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  • Arquitetura Facial - Fios Orofaciais - Cap 21

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    IOS UROFACIAIS HISTORICO (© envelhecimento é um pracesso inevitdvel e progressivo e o rosto ¢ o espelho desse proceso ‘no corpo humano'®. A medida que envelhecemos, alguns pilares da arquitetura facial se al teram, incluindo a remodelacao da estrutura éssea de suporte, a atrofia dos compartimentos, de gordura profunda e a hipertrofia dos compartimentos superficiais, 0 ‘afinamento” do tecido conjuntivo na pele, além do “colapso" das fibras eldsticas®”*. Assim, hd uma degeneracao do colégeno e da elastina, diminuindo a tonicidade e a elasticidade da derme, o que a torna flécida e com aspecto “caido” (ptose), cansado e com rugas. Geralmente, as regides afetadas incluem bochechas (regido do osso zigomdtico), sobrancelhas (rebordo supraorbitério), areas ao redor dos olhos (parede lateral da érbita e rebordo infraorbitério), mandibula (papada) e pescogo”™=, englobando o Sistema Misculo Aponeurético Superficial (SMAS) e 0 tecido muscular. O resul- tado é um rosto mais “quadrado” (processo de quadralizacdo facial durante 0 envelhecimento) € de aparéncia mais senil. Além disso, a falta de elasticidade traz perda de suporte da forma facial, © rosto comeca a “perder firmeza” e “enrugar™”™. 4 Luvizulo Thalliia Queiroz — Scanned with CamScanner ARQUITETURA FACIAL Atualmente, uma ampla variedade de procedimentos € oferecida como modalidades nao cirirgicas para o re- juvenescimento facial: 1) Toxina botu: linica, com efeito temporario em toro de3.a6 meses; 2) Preenchedores como © Acido hialurénico, fornecendo volu: ‘me por cerca de 1 a 2anos; 8) Radiotre- quéncia, tratando rugas superficiais e melhorando a flacidez; 4) Mesoterapia, inserindo produtos quimicos injetéveis, entre epiderme e derme com o intuito de rejuvenescimento e hidratagao: e 5) Cosméticos, medida temporaria a fim de obter uma melhor aparénciat’ ‘A suspenséo ou levantamento (do inglés - lifting) com fio, também cha- mada de dermosustentacéo, implica na passagem de fios cirdrgicos sob a derme a fim de impedir ou compen: sar a “queda’ e “frouxidéo" dos teci dos. Esse procedimento evita gran: des incisbes (auséncia de cicatri2), debilidades significativas ou tem: po de recuperacéo substancial”™*. Além disso, fornece um “levante mento" real e € considerado um procedimento semi-invasive, com resultado duradouro e que corres: ponde ao efeito de elevagao da testa ou do tergo inferior do rosto e pes- cogo de uma forma mais suave’. O iting facial com fios ganhou desta que pela denominagao de “lifting da hora do almogo" ou “facelift do fim de semana" em virlude da rapide de execugao, podendo ser realizado em ambiente ambulatorial, em um curto periodo de tempo, com relativa fa- cilidade de implantagao, ¢ menores complicagdes perioperatérias’™?"®, A.utilizagao de fios para iting nao é um conceito recente. H4 mais de trés décadas diversos tipos de fios so es: tudados e diferentes técnicas de inser. cdo so utilizadas, sempre em busca de um tratamento para flacidez com Infimo periodo de recuperacao e me- nores complicagdes em relagdo aos procedimentos invasivos tradicionais™. TIPOS E MARCAS COMERCIAIS DE FIOS. Os materiais dos fos podem ser clas- sificados em nao absorviveis e absorvi- veis e podem ou no conter garras. OS procedimentos com fios no absorv veis, que se mantém perrmanentemen- te no tecido, podem resultar em com: plicagdes como palpacdo, migracao, ‘extrusto, infecqdo (reacdo de corpo es- tranho), assimetria leve,fibrose, além de uma expressdo facial anormal™*, Consequentemente, 0 iting facial uti lizando fios absorviveis tornau-se mais, desejével*#*,j4 que eles so degrada dos pelo organismo em um curto perio- dode tempo, favorecendo a migracaoe prolferacao celular com consequente estimulo a neocolagenogénese. © conceit de fio com garras foi pioneiro por Alamo? em 1964, segui- do por Fukuda’? ern 198 e, posterior mente, por Ruff'® em 1994, entre