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Sexta-feira, 4 de Julho de 2003 AIADIA NA DEDIIDI IAA Ff, VIANIV UA NEP UDLIVA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA Prego deste ntimero — Kz: 42,00 Todi cortespondéneia, quer oficial, quer relativa a anineio © assinaturas do «Dien As tds aries Repiblicass, deve ser ditigida 8 Imprensa A Ltsétio Nacional -— AF. ena Luanda, Cubs Postat | 4 2+ serie 1306 — Find, Teleg.:clmprensae» AR série 'ASSINATURAS ‘© pogo de cada Tinh publieada nos Didrios ‘Ano | da Repiblca 1 © 2+ sries & de Kr: 65,00 ¢ para a Ke 165 75000] 3.* série Kx: 75,00, aevesvide do respective Kz: 97,750.00 | imposto do selo, dependendo & publicagao da Ke: 98 250100 | 3. saci de depssito previo a efecusr na Tesourait Kr: 38 250.00 J aa tmprensa Nacional — UB. E. SUMARIO Conseiho de iinisiros Deereta n." N03: Aprova 0 regulamento sobre © HIV/SIDA, Emprege © Forma . Decreto n." 44/03: Proton Extingue o testituto de Investimento Estcangeite e cria a Agencia Nacional part o Investimento Privado, adiante abreviadn designala por (A.N.LP).c aprova o seu estatut, CONSELHO DE MINISTROS Decreto n.” 43/03 ded de Jutho A infecgao pelo virus de Imuno-Deficiéneia Humana (HIV) € 0 desenvolvimento do Sindroma de Imuno- Deficigncia Adquirida (SIDA) constituem, na actualidade, iores problemas de sadde que a sociedade enfrenta relativamente 2 implementago dos direitos soci legalmente protegido: ‘emprego, ao trabatho ¢ & formagio profissional uns dos nomeadamente o direito ao Por esse motivo, reconhece-se a necessidade da vigéneia de um regulamento sobre 0 HIV/SIDA, emprego formagio profissional, na esteira das recomendagdes da ONUSIDA, que estabelega, defina e regule as formas, os métodos € comportamentos de protecgio dos trabalhadores que devem ser observaclos petas entidades empregadoras no local de trabalho, pelos centros de emprego ¢ de formagio profissional, baseados no respeito pelos principios fundamentais dos direitos da pessoa humana e nas directrizes internacionais, nomeadamente, nas normas éticas de satide no local de trabalho, na formagio profissional ¢ na adopylo de préticas atitudes de solidaricdade © respite para com os individuos afectados. Nos termos das disposigdes combinadas da alinea <) do artigo 112.” © do artigo 113°, ambos da Lei Constitucio- nal, 0 Governo decreta o seguinte: Artigo 1.° — E aprovado o regulamento sobre o HIV/SIDA, Emprego ¢ Formagio Profissional anexo ao presente decreto e que dele faz parte integrante. Art. 2." — As diividas € omissdes resultantes da interpretagao ¢ aplicagdo do presente decreto serio resolvidas por despacho conjunto dos Ministros da Administragio Publica, Emprego ¢ Seguranga Social ¢ da Smiide. Art. 3° — Este decreto entra em vigor na data da sua publicagio, Visto ¢ aprovado em Conselho de Mini Luanda, aos 25 de Abril de 2003. ‘os, em Publique-se. Primeiro Ministro, Fernando da Piedade Dias dos Santos. Promulgado aos 20 de Abril de 2003, Presidente da Republica, José Epvaxbo bos Santos, 1418 REGULAMENTO SOBRE O HIV/SIDA, EMPREGO E FORMAGAO PROFISSIONAL. CAPITULO 1 Consideragies Gerais ARTIGO 1 (Objecto) presente regulamento estabelece as regras de cardeter brigalério para as entidades empregadoras, instituighes de emprego ¢ Formagio profissi inismos de protecgdo dos eidadiios seropositivos € afectados com o HIV/SIDA no emprego e formagio profissionat, hem como relativas a adopedo de condutas e priticas preventivas & propayagdo e disseminagao do HIV/SIDA. mal sobre ox mei ARTIGO 2, ‘Ambito) O presente regulamento aplica-se aos orga instituigies da administragdo central ¢ local do Estado, as empresas puibiieas. mistas e privadas nacionais ¢ estran: ainda instituigdes de emprego € for- ndepencentemente da sua dimensio. ismos © geitas, cooperativas fio profissiona . ARTIGO 3° (implementagio) 1. A implementagdo do presente regulamento é assegurada pelos organismos do Estado que superintendem os scctores da administragio piblica © do trabatho bem como da satide publica, 2. Cabe em especial aos servigos ligados a satide pliblica, em particular ao Programa Nacional da Luta contra a SIDA, e aos servigos da Inspecedo Geral do Trabalho ¢ do emprego e formagao protissional dinamizar us actividades nnecessérias para 0 cumprimento do estabelecido no presente regulamento, 3. Através dos mecanismos apropriados podem ser estahelecidas formas de cooperagio e participacao des parceiros sociais e demais organizagdes interessadas na implementago dos programas aprovados. ARTIGOA* Wefinigies) As definigées que permitem uma melhor compreensio deste regulamento constam do anexo ao presente diploma & que dele & parte integrante, CAPITULO I Educagio, Sensibilizagio e Prevengio ARTIGO Ss (Programas) 1. As entidades referidas non 1 do artigo 3.2, em colaboragio com as associagées sindtcais ¢ empregadoras respectivas devem estabelecer programas de educag! DIARIO DA REPUBLICA sensibilizagao sobre © HIV/SIDA incorporando para 0 efeito familiares proximos dos trabalhadores ¢ formandos. 2. Na implementagio do disposto no ndmero anterior deve-se ter presente © seguinte: a) prevengto através da educagio, informagio, sensibilizagdo sobre as InfecgSes Sexualmente ‘Transmissiveis (IST) ¢ 0 HIVISIDA: b) promocio, distribuigio de preservativos ¢ aconselhamento. CAPITULO III Acesso a0 Emprego ¢ Formagio Profissional ARTIGO 6" (Acesso e controlo) 1. Nao & permitido em circunstincia algurma do teste para detecgaio de anti-corpos anti-HIV como pré- -fequisito na admissio ao emprego, nem 0 controlo forgado do HIV/SIDA no local de trabalho, salvo a pedido do candidato ou do trabathador. exceptuando-se os casos. egalmente exigidos. 2. O controlo voluntirio do HIV a pedido do candidato © do trabalhador deve ser realizado por entidades devi- damente qualificadas e credenciadas pelos servigos nacionais de sate Antico 7" (Confidenciatidade) 1, Os trabalhadores, candidatos ao emprego ca formayao profissional, portadores de HIV/SIDA nao sio obrigados a informar sobre o seu estado de seroposoti- vidade as entidades wegudoras & responsaveis pelas instituighes de emprego ¢ de formagio profissional ou seus representantes, excepluando-se os casos legalmente exigidos, 2. A informagao do estado de satide do trabalhador e do formando em relagio ao HIV/SIDA nio deve ser revelada sem 0 scu consentimento, exceptuando-se os casos legalmente exigidos, CAPITULO IV Situagao Laboral e Formativa ARTIO 8” (Situagio Inborat¢ formativad 1 A seropositividade nto deve ser um factor a considerar em relagio ao despedimento € promogio dos trabalhadores ou formandos, devendo a sua situagao ou formagdo profissional bascarem-se em critérios de igualdade de oportunidade definidas na lei para exereer uma fungio laboral ou determinado nivel de formagio profissional. 1_SERIE — N52 — DE 4 DE JULHO DE 2003 2. A transferén ia do cidadao seropositivo de um determinado posto de trubatho ou de um centro de formagiio profissional para outro, deve decorrer da or ajustar-se a cond sidade de ao Fisica do trabathador em Tungao do seu estado de save, 3. A seropositividade nfio deve ser um factor a ter em conta na formagao profissional, superagio ¢ capacit técnico-profissional do cidadio, 4, Os trabalhadores ¢ formandos infectados pelo HIV fo desde que revelem aptidiio nas condigdes decorrentes do contrato, 5. Na eventualidade de agravamento da situagao clinica do seropositive & sendo necessirio recorrer « suspensio do contrato, as cntidades empregadoras no devem alterar as condigdes remuneratérias enquanto se mantiver vinculado as instituigdes, empresas ou centros de formagio profissional, pondo termo a sua prestagiio apenas em easo de ame: médica competente, devem manter © vinculo laboral ou de formaga ade morte, devidamente atestada por entidade ARTIGOS" {Sequeangi e sue no trabalho 1. Os trabathadores e formandos infectados com o HIN@SIDA tém diteito e acesso a tratamento médico sem dliseriminag2o, nos termos e condigdes estabeleci relativamente as licencas por doenga. 