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Colégio Técnico de Piracicaba Apostila de Metrologia Professores: Edmilson Roberto Barbosa Jo&o Wesley Pedro Luis Schiavuzzo 1. Introducéo 2. Réguas Graduadas 3. Paquimetros 4. Micrometros 5. Relégios Comparadores 6. Gonidmetros 7. Calibradores e Verificadores 8. Blocos Padréo 9. Rugosidades 10. Toleréncia 0. . Metrologia eee SO Sistemas de medidas 1 -Introdugéo: Toda organizaco comercial, industrial ou de prestacdo de servicos tem sua sobrevivéncia ligada @ quantidade de seus produtos. Esta dependéncia é cada vez maior devido ao crescente numero de concorrentes e nivel de exigéncia dos consumidores (consumidor mal atendido pode se dirigir a outro fornecedor). Como toda empresa até de sua sobrevivéncia quer garantir uma posicdo de destaque no mercado, ela terd que investir em tecnologia ¢ no envolvimento dos trabalhadores no aperfeicoamento do processo produtivo, Esses dois fatores formam o controle da qualidade, que-tem por finalidade aumentar a produgio e baixar os custos, sem comprometer a qualidade dos produtos. E que o controle da qualidade, ao contrerio da inspecio, age sobre a totalidade do processo produtivo para prevenir 2 ocorrenciz de defeitos (e nao apenas separat as pecas boas das ruins no final da fabricacao}. De acordo com a norma DIN 55350/11, “qualidade € a caracteristica pelas condigdes de uma unidade, com relacao sua aptid3o para satisfazer necessidades Gefinidas e pressupostas”. ‘A qualidade manifesta-se em caracteristicas que podem ser: « Propriedades fisicas; ‘* Propriedades quimicas; * Dimensdes; © Composicfo ou textura, ou qualquer outro requisite utilizado para definir a natureza do produto ou servico. © controle de medidas, parte integrante do controle da qualidade, é respowsdvel pelos instrumentos de medico e pelos processos de rnedicao; esté presente desde a recepedo da matéria-prima e etapas de fabricaco até os ensaios e verificacGes finals. © S80 imperfeitos. Por esse motivo, é impossivel produzir pecas com dimensbes exatas, pois elas sempre apresentar3o um desvio em reiacdo as dimensées preestabelecidas. O controle de medidas consiste na aplicagéo de processos que permitam manter os erros de fabricagdo dentro de limites aceitaveis, previamente estabelecidos & que recebem o nome de tolerancia. Portanto, no controle de medidas torna-se necessdrio corhecer: ‘= O-que é medir por comparacéo direta (com instrumentos de medic30), ou indireta (com instrumentos de verificacao); ‘* _Instrumentos de medidas e seu uso; * Conceitos de tolerancia e sua aplicac&o no projete e na fabricacao; ‘« _Instrumentos de verificacao. Tanto 0s equipamentos de fabricacdo come os instrumentos de mec! Metrologia NS 2-Medicao: Toda medicio é feita comparando-se uma grandeza com outra de mesma espécie, considerada como unidade. Se 0 comprimento de um corredor é igual a trés metros, € porque nele a unidade de comprimento metro cabe trés vezes. Sequindo 0 mesmo procedimento, para medir uma superficie termos de usar unidades de érea (cm’, m’, etc.); por sua vez, 0 volume de um corpo & determinado pelas unidades de volume (m?, cm, litros, etc.) e assim por diante. Cada granczza € medida com unidades apropriadas’ dessa mesme grandeza. Néo € possivel medir comprimento em litros. 3 -Unidades: ‘As unidades estabelecidas para medir uma determinada grandeza so fixadas por definic&o. Ndo dependem de quaisquer condicdes fisicas, como temperatura, pressao, grau de umidade, etc. Oficialmente, devido a normas brasileiras e internacionais, prevalecen as unidades do S.I. (Sistema Internacional): metro, quilometro, Neveton, segundo, 4—-Padrao: As unidades de medida tém uma definicdo absoluta. Entretanto, na apresentam-se materializacao em objetos que esto sujeltos a variagées prov pelas mudangas de condigées fisicas. Por isso, os padrées $6 expresséio, com rigor, a unidade que representam se estiverem dentro de condigdes especificas. ‘Até 1960, 0 Metro Padréio era uma barra de platina e iridio, que sofria dilatag3o muito pequena com a variacéo de temperatura. Nesse prot: conservado em Sévres, na Franca, o metro é determinado pela distancia en tracos nessa barra, na temperatura de zero grau Celsius. 5—Principios basicos de controle: (© sucessivo aumento de produc3o e a melhoria da qualidade requerem um desenvolvimento e um aperfeicoamento continus da técnica de medicio. 0 maiores as exigéncias de qualidade e rendimentc, maiores serio as necesside aparatos, instrumentos de medicao e profissionais habilitados. ‘Quando efetuamos uma medida qualquer, ¢ preciso considerar trés ele fundamentais: © O método; © O instrumento; =O operador. 6—Métodos: ‘A medico por direta ou indireta por comparacSo. A medicSo direta é feita mediante instrumentos, aparelhos e maquinas de medir (Figura 1). Figura 1 Emprega-se a mediclo direta nia confecc3o de pecas - prototipos, isso é, pegas originais que se utilizam como referéncia ou ainda em producio de pequena quantidade de pecas. A medida indireta por comparecao consiste em confrontar a peca que se quer medir com aquela de padro ou dimenso aproximada. Assim, um eixo pode ser controlado, por medida indireta, utilizando-se um calibrador para eixos. Um calibrador para eixos, tipo boca fixa, possuem duas bocas (Figura 2). 0 exo a ser medido deve passar pela boca maior , ou seja, pelo lado “passa”, mas no pode passar pela boca menor (que € 0 lado “no passa”, pintado de vermelho). Outro calibrador do tipo “passa no passa” é 0 tampio para furos, em que 0 lado “nao passa” é mais curto. Seu funcionamento é semelhante ao do calibrador fixo para e’xos (Figura 3). 6 F2H7—O625- Figura 3 Metrologia 0 relogio comparador é um instrumento comum de medicao por comparacao. ‘As diferencas percebidas nele pelo apalpador sto amplificadas mecanicamente e vo movimentar 0 ponteiro rotativo dianteiro da escala (Figura 4). Figura 4 7 — Instrumentos de Medicao: Para se ter uma medida precisa, é indispensdvel que 0 instrumento corresponda ao padrao adotado. E necessdrio, também, que ele possiblite executar a medida com a tolerdncia exigida. Em sumo, 2 medicao correta depende da qualidade do instrumento empregado. 8 — Operador: E 0 operador quem deve apreciar as medidas e executa-las com habilidade. Dai a sua importdncia em relaclo ao método e ao instrumento. mais provavel que um operador habilidoso consiga melhores resultados com instrumentos limitados do que um operador inabil, com instrumentos excelentes. E necessario, portanto, que © operador conheca perfeitamente os instrumentos que utiliza. Deve, também, tomar a iniciativa de escolher 0 método de medic&io mais adequado e saber interpretar corretamente os resultados obtides. 