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a) VP \\) ORGANIZADORES Telma Pantano Cristiana Castanho de Almeida Rocca SE SE | Um guia para pais, professores e alunos, considerando os principios das neurociéncias igitalizado com CamScanner ay PRT ed Taare EO eels Ry ome Ree E Como ESTIMULA-LAS No PROCESSO DE APRENDIZAGEM Digitalizado com CamScanner 1. INTRODUCGAO. As vias motoras tem grande participaco no desenvolvimento cognitivo do individuo. Ha algumas décadas a acdo motora passou a ter ampla valorizagao no ambito do processo de aprendizagem. Apds 0 nasci- mento, alinguagem corporal é o principal meio de comunicac3o da crianga no mundo, assim como, seu corpo ‘em movimento é 0 maior facilitador de novos aprendizados. A capacidade intelectual assim como a motora, estd diretamente associada ao ato planejado e organizado mentalmente Esta organiza¢ao mental depende de uma maturacao cerebral que leva o individuo a uma realizago eficiente no uso de suas capacidades. Até os sete anos constituem-se as habilidades motoras fundamentais para todas outras formas de movimentos especializados e necessérios 8 aprendizagem da escrita e da leitura, Ea transigio da fase do corpo vivido para o corpo conhecido. A maturagao do sistema nervoso é dependente de estimulos e respostas, resultado de experiéncias pessoais de cada um e suas relacdes em diversos mbi- t0s, tais como 0 social, o familiar, € 0 escolar. Atransformacao que é provocada pelo movimento, gera uma modificagao nas representagdes men tais e potencializa as relagdes do individuo com 0 meio porque melhora suas habilidades, esta funcgo tem o nome de psicomotricidade. 2. ALICERCE PSICOMOTOR Os processos de aprendizagem, assim como 0s afetos e as sensagdes dependem do corpo e da capacidade integrativa do sistema nervoso para se manifestarem. A origem da consciéncia de si é situada na experiéncia motora do individuo e sua constituigao inicia-se na relacao mae-bebé. Por meio das experiéncias de separacées, encontros (presenca e auséncia do objeto) e pelas trocas corporais, o bebé estabelece seU proprio eu. O “didlogo” que se estabelece na relacdo mae-bebé, esta troca, alia bases motoras e sensérias as relacdes de afeto e de amor. O investimento afetivo através do toque da mae delimita 0 corpo do bebé, através do olhar espelha seu sorriso, e assim demarca 0 seu esquema e sua imagem corporal. 0 esquema ea imagem corporal constituem as bases a partir das quais a crianca desenvolvera movimentos coordenados a0 fazer suas experimentacoes. Os gestos do bebé, sejam eles de sobrevivéncia ou intencionais, demonstram seu ajustamento a0 meio e representam uma modulagao ténica e emocional de adequacdo ao ambiente, em outras palavras, um bebé insatisfeito chora, reage através da tensdo do tonus, perturba o ambiente comunicando seu desprazer, ‘sua fome. Uma vez que suas necessidades esto satisfeitas, a funcio ténica provoca a distensdo muscular, sinalizando o prazer e preparando 0 corpo para movimentar-se. Durante o primeiro ano de vida do bebé as informagées sensérias (da visdo, do toque, do olfato, da audigdo) e 0 movimento serdo integrados. A evolugio das funcdes cognitivas na crianca e 0 desenvolvimento das vias motoras estio estreitamente ligados aos modos de integra¢ao sensoriais, ou seja, da propriocep¢do {sensagdo sobre a posigio do corpo que vem dos misculos tendSes e articulagdes) e dos dados exterocep- tivos (informagBes visuas,tateis, auditivas). Os movimentos que inicialmente dependem da mie ou de ou- tro so chamados de mo\ wvimentos exégenos e com 0 advento da locomogao, (do arrastar-se, engatinhar, da igitalizado com CamScanner > Se ype SION @ marcha) passarGo a ser préprios (autégenos), ou seja, 0 bebé comega a se descobrir inicialmente de maneira passiva para em seguida explorar o mundo de maneira mais ativa. Ambos os tipos de movimentos corporais viabilizam as fungdes construtivas e criadoras, da coordenacio e as aprendizagens. A organiza¢3o corporal de todos vertebrados se realiza segundo as leis cefalocaudal (da cabeca para os pés) e proximodistal (do eixo para ‘as extremidades do corpo), que determina que os misculos das raizes dos ‘membros, ombros e bacia ajam sob o controle voluntério antes das suas ex- tremidades. Desta maneira, os musculos da cabeca serdo os primeiros a se- rem controlados enquanto que o controle distal seré 0 ultimo na escalada do desenvolvimento. O desenvolvimento neurolégico parte sempre do mais simples (medula) para o mais complexo (cértex), do automstico para o volun- tario e do global para 0 especfico. Sob este ponto de vista, 0 proceso motor pressupée uma inte- racdo complexa de unidades funcionais e substratos neuronais. Os mis- culos do bebé trabalham juntos para formar um movimento adaptativo do corpo e mandar sensacdes bem organizadas para o cérebro. Os movi- mentos do corpo provém inputs ao sistema vestibular que ajuda a inte- grar outros sistemas sensrios. A habilidade para organizar as sensacdes e realizar respostas adequadas para elas ajuda o cérebro a organizar ou- tras fungdes (Ayres, 2005). 3. DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR 3.1 O TONUS E 0 EQUILIBRIO © Ténus é um estado natural de elasticidade e resisténcia do masculo que controla a atividade postural e fornece suporte aos movimentos. © Equilibrio é a habilidade de manter o corpo alinhado quando se esté envolvido em uma postura estética ou em um desloca- mento. ‘A fungao ténica é fortalecida no primeiro ano de vida em fungao da utilizago do corpo pelo bebé, por exemplo, ao tentar enxergar os musculos oculares se fortalecem, ao brincar com as mios a ago ¢ acompanhada pelos ‘olhos, em pouco tempo brinca comas duas maos juntas e comeca a passar objetos de uma para a outra. A partir do terceiro més a coordenacao dos misculos do pescoco é integrada & visio e jd se espera o controle dos mus- culos que sustentam a cabeca ‘A evolugSo das acées da crianca nas exploragées de objetos com ‘as mos, com a boca, seguindo com os olhos, evoluem para que ela seja ca: az de controlar primeiro a cabeca, depois o tronco sentando-se sem apoio, aprende a utilizar as pernas e bracos de forma alternada quando engatinha, tudo isso para poder ficar em pé e andar sozinho. Digitalizado com CamScanner @ rp 0 equilibrio do corpo parado ou em movimento é desenvolvido e fortalecido pela exploragao do er, de subir, de cair, de girar, de rodar, de balan- andar da crianca, ou seja, quando ela brinca de andar, de corr ‘¢arPor isso nos trés primeiros anos de vida, as vivencias que uma crianga necessita estdo relacionadas a0 uso do corpo. Na descoberta do proprio corpo, na descoberta da capacidade de execugdo de um movimento, na descoberta do outro, e, do meio ambiente, estdo as brincadeiras e vivencias didrias, portanto, na aco peda- ‘g6eica para esta fase & importante que também estejam presentes situacdes que permitam estas exploracées pela crianca. Exemplos de vivéncias importantes para a organizacéo de um bom alicerce ténico e desenvolvimento do equilibrio: _| ‘© Equilibrar a cabesa, rolar,ficar de brusos, levantar a cabega. Aprender a rolar envolve mudar 0 peso do corpo para um dos lados, inicialmente o bebé se apoia em seu ombro, muda o peso de lado e rola de costas. A mudanca de peso proporciona a mobilidade necesséria para se projetar. + Rastejar, sentar, engatinhar, andar. Quando o bebé engatinha ele pode mudar 0 peso para um lado, procurar por um brinquedo com uma mio, alternar bracos e pernas. Todas estas atitudes so estruturadas pelo equilibrio das aces musculares e manutencdo da postura ‘© Os estimulos afetivos como, aconchegar a crianga, cantar para ela, manuseé-la com carinho e segu- I ana, apoiando a cabeca, sustentando as costas, é de fundamental importancia para o desenvolv- ‘mento sens6rio-perceptivo-motor. Ao amnamentar 0 bebé, devemos concentrar a atengo somente 2 ele, esquecendo o celular, por exemplo. Assim como, procurar um ambiente tranquilo sem muitos ruidos e principalmente estabelecer vnculos através do didlogo corporal e da troca de olhares. ‘+ Aproveitar os momentos de troca de fraldas e banho para acariciar o bebé, massagear seus bracinhos, suas perninhas, suas costas, etc. Até comecar andar 0 bebé gosta de explorar a5 SU25 possibilidades de locomocao, deixe-o a vontade adequando espacos e mobilidrios em casa Pare garantir sua seguranca nestas exploracdes. Roupas confortaveis, assim como os pés descalgos 0 importantes para estimular as sensacdes pela planta dos pés e pela pele. ‘Sugestoes: Brinquedos e brincadeiras em casa ‘As atividades sugeridas devem ser instituidas aos poucos e sempre de acordo com o interesse da crian- ga. 0 excesso de estimulos pode ser to prejudicial quanto 8 falta deles, © Mobiles + Brinquedos musicais = Chocalhos e mordedores ‘© Brinquedos de empilhar de pecas grandes * Bolas grandes e leves '* Brinquedos que béiam na dgua durante o banho * Brincar de ficar de brucos mostrando algum brinquedo para a crianca, estimulando a manuten- ‘gio da cabeca para cima. + Estimular o rolar da crianca em tapete de borracha no chao Digitalizado com Camecanner “wy IIS. NIN RA ny Pur A ON @ ‘+ Asbrincadeiras de esconder o rosto e aparecer, ou esconder um objeto e depois voltar a mostra-lo novamente, ajudam a crianga rna percepcdo de que um objeto pode existir mesmo que nao esteja presente (nocdo de conservagio), além de fortalecer a autoconfianca pela percepcdo da presenca e auséncia do outro. + Apartirdo momento que o bebé anda sua grande brincadeira é controlar seu corpo em deslocamento, portanto brincar de leva e trés como, por exemplo: traga a bola pra mamie, leva a bone- ‘ca para o papai. Brincar de pega-pega, jogar bola, brincadeira de roda, empurrar objetos como carrinhos ajuda muito na organi- zac3o de um andar cada vez mais seguro e harmor 50, + Brincar de casinha, escolinha, fazer comidinha, ou seja, imitagao da vida, ajuda na construgdo simbdlica e auxilia na coordenacio motora porque nas atitudes presentes em tais brincadeiras pos- sibilitam 0 controle da aco muscular (ténus). Estratégias Pedagdgicas: Objetivos: A pratica escolar prevista nos planejamentos pedagégi- cos deve manifestar também, a