2. Sempre que as condigdes médico-sanitirias nao permitam os trabalhadores € formandos de continuarem a exercer a sua actividade normal ou prosseguirem a sua formagio profissional, deve-se-thes oferecer trabalho ou formagio alternativos, sem prejuizo dos beneti na lei decorrentes do conttato. ARTIGO 19° Seguranga social) © trabalhador seropositivo beneficia dos mesmos direitos sociais ¢ econémicos previstos no regime geral para ‘os trabalhadores infectados de twherculose, lepra, tripanos- somiase humana, canero ¢ doengas mentais graves. ARTIGO IL (Beneficios profissionais) 1. As instituigdes de formagdo profissional e as associa- ges afins devem assegurar que os beneficios profissionais aos trabalhadores ¢ formandos infectados nto sejam prejudicados, proporcionando-Ihes a devida assisténcia 2, Os projectos médico-sanitarios das empresas instituigdes piblicas nao devem ser discriminatérios em telagio ao HIV/SIDA e devem proporcionar beneficios legais para todos os trabalhadores ¢ formandos indepen- dentemente do seu estado elinico. 1419 ARTICO 2 (Aconselhamentoy AS entidades empregadoras em colaboragtio com as associagdes sindicais e patronais devem eriar métodos de uconselhamento que permitam levar ao conhecimento de todos 0s trabalhadores dos seus direitos, garantias © outros beneficios, tal como, assisténcia médica, seguro de vida e as demais formas ce protecgao social. CAPITULO V Protecgio ¢ Garantias ARTIGO 132" (Riscos profissionais) Em caso de detecgio de riscos profissionais de da infeegio do HIV/SIDA. as entidades empregadoras devem tomar medidas preventivas que Iransmis promoyam a redugio de tais riscos, a formagio e infor magdo precisa dos perigos que resultam do incumprimento o HIV/SIDA. ARTIGO 14" (Compensagio) 1. Os trabalhiadores infectados pelo HIV no exercicio da sua actividade profissional ou durante a sua formagio profissional tém direito a compensago ou indemnizag: Nos termos da Iei. 2, Sempre que ocorra necessidade inadidvel para a transferéncia de trabalhadores e formandos infectados com © HIV, as entidades empregadoras sio obrigadas a facilitar © proceso de deslocago com as suas familias ou pessoas a seu cuidado, 3. Aos trabalhadores cuja ocupagio exija viagens de rotina devem as entidades empregadoras assegurar os meios cos de infecgio, ineluinda 0 acesso 3 que minimizam os tis informagio ¢ preservatives. ARTIGO 15° «Proteesao comtea a injiria 1. Os trabalhadores seropositives devem ser protegidos da estigmatizagao e discriminagao dos colegas, empre- gadores ¢ cl 2. A ofensa, estigmatizagdo e discriminagao de traba- Ihadores infectados pelo HIV/SIDA, por parte dos responsdveis c trabalhadores, constitui violago grave do dever de respeito, estabelecido nos artigos 43.” ¢ 46.", da Lei Geral do Trabalho. 3. As entidades empregadoras e instituigaes de formagiio profissional devem, nos termos da lei plinarmente os autores das condutas referidas no niimero anterior. nes. sancionar 1420 DIARIO DA REPUBLICA ARTIGO Lo (Wiolagies) 1. A violagiio do disposto no presente regulamento pelas ides cmpreyai 10 profissional € puntvel com multas que variam de © regponsdivels das instituigies de format 2S vezes 0 sakirio médio mensal praticado na empresa. 