9 ~ Laboratério de metrologia: Tanto as medidas como os padrées de medida esto sujeitos as variagées de temperatura, pressao, etc. Por isso, para medidas de alta preciséo, faz-se necessario uma climatizago do local. O laboratrio de metrologia deve, portanto, satisfazer as seguintes exigéncias: Temperatura constante de 20°C; Umidade relativa 55%; Auséncia de vibracdes e oscilagées; Espaco suficiente; Tluminago adequada e limpeza. Metrologia A temperatura de afericlo dos instrumentos destinados a verificagio ou formas foi fixada em 20°C pela Conferéncia Internacional do ex-comité ISA. Essa deve ser a temperatura do laboratério, mas tolera-se a variacSo de mais ‘ou menos 1°C, Daj a necessidade de o laboratério possuir reguladores de temperatura autométicos. ‘A porcentagem de umidade relativa do ar néo deve ultrapassar a 55%. A temperatura e a umidade do ar no laboratorio deverdo ser medidas por termohigrémetro. Na falta de reguladores automiticos, usa-se 0 cloreto de calcio industrial, que absorve uma pequena porcentagem de umidade do ar. As vibragies e oscilagées so evitadas instalando as maquinas de medir ou aparelhos de alta sensibilidade sobre pisos especiais. Esses pisos compoem-se de camadas alternadas de concreto, cortica e betume (Figura 5). Figura 5 No laboratério, 0 espaco deve ser suficiente para acomodar em armarios todos os equipamentos e, ainda, proporcionar bem estar aos que nele trabalham. A iluminacao deve ser uniforme, constante e disposta de maneira a evitar 0 ofuscamento. Nenhum dispositive de precisio deve ficar exposto ao pé. Isso pode provocar desgastes e prejudicar as partes Gpticas pelas constantes limpezas. O local de trabalho deve ser 0 mais limpo e organizado possivel, evitando-se que as pecas fiquem umas sobre as outres. 10 —Padrées: © homem, j4 nos tempos pré-histéricos, deve ter sentido necessidade de avaliar 0 tamanho de uma érvore, de um animal abatido, de uma distancia a ser percorrida, etc... Mais tarde, passou a efetuar medidas utilizndo, inicialmente, unidades naturais: pé, brago, passo, etc. Essas unidades davam origem a padres que variavam de um local a outro. (0 desenvolvimento comercial aumentou o intercambio entre os povos e exigiv padrées mais objetivos e precisos. Padres que reproduzissem unidades de valor fixo, conhecido e utilizado por todos. Metrologia No século XVII, na Franga, ocorreu um avango importante na questéo de medidas. A “7oesa”, que era a unidade de medida linear entdo utilizada, foi materializada em uma barra de ferro com dois pinos nas extremidades e, em seguida, chumbada na parede externa do Grand Chatelet, nas proximidades de Paris. Desta forma, cada interessado poderia aferir seus prdprios instrumentos. Entretanto, esse primeiro padréo foi se desgastando com o passar do tempo € teve que ser refeito. Surgiu, entao, um movimento no sentido de estabelecer uma unidade natural, isto é, que pudesse ser encontrada na natureza e, assim, ser facilmente copiada, constituindo um padréo de medida. Outra exigéncia sobre essa unidade: deveria ter seus submultiplos estabelecidos segundo o sistema decimal. ‘Apresentado por Talieyrond, na Franca, esse projeto transformou-se em lei, aprovada em 8 de maio de 1790. Estabeleceu-se, ento, que a nova unidade deveria se igual 4 décima milionésima parte de um quarto meridiano terrestre (Figura 6). 0 Metre & 3 décina ‘mbiopesina parte " Eco nes Essa nova unidade passou a ser chamada de metro (0 termo grego “metron” significa medir). ‘Os astrénomos Delambre e Mechain foram incumbidos de medir o meridiano. Utilizando a toesa como unidade, mediram a distancia entre Dunkerque e Montijuich, perto de Barcelona. Feito os alculos, chegou-se a uma disténcia que foi materializada numa barra de platina de secgdo retangular de 25 x 4,05 mm. 0 comprimento dessa barra era equivalente 20 comprimento da unidade padréo metro, que foi assim definido: “Metro € a décima milionésima parte de um quarto de meridiano terrestre.” Foi esse metro materializado que passou a ser chamado de Metro dos Arquivos. ‘Com o desenvolvimento da ciéncia, verificou-se que uma medicao mais precisa do meridiano, fatalmente, daria um metro um pouco mais preciso. Assim, a primeira definico foi substituida pela segunda definicao: * Tossa 6. — (do lati pope, Tensa) Aatiga medida de comprimento francesa que valiaaproximadamerte 1,949 metros. 2 Toheyrand ~ Charles Maurice de Peiger, (Pais ~ 1754 i, 1838) Polaco Frances. Metrologia “Metro é a distancia entre os dois extremos da barra de platina depositada nos arquivos da Franca, apoiada nos pontos de minima flexéo na temperatura de zero graus Celsius.” Escolheu-se a temperatura de zero grau Celsius por ser, na época, a mais facilmente obtida, mediante o gelo fundente. No século XIX, varios paises j4 haviam adotado o sistema métrico. No Brasil, 0 sistema métrico fol implantado por melo de Lei Imperial n° 1157 de 26 de julho de 1862. Estabeleceu-se, entdo, um prazo de dez anos para que 0s padrées antigos fossem inteiramente substituidos. Como exigéncias tecnolégicas maiores, decorrentes do avanco cientifico, notou-se que o Metro dos Arquivos apresentava certos inconvenientes. Por exemplo, © paralelismo das faces no era assim to perfeito. O material, relativamente mole, poderia se desgastar, e a barra também no era suficientemente rigid. Para aperfeicoar o sistema, fez um outro padrao (Figura 7) que recebeu: + Secdo transversal em "X", para ter maior estabilidade; » Uma adigSo de 10% de Iridio, para tornar seu material mais duravel; + Dois tragos em um plano neutro, de forma a tomar a medida mais perfeita. rN Assim, em 1889, surgiu a terceira definicao: “Metro é a distancia entre dois eixos de dois tragos principals marcados na superficie neutra do padrao intemacional depositado no £.L.P.M.°, na temperatura de zero graus Celsius e sob a pressdo atmosférica de 760mmHg e apoiada sobre seus pontos de minima flexao”. ‘Atualmente, a temperatura de afericSo é de 20°C. E nessa temperatura que o metro utilizado em laboratérios de metrologia, tem 0 mesmo comprimento do padrao que se encontra em Sévres, na temperatura de zero grau Celsius. Ocorreram, ainda , outras modificagSes. Hoje, 0 padrdo do metro em vigor no Brasil é 0 recomendado pelo JNMETRO’, baseado na velocidade da luz, de acordo com decisdo da 178 Conferencia Geral dos Pesos e Medidas de 1983. 0 INMETRO, em sua resolugo 3/84, assim definiu o metro: 2 BxLP.M.~ Bureau Internaconal Ges Poids ec Mises “INMETRO Instituto Neconal de Metrologia, NermalizacSo e Qualidade Industrial - uma aucarqua federal, vineiads 20 Minstto do Desenvohamere,Indistra e Comercio Exar, cue ata como Seca Exec do Carsero Nacional de Meza, ‘Normaizarlo © Quakdade Industral (Conmero), colegiado interministeral, que 0 Gra8o norma do Sistema Nacional ‘Metrologia, Normaizaczo e Quaidede Industral (Sinmero).. Metrologia “Metro é 0 comprimento do trajeto percorrido pela luz no vacuo, durante o intervalo de tempo de 1/299.792.458 do segundo”. E importante observar que todas essas definigdes somente estabelecem com maior preciso 0 valor de uma mesma medida: © Metro. 11 — Padrées no Brasil: 0 Metro Padro que existe _no JP7* possue uma seccao transversal reta em forma de H e est devidamente aferido. © INT° possui também dois exemplares de Metros Padres de alta qualidade. Um dos exemplares & de liga, com 36% de niquel (invar), e dilatagdo por volta de 1.10*, o outro, também de liga, contem 58% de nique! e possui uma dilatacao de 11,5.10°. 12—Multiplos e submiiltiplos do metro: Nome Simbolo Fator aun multiplicada Bametro Em. — 10" = 1 000 000 000 000 000. 