preocupac3o com o desenvolvimento psico- motor, que nos primeiros anos de idade, deve transitar na busca do ajusta- ‘mento muscular para a aquisi¢ao da marcha e desenvolver a capacidade de locomocéo e seguranca postural. Atividades indicadas: «No bercario os momentos de troca de fralda e banho devem ser usados para estimular os sentidos como, por exemplo, pro- porcionando estimulos com esponjas macias, jogando pequena quantidade de agua na cabega pra que escorra pelo rosto, como se estivesse brincando de chuva. «© Respeitar a individualidade na alimentacéo, higiene e hora de repouso. + Brincar com as aquisigdes funcionais do bebé, como se faz na brincadeira do “serra-serra, serrador, serra 0 papo do vovd", por exemplo. + Estimular as brincadeiras de balanceios, giros, pequenas quedas ro ar, jogar e buscar brinquedos ou objetos em diferentes luga- res com altura e dificuldades diversas. © Brincadeiras de esconde-esconde, com rolos de espuma, passar dentro de tineis ou por baixo de mesas, brincadeiras cantadas como as que ensinam as partes do corpo, por exemplo, Através Digitalizado com CamScanner destas e outras brincadeiras a crianca percebe as diferentes texturas, as formas dos objetos, também as cores, 0 espaco que ocupa, enfim, usa seus sentidos amplamente como a mais im- portante ferramenta de exploracio e aprendizagem: © Asbrincadeiras ao ar livre devem prevalecer sobre as atividades em sala de aula. Assim como as atividades em sala devem priorizar 0 uso do chao ao invés de mesas porque até os quatro anos a crianga se sente muito mais confortavel fora da cadeira e em espacos mais amplos. * Brincadeiras como: imitar movimento dos bichinhos, canguru, coelho, centopeia, girafa, aju- dam no equilibrio dinamico. Brincadeira do morto-vivo, duro-mole, gelatina que amolece e der- rama no cho, ajudam no equilibrio estatico e na capacidade de concentracdo. * Brincadeiras de rodas cantadas: a galinha do vizinho, a canoa virou, a menina que est na roda, entre outras, fortalecem o controle postural e ajudam também na percepsao espacial. 3.2. A NOGAO DE CORPO, A INTEGRACGAO DE LATERALIDADE E A ESTRUTURACAO ESPACO-TEMPORAL. ‘A nocdo decorpo compreende a soma das informacdes armazenadas pelas vivéncias cor- orais, através das quais a crianca constrdi sua identidade. O conceito de lateralidade relaciona-se a dois aspectos importantes no desenvolvimento humano: o predominio motor de uma das metades do corpo sobre a outra; e a nogéo simbélica de cada lado do corpo (lado direito, lado esquerdo). A estruturacdo espaso-temporal é poder situar-se perante o mundo, ou seja, entender a relacdo de coisas ou pessoas entre si. Assim como perceber a ordem dos acontecimentos. nos diferentes tempos, significa posicionar-se em funcao do antes, do agora e do depois. ‘os trés anos a crianca sabe que existem dois lados do corpo. Aos cinco anos conhece, identifica as principais articulagdes, conhece os nomes de alguns dedos, e sabe da existéncia da direita e esquerda no corpo, mas pode se confundir ao identificd-los. Aos seis anos pode identificar partes como coxas, antebracos faz poucas confusdes quanto aos seus lados, esquerdo e direito. Aos sete pode identificar seus tornozelos, punhos, queixo, partes dos membros e determinar esquerda e direita corretamente em si e em objetos; 205 ito anos, poderd identificar direita esquerda em outras pessoas; aos nove poders identificar direita esquerda em outros enquanto se movem. A organizacao espacial no desenvolvimento infantil implica entender a relagio de coisas ou pes- soas entre si. Depende inicialmente em situar seu proprio corpo no espaco e ter consciéncia disto. Estabe- Jecem-se nesta fase as nocdes que permitem o reconhecimento do que é frente e trés, direita e esquerda, estar 20 lado de, em cima e embaixo. Estas novas capacidades vio preparar a crianga para reconhecer sentido em que se escreve, se acostumar a diferenciar com as grafias semelhantes das letras b,d,,q, 40S nidimeros 2 € 5 ¢ a ndo espelhar, 3 E, por exemplo. A crianca se move dentro do espaco de acordo com seu proprio ritmo ou tempo e, a partir do conhecimento de seu esquema corporal, estabelece relagdes espaciais sobre os objetos. ‘A organiza¢ao temporal significa poder situar-se em funcio de antes e depois ou (nocdo de s¢- quéncia), intervalos (duracéo) ou acelera¢es (ritmos). Tal estruturagio comeca acontecer através do proprio ritmo biol6gico e desde a vida intrauterina: -as sensagBes vibratorias do movimento e do som, a respiragS0 da me que seguem ciclos e, aps onascimento a fome, o ritmo da succo, o sono, a saciedade, o despertat, ‘as pulsagbes, So fazendo com a crianga se ajuste ao meio. Digitalizado com CamScanner S ee Meg WY A Ae I pI @ "Sin Em torno dos 4 ou 5 anos de idade a crianga comeca a definir 0 que é 0 depois € antes e s6 mais tarde vai poder estruturar suas experién- Mo, cias segundo a ordem cronolégica, nocdo abstrata. As vivéncias motoras vo ang proporcionando gradativamente a crianga, a producdo de agdes voluntarias sl {que resultam na integra¢o da autoimagem. Até os cinco anos uma crianca