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KARL MARX Da manufatura a fabrica automatica 1. AMANUFATURAC) (...) 0 mecanismo especifico do perfodo manufatireiro 6 0 proprio trabalhador coletivo — que € a composiglo de muitos trabalhadores parciais. As diferentes operagdes, que 0 produtor de uma mercadoria executa alternativamente e que vio se incorporando no conjunto de seu processo de trabalho, dele exigem capacidades diversas Ele precisa mos- trar as vezes mais forga, as vezes mais habilidade, as vezes mais aten¢o; ‘ora, mesmo individuo nao possui todas essas qualidades em grau idén- tivo. Quando as diferentes operagdes sfo separadas, soladas ¢ tomnadas independentes, os operérios sfo distribuidos, clasificados e agrupados segundo suas aptiddes especificas. Se suas peculiaridades naturais sfo a ‘base sobre a qual vem implantar-e a divisfo do trabalho, desenvolve a ‘manufatura, ao ser introduzida, forgas de trabalho que, por sua nature- 7a, 86 so capazes de certas fungoes restritas. O trebalhador coletivo possi assim todas as capacidades produtivas no mesmo grau de virtuosi- dade © emprega.as ao mesmo tempo, do modo mais econdmico, pela aplicago de todos os seus érgios ~ individualizadot seja em cada um dos trabalhadores, seja em grupos de trabalhadores — em fungdes bem espeeifices. Quanto mais incompleto ¢ até imperfeite for o trabalhador parcial, mais seré ele perfeito como parte do trabalhador coletivo().O exereicio de uma Gnica fungZo transforma-o em drgio infalivel dessa fungo, ao mesmo tempo que a conexio do mecanisrio total obriga-o a (-) Estes trechos foram entraidos de O Capital, livre primeiro, IV parte, cap. XI, § III (trate-se da sitima alinea) © § V: °O caritereapitalista da manuf ture”, Fol tadusido do texto francs de J. Molitor (edigfo de Costs, Paris, 1925 (1) Por exemplo, desenvolvimento exagerado de certo: misculos, deforma- fo de ertos ossos, ets. 23 trabalhar com a regularidade de uma pega de miquina(2). Como as dife- rentes fungdes do trabalhedor coletivo s40 mais ou menos simples ov ‘complexas, inferiores ou superiores, seus 6rgfos ~ as forgas de trabalho individuais — exigem diferentes graus de desenvolvimentos, e possuem portanto valores diferentes. A manufatura desenvolve por isso uma hhierarquia das forgas de trabalho, & qual corresponde uma escala de salé- rios. Se, de um lado, 0 trabalhador individual fica apropriado ¢ anexado durante a vida toda a uma fungio especifica, as diferentes operagdes dessa hicrarquia sf0 também apropriadas as capacidades naturals ou adquiridas(3), Mas todo provesso de produgfo exige certas manipula- es simples que qualquer homem pode executar. Elas também ficam Separadas de sua relaglo varidvel com os fatores mais importantes da atividade e tomam-se fungBes exclusivas. A manufatura, sempre que toma conta de um oficio, produz uma classe de trabalhadores eonside- rados sem destreza, que os oficios exclufam impiedosamente. Depois de haver — as custas de toda a capacidade de trabalho — desenvolvido até a virtuosidade a especialidade limitada, a manufatura passa a fazer da absoluta falta de desenvolvimento uma especialidade, Ao lado da grada- eo hierérquica, temos entéo a divisdo dos trabalhadores em habeis € indbeis. Para estes ultimos, as despesas de aprendizagem desaparecem; para os primeiros, elas diminuem — comparadas as dos artestos — pot causa da simplificagdo das fungdes(*), Em ambos 0s casos o valor da (2) Quando o comisisio encaregado de wim inquéito the perguntou como ‘mantinha a atividade entre seus jovens operirios, o St. Marshall, diretorgeral de uma fbrica de vidzo, respondeu acertadamente: “Eles nem podem pensar em dar menos atengSo ao trabalho; depots que comecam, no podem mais pear; ficam como se fossem pegas de méquina”. (Child. Empl. Com. Fourth Report, 1865, p14?) (3) 0 Dr. Ure, em sua apoteose da grande indstia,descobre os caraceres prSprios da manufatura com mais nitider do que os antigos economistas, que no fstavam to interessndos nessa polémica, € mais até do que seus contemporineos, Balbage, por exemplo, que ihe supericr como conbecedor de matemdtica © de ‘mecinica, mas que praticamente s6 considera a grande indistria do ponto de vista ‘manufatureiro. Diz Ure: “O ajustamento dos operirios a cada operacfo particular constitu a esséncia da dvifo do trabalho”. Mais adiante, ele define ess distribu (fo do trabalho: a adaptagHo dos trabalhos is diferentes capacidades individuais Cnfim, caractriza todo sistema manufatureiro como “um sistema de gradagGes