000m : Peptametfo: Pm 10 = 1 000 000-000.000 000m Terametro. Tm 10 = 1 000 000 000 000m ‘Gigametro™ Gm 10° 000 000 000m Megametro Mm, 10" 000-000m Quilometo Km 10° = 1 000m Hectémetro 107 Decametro 10° Metro m i Decimetro dmy 107 = 0.1m 2 Centimetro cm. 107 = 0,01m Milimetro = mmis 107 = 0,001m2 oe Micrometro in 10% = 0,000 001m Nanometro. n= 10 = 0,000 000:00im™ Picometro PB 107” = 0,000 000 000 001m ~~ Fentometro fa. _10™ = 0,000 000 000,000.001m ‘Attometro a ‘0,000 000 000 000 000 001m ‘Caservaco: Com excegBo de quilometro, decimetro © mimeo, o& demas miltplos de e submiliplos tem a slaba tonce ne penkiime siaba: exametro, peptamezo, et. 13 — O sistema Inglés: O sistema inglés, que predomina na Inglaterra e nos Estados Unidos, tem como padrdo a jarda. Entretanto mesmo nestes dois paises, vem sendo implantado 0 sistema métrico, que € o mais usado em todo mundo. Esta de So Paulo Metrologia Por isso que em 1959, a jarda passou a ser definida em funco do metro, valendo 0,91440m, As divis6es da jarda (3 pés com 12 polegadas) passaram, entdo, a ter seus valores expressos no sistema métrico: + tyd (uma jarda) 0,91440m oY (um pé) = 304,8mm oa" (uma polegada) = 25,4mm ‘A polegada divide-se em frades ordindrias de denominadores iguais a 2, 4, 8, 16, 32, 64, 128, .... Temos, ento, as seguintes divisdes da polegada: vs" (meia polegada) Y/sa" (um trinta € dois avos de polegada) %" (um quarto de polegada) “Yea” (um sessenta e quatro avos de polegada) +/<" (um otavo de polegada) */.as" (um cento e vinte e oito avos de polegada) “16” (um dezesseis avos de polegada) ‘Os numeradores das fragdes devem ser ntimeros impares: Wa" Fal wus Bie", etc. Quando o numerador for par, deve-se proceder & simplificacdo da fracao: =4 ®/a" > 34", pois 6:2 = 3. e 8: "ica" > '[e", pois 8:8=1 € 64:8=8 13 - Sistema Inglés - Fracao Decimal: A divisdo da polegada em submultiplos de 2", ¥4”.../128" em vez de facilitar, complica os calculos na industria. Por essa Fazio, criou-se a diviséo decimal da polegada. Na pratica, a polegada subdivide-se em milésimos e décimo de milésimos. 1,003” = 1 polegada e 3 milésimos 1,1247 = 1 polegada e 1 247 décimos de milésimos 725 = 725 milésimos de polegada Nas medidas em que se requer mais preciso, utiiza-se a divisio de milionésimos de polegada, também chamada de micropolegada. Em inglés, “micro inch”, representada por y. inch. Os valores em polegada decimal inferiores a uma polegada utilizam ponto no lugar da virgula. .001” = 1 milésimo de polegada .000 001" = 1 winch 028” = 28 milésimos de polegada 14 — Conversées: 10 Metrologia Sempre que uma medida estiver em uma unidade diferente da que os ‘equipamentos utilizados necessitam, deve-se converté-los (ou seja, mudar a unidade de medida). Para converter polegada ordindria em milimetro deve-se: -muttiplicar 0 valor em polegada ordinaria por 25,4. = 50,8mm 2" = 2.25,4 = 50,81 C2], =>] = 9,525mm Se" A converséo de milimetro em polegada ordinaria é feita dividindo-se 0 velor ‘em milimetro por 25,4 e multiplicando-se por 128. O resultado deve ser escrito como numerador de uma fragdo, cujo 0 denominador é 128. Caso 0 numerador no de um numero inteiro deve-se arredonda-lo para o numero inteiro mais proximo. 12,7mm (2725.42), 5 = 05328), >5 = /y29" simplificando 128 = ee = Ja = “fre = Ye = “Ia = V2" 19,8mm (1918: 254).428/,4 = %77/,28 arredondando ‘/128” simplificando 2/325 = fou = fra" Regra Pratica: Para converter milimetro em polegada ordinaria, basta multiplicar 0 valor em milimetro por 5,04, dando para denominador 128. Arredondar se necessario. 12,7mm 7H 2g = 88/29 arredondando /:25" simplificando fie = Mos = fr = Is = Yo = le = 2" Observacio: 0 valor 5,04 foi encontrado pela relagdo '"/2s,. = 5,03937, que arredondada é igual a 5,04. 14 A polegada decimal (milésimo de polegada) é convertida em polegada quando se multiplica a medida expressa na primeira unidade por uma das duisbes cs polegada, que passa a ser denominador da polegada ordinaria resultante. Escolhendo a diviséo 128 da polegada, usaremos esse numero para: * Multiplicar a medida em polegada decimal: 125” x 128 = 16” + Figurar como denominador ( € 0 resultado anterior com numerador) al” = Yo= Ie" .750" PE Ig = y=" OU Ta = Mfg = A" OU Ty = 34! A polegada ordindria 6 convertida em polegada decimal dividindo-se 0 numerador da fraco pelo denominador. 3" 3:8 = 375 Sfp = 5:16 = 3125" Para converter milésimo de polegada em milimetro, basta multiplicar o valor ‘em milésimo por 25,4. 375”. 25,4 = 9,525mm Para converter milimetro em milésimo de polegada divide-se 0 valor em milimetro por 25,4. 5 fosq = 200” */o5.4= .709" ‘A equivaléncia entre os diversos tipos de medidas, vistos até agora, pode ser melhor compreendido graficamente: Sistema Ordindrio ‘Sistema Decimal Sistema Métrico ++ 4 -t++4 -t+ ait 3 250" .500° .750" 635 12,7 19,05 o 4 2 a Yoo roo r Metrologia 15 — Regras de Arredondamento (NBR 5891/77): Quando 0 algarismo imediatamente seguinte a ser conservado é inferior a 5, 0 ultimo algarismo a ser conservado permanecera sem modificacao. Se arredondarmos 1,346 25 4 3? decimal, teremos 1,346. Quando © algarismo imediatamente seguinte ao ultimo algarismo a ser conservado é 5, seguido de zeros, deverd ser arredondado 0 algarismo a ser conservado para o mais proximo. Consegiientemente, o ultimo algarismo a se retido, se for impar, aumenta-se de uma unidade. Se arredondarmos 4,735 500 a 3? decimal, teremos 4,736. Quando 0 algarismo imediatamente seguinte ao ultimo algarismo a ser conservado 5, seguido de zeros, se for par o algarismo a ser conservado, ele permaneceré sem modificagies. Se arredondarmos 7,834 500 & 38 decimal, teremos 7,834. Quando © algarismo imediatamente seguinte ao ultimo algerismo a ser conservado é superior 5, ou sendo for seguido de no minimo um algo rismo diferente de zero, o ultimo algarismo ser conservado devera ser aumentado de uma unidade. Se arredondarmos 2,983 600 a 3? decimal, teremos 2,984. 16 — Sistema sexagesimal: A técnica de medico ndo somente visa descobrir valor de trajetos, distancias ou de didmetros. Ele se ocupa, também, da medicao de angulos. Para medir angulos, usa-se © sistema sexagesimal (Figura 8). Segundo esse sistema, 0 circulo é dividido em 360 partes iguais ou 360 graus. O grau é a unidade legal - e divide-se em 60 minutos. , finalmente, cada minuto é dividido em 60 segundos. - a / \ i «Tr \ 1° wet Angulos complementares (Figura 15) so aqueles cuja soma é igual a um Angulo reto. Figura 15 Angulos suplementares (Figura 16) s8o aqueles cuja soma é igual a um angulo ras0, ou seja, 180°. 16 Metrologia Figura 16 417 - Adigao e subtragao de 4ngulos: Para somar ou subtrair 2ngulos, devemos colocar as unidades iguais , uma sob a outra: graus sob graus, minuto sob minuto e segundo sob segundo. 2501223" + 12040'21" = 3795253” 25° «#12' 32" + 120 49°21" 37° 52’ 53” 26°47'32"+15932'43” = 42920'21” 4 262 47" 32" 15032" 43” 41° 79 81” 1-60" 41° 80" 21” 10 < 60" 42° 20° 21 85°30'20" — 25012'15” = 60°18'5” 85° «(30° 20” = 25012" 15" 60° 18 5” 90°-10°15'20" = 79°44'40” 90° 1° > 60" 89°60" 1! 60" ~ 89° 59° 60" 10°15" 20” 79° 44°40" 1G - Metrologia Jo de A4ngulos: 18 — Multiplicacéo e di Efetuam-se essa operacées normalmente, cuidando apenas de transformar graus em minutos e minutos em segundos, sempre que for necessario. 