
287
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
288
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
289
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Legenda:
PRN - Partido da Reconstrução Nacional
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PSC - Partido Social Cristao
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PPS - Partido Popular Socialista
PV - Partido Verde
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
PC DO B - Partido Comunista do Brasil
PFL - Partido da Frente Liberal
Santa Rita só teve Estefania Maroja, esposa do ex-prefeito Severino Maroja, como
candidata da terra a deputada estadual em 1994, a qual obteve apenas 1,3% (um vírgula
três por cento) dos votos válidos na Paraíba, segundo o TRE/PB(1994), cujo resultado fez
Santa Rita ficar sem representação na Casa de Epitácio Pessoa por mais quatro anos.
Em 03 de outubro de 1996, aconteceu pela primeira vez na Paraíba o uso do sistema
de votação através de urnas eletrônicas em todos os municípios paraibanos, dentre os
quais Santa Rita, que teve o seguinte resultado para prefeito e vice prefeito:
Cargo: Prefeito
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
15 Maroja PMDB 16.432 41,89% Eleito
290
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Prefeito
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Vice Prefeito: José Lins de
Albuqueruqe
Aldo Marinho Pontes
25 Vice Prefeito: Misael Eustaquio PFL 11.749 29,95% Não Eleito
Mendes de Lucena
Ana Lucia de Almeida Ribeiro
Coutinho
14 PTB 7.596 19,36% Não Eleito
Vice Prefeito: Angela Uchoa
Vilhena
Laércio Romão
40 Vice Prefeito: Severino Leôncio PSB 1.599 4,08% Não Eleito
Nascimento Sobrinho
José Luiz da Silva Filho
45 Vice Prefeito: Antônio Elias PSDB 1.214 3,09% Não Eleito
Pessoa Filho
Ceslau Gadelha
23 Vice Prefeito: Ovidio Raimundo PPS 637 1,62% Não Eleito
dos Santos
Votos nulos 5.521
Votos brancos 2.313
Total apurado 47.061
Eleitorado 60.156
Abstenção 13.095 21,77%
Fonte: TRE/PB – Eleição de Prefeito de Santa Rita/1996.
Legenda:
PPS - PARTIDO POPULAR SOCIALISTA
PFL - PARTIDO DA FRENTE LIBERAL
PSB - PARTIDO SOCIALISTA BRASILEIRO
PMDB - PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRATICO BRASILEIRO
PSDB - PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA
PTB - PARTIDO TRABALHISTA BRASILEIRO
O resultado final do pleito não trouxe nada de novo, a oligarquia do açúcar elegeu o
prefeito Severino Maroja, pela segunda vez prefeito de Santa Rita.
A representação popular para legislar, segundo os resultados das eleições à Câmara
Municipal com o uso das urnas eletrônicas em 1996 ficou assim constituída:
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
291
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
45614 Pinto PSDB 1.338 3,57% Eleito
25666 Reginaldo PFL 1.142 3,05% Eleito
45677 Zero Á PSDB 969 2,59% Eleito
45678 Dorivaldo Pereira PSDB 903 2,41% Eleito
25670 Lala PFL 894 2,39% Eleito
45666 Pantinha PSDB 853 2,28% Eleito
15666 Cicinha PMDB 752 2,01% Eleito
25611 Moza PFL 737 1,97% Eleito
45620 Valter Filgueira de Sena PSDB 646 1,72% Eleito
25640 Arturo Martins Fernandes PFL 640 1,71% Eleito
25622 Assis de Olavo PFL 634 1,69% Eleito
45650 Creuza Maria da Silva PSDB 634 1,69% Suplente
45602 Aguinaldo PSDB 617 1,65% Suplente
25608 Gustavo Montenegro Pontes PFL 597 1,59% Suplente
25626 Vicencia PFL 585 1,56% Suplente
45670 Clóvis Alves PSDB 581 1,55% Suplente
40633 Bernardino PSB 552 1,47% Eleito
15680 Anesio Miranda PMDB 536 1,43% Eleito
22653 Jonas Fotografo PL 534 1,43% Eleito
15611 Pereira da Saelpa PMDB 522 1,39% Eleito
14633 Toinzinho da Prestação PTB 454 1,21% Eleito
14606 Max PTB 450 1,2% Eleito
13610 Cabo Sildo PT 434 1,16% Eleito
15622 Joca Pessoa PMDB 417 1,11% Suplente
45640 Tiba da Cagepa PSDB 411 1,1% Suplente
15612 Antoniel PMDB 406 1,08% Suplente
25613 Ronaldo de Chiu PFL 401 1,07% Suplente
15644 Valdecir Lucindo de Souza PMDB 400 1,07% Suplente
14620 Kil PTB 399 1,07% Eleito
13613 Zé Santana PT 399 1,07% Suplente
14655 Pedro Matias PTB 397 1,06% Suplente
22623 Manoel Motorista PL 397 1,06% Suplente
25625 Morais PFL 378 1,01% Suplente
23611 Nilton Lins de Vasconcelos PPS 374 1% Não Eleito
292
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
25630 João Polodoro PFL 373 1% Suplente
12608 José Severiano de Souza PDT 367 0,98% Não Eleito
14607 Luciano Dionisio PTB 366 0,98% Suplente
15681 Fernando Martins PMDB 363 0,97% Suplente
25680 Joaquim Dias PFL 359 0,96% Suplente
15633 Jailton Souza PMDB 357 0,95% Suplente
15610 Alberto Sérgio PMDB 337 0,9% Suplente
40611 Wilmar Cicero de Oliveira PSB 331 0,88% Suplente
45648 Caje PSDB 323 0,86% Suplente
45623 Mario Rodrigues da Silva PSDB 308 0,82% Suplente
23610 Edvaldo Severiano de Lima PPS 306 0,82% Não Eleito
25678 Gilvanildo Felix de Araujo PFL 303 0,81% Suplente
14602 Cassiano Alvino da Costa PTB 297 0,79% Suplente
25623 Juvenaldo Cavalcante Costa PFL 292 0,78% Suplente
14608 Penha Costa PTB 283 0,76% Suplente
12613 Calango PDT 279 0,74% Não Eleito
José João de Albuquerque
45611 PSDB 272 0,73% Suplente
Chaves
22611 Elson Amorim de Araujo PL 268 0,72% Suplente
13601 Professor Vamberto PT 255 0,68% Suplente
23613 Moura PPS 255 0,68% Não Eleito
22613 Joao Miguel PL 254 0,68% Suplente
Janete Bernardo Carneiro da
14614 PTB 245 0,65% Suplente
Silva
Gizelia Maria de Andrade
14611 PTB 243 0,65% Suplente
Costa Inácio
14619 Ze Lopes PTB 242 0,65% Suplente
Otavio Batista do Nacimento
45618 PSDB 241 0,64% Suplente
Neto
15615 Marly Lacerda Di Paci PMDB 232 0,62% Suplente
45601 Jose Nicacio PSDB 225 0,6% Suplente
45610 Marlene Lima Cavalcante PSDB 224 0,6% Suplente
15601 Sargento Jair PMDB 210 0,56% Suplente
25650 Arruda PFL 209 0,56% Suplente
15650 Alfredo Mariano PMDB 209 0,56% Suplente
293
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Manoel Adilson Fernandes
14613 PTB 208 0,56% Suplente
Coutinho
Adilson Francisco Bengala
14610 PTB 206 0,55% Suplente
dos Santos
22622 Daniel PL 190 0,51% Suplente
14622 Wanderly Farias de Sousa PTB 187 0,5% Suplente
22610 Celio Rufino PL 180 0,48% Suplente
13606 Joséfa Pereira Dias PT 180 0,48% Suplente
15630 Luiz Manoel PMDB 179 0,48% Suplente
15613 Antônio Marcelino Carneiro PMDB 176 0,47% Suplente
14616 Marinésio Silva PTB 168 0,45% Suplente
14605 Gileno PTB 158 0,42% Suplente
Maria Bernadete Benicio de
45604 PSDB 158 0,42% Suplente
Oliveira
12620 Ivan de Souza Dias PDT 154 0,41% Não Eleito
40601 Telmo PSB 150 0,4% Suplente
14604 Manoel Tabaiana PTB 146 0,39% Suplente
45615 Pedro Mendes PSDB 144 0,38% Suplente
12650 Celso Gomes PDT 144 0,38% Não Eleito
14629 Marlene Viana Pereira PTB 141 0,38% Suplente
22605 Adalberto PL 135 0,36% Suplente
12618 Biu PDT 126 0,34% Não Eleito
Margarida Maria Cunha
15605 PMDB 121 0,32% Suplente
Farias
15620 Barbosa PMDB 120 0,32% Suplente
12601 Rozendo PDT 119 0,32% Não Eleito
José de Alencar do Carmo
12640 PDT 118 0,32% Não Eleito
Silva
14618 J Roberto PTB 117 0,31% Suplente
Severino do Ramo Gonzaga
15658 PMDB 116 0,31% Suplente
de Araujo
23604 Cleonice Fonseca de Paiva PPS 113 0,3% Não Eleito
14623 Roberval PTB 113 0,3% Suplente
40612 Nilton PSB 109 0,29% Suplente
45621 João Paulo dos Santos PSDB 109 0,29% Suplente
40640 João Sirvano de Oliveira Neto PSB 109 0,29% Suplente
294
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
45645 Amauri José da Silva PSDB 108 0,29% Suplente
14617 Marcílio Araújo PTB 107 0,29% Suplente
22666 Tarcisio Soares da Silva Filho PL 104 0,28% Suplente
15616 Gilvan Lopes PMDB 101 0,27% Suplente
22604 Severina Oliveira PL 101 0,27% Suplente
Berenice Taveira do
23606 PPS 100 0,27% Não Eleito
Nascimento Nunes
22624 Professor Alfredo PL 98 0,26% Suplente
15667 Nunes PMDB 98 0,26% Suplente
23602 José Bento Pereira PPS 97 0,26% Não Eleito
25621 Rivaldo Jordão da Silva PFL 97 0,26% Suplente
40610 José Luiz PSB 96 0,26% Suplente
23605 Robson de Morais Bezerra PPS 96 0,26% Não Eleito
22601 Ademar Clemente dos Santos PL 92 0,25% Suplente
15608 Francisco das Chagas Silva PMDB 90 0,24% Suplente
40660 Jerônimo PSB 86 0,23% Suplente
23607 Pedro Pereira da Silva Neto PPS 81 0,22% Não Eleito
Pedro Francisco do
40617 PSB 78 0,21% Suplente
Nascimento
23612 Paulo Luiz da Silva PPS 77 0,21% Não Eleito
Francisco Joelson de Souza
22630 PL 74 0,2% Suplente
Lima
José de Arimatea Alves de
25615 PFL 73 0,19% Suplente
Santana
22602 Chagas Taxista PL 73 0,19% Suplente
22606 Joséfa Amancio da Silva PL 73 0,19% Suplente
40614 José João da Silva PSB 72 0,19% Suplente
Marcos Antônio Ferreira
22626 PL 71 0,19% Suplente
Nunes
15678 Wilde Pereira de Lima PMDB 71 0,19% Suplente
José Hermogenes da Silva
23608 PPS 70 0,19% Não Eleito
Junior
14609 Galego do Relógio PTB 66 0,18% Suplente
40665 Naldinho PSB 62 0,17% Suplente
Manoel Antônio do
40655 PSB 58 0,15% Suplente
Nascimento
295
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
12633 Renan PDT 57 0,15% Não Eleito
13611 Francisquinha PT 56 0,15% Suplente
12612 José Francisco Filho PDT 54 0,14% Não Eleito
25620 Irmã Zezé PFL 54 0,14% Suplente
14601 Maria dos Anjos Oliveira PTB 53 0,14% Suplente
Francisco de Assis Matias da
40615 PSB 51 0,14% Suplente
Silva
Aluizio Ricardo Paiva de
12615 PDT 51 0,14% Não Eleito
Oliveira
25609 Medeiros PFL 48 0,13% Suplente
40666 Luzilda Gomes de Lima PSB 45 0,12% Suplente
22618 Ednildo Santana da Silva PL 45 0,12% Suplente
45619 Leandro PSDB 42 0,11% Suplente
25660 Everaldo Araujo Barros PFL 36 0,1% Suplente
Sandro Cavalcante do
12627 PDT 35 0,09% Não Eleito
Nascimento
22609 Severino Ramos Soares Filho PL 33 0,09% Suplente
Manoel Rodrigues de
23601 PPS 33 0,09% Não Eleito
Almeida
22615 Bartolomeu Lins PL 29 0,08% Suplente
65660 Manoel Pedro de Farias PC DO B 26 0,07% Suplente
22608 Maria Socorro Cabral Oliveira PL 22 0,06% Suplente
45605 Herotildes Pereira de Castro PSDB 21 0,06% Suplente
Maria Aparecida de Carvalho
12606 PDT 20 0,05% Não Eleito
Silva
22620 Severino Lopes Rodrigues PL 17 0,05% Suplente
12611 Expedito PDT 16 0,04% Não Eleito
40669 Dunga PSB 16 0,04% Suplente
11611 Antônio Dantas PPB 14 0,04% Não Eleito
22657 Luiz da Silva Nascimento PL 13 0,03% Suplente
40602 Heraldo Gadelha PSB 12 0,03% Suplente
11614 João Moura da Silva PPB 12 0,03% Não Eleito
11615 José Antônio Reis PPB 12 0,03% Não Eleito
11613 Adriana Gonçalves Ferreira PPB 10 0,03% Não Eleito
12610 Marconi Rodrigues da Silva PDT 10 0,03% Não Eleito
296
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Maria Nazareth Magalhaes
40620 PSB 4 0,01% Suplente
Gadelha
Antônio Figueiredo de
11680 PPB 2 0,01% Não Eleito
Oliveira
45654 José Elias Pessoa PSDB 2 0,01% Suplente
12624 Gilnaldo Lima da Silva PDT 2 0,01% Não Eleito
Legenda do PTB 86 0,23%
Legenda do PMDB 76 0,2%
Legenda do PFL 69 0,18%
Legenda do PSDB 61 0,16%
Legenda do PT 31 0,08%
Legenda do PL 30 0,08%
Legenda do PDT 26 0,07%
Legenda do PSB 20 0,05%
Legenda do PPS 20 0,05%
Legenda do PPB 6 0,02%
Legenda do PC DO B 4 0,01%
Votos brancos 6.998
Votos nulos 2.606
Total apurado 47.061
Eleitorado 60.156
Abstenção 13.095 21,77%
Fonte: TER/PB – Eleição – Vereador – Santa Rita/1996.
Legenda:
PL - PARTIDO LIBERAL
PT - PARTIDO DOS TRABALHADORES
PTB - PARTIDO TRABALHISTA BRASILEIRO
PMDB - PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRATICO BRASILEIRO
PC DO B - PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL
PPS - PARTIDO POPULAR SOCIALISTA
PDT - PARTIDO DEMOCRATICO TRABALHISTA
PPB - PARTIDO PROGRESSISTA BRASILEIRO
PSB - PARTIDO SOCIALISTA BRASILEIRO
PFL - PARTIDO DA FRENTE LIBERAL
PSDB - PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA
297
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Presidente
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Fernando Henrique
45 Vice Presidente: Marco PSDB 541.067 45,26% Eleito
Antonio de Oliveira Maciel
Lula
13 Vice Presidente: Leonel de PT 402.293 33,65% Não Eleito
Moura Brizola
Ciro
23 Vice Presidente: Roberto PPS 191.878 16,05% Não Eleito
João Pereira Freire
Enéas
56 Vice Presidente: Irapuan PRONA 15.889 1,33% Não Eleito
Teixeira
Zé Maria
16 Vice Presidente: José Galvão PSTU 10.039 0,84% Não Eleito
de Lima
Sirkis
43 Vice Presidente: Carla PV 8.411 0,7% Não Eleito
Piranda Rabello
33 Brigadeiro Ivan Frota PMN 7.483 0,63% Não Eleito
298
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Presidente
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Vice Presidente: João Ferreira
da Silva
João de Deus Barbosa
70 PT DO B 5.363 0,45% Não Eleito
Vice Presidente: Nanci Pilar
Eymael
27 Vice Presidente: Josmar PSDC 4.309 0,36% Não Eleito
Oliveira Alderete
Vasco Neto
31 Vice Presidente: Alexandre PSN 3.663 0,31% Não Eleito
José Ferreira dos Santos
Thereza Ruiz
19 Vice Presidente: Eduardo PTN 2.885 0,24% Não Eleito
Gomes
Sérgio Bueno
20 Vice Presidente: Ronald PSC 2.200 0,18% Não Eleito
Abrahão Azaro
Votos nulos 258.592
Votos brancos 221.533
Total apurado 1.675.605
Eleitorado 2.223.259
Abstenção 547.654 24,63%
Fonte: TSE/TER/PB – Eleição/1º Turno/Presidente e Vice da República/1998.
Legenda:
PSC - Partido Social Cristao
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PRONA - Partido da Reedificação da Ordem Nacional
PPS - Partido Popular Socialista
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
PTN - Partido Trabalhista Nacional
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PV - Partido Verde
PT - Partido dos Trabalhadores
PSN - Partido da Solidariedade Nacional
PT DO B - Partido Trabalhista do Brasil
299
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Senador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Ney
1º Suplente Senador:
Robinson Koury Viana da
15 PMDB 455.359 41,64% Eleito
Silva
2º Suplente Senador: Maria
de Fátima Pinto de Sa Pires
Burity
1º Suplente Senador: Manoel
11 Gaudencio PPB 394.294 36,05% Não Eleito
2º Suplente Senador:
Marconi Goes Albuquerque
Cozete Barbosa
1º Suplente Senador:
13 Valtecio Brandão PT 216.006 19,75% Não Eleito
2º Suplente Senador: Albenor
Nunes de Carvalho
Marcio Porto
1º Suplente Senador: Aroldo
33 Alves da Silva PMN 11.267 1,03% Não Eleito
2º Suplente Senador: Alberto
Augusto Araujo Figueiredo
Jaime Carneiro
1º Suplente Senador: José
36 Antonio da Silva Filho PRN 9.489 0,87% Não Eleito
2º Suplente Senador: Cicero
Freire
Chico Asfora
1º Suplente Senador: Laudeci
17 PSL 7.237 0,66% Não Eleito
Barbosa Bezerra de Lima
2º Suplente Senador: Cabeto
Votos brancos 334.841
Votos nulos 247.112
Total apurado 1.675.605
Eleitorado 2.223.259
Abstenção 547.654 24,63%
Fonte: TSE/TRE/PB – Senador/1998.
Legenda:
PRN - Partido da Reconstrução Nacional
300
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
O grande perdedor da eleição para senador pela Paraíba em 1998, foi o ex-
governador Tarcisio Burity, que não conseguiu se eleger e foi sua última candidatura a
cargo majoritário.
A Paraíba em 04 de outubro de 1998 votou para governador e vice governador
assim:
Cargo: Governador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Ze Maranhão
15 Vice Governador: Roberto PMDB 877.852 80,72% Eleito
Paulino
Gilvan Freire
40 Vice Governador: Hamurabi PSB 175.234 16,11% Não Eleito
Duarte de Carvalho
Valadares
44 Vice Governador: Fernando PRP 14.090 1,3% Não Eleito
Vieira de Lima
Pastor Cesar
33 Vice Governador: Wellington PMN 11.095 1,02% Não Eleito
Cariri do Nascimento
Marcelino
16 Vice Governador: Antonio PSTU 9.244 0,85% Não Eleito
Ferreira Lima Neto
Votos brancos 374.347
Votos nulos 213.743
Total apurado 1.675.605
Eleitorado 2.223.259
Abstenção 547.654 24,63%
Fonte: TSE/TRE/PB – Governador/1998.
Legenda:
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
PRP - Partido Republicano Progressista
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PSB - Partido Socialista Brasileiro
301
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Em primeiro turno José Maranhão foi reeleito governador da Paraíba, era o auge do
“Zé, o mestre de obras”, cantado e decantado nos meios de comunicação e na boca do
povo no disse me disse, obteve 80,72% dos votos válidos para governador, além de ter
contribuído para eleger o até então desconhecido na política paraibana o senhor Ney
Suassuna.
O eleitorado em 1998 para deputado federal votou assim:
302
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
303
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Legenda:
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PFL - Partido da Frente Liberal
PRP - Partido Republicano Progressista
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PPB - Partido Progressista Brasileiro
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PRONA - Partido da Reedificação da Ordem Nacional
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PRN - Partido da Reconstrução Nacional
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
PC DO B - Partido Comunista do Brasil
PT - Partido dos Trabalhadores
304
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
E era assim a analogia que fazia entre sua pregação de homem público e o seu
querer fazer o bem sem olhar para quem em Santa Rita. Era o discurso de cuidar do
abandono da cidade e de seu povo, porém, o povo em sua maioria fazia ouvido de
marcador. Até mesmo, aqueles estudantes secundaristas e universitários, que não são
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310
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
311
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Legenda:
PCO - Partido da Causa Operária
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PRN - Partido da Reconstrução Nacional
PRP - Partido Republicano Progressista
PL - Partido Liberal
PFL - Partido da Frente Liberal
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PPB - Partido Progressista Brasileiro
PPS - Partido Popular Socialista
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
PT - Partido dos Trabalhadores
PSC - Partido Social Cristao
PSL - Partido Social Liberal
PST - Partido Social Trabalhista
PC DO B - Partido Comunista do Brasil
PV - Partido Verde
PRONA - Partido da Reedificação da Ordem Nacional
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
312
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Prefeito
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Maroja PSL / PSDC / PL /
15 Vice-prefeito: Jose Lins de PMDB / PRP / PSB / 24.144 50,97% Eleito
Albuquerque PTB
Reginaldo
25 Vice-prefeito: Creuza Maria da PFL / PSDB 20.727 43,75% Não Eleito
Silva
Ceslau Gadelha
23 Vice-prefeito: Severino PT / PPS 2.502 5,28% Não Eleito
Leôncio Nascimento Sobrinho
Votos nulos 5.173
Votos brancos 1.754
Total apurado 54.300
Eleitorado 65.732
Abstenção 11.432 17,39%
Fonte: TRE/PB – Prefeito-Santa Rita/2000.
Legenda:
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PSL - Partido Social Liberal
PFL - Partido da Frente Liberal
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PL - Partido Liberal
PT - Partido dos Trabalhadores
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PRP - Partido Republicano Progressista
PPS - Partido Popular Socialista
313
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
15680 Anesio Miranda PMDB 1.149 2,26% Eleito
15666 Cicinha PMDB 1.114 2,19% Eleito
45670 Clóvis Alves PFL / PSDB 916 1,8% Eleito
15644 Bebe PMDB 864 1,7% Eleito
25698 Irene PFL / PSDB 836 1,64% Eleito
14567 Eduardo Lins PTB 831 1,63% Eleito
25670 Lala PFL / PSDB 752 1,48% Eleito
15614 Pinto PMDB 747 1,47% Eleito
15654 Pantinha PMDB 736 1,44% Suplente
17620 Dr Djalma PSDC / PSL 688 1,35% Eleito
25625 Morais PFL / PSDB 683 1,34% Eleito
13456 Sebastião Bastos PPS / PT 673 1,32% Eleito
Eleito Por
45678 Dorivaldo Pereira PFL / PSDB 672 1,32%
Média
25611 Moza PFL / PSDB 662 1,3% Suplente
14670 Adelson PTB 662 1,3% Eleito
40627 Irmão Pereira PRP / PSB 641 1,26% Eleito
45622 Assis de Olavo PFL / PSDB 621 1,22% Suplente
15620 Olavo PMDB 599 1,18% Suplente
15678 Pedro Fernandes PMDB 599 1,18% Suplente
314
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
45612 Oildo Soares PFL / PSDB 594 1,17% Suplente
14633 Toinzinho da Prestação PTB 592 1,16% Suplente
17677 Finha PSDC / PSL 586 1,15% Eleito
Eleito Por
17614 Manoel Motorista PSDC / PSL 550 1,08%
Média
22623 Vicencia PL 512 1% Eleito
25677 Zero Á PFL / PSDB 509 1% Suplente
17622 Celio Rufino PSDC / PSL 503 0,99% Suplente
Eleito Por
22666 Walter Pato PL 502 0,99%
Média
15612 Antoniel PMDB 502 0,99% Suplente
17666 Juvenal PSDC / PSL 500 0,98% Suplente
45666 Genival PFL / PSDB 484 0,95% Suplente
15117 Henrique Maroja PMDB 468 0,92% Suplente
25678 Fátima Guedes PFL / PSDB 464 0,91% Suplente
22611 Pereira da Saelpa PL 460 0,9% Suplente
40630 Bernardino PRP / PSB 460 0,9% Suplente
14607 Luciano Dionisio PTB 455 0,89% Suplente
13123 Zé Santana PPS / PT 453 0,89% Suplente
25612 Edson PFL / PSDB 445 0,87% Suplente
17630 João Polodoro PSDC / PSL 444 0,87% Suplente
17690 Joca Pessoa PSDC / PSL 443 0,87% Suplente
45690 Netinho PFL / PSDB 436 0,86% Suplente
25620 Walter Sena PFL / PSDB 420 0,82% Suplente
14455 Pedro Matias PTB 418 0,82% Suplente
22679 Aguinaldo PL 403 0,79% Suplente
17609 Sizenando PSDC / PSL 401 0,79% Suplente
14620 Kil PTB 400 0,79% Suplente
23234 Moura PPS / PT 398 0,78% Suplente
17610 Alberto Sérgio PSDC / PSL 384 0,75% Suplente
22640 Marcos Miranda PL 381 0,75% Suplente
15611 Jailton Souza PMDB 380 0,75% Suplente
22626 Antônio PL 364 0,71% Suplente
15615 Marly Lacerda Di Paci PMDB 360 0,71% Suplente
13610 Cabo Sildo PPS / PT 335 0,66% Suplente
315
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
25632 Joel PFL / PSDB 327 0,64% Suplente
17640 Tiba da Cagepa PSDC / PSL 315 0,62% Suplente
14653 Jonas Fotografo PTB 314 0,62% Suplente
13555 Braz Bicicleta PPS / PT 300 0,59% Suplente
17632 Arruda PSDC / PSL 299 0,59% Suplente
40610 Laércio Romão PRP / PSB 293 0,58% Suplente
45613 Ronaldo de Chiu PFL / PSDB 284 0,56% Suplente
22630 Adailton PL 283 0,56% Suplente
14666 Max PTB 282 0,55% Suplente
17678 Socorro do Mirandão PSDC / PSL 281 0,55% Suplente
12613 Calango PDT / PSC 274 0,54% Eleito
17619 Ze Lopes PSDC / PSL 273 0,54% Suplente
20607 Iron Barbosa Vanderley PDT / PSC 254 0,5% Suplente
14699 Peixoto PTB 250 0,49% Suplente
12345 Paulo Martins PDT / PSC 247 0,48% Suplente
20677 Edinho PDT / PSC 243 0,48% Suplente
27712 Jose Nicacio PSDC / PSL 242 0,47% Suplente
40650 Manoel Chaves PRP / PSB 238 0,47% Suplente
15630 Luiz Manoel PMDB 221 0,43% Suplente
23333 Edvaldo Severiano de Lima PPS / PT 216 0,42% Suplente
15234 Fernando Martins PMDB 216 0,42% Suplente
22654 Gilvan do Pastor PL 215 0,42% Suplente
17648 Caje PSDC / PSL 215 0,42% Suplente
17633 Flavio do Hospital PSDC / PSL 212 0,42% Suplente
22620 Gilson PL 208 0,41% Suplente
15123 Quinca Capucho PMDB 207 0,41% Suplente
12650 Carlos Pontes PDT / PSC 203 0,4% Suplente
17680 Joaquim Dias PSDC / PSL 198 0,39% Suplente
14789 Marinésio Silva PTB 198 0,39% Suplente
40640 Deda Inácio PRP / PSB 196 0,38% Suplente
22698 Sargento Jair PL 192 0,38% Suplente
17123 Joao Miguel PSDC / PSL 192 0,38% Suplente
14623 Roberval PTB 181 0,36% Suplente
15624 Zé Gotinha PMDB 165 0,32% Suplente
316
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
22612 Kell Bicicletas PL 163 0,32% Suplente
15456 Eduardo Carvalho PMDB 160 0,31% Suplente
40622 Célia Limeira PRP / PSB 159 0,31% Suplente
17890 João Gadelha PSDC / PSL 157 0,31% Suplente
15608 Francisco das Chagas Silva PMDB 156 0,31% Suplente
13675 Braguinha PPS / PT 155 0,3% Suplente
40621 Lindovan PRP / PSB 152 0,3% Suplente
13333 Verônica PPS / PT 150 0,29% Suplente
13111 Professor Vamberto PPS / PT 150 0,29% Suplente
13666 Luiz Candido PPS / PT 149 0,29% Suplente
40660 Jerônimo PRP / PSB 147 0,29% Suplente
15602 Aluizio da Padaria PMDB 144 0,28% Suplente
14614 Dr Jairo Carneiro PTB 134 0,26% Suplente
14628 Penha Costa PTB 126 0,25% Suplente
13631 Professor Alfredo PPS / PT 119 0,23% Suplente
12606 Edson Oliveira PDT / PSC 116 0,23% Suplente
15633 Nunes PMDB 116 0,23% Suplente
22678 Ramo da Papa PL 114 0,22% Suplente
13654 Celso Gomes PPS / PT 114 0,22% Suplente
40601 Telmo PRP / PSB 109 0,21% Suplente
20608 Lando PDT / PSC 109 0,21% Suplente
25671 Dolores PFL / PSDB 108 0,21% Suplente
14000 Neco da Prestação PTB 107 0,21% Suplente
40612 Irmã Sandra PRP / PSB 104 0,2% Suplente
22602 Irmã Anatilde PL 102 0,2% Suplente
22601 Reginaldo Batista Nascimento PL 102 0,2% Suplente
40644 Luizinho PRP / PSB 101 0,2% Suplente
15616 Gilvan Lopes PMDB 97 0,19% Suplente
13789 Ubiratan Costa PPS / PT 88 0,17% Suplente
14605 Gileno PTB 87 0,17% Suplente
22677 Ivanildo PL 82 0,16% Suplente
12678 Luiz Pereira PDT / PSC 81 0,16% Suplente
12666 Djares Alves PDT / PSC 80 0,16% Suplente
20605 do Céu PDT / PSC 75 0,15% Suplente
317
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
23007 Francisca da Usina PPS / PT 75 0,15% Suplente
44655 José Luiz PRP / PSB 70 0,14% Suplente
27745 Jodson Paulo PSDC / PSL 69 0,14% Suplente
23207 Batista Brandão PPS / PT 67 0,13% Suplente
12633 Renan PDT / PSC 67 0,13% Suplente
14615 Pedro Mendes PTB 67 0,13% Suplente
22222 Daniel PL 66 0,13% Suplente
20615 Izaias do Portão PDT / PSC 66 0,13% Suplente
14610 Nilton PTB 64 0,13% Suplente
12644 Francisquinha PDT / PSC 64 0,13% Suplente
23456 Galego PPS / PT 63 0,12% Suplente
44688 Jardelino PRP / PSB 61 0,12% Suplente
17612 Nice PSDC / PSL 58 0,11% Suplente
44660 Danda PRP / PSB 58 0,11% Suplente
40680 Macarrão PRP / PSB 56 0,11% Suplente
27789 Maria das Graças PSDC / PSL 55 0,11% Suplente
40645 Beto PRP / PSB 54 0,11% Suplente
20601 Jair Gomes PDT / PSC 54 0,11% Suplente
40615 Cícero PRP / PSB 54 0,11% Suplente
45609 Leandro PFL / PSDB 53 0,1% Suplente
17611 Zezinho PSDC / PSL 52 0,1% Suplente
17655 Irmã Zezé PSDC / PSL 52 0,1% Suplente
22660 Jandira do Cartorio PL 51 0,1% Suplente
20610 Naldinho PDT / PSC 50 0,1% Suplente
40623 Sebastiana PRP / PSB 50 0,1% Suplente
14644 Galego do Relógio PTB 50 0,1% Suplente
45611 Francisco Canidé PFL / PSDB 50 0,1% Suplente
40611 Vilmar PRP / PSB 49 0,1% Suplente
17602 Chagas Taxista PSDC / PSL 48 0,09% Suplente
12622 Biu PDT / PSC 47 0,09% Suplente
44622 Dorinha PRP / PSB 46 0,09% Suplente
20602 Maria José da Silva PDT / PSC 46 0,09% Suplente
12612 José Francisco Filho PDT / PSC 45 0,09% Suplente
40613 Jacob PRP / PSB 45 0,09% Suplente
318
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
25690 Josué PFL / PSDB 44 0,09% Suplente
23615 Fábio Henrique PPS / PT 44 0,09% Suplente
17617 Claudio PSDC / PSL 42 0,08% Suplente
25633 Tânia PFL / PSDB 41 0,08% Suplente
14613 Claudio Marcelino PTB 39 0,08% Suplente
14602 Maria da Saúde PTB 39 0,08% Suplente
15555 Margarida PMDB 37 0,07% Suplente
25650 Almeida PFL / PSDB 36 0,07% Suplente
Pedro Francisco do
20617 PDT / PSC 34 0,07% Suplente
Nascimento
14111 Cabo Diogenes PTB 34 0,07% Suplente
40620 Orlando PRP / PSB 33 0,06% Suplente
44567 Mariano PRP / PSB 33 0,06% Suplente
20600 Antônio Silva PDT / PSC 32 0,06% Suplente
22662 Antônio da Sucata PL 32 0,06% Suplente
17667 Simão PSDC / PSL 30 0,06% Suplente
40666 Dunga PRP / PSB 30 0,06% Suplente
17654 Luiz de Andrade PSDC / PSL 29 0,06% Suplente
27777 Dario Claudino PSDC / PSL 28 0,05% Suplente
20620 Luciano PDT / PSC 28 0,05% Suplente
12601 Rozendo PDT / PSC 27 0,05% Suplente
12617 Marcílio Araújo PDT / PSC 25 0,05% Suplente
11111 Antônio Dantas PPB 24 0,05% Não Eleito
17605 Adalberto PSDC / PSL 23 0,05% Suplente
12611 Expedito PDT / PSC 22 0,04% Suplente
44464 Leonardo PRP / PSB 21 0,04% Suplente
Washington Mariano de
20613 PDT / PSC 20 0,04% Suplente
Aquino
23678 Wando PPS / PT 20 0,04% Suplente
22633 Bené PL 19 0,04% Suplente
22644 Vasconcelos Professor PL 19 0,04% Suplente
27715 Maria do Carmo PSDC / PSL 18 0,04% Suplente
14641 J Roberto PTB 18 0,04% Suplente
44665 Jojó PRP / PSB 17 0,03% Suplente
45689 Hélio PFL / PSDB 16 0,03% Suplente
319
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
17651 Zelia PSDC / PSL 15 0,03% Suplente
45645 Frank PFL / PSDB 15 0,03% Suplente
40605 Eleno PRP / PSB 14 0,03% Suplente
40614 Sueli A Enfermeira do Povo PRP / PSB 14 0,03% Suplente
25609 Medeiros PFL / PSDB 13 0,03% Suplente
22610 Mariê Cabelereira PL 12 0,02% Suplente
23666 José Antônio Soares Leite PPS / PT 10 0,02% Suplente
45644 Dedinha Lopes PFL / PSDB 10 0,02% Suplente
44605 Irmão Sandro PRP / PSB 10 0,02% Suplente
17650 Vera PSDC / PSL 10 0,02% Suplente
44677 José Fernandes PRP / PSB 9 0,02% Suplente
44644 Rita de Cássia PRP / PSB 9 0,02% Suplente
17604 Severina Oliveira PSDC / PSL 9 0,02% Suplente
20609 Dedé PDT / PSC 9 0,02% Suplente
20604 Luzilda Gomes de Lima PDT / PSC 8 0,02% Suplente
40604 Heraldo PRP / PSB 8 0,02% Suplente
45614 Bita PFL / PSDB 7 0,01% Suplente
20612 Barbosa PDT / PSC 5 0,01% Suplente
15650 Alfredo Mariano PMDB 4 0,01% Suplente
25610 Feitosa PFL / PSDB 3 0,01% Suplente
17777 Walter Amorim PSDC / PSL 3 0,01% Suplente
23193 Ceiça Cabeleireira PPS / PT 2 0% Suplente
12615 Jozaniel PDT / PSC 1 0% Suplente
17645 Terezinha PSDC / PSL 1 0% Suplente
Legenda do PMDB 2.122 4,16%
Legenda do PFL 1.697 3,33%
Legenda do PDT 388 0,76%
Legenda do PTB 304 0,6%
Legenda do PSL 279 0,55%
Legenda do PSDB 256 0,5%
Legenda do PPS 246 0,48%
Legenda do PL 235 0,46%
Legenda do PPB 139 0,27%
Legenda do PT 136 0,27%
320
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Legenda do PSB 136 0,27%
Legenda do PSC 66 0,13%
Legenda do PRP 54 0,11%
Legenda do PSDC 18 0,04%
Votos nulos 2.038
Votos brancos 1.311
Total apurado 54.300
Eleitorado 65.732
Abstenção 11.432 17,39%
Fonte: TER/PB – Vereador – Santa Rita/2000.