segundo o grau de habildade”. (Ure, The Philosophy of Manufacturers, t. 1, pp. 28.35) (4) “Um operitio, a0 apefeigoarse pela pritica num Gnico e mesmo pon to, tornas. .. mais baato." (Ure, The Philosophy of Manufacturers, p. 28.) m4 forga de trabalho diminui. Se ha excega0, é no caso da decomposigdo dos provessos de trabalho virem a produzir novas fungoes gerais, que ‘fo se encontravam — ou pelo menos no mesmo graui ~ nos simples off- cios. A depreciaglo rclativa da forga de trabalho, que resulta do desapa- recimento ou 48 diminuigfo das despesas com aprendizagem, acarreta para o capital aumento imediato da maisvalia; pois tudo que reduz 0 ‘tempo necessirio & reprodugso da forga de trabalho amplia o domynio do sobretrabalho. (...) z [Na manufatura como na cooperagfo simples, o corpo de trabalho que funciona 6 uma forma de existéncia do capital. O mecanismo social de produglo, composto de numerosos individuos, os trbalhadores par- clais, pertence ao capitalista, A forga produtiva resultante da combina- G0 dos trabalhos aparece como forga produtiva do capital. A manufa- fura propriamente dita submete o trabalhador, outrora independent, as fordens e & disciplina do capital; mas, além disso, cria uma gradagdo hie- rirquica entre os prOprios trabalhadores. Ao passo que a cooperaca0 simples nfo traz grande mudanga no modo de trabalho do individuo, a ‘manufatura vai alterélo completamente ¢ vai atingira propria raiz da forga de trabalho poe estropia o trabalhador ¢ faz dele uma cespécie de monstro, \do, como muma estufa,o desenvolvimen- to de habilidades parciais, suprimindo todo um mundo de instintos ¢ capacidadel£ assim que, nos Estados do Prata, mata-se um animal para tirar-lhe s6 a pele ou a gordura, Ngo s6 os trabalhos parcias sio repart- dos entre individuos diferentes: préprio individuo ¢ dividido, trans formado em mecanismo automético de um trabalho parcial(S), a tal onto que se vé realizada a fabula absurda de Menenius Agrippa onde ‘um homem é representado como um simples fragmento de seu préprio corpo(6), Inicialmente, o trabalhador vende sua forea de trabalho ao capital, porque Ihe faltam os meios materiais necesséros & produgéo de uma mercadoria; e, agora, sua forga de trabalho individual recusa qual- quer servigo se no estiver vendida ao capital. Ela s6 funciona num con- junto resultante da sua venda, na oficina do capitalists, Tornado incapaz, Por sua condigéo natural, de fazer algo de independente, otrabalhador (3) Para Dugald Stewart os operitios de manufatura sfoautomatos vvos. ‘ompregados nos pormenores de uma obra. (Lectureson pob ee, p. 318, Edinburgh, 1855) (©) Nos conti, cada individuo forma de fato 0 estémago do grupo intro. Mas ele Ihe trazalimento em ver de tirarthe ese alimento, como fara 0 patricio 25 de manufatura nfo desenvolve mais atividade produtiva a ndo ser acess6rio da oficina do capitalista. Assim como o povo eleito trazia inscrito na testa que pertencia a Jeové, a divisfo do trabalho imprime no trabalhador de manufatura um cunbio que o consagra como proprie dade do capital s conhecimentos, a inteligéncia e a vontade que 0 camponés ou « trabalhador independente desenvolvem, ainda que em modesta escala, assim como o selvagem pde em agio toda a arte da guerra sob a forma de asticia pessoal, s6 sio exigidos agora para oconjunto da oficina, Essas forgas intelectuais da produgdo desenvolvem-se num tnieo aspecto, por ‘que desaparecem de quase todos os outros. Tudo o que of trabalhadores ‘pareinis perdem concentra-se no capital. A divisfo manufatureira do ‘rabalho opée 20 trabalhador as foreas intelectuais do processo material de produgéo como uma propriedade exterior a ele, uma forea que domina, Esta cisfo comeca na cooperacéo simples em que 0 capitalista cada trabalhador isolado, a unidade e a vontade do ; desenvolve-se na manufatura, que faz do traba- na grande indstria, que a servigo do capital(), ‘Na manufatura, o trabalhador coletivo ¢ por conseguinte o capital s6 podem enriquecer-se em forga produtiva social se 0 trabalhador se tempobrece em forgas produtivas individuais. “A ignorincia é a mle da indiistria como da superstigdo. A reflexilo ¢ a imaginardo sfo sujitas a erro; mas o hibito de mexer o pé ou a mdo nao depende nem de uma nem de outra. Assim, pode-se dizer que, em relaggo as manufuturas, « perfeigdo consiste em ndo precisar da inteligencia, de modo que a oficina ssa ser considerada como uma maquina cujas pertes seriam ho- mens(®).” De fato, em meados do século XVIIL, certas manufeturas preferiam