36034’ x 3 = 109942’ 36° 34" xX 3 108° 102’ 1° < 60° 109° 42° 15023'18" x 5 = 76°56'30" 15°23" 18” x a 75° 115’ 90” 2502306": 3 = 8927/42” 250 26” i 3 1°__ 60" go 2742” 83" 2° 120” 126” 0 ry 2-0 que é tolerancia: 5-0 que é necessério conhecer no controle de mediclo: _ be : 4-O que é medio: Soe Sere & neki waman nokaee fo Ms gins Se pe res unidades, } A , yan Byty) Cocke A 6-Quais so os trég elementos fundamentais da medicéo: 7-0 que é medica direta e indireta: &-Quais os principios do calibrador tampo passa no passa: 9-Quals as condiges ideais para um laboratério de metrotogia: yy. kD zy OP 7 i +10;Quando e onde surgiu 0 primeiro Padréo materializado da historia e qual era seu nome: 11-Qual € 2 primeira defnicdo do metro e quand ea surgi: Z on Dom Pasty gs Ul A ortelS a lades He ST, *12Onde predominao sister Ings uel o.ped em que se baseia: 19- Metrologia LAR 13-Quando a jarda passou a ser definida em funcdo do metro e quanto passou a valer: 14-0 sistema inglés ordinrio divide a polegada em quantas partes: 15-Realize as converses abaixo: 16-Realize os arredondamentos conforme solicitado: 5 2e2 icasa 19,827018= {9,8 3,490011= 56,631974= | 7,825141= | 6,360989= 11,242280= | 19,827018= ! 17-No sistema) sexagesimal 0 ciraulo € dividido em quantas partes, quais sdo as usas subdivisées: 18-0 qu fo dhguoscomplementaresesurlenentares 00 Pty eon oker = Beton gon 1 pai lo ay 19-0 que é angulo agudo, obtuso e rasp: _-/ 1 ts cae Atop LP ‘, A, ARBs ¥ Tat ct ; 20-Realize as operagSes ¢om ‘0s'2ngulos.conforme © solicitado . % 123034'49” + 45023’ 23034'49"X5= 9. 7 . 67927'59" — 46912'32’ id 189932" : LI, 22 Q 90° - 23056'1" = 8923" 11 12031'54” + 47011'4" +2349 = 92° |g) 32021723": 3 = Metrologia Técnicas de medig&o e controle Régua Graduada A régua graduada (Figura 1) é 0 mais simples entre os instrumentos de medic#o linear, Apresenta-se, em regra, em forma de lamina de ago-carbono ou de aco inoxidavel, Nessa Kimina esto gravadas as medidas em centimetros (cm) e milimetro (mm), conforme o sistema métrico, alem de polegadas e suas fragBes (sistema inglés). Figura 1 Utilza-se a régua graduada nas medicBes com erro admissivel superior & menor graduacSo. Essa graduacSo equivale a 0,Smm ou #/s2". As réguas graduadas apresentarn- se nas dimensdes de 150, 200, 250, 300, 500, 600, 1000, 1500, 2000 € 300mm contudo as mais utilizadas s8o as de 150mm (6") e 300mm (12"). Réguas de encosto interno (Figura 2) sever para medicées com fase interna de referénda. Figura 2 Quando realizamos as medigies com uma régua sem encosto (Figura 3), deve-se reduzir do resultado 0 valor do ponto de referénca. 10mm 76mm leiture =76 -10 = 66mm Figura 3 ‘As réguas com encosto (Figura 4) servem para medicdes de comprimento @ partir da face externa do encosto de ume peca. %” 34 as réguas de profundidade (Figura 5) so amplamente utilizadas nas medigles de canais ou rebaixos internos. 2 As réguas de dois encostos (Figura 6), muito utilizadas por ferreiros, tém uma Interessante, 0 encosto interno possui a greduago de um dos lados da lado iniciando a greduaclo na sua fase de referenda. Para realizar a medicao basta verificar qual a melhor fase de referenda, interna ou externa, virer a régua e realizar a medigZo adequada. r— Encost: xierno (graduocdo na foce peste) Graduocio interna Figura 6 As réguas rigidas de ago-carbono com sevdo retangular (Figure 7) so muito utilizadas para medir deslocamentos em méquinas-ferramenta, controle de dimensées lineares, tragagem, etc. 2) acabamento, bordas retas e bem definidas, faces polidas. AS rég constante devem ser de aco inoxidavel e temperado. E necessério eccala sejam oravads, bem sefnkos, uniforms @ fas, As distancias entre os tragos devem ser iguais. A retilineidade e a precisio das divisies obedecem a normas internacionais.. Cada centimetro na escala acha-se dividido em 10 partes iquais, equivale a Imm. Assim, a leitura pode ser felta em milimetros, a Figura detalhes, de forma ampliada, como fazer a medicdo. om Osa 878 9 -0y isu isis /'79 26774290 mcm? ° on Ly bps Ly | Tr 13 mm | Figura 8 No sistema Inglés Ordingrio, a polegada divide-se em 2, 4, 8, 16 partes iguais. ‘As escalas de preciso chegam a apresentar 32 divisSes por polegada, enquanto as demais 56 apresentam fracbes de leitura de /15". A Figura 9 @ seguir mostra essa divisdo, apresentando a polegada em tamanho ampliado. pasan.07 ofpolumg) comes og luulass Mads uolssobiuulacel Laas Figura 9 ‘A leitura na escala consiste em observar que trago (Figura 10) coincide com a extremidade do objeto. Q~ Figura 10 Para garantir uma boa conservagio das réguas: Evitar quedas e contato da escala com ferramentas comuns de trabalho; Evitar arranhaduras ou entalhes que possam prejudicar a graduacdo; No flexionar a escala, isso pode empenar a régua ou até mesmo quebré-43; No utilizar para bater em outros objetos; Umpar apés 0 uso, removendo © suor e a sujeira. ‘Aplicar uma pequena camada de dleo fino, antes de guardar a régua greduada. oeecee Exercicios: Quais so as principals formas em que se apresentam as réguas? Quando devemes utilizar as réguas graduadas (erro admissivel)? Quais so os principais tipos de réguas? Quais so as principais caracteristicas de uma régua? Quals So 05 principals cuidados que devemos ter com as réguas? Q> Técnicas de medi¢o e controle Paquimetro © paquimetro (Figura 1) & um instrumento usado pare medir dimensées tineares intemas, externas e de profundidade. Consiste em uma régua graduada, com encosto fixo, na qual destiza um cursor. 2 Oreiha Foe * 8 — Enoosto Fixo 2 - Orelha Mével 9 Encosto Mével - 3-Nénio ou Vernier (Polegadas) 10 ~ Bico Mével 4 ~ Fiador 11 - Nonio ou Vernier (Milimetro) 5 ~ Cursor 12 - Impulsor 6 — Escala de Polegadas 13 — Escala de Milimetro 7 — Blo Fixo 14 — Haste de Profundidade © cursor ajusta-se @ régua de modo a permitir sua livre movimentacao, com um - minime de folga. Ele € dotado de uma escala auntliar, chamada nénio ou vernier. Essa escala permite que se alcance uma mator preciso nas medidas. © paquimetro Universal é usado, especialmente, quando a quantidade de peces que se quer medir e pequena e a precisdo nao e inferior a 0.02mm ou .001". ‘AS superficies do paquimetro sao planas € poiidas, geraimente de ago inoxidével. ‘Suas graduacies siio aferidas a 20 C, nos sistemas métrico e inglés. Tipos e usos Paquimetro universal (Figura 2) e utilizado em medigées externas, intemas e de profundidades. E 0 tipo mais usado. Q4 Paquimetro com bico mével (basculante) usado para medi pecas cBnicas ou pecas com rebaixos de diémetro diferentes (Figura 3). Paquimetro de profundidade (Figura 4) serve para medir profundidade de furos no vazados, rasgos, rebaixos, etc. Esse tipo de paquimetro pode apresentar-se + Com haste simples + Com haste com talgo. ‘A seguir, duas situagies de uso do paquimetro de profundidade com haste simples. 