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Como Deus nos resgata VERSO PARA MEMORIZAR: “Mas Deus, sendo rico em misericérdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nds mortos em nossas transgressées, nos deu vida juntamente com Cristo - pela graca vocés sao salvos" (Ef 2:4, 5). Leituras da semana: Ef 2:1-10; 5:14; Rm 5:17; Ef5:6; 27m 17 Sabado, 15 de julho __RPSP: SI70 m 14 de outubro de 1987, Jessica McClure, de 18 meses de idade, brin- cava no quintal de sua tia quando caiu em um poco abandonado de 6,5 metros. Sua situa¢o dificil atraiu a midia de todo o mundo para Midland, Texas. Uma audiéncia global assistia a “bebé Jéssica” dormir, chorar, can- tar e chamar por sua me. Todos assistiam 4 medida que equipes de emer- géncia canalizavam ar fresco para baixo no poco. Finalmente, 58 horas apés a queda de Jéssica, a audiéncia mundial assistiu quando ela foi liberta do tubo do pogo de 20 centimetros que a prendeu por mais de dois dias. A fotografia vencedora do prémio Pulitzer, feita pelo fotégrafo Scott Shaw, capturou o momento: um cabo de resgate separava de Jessica os rostos preocupados dos socorristas, que olhavam para o pacote enfaixado no centro do drama, a bebé Jéssica. Nao ha nada tao arrebatador quanto uma boa historia de resgate, e Paulo, em Efésios 2:1-10, nos oferece uma visdo bem aproximada da maior e mais abrangente missao de resgate de todos os tempos: os esforcos de Deus para redimir a humanidade. O drama da historia se intensifica pelo conhecimento de que nao somos meros espectadores do resgate de outra pessoa, mas testemunhas do nosso proprio resgate. Jule Ago * Set 2023 ja] Domingo, 16dejulho | RPSP: S171 Mortos e enganados por Satands 1. Qual é a ideia principal sobre o que Jesus fez por nds? Ef 2:1-10 Dp aulo ja havia descrito a salvac4o dos cristaos (Ef 1:3-23) e contado, re- sumidamente, a historia dos efésios (Ef 1:13). Ele contou a histéria da conversao deles com mais detalhes (Ef 2:1-10), com um enfoque mais pes- soal. Contrastou a vida pecaminosa anterior dos efésios (Ef 2:1-3) com as béncaos da salvacdo, retratadas como uma participacao na ressurreicao, ascensao e exaltacao de Cristo (Ef 2:4-7), e celebrou o fundamento da sal- vacao na graca e na obra divina de criagao (Ef 2:8-10). Essas trés secdes da passagem sao resumidas ordenadamente nas expressées de Efésios 2:5: (1) “estando nés mortos em nossas transgres- ses”; (2) [Deus] “nos deu vida juntamente com Cristo”; (3) “pela graca vocés sao salvos”. Em Efésios 2:1, 2 Paulo enfatizou a triste realidade da existéncia ante- rior 4 conversao de seu publico, observando que eles estiveram espiritual- mente mortos, praticando pecados como padrao de vida e sendo dominados por Satans. Visto que Paulo escrevia para vivos, referiu-se a eles como outrora “mortos”, em um sentido figurado (Ef 5:14). No entanto, a difi- culdade deles era real e terrivel, uma vez que estiveram antes separados de Deus, a Fonte da Vida (Cl 2:13; Rm 5:17; 6:23). Ao refletir sobre 0 passado de seus ouvintes, Paulo identificou duas forcas externas que os dominaram. A primeira era “o curso deste mundo” (Ef 2:2) - os costumes e o comportamento da sociedade de Efeso, que des- figuravam a vida humana em rebeliao contra Deus. Satanas é descrito de duas maneiras como a segunda forca externa que havia dominado a existéncia anterior dos crentes. Ele é “o principe da potestade do ar” (Ef 2:2), uma