aprende a andar, falar e compreender minimamente o pensamento do outro, ay ‘que Ihe dé um conhecimento de mundo que aliado ao aporte psicomotor A, capacitam-Ihe para a utilizacdo consciente de dispositivos para alcangar um objetivo. Dos cinco aos sete anos a crianca transforma o pensamento abstra- . to numa acdo motora cada vez mais eficiente, em funcio da efetivac3o de 5 uma motricidade segura pelas repetidas vivéncias anteriores, ‘Exemplos de vivéncias importantes para uma boa organizagio espaco- i: temporal, nogo de corpo e integra¢ao da lateralidade: ‘+ Atividades em parques, escorregador, brinquedos de escalar, gangorra, balanco, gira-gira ajudam a crianga a perceber-se no espaco que ocupa fisicamente e socialmente. + Atividades com bolas, cordas, bamboles, sdo importantes por- que ajudam na definicao de um lado dominante para o uso das mos, dos pés, dos olhos dos ouvidos. + Andar de triciclo, de bicicleta, de patins, de perna de lata, con- tribui para as percepsdes: - de peso do corpo, de velocidade, de intensidade, de habilidade, de lateralidade. Sugestées: Brinquedos e brincadeiras - em casa * Jogos de tabuleiro combinado com aces do tipo: imagem e ago, a hora do rush, ete. * Cantar e gesticular de acordo com o ritmo e letra da miisica, como na misica J cabega ombro perna e pé. «© Mimicas e imitacées, como imitar gigantes na ponta dos pés € bracos elevados, fazer caretas. * Brincar de casinha, de médico, de mecSnico, fortalece a au- toimagem, a coordenacao motora ampla e a agilidade além de instrumentar o conhecimento do mundo 20 redor. * Brincadeiras de roda, de passa anel, de pega-pega, de estétua, pula-pula, ajudam no desenvolvimento da criatividade, espirito de cooperagio e desenvolvimento corporal. Estratégias Pedagégicas: Objetivos: Entre trés e cinco anos de idade a pratica pedagégica deve Privilegiar a aco espontnea da crianga para favorecer sua maturacio por meio de jogos e brincadeiras que naturalmente a ajudardo na percepgao de seus limites Corpéreos, e na superacao de dificuldades perante o desconhecido. Digitalizado com CamScanner ql | @ LI Atividades indicadas: Jogos de montar a partir de instrugdes impressas para estimulo de organizagao espacial e com- preensdo de regras. ‘+ Jogos motores de regras simples e utilizando 0 conhecimento do corpo e do espaco (nodes de frente trés, em cima e embaixo, lateralidade), do tipo: escravos de Jo, batata quente, o gato eo rato, bola entre os pés, perna de lata. ‘© Atividades com sucatas como, confeccdo de brinquedos como peteca, pido, bola de meta, esti- mulam a coordenacao motora fina na preparacdo para a escrita porque ao fazer uso de ambas as ‘mos, um lado vai se tornando dominante sobre o outro, ou seja, naturalmente a crianca passa a usar uma das maos prioritariamente enquanto a outra serve de apoio ao movimento (domindn- cia lateral). | * Jogos de expresso corporal como, por exemplo, a dramatiza¢ao uma data festiva, ou de uma histéria favorecem a organiza¢ao temporal em fungio do conceito sequencial e percepcao de contrastes como 0 bom e 0 ruim, o forte e 0 fraco, 0 rapido e o lento. 3.3 A COORDENACAO MOTORA AMPLA E HABILIDADES MANUAIS. A COORDENACAO (OU PRAXIA) @ Talver ja tenha ouvido falar em coordenago ou no termo praxia. Ambas se traduzem pela capacidade de orquestrar a partir de uma ideia ou intenco, uma aco corporal. Andar, correr, subir e pular, so exemplos de movimentos que requerem a coordenago de grandes grupos musculares no corpo. A este tipo de coordenaco (ou praxia) denominamos de global. Acoordenacao global Ter uma boa coordenacao global e movimentar-se de maneira eficaz ¢ fundamental para 0 suces- so da adaptacao da crianca ao ambiente familiar, social e ao escolar. A integraco ao ambiente escolar, por exemplo, pode depender de jogar bola, pular corda, de jogos de pega-pega, e a boa integracao entre os pares Nutre os sentimentos de autoestima da crianca. ‘A boa coordenasao global ¢ viabilizada principalmente pela forca do tronco, pelo equilibrio e pela maneira que a crianga se orienta no espaso. Na crianca pequena, coordenac3o global significa rolar, arras- tar-se, engatinhar, ficar em pé e estas acdes dependem principalmente de postura e equilibrio. A marcha, inicialmente hesitante em torno de 1 ano, em poucos meses sera uma competéncia adquirida e a capacidade de orientar-se no espaco se desenvolverd com mais forca. A harmonia entre a rapidez e a preciso do movi- ‘mento vai se estabelecendo e 0 controle dos gestos vai sendo proporcionalmente aprimorado, permitindo que sejam mais eficazes no tempo. Para a crianca, andar significa iniciar diversas possibilidades exploratérias no ambiente alargando a experimentacao fisica e aumentando sua ado sobre objetos que antes ndo faziam parte de seu repertério, or estarem mais altos que sua visio podia alcancar, por exemplo. Entender que uma superficie é dura, o que ‘© machuca, o que é dspero, o que faz cécegas, as cores, os cheitos, informacdes advindas dos sentidos tam- bém gracas & locomogéo, constituem a inteligéncia corporal e contribuem para a compreenso do mundo