25 Figura 5 ‘Trangador de Altura (Figura 6) usado para tragagem e controle geométrico. Qb Figura 6 Prineipios do nénio ‘A excala do cursor (Figura 7) € chamado nénio ou vernier, em homenagem a Pedro Nunes e Pierre Vernier, considerados seus inventores. Q nénio possui uma divisdo a mais que a unidade usada na escala fixa (Figura 8). Figura 7 af ° escola fixe 10 © escola do cursor (ano) 1° Figura & No sistema métrico, existem paquimetros em que o nénio (Figura 9) possui dez divisbes equivalentes a nove milimetros. - Ha, portanto, uma diferenca de 0.1 mm entre o primeiro traco da escala fixa e o primeiro traco da escala (Figura 10). escala fixa 0 imm 10 ee I of 10,910,1 10 ee Nede divisdes do nénio (N+1) escala mével Figura 9 0.1mm 1 trze (escslo fa tm ain Ay = 2 F =a pa Metrologia Essa diferenca (Figura 11) e de 0.2mm entre o segundo trago de cada escala de 0.3mm entre os terceires tragos e assim por diante. : escola groducdo fixe gear Prop tpt) | PTT TTT] oi 2s T 45676910 T 2 escala graduada mével Figura 11 - Calculo da aproximacao - A diferenca entre a escala fo@ € a escala mével de um paquimetro pode ser calculada pela sua aproximacao. A aproximaco a e menor medida que o instrumento oferece. E calculada utilizando-se a seguinte formula Valor da menor divis&o da escala fixa Aproximacao = — 7 x p $40 = “mero de divisbes da escala mével Exemplo: - aproximacao = 2 imm ~ ximagao = =0,05mm aproximagio = 55 Givisdes ~ 0° smart imm © = mM _ = 0,021 aproximacso = 55 Givisges O2™™ Leitura no sistema métrico Aleitura no sistema métrico é feita da seguinte maneira: . Verificar qual indicaco da escala fixa que esta mais préxima do zero da escala mével ga «A medida, dada pela escela fia, adicionar a que e obtida com-a escala Para isso, multiplica-se a apraximacSo do paquimetro pelo numero do traco do nénio que coincide com um traco da escala foe, apds o zero da escala Exemplo (Figura 12) : A escala fo indica 13 mm. 0 trago do nénio, que coincide com um trago da escala fica apis 0 zero da escala mével, e 0 So. Portanto, devemos adicionar a indicaglo da escala fica (13mm) 0 resultado de 0.05 (que e a apraximac3o do paquimetro) multiplicado por 5 (numero do trago que coincidiu). Ou seja, 13 mm + 0,05 x 5= 13 + 0,25, que e igual a 13,25mm. (Figura 12) Leltura no sistema inglés — fracéo ordinéria A sala fon do paquimetro, no sistema ings (Fgura 13), © gruada em polegad € suas frages. Esses valores fracionérios da polegada so complementados com 0 uso do nénio. Para utilizar 0 ndnio, precisamos saber calcular sua aproximagao: menor valor daescala fia _ 16 ‘numero de divisées do noni ‘Aproximacao (a) = Pll ia 16°8 128 "128 Assim, cada diviséo do nénio vale 2; 128 24" £_ ou =e assit ; vas divis6es correspondem a =; ou <> € assim por diante 128 64 128 32 126 64 128 16 N6nio Figura 13 A partir dai vale a explicagio dada no item anterior adicionar a leitura da escala fixa a aproximagéio (&) multiplicada pelo ntimero do trago do nénio que coincidir coma escala fixa. Exemplo Na Figura 14 podemos ler = na escata fixae 3 no nénio. Amedida total equivale a soma dessas duas leituras. Medigo interns S Medico externa gg” 99" we. Se eS 28 126 28 Figura 14 Colocacéo de medida no paquimetro: as Para abrir um paquimetro em uma medida, dada em polegada ordindria, devemos: 1. Verificar se a fragéo tem denominador 128. Se nao tiver,deve-se substitui-la pela sua equivalente com denominador 128. Exemplo No tem denominador 128 45. Fragdo equivalente com denominador 128 y ae ae 2. Diviir 0 numerador por 8. 18 8 2 2 resto quociente No exemplo acima 3. © quociente indica a medida na escala fixa_o resto mostra o numero do traco do ndnio que coincide com um traco da escala fixa (Figura 15). . 0 coencidéncia(resta 2) 1 . Figure 15 ~ 2st Outro exemplo abrir o paquimetro na medida > resto quociente © paquimetro devere indicar 0 3° trago da escala fia e apresentar 0 1 trago do nénio, coincidindo com traco de escala fora (Figura 16). 0 cbericid@incia(resta 1) Figura 16 Leitura no sistema inglés — tragao decimal No paquimetro em que se adota esse sistema, cada polegada da escala fica divide-se em 40 partes iguais. Cada diviso corresponde, entdo, @ = que eigual 2.025 . Como 0 nénio tem 25 divisies, a aproximacdo desse paquimetro é: a= a= .001" Essa aproximaco permite calcular a contribuiggo do nénio a medida da escala fora. Considere, a titulo de exemplo, que a coincidénca de trages ocorre com 0 21 traco do nénio. Teremos uma diferenca de 21 x .001" = .021" para ser adidonada a medida indicada na escala fixa. ‘Acompanhe essa situagao na Figura 17: oy 0 5 10 15 20 25 Figura 17 De acordo com a Figura 17, a medida sera: 450" (escala fixa) +021" (nénio) 471" (medida obtida) Erros de leitura ‘Alem da falta de habilidade do operedor, outros fatores podem provocar erros nas medidas com paquimetros, como a paralaxe e a pressdo de medicao. erro por paralaxe (Figura 18) deve-se 20 fato de a coincidéncia entre um trago da escala fia, com outro da mével, depender do 2ngulo de visto do operador. 0 correto seria, ento, 0 operador observar o instrumento de frente. Correto Erro de \ / Erro de paralaxe | paralaxe \ | / Figura 18 ar agree oe nee ere 3 a presse de medicio (Figura 19) origina-se no jogo do cursor em relacdo & régua alterando a medida. sl , Lo u errado ; J ~~ Figura 19 Para se desiocar com facilidade sobre a régua, 0 cursor deve estar bem muito preso, nem muito solto. O operador deve, regular a mola, adaptando o instrumento @ sua mBo. Técnica de utilizago © paquimetro, para ser usado corretamente precisa ter ‘¢ Seus encostos limpos «A ppeca a ser medida posicionada corretamente entre os encostos. E importante abrir 0 paquimetro com uma distancia maior que dimensdo do objeto a ser medido. © centro do encosto fixo (Figura 20) deve ser encostado em uma das extremidades da peca. Figura 20 a outra extremidade. Figura 21 Feita a leitura da medida, o paquimetro deve ser aberto e a peca retirada, sem que os encostos a toquem. ‘As recomendagies seguintes referem-se a utilizac3o do paquimetro para determinar medidas * Bxtemas ‘+ Internas © De profundidade + De ressaites. Nas medidas externas (Figura 22), deve estar colocada a peca a ser medida o mais profundo possivel entre os bicos de medicéo, para evitar um possivel desgaste na ponta dos bicos. errado certo nb Para maior seguranca nas medig&es, as superficies de medicao dos bicos (Figura 23) com @ peca devem ser bem apoiadas. Superficie de mesigao =p Severtiie de medics errado ‘des bic Figura 23 Nas medidas intemas (Figura 24), as orelhas devem ser colocadas 0 mais profundo possivel. O paquimetro deve estar sempre paralielo a peca que esta sendo medida. el Figura 24 Para maior seguranca nas medigées, as superficies de medicao das coincidir com a linha de centro do furo (Figura 25). orelhas devem ~~ a IQ f \ So Ne errado certo ak Nedidnende ommotumeatads, {Ouran 25), deren st. fetes. Apotendo. © , paquirnetvo corretamente sobre a peca, evitando que ele fique i. errado certo ce errado Figura 26 Nas medidas de ressaltos (Figura 27), deve-se colocar a parte do paquimetro, apropriada para ressaltos, perpendicular a superfide de referencia da peca. Nao se deve usar a vareta de profundidade para esse tipo de mediclo. errade certo Figura 27 ab * Manejar 0 paquimetro sempre com todo cuidado,evitando choques . Gebarpecuipero,em_covata corn feremertes.0, Gea: heme . Stee aranhaduras ou entalhes isto pode prejudicr a graduacio «Ao realizar a medic, n3o pressionar o cursor alem do recomendado; « Limpar e guardar o paquimetro em local apropriado, apés sua utilizagdo. Exercicios: 1-0 que € um paquimetro? 2-Complete corretamente as partes do paquimetro: 1 z 5 rm > 10 11. 12 13- 14 3-0 paquimetro universal é utilizado em que tipo de medigdes? 0 paquimetro de bice mével € utilzade em que tipo de medigées? 5-0 paquimetro de profundidade utilizado em que tipo de medigoes? © paquimetro duplo é utiizado em que tipo de medigGes? 