Legenda:
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PL - Partido Liberal
PSL - Partido Social Liberal
PRP - Partido Republicano Progressista
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PPS - Partido Popular Socialista
PPB - Partido Progressista Brasileiro
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PFL - Partido da Frente Liberal
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PT - Partido dos Trabalhadores
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PSC - Partido Social Cristão
Diante do resultado final eleitoral para vereador no referido pleito de 2000, quem
insistiu mais uma vez candidatar-se à Câmara Municipal de Santa Rita, foi o ex-vereador,
ex-deputado estadual e ex-prefeito Heraldo da Costa Gadelha, que sempre abraçou a
política como um verdadeiro sacerdócio e até porque [...] a política foi inventada pelos
homens como o modo pelo qual pudessem expressar suas diferenças e conflitos sem
transformá-los em guerra total [...] foi inventada como modo pelo qual a sociedade,
internamente dividida, discute, delibera e decide em comum, segundo Chauí (1995).
Apenas podemos registrar o fato histórico que transcrevemos:
Cargo: Vereador
Candidato: 40604 – Heraldo da Costa Gadelha
Partido / Coligação: P S B
Situação: Suplente
Zona Seção Votos
321
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
Candidato: 40604 – Heraldo da Costa Gadelha
Partido / Coligação: P S B
Situação: Suplente
Zona Seção Votos
2 21 1
2 40 1
2 41 1
2 63 1
2 106 1
2 176 1
2 217 1
2 224 1
Total nas zonas 8
Fonte: TRE/PB- Eleição Vereador/2000
Diante de ambos os resultados para prefeito, vice prefeito e para vereador em 2000
em Santa Rita, podemos por analogia dizer que “[...] quanto ao governo, não é coisa de
que qualquer um possa se ocupar: o tempo e a experiência segregam em cada época uma
aristocracia que sabe calcular a política conveniente ao bem-estar da coletividade”.
(Châtelet, Duhamel, Pisier-Kouchner. 1997. p. 95), diante do aparecimento de novos
nomes e novas lideranças no cenário municipal. Ninguém fez mais favor à população
carente de Santa Rita em todos os tempos do que o doutor Heraldo Gadelha, desde a
década de 50 do século XX, segundo o universo popular, ele usava o jeep, que os
adversários apelidaram de Maria Molambo, que servia de ambulância para atender a todos
que o procurava para levar aos hospitais de Santa Rita e de João Pessoa. Pense em uma
vida de lutas e dedicação plena ao povo. Tem gente que conviveu com ele durante o
tempo em que foi vereador, deputado e prefeito de que o mesmo comprava qualquer
discussão para defender as necessidades do povo, a começar pela falta de água, de
emprego, de segurança, de educação, dentre outras políticas públicas. Uma certa vez em
um comício da campanha para prefeito de Santa Rita em 1972, na encruzilhada das ruas:
José Paulino Cavalcanti, Monte Castelo e Campos Sales, ele afirmou de que o povo humilde
adoece e morre cedo por falta de comida e bebida sadia. O povão ia ao delírio, com vivas,
foguetões e aplausos. As maiores passeatas e comícios que Santa Rita já assistiu, em
termos de participação popular, nos anos 60 e inicio da década de 70 do século XX, era de
Heraldo Gadelha, inclusive indo de Santa Rita para o Distrito de Várzea Nova, ao som da
banda de música, tocando a virada e vassourinha. O povo marcando o passo e dando vida
ao referido candidato do “Pire” da Praça João Pessoa para Várzea Nova e vice versa. Sem
esquecer que ele usava os termos de que quem tem os generais que nós temos não
podemos perder a eleição para ninguém. É por esse perfil que seus adversários o
chamavam de o Fidel Castro da Várzea, fazendo alusão por analogia ao ditador cubano. Ele
e o Deputado Egidio Silva Madruga, do PDS, foram adversários políticos durante várias
décadas, porém, nas eleições de 15 de novembro de 1982, aderiu ao PDS/3 – Partido
Democrático Social, do referido adversário político, os líderes antagônicos até então se
322
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Presidente
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Lula PC do B / PL / PMN /
13 754.329 47,77% 2º Turno
Vice-presidente: José Alencar PT / PCB
José Serra
45 PMDB / PSDB 466.346 29,53% 2º Turno
Vice-presidente: Rita Camata
Garotinho
40 PSB / PGT / PTC 215.207 13,63% Não Eleito
Vice-presidente: José Antonio
Ciro
23 PTB / PPS / PDT 138.789 8,79% Não Eleito
Vice-presidente: Paulinho
Zé Maria
16 Vice-presidente: Dayse PSTU 3.863 0,24% Não Eleito
Oliveira Gomes
Rui Costa Pimenta
29 PCO 666 0,04% Não Eleito
Vice-presidente: Pepe
Votos nulos 242.757
Votos brancos 83.551
Total apurado 1.905.508
Eleitorado 2.322.068
Abstenção 416.560 17,94%
Fonte: TSE/TER/PB – 1º Turno - Presidente e Vice da República/2002
Legenda:
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
323
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Presidente
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Lula PT / PMN / PCB / PC
13 984.944 57,02% Eleito
Vice-presidente: José Alencar do B / PL
José Serra
45 PSDB / PMDB 742.486 42,98% Não Eleito
Vice-presidente: Rita Camata
Votos nulos 128.746
Votos brancos 38.138
Total apurado 1.894.314
Eleitorado 2.322.068
Abstenção 427.754 18,42%
Fonte – TSE/TRE/PB – 2º Turno – Presidente e Vice/2002
Legenda:
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PT - Partido dos Trabalhadores
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PCB - Partido Comunista Brasileiro
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PL - Partido Liberal
PC do B - Partido Comunista do Brasil
A vida pública é dinâmica assim como a própria política, assim sendo, o eleitorado
paraibano votou em primeiro turno em 06 de outubro de 2002 para governador e vice
governador, tendo o seguinte resultado:
324
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Governador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Cassio Cunha Lima PV / PST / PSDB /
45 752.297 47,2% 2º Turno
Vice-governador: Lauremília PSD / PFL / PRTB
Roberto Paulino
PMDB / PSDC / PPB /
15 Vice-governador: Gervásio 637.239 39,98% 2º Turno
PHS
Maia
Avenzoar
PSC / PT / PL / PMN /
13 Vice-governador: Carlos 200.362 12,57% Não Eleito
PC do B
Pedrosa Júnior
Alexandre Arruda
16 PSTU 1.632 0,1% Não Eleito
Vice-governador: Hipólito
Lourdes Sarmento
29 Vice-governador: Manoel PCO 1.434 0,09% Não Eleito
Vieira
Professora Maria José
30 Vice-governador: Manuel PGT 844 0,05% Não Eleito
Leite de Araújo
Votos nulos 212.921
Votos brancos 98.779
Total apurado 1.905.508
Eleitorado 2.322.068
Abstenção 416.560 17,94%
Fonte: TSE/TER/PB – 1º turno -Governador/2002
Legenda:
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PT - Partido dos Trabalhadores
PST - Partido Social Trabalhista
PL - Partido Liberal
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PFL - Partido da Frente Liberal
PRTB - Partido Renovador Trabalhista Brasileiro
PHS - Partido da Humanista da Solidariedade
PSC - Partido Social Cristão
PCO - Partido da Causa Operária
PV - Partido Verde
PSD - Partido Social Democrático
PPB - Partido Progressista Brasileiro
PMN - Partido da Mobilização Nacional
325
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Governador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Cassio Cunha Lima PRTB / PFL / PSDB /
45 889.922 51,35% Eleito
Vice-governador: Lauremília PSD / PV / PST
Roberto Paulino
PHS / PMDB / PSDC /
15 Vice-governador: Gervásio 843.127 48,65% Não Eleito
PPB
Maia
Votos nulos 130.791
Votos brancos 30.474
Total apurado 1.894.314
Eleitorado 2.322.068
Abstenção 427.754 18,42%
Fonte: TSE/TRE/PB - 2º turno – Governador/2002
Legenda:
PHS - Partido da Humanista da Solidariedade
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PRTB - Partido Renovador Trabalhista Brasileiro
PFL - Partido da Frente Liberal
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PSD - Partido Social Democrático
PST - Partido Social Trabalhista
PV - Partido Verde
PPB - Partido Progressista Brasileiro
Ainda nas eleições de 2002, o nosso generoso eleitorado votou para senador na
Paraíba e teve o seguinte resultado:
Cargo: Senador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Zé Maranhão
1º Suplente Senador: Roberto
PSDC / PMDB / PPB /
151 Cavalcanti Ribeiro 831.083 28,72% Eleito
PHS
2º Suplente Senador: Antonio
Porcino Sobrinho
326
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Senador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Efraim Morais
1º Suplente Senador:
PST / PSD / PV / PFL
251 Fernando Rodrigues Catao 594.191 20,53% Eleito
/ PSDB / PRTB
2º Suplente Senador: Marta
Eleonora Aragão Ramalho
Wilson Braga
1º Suplente Senador:
PST / PSD / PV / PFL
252 Othamar Batista Gama 591.390 20,43% Não Eleito
/ PSDB / PRTB
2º Suplente Senador:
Cassiano Pascoal Pereira Neto
Burity
1º Suplente Senador: Luiz
PSDC / PMDB / PPB /
152 Gonzaga de Miranda Burity 510.734 17,65% Não Eleito
PHS
2º Suplente Senador: Alberto
Paulino Amorim
Dra. Lígia
1º Suplente Senador: Marconi
PL / PT / PC do B /
203 Maia de Oliveira 169.895 5,87% Não Eleito
PMN / PSC
2º Suplente Senador: Carlos
Bezerra Cavalcanti
Simão
1º Suplente Senador:
PL / PT / PC do B /
654 Joaquim José da Silva Neto 113.405 3,92% Não Eleito
PMN / PSC
2º Suplente Senador: Edivan
da Silva
Bala
1º Suplente Senador: Geraldo
PSB / PT do B / PTN /
400 Amorim de Sousa 60.290 2,08% Não Eleito
PAN / PTC
2º Suplente Senador: Albenor
Nunes de Carvalho
Hermano
1º Suplente Senador: Maria
do Carmo Ferreira Gomes
PSL / PDT / PRP /
231 Quaresma 14.576 0,5% Não Eleito
PPS / PTB
2º Suplente Senador:
Oliveiros Cavalcanti de
Oliveira
Tânia Brito
1º Suplente Senador: Antonio
161 Ferreira Lima Neto PSTU 6.543 0,23% Não Eleito
2º Suplente Senador:
Marcelino Rodrigues da Silva
327
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Senador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Joseilson Freitas
1º Suplente Senador: Josefa
299 Cassiano da Silva PCO 2.061 0,07% Não Eleito
2º Suplente Senador: Paulo
Rodrigues da Silva
Votos nulos 606.409
Votos brancos 310.439
Total apurado 3.811.016
Eleitorado 2.322.068
Abstenção 416.560 17,94%
Legenda:
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PSL - Partido Social Liberal
PRP - Partido Republicano Progressista
PAN - Partido dos Aposentados da Nação
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PPB - Partido Progressista Brasileiro
PSC - Partido Social Cristão
PCO - Partido da Causa Operária
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PT do B - Partido Trabalhista do Brasil
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PT - Partido dos Trabalhadores
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PPS - Partido Popular Socialista
PHS - Partido da Humanista da Solidariedade
PTC - Partido Trabalhista Cristão
PRTB - Partido Renovador Trabalhista Brasileiro
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
PL - Partido Liberal
PST - Partido Social Trabalhista
PTN - Partido Trabalhista Nacional
PSD - Partido Social Democrático
PFL - Partido da Frente Liberal
PV - Partido Verde
PMN - Partido da Mobilização Nacional
A lição que ficou da eleição para senador em 2002 na Paraíba, ficou por conta das
derrotas sofridas pelos dois concunhados e ex-governadores: Wilson Braga e Tarcísio
328
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Burity, diante da vitória de José Maranhão e Efraim Morais, ambos representantes das
tradicionais oligarquias que já serviram de abrigo também para ambos derrotados.
Com o sistema eleitoral usando as urnas eletrônicas e o pluripartidarismo, na eleição
para deputado federal na Paraíba em 2002, surgiram diversos candidatos contemplando
todas as siglas envolvidas. O resultado final foi o seguinte:
329
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
330
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
331
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
333
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Legenda:
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PTC - Partido Trabalhista Cristão
PT do B - Partido Trabalhista do Brasil
PSD - Partido Social Democrático
PFL - Partido da Frente Liberal
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PTN - Partido Trabalhista Nacional
PHS - Partido da Humanista da Solidariedade
PV - Partido Verde
PSC - Partido Social Cristão
PAN - Partido dos Aposentados da Nação
PCO - Partido da Causa Operária
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PRTB - Partido Renovador Trabalhista Brasileiro
PST - Partido Social Trabalhista
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PPB - Partido Progressista Brasileiro
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PRP - Partido Republicano Progressista
334
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
PL - Partido Liberal
PGT - Partido Geral dos Trabalhadores
PT - Partido dos Trabalhadores
PPS - Partido Popular Socialista
PSL - Partido Social Liberal
O pleito para a Câmara dos Deputados não trouxe praticamente nada de novo, as
mesmas forças políticas de projeção estadual elegeram seus representantes. Assim sendo,
em Santa Rita saiu como candidato o ex-deputado estadual Ceslau Gadelha, irmão do ex-
prefeito Heraldo Gadelha, ficou como suplente porque obteve apenas 0,1% (zero, vírgula
um por cento) dos votos válidos. Diante do exposto, mais uma vez o nosso torrão ficou
sem ter um representa nato na baixa câmara em Brasília.
Ainda em 06 de outubro de 2002 foram realizadas as eleições para deputado
estadual a nível nacional e na Paraíba também. O nosso eleitorado decidiu a disputa no
voto a voto assim:
335
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
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340
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
342
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
343
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
344
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Legenda:
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PSC - Partido Social Cristão
PFL - Partido da Frente Liberal
PCO - Partido da Causa Operária
PT - Partido dos Trabalhadores
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PTN - Partido Trabalhista Nacional
PRTB - Partido Renovador Trabalhista Brasileiro
PL - Partido Liberal
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PSD - Partido Social Democrático
PST - Partido Social Trabalhista
PSL - Partido Social Liberal
PPS - Partido Popular Socialista
PSB - Partido Socialista Brasileiro
345
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
politiqueiras. Assim sendo, o dinheiro público, adquirido fácil, faz muitos indivíduos se
tornarem orgulhosos, más, arrogantes e prepotentes. Disso não temos dúvidas. Farão
quaisquer desgraças contra o próximo para se perpetuar no poder político local, estadual e
nacional. Por analogia ao pensamento do profeta Habacuque, cap. 2, v. 5, que afirma: “de
fato, a riqueza engana, e as pessoas orgulhosas nunca têm sossego. A sua ganância não
tem fim. Elas nunca estão satisfeitas: como o mundo dos mortos, sempre querem mais.”
Ao nosso ver isso pode ser aplicável ao mundo da política que não exige ética, respeito,
formação e reconhecimento público e privado do outro.
O fascínio da política faz o eleitorado ser convocado para decidir o que querem para
cada município do Brasil em 3 de outubro de 2004. Diante da afirmação, a população de
Santa Rita com direito a votar e a ser votada compareceu as urnas e decidiu o queria
assim:
Cargo: Prefeito
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Marcus Odilon
PRONA / PC do B /
12 Vice-prefeito: Dr. Pericles 36.165 60,05% Eleito
PDT
Vilhena
Reginaldo
PAN / PFL / PL / PSL
45 Vice-prefeito: Ednaldo do 20.050 33,29% Não Eleito
/ PV / PSDB
Edilicya
Zé de Ule
14 PTB / PT do B 1.542 2,56% Não Eleito
Vice-prefeito: Caia
Bernardino
23 PT / PPS 1.086 1,8% Não Eleito
Vice-prefeito: Severino Leoncio
Irmão Nicácio
27 PMN / PSDC 977 1,62% Não Eleito
Vice-prefeito: André
Quinca da Padaria
44 PRP / PP 403 0,67% Não Eleito
Vice-prefeito: Risonete
Votos nulos 4.198
Votos brancos 1.660
Total apurado 66.081
Eleitorado 76.922
Abstenção 10.841 14,09%
Fonte:TSE/TRE/PB – Prefeito e Vice/2004
Legenda:
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PAN - Partido dos Aposentados da Nação
PFL - Partido da Frente Liberal
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PT - Partido dos Trabalhadores
PRP - Partido Republicano Progressista
347
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
11470 Netinho PP / PRP 2.176 3,46% Eleito
45670 Clovis de Loi PSDB / PFL 1.712 2,72% Eleito
15666 Cicinha PSC / PMDB 1.638 2,6% Eleito
12222 Pantinha PRONA / PDT 1.483 2,36% Eleito
44680 Olavo de Zé da Baleia PP / PRP 1.483 2,36% Média
44600 Gilvandro PP / PRP 1.383 2,2% Média
25611 Moza PSDB / PFL 1.339 2,13% Eleito
15123 Mitzi Santiago PSC / PMDB 1.299 2,06% Suplente
22147 Manoel da Usina PSL / PV / PL 1.280 2,03% Eleito
11230 Kako PP / PRP 1.272 2,02% Suplente
25670 Lala PSDB / PFL 1.096 1,74% Média
45622 Assis de Olavo PSDB / PFL 1.047 1,66% Suplente
348
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
25627 Irmão Pereira PSDB / PFL 1.035 1,65% Suplente
19670 Juvenaldo PTN / PSB / PHS 921 1,46% Não Eleito
22456 Walter Sena PSL / PV / PL 904 1,44% Média
25652 Dr. Juca PSDB / PFL 902 1,43% Suplente
56555 Fernanda Santiago PRONA / PDT 894 1,42% Média
25698 Irene PSDB / PFL 844 1,34% Suplente
15680 Anésio Míranda PSC / PMDB 835 1,33% Suplente
12123 Resende do Inss PRONA / PDT 801 1,27% Suplente
12612 Edson de Elizio PRONA / PDT 797 1,27% Suplente
22345 Finha PSL / PV / PL 771 1,23% Suplente
12369 Valdomiro Henrique PRONA / PDT 763 1,21% Suplente
15678 Pedro Fernandes PSC / PMDB 748 1,19% Suplente
33100 Marcelo Moura PMN / PSDC 743 1,18% Não Eleito
15644 Bebé PSC / PMDB 730 1,16% Suplente
31677 Edinho PTN / PSB / PHS 698 1,11% Não Eleito
25614 Pinto PSDB / PFL 646 1,03% Suplente
22623 Vicência PSL / PV / PL 637 1,01% Suplente
43123 Pereira do Sandu PSL / PV / PL 632 1% Suplente
14567 Eduardo Lins PTB / PT do B 615 0,98% Não Eleito
12345 Calango PRONA / PDT 604 0,96% Suplente
43600 Givanildo PSL / PV / PL 587 0,93% Suplente
22610 Oildo Soares PSL / PV / PL 581 0,92% Suplente
23456 Celino PT / PPS 541 0,86% Não Eleito
31111 Paulo Martins PTN / PSB / PHS 528 0,84% Não Eleito
15111 João Grilo PSC / PMDB 525 0,83% Suplente
45678 Dorivaldo PSDB / PFL 519 0,82% Suplente
23321 Geuza Americo PT / PPS 504 0,8% Não Eleito
40123 Humberto Alexandre PTN / PSB / PHS 498 0,79% Não Eleito
44678 Fatima Guedes PP / PRP 480 0,76% Suplente
22666 Walter Pato PSL / PV / PL 474 0,75% Suplente
11000 Marilene Serejo PP / PRP 460 0,73% Suplente
33555 Irmão Adailton PMN / PSDC 445 0,71% Não Eleito
13610 Cabo Sildo PT / PPS 432 0,69% Não Eleito
22555 Irmão Adelson PSL / PV / PL 431 0,69% Suplente
349
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
23623 Celio Rufino PT / PPS 427 0,68% Não Eleito
19612 Antoniel PTN / PSB / PHS 424 0,67% Não Eleito
33133 Pedro Matias PMN / PSDC 421 0,67% Não Eleito
14000 Dr. Sérgio PTB / PT do B 419 0,67% Não Eleito
13123 Josias PT / PPS 411 0,65% Não Eleito
17677 Jarbas Mineral PSL / PV / PL 410 0,65% Suplente
45000 Irmão Zezinho PSDB / PFL 397 0,63% Suplente
11555 Arruda PP / PRP 391 0,62% Suplente
14122 Peixoto PTB / PT do B 385 0,61% Não Eleito
25610 Homero do Cartório PSDB / PFL 384 0,61% Suplente
17690 Joca Pessoa PSL / PV / PL 369 0,59% Suplente
43200 Adriana Falcão PSL / PV / PL 350 0,56% Suplente
33789 Irmão Farias PMN / PSDC 350 0,56% Não Eleito
11111 Naldo PP / PRP 343 0,55% Suplente
11121 Valter da Galinha PP / PRP 342 0,54% Suplente
14600 Feitosa PTB / PT do B 325 0,52% Não Eleito
44664 Liberato PP / PRP 316 0,5% Suplente
33000 Irmã Denise do Caminhão PMN / PSDC 314 0,5% Não Eleito
23223 Petronio Beltrao PT / PPS 296 0,47% Não Eleito
33123 João Miguel PMN / PSDC 288 0,46% Não Eleito
13222 Sueldes PT / PPS 284 0,45% Não Eleito
33456 Gilson PMN / PSDC 263 0,42% Não Eleito
23244 Vamberto PT / PPS 245 0,39% Não Eleito
27500 Lula PMN / PSDC 245 0,39% Não Eleito
33222 João Jorge PMN / PSDC 241 0,38% Não Eleito
12311 Joao do Brek PRONA / PDT 238 0,38% Suplente
25666 Dr. Pimenta PSDB / PFL 231 0,37% Suplente
14260 Professora Daluz PTB / PT do B 228 0,36% Não Eleito
11222 Russo PP / PRP 220 0,35% Suplente
14220 Zé da Penha PTB / PT do B 219 0,35% Não Eleito
27222 Adones Júnior PMN / PSDC 215 0,34% Não Eleito
45666 Raimundo PSDB / PFL 212 0,34% Suplente
33111 Alberto Sérgio PMN / PSDC 200 0,32% Não Eleito
43000 Irmão Zé Lopes PSL / PV / PL 198 0,31% Suplente
350
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
23234 Izaias Primo PT / PPS 180 0,29% Não Eleito
11113 Ze Gotinha PP / PRP 176 0,28% Suplente
65100 Arlindo Motorista PC do B 176 0,28% Não Eleito
43133 Geronimo PSL / PV / PL 164 0,26% Suplente
13444 Padí Leomar PT / PPS 160 0,25% Não Eleito
65001 Lula Chinês PC do B 159 0,25% Não Eleito
44666 Zezinho de Quinca PP / PRP 156 0,25% Suplente
15777 Professora Martha Falcão PSC / PMDB 152 0,24% Suplente
12340 Luciana Conselheira PRONA / PDT 151 0,24% Suplente
31222 Arlete Enfermeira PTN / PSB / PHS 151 0,24% Não Eleito
14620 Kil PTB / PT do B 149 0,24% Não Eleito
12623 Roberval dos Óculos PRONA / PDT 148 0,24% Suplente
Irmão Claudio Filho de
11314 PP / PRP 143 0,23% Suplente
Massal
12517 Nil PRONA / PDT 143 0,23% Suplente
43456 Irmã Ciça PSL / PV / PL 141 0,22% Suplente
14666 Moura PTB / PT do B 139 0,22% Não Eleito
22444 Fabio Henrique PSL / PV / PL 137 0,22% Suplente
15630 Luis Manoel de Almeida PSC / PMDB 133 0,21% Suplente
23613 Ely do Pronto Socorro PT / PPS 133 0,21% Não Eleito
33444 Irmão Flavio PMN / PSDC 132 0,21% Não Eleito
13555 Braz PT / PPS 131 0,21% Não Eleito
12111 Claúdia PRONA / PDT 124 0,2% Suplente
12789 Marinesio Silva PRONA / PDT 123 0,2% Suplente
14321 Bel do Iogurte PTB / PT do B 120 0,19% Não Eleito
33333 Tânia PMN / PSDC 111 0,18% Não Eleito
12144 Eudes da Ferragem PRONA / PDT 109 0,17% Suplente
13000 Josenildo Rapaz dos Baldes PT / PPS 108 0,17% Não Eleito
33777 Irmã Vera PMN / PSDC 107 0,17% Não Eleito
12346 Silvio dos Correios PRONA / PDT 103 0,16% Suplente
43222 Professora Kalyne PSL / PV / PL 100 0,16% Suplente
27333 Irmã Nélia PMN / PSDC 99 0,16% Não Eleito
31444 Sandro Rufino PTN / PSB / PHS 98 0,16% Não Eleito
27110 Mariinha PMN / PSDC 96 0,15% Não Eleito
12124 Chico do Mercado PRONA / PDT 92 0,15% Suplente
351
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
27999 Tó PMN / PSDC 87 0,14% Não Eleito
14605 Gileno PTB / PT do B 86 0,14% Não Eleito
31333 Ramos Foto PTN / PSB / PHS 85 0,14% Não Eleito
12013 Wilde Pereira PRONA / PDT 83 0,13% Suplente
31777 Beta PTN / PSB / PHS 82 0,13% Não Eleito
43223 Sargento Ednaldo PSL / PV / PL 80 0,13% Suplente
65777 Adenildo PC do B 78 0,12% Não Eleito
44612 Magna PP / PRP 78 0,12% Suplente
23789 Elivaldo PT / PPS 76 0,12% Não Eleito
19222 Valter Paiva PTN / PSB / PHS 75 0,12% Não Eleito
31789 Cabo Walter PTN / PSB / PHS 75 0,12% Não Eleito
31555 Professora Dalva PTN / PSB / PHS 74 0,12% Não Eleito
31234 Antonio Cardoso PTN / PSB / PHS 73 0,12% Não Eleito
14140 Marco da Associação PTB / PT do B 72 0,11% Não Eleito
40000 Aldalberto da Caixa PTN / PSB / PHS 69 0,11% Não Eleito
12130 Suzana Santana PRONA / PDT 68 0,11% Suplente
27123 Rubão PMN / PSDC 67 0,11% Não Eleito
44611 Paulo Diogo PP / PRP 67 0,11% Suplente
12643 Eligton PRONA / PDT 66 0,1% Suplente
14628 Sebastiana de Jaburú PTB / PT do B 64 0,1% Não Eleito
25601 Prof°. Arlindo PSDB / PFL 61 0,1% Suplente
23444 Jose do Sindicato PT / PPS 61 0,1% Não Eleito
33663 Lulinha Fotografo PMN / PSDC 60 0,1% Não Eleito
31456 Graciete PTN / PSB / PHS 58 0,09% Não Eleito
23123 Ceiça PT / PPS 57 0,09% Não Eleito
65555 Omena PC do B 56 0,09% Não Eleito
27789 Graça PMN / PSDC 54 0,09% Não Eleito
12122 Fatima Limeira PRONA / PDT 50 0,08% Suplente
14252 José Silva PTB / PT do B 49 0,08% Não Eleito
43333 Francisca Azevedo PSL / PV / PL 49 0,08% Suplente
19900 Professora Antonia PTN / PSB / PHS 46 0,07% Não Eleito
13789 Ubiratan Costa PT / PPS 45 0,07% Não Eleito
23112 Dora PT / PPS 43 0,07% Não Eleito
14123 Wipson PTB / PT do B 43 0,07% Não Eleito
352
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
15234 Itapoã PSC / PMDB 42 0,07% Suplente
44607 Luzivan Paulino PP / PRP 41 0,07% Suplente
11666 Ana de Lourdes PP / PRP 41 0,07% Suplente
33888 Junior San PMN / PSDC 38 0,06% Não Eleito
40500 Josimar PTN / PSB / PHS 38 0,06% Não Eleito
14789 Neco da Prestação PTB / PT do B 37 0,06% Não Eleito
44610 Suzete PP / PRP 36 0,06% Suplente
65666 Irani PC do B 35 0,06% Não Eleito
12444 Raminho da Lotaçao PRONA / PDT 35 0,06% Suplente
44605 da Guia PP / PRP 31 0,05% Suplente
14444 Irmã Céu PTB / PT do B 31 0,05% Não Eleito
44608 Chico Nunes PP / PRP 30 0,05% Suplente
11234 Zeze PP / PRP 28 0,04% Suplente
70111 Marcos Delmiro PTB / PT do B 27 0,04% Não Eleito
23111 Luiz do Biscoito PT / PPS 27 0,04% Não Eleito
65111 Nilsinho PC do B 27 0,04% Não Eleito
43300 Leilane PSL / PV / PL 26 0,04% Suplente
65333 Mira PC do B 25 0,04% Não Eleito
19700 Gitó PTN / PSB / PHS 25 0,04% Não Eleito
65002 Palão PC do B 23 0,04% Não Eleito
65000 Professora Mirtes PC do B 23 0,04% Não Eleito
65217 Gerlane PC do B 22 0,03% Não Eleito
15607 Valdete PSC / PMDB 22 0,03% Suplente
27620 Roseany PMN / PSDC 20 0,03% Não Eleito
65222 Pedro do Heitel PC do B 19 0,03% Não Eleito
14667 Neuman PTB / PT do B 16 0,03% Não Eleito
13456 Marquire Nobrega PT / PPS 14 0,02% Não Eleito
15222 Diginaldo PSC / PMDB 14 0,02% Suplente
23678 Nena PT / PPS 14 0,02% Não Eleito
65123 Paraguay PC do B 13 0,02% Não Eleito
40400 Francisco Diniz PTN / PSB / PHS 10 0,02% Não Eleito
40640 Vera Amorim PTN / PSB / PHS 6 0,01% Não Eleito
12677 Beija PRONA / PDT 5 0,01% Suplente
15555 Roseno PSC / PMDB 3 0% Suplente
353
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
40777 Nazareth Galvão PTN / PSB / PHS 3 0% Não Eleito
19123 Jonas PTN / PSB / PHS 1 0% Não Eleito
20620 Humberto PSC / PMDB 1 0% Suplente
Legenda do PDT 2.101 3,34%
Legenda do PSDB 845 1,34%
Legenda do PP 255 0,41%
Legenda do PFL 239 0,38%
Legenda do PL 223 0,35%
Legenda do PMDB 219 0,35%
Legenda do PTB 212 0,34%
Legenda do PRP 169 0,27%
Legenda do PPS 140 0,22%
Legenda do PT 84 0,13%
Legenda do PMN 80 0,13%
Legenda do PSL 58 0,09%
Legenda do PRONA 55 0,09%
Legenda do PV 50 0,08%
Legenda do PSDC 47 0,07%
Legenda do PHS 43 0,07%
Legenda do PSB 42 0,07%
Legenda do PTN 40 0,06%
Legenda do PC do B 26 0,04%
Legenda do PSC 11 0,02%
Legenda do PT do B 9 0,01%
Votos nulos 1.830
Votos brancos 1.339
Total apurado 66.081
Eleitorado 76.922
Abstenção 10.841 14,09%
Fonte: TRE/PB – Vereador – Santa Rita /2004
Legenda:
PFL - Partido da Frente Liberal
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PV - Partido Verde
354
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Presidente
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Lula
13 PC do B / PT / PRB 1.258.341 65,31% 2º Turno
Vice-presidente: José Alencar
Geraldo Alckmin
45 PFL / PSDB 537.042 27,87% 2º Turno
Vice-presidente: José Jorge
Heloísa Helena
50 Vice-presidente: César PCB / PSOL / PSTU 80.351 4,17% Não Eleito
Benjamin
12 Cristovam Buarque PDT 45.397 2,36% Não Eleito
355
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Presidente
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Vice-presidente: Jefferson
Peres
Ana Maria Rangel
44 PRP 2.926 0,15% Não Eleito
Vice-presidente: Delma Gama
Luciano Bivar
17 Vice-presidente: Américo de PSL 1.453 0,08% Não Eleito
Souza
José Maria Eymael
27 Vice-presidente: José Paulo PSDC 1.144 0,06% Não Eleito
da Silva Neto
Votos nulos 170.318
Votos brancos 57.181
Total apurado 2.154.153
Eleitorado 2.573.766
Abstenção 419.613 16,3%
Fonte: TSE/TRE/PB – 1º turno – presidente/2006
Legenda:
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PCB - Partido Comunista Brasileiro
PFL - Partido da Frente Liberal
PSOL - Partido Socialismo e Liberdade
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PRP - Partido Republicano Progressista
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PSL - Partido Social Liberal
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
PRB - Partido Republicano Brasileiro
PT - Partido dos Trabalhadores
Cargo: Presidente
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
356
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Presidente
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Lula
13 PC do B / PT / PRB 1.478.378 75,01% Eleito
Vice-presidente: José Alencar
Geraldo Alckmin
45 PSDB / PFL 492.524 24,99% Não Eleito
Vice-presidente: José Jorge
Votos nulos 134.607
Votos brancos 27.087
Total apurado 2.132.596
Eleitorado 2.573.766
Abstenção 441.170 17,14%
Fonte: TSE/TER/PB – 1º Turno/Presidente/2006
Legenda:
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PT - Partido dos Trabalhadores
PRB - Partido Republicano Brasileiro
PFL - Partido da Frente Liberal
O eleitorado da Paraíba compareceu as urnas em 01 de outubro de 2006 e votou em
primeiro turno, conforme transcrevemos os seguintes resultados:
Cargo: Governador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Cássio PT do B / PFL / PL /
Vice-governador: Zé PTC / PSDB / PTN / 943.922 49,67% 2º Turno
Lacerda PTB / PP
Zé Maranhão
PT / PSB / PMDB /
1 Vice-governador: Luciano 926.272 48,74% 2º Turno
PC do B / PRB
Cartaxo
David Lobão
PSTU / PSOL 22.949 1,21% Não Eleito
Vice-governador: Marcelino
Lourdes Sarmento
2 Vice-governador: Manoel PCO 3.902 0,21% Não Eleito
Vieira
Marinezio
2 Vice-governador: Didi da PSDC 1.743 0,09% Não Eleito
Cajarana
Francisco Carlos
2 Vice-governador: Carlos PCB 1.698 0,09% Não Eleito
Magno
357
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Governador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Votos nulos 187.446
Votos brancos 66.221
Total apurado 2.154.153
Eleitorado 2.573.766
Abstenção 419.613 16,3%
Fonte: TSE/TRE/PB – 1º Turno/Governador/2006
Legenda:
PCO - Partido da Causa Operária
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PL - Partido Liberal
PTC - Partido Trabalhista Cristão
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PTN - Partido Trabalhista Nacional
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PRB - Partido Republicano Brasileiro
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
PT do B - Partido Trabalhista do Brasil
PCB - Partido Comunista Brasileiro
PFL - Partido da Frente Liberal
PT - Partido dos Trabalhadores
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PP - Partido Progressista
PSOL - Partido Socialismo e Liberdade
358
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
urbanos, pois, quem tem o poder nas mãos nunca quer perder a eleição. Diante de
acusações mútuas de corrupção e compra de votos, o eleitorado decidiu em segundo turno
para governador no dia 29 de outubro de 2006 assim:
Cargo: Governador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
PSDB / PTC / PT do B
Cássio
45 / PL / PTN / PFL / 1.003.102 51,35% Eleito
Vice-governador: Zé Lacerda
PTB / PP
Zé Maranhão
PSB / PRB / PT / PC
15 Vice-governador: Luciano 950.269 48,65% Não Eleito
do B / PMDB
Cartaxo
Votos nulos 155.244
Votos brancos 23.981
Total apurado 2.132.596
Eleitorado 2.573.766
Abstenção 441.170 17,14%
Fonte: TSE/TRE/PB – 2º Turno/Governador/2006
Legenda:
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PTC - Partido Trabalhista Cristão
PL - Partido Liberal
PT do B - Partido Trabalhista do Brasil
PRB - Partido Republicano Brasileiro
PT - Partido dos Trabalhadores
PTN - Partido Trabalhista Nacional
PFL - Partido da Frente Liberal
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PP - Partido Progressista
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
Diante do exposto, o caso foi parar no tapete judicial, o candidato derrotado José
Maranhão/PMDB, recorreu e finalmente no dia 20 de novembro de 2008, o TSE – Tribunal
Superior Eleitoral cassou o mandato de governador de Cássio Cunha Lima, reeleito
governador no segundo turno em 2006 na Paraíba. Ato contínuo, assume José Maranhão, o
cargo de governador por ter ficado em segundo lugar na referida disputa.