a0 seu redor. O movimento vai assim aumentando a acessibilidade e as possibilidades da crianca e incrementa o potencial cognitivo-intelectual e das aprendizagens. Digitalizado com CamScanner ea Puyo DDO pat WY ON @ A partir do segundo e do terceiro ano de vida a crianga comega a fortalecer 0 sentimento de dominio sobre seu préprio corpo (abserva-se que a crianca aprende também nesta fase a afirmar-se e a dizer no. Firma-se € afirmarse!). De maneira crescente a crianga vai se desenvolvendo e, de acor- do com o seu proprio ritmo, aprimorandoas novas possibilidades de coorde- nacao global @ As referéncias de idades descritas devem sempre ser lidas como aproximativas, So exemplos das habilidades de coordenago global que adquiri- rd nos primeiros anos de vida: - Aprenderé a saltar e a andar na ponta dos pés. Por volta de dois anos e meio vai conseguir se equilibrar em um s6 pé por alguns segundos. Em torno de trés anos de vida sera possivel subir es- cadas com um pé em cada degrau por vez. Aos quatro anos poder ficar em um s6 pé por quatro a oito segundos, subir e descer escadas sem apoiar-se no corrimao, pular para frente para trés e sobre uma corda a poucos cent metros do cho. Em torno de 5 anos as possibilidades motoras sdo ainda maiores ea crianca consegue bater uma bola no chlo por algumas vezes seguidas, ficar num s6 pé por alguns segundos, balancar-se sozinho dando impulso, —— Experimente propicia agarrar uma bola de ténis com as duas maos, usar patinete, galopar com a ___desafios motores para a perna dominante. Poderd andar para frente colocando o calcanhar de um crianga em idade escolar. pé encostado na ponta do outro, saltar uma distancia de trinta centimetros estando parada ou correndo, saltar girando sobre si mesmo sem sair do lugar, deslocar-se por trés metros pulando com os dois pés juntos ou com um s6 pé. Aproximadamente aos seis anos pode andar para trés por dois, metros colocando o calcanhar de um pé encostado na ponta do outro, pular com um sé pé, inclusive 0 ndo dominante. Pode se equilibrar em prancha estreita e andar sobre ela, chutar uma bola de futebol a trés metros de distancia. Mais préximo dos sete anos de idade poder também, enquanto estiver pulando o mais alto que conseguir, bater palmas duas vezes com 05 pés fora do cho, mostrando maior controle e dissociagéo de diferentes partes do corpo, @ _ Aatividade esportiva deve ser prazerosa e desenvolver 0s sentimentos de poder, de capacidade, da crianga, Ao es colher atividades esportivas extracurriculares, certifiquem-se que a atividade oferecida esteja de acordo com o nivel de aptido de sua crianca, para que nao haja frustragdes ao in- vés de prazer e que a crianga fique presa numa atividade que nao acrescentard a sua vivencia a nao ser mal-estar e descon- forto. Para as criancas menores recomenda-se que possam experimentar uma gama de atividades ao invés de especiali- zar-se em apenas uma. Digitalizado com CamScanner Sugestdes: Atividades em casa Brinqued Subir e descer de cadeiras, sofas, escadas - com supervisio do adulto. Andar descalco na areia, Andar em muretas. ‘Anatagio pode ser uma atividade benéfica desde o primeiro ano de idade, (porém, & necessério consultar 0 pediatra e checar se nao ha inconvenientes ja que, dependendo das condigées cli- ‘maticas de onde mora, sua crianga pode ter mais exposicao a inflamacées de garganta e ouvido que, obviamente sao indesejaveis) 0s parques em geral oferecem muito espaco, grama, aluguel de patins e bicicletas. Com uma bola, com uma corda, um par de ténis e uma roupa confortavel sua crianga pode se divertir bastante. A atividade fisica pode ser uma atividade rotineira, onde pais e filhos movimentam-se juntos todos finais de semana ao menos. Para quem tem um cachorro, passear 0 amiguinho regularmente pode ser uma boa opcdo para se mexer. A relacdo com 0 outro e muito importante nesta fase onde a sociedade, costumes € habitos fazem com que a crianga se posicione. Cavalinhos de balanco, Trciclos, Patinetes, Bicicleta com rodinhas e sem rodinhas. { Cama de bolinhas Trampolins (cama eléstica) Balangos, trepa-trepas Patins Skates Corda Bexigas Bolas das mais macias inicialmente, até as mais duras e pesadas Convidar os amigos em casa. Jogos como Twister, por exemplo, sdo atividades muito favordveis nao s6 do ponto de vista PSI ‘comotor como do ponto de vista do bom desenvolvimento afetivo. Brincadeiras: Amarelinha Bater palmas Queimada Estétua, Duro ou Mole, ajudam no controle e inibicao das agoes Corrida de saco. No ambito pedagégico: Para as criancas mais velhas (de 8 a 12 anos, por exemplo) o periodo é favordvel para o aprendizado mais sofisticado no desempenho de habilidades de movimento, Por ser um periodo de crescimento mais lento Digitalizado com CamScanner ae Sayre DAVY RA DW SY NON @ em altura e peso as criancas tém mais tempo para acostumarem com seus cor- pos. E neste momento onde se observam melhorias na coordenacio motora. As habilidades se aprimoram com a idade, mas também com a prética, gracas a0 amadurecimento da qualidade visual em tempo de movimento e reacio e tam- bém