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Obras da mesma ault@ Pocas Incluldas no programa do piano da Escola da da Universidade Federal do Rio de Janolfh Os Soldadinhos partm para 2 guorra Improvisadinho Mini Suit ‘Suite Infantil . Gangao de Ninar Prelicio . Cangao da Borceuse .. Estudo em Fa Maior. Estudo em Ré Maior. Pooma Minueto Gavota (a ant Capricho-Serenz Lundu Carioca . Arabesco 42 planos Ronda Infantil n° 1 (Sapo Jururu — Cai, Cai, Baléo)...... (0 Fonda Infantil n° 2 (Capelinha do Molao A Canoe Virov) {Wl Para canto e piano (ou harménio) ‘Ave-Maria Para canto e plano Festas de Natal — Segundo Bilhete — Inquietude De acérdo com os programas de Teoria Musical da Escola do Milo UFRJ. e Canto Orfednico dos Estabelecimentos de Ensino Sucuiil Principios Bésicos de Misica pare ¢ Juventude (em 2 volumes) SOLFEJOS MELODICOS E PROGRESSIVOS Vestibular © 1° e 2.* anos 3 g ey } Sd Z s 8 = a a i s 3 z a Maria Ruisa de Matos Driolli (Protester Titular de Harmonia Superior © Teri Masia! da Exete de Musics de UFPA 4 60 Tenty College of Misc of Londen.) 2° VOLUME 19" EDIGAO REVISTA E ATUALIZADA. 1996 Lae AHR MUSICA a | JUVENTUDE DE ACORDO COM OS PROGRAMAS DE: TEORIA DA ESCOLA DE MUSICA DA UNIVERSIDADE FE( RIO DE JANEIRO E DE CANTO ORFEONICO Dg LECIMENTOS DE ENSINO SECUNgy CASA OLIVEIRA DE MUSICAS LTDA. UA DA CARIOCA, 0.- TEL 2209599 - RIO OE JANEIRO = RJ MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI (Catedeatico de Teoria Musical da Escola Nacional de Musica da U. B. e Professor de Teoria Musical e Harmonia do Trinity College of Music of London) PRINCIPIOS: f BASICOS\:’ DA MUSICA PARA ©: A JUVENTUDE De acérdo com os programas de: Teoria Musical da Escola Nacional de Masica e Canto Orfednico dos Bstabelecimentos de Ensino Secundéri® 2° VOLUME 198 EDIGAO REVISTA E ATUALIZADA 1996 EDITORA CASA OLIVEIRA DE MUSICAS LTDA UA DA CAROGH, 79 - TEL z2mas0 . RoE JANEIRO = RJ ied ~ Editora e Distribuidora Ltda 605 Ed.Venancio 1) s/ s06-Brasil ia DF - I | BPUV2 ~ hoeneia Central ~ 70005 ~ Reasibia De 41 99%. 2398- Fart (O51 )22508478 __Destinamos o presente trabalho & juventude das Escolas com a OE ods se woken de a:Puiilitersthe: 14 conhookunentio ealydon poten "programas oficiais, uma vez que néle se encontra a matéria do Curso “de TEORIA MUSICAL das Escolas de Miisica ¢ Conservatérios, bem "como as nocées ministradas nos estabelecimentos de ensino secundério. Esperamos possa sér éle titil aos nossos jovens estudantes de “miisica e aos ginasianos, A AUTORA marco de 1964 . Rio Copyright 1953 by Maria Luisa de Mattos Priolli — Rio de Janeiro — (Brasil) ‘MAREA LUISA’ DE MATTOS FRIOLLI Pag. 1 2 “ 15 6 1 2 2 3 33 Gap. — Vi — Diapasio normal — Escala geral " Diapasio normal 36 “Escala geral os... a 36 ~_-Regito central o extensio das vores ne escala geral 3 Gap. VE — Notas atrativas ... a Cup, VII — Acordes Biferenga entre o baixo ¢ @ fundamontal ........ “ Formacdo dos acordes em geral .. 45 Bstados dos acordes ..... 6 Gnversto dos acordes “ | Acordes de 3 sons 0 Acordes de 4 sons wa "Acordes de 5 sons 34 Ordem e posicio das notas no acorde 86 Duplicagio © supresiio de notas ... 8a ——-Aeordes consonantes ¢ dissonantes 39 ‘Andlise dos acordes... 80 up. OK — Formagio do som oo... ot Cap. X — Série harméntca Tormagio da série harmonica . ee ‘Origem dos intervalos consonantes ¢ dissonantes ........ 8 ‘Grlgem dos, n00rdes ........-++. 8 ‘Gup.XI — Compassos misios — Compasses alternades ‘Compasses mistos 6 ‘Gompassos altemades 70 (Gap, XU — Enarmenia Wotan cnorméntoos _ 6 ntervalos enarméntcos % Trealas encrménicas . 1% ‘Acordes enarménieos @ Cup, UE — Géneres musieais a ‘Gups. XIV — ‘Transpesigao Gienoralidades ........ a ‘Transposteao eserita a ‘transposigao Uda, 86 Cap, XV == Ornamentos Generaaace 8 APRECIAGAO MUSICAL Crigens evolusio da musica "A miisica nos tempos pré-histéricos ‘A miisica na antighidade .. ‘A arte musical no Rgito . A atte musical dos rapes A ‘ used dos assitios, waadtics 6! Galdeas arte musical cos Hebreus . arte musteal doe Indianos "2.0.1. A arte musical na velha China. Antigdidade Classica ‘A misica na Tdade Média ‘0 Canto Grogoriano Notagio musical na Tdade ‘Média Sistema musical medieval ... Origens da Polifonia .... Qs trovadores ea eancao’ pop © Teatro na Idade 6 imelodratsa "- Origea da Opers Classicismo ‘A orquestra ..... ave ‘A Harmonia ~~ C. Monteverdi e J. #. “Rameau Formas da misica cldsslea ..-..0...csesesesssssese Os grandes classicos .......0.ccccceseseescee Romantismo Expansdes’ harménices, ‘melédicas ¢ ritmicas ". Sxpanso das formas ‘musicais . Prineloais Tisloas roméntions ‘Misicos moderns. ‘Hscola Russa ‘Musica e misioos contemporineos ‘A mistea no Brasil saree Dados biograficos de misicos brasileiros Padre José Maurielo . Carlos “Gomes Alberto Nepomuceno’. ‘Henrique Oswald... Loren Fernandes Barroso Netto. Luciano Gallet Feltor Villa-LAbos Camargo Guarnieri Francisco Mignone ‘Agnello Franca. ‘Assis Republican 1... Paulo Silva José Vieira ‘José siquetra, Octévio Mant Jo&o Baptista ‘Anténlo S& Pereira Orlando Frederico Enio ce Freitas Castio Potelore -- CAPITULO 1 TONS VIZINHOS — TONS AFASTADOS ‘I — Tons vizinhos ‘So considerados tons vizinhos os tons que tém: 2) a mesma armadura de clave b) uma alteragéo a mais na armadura ¢) wma alteracéo a menos na armadura. Exemplo: FA j menor (8 ¢) — mesma armadura Mi maior ¢ D6 $ menor (4$) — 1 alteragio a mais na armadura Ré maior e Si menor (2+) — 1 alteracdo a menos na armadura. La Maior (83) € vizinho de ‘Entre tons vizinhos as notas que tém a mesma entoagdo chamam-se olay comuns; as que tém entoagia difarenta chamamate nota caracte. ristieas (ou notas diferenciais). Exemplo: Entre Li maior (3) e F4 3 menor (84) so notas comuns: 1é = bl - d63 -ré- £43 - sold; a nota caracteristica € mi, por ser ml natural em I Maior e mi gem Fé % menor. tom do qual se procuram os vizinhos chaia-se tom principal. O8 tons Vizinhos guardam entre si cerla relagiu de malor ou enor ufinidade, ou seja, afinidade direta ou indireta. De neérdo com. tal afinidade os tons vizinhos se classificam como: visinhos diretos e vizinhos indiretos. MARIA LU£SA DE MATTOS PRIOLLI ‘Tom relative do tom principal Yom da subdominante (encontrado 4 5.* justa Vizinhos é ‘dicevoe inferior da ténica do tom principal) Tom ‘Tom da dominante (encontrado a 5." justa su- principal perfor da ténica do tom principal) Vizinhos {Tom relativo do tom da subdominante indiretos | Tom relativo do tom da dominante, Cada tom tem, por gonseguinte 5 tons vizinhas, sendo 8 diretos. © 2 indiretos. Obserya-se que os tons vizinhos diretos correspondentes aos tons da subdominante e da dominante devem ser do mesmo modo do tom princi- pal; os vizinhos indiretos so de modo diferente do tom principal. Exemplo: Ré Maior (2 ) — Tom principal Si menor (2 7). — tom relativo WL Maior (3 ) — tom da dominante ‘Visinhos diretos Sol Maior (1 3) — tom da subdominante Fa $ menor (8 :) — relativo da dominante ‘Mi menor (13) — relativo da subdominante Pistons ‘iret: Ds menor (3 5) — tom principal Mi b Maior (84) — tom relative Fa ménor (4 5) — tom da subdominante Sol menor (2) — tom da dominante ‘Vizinhos diretos Lab Maior (4’b) — relativa do. tom da subdominante "| Visinhoo Sib Maior (2}) — relativo do tom da dominante indiretos Nota-se também que todos os tons’ vizinhos tém na armadura alte- ragdes da mesma espécie do tom principal. Os tond de Dé Maior e La menor (eseala modélo) por nao terem armadura, tém como vizinhos os tons que tém 1 $e 1b na armadura, Quanto as molas caracteristicas observa-se que: PRINCIPIOS BASICOS DA MOSICA PARA A JUVENTUDE ® 1 — Se o tom principal fr do Modo Maior: a) os vizinhos diretes tm uma nota earacteristies b) 08 vizinhes indiretos tém 2 notas caracteristicas 2 — Se o tom principal fr do Modo menor: 8) 08 vizinhos diretos tém 2 nota carasteriaticas (com exco- 40 do tom relative que tem apenas 1, b) 08 vizinhos indiretos tém 2 notas caraeteristicas. Quando entre dois tons hi mais de uma nota caraeteristica, uma dslas seri a caraeteristica principal e as outras caracteristicas se- ‘gundixias. Caracteristica principal & aquela que melhor distingue determi- ‘nado tom. Procuremos, entio, os tons vizinhos de um tom maior indicando as Tolns caracteristicas, ‘Vejamos, por exemplo, os vizinhos de Sib Maior: ‘Tom, principal oe Selon (Tom Retatived MibAUimda rubetonna RLM (Ton cla, clown.) : A ¢ va w vit (clattirs tron dev nubalormd Re em(Rebebivy ton da om) ‘Note: CP 6 0 caracterfstica principal ‘Vojamos agora os tons vizinhos de F # menor: 10 MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI PRINCIPIOS BASICOS DA MUSICA PARA A JUVENTUDE u oy im aha tabard Micon (telat: fn loo.) Spee I QUESTIONARIO I 1 — Quals sio os tons considerados vizinhos? 2 — Que sio notas comuns? 3 — Que sao notas caracteristieas? 4 — Que outro nome tem as notas caracte- risticas? § — Qual o tom chamado tom principal? 6 — Como se classificam os tons vizinhos? 7 — Quals so os vizinhos diretos do tom principal? 8 — Equals, 40 08 viinhos indizetos? 9 Quantos visinhos tom cada tom? 10 Se o tom Principal £6r do modo maior de que modo serio os vizinhos diretos? 11 — E os vizinhos indiretos? 12 — Se 0 tom principal for do modo menor de que modo serio os vizinhes diretos? 13 — 05 vizinhes indiretos? 14 — Quando entre dots tons ha mals de uma nota caracteristica, como se denominam essas notas? 35 — A que nota se d4 0 nome de earacteristiea principal? EXERCICIOS 1 —Indicar as notas comuns entre Sol Maior e Mi menor; Ré Malor e Si menor; Mi 5 Malor e DO menor; D6 $ menor e Ml Malor; Fai menor © La h Maior; Si, Mator e Sol menor. SoM © Mim + Indicar as notas caracteristicas entre Ré Maior e Si menor; Fa Malor, ¢ Rb menor; La Maior e Fi menor; Sol $ menor e Si Maior;Si j Maior e Sol_ menor. ‘Mopero 8) — Procurar os tons vizinhos de Sol Maior, Ré Maior, Fa Maior, Mi } Maior, 81 Malor € Mi Maior. Movéto: Sot m Mi om REM DeM fut) Com da dom.) (tom da sabelom.) Procurar os tons vitinhos de: Sol menor, Si menor, Dé menor, D6 menor, Ré menor e Si menor (de acdrdo com o modélo anterior). )— Procurar os tone visinhor (Indicando as notar caracteristioas) ds FA Malos, Ré Afalor, Ml Mator e Sol Mslor. (Para modélo deste exercicio fomem os exemplor dados nas paginas 9 ¢ 10). — Procurar os tons vizinhos (indicando as notas caracteristicas) de RE menor, Dé mener, Mi menor ¢ FA menor. Yi Indlear as notas comuns entre 6 Malor © Fa Malor, Sol Malor © Lé menor, La Malor € Mi Maior, St menor e Fa 4 menor, DO menor € Pa menor 8 Indiear as notas earacteristicas entre Sol Malor e Si menor; Ré } Malor Lit p Malor; D3 menor e Si Maior. 2 MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI PRINCIPIOS BASICOS Da MOSICA PARA A SUVENTUDE 1B 9 — Procurar os tons vizinhos (indicands as notas caracteristicas) de: Do Malot, Mi Maicr, Si} menor, Fi g Malor, D6 menor, Si menor, L4 me- nor, Ré b Mator, Sol menor, Sol Maicr, Mi} menor, La Malor, Fé # Maior Sol # menor. £ II — Tons afastados. Tons afastados sfio aquéles que diferem na armadura por 2 ou mais alteragies (a mais ou a menos). ‘Também séo tons afastados aquéles que tém as armaduras forma- das com alteragées de espécies diferentes, isto ¢, um tom tem armadura de ¢ ¢ outro, armadura de b. Exemplos: Ré Maior = (23) — Si Maior (52) Mi menor (6) — Fa Maior (1b) Sol Maior (12) — Sih Maior (25) D6 menor (3) — R& menor (15) R65 Maior (55) — Mi menor (13) Observagio: Embora os tons homénimos se diferenciem na armadura por 3 alte- rages, muitos tedricos os consideram tons préximos, porquanto as teorias harménieas demonstram que entre suas notas ha grande relacdo de. afinidade, Exempl Dé Maior ¢ D6 menor — tons proximos. Mi b Maior e Mi } menor — tons préximos F4 } menor e Fa ¢ Maior — tons préximos. Pelo mesmo motivo so considerados também tons préximos do tom principal os homénimos dos tons vizinhos. QUESTIONARIO 11 I — Quals sio os tons considerados tons afastades? 