O acirramento pelas duas cadeiras de senador em 1 de outubro de 2006, o
eleitorado com inteligência peculiar elegeu um senador da situação: Cicero Lucena/PSDB e
outro da oposição: Ney Suassuna/PMDB. Ainda que por analogia, a decisão tomada pelo
voto popular para senador em 2006 na Paraíba, significa que o eleitor vota em quem quer
votar e não segue ideologia política partidária alguma, pois, “como elementos funcionais de
uma ordem constitucional, os partidos situam-se no ponto nevrálgico de imbricação do
359
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Senador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Cícero Lucena
1º Suplente Senador: Carlos PFL / PTC / PTB /
456 Dunga PP / PL / PSDB / 803.600 48,25% Eleito
2º Suplente Senador: João PTN / PT do B
Rafael
Ney Suassuna
1º Suplente Senador: Edvaldo
PRB / PSB / PC do B
151 Rosas 725.502 43,56% Não Eleito
/ PMDB / PT
2º Suplente Senador:
Vituriano de Abreu
Vital Farias
500 1º Suplente Senador: Tanque PSOL / PSTU 99.966 6% Não Eleito
2º Suplente Senador: Nunes
Dr. Walter Amorim
1º Suplente Senador:
289 Francimar Cordeiro PRTB 13.541 0,81% Não Eleito
2º Suplente Senador:
Francisco Tito
Joseilson Freitas
299 1º Suplente Senador: Paulo PCO 7.576 0,45% Não Eleito
2º Suplente Senador: Maria
Ronaldo Medeiros
1º Suplente Senador: Pastor
177 Ferreira PMN / PRONA / PSL 7.294 0,44% Não Eleito
2º Suplente Senador: Geúde
Oliveira
Dr. Livieto Régis
1º Suplente Senador:
277 Wellington Brito PSDC 5.580 0,34% Não Eleito
2º Suplente Senador: Luciano
Neves
Antonio Pereira
1º Suplente Senador: Gervásio
215 Neto PCB 2.384 0,14% Não Eleito
2º Suplente Senador: Antonio
Trajano de Carvalho
Votos nulos 286.609
360
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Senador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Votos brancos 202.101
Total apurado 2.154.153
Eleitorado 2.573.766
Abstenção 419.613 16,3%
Fonte: TSE/TRE/PB – Eleição / Senador /
Legenda:
PCO - Partido da Causa Operária
PTC - Partido Trabalhista Cristão
PCB - Partido Comunista Brasileiro
PSOL - Partido Socialismo e Liberdade
PP - Partido Progressista
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PRONA - Partido de Reedificação da Ordem Nacional
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PT - Partido dos Trabalhadores
PT do B - Partido Trabalhista do Brasil
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PFL - Partido da Frente Liberal
PRB - Partido Republicano Brasileiro
PRTB - Partido Renovador Trabalhista Brasileiro
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PL - Partido Liberal
PTN - Partido Trabalhista Nacional
PSL - Partido Social Liberal
361
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
362
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
363
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
364
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
365
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
366
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Legenda:
PRONA - Partido de Reedificação da Ordem Nacional
PPS - Partido Popular Socialista
PT - Partido dos Trabalhadores
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PRP - Partido Republicano Progressista
PHS - Partido Humanista da Solidariedade
PRB - Partido Republicano Brasileiro
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PSOL - Partido Socialismo e Liberdade
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PSC - Partido Social Cristão
PTC - Partido Trabalhista Cristão
PTN - Partido Trabalhista Nacional
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PT do B - Partido Trabalhista do Brasil
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PV - Partido Verde
PRTB - Partido Renovador Trabalhista Brasileiro
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PP - Partido Progressista
PSL - Partido Social Liberal
PCO - Partido da Causa Operária
PL - Partido Liberal
PFL - Partido da Frente Liberal
O único candidato a deputado federal com base política em Santa Rita que
concorreu em 01 de outubro de 2006 foi o empresário, ex-vereador e professor José
Bernardino, pela coligação: PPS/PV/PRTB/PHS/PDT/PSC, obteve em toda a Paraíba apenas
0,22% dos votos válidos na Paraíba e não foi eleito. Isso vem mais uma vez corroborar
com a tese de que o eleitorado santaritense não gosta de votar na prata de casa, apesar
das coligações partidárias expressivas e que seus filiados não acompanham tais siglas
quando se tratam de partidos nanicos e sem grandes potencialidades socioeconômicas, em
367
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
termos de investimentos em campanhas eleitorais para seus candidatos, que ficam a ver
navios, nadam, nadam e morrem na praia como afirma o ditado popular. Isso nos leva a
crer, ainda que por analogia “o nível de votação de legenda de um partido é um indicador
operacional da extensão em que ele promove sua sigla partidária”, segundo nos informa
Samuels (1997, p. 527). No dia seguinte a votação o eleitorado amanhece com a cabeça
baixa, não sabe mais em que votou para deputado federal e Santa Rita ficou mais uma vez
no esquecimento do cenário estadual e nacional por falta de um representante na Câmara
dos Deputados em Brasília.
O único candidato a deputado federal com base política em Santa Rita que
concorreu em 01 de outubro de 2006 foi o empresário, ex-vereador e professor José
Bernardino, pela coligação: PPS/PV/PRTB/PHS/PDT/PSC, obteve em toda a Paraíba apenas
0,22% dos votos válidos na Paraíba e não foi eleito, segundo o TRE/PB (2006). Isso vem
mais uma vez corroborar com a tese de que o eleitorado santaritense não gosta de votar
na prata de casa, apesar das coligações partidárias expressivas e que seus filiados não
acompanham tais siglas quando se tratam de partidos nanicos e sem grandes
potencialidades socioeconômicas, em termos de investimentos em campanhas eleitorais
para seus candidatos, que ficam a ver navios, nadam, nadam e morrem na praia como
afirma o ditado popular. O chamado candidato popular nascido do povo que não é
originado das oligarquias não são os preferidos pelo eleitorado humilde de nossa terra. Isso
nos leva a crer, ainda que por analogia que “o nível de votação de legenda de um partido é
um indicador operacional da extensão em que ele promove sua sigla partidária” , segundo
nos informa Samuels (1997, p. 527). Sem recursos materiais e financeiros para promover
um partido e ou uma coligação formada de partidos assim identificados com a classe
pobre, torna-se num verdadeiro milagre, diante das dificuldades operacionais no decorrer
da campanha. No dia seguinte a votação o eleitorado amanhece com a cabeça baixa, não
sabe mais em que votou para deputado federal e Santa Rita mais uma vez fica no
esquecimento do cenário estadual e nacional, por falta de representantes no Poder
Legislativo Estadual e na Câmara dos Deputados em Brasília.
O cenário para escolha de deputado estadual em Santa Rita também não é muito
diferente daquele apresentado para deputado federal, o perfil do eleitorado é o mesmo,
mais de 70% dos válidos em cada pleito de quatro em quatro anos, vai para os candidatos
fantasmas que procuram freqüentar enterros, missas, procissões, partidas de futebol,
casamentos, bailes, portas de cadeias, etc., tudo isso nas vésperas das eleições, depois que
compram os votos com tais grandes serviços junto a eleitores que se deixam alienar, vão
embora e chutam na bunda dessa gente que não tem amor verdadeiro pela causa da
ordem e do progresso de Santa Rita. É esse o motivo do terceiro maior colégio eleitoral da
Paraíba não ter um só secretário de Estado na administração pública estadual. Tudo por
falta de representação política de qualidade, gente que saiba ler e escrever, para não ter
que ouvir besteira e comer pelas mãos do favor e ou da ajuda, porque quem não sabe
onde quer chegar, aí fica humilhado dentro e fora do poder federal e ou estadual
paraibano. Essa história de deputado federal e ou estadual lagartixa, que sabe apenas
balançar a cabeça as normas ditadas pelo governo federal e ou estadual em troca de
contrato temporário de prestador de serviços para seus parentes e ou poucas pessoas suas
amigas que não passaram em um só concurso público. Isso representa alienação cega pelo
poder que não tem. Segue o resultado final da eleição para deputado estadual de 01 de
outubro de 2006 na Paraíba:
368
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
375
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
376
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
377
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Legenda:
PTC - Partido Trabalhista Cristão
PRTB - Partido Renovador Trabalhista Brasileiro
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PL - Partido Liberal
PFL - Partido da Frente Liberal
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Foram candidatos a deputados estaduais com base política em Santa Rita: Flaviano
Quinto Ribeiro Coutinho/PRB/PMDB, filho do então prefeito Marcus Odilon Ribeiro Coutinho
e representante maior da oligarquia do agroindustrial, foi eleito com 1,83% dos votos
válidos; Estefania Pedrosa Maroja/PDT/PSC, ex-deputada estadual e esposa do ex-prefeito
Severino Maroja, ficou suplente e obteve 0,3% dos votos válidos; José Lins de Albuquerque
- Zé de Ule/PTB, ex-vice prefeito e empresário, obteve apenas 0,03% dos votos válidos,
não foi eleito; e Ceslau da Costa Gadelha Filho, ex-deputado estadual, empresário, herdeiro
político do ex-prefeito e ex-deputado Heraldo Gadelha, obteve apenas 0,01% dos votos
válidos para deputado estadual na Paraíba. A ordem e o progresso de nossa cidade,
depende justamente da vontade popular, o que justifica o abandono durante décadas por
parte dos governos estadual e federal, por analogia a falta de consideração de nossa gente
para com os nossos candidatos locais a cargos eletivos. O quociente eleitoral partidário é
outro problema que beneficia apenas os grandes partidos, isso é “um padrão de
distribuição da representação parlamentar entre os partidos muito próximo e, não raro,
idêntico àquele produzido pelo sistema de quociente eleitoral de Hare e de quociente
partidário no qual a distribuição dos assentos remanescentes se opera segundo a fórmula
da mais forte média”, segundo Tavares (1994, p. 171).
A população nacional e de modo específico aquela constituída por eleitores, tem que
suportar em ano de eleição, os horários gratuitos em rádio e televisão da propaganda
eleitoral obrigatória, três vezes ao dia. Tanto é assim que Kaid e Holtz-Bacha (1995, p. 16),
enfatizam que o Brasil é a única democracia existente no mundo que leva tanto tempo com
propaganda eleitoral na televisão.
O eleitoral municipal santaritense compareceu as urnas em 5 de outubro de 2008,
para escolher prefeito, vice dito e vereadores, a exemplo dos demais municípios brasileiros.
Entre nós, para prefeito e vice, tivemos o seguinte resultado:
379
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Prefeito
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
PSDC / PPS / PC do
Marcus Odilon
15 B / PSB / PMDB / 32.038 50,85% Eleito
Vice-prefeito: Gilvandro Anjos
PSL / PT
Ana Cristina
14 PTB / PHS 29.918 47,48% Não Eleito
Vice-prefeito: Zé de Ule
Djalma Varela PV / PMN / PTC /
33 1.052 1,67% Não Eleito
Vice-prefeito: Pastor Justino PRP
Votos nulos 4.763
Votos brancos 2.731
Total apurado 70.502
Eleitorado 82.435
Abstenção 11.933 14,48%
Fonte: TRE/PB – Prefeito/Santa Rita/2008
Legenda:
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PPS - Partido Popular Socialista
PV - Partido Verde
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PHS - Partido Humanista da Solidariedade
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PSL - Partido Social Liberal
PT - Partido dos Trabalhadores
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PTC - Partido Trabalhista Cristão
PRP - Partido Republicano Progressista
380
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
PMDB / PC do B /
15611 Moza 3.311 5,16% Eleito
PSB
PMDB / PC do B /
15115 Adones Júnior 3.165 4,93% Eleito
PSB
PMDB / PC do B /
15680 Olavo de Baleia 3.098 4,83% Eleito
PSB
PMDB / PC do B /
15666 Cicinha 2.507 3,91% Média
PSB
PR / PT do B / PRB /
22222 Edinaldo do Edilicya 2.356 3,67% Eleito
DEM
PMDB / PC do B /
15470 Netinho 2.329 3,63% Suplente
PSB
PR / PT do B / PRB /
22111 Dr. Djalma (juca) 2.212 3,45% Eleito
DEM
PR / PT do B / PRB /
22123 Rezende do Inss 2.168 3,38% Eleito
DEM
14888 Zé Paulo PHS / PTB 2.012 3,13% Eleito
31229 Edinho PHS / PTB 1.918 2,99% Eleito
PR / PT do B / PRB /
25555 Queiroga 1.875 2,92% Suplente
DEM
PR / PT do B / PRB /
22147 Manoel da Usina 1.709 2,66% Suplente
DEM
PR / PT do B / PRB /
22670 Clovis Alves 1.561 2,43% Suplente
DEM
PR / PT do B / PRB /
25230 Kako 1.511 2,35% Suplente
DEM
14670 Juvenal PHS / PTB 1.478 2,3% Eleito
14677 Finha PHS / PTB 1.370 2,13% Suplente
PMDB / PC do B /
15555 Fernanda Santiago 1.253 1,95% Suplente
PSB
14680 Anésio Miranda PHS / PTB 1.191 1,86% Suplente
31111 Paulo Martins PHS / PTB 1.101 1,72% Suplente
14777 Henrique Maroja PHS / PTB 1.052 1,64% Suplente
14644 Bebé PHS / PTB 980 1,53% Suplente
31500 Lula PHS / PTB 968 1,51% Suplente
PR / PT do B / PRB /
22625 Assis de Olavo 966 1,51% Suplente
DEM
381
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
PMDB / PC do B /
40040 Aurian 936 1,46% Suplente
PSB
23456 Dr. Otávio Bernardino PPS / PT 851 1,33% Eleito
PR / PT do B / PRB /
22456 Walter Sena 790 1,23% Suplente
DEM
14567 Thereza Lins PHS / PTB 786 1,22% Suplente
13456 Sebastião do Sindicato PPS / PT 755 1,18% Suplente
14123 Alexandre Almeida PHS / PTB 634 0,99% Suplente
PR / PT do B / PRB /
25123 Dr. Dorivaldo 618 0,96% Suplente
DEM
13444 Padi Leomar PPS / PT 601 0,94% Suplente
14000 Bruno Arruda PHS / PTB 573 0,89% Suplente
PR / PT do B / PRB /
10123 Angela Vilhena 525 0,82% Suplente
DEM
31121 Walter da Galinha PHS / PTB 504 0,79% Suplente
13229 Claudio PPS / PT 502 0,78% Suplente
PR / PT do B / PRB /
22220 Leo 496 0,77% Suplente
DEM
31234 Arruda PHS / PTB 475 0,74% Suplente
PMDB / PC do B /
15612 Edson de Elísio 409 0,64% Suplente
PSB
13122 Luiz Carlos PPS / PT 405 0,63% Suplente
23234 Moura PPS / PT 386 0,6% Suplente
PMDB / PC do B /
15111 João Grilo 345 0,54% Suplente
PSB
Manoel Geronimo de Souza
13333 PPS / PT 309 0,48% Suplente
(mel)
Ramiro da Padaria Marcos
23450 PPS / PT 309 0,48% Suplente
Moura
23229 Diocelio PPS / PT 285 0,44% Suplente
PTC / PMN / PV /
43111 Edvando Damazio 260 0,41% Não Eleito
PRP
14560 Marinésio do Alternativo PHS / PTB 258 0,4% Suplente
13007 Sirleide Dantas PPS / PT 254 0,4% Suplente
PMDB / PC do B /
65500 Cidadão 240 0,37% Suplente
PSB
23789 Bebe Maciel PPS / PT 230 0,36% Suplente
382
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
13000 Josenildo PPS / PT 227 0,35% Suplente
PMDB / PC do B /
65234 Cláudio Maçal 222 0,35% Suplente
PSB
13015 Severino Leocio (biló) PPS / PT 215 0,33% Suplente
31221 Calango PHS / PTB 213 0,33% Suplente
31222 Arlete Enfermeira PHS / PTB 203 0,32% Suplente
PR / PT do B / PRB /
70333 Irmão - Beto 199 0,31% Suplente
DEM
PMDB / PC do B /
15690 Zita 193 0,3% Suplente
PSB
PMDB / PC do B /
65113 Zé Gotinha 183 0,29% Suplente
PSB
23123 Junior da Saúde PPS / PT 183 0,29% Suplente
13111 Evandre PPS / PT 178 0,28% Suplente
PMDB / PC do B /
65123 Chico do Mercado 171 0,27% Suplente
PSB
PR / PT do B / PRB /
25888 Andréa Cláudia 142 0,22% Suplente
DEM
PTC / PMN / PV /
36999 Fabricio Santos 122 0,19% Não Eleito
PRP
31789 Geuza Américo PHS / PTB 120 0,19% Suplente
Vania do Loteamento Boa
23339 PPS / PT 107 0,17% Suplente
Vista
21125 Ronaldo Maciel PCB / PSOL 96 0,15% Não Eleito
23023 Carlão do Pps PPS / PT 96 0,15% Suplente
PTC / PMN / PV /
44612 Irmão João do Perfume 89 0,14% Não Eleito
PRP
PTC / PMN / PV /
36555 Gilmar 68 0,11% Não Eleito
PRP
PTC / PMN / PV /
44600 Risonete Mendonça 67 0,1% Não Eleito
PRP
PTC / PMN / PV /
33453 Deleon 61 0,1% Não Eleito
PRP
PR / PT do B / PRB /
70678 Marcelo 59 0,09% Suplente
DEM
PTC / PMN / PV /
43214 Gilberto 56 0,09% Não Eleito
PRP
383
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
21111 Marcos Delmiro PCB / PSOL 50 0,08% Não Eleito
PR / PT do B / PRB /
70123 Francisca Azevedo 48 0,07% Suplente
DEM
PMDB / PC do B /
15155 Alberto de Brito 41 0,06% Suplente
PSB
PR / PT do B / PRB /
22602 Edivan 38 0,06% Suplente
DEM
23122 Lucia da Seresta PPS / PT 29 0,05% Suplente
50050 Paulo Cobrador PCB / PSOL 23 0,04% Não Eleito
PTC / PMN / PV /
44618 Marcos Souza 22 0,03% Não Eleito
PRP
PTC / PMN / PV /
44611 Bolo 22 0,03% Não Eleito
PRP
21123 Adilson Marques PCB / PSOL 14 0,02% Não Eleito
21217 Mara do Povão PCB / PSOL 12 0,02% Não Eleito
PMDB / PC do B /
15229 Fábio Sá 11 0,02% Suplente
PSB
PMDB / PC do B /
15222 Paulo Pedrosa 5 0,01% Suplente
PSB
50011 Onã PCB / PSOL 3 0% Não Eleito
PTC / PMN / PV /
44622 Marquinhos Locutor 1 0% Não Eleito
PRP
PTC / PMN / PV /
44678 Antônio Nazário 0 0% Não Eleito
PRP
PTC / PMN / PV /
36123 Eline Freire 0 0% Não Eleito
PRP
Legenda do PMDB 2.669 4,16%
Legenda do PTB 1.901 2,96%
Legenda do PR 384 0,6%
Legenda do PT 172 0,27%
Legenda do DEM 131 0,2%
Legenda do PPS 106 0,17%
Legenda do PHS 102 0,16%
Legenda do PMN 94 0,15%
Legenda do PSB 38 0,06%
Legenda do PCB 37 0,06%
Legenda do PRB 33 0,05%
384
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Legenda do PRP 31 0,05%
Legenda do PC do B 29 0,05%
Legenda do PT do B 16 0,02%
Legenda do PV 10 0,02%
Legenda do PTC 9 0,01%
Legenda do PSOL 5 0,01%
Votos nulos 3.440
Votos brancos 2.879
Total apurado 70.502
Eleitorado 82.435
Abstenção 11.933 14,48%
Fonte: TRE/PB – Vereador/Santa Rita/2008
Legenda:
PR - Partido da República
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PCB - Partido Comunista Brasileiro
PT do B - Partido Trabalhista do Brasil
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PHS - Partido Humanista da Solidariedade
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PPS - Partido Popular Socialista
PTC - Partido Trabalhista Cristão
PRB - Partido Republicano Brasileiro
DEM - Democratas
PT - Partido dos Trabalhadores
PSOL - Partido Socialismo e Liberdade
PV - Partido Verde
PRP - Partido Republicano Progressista.
Podemos enfatizar que pelo menos, um terço, mais ou menos das cadeiras do Poder
Legislativo Municipal foram substituídas por marinheiros de primeira viagem, levando-se em
conta os favores pessoais da véspera da eleição. E a renovação não foi maior por causa
das coligações partidárias municipais “denominação dada, na legislação brasileira, às
alianças eleitorais entre partidos, que visam alcançar, assim, o maior número de postos,
em uma eleição proporcional ou o melhor resultado em um escrutínio majoritário”, segundo
Porto (2000, p. 139). Raramente um político deixa de tentar a reeleição a qualquer cargo
eletivo, isso parece um germe na corrente sanguínea.
385
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Presidente
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
PR / PTN / PMDB /
Dilma
PT / PDT / PSB /
13 Vice-presidente: Michel 1.031.185 53,21% 2º Turno
PTC / PC do B / PRB
Temer
/ PSC
José Serra PPS / PT do B /
45 Vice-presidente: Índio da PSDB / PMN / DEM / 551.053 28,43% 2º Turno
Costa PTB
Marina Silva
43 Vice-presidente: Guilherme PV 341.916 17,64% Não Eleito
Leal
Plínio
50 Vice-presidente: Hamilton PSOL 9.270 0,48% Não Eleito
Assis
Eymael
27 Vice-presidente: José Paulo da PSDC 1.490 0,08% Não Eleito
Silva Neto
Ivan Pinheiro
21 Vice-presidente: Edmilson PCB 1.052 0,05% Não Eleito
Costa
Zé Maria
16 Vice-presidente: Cláudia PSTU 1.023 0,05% Não Eleito
Durans
Levy Fidelix
28 PRTB 717 0,04% Não Eleito
Vice-presidente: Luiz Duarte
29 Rui Costa Pimenta PCO 280 0,01% Não Eleito
386
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Presidente
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Vice-presidente: Edson Dorta
Votos nulos 213.747
Votos brancos 80.528
Total apurado 2.232.261
Eleitorado 2.738.313
Abstenção 506.052 18,48%
Fonte: TSE/TRE/PB – 1º Turno – Presidente/2010.
Legenda:
PR - Partido da República
PPS - Partido Popular Socialista
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
PCO - Partido da Causa Operária
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PCB - Partido Comunista Brasileiro
DEM - Democratas
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PTC - Partido Trabalhista Cristão
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PSC - Partido Social Cristão
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PTN - Partido Trabalhista Nacional
PT do B - Partido Trabalhista do Brasil
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PSOL - Partido Socialismo e Liberdade
PT - Partido dos Trabalhadores
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PV - Partido Verde
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PRTB - Partido Renovador Trabalhista Brasileiro
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PRB - Partido Republicano Brasileiro
387
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Presidente
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
PSC / PDT / PT / PR
Dilma
/ PMDB / PC do B /
13 Vice-presidente: Michel 1.229.391 61,55% Eleito
PSB / PRB / PTN /
Temer
PTC
José Serra
PSDB / PMN / PTB /
45 Vice-presidente: Índio da 767.919 38,45% Não Eleito
DEM / PT do B / PPS
Costa
Votos nulos 166.383
Votos brancos 53.447
Total apurado 2.217.140
Eleitorado 2.738.389
Abstenção 521.249 19,03%
Fonte: TSE/TER/PB – Presidente – Segundo turno/2010.
Legenda:
PT - Partido dos Trabalhadores
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
DEM - Democratas
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PRB - Partido Republicano Brasileiro
PPS - Partido Popular Socialista
PT do B - Partido Trabalhista do Brasil
PTN - Partido Trabalhista Nacional
PSC - Partido Social Cristão
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PR - Partido da República
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PTC - Partido Trabalhista Cristão
388
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
implantados no Brasil a partir da Carta Magna de 1988, algo parecido com a social
democracia européia. Tanto o PT quanto o PSDB, são diferentes apenas em suas siglas,
porque um partido tem duas letras e o outro tem quatro letras. A ideologia de poder é a
mesma, ainda que por analogia, pois, “na medida em que são historicamente necessárias,
as ideologias têm uma validade que é validade psicológica: Elas organizam as massas
humanas, formam o terreno sobre o qual os homens se movimentam, adquirem
consciência de sua posição, lutam, etc”, segundo Gramsci (1978, p. 62-3). Assim sendo,
através da Emenda Constitucional nº 64, de 4 de fevereiro de 2010, deu nova redação ao
artigo 6º, da referida Carta Constitucional, afirmando que: “São direitos sociais a educação,
a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a
proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
Constituição”. Desse modo, foi implantada a base fundamental e legal para a prática das
chamadas políticas públicas nacionais a favor da população pobre e ou carente, que por ser
analfabeta em sua grande maioria, fica alienada ideologicamente e incapaz de parar para
refletir a realidade nacional, uma vez que: “Os direitos sociais, como dimensão dos direitos
fundamentais do homem, são prestações positivas proporcionadas pelo Estado direta ou
indiretamente, enunciadas em normas constitucionais, que possibilitam melhores condições
de vida aos mais fracos, direitos que tendem a realizar a igualização de situações sociais
desiguais. São, portanto, direitos que se ligam ao direito de igualdade”, segundo cita Silva
(200, p. 285), porém são interpretados, pela classe pobre e excluída como sendo
assistencialismo e ou favor do candidato “A” e ou “B”, a alienação é geral, representando
assim os resultados eleitorais a favor de quem estiver de plantão no Palácio do Planalto,
nos palácios estaduais e municipais pelo Brasil a fora. É esse o carisma dominante na
classe política nacional nas últimas décadas, onde a liderança é feita via a distribuição de
favores a quem precisa de comida e bebida para não morrer de fome. Existe assim uma
verdadeira legião de gente de todas as idades sem empregados e sem rendas mensais e de
vivem apenas dos programas sociais assistencialistas implantados no governo de Fernando
Henrique, aperfeiçoado na gestão Lula Inácio e continua com Dilma Rousseff. Bem
sabemos de que os programas assistenciais e serviços sociais só serão implantados sem o
viés de assistencialismo e ou de compra antecipada de votos, assim interpretado nas urnas
diante dos últimos resultados eleitorais, se no Brasil e ou em qualquer parte do mundo se o
Estado Soberano tiver pulso firme para combater as desigualdades sociais, a começar pela
criminalização dos agentes públicos e/ou ocupantes de cargos eletivos que se perpetuam
na vida pública através de uso do erário nacional para fazer proselitismo de cunho
eleitoreiro antecipado. O maior problema dos programas e serviços assistenciais é que eles
ficam parecendo com caridade que os gestores: federais, estaduais e municipais, em sua
“benemerência”, estão fazendo com dinheiro dos impostos diretos e indiretos da população
ativa por mais de 52,7 milhões de pessoas pobres, dentre as quais, 14,4 milhões de
pessoas vivem em extrema pobreza, o que significa dizer que vive com uma renda per
capita inferior a R$ 70,00 (setenta reais) mensais, segundo os dados do IPEA (2010). Na
realidade tem gente tirando crédito eleitoreiro com tais programas, a exemplo do bolsa
escola, bolsa família, vale gás, energia de baixa renda, fies, prouni, cotas, minha casa
minha vida, etc. Todos esses programas são financiados pelo grande consórcio nacional da
população que trabalha, gera riqueza, renda e paga impostos nas três esferas
governamentais. É inegável o grande beneficio advindo dos Programas de Transferências
de Rendas – PTR, segundo Santana (2007). Não somos contra a distribuição da riqueza
nacional com a população pobre, somos contra a corrupção com dinheiro de todos para o
enriquecimento de poucos. A leitura que fazemos do perfil eleitoral de 2010 é de que tais
389
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Governador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Ricardo Coutinho PRP / PPS / PV / PTC
40 Vice-governador: Rômulo / PSB / PSDB / PTN / 942.121 49,74% 2º Turno
Gouveia DEM / PDT
PSL / PC do B / PP /
Zé Maranhão
PT do B / PHS / PT /
15 Vice-governador: Rodrigo 933.754 49,3% 2º Turno
PMN / PSC / PR /
Soares
PMDB / PTB / PRB
Nelson Junior
50 PSOL 12.471 0,66% Não Eleito
Vice-governador: Ana Júlia
Lourdes Sarmento
29 Vice-governador: Gilberto PCO 2.442 0,13% Não Eleito
Ferreira
Francisco Oliveira
21 Vice-governador: Jocimar PCB 1.886 0,1% Não Eleito
Oliveira
Marcelino
16 PSTU 1.252 0,07% Não Eleito
Vice-governador: Tanque
Votos nulos 237.303
Votos brancos 101.032
Total apurado 2.232.261
Eleitorado 2.738.313
Abstenção 506.052 18,48%
Fonte: TSE/TRE/PB – 1º turno – Governador/2010.
Legenda:
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PTN - Partido Trabalhista Nacional
PR - Partido da República
PPS - Partido Popular Socialista
PV - Partido Verde
PTC - Partido Trabalhista Cristão
PSB - Partido Socialista Brasileiro
390
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Governador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Ricardo Coutinho PTN / DEM / PSDB /
40 Vice-governador: Rômulo PSB / PRP / PTC / 1.079.164 53,7% Eleito
Gouveia PV / PPS / PDT
PMN / PMDB / PT /
Ze Maranhao
PHS / PTB / PR /
15 Vice-governador: Rodrigo 930.331 46,3% Não Eleito
PSC / PSL / PC do B
Soares
/ PT do B / PP / PRB
Votos nulos 169.073
Votos brancos 38.572
391
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Governador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Total apurado 2.217.140
Eleitorado 2.738.389
Abstenção 521.249 19,03%
Fonte: TSE/TRE/PB - Segundo turno – Governador/2010
Legenda:
PMN - Partido da Mobilização Nacional
DEM - Democratas
PHS - Partido Humanista da Solidariedade
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PR - Partido da República
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PRP - Partido Republicano Progressista
PTC - Partido Trabalhista Cristão
PV - Partido Verde
PPS - Partido Popular Socialista
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PTN - Partido Trabalhista Nacional
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PT - Partido dos Trabalhadores
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PSC - Partido Social Cristão
PSL - Partido Social Liberal
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PT do B - Partido Trabalhista do Brasil
PRB - Partido Republicano Brasileiro
PP - Partido Progressista
E assim o eleitorado paraibano decidiu quem iria ser o inquilino número um a ter
assento no Palácio da Redenção do Estado da Paraíba, tendo em vista que “todo o poder
emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos, ou diretamente, nos
termos desta Constituição.” (BRASIL, 1988), corroborando igual com esse pensamento, a
ideia de que “com a democracia semidireta, a alienação política da vontade popular faz-se
apenas parcialmente. A soberania está com o povo, e o governo, mediante o qual essa
soberania se comunica ou exerce, pertence por igual ao elemento popular nas matérias
mais importantes da vida pública. Determinadas instituições, como o referendum, a
iniciativa popular, o veto e o direito de revogação, fazem efetiva a intervenção do povo,
garantem-lhe um poder de decisão de última instância,supremo, definitivo, incontrastável,
segundo menciona Bonavides (2008, p.275). A chamada Constituição Cidadã de 1988,
segundo Damatta (1997), tem a garantia expressa no tocante a participação direta da
população na gestão pública federal, estadual e municipal, inclusive através da iniciativa
popular de projeto de lei, referendo, plebiscito, gestão democrática da seguridade social,
bem prestigia e garante a dignidade da pessoa humana em sua plenitude.
392
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Senador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Cassio Cunha Lima
DEM / PSB / PDT /
1º Suplente Senador: Deca
456 PRP / PSDB / PPS / 1.004.183 29% Eleito
2º Suplente Senador: Ivandro
PTC / PTN / PV
Cunha Lima
Vitalzinho PC do B / PRB / PSC
1º Suplente Senador: Lira / PR / PTB / PMDB /
155 869.501 25,11% Eleito
2º Suplente Senador: Tavinho PT do B / PP / PSL /
Santos PMN / PHS / PT
Wilson Santiago
PC do B / PRB / PSC
1º Suplente Senador:
/ PR / PTB / PMDB /
151 Marcondes Gadelha 820.653 23,7% Não Eleito
PT do B / PP / PSL /
2º Suplente Senador: Sanny
PMN / PHS / PT
Japiassú
Efraim Morais
1º Suplente Senador: Carlos DEM / PSB / PDT /
256 Antonio PRP / PSDB / PPS / 692.451 20% Não Eleito
2º Suplente Senador: Ramalho PTC / PTN / PV
Leite
Vital Farias
1º Suplente Senador: Zé
211 Silveira PCB 58.460 1,69% Não Eleito
2º Suplente Senador: Graciete
Cunha
Marcos Dias
1º Suplente Senador: Ronaldo
501 Damião PSOL 16.967 0,49% Não Eleito
2º Suplente Senador:
Adriana
Votos nulos 555.769
Votos brancos 446.538
Total apurado 4.464.522
393
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Senador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Eleitorado 2.738.313
Abstenção 506.052 18,48%
Fonte: TSE/TRE/PB – Senador/2010.
Legenda:
DEM - Democratas
PRB - Partido Republicano Brasileiro
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PTC - Partido Trabalhista Cristão
PT do B - Partido Trabalhista do Brasil
PSOL - Partido Socialismo e Liberdade
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PSC - Partido Social Cristão
PCB - Partido Comunista Brasileiro
PRP - Partido Republicano Progressista
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PR - Partido da República
PPS - Partido Popular Socialista
PP - Partido Progressista
PSL - Partido Social Liberal
PTN - Partido Trabalhista Nacional
PHS - Partido Humanista da Solidariedade
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PT - Partido dos Trabalhadores
PV - Partido Verde
394
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
395
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
396
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
398
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
399
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Legenda:
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PHS - Partido Humanista da Solidariedade
PTN - Partido Trabalhista Nacional
PPS - Partido Popular Socialista
PP - Partido Progressista
PSC - Partido Social Cristão
PTC - Partido Trabalhista Cristão
PRB - Partido Republicano Brasileiro
PR - Partido da República
PCO - Partido da Causa Operária
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PRP - Partido Republicano Progressista
PCB - Partido Comunista Brasileiro
400
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
401
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
402
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
403
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
404
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
405
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
406
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407
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408
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
409
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410
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Legenda:
PCO - Partido da Causa Operária
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PTC - Partido Trabalhista Cristão
PSB - Partido Socialista Brasileiro
DEM - Democratas
PSC - Partido Social Cristão
PRTB - Partido Renovador Trabalhista Brasileiro
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PSL - Partido Social Liberal
PT - Partido dos Trabalhadores
PCB - Partido Comunista Brasileiro
PRB - Partido Republicano Brasileiro
PSOL - Partido Socialismo e Liberdade
PP - Partido Progressista
PPS - Partido Popular Socialista
PT do B - Partido Trabalhista do Brasil
PV - Partido Verde
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
414
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
415
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
quando a esmola é grande demais o santo deve desconfiar. Acreditamos que a juventude
deve ser bem informada e formada em termos educacionais, para na hora de decidir
através do voto, o destino do governo federal, estadual e municipal, em todas as suas
instancias, tenha realmente condições de escolher entre o joio e o trigo, uma vez que "a
educação é o vetor do progresso, ela fornece a base para a esperança num plano de
conjunto da evolução humana, de um progresso geral rumo ao melhor”, conforme enfatiza
Menezes (2000, p. 118). E disso ninguém tem dúvida, pois o exercício de todo e qualquer
mandato eletivo: federal, estadual, municipal e ou distrital é um negócio como outro
qualquer, em qualquer parte do mundo. Assim sendo, todos os filósofos dão sua
contribuição para ajudar a construir o conhecimento em todas as áreas do saber humano,
visando direta e indiretamente à felicidade das gerações presentes e futuras, o que
corrobora com o pensamento de Makiguti (2004, p. 23). A educação é o único instrumento
de formação e de transformação do homem para exercitar a liberdade, a autonomia e sua
possível humanização em qualquer parte do mundo, envolve disciplina pessoal e bem assim
de um "conjunto de regras éticas para atingir um objetivo", segundo Tiba (1998, p.113). O
censo comum sabe que existe no ar um germe, pior do vírus da AIDS, originado pela
decadência da política nacional, estadual e municipal.
Finalmente, o eleitorado santaritense compareceu as urnas no dia 7 de outubro de
2012, com o objetivo de escolher o futuro prefeito e vice da rainha dos canaviais, da água
mineral e da cerâmica, são tantos títulos naturais que nossa Santa Rita tem que não
dependeu de um só voto interno e ou eterno de seus eleitores, tendo em vista que se trata
de riquezas naturais, presentes do grande Arquiteto do Universo, no momento do ato da
criação do mundo. Livremente assim votou o nosso eleitorado:
Cargo: Prefeito
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Reginaldo PRP / PR / PHS /
44 33.990 51,52% Eleito
Vice-prefeito: Netinho PSDB / PT do B
Adones PC do B / PDT / PT /
15 Vice-prefeito: Dr. Emerson PMN / PSB / PSC / 26.218 39,74% Não eleito
Panta PRTB / PRB / PMDB
José Silva
50 PSOL 5.767 8,74% Não eleito
Vice-prefeito:Padre Cristiano
Votos nulos 5.695
Votos brancos 3.522
Total apurado 75.192
Eleitorado 89.443
Abstenção 14.251 15,93%
Fonte: TRE/PB – Prefeito – Santa Rita/2012
Legenda:
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PT - Partido dos Trabalhadores
416
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
417
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
negociou o voto, bem como, aquela minoria populacional que não negociou, ambas ficam
prejudicadas, esquecidas por quem ganhou as eleições e aqueles candidatos que foram
derrotados ficam dizendo que nada podem fazer porque não tem mandatos. E até porque a
apuração é “o ato por meio do qual o conteúdo, depositado nas urnas convencionais ou
digitado nas urnas eletrônicas, é conhecido e computado, por junta eleitoral especialmente,
é conhecida, preservando-se o anonimato do eleitor”, conforme Farhat (1996, p. 323). E daí
por diante termina em tese o ramerame eleitoral do antes, do durante e do depois das
eleições em todos níveis: federal, estadual e municipal, salvo no caso de recursos os mais
diversos possíveis à luz dos fatos e da legislação vigorante no país.