da integrago sensério motora. A oportunidade de praticar, assim como, es- timular modalidades esportivas € de suma importéncia porque a crianga precisa de encorajamento para lidar com novos desafios & sua estével capacidade neste momento. Os objetivos propostos nas atividades devem ser atingiveis, Nesta fase usar © movimento como estratégia complementar de aprendizado no ensino de contetidos como ciéncia, matematica, histéria, portugués, geografia, principalmente no inicio deste periodo, visando refor- ar a assimilagao de conceitos. A participagao ativa da crianca ainda ¢ o prin- cipal meio para aprender, além de fortalecer para as habilidades cognitivas mais abstratas e sofisticadas no final dele. (Os jogos e brincadeiras coletivas séo muito apreciados nesta fase e devem ser estimulados na medida em que favorizam as habilidades sociais ‘+ Comegar a organizar seus pertences e seu tempo em relago aos deveres escolares. * Jogos de ping-pong, de peteca, que envolvam mira, so benéfi- cos para 0 equilibrio e dissociacao do braco dominante, a¢do do braco de apoio e coordenagao viso-motora 3.4. COORDENACAO (OU PRAXIA FINA) E COORDENA- GAO VISUO-MOTORA A evolucdo da praxia fina & um processo lento, que envolve a aco conjunta de varios agentes, como do ténus que regula o funcionamento das ar- ticulagdes garantindo a amplitude do movimento; da postura, responsavel pelo equilibrio do corpo oferecem sustento através do tronco e dos bragos; da forea {que intervém no movimento; da dissociagao de dedos proporcionando o movi- mento de pinga, onde o indicador e 0 polegar se opdem e o dedo médio serve de apoio importante para pegar o lépis, entre outros. Todas estas possibilidades advém do controle postural bem estabelecido e das habilidades viso-motoras. Quando engatinha, o bebé coloca mais peso em seus punhos e este feedback muscular encoraja 0 alongamento dos punhos e desenvolvimento de equenos musculos utilizados para abrir e fechar os dedos com bom controle. Através do feedback visual e do tato, a crianca coordena a realiza¢ao de uma tarefa visual e motora (viso-motora). A capacidade de soltar o objeto acontece Somente por volta dos nove meses de idade quando a crianga passa a poder Controlar a tendéncia a ficar com as mos fechadas, como se estivesse pegando alguma coisa. A preensao do tipo pinga, requer uma boa dissociacdo dos movi- ™entos os dedos e uma oposi¢ao do polegar e as primeiras e mais rudimentares Pingas acontecem por volta de um ano de idade. Antes disso, para pegar os obje- tos a crianca utiliza a palma da mao. Assim, o bebé comeca a experimentar jogar Digitalizado com CamScanner Qa ern eral coisas no cho. Em torno de um ano o bebé jé adquiriu boa coordenacio olho-mao e dedos mais independentes um dos outros. A partir deste ponto, os movimentos refinados dos dedos como apertar ou desapertar objetos, desenhar e cortar com tesouras poderdo se desenvolver. Em torno de um ano e nove meses, é possivel para o bebé empithar trés cubos. Aos trés anos de idade espera-se que empilhe nove e que seja capaz de colocar seus sapatos nos pés corretos e escovar os dentes vertical e horizontalmente; aos quatro anos, poderé desenhar uma cruz e enrolar um fio num carretel, desenha uma pessoa com no minimo quatro partes diferentes; aos cinco anos poders copiar um circulo e escrever 0 seu nome com letras maitisculas ou mintsculas sem modelo; 20s seis poders fazer um circulo no ar com os dedos indicadores com os bragos estendidos para 0 lado; aos sete poderé copiar um losango. A partir dos sete anos a organizacdo psicomotora permite paulatinamente, maior velocidade e preciso das ages relacionadas 3 motricidade fina Sugestdes: Em casa * Comer sozinho € o primeiro passo importante da coordenac3o motora mais refinada que evolui para a capacidade de determinar e coordenar mentalmente os movimentos corporais de manei- ra controlada e, sobretudo com autonomia. Neste sentido o incentivo ao aprendizado das mos € posteriormente uso da colher para se alimentar marca um objetivo muito importante a ser atingido. Estimular a segurar a mamadeira com as préprias mos. Comer fruta de forma assistida ‘em pequenos pedacos. + Descascar uma fruta como a banana ft © Colocar liquido de uma garrafa plastica em um copo. + Estimular para que alcance objetos sozinho e no dar tudo em sua mao. * Incentivar a manipulag3o de pequenos pedacos de frutas, por exemplo, para estimular @ preensao. ‘+ Bater palmas, unir e separar objetos. * Rasgar papel jornal, fazendo tiras. Amassar o papel para formar bolas. + Pegar as bolas de papel jornal com uma pinga plastica ou pregador. + Escovar os dentes. * Tirare colocar sapatos e meias faceis de vestir. + Atividades supervisionadas na cozinha: -cortar frutas com faca sem ponta ou plastica; fazer mas- la sa de pio ou para biscoitos estimulando o manuseio da massa e uso do rolo para abr + Estimular a colaboracdo nas atividades didrias como guardar os brinquedos apés usé-los, pegar roupas do chao. «Fazer castelos com areia, bolos. ‘+ Utilizar massinha de modelar ou fazer sua propria massa a partir de