2 — For que razio Ré ‘Mator e Si Maior sio tons afastades? 3 — Dé menor e Ré menor s&0 tons vizi- hos vu afastados? Porque? 4 — Por que razio os tons homGnimos sio consi-, derados tons préximost EXERCICIOS Dar 5 tons afastades de La Malor. Dar 3 tons afastados de Si Maior que tenham tamhem armaduras de b, ~ Sendo Ré Malor o tom principal, separar, em duas colunas, os tons viel- hoe ¢ os (one afastador: Mi Maior, Sol Maior, Sol menor, Fu Mafor, Lé Maior, FA ¢ menor, SL Maior, DO menor, Dd ¢ Malor e Mi menor. Dar 6 tons afastados de Fi menor. Sendo Sol menot © tom principal, separar, em dus colunas, os tons viz Juhos © 05 tons afastades: Si} Malor, Dé menor, Dé ¢ menor, Sl} menor, 1a Maior, Fa ¢ Maior, Ré menor, Fa Malcr, Ré Maior, MI } Maior ¢ Si menor CAPITULO 1 ESCALAS CROMATICAS (GENERALIDADES; ORIGEM DAS NOTAS CKOMATICAS; ESCALAS CROMATICAS DO MODO MAIOR; ESCALAS CROMATICAS DO MODO MENOR) I — Generalidade: Escalas erométieas so aquelas formadas exclusivamente por inter- valos de semitons, diaténicos ¢ erométicos. Para formar uma eseala eromitiea é bastante tomar uma eseala dia- toniea ¢ interealar semitom entre os graus separados por intervalo de tom. ‘Veiamos como proceder para fazer uma eseala cromética: a) escrevem-se todas as notas da escala diaténica; b) maream-se com ligadura os graus separados por semitons naturais; ©) intereala.se ‘semitom entre os graus separados por tom. Essas notas interealadas entre os intervalos de tom chamam-se: notas crométicas ou notas alteradas. Devemos também, tanto quanto possivel, acentuar a subida da es- eala com alteragées ascendentes ¢ a descida com alteragées descendentes. As escalas cromaticas também podem ser do modo maior ou do modo menor, dependendo (como nas escalas diaténicas) do intervalo formado pela tonica (I grau) e a mediante (III grau) e pela tonica © a super- dominante (VI grau). No caso de tais intervalos serem maiores ou me- nores a escala cromitica sera, respectivamente, do modo maior ou do modo menor. PRINCIPIOS BASICOS DA MUSICA PARA A JUVENTUDE 3 Entram na constituigo dessas escalas 13 notas (8 naturals e 5 alte- las), formando 12 semitons (5 cromaticos ¢ 7 diaténicos). Désses 12 semitons, 2 sao maturais e 10 alterados. TL — Origem das notas erométieas. E importante saber que, numa escala crométiea, as notas crométicas cevem ter certa relagéo, isto 6, certa afinidade com a escala diaténica que The corresponde. Em outras palavras, as notas cromaticas devem perten- cor 20s tons afins, isto é, vizinhos ou préximos da escala diaténica. F essa, pois, a origem das notas cromaticas. II — Esealas crométieas do modo maior. ‘Tomemos, por exemplo, a escala dialénica de Dé Maior e, obedecen- do as regras dadas, fagamos a sua cromatizacao: Analisemos a origem das notas cromaticas intercaladas e vejamos em que tons vizinhos se encontram as mesmas. PRINCIPIOS BASICOS DA MOSICA PARA A JUVENTUDE y 8 MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI nho de Dé Maior), ao passo que, ld #86 pertence a tons 8 afastados. Kseala descendente: ote D6 3 — sensivel de Ré oom opel Ré $ — sensivel de Mi new | ie 4 3 — sensivel de Sol Maior [ vizinho de D6 Maior £ =| vizinho de Dé Maior tom da dominante vizinho de Dé Maior UKM Sol ¢ — sensivel de Li menor [ tom relativo viainho de Dé Maior Sip — Empregase, de preferéncia, 0 sip (em lugar de li 2) por- que perteree a FA Maior — tom da subdominante — vi relativo do tom da subdominante relativo do tom da dominante ( Hl Sib — IV grau de Fa ares tom da subdominante vizinho de Dé Maior z 3 — VI grau de D6 menor ¢ tom homénimo ] tom préximo de Dé Maior § z V4 # — Emprega-se, de preferéncia, o f4 2 (em lugar de sol b), por- que é a sensivel de Sol Maior (tom vizinho de Dé Maicr), enguanto que o sol } s6 pertence a tons afastados. i j ‘Mi } — III grau de D6 menor [ tom homdnimo ] tom préximo de Dé Maior w MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI ] Ré — Embora néo pertenga a tom vizinho 0 ré p acentua o movi- mento descendente da escala € por ser alteragdo descenden- te transforma-se em nota atrativa, pedindo resolugio sobre 0 Dé. = O ré b pertence também ao tom de F4 menor (homénimo do tom da subdominante), considerado tom préximo de D6 Maior. Observamos entao, que na subida da eseala eromatiea do modo usam-se alteragdes ascendentes, com excecio no VI grau, na descida usam-se alteragdes descendentes, com excecio no IV grau. ‘Também podemos usar o seguinte meio pritico para formar as escalas crométieas do modo maior: na subida — 0 III e 0 VI graus nao devem ser alterados, logo, nfo do- ‘vem ser repetidos. na deseida — repetem-se todos os graus, menos o Ie o V graus, tam- ‘bém, porque nfo devem ser alterados. Exemplo: Escala cromAtica de Sol Maior: IV — Eseala cromitica do modo menor. Para formar a escala cromética do modo menor usa-se 0 mesmo pro- cesso das escalas croméiticas do modo maior. PRINCIPIOS BASICOS DA MUSICA PARA A JUVENTUDE 10 ‘Tomemos, por exemplo, a escala diaténiea de LA menor (forma pri- miliva) © fagamos a sua cromstizacio: Para analisar a origem das notas cromaticas procuremos os tons vi- winhos a que pertencem. Escala ascendente: == St p — Emprega-se 0 si p (em lugar de la 2) porque pertence 20 tom de Ré menor (tom da subdominante, vizinho de Lé me- nor), ao passo que, 0 Ja % pertence a tons afastados, tom da subdominante } D6} — VII grau de Ré menor vizinho de La menor tom da dominante ] inho de 14 menor Ré g — VII grau de Mi menor ( 20 MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI PRINCIPIOS BASICOS DA MOSICA PARA A JUVENTUDE at k Na subida —o Te 0 V graus néo devem ser alterados, por conse- z (ulnto, nfo sio repetidos, Fé#—II grau de Mi menor ( Sol £ — Ea sensivel, VIT gran do préprio tom de L& menor, que 6. como sabemos, uma nota alterada para formar semitom com a ténica, Pertence ao tom de La Maior (homénimo de La menor), considerado tom préximo de L4 menor, Eseala descendente: Faz-se a descida da eseala cromatica do modo menor, exatamente, com as mesmas notas da escala ascendente. Assim sendo, as notas exo maticas por serem as mesmas da subida da escala, tém a mesma origem. ‘Vejamos: Rev Réon tom Mic Lisle Ntion Mion Récm Résn —thoote e ~ enbas Observa-se que as notes crométicas das escalas crométicas menores tém origem nos tons da subdominante e da dominante, com excegao de alteracao do VIT grau que pertence ao tom homénimo; ¢ também que, nas escalas cromaticas menores (subida @ descida) usam-se alteragées ascendentes, menos no II grav, cuja alteracdo deve ser descendente. Meio prético para formagio das escalas eromdtiens menores: Na deseida — 6 perfeitamente igual a subida, Observacio: As notas alteradas de uma escala cromatica do modo monor s%io as mesmas encontradas na subida da sua escala relativa maior ¢romética. QUESTIONARIO 111 1 — Que sio escalas crométleas? 2 — Como se deve proceder para format uma eseala cromatica? 3 — Como se chamam as notas intercaladas entre as hotas naturais? 4 — Como reconhecemos as escalas cromiticas do modo maior ¢ do mode menor? § — Quantas notas entram na constitulcdo de uma escaia (romatica? 6 — B quantos semitons? 7 — Explicar como se acha a origem das holas cromatieas. 8 — Por que razio se emprega, de preferéncis, si} em lugar de lé g, na subida da escala eromatica de Dé Maior? 9 — Por que raziio se em- prega, de proferénela, fa $ em Ingar de sol, na descida da escala cromatica do Py MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI Do Malor? 10 — Ainda na desclda da mesma escala, por que razdo se emprega oré b? 11 — Na sublda das escalas crométicas maiores tidas as alteragSes em- pregadas sfo ascendentes? 12 — F na descida, tddas as alteracSes empregadas ato descendentes? 13 — Qual o melo pritico usado para formar as escalas cro- miiticas malores? 14 — Como se formam as escalas eromaticas do modo menor? 15 — Como se faz a descida das esealas crométicas do mode menor? 18 — Quel ‘ origem daz notas crométiens nas esnalac cramitieas do mada menor? 17 — Nas escalas eromitieas menores em que grau se usa alteracio descenden- te? 18 — E em que graus sio empregadas as alteragGes descendentes? 19 — Qual o melo pritico usado para formar as escalas eromiticas menores? 20 — Qual a relapdo existente entre as notas alteradas de uma escala eromética menor ¢ as da sua relativa maior? EXERCICIOS 1. — Fazer todas as escalas cromaticas malores com armadura de sustenidos, indicando a origem das notas crométicas (tomar como modélo a escala de Sol Maior que se encontra na pagina 18). 2— Fazer, como no exercicio anterior, tOdas as escalas crométicas matores com armadura de beméls. 3 — Fazer tédas as esealas crométicas menores com armadura de sustenidos, indleando a origem das notas cromaticas, 4— Fazer, como ao exercicio anterior, todas as escalas cromaticas menores com armadura de beméis. CAPITULO IIL MODULACAO A modulagéo consiste na passagem de um tom para outro, no decor- ror de um trecho de misica. ‘Exemplo: Dem —__, Rem —_, Ds m_—_, © trecho, no qual se encontram modulacées, chama-se modulante (0 exemplo anterior 6 um trecho modulante). O trecho inteiramente escrito sum 86 tom, isto 6 sem modulacées, chama-se unit6nico. Exempl: ¢ FPelay © trecho dove comecar ¢ torminar no mesmo tom, contuda, parle em megar em um modo e terminar em outro. Quando ha mudanga de modo na terminacSo 6, geralmente, de menor para maior. Exemplo: Dé ma —_______________, Ne” a MARIA LUIGA DE MATTOS PRIOLLI © tom com 0 qual se inicia e termina um trecho de miisiea chama-se tom principal. Os tons pelos quais se passa no decorrer do trecho séo de- nominados tons accessirios ou secundirios. Quando 2 modulagio perdura por elgum tempo, e o novo tom toma feigio de destaque, & costume mudar-se a armadura da clave; porém, se a modulag&o ¢ rpida e volta logo ao tom prineipal ou coutinua passando ligeiramente por outros tons até voltar, definitivamente, ao tom princi- pal, usam-se os sinais de alteragées acidentais necessérios e conserva-se sempre @ armadura do tom principal. Se a modulagio toma feigio destacada, fazendo-se sentir em téda sua plenitude, on terminando um periode da composig’o musical chama- se modulacio definitiva, Quando a modulacéo volta imediatamente ao tom principal ow faz passar por varios tons até voltar ao tom principal € chamada modulacdo passageira, As modulagdes podem ser efetuadas para tons vizinhos ou afastados. Os diferentes processos para se modular constituem parte do estudo de Harmonia, Hé, também, modulagdes chamadas encobertas que, 8d- mente os conhecimentos aprofundados de Harmonia revelam o tom em que se encontram. Isto, porém, o estudante conheceré mais tarde, em mo- mento oportuno, Contudo, em uma melodia escolar, contendo modulagdes bem simples, para tons vizinhos diretos cu para os tons homOnimos, pode-se perfeita- mente reconhecer as modulacdes se observarmos as seguintes regras: I — Se 0 trecho esta em modo maior: a) a alteragio ascendente do IV grau provoca modulagio para o tom da Dominante. Dem. Sob M. + b) a alteragéo descendente do VII grau provoca modulagio para o tom da sub-dominante, DEM t Ns PRINCIPIOS BASICOS DA MOSICA PARA A JUVENTUDE 23 ¢) aalteragio ascendente do V gran provoca modula¢do para o seu ivo menor. d) as alteragées deseendentes do II e do VI graus provocam mo- dulugées pare o homénimo menor. Dem, Dé em, ____ Fase bee — a +e II — Se 0 trecho esté em modo menor: a) a alterag&o descendente do VII grau provoca modulagZo para o hou relative Maior. 4 Lim—_______, DéW. us, b) as alteragées ascendentes do III e do VI graus provocam mo- (lulngfio para o seu homénico Maior. LA om Lam = " N> alee pe a QUESTIONARIO IV 1 — Que & modulagdio? 2 — Que é um trecho modulante? 