You are on page 1of 327
RETOMA | EDUCAGAO LITERARIA PORTUGUES 11,2 ano Poesia Trovadoresca Programa Matas Curicalaresd Portuguts 10.0300) cesluawereanas Contexusizace hinéren eri, ‘Cangas de amigo esconer§) Camtgas de amor (scone 2) Represenactes de fet mosis Cartgns 6 erate ses (seer?) ios secs enter triee confiencia amorous (antiga de ia), rela com 2 Naren cana de mio), 2 cit de aor 0 eli corte (ania em), a cimensio satis: pared do anor conse ‘le de costumes (cantigas de escrio « maine) sgap0s medivas, protagonists eccunstcias LUnguagem, esto eesti: cantga de ingo: caracteiasi tematic forma (oaraeisme eet); cantiga de amor carssterieago tems ~cantga de escenio maldte:caracterizasto teri, cursos expresses: a compara, aironis€2 personicasso. I Conitextualizacao histériconliteraria A poesia trovadoresca situs-se na Epoca Medieval, tendo surgido no final do século Xil, aquando da formasio das cortes senhoriais e do desenvolvimento da corte régia, o que possibiltou a produgdo cultural nobre, designadamente a poesia lirica € satitica A poesia trovadoresce foi cultivada pot trovadores na zona norte da Peninsula Ibérica, nos reinos de Portugal, Gaza, Castela, Leo e Aragao, entre os séculos Xi! a XIV. A designasao trovador & de origem provencal(tegldio do sul de Franga) @ designa os autores e intérpretes {que Introduziram nas cortes composigées potticas de indole amorosa acompanhadas de masica @ idioma por exceléncia do lrismo peninsular € 0 galego-portugues A poesia medieval surge associada & musica e 20 canto e animmava os serbes da corte ‘A poesia galego-portuguesa esté compilada em Varios cancionelros: Cancloneira da Vaticand, Cancioneiro da Biblioteca Nacional e Cancioneiro da Ajudo. S ‘ren ite oseclo ie estos seule pce de asin ss») aaconiaes rea da Reconits C) pup tomes deedoe Gz, eo de Priel rio de Cnt “preoregets todos jorae(es, hese re nobres busines, | Ceeeeciei aie \ * Lingua: galego-portugués. ‘\ proaiste | * Modalidade: cantiga (poesia cantada). coma | } {pee eases rt stds dara + Canconeiros: ~Concioneiro a Aludo = Cancioneiro da Biblioteca Nacional ~ Cancioneira do Vaticona Il, Representacses de atatos e emocdes 3 Ao BONY Keren GERIOSHEENO® NO | In BOWES OY PER « ERPS EARLS 4 Give ‘As cantigas de amigo: origens, sentimentos, confidentes, relscaan com a Natureza ~ [aundetone (nooks peninstoe [Uma donzdle spanonads [Oamigceamado ~ [Amnie, as amigas, aNatureza | Amor, saudade, nostalgia alegria de vver __[Domiéstico (a casa), rural (a fonte, o campo), @ praia (unto 20 mar) As cahtigas de amigo s50 eoriposgbes poétieas, nas quals 0 sujeto podtico 6 uma f done spaixonadssaidoss) inocentele, muita Vezes togéaua, que, dicgindo-se & tnie, 85 amigas ou & natureze como confdentes, exprime &s seus sentimentos face & aistrci do anato do designadas cantigas de amigo, pols, em geral, @palavra «amigo» surge com significado de pretendente ou namorado; (© trovador imagina os sentimentos de jovens donzelas apalxonadas e escreve como se fosse uma mulher enamorada pelo seu amigo. As cantigas de amor: coita de amor e 0 ¢logio cortés [oreem Provensal [autor Tirovador [[Suieita posto | Trovador Objet lassen Sentimentos | Amo (hita de aor) SAUEUEMOSEMET | AGENTS TORO. Ambiente | Palaciano [ema =Ascantgas de enor sto compostes poelias om que o rovador apahonadopreta VessalagenaiirBsd Abr corno ser superior, a quem chama 2 sua senhory, Nas cntigs de amor, 6 no amblente astocrstice que podemds entrevera aspires Go trovedor a und muh InaingNl, 2 senhor», que, nor veies, € casada ou de * Scm3200. Sst angio. o cAGIAAS AS - BOGS noe cas “cane QeoNN Eval eusleoverslcedil Linn 9, OOS ‘ mas ERCGtTG roRUiHO GNSS 1 Se Vistes meu amigo, © Por que eu sospirol ‘EaiDeusiseverdcedol Ss pansidesnnes as Se Vises meuStiRda eae oan aonenen wition oo OA comes Por que ei gran cuidado! REOS FON eRe hWes LAP OoORALS y (Bai Deus)severra cedor eo sompsta, Bh OMENIBS CiGengaa") scorle SERMONS, Garaiadocia, cngiiaia, dassagere, | 3| Nossos amigos iran por cousir Aiciones é 2 como bailamos, ¢ podem veer 4 bailar mogas de bom parecer, ©) enossas madres, pois la queren ir, Gi \deas|por.nds ¢:porsi ‘€)n6s, meninhas, bailaremos'it Cane: on congas sanraiqan = 0S anmeRicas BuNENEITAI + arvoi PASOSTSSMEAGMMS: ckqynia, ontanianano D rongue uss comgan Gapent Ren Sa Pe ERSTE: + PaManimogss dan mais o Sosy PNA OS dom ABS Anse caren: _ teens fs ee Bro neepan ne TH SoHE. AL HTOVINMG Sey ae Quer eu en aan ; Auiernisag JIS | u en maneira de proengal aseorne Res cere Quer'eu en maneira de proencal SSCS ote, HAE fezer agers un conte eamor INN cangaiton Beane JAKE 9018 GO wher Wuerrei mult loar mha senhor “| CONE. 6 ® aves itl lar nha sonor "$29 0 Rie 8 Que pres nen fremesuira non fal, “NES nance BSA GOH “CO. cow Ikan Men bondads: © als vos drei on: "SSSA. easy) tanto @ fez De aa coe OS ERE 9 ese a Fenian anoas EN esse on é Sane aS eats eS Oa eae, Camha senor quiso Deus fazertal, ( Sxecallan ( recsctoned ee £ HS cargo, ‘Quando a fez, que a fez sabedor! Son ashxe FAD) mney adoro. a etodo:bene de mui gran valor, ©.C0n todo} est’ 6 muicomunal-y sss PASESON | necdga. ali u deve; er deu-Ihibonisen —> ceca CESS) ND 2 QTROS a densa BRIER 35 caoasoe € des i noni fez pouco de bem, (dando non’ quis que Ih‘outra tossiguatl T SREY GLa “F BUS GO OUR jccenn WO asito, ee fe , Calemmba senhor nunca DUS pes ma, /ENSNIANS. 90 Qa ee ROA Wen ONNGol ae clin) ca mais ps i prez e'beldad! e'loor Fo an, e falar mui ben e riir melhor que outra moiher; des i 6leal \FAUItE © por esto non'setoje [, RAs WOKtces SAARI ALAde— ieee as =f PEI coRce & ean Qeends 7 Sa com - [eee ee Sal aieaan cada nomajtratseubenialy [SSS cay m2 PR ag Nom ‘ : OSAQ co) Bune oaae RUSSO AS SEG Cares Seo Ne INSTAL Eni camtiog, ato S aun sama) Nowe eneatna g alagio milo S tpana- ae 2 2 eNioni: slows BRATION) oouee ee a A EMO gus jodan ay ISS) Prakesncle Porn uso comin, LMEAaMaidaot. Qonto OMNadd , Tematicamente, estamos em presenca do poeta que revela qual 0 seu Proposito ulintetiga6: cantarfouvar/fazer oretrato damiulher améda’a maneira Provencal embora Teconhega que tal tarefa é impossivel dado o numero de Qualidades da sua "senhor". Esta técnica, explicitar aquilo a que se propée, 6 proprio de uma arte postica, informando os demais do tipo de cantiga, de amor, e seguindo qual modelo, 0 provencal. A’'Senhor” louvada no texto corresponde'ao Ideal feminino nia Idade Média? Imposto pela corte e dela se enaltecem as qualidades moraisie fisicas, sociais