vez que “o ar” (ou “lugares celestiais”) é identificado como o local dos poderes sobrenaturais, incluindo os malig- nos (Ef 1:3; 3:10; 6:12). Além disso, ele é ativo na Terra, pois é “o espirito que agora atua nos filhos da desobediéncia” (Ef 2:2). O que esses versos ensinam sobre a realidade do grande conflito? Como ter consolo e esperanca sabendo que Jesus venceu e que podemos compartilhar de Sua vitdria? [42] Efésios Segunda, 17 de julho— RPSP: S172 lludidos por nossos desejos if E ntre eles também nés todos andamos no passado, segundo as incli- nacées da nossa carne, |...] e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais” (Ef 2:3). Sem a intervenco divina, a existéncia é dominada nao apenas pelas forcas externas (Ef 2:2), mas também pelas internas: “as inclinagdes da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos’ (Ef 2:3; pare com Tg 1:14, 15; 1Pe 1:14). 2.0 que Paulo quis dizer ao afirmar que seus ouvintes tinham sido “por natureza filhos da ira, como também os demais”? Ef 2:3; 5:6 Arealidade da vida perdida é muito angustiante, mas suas consequén- cias para os illtimos dias so ainda mais assustadoras. Pecadores, “por natureza filhos da ira, como também os demais’ (Ef 2:3) estao sob a ameaca do juizo no fim dos tempos. ‘A expressio “por natureza filhos da ira” aponta também para outra realidade assustadora. Embora ainda tenhamos a imagem de Deus, ha algo profundamente errado em nos. Ser cristao nao é apenas uma ques- tao de dominar um ou dois maus habitos, ou superar “transgressdes e pecados” ameacadores (Ef 2:1). Nao lutamos apenas contra pecados, mas contra o pecado. Somos inclinados a rebeliao contra Deus e a autodestrui- ¢4o. Os seres humanos, por natureza, exibem um padrao de comporta- mento autodestrutivo e pecaminoso, seguindo os ditames de Satanas e seus proprios desejos pecaminosos inatos (Ef 2:2, 3). Os crentes ja foram “por natureza filhos da ira”. Paulo empregou o tempo passado: “éramos por natureza filhos da ira” (Ef 2:3), Isso nao significa que os crentes ja nao possuam mais inclinac4o jnerente ao mal. Parte consideravel da carta (Ef 4:17-5:21) alertou que atos pecaminosos, enraizados em uma natureza pecaminosa, continua- vam sendo uma ameaga para os cristaos. No entanto, isso significa que 0 “velho homem” nao deve mais dominar 0 crente, que, através do poder de Cristo, pode “deixar de lado a velha natureza” e “se revestir da nova natureza, criada segundo Deus, em justica e retidao procedentes da ver- dade” (Ef 4:22-24). Oser humano continua corrompido mesmo depois da entrega a Jesus? O que isso en- sina sobre a importancia de nos apegarmos a Ele a todo momento? Jule Ago # Set 2023 [43] Terga, 18 de julho Ressuscitados e exaltados com Cristo RPSP: SI 73 U sando duas palavras poderosas (“Mas Deus”), Paulo partiu da tris- te descri¢éo do passado de seu publico (Ef 2:1-3) para a nova realida- de, cheia de esperanga, que marcava a vida deles como crentes (Ef 2:4-10). 