3 — Como se hama o trecho eserito num s6 tom? 4— Pode o trecho comegar em um modo @ lerminar em outro? § — Como so chama o tom com que se inicia ¢ termina @ trecho? 6 — Que so tons accessérios? 7 — Que outro nome tém os tons ‘Avoessérlos? 8 — Quando é que se muda a armadura da clave em conseqiténeia, 26 MARIA LULA DE MATTOS PRIOLLI da modulagio? 9 — Que & modulagio definttira? 19 — Que 6 modulagio passa- gelra? 11 — Em melodia escolar, se 0 trocho esta no modo malor, qual a mo- dulacio provocada pela alteragdo ascendente do IV grau? 12 — E pela alteragio descondente do VII'yrau? 13 — E pela alteragio ascendente do V grau? 14 — Dela alterario descendente dos III e VI graus? 15 — Se o trecho estiver no modo ‘menor qual a modulacio provocada pela alteragdo descendente do VII grau? 16 — F pelas slteracéer ascendentes do UT © VI yruus? EXERCtCIOS —Indicar as modulagées: ®) CAPITULO IV VOZES Meninos e meninas possuem em geral na inffineia a mesma voz — vou de crianca. Algumas vézes a voz de crianea é dotada de certo volume e intensi- dade suficiente para educé-la, emprestando-Ihe 0 seu timbre juvenil um trative todo peculiar. Neste caso, poder a vox da crianca ser aprovei- {ada musicalmonte como solista ou em coros. Nos adultos as vozes dividem:se em maseulinas e femininas e, quan- do educadas, séo classificadas conforme a sua tessitura e, principalmen- to, conforme o seu timbre. A tessitura da voz consiste no conjunto de sons que ela pode emitir nuturalmente, isto & sem esforgo. © timbre & a principal qualidade da voz. E pelo timbre que distin- stuimos @ voz de cada um em um grupo de pessoas. De acérdo, pois, com a tessitura e o timbre assim ce classifieam ny vozes: tenor soprano masculinas 4 baritono femininas meio soprano baixo contralto Diapasio (ou registro) de uma voz é a sua altura na escala musical. diapasio pode ser: contralto meio soprano soprano rove médio agudo e tenor baixo baritono A extensio das vozes nao pode ser medida com precisao, porquanto hi vozes, extraordinariamente desenvolvidas, que ultrapassam os sons graves ou agudos da tessitura normal. As vozes capazes de ultrapassar 0 Hmite normal chamam-se vozes solistas. As vozes menos desenvolvidas 28 MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI PRINCIPIOS BASICOS DA MUSICA PARA A JUVENTUDE 9 que guardam o limite de extensio normal sio chaniadas vores corais| Chamam-se vozes correspondentes aquelas que pertencem 20 mes- (vozes que cantam em coros). Extensio das vozes corais (nas claves de Sol e Fé na 4.4 linha). ‘mo diapasio, assim sendo, cada voz feminina tem a sua vox corres- pondente masculina e vice-versa. ‘Vozes correspondentes: Soprano — tenor ‘Meio soprano — baritono Contralto — baixo. ‘As vozes correspondentes sao separadas por intervalo de 8.4. Antigamente cada voz usava uma clave particular: Baixo — clave de FA na 4.® linha, Barftono — clave de F4 na 8.* linha. ‘Tenor — clave de Dé na 4.* linha. Contralto — clave de Dé ne 3. linha, ‘Meio soprano — clave de Dé na 2. linha. Soprano — clave de Dé na 1. linha, Estensfio das vozes corais nas claves antigas. Vorrs > Femininas-St——* a Pelo exemplo dado acima verifica-se que tanto as vozes femini como as vozes mascullinas sio separadas entre si por um intervalo de 8! Da vor feminina mais grave (contralto) para a voz masculina mais a da (tenor) hi intervalo de 4.4, 30 MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI Vertes SZ Mascucivas SORE Atualmente usamos para tédas as vozes, sdmente as claves de Sol ¢ Fé nia 4.* linha. Para as vozes femininas uss-se 2 clave de Sol, e para as vores masculinas, a clave de Fé na 4.# linha, com excegdio da vox de tenor que & comumente escrita na clave de Sol entoada ums 8.* abaixo. Tam- bém se usa colocar depois da clave de Sol uma clave de D6 na 4.* linha quando a melodia é para tenor. A esta dupla clave dé-se 0 nome de clave mista. Exemplo: ‘As vores mais comumente encontradas sfio: 0 meio soprano e 0 baritono. _ © quarteto vocal elissico 6 constituido pelas vores do diapasio grave e do diapasio agudo. Soprano (1.* voz Contralto (2.* voz) Quarteto voeal ‘elassi¢o Tenor. Baixo PRINCIPIOS BASICOS DA MUSICA PARA A JUVENTUDE at De acérdo com o timbre, e também, conforme seja a tessitura mais devenvolvida para o grave ou para o agudo algumas vores se subdivide om varios tipos, como: ligeiro Tirico dramitico Itrieo dramitico baritone { Saute Vozes Infantis soprano _ sopranino femininas tenor contraltino ra f reve ‘Masculinas < tenorino baixo cantante L profundo QUESTIONARIO V 1 — Quando 6 que pode ser aproveitada musicalmente a vor da erlanga? 2 — Como se dividem as vozes dos adultos? 3 — Que 6 tessitura? 4 — Que é Umbre? 5 — Como se classiticam as vozes de acérdo com a tessitura e 0 timbre? 8 — Que 6 diapasio da voz? 7 — De acdrdo com o diapasio como so classificam. lus voucs? 8 — = possivel medir exatamente a extensio das wae? 9 — Como se chamam as vozes que ultrapassam a extensdo normal? 10 — © que quer dizer vores corais? 11 — Qual a extenso das vozes femininas, colocando as notas na clave de Sol — (6 suficiente citar as notas que limitam a extensio; exemplo: foprano — do Dé da 1* linha suplementar inferior a0 Lé da 1.* linha suple- ‘mentar superior; ete.). 12 — Qual a extensio das vozes masculinas colocando fas noias na clave de Fa na 4* linha? — 13 — Qual o intervalo que separa as yowes masculinas? 15 — Qual o intervalo que separa o contralto do tenor? 16 — Que sio vozes correspondentes? 17 — Qual a voz correspondente do s0- prano? do baritono?, do contralto? do tenar? do baixo? do meio soprano? 16 — Qual o intervalo que separa as voses correspondentes? 19 — Qual a clave sada, antigamente, pata o soprano? para o baritono? para o tenor? para o melo-soprano? para o contralto? para 0 baixo? 20 — Qual a extensio do so- prano, colceando as notas na sua clave antiga? 21 — EB a do meio soprano? 22 — B a do contralto? 23 — Ba do tenor? 24 — Ea do baritono? 25 — Ea dp belxo? 26 — Atualmente qual a clave usada para as vozes femininas? 21 —E para as vozes masculinas? 28 — Qual a clave usada para o tencr? 29 — Que é clave mista? 30 — Quais so as vores mais comuns? $1 — Qual 0 iapasio das vozes do quarteto vocal cléssico? 32 — Quals as vozes que consti tem 0 quarteto vocal eléssieo? 3 — De acbrdo com o timbre e a tessitura quals (05 varios tipos de soprano? de tenor? de baritono? de baixo? CAPITULO V UNISSONO (GENERALIDADES — UNISSONO NAS CLAVES) I — Generalidad A palavra unissono signifies — 0 mesmo som. Chama-se tocar ou cantar em unissono quando dois ou mais instru- ‘mentos, ou dues ou mais vozes, tocam ou cantam, simulténeamente, a mesma melodia. Na execugo em unissono os sons devem guardar exatamente a mesma altura, Bxemplo: Unissono io- Soraano Entretanto, dé-se também o nome de unissono as melodias executa- das, simultaneamente, por varias vozes ou instrumentos, embora este- jam as.notas em diferentes oitavas. Exemplo: Serrano Unissoxo Mcio.soraaua PRINCIPIOS BASICOS DA MOSICA PARA A JUVENTUDE, a II — Unissimo nas clayes. © unissono nas claves consiste em eserever 0 mesmo trecho de mi- wien em claves diferentes, porém conservando, precisamente, a mesma nitura de entoaga Exemplo: Unissoxo wAS Ciaves Para escrever com facilidade conservando 0 unissono nas claves, jo conhecer bem a posigio do Dé central em tédas as claves. D6 central: 5 i Dé central em todas as claves: “ MARIA LUISA DE MATTOS PRIGLLI PRINCIPIOS BASICOS DA MUSICA PARA A JUVENTUDE Convémn observar que, as notas eseritas em linhas tém o seu unisso- J — Bserever nas claves antigas de melo-soprano, tenor contralto. no escrito também em linha, seja qual for a clave; as notas escritas em espacos tém também o seu unissono eserito sempre em espaco. Saal 4-— Escrever nas claves antigas de tenor, baritono e baixo: 6 — Bscrever nas claves de Sol e Fi na 3 linha: QUESTIONARIO VI 1 — Que significa @ palavra unissono? 2 — Que quer dizer tocar ou cantar em unissono? 3 — Os sons executados em unissone deve guardar a mesma al- ‘ura? 4 — Em que consiste 0 unissono nas claves? § — Onde se escreve 0 DO central na clave de Sol? 6 — E nas claves de D6? 7 — E nas elaves de Fi? EXERCICIOS 1 —Determinar se as notas dadas se encontram acima ou abaixo do Dé central. Cem, aboimo a BS ont wo ‘Mopfte rot 2 — Eocrever a seguinte melodia nas claves antigas de soprano, meio-soprano fe contralto. CAPITULO VI DIAPASKO NORMAL — ESCALA GERAL (REGIAG CENTRAL © EXTENSAO DAS VOZES NA ESCALA GEKAL) T — Diapasio normal, Chama-se diapasio normal a nota li que se escreve no 2.° espago da. pauta (lida com a claye de sol), @ que funciona como base de afinagio para os instrumentos da orquestra. Diapasio normal: I — Eseala geral. Chama-se escala geral o conjunto de todos os sons musicais que o ouvido pode classificar e analisar, Compreende 97 sons, sendo o mais grave o 5.° dé abaixo do diapasio normal e o mais agudo, o 4.° dé acima do mesmo diapasio, Para que se possa designar a altura exata dos sons, sem auxilio da pauta e das claves, dé-se a cada nota um niimero de ordem. Para essa mumeracéo usa-se 0 seguinte processo: 8) dé-se um niimero a cada nota Dé da escala geral. Assim 0 5° D6 abaixo do diapasio normal (0 som mais grave dessa escala) é designado da seguinte forma: Dé-2 (lé-se Dé menos 2). O Dé imediatamente supe- rior a éato sord 0 Dé 1, ¢ oo oubsegientea: Dé1, Dé2, Déd, Dos, Dé5, DvO, e D67 (0 som mais agudo da escala geral). ‘b) cada uma das.8 oitavas da escala geral recebe um ntimero, cor- respondente & nota Dé com a qual ela comeca. PRINCIPIOS BASICOS DA MOSICA PARA,A JUVENTUDE n ‘Teremos, entio, as citavas assim numeradas: 88 — 2 (do Dé-2 ao Dé6-1) 8 —1 (do Dé-1 ao D61) 8* 1 (do Dé1 a0 D62) 88 2 (do Dé2 ao D638) 8 8 (do D563 ao D6 4) &* 4 (do Dé 4 ao D565) 88 5 (do D65 a0 D66) 8" 6 (do D6 6 a0 D67) ©) tédas as notas compreendidas dentro de cada 8., serio desig- nadas pelo seu nome seguido do nimero correspondente & 8.* dentro da qual se encontram. As notas contidas dentro da 8.93, por exemplo, sero assim numeradas: D63, D6 § 3, R63, Ré $ 3, MIS, FAB, ete. © Dé68 6 chamado Dé central por ser a nota que se acha exatamente no meio da eseala geral. De acérdo com a altura dos sons, a eseala geral se divide em cinco resides: regidio sub-grave (ou gravissima) — comecando no Dé6.2 ¢ terminando no Dol grave — comegando no D61 ¢ terminando no D62 io média — comegando no D62 e terminando no Dé4 ido aguda — comegando no Dé4 e terminando no D65 Yogiio super-aguda (ou agudissima) eomegando no Dé5 e terminando no D6T Como vimos, as regides sub-grave, média e super-aguda percorrem duas oitavas; as regides grave e aguda, percorrem apenas uma 8." II — Regio central e extensio das vozes na escala geral. As 3 regides, grave, média e aguda formam a regiio central. Esta iio abrange assim, quatro oitavas (inicia-se no D6 1 e termina no D6 5) e dentro dela se enquadram a extensio de todas as vozes e a ex- tonsfio dos prineipais instrumentos de corda, ‘Vejamos a extensio das vozes na eseala geral: PRINCIPIOS BASICOS DA MUSICA PARA A JUVENTUDE 30 a MARIA LUISA‘DE MATTOS PRIOLLI . a cea ° Vozes mascutinas a Baixo — do Fal ao R63 Baritono — do Lal ao Fad Tenor 158 a0 LAD Vozes femini: Contralto — do Fa2 ao Ré4 Meio-soprano — do L42 ao Fad Soprano — do Dé8 ao Lad (Observa-se, perfeitamente, pela numeracio, a diferenca de uma| 84 enlre as vores correspundentes) . Como vemos, a extensio das vozes se acha compreendida na regizo central, isto é, do Fal ao Lad. ‘Também as claves pertencem as diferentes regides (grave, média axuda) da regido central: as claves de Fé na 8. linha e na 4. linha ser- vem para a regio grave; as claves de Dé na 29, 8. ¢ 4 linha, para d ExTENSHODAS vo2tS wa ESCRLA GERAL regiao média; a clave de Dé na 1 linha e a clave de Sol, para a ane regiéo aguda. SS S 2 ay A numeracdo dos sons da eseala geral di on.” 1 a se ot guiinte nota por ser esta a nota com que se inicia a res oS giao central. Det c Esta nota correspeade também & eorda mais grave do violoncelo (instrumento que figura como baixo no quarteto de cordas). B, pois, a regido central, 2 regio mais importante da escala geral. Toda a escala geral pode, também, ser escrita apenas na clave de Fa na 4.