Outras de caréter mais genérico. Perante este modelo, 0 trovador pretendelouvarde forma exageraiday ‘Superiativando) a sua "senhor’. Embora sejam de considerar as varias repeticdes ao longo da cantiga como técnica para estabelecer a unidade desta poesia esta, no entanto, no constitul © verdadeiro elo'de ligacao. Na verdade, a unidade desta poesia ¢ conseguida através do encadeamento légico reforcado pela presenca da expresso causal "ca" - utilizacdo de ata-finda - nas 2" e 3* estrofes. © propésito inicial do posta, o de cantar a sua “senhor’, verifica-se do 4° verso em diante, quando o trovador enumera’as qualidadiesida amada como se de um catélogo de qualidades modelares se tratasse e nao de um retrato concreto. AD 1.04, SOcAd UeemEAMISD + Somnon, BSUACE , Kestakyic 1 A9fritwWoento, — coxatan gd) areron!! And OnieMagas otk oi havo. pS RES PAATD steer” @ vos ws rIEREIS? VOLO? 2 0. A PGBS SO FROM OB CAMVIQES te crn Res ees PRYCONIO “O90n, S facto ca este UNAS a gon do eae PNAS © GERAIS / GAA AJA, © LOKKE A crrustlen armada, Provtonds = 2 VammaRagonnn,) a. axl hast PC ate ackneto pes voOssinn- 2) pe os PSS! qucivasion pisican gayirn clfla a 80. PQ ASH 0100, GA uan qe PAIS bela 4 A CORIA Le | fai “ PRES CANS cere prene. oy aauitile ox Bn autre Dotto os Geka PARE © Ue © sue : 2 MHOONNED 5 2 DEAE” » “Re qualicades grcckgican Sarntaviea axccenhocan PASS BO GL 4 AEM ON). GAA-c_ conan: Botan’ ( ¢ Can? 8 "pnayyds 4 te BR See Sone gency menocdi Su a Ooh Yigioac Ai flores, ai flores do verde pino a ()) icedsmnoqoads A flores, sinbresieaveruartiy rsrénica a oreo $0 sabedes novas do meu amiga GO ( semhanrocg NINO BiDeis uy ieed3oia) at OO BRANig do BEEK Ai flores, ai flores do verde ramo, OB II paced es 10, Se sabertes novas do meu aiid) GB FORD (0% ‘AilDeus, © yg?) ANided? co pours lb Yiorsno os Se Sabedes novas do meuamigo, Nee io ’ quel que mentiu do que pos comigd! ies Abveus;e ue?) GM Sa! ALES oral ‘Se sabedes novas do meu amado, ‘Aquel que mentiu do que mh & jurado) (Aideisie we?) ~ Vos me preguntades polo Voss’ amigo, ‘© eu bem vos digo que é san’ e vivo: Dame . mat ae at RD 2 xk NY RECS Eh cam - (A)Deusie we?) eT, Gictacare. V6s me preguntades polo voss’ amado =a = a a) © eu bem vos digo que 6 viv'e sano: Se Aiveiisve wes) 5 Aan ERGs = = ctanatarnig, = BSA IG. E eu bem vos digo que é san’ e vivo S aan oS © Seré vose' ant’ o prazo saido: gues naga? AxAdMN So Mlarnigg | ene. E’eu bem vos digo que 6 viv’ @ sano: Ab®: alte gals ena sete © Sera vose’ ant’ o prazo passado: q - Oeisue BE omodsin an gernalediatt® sve Codd MERGER, fern HOURS SaWonal, an Vive coitad adios ‘Senhor, eu vivo coitada Senhor, eu vivo coitada —, uo orem OG GOR OB UH vida des quandowos nom vi, TTS mals pois vos qucredss ase TESS ONGAG Wa AE Or quan wae poriDeusy senor ben talfada, -> bows Ata jwanite, CARDONE, cong diieyrrn ‘querede:vos de'mimn'dosr ‘oulap leixadesnlinmorrers Sn patenindlos see Sn chen 30/ RIEMAASS ISHED, oro SIGINS erey WOH arse AVS Vos sodes tan poderosal > soswion de mim que meu male meu bem > \ dg ccs nip em ws 6 todo; [e por en, Do \ ee eens | aac potiDeus, mita'senhior fremosa, ‘querede-vos'de mirttidoer ne RR GALETE I Peon Fa MIEN cu‘arleixadesmirmorren [Ati x. TE coro Ws ay