3. Em que sentido os crentes participam da ressurreicao, ascensao e exal- tacgdo de Cristo? Quando isso ocorre? Ef 2:6,7 Efésios é uma carta encharcada de Cristo e que destaca a unidade dos crentes com o Senhor. Paulo estende esse tema ao empregar trés ver- bos compostos para revelar a verdade impressionante de que, por meio das iniciativas de Deus, os crentes participam de importantes eventos da his- téria da salvacao que se concentram no Messias, Jesus (Ef 2:5, 6). Sao eles: (1) Deu-nos vida juntamente com Cristo; (2) Juntamente com Ele nos ressuscitou (Paulo provavelmente empregou essa expressao para indicar a participacao dos crentes na ascensao de Cristo ao Céu); (3) e com Ele nos fez assentar “nas regides celestiais”, o que significa que os crentes participam da exaltacao de Cristo no trono do cosmos. Eles sao coexaltados com Jesus. Para entender o poder do argumento de Paulo, devemos voltar a Efésios 1:19-23 e relembrar que, em Sua morte, ressurreicao, ascensao e exalta- ¢40, Cristo obteve vitéria sobre todos os poderes malignos e espirituais que outrora dominavam os crentes. Na ressurreic4o, ascensao e exaltacado de Jesus, esses poderes, embora ainda ativos e ameacadores, foram com- pletamente vencidos. O cosmos mudou, bem como a realidade. Os crentes nao sdo meros espectadores desses eventos, mas esto envolvidos neles de forma pessoal e profunda. Temos vida juntamente com Cristo, fomos res- suscitados e exaltados com Ele. Isso abre uma nova gama de possibilida- des para nés. Temos o direito de passar de uma existéncia dominada por deménios para uma vida de abundancia espiritual e poder Nele (2Tm 1:7). “Deus nao nos deu espirito de covardia, mas de poder, de amore de moderacao" (27m 1:7) Os versos do estudo de hoje ajudam a entender essa passagem? 144] Efésios RPSP: SI 74 Quarta, 19 de julho — Abencoados para sempre por meio da graca 4. Compare o plano da salvacio (Ef 1:3, 4) com os seus resultados eternos (Ef 2:7). Quais sao os elementos e objetivos essenciais desse plano? C eriménias de formatura sao maravilhosas, seja de jardim da infancia ou de um Ph.D. Uma formatura marca uma conquista importante, a mudanca para uma fase diferente da vida ou da carreira. £ importante para nés, como crentes, entender uma verdade profunda do evangelho: nunca nos formaremos na escola da graca. Nunca havera uma celebracao de um doutorado em gra¢a nem ficaremos isentos da necessidade dela. Paulo reforcou essa verdade com uma cronologia abrangente. Deus agiu no passado em Cristo para nos redimir, identificando-nos com Seu Filho, de tal forma que, no presente, somos coparticipantes da Sua ressurreicao, ascensio e exaltacdo (Ef 2:4-7). O plano divino, porém, nao termina com um passado cheio de graca e um presente banhado na miseric6rdia. Esta- belecido em concilios divinos em tempos imemoriais (Ef 1:4), estende-se para sempre no futuro. Inclui “tempos vindouros”. A base de Seu plano para © futuro eterno é o mesmo principio de Suas acdes no passado e no pre- sente: o principio da graca. “Nos tempos vindouros”, Deus anseia demons- trar “a suprema riqueza da Sua graca, em bondade para conosco, em Cristo Jesus” (Ef 2:7). Paulo considerava a graca de Deus uma fortuna ou tesouro de valor insondavel (compare com Ef 1:7; 3:8) do qual os crentes podem tirar para atender a qualquer necessidade. Essa grande generosidade divina para conosco se torna uma exibicao eloquente, eterna e césmica de Sua graca. “Habitando conosco, Jesus revelaria Deus tanto aos seres humanos quanto aos anjos [...]