* linha e na clave de Sol, com: auxilio,de linhas suplementares ¢ com a linha de 8 © instrumento que pereorre toda a escala geral é 0 grande 6rgio, 0 instrumento que emite com maior clareza o D67 (ultima nota da eseala geval) 6 © flautim, “0 MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI QUESTIONARIO VII 1 — Qual é a nota que recebe © nome de diapasio normal? — Porque? 2 — Que € escala geral? 3 — Quantos sons compreende a escala geral? 4— Quantos sio os sons naturais e quantos sio os sons alterados? § — Qual 60 som mais grave dessa escala? 6 — EK 0 som mals agido? 7 — Como podemos dosignar a altura exata dos eona com auxilio da pauta c das claves? 8 — Eapll= ‘que como se faz a numeragao da escala geral. 9 — Por que raziio 0 Dé3 se eha- ma D6 central? 10 — Quantas e quals sio as regiées da escala central? 11 — Determine onde comeca e termina cada regio. 12 — Quals sio as re- ides que pereorrem duas oitavas? 13 — Quals so as regides que percorrem uma oltava? 14 — Quals sio as regiées que formam a regiio central? 15 — Onde se inicia e termina esta regido, e quentas oltavas abrange? 16 — Em. ‘que reziao se enquadra 0 conjunto de tédas as vores? 17 — Determine a exten- ‘sao des vozes masculinas dentro da escala geral. 18 — Determine a extensio das vozes femininas. 19 — A que regio pertencem as claves de Fi na 3* ena 49 linha? 20 > Quais as claves da rogiio média? 21 — E as da regiao aguda? 32 — vor que razuo da-se 0 niimero 1 20 D6 que se escreve na 2.* linha suple- mentar inferior, na clave de Fé na 4° linha? 23 — Qual a regio mais impor tante da escala geral? 24 — Qual o instrumento que percorre téda essa escala? 25 — Qual 0 instrumento que emite com maior elareza 0 DOT? EXERCICIOS 1 — Escreva 0 D63 (D6 central) nas claves de D6 na 1 linha, Dé na 34 linha, FA no 3° linha e Fé na 4 linha, Merete 2 —Escreva na clave de Sol as seguintes notas: Ml%, S013, Si, D63, R64, Lid e Fad, 3 — Esereva na clave de Fi na 4 linha: D62, S012, Dé3, Ré3, Laz, Lal, Fas, Sil, Del. CAPITULO VIL NOTAS ATRATIVAS (SUA RESOLUGAO NATURAL) Chamam-se notas atrativas (ou notas de movimento obrigado) Aquelas que pedem resolucio sébre outra determinada nota, As principais notas atrativas si 2) VII grau (sensivel), que pede resolugao ascendente para a tonica; b) 0 IV grau ( subdom ), que pede resolucio descendente para o HI grou. ‘Vejamos as notas atrativas de Dé maior e suas resolugdes: | Bsses dois graus (VII e TV) s6 tém, entretanto, tendéncia atrativa quando ouvidos simulténeamente, pois formam intervalo harménico ais- onante, isto é, uma 4: aumentada ou a sua inverse, 5 diminuta, As hols que serve de resoluedio formam intervalo consonante. Deduz-se dai que, téda dissonancia tem resolugio natural sobre uma consonancia. A nota atrativa 6, pois, quase sempre, parte integrante de uma dis- honéneia, ¢ 0 fato de resolver sdbre outra nota 6, justamente, para so hproximar de uma consonancia. MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI QUESTION ARKO VIII 1 — Que sio nolas atrativas? 2 — Quais so as principais notas atrativas © suas resolugées? 3 — Que Intervalos formam essas notas atrativas quando| oavidas simultinesmente? 4 — Sobre que intervalos resolver? EXERCICIOS Dé as notas atrativas (em intervalo harménico) ¢ suas resolugdes naturais, dos segutntes tons: Sol maior, Ré menor, Lé menor, Fa maior e Si menor. CAPITULO VII ACORDES (GEXERALIDADES — DIFERENCA ENTRE 0 BAIXO-E A FUNDAMENTAL = KORMACAO DOS ACORDES EM GERAL — ESTADOS DOS ACORDES — INVERSAO DOS ACORDES — ACORDES DE 3, 4 E 5 SONS; SUA FORMACAO | SUA COLOCAGAO NAS ESCALAS MAIORES E MENORES — ORDEM E PO- AICAO DAS NOTAS DO ACORDE, DUPLICACAO E SUPRESSAO DE NOTAS — AUORDES CONSONANTES E DISSONANTES — ANALISE DOS ACORDES). 1 — Generatidades: Vi-29 © nome do aeorde ao conjunto de vens ouvides eimullénea Iwonte, @ cujas relacdes de altura sio determinadas polas leis da Ntureza. Os acordes sio formados por grupos de 8, 4 e 5 sons. ac. de 5 Aon. acde 32m» acde 40m Convém observar que os sons que formam os acordes so diferentes. Vojamos os exemplos dados acima: sol — si r8 + 8 sons sol — si — ré — fa 4 sons sol — si — ré— fa — 1d 5 sons Kintretanto, podemos, num acorde, repetir qualquer das suas notas, ima ou mais vézes. Porém, para classificar 0 acorde, como sendo de 3, 40 5 sons, contam-se apenas os sons diferentes. As notas repetidas cha- MWum-se notas dobradas. “4 MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI PRINCIPIOS BASICOS DA MUSICA PARA A JUVENTUDE 6% ac. dedarm., ac de 4 rom. Quando as notas do acorde aparecem colocadas em 3. superpost diz-se que 0 acorde esté em posicio primitiva (ou posigéo natural). No exemplo seguinte as notas dos acordes nfo estiio em 3. super postas, logo, os acordes nao esto em posigéo primiti ‘I — Diferenca entre o baixo ¢ a fundamental: A nota mais grave do acorde (seja qual for a sue posicao) cham: fe baixo. 11) fF Brixo Brio Briso Beno Baixo Quando o acorde se encontra em posi¢io primitiva (3% superpostas| © baixo recebe 0 nome de fundamental. ‘A fundamental 6, pois, a nota bésica, a nota que dé origem ao acor- Jo; assim sendo, a fundamental é a nota mais importante do acorde. | lod ForpamenraL Fwd. Funp. Quando 0 acorde esté em posigio primitiva o baixo e a fundamental io a mesma nota, eonforme podemos verifiear no exemplo anterior. No exemplo abaixo os acordes nao estéo em posicéo primitiva. Procuraremos, entio, quais as notas correspondentes ao baixo ¢ & fundamental. Fura. Baixo Baixo Como vimos, 0 baixo é a nota mais grave do acorde, seja qual for a jun posigao; 2 fundamental é a nota basica, ¢ para encontréla devemos (olocar © acorde em 3.6 superpostas, II — Formagio dos acordes em geral: As notas do acorde que se encontram acima da fundamental, sio loxignadas pelo niimero correspondente ao intervalo que formam, res pectivamente, com a fundamental, Acordes de 8 sons: fundamental — 8. e 5. Acordes de 4 sons: fundamental — 88 — 58 — 78. Acordes de 5 sons: fundamental — 88 — 5.8 — 74 — 94, ac. de dam, ae de 4 ton. # Fons. Foxp. Fuwp. 46 MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI IV — Estados dos acordes: Os acordes'tém-dois estados: fundamental — quando o baixo e-a fundamental sio a mesma nota, dl estado invertido — quando a fundamental néo ¢ 0 baixo, isto é quando 0 baixo é uma nota e 2 funda- mental é outra nota. Exemplo: 1 Est.Fun>. Est. wvearipo Est, wvertivo ea Fone goa ¢ v To Few. Bair Baixo Bao V — Inversio dos acordes: Acordes de 3 sons Os acordes de 3 sons tém 2 inversdes: A inversdo ......66. 8.4 no baixo * inversio .. 5." no baixo Est.rora. Tin, BP any. PRINCIPIOS BASICOS DA MUSICA PARA A JUVENTUDE a Acordes de 4 sons Os acordes de 4 sons t8m 8 inversées: 1* inversdo 34 no baixo 2.4 inversion 8 na baive, 3." inversio . no baixo Exemplo: Est.ro. 4%ien 3*inv. 3° inv. == = ca # Acordes de 5 sons A caracteristica dos acordes de 5 sons 6 0 intervalo de 9.* (intervalo compost) que se encontra entre a fundamental e a iiltima nota. Assim sondo, seja qual for a sua inversiio 6 obrigatério conservar éxse intervalo (de 9.9), ou seja, é preciso colocar sempre a 9.* acima da fundamental. Por ésse motivo, s6 podemios colocar como baixo nas inver- hoes, a 5.8, ab. e a 7.8, A 9.9 nao pode figurar como baixe, pols se 0 f- sermos nfio serd possivel conservar o intervalo de 9%, isto 6, manter a 9." sempre acima da fundamental. Logo, os acordes de 5 sons também tém 8 inversées, uma vez que a 4 inversio (com a 9." no baixo) é impratiedvel. 1.4 inversio 2. inversdo 3.8 inversio ++ 84 no baixo sess BA no baixo T* no baixo Exemplo: Est.Foxo. = 8 MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI QUESTIONARIO Ix 1 — Que 6 acorde? 2 — De quantos sons podem ser 0s acordes? 3 — Quando que um avorde estsi em posiciio primitiva? 4 — Que outro nome tem a posigiio, peimitiva? 5 — Como se chama a nota mais grave de um acorde? 6 — Qual 6 8 nota do acorde que toma o nome de fundamental? 7 — Quando o acorde nfo ‘est na posigéo primitiva como devemos proceder para encontrar a fundamen- tal? 8 — Qual a formaciio das acordes de 3 sons? 9 — E dos acordes de 4 sons? 10 — E dos acordes de 5 sons? 11 — Quantos estados tm os acordes? 12 — Quando 6 que o acorile est no estado fundamental? 13 — E no estado in= vertido? 14— Quantas inversdes tom os acordes do 3 sons? 15 — Como podemos conhecer cada inversio? 15 — Quantas inversdes tém os acordes do 4 sons? 17 — Quais sio as notas que constituem o baixo de cada inversio, respectiva. mente? 18 — Qual é 0 intervalo que caracteriza os acordes de 5 sons? 19 — Quala as noias que podem setvir de baixo quando invertemos os acordes de 5 sons? 20 — Por que razio a 9 nfo pode figurar no batxo? 21 — Quantas inversbes tam os scordes de 5 sons? EXERCICIOS 1 — Coloque 08 acordes em posicio primi Pos. Primine =} =A MopéLo 2 — Determine o balxo e a fundamental: ore tetepr tl as Mootvo 3 — Inverta os seguintes acordes: fiw. Pin, 2. soe g 3 a Mopero a) PRINCIPIOS BASICOS DA MUSICA PARA A JUVENTUDE 49 b) ’ OP gag al 4— matque o batxo, 2 fundamental e determine o estado: VI — Acordes de 3 sons: De acérdo com a classificagdo dos intervalos com que sio formados 0 ncordes de 3 sons chamam-se: 4) acorde perfeito maior b) acorde perfeito menor ¢) acorde de 5.* diminuta d) acorde de 5.* aumentada Acorde perfeito maior: Formagéo: 8.8 maior e 5.* justa, 0 MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI PRINCIPIOS BASICOS DA MOSICA PARA A JUVENTUDE 8. B encontrado nos seguintes graus: Acorde de 5." diminuta: I—IV—V........, escalas maiores Formagio: 3.* menor e 5.* diminuta VA VI... eesse+ esealas menores teenie: Exemplo: Beh ¥ encontrado nos seguintes graus: VIL ceeeeeeccseeessee 8ealas matores VI... escalas menores Acorde perfeito menor: Exemplo: Formacio: 3.4 menor ¢ 5.* justa Exemplo: x F encontado nos seguintes graus: | Tl — MM —V1...... esealas.maiores | I—.W. = escalas menores Exemplo: Acorde de * aumentada: Formagio: 8.8 maior e 5.* aumentada. ‘Fxempla: Spc el 5a MARIA’ LUISA DE MATTOS PRIOLLI B encontrado exclusivamente no seguinte grau: DD — speeseave escalas: menores Exemplo: Observacio: Os acordes perfeito maior e perfeito menor sio assim de- nominados por serem ambos formados com 5.* justa (consonancia per- feita). Sdmente a 3. difere, um tem 8° maior ¢ o outro, 3.8 menor. Da qualidade dos sous intervalos & pois quo so formam as donominagées: perfeito maior e perfeito menor. © nome dos acordes de 5.* diminuta e de 5.* aumentada é dado de acérdo com o intervalo formado pela fundamental e a sua tltima nota. Acordes de'4 sons Os acordes de 4 sons séo 3. Para denominé-los observa-se: o inter- valo formado pela fundamental e a sua dltima nota (intervalo de 7.*), também 0 grau da escala em que se encontram. Bsses acordes sio: a) acorde de 7.* da dominante b)_ acorde de 7.* da sensivel ©) acorde de 7.* diminuta (também chamado acorde de 7.* da sen- sivel do modo menor). Acorde de 7.* da dominante: Formacéo: 3 maior, 5.4 justa, 7. menor. ree Exemplo: PRINCIPIOS BASICOS DA MOSICA PARA 4 JUVENTUDE B encontrado no seguinte gran: 'V (dominate): — escalas maiores ¢ menores, Exemplo: Boole Acorde de 7.* da sensivel: Formacio: 3.8 menor, 5.* diminuta e Exemplo: * menors s. B encontrado no seguinte grau: ‘VII (sensivel): escalas maiores. Exemplo: oe wr Acorde de 7.* diminuta (ou 7.* sensivel do modo menor): | menor, 5.