70 tracedor de altura € utilizado em que tipo de medicies? &-Quais so os principals erros de lelture que ccomem nes 9-Quais so as condigSes ideais pare se utilizar mente os paquimetros? 2A Da 10-Realize as medigies abaixo: 5 1 oO tH J fundus Ee : v= =e 3 = =e q os Eee a n=" See io SES 4 + cops = | SEs a a | | +B" = a a= =a"? — = Je 5 i 2 Inn 1 Hanionin 4 nun 5 10 15 20 25 NTA TT] 0 peotetfitetet trier tity Kutta tne eof dL O1234 5678 91 11-Para uma conservacdo adequada dos paquimetros, quais sdo os cuidados que deve ser tomados? YO Metrologia SS Micrometros Um mecSnico precisava medir um eixo da maneira mais exata possivel. Tentou a medicéo com paquimetro mas logo desistiu, pois esse instrumento no tinha resolugdo adequada. Pediu orientagdo a um colega do setor de metrologia. O colega resolveu o problema oferecendo-Ihe um micrémetro que, no caso, era 0 instrumento mais adequado medicio desejada. Voc8 sabe 0 que é um micrémetro? Este é 0 assunto desta aula, Se vocé jé conhece esse instrumento, teré a oportunidade de conhecé-lo mais profundamente. Trata-se de conhecimento necessério a quem trabalha ou deseja trabalhar na rea da mecénica. Origem e funcdo do micrémetro Jean Louls Palmer apresentou, pela primeira vez, um micrémetro para requerer sua patente. O instrumento permitia a leltura de centésimos de milimetro, de maneira simples. Com o decorrer do tempo, 0 micrémetro foi aperfeicoado e possibilitou medigdes mais rigorosas e exatas do que o paquimetro. De modo geral, o instrumento € conhecido como micrémetro. Na Franca, entretanto, em homenagem ao seu inventor, o micrémetro & ‘olestenatre de denominado Palmer. Palmar (1848) Micrémetro: tipos e usos Principio de funcionamento O principio de funcionamento do micrémetro assemelha-se ao do sistema parafuso e porca. Assim, ha uma porca fixa e um parafuso mével que, se der uma volta completa, provocara um descolamento igual 20 seu passo. Desse modo, dividindo-se a .cabeca. do parafuso, pode-se avaliar fracdes menores que uma volta e, com isso, medir comprimentos menores do que o passo do parafuso. 4) ra i Me Nomenclatura A figura seguinte mostra os componentes de um micrémetro. 1- Arco 13 - Porca de Regulagem 2— Plaqueta de Isolamento Térmico 14 - Tambor de Medico 3— Haste Fixa 15 — Parafuso de regulagem e fixacko 4- Placa de Metal Duro 16 - Capa 5 - Placa de Metal Duro 17 - Capa de Fricgo 6 — Haste Mével 18 - Mola de Friccéo 7 ~ Alavanca da Trava 19 ~ Parafuso de FriccSio 8 — Parafuso da Trava 20 - Anel Eldstico ~ 9- Mola de Lamina 21 - Graduaco do Tambor 10 - Bucha de Trava 22 - Trago de Referencia do Cilindro 11 — Cilindro com Graduacéo (Bainha) 23 - Graduacao de Escala do Cilincro 12 - Parafuso Micrométrico Vamos ver os principais componentes de um micrémetro. Metrologia ~ LO © arco é constituido de aco especial ou fundido, tratado termicamente para eliminar as tensdes internas. = O isolante térmico, fixado ao arco, evita sua dilatacZo porque isola a transmissao de calor das. mos para 0 instrumento. O fuso micrométrico é construido de ago especial temperado e retificado para garantir exatiddo do passo da rosca. * As faces de medicgo tocam a pega a ser medida e, para isso, apresentam-se rigorosamente ~ planos e paralelos. Em alguns instrumentos, os contatos sao de metal duro, de alta resisténcia ao desgaste. A porca de ajuste permite o ajuste da folga do fuso micrométrico, quando isso é necessério. tambor é onde se localiza a escala centesimal. Ele gira ligado ao fuso micrométrico. Portanto, a cada volta, seu deslocamento é igual ao passo do fuso micrométrico. + Acatraca ou fricgo assegura uma pressdo de medicao constante. » Atrava permite imobilizar 0 fuso numa medida predeterminada. Caracteristicas Os micrémetros caracterizam-se pela: * Capacidade; © Resolucio; + Aplicagéo. A capacidade de medic&o dos micrémetros normaimente é de 25 mm (ou 1"), variando o tamanho do arco de 25 em 25 mm (ou 1 em 1"). Podem chegar a 2000 mm (ou 80"). A resolucéo nos micrémetros pode ser de 0,01 mm; 0,001 mm; .001" ou .0001". No micrémetro de 0 a 25 mm ou de 0 a 1", quando as faces dos contatos estao juntas, a borda do tambor coincide com o traco zero (0) da bainha. A linha longitudinal, gravada na bainha, coincide com o zero (0) da escala do tambor. Para diferentes aplicagdes, temos os seguintes tipos de micrémetro. De profundidade Conforme a profundidade a ser medida, utilizam-se hastes de extensSo, que so fornecidas juntamente com 0 micrémetro. Metrologia aT, Com arco profundo Serve para medigSes de espessuras de bordas ou de partes salientes das pecas. a : ‘Com disco nas hastes disco aumenta a 4rea de contato possibilitando a medicao de papel cartolina, couro, borracha, pano etc. Também & empregado para medir dentes de engrenagens. Para medi¢ao de roscas Especialmente construido para medir roscas triangulares, este micrémetro possui as hastes furadas para que se possa encaixar as pontas intercambidveis, conforme o passo para 0 tipo da rosca a medir. Metrologia so Com contato em forma de V E especialmente construido para medicio de ferramentas de corte que possuem némero impar de cortes (fresas de topo, macho, alargadores etc.). Os 2ngulos em V dos micrémetros para medico de ferramentas de 3 cortes é de 60°; 5 cortes, 108° e 7 cortes, 128034.17". Para medir parede de tubos Este micrémetro é dotado de arco especial e possui o contato a 90° com a haste mével, 0 que permite a introdugZo do contato fixo no furo do tubo. ° a Contador mec4nico E para uso comum, porém sua leitura pode ser efetuzda no tambor ou no contador mecSnico. Facilita a leitura independentemente da posicao de observacéo (erro de paralaxe). if pe Digital eletrénico Ideal para leitura répida, livre de erros de paralaxe, préprio para uso em controle estatistico de processos, juntamente com microprocessadores. WSs Metrologia SE Micrémetro com resoluco de 0,01 mm \Vejamos como se faz 0 célculo de leitura em um micrémetro. A cada volta do tambor, 0 fuso micrométrico avanga uma distancia chamada passo. A resolug3o de uma medida tomada em um micrémetro corresponde ao menor deslocamento do seu fuso. Para obter a medida, divide-se o passo pelo ntimero de divises do tambor. Resolucao = cr numero de divises do tambor Se 0 passo da rosca é de 0,5 mm e o tambor tem 50 divisdes, a resolucao sera: 05mm = 0,0imm 50 Assim, girando 0 tambor, cada divisdo provocaré um deslocamento de 0,01 mm no fuso. Leitura no micrémetro com resoluc&o de 0,01 mm. 1° passo - leitura dos milimetros inteiros na escala da bainha. 20 passo - leitura dos meios milimetros, também na escala da bainha. 3° paso - leitura dos centésimos de milimetro na escala do tambor. Exemplos: 46 Metrologia NT » » ‘noe , amg ogee ‘ = ae ls z PRA inlA > 28 7 < asim ™ 100m (oxala dos mem da bina) 2.00 (scala dos mn da bins) 4+ 150mm (scala dos meios mm da bina) 44 comm esata dos relos mm da bain 2mm ovalacantesmal do arbon) {Lom fsclacantesnal Go tambon “Tree Letra total “ir Lekura wt Agora é a sua ver: — Leitura: . Leitura: cee Micrémetro com resolucso de 0,001 mm Quando no micrémetro houver nénio, ele indica o valor a ser acrescentado a leitura obtida na bainha e no tambor. A medida indicada pelo nénio é igual a leitura do tambor, dividida pelo numero de divisdes do nénio. Se o nénio tiver dez divisGes marcadas na bainha, sua resolucdo sera R = 9.01 = 0,001 mm 10 Leitura no micrémetro com resolucao de 0,001 mm. 1° passo - leitura dos milimetros inteiros na escala da bainha. 