empregar para operagées simples, que constitu‘am segredos de fabrica, trabalhedores meio idiotas(9). (1) 0 cientista © 0 operizio produtivo estio completamente separados: ¢ ‘inci to inves de aumenta, entre as mos do operirio, as foreasprodutivas des- fe dling ¢ de fazer com que dels tire proveto. ext, por quase toda parte dirigida ‘Sina cle O saber torna se Instrument que se pode separar do trabalho © até ser the oposto, (W. Thompson, An Inqulry into the Principles of the Distribution of Wealth, Lonéres, 1824, p. 274.) “a A. Ferguson, An Essoy on the History of Obit Society, Edinlour, 1767, 4.11, pp. 134138. res) ib. Tuckett, A History of the Past and Present State of the Labouring Population, Londres, 1846, 1, p. 149. 6 “A mente da maioria dos homens, diz A. Smith, desenvolvese necessariamente de e por suas ocupagGes costumeiras Um homem que passa toda a vida a executar algumas operagdes simples ndo tem oportu- nidade de usar a inteligéncia, Torna-se em geral tao estdpido e tio igno- ante quanto posa tomar-se uma criatura humana.” Depois de ter descrito o embrutecimento do trabalhador parcial, Smith continua: “A ‘uniformidade de sua vida estaciondria corrompe-the naturalmente tam- ‘bém a coragem. .. DesirGilhe até a energia do corpoe torna-o ineapaz de usar sua forga, com vigor e perseveranga, a nfo serna ocupagio frag. rmentada & qual foi destinado. Parece, pois, ue ele s6 zdquite habilidade ‘num oficio particular as custas de suas capacidades intelectuais,sociais guerreiras. Mas em toda sociedade industrial e civilizada, a classe ope- riria — isto 6, a grande massa do povo — deve nevessariamente chegar a esse estado(10).” Para impedir o definhamento completo da massa ope- réria, esultante da divisfo do trabalho, A. Smith recomenda a instrugéo popular obrigatéria, mas em doses restrites, homeopiticas. G. Gamier, seu tradutor e€ comentador francés que, sob 0 primeiro Império, fot naturalmente senador, ataca com certa légice esse concepedo. A instru- 0 popular, diz ele, é contréria & divisfo do trabalho: se ela fosse intro- Guzida “todo 0 nosso sistema social seria proscrito”. “Como todas as ‘outras divis6es do trabalho, a que existe entre trabalho mecinico € trabalho intelectual(11) vaise acentuando de modo mais nitido & medi- da que a sociedade caminha para um estigio mais orulento} (E a justo titulo que Garnier aplica esse termo de sociedade ao capital, propric- dade fundidria e a0 estado que é odeles.) Esta divisto Jo trabalho, como todas as outras, & efeito dos progressos passados e causa dos progressos futuros. .. Deveria ent 0 governo procurar contrarar ess2 divisfo do trabalho, e atrasar‘the a marcha natural? Deveria empregar uma parte 62 (10) A. Smith, Riqueze des Nogées, livto V, cap. I, art 2, Como discfpa- lo de Ferguson, que havia exposto as conseqiénciasfunestas da divisio do traba- tho, A. Smith sabia do que s0 tratava. No inicio de sua obra, onde celebra ex profeso a divisdo do trabalho, ele a indica, rapidamente, como origem das desk [gualdades sociais. $6 no 5.° livo, onde se trata da receita do Estado, 6 que ele cta Ferguson, Em Miséra da Filosofie i disci bastante a ragio histéria entre Ferguson, A. Smith, Lementey o Say em sua critica da divsio do trabalho, Foi também af que, pela primeim vez, mostrei que a divsfo manufatucira do traba- Iho 6a forma espeitica do modo de produo capitalist. 1) Ferguson chega a dizer: “A arte de pensar, num periogo em que tudo st separado, pode formar em si mesma um ofcio parte" receita pablica para tentar confundir ¢ misturar duas classes de trabalho que tendem por si mesmas a se separar?” ‘Um certo definhamento intelectual e fisico ¢ inseparével até da divisfo do trabalho na sociedade em geral. Mas, como o periodo manu- fatureiro leva bem mais longe esta cisfo social entre espécies de trabalho € atinge, 36 por meio da divisdo que lhe é propria, a raiz da vida do indi- viduo, é esse perfodo que, em primeiro, fornece a idéia e a matéria da patologia industrial (12) Subdividir um homem ¢ executé-o, se merece a pena de morte; assassiné-lo se no a merece. A subdivisio do trabalho é o assassinato de um povott3), ‘A cooperacdo fundada sobre a divisfo do trabalho, ov manufatur ¢ primitivamente algo de natural. Mas, desde que toma um pouco de consisténcia e de extensio, converte-se em forma consciente, metodica e sistematica do modo de produgio capitalista. A histria da manufatura propriamente dita mostra-nos que divisio do trabalho que lhe é propria adquire primeiro experimentalmente — de certo modo sem 0 conheci- ‘mento dos interessados ~ sua forma conveniente mas que, depois, asim ‘como acontece com 0s oficios corporatives, procura ela manter essa forma pela tradiefo e consegue mantéla as vezes durante séculos. Exce- tuando os acessérios, essa forma no muda nunca a nfo ser como conse- ‘qiéncia de uma revolugZo nos instrumentos de trabalho, A manufatura ‘moderna ~ nfo me refiro & grande indiistria que se baseia no emprego de maquinas — ou encontra jé preparados nas grandes cidades onde (12) Foi em 1713 que Ramazzini, professor de medicina em Pédus, pubi- De morbis artifioum, teudusida em francke em 1781, clmpressa sm "Encyclopédie des sciences médicales, 7° div. Auteurs classiques”. E evidente que 0 periodo da grande indistria aumentou consideravelmente este catélogo das doeneas do operrio. Ver entre outro: Hygiéne physique et Morale de Lourrier dans les grandes villes en général et dans la vile de Lyon en partculler, pelo Dr. A. L, Fontere, Pars, 1858 e: Die Krankhetten, welche verschiednen ‘Standen, Aettera und Geschlechtern eigentitmlch sind. 6 Bande, Ulm, 1860. Em 1854, a Society of Arts nomeou uma comissio de inquérto sobre 4 patologia industrial. A lista dos documentos reunides por essa comissfo encontra-e no cat logo do “Twickenham Economie Museum”. Os Reports on Public Health (rlat6 tos olciais sobre Saiide Piblca) so importantes. Ver também: E. Reich, Ueber de Entartung der Menschen, Exlangen, 1868. (13) D. Urquhart, Familiar Works, Londres, 1888, p. 119. Sobre divsto 4o trabatho, Hegel tinha opinides muito heréticas, “Por homens cultos, dz ele na ‘sua Filosofia do Direito, deve-se entender em primeiro lugar os que sabem fazer tudo 0 que 0s outros fazer.” 28 surge, 08 membros esparsos de que fela o poeta e 36 tem que reuni-os (esse € 0 caso da manufatura de roupas) ou o principio da divisso é de aplicagfo evidente, no sentido em que as diversas operagbes da produ- fo profissional — da encademacéo, por exemplo ~ sfo exclusivamente atribuides a operdtios especilistas. Uma experiéncia ¢e alguns dias per- mite, nesses casos, encontrar o nimero relative de operirios necessirios 1 cada fungio(4), ‘Através da andlise da atividade profissional, da especificagfo dos instrumentos de trabelho, da formacéo, agrupamento ¢ combinago dos trabalhadores parciais num mecanismo de conjunto, a dviséo manufatu- reira do trabalho cria a articulagdo qualitativa © a froporcionatidade quantitative do processo social de produgdo — por conseguinte, uma determinada organizagfo do trabalho social — ¢ desenvolve, ao mesmo ‘tempo, uma nova forea produtiva social do trabalho. Enquanto forma especificamente capitalista do processo social de produgio — e nas bases em que foi, 86 podia tomar essa forma capitalist — ela no passa de um método particular de produzir mais-valia relativa ou de aumentar, as custas do trabalhador, 0 rendimento do capital, a riqueza das nagdes ou riqueza social. Ela desenvolve a produtividade social do trabalhador no somente para o capitaliste no lugar do trabalhador, mas ainda estropian- do 0 trabalhador individual. Ela produz novas condigdes da dominaggo do capital sobre o trabalho. Por um lado, aparece como progress hist6- rico € fator necessério de desenvolvimento no processo de formago ccondmica da sociedade; mas, por outro, ela se revela como meio de ‘exploraedo civilizada e refinada.(...) 2. APABRICAC) (,.) Todo trabalho com méquinas exige, do trabalhador, uma aprendizagem precoce, para que ele saiba adaptar seu proprio movimen- (14) A credulidade na capacidade inventiva que cada capitalista demonstra 4 prior, na divisio do trabalho, #6 se encontra em certos profsssoresalemdes,co- ‘mo Roscher, Para agradecer ao capitalista porter feito jorra, de sua cabeca olfmpi a, pereita divisio do trabalho, Roscher concede-lhe “iris slirios de tabs: tho”. A maior ou menor aplicacio da divisfo do trebalho depende do tamanho da bots © nfo do talento. (+) Estes trochos foram extraidos de O Capital, iro primeizo, IV parte, ‘ap. XIlL, §1V:"A fabrica”, Ed. Costes, Paris, 1927. 