* diminuta © 7." au MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI PRINCIPIOS BASICOS DA MOSICA PARA A JUVENTUDE 85 F encontrado no seguinte grau: Acorde de 9. menor da dominante: ‘VII (sensivel) .. escalas menores. Formagio: 3.* maior, 5.* justa, 7.8 menor e 9. menor Exemplo: Boe Acordes de 5 sons Os acordes de 5 sons sio 2, Para denominé-los observe-se: 0 inter- valo formado pela fundamental e a sua ltima nota, e ainda, o grau da escala em que se encontram. V (dominante) .... B encontrado no seguinte grau: sess escalas menores Besos scordes ako: Exemplo: a) acorde de 9. maior da dominante b) acorde de 9.* menor da dominante =e ‘Acorde de 9* maior da dominante: oe = ‘Formagio: 3.* maior, 5.* justa, 7. menor e 9.* maior QUESTIONARIO X 1 — Como se chamam os acordes de $ sons? 2 — Qual a formacio do acorde Pertelto mafor? 3 — Em que erans é encontrado? 4 — Qual a formacio do acor- lip perfeito menor? § — Onde se encontra ésse acorde? 6 — Por que raziio se #hamam perfeitos ésses acordes? 7 — Qual a formac&o do acorde de 5% dimi- Huta? 8 — Onde & encontrado? 9 — Qual a formagio do acorde de 5.* aumen- (wa? 10 — Onde € encontrado? 11 — Quantos sio os acordes de 4 sons? Hi — 0 que devemos observar para denomin4-los? 18 — Como se chamam éss03, oe Avordos? 14 — Qual a formaedo de cada um déles e em que graus se encontram? 1) — Quantos sio os acordes de 5 sons? 16 — Como se chamam e em que graUus B encontrado no seguinte grau: W# encontram os acordes de 5 sons? Exemplo: gm ‘V (dominante) . + escalas maiores EXERCICIOS = Formar todos os acordes de 3 sons nas seguintes escalas:.Sol malor, Fi maior, LA maior, 81 } menor, Ré menor, Mi menor, e Dé § menor. Sidi. x Exemplo: ene PM BIL Pern: e ES am MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI # encontrado no seguinte grau: VIL_(sensivel) escalas_menores, Acordes de 5 sons Os acordes de 6 sons siio 2. Para denomin4-los observe-se: 0 inter- valo formado pela fundamental e a sua iiltima nota, e ainda, o grau da escala em que se encontram. Esses acordes sf a) acorde de 9," maior da dominante b) acorde de 9.8 menor da dominante Acorde de 9.* maior da dominant | Formagio: 3." maior, 5.* justa, 7. menor e 92 maior Exemplo: gm Sia # encontrado no seguinte grau: V (dominante) .... escalas maiores Exemplo: PRINCIPIOS BASICOS DA MUSICA PARA A JUVENTUDE 55 Acorde de 9.* menor da dominante: Formacio: 38 maior, 5.* justa, 7." menor e 9.* menor ‘Exemplo: Fe. encontrado no seguinte grau: V (dominante) .... Exemplo: sess eSealas menores =o? y QUESTIONARIO X 1 — como se cnamam os acoraes de $ sons? z— qual a tormagio do acorde Jrtelto maior? 3— zm que graus é encontrado? 4 — Qual a formagio do acor- We pertelto menor? 5 — Onde se encontra ésse acorde? 6 — Por que razio se thamam perfeltos ésses acordes? 7 — Qual a formagio do acorde de 5* dimi- uta? 8 — Onde ¢ encontrado? 9 — Qual a formagio do acorde de 5° aumen= udu? 10 — Onde 6 encontrado? 11 — Quantos so as acordes de 4 sons? — 0 que devemos observar para. denomind-los? 13 — Como se chamam @sses Acordes? 14 — Qual a formagio de enda um déles ¢ em que graus se encontram? Ih — Quantos sio os acordes de § sons? 16 — Como se chamam ¢ em que graus fo encontram os acordes de 5 sons? EXERCICIOS = Formar todos os acordes de 3 sons nas seguintes escalas: Sol malor, Fi maior, Lé maior, Si} menor, Ré menor, Mi menor, e DS ¢ menor. cso Sede. Bow BIE BIB. Bom d ITrgrrrima 56 MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI % — Formar todos os acordes de 4 sons nas escalas de: Sol maior, Dé menor, 8 b malor, S1 menor, Fé ¢ maior ¢ F4 menor. 3 Formar todos os acordes de 6 sons nas escalas de: F4 mator, Dé ¢ menor, Ré malor, Si } menor, Mi } menor @ Fé ¢ menor. 4 — Formar os seguintes acordes: a) perfeltos-matores de Ré maior >) Perfeitos-menores de Fé maior ©) acordes de 5. diminuta de Sol menor 4) corde de 5.* aumentada de Dé menor @) acorde de 7.° da dominante de Fa $ menor £) ncorde de'7* da dominante de Lé } malor €) acorde de 7.* da sensivel de Mi malor 1B) acorde de 7° diminuta de R6é menor 4) acorde de 9.* maior da dominante de 81 malor ) acorde de 9." menor da dominante de Sol ¢ menor. 5 — Classiticar, inverter © determinar as esealas em que se encontram os seq guintes acordes: Conforme a sua disposicéo as notas de um acorde sio colocadas em} direta ordem ou indireta # direta quanda as notas do aenwle chedecem A disposighn suceasiva dos intervalos que o formam. Exemplo: Estruxn. Pin Piny, de. de $row. (onnemnieera) PRINCIPIOS BASICOS DA MUSICA PARA A JUVENTUDE at Acorde de 3 sons em ordem direta: Estado fundamental. ........ — 38 0 5S UB ANVOTSHO .......seeeeeeeseteeeeeeesreeeeeeeee BM 0 68 2H inversGo ........60000005 or Observagio: os intervalos so sempre contados a partir do baixo. A ordem 6 indireta quando as notas do acorde niio obedecem a essa Ainposigao. Exemplo: ESt.rows, Pine BPisen * = ede 320mm Somme inniner ey = Os acordes de 4 e 5 sons também podem aparecer em ordem direta ou indireta. Os acordes também podem estar em: unida (lambém chamada estreita) posigio ou afastada (também chamada larga) Exemplo: won B_ LARA Pianeny Bumon Bat Bompn Parca Pumpa B.tarsr 2a Poninn uo 38 MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI Observagio: Os acordes de 8 sons quando esto em ordem direta estiio sempre em posigio unida; quando estio em ordem indireta esto em posicéo larga. Os acordes de 4 e 5 sons quando esto em ordem direta esto sempre em posigio unida; quando esto em ordem indireta podem estar, indife- rentemente, em posigév unida ou larga. VIII — Duplieagio e supressio de notas Em qualquer acorde pode-se duplicar ow suprimir qualquer nota, sem que éste acréscimo ou esta supressio venha modificar a qualidad ou a clessificagdo do acorde. ‘A duplicagéo de notas também se chama dobramento. Exemplo de acordes com notas dobradas: _ Exemplo de acordes com supressio de notas: Observagio: a duplicagéo ¢ supressio de notas nos acordes seri estudadas detathadamente em Harmonia. ‘Nos acordes de 8, 4 e 5 sons evita-se, geralmente, o debramento da: notas atrativas. ‘Também 6 costume evitar-se a supressio de notas atrativas. Assim sendo, no acorde de 7.* da dominante suprime-se, de preferéncia, a 5: nos acordes de 7.° da senstvel e 7.° diminuta, suprime-se, geralmente, a 3.4 e nos acordes de 9.4, suprime-se a 5.%. QUESTIONARIO XI 1 — Como pode ser a ordem das notas de um acorde? 2 — Explique quando a ordem ¢ direta ou indireta. 3 — Ea posigie das notas, como pode ser?) 4 — Qual a posicdo das notas quando o acorde est em ordem direia? 5 — Possivel duplicar ou suprimir notas dos acordes? 6 — Como se chama a dupli- PRINCIPIOS BASICOS DA MOSICA PARA A JUVENTUDE 59 taclio de notas? 7 — Quais sio as notas que, geralmente, nao devem ser dobra ax ou suprimidas? 8 — Qual a nota que, de preferéncia, se suprime no acorde Wo 7* da dominante? 9 — E nos acordes de 7 da sensivel ¢ 7.* diminuta? 1 nos acordes de 9% maior e menor da dominante? EXERCICIOS | — Determine a ordem, a postedio das notas e o estado dos seguintes acordes: = mopive § — Classifique os acordes do exercicio anterior. IX — Acordes consonantes ¢ dissonantes. De acérdo com os intervalos que os formam, 0s acordes se classifi- ‘tm como: consonantes ¢ dissonantes. Séo consonantes aguéles formados simente por intervalos eon- Honantes. perfeito maior ‘acordes eonsonantes perfeito menor Sao dissonantes aquéles que contém um, ou mais, intervalos disso- Mantes. Todos os acordes dissonantes possuem notas atrativas, e, por ésse Motive, pedem resolugio. 58 diminuta 78 da dominante TS da sensivel 72 diminuta 9 maior da -dominante 9% menor da dominante acordes dissonantes Nota: O acorde de 52 aumentada também 6 dissonante, porém, tomo & dissonante artificial (conforme verificaremos mais adiante undo estudarmos a origem dos acordes) deixamos de inclui-lo entre os Hlomais acordes dissonantes. cy MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI X — Anilise dos acordes: Exemplo: Acorde de 6.* aumentida; estado funda- mental, ordem diveta; posigio unida; dis sonante artificial; encontrado no III graw de Ré menor; invers6es: * QUESTIONARIO XIE 1 — De aotrdo com os intervalos que os formam como se classificam | acordes? 2 — Quando 6 que sio consonantes? 3 — Quals silo os acordes nantes? 4 — Quando 6 que sio dissonantes? 5 — Quals so os acordes disso~ nantes? 6 — De que espécie 6 0 acorde de 5. aumentada? | EXEROLOI0S | 1 — Classificar os seguintes acordes e dizer se sio consonantes ou dissonant Pe | 2 — Formar os seguintes acordes: a) 5* diminuta do VII grau de Ré menor b) 7 da dominante de Sol mator ©) 9* maior da dominante de Ré menor 1) 88 diminuta do VII erau de FA maior 1) TS diminuta de 74 menor 3) TS da sensivel de 61 maior. 3 — Analisar os seguintes acordes: oe CAPITULO IX FORMACAO DO SOM Se tomarmos um corpo elistico qualquer, uma corda de tripa, por exemplo, se a esticarmos e a deixarmos sbbitamente, ela faré movimento para cada lado e voltaré & sua posi¢do primitiva. Ba éste movimento que te dé 0 nome de vibragdo, © movimento compreendido entre a posigio de repouso © a 1.* volta a essa posigéo 6 uma vibragio simples. Quando a corda faz dois d@sses movimentos consecutivos temos uma vibracdo dupla. Exemplo: Vinnagie Bur, Vinersiio Simpets Posigho ‘ae nereuso Em tempo determinado, um certo nimero de vibragées origina a for- magic de um som, O som 6, pois, um fenémeno vibrat6rio; é a impressfio auditiva que resulta des vibragdes isécronas dos corpos elésticos. O som, propriamente dito, ou seja o som musieal, é produzido por Vibragdes periddicamente regulares. As vibrages irregulares produzem 6 ruido (o trovéio, o marulho das éguas, queda de um corpo, etc). a MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI Vianactes Reoutares (Bom) a i id VinnacSes Lun ecuranes (Reivo) Quando uma corda 6 posta em vibracao, cada metade, cada terco, cada quarta parte da corda produz vibragdes pareiais ao mesmo tem que vibra a corda inteira, Cada fragmento vibrante da corda produz, por sua vez, sons parci que acompanham o som principal (ou som gerador), ou seja, 0 som qu 6s ouvimos. Esses sons parciais sio chamados sons harménicos ou sons concomi tantes ¢ quase que imperceptiveis na sua maioria, A existéncia désses sons parciais foi provada por Mersenne ¢ expli eada por Sauveur, ambos fisicos franeéses, em Paris (1701). © som possi 3 propriedades que 0 definem: altura, intensidad e timbre. ‘A altura consiste na maior ou menor ¢levagio do som, ¢ depende d mafor ou menor niimero de vibragSes executadas num tempo dado. Quanto mais répidas forem as vibragies, isto é quanto maior { © seu niimero, mais agudo seré o som; inversamente, quanto mais lent forem as vibragdes, menor o seu ntimero e, portanto, mais grave serd o som, 0 som musical mais grave que 0 nosso ouvido pode pereeber e ana- lisar é 0 que resulta de 16 vibragdes duplas (ou 32 vibracdes simples) por segundo, ¢orrespondendo 20 Dé-2 € dado pelo tubo de 82 pés do grande 6rgio; 0 mais agudo 6 0 de 4.100 vibracées duplas (ou 8.200 vibragies, simples) por segundo, ¢orrespondendo ao Dé7 ¢ dado com absoluta cla~ reza pelo Tlautim, Contudo, até 4.224 vibragdes duplas (ou 8.448 vibragées simples) por segundo os sons tém ainda carater musical. Acima ou ahaixo dos li- mites ‘citados os sons,perdem sua qualidade musical ¢ so considerados ruidos. A intensidade consiste no grau de forga com que se apresenta o som € depende da amplitude das vibragses. Quanto mais amplas forem as vibragdes, mais forte sera o som. PRINCIPIOS BASICOS DA MUSICA PARA A JOVENTUDE 3 © timbre depende do ntimero de harménicos que acompanham 0 som jorador e da sua ordem mais ou menos regular. © timbre é a personalidade do som, Se ouvirmos um mesmo som pro- uzido por vores ou instrumentos diferentes, é por meio do timbre que yocotihecemos esta ou aquela voz, ou ainda qual o instrumento que 0 produziu. QUESTIONARIO XIII 1 — Que é vibracio? 