Posie E ato pod ae Prada 9 ado oo SHMNT ETO, Eu vivo por vés tal vida eee 4a ganme aps = a Gus eB Saetess , fice He AEE | senuneaeseschosmeus ax (NP ee dormien, mha senhor, © por Deus, ‘que vos fez delben’comprida, Snace> gaico REajcwms Daren HOMTAAL GURFMENOS IE MIMINGE. (| opts caamtacnn a CPMCS » ouarieivademiemoret IAniqida Aw Caxatony eee S> Rae arta alOu® cxamoon © ee i 7G, sennorjtodo m'e;prozer ie qaeiQusr tacia8S Ma po quer cuantivestauiserdesfazery | a cian ake arva—Q Gana Aseagre easiieo: Prone: Os> HeieSo, ® COUR, da auc ymfrNicidack 2 Aa AR 4enaco, RED BR dacora, nomnsadoNnstnte + 6% 46JeQ aubimineAD a vamads go doma © OR ABSOCED AROnCGE ROAM MS com) PAGAISHANIC BENS Proms a AED da iil aap hial » quilarsy qe BRO. aie. : eon hanor IepaTook vas > Rpsrontnenn Ae ean MNOS ote +riadone> oe = SSancm ally eenancg LIAIHS + HARM orn BOfm weneeeeWEy a lays ¢ da wancaSagecn | aren que arn Anovedon ani comme hlarcnmnke Gulecmigad # ob- FAN ao. pura dane . : TARE: 9 anmon, MaANMdO 0 dAHSA! REUENSH oreror conte PIREBONE!. AA AKMOS —ae Ek ABA AsO” , © SP GLsiyea —~A2 SH VIEO Borepayedr g1io Asin MNAdO cline GUL o> cembo- EERIE | KR GOB. Voge: pookn aloso liso moka 2% | QUuR ae eommpactoyos ctle gia quiz o ctevag POM DN NOY GAe gy tarda o qua Bo ctacictin rant pena ale wean iif) BOD IBayado, ct, cseinitg. 20 fricsnaien 0”) aniepinia peaalyr'o nai Ad >. Ee Seneannne - orccloo = 30 Santiganeumencdinnic Poa anes JAM mralsnio | ABANOS arcKlODIND! agdare}e Ai, dona fea, fostes-vos queixar Al, dona fea, foste-vos quelxat <= qawiport a2 quse co tho Per en com SAN A common ‘Que Vos nunca louven fo] meu cantar; mals ora quero fazer um cantar TROBID : cancictariaricas agra ‘ONIqUE VOSlOarSI toda Vas KoSenico. SUMAIAN E500 frouakye < ® vedes como vos quero ioar: eee FEESSA ‘Monaifea) vetna e'sandia! SRE trosodan - pancdadico PAO VA Ron CoreaSoncta — en morn aly Dona fea, se Deus me perdon, sSoeyettes pols avetes [a] tan gran coracon <— qparnsio sanacig Ue Vos eu ioe, en esta razon 4 ‘ fodavig > ESE LORDS pereske gana sPCY'S , cake ee AnoveoseL © ees qual seraaloagon: GAS protawocle apne Sona, ‘(dona'fea, velha'e sandia?’ Dona fea, nunca vos eu loei ‘en meu trobar, pero muito trobei; mais ora jé un bon cantar farei, lof quie Vos oare todavia’ ‘¢ direi-vos como vos loarei: BRGHAF Eto. comstgr (enoawd"Ae ro qethe Jax cambiqna ctu REKEANO 2 NALA GSA | aendo QUR SC Karcruasarndante avo can~ HiQ® Ae GAEEAIN] 4 goin GONG Sa cre MD SF \AoKWipic Cidaras, 50), Basho cpredo) ohnanka RAID ino AOS. gre roy IX), O BAKMO pattico opine Fe GPRM HAR ovnaads, panalnon ac Ga RIBADOURO 410.8 Ano ~ Poesia trovadoresca — paral (cantigas de amigo} | Paraletismo fee mrecet | cae ae Sree venoa 7 ‘ho eno if rie eno fa rencd p enocg ee eter Fogo Pied aati 40% amo: Poemtas -tnovadonance: PaVnion Rinicor SNA | AQ CIO Hcamtigaa Ae_annige Sap mioouenovinices LODO LAOS Aor. iO Lorn di gar cho conalcliggn. COMM Gas ucla. cromnons siCosnins oQlo a ignepanclada. GA COW Minti o_pocw. iemnidayods—onigimal Ges cnocliler onc Neotel Corn pani faLinicap ern GS @ tnovadon a2 AROALIMS “Carma GAM REO oho ernMNiaugs 2 one pni= SOO Oe. Gembiomemes annancdes. pela datenc— conde cla. SOLONCro 1 clonon\\n i nameneslintben COSOFCOOREOS: NOG, OMA Gin. ce clooia. CORA OI xe OS - Tridente a tagvedaq. = ees COED veh ocean ANNA Carron; ca we. as ——#enachenigada. pon pen ae - ~ = Arado (oreo Qnomels Pane don cones & cle SoM Que : ek NFelC ES _(ancg + ancccea OBA Sy eae Racal sa dO arn ankatato “pic ame chisite, = sto FOONadon._coiseen potormon et etlon qu _eooorsnnte. da, 2A AUAOBA, AEC agIA_a_apeniz—— c Conosononads) cuenta. conuitas ve a ee abe sitisna28_aoncs fit hor. 2d _@grvityo—Jo_nai——— A aoe = Sto 2MGOCNGia_do_que cir AMNOn: 1 SANA LAC AS plo priad®e ot anpinite re Gig. 7 GB OSA QADS Tesuyon. fo AL ol GS coon ei chatnhe po Nor unecp. pa a Sa eancact SALGPOO eae RN AED oun fannsatna —2— AQ Eon eatone A fig dnc. <9 pa s0MS “ausnamte. 2 cencmlisoha— doe carctiqoa— AS_aremogs— god) 5 = slo ALGO i —— oer ae __leacaligon co. tealdigen = conact eninge =32 eda _ Ca RETOMA | EDUCACAO LITERARIA PORTUGUES 11.2 ano Ferndo Lopes, Cronica de D. Joao I Programa e Metas Curriculares de Portugués ~10.8 ano Excertos de 2 capitulos Contexto historico. (21, 115 ou 148 da 1.2 Parte) ‘Afirmagao da consciéncia coletiva. ‘Atores (individuals e coletivos). (GRONICA'DEDJOAOT=CAPITULOS 11, 115 € 143 DA PRIMEIRA PARTE Ves global dalobra sapane Laren) Relato do conflito entre Portugal e Narracdo dos acontecimentos desde 0 assassinato do conde Andeiro (dezembro de 1383) & Castela, desde a aclamacio de 0. Jodo | nas cortes de Coimbra (abril de 1385) a assinatura do tratado de paz (31 de outubro de 1411). aclamacao do Mestre de Avis como rei de Portugal (abril de l AS 498 capituios 204 capitulos a el * 14 Parte * Acdo concentrada em cerca de dezasseis meses — varios acontecimentos simultsneos; * Da morte do conde Andeiro (dezembro de 1383) aclamacdo do Mestre de Avis como rei de Portugal nas cortes de Coimbra (abril de 1385). eee ‘A primeira parte ds ernca descreve a iaunelde Ge Usboa na rarrayao elec dor elsoos quasesimuhaneon do assessinato do conde Andeir, do alvoroco da multiddo que acorte a defender o Mestre e da morte do bspo- de Usboa, ‘Ao longo dos cap/tulos, fundamenta-se a legitimidade da elelgio do Mestre, consumada nas cartes de Coimbra, a sequéncis da argumentacio do doutor Joo das Regras, enquanto desfecho inevitivel,imposto pels vontade da populagio, II Afirmagao da consciéncia coletiva (Capitulos-chave) Periodo do pais sem rei e tomada de consciéncia de liberdades e responsabilidades O alvarogo'najcidade de Lisboa depois da morte do conde Andeiro e o papel decisivo'do\POv6 na ‘aciamagao do Mestre de Avis. Vivéncia heroica do Povo nos grandes momentos da revoluczo: — preperacio da resisténcia 20 cerco castellano’ cidade de Lisboa, de forma empanhada e! NalOFOS8. x Concorso. Ill Atores (individuais € coletivos) 41. Atores Individuais ~ personagens histéricas: D. Leonor Teles (a vila); D. Joao, Mestre de Avis (0 retrato de um homem espontaneo); Alvaro Pais (imagem do fidalgo de nobres valores) 2. Atores coletivos - Povo (massa anénima) od IV. O estilo de Ferndo Lopes Objetividace no gotta pormanarnag3o (descicBes pormenorieadas > Anticulagio entre com valor desrtvoe informativo), a objetividace Subletividatle na aprecisrso ciica © emotiva dos fotos relatados vic e | uso de intrregaeas retériea traseexclamativa) ~ subjetividade es | -Titerpelagso do interlocutor (rarataio), com recurso’ 23 pesea Go Hg Pluraledapéstrofe SauUNe + CUenarmicc, antibive, nx Utlizacto do verbo ouvir, sugerindo ainterasao orl < Cologuialismo ReprodusSo de cantigas populares > Uso de palavras au expressées de sabor popular e /owarclzante a e + Articulaga0 entre planos geal 2 cidade e 0: atores clstivos que nels = Visualismo intervém) e planos de pormenor (grupos de personagens e situagBes a e particulares ‘ dinamisno fect ds concertos de forma dni . Uso de vocabulos a marcar © sensorilismo da linguagem (atos ver . eowir, ‘ Emprego de recursos expressivos que conferem vsualismo a0 relate: comparado, personifcacso, enumeracs0,hipérbole = = =. Gadmiceas ded = Fanon. Capen = Gara a. on ona lO _D. Honcncana (hen 2ADBAy = PiOOAK ARGEME EOS GMA Vidivrn , Di teaseot Tallon, = otal GA a Na UGNdcO felher Le a Aincnay ox Toa = forte. DiuBiotAing , oARALEA— iO ANCHO. 0 pesblo: >. NCA Me 0 CN conmdau conn 2 Ty asi . Pooch rnske. stage a’ = Paromita estos cringe 2 popwlauds cls Liason imnuhe GPA = RR OSSIAN = A wacat Leosnans telen > COME ONC, IW aS gaia 2 acmornte. do = AGLRAING: ALcsvo fie. poi Ridenada goad: JOSS, ccassthe > q ALANA fiNNG baxetondo ole! 0» P2d00.. Fac a PAte A Atado. NowIWianrGng, D. lesoaan Tela pe CUA curvihio ao 1d clo Cantola. O_08i_oht Gamiske. ocanow poo. imracin Ran= xangal, eniqdionorsdo- vciniGs cace Prawten: ern ais Raotigal ” soit perneog WHodone . —O tintas Ae Avian pet aclarmodo. Bei dy Bo- QA Contan= Ao Corcrabres om ARGS 2 PA COON CAPER _erpn__414440. Bodo C560 fai. 9 crnGion —_Aigad paaaii2 acr parry astat RAPS LO P20 and euro 9 aiken: chai HOD = pe _inpharemncions eon ofeto a at AICG._Aicada, BARBI 0 HOIMI@LE AES SAA POLcer PA qYANES IO ALi Di JOS peep inna Kea =O CORSNS, BOQ db tart eoeste Usa a cmnimanne do _arnanarmela da cance omcloiag), s 2 2 2 2 2 > > > >. > > ; , , 0,20 La Masinens cpecnods PIDAD YomMlarccg «021 — SOMA SA SAO on scot dan; + Aapnapan: fo NOON). Gyo (OEM PACA nen AS E Teun = caning ‘cada , encic.tacnt ¢ 2 each Ut D- Leoswen, Herren} Cord 4 OATALORK Coro on cht L08.= Acc. Aawae_Aienp2Qntc So: ear nonaitepallo—ronamias a cnoluyas Poi ho Cameo = as paarmecc 4 Jo =G-_ SANG acs PAIS = A Poomonata INQUMNNICETS — de 1983 2. cnoratoa do Oo cen Gpadeing. Rauila~ pe artuta, ch mada ¢ le stermida De apSS_ (eatns Bo Avia = -cnami Peta = a2 —caceac Aun hormenn valgon. Ope reno. Sluididans % W —faq@a 2 _caccetta emea. Fo 2iclin daa coullidSa , LO MOCMONN Gate AP@RYMD Oo. aero. COMINGS 2 gAKe PR OMNIA anmbiciage is Nang flvoInor Ponginn = Worndi cocoa —PSmcA0 am (ALCO. Dscshi Mnoyinen ae pai ABASIC YRS CODGOL Cen Na 2 Base = fori BARI. 2 UCI A Goran —larate , ANAL AACS ec A. @—cenciona ca Aralucsy ASIN AEs BUNGISEN COLO Yan: aa ee te Foi RR GAARA ANG. oo -MaNtno Big Axia 7 Es eee BACON. a salidodkl eh ik eae RA cle Catal, pean : Se age pio nt eexttotidtniionsctc thongs —peaasiowall orto. mersbinnanntes pataistian. 