29 i a to 20 movimento uniforme e continuo do autémato, Enquanto con- junto da maquinaria consttuir por si 6 um sistema de-méquinas dife- rentes, combinadas ¢ funcionando 4 mesmo tempo, a cooperago & ‘qual ele serve de base exige que os diferentes grupos de trabalhadores, sejam distribuidos pelas diversas méquines. Mas jé nfo hd mais necessi- dade, como na manufatura, de dar forma definitiva a essa distribuigao, condenando sempre os mesmos trabalhadores 2s mesmas fungoes(1), Como o movimento de conjunto da fibrica parte nfo do operério, mas, ‘da méquina, 0 pessoal pode mudar constantemente sem que haje inter- rupedo do provesso de trabalho. Prova evidente disso ¢ o sistema de tumos aplicado na Inglaterra durante a grande crise de 1848-1850. En- fim, a rapidez. com a qual as criangas aprendem a trabalhar com as mé- ‘quinas suprime'a necessidade de formar especialmente classes de operd- ios para esse trabalho(!6). Quanto aos servigos executados pelos trabalhadores manuais, podem ser feitos, parcialmente, por miquinas(!7) (15) Ure admite iso. Diz que, se necessiro,o dretor pode pasar, 3 vonta- 4e, 0 operisio de uma para outra méquina, e afirma em tom trunfa: “Essa mu- danga esti em evidente contradieZo com a velharotina que divide o trabalho e faz com que um fabrique a cabega e, © outro, a ponta de um alfinete™. Ele deveria era ter perguntado por que, na fbeica automética,s6 se abandona esse velha rotina em caso de necesidade. (16) Em caso de necessidade, como aconteoen durante # guerra de Seces- so, o burgués nfo hesita em empregar, a titulo excepcional, o operrio de fbrica ‘os trabalhos mais grosseiros, como construgfo de estrada, ete. Entre as oficinas nacionais ingless de 1862, reservadas aos devempregados da indstriaalgodoeiza, as oficinas naciomais franceas de 1848, havia uma grande diferensa: nestas, © tuabalhador exccutava, a expensas do Estado, trabalhos improdutivos, a0 passo ‘que, aaguelas, executava em proveito do burguds,trabalhos munieipas produt- ‘os, e até a melhor prego do que o trabalhador comum, com o qual ofaziam assim entrar em concorténca, “A aparéneiafisea dos operitios dos cotonifiios melho- zou evidentemente. A causa, pelo menos para oshomens,.. 6 que eles estfo a0 ar iw, nos tratalhos pablics.” (Tratase dos operitios da fabrics de Preston, que foram usados no saneamento dos pintanos da cidade.) (Reports of the Inspectory of Factories for Oct, 1865, p59.) » (07) Exemplo: Os diferentes aparelhos mecinicos que foram introduzidos, desde 8 Iei de 1844, nos lanificios para substtuiro trabalho das criangas. Se 05 fihos aos senhores fabricantes também forem obrigados a froqientar # “escola” do gjudantes do fabrica, ese domfnlo quase inexplorado da mecinica tomari notivel impulso, Os teares autométicos sio méquinas perigoss. A maioria dos acidentes atingem as criangas porque elas, com as maquinas em movimento, pas sum por baixo para limpar 0 cho. Os inspetores moveram processor judilios contra certos fiscas e condensram-nos por infragdes dss tipo, mas sem conseguir 30 cu entilo, visto sua extrema simplicidade, pode-se muder continuamente a qualquer momento o pessoal encarregado dessa tarefaenfadonha. Porém, ainda que do ponto de vista técnico a maquinaria tenha alterado substancialmente 0 antigo sistema da divisfo do trabalho, este fontinua, por forga do costume, a ma¥er-se como dolorosa tradigfo da rmanufatura; 0 capital o reproduz ¢ consolida, sob a forma mais repug- ante, como meio de exploragdo da forga de trabalhe. Em vez de ficar cepecializado no uso de uma méquina parcial, Hé um abuso de maqui- furia para tomar o operirio, desde pequeno, elemento de uma maquina parcial(18), Assim ficam bem diminusdas as despesas necessirias para & reprodugio do operirio; além de tudo, ele toma-se completamente dependente do conjunto da fabriea, isto 6, do capitlista, Aqui, mais uma vez,'é preciso distinguir o acréscimo de produtividade devido ao desenvolvimento do procesto social de produgdo e o acréscimo prove- niente da exploracdo capitalist. [Na manufatura e nos oficios, otrabalhador servese do instrumen- to; na Fabrica, cle serve a méquina. No primeiro caso, ele 6 quem move (© meio de trabalho; no segundo, ele s6 tem que acampanhar 0 movi- mento. Na manufatura, os trabalhadores sfo membros de um mecanis- mo vivo; nafébrica, so apenas os complementos vivos de um mecanismo morto que existe independente deles. “A deplordvel rtina de um labor intermindvel, em que 0 mesmo provesso mecanico se renova sem parar, 6 parecido com o trabslho de Sisfo; como 0 rochedo, ¢ peso do trabalho volta sempre a cair sobre 0 operirio esgotado(19).” Ao mesmo tempo fem que 0 trabalhador mecinico cansa ao maximo ¢ sistema nervoso, ‘suprime 0 jogo variado dos mtisculos e impede toda atvidade livre fisica ‘mudanca efetiva. Se os construtores inventassem uma vassoura automtica que cevitasse oss tarfs perigosa ds crangss, estariam contribuind> de modo sigifica- ‘vo para as medidas de protegfo (Reports