2 — Que é vibracio simples? 3 — Que é vibracio Gupta? 4 — Que é som? § — Qual a iferenga entre som ¢ ruide? 6 — Que é tom cerador? 7 — Que so sons parciais? 8 — Que outro nome tém os sons par tials? 9 — Quais so as proprledades do som? 0 — Em quo consisie ¢ depende ‘altura do som? 11 — Qual o som mals grave que podemos perceber ¢ quantas Vibrag6es tem? 12 — E qual 0 mals agude? 13 — Em que consiste ¢ depende & Jntensidade do com? 14 — Pale sdbre’o timbre. (SUA FORMAGAO — ORIGEM DOS INTERVALOS CONSONANTES E DISSONANTES — ORIGEM DOS ACORDES) SERIE HARMONICA CAPITULO X I — Série harm@nica (formagio). ‘Ao conjunto de sons que acompanham um som gerador (ou som: fundamental) d4-se o nome de série harmonica. © némero de harménicos de um som gerador é indeterminado. Se, por exemplo, fizermos vibrar uma corda cujo som produsido soja ‘D61, a série harmonica seri a seguinte: es (ea Gtenceal Pelo exemplo dado vemos que aordem dos harménicos 6 a seguinte: do 1.° harménico para 0 do 2° do 3° do 4° do 5° do 6° do 72 do 8° do 9° ° ° ° ° ° ° ° ° Pisa BO ae ao... BPxeys 6°... 7 ge 9° 10° . 84 justa 5A juste 43 justa 3 maior 3 menor 34 menor 2.8 maior 28 maior 28 maior PRINCIPIOS BASICOS DA MUSICA PARA A JUVENTUDE 6 Quanto mais os harménicos se afastam do som gerador mais impre- F] cisos © dissonantes se tornam os sons. Sio considerados eonsonantes os 6 primeiros sons da série harmonica. ‘Exemplo: II — Origem dos intervalos consonantes ¢ dissonantes Observa-se que os 6 primeiros sons da série harmonica formam os Intervalos consonantes, ou seja, a 8.4 justa, a 5 justa, a 4 justa (con wonantes perfeitos), a 3. maior ¢ a 3.8 menor (consonantes imperfeitos). A 64 menor e a 6.4 maior, intervalos também consonantes (consonantes imperfeitos), sio respectivamente as inversées da 8° maior e da 8 menor. Os demais intervalos se encontram do 7° som harménico em diante 6 nio, por ésse motivo, considerados dissonantes. III — Origem dos acordes Na série harménica até 0 9.° som encontra-se 0 grupo de acordes ¢onsonantes ¢ dissonantes chamados naturais, ‘Vejamos: 6 MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI Acorde perfeito maior (consonante) — harménicos 4-5-6 Acorde de 5.* diminuta (dissonante natural) — harménicos 5-6- Acorde de 7° da dominante (dissonante natural) — harménicos 45-6-7 Acorde de 7.* da sensivel (dissonante natural) — harménicos 5-6-7-9 Acorde de 9.* maivr (dissonanle natural) — hurmOnteos 4-5-6-1-9, Com o abaixamento do 9.° som harménico (cujo som aproximado correspondente vem aparecer muito miais adiante, no decorrer da série) encontra-se a formacio do acorde de 7.* diminuta (com os mesmos sons: que formam 0 de 7.* da sensivel) e o de 9." menor da dominante (com 08 mesmos Sons que formam 0 acorde de 9.* maior), pois o abaixamento do) 9.° som harménico produz o intervalo de 7.* diminuta e o de 9." menor, Dos acordes que j4 estudamos, o tinico que nfo se encontra na série harménica é o acorde de 5.* aumentada, e é por ésse motivo considerado! acorde dissonante artificial. Quanto a0 acorde perfeito menor, que é consonante, alguns autor consideram-no formado pelos harménicos 6-7-9. Outros dizem ser a su: origem os harménicos 10-12-15. Consideramos mais clara e precisa a teoria de Hugo Riemann (cuj profundos conhecimentos do assunto ninguém contesta) sdbre a origer do acorde perfeito menor. Baseados nos seus largos conhecimentos de acistica provou Ht Riemann a existincia de ima série harmanien descandente (exatament com os mesmos intervalos da série ascendente) de um som gerador. E nos 6 primeiros sons harménicos (consonantes) dessa série, mira o acorde perfeito menor, formado também pelos harmdni- cos 45-6. Esta teoria sdbre a origem do acorde perfeito menor se encont. claramente exposta na “Teoria general de Ia Musica” e na “Historia d Ja Misica”, ambas “ed. Labor”, de H. Riemann. Vejamos @ste exemplo extraido da “Historia de la Musica” (pé- sina 169) de TMugo Riemann — edigo Labor. 1 =» Observem que os harménicos 4-5-6 formam o acorde consonant 14-do-mi, pert menor. PRINCIPIOS BASICOS DA MOSICA PARA A JUVENTUDE a Como vimos, essa teoria sobre a origem do acorde perfeito menor explica perfeitamente a sua origem, e dada a sua procedéncia nés a acei- tamos plenamente. QUESTIONARIO XIV 1 — Que ¢ série harménica? 2 — Qual 0 némero de harménicos que scom- panham o som gerador? 3 — Quais os intervalos que formam a série harménica [WUs 0 9. som? 4— Quais so os harménicos considerados consonantes? 5 — Fale bre a origem dos Intervalos consonantes ¢ dissonantes. 6 — Quais sio os Acordes dissonantes naturals? 7 — uals sio os eonsonantes? 8 — Quals os harméntcos que formam o acorde perfeito maior? 9 — Quais os harménleos que formam os acordes dissonantes naturais? 10 — Por que razio ¢ dissonante ar- lial o acorde de 5." aumentada? 11 — Fale sObre a origem do acorde per- feito menor. EXERCICIOS 1 — Forme a série harménica até 0 9.° som dos seguintes sons geradores: Sol, Fé, Lé, SL RS, Mi, Sip, Mp, DOE © Solg. 2— Forme todos os acordes encontrados nas sérles harmdnicas do exerciclo etm, Dissows MARIA LUL8A DE-MATTOS PRIOLLE 3 — Forme os soguintes acordes: &) corde perfelto malor da sérle harmonics de Fé D) acorde de 7 da Dominante da sérle harméniea de LA. acorde de 7 da sensivel da série hamménica de Li, scorde de 9* malor da dominante da série harménica de Mi, scorde de 5% diminuta da série harménica de Sly 1) acorde de 7* da Dominante da sérle harminiea de Ré CAPITULO XI COMPASSOS MISTOS — COMPASSOS ALTERNADOS I — Compassos mistos Dé-se 0 nome de compasso misto & reunidio de dois compassos dife- rentes executados simultaneamente, Quando escrito em misica para piano uma das mos executa um compasso, enquanto a outra executa compasso diferente, Também dois instrumentos tocando em eonjunto com compasses ai- forontos formam um compasco micto. Na execugio do compasso misto 6 indisponsivel que os primeiros tempos de cada compasso coincidam sempre. Exemplo: Vioui PrAwo 0 MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI I — Compassos alternados Compassos alternados sio aquéles formados pela reuniéio de dois ow trés compassos (de 2, 3, e 4 tempos) executados alternadamente. Os compassos alternados mais usados siio os de 6 e 7 tempos (exe cugio alternada de 2 compassos). Exemplo de um compasso de 6 tempos (execuefo alternada de um binério ¢ um ternévio) : Bix. Tenx. Bix, ‘Tra. S TEMPOS 1 _STEUROS _$ ‘Alguns compositores empregam as vézes 0s compassos alternados sem a linha pontilhada divis6ria. Exemplos: Se alternarmos 8 compassos (um de 2, um de 3, e um de 4 tempos) teremos um compasso de 9 tempos (menos usado que 08 de 5 e 7 tempos). ‘Ysses compassos alternados sfio também indicados por fragies ¢ tém’ ‘sua formacéo idéntica aos demais compassos, (Os compassos alternados podem ser simples ou compostos, conforme sejam oa compassos que os constituam. PRINCIPIOS BASICOS DA MUSICA PARA A JUVENTUDE am Servem como numerador das fragées dos compassos simples os ni- meros 5, 7 € 95 os denominadores so os mesmos dos demais compassos conhecidos. ‘Vejamos @ formagio dos compassos alternados simples. Compasso de 5 tempos (denominado quindrio): formado por um compasso binirio e um ternério, ou vice-verse. ‘Exemplo: torndrio e um quaternirio ou vice-versa. Exemplo: > Compasso de 9 tempos: formado por um quaternério, um ternério © um bindrio ou vice-versa. Exemplo: Se alternarmos compassos compostos teremos compassos alternados ¢ompastos. Assim sendo, cada compasso alternado simples tem o seu corres- pondente composto © vice-versa. © meio de encontrar ésses compassos correspondentes 6 0 mesmo nado para os demais compassos. a MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI PRINCIPIOS BASICOS DA MOSICA PARA A JUVENTUDE 2 Os numeradores das fraces dos compasses alternados compos- tos flo: Comrostos para o quindrio ...... - 15 x5) UT. Uc. para o septentirio . 21 8 x7) oo. para o de 9 tempos 27 (8 x 9) Quinirio Fall Quixinio i Lcomeosto: EPTENARID = aie ay esata a y conposto - Come. DE 9 Texros — = STEMPOS epee Observa-se que, sdmente 0 quindrio composto e o septendrio simples ‘ (ComnPoso) {im unidade de compasso, Como vimos, pelos exemplos dados, a acentuagio forte dos tem) recai no 1° tempo de cada um dos compassos que entram na form: dos compassos alternados. Unidades (de tempo e compasso) dos compassos alternados simpl ¢ composts: SIMPLES vt. ue. IQUINARIO PTENARIO UT ve. cee 9 TemPos QUESTIONARIO XV 1 — Que é compasso misto? 2 — © que so torna indisponsivel na execugiio ‘tos compassos mistos? 3 — Que ¢ compasso alternado? 4 — Quais so 0s com esses alternados mals usados? § — Como siio indleados os compassos alterna~ do? 6 — Quais so os numeradores das fragGes dos compassos alternados sim- ples? 7 — E quals sio os denominadores? 8 — Como 6 formado um compasso (uinario? 9 — x 0 compasso septendrio? 10 — E 0 compasso de 9 tempos? M1 — & possivel alternar compasscs compostes? 12 — Qual o melo de encontrar # compassos alternados correspondentes? 13 — Quals os numeradores de tra- (W6es dos compassos alternados compostos? 14 — Onde recai a acentuacio forte (lon tempos nos compassos alternados? 15 — Quals sio os compassos alternados que tem unidade de compasso? EXERCICIOS8 1 — De exemplo dos seguintes compassos alternados indicando as acentuagbes fortes: a) quinério simples 1») septenario simples ” ARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI ©) quinario compasto @) septenério eomposto CAPITULO XII €) compasso simples de 9 tempos £) compasso composto de 9 tempos. . ENARMONIA — Determine as seguintes unidades: (NOTAS — INTERVALOS — ESCALAS — ACORDES ENARMONICOS). a) ‘unidade de tempo do compasso 7/8 I — Notas enarménicas ) unldade de tempo do compasso 5/18 © unldade de compasso do compasso de 7/8 Chama-se enarmonia a relagio entre 2 sons cuja diferenga de altura, @) unidade de compasso do compasso Hyorosamente matemética, soja uma coma, do de 15/4. 4 A ite tic a No sistema temperado entretanto, passaram a chamar-se enarmd- fleas as notas de altura perfeitamente igual nos instrumentos de som | fixo, porém, com nomes diferentes, tais como: Réh - Dé 3; Mig - Fa; ete. Hxemplo: COTAS ENAUMGNICAS $= II — Intervalos enarménicos Podemos enarmonizar um intervalo fazendo enarmonia de um# ou Ambas as notas do intervalo. Exemplo: Enarmonizando a 1. nota (enarmonia parcial) : 3M Bhim. Rnarmonizanda a 9.4 nota (enarmonia parcial) + go 6 MARIA LUISA DE MATTOS PRICLLI Enarmonizando ambas as notas (enarmonia total) : 3° BP dim. ae Convém notar que, se apenas uma nota fér enarmonizada o inter« yalo muda de classificacio; se ambas as notas forem enarmonizadas 0 intervalo poderé mudar ou conservar sua classifieacio. II — Esealas Enarménicas ‘Sabemos que h4 em cada modo 1 eseala sem armadura (escala mo délo), T escalas com na sua formagio e 7 escalas com bembis. Essas $0 escelas (15 de modo maior e 15 do modo menor) tém, t6~ das, nomes diferentes, porém, nem tédas tém entoacio diferente. No modo maior tém a mesmo entoacio as seguintes escalas: Si Maior e Dé 5 Maior; F& ¢ Maior e Solp Maior; D6 & Maior e RE Maior. ‘No modo menor tém a mesma entoacio: Sol ¢ menor e La ) menor} RE monor e Mi} menor; La } menor € St menor. Bssas esealas de nomes diferentes ¢ com a mesma entoagio séo chi madas — esealas enarménicas. Pela enarmonia ficam as escalas reduzidas a 24 (quanto A entoy 80): 12 para 0 modo maior ¢ 12 para 0 modo menor. ‘A enarmonia estabelece um parentesco mais ou menos diveto emt os tons afastados, e & por meio dela que os tons em cuja formacho tram sustenidos encadeiam-se naturalmente aos tons formados com be mols, © vice-versa. Somando-se as alteragSes da armadura da clave de dois tons enar méricos verifica-se que o total 6 sempre igual a 12, Isto em conseqlén- cia das 