O eleitorado de nossa esquecida Santa Rita, em 7 de outubro de 2012, votou assim
para vereador:
Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Eleito por
55229 Genival Guedes Filho PV / PSD 1.795 2,57%
QP
PT do B / PRP / Eleito por
44666 Cibelly Filha de Cicinha 1.780 2,55%
PSDB / PHS QP
PT do B / PRP / Eleito por
44555 Flavio Pereira 1.734 2,48%
PSDB / PHS QP
Eleito por
36456 Farias PTB / PTC / PP 1.609 2,3%
QP
PT do B / PRP / Eleito por
70888 Vanda de Olavo 1.590 2,28%
PSDB / PHS QP
Eleito por
36999 Josa de Nezinho PTB / PTC / PP 1.419 2,03%
QP
Eleito por
43999 Ivonete PV / PSD 1.325 1,9%
QP
Eleito por
36234 Irmão Jauires PTB / PTC / PP 1.064 1,52%
QP
PDT / PSB / PRTB / Eleito por
40123 Anésio Miranda 1.036 1,48%
PMDB / PRB QP
Eleito por
55000 Finha PV / PSD 1.000 1,43%
média
55147 Manoel da Usina PV / PSD 984 1,41% Suplente
Eleito por
36111 Celio Rufino PTB / PTC / PP 963 1,38%
QP
PT do B / PRP / Eleito por
70644 Bebé 924 1,32%
PSDB / PHS QP
14670 Juvenal PTB / PTC / PP 903 1,29% Suplente
PT do B / PRP / Eleito por
31111 Paulo Martins 887 1,27%
PSDB / PHS média
418
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Eleito por
19444 Tubarão PTN / DEM / PPS 845 1,21%
QP
PT do B / PRP /
70222 do 840 1,2% Suplente
PSDB / PHS
PDT / PSB / PRTB / Eleito por
40040 Aurian 783 1,12%
PMDB / PRB QP
PDT / PSB / PRTB / Eleito por
40456 João Júnior 761 1,09%
PMDB / PRB média
Eleito por
13456 Sebastião do Sindicato PT / PSC 746 1,07%
QP
PT do B / PRP /
70111 Assis de Bila 744 1,06% Suplente
PSDB / PHS
23456 Otávio Bernardino PTN / DEM / PPS 735 1,05% Suplente
Eleito por
65444 Missinho do Bode PC do B 717 1,03%
QP
65123 Rosa do Vaqueiro PC do B 717 1,03% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
40045 Carlos Pereira Júnior 702 1% Suplente
PMDB / PRB
36777 Coronel Dutra PTB / PTC / PP 687 0,98% Suplente
23123 Paulinho Fernandes PTN / DEM / PPS 648 0,93% Suplente
65112 Peixoto PC do B 631 0,9% Suplente
PT do B / PRP /
45123 Joelson de Resende 608 0,87% Suplente
PSDB / PHS
65888 Gil do Bar PC do B 601 0,86% Suplente
36222 Irmão Adailton PTB / PTC / PP 598 0,86% Suplente
36121 Valter da Galinha PTB / PTC / PP 589 0,84% Suplente
PT do B / PRP /
31456 Adeilton do Deposito 579 0,83% Suplente
PSDB / PHS
11222 Josa da Galinha PTB / PTC / PP 558 0,8% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
40151 Luiz de Forte Velho 549 0,79% Suplente
PMDB / PRB
14229 Iranildo Maranhão PTB / PTC / PP 546 0,78% Suplente
43456 Prof. Gilvan PV / PSD 539 0,77% Suplente
PT do B / PRP /
31622 Assis de Olavo 532 0,76% Suplente
PSDB / PHS
36036 Riata PTB / PTC / PP 531 0,76% Suplente
31600 Givanildo PT do B / PRP / 525 0,75% Suplente
419
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
PSDB / PHS
Eleito por
13444 Padi Leomar PT / PSC 523 0,75%
média
36555 Galego do Boa Vista PTB / PTC / PP 523 0,75% Suplente
36000 Vera da Saúde PTB / PTC / PP 521 0,75% Suplente
65000 Raminho Botafogo PC do B 508 0,73% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
10123 Pastor Miguelzinho 504 0,72% Suplente
PMDB / PRB
PDT / PSB / PRTB /
40000 Adriano da Ong 503 0,72% Suplente
PMDB / PRB
PDT / PSB / PRTB /
10234 Tota do Mercadinho 498 0,71% Suplente
PMDB / PRB
11111 Demetrius da Farmácia PTB / PTC / PP 497 0,71% Suplente
13222 José do Sindicato PT / PSC 488 0,7% Suplente
PT do B / PRP /
31500 Lula de Marcos Moura 482 0,69% Suplente
PSDB / PHS
65222 Sergio Confecções PC do B 465 0,67% Suplente
36333 Júnior PTB / PTC / PP 459 0,66% Suplente
20377 Irmão Josivaldo PT / PSC 459 0,66% Suplente
55444 Claudio Marçal PV / PSD 438 0,63% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
40555 Eliane da Saúde 428 0,61% Suplente
PMDB / PRB
36789 Fátima Guedes PTB / PTC / PP 425 0,61% Suplente
PT do B / PRP /
44229 Jodson Junior 405 0,58% Suplente
PSDB / PHS
19123 Alexandre Almeida PTN / DEM / PPS 405 0,58% Suplente
55123 Diocelio de Várzea Nova PV / PSD 402 0,58% Suplente
19000 Daniel Gonzalez PTN / DEM / PPS 397 0,57% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
40444 Mitzi Santiago 391 0,56% Suplente
PMDB / PRB
36688 Mago Kinha PTB / PTC / PP 388 0,56% Suplente
20229 Irmão Sandro da Estação PT / PSC 366 0,52% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
12470 Fabrício Santos 351 0,5% Suplente
PMDB / PRB
65007 Pipo PC do B 349 0,5% Suplente
PT do B / PRP /
70614 Jane de Pinto 340 0,49% Suplente
PSDB / PHS
420
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
19111 Luciano Alvino PTN / DEM / PPS 335 0,48% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
28888 Wellington Lima 329 0,47% Suplente
PMDB / PRB
36321 Irmão Betinho PTB / PTC / PP 327 0,47% Suplente
13100 Jacinto Sinecom PT / PSC 324 0,46% Suplente
PT do B / PRP /
70000 Cezar 317 0,45% Suplente
PSDB / PHS
13888 Iracema da Saude PT / PSC 316 0,45% Suplente
36258 Léo de Bebelândia PTB / PTC / PP 303 0,43% Suplente
PT do B / PRP /
70100 Cabeção 274 0,39% Suplente
PSDB / PHS
PT do B / PRP /
70555 Régis 262 0,37% Suplente
PSDB / PHS
65500 Cidadão PC do B 259 0,37% Suplente
23777 Irmã Luiza PTN / DEM / PPS 257 0,37% Suplente
13234 Joãozinho do Gás PT / PSC 254 0,36% Suplente
19229 Ari PTN / DEM / PPS 252 0,36% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
40333 Marinaldo 251 0,36% Suplente
PMDB / PRB
PDT / PSB / PRTB /
40400 Dorivaldo Júnior 249 0,36% Suplente
PMDB / PRB
14111 Pedro Alves PTB / PTC / PP 241 0,34% Suplente
PT do B / PRP /
70333 Irmão Beto do Lava Jato 239 0,34% Suplente
PSDB / PHS
PDT / PSB / PRTB /
40140 Professor Hilton 234 0,33% Suplente
PMDB / PRB
43007 Guarabira PV / PSD 233 0,33% Suplente
55100 Ademar PV / PSD 232 0,33% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
40004 Lúcia do Heitel 231 0,33% Suplente
PMDB / PRB
PT do B / PRP /
70411 Bebe Óleo 228 0,33% Suplente
PSDB / PHS
14321 Nonato Júnior PTB / PTC / PP 226 0,32% Suplente
23229 Dinga Box PTN / DEM / PPS 223 0,32% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
12345 Michelina do Dr. Damião 222 0,32% Suplente
PMDB / PRB
44444 Raminho do Mirandão PT do B / PRP / 218 0,31% Suplente
421
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
PSDB / PHS
13111 Evandre PT / PSC 212 0,3% Suplente
55125 Arlete Enfermeira PV / PSD 211 0,3% Suplente
PT do B / PRP /
44456 Gilvan Davi 208 0,3% Suplente
PSDB / PHS
13229 Claudio PT / PSC 206 0,29% Suplente
13000 Pessoinha PT / PSC 204 0,29% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
10110 Sergio dos Amigos da Trilha 203 0,29% Suplente
PMDB / PRB
65432 Marinesio Silva PC do B 199 0,28% Suplente
13007 Sirleide Dantas PT / PSC 195 0,28% Suplente
36444 Irmã Zezinha PTB / PTC / PP 190 0,27% Suplente
25555 João Pessoa PTN / DEM / PPS 189 0,27% Suplente
19333 Elton Jarison PTN / DEM / PPS 187 0,27% Suplente
19567 Humberto PTN / DEM / PPS 187 0,27% Suplente
20222 Fábio Faz PT / PSC 185 0,26% Suplente
43222 Luiz da Cagepa PV / PSD 180 0,26% Suplente
55144 Marcos da Associação PV / PSD 175 0,25% Suplente
36190 Eudes da Ferragem PTB / PTC / PP 172 0,25% Suplente
19999 Marcos Delmiro PTN / DEM / PPS 171 0,24% Suplente
36612 Edson de Elisio PTB / PTC / PP 171 0,24% Suplente
65544 Calango PC do B 167 0,24% Suplente
55192 Georgiana Karla PV / PSD 166 0,24% Suplente
20000 Geraldo da Comunidade PT / PSC 164 0,23% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
10100 Careca do Atletico 157 0,22% Suplente
PMDB / PRB
20115 Biu da Associação PT / PSC 157 0,22% Suplente
65555 Bel PC do B 153 0,22% Suplente
43229 Bruno PV / PSD 152 0,22% Suplente
43777 Cassio PV / PSD 149 0,21% Suplente
14123 Galega do Churrasco PTB / PTC / PP 148 0,21% Suplente
36888 Lucinha PTB / PTC / PP 148 0,21% Suplente
65229 João Grilo PC do B 147 0,21% Suplente
65777 Cris Lima PC do B 147 0,21% Suplente
36123 João Miguel PTB / PTC / PP 146 0,21% Suplente
422
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
43877 Claudio Gas PV / PSD 145 0,21% Suplente
PT do B / PRP /
70450 Edinalva de Ramiro 145 0,21% Suplente
PSDB / PHS
14567 Zé de Ule PTB / PTC / PP 144 0,21% Suplente
13333 Jailson da Galinha PT / PSC 132 0,19% Suplente
65225 Kinka PC do B 127 0,18% Suplente
23000 Aluizio PTN / DEM / PPS 126 0,18% Suplente
43123 Genilda PV / PSD 125 0,18% Suplente
20120 Alexandre PT / PSC 117 0,17% Suplente
14777 Coronel Israel PTB / PTC / PP 114 0,16% Suplente
Vania do Loteamento Boa
55239 PV / PSD 114 0,16% Suplente
Vista
19800 Jocimar Carneiro PTN / DEM / PPS 110 0,16% Suplente
23666 Gean do Tae Kwon do PTN / DEM / PPS 110 0,16% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
40111 Lambú 109 0,16% Suplente
PMDB / PRB
PT do B / PRP /
44123 Vinicius da Cyber 109 0,16% Suplente
PSDB / PHS
55556 Moura PV / PSD 109 0,16% Suplente
20020 Carlinhos do Adesivo PT / PSC 108 0,15% Suplente
20111 Coronel PT / PSC 106 0,15% Suplente
43444 Bernadete PV / PSD 106 0,15% Suplente
13666 Adailson Regis PT / PSC 102 0,15% Suplente
55678 Teta PV / PSD 100 0,14% Suplente
23231 Professor Vasconcelos PTN / DEM / PPS 98 0,14% Suplente
13555 Gonzaga Junior PT / PSC 97 0,14% Suplente
43151 Roberto PV / PSD 96 0,14% Suplente
23222 Janaina Fernandes PTN / DEM / PPS 96 0,14% Suplente
65800 Ramos PC do B 96 0,14% Suplente
65333 Erminio PC do B 92 0,13% Suplente
PT do B / PRP /
70777 Reginaldo da Padaria 88 0,13% Suplente
PSDB / PHS
23345 Irmão Ednaldo PTN / DEM / PPS 88 0,13% Suplente
65111 O Maguin PC do B 86 0,12% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
10222 Ednaldo da Verdura 85 0,12% Suplente
PMDB / PRB
423
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
55198 Tereza Raquel PV / PSD 84 0,12% Suplente
65678 Talana Lima PC do B 84 0,12% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
12444 Raminho da Lotação 82 0,12% Suplente
PMDB / PRB
PDT / PSB / PRTB /
10115 Andrade 80 0,11% Suplente
PMDB / PRB
13123 Irmão Ivanildo PT / PSC 79 0,11% Suplente
PT do B / PRP /
44500 Gileno 78 0,11% Suplente
PSDB / PHS
65300 Nilton Claudino PC do B 77 0,11% Suplente
19126 Roberto PTN / DEM / PPS 75 0,11% Suplente
PT do B / PRP /
44600 Risonete Mendonça 74 0,11% Suplente
PSDB / PHS
14560 Marinésio do Alternativo PTB / PTC / PP 74 0,11% Suplente
55111 Fabio Henrique PV / PSD 72 0,1% Suplente
20789 Fernando do Censf PT / PSC 72 0,1% Suplente
65254 Nelson PC do B 72 0,1% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
40217 Thiago Vital 70 0,1% Suplente
PMDB / PRB
PDT / PSB / PRTB /
10602 Edvaldo do Teclado 70 0,1% Suplente
PMDB / PRB
55345 Edmilson da Saude PV / PSD 69 0,1% Suplente
23111 Kinho PTN / DEM / PPS 68 0,1% Suplente
PT do B / PRP /
70770 Irmão Antonio 67 0,1% Suplente
PSDB / PHS
20015 Nino do Veneno PT / PSC 66 0,09% Suplente
55666 Nino PV / PSD 66 0,09% Suplente
25123 Professora Iracy PTN / DEM / PPS 62 0,09% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
10333 Professor Vanderley 61 0,09% Suplente
PMDB / PRB
20417 Quezia PT / PSC 60 0,09% Suplente
43379 Dellyane PV / PSD 58 0,08% Suplente
13789 Tota do Pt PT / PSC 58 0,08% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
10345 Marcos de Dude 57 0,08% Suplente
PMDB / PRB
PT do B / PRP /
44624 Regina 55 0,08% Suplente
PSDB / PHS
424
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
13664 Eda PT / PSC 54 0,08% Suplente
20456 Irmão Jefferson PT / PSC 54 0,08% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
15123 Rafael da Construtora 53 0,08% Suplente
PMDB / PRB
36378 Irmã Rônia PTB / PTC / PP 53 0,08% Suplente
20888 Tia Leta PT / PSC 52 0,07% Suplente
65456 Fabinho PC do B 51 0,07% Suplente
14234 Neco da Prestação PTB / PTC / PP 50 0,07% Suplente
19246 Décio Pereira PTN / DEM / PPS 49 0,07% Suplente
65666 Lusia PC do B 48 0,07% Suplente
25888 Vamberto PTN / DEM / PPS 47 0,07% Suplente
65221 Diva PC do B 47 0,07% Suplente
65144 Lisboa PC do B 46 0,07% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
10229 Gilson 46 0,07% Suplente
PMDB / PRB
43044 Neno PV / PSD 45 0,06% Suplente
19234 Professora Maria Jose PTN / DEM / PPS 45 0,06% Suplente
65265 Galego PC do B 45 0,06% Suplente
23333 Irmão Jose PTN / DEM / PPS 43 0,06% Suplente
PT do B / PRP /
70123 Francsica Azevedo 40 0,06% Suplente
PSDB / PHS
13110 Toninho de Dede PT / PSC 40 0,06% Suplente
25025 Nildo PTN / DEM / PPS 39 0,06% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
40610 Eline da Saúde 36 0,05% Suplente
PMDB / PRB
43333 Leoncio PV / PSD 36 0,05% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
10555 Ana Cristina 34 0,05% Suplente
PMDB / PRB
20123 Suzete PT / PSC 31 0,04% Suplente
65999 Joebia PC do B 29 0,04% Suplente
PT do B / PRP /
70567 Almir Propaganda 26 0,04% Suplente
PSDB / PHS
PT do B / PRP /
70999 Jaciara 26 0,04% Suplente
PSDB / PHS
55555 Zezé de Varzea Nova PV / PSD 26 0,04% Suplente
44111 Antonio Higino PT do B / PRP / 26 0,04% Suplente
425
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
PSDB / PHS
20777 Suzana PT / PSC 25 0,04% Suplente
43666 Leandro PV / PSD 25 0,04% Suplente
25000 Marcilio PTN / DEM / PPS 22 0,03% Suplente
43888 Zezinho PV / PSD 20 0,03% Suplente
PT do B / PRP /
70789 Lucia do Bar 19 0,03% Suplente
PSDB / PHS
19119 Elias Junior PTN / DEM / PPS 18 0,03% Suplente
50500 Rita de Cássia PSOL 15 0,02% Não eleito
23023 Jacqueline PTN / DEM / PPS 15 0,02% Suplente
43347 Chicão PV / PSD 13 0,02% Suplente
65289 Maria Luzimar PC do B 12 0,02% Suplente
PT do B / PRP /
44800 Campeão 10 0,01% Suplente
PSDB / PHS
PDT / PSB / PRTB /
10120 Dona Fatima 9 0,01% Suplente
PMDB / PRB
PDT / PSB / PRTB /
10456 Professora Cristina 8 0,01% Suplente
PMDB / PRB
43463 Gomes PV / PSD 8 0,01% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
10010 Sargento Dias 7 0,01% Suplente
PMDB / PRB
25222 Lulu PTN / DEM / PPS 7 0,01% Suplente
43113 Maria Marques PV / PSD 6 0,01% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
28678 Ana Carla 4 0,01% Suplente
PMDB / PRB
13999 Fatima do Pt PT / PSC 3 0% Suplente
PDT / PSB / PRTB /
40789 Fátima Dantas de Santa Rita 2 0% Suplente
PMDB / PRB
PDT / PSB / PRTB /
40404 Amália 2 0% Suplente
PMDB / PRB
14000 Paulo PTB / PTC / PP 2 0% Suplente
36800 Mariinha PTB / PTC / PP 1 0% Suplente
PT do B / PRP /
31555 Danielly 1 0% Suplente
PSDB / PHS
19019 Maria Salete PTN / DEM / PPS 0 0% Suplente
65865 Divina PC do B 0 0% Suplente
426
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
PT do B / PRP /
70680 Francsica de Marcos Moura 0 0% Suplente
PSDB / PHS
11000 Anyelli PTB / PTC / PP 0 0% Suplente
14098 Professora Consuelo PTB / PTC / PP 0 0% Suplente
PT do B / PRP /
31229 Renata 0 0% Suplente
PSDB / PHS
25255 Rosangela PTN / DEM / PPS 0 0% Suplente
25111 Virginia PTN / DEM / PPS 0 0% Suplente
65448 Guia PC do B 0 0% Suplente
Legenda do PRP 1.333 1,91%
Legenda do PMDB 984 1,41%
Legenda do PTC 210 0,3%
Legenda do PSOL 174 0,25%
Legenda do PSB 158 0,23%
Legenda do PDT 145 0,21%
Legenda do PSDB 135 0,19%
Legenda do PSD 134 0,19%
Legenda do PP 128 0,18%
Legenda do PC do B 104 0,15%
Legenda do PTB 93 0,13%
Legenda do PT do B 88 0,13%
Legenda do PRB 83 0,12%
Legenda do PT 74 0,11%
Legenda do PPS 56 0,08%
Legenda do PHS 50 0,07%
Legenda do PV 50 0,07%
Legenda do PTN 46 0,07%
Legenda do PSC 36 0,05%
Legenda do DEM 31 0,04%
Legenda do PRTB 6 0,01%
Votos nulos 2.777
Votos brancos 2.535
Total apurado 75.192
Eleitorado 89.443
427
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Vereador
%
Nº Candidato Partido / Coligação Votação Situação
Válidos
Abstenção 14.251 15,93%
Fonte: TRE/PB – Santa Rita - Vereador/2012
Legenda:
PT do B - Partido Trabalhista do Brasil
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PRP - Partido Republicano Progressista
PTN - Partido Trabalhista Nacional
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PSB - Partido Socialista Brasileiro
DEM - Democratas
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PPS - Partido Popular Socialista
PRB - Partido Republicano Brasileiro
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PV - Partido Verde
PT - Partido dos Trabalhadores
PSOL - Partido Socialismo e Liberdade
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PSD - Partido Social Democrático
PTC - Partido Trabalhista Cristão
PP - Partido Progressista
PHS - Partido Humanista da Solidariedade
PRTB - Partido Renovador Trabalhista Brasileiro
PSC - Partido Social Cristão
Pela simples leitura dos resultados finais (TRE/PB, 2012) para vereador nas eleições
de 7 de outubro de 2012, em Santa Rita, se pode fazer a dedução devida da forma e do
desempenho individual de cada candidato no referido pleito. Levando-se em consideração
que “a apuração é conceituada como a terceira máxima fase do processo eleitoral, que se
conecta de forma imediata com a votação”, segundo Ramayana (2009, p.137).
Registramos de que apenas o PRP – Partido Republicano Progressista, obteve 1.333 votos
de legenda, ficando em segundo lugar o PMDB – Partido do Movimento Democrático
Brasileiro, que obteve 984 votos, dentre todos os partidos presentes na referida corrida ao
legislativo municipal. A história do referido pleito, registrou 2.777 votos nulos; 2.535 votos
brancos e 14.251 abstenções, equivalente a 15,93% do eleitorado de 89.443 votantes,
tendo sido apurado apenas 75.192 votos. É uma atitude que devemos respeitar a vontade
do eleitor, porém, entendemos que isso é um desserviço a democracia que tanto
defendemos e queremos, pois, são na realidade 19.563 votos (branco+nulo+abstenção) do
nosso eleitorado nas eleições de 2012 para vereador, votos suficientes para eleger
praticamente 1/3 (um terço) das cadeiras legislativas municipais em Santa Rita, assim
sendo, o referido eleitorado que não quer fazer valer seu voto nas decisões de sua cidade,
como sendo ”a diferença consiste em que a inibição do melancólico nos parece enigmática
porque não podemos ver o que é que o está absorvendo tão completamente. [...]O
428
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
paciente representa seu ego para nós como sendo desprovido de valor, incapaz de
qualquer realização e moralmente desprezível [...]. Ele se encontra, de fato, tão
desinteressado e tão incapaz de amor e realização quanto afirma. [...] Pelo contrário,
tornam-se as pessoas mais maçantes, dando sempre a impressão de que se sentem
desconsideradas e de que foram tratadas com grande injustiça”, segundo Freud (1917
[1915], p.278-281). Diante de tal pensamento, deduzimos que o voto nulo, o voto branco e
a abstenção eleitoral, representa a melancolia nacional, estadual e municipal que vive e ou
pensa viver esse tipo de eleitorado, isso representa protesto em não aceitar votar em
ninguém, por não avistar uma luz no final do túnel, não encontra alternativa, generaliza
que todos os políticos são iguais, todos calçam quarenta, tudo da mesma laia, incapazes,
corruptos de uma figa, algo que o gato enterra, etc, e até porque nunca o Brasil, a Paraíba
e Santa Rita vai mudar... É a turma do quanto pior melhor.
Apenas nos dois maiores colégios eleitorais da Paraíba: João Pessoa e Campina
Grande, teve eleições no segundo turno para prefeito no dia 28 de outubro de 2012.
Em 2014 o Brasil sediou a Copa do Mundo, gastou o que bem entendeu, sem fazer
qualquer tipo de licitação, os estágios de futebol foram construídos e ficaram sendo
chamados de Arena(s). Não faltou dinheiro público gasto a fole e ainda perdemos a
referida disputa para a Alemanha de sete a um no dia 14 de julho de 2014. Registramos
também o acidente aéreo que matou o candidato à presidência da República Eduardo
Campos/PSB, no dia 13 de agosto de 2014, em Santos, Estado de São Paulo, além dos
tripulantes/pilotos: Geraldo Magela Barbosa da Cunha e Marcos Martins; e quatro
passageiros: Alexandre Severo e Silva (fotógrafo); Carlos Augusto Leal Filho; Pedro
Valadares Neto e Marcelo de Oliveira Lira, assessores do referido candidato. A esquerda
irresponsável insuflou sua gente a cometer os arrastões nas principais capitais, dentre as
quais Rio de Janeiro e São Paulo. Apareceram os rolezinhos em ambientes públicos e
privados formados por menores, quebrando tudo que encontrava pela frente, em total
desrespeito a legislação do menor brasileiro e da própria ordem pública em geral, foram
muitos os confrontos antes do período eleitoral. Diante de tais ocorrências e mais o
discurso político de acusações mútuas, no dia 05 de outubro de 2014, foi realizado o
primeiro turno das eleições para os cargos de presidente, governador, senador, deputado
federal e deputado estadual. A campanha presidencial ficou fragmentada diante da saída
indesejada do candidato Eduardo Campos. Diante dos fatos o eleitorado paraibano votou
no primeiro turno em 5 de outubro de 2014 assim:
Cargo: Presidente
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
DILMA PDT / PC do B / PP /
13 Vice-presidente: MICHEL PROS / PSD / PR / 1.166.632 55,61% 2º turno
TEMER PMDB / PRB / PT
PTN / PEN / PSDB /
AÉCIO NEVES
SD / PMN / PTB /
45 Vice-presidente: ALOYSIO 490.516 23,38% 2º turno
PTC / PT do B /
NUNES FERREIRA
DEM
MARINA SILVA PRP / PSB / PPL /
40 393.390 18,75% Não eleito
Vice-presidente: BETO PSL / PPS / PHS
429
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Presidente
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
ALBUQUERQUE
LUCIANA GENRO
50 PSOL 16.827 0,8% Não eleito
Vice-presidente: JORGE PAZ
PASTOR EVERALDO
20 Vice-presidente: LEONARDO PSC 12.101 0,58% Não eleito
GADELHA
EDUARDO JORGE
43 Vice-presidente: CÉLIA PV 7.784 0,37% Não eleito
SACRAMENTO
LEVY FIDELIX
28 Vice-presidente: CEL. JOSÉ PRTB 7.538 0,36% Não eleito
ALVES
ZÉ MARIA
16 Vice-presidente: CLAUDIA PSTU 1.070 0,05% Não eleito
DURANS
EYMAEL
27 Vice-presidente: ROBERTO PSDC 911 0,04% Não eleito
LOPES
MAURO IASI
21 Vice-presidente: SOFIA PCB 796 0,04% Não eleito
MANZANO
RUI COSTA PIMENTA
29 Vice-presidente: RICARDO PCO 247 0,01% Não eleito
MACHADO
Votos nulos 141.373
Votos brancos 95.337
Total apurado 2.334.522
Eleitorado 2.834.782
Abstenção 500.260 17,65%
Fonte: TSE/TRE/PB – 1º turno – Presidente da República/2014.
Legenda:
PC do B - Partido Comunista do Brasil
SD - Solidariedade
PP - Partido Progressista
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PSL - Partido Social Liberal
PHS - Partido Humanista da Solidariedade
PT - Partido dos Trabalhadores
PMN - Partido da Mobilização Nacional
430
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
431
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
políticas públicas de cunho coletivo. Não é por acaso que em todo tipo de campanha
política, comercial, empresarial, social, etc., aparece a figura do marqueteiro e ou seja,
aquele que vai ser o responsável pelo planejamento e divulgação na pequena e grande
mídia daquele produto, candidato e ou serviço. Assim sendo, é importante conhecer o
pensamento de Kotler e Keller (2006, p. 183-184), a respeito da administração de
markenting, ao considerar três teorias motivacionais em seus estudos. Vejamos tais
teorias: a) teoria da motivação de Herzberg, onde envolve os fatores que levam a
insatisfação (identificar para evitar o que leva a insatisfação) e a satisfação (para identificar
o que leva a satisfação; b) teoria da motivação de Freud, onde as forças psicológicas
moldam inconscientemente o comportamento das pessoas, como por exemplo, o fato de
uma pessoa chupar charuto, aversão adulta de chupar dedo e ou algo semelhante, dentre
outras hipóteses; c) teoria da motivação de Maslow, onde as necessidades pessoais são
organizadas hierarquicamente e/ou seja o que mais urgente e o que é menos urgente. E o
disse me disse cumpriu o calendário eleitoral em 2014, apesar da “enrolação”, da
“enganação” e ou do disse me disse dos candidatos, segundo o imaginário popular, e por
analogia, citado como “tal produto não presta é só marketing”, e ou “o candidato tal é fruto
do marketing”, conforme Zela (2002, p.1). A publicidade brasileira de produtos e serviços é
criativa, além de ser considerada como uma das melhores do mundo, segundo Cobra
(2003). O marketing é aplicado praticamente em todos os setores, dentre os quais no setor
político, levando-se em consideração sua própria história e ao desenvolvimento da
propaganda. É importante mencionar de que a propaganda política via a contratação de
empresa de markenting já foi usado em diversos países, dentre os quais podemos
mencionar: em 1956 na campanha presidencial dos Estados Unidos da América, conforme
Figueiredo (1994), diante de tais informações, os candidatos com índices negativos em
termos percentuais eleitorais, passam a agredir os adversários, seus concorrentes visando
melhores resultados na próxima aferição de resultados pré e eleitorais finais. É mito
popular de quem o pau que for pobre que se quebre. Isso é muito usado em nossos dias,
trata-se de propaganda desonesta em termos de concorrência, quem não tem defeito, o
adversário arranja e bota o defeito. É o vale tudo do período eleitoral, além das
conseqüências naturais de quando a campanha termina os processos na esfera judicial
continuam. A propaganda visa à divulgação do produto e ou serviço, serve de marco e ou
pontapé do antes e do durante, visando o futuro em termos de promessa eleitoral, por
exemplo. É assim que surge o spot e jingle, pequenos anúncios em fração de segundos nos
meios de comunicação, principalmente no rádio e na televisão, apresentando o bem e ou
mal que o candidato fulano de tal pretende fazer se eleito e ou que já fez a favor e ou
contra a coletividade. Tudo isso é tido pela opinião pública como propaganda que pode ser
enganosa e ou não. É daí que o povo deduz que ninguém sabe em quem acreditar, todos
tem a formula para resolver todos os problemas da comunidade, estão vendendo muitas
facilidades, então desse modo, quando a esmola é grande demais, até o santo deve
desconfiar, quanto mais o eleitorado. A imagem do candidato e seu programa e ou
promessa de concretização se for eleito, é massificado via a publicidade planejada por
empresas de propagandas. O marketing política do candidato deve ser planeja para
envolver o eleitorado em todos os sentidos. Quem não tem a atenção do eleitor não tem
como vender suas idéias em termos eleitorais, isso é análogo ao que pensa Rego (1985).
Somente a mídia pode tirar o candidato desconhecido do grande público do anonimato e
torná-lo acessível em suas idéias e projetos presentes e futuros, sem isso nada feito. É
caixão e vela preta. O eleitorado gosta de ser enganado, pelo menos em tese, com mídia
desencontrada quando vai comprar um produto, como por exemplo, uma roupa, um objeto
432
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
para sua casa e não é diferente para escolher em quem votar. O candidato no período pré
e eleitoral é uma mercadoria, um produto na visão macro da politicagem nacional e
internacional. Quem mentir mais tem mais condições de induzir o eleitor na hora de
escolher a mercadoria e ou o candidato que vai votar. A mercadoria e ou candidato
divulgado com planejamento é relativamente bem aceito pelo mercado de eleitores. A
política é um negócio como outro qualquer. A meta dominante na mídia de todo e qualquer
candidato é ser melhor e eficiente em relação aos demais. Nunca se concorda com a ideia
do outro concorrente, o eleitor não escolhe em quem votar diante de tal igualdade e sim
em decorrência da desigualdade de falar e agir. A mercadoria eleitor só vota se acreditar
na ideia da mercadoria candidato. Sem essa interação social de confiança, nada feito. Tem
profissionais em movimentos e ou campanhas eleitorais que afirmam que se ganha uma
eleição no dia da eleição, justamente porque quem defende tal tese, sabe que vai aliciar o
eleitorado com distribuição de dinheiro, mídia enganosa, boletins fofoqueiros, etc., então
pega o eleitorado despreparado livre de maldade. É o conto de que tudo foi feito e ou vai
ser feito, tanto é assim que a solução é a mercadoria e ou o candidato tal. Às vezes por
uma única palavra proferida em um debate leva o candidato a ser derrotado, basta haver
uma exploração de tal pensamento negativo e ou positivo em relação à comunidade
eleitora. A mídia está para o candidato assim como sangue para seu corpo. São as
qualidades e os defeitos do candidato e de seus adversários que pesam na hora da escolha
pelo eleitorado, conforme Manhanelli (1988, p. 70). O segundo turno da eleição para
presidente e vice da República aconteceu no dia 26 de outubro de 2014 e o eleitorado
paraibano assim decidiu:
Cargo: Presidente
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
DILMA PRB / PSD / PDT /
13 Vice-presidente: MICHEL PR / PC do B / PROS 1.380.988 64,26% Eleito
TEMER / PT / PP / PMDB
AÉCIO NEVES DEM / PT do B / SD
45 Vice-presidente: ALOYSIO / PTB / PSDB / PMN 767.916 35,74% Não eleito
NUNES FERREIRA / PEN / PTC / PTN
Votos nulos 132.050
Votos brancos 43.718
Total apurado 2.324.672
Eleitorado 2.834.880
Abstenção 510.208 18%
Legenda:
PR - Partido da República
PT do B - Partido Trabalhista do Brasil
PC do B - Partido Comunista do Brasil
SD - Solidariedade
PT - Partido dos Trabalhadores
433
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Governador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
SD / PPS / PTB /
CASSIO CUNHA LIMA PRB / PSD / PT do B
45 Vice-governador: RUY / PSDC / PSDB / PR 965.397 47,44% 2º turno
CARNEIRO / PTN / PEN / PMN /
PSC / PP
PRP / PHS / PPL /
RICARDO COUTINHO
PDT / PC do B / PV
40 Vice-governador: LÍGIA 937.009 46,05% 2º turno
/ PRTB / PT / DEM /
FELICIANO
PSB / PSL
VITAL
15 Vice-governador: ROBERTO PT / PMDB 106.162 5,22% Não eleito
PAULINO
MAJOR FÁBIO
90 Vice-governador: OLAVO PROS 14.910 0,73% Não eleito
FILHO
TÁRCIO
50 Vice-governador: MARCOS PSOL 8.849 0,43% Não eleito
DIAS
16 ANTONIO RADICAL PSTU 2.570 0,13% Não eleito
434
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Governador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Vice-governador: LENA
LEITE
Votos nulos 192.482
Votos brancos 107.143
Total apurado 2.334.522
Eleitorado 2.834.782
Abstenção 500.260 17,65%
Fonte: TSE/TRE/PB – Primeiro turno – Governador/2014
Legenda:
SD - Solidariedade
PRP - Partido Republicano Progressista
PHS - Partido Humanista da Solidariedade
PPL - Partido Pátria Livre
PV - Partido Verde
PR - Partido da República
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PSL - Partido Social Liberal
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PPS - Partido Popular Socialista
PRB - Partido Republicano Brasileiro
PT do B - Partido Trabalhista do Brasil
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PT - Partido dos Trabalhadores
DEM - Democratas
PSC - Partido Social Cristão
PP - Partido Progressista
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PSOL - Partido Socialismo e Liberdade
PRTB - Partido Renovador Trabalhista Brasileiro
PTN - Partido Trabalhista Nacional
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
PSD - Partido Social Democrático
PROS - Partido Republicano da Ordem Social
PEN - Partido Ecológico Nacional
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro.
435
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Cargo: Governador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
PV / DEM / PPL /
RICARDO COUTINHO
PSL / PC do B / PHS
40 Vice-governador: LÍGIA 1.125.956 52,61% Eleito
/ PRTB / PDT / PT /
FELICIANO
PSB / PRP
PSD / PR / PSDC /
CASSIO CUNHA LIMA PEN / PRB / PMN /
45 Vice-governador: RUY PTB / PTN / PP / SD 1.014.393 47,39% Não eleito
CARNEIRO / PPS / PSC / PSDB
/ PT do B
Votos nulos 141.228
Votos brancos 43.095
Total apurado 2.324.672
Eleitorado 2.834.880
Abstenção 510.208 18%
Fonte: TSE/TRE/PB – Segundo turno – Governador/2014.
Legenda:
PSD - Partido Social Democrático
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PR - Partido da República
PHS - Partido Humanista da Solidariedade
PRTB - Partido Renovador Trabalhista Brasileiro
PDT - Partido Democrático Trabalhista
436
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
A sabedoria popular nos ensina que ninguém tem a formula certa para saber o que o
eleitorado quer fazer no ato de votar, tanto é assim, que no primeiro turno da eleição de
governador/2014 o preferido do eleitorado em termos percentuais foi o candidato Cássio
Cunha Lima, que obteve os resultados 47,44% dos votos válidos contra 46,05% dos votos
válidos de Ricardo Coutinho. Vitória parcial, assim sendo, no segundo turno, o mesmo
eleitorado optou por Ricardo Coutinho, que obteve 52,61% dos votos válidos, enquanto
Cássio Cunha Lima, obteve 47,39% dos votos válidos. Daí se tira a lição de que no segundo
turno o candidato da oposição decresceu 0,05% dos votos válidos que obteve no primeiro
turno. Por analogia, "um candidato consegue se eleger quando possui o dom de persuasão
e convence um bom número de pessoas de que suas aspirações coincidem com as do
povo. O marketing político não ganha eleições, ajuda a quem tem condições de fazê-lo a
chegar lá", conforme a visão de Manhanelli (1988, p. 70). Em Santa Rita, o eleitorado
concedeu maioria no primeiro e no segundo turno ao Ricardo Coutinho, assim como optou
em ambas as eleições pela presidenta Dilma Rousseff.