etc for 318 Oct. 1866, p63.) (18) Teso permite julgaz 2 assombrosa idfia de Proudion que considera a ‘maquina no como sintee dos meios de trabalho, mas como sintese, em beneficio os préprios openirios, de tarefas prciais, 19) F. Engels, Siruapdo das classes rabathadoras na Inglaterra, p. 27. — At6 o St. Molinari, um lvrecambsta bastante otimista, exreveu: “E maior 0 desgaste de um homem que Fisaliza, quinze horas por dia, 2 erlucio uniforme de ‘um mecanismo do que © de quem, no mesmo espago de temo, usa a forse fie, Ese trabalho de fiscalizacdo que, se nio fosse onge demaistalvez pudesse sevir 4e exereicio para a intligenea,dest6i, com a continuagaoc pelo exceso, tanto a inteligéneia como o proprio corpo”. (G. de Molinari, Brudes économiques, Pris, 1846.) 31 ¢ intelectual(20), Até a maior facilidade do trabalho torna-se instrumen- to de tortura, jé que a méquina no dispensa o opersrio do trabalho, ‘mas faz.com que o trabalho perea o interesse. Toda produgdo capitalista, —\~ como geradora nfo s6 do valor, mas também da mais-vali, tem esta caraeteristica: em vez de dominar as condigdes de trabalho, o trabalhas | dor é dominado por elas; mas essa inverséo de papéis s6 se torna real eh efetiva, do ponto de vista técnico, com 0 emprego das pea \ meio de trabalho tomado automato ergue-se, durante o processd de trabalho, diante do operério sob a forma de capital, de trabalho morto, que domina e explora a forga de trabalho viva. A separagdo entre forgas, intelectuais do processo de trabalho e trabalho manual, ¢ a transforma- fo delas em meios pelos quais 0 capital sujcita 0 trabalho, tomam-se efetivas, como jé vimos acima, na grande industria baseada no maquinis- ‘mo. A habilidade particular, individual, do trabalhador assim despojado no passa de infimo acessorio e desaparece diante da ciéncia, das enor- ‘mes forgas naturais ¢ da massa de trabalho social que, incorporadss 20 sistema mecdnico, constituem 0 poder do “Mestre e Senhor”. Esse mes- tte, cujo pensamento tne indissoluvelmente a maquinaria e seu prOprio monopélio, pode portanto, em caso de conflito, dizerlhes em termos arrogantes: “Os operirios de Fabrica nao devem esquecer que seu traba- Iho € de fato de espécie inferior; que nenhum outro se aprende com tanta facilidade nem é t2o bem pago, levando-se em conta a baixa qual dade; que bastam algumas indicagoes para que lhe sejam incorporadas, num mifnimo de tempo, multidées de novas forgas. Na produglo, as, ‘miquinas do patrdo desempenham um papel bem mais importante que © trabalho e 2 habilidade do operdrio — esta pode ser adquirida numa aprendizagem de seis meses, acessfvel ao mais simples lavrador"(21), ‘A subordinagSo técnica do operério & mercha uniforme do meio de trabalho © a composicao particular do corpo de trabalho, formado por individuos de idade ¢ sexo diferentes, criam uma disciplina bem nilitar, que se toma o regime absoluto das fabricas ¢ desenvolve, ampla- mente, o jf mencionado trabalho dos supervisores ea distinco dos ope- rrios em trabalhadores e supervisores, em soldados ¢ suboficiais da industria. “A principal dificuldade, na fibrica automatica, consistia nis- 20) F. Engels, loc cit, p. 216. QD) The Master Spinner's and Manufacturer's Defence Fund. Report of the Commitree, Manchester, 1884, p. 17. Percebe-se mals tarde que 0 "Mestre e ‘Senhor” vai mudar de eantig: quando se sentir ameacado de perder sous autSmatos 32 : era preciso, pelo estabelecimento de um disciplina indispensével, fazer com que os operérios perdessem os habitos irregulares e chegassem a regularidade imutdvel do perfeito automato. Mas, aslaboragao e apli- cago de tal cbdigo de disciplina, adequado is necessidades e & velocida- de do sistema automético, era uma empreitada digna de Hércules. Foi Arkwright quem realizou essa nobre tarefa. Mesmo na época atual, em que o sistema chegou a seu pleno desenvolvimento, nfo se encontra, entre 05 trabalhadores(22) que passaram da puberdade, quem possa auxiliar, de forma itil, o sistema automitico.” Esse cbdigo, no qual 0 capital — sem nele introduzir a divisio dos poderes, tio cara aos burgue- Ses, nem o sistema representativo que the ¢ ainda mais caro — formulou de modo autoritério e arbittdrio seu poder absoluto sobre os trabalha- ddores, 6 apenas « caricatura capitalista da regulamentagéo social do pro- cesso de trabalho que se toma necessiria desde que hé cooperagéo numa ‘vasa escala e que se empregam meios comuns de trabalho, principalmente smdquinas, O edigo de punigdes do fiscal substituiu o chicote