. Entretanto, essa revelacao seria feita nao somente aos Seus filhos nascidos na Terra. Nosso pequeno mundo é 0 livro de estudo do Universo. O maravilhoso plano de gra¢a do Senhor, o mistério do amor que redime, é 0 tema que os ‘anjos anelam perscrutar’ (1Pe 1:12) e sera seu estudo por toda a eternidade. Os seres remidos e os nao caidos terao na cruz de Cristo seu estudo e seu cAntico. Sera visto que a gloria que res- plandece no rosto de Jesus Cristo é a gloria do amor abnegado” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nacées [CPB, 2021], p. 9). Jule Ago * Set 2023 {45 | Quinta, 20 de julho RPSP: S175, Salvos por Deus 5. Leia Efésios 2:1-10, dando énfase aos versos 8 a 10. Que pontos Paulo destacou ao concluir a passagem? m Efésios 2:1-3, Paulo documentou que a salva¢ao dos crentes nao ocorreu por causa do bom comportamento ou das qualidades agrada- veis deles. Antes, eles estavam espiritualmente mortos. Nao havia faisca de vida ou valor neles, eram totalmente dominados pelo pecado (Ef 2:1), nao tinham iniciativa propria e eram liderados por Satanas e por suas pro- prias paixées e ilusées (Ef 2:2, 3). Alheios a tudo, estavam em uma condi¢ao muito pior do que simples- mente nao ter vida espiritual ou virtude. Com toda a humanidade, eram inimigos do Deus verdadeiro e caminhavam em dire¢io ao juizo divino. Eram “filhos da ira, como também os demais” (Ef 2:3). A salvacao deles nao estava fundamentada em suas préprias qualida- des, mas no amor inexplicavel de Deus, que nao pode ser explicado com base em nenhum valor do objeto desse amor. Na misericérdia e no amor, Deus age em favor deles em Cristo (Ef 2:4), ressuscitando-os da morte espiritual. Por causa da intervencao divina, experimentam um itinerd- rio incrivel que segue a trajetéria do proprio Jesus. Da extrema profun- didade da morte espiritual absoluta e da escravidao opressora, eles sao ressuscitados e transportados para as “regides celestiais” e se assentam com Cristo no trono césmico (Ef 2:5, 6). Porém, essa intervencao divina nao 6 um fendmeno momentaneo. Tem poder de permanéncia real e dura- bilidade eterna, porque Deus pretende exibir Sua graca para com eles em Cristo Jesus por toda a eternidade (Ef 2:7). Em sua conclusao de Efésios 2:1-10, versos 8-10, Paulo voltou a tocar nesse assunto, desejando garantir que seu argumento se destacasse: a sal- va¢ao dos crentes é obra divina, nao humana. Nao se origina em nés, é dom de Deus. Nenhum ser humano pode se vangloriar de té-la desper- tado (Ef 2:8, 9). Permanecendo na graca de Deus, somos revelacées de Sua graca, e apenas de Sua graca. Somos Suas obras-primas, criadas por Deus “em Cristo Jesus” (Ef 2:10). Por que é importante entender que a salvacao vem de Deus, enao dos nossos méritos? 146] Efésios Sexta, 21 de julho RPSP: SI 76 Estudo adicional S ubjacente a Epistola aos Efésios estd uma historia que é muitas vezes repetida em partes ou mencionada. Os principais eventos da narra- tiva sao estes: 1. Aescolha divina das pessoas “antes da fundacao do mundo’ (Ef 1:4, 5,11). 2. Aexisténcia passada, perdida deles (Ef 2:1-3, 11, 12; 4:17-19, 22; 5:8). 3. Aintervencao divina em Cristo para salva-los (Ef 1:7, 8; 2:4-6, 13-19; 4:1, 20, 21; 5:2, 8, 23, 25, 26). 4. A aceitacao do evangelho por parte dos crentes (Ef 1:12, 13, e impli- cita em outros lugares). Outrora “nao tendo esperanga” (Ef 2:12), eles agora possuem “uma s6 esperan¢a” para a qual foram chamados (Ef 4:4; com- pare com Ef 1:18). 5. A vida dos destinatarios como discipulos. Apesar de viverem em uma época repleta de perigos e de oposi¢do dos poderes malignos, podiam recorrer aos recursos oferecidos por seu exaltado Senhor (Ef 1:15-23; 2:6; 3:14-21; 4:7-16; 610-20). 