20 passo - leitura dos meios milimetros na mesma escala. 3 passo - leitura dos centésimos na escala do tambor. 49 passo - leitura dos milésimos com o auxilio do nénio da bainha, verificando qual dos tracos do n6nio coincide com o traco do tambor. Allitura final seré a soma dessas quatro leituras parciais. Exemplos: ut Metrologia 10 Escala 2 7 milimetrica B , 2 Leitura 8 33 de ° 8 45 b) it Escala beitura milimetrica ‘Agora & com vocé: us Metrologia Leitura: Leitura: Micrémetro sistema inglés Embora o sistema métrico seja oficial no Brasil, muitas empresas trabalham com o sistema inglés. E por isso que existem instrumentos de medic&o nesse sistema, inclusive micrémetros, cujo uso depende de conhecimentos especificos. Leitura no sistema inglés No sistema inglés, o micrémetro apresenta as seguintes caracteristicas: 912345678910 LE gee al as «Nis bainha esta gravado o comprimento de uma polegada, dividido em 40 partes iguais, Desse modo, cada diviséo equivale a 1" : 40 = .025", +O tambor do micrémetro, com resolucao de .001", possui 25 divisées. ws Metrologia a Para medir com o micrémetro de resolugéo .001", lé-se primeiro a indicagéo da bainha. Depois, soma-se essa medida ao ponto de leitura do tambor que coincide com o trago de referéncia da bainha. Exemplo: R 0123456 e 20 16 675" .019" eoineidéncia no 19° trago bainha + 675" + tambor> 019" leitura > 694" \Verificando o entendimento Leia as medidas e escreva-as nas linhas abaixo de cada desenho. 0123 b) Leitura ..... Metrologia er TS ~ Micrémetro com resolucao .0001" Para a leitura no micrémetro de .0001", ‘além das graduacdes normais que existem na bainha (25 divisées), hd um nénio com dez divisdes. O tambor divide-se, ent&o, em 250 partes iguais. Aleitura no micrometro é: passo da rosea Sem o nénio + resolugao = = —— = 001" niimero de divisdes do tambor 25 a _ resolugao do tambor 001” ” Com o nénio— resolugéo = “ = = 0001 numero de divises do nénio 10 Para medir, basta adicionar as leituras da bainha, do tambor e do nénio. Exemplo: 0004" 005" bainha > 375" + tambor—> .005" nénio > 0004" leitura total > .3804" Verifique 0 seu entendimento: Metrologia pak ea Micrometros Internos (Imicro) Tipos de micrémetro interno Para medico de partes internas empregam-se dois tipos de micrmezos: ‘* Micrémetro interno de trés contatos, + Micrémetro interno de dois contatos (tubular e tipo paquimetro). Micrémetro interno de trés contatos Este tipo de micrémetro é usado exclusivamente para realizar medides em superficies cilindricas internas, permitindo leitura rpida e direta. Sua caracteristica principal ¢ a de ser auto-centrante, devido & forma e 8 disposicao de suas pontas de contato, que formam, entre si, um 4ngulo de 120°. Micrémetro interno de trés contatos com pontas intercambidveis Esse micrémetro 6 apropriado para medir furos roscados, canais e furos sem saida, pois suas pontas de contato podem ser trocadas de acordo com a pega que seré medida, Se Metrologia bainha catraca So cabeca corpo ate ets ve intercambieveis sane e : indicagso da capacidade # Pe tambor oat] oat] atl aff Para obter a resolugo, basta dividir 0 passo do fuso micrométrico pelo numero de divis6es do tambor. de . , passo do fuso micrométrice 0,005 mm Resolugao _ namero de divisdes do tambor Sua leitura é felta no sentido contrério & do micrémetro externo. _ Aleitura em micrémetros internos de trés contatos é realizada da seguinte maneira: ‘® O tambor encobre a divisdo da bainha correspondente a 36,5 mm; * Aesse valor deve-se somar aquele fornecido pelo tembor: 0,240 mm; + O valor total da medida sera, portanto: 36,740 mm. Precaugo: devem-se respeitar, rigorosamente, os limites minimo € maximo da capacidade de medicSo, para evitar danos irrepardvels ao instrumento. 53 Metrologia a Micrémetros internos de dois contatos ‘Os micrémetros internos de dois contatos sao 0 tubular e o tipo paquimetro. Micrémetro interno tubular © micrémetro tubular é empregado para medigGes internas acima de 30 mm. Devido ao uso em grande escala do micrémetro interno de trés contatos pela sua versatilidade, o micrémetro tubular atende quase que somente a casos especiais, principalmente as grandes dimensées. O micrémetro tubular utiliza hastes de extensdo com dimensées de 25 a 2.000 mm. As hastes podem ser acopladas umas as outras. Nesse caso, hé uma variacio de 25 mm em relago a cada haste acoplada. As figuras a seguir ilustram 0 posicionamento para a medicao. errado certo Micrémetro tipo paquimetro Esse micrémetro serve para medidas acima de 5 mm e, a partir dai, varia de 25 em 25 mm. Metrologia A leitara em micrémetro tubular e micrémetro tipo paquimetro ¢ igual & leitura em micrémetro externo. ‘Observacdo: A calibragao dos micrémetros internos tipo paquimetro e tubular é feita por meio de anéis de referéncia, dispositivos com blocospadrao ou com micrémetro externo, Os micrémetros internos de trés contatos so calibrados com anéis de referéncia. Calibracio (regulagem da bainha) ‘Antes de iniciar a medicio de uma peca, devemos calibrar o instrumento de acordo com a sua capacidade. Para os micrémetros cuja capacidade é de 0 a 25 mm, ou de 0 a 1", precisamos tomar os seguintes cuidados: ‘«Limpe cuidadosamente as partes méveis eliminando poeiras e sujeiras, com pano macio e limpo; ‘Antes do uso, limpe as faces de medicao; use somente uma folha de papel macio; Encoste suavemente as faces de medic&o usando apenas a catraca; Verifique a coincidéncia das linhas de refer€ncia da bainha com o zero do tambor Se estas no coincidirem, faca 0 ajuste movimentando a bainha com a chave de micrémetro, {que normaimente acompanha o instrumento. Para calibrar micrémetros de maior capacidade, ou seja, de 25 a 50 mm, de 50 a 75 mm etc. ou de 1" a 2", de 2" a 3" etc, devese ter 0 mesmo cuidado e utilizar os mesmos procedimentos para os micrémetros citados anteriormente, porém com a utilizacgo de barra-padro para calibracdo. 55 Metrologia eT Conservacio Limpar o micrémetro, secando-o com um pano limpo e macio (flanela). Untar o micrémetro com vaselina liquida, utilizando um pincel. Guardar 0 micrémetro em armério ou estojo apropriado, para nao deixd-lo exposto a sujeira e a umidade. * Evitar contatos e quedas que possam riscar ou danificar 0 micrémetro e sua escala. Exercicios: 1 Quem inventou o micrémetro centesimal, © quando? 2) Sibu Pal 2 = Quais as caracteristicas dos micrémett0s? 2/206)», ancl fBd 6 3 ~ Para mecir uma peca com @ 32,75, use-se mlcrémetro qual cabacidade de medicao? 2 0 4— Qual o micrémetro mais adequado para controle estatistico de proceso? 5 — Realize as medigées abaixo (milimetro): a) cS b) 6 ~ Agora realize os medlgoes em polegeda: 56 SE a) b) 5 re : i hs bo i wy ho a Leitura: °) Leitura: Leitura: Metrologia SO a as Relégio Comparador Introdugdo Medir @ grandeza de uma pega por comparacéo é determinar a diferenca da grandeza existente entre ela e um padrao de dimensdo predeterminado. Dai originou-se o termo medicéo indireta. Dimensio da peca = Dimensio do padrao + diferenca Também se pode tomar como padréo uma peca original, de dimensdes conhecidas, que é utilizada como referéncia. 