Sgua, e farinha de trigo ‘* Apertar as bolinhas do plastico bolha até estourarem. * Fazer furos com a ponta da caneta esferografica num papelio (tipo caixa utilizada para mudanga) criando desenhos. ingas grandes de cozinha, pingas médias e pequenas para pegar objetos grandes, médios e pe- quenos ‘+ Amarrar sapatos , ‘+ Embrulhar presentes. ‘+ Fazer dobraduras ou origamis. igitalizado com CamScanner ‘ aa riya DAV Brinquedos: + Jogos de construc3o para parafusar, martelar. ‘+ Jogos de encaixe com instrucées (tipo Lego). = Blocos de madeira + Quebra-cabecas Estratégias pedagégicas: + Para auxiliar nas atividades de recorte, estimular inicialmente Pequenos cortes alinhando ponta da tesoura com a linha a ser cortada sem feché-la totalmente + Utilizar do papel mais grosso ao mais fino ‘+ Utilizar tinta de pintura a dedo e estimular a crianca a desenvolver ‘a coordena¢o viso-motora. Movimentar os dedos com a tinta so- bbre uma superficie para que possa estimular as sensacdes advi das da textura. Adicionar grdos de arroz a tinta como alternativa. Aescritae agrafomotricidade @® — Ecomum as escolas perceberem no momento da alfabe- tizagdo que criangas no conseguem controlar 0 gesto de escre- ver. As criancas com dificuldades no desenvolvimento da escri- ta também apresentaram dificuldades nas aquisigées motoras anteriores. E muito importante poder avaliar uma crian¢a com dificuldades de movimento o mais precocemente possivel para que receba a ajuda necesséria. A grafomotricidade se traduz pela expresso uma ideia sobre um suporte, como o papel, através de desenhos ou de um cédigo como 0 alfa- beto. A automatiza¢ao desta capacidade demanda aproximadamente o tem- po da integragao do alicerce psicomotor, ou seja, entre seis e sete anos e, este prazo indica 0 quae complexa ¢ esta habilidade. Do andar ao escrever hd um longo caminho psicomotor que através de vivéncias, tempo e treino para o ajuste das funcdes tonicas e fortalecimento das habilidades manuais e viso-motoras. Sabe-se que uma crianga est pronta para aprender a escre- ver quando a dominancia manual estiver bem estabelecida e quando houver uma boa postura.. O controle postural instvel torna dificil o movimento de cruzar 0 seu eixo corporal para comecar a escrever (no caso dos destros), ou a esta bilidade do ombro e do punho, propiciando 0 equilibrio necessario no caso de utilizar a mao esquerda para a escrita. Dos varios pequenos musculos das mos provém o movimento de coordenacao através da flexdo e ex- tensio dos trés dedos escritores, (polegar opde-se ao indicador e ao dedo médio para formar 0 tripé ou a pinca), enquanto os misculos do antebrago promovem a estabilizacao. rt YAN AVON ) Hil ‘Antes de pensar em __uma dificuldade motora tenha certeza de que — _acrianga passou por ___vivéncias que permitam esse desenvolvimento. Digitalizado com CamScanner 1 | @ www nail Ga YO Nall j 0 sucesso da escrita repousa adicionalmente nas informagdes sensoriais proveniente do sentido tat ij dos receptores das juntas, fundamental para segurar 0 ldpis de maneira adequada, para perceber e controlar 9 i | uso da forca (3s vezes exagerada ou nio suficiente) e da percepcdo viso-motora para melhorar a precisao, | i Ashabilidades motorasimplicadas na escrta vio proporcionando gradativamente& crianca, a produgio de agbes voluntrias que resultam na integragdo do esquema corpora e da autoimagem. Por is0, 20s trés anos } a crianga jé reproduz em seus desenhos a forma circular de sua cabeca e as formas retilineas de seus membros Em casa: * Brincadeira de professor com lousa tradicional. Utilize giz em pedacinhos pequenos para estimu- lar a preensio tipo pinca. ‘= Atividades como jogos de trajetos e mapas, quebra- cabeca, entre outros. © Exercicios de simetria com mosaico e papel quadriculado. ‘© Desenhos livres, desenhos para colorit. ‘= Apontar lépis. + Possibiitar & crianga a escolha de seus instrumentos de escrita preferidos. + Escolher feijéo, separando os grdos ruins. + Colocare tirar a mesa ‘+ Brincadeiras como carrinho de mao. = Brincar com pincas = Antes de iniciar o trabalho de escrita alongar os dedos das maos. Estratégias pedagogicas: A capacidade de reproduzir uma palavra, uma frase ou texto de forma manuscrita é uma das ‘mais complexas formas de expressio.Escrever significa poder comunicar-se, expressar uma idéia através de linguagem grafica utilizando 0s simbolos de um alfabeto ou sistema de cédigos como os ideogramas. 