6. No futuro climax da histéria, 0 papel do Espirito como garantia (Ef 1:13, 14), ou “selo” (Ef 4:30), se cumpre. Nesse momento de coroa¢ao, 08 fiéis serao recompensados ao tomar posse da “heranca” j4 concedida a eles em Cristo; e, por sua fé em Cristo, terao um lugar no porvir (Ef 1:21; 2:7, 19-22; 4:13, 15; 5:27; 6:8, 9). Perguntas para consideracao 1.A historia subjacente de Efésios (ver acima) nao é apenas a historia dos crentes no primeiro século; é a nossa histéria. Quais etapas dessa his- toria lhe trazem esperanca? 2. Por que Paulo recordava com tanta frequéncia o passado pecaminoso de seu publico, convidando-o a refletir sobre sua vida antes da conversao? 3. Compare o resumo que Paulo fez do evangelho em Efésios 2:8-10 com seu resumo em Romanos 1:16, 17. Que temas sao semelhantes? Em que eles sao diferentes? 4, Emboraas boas obras dos crentes nao tenham parte em sua redenco, no sen- tido de que jamais darao a alguém mérito de salvacao perante Deus, que pa~ pelimportante desempenham nos planos divinos para os crentes? (Ef 2:10). Respostas e atividades da semana: 1. Pela graca mediante a fé, Cristo nos deu vida e salvagao da morte espir tual. 2. Quis dizer que, separados de Deus, eles seguiam os ditames de Satands e seus préprios desejos pecamino- 0s. 3. No sentido de que sa0 um com o Senhor e participam do poder da ressurreicao na conversao e na vida cris- +8. Além disso, terao 2 experiencia da prOpria ressurreicao no futuro. 4. Perdao e santidade por meio da graca e do amor. As riquezas da graca serao manifestadas no presente e no porvir. 5.A salvacao dos crentes ¢ obra divina, N30 humana, Nao se origina em nds, ¢ dom de Deus. Jule Ago Set 2023 |47\ AUXILIAR DO PROFESSOR - LIGAO 4 Como Deus nos resgata TEXTO-CHAVE: Efésios 2:4,5 FOCO DO ESTUDO: Ef 2:1-10; Ef 5:14; Rm 5:17; Ef 5:6; 11m 1:7 VISAO GERAL Introdugao: Enquanto Paulo, em Efésios 1, destaca o plano abrangente da salvacdo em Cristo no Ambito universal, no capitulo 2 0 apéstolo explica mais detalhadamente a manei- ra. como Deus opera em nossa salvacao no ambito individual. Depois que os seres humanos deixaram o jardim do Eden, entraram em uma condicao que Paulo chama de “mortos em suas transgressdes e pecados” (Ef 2:1). Nessa condicao, os seres humanos esto mortos em seus pecados no sentido de serem controlados tanto por forcas internas (tendéncias pecamino- as) quanto por forcas externas (0 diabo e o mundo). As pessoas nessa condi¢do nao podem esperar uma vida com Deus; pelo contrario, elas sao filhas da ira (Ef 2:3). A Unica esperan- Ga para nés é sermos ressuscitados, ascendermos e sermos exaltados com Cristo (Ef 2:6, 7). No entanto, nao podemos ressuscitar, ascender e exaltar a nés mesmos. Por essa ra- 240, Paulo enfatiza que somos salvos “pela graca” (Ef 2:5, 8). Isso é totalmente obra ciativa divinas, por causa do amor, misericérdia e poder de Deus (Ef 2:4). Para Paulo, essa obra é o fundamento do evangetho. Contudo, ele imediatamente se apressa em acrescen- tar que somos salvos “mediante a fé” (Ef 2:8). Embora nossa salvacao seja, em sua totali- dade, obra de Deus, Ele nao nos salva contra a nossa vontade. Aqueles que sao salvos nao ascenderao ao Céu nem serao exaltados aos lugares celestiais por um ato divino de pre- destinagao. Em vez disso, a salva¢ao de Deus se torna atuante em nés quando exercemos fé, isto é, quando aceitamos e recebemos a salvacao de Deus, permitindo que o poder de Deus nos ressuscite, exalte nossa vida e nos capacite a viver em Cristo Jesus. Temas da ligdo: A li¢ao desta semana enfatiza trés temas principais de Efésios 2:1-10 que descrevem o proceso dinamico da salvacao pessoal: 1. 