5 BAD _ AEN a = : Panomagqens: smoivicuais Talat Poass 22 FQsare Oaie <—> oieenglica do racing Soc co pONO Pagan go carla cs utengtio otc + b eakaigie } senfor- MIA £ iondha WO A nanadtan > Shaidono 2 Paxnocoqans coviued Tatomhi picaqas 1 oO — —3\ Saractaxahicn > AMIGO, anda, ang AOS, €— AIAN SENSI arnt GS: aks are fem Warner, y Paqcrai reads eee < ao Hetan © A HANIA ca odd < falta coscose PRAISE cto ALoMEn, SAESYES 2 clanos ROSS — - Rua cle Cinboow ~ Pagers a AQSone Pain GOR? Kan oy Linen, Pajien)) ROLES Pals « Exo — PowsHa a @macngacgs pal Mastne SHEERS ~ Sion So tes 3S “Gomio. — Sains PASSSENGG | HOM S Ge Comoe PRamS & Short S65 ones — Maxie * 23 = Somientoornses S aacomheannaet® do auc Lida Ee QOSKSNG — Aiapomiiidacdks cu Po0G% Pane apoicN o Penta PENS = ceanioni dacto, IMBQVEUSE , raion. , ctasho oto MISAC HINER, carer PNOOAG , Rot ancentmeces , AACS BEL DAA | arnasalascndants coc APRS | ARONO)) BEEN GI, IAQAES 2 conics oom okey Tempocidinds, as Qidinie , cgilaugs , ESna optan, conoqomacd ORSON cle quiz age aan KINA 9 SADNESS sGae tants IK BINS LOAS | MOOT PAGED) GUD Ga As PdBredd (qMasweee, PARAMOS BrMOGSoR 7 clan Gove corm conagaren _ havanrnninn ay + feneer oo” PMOUEHAdS Jann chee 0 ONO RIA GREER OTE nau GLE ADECINEEHAN totes o= Licmardes qtav FONE Cami ae Cy ¢ eagete oa) PEAQA eonavinanonn oo Cnce = ote Oe et TOMANIEESY ares aaleyAasiog-a ei A EMAOSO COM eq ULATED ROCA aia Di mmomnie~ ee NON) AEA dar auap cosas Veanann onan caion V1 fa x s 2 Se Rar 2 gpoianam Eanie ac mi . BREMEN ton Comnne NOG AIAUNES Sag hve go ero GAS Cadcia Saarer commida Sav ee f srendeh | LomuGn , Condos, banter ce AOS | caporctar , carogulhan , Banimnan ¢ SCA PiGEacardannnoernamte pan GeRi8S PORE cnestaan ME crwolne ORAS chy aMEGMman o OOM KAHIC - cactashemes ol 9 BAISREP MOG cm rc\ia PAM Gut arle az doannanns concise eamnG , eB fenCE nS SomMbsrm an ares Gohe Ar MLO garam IS Bove contathamn® s tan stogara sarmtan > asadya a quombidads s qncli- SoOR Carn GMdasS ce quanor que © PONS HM] Toquam & SPAMATHFID AEA SOA AENT +. satovorm SROAME™ pabastaddes , We Fontan 2 innpomamtes Oe > o Haste ondamet A paticdT Sa osguucmcs alos ficolke= 2 ddodans Memnades (sash O GnoiaqiGos) ; HME a ata Eospaia PAkeysT > oad HSeRVA co adanord Farr Lede A cCOMBA EWE gaan Poth, Co coralha cia femmar# = SO, | ongEmiqassr j- oletamnime= GBF EoniSS cor AVPErn a a > NeKMaND amnceNNe: Ga uigta 900A toma Daron o oy petones seen ge, eee ces TOSS comm Gaaman na mUailhe = meosina, foataleya /-poncay conten nesta Brena RB NSE Bamnauaia GUb A JAWS aEA cata QUA CHVosAlis SENN Chama | NED WAASIEASON o char = VOLO COMMON. > Rasim) form bron wi Sava © Gre genaaloc chat arcmimerectd , paiictiaTe + conosyarn, aumne Vay que ESA BHA THAT o Precnts} da Enc ANic vido (AP oncnamga LEON AS ghal cabe a PAMEMCA abai but A AEOIGN Ga Gast GABONTOKEN & QUA CONna. me Sonigan 2 of seventy Capito aa LONG Pin 2 eo maus aDiodes cannon Upeatorrn © Portna 1» WaOtO a FES @ Ommsage jen A YOR rancacsta, A PONR & cidocta lana dacadd A end ID (santa - © ALO ~ OS; ex Qusorn yrs GUS Oo Chasing oO BAIS Aeeto. Os. AIG OHEMO af @ Acnclaied jeer LMM Qnitonn Quee qLvoown $B O Ere CAImGzomM aerschito. © geanina emestor - PMLA | | Acmiges APO Riceri- ver |" Sai co galicio nocwads gadta cers Did 9) SIO PUQUMIA | (Qe mea mmondale Roan 1 ERs nanpomds qus JO md GaSEER da BU> a SPERMS Arm. Gane a2 VOi earmton B MAA Pare ache SOMA Ss camote Ae Gonales cyaga a Mofida ol qu? & MATHIAS Cuniane Gan senctan o biage- jus 