2. Nos casos em que se verifiquem a existéncia de dolo, couegio ou outros meios fraudulentos, a respectiva multa poder ser agravada até ao dectiplo do previsto no nimero anterior, sem prejuizo do correspondente procedimento criminal ARTIGO 17 ‘Aplieago das multas) 1 Jo, controlo ¢ aplicagio das multas, ao abrigo do presente regulamento, é da responsabilidade da Inspeego Gertl do Trabalho, que para o efeito levantaré 0 spective auto de noticia 2, © produto das multas por transgresstio da estabelecidas no presente regulamento servini de apoio as norma auger solve o HIVES DA covidenadas pelo Pi ograima Alargado de Luta contra a SIDA, sendo distribuide nas seguintes proporgdes: @ «50% para o Orgamento do Governo Central (a consignar ao Programa Nacional de Luta contra a SIDA), ‘b) 20% para o Ministério da Sadde; ¢) 20% para a Seguranga Social: d) 10% para a Inspecgaio Geral do Trabalho. ANEXO A que se refere o artigo 4.° do regulamento que antecede (Definigies) I, Regulamento sobre 0 HIV/SIDA, emprego e formago profissional: © conjunto de normas. a ter em conta nna proteegio dos cidadlios seropositives para o HIV/SIDA & ‘afectados, no emprego € formagio profissional, educugio para a satide com vista A observancia por parte dos individuos seropositives, de condutas e préticas sexuais isentas do risco de propagugio e disserninagao do HIV na sociedade. 2. Emprego: 0 estatuto social abstract cinnferide a0 cidadio nacional ou estrangeiro, para a sua vinculaggo ao trabalho produtivo e remunerado, por conta de outrém, proporcionado pelas instituigdes de direito piblico ou privado, relacionado com 0 desenvolvimento econémico € social 3. Formagiio profissional: 0 provesso através do qual os, jovens ¢ adultos adquirem e desenvolvem conhecimentos & aptiddes profissionais gerais e especiticas, atitudes ¢ priticas directamente relacionadas com 0 exerefeio de uma profissio, que complementa a formagio escolar, no quadro da educagio permanente visando uma melhor integragiio do individuo na vida socialmente til. 4, IST: Infeegdes Sexualmente Transmissiveis, 5. Trabalhador: toda a pessoa singular nacional ou estrangeira resident , que voluntariamente se obriga a colo- car a sua actividade profissional, mediante remuneragiio, a0 servigo dum empregador, no fimbito da organizagio ¢ sob direegio e autoridade deste 6. Estagidrio: toda a pessoa singular nacional ou estrangeira residente, que voluntéria ow obrigatoriamente esteja vinculada a um processo de estégio nas empresas, organisms e instituigGes de formagao profissional 7, Aprendiz: todo cidadio nacional ou estrangeiro com idade activa e legalmente vinculado a um processo de formagiio profissional metédico, completo e prético em regime dle aprendizagem que tenha por finalidade assegurar © desenvolvimento da capacidade individual ou colectiva & a aquisigao de conhecimentos necessaries & execugdo de uma profissio qualificada, podendo conferir um grau de quivaléncia escolar que compreende: a) uma formagio especifica de cardeter téer profissional ministrada na empresa € nas nstituigdes de emprego e¢ formagao profis- sional, reconhecidas pelo Instituto Nacional de Emprego e Formac Profissional (INEFOP); ibeleci- co b) uma fomagao geral min’ em es mentos oficiais ou particulares de ensino pertencentes a empresas ou outras instituigdes de direito pablico ou privado. 8. Formando: todo cidadao nacional ou estrangeiro com: idade activa que esteja legalmente vinculado ao processo de aquisigao de conhecimentos ¢ aptiddes profissionais gerais ¢ espeefficas directamente relacionados com 0 exercicio de uma profissio que complementa a formagio escolar no quadro da educag&o permanente vi integragio social do indivéduo, 9, Local de trabalho: 0 centro de trabalho onde o trabalhador exerce a sua actividade com regularidade ¢ permanéncia. indo uma melhor © Primeiro Ministro, Fernando da Piedade Dias dos Santos, 0 Presidente da Repiblica, Jost Eouakbo vos Santos,

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