O primeiro turno realizado em 5 de outubro de 2014, também escolheu quem iria
ocupar a cadeira única de senador para representar o Estado da Paraíba no Senado
Federal. Durante a campanha política aconteceu o confronto entre o velho e o novo, saindo
vitorioso o velho que obteve 37,12% dos votos válidos depositados em favor de José
Maranhão/PMDB, contra 29,93% dos votos válidos sufragados no nome de Lucélio
Cartaxo/PT, bem como constatamos que candidato Wilson Santiago/PTB, obteve 29,02%
dos votos válidos. Entendemos assim que a historicidade das acomodações políticas
eleitorais para o senado na Paraíba em 2014, dividiu o velho e novo entre os três principais
candidatos e suas mídias nos programas eleitorais. Saiu vitorioso o velho contra dois novos
que somados os percentuais totalizam 58,95% dos votos válidos no referido pleito.
Portanto, a vitória de José Maranhão, representa o reconhecimento público da maioria
individual diante de tal divisão de tais lideranças. Tudo isso é fruto da opinião pública e da
periodicidade das eleições no regime democrático contemporâneo no dizer Miguel (2004).
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Cargo: Senador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
JOSE MARANHÃO
1º Suplente: NILDA GONDIM
155 PT / PMDB 647.271 37,12% Eleito
2º Suplente: ROOSEVELT
VITA
LUCÉLIO CARTAXO
1º Suplente: BENILTON
133 LUCENA PT / PMDB 521.938 29,93% Não eleito
2º Suplente: LENILDO
MORAIS
PSDB / PPS / PMN
WILSON SANTIAGO
/ PTB / PT do B /
1º Suplente: LUCIANO AGRA
145 PR / PTN / PP / SD 506.093 29,02% Não eleito
2º Suplente: JÚNIOR
/ PSDC / PSC /
EVANGELISTA
PEN / PSD / PRB
PROFESSORA LEILA
1º Suplente: SARGENTO
900 PROS 44.627 2,56% Não eleito
LINDINALVA FARIAS
2º Suplente: ZINHO
NELSON JÚNIOR
1º Suplente: FABIANO
500 PSOL 11.502 0,66% Não eleito
GALDINO
2º Suplente: ALÉCIO COSTA
WALTER BRITO
1º Suplente: VALBERTO
VITORIANO
360 PTC 11.063 0,63% Não eleito
1º Suplente: MARCUS
AZEVEDO
2º Suplente: PASTOR GIL
RAMA DANTAS
1º Suplente: VERA LÚCIA
161 2º Suplente: MARCELINO PSTU 1.461 0,08% Não eleito
RODRIGUES
2º Suplente: TANQUE
Votos nulos 325.589
Votos brancos 264.978
Total apurado 2.334.522
Eleitorado 2.834.782
438
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Cargo: Senador
Partido / %
Nº Candidato Votação Situação
Coligação Válidos
Abstenção 500.260 17,65%
Fonte: TSE/TRE/PB – Senador / 2014.
Legenda:
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PPS - Partido Popular Socialista
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PT do B - Partido Trabalhista do Brasil
PR - Partido da República
PTC - Partido Trabalhista Cristão
PTN - Partido Trabalhista Nacional
PP - Partido Progressista
PSOL - Partido Socialismo e Liberdade
SD - Solidariedade
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PROS - Partido Republicano da Ordem Social
PEN - Partido Ecológico Nacional
PSC - Partido Social Cristão
PT - Partido dos Trabalhadores
PSD - Partido Social Democrático
PRB - Partido Republicano Brasileiro
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
Não temos dúvida de que toda e qualquer atividade lícita em torno do nome do
candidato e de seu partido é campanha política, além de legal é a principal mídia e ou
ferramenta de comunicação política, conforme Gomes (2001). O trabalho dos partidos e
suas coligações nos termos da lei é o caminho para encaminhar todas as discussões do
passando e do presente histórico, visando o futuro da sociedade e suas transformações. É
a leitura simplista que se faz do resultado eleitoral para senador em 2014 na Paraíba.
Não temos dúvida de que dentre os muitos problemas que se apresentam durante
uma campanha eleitoral se encontra o de estudar e determinar o comportamento dos
eleitores. Assim sendo, os candidatos devem ser auxiliados por bons marqueteiros e
cientistas políticos na hora da onça beber água. Podemos afirmar de que existem três
grandes leis fundamentais que posicionam o eleitorado brasileiro, segundo trabalhos
realizados para saber tal perfil. As leis são as seguintes: a) Lei da Indiferença, entendida de
que todos os candidatos calçam quarenta na hora entra na cabine eleitoral. Esse tipo de
eleitor esquece os nomes dos candidatos, seus partidos e números de identificação
eleitoral. Dar branco geral. No tempo em que as urnas não eram eletrônicas, o eleitor
escrevia palavrões xingando os candidatos e votava em pessoas do povo: Vassoura, Pedro
Buraco, macaco Tião, Caixa D’Água, Mocidade, dentre outras figuras locais, regionais e
nacionais, que não eram nem se quer candidatos. É indiferente votar nesse e ou naquele
candidato e ponto final, segundo tal visão de cidadania; b) Lei da Procrastinação e/ou seja,
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
o eleitor com esse perfil adia o tempo todo sem tomar uma decisão em quem vai votar,
pelo sim e ou pelo não deixa tudo para o último segundo antes de entrar na cabine
eleitoral para votar. Isso faz parte do eleitorado indeciso, apesar disso, se sabe que
aproximadamente 90% dos eleitores que entram na cabine eleitoral já tem candidato
escolhido para votar. Assim se deduz que 10% do eleitorado são indecisos e ou
procrastinadores até no momento exato de votar o que faz com que determinadas eleições
fiquem disputadas e ou acirradas no voto a voto e no corpo a corpo do principio ao fim do
período eleitoral. O procrastinador em qualquer tipo de atividade, em sua essência tem
problemas emocionais, assim sendo “a maioria de nós começa o dia procrastinando, ao
apertar aquele botão do despertador que permite ficarmos na cama por mais cinco
minutinhos”, segundo Ferrari Junior (2005), dentre inúmeros outros exemplos; c) Lei da
Efemeridade e ou onde as idéias e ou objetivos da sociedade como um tudo, passa a
conviver com um tipo de vida determinada pela ecologia, corrupção, violência urbana e ou
rural, dentre outras tipologias de defensores: da educação, do emprego, dos programas
sociais e assistencialistas, da segurança pública, etc. Desse modo, se um candidato procura
defender uma bandeira, objetivo e ou tese que a sociedade não tem mais interesse, ele
possivelmente não sairá vitorioso em suas pretensões por falta de eleitores adeptos de tais
idéias, levando em consideração de que o voto é influenciado necessariamente pelos
elementos: ideológico, político e eleitoral, segundo Scotto (2003). É uma regra geral dos
partidos políticos de qualquer escola e ou padrão ideológico, ganhar o poder (BARRY,
1965).
Assim sendo, o eleitorado paraibano em 5 de outubro de 2014, escolheu através do
voto secreto e democrático, pelo menos em tese, mesmo diante de todo o tipo de manobra
ideológica os seus deputados federais, conforme os seguintes resultados gerais:
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Legenda:
PRP - Partido Republicano Progressista
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PRB - Partido Republicano Brasileiro
DEM - Democratas
PRTB - Partido Renovador Trabalhista Brasileiro
PP - Partido Progressista
SD - Solidariedade
PSOL - Partido Socialismo e Liberdade
PROS - Partido Republicano da Ordem Social
PTC - Partido Trabalhista Cristão
PR - Partido da República
PT do B - Partido Trabalhista do Brasil
PSD - Partido Social Democrático
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PHS - Partido Humanista da Solidariedade
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PPL - Partido Pátria Livre
PT - Partido dos Trabalhadores
PSC - Partido Social Cristão
PTN - Partido Trabalhista Nacional
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PSL - Partido Social Liberal
PCO - Partido da Causa Operária
PV - Partido Verde
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PPS - Partido Popular Socialista
PEN - Partido Ecológico Nacional
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Legenda:
PSB - Partido Socialista Brasileiro
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira
PROS - Partido Republicano da Ordem Social
PPL - Partido Pátria Livre
PT - Partido dos Trabalhadores
SD - Solidariedade
PHS - Partido Humanista da Solidariedade
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PP - Partido Progressista
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PEN - Partido Ecológico Nacional
PMN - Partido da Mobilização Nacional
PV - Partido Verde
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PTN - Partido Trabalhista Nacional
PT do B - Partido Trabalhista do Brasil
DEM - Democratas
PSL - Partido Social Liberal
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
PRB - Partido Republicano Brasileiro
PCO - Partido da Causa Operária
PSOL - Partido Socialismo e Liberdade
PPS - Partido Popular Socialista
PR - Partido da República
PTC - Partido Trabalhista Cristão
PSD - Partido Social Democrático
PRP - Partido Republicano Progressista
PRTB - Partido Renovador Trabalhista Brasileiro
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
PSC - Partido Social Cristão.
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estadual, não obstante ser o terceiro maior colégio eleitoral da Paraíba, com 89.443
(oitenta e nove mil, quatrocentos e quarenta e três votos) eleitores em 2014 e mais de cem
mil votos em sua zona eleitoral, computados os votos da cidade de Lucena/PB. Assim
sendo, citamos os candidatos a deputado estadual/2014, que vivem em Santa Rita e fazem
parte do eleitorado municipal: Padre Cristiano Melo/PSOL, obteve 194 votos, equivalente a
0,01% dos votos válidos, não foi eleito; Mariinha/PSOL, obteve 304 votos, equivalente a
0,02% dos votos válidos, não foi eleita; Claudio Marçal/PMN, obteve 541 votos, equivalente
a 0,03% dos votos válidos, não foi eleito; Luiz do Biscoito/PSD, obteve 996 votos,
equivalente a 0,05% dos votos válidos, ficou suplente; Reginaldo Pereira da Costa
Segundo/PB, obteve 2.572 votos, equivalente a 0,13% dos votos válidos,ficou suplente;
Adones Junior/PDT, obteve 5.384 votos, equivalente a 0,27% dos votos válidos, ficou
suplente; O médico Djalma Fernandes/DEM, obteve 8.897 votos, equivalente a 0,44% dos
votos válidos, ficou suplente; Zé Paulo/PCdoB, obteve 25.341 votos, equivalente a 1,26%
dos votos válidos, foi eleito pelo quociente partidário. Assim sendo, o quociente partidário é
determinado para cada partido e ou coligação o quociente partidário, dividindo-se pelo
quociente eleitoral o número de votos válidos dados sob a mesma legenda e ou coligação
de legendas, desprezadas a fração, conforme o artigo 107, do Código Eleitoral Brasileiro.
Ressaltamos também de que foram 2.777 votos nulos, 2.535 votos brancos e 14.251
abstenções, equivalente a 15,93% dos 89.443 eleitores. Em síntese, foram apurados
75.192 votos para deputado estadual em 2014 em Santa Rita, assim sendo não foi eleito
um só deputado estadual só com a votação do eleitorado santaritense constituído por
89.443 eleitores, o que nos parece que “as ideologias, ao mesmo tempo em que são
constituídas pela cultura política de uma sociedade, acabam moldando esta mesma
sociedade através da produção de novos significados que são internalizados nas práticas
sociais”, segundo Borba (2005). É a falta de confiança e/ou de compromisso do eleitorado
para com os candidatos ditos filhos da terra.
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
CAPITULO V
ANDRÉ VIDAL DE NEGREIROS, HERÓI NACIONAL
[...] Religioso como um santo instituio perto
de Guayanna a capella da Senhora do
Desterro, attribuindo a intercessão dessa
santa as victorias alcançadas contra os
hollandezes. [...]. (MOREIRA DE AZEVEDO,
1861, p.9).
Os nossos pais e bem assim os nossos professores falavam sobre a figura histórica
de André Vidal de Negreiros, nascido em 1606, natural do Engenho São João, Capitania da
Paraíba, filho de Francisco Vidal de Negreiros e de Catarina Ferreira, considerado um dos
principais lideres da restauração das capitanias do Rio Grande do Norte, da Paraíba e
Pernambuco, dentre outras que ficaram sujeitas ao domínio holandês, bem como é
considerado como a alma da restauração, tendo em vista ser o homem que jamais se
curvou ao medo e muito menos as conveniências, nunca correu mesmo diante do poderio
inimigo apesar de muitas vezes foi quase esmagado, conforme Pinto citado por Silva (2006,
p. 160). Sua bravura e ou fama é reconhecida no texto da carta do Padre Antônio Vieira
enviada ao Rei D. João IV, escrita na Capitania do Pará em, 6 de dezembro de 1655, onde
afirma que
Tem V. M. mui poucos nos seus reinos que sejam
como André Vidal; eu o conhecia pouco mais que
de vista e fama [...] pelo que toca ao serviço de V.
M. (de que nem ainda cá me posso esquecer) digo
a V.M. que está André Vidal perdido no Maranhão,
e que não estivera a Índia perdida se V.M. lha
entregara.(VIEIRA, 2003, p. 455-456).
472
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
O que é muito natural ainda nos dias atuais. E até porque ninguém deve pagar pelo
passado de seus familiares. A pobreza não é um câncer que se nasce, vive e morre com
ele. A classe social em que nasceu o grande herói não importa para sua ascensão na vida
pública, não existe demérito em ele ter nascido filho de senhor de engenho e ou filho de
um modesto carpinteiro e ou cortador de cana. A dignidade não tem preço em qualquer
situação. Importa sim não ser corrupto e muito menos corruptor, é justamente o que
deduzimos da figura do herói André Vidal de Negreiros e seus companheiros, haja vista que
todas as cartas recebidas por eles, in loco foram encaminhadas ao rei lusitano para que
delas ele tivesse conhecimento e ciência própria, conforme
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Lisboa,24/10/1647.(ALBUQUERQUE,CASTILHO,
MONTALVÃO, 1647).
Assim sendo, importa em ele ser um homem livre e de bons costumes da Capitania
da Paraíba e com atuação praticamente em todo o nordeste do Brasil no século XVII,
homem de fibra, bravo e ostentador de “sucesso da guerra dos portugueses, levantados
em Pernambuco contra os holandeses” (NEGREIROS; SOARES, 1646), daí vem o
argumento historiográfico holandês de que ele era capitão-do-mato, filho de pai
carpinteiro, pobre na forma da lei, querendo com isso dizer que ele servia a uma classe
social a qual ele próprio não pertencia. Esse argumento é falso em sua essência
epistemológica e desprovida de qualquer amparo documental. É o fato dito porque quem
disse queria dizer que ele era assim e ou assado, Deus e ou o Diabo na terra da lua e ou
sol. Isso é mera ilação e ou lenda de quem não tem o que dizer a favor e ou contra uma
pessoa que viveu com dignidade e honradez, conforme sua biografia escrita em 1861,
portanto no século XIX, que
Nem por isso se pode tirar sua valentia, nativismo e heroísmo de caráter nacionalista
da futura nação brasileira, cujo nativismo nasceu de sua lealdade e de seus honrados
comandantes e comandados, é por isso que ele é acima de tudo e de todos um dentre os
demais heróis na construção da Pátria que ele não a conheceu em vida, tendo em vista que
nossa terra naquele tempo pertencia ao domínio lusitano, de modo que
E isso é fato histórico. Sabe-se que ele foi um dos maiores intrépidos defensores da
Capitania da Bahia. É importante mencionar de que revoltado contra o domínio batavo,
João Fernandes Vieira agita um dia Pernambuco contra os holandeses chefiados pelo
Conde Mauricio de Nassau, e André Vidal de Negreiros, tomou conhecimento do fato,
resolveu entrar em território pernambucano, fingindo nada ter com o governo português,
toma a chefia militar da revolução, ganha a batalha de Casa Forte, no Recife, mostrando-se
475
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
A principal meta da igreja através de seus religiosos era promover a conversão dos
infiéis ao catolicismo sem abrir mão do trafico negreiros da África para o Brasil, na época
comercio que garantia grandes lucros, tendo em vista o uso da mão-de-obra dos escravos
negros na plantão e coleta da cultura da cana-de-açúcar. E foram muitos os conflitos que
tiveram a participação direta e indireta de André Vidal de Negreiros e da Companhia de
Jesus, de modo que ano de 1661, a referida ordem religiosa foi expulsa do Maranhão pelos
colonos descontentes, época em que o mesmo já estava sendo governador da Capitania de
Pernambuco, desde 1657, representando a política dos senhores de engenhos e tentando
recuperar a economia da açucarocracia naquela importante capitania do império lusitano.
Tanto é assim que foi enviada a “Carta ao rei de Portugal tratando dos abusos cometidos
por André Vidal de Negreiros no governo de Pernambuco”(MENESES, 1658).
Em 1765 André Vidal de Negreiros se encontra em Luanda e continua tendo como
ideologia e ou política o pensamento do Padre Antônio Vieira, o que serviu para enfrentar o
pensamento do governo do Rei Dom Antônio I, do Congo, o Mani Maluza, que vivia
submetendo a população que discordasse de sua orientação, tal como lealdade obrigatória
aos chefes aliados e submissão a ferro e a fogo os inimigos seus. O referido rei foi
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Onde denuncia que Matias Vidal de Negreiros não cumpriu a obrigação de reedificar
o engenho São João na Capitania da Paraíba, cujas ruínas atualmente se encontra nas
imediações da atual Usina São João que foi construída em suas terras. Por outro lado o
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
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CAPITULO VI
EM TI E POR TI SANTA RITA
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
plebeu e elogiável, no bom sentido da palavra. Atualmente é habitado por gente de todas
as classes sociais e profissões liberais. O nosso popular não significa ser medíocre, somos
uma população honrada e trabalhadora e que sonha de olhos abertos com o nosso futuro,
de modo que discordamos plenamente de Oscar Wilde, ao afirmar de que “a cada bela
impressão que causamos, conquistamos um inimigo. Para ser popular é indispensável ser
medíocre”, tendo em vista que amamos esse lugar como amamos o nosso próprio ser. O
Bairro Popular fez realizar o sonho de muita gente com a casa própria e barata, um
exemplo disso: “[...] Trabalhávamos os dois na fábrica de tecidos paraibana, chamada
Tibiri. Ele era tecelão igual a mim, mas nunca tirou um pagamento igual, sempre tirei 20,30
cruzeiros a mais por causa da produção. Moramos na casa da companhia, casa de 2
quartos, na rua 20, até pouco antes do nascimento de Jacilene. Aí fiz um acordo com a
companhia, porque tive que ser operada, e 1 ano e 6 meses depois ele foi despedido.
Tinha 30 dias para desocupar a casa. Peguei meu dinheiro e saí pela cidade alta,
procurando uma casa barata, porque o bairro estava começando[...].” (OLIVEIRA; PRADO,
1981, p.71-72). E o acesso ao Bairro Popular? Diante de fatos não se tem argumentos,
tanto é assim que analogicamente falando entendemos que Santa Rita, Sua História e Sua
Gente, é muito bem retratada nas fotografias de Fausto Ferreira e Antônio Viégas, dentre
outros fotógrafos “in memorian” que aqui escolheram para morar e construir suas famílias.
As fotos que registram in loco a construção da pequena ponte sobre o rio preto, que nasce
nas imediações da localidade “onze” no Bairro da Santa Rita e corta a cidade para despejar
na maré com destino ao mar, passando pela a atual rua Professor Severo Rodrigues,
educador exemplar “in memorian”, antigo professor da Vila Operária Tibiri e da rede
municipal de educação na década de 30 do século XX em nossa terra. Não é por acaso que
Mia Farrow enfatiza que “a fotografia nunca se revela por inteiro quando você se
desmancha por alguém. Essas relações lembram uma foto polaroid: a imagem vai
aparecendo aos poucos. Algumas coisas se distanciam do sentimento original, mas isso é a
vida”. Voltando a análise nua e crua da foto antes citada, ao fundo do registro fotográfico
avista-se a antiga Cadeia Pública de Santa Rita, edificado também na década de 30 e o
casario com o estilo da época, valendo apenas relembrar de que todas as casas foram
derrubadas e em cujos terrenos foram construídos novos prédios, a começar pelo prédio
dos herdeiros do comerciante Antônio Alvino da Costa, por exemplo, na Praça Venâncio
Neiva, de frente para a Estação Ferroviária Conde D'Eu em Santa Rita/PB, inaugurada em
1882 e assim denominada em homenagem ao genro do Imperador D. Pedro II, esposo da
Princesa Isabel, a responsável pela libertação dos escravos em 13 de maio de 1888. É
importante registrar que o prédio da antiga Estação Ferroviária também foi derrubada na
década de 80 do século XX, e em cujo terreno foi construída o prédio atual. Nota-se
também a existência da construção de casas de taipa e cobertas de palhas na atual Rua
Senador José Américo, que na época era chamada de rua do Melão e depois de rua Nova
Descoberta, já existiam as casas de frente para a cadeia pública, a exemplo da casa onde
mora e trabalha o senhor João Ferreira Maciel, um dos primeiros radiotécnicos de Santa
Rita formado no Rio de Janeiro para consertar rádio e televisão, além do salão de beleza
masculino do hoje advogado e delegado Oscar Amâncio e colegas de profissão, a exemplo
do senhor conhecido por “Paixão”, dentre outros. Já existia a Rua da Linha, que passou a
chamar-se de Rua Dr. Pedrosa, bem como a casa do senhor José Severiano de Lima,
enfermeiro altamente humano e qualificado e que trabalhava no Hospital e Maternidade
São Vicente de Paula, na cidade de Itabaiana/PB, casado com dona Dulce Ferreira de Lima,
conhecida por dona Dulce, de saudosa memória e que construiu uma grande prole, dentre
os quais o Engenheiro Edson Severiano; o Médico Val; a Professora Edileuza; Professor
486
Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Evandro Severiano de Lima, que inclusive foi professor no COFRAG - Colégio Dr. Francisco
Aguiar, no período de 01 de outubro de 1985 a 23 de março de 1992, quando já estava
estabilizado como professor na rede pública estadual e municipal, e outros filhos
igualmente ilustres de famílias de nossa amada terra: Santa Rita. A casa onde morou Mário
Bandeira de Luna, funcionário da Rede Ferroviária Federal, (pai de Cândida das Neves,
Maria do Carmo, Maria da Penha, Maria de Fátima e João Bandeira), casado com Herundina
Pereira da Costa, tia do ex-prefeito Reginaldo Pereira da Costa e seus irmãos, também
aparece encoberta por plantações de bananeiras e coqueiros, onde se encontra edificada a
Padaria Santo Antônio, de Adauto Apolinário e família, e do outro lado da rua Professor
Severo Rodrigues, esquina com a rua Dr.Pedrosa, verifica-se a existência de uma modesta
casa de taipa e coberta de palhas de cana de açúcar, que é justamente a casa primitiva do
comerciante Ernesto Alves de Lima, “in memorian”, onde encontra-se atualmente
estabelecido o seu filho e também comerciante Antonio Alves de Lima, o popular Tota
promoções. O povo passava para o bairro popular por uma pinguela, feita de madeira ou
por dentro d'água, não existia a rua Professor Severo Rodrigues, isto é o inicio da
habitação do sopé que acessa “morro” da popular, nosso maior orgulho de vivermos nele
os 365 dias do ano, isto há mais de 60 (sessenta) anos contínuos. Assistimos a expansão
urbana de nosso amado Bairro Popular e demais bairros de nossa cidade alta e
adjacências. O registro panorâmico fotográfico prova de que antes dali o Bairro Popular
ainda não tinha sido pisado por automóveis, motors, etc., apenas por animais domésticos,
bois, cabras, jumento, cavalos, etc., e ou selvagens que outrora se presume que tenham
aqui vivido antes da presença do homem tido como civilizado, ainda não existia lixo e
esgoto sanitário jorrando a céu aberto como sepultura esperando o cadáver para ser
sepultado, sic, salvo melhor juízo.
Em síntese nesta época, Santa Rita era administrada pelo então Prefeito Antônio
Teixeira, iniciada em 1959, no Bairro Popular tinha apenas as casas populares construídas
no Governo do Presidente Eurico Gaspar Dutra e inauguradas em 1949, entre as atuais
ruas: José Paulino Cavalcante, Professor Pereira Lira e Major Terêncio, na rua Eurico Dutra,
tinha apenas a construção da caixa d’água no local onde atual foi construída a Secretaria
Acadêmica da Faculdade e Colégio Francisco Aguiar - COFRAG. E por fim cercados de
criação de gado, muitos pés de macaíba e poucos casas edificadas de barro e cobertas de
palhas de cana e ou de coqueiro. E até porque Andy Warhol tem razão quando afirma que
“a melhor coisa sobre uma fotografia, é que ela não muda mesmo quando as pessoas
mudam”. Vem daí o atual Bairro Popular, que batiza todas as demais localidades da atual
cidade alta de Santa Rita. Viva nossa terra!
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
O palanque meia-lua,
De arquitetura deslumbrante,
Palco de Nelson Gonçalves,
De Luiz Gonzaga e de Ébano.
Tribuna da política local e nacional.
De hora em hora,
O apitar da Fábrica Tibiri,
Das usinas e engenhos,
A noite ia impondo o silêncio...
E a lua iniciava seu clarão.
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
É importante enfocar de que a Ilha Tiriri (planta rasteira que corta como navalha) é
localizada defronte a Capital da Paraíba, sob suas águas turvas aconteceram os naufrágios
não encontrados e sem descrições do barco francês Chargeau D´Flote, em 1712 e bem
assim a barca brasileira Antonietti, em 1873, em ambos os casos teve como motivo
encalhamento em banco de areia. E por fim, sem motivo conhecido, naufragou em 1893,
em águas da Ilha da Restinga, a barco de nacionalidade norueguesa Albert, conforme os
Naufrágios da Paraíba relacionados em o Brasil Mergulho (sd)¹. Nada cai do céu por acaso,
se sabe que em 1890, no mesmo ano em que Antônio Gomes Cordeiro de Mello e seus
companheiros conseguiram a emancipação política de Santa Rita da então Capital da
Paraíba do Norte, em 19 de março de 1890, esteve visitando as terras de Santa Rita,
principalmente o nosso litoral paraibano, o português Antônio Varandas de Carvalho e o
inglês Jordan Stuart, quando ambos resolveram parar suas andanças para descansar um
pouco, foi justamente aí quando observaram que a lama que se acumulava nos varapaus
de apoio para vadear o nosso manguezal, secava relativamente rápido, tornando-se
consistente e de boa qualidade a referida argamassa natural. Dizem que foi a partir dessa
observação que a Ilha Tiriri foi posteriormente escolhida como o local para construção e
funcionamento da primeira indústria de cimento da América do Sul em solo santaritense
paraibano em 1892, conforme nos informa Adm. Conselho Nac. Geografia (1943) e bem
assim os Confrades do IHGP (1946). Assim sendo, foi construída e funcionou durante três
meses em 1892, o que envolve pioneirismo e fugacidade, sic, conforme cita a Revista do
Serviço Público, v. 13 (1941): “[...] no Estado da Paraíba foi, em 1892, inaugurada na Ilha
de Tiriri uma fábrica de cimento que suspendeu, porém, dentro de três meses o seu
funcionamento”. Isso mesmo, localizada em Santa Rita, na Ilha Tiriri e/ou Tiririca, no
século XIX. Vale salientar de que a falência da referida Fábrica de Cimento Tiriri, provocou
a “Questão da Ilha de Tiriri”, embate jurídico envolvendo o Governo do Estado da Paraíba e
a Companhia de Cimento Portland, sediada no Rio de Janeiro, proprietária da referida
fábrica na última década do referido século, onde os donos da fábrica pediam indenização
pelo acervo entregue ao Estado da Paraíba, tendo em vista o investimento arrojado para a
época e a grande quantidade de toneladas de cimento ali fabricado. Existem duas versões
a respeito do fechamento da Usina e ou Fábrica de Cimento da Ilha Tiriri: 1ª) A quebra do
volante de uma máquina a vapor, segundo seus proprietários; 2ª) As dificuldades dos
empreendedores da fábrica de cimento em lutar contra os preços dos produtos importados,
segundo Simonsen (1967). Sejam quais forem os motivos da falência da referida fábrica, é
importante conhecermos os argumentos da historicidade do cimento Portland, segundo
artigo de Battagin (2009) ao afirmar: “[...]Assim, chegou a funcionar durante apenas três
meses, em 1892, uma pequena instalação produtora na ilha de Tiriri, na Paraíba, cuja
construção data de 1890, por iniciativa do engenheiro Louis Felipe Alves da Nóbrega, que
estudara na França e chegara ao Brasil com novas ideias, tendo inclusive o projeto da
fábrica pronto e publicado em livro de sua autoria. Atribui-se o fracasso do
empreendimento não à qualidade do produto, mas à distância dos centros consumidores e
à pequena escala de produção, que não conseguia competitividade com os cimentos
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
importados da época [...]”. Aí fica configurada a idéia de interior, lugar de difícil acesso,
rural e/ou rústico de tudo que fica longe dos grandes centros urbanizados, herança
histórica e literária da cultura do interior que Portugal durante mais de trezentos anos
assim introduziu e induziu nossa gente a acreditar. É mesmo o lugar onde o vento faz a
volta, o que costumamos chamar de interior, de gente atrasada. Ainda na atualidade os
grandes empreendimentos são direcionados aos grandes estados membros da federação
brasileira em detrimento dos considerados pequenos e ou atrasados. É a cultura do interior
e do atraso que não gera industrialização e muito menos desenvolvimento social. O Brasil
ainda continua em via de desenvolvimento sustentável diante das demais nações, tidas
como grandes e de primeiro mundo. Quase todos grandes investimentos que vem para o
Estado do Paraíba, principalmente se for para implantação de novas industrias, esforços
políticos são implementados e fixados para os municípios de Campina Grande e João
Pessoa, onde Santa Rita mesmo sendo a terceira cidade da Paraíba vem sofrendo tal
discriminação desde o inicio de nossa fundação e emancipação política e social, não
obstante fomos e ainda somos o maior marque agro-açucareiro desde o período colonial
aos nossos dias no solo paraibano.
Em síntese, as ruínas da fábrica de cimento estão ainda presentes na Ilha Tiriri,
pertencem a particulares e podem ser visitadas mediante agendamento prévio, tendo como
acesso, via barco a partir da Praia de Jacaré, em Cabedelo, e/ou através da BR 101,
passando por Pirpiri/Bebelândia/Gargaú e o Distrito de Nossa Senhora do Livramento, em
Santa Rita, litoral paraibano. Nossa Santa Rita é privilegiada pela natureza, tem o maior
lençol freático da Paraíba em seu solo, temos água mineral jorrando com abundância em
pleno século XXI a céu aberto, água doce de primeira qualidade, o que motivou a
implantação de várias indústrias de exploração do ramo em nosso território municipal.
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comunidade com o uso do dinheiro público; e por fim uma trombose retirou o governador
Flávio Ribeiro Coutinho da cadeira de governador com menos de um ano de ter assumido o
referido cargo em dezembro de 1957, seu sucessor o vice Pedro Gondim, apenas manteve
os serviços essenciais funcionando em nossa terra e investimentos praticamente nada
trouxe para acelerar o nosso desenvolvimento social, financeiro e econômico.
Honestidade em pessoa
Não tinha fineza...
Vassoura gente trabalhadora
Forte e não dependia da riqueza.
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CAPITULO VII
SANTA RITA DE ONTEM E DE HOJE
7.1 – QUARENTA ANOS DEPOIS...
Em política, perseguir um homem não é
apenas engrandecê-lo, mas também
justificar-lhe o passado.
Honoré de Balzac
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Nazário, Severino Rodrigues Paulista, Salomão de Lima Macedo e Elisio Pereira Paiva, todos
de saudosa memória, onde no parágrafo 1º, do artigo 5º (quinto) daquele diploma legal
que determinava: “[…] § 1º – Verificando-se empate em mais de dois nomes,
somente os dois vereadores mais idosos poderão ser votados, e no caso de se
verificar votação igual entre os dois, será proclamado eleito o mais moço”
(Grifamos), o que realmente aconteceu, a Vereadora Débora Soares, tinha idade de ser
mãe do Vereador Francisco Aguiar, ambos concorrentes a cargo de Presidente da Câmara
Municipal, em ambos os escrutínios. Portanto, o quebra-quebra aconteceu dentro do
Plenário da Câmara Municipal de Santa Rita na noite de 31 de janeiro de 1973, porque tal
principio foi desrespeitado e rasgado por quem presidia a eleição da Mesa Diretora da
Câmara Municipal, atual Casa Antônio Teixeira. E o Poder Judiciário corrigiu o erro de
interpretação do Regimento, e até porque no dizer de Hubert H. Humphrey “Errar é
humano. Culpar outra pessoa é política”, o que na realidade aconteceu no caso. Os ânimos
da política partidária em Santa Rita sempre foram e são exaltados de ponta a ponta, onde
os adversários botam defeitos de toda ordem em seus concorrentes, porque entendem que
em política feio é perder a eleição. A política é uma fonte de cobiça e de desrespeito aos
valores humanos, profissionais e morais dos concorrentes em si em qualquer parte do
mundo e aqui não é diferente. Isso não é coisa nova em nossa terra, na década de 70 do
século XX, aqui já existia essa herança maldita dos antepassados e das brigas sem motivos
aparentes. O prefeito eleito no pleito de 15 de novembro de 1972 e já empossa era Antônio
Joaquim de Morais (economista e contador) e o Vice Prefeito Joaquim Dias Ramos
(empresário do ramo de panificação), ambos pertencentes à ARENA-Alicança Renovadora
Nacional/situação e seguiam a orientação político do Deputado Egidio Silva Madruga
(advogado), enquanto o MDB/Movimento Democrático Brasileiro seguia a orientação do ex-
Vereador, ex-Deputado e ex-Prefeito Heraldo da Costa Gadelha (advogado), candidato
derrotado naquelas eleições em virtude da existência do instituto das sublegendas
implantas pelo Regime Militar de 1964, onde os dois partidos políticos: Arena e MDB, eram
transformados em seis partidos na prática. As sublegendas de ambos os partidos brigavam
internamente que parecia cachorro vira-lata a procura de “osso” para roer. É esta a
verdadeira história da eleição da Mesa Diretora do Poder Legislativo Municipal de Santa
Rita, realizada no dia 31 de janeiro de 1973 que elegeu o Vereador Francisco de Paula
Aguiar, seu Presidente, contada 40 (quarenta) anos depois para o conhecimento da
população de “Santa Rita, Sua História e Sua Gente”. Mencionamos que Aécio Flávio Farias
de Barros (in memorian) e Heraldo da Costa Gadelha foram os advogados que assinaram a
petição inicial do Mandado de Segurança, e até porque no dizer de Winston Churchil “A
política é quase tão excitante como a guerra e não menos perigosa. Na guerra a pessoa só
pode ser morta uma vez, mas na política diversas vezes”, o que justifica a publicação
textual contando aquela eleição quarenta anos depois: 31 de janeiro de 1973 a 31 de
janeiro de 2013.