0 relégio comparador O relégio comparador & um instrumento de medicao por comparago, dotado de uma escala e um ponteiro, ligados por mecanismos diversos a uma ponta de contato. O comparador centesimal & um instrumento comum de medico por comparaco. As diferencas percebidas nele pela ponta de contato so amplificadas mecanicamente e iro movimentar o ponteiro rotativo diante da escala. Quando o ponta de contato sofre uma pressdo e 0 ponteiro gia em sentido horério, a diferenca é positiva. Isso significa que a peca apresenta maior dimens&o que a estabelecida. Se o ponteiro girar em sentido anti-horério, a diferenca seré negativa, ou seja, a pega apresenta menor dimenso que a estabelecida. Existem varios modelos de relégios comparadores. Os mais utiizados possuem resolucio de 0,01 mm. O curso do relégio também varia de acordo com o modelo, porém 9s mais comuns so de 1 mm, 10 mm, .250" ou 1", PONTE Pace came soruse Tanase ESS 0 a0 . Sp goon veers Of cenaaaen ns no socavecorine — 3 Em alguns modelos, a escala dos relégios se apresenta perpendicularmente em relacdo ponta de contato (vertical). E, caso apresentem um curso que implique mais de uma volta, os 58 Metrologia normal, outro menor, denominado contador de a “> relégios comparadores possuem, além do pont voltas do ponteiro principal. reldgio v Alguns relégios trazem limitadores de toler&ncia. Esses limitadores sio méveis, podendo ser ajustados nos valores maximo e minimo permitidos para a peca que serd medida. Existem ainda os acessérios especiais que se adaptam aos relégios comparadores. Sua finalidade é possibilitar controle em série de pecas, mediges especiais de superficies verticais, de profundidade, de espessuras de chapas etc. As préximas figuras mostram esses dispositivos destinados & medicio de profundidade e de espessuras de chapas. medidores de profundidade medidores de espessura s relégios comparadores também podem ser utilizados para furos. Uma das vantagens de seu emprego é a constatago, répida e em qualquer ponto, da dimensSo do didmetro ou de defeitos, como conicidade, ovalizacio etc, Consiste basicamente num mecanismo que transforma o §3 Metrologia deslocamento radial de uma ponta de contato em movimento axial transmitido a um relégio ‘comparador, no qual pode-se obter a leitura da dimensio. O instrumento deve ser previamente calibrado em relaco a uma medida padrao de referéncia. Esse dispositive é conhecide como medidor interno com relégio comparador ou stbito. Botente intercombidvel ponte de medicto guia com rolete Relégio comparador eletrénico Este relégio possibilita uma leitura répida, indicando instantaneamente a medida no display em milimetros, com converso para polegada, zeragem em qualquer ponto e com saida para miniprocessadores estatisticos. ‘A aplicagio é semelhante 4 de um relégio comparador comum, além das vantagens apresentadas acima. Mecanismos de amplificagao Os sistemas usados nos mecanismos de amplificago so por engrenagem, por alavanca e mista. Amplificago por engrenagem Os instrumentos mais comuns para medig&o por comparago possuem sistema de amplificacdo por engrenagens. As diferencas de grandeza que acionam o ponto de contato séo amplificadas mecanicamente. A ponta de contato move 0 fuso que possui uma cremalheira, que aciona um trem de engrenagens que, por sua vez, aciona um ponteiro indicador no mostrador. Metrologia Nos comparadores mais utilizades, uma volta completa do ponteiro corresponde a um deslocamento de 1 mm da ponta de contato. Como 0 mostrador contém 100 divis6es, cada diviséo equivale a 0,01 mm. Amplificaco por alavanca principio da alavanca aplica-se a apareltios simples, chamados indicadores com alavancas, cuja capacidade de medic3o é limitada pela pequena amplitude do sistema basculante, A Assim, temos: 4 Se ae comprimento do pontciro relacéo de amplificagéo = Sompumento de,ponee. (a) distancia entre os cutelos (b) Durante @ medigSo, a haste que suporta o cutelo mével desliza, a despelto do esforco em contrério produzido pela mola de contato. O ponteiro-alavanca, mantido em contato com os dois cutelos pela mola de chamada, gira em frente a graduaco. A figura abaixo representa a montagem cldssica de um aparelho com capacidade de + 0,06 mm e leitura de 0,002 mm por divisso. “a Metrologia umo diviséo = 0,002 mm a=comprimento do ee ponteiro ‘mole’ de b=distancio entre s cutel chamoda os cutelos mola de contato 7 amplificag¢ao por alavanca Amplificagao mista Eo resultado da combinac&o entre alavanca e engrenagem. Permite levar a sensibilidade até 0,001 mm, sem reduzir a capacidade de medicio. Condigées de uso Antes de medir uma peca, devemos nos certificar de que 0 relégio se encontra em boas condigées de uso. A verificago de possiveis erros é feita da seguinte maneira: com 0 auxilio de um suporte de relégio, tomam-se as diversas medidas nos blocos-padréo. Em seguida, deve-se observar se as medidas obtidas no relégio correspondem as dos blocos. S80 encontrados também calibradores especificos para relégios comparadores. Picno-0 Bloco-padre=1,40 —Bloco-pedro=3,19 —-Bloco~pedrdo=6,35 6 Metrologia pe Observacdo: Antes de tocar na peca, 0 pontelro do relégio comparador fica em uma posicéo anterior a zero, Assim, 20 iniciar uma medida, deve-se dar uma pré-carga para © ajuste do zero. Colocar o reldgio sempre numa posicéo perpendicular em relac&o & peca, para no incorrer em erros de medida. ‘Aplicagées dos relégios comparadores verificago de excentricidade de pega Tontada na placa do toro ieee do tore _cinro-pocifo, cunvegonte esse woe | Le rent re erificagao de concentricidade 63 Metrologia OL Conservacao ‘* Descer suavemente a ponta de contato sobre a peca. + Levantar um pouco a ponta de contato ao retirar a peca. + Evitar choques, arranhies e sujeira. relégio guardado no seu estojo. égios devem ser lubrificados internamente nos mancais das engrenagens. Relégio com ponta de contato de alavanca (apalpador) E um dos relégios mais versdteis que se usa na mecénica. Seu corpo monobloco possui trés guias que facilitam a fixacZo em diversas posigdes. Existem dois tipos de relégios apalpadores. Um deles possui reverséio automética do movimento da ponta de medico; outro tem alavanca inversora, a qual seleciona a direcSo do movimento de medigo ascendente ou descendente. O mostrador é giratério com resoluco de 0.01 mm, 0.002 mm, .001" ou .0001". Por sua enorme versatilidade, pode ser usado para grande variedade de aplicagées, tanto na produgo como na inspeco final. Exemplos: + Excentricidade de pecas. + Alinhamento e centragem de pecas nas maquinas. +*Paralelismos entre faces. ‘*Medig6es internas. ‘#Medig6es de detalhes de dificil acesso. Exemplos de aplicacio Atoremants « snraun yeagao 3¢ 64 Metrologia Conservacao Evitar choques, arranhées e sujeira. * Guardé-lo em estojo apropriado. «Monté-lo rigidamente em seu ‘suporte, « Descer suavemente o ponta de contato sobre a peca. «Verificar se 0 relégio é anti-magnético antes de coloca-lo em contato com amesa magnética. Observacées ® A posigo inicial do ponteiro pequeno mostra a carga inicial ou de medigao. © Deve ser registrado se a variacao é negativa ou positiva. Leitura de relégio comparador (milimetro) : D Veja se acertou: a) 1,55 mm b) -3,78 mm ©) -.284" 1-Realize as leituras abaixo: 65

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