do antigo feitor de escravos. Todas as punigdes revertem-se em multas ou descon- tos no saldrio,¢ asagacidade legislativa dos Licurgos da fébrica tomnadhes a violagfo de sua leis bem mais rentdvel do que a observagdo dessas mes- mas leis3), (22) Ure, The Philosophy of Manufacturers, pp. 22:23. Quem conhecer ‘bem a vida de Arkwright nfo conseguiriatribuiro temo “nobee” a esse astuciso bbarbeiro. De todos os grandes inventores do sécule XVI, foi sem divida 0 mais escarado ¢ 0 que mais conseguiu roubar as invengdes aheite, (23) “A escravidio a que a burguesia reduzin o proleaiado manifeste-e ‘com a méxima clreza no sistema de fibrias. Nele acaba toda a liberdade ~ de dirito © de fato, E preciso que 0 operisio este na fibica As horas da manhd;, se chegar alguns minutos atasido, std descontado; seo atraso for de doz minutos, recusamhe @ entrada até a hora do almogo ¢ ele perde um quarto do salicio. E brigade a comer, a beber, a dormir de acardo com as ordens. O sino despético vi forgéo a debar a cam, o almogo, 0 jantar. Ena fbrica? Nola o fabricante & © legislador abyoluto. Dita regulamentos a seu bél-prazer, sumenta ou modifica, Yontade, seu c6digo. Mesmo que ele af inclua os maiores absardos, o¢ tribunals Airdo a0 operitio: Voce aceitou esse contrat livrementa; tem portanto qué se submetera ele. F os operitios sio condanados a viver dos nove anos até a morte, sob a polmatéria, tanto fisice quanto intelectualmente.” (. Engels, Lc, p. 216 € Sequintes) Através de dois exemplos vou mostrar o que dizem os tribunas. 0 Dimeiro caso pasi-se em Sheffield, em fins de 1866. Um operirio havia-ve empre- ‘do por dois anos numa usina metairgica. Por causa de un desentendimento ‘com 0 patria, deixou a fibrica dizendo que de modo algum voltaria para ese {abricante. Acusado de ruptura de contrao, foi condenado a dels meses de prio. (Se ofabricante rompesseo contrato, #6 poderia ser citado diant de tribunals vis 33 Estamos apenas indicando as condig em que se realiza ‘9 trabalho na fabrica. Todos 0s érglos dos sentidos sZ0 perturbados 20 ‘mesmo tempo pela elevagdo artificial da temperatura, pelo ar saturado com detritos de matéria-prima, pelo barulho ensurdecedor, etc., sem ¢ 0 méximo que poderia lear era uma multz) Quando a pena terminot, 0 operé- tio foi convidado pelo potido a volts 20 seu posto na fibrca, em comprimento fo contrato. Recusa do operirio, que invocou 0 fato de jéhaver pago pela ruptura do contrato. Nova queixa do patrfo, nova condenagio do tribunal, embors uz dos juives, 0 St. Shee, teaha publicamente estigmatizado essa monstruosidade juridica, segundo a qual um homem, para o resto da vids, poderia ser petiodica- mente punido pelo mesmo delito. Julgamento que foi proferido nfo polos “Great ‘Unpaid da provincia ow do campo, mas em Londres, por uma das mais altas Cortes de Justica. O segundo caso passa-se em Wishire, em fim de novembro de 1863, Corea de 30 tecsls, trabelhando no tear a vapor na fibrisa de um certo HLarupp,fabzicant téxtl om Leower’s Mill Westbury Leigh, entraram em greve porgue esse Sr. Harrupp fezia a graga de descontar os alrios de acordo com cade Etago da manhi: 6 pence por 2 minutos, 1 xelin por 3 minutos, 1 xelim 9 pence por 10 minutos. Iso dara, a9 xelin por hora, 4 Uibras extestines¢ 10 xelns por ‘Ga, enquanto o sitio minimo delas nunca ultrapsssou os 12 xelins por seman. Harrupp também tinha incumbido uma crianga de tocar a hora da entrada. As eres cle proprio tocava antes das 6 horas da man. Se os operiios no estivessem 1 quando a eampainha parava, fechavamse as portas¢ of rtardatérios eram mak tados. E como a fibrica nfo tinha relégio, os operizios dependiam do garoto co- tundado por Harrupp. As operdrinsgrovistas, mogas mies de famflia decararam {que voltaiam ao trabalho quando o guarda fosse substitufdo por um relogio © @ {bela de ponalidades fosse convenientemente modificade. Harrupp citou 19 ope- ‘nas em jaizo, por ruptura d2 contrato. Em melo aos protesos pablicos, cade tama foi condenada a 6 pence de multaea 2 xelins e6 pence de despesas, Harrupp wvoltow para casa sob as vaias da multidZo. Uma das priticaspeferida dos patrbes ‘omiste em fazer descontos no salirio dos operirios, para puniios dos defeitos “presentados pelo material que thes fo} entregue. Esse costume provocou em 1860 dima grove geal nas cerimicas inglesas. Os relatérios da “Ch. Empl. Com.” (1863- 17/866) ctam casos em que o operiri, em vez de receber © sali correspondente io seu trataho, acabou ficando ~ grapas ao sistema de multas — dovedor