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Municipal de Santa Rita) e não no prédio atual na Rua Juarez Távora, cujo Prefeito
Municipal era o Flávio Maroja Filho e Secretário (único) Bernardino Gomes da Silveira, o
expediente era das 8:00 às 11:00 horas e das 14:00 às 17:00 horas. Internamente a
prefeitura tinha os seguintes funcionários e respectivos cargos: Ângelo Batista de Souza
(Tesoureiro); Izidro Gadelha Filho (Fiscal Geral); Alcides Cordeiro de Lima (Diretor de
Obras); João Arcebispo de Carvalho (Administrador de Obras Públicas); José Vicente da
Silva (Inspetor de Veículos); José Cândido Feitosa ((Fiscal Arrecadador); João Moreira da
Costa (Fiscal Arrecadador); Sebastião Gonçalves de Lima (Fiscal Arrecadador); Manuel
Pereira de Carvalho (Fiscal Arrecadador); Bento Leite de Araújo (Fiscal Arrecadador);
Juvenal do Vale e Silva (Fiscal Arrecadador); Antonio Barbosa de Lima (Fiscal Arrecadador);
Manuel Vieira dos Santos (Coveiro e Zelador); Zacarias Francisco Soares (Porteiro
contínuo). É neste ambiente que o jovem Waldemar de Carvalho Lelis, exerceu a função de
Diretor-Secretário do Anuário Informativo da Prefeitura Municipal de Santa Rita no ano de
1937, ao lado Lapemberg Medeiros (Diretor) e Jaime Gonçalves do Nascimento (Diretor
Gerente). Aqui vale salientar que Waldemar de Carvalho Lelis fez o “Prefácio” da edição
única do anuário mencionado, onde ele inicia afirmando que “vamos caminhando para uma
época de ressurgimento econômico, industrial, comercial, político, social e intelectual”, de
modo que tal fato já era presente na Santa Rita do Estado Novo de Getúlio Vargas, criado
em 1937, que era o “pai dos ricos” e a “mãe dos pobres”, mero proselitismo populista e
nacionalista, então dominante no Brasil e em outras partes do mundo, de modo que “foi a
consciência do que acabamos de expor, que nos animou em coligir tudo que represente
trabalho e prosperidade de Santa Rita”, e continua enfocando que “na presente publicação
apresentamos inúmeros dados estatísticos, que comprovam o que somos e o que
possuímos”, fato importante relatado em 1937 por um jovem intelectual local, fazendo
história em sua diacronicidade, de modo que “há em Santa Rita uma dura e terrível
incompreensão, alheiada a uma irresponsabilidade altamente prejudicial aos seus mais
intrínsecos e palpitantes problemas”, segundo o dito prefaciador, chegando ao ponto de
afirmar que “ninguém melhor do que nós, devemos conhecer, as nossas possibilidades e
os vastíssimos horizontes que se descortinam, nos mostrando um meio de atingirmos a um
fim condigno e elevado”, e ele continua prefaciando, dissertando o momento político,
cultural, educacional e administrativo da “Rainha dos Canaviais”, da “Rainha das Águas
Minerais”, da “Rainha da Cerâmica”, e de tantos outros adjetivos, inclusive de uma das
cidades mais violentas do Brasil, de modo que registrava ainda que “não alimentamos
vaidade, nem ideias preconcebidas, quando tomamos o encargo de dar a Santa Rita um
anuário informativo, que ela até hoje não possuía ainda”, isto no final do ano de 1937, não
obstante os esforços pessoais dos idealistas e intelectuais: Waldemar de Carvalho Lelis
(Diretor-Secretário), Jaime (Lacet) Gonçalves do Nascimento (Diretor-Gerente) e
Lapemberg Medeiros (Diretor), junto ao então prefeito Flávio Maroja Filho e demais
pessoas influentes do poder local, denunciando ainda que “não é tão fácil como pareça a
primeira vista, coordenar todos os algarismos relativos a um município como o nosso”, o
que confirma a complexidade administrativa do jogo do poder local, além do tamanho
territorial que naquela época ainda era maior do que hoje, pois, Barreiras (atual Bayeux) e
Lucena, pertenciam política e administrativamente ao território santaritense desde sua
emancipação política da Capital da Paraíba em 19 de março de 1890, apenas o território do
município de Cruz do Espirito Santo foi emancipado do de Santa Rita em 7 de março de
1896, “mas, Santa Rita precisava de há muito tempo, uma iniciativa como esta que ora
empreendemos. Pois, não seria plausível, que silenciássemos, uma causa, que mais do que
nunca precisa ser patenteada em letras de forma”, o que comprova sua vontade da fazer
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
surgir no solo de Santa Rita uma espécie de imprensa local livre para divulgar o que era
público e o que era privado, coisa que atualmente em pleno século XXI ainda não existe
uma imprensa oficial local, não obstante as novas mídias da comunicação, pois, “temos a
necessidade imprescindível de testemunhar o que valemos, aos quatro ventos para que nos
conheçam perfeitamente”, o que comprova ainda hoje a necessidade de auto-afirmação
pessoal e profissional das letras e suas tecnologias das pessoas idealistas, éticas e
intelectualmente preparadas para assumir quaisquer atividades da vida pública ou privada
em Santa Rita, o que vale dizer que já naquele tempo não se fazia política por ideologia e
sim por necessidade em nossa terra, a chamada açucarocracia, onde a “prata de casa” não
tem valor perante os donos dos meios de produção de açúcar e seus derivados, que são os
mesmos donos do poder político municipal e enfatiza sem medo que “por isso, não nos
furtamos e o contentamento de dizer da profunda alegria que nos invade a alma,
enfeixando em volume essa porção de estatísticas, que representa para nós uma
preciosidade fantástica”, levando-se em consideração que “nos desobrigamos, deste modo,
da missão que tivemos por bem, cumpri-la fielmente”, demonstrando assim a capacidade
técnica e profissional dele e de sua equipe editorial do referido anuário de 1937,
adiantando ainda que “se porventura não esteja perfeito o que fizemos, pedimos a
complacência dos nossos conterrâneos”, tamanha era a ética profissional deste jovem
intelectual diante da realidade transcrita no primeiro e único anuário que registrou os atos
e fatos da administração pública e da vida privada em Santa Rita, de modo que “nos
consola, porém, a certeza de que prestamos ao torrão querido uma justa e significativa
homenagem”, o que vale dizer que “todavia, temos confiança de que no ano vindouro, se
os maus fados não empanarem a nossa marcha, estaremos novamente a postos no
cumprimento do nosso dever”, ficou apenas na esperança de uma segunda edição do
anuário, nunca se teve uma só explicação oficial e ou oficiosa, porém, as forças do atraso
do poder político municipal não ajudaram a concretizar a continuação do sonho dos três
jovens de 1937, talvez com medo de que eles viessem a ascenderem na política de Santa
Rita como prefeitos, vereadores, etc, de modo que Lelis (1937) termina o prefácio da
edição única do Anuário Informativo do Município de Santa Rita, afirmando que “esperamos
contudo, que não nos faltem o apoio moral e material, sem o que nada poderemos fazer. É
somente”. Conclusão a inveja local contra quem sabe ler e escrever e fazer algo digno,
criativo e que envolva conhecimentos acadêmicos e profissionais, não é bem visto e faz
muito tempo pelas forças do atraso ainda presentes em nossos dias na vida política, social
e administrativa de Santa Rita.
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Assim sendo, portanto, o referido pesquisador é muito feliz ao mencionar que “seu
único registo identificado é de 1910, quando aparece sem vínculo com outra propriedade -
indício de que possuiu patrimônio próprio”, assim sendo, trata-se de um santuário
construído e mantido pela iniciativa privada e ou seja pelos donos do feudo rural que o fez
edificar no século XIX em homenagem a Virgem do Desterro e/ou Sagrada Família,
confirmando a versão da Família Gomes de Mello de que Carlos Gomes de Mello mandou
edificá-la com recursos próprios, portanto, repetimos, um santuário particular e ou privado
da referida família, construído e inaugurado em 1869. Ressaltamos de que nem mesmo a
presença dos monges beneditinos, antigos senhores feudais do Engenho Maraú, antes da
construção e fundação da capela do Desterro, na segunda metade do século XIX, faz
qualquer registro a respeito da existência da referida capela na Várzea do Rio Paraíba.
Desse modo, invocamos os ensinamentos de Azevedo(1981) e de Saia (sd), quando
menciona que “como demonstraram Saia e Azevedo, o alpendre permitia que mais pessoas
pudessem assistir à missa e, simultaneamente, as hierarquizava espacialmente”, bem como
nos informa que “as sacristias abertas, reservadas aos mais poderosos e suas famílias,
tinham funções semelhantes”. E quem representava a aristocracia rural na localidade da
fazenda ou propriedade rural onde foi erguida a capela do Desterro em 1869? E relata
ainda que a Capela do Desterro vive “sem proteção legal e com pouco uso, a capela teve o
alpendre demolido na década de 1990” e afirma ainda que o alpendre “foi reconstruído em
1998, por iniciativa particular”. Enfatizamos de que a referida capela, as duas sacristias, a
nave principal, o alpendre, altar mor, os dois altares coadjuvantes, a pia batismal, portas,
janelas, escada, coro, bem como as imagens de Nossa Senhora do Desterro, o menino
Jesus, São José, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora das Graças e o coro, foram
completamente restaurados em 1998 e bem assim 2012/13, graças à determinação
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cidade. Não era um ambiente freqüentado pela classe negra e escrava da cidade. E não foi
diferente também a necessidade da fundação da Igreja de Nossa Senhora da Conceição,
construída em 1851, através da iniciativa privada do senhor de engenho Joaquim da Silva,
que obteve a cooperação espiritual e ou a benção do Padre José Ouriques Gonçalves de
Vasconcelos, que fundou a Irmandade dos Pardos com as cores de marfim e azul mar.
Assim sendo, a cidade de Santa Rita já teve três templos católicos no atual centro da
cidade, envolvendo a Praça do Coreto e ou Padre Ferreira, construída pelo Tenente
Francisco Pedro, segundo Santana (2010, p.141), atual Praça João Pessoa e a Praça
Getúlio Vargas, antiga Praça Dom Pedro II, de modo que no meado do século XIX, ali
existiam a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, que era freqüentada pelos
negros livres, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, freqüentada pelos pardos e a Igreja
Matriz de Santa Rita de Cássia, fundada em 1776, freqüentada pela elite branca da cidade.
Ressaltamos de que a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, foi derrubada em
1937, pelo Interventor Municipal Flávio Maroja Filho, que doou o terreno ao Governo do
Estado da Paraíba, para ser construído o Grupo Escolar João Ursulo, na gestão do
Interventor Federal Argemiro de Figueiredo, obra iniciada em 1938, tendo em vista os
termos do Decreto nº 1.043, publicado no Jornal A União, em 14 de maio de 1938, página
4, sendo inaugurado o referido grupo escolar em 1939. Na realidade o terreno onde estava
edificada a Igreja do Rosário dos Pretos, pertencia a Usina Santa Rita. De modo que a
Usina Santa Rita construiu outra Igreja dedicada a Nossa Senhora do Rosário dos Pretos,
na saída para o planalto, em terreno encravado no atual Conjunto Nice. Portanto, não
existe qualquer semelhança arquitetônica entre o prédio da igreja que foi derrubada em
1937 e a que foi construída em 1938, segundo o ex-Prefeito Heraldo da Costa Gadelha, a
igreja derrubada era um prédio estilo barroco muito lindo, afirmando ainda que o atual
prédio da igreja do Rosário foi uma satisfação que o prefeito Flávio Maroja Filho, procurou
dar a população de Santa Rita, tamanho foi o desconforto de sua imagem no seio da
sociedade, apesar da população ter recebido com alegria a primeira construção de um
prédio público escolar. A igreja derrubada em 1937, era em estilo barroco rococó e tinha
beleza arquitetônica além da história de ser o lugar sagrado onde os escravos faziam suas
orações, além de ter sido um patrimônio construído com sangue, suor e lágrimas, e que
era o único lugar onde os escravos se viam libertos antes da liberdade da escravidão
brasileira em nossa terra em 13 de maio de 1888, o que por analogia, cai como uma luva,
o pensamento do ex-prefeito de Santa Rita, diante da visão da escritora Márcia Reis ao
afirmar que “o melhor álbum de fotografia é a nossa memória, nela ficam gravadas fotos
reais de momentos bons e ruins de nossa vida”, quando na verdade ambos nunca se
conheceram e tem a mesma preocupação histórica e antropológica de uma realidade que o
tempo levou.
A Igreja do Rosário até então existente até 1937, no terreno do atual Grupo Escolar
João Úrsulo, ficava de frente para o Rio Paraíba, tendo a casa do senhor vigário ao lado,
que era uma das cinco casas que existiam em 1851 quando foi construída e inaugurada a
Igreja da Conceição, segundo o resumo histórico publicado no Anuário Informativo do
Município de Santa Rita (1937). É fato concreto que no atual mercado central de Santa Rita
funcionou o Cemitério Santana até 1930, na gestão Edgar Seiger, quando foi derrubado e
transferido para o local atual do Cemitério Santana. A Matriz de Santa Rita ficou de 1776 a
1932 sendo capela comum, não tinha a atual torre, que foi construída e inaugurada na
década de 30 do século XX, por Monsenhor Rafael Moreira de Barros, sucessor de
Monsenhor Abdon Odilon Melibeu de Lima, que faleceu em 9 de agosto de 1932,
prematuramente. O pensador Ivan Lima afirma que “a fotografia, antes de tudo é um
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Abram a boca contra a CAGEPA, água tem no solo de Santa Rita, falta investimento
dos governos que tem passado pela Paraíba. É muito bom vender, receber e não entregar
(mesmo descumprindo o que determina o Código do Consumidor Brasileiro) água nas
torneiras em diversas cidades do Estado da Paraíba e especialmente em Santa Rita: TIBIRI
I,II,III, MARCOS MOURA, AGUARLÂNDIA, EITEL SANTIAGO, POPULAR, VÁRZEA NOVA,
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NICE, SANTA CRUZ, AÇÚDE, LIBERDADE, CENTRO, ETC., É lucro certo, não é dona
CAGEPA?! E finalmente, não estamos no deserto do "SAARA" e muito menos no sertão do
nordeste do Brasil, estamos sim em Santa Rita perto do mar e até porque Santa Rita é o
município paraibano mais rico em água em todos os sentidos, inclusive em água e água
mineral e com abundância, pois, desde o inicio da colonização da Paraíba em 1585 que
suas terras são exploradas com a plantação de cana de açúcar e a água de Santa Rita já
servia aos nobres que iam chegando por aqui, tendo como exemplo o governador
(holandez na Capitania da Paraíba) Elias Herckmans, que em seus relatórios históricos
entendia que o nome de “Tibiri” significava "rio do pecado sodomítico" (de tebiró-y = "o
que tem o traseiro roto", ou melhor "o indivíduo que se presta a servir de mulher", assim
sendo, não concordando com tal origem epistemológica do termo ontológico do tupy,
“Tibiri”, o missionário e historiador Frei Vicente do Salvador, aquele mesmo que afirmara
que o homem brasileiro é como caranguejo só gosta viver ou de morar a beira do mangue
ou do mar, dando portanto, em 1626, outra terminologia ou significado ao termo “Tibiri”,
ao afirmar que o termo tem origem de tibi-r-y, que quer dizer: "rio da sepultura" e ou "rio
do sepultado", ou ainda "rio do enterrado" e finalmente "rio do finado", o que retira a idéia
de prostituição entre pessoas do mesmo sexo, segundo a historiografia de Elias
Herckmans, porém, tem fundos de verdade seus argumentos, uma vez que entre os nossos
silvícolas era comum a prática homossexual entre pessoas do mesmo sexo. De 1626 para o
dia de hoje quatro séculos aproximadamente já se foram, porém, o caminho do rio Tibiri
continua poluído, porém, ainda tem água que serve a Sana Rita, a João Pessoa, a Cabedelo
e Bayeux, toda a riqueza da área metropolitana em termos de água para consumo humano
e animal, bem como para a implantação e industrialização de empresas nos diversos
setores da economia nacional, dentre os quais, a construção civil, haja vista a grandeza
natural do lençol freático das terras de Santa Rita. Se Tibiri I,II,III, e conjuntos adjacentes
não tem água é por falta de interesse e ou planejamento e execução de obras
estruturantes para viabilizar o fornecimento de água portável com abundância pelos
governos: federal, estadual e municipal. E o povo tem que abrir a boca e exigir a
implantação de bancos, escolas técnicas, universidades, hospitais, clinicas, teatros, campos
esportivos, etc., O Tibiri II e III é uma nova Santa Rita fundada em 1983 em nosso meio e
seu progresso depende de banco, água e vontade política, também. Isso sem deixar de
lado a importância dos demais bairros e conjuntos vizinhos de Tibiri II/III. É uma vergonha
morarmos em casa de ferreiro e temos apenas espeto de pau, como é o caso de Santa
Rita, ter água para vender para o mundo e em casa, nossas torneiras só tem ar e a conta
para pagar no final do mês.
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Um novo dia.
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município de Santa Rita/Paraíba e que foi denunciada por prática e comportamento judaico
ao Tribunal do Santo Oficio e ou Tribunal da Santa Inquisição da Igreja Católica na Paraíba.
Foi presa em 1729 e enviada para Lisboa, onde foi processada, julgada e considerada
culpada, sendo portanto, a única mulher proveniente do Brasil a perder a vida em um auto
de fé, fato esse ocorrido em 17 de junho de 1731, segundo Assis (2013). Ela tinha 47
(quarenta e sete) anos de idade quando foi garroteada, isto é estrangulada. Pouco tempo
depois seu corpo foi queimado em praça pública pelas chamas da fogueira de até seis
metros de altura, cujo espetáculo foi presenciado por mais de três mil pessoas em Lisboa.
Ainda chegou a pedir perdão ao Santo Ofício para evitar que fosse queimada viva.
Infelizmente a América Portuguesa fez purificar os corpos de seus hereges na fogueira em
nome da fé católica.
A historicidade da Santa Inquisição na Paraíba menciona que ela esteve no Engenho
Tibiri “na relação de Anita Novinsky, em Inquisição rol dos culpados constam os nomes dos
irmãos Ignácio Cardozo, João de Almeida e Pedro (Pero) Cardozo - todos filhos de
Francisco Cardozo” e acrescenta ainda que “eram cristão-novos, residiam no engenho
Tibiri, e já se encontravam presos em 1732”, de modo que “o pai é dado como “senhor de
engenho”, menciona ainda de que “Ignácio Cardozo: cristão-novo, natural e morador no
Engenho Tibiri, solteiro, irmão de Pedro Cardozo, filho de F. Cardozo” e que teve como
testemunhas de suas práticas judaicas “Antonio Nunes Chaves, em 12 de maio de 1732” e
bem assim “Diogo Dias de Fernandes, em 28 de abril de 1733”, segundo Pinto (2006, p.
345). Não se tem noticia de que Francisco Cardozo e seus filhos tenham sido condenados a
morte como era de praxe naquele tempo negro em nome da fé católica.
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socialização de minha cultura, tendo em vista que a linguagem do jogo de caipira era
compreendido e aceito por todos os seus participantes e/ou não, a máquina fotográfica do
tipo lambe-lambe, sempre encontradas nas praças e feiras públicas de minha cidade, e
agora o cinema representou o meu primeiro passo em direção à socialização do
conhecimento em sentido mais amplo e mundialmente aceito. Passei a freqüentar com
mais assiduidade casas de espetáculos cinematográficos, pois, lá no cinema antes, durante
e depois das exibições dos filmes, tinha uma grande satisfação pessoal, pois, lá tinha a
grande oportunidade de contato com pessoas simples, iletradas, e/ou alfabetizadas, para
as quais os filmes legendados em português representavam uma linguagem, pelo menos
em parte, indecifrável e incomunicável, que, muitas vezes, suscitava longas conversas
posteriores e, algumas outras, até nova exibição do filme. Filmes mudos, ou quase mudos,
como os de “Carlitos” e/ou os do “Gordo e o Magro”, em geral, eram os que faziam maior
sucesso de assistência e de bilheteria; outra opção eram os filmes nacionais de
“Teixeirinha” (por exemplo: Coração de Luto), e/ou de “Mazzaroppi”. A escolha dos filmes
quase sempre recaía sobre aqueles que tinham predominantemente linguagem icônica e/ou
aqueles falados em português, uma vez que a maioria das pessoas era analfabeta e/ou
tinha dificuldade para ler rapidamente o que passava na tela. Selecionávamos filmes
usando como critério a predominância do icônico para as pessoas não-alfabetizadas. O
cinema, ao mesmo tempo em que possibilitava levar conhecimento àquelas pessoas, fez-
me perceber que havia um abismo muito grande, que separava as pessoas alfabetizadas
das não alfabetizadas: enquanto umas podiam ver, ler e entender qualquer filme, outras
ficavam limitadas aos filmes nacionais e/ou aos filmes mudos.
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Gomes Coutinho, Mártir da Revolução de 1817, antigo proprietário do Engenho São Gabriel
(atual Engenho do Meio). Ressaltamos que no momento exalto para se travar a luta foi de
opinião contrária, afirmando que seria melhor evitar inútil derramamento de sangue entre
irmãos. Diante do fracasso da Revolução de 1817, ele fugiu para a Inglaterra e ai
permaneceu até 1821. Os seus bens foram sequestrados a 24 de maio e a 21 de julho de
1817, os quais foram arrematados em hasta pública por 2:130$000 (dois mil, cento e trinta
contos de réis) no dia 20 de maio de 1819, valendo salientar de que o seu principal
patrimônio que foi vendido através de arrematação a titulo de represália tendo em vista a
sua participação no movimento revolucionário de 1817 contra a então Coroa Portuguesa.
Foi também ilustre membro das Academias do Cabo e Paraíso (Portugal), além de
cavaleiro da Ordem de São Bento de Aviz. Depois que o Brasil declarou-se independente de
Portugal, ele regressou ao Brasil e foi nomeado Presidente da Provincia da Paraíba de 1822
a 1824. E de 1826 a 1832 foi um dos dois senadores da Paraíba no Senado da Câmara
(como o povo chamava o atual Congresso Nacional) até o dia de sua morte, ao lado do
Marquez de Queluz (João Severiano Maciel da Costa, que era magistrado).
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modo que só passou a ser sede de freguesia religiosa católica por força da Lei Provincial nº
2, de 20 de fevereiro de 1830, segundo afirma o IBGE (Enciclopédia dos Municípios
Brasileiros, 1960). A feira livre de Santa Rita foi criada em 1823, por Dom Pedro I, por
pedido de Estevão José Carneiro da Cunha, então Presidente da Província da Paraíba,
tendo como local parte da atual Praça Getúlio Vargas, provavelmente entre a Igreja da
Conceição e a Matriz Santuário de Santa Rita de Cássia, levando-se em consideração de
que no referido local ainda não existiam o casario atualmente existente, de modo que tem
historiadores que afirmam que o local é onde foi construído o Cine Avenida e que agora é
um templo evangélico, o que se sabe mesmo é que foi nesta área territorial o local onde os
negociantes ambulantes, os feirantes e os matutos, que vinham do brejo, do agreste e do
sertão, passavam por Santa Rita em busca das feiras livres da Capital da Província, aqui
pernoitavam para o descanso da longa viagem no lombo dos animais. Desde aquele tempo
a localidade onde habitamos já tinha era denominado como lugar de dormitório e ou de
repouso.
Em 20 de agosto de 1885, em pleno século XIX, foi criado o Engenho Central São
João, considerado a maior fábrica de açúcar da Paraíba até então, sem deixar de lado a
ideia do aparecimento de “engenho grande” ou seja do surgimento do protótipo de uma
“usina”, com novas tecnologias para a época, uma vez que o mesmo moía suas canas e as
canas de outros engenhos menores em menor espaço de tempo, sem deixar de lado a
construção e inauguração da estrada de ferro Conde D’Eu, durante o segundo reinado
brasileiro, passando pelo território de Santa Rita com destino ao brejo, sertão e ao Recife,
Capital de Pernambuco. E isso é fato histórico que com a passagem da estrada de ferro por
dentro da terra do Engenho Central São João, a poucos metros de sua fábrica de açúcar,
em sua biqueira, melhor dizendo, favorecendo assim o progresso da localidade via os
trilhos ferroviários que transportavam seu ouro branco para a Capital da Província da
Paraíba e de Pernambuco, grande mercado consumidor do produto. Assim teve inicio a
acessibilidade motorizada de pessoas e produtos agrícolas, comerciais e industriais na
Paraíba. Assim Santa Rita era já naquela época o lugar onde tinham o maior número de
engenhos de cana de açúcar em funcionamento da Paraíba, além de conta com água, mão
de obra barata, acessibilidade, solo fértil e apropriado para tal monocultura.
A povoação de Santa Rita em 15 de novembro de 1889, dia da Proclamação da
República dos Estados Unidos do Brasil, ainda continuava atrelada a Capital da Província da
Paraíba e em passos lentos o seu desenvolvimento social e cultural, tudo dependia da
grande cidade, inclusive a administração pública, pois, aqui tinha apenas uma sub-
prefeitura em virtude da falta da emancipação política e administrativa de nosso território,
apesar do grande montante dos impostos diretos e indiretos provenientes do comercio e da
industria açucareira durante séculos.
Aqui em Santa Rita toda vida sobrou confusão pela disputa do poder político local
desde os primitivos conflitos de 1585 e anos seguintes envolvendo os nativos: tabajaras e
potiguaras contra o invasor com cara de colonizador português. Nossos primeiros
exploradores e não colonizadores. De modo que todos os lideres políticos da terrinha queria
na realidade sua emancipação política, dentre os principais lideres podemos destacar: o
Padre Manoel Gervásio Ferreira da Silva, o popular “Padre Ferreira”, que era também o
Vigário da Freguesia de Santa Rita de Cássia, uma espécie de chefe político e religioso ou
um coronel que sabia ler e escrever naqueles tempos, fim do segundo reinado e inicio da
República no Brasil; O coronel e senhor de engenho Francisco Alves de Sousa Carvalho; o
também coronel e senhor de Engenho Firmino Gomes da Silveira, que na época era
Senador da República; o chefe de polícia de Santa Rita e senhor de engenho Antonio
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Vale ressaltar ainda de que Francisco Rabelo “em sua marcha vitoriosa, o pequeno
exército paraibano, fora destruindo os canaviais do inimigo afim de desalentá-lo e
pretendendo assim continuar até juntar-se as forças do acampamento de Bagnuolo”
(Giovanni di san Felice, conde Bagnuoli, dito conde de Bagnolo ou Bagnuolo, militar italiano
(nasceu Nápoles/Itália, 1575; faleceu em Salvador/Bahia/Brasil, 1640). A serviço do rei da
Espanha, lutou contra os holandeses na Várzea do Paraíba, no Nordeste brasileiro).
A história narrada no conto histórico registra também que “porém antes de ter
seguido para o seu engenho Espírito Santo, onde a morte fora surpreendê-lo, o governador
IPPO EYSSENS tomara as suas providencias, e, por essa razão, sem imaginar si quer na
morte do valente mais despótico governador, um forte contingente partira nesse ínterim,
de Friederickstadt (Paraíba) e às 10 (dez) horas mais ou menos do dia 17 de novembro,
achou-se frente a frente com a pequena tropa do capitão Rabelo”. É importante relembrar
os nomes que a atual João Pessoa já teve a saber: Em 1585 - Cidade Real de Nossa
Senhora das Neves, foi o nome escolhido quando da sua fundação, no dia 5 de agosto, em
homenagem ao santo do dia; em 1588 - Filipéia de Nossa Senhora das Neves em
homenagem ao Rei Filipe II da Espanha, durante o período em que a Coroa Portuguesa foi
incorporada à Coroa Espanhola (União Ibérica 1580-1640); em 1634 - Friederickstadt
(Cidade de Frederico) ou Frederica em homenagem ao príncipe de Orange, Frederico
Henrique de Nassau, durante os 20 anos de ocupação holandesa no nordeste brasileiro; em
1654 - Cidade da Parahyba ao iniciar o período de restauração após a expulsão dos
holandeses do nordeste brasileiro; em 1930 - João Pessoa numa homenagem ao político
João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, paraibano de Umbuzeiro, então presidente
(governador) do Estado da Paraíba, assassinado na cidade de Recife em 26 de julho de
1930 pelo advogado João Duarte Dantas.
Mencionamos ainda de que o conto de caráter histórico do santaritense Jaime
Gonçalves, menciona de que “o bravo guerreiro teve de relance, a intuição de qual seria o
fim daquela luta desigual, mas não podendo evitá-la, relanceou para os seus comandados
um olhar de animo e de surpresa renuncia a vida pela grandeza e liberdade da terra
nativa”, é aí que entra a participação do homem nativo (índio) na libertação das terras da
Várzea do Paraíba dos atuais municípios de Santa Rita e Cruz do Espírito Santo com a
expulsão do domínio holandês, fato histórico e primitivo de que o sentimento patriótico
nasceu em solo paraibano antes mesmo do sangue derramado de Tiradentes em Minas
Gerais pelos mesmos ideais.
A História da Paraíba deve muito a memória e a bravura de Francisco Rabelo, pois,
“os valentes soldados compreenderam e apesar de exaustos da luta anterior e da longa
caminhada, ergueram os bustos resolutos, dispostos a tudo”, segundo relata o conto ora
analisado à luz da história que nos é comum. Daí por diante, “travou-se, então, a luta
furiosa e sanguinolenta”, registrando-se de que “de um lado, um forte exercito de
invasores (holandeses) animado pela cúbica e pela superioridade numérica; de outro, um
punhado de patriotas (Francisco Rabelo, seus soldados brancos, negros e índios) confiado
apenas na justiça divina e na própria bravura”, partiram para a luta do corpo a corpo, pois,
“durante angustiosas horas o sangue regou em abundância a margem esquerda do rio
Paraíba”, e como “não tardou que a horda estrangeira começasse a aniquilar pouco a
pouco a tropa nativa”, o que vale dizer: os homens de Rabelinho: brancos, negros e índios,
em pequena quantidade, levando-se em consideração “então, animado subitamente por
uma fé estranha, o Capitão Rabelo incitou os seus bravos a elevarem uma prece ardente e
sincera, a Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, a fim de não perecerem todos quando
podiam ainda prestar tantos serviços a Pátria”, confirmando a partir daí o nascimento do
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Casa Grande e do Engenho Capelinha, residência oficial do primeiro prefeito de Santa Rita,
o Intendente Antonio Gomes Cordeiro de Melo, cuja posse ocorreu em 29 de março de
1890 e cujo patrimônio pertence à extinta Usina Santana, atual Agroval, dentre outras
existentes na Várzea do Paraíba: Capela do Engenho Maraú/C.E.Santo; Capela do Engenho
Itapuá/São Miguel de Taipu; Capela de Nossa Senhora da Consolação (1851)/Paula
Cavalcante (Entroncamento)/Cruz do Espírito Santo) e em terras de Santa Rita.
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de ter revelado de Santa Rita para o mundo o campeão mundial pela Seleção Brasileira na
Copa do Mundo de 1994, conhecido por “MAZINHO”, que nasceu e criou-se no Bairro
Popular, precisamente à Rua Professor Pereira Lira esquina com a Rua José.
O Guarany Futebol Clube, o sodalício “verde-amarelo” da Praça João Pessoa, é um
clube tradicional fundado no século XX em Santa Rita e freqüentado principalmente por
pessoas do sexo masculino, é também conhecido como a “Universidade do Guarany”,
tendo em vista os assuntos diversos, principalmente a política local e estadual que é lá
discutida em larga escala nos trezentos e sessenta e cinco dias de cada ano, oferece jogos
de sinucas e outras modalidades. Ressaltamos de que o mesmo nunca teve vocação para
viver da realização de festas ou eventos sociais do tipo bailes dançantes, desde sua
fundação, e nunca teve quadro social para fins de inclusão e promoção de festas, isso
nunca foi sua praia.
O Cruzmaltino Futebol Clube é outro tradicional clube voltado exclusivamente para a
prática de futebol de campo em nossa cidade, encontra-se instalado à Rua Dr. Pedrosa, a
popular “Rua da Linha” e nunca teve vocação para viver da realização de festas sociais.
O Onze Futebol Clube também é outra agremiação tradicional de Santa Rita e que
foi extinta na última década do século XX, restando apenas o “mito” do seu nome na
localidade onde existia a sua sede no Bairro da Santa Cruz, igualmente nunca viveu de
festas sociais e sim da prática esportiva.
O Clube de Futebol da Usina Santa Rita foi extinto quando foi decretada a falência
da referida empresa agroindustrial em nossa cidade, porém, teve momentos de glória
quando de sua existência.
O Atlético Futebol Clube foi outra agremiação futebolística de tempos contados ou
de vida curta, foi fundado no Bairro Popular na década de 60 por João Trigueiro e outros
desportistas.
A AUS – Associação Universitária Santaritense, sodalício e órgão máximo da
representação estudantil de Santa Rita, fundada na década de 70 do século XX, teve seus
momentos de glória com o preenchimento de seus quadros sociais, tem ainda seu
patrimônio principal onde funcionou sua sede à Praça Getúlio Vargas, esquina com a Rua
Juarez Távora, e que deixou de funcionar desde o final da década de 90 do século passado.
Já na década de 50 do século XX foi fundado o Santa Rita Tênis Clube, maior
sodalício do povo de Santa Rita e um dos maiores da Paraíba com quadros sociais distintos
e constituídos por comerciantes, profissionais liberais e pela elite local, com o passar dos
tempos foi extinto igualmente no inicio do século XXI e o seu patrimônio foi vendido em
hasta pública para pagar dividas trabalhistas com seus ex-empregados.
É a Santa Rita que se fica, por aqui praticamente o termo sodalício já desapareceu e
faz muito tempo do convívio da família santaritense.
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Assim como o vento sopra onde quer, a sorte e ou destino é implacável com o nome
“Cícera”, substantivo próprio, feminino singular. O citado termo tem origem no latim, vem
de “cicer” e significa “grão de bico”, é a variante feminina de Cícero, nome muito usado
pelos romanos. Assim sendo, podemos mencionar sem sombra de dúvidas o eu, a pessoa,
o sujeito e o cidadão “Cícero”, o maior orador romano, que viveu no século I a.C. É
importante mencionar de que ele recebeu tal nome em homenagem a um dos seus
parentes que tinha uma verruga no nariz, daí a justificativa da alcunha e ou apelido de
“grão de bico”. Tudo isso é mera coincidência no tocante a origem dos nomes próprios.
Acreditamos que o nome de cada pessoa nada tem a haver com o seu perfil pessoal, social
e profissional, tudo porque se pela primeira vez na vida tivéssemos chamado a “vaca” de
perfume e o “perfume” de vaca, em nada mudaria sua essência, enquanto essências. O
emocional de cada pessoa independe do nome que recebe ao nascer. Portanto, cada
pessoa, cada objeto e tudo que existe sobre a face da terra tem que ter um nome para
poder ser conhecido e chamado durante o período de sua existência material. Assim sendo,
preliminarmente podemos mencionar que a saga de nossa Cícera é algo relacionado com a
migração nordestina, enquanto fio da meada sociológica das idas e vindas e/ou
deslocamentos internos no Brasil a procura de melhoria de vida para si e para seu grupo
familiar, geralmente em crise provocada pelo desemprego do e ou dos responsáveis pela
manutenção de si e da prole, de modo que o:
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fatos vão parar nos jornais, na policia e no Poder Judiciário. É a desestruturação completar
do grupo familiar mencionado.
Mas, a “Cícera” que enfatizamos é “Cícera, um destino de mulher”, autobiografia
duma migrante santaritense, paraibana e nordestina, operária têxtil aos doze anos de idade
na CTP – Companhia de Tecidos Paraibana e moradora da Vila Operária Tibiri, antes de ir
morar no Rio de Janeiro, época em que foi descoberta pela defensora da causa feminista
brasileira, doutora e escritora Danda Prado, intelectual da sociedade carioca e herdeira da
editora brasiliense, fundada por seu pai Caio Prado Jr, outro idealista da causa marxista no
Brasil. O mencionado livro foi publicado pela editora brasiliense, em 1981, tem 128
páginas, escrito mediante entrevistas dadas por Cícera Fernandes de Oliveira a já referida
feminista e escritora Danda Prato, no período de abril a outubro de 1980, na cidade do Rio
de Janeiro. O livro tem como índice, a introdução, onde Cícera (p. 9/10), a personagem
central, enfoca que “pobre só sai no jornal quando há tragédia e polícia”, segundo a
sabedoria popular. Assim tal fato sempre envolve a vítima e o culpado. É aí que acontece a
desconstrução do que antes era chamado de lar e/ou família. É justamente o lócus e/ou
focus principal da bravura, sofrimento e altivez de “Cícera”, pano de fundo do livro, tendo
como enredo da vida real: o fato de ter começado a trabalhar aos doze anos de idade na
Fábrica Tibiri para ajudar seus pais e irmãos; de ter casado muito jovem em Santa Rita,
que foi traída por seu primeiro marido com a empregada de sua casa; que depois de
separada, aguardou a volta do marido e ele não voltou; que arranjou um segundo maridou
tempos depois, inclusive teve um filho dele, porém tudo representa desencontro e/ou
desconstrução amorosa e cumplicidades. É bom mencionar de que sorte e/ou destino é
uma mera invenção do ser humano. Foi igualmente traída porque ele arranjou outra
mulher e constituiu família; por fim deixou tudo em Santa Rita e foi à procura da sorte no
Rio de Janeiro, lugar que arranjou o terceiro marido, tendo sido igualmente traída no
corpo, na alma e no sangue, tendo em vista que o mesmo estuprou e engravidou sua filha
menor de 13 (treze) anos, dentro de sua própria casa, não a respeitando a si e a menor
enquanto padrasto, portanto, pai de criação. Nessa época ela residia no Estado do Rio de
Janeiro, a trinta quilômetros da cidade maravilhosa de São Sebastião do Rio de Janeiro. O
primeiro capítulo do livro trata do “Poder e violência patriarcais”, onde a “Justiça e a Igreja
opinam pela imprensa” sobre o caso indagando a “Cícera, como foi que tudo aconteceu?”,
o calvário dela e de sua filha menor estuprada e grávida pelo padrasto vai parar nas portas
dos hospitais e das clinicas médicas, onde “Os médicos recusam o aborto”, enquanto que a
mesma é indagada se vai “Dar ou criar esse filho?”, conforme páginas 13/45 da referida
obra. E enfatiza que “a criança vai nascer, ninguém sabe se é homem ou mulher, só sei
que o enxoval está todo comprado, hoje comprei a banheira, daqui a pouco vem o berço,
só fala a mamadeira”. E continua o sofrimento emocional e social de “Cícera” afirmando de
que “vou lembrar que foi filho daquele homem que foi meu seis anos, com a minha própria
criança de treze anos” e diz ainda que “a vida inteira vou lembrar que é filho daquele
homem, homem que jurava me amar tanto” (1981, p. 44). No capítulo segundo, enfatiza o
“Passado no Norte”, o termo “Norte” aqui, usado por ela, significa Nordeste, pois, a
autobiografia é de “Cícera”, filha de pais e irmãos santaritenses, que inicia o referido
capítulo, afirmando que “minha vida dava para escrever um livro”, adiante ainda que “não
queria casar com aquele homem”, quando se refere ao primeiro marido, conta que “eu quis
ir para o hospital” para ter seus filhos. E conclui sua entrevista do segundo capítulo dizendo
que “nós, mulheres, sofremos mais do que os homens”, ex-vi p. 75 da autobiografia
referida. Relata que começou a trabalhar ainda muito pequena para ajudar seus pais e
irmãos em nossa terra. É enfática ao dizer que “quando eu era criança, nos éramos 11
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irmãos, 6 meninas e 5 homens” (p. 48). Todos iam para o roçado ajudar seus pais.