12 quintas que separam éstes dois tons. ‘Tomando-se como ponte de partida os tons de Dé Maior ou La me nor (escalas modélo) e fazendo-se as séries ascendente ¢ descendente dt 5. justas, encontraremos, respectivamente, os tons com sustenidos pemdis na armadura, os quais se confundem quando sleangam enarmonia. PRINCIPIOS BASICOS DA MOSICA PARA A JUVENTUDE 7 ‘Vejamos éste exemplo, partindo de Dé Maior: H éste 0 “ciclo das 5.6” em tdrno do qual gira 0 nosso sistema tonal, Sabemos que qualquer nota pode servir como téniea, e, assim sendo, tur formagio a uma escale. Entretanto, para facilitar a leitura dos tre- chos musicals, os tons que tém mais de 7 alteragdes na armadura so sempre substitufdos pelo seu tom enarménico. Vejamos: Se depois do tom de Dé ¢ Maior continuarmos a série as- cendente de 5 justas, encontraremos: Sol $ Maior (com 8 $ na armar dura, ou seja, Fa 3 , Dog, Solf, Rég, Lag e Mig), Ré $ (com 9%), LA Maior (com 104), ete. Na pritica ésses tons so substituidos respectivamente, pelos seus cnarménicos: Lé p Maior, Mi b Maior, Si Maior, ete. ‘Do mesmo modo, se depois de Dé ) Maior continuarmos a série dos- cendente de 5. justas, encontraremos: Fé p Maior com 8 b ), Si sb Maior (com 9 5), Mi >> Maior (com 10)), ete. 8 MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI Também ésses tons sio sempre substitufdos respectivamente pelos seus enarménicos: Mi Maior, L4 Maior, Ré Maior, ete. IV — Acordes enarménieos Podemos enarmonizar um acorde fazendo a ‘enarmonia de uma ow mais notas do seu conjunte. Convém notar que o acorde enarmonizado nunca muda a sua classi« ficac¢do, embora mude sempre de tom. Se fizermos a enarmonia de uma ou varias notas (enarmonia p cial), 0 acorde enarmonizado mudara de estado (ou de inversio). Exemplo: Enarmonizando uma nota: Se fizermos enarmonia de todas as notas (enarmonia total) o acorde enarmonizado conservard 9 mesmo estado e a mesma posicio. Exemplo: EstrownlEstrwe. {tiv | tin PRINCIPIOS BASICOS DA MOSICA PARA 4 JUVENTUDE » QUESTIONARIO XVI — Que 6 enarmonia? 2 — No sistema temperado quo sio notas enarmén!- eas? 3 — Como podemos enarmonizar um intervalo? 4 — Que so escalas enar- ménteas? § — Pela enarmonia a quantas ficam reduzidas as escalas? 6 — Ge nomarmos as alteragées das armaduras das esealas enarménicas que nimero obleremos? 7 — Porque? 8 — Pur que reo do so usados us tons que em mals de 7 alteragdes na armadura? 9 — Quais os tons que os substituem? 10 — Como podemos enarmonizar um acorde? 11 — © acorde enarmonizado muda de classifieagio? 12 — E de tom? EXERCICIOS 1 — Enarmonizar as seguintes notes: MoveLo 3— Rnarmonizar os acordes (fozendo enarmonia de uma s6 nota) 80 MARIA LUIGA DE MATTOS PRIOLLI 4— Enammontzar 08 acordes (fazendo enarmonia de todas as notas), Determine as enarménicas das seguintes escalas (indlcando as respectivas grmaduras) Sol $ Maior, R64 Malor, Fé } Maior, Sol menor, Ml # mo- nor, Dé 3 Mator © L4 } menor. CAPITULO XII GENEROS MUSICAIS De acirdo com a qualidade das notas que entram na sua construgio on trechos musicais podem ser: do género diatnico — quando tém por base a escala dlaténica, isto 6, entram na composigo elementos fornecidos pela escala diaténica, saa do género cromatico — quando tém por base a eseala cromatica. Exemplo: eo do género enarmdnico — quando entram na composigio elementos ‘enarménicos. oA a MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI Este Gitimo género (enarménico), confunde-se, na audigéo, com 0 género cromético. Assim sendo, verifica-se que s6 tém cardter preciso @ inconfundivel os géneros diatdnico e cromético. Sio ésses, por conseguin- te, os géneros musicais que, mais fregtientemente, sio empregados. QUESTIONARIO XVII 1— Quando ¢ que uma composicio 6 do género diaténice? 2 — E do género| cromético? 9 — E do génere enarminice? 4 — Com que outro género se cone funde o género enarmbntco? 5 — Quals os géneros mals empregados? EXERCICIOS 1 — Determinar o género das seguintes melodias: SSS CAPITULO XIV TRANSPOSIGAO (GENERALIDADES — TRANSPOSICAO ESCRITA — TRANSPOSICAO LIDA) I — Generalidades: A transposigio consiste em elevar ou abaixar 0 diapasio de um tre- cho musical. Sua finalidade acomodar a uma voz ou a um instrumento uma misica escrita em tom muito alto ou muito baixo. sem mudanca de clave escrita A transposigio on com mudanga de clave pode ser tiga TI — Transposigio eserita: Para fazer a transposicéo escrita sem mudanca de clave: a) conserva-se a clave do trecho original; b) coloca-se a armadura do tom transportado de acdrdo com o in- tervalo dado; ©) fazse o transporte de tOdas as notas, de acérdo com o inter- valo dado; D) veja que (Oday ax notes que (en alleragéo acidental, serdv tam- bém alteradas no tom transportado. Exemplo: TRANSPORTAR A 2° menor, Surerion MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI Verifieando: a) © trecho original esté escrito em clave de sol; no tom transpor- tado conservamos 8 mesma clave; b) o tom original 6 Ré Maior: fazendo o transporte a 2.* menor superior (intervalo dado), o tom transportado sera Mi} Maior (Bb na armadura) ; c) fazendo o transporte das notas de acérdo com o intervalo dado (2 menor superior), verificamos que tédas as notas foram escritas uma ‘2.® menor acima; a) as trés notas alteradas acidentalmente também foram altera- das no tom transportado. Para fazer a transposicio escrita com mudanea de clave: Coloca-se a clave determinada e, para facilitar a escrita, procura.se © unissono da 1." nota; a seguir, observam-se as regras b, ¢ e d, do trans- porte anterior. Exemplo: FTRAWSPORTAR A 2° menor Sup. ICLAVEneSoPRANO QUESTIONARIO XVIII 1 — Em que consiste a transposigio? 2 — Qual a finalldade da transpost- elo? 8 — Como pode ser felta a transposiedo? 4 — Como pode ser felta a trans osigho eserita? 5 — Quals as regras observadas na transposigio escrita sem ‘mudanga de clave? 6 — na transposiglo eserita com mudanga de clave? PRINCIPIOS BASICOS DA MUSICA PARA A JUVENTUDE & EXERCICIOS 1 — Fazer a transposigio sem mudanga de clave: Aa awion we. 4 peed, a AS*mtonsur. 2— Fazer a transposisiio com mudanga de clave: — A 2* maor sur. a - CLavepesoprayo oe MN . ' Ratuznon ivr. : CLave De mtio-soPRANo o) A AF usta at [Convene Tew = aes J MARIA LUIGA DE MATTOS PRIOLLI II — Transposiggo lida. ‘Na transposi¢io lida observa-se 0 seguinte: 1 — Substitue-se mentalmente a clave escrita por uma outra clave, por meio da qual as notas tomem (sem mudar de ligar) o nome que devem ter depots de efetuado o transporte. 2 — Imagina-se junto clave a armadura do novo tom. 3 — Procura-se saber antecipadamente quais as modificagdes que iro sofrer, com a nova armadura, as notas alteradas acidentalmente no decorrer do trecho. Esta iiltima operagdo requer algumas regras especiais que facilitam a leitura transportada: a) Quando o tom transportado tem 4 a mais ou } a menos na ar- madura — quantos forem os § a mais ou b a menus, yuaulas serio as notas (na ordem dos 3) elevadas um semitom cromitico. Assim, o bb passaré ab oan > omy oa > ome > = & b) Quando o tom transportado tem } a mais ou ¢ a menos na ar- madura — quantos from os } a mais ou $ a menos, quantas scrfio as notas (na ordem dos p) abaixadas um semitom cromético. Assim, © 2% passaré a ¢ Pom my "4 " ™b "4 > mB ©) Quando 0 tom transportado tem ¢ na armadura e pela transposi- gio passa a ter bs on vice-versa Somam-se 08 niimeros das alteragées que constituem ambas as ar- maduras; o total da soma ser o nimero de notas (na ordem dos #) que devem ser elevadas um semitom eromético, se o tom transportado tem na } na armadura; ou o nimero de notas (na ordem dos ) que devem ser abaixadas um semitom cromético, se o tom transportado tem b na armadura; @) Quando a soma das alteragées das duas armaduras der um to- tal superior a 7. PRINCIPIOS BASICOS DA MOSICA PARA A JUVENTUDE a © niimero que exceder a 7 ser correspondents ao niimero de notas, na ordem dos #, que serdo elevadas dois semitons cromaticos; ou, na or- dem dos b que serio abaixadas dois semitons cromaticos. Quando a transposigio é feita a um semitom cromético suj ou inferior no hé necessidade da mudanga de clave, e as duas armaduras terfio uma diferenca de 7 alteragies. QUESTIONARIO XIX 1 — Quais sfo os regras que devem ser observadas para a transposigio lidat 2.— Para faellitar a leitura das notas alteradas acidentalmente como devemos proceder se o tom transportado tem g a mals ou } a menos? 3 — se tiver b a mals ou ¢ a menos? 4 — E se 0 tom original temg e o tom transportade bh ou vice-versa? 5 — E se a soma das alteragbes das armaduras der um total uperior a 7? CAPITULO XV ORNAMENTOS* (GENERALIDADES — APOGIATURA — MORDENTE — GRUPETO — FLOREIO — TRINADO — FORTAMENTO — CADENCIA MELODICA — ARFEIO) I — Generalidades: Chamam-se notas reais t6das aquelas que fazem parte melodia. Ornamentos sfo as notas estranhas 20 desenho malédico, © server Para adornar as notas reais da melodia, aumentando-lhes 0 efeito, danz do-lhes mais brilho © graga. Os ornamentos so geralmente representados por nota de tipo mencr que as notas reais, ou por sinais convencionados. itegrante da Exemplo: Os principais ornamentos, mais freqiientemente usados, so os se guintes: apogiatura, mordente, grupeto, trinado, floreio, portamento, ca- déncia melédica e harpejo. I — Apogiatura: A apogiatura 6 0 ornamento formado por uma ou duas notes sepa- xadas da nota real por interyalo de tom ou semitom diaténico. Se estiver acima da nota real seré apogiatura superior, se estiver sbaixo seré apogiatura inferior. PRINCIPIOS BASICOS DA MUSICA PARA A JUVENTUDE 0 A apogiatura pode ser: simples Jonga (ou expressiva) (1 nota) breve apogiatura sucessiva (2 notas) Estudaremos separadamente as virias espécies de apogiatura. Apogiatura simples: Apogiatura longa ou expressiva — 6 representada por uma pequena nota, cuja figura tenha exatamente o seu justo valor quando executada. Exemplo: Na execugio temos a observar: I— Se a apogiatura pertence a uma nota sem ponto (nota simples) : Dé-se & apogiatura a metade do valor a nota real, ficando a nota real com a outra metade, Exempl Sxecvgko > II — Se a apogiatura pertence a uma nota pontuada: Dé-se & apogiatura um tergo ou dois tergos da nota real (conformo neja a sua representagio), ficando a nota real com o restante do neu valor. 0 MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLT PRINCIPIOS BASICOS DA MOSICA PARA A JUVENTUDE 1 Exemplo: Exemplo: Bot acho Notnsio Exrevg fo > > | TI — Se a apogiatura pertence a uma nota que venha seguida de ‘outra da mesma entoagiio. Dé-se & apogiatura todo o valor da nota real que, neste caso, se suprime. Exemplo: > A execugio das apogiaturas longas segue as regras citadas, seja qual for 0 andamento (lento ou rapido) do trecho musteal. Apogiatura breve — representacdo: uma colcheia (em tipo peque- no) atravessada por um trago oblique. Execugio: di-se & spogiatura uma pequena parte (1/4, 1/8, ete.) do valor da nota real, ficando a nota real com o restante do seu valor. Quanto mais lento for o andamento do trecho musical, mais rapido ork o valor da apogiatura. sxe, Vivo > Apogiatura sucessiva Consiste na execucdo sucessiva das apogiaturas, superior ¢ inferior, da mesma nota real. Quando comeca acima da nota real chama-se apo- xiatura sucessiva superior; quando comeca abaixo da nota real é apogia- tura sueessiva inferior. Representacio: 2 semicolcheias (em tipo pequeno). Execugao: da.se & apogiatura uma parte do valor da nota real, fi- cando esta com o restante do seu valor. ‘Exemplo: ‘xec. Vivo tie Exte, Lento = == wes 7 QUESTIONARIO xx 1 — Que sto notas reais? 2 — Que so emmamentes? 3 — Como sio repre ‘sentados 0s ornamentos? 4 — Quals os ornamentes mals usados? § — Que 6 aporiatnra? & — Camo sa chama a apogiatura de umo 06 nota? 7 —E de duaa) notas? 8 — Como deve ser representada a apogiatura longa? 