0. adlcrna, aacvot 7” « joa - No. cand SaptaNs AUG = A Parag aoen Lishor 2 EM GAM, |r ccracnpiconw@ales -rOGkANGNN —e de SSNS Sclhostagde pana e2 FOEOOR | GERQUS VG NED > Seek 5 ae CONS. ALG cys Wade a forms cow SAAS eo ee ASR eg eosgas Joa ddot® aganaacm Ss ca SS NOMA S Rernsa 2 esckoES? camd an comigas imdnodas. FS © Bite Ba coeds ; qua cuter colar add afer ewe m™ Ger Piltos aamdd on WQnioran gus chorony. MX! ae amalbhigzan © chia eon quis moncrarmn a gacitean qs Oo pants eo avo veoowna. SOW) GAAS GA AVECIA VAI) FEMS Bescon = awernt-nedo ) Guo end aqubs ears do damier Paden cron GaNiMOA 45S 4piator opiates” Cronica: narragio historia pela ordem do tempo em que se deram os factos ‘Objetivo: mostrar a leitimidade da eleiglo régia determinada pela vontade da populagao do ‘Aficmago da conseiéneia coletiva ‘© povo manifesta: seu patriotism ‘© seu apoio ao Mestre -garante a independénela de Portugal pelas ruas de Lisboa (apds o casamento do conde ‘Andeiro) e durante cerco a cidade suportando os ataques castelhanos, afome ea miséris vverdadeiro her6l da revolugio e da cronica -personagem coletive todos parttham da mesma opinigo. revoltam se contras as mesmas coisas ~unides -coletividade -divididos em grupos socials (lavradores, homens-bons, mulheres) Estilo (0 que confere vivacidade & historia) -descricio viva e dinamica (visualismo); sensagBes visuals e auaitivas, ritmo acelerado, recursos expressivos (comparacio, enumeracdo, adjetivacio, personificaco) -figordo pormenor informactes detalnadas e precisas -coloquialismo: uso do imperativo e da 2a pessoa -conjugacdo de planos 38 capitulo: problemas/adversidades que passaram e manelra como 0s ultrapassaram: Nao havia mantimentos, os precos aumentaram, havia muitas mortes $o os F opt Crag oDingaD Qrode tice 69 aK acide: | Aicnamieener = equBercion namativae que evoluten lM Ponrea qroctuad = cosactariner® Jos F2ASEMOSI—A Go Gantin dan GUase ot momo, SANiGedy Aid2090 po oigs eo SeaRRAS od (oncdigamis (C CGongpagscn Bice os MIg{ntlO conroccte jgopular frsqusmmta do cramatdnio LamcartE® ants nteas , Rc ooninee - sepa ange y A yiarnOheern® A pio Veo abd cores Baia rshaciomages csc 6° = iidingadd PIAVIGES Cuiae® , chinsd | Laci pene ces , Genaomi Picwet = UO a omumrnsna Gel; eating obj 04i vetceTS f some. bee face @® peso as oa dO $sit0n', closcniced Gorceesmoniges ‘osannnpe ASHENCOD , RAHI IOC Set snp, on compate hO Jomnncas, oAcheonts a ROOMBA ISA Conon. Vo Piicccarnto 3 copfatos * Agha mio, AS; amine OS Avie 2 aS Kee cgenaie a8 : Eainokiqiss pore rmamntay o SASS ~ padaimtos @— om GARMENT 6 Pora amaamar o adi | akBManOND SACs AAOCNEm eormnido. © corenagars a falter porque o se _aiget0 = I DE womire tdangoawencsn om elticerdes)) Gnas SOL oor ae Foionner? Sica) paid © mrnestiewdo ema couunerlhes panic, 5. yolla om canmin gore tay enco clarmones @ do qi 0 eats oo frlher a 32 capitidls: conmnpaikcd , clynorpere SOO palo nai con AemtirerainiOr j gracnou ouipoauldack, eH? © ° Be garingids fen face an oduanid atin > uoic Pantie c& Avia adocmado Axi ck Baiagek 2 FIOM do arco > Foams Lope: ae Fok HEM Bicciorminte = ae ee WNAasr Ve Vorced., Serer AR Maine NaucB oto , = BHAT CO K, Om Aci doatg Pi MMVON aa > eee ees

You might also like