do sew ‘hobre patsfo, A dltima cris do algodfo sere também para mostrar a asticia dos putrdes autocratas quando decidem fazer descontos no sti. “Ha tempos, dia © Inspetor R. Baker, fui forgado a abr um process judicirio contra um fabri: ante de algodio pelo seguinte: no momento da crise, ele forgou alguns jovens ‘peizio, com mals de 13s de idade, a pegarthe 10 penoe em tro do atestado addico que certificave a idade, a0 paso que cle mesmo #6 havia ago 6 pence, que a ici 36 permite um devconto de 3 pence e que o costume é de nfo descontar ma- fa, .. Um outro fabricante, afim de chegar so mesmo resltado sem ter problemas ‘com ae}, cobra de cada uma dose pobres csangas que trabatham para ele a soma fe 1 xelim como pagamento da aprendizagem da arte e do seredo da fabricasio, assim que o atestado médico os delara em idade de exceutar essa operagio (a fs 34 falar do risco de morte decorrente das maquines demasiado juntas umas das outras que, com a regularidade das estagSes, publicam os boletins de perdas nes batalhas industriais(?4). A economia dos meios sociais de produglo, amadurecida como numaestufs quente no sistema de fébrica, toma-se entre as mos do capital um roubo sistemtico praticado contra as condigoes vitals do operdrio durante o trabalho — roubo de esp2¢o, de ar, de luz e de meios de protegdo pessoal contra as condig6es perigo- sas OU insalubres nas quais trabalha(2S) — para mencionar apenas os 40), 1é portanto comentes oct que dever conheosr para comprender Fendmenos th exssordinrios como 4s grees ats (ratnas de uma peve dos tecelBes de Darwen em juno de 1863)" Rep et. for 300 Apr 1863. es ‘atriosvrpr oe etondor alm da dat) (24) AS leis lative proteso contra méuinas pergoastveram rests: dos venéficos. "Mas... hi stualmente nova fontes Je aiden, ineistnts hi 20 ance, sobretido s maior vlocdage das mighinas. Roda, lindo, fuses © {eats so acionados por ima forse sempce mor, € precy qu os dodon puxem © fio com mais rapier seguranga~ a minima hea, a minima imprudénci Ihes€pergom, Um grande nimero de acidents & provocado pelo empento que os opercontém em elardapressa su aa. Esbido gos ox pte ta inte ‘eso em feta mdquinasfunconarem em intecopedo, to &prodrite fos © tecidos. Una simples parada do um minato § prda de forge ee produto por ‘so que supervisors, ganhando por quantiads prodiid, sh encareendon de leva 0s opetzos a fazerem funciona as méquitas sem pra is também € muito importante prs os opertin que taba por pero ox por pts. APs sex poi, na malo das Isbrics, Upac as magna enquano eo em ‘movimento, exc é 0 costume. S6 es motivo prods ns éimos 6 meses 906 dn. Ape terns dani, 0 at tae go ontuma fzar uma impezeafundo as miguinas que nfo so paradas pura io. Ee tbl nf & page oro or operation pocuam foo mul depos ose E 0 némero de seidcies€ etn malo next eiaeno tado o que os outros dis da sans Ne sents o exoedente & de ceca de 12% m0 sib do, de 25%, Masse conirarmos ae no sdtndo a jrmada de ttaho € apenas ‘Tims ¢ mea em ver de 10 horse me, oexcedentssbe amas de 65%.” ep. ete 318 Oct, 1866, p. 9,15, 16, 17) : (25) No capi do tro I, flare de una campanta bem recente dos {atrcanes ingles consa on artigos travis dos quis ae sobe africa feta brotger os membros dos operon contra ss maquinsapeigoms. is apenas im toc de tm relttio ficial do inset L Horner Certs fbricantes me fl ‘am com levindade imperdodvel de certs acdentet — como aperda do umn dedo corr me baat A vin oft de um oer depend ta © de seus dedos que unt tal pera consttel pars ele scontecnento de nita Smportincia. Quando ougo exs plas studs, penrato:Suponta que vos fei un peso pment e qe apm do del uaa, ras lm dels sem opolegrou sem oindcaor, ual vos exclhera! Sem um momen: 38 aspectos referentes a comodidade do operirio. Estaria Fourier errado, portento, 20 chamar as fricas de presidios mitigados(26)? ‘to de hesitaglo, esrothem o que tem todos os dedos... Os senhoresfabricantes ‘tm falsos preconcsitas contra © que chamam de leglagfo pseudoflantrépica. (Reports etc. for 315 Oct, 1855, Sho senhoresargutos: nfo €i-toa que apoiaram arevolta dos escravocratas. (25) Nas fétrieas onde folimplantada hi mais tempo ale sobre a fibricas, 4 limitagdo obrigntiia do tempo de trabalho, bem como as outras repulamenta- (6es, muitos abusos desaparecem. Atingido um certo ponto,o prépro aperfeisoa- ‘mento da maquinatia exige melhores construgSes na fabrica, que redundam em bbeneficio dor operiios. (Reports ere for 315 Oct. 1863, p. 109.) 36

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