0 sucesso desta atividade significa ser compreendido, ou seja, que o leitor, receptor da mensagem possa deco- dificar a mensagem emitida pelo escritor. Iniciar esta jornada de aprendizagem significa pode apoiar-se em {grandes passos jd adquiridos, como 0 fortalecimento do tronco e a estabilidade da postura. ‘Observar a crianga que parece muito “mole”, pois pode sinalizar a existéncia de uma fragilidade 40 ‘ténus postural. Como vimos, no é possivel escrever bem quando hé instabilidade postural. A pressio ou @ forca utilizada pela crianga 20 escrever faz diferenca em relacdo a velocidade com que podera desenvolvet 3 escrita. Eimportante poder sentar-se ao lado da crianca e ajuds-la a sentir o movimento da escrita das letras, 20 mesmo tempo sentir a pressio utilizada modulando-a e servindo de modelo. ‘© Desenhos no chao, 1nalousa, € em papel com uso de materiais diversficados como tinta guache, giz de cera grosso,lépis tipo jumbo, argia, entre outros fortalecem a postura corporal pelas dife- __Tentes posigdes e a preensio correta do lépis pelas diferentes empunhaduras. Pintar na posi¢3o em pé. *Realizar formas de letras enimeros com massinha de modelar ou agi, , car a postura das criancas, eas coxas. ‘a preensio correta do lapis. ‘manter pés no chio, tenham um angulo de 90 graus entre © (05 sentidos para estimular a meméria das formas como tra let dedos no 1pré-cortado com o alfabeto e com nimeros. ike eomel branca pequena para tracar as letras. Digitalizado com CamScanner AMAA SIV pa a ‘chegar 20 lapis redondo, ‘consideragdo que um ip de ‘quado a uma crianca que a outs + Respeitar lotiando eretorgando seus esforcor, r a que as sugestbese is © educadores em especfica, Entendemas que diem respeito a um tipo de «ida com o meio, ue podemos char fades individuals de desempenho,, tum ano e que, em ambos: {ue estéo maduras pa 2 nogio contempla a a cranca assim como entende aciang fem seu mel © desenvolvimento assim como dente de estimulo ambiental, entretanto, ambos ‘de maneias distintas. A experiencia pes ee infer ou de o ambiente ‘educativa exterior &famila ganha mal ‘ela crangaroinicio da segunds infin se neste perodo anterior, da educagio infant, Pro responsabildade nesta reacao educativa da qual pa «em momentos diferentes, ambos vsando dualdade de cada ume destaca nsmitr uma gama de informa: 8 & compreensio dos estigios do desenvahim de um ano enquanto autras andam 2p 1ando progresso na medida em nto acontece indepen: to cedo so , dependende do tempo que fica na escola, a aco eso, Alguns problemas apresentados podem origina. wp OA) ara 9 eset, canernhas, 808 mais fins, visando (0 sextavado levando em rumento pode ser mais ade- eto neutop- individualidade ricados por ele afi na vida, influén: Digitalizado com CamScanner | @ SPM) Ye DV} | ‘As vias motoras so fundamentais no desenvolvimento psiquico uma vez que proporcionam a crianga aprender pelo prazer de agir. Dificuldades de movimento podem atrapalhar a crianga fazendo ser mais penoso © proceso de aprendizagem formal, Dificuldades de percepcdo ou de controle visomotor podem atrapalhar a aprendizagem da leitura e da escrita. Dificuldades psicomotoras podem levar a crianga a uma dificuldade de re- vento psicomo- lacionamentos e consequentemente & baixa autoestima. E muito importante que o desenvolvi tor no seja deixado de lado. Hoje em dia é muito comum que desde a tenra idade as criangas vejam televiséo, i joguem video-games, acessem a internet, usem computador, ou seja, as atividades diferem apenas em termos r do tamanho das telas a que tem acesso! Passam pouco tempo brincando nos parquinhos, na areia, escalando o 1 “prinquedio”, balancando e, enquanto comem, assistem ao video desde a fase do cadeirdo. Sem duivida, atra- lades de alta-tecnologia exigimos muito de alguns canais sensoriais em detrimento de todos os outros, A autonomia ea independéncia vem da experiéncia pessoal aliada a convivéncia familiar e nfo das horas em frente & televisio e muito menos da sofisticacdo dos jogos e aparelhos eletrénicos. CO papel de todos nés, educadores, pais, escola, também é de proporcionar as criangas oportunida- des de vivenciar através de experiéncias integrativas o corpo proprio, tanto mais que a sociedade atual su- pervaloriza as aquisigBes académicas inguisticas e seu desenvolvimento dentro do quadro da aprendizagem formal, em sala de aula tradicional, Estimulando a atividade cerebral integradora, onde aspects motores jedida em que evoluem os fatores afetivos e cognitivos, contribuimos para a autorreall: evoluem na mesma m: zago e sucesso dos jovens, em sua globalidade. CHECK LIST DO CAPITULO: Digital izado com Steer =a SAPP A Sai AD 5, REFERENCIAS ANAIZ SANCHEZ, P.; MARTINEZ, M. R.; PERIALVER, |. V. A Psicomotricidade na Educacio Infantil. Porto Alegre, fs: Artmed, 2003. AYRES, A.J. Sensory integration and the child. Western Psychological Services, 2005. BEE, H.A Crianga em desenvolvimento, S30 Paulo, SP: Editora Harbra & Row do Brasil, 1984, BRETAS, J.R. da S. Cuidados com o Desenvolvimento Psicomotor e Emocional da Crianca: do nascimento a trés anos de idade. So Paulo, SP: latria, 2006. BEZIERS, M. M.;PIRET, S. A coordenacdo motora: aspectos mecénicos da organizacéo psicomotora de homem. ‘S80 Paulo, SP: Summus, 1992, CATURANI, A.; WAINSZTEIN R. (Orgs). Neurologia: Uma visdo Interdisciplinar na Aprendizagem. So Paulo: Olavobrés, 1998. COSTE, J. A psicomotricidade. Rio de Janeiro, RJ: Editora Guanabara Koogan. 42. edic3o. 1989. DE MEUR, A., STAES, L. Psicomotricidade: educagdo e reeducacdo: niveismaternal e infantil, So Paulo, SP: Manole, 1989. FERNANDES, J. M. G.de A.; GUTIERRES FILHO, P. J. 8. Psicomotricidade - Abordagens Emergentes. 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