Moravam na roça e/ou melhor na zona rural. E adianta ainda que “agora, a terra não era
do meu pai, pagava no fim do ano, era arrendada”. A prática de contrato escrito e/ou
verbal de arrendamento de parte de um engenho, fazenda, granja e/ou sítio é comum em
todo país e em diversas partes do mundo. Assim também é algo típico da realidade rural
santaritense, paraibana, nordestina e brasileira, inclusive isso já existia antes da reforma
agrária engessada através do Estatuto da Reforma Agrária do Regime Militar de 1964 e
realizada pela força bruta da ignorância e ou da metodologia marxista do movimento dos
“sem terra”, nas décadas de 80 e 90 do século XX e início do século XXI, tendo em vista
que o referido diploma legal foi elaborado, aprovado e sancionado pelo Governo Federal e
por si só nunca foi executado pelo oficialismo de plantão, salvo através dos levantes
campesinos patrocinados pelas centrais sindicais ligados ao homem do campo. Adianta o
personagem central da já referida autobiografia que “nóis viemos para perto de João
Pessoa, em Santa Rita, quando eu tinha 8 anos , em 1951” (p.51), portanto uma menor
impúbere. Aqui passou com sua família necessidades primárias básicas, lhe faltou comida
para si, para seus irmãos e para seus pais, é o que a personagem da autobiografia
denuncia com precisão que “também meu tio dava o almoço, mas era pouca comida,
lembro duma vez quase chorar de fome porque minha tia demorava pra trazer o prato” ,
tanto é assim que “por isso só fiz até o 3º ano, não deu mais tempo. Fui logo trabalhar,
com 12 anos, porque a situação não dava. Meu pai ficou só com um pouquinho de roça
para trabalhar lá na rua, no quintal de casa” (p.52). O termo “rua”, aqui referido significa a
cidade de Santa Rita, Estado da Paraíba, é uma espécie de cultura popular local de chamar
a cidade de “rua” para quem mora na zona rural. E continua registrando que “tinha o rio,
uma parte descia para a cachoeira”. Aqui ela se refere justamente rio Tibirizinho e a
famosa cachoeira denominada de televisão, no balde do açude Tibiri, o mesmo açude das
águas minerais da atualidade, esse açude fornecia água para o funcionamento da
Companhia de Tecidos Paraibana e para o consumo animal e humano da Vila Operária
Tibiri, tendo em vista que se trata de água mineral de primeira qualidade, local de onde
começa o rio com igual nome que a população chama de Rio da Levada e/ou de Rio Preto,
por causa de receber em seu leito o retorno de água com a tintura da lavagem dos tecidos
novos em diversas cores da CTP, a popular Fábrica de Tecido de Tibiri, usado também para
lavagem de roupas nas pedras e/ou “pedrinhas” ali colocadas ao longo de sua extensão,
passando pelo pau com destino ao Rio Paraíba, a maré e ao Oceano Atlântico. O ciclo vital
desse rio continua ainda o mesmo, apesar de poluído em pleno século XXI. Cita
textualmente que “aonde nós fomos morar, na rua, a gente que tinha de mais pobre era a
gente”, de modo que “depois que meu pai arrumou paú, aí melhorou mais”, e acrescenta
com propriedade que “paú é para plantar couve, maxixe, abóbora” . Ainda na atualidade a
área de pau existente entre a cidade alta e/ou Bairro Popular e a cidade baixa de Santa
Rita é a uma das maiores riquezas naturais de nossa gente, apesar da poluição do rio
Preto, repetimos. Não esquece em se relato memorável o fato de que “depois que minha
mãe ganhou o último filho, o caçula, foi que meu pai conseguiu arrumar o dinheiro para
registrar todos os filhos”, e acrescenta sem tirar uma vírgula ainda que “tinha lá um moço,
não sei se era prefeito, não tenho lembrança, mas ajudou meu pai a registrar os quatro
filhos menores”. Ela fala a verdade porque antes da legislação atual, pobre para registrar
um filho tinha que pedir favor aos ricaços políticos da cidade, era favor mesmo, e somente
era pago com o voto da família toda nos tempos das eleições federais, estaduais e
municipais, se bem que ainda tinha que dever tal favor o resto da vida, algo parecido com
os programas sociais atuais como projeto de poder e não de governo de gente populista
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aquelas canas em pedaços”. E até porque “os homens vão cavando buracos, as mulheres
cobrindo. As crianças vão semeando cana e os homens plantam”, acrescentando ainda que
“tudo isso para ganhar mixaria. Trabalham o dia para comer de noite”, conforme página 59
da citada obra. Eita gente digna e de respeito os nossos ticuqueiros, viviam do suor de seu
rosto. Gente brava e de muito respeito no “eito” e na rua. Tudo isso é verdade pura,
naquele tempo não existia o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente e muito menos a
Lei Maria da Penha. Era o Brasil de Getúlio Vargas, considerado o pai dos pobres e a mãe
dos ricos, e de JK, o construtor de Brasília, a nova Capital do país de 1955/60. Portanto,
trata-se do período da redemocratização nacional que teve inicio a eleição de Eurico Dutra
para presidente da República, dos governadores e dos prefeitos, através do voto livre do
povo letrado, porque analfabetos não votavam. O Brasil ainda vivia de sonhos e/ou
paradigmas internacionais, ora de esquerda e outra hora de direita, uns sonhando com o
capitalismo, o facismo e outros com o comunismo. Tudo não passou de mera utopia
nacionalista para justificar projetos isolados de poder. A autobiografada menciona que ficou
noiva de Antônio, na véspera de São Pedro de 1959 e casou-se pouco tempo depois. De
modo que com “o nascimento de meu primeiro filho foi também a hora em que mudou
nossa vida de casados”. Ela reclama que agora já não podia mais sair com o esposo para
as festas, tinha que ficar com o menino em casa e o esposo sai e só chegava no outro
dia... E desabafa que “trabalhávamos os dois na fábrica de tecidos Paraibana, chamada de
Tibiri. Ele era tecelão igual a mim, mas nunca tirou um pagamento igual, sempre tirei 20,
30 cruzeiros a mais por causa da produção”, informa ainda de que “moramos na casa da
companhia, casa de 2 quartos, na rua 20, até pouco antes do nascimento de Jacilene”. Isso
é verdade sim senhor, pois, o feudo empresarial urbano e rural da Tibiri alugava suas casas
aos seus empregados enquando trabalhassem na referida indústria têxtil. E com riqueza de
detalhes, informa também que “aí fiz um acordo com a companhia, porque tive que ser
operada, e 1 ano e 6 meses depois ele foi despedido. Tinha 30 dias para desocupar a casa.
Peguei meu dinheiro e sai pela cidade alta, procurando uma casa barata, porque o bairro
estava começando”. Isso representa que ela é uma mulher de fibra e corajosa do tipo
Paraíba mulher macho sim senhor. Essa cidade alta é o atual Bairro Popular, originário da
Fundação da Casa Popular, criada no Governo de Eurico Dutra, construído entre 1947/49,
graças ao Ministro Chefe da Casa Civil Professor Pereira Lira, que relacionou o nome de
nossa terra para receber a fundo perdido a construção do conjunto da casa popular aqui no
local do antigo cercado do engenho Tibiri, local escolhido para expansão urbana de nossa
cidade. Informa que comprou uma casa no Bairro Popular e botou água de graça através
do prefeito da época. É enfática e diz que “meu marido não me deixava ir ao comício, nem
ia comigo, não gostava”, diz ainda que “estava com 21 anos de idade, ia ficar sozinha?
Minha mãe queria que eu ficasse sozinha esperando por ele: seu marido foi embora com
outra (Elza, sua ex-empregada doméstica) mas vai voltar, espere por seu marido”, reclama
sua sorte e lastima de que “mas logo que ele me deixou a vida estava muito difícil para
mim. Nasceu o nenê, que morreu com 8 meses, como já contei” e agora “estava sem
marido, com minha vida livre, saia gritando na rua no tempo dos votos. Gritava tanto que
ficava rouca de noite, nos dias de comício” e complementa dizendo que “assim eu
arrumava sapato, vestido, teve um tempo em que arrumei para Jacilene acho que uns 3
pares de sandálias”. É a prática carismática de se fazer política do toma lá dá cá de nossa
terra, do antes, do durante e do depois... As coisas por aqui sempre foram assim mesmo.
Diz ainda que “a cada candidato pedia um negócio. Pedia da minha parte porque votava
nele, e pedia da outra parte mesmo que não votasse. Andava pelos dois partidos pedindo”.
Ainda hoje tal prática vive presente na memória de nossa gente, nada mudou dos anos 50,
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normal. Declara que “meu segundo também me traiu, mandei cair fora”, bem como diz
ainda que o terceiro marido também a traiu quando menciona: “esse outro agora me traiu
com minha própria filha, também mandei cair fora”, afirma que “tenho ódio de 2, agora
não tenho ódio do pai de Elinaldo, porque me traiu mas eu nunca vi, soube porque já tinha
outra esperando filho dele”. Isso parece com o dito popular de que o que os olhos não
vêem o coração não sente. No capítulo terceiro do livro, ela com seu estilo próprio de
contar sua caminhada de vitória e de decepção amorosa, o denomina de “o presente no
Rio”, afirma que “no Rio, dormia no chão forrado com esteira” (p.90/95), adianta que “eu
tão inocente, vivendo cheia de felicidade” (p. 95/102), foi quando “a Jacilene quase
morreu” (p. 102/106), fez valer sua fé em Deus e em seus Santos, pois, confessa ser
católica ao dizer “o senhor é médico, mas não é Deus” (p. 106/109), e assim a divindade
atendeu seus pedidos e pagou suas promessas em favor de seus filhos, acrescente que
“depois que foi embora me sinto mais feliz” (p.109/113), e que o trabalho lhe serve como
uma terapia e ou psicanálise tendo em vista que “na fábrica esqueço meus problemas” (p.
114/122). E corrobora com esse pensamento H.L. Mencken, ao dizer que “nenhum homem
merece uma confiança ilimitada - na melhor das hipóteses, a sua traição espera uma
tentação suficiente”. Tal pensamento nos parece auto-aplicável no caso em tela.
De modo que “a única que não foi feliz com o marido fui eu, mas não estou
arrependida, não sinto falta de felicidade de marido, nenhum desses maridos que já possuí
estão me fazendo falta”, isso quando ela se refere aos casamentos de suas irmãs e
continua tirando suas conclusões que aprendeu na escola da vida real e diz ainda: “meu
marido de casada não me faz falta, meu segundo marido Dedé não me faz falta, e esse
Messias que não me faz falta mesmo”, o desengano por marido traidor é tão grande que
ela enfatiza que “por mim, posso conversar com ele, mas é um homem morto. Tive 3
maridos mas o mais traidor foi esse, o último, e vai ser o último marido para sempre, que
homem em minha casa não entra mais”, tal pensamento cai como uma luva no que diz
Carlos Drummond de Andrade:“no adultério há pelo menos três pessoas que se enganam”,
pessoas essas encontradas na obra literária em ”Cicera, um destino de mulher”. O livro de
sua autobiografia foi publicado em 1981 e ela enfoca seu sofrimento da infância pobre em
Santa Rita, sua decepção marital, apesar de ter tido três maridos. Enfoca que foi obrigada
a bater a porta da Justiça e somente assim obteve a condenação de Messias, a 3 anos e 9
meses de reclusão pela prática de estupro na sua filha menor de 13 anos de idade J.F.O,
no Rio de Janeiro, conforme “carta aberta dos advogados a um jornalista”, data de 12 de
agosto de 1980 (p. 123/125). Por analogia, em sendo assim, Fernando Pessoa, o escritor e
poeta português tem razão de sobra ao afirmar: “o meu passado é tudo quanto não
consegui ser. Nem as sensações de momentos idos me são saudosas: o que se sente exige
o momento; passado este, há um virar de página e a história continua, mas não o texto”. E
a odisséia do personagem principal da autobiografia, representa sem sombra de dúvida,
uma vida de sacrifício e honestidade, não foi omissa diante dos fatos narrados por ela
mesma, tendo em vista que nasceu em 6 de agosto de 1980, uma criança do sexo
masculino, pois, “seu nascimento definiu o futuro a curto prazo da família”, daí porque, “as
dúvidas e alternativas cedem lugar a uma realidade um pouco mágica, que é o despertar
dum bebê para o mundo e para os que o cercam”, conforme página 127 da citada obra. E
a vida de luta dela continua... e menciona que “nesse tempo, a fábrica Paraibana despediu
todos os operários e fechou, não sei bem por quê. Muitas colegas minhas ficaram pedindo
esmola, ajudei sempre”, finalmente, ela vive morrendo de saudade de Santa Rita, de seus
familiares, e de seus ex-colegas da Companhia de Tecidos Paraibana, diz textualmente que
“eu fiquei muito tempo no Rio sem poder visitar minha terra, e quase choro quando tocam
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a canção de lembrança da terra da gente” (p. 86/87). Diante dos fatos relatados com
riqueza de detalhes de luta, trabalho, dedicação e traição, em três momentos de sua vida
por seus companheiros envolvidos com casos extraconjugais, mais que geradores de
sentimentos negativos de abandono, raiva e destruição de si e de sua família, porém
levantou a cabeça e com perseverança venceu todos os obstáculos e a vida continua...
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CAPÍTULO VIII
ANTÔNIO GOMES E O ENGENHO CENTRAL
Dívida não paga e/ou contraída por quem não
tinha a intenção de pagá-la.
Francisco de Paula Melo Aguiar
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desse auxilio fazendo uso dos seus próprios recursos”e menciona ainda que “em todo caso
a canna do Parahyba com a usina S. João, visto que a respectiva companhia, segundo
fomos informados, facilita por meio de contractos os recursos indispensáveis para o maior
desenvolvimento de sua cultura em proveito unicamente da própria usina”. Na prática foi
um verdadeiro Deus nos acuda conforme a transcrição textual com a ortografia da época
do referido jornal, onde os senhores de engenhos exigem a liberação do pagamento de
suas canas que foram vendidas ao referido engenho central, fundado no século XIX nas
terras do antigo engenho São João Batista na Várzea da Paraíba, portanto, em solo
santaritense. O engenho central foi uma invenção que não deu certo na Paraíba por esse e
outros motivos estruturais e financiadores.
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Direito, onde todos são iguais perante a lei, apenas enquanto literatura magna, tendo em
vista que na prática isso não existe. A arrogância e a prepotência faz os serviços públicos
judiciais e administrativos nas esferas dos três poderes da república não funcionar, apesar
de que todos os cidadãos participam do consórcio diário para pagar impostos diretos e
indiretos para manter tais serviços e poderes constitucionais. Assim sendo, a folha diária
mencionada publicou em termos de denuncia pública, justamente para que a população
tomasse conhecimento do comportamento do magistrado citado. Os envolvidos eram
pessoas da alta sociedade da época, caso contrário, iam ter que prestar contas na cadeia e
outras punições, embora que ilegais. Naquele tempo a magistratura era nomeada sem
concurso público, portanto, devia atenção e favor ao presidente da Província da Parahyba e
porque não dizer a classe política dominante. E também não era diferente nas demais
províncias do país. E o jornal publica o pedido de intervenção do chefe do Poder Executivo
Estadual em um certo processo judicial que o magistrado não queria vê-lo concluído,
afirmando:
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CAPITULO IX
PADRE FERREIRA, O RELIGIOSO E O POLÍTICO
A história não é invenção sem pesquisa, fato e
acontecimento.
Francisco de Paula Melo Aguiar
Quem é metido a historiador deve viver pesquisando os fatos que envolvem o lócus
em sua historicidade, sempre que possível retratando a verdade até onde a mesma é
possível sua comprovação por dedução racional e lógica dos fatos, inclusive por analogia
dentro da tese da aproximação dos acontecimentos. Isso é o mínimo que um historiador
pode oferecer aos seus leitores presentes e futuros. Assim sendo, o disse me disse em
Santa Rita de que o Vigário Padre Manoel Gervásio Ferreira da Silva, que aqui chegou em
1874 para tomar conta de nossa freguesia católica apostólica romana. Em aqui chegando,
passou a conviver com os senhores de engenhos, com os homens livres e com os escravos,
inclusive casou e batizou dezenas dentre eles em nossas capelas da referida freguesia. Foi
contemporâneo na Paraíba do deputado geral Manoel Pedro Cardoso Vieira, abolicionista
paraibano e autor do discurso de 8 de outubro de 1879 na Tribuna da Câmara dos
Deputados, na época localizada no Rio de Janeiro, onde afirma que:
Diante de tais fatos é inegável dizer que o Padre Ferreira conviveu e viveu com
monarquistas e republicanos na cidade e no meio rural. Assim sendo, ele fundou a primeira
escola de educação de adultos do sexo masculino em Santa Rita, conforme transcrevemos
a noticia publicada no jornal Gazeta da Parahyba, ano 1, edição 187, sexta feira, 21 de
dezembro de 1888, matéria de primeira página:
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E isso é uma associação que teve um objetivo muito importante em nossa povoação,
levando-se em consideração de que a educação brasileira colonial era direcionada para as
crianças, não obstante de que os “indígenas adultos foram também submetidos a uma
intensa ação cultural e educacional” (STEPHANOU; BASTOS; 2005, p. 259). A ação de
catequizar na visão jesuíta era iniciar na fé católica e desenvolver o processo de
alfabetização na língua materna portuguesa os nossos indígenas nacionais. Assim sendo,
chegamos em 1759 quando os jesuítas foram expulsos do Brasil e com eles foram às idéias
educacionais de educação de adultos, tendo em vista que o sistema educacional como um
todo passou para a responsabilidade do império. Diante de tal fato, apenas as classes
abastadas da elite foram beneficiadas com o nosso sistema educacional e/ou a educação
pombalina é um monopólio das classes dominantes, onde foram excluídos os negros e os
indígenas do direito a educação, e em Santa Rita não foi diferente tal prática. Voltamos
praticamente à estaca zero neste sentido. Até mesmo a Constituição de 1824 tornou-se
praticamente letra morta em sua execução. A cultura de que toda pessoa analfabeta é
dependente, ignorante e incompetente passou a dominar o cenário nacional, inclusive o
intelectual e jurista Rui Barbosa, nessa época profetiza que “os analfabetos são
considerados, assim, como crianças, incapazes de pensar por si próprios”, segundo
Stephanou; Bastos (2005, p. 262). Então diante de tais argumentos, podemos enfatizar
que a ideia de nosso vigário Ferreira em fundar o Club ABC, ainda no século XIX, no final
do segundo reinado brasileiro em Santa Rita, é um acontecimento histórico municipal
louvável, ocorrido em 21 de dezembro de 1888, portanto, a sete meses da libertação dos
escravos nos termos da Lei Áurea assinada pela princesa Isabel em nome de D. Pedro II.
Santa Rita era apenas um povoado agregado ao município da capital da Paraíba do Norte,
constituído apenas por uma elite rural açucareira proveniente da senzala e da casa grande
mal assombrada, agora decadente tendo em vista a falta de mão-de-obra escrava. E além
do mais o mundo do Padre Ferreira, representado por sua freguesia religiosa e secular,
diante do típico coronel que se fazia representar e se respeitar na comunidade local, chefe
religioso e da política. A nossa gente popular e iletrada, os conflitos eram diversos de
ordem pessoal e comercial, um exemplo disso é o caso de injustiça publicado no jornal
Gazeta da Parahyba, na edição nº 69, p. 3/4, no dia 29 de junho de 1888, onde as relações
da vida privada envolvendo compra e venda de mercadoria, diante da negativa de
pagamento por parte do devedor, surge a tentativa de homicídio, inclusive através de
emboscada via contrato criminoso com tal finalidade, que diante da inércia do aparelho
policial do Governo da Província da Paraíba, obriga a vítima ameaçada a denunciar o caso
pela imprensa e pedir providencias ao referido governo paraibano. A fama de que Santa
Rita é terra sem lei vem de há muito tempo, de modo que tal argumento tem fundamentos
desde o século XIX, diante da transcrição do pedido de clemência e justiça daquela vítima
encurralada em sua casa e em seu comercio com medo de ser morto por seu algoz,
conforme ora transcrevemos com a ortografia da época:
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Eita mundo bom! Salve-se quem puder em nossa terra e já faz muito tempo...
A fome também habitou entre as pessoas humildes de nossa cidade, descendentes
de escravos e de pessoas do povo livre, tanto é assim que
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O poder estatal fazia ouvido de marcador para com as necessidades do povo faminto
de nossa terra. Assim sendo,
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O Ministério Público Estadual sempre teve e ainda tem muito trabalho contra
pessoas que cometem delitos os mais diversos possíveis: roubos, furtos, homicídios,
latrocínios, etc., em qualquer parte do mundo, inclusive em nosso município a cultura
criminológica não é diferente, assim sendo,
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Todo e qualquer gestor do patrimônio público e/ou do privado por antecipação sabe
que nada sabe fazer para progredir e que terá no final das contas a sua falência
antecipadas por crises internas e externas, tais como mudanças de governos e paradigmas
em qualquer época da história da humanidade, tem todo o tempo e lugar. Assim sendo, a
quebradeira de ricos ficando pobres dentre os senhores da agroindústria santaritense seu
deu gradativamente, envolvendo os senhores de engenhos do vale do Paraíba, dentre os
quais podemos mencionar que:
Por outro lado em “Santa Rita – Vende se no Engenho Torrinha, mel de furo bom a
500 reis a canad” (GAZETA DA PARAHYBA, 09/01/1890, ano III, edição 483, p.3). O mel é
chamado de “furo”, porque escore pelo furo das formas de açúcar no engenho bangüê,
objeto de estudo literário no romance de transição de igual nome escrito por José Lins do
Rego em 1934, um verdadeiro clássico de nossa literatura nacional que encerra a trilogia
da história de Carlos Melo com o declínio do patriarcado rural brasileiro, obra que antecede
o romance Usina, publicado em 1936, do mesmo escritor. Em tal romance o tema bangüê é
decantado em toda sua historicidade no referido ciclo da cana-de-açúcar nordestina.
Isso é fato e contra fato não se tem argumento. O esquecimento do poder público
estadual e federal por nossa terra vem desde sua fundação, povoação, vila e emancipação
política. O poder público estadual não tinha uma só escola na acepção atual que temos
sobre a referida instituição construída em nossa cidade até 1890, a única escola masculina
que aqui funcionava era em uma casa alugada e que o poder público estadual não honrava
com o pagamento do aluguel ao seu proprietário, tendo em vista que a “Chronica da
Assembléa” , publicada no Gazeta da Parahyba, em 15/12/1888, edição nº 182, p. 2, onde
consta o requerimento: “Do sr. Lordão: [...] auctorisando o pagamento ao professor de
Santa Rita, Amaro Gomes Ferraz, do excesso dos aluguéis da casa em que tem funccionado
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a escola publica [...]”. E mesmo assim o deputado Lordão teve sua emenda rejeitada e o
professor Amaro Gomes Ferraz não recebeu o pagamento dos aluguéis vencidos e não
pagos pelo governo da Paraíba da casa de sua propriedade onde funcionava a escola
pública em nossa terra em 1888, tendo em vista que
Nossa terra ainda não tinha se emancipado, porém, os seus velhos e novos
problemas em termos de segurança pública já eram existentes e com força, o que se
traduz pela nota publicada pedindo providencias nos seguintes termos:
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E por incrível que pareça esse tipo de cultura administrativa ainda é requerida por
certas e determinadas lideranças no Brasil do século XXI quando exercem poder político:
federal, estadual e municipal, ao confundir a figura do funcionário público como sendo a
continuação de sua propriedade privada. E quando se trata de pessoas que exercem cargos
de confiança, em regime temporário sem vinculo funcional que falta de concurso público,
os chamados comissionados, aí o bicho pega, tem gente em Santa Rita vive a procurar
fuxico para seu patrão de plantão, além de ser capaz de praticar qualquer atrocidade para
defendê-lo. Ser livre aqui é ainda não ser gente de confiança perante as pseudas lideranças
“letradas” e “iletradas” dos programas sociais de cunho populista.
Tudo bem. Depois o disse me disse, sem comprovação histórica fala de que no
período de janeiro de 1893 a setembro de 1897, o Padre Manoel Gervásio Ferreira da Silva,
se elegeu deputado estadual de Santa Rita, sic, e influenciou a restauração da
emancipação política de Santa Rita, graças ao presidente Antônio da Gama e Mello. A
restauração da autonomia municipal aconteceu realmente em 1897, porém, o nome do
Padre Manoel Gervásio Ferreira da Silva, como deputado estadual eleito em 1896, sic, não
consta em nenhuma legislatura da Assembléia Legislativa do Estado da Paraíba, inclusive
na - 3ª LEGISLATURA - 1896-1899- pois na época eram os seguintes deputados estaduais:
Abdon Odilon da Nóbrega; Adelgício Cabral de Albuquerque Vasconcelos; Antônio Tomás
de Araújo Aquino – faleceu; Apolinário da Trindade Meira Henriques; Apolônio Zenaide
Peregrino de Albuquerque – renunciou; Ascendino Cândido das Neves; Augusto Alfredo de
Lima Botelho; Augusto Gomes e Silva; Cláudio César Freire; Francisco Antônio da Silva
Araújo Pereira; Francisco Claudino de Lima e Moura; Francisco de Gouveia Nóbrega -
eleição complementar; Francisco de Paula Pessoa da Costa – faleceu; Francisco Targino
Pereira da Costa; Graciliano Fontino Lordão; Gustavo Mariano Soares de Pinho; Higino
Gonçalves Sobreira Rolim; Inácio Evaristo Monteiro Sobrinho; João Leite Ferreira Primo;
João Lourenço Porto; João Pereira de Castro Pinto - eleição complementar; José Alves
Cavalcanti de Albuquerque; José Bezerra Cavalcanti de Albuquerque; José Campelo de
Albuquerque Galvão; José Fernandes de Carvalho; José Francisco de Moura; José Francisco
de Paula Cavalcanti (Coronel Cazuza Trombone); Manoel Dantas Correia de Góis; Manoel
Joaquim de Sousa Lemos; Manoel Soares Sarmento; Waldevino Lobo Ferreira Maia;
Walfredo dos Santos Leal - eleição complementar; Wenceslau Lopes da Silva, conforme
pesquisa nos anais da referida assembléia (SANTOS, 2011). Portanto, cai por terra o
argumento de que Padre Manoel Gervásio Ferreira da Silva, foi deputado estadual por
Santa Rita na terceira legislatura de 1896 a 1899 da Assembleia Legislativa do Estado da
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Tanto a sede Santa Rita, quanto o Distrito de Nossa Senhora do Livramento tinha
seus juízes de paz:
“2º districto: Livramento.
Juizes de paz:
1º Hypolito de Sousa Falcão;
2º José Emilio P. de Carvalho.
3º Belino Alves de Vasconcellos Duarte.
4º Joaquim da Silva P. Ferreira.
Supplentes:
Eduardo Marques Guimarães.
José da Costa e Silva.
José Moreira dos Santos
Paulo Canuto da Paz”.
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A Igreja Católica Apostólica Romana ainda era a única instituição religiosa existente
no âmbito municipal em funcionamento, haja vista que durante o período imperial a
mesma era a igreja oficial,
“Religião:
Vigário collado: Manoel Gervasio Ferreira da Silva”.
A cidade também tinha “Sociedade Musical Carlos Gomes”, que com o passar foi
extinta por seus fundadores.
O comércio local já era próspero e tinha diversos estabelecimentos comerciais,
dentre os quais,
“Commercio:
Fazendas, seccos, molhados, ferragens, etc.
Antonio Thomaz Gomes da Silva.
Clementino Augusto de Oliveira.
Ernesto Rodolpho C. de Albuquerque.
Genuino Thomaz de Mello
Horacio de Mendonça Furtado.
José Kurth.
Luiz Correia”.
“Engenhos:
Angelo Custodio Correia, Santiago e Torrinha.
Antonio C. de Carvalho, Joburu (joburu não,
Jaburu).
Antonio Cordeiro de Mello, Capellinha.
Antonio Furtado, Santo André.
Antonio Lyra, cor, Cumb.
Antonio da Silva Mello Filho, Unna.
Caetano Gomes de Almeida, cor, Gargaú, Pau
Dases e Clara Netto.
Companhia Commercio (sede Rio de Janeiro),
Central S. João.
Guilherme Gomes da Silveira, S.Guilherme.
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Enfim, essa é a Santa Rita até o ano de 1910 do Padre Manoel Gervásio Ferreira da
Silva, falecido em 1916, que passou por morte o comando supremo da chefia política
municipal ao coronel Francisco Alves de Souza Carvalho e seus descendentes.
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CAPÍTULO X
MONSENHOR MELIBEU E A PARÓQUIA DE SANTA RITA
[...] eu esperava dos documentos que me ensinassem a
verdade dos fatos, cuja lembrança tinha por missão
preservar. Logo verifiquei que esta verdade é
inacessível e que o historiador só tem oportunidade de
aproximar-se dela em nível intermediário, ao nível da
testemunha questionando-se não sobre os fatos que
relata, mas sobre a maneira como os relatou. Eis que
dou atualmente mais atenção aos relatos, por mais
fantasmagóricos que sejam, do que as anotações
“objetivas”, descarnadas que podemos encontrar nos
arquivos.
GEORGES DUBY
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A história relata que o Convento São Francisco no centro histórico de João Pessoa foi
doado a Diocese da Paraíba pela Ordem Franciscana a pedido de Dom Adauto, onde
passou a funcionar em caráter definitivo a Casa de Formação de Padres na Paraíba,
conforme Henriques, apud Figueiredo (1906, p. 148).
Diante da corrupção dos costumes e da educação anti-cristã já em voga no final do
século XIX denunciada por Dom Adauto no meio da juventude, tem a compreensão por
analogia no dizer de Almeida (1976) ao afirma que: “ o seminário formava, entretanto,
uma escola. A ausência de estímulos preservava as consciências e convivia-se numa
atmosfera capaz de sanear os corações mais impuros”, e por assim dizer enfatiza ainda
que: “tudo era vulnerável e continha-se a natureza. As maiores crises nasciam da
castidade; a continência ascendia fogueira de imaginações exaltadas que sublimavam um
ato medíocre”, de modo que: “a disciplina congelava e a carne ia perdendo sua
sensibilidade” e conclui afirmando que:”reinava a paz dos sentidos, à prova do sexo, o
pecado que infundia mais horror”. E isso é verdade em todos os tempos a adolescência
sempre foi e sempre será uma caixa de surpresa na vida da juventude sempre indecisa em
suas tomadas de decisões.
O grande Santo Tomás de Aquino é o mentor que serviu de modelo para a Igreja
Católica a partir de Leão XIII que adotou suas idéias no tocante a formação dos padres do
final do século XIX e do século XX, via os fundamentos filosóficos e teológicos, eis que: “o
oficio próprio do sacerdote é ser mediador de Deus e o povo: a saber, enquanto ele
comunica ao povo os dons de Deus (donde o “sacerdote” quer dizer um doador de coisas
sacras), e, de outro lado, enquanto Deus oferece as orações do povo e, de algum modo,
apresenta satisfações pelos pecados dos homens”, enfatiza Aquino (2000 - 2003, p. 191).
É nesse cenário da vida eclesiástica da Paraíba e do mundo, opção por candidatos
ao sacerdócio oriundo de famílias pobres que ingressou no Seminário Nossa Senhora da
Conceição, na Capital da Paraíba, atual João Pessoa, o jovem Abdon Odilon Melibeu Lima,
nascido em 1876, natural de Campina Grande, Estado da Paraíba, filho de pai comerciante,
depois de ter sido “aprovado simplesmente” e “aprovado plenamente em História
Universal” nos exames gerais preparatórios efetivados em agosto de 1895 no Estado da
Paraíba de acordo com o Decreto nº 2.032, de 26 de junho de 1895, conforme Diário
Oficial nº 7832, segunda feira, 01 de dezembro de 1895. Assim sendo, com 24 (vinte e
quatro) anos de idade, Abdon Odilon Melibeu Lima, foi ordenado padre pelo Bispo da
Paraíba, Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques, turma pioneira do Seminário Nossa
Senhora da Conceição em 1900. O que vale dizer que ele tinha dezenove anos de idade
quando foi aprovado nos exames gerais preparatórios de 1895 antes mencionados. Além
de padre ele era formado em Direito.
O neófito sacerdote foi enviado para prestar o serviço do altar na Vila de Santo
Antônio do Piancó, Estado da Paraíba, logo após a sua ordenação em 1901, é a informação
que temos: “[...] O Padre da época, Abdon Melibeu Lima, aproveitando a presença do seu
superior na pequena Vila de Santo Antonio, pediu transferência para uma outra freguesia,
no que foi prontamente atendido por Dom Adauto, que por conta de solicitação do líder
maior da localidade, Dr. Felizardo Leite, designou de pronto o jovem sacerdote
pombalense, como coordenador religioso da referida comunidade” e a historiografia
daquele acontecimento conclui que: “Vale salientar que os dias da visita pastoral foram
suficientes para que a população identificasse os dotes do Padre Aristides: maneiroso, vivo
e diligente, afeito ao povo sertanejo e aos seus interesses, o que provocou uma enorme
simpatia. O novo dirigente paroquial assumiu em agosto de 1902³”. Assim sendo, o Padre
Abdon Melibeu, foi transferido da freguesia do Vale do Piancó, que foi substituído pelo
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Padre o Padre Aristides Ferreira da Cruz, nascido aos, 18 de junho de 1872, na Fazenda
Lagoa, município de Pombal/PB, filho de do casal de agricultores: Jorge Ferreira da Cruz e
Joana Ferreira Chaves, que se tornou chefe religioso, chefe político do Vale do Piancó,
deputado estadual da Paraíba e um dos mártires da Coluna Prestes na Paraíba em 1926.
O Padre Abdon Odilon Melibeu Lima foi transferido para freguesia de Martins, Estado
do Rio Grande do Norte, o que se comprova a benção litúrgica que o mesmo administrou
em 2 de fevereiro de 1902 na condição de vigário local4, fato esse igualmente
testemunhado com a participação do Padre Tertuliano Fernandes de Queiroz, vigário da
cidade de Paus dos Ferros/RN e da banda de música da cidade de Catolé do Rocha/PB,
conforme APODI/RN (1902 A 1904)5.
Da freguesia de Martins/RN, foi transferido para a cidade Cametá, Estado do Pará,
onde exerceu a atividade de Reitor do Seminário de Belém do Pará, quando foi transferido
na condição de vigário encomendado para a freguesia de Pilões/PB, e de lá veio para a
freguesia de Santa Rita/PB, quando tomou posse como vigário em 01 de janeiro de 1921.
Foi também diretor do Colégio Pio X, na Capital da Paraíba. De modo que em sendo vigário
da freguesia de Santa Rita, procurou imediatamente a fazer a reforma do prédio da capela
inaugurada em 6 de dezembro de 1776 pelos padres franciscanos capuchinhos5, tendo
como orientador espiritual Frei Manuel de Santa Tereza. O livro tombo da freguesia de
Santa Rita nº 001 encontra-se praticamente destruído pelo tempo e pelas traças, porém, o
mesmo foi escrito depois da inauguração da capela de Santa Rita, em 6 de dezembro de
1776. Assim sendo, a cidade de Santa Rita passou pela condição de engenho, vila,
freguesia, paróquia e emancipação política em 19 de março de 1890, tendo o Intendente
Antônio Gomes Cordeiro de Mello, Presidente do Conselho de Intendência, cargo
equivalente ao de prefeito na atualidade. A igreja do Rosário (a mesma foi derrubada para
no local ser construído o Grupo Escolar João Ursulo, no governo de Argemiro de
Figueiredo, sendo prefeito de Santa Rita, Flávio Maroja Filho, 1937/39) e a igreja da
Conceição, inaugurada em 1851, eram os prédios mais importantes da cidade de então.
O vigário Monsenhor Abdon Melibeu era um homem culto (formado em Filosofia,
Teologia e Direito), letrado, amava o artístico e belo, conhecia a História Universal como
ninguém no seu tempo em nossa terra, tanto é assim que foi aprovado plenamente nos
exames gerais da Diretoria Geral de Instrução do Brasil de agosto de 1895, antes citado.
Foi diretor espiritual do Seminário Nossa Senhora da Conceição, substituindo entre
fevereiro e março de 1901, na Capital da Paraíba. Ele era um autodidata da história do
mundo ou história da humanidade, compreendida como sendo os registros dos feitos do
homo sapiens na terra, a partir do momento que o homem adquiriu capacidade para fazer
os registros de sua vida através da escrita. É justamente o marco divisório da história a
pré-história, onde o homem na terra e ainda não tinha capacidade necessária para fazer os
registros de seus próprios acontecimentos. Essa era a praia em termos de conhecimentos
acadêmicos do vigário mencionado. E diante de sua experiência edificadora de sempre
construir e reformar prédios de capelas e igrejas por onde passou, bem como por ter
convivido com a elite acadêmica e eclesiástica do Seminário de Belém do Pará, onde foi
reitor e bem assim na condição de diretor do Colégio Pio X, na Capital da Paraíba. Com
coragem e apoio dos fies, fez elaborar o projeto arquitetônico arrojado para ampliar e
embelezar a capela de Santa Rita em 1929 e que em 1939 foi elevada a categoria de Igreja
Matriz de nossa cidade. Infelizmente, Monsenhor Abdon Melibeu, faleceu vítima de enfarte
fulminante, em 9 de agosto de 1931, tendo apenas modificado a parte interna da atual
Igreja Santuário, menos o altar mor e a torre. O idealista e reformador de nossa principal
casa de oração católica, despertou na população a devoção através de procissões,
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CAPÍTULO XI
CENTENÁRIO DE SEBASTIÃO JOSÉ DE AGUIAR
Um homem é ético quando ajuda toda forma
de vida e evita ferir toda a coisa que vive.