ou- tos. Esses inovadores empregaram fios com garras para fechamento de feridas sem amarrar com nés. No en: tanto, eles ndo anteciparam suas apli- cagdes estéticas*. fio que descreve- ram apresentava garras colocadas em série a0 longo do seu comprimentot. A elevagéo do tecido mole empregan: dose fios com garras foi pioneira no final da década de 1980 por Sulamani- dze e colaboradores"* que, com mini ‘ma ou nenhuma dissecagao do tecido mole, colocavam 0s fios no subcuté neo. O material mais utilizado para confeccionar fios com garras nao ab- sorviveis 6 um nticleo de polipropileno (Prolene; Ethicon inc.. Somerville, NJ, EUA) em que as garras séo “abertas* para se estenderem para fora do fo, ‘em uma disposicao helicoidal®. Para fios absorviveis com garras, hé uma variedade de monotilamentos?. No entanto, 0 proceso de criagao de gar- ras diminui 0 diémetro efetivo do fio, diminuindo assim sua forca ténsil®, A morfologia da garra influencia tanto a forca quanto a resisténcia a tragao. Quanto mais profunda a garra é corta- da, menor serd a resistencia a tracaot 0 objetivo dos fios com garras nao & apenas aplicar, mas também mantera tensdo sem flacidez ou escorregamen- to, até que o fio seja envolvido por uma bbainha de suporte de tecido fibrético®. Recentemente, fios absorviveis de polidioxanona (PDO), caprolactona e cido politico também entraram no mercado com essa finalidade, ofere- endo algumas vantagens em relagdo aos fios nao absorviveis’. Estes fios podem conter garras uni ou bidire- cionais e, no caso da polidioxanona, também multidirecionais. Para obter lifting efetivo do tecido facial, os fios bidirecionais sdo preferidos, pois pro- porcionam uma ancoragem imediata a0 tecido e ndo podem se mover devi: do a diregao de duas vias das garras. Scanned with CamScanner [Alguns fos unidirecionais s40 anco- rages em ambas as extremidades em pontos fixos para aumentar a estabil dade” ®. Quanto mais tempo fio per: manece em posigo, mais colageno & estimulado e, portanto, 0 resultado & melhor e mais duradouro®, POLIPROPILENO (© polipropilena € um polimera con: feccionado a partir do propileno, pro: duzido na forma de monofilamento. um material esterlizado em 6xido de etileno, com resisténcia intermediéria similar a0 nylon, forga de nés reativa: ‘mente elevada, maleével e tenaz, De- vido & elasticidade. polipropileno & adequado para sutura de tecidos com maior capacidade de alongamento, ‘como musculatura e pele’ Os fios com garras desse material sfo fios permanentes com pequenas projegdes que irradiam para fora do centro do fio. Estes fios séo descritos na iteratura indexada como “Aptos Threads" (Aptos, Moscou, Rissia) “ise Endo Progressive Face Lift Sutures” "Contour Threads" (Surgical Special ties Corp., Reading, Pa.)”. Sulamanid- ze, em meados dos anos 99, denomi: ‘ou Aptos, uma abreviagao da palavra antiptose, 0 fio que havia. desenvol vido, 20 produzir manualmente com bistun., garras nos fios nao absorviveis, e palipropileno, tendo sua sustenta- fo subdérmica’. As variagdes atuais incluer fios com garras bidirecionais Aisponiveis como fios de “Aptos” curtos bara "Aptos Lit” ou “Lit Feather’ (TO TAL encanto, Moscou, Russia) (Kols ter Methods, Inc., Anaheim, CA, EUA), Drojetado para ser usado em tecidos lvremente méveis"'*. Em 2001, Bera ‘mendi langou no Brasil um fio de po- lipropiteno com 0 nome de fio Russo” {similar 20 fio Aptos). que determinava maior trago e autossustentagao dos tecidos moles faciais" POLIDIOXANONA Uma novidade mundial na dermatolo- Gia estétca, amplamente utiizada na Europa eno Oriente, parece ter melho 12s resultados e miimas complice- g6es. Os fins absonviveis de polidio ‘nona (PDO) vém sendo utlizados com sucesso em vatias Areas médicas, tais como cirugia cardiolépica infarr ti, digestiva e ginecol6gica. 0 uso de ios de POO pare tnsestticosiniciou 1 Corea, em meados de 2006, pelo Dr. Kwon Han cirurgido pléstico, que percebeu que a cicatricava menos evidente quando a sutura era realiza

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