9 — Como deve) ser executada? 10 — Como 6 representada a apogiatura breve? 11 — E como deve ser executada? 12 — Fale sobre a apogiatura sucessiva. EXERCICIOS 1 — Determinar a execuello das seguintes apogiaturas: PRINCIPIOS BASICOS DA MOSICA PARA A JUVENTUDE 03 II — Mordente © mordente é formado por duas notas, sendo a primeira de som igual 4 nota real e a segunda, uma 2.* maior ou menor, acima ou abaixo da nota real. Se a segunda nota forma com a primeira intervalo ascendente, 0 mordente é superior; em caso contririo é inferior. Representagio: Bxeeuglo: Dé-se a0 mordente uma parte do valor da nota real, ficando esta com © restante do valor. Também af quanto mais lento fér o andamento do trecho, mais rapido ser4 o valor do mordente, Fxemplo: Netagio = a Exec. Vivo * MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI QUESTIONARIO XXI 1 — Como 6 formado o mordente? 2 — Qual a sua representagto? 3 — Como deve ser executado? EXERCICIOS . 1 — Determinar a execucdo dos mordentes (em andamento rapido e lento): + + ~ Spt ro 2 — Determinar a execugio dos ormamentos: pee eriey SJ q IV — Grupeto © grupeto é constituide pelo agrupamento de 3 ou de 4 notas dispos- tas por graus conjuntos sem ultrapassar a 2° superior ou inferior da nota real, Se 0 grupeto comeca com a 2° acima da nota real ¢ chamado gru- peto superior; caso contririo é inferior. Representacdo: i) exe, 3E + et Above Grorero sur. Grortroivr. PRINCIPIOS BASICOS DA MOSICA PARA A JUVENTUDE 9% Se a nota superior ou inferior do grupeto deve ser alterada coloca-se ‘a alteraeiio desejada acima ou abaixo do sinal do grupeto. Exemplo: Se o grupeto é de 3 notas: a) 0 sinal do grupeto vem sdbre a nota real. ‘Exeeugio: ‘Dé-se para o grupeto a primeira parte do valor da nota real, ficando esta com o restante do valor. Exemplo: Buc. Vivo Beco. LENTO b) © sinal do grupeto vem entre duas notas da mesma entoagiio. Convém observar que 0 sinal do grupeto pertence & 1. das duas notas. 6 MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI Execugio: ‘Dé-se para o grupeto a iltima parte do valor da nota real, ficando esta com a primeira parte do seu valor. - Exemplo: exec. PaesTo Exge. Leto == Nota: Quanto mais lento for o andamento mais répido poder ser executado 0 grupeto de 3 sons, Se o grupeto é de 4 notas: © sinal do grupeto vern colocado entre duas notas de entoaco difo- rente, Pertence também o sinal do grupeto a 1.* das duas notas, Execugio: a) Se a nota & qual pertence o grupeto é de valor par (nota nfo pontuada) : ‘Dé-se para o grupeto a segunda metade (nos andamentos répidos) ow a Gitima quarta parte (nos andamentos lentos) do valor da nota real. PRINCIPIOS BASICOS DA MOSICA PARA A JUVENTUDE ” ‘Exemplo: b) Se a nota & qual pertence o grupeto ¢ pontuada, e esta nota Preenche um tempo (de compasso composte) ou um compasso (de ter- niirio simples). Di-se para o grupeto a iiltima terga parte do valor da nota real, Into & executa-se 0 grupete no valor de ponto. Simples Not. Exec. peas! > > ©) Sea nota a qual pertence o grupeto é pontuada, porém nfo com- pleta tempo ou compasso: MARIA LUIGA DE MATTOS PRIOLLI Divide-se 0 valor da nota real em 8 partes; dé-se a 1.* parte para a nota real, a 2.° parte para os trés primeiras notas do grupeto (em trés quiflteras) e a 3.* parte para a dltima nota do grupeto. >cat, Nestes dois iltimos casos a execugio do grupeto 6 sempre a mesma, seja qual for o andamento do trecho. QUESTIONARIO XXII 1 — Como 6 constituido © grupeto? 2 — Como 6 representaio o grupeto) superior? 3 — E 0 inferior? 4 — Como podemos reconhecer se 0 grupeto & de $ ou 4 sons? § — Como se executa o grupeto de 3 sons? 6 — E 0 de 4 sons? EXERC{CIOS 1 Determine a execugho dos grapatar: oo PRINCIPIOS BASICOS DA MOSICA PARA A JUVENTUDE 0 V — Trinado. 0 trinado (também chamado trilo) consiste na repetigio répida e al- ternada de duas notas consecutivas. ‘Exemplo: Quando o tril deia de trinados. se estende por varias notas diferentes chama-se ca- Exemplo: Se o trinado deve comegar pela nota superior & nota real sua repre- sentagdo é a seguinte: Fie ener 10 MARIA LUI6A DE MATTOS PRIOLLI Execugio: bu ‘Exec Aiissro xtc. LENTO. EC. Presto PRINCIPTOS BASICOS DA MUSICA PARA A JUVENTUDE 101 Observem que, se 0 trinado comeca com a nota real ¢ termina com notas de resolugio, a diviséo dos valores que o constituem é alterada no liltimo grupo, isto é, 0 tiltimo grupo é em quidlteras. Porém, quando o trinado comeca com a nota superior e termina com notas de resalueio, a divisio dos valores é sempre normal. 4 LxecLanco © trinado é, entre todos, o ornamento mais rico em quantidade de notas. Quanto mais lento o andamento, mais chelo de notas poderd ser 0 trinado e, consegiientemente, mais répida seré a execugio. 0 trinado pode terminar com notas de resolugio. MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI QUESTIONARIO XXIII Qual o outro nome dado go trinado? 2 — Em que consiste o trinado? 3 — Que é cadeia de trinados? 4 — Como se executa o trinado quando éle ter- ‘mina com notas de resolugio? § — Qual o ornamento-mais rico em quantidade de notas? 1 — Bxecugdo de trinados: ten Beemer I ad: Free VI — Floreio © floreio 6 um ornamento sem forma definida. & constituido por uma ou mais notas, cujo nimero pode variar indeterminadamente. Representacdo: Quaudy » Morel consla de uma 36 nubs, é indicady por uma pequen figura como a apogiatura breve, e diferencia-se da apogiatura por nfo guardar com a nota real intervalo de 2.* superior ou inferior. Exemplo: etc. Quando 0 floreio é composto de duas ou mais notas: etc. Execugio: PRINCIPIOS BASICOS DA MOSICA PARA A JUVENTUDE 10s Dé-se para o floreio uma pequena parte do valor da nota real. A nota real que cede parte de seu valor ao floreio é, geralmente, a nota real que precede. Exemplo: Net. Ente. Presre ‘Exac. Apasio > > QuESTIONARIO XXIV 1 — Qual a forma do floreio? 2 — Como ¢ constituido o florelo? 3 — Qual fa diferenga entre o florelo de uma sé nota e a apogiatura? 4 — Como se faz a execugio 60 florelo? EXERCLOIOS 1 — Bxecugio de floreies: 104 MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI ‘VII — Portamento portamento consiste na répida antecipacio da nota real. Representagio: ay te Execugio: Dé-se para o portamento uma pequena parte do valor da nota real que o precede, Exemplo: Exc. Leto QUESTIONARIO XXV 1 — Bm que consiste 0 portamento? 2 — Como se executa o portamento? EXERCICIOS — Execugio de portamento: Saal PRINCIPIOS BASICOS DA MOSICA PARA A JUVENTUDE 105 2 — Bxecugo de ornamentos: ‘VIET — Cadéneia Melédica A cadéncia melédica 6 um ornamento que consiste na execucio de uma passagem sobrecarregada de notas, em valores iguais ou desiguais, © cuja interpretacéo fica ao eritério do executante. Este ornamento tem a propriedade de interromper 0 compass du- rante a sua execucio. Exemplo: etc. CRD. Met s3i 2 preciso no confundir a cadéncia melédica com as grandes “eadén- cias” que fazem parte integrante de certos “concertos” ou outras pecas, também de grande vulto. Neste caso, a “cadéncia” é uma condensagio dos temas prineipais e fragmentos da obra, onde o virtuose poderd ter ensejo de mostrar suas brilhantes qualidades técnieas e interpretativas. 1X — Amejo © arpejo consiste em executar sucessiva e rapidamente as notas de um acorde. Representagio: ed 108 MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI Execugio: QUESTIONARIO XXVI 1 — Que ¢ cadéncia melodica? 2 — A cadéneia melédica ¢ Idéntica as gran- j des “cadéncias* dos concertos? 3 — HA regra estabelecida para a execugio da cadénela melédiea? 4 — Em que consiste o arpejo? EXERCICIOS 1 — Execugio de ornamentos: APRECIAGAO MUSICAL ORIGENS E EVOLUCKO DA MUSICA A MUSICA NOS TEMPOS PRE-HISTORICOS A origem da misica néo pode ser estabelecida, nem a época do seu apareeimento. Presume-se, tenha sido a arte musical, revelada ao homem sob duas formas: 1.*) pela arte da danca; 2.*) pela arte da palavra eantada, uma vez que. 0 canto foi empresado sempre. desde a época mais remota. em tdas as cerimGnias religiosas quase sempre unida a danea, considerada pelos povos da antigiiidade como arte sagrada. Deduz-se assim que os homens da era pré-hist6riea foram os primei- ros @ expressar emogdes por meio de gestos, executando estranhos movi- mentos ritmados. Consegtientemente, nfo hé divida de que o ritmo tenha nascido com o primeiro homem, por isso que, éle trazia consigo mesmo © ritmo das suas pulsagdes, o ritmo do andar e o ritmo da respiragio, sen- tindo nascer em si desde logo, a necessidade de reproduzi-los. ‘Supoe-se também, que os primetros homens tivessem querido imitar ‘0s sons da prépria voz com objetos risticos. N&o ha vestigios de que ficasse gravado nenhum canto do homem pré-histérico, ¢ assim, nada ficou de eoncreto, que nos possa revelar algo da mésica na era primitive. # interessante Jembrar que os musieélogos so undnimes em consi- derar que da associagio da arte da danca e da palavra cantada é que sur- siu a sublime arte da misica. 108 MARIA LUISA DE MATTOS PRIOLLI A MUSICA NA ANTIGUIDADE # em documentos antigos — baixos relevos, medalhées, inscrigdes, papiros — e pelas referéncias que se encontram nas obras dos grandes fi- U6sofos, que vamos encontrar quanto se refere & arte musical na antigitidade. Os mais velhos documentos conhecidos so: um baixo relévo provi Yelmente caldeu, representando um harpista, encontrado nas escavs feitas em certo monte de ruinas entre os rios Tigre e Eufrates, e fragmento de paptro, que se supoe represente um trecho babilénico d notagéo musical, de cérca do ano 2000 a.C. Entre o5 povos da antigiidade destacam-se pela sua civilizaco egipcios, os Arabes, os ass{rios, 03 babilénicos, os caldeus, os hebreus, indianos, os chineses e muito epecialmente, os gregos. Embora pouco de positivo se saiba de sua miisiea naqueles tempot 8 julgar pelos documentos encontrados, 6 de se presumir que fésse tr: tada com especial atencio, A misiea dos povas antigos era sbsolutamente om unfscono, ¢ tk mava parte em todos os atos solenes, principalmente nas ceriménii religiosas. ‘Vamos fazer um pequeno resumo s6bre cada um désses povos que possam compreender como era cultivada a misica naquelas Jonginguas. PRINCIPIOS BASICOS DA MUSICA PARA A JUVENTUDE 109 A ARTE MUSICAL NO EGITO O exineio € 0 povo de civilizagdo mais antiga de que se tem conhe- cimento, e sabe-se que a misica e 0s miisicos gozavam de grande consi- deragio entre éles. ‘Tanto na mésica religiosa como na guerreira, ou ainda, na misica reereativa, davam preferéntia As expressées elevadas ¢ serenas, reser- vando-lhe Iugar de destaque no culto dos deuses, nos banquetes solenes © nas ceriménias finebres. Os egipeios faziam esealas de 7 notas as quais davam nomes, repre- wentando-as com 08 mesmos hieroglifos empregados na representacdo dos planetas. Entre os seus instrumentos encontravam-se os instrumentos de corda, como a harpa e 0 alaiide, As primeiras harpas egipcias eram pe- quenas © possuiam poucas cordas. Os instramentos de spro eram as flautas de varios tipos e, em geral, de barro, de osso ou de marfim. ‘Também depois de descoberto o omprégo do bronze, os ogipei bricaram flautas e trombetas déste metal. Até hoje so conservados em varios museus do mundo, flautas ¢ egipelos de barro, de madeira e de bronze. ‘Também tinham os egipeios instrumentos de percussio, figurando entre éles os tambores de guerra. Com o bronze fabricavam eimbalos em forma de pandeiros e varias espécies de castanholas, entre as quais se destacava 0 sistro, usado nas ceriménias celebradas em homenagem & deusa Isis, divindade que personificava a primeira civilizagao egipcia. ‘A miisica entre os egipcios era praticada em coletividade, sendo re- servado & mulher 0 desempenho de papel importante no conjunto musical. fo.

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