Albert Schwetzer
Sebastião José de Aguiar, também conhecido por Sebastião Vieira, tendo em vista
erro do cartório ao fazer o seu registro de nascimento, que em vez de escrever:
SEBASTIÃO JOSÉ VIEIRA DE AGUIAR, escreveu: SEBASTIÃO JOSÉ DE AGUIAR, nascido em
31 de Janeiro de 1913, falecido em 01 de setembro de 1991 e se encontra sepultado no
Cemitério Santana, em Santa Rita/PB e que em 31/01/2013 foi comemorado o primeiro
centenário de seu nascimento, natural de Pilar/Paraíba (na época de seu nascimento o
Engenho Coité, de propriedade de seus pais, pertencia parte a Pilar, parte a Cruz do
Espírito Santo e parte a Mamanguape, o povoado de Sapé, só foi emancipado em 01 de
dezembro de 1925, filho de João José de Aguiar e Josefa Maria da Conceição Vieira de
Aguiar, ambos sepultados no Cemitério Santana, em Santa Rita/PB. São irmãos de pai:
Maria José de Vieira de Aguiar Monteiro, (Maria Augusta), casada com Augusto Monteiro,
primeiro escrivão de policia ex-Juiz de Paz da Comarca de Sapé/PB; Severina Vieira de
Aguiar Fernandes, casada com Pedro Bento Fernandes; Joaquim Vieira de Aguiar, casado
com Maria José de Aguiar e Antonio Vieira de Aguiar, casado com Cicera Vieira de Aguiar.
Todos já estão na eternidade. Meu pai casou-se em 16 de junho de 1951, na cidade de
Sapé/PB com Maria do Carmo Gomes de Melo, nascida em 19 de abril de 1920, natural de
Cruz do Espírito Santo/Paraíba, falecida em 22 de dezembro de 1996 e sepultada no
Cemitério Santana, em Santa Rita/PB, que adotou o nome após o casamento de Maria do
Carmo Melo Aguiar, filha de Manuel Gomes de Melo (filho de Antonio Gomes C. de Mello e
Isabel Carneiro da Cunha Mello) e Emilia Francisca Pereira de Meireles (filha de Antônio
Coelho de Meireles e Diamantina Virgulina Ferreira Pereira). Minha mãe tem os seguintes
irmãos: Rosa Gomes de Melo (nasceu, viveu e faleceu moça donzela), Antônio Gomes de
Melo (casou-se com Ana de Melo), José Gomes de Melo (casou-se com Rosa Procópio de
Melo, sobrinha de meu avô materno), Francisca Gomes de Melo (casou-se com Joaquim
Gonçalo Pessoa), Maria das Graças Gomes de Melo, dona Doninha, (casou-se com João
Luiz de França, conhecido por João Frade), Maria Hermenegidia Gomes de Melo (casou-se
com Antônio Procópio Guedes, sobrinho de meu avô materno), Severino Gomes de Melo
(foi ex-combatente da Segunda Guerra Mundial), Augusto Gomes de Melo (casou-se com
Maria Lita Inácio), João Gomes de Melo (casou-se com Lindalva Pereira de Melo), Josefa
Gomes de Melo (casou-se com Severino Santana Cavalcanti), Anália Gomes de Melo
(casou-se com José Procópio de Melo, sobrinho de meu avô materno), Sebastião Gomes de
Melo (casou-se com Ana Procópio de Melo, sobrinha de meu avô materno). Os meus avós
paternos estão sepultados no Cemitério Santana, em Santa Rita/PB, e os avós maternos
estão sepultados no altar da Imaculada Conceição, na Igreja de Nossa Senhora do
Desterro, zona rural de Cruz do Espírito Santo/Pb.
É importante mencionar de que do casamento de Sebastião José de Aguiar e Maria
do Carmo Melo Aguiar, nasceram os filhos: Francisco de Paula Melo Aguiar (casado com
Severina Bezerra da Silva Melo Aguiar); José Vicente de Aguiar (casado com Eudezia Ponce
de Leon Aguiar); José Antonio de Aguiar (casado com Maria Eunice Silva), Maria de Fátima
Melo Aguiar (primeira – in menorian, nascida em 1954 e falecida em 1956 e sepultada no
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para seus filhos, sua imagem como homem e como pessoa ainda estar presente na
memória de seus descentes. Honesto e trabalhador por convicção, jamais deixou de
cumprir com suas obrigações com ricos e ou com pobres. A sua maior herança é sua
honradez de homem simples com o coração de anjo e capaz de ajudar aos seus
semelhantes em suas dificuldades materiais e temporais. Quando jovem, pensou como
ancião e quando velho agiu com todas as forças de sua juventude, quando abria sua boca
de homem de poucas letras, falava melhor em versos e em prosas que qualquer filósofo e
ou sábio da antiguidade e ou da modernidade. A sua escola ideológica se fundamentava na
sinceridade e honestidade. Quando se falava em cultivar a terra, ele sempre procurava
desvendar sem magia os seus segredos advindos da natureza, tendo em vista que não
freqüentou a Escola de Agronomia, porém, sabia mais que ninguém adubar a terra para
essa e ou aquela cultura que vai ser ali plantada. Não era santo, porém, obrava milagres
entre seus amigos e compadres de todas as classes sociais de que fez parte. Orgulho com
ele, isso nunca existiu. Homem de barriga cheia e de bons costumes. Viveu integrado com
seus familiares e com seus conhecidos, respeitando a todos e se fazendo respeitar. Sua
conduta sempre foi uma conduta inabalável, jamais deu trabalho à polícia e ao Poder
Judiciário. Nunca foi preso e ou processado. Enquanto homem, esposo, pai, tio, sogro,
genro, cunhado e amigo, ele é um exemplo pra seus descendentes copiar sua retidão de
compromisso e dedicação. Generoso ao extremo para com seus familiares e amigos.
Homem honrado e distinto em sua integridade pessoal e profissional. Agricultor de mãos
limpas. No Sapé ele foi dono até 1956 de um sítio encravado no antigo Engenho Conceição.
Comprou em 1956 o sítio Pajuçara na Fazenda Maraú, lugar que servia de divisão territorial
para os atuais municípios: Sapé, São Miguel de Taipu, Sobrado e Cruz do Espírito Santo/PB.
Até que tentou permanecer até o final de sua vida em tal localidade, porém, com a
fundação da Liga Camponesa, motivo pelo qual foi assassinado o líder João Pedro Teixeira,
em 02 de abril de 1962, na rodovia estadual que liga Sapé, na localidade de Anta do Sono,
perto da região onde ele vivia e oferecia trabalho há mais de cem homens no cabo da
enxada, resolveu vender o Sítio Pajuçara do Maraú e fixar residência definitiva em Santa
Rita, onde já possuía casa residencial desde a década de 50 do século XX, atividades
comerciais e uma granja encravada na Fazenda Tibirizinho, de sua propriedade. E além do
mais, aconselhado por minha mãe que queria fazer com que os três filhos continuassem
seus estudos secundários e quiçá universitários. Época em que conclui o curso primário na
Escola Elementar Mista do Engenho Itapuá, sob a direção da professora Beatriz Lopes
Pereira, e tinha que iniciar a primeira série do curso ginasial na capital. O sonho idealizado
por meus pais, resultou no fato de dois de seus três filhos, concluírem mais de um curso
superior e bem assim mestrados e doutorados em áreas interdisciplinares do conhecimento
humano. O lócus principal da passagem dele no seio de sua família se resume em afirmar
de “as atitudes são muito mais importantes do que os fatos”, no dizer do cientista
Alexander Fleming, descobridor da “penicilina” em 1928 e Prêmio Nobel de Medina em
1945 e que doou todo o dinheiro recebido para patrocinar a formação de futuros médicos.
Tenho na memória a ida dele ao Palácio da Redenção, em 1962, as pressas, ele e minha
mãe foram falar com o então Governador Pedro Gondim, para pedir-lhe que mandasse
soltar alguns de seus trabalhadores rurais que tinham sido presos pela Polícia Militar
Estadual, localizada em Sapé, ato contínuo de perseguição política e de repressão, após a
morte do líder da liga camponesa João Pedro Teixeira, no período que se seguiu a abril de
1962, dentre os quais Zé Burinete, negro sonhador e de poucas letras que pregava a
reforma agrária naquele tempo nas reuniões campesinas, muitas vezes no próprio roçado,
local do trabalho diário. O danado do negro não sabia ler e muito menos escrever, jamais
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
ele entenderia a diferença ideológica de ser socialista e ou de ser capitalista, ele queria
apenas um pedaço de terra, coisa parecida com os atuais “sem terra”. Por isso foi preso e
levou uma surra, não apanhou mais porque teve a intervenção de papai junto ao
Governador do Estado. É bem parecido com o pensamento de Martin Luther Kin, quando
menciona que “aprendemos a voa como pássaros, a nadar como peixes, mas não
aprendemos a conviver como irmãos”. Poucas são as pessoas que tem o que se manter
com seu grupo familiar e que faz reflexão em favor de quem nada tem para comer, beber,
residir, etc. O meu pai é a figura arquetípica de todos os meus sonhos sonhados, a ele a
minha eterna gratidão em ser seu filho. Meu pai não tinha formação acadêmica, porém,
sobrava-lhe bondade pessoal e emocional, tendo em vista que “não existe verdadeira
inteligência sem bondade”, porque ele nasceu, viveu e morreu no campo, plantando e
colhendo tudo que a terra dar, a zona rural, lá na Granja Tibirizinho, foi o local onde ele
viveu seus últimos anos de vida e de sonhos realizados e não realizados, porque mesmo
não sendo um cidadão letrado, tinha conhecimento e ciência própria por analogia que
“aqui, a surdez incomoda menos que em qualquer outro lugar, e as árvores parecem me
falar de Deus”, conforme afirmação de Beethoven, o grande músico surdo e sonhador de
seu tempo. Por tudo isso e muito mais que se a memória não me falhar. O primeiro
centenário de seu nascimento foi comemorado com a celebração da Santa Missa, no
Santuário de Santa Rita de Cássia, contando com a presença de seus filhos, netos,
bisnetos, tataranetos e demais familiares e amigos no dia 31 de janeiro de 2013, tendo
como celebrante o dinâmico Padre Ildemberg Campos, Reitor do referido santuário do povo
de Santa Rita. Obrigado a meu Deus por puder escrever e publicar o presente artigo
relatando a origem genealógica e centenária da passagem de meu pai sobre a terra.
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
CAPÍTULO XII
TEIXEIRA, O CIDADÃO E O HOMEM PÚBLICO
Quando tomamos consciência de nosso papel,
mesmo o mais obscuro, só então somos felizes. Só
então podemos viver e morrer em paz, pois o que
dá um sentido à vida, dá também um sentido à
morte”.
(Terra dos Homens)
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
Ferraz, seu parente, para prosseguir nos estudos do curso ginasial no Liceu Paraibano. Na
capital da Paraíba, arranja o primeiro emprego na empresa Great-West, como estafeta,
pessoa encarregada de entregar a correspondência oficial no Palácio da Redenção, assim
sendo, ele teve seus primeiros contatos com a ideologia instituidora da Aliança Liberal.
Menciona também em seu relato de que seu pai ao rebentar a Revolução de 1930,
contrariando sua tutora Dona Paula de Carvalho Teixeira – Dona Popola e seus irmãos:
José Nicodemos, Luiz Gonzaga, Maria Emilia e Ana Carolina, alista-se como voluntário e
parte para o Recife, de onde regressa em virtude da vitória do movimento. Ato continuo,
agora desempregado e tendo concluído o curso ginasial por decreto, emprega-se no
almoxarifado da Fábrica de Tecidos Rio Tinto, pertencente ao Grupo Lundgreen, onde logo
participa com outros operários idealistas de várias reuniões secretas para a fundação do
Sindicato Têxtil daquela empresa. Assim sendo, é apontado como um dos líderes do
movimento, é ameaçado de morte pelos capangas da indústria de tecidos e foge para
Fagundes, onde reabre a mercearia e loja de tecidos e ferragens de seu pai, ocasião
também em que conclui a construção da casa de seus pais, que ficou inconclusa desde
1922, quando do prematuro falecimento de seu genitor. Ressalta ainda, de que a distância
dos irmãos e da tia e já com seu avô falecido desde 1926, sente o peso da solidão e
resolve aos vinte e um anos de idade iniciar sua própria família. No final de julho de 1933,
casa-se com sua prima Antonia Pessoa de Carvalho, moça vocacionada para o magistério,
portadora de certa cultura que sabia escrever modas e poesias. Deste casamento nasceram
os seguintes filhos: Terezinha, falecida aos oito meses de difiteria; José Micodemus, Nanci
e Vicentina, que também ficaram na orfandade, aos seis, cinco e três anos de idade,
respectivamente, depois da mãe agonizar sem esperança em 1943, vítima de tuberculose,
mal incurável na época da história de nossa gente.
Na gestão do interventor Argemiro de Figueiredo, logo no inicio de 1937, Antônio
Teixeira, assume o terceiro emprego de sua vida e o segundo cargo público, ao ser
nomeado inspetor de ensino encarregado das escolas da zona rural do município de Santa
Rita, via a nomeação da lavra do Monsenhor Pedro Anísio Dantas, então Diretor de Ensino
da Paraíba, algo semelhante ao cargo de secretário estadual de educação na atualidade.
Valendo salientar de que em 1935, ele fundou com sua esposa, uma escola noturna de
alfabetização na Colônia de Pescadores, trabalho voluntário e sem remuneração.
E a saga historiográfica de Antônio Teixeira, na versão de sua filha, nos informa de
que em abril de 1944, um ano após sua viuvez, com três filhos pequenos, ele se casa em
segundas núpcias com Dona Isaura de Souza Falcão, sobrinha do poeta Américo Falcão, de
família tradicional de Lucena, com quem teve os seguintes filhos: Martha, Raquel, Abraão e
Sônia. E sintetiza que o mesmo teve morte prematura em 11 de janeiro de 1980 e
encontra-se sepultado no Cemitério Santana, em Santa Rita.
Em 1945, terminou a Ditadura Vargas e teve inicio o processo de redemocratização
nacional, Antônio Teixeira se filia ao PSD – Partido Social Democrático, ao lado dos
correligionários Rui Carneiro e Diógenes Nunes Chianca, esse seu vizinho de propriedade
rural na área das praias de Fagundes e Nossa Senhora da Guia. É importante mencionar
de que Teixeira rompeu em 1945 com Diógenes Chianca, porque o seu capatar e/ou
administrador Bastos Lisboa, da Fazenda Guia, deu uma surra em um morador seu que
fora apanhar em terreno de marinha, porém, explorado por Chianca, umas palhas de
coqueiro e cipós, para construir sua casa. E aí aparece David Falcão que diante do
rompimento com o PSD, o convida a ingressar no PCB – Partido Comunista Brasileiro, se
filia e se candidata a deputado estadual, obteve apenas 72 (setenta e dois) votos, sendo
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
eleito o único deputado estadual do PCB o advogado João Santa Cruz de Oliveira, seu
fraternal amigo por toda vida, conforme menciona a filha mencionada do biografado.
A convite do industrial e político Flávio Ribeiro Coutinho, se filia a UDN – União
Democrática Nacional em 1947, quando apoio e ajudou eleger Flávio Maroja Filho, prefeito
e Pedro de Mendonça Furtado, vice prefeito de Santa Rita, valendo salientar, segundo a
filha do ora biografado, que o êxito dessa disputa só foi possível, graças aos votos da zona
rural de Santa Rita, onde a liderança de Teixeira era inconteste. Esclarece também de que
através de seu cunhado e correligionário, o vereador Octávio de Souza Falcão, na condição
de Presidente da Câmara Municipal de Santa Rita, via requerimentos, conseguiu a
construção de duas escolas, sendo uma em Fagundes e outra em Lucena, envolvendo
verbas federais, estaduais e municipais, cujas unidades escolares foram inauguradas em
1949, pelo governador Osvaldo Trigueiro de Albuquerque Melo. Ressalta também de que o
prefeito Antenor Lopes Falcão, assinou ato denominando de Escola Municipal de Ensino
Fundamental Antônio Aurélio Teixeira de Carvalho, em Fagundes, sua terra natal.
E a saga envolvendo ainda seqüelas da derrota de Diógenes Chianca/PSD, chega até
1949, quando Teixeira e sua família, sofre um atentado através de uma bomba de alto
poder explosivo, colocada no alpendre vizinho aos quartos de sua casa residencial e que foi
apagada por uma chuva enviada de madrugada pela Providência Divina. Tal acontecimento
foi divulgado na imprensa local e estadual, além do inquérito presidido pelo delegado
Azulão, de Santa Rita, varias foram as diligências policiais e os responsáveis nada sofreram
na forma da lei criminal brasileira.
Em 1950, Antônio Teixeira é nomeado Fiscal Geral de Tributos Municipais de Santa
Rita, época em que encontrou os pesos do mercado municipal adulterados, o que
desencadeia intensa fiscalização e bem assim o aplauso da imprensa e da edilidade, e
muitas ameaças de morte também. A partir de então a população deixou de ser lesada,
tanto é assim que nas eleições de 1951, ele é eleito o terceiro vereador mais votado de
Santa Rita, cujo feito foi repetido no quatriênio posterior. Através de requerimento de sua
autoria, consegue com o prefeito João Raposo Filho, levar a eletrificação a diesel ao Distrito
de Lucena e ao povoado de Fagundes.
E o depoimento informal de Martha Falcão, dissertando sobre o que vivenciou com o
seu pai, menciona que “para as eleições de 1955 a 1958, deu-se a coligação da UDN,
sendo aprovada a chapa de conciliação, tendo como vencedores, o médico João Crisóstomo
Ribeiro Coutinho e o panificador Euclides Bandeira de Souza, saindo eleito ao governo do
Estado, o usineiro Dr. Flávio Ribeiro Coutinho, tendo como vice governador Pedro Moreno
Gondim”, e assim ele “com seu segundo mandato de vereador, começa a discordar do
descalabro administrativo da então gestão municipal, culminando com total rompimento,
em 1956, quando o prefeito pretendeu monopolizar a venda de carne verde do mercado,
beneficiando seu protegido, o senhor Manoel Alves de Oliveira (Nequinho), em prejuízo dos
outros marchantes”, tanto é assim que “seus discursos na Câmara foram tão contundentes
que ganharam manchetes nos jornais da capital e nas palavras do advogado Renato
Teixeira Bastos: “eram verdadeiras Catilinárias em defesa do povo”. E assim sendo, sofreu
em tal período muitas agressões covardes, chegando mesmo a ser agredido fisicamente,
mas não recuou, desabafa a informante com os olhos cheios de lágrimas, tendo em vista
que ela presenciou no corpo e na alma a trajetória de seu genitor em Santa Rita.
Diante de tais fatos, desliga-se da UDN e filia-se ao PSB-Partido Socialista Brasileiro,
lá permanecendo até o golpe militar de 31 de março de 1964. O PSB fez coligação do PSD
de Santa Rita, teve inicio a campanha para as eleições municipais de 1959, com o apoio do
deputado estadual Heraldo da Costa Gadelha, do senador Rui Carneiro e do deputado
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
federal José Joffily Bezerra, além dos operários da Fábrica Tibiri, do distrito de Bayeux e da
população em geral, assim sendo: “elegeu-se prefeito de Santa Rita, tendo como
companheiro de chapa, Lourival Caetano de Lima, derrotando o candidato das usinas, o
banqueiro João Raposo Filho, na famosa campanha do “tostão contra o milhão”, e quando
no município a oposição elegeu o primeiro prefeito desde a fundação da cidade”, é o que
nos informa Martha Falcão, 23/07/2012.
Em seu relato circunstanciado a informando menciona ainda que “mesmo não tendo
maioria na Câmara, que votava contra até mesmo as mensagens de aumento do
funcionalismo público, fez uma gestão voltada para as necessidades de seu povo” e
continua afirmando que “preocupado com os desassistidos, organizou a assistência social
do município, mantendo convênios com os Hospitais Padre Zé, São Vicente de Paula, Santa
Isabel, Instituto dos Cegos e Instituto São José (escola profissionalizante),
subvencionando-os e para lá transportando os doentes sem assistência da previdência e
custeando cursos profissionalizantes para estudantes carentes”, sem recursos federais e ou
estaduais, “logo no inicio de sua profícua gestão, adquiriu com recursos próprios, uma
ambulância, não sem antes pioneiramente, abrir a estrada ligando Lucena a Santa Rita,
ocasião em que inaugurou a assistência médica-odontológica ambulante, assistindo
semanalmente a zona rural do município”, metodologia atualmente inexistente no tocante a
maneira de atender a nossa gente da zona rural, tendo inclusive avançado em sua visão de
saber administrar e administrar bem, isso é possível ao saber que “foi também pioneiro do
transporte rodoviário, inaugurando a empresa rodoviária Santo Antônio, que por muitos
anos prestou relevantes serviços à população de Lucena e Santa Rita, além de construir a
primeira estação rodoviária da cidade”, trata-se portanto, daquele lugar abandonado pela
atual gestão que ainda serve precariamente como ponto dos ônibus que leva o povo de
Santa Rita à João Pessoa, na rua Venâncio Neiva. E o desabafo em termos de informante
ocular da filha do ex-prefeito, faz lembrar ainda que “reorganizou e ampliou a educação
rural e urbana do município, além de fornecer passagens aos que vinham da zona rural
cursar o ginásio na cidade”, quando faz voltar o tempo e afirma que “em 1962, graças ao
empenho do deputado federal José Joffily, consegue o SAMDU para Santa Rita,
melhorando significativamente as condições de saúde do município”, enfatizando ainda que
“concluído seu mandato, ovacionado e nos braços do povo, foi também eleito o vereador
mais votado. Já engajado na luta pela sindicalização e direitos do homem o campo,
participou da fundação das Ligas Camponesas de Sapé, Rio Tinto, Mari e Santa Rita, ao
lado dos companheiros: José Joffily, Assis Lemos, Antonio Dantas e Osmar de Aquino”,
assim sendo “com o golpe militar de 1964, avisado pelo seu amigo e delegado Aloísio
Simões que havia recebido ordens de prendê-lo e que deveria fugir, para não ser torturado
em Sapé pelo Coronel Luiz de Barros ou deportado para Fernando de Noronha, respondeu:
“ Quem foge são os bandidos e ladrões. Lutei por um ideal e não vou abandonar minha
família para sofrer humilhações em meu lugar. Eles que venham prender-me em minha
casa”, tanto é assim que foi “preso por duas vezes, respondeu a dois Inquéritos Policiais
Militares, tendo como advogado seu amigo Nizi Marinheiro, tendo sido absolvido em ambos
e em 2010, reconhecido postumamente como anistiado político” pela Comissão da Anistia
do Brasil.
Em 15 de novembro de 1968, em plena ditadura militar, tachado de comunista pelos
adversários e concorrentes em Santa Rita, é eleito prefeito pela segunda vez pela Arena/3,
derrotando todos os três candidatos do então MDB e da ARENA 1 e 2 de nossa terra. É a
consagração popular de sua liderança junto aos mais humildes e “novamente fez uma
excelente administração, notadamente, nas áreas de Educação, Urbanização e Saúde”,
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
tanto é assim que “aos dez meses e dias de sua administração, conseguiu com recursos
próprios, em 15 de novembro de 1969, inaugurar o moderno Grupo Escolar Mons. Rafael
de Barros, calçando todo o antigo bairro do Cercado, mudando-lhe o nome para Bairro da
Liberdade, além de restaurar a Praça Amarro Ferraz, que se encontrava em ruínas.
Indagado pela imprensa o porquê da mudança do nome, afirmou que: a liberdade era o
maior bem da humanidade, e que cercado só ficava bem em engenho e fazenda”, foi assim
mesmo com tal espírito de iniciativa e visão ampla que “restaurou todas as escolas
estaduais e municipais da zona rural que se encontravam em ruínas, cedeu prédio
municipal totalmente equipado para o funcionamento da Escola Normal Estadual, além de
triplicar a matricula do município e de habilitar através do Projeto Minerva, todas as
professoras leigas, ao Pedagógico, e no final de sua gestão, todo o quadro do magistério
estava qualificado”. Uma grande conquista sem sombra de dúvidas naquele instante para a
realidade educacional municipal. E informante ocular da vida e obra de Antônio Teixeira
menciona que “respondendo aos anseios dos desportistas de sua terra, construiu o Estádio
Virginio Veloso Borges, que o povo em sua homenagem batizou de Teixeirão. Calçou
grande parte da cidade baixa e a avenida Professor Severo Rodrigues do Bairro Popular” e
disse ainda que “construiu galerias pluviais e pontes na cidade alta e zona rural e fez
instalar um semáforo na Rua Juarez Távora, Av. Anísio Pereira Borges e Pça. João Pessoa”,
tudo isso com recursos próprios.
A Cagega abasteceu a nossa cidade com água em quantidade e qualidade e a Saelpa
foi responsável pela eletrificação urbana e rural do município de Santa Rita, graças aos
convênios assinados em sua administração com o então governador João Agripino Filho,
época em que foram eletrificados o povoado de Forte Velho, o Distrito de Nossa Senhora
do Livramento e o Conjunto Residencial Tibiri I, e além do mais “a política habitacional
também foi uma de suas preocupações administrativas. Com recursos próprios do
município, conseguiu acabar com todas as casas de palha do bairro Popular e bairro de
Santa Cruz (Viração), conseguindo construir galerias pluviais, calçamentos, além do
diuturno serviço de terraplanagem, como evidenciam os fatos de seu arquivo”, sua meta
principal era fazer o povo simples feliz que “em reunião com seu grande amigo, Padre
Paulo Kollen, pároco da cidade, conseguiu doações de terrenos com a bondosa e generosa
D. Lili Santiago, que doou todos os terrenos, onde hoje é o Conjunto Nova Esperança”,
haja vista que “em sistema de mutirão, os beneficiados recebiam da Prefeitura o material
de construção e se responsabilizavam pela mão de obra, sob a supervisão do topógrafo
Manoel Braz, outro grande amigo e colaborador”, e além do mais restaurou todas as praças
da cidade e prédios públicos de nossa cidade.
Em suma, a informante, historiadora e filha de Antônio Teixeira, em seu relato
menciona a dimensão humana da grandeza de seu pai, através da frase: “aqui jaz alguém
que escreveu seu nome sobre a face do céu com letras eternas, amando ao próximo como
a sim mesmo”, escrita sobre o seu túmulo no Cemitério Santana, em Santa Rita, Paraíba.
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
CAPÍTULO XIII
O EPÍLOGO HISTORIOGRÁFICO SANTARITENSE
Em tempo de delação, conte tudo que leu,
pesquisou, viu, ouviu e aprendeu antes que seja
tarde.
Francisco de Paula Melo Aguiar
E se não bastasse esse fato histórico, é em nosso território que foi fundado o
primeiro engenho de cana de açúcar, provavelmente a partir de 1586, na localidade Tibiry,
também foi posteriormente erguido o Forte e a Capela de São Sebastião, em suas
adjacências. Assim sendo, O engenho Del Rey Tibiry, o Forte e a Capela de São Sebastião,
são provas fundamentais que constituem o marco primitivo da formação do nosso
povoado. Não temos dúvida de que o engenho Tibiry recebeu profissionais: engenheiros,
químicos, artífices, mão de obra especializada da Europa para sua edificação e para a
exploração agroindustrial desde sua fundação, constituindo assim uma elite intelectual
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
junto aos nativos e escravos em nossa terra durante mais de dois séculos (de 1586 a
1822), portanto, no período do Brasil Colônia de Portugal.
O atual município de Santa Rita, serviu de palco para a primeira derrota e expulsão
dos holandeses na várzea do Paraíba, graças ao Capitão Francisco Rabelo (ou Rebelo),
seus homens e a bravura do negro Henrique Dias e o Capitão Sebastião de Souto, a
margem direita do rio que vieram em socorro da tropa, segundo J. Glês Lacet (1937) e
seus comandados, em 17 de novembro de 1636, tendo em vista “[...] o estratégico
engenho à margem direita do Rio Samuraguai, defendido pelos holandeses com muito
empenho lhes foi tomado de assalto pela companhia do Cap. Francisco Rabelo. Lutando
entre defensores, morreu o conselheiro Ippo Eys-sens, Governador da PB, membro do
Conselho do Recife [...]”, conforme Donato (1996). Assim vem daí a origem da construção
das capelas de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro e de Nossa da Batalha, ambas
originárias do pedido de Francisco Rabelo, homem valente e devoto da Virgem Maria,
especialmente no campo de batalha contra o invasor holandês em nossa terra, sic,
enfocado por Lacet (1937), não obstante que “[...] em novembro de 1636, junta-se à tropa
de Francisco Rebelo. No mesmo ano Rebelo e seus companheiros foram atacados e
derrotados na Paraíba pelo major inglês John Godlad, comandante das tropas holandeses.
Os brasileiros perderam 25 soldados 17 negros de Henrique Dias” ,conforme nos informa
Moura (2004, p. 128). Ressaltamos que Francisco Rabelo e/ou Francisco Rebelo, é o
mesmo capitão que assassinou o conselheiro holandês Ippo Eys-Sens, antes da batalha de
17 de novembro de 1636, no Engenho Espirito Santo, onde “o Paraíba do Norte açucareiro,
portanto, não foi um rio manso”, apesar de “menos de trinta anos depois de se ter
instalado o primeiro engenho era a balança do peso transferida de Tibiri para Filipéia. Uma
das apontadas razões dessa mudança fora a de que no Tibiri só chegavam barcas de carga
de cem caixas de açúcar ao passo que até o Varadouro podiam enterar navios com águas
vivas até trezentas toneladas” e conclui que “além disso convinha armazenar o açúcar ao
alcance imediato das naus, evitando-se a demora que havia em reuni-lo de diferentes
pontos do estuário [...]” (ANDRADE, 1997, p.79 e 82). Portanto, o primeiro partido de cana
foi plantado nas terras do Engenho Tibiri, no final do século XVI e protegido pelo Forte de
São Sebastião.
O nosso território municipal serviu de passagem para o Imperador Pedro II e sua
comitiva em 26 de dezembro de 1859, segundo nos relata o então Presidente da Provincia
da Paraíba, Ambrosio Leitão da Cunha (PARAIBA, 1860, p. 1,2,3):
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Assim sendo a versão oficial nos garante que ele esteve sim no engenho São João,
do Coronel José Teixeira de Vasconcellos quando ia para Pilar em 26 de dezembro de 1859.
E ao retornar de Mamanguape esteve outra vez em nosso município, agora no engenho
Gargaú, ex-vi que,
No dia 28 as 4 horas da madrugada sahio S.M. o
Imperador da cidade de Mamanguape, e tendo vindo
repousar e almoçar no engenho Gargaú do coronel
Joaquim Gomes da Silveira a 9 legoas d’aquella cidade e
3 desta, aqui chegou as 11 e meia horas do
dia.(PARAIBA, 1860, p.3).
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Isso é fato e contra fato não se tem argumento, salvo ilação emotiva desprovida de
fundamentação e/ou epistemologia histórica social.
O ramerame da disputa dos senhores de engenhos de Santa Rita pelo poder político
municipal, fez o Poder Executivo Estadual suprimir o município logo após sua emancipação
primitiva, que voltou a ser subprefeitura do território da Capital da Paraíba, sendo portanto,
restabelecido pela Lei Estadual nº 79, de 24 de setembro de 1897 graças a intervenção do
Padre Manoel Gervásio Ferreira da Silva, chefe religioso, político e oligárquico, homem
afeiçoado as manobras e contra-manobras oligárquicas, da situação e da oposição, tendo
ocupado por vários mandatos o cargo de conselheiro (vereador) e de presidente do
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CAPITULO XIV
SANTA RITA, SOMOS O QUE TEMOS
Viver é isso aí mesmo, ficar se equilibrando entre
escolhas e consequências.
Paulo Coelho
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de o PSOL, o PSC e o PSTU não conseguiram fazer o coeficiente eleitoral e assim nenhum
vereador à Casa de Antônio Teixeira, apesar de todos terem candidatos a prefeitos no
referido pleito. E assim nossa gente continua escrevendo sua história diante dos fatos e
atos aqui mencionados, para futura reflexão na formação social e econômica dos
habitantes do solo que nos é comum, não importando se capitalismo e ou socialismo, a
ideologia dominante e ou dominada, porque o voto popular é uma força livre e
independente que nunca seca, até mesmo com o uso de pedra, onça e peixe, na conquista
do voto na formação do coronelismo urbano e ou rural, do centro e da favela. Infelizmente
tal prática é a cultura da compra de voto, apesar de ser crime, porém, dominante no
território nacional e em Santa Rita, não é diferente a existência de corruptos e corruptores
em tal negociata antes de cada eleição, e até porque “[...] o ser dos homens é o seu
processo da vida real”, na visão Marx e de Engels (1932-1976). Detectamos assim a
evolução cada vez mais dos comportamentos sociais individuais em qualquer parte do
mundo.
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CORETO-2008
COSIBRA-2016
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IRACEMA FEIJÓ
MIRANTE DO ATALAIA
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ABC – 1966
CAMPO DO CEMITERIO-1968
CTP-ESPORTE CLUBE
COFRAG-1977
ADEMAR BOLACHA
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
EGIDIO-TRIBUNA ALPB
FUNDAÇÃO F RIBEIRO
AGUIAR-ENTREGA O DIPLOMA E
CIDADÃO SANTARITENSE AO SENADOR
RUY CARNEIRO-15-05-1975
HERALDO, TEIXEIRA,
LOURIVAL -1959
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Santa Rita, Sua História, Sua Gente, por Francisco de Paula Melo Aguiar
FILARMONICA S JOSÉ-1960
CAMARA-1989
HUMBERTO-AGUIAR-MAMAE-BETRIZ-1986
ANTONIO AZEVEDO-FARMACEUTICO
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BIOGRAFIA
FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR, natural de Sapé/PB, nascido aos 3 de abril de
1952, cidadão honorário de Pilar e Santa Rita – Paraíba, filho de Sebastião José (Vieira) de
Aguiar (agricultor) e Maria do Carmo (Gomes) Melo Aguiar (do lar). É casado com Severina
Bezerra da Silva Melo Aguiar (Licenciada em Geografia; Mestra e Doutora em Ciências da
Educação).
FORMAÇÃO UNIVERSITÁRIA
CURSOS DE GRADUAÇÃO: Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais (Direito); Bacharel
em Teologia, Ciências Humanas; Bacharel em Psicanálise Clinica; Licenciado em Pedagogia;
Licenciado em Educação Física; Professor de História, Geografia, EMC e OSPB, via EXAMES
DE SUFICIÊNCIA pelo Centro de Educação da UFPB; Estágio Universitário na Câmara
Federal em Brasília (1975).
Brejo Paraibano In Santa Rita, Sua História, Sua Gente e citado no livro Dicionários de Átila
Almeida, Funape, UFPB e Nova Stella, J.Pessoa e São Paulo, 1988, pág. 18; Nome citado
no capítulo 2, tendo em vista sua participação ainda como estudante do Curso de Direito
no Júri Simulado que envolveu os fatos das mortes de João Pessoa e João Dantas e a
Revolução de 1930, objeto do livro: Revolta e Revolução Cinqüenta Anos Depois, de autoria
de José Joffily, publicado em 1979, pela editora Paz e Terra. Rio de Janeiro e cujo Conselho
Editorial era formado por Antônio Cândido, Celso Furtado, Fernando Gasparian e Fernando
Henrique Cardoso. É colaborador na condição de escritor voluntário do Jornal Interiorano,
sediado na cidade de Sapé/PB; já publicou vários artigos no Jornal O Norte, dos Diários
Associados em João Pessoa/Pb. VIDA DESPORTIVA E SOCIAL: Sócio fundador do Lions
Club Santa Rita; Presidente da Liga Desportiva de Santa Rita; Cidadão Honorário das
cidades de Pilar e de Santa Rita, títulos conferidos pelas Câmaras Municipais; Filiado à
OAB/PB e a Ordem dos Teólogos do Brasil. sócio do Santa Cruz Canavieiro. VIDA
PROFISSIONAL E EMPRESARIAL: Fundador e proprietário do atual COFRAG-Colégio Dr.
Francisco Aguiar (ensino fundamental, médio, técnico em contabilidade e cursos e exames
supletivos, fundado em 05 de janeiro de 1964); Fundador, proprietário e Reitor do IESPA-
Instituto de Ensino Superior da Paraíba; Diretor da FAFIL-Faculdade de Filosofia, Ciências e
Letras de Santa Rita-PB (1984 – site: http:://www.iespa.edu.br; Advogado militante e
professor universitário. Escreve e publica diariamente em vários blogs, sites nacionais e
internacionais, dentre os quais: I) ACADEMIA DE LETRAS DO BRASIL ESCRITORES
BRASILEIROS DIPLOMADOS EM CADEIRAS VITALÍCIAS DA ACADEMIA DE LETRAS DO
BRASIL, IN.: <http://www.academialetrasbrasil.org.br/galeriaindicados.html>; ARTIGOS
PUBLICADOS IN.: <http://www.academialetrasbrasil.org.br/artfranaguiar.htm>; RECANTO
DAS LETRAS: <http://www.recantodasletras.com.br/autor.php?id=65161 > II) O GUIA
LEGAL = SITE DE PESQUISAS: <http://www.oguialegal.com/08-historicodefavela.htm >
<http://www.oguialegal.com/08-favelaontemehoje.htm ><http://www.oguialegal.com/08-
favelaemespanhol.htm > http://www.oguialegal.com/08-palavrafavela.htm .
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