0 que significa estar morto em pecado? Qual ¢ a natureza da vida pecaminosa? 2. 0 que significa ser ressuscitado com Cristo para uma nova vida Nele? 3. O que significa ser salvo pela graca por meio da fé? COMENTARIO Ellen G. White e os conceitos de morto no pecado e da salvacdo pela graca Ellen G. White explica a condigao humana decaida. Depois que Adao pecou “ja nao en- contrava alegria na santidade, e procurava esconder-se da presenca de Deus. Esta ainda é a condi¢ao do coragao nao renovado. Ele nao esta em harmonia com Deus, nem demonstra |48| Efésios satisfacdo em relacionar-se com Ele. 0 pecador nao consegue ficar feliz na presenca de Deus e evita a companhia dos seres santos. Se [he fosse permitido entrar no Céu, nem la haveria felicidade para o pecador. O espirito de amor altruista que domina ali - onde cada coragao reflete 0 infinito Amor ~ nao despertaria o menor interesse em seu coragao. Seus pensa- mentos, interesses e motivos seriam distintos daqueles que caracterizam os habitantes sem pecado que ali esto. Ele seria uma nota dissonante na musica celestial. Para ele, 0 Céu se- ria um lugar de tortura; e desejaria esconder-se Daquele que ali é luz e fonte de toda ale- aria. Nao é um decreto arbitrario de Deus que exclui os impios do Céu; eles ficam do lado de fora por se sentirem inadequados na companhia dos santos. Para eles, a gléria de Deus seria um fogo consumidor. Prefeririam que logo viesse a destruicao para que nao tivessem de enfrentar o encontro com Aquele que morreu para redimi-los” (Caminho a Cristo, p. 17, 18). Ela entao enfatiza: “E impossivel escapar do abismo de pecado em que estamos afun- dados. Nosso coragao é mau e nao podemos muda-lo. [...] A educa¢ao, a cultura, o exercicio da vontade, o esforgo humano, todas essas coisas tém sua importancia, mas nesse caso nao tém poder para mudar a situagao. Podem até produzir um comportamento aparentemente correto, mas nao transformar 0 coracao nem purificar as fontes da vida. E preciso que haja um poder que opere no interior, uma vida nova vinda de cima, para que o homem passe do estado pecaminoso para a santidade. Esse poder ¢ Cristo. Somente Sua graca podera vita- lizar as inertes faculdades espirituais e atrair a pessoa para Deus, para a santidade” (p. 18). Ellen G. White ainda explica que “nao basta perceber 0 compassivo amor de Deus, enxer- gar a benevoléncia e a bondade paternal do Seu carater. Nao basta discernir a sabedoria ea justica da Sua lei para ver que ela est alicercada sobre o eterno principio do amor. O apéstolo Paulo viu tudo isso quando exclamou: ‘Consinto com a lei, que € boa.’ ‘A lei é santa; eo man- damento, santo, ¢ justo, e bom’. Mas, em desespero, acrescentou com 0 coragao amargurado: “Sou carnal, vendido a escravidao do pecado’ (Rm 7:16, 12, 14). Ele anelava a pureza, a justi- a, coisas que, por si mesmo, nao tinha forcas para alcangar, e clamou: ‘Desventurado homem que sou! Quem me livrara do corpo desta morte?’ (Rm 7:24). Esse € 0 clamor que vem de co- rac6es atribulados em todas as terras e em todas as épocas. Para todos, existe apenas uma resposta: ‘Eis 0 Cordeiro de Deus, que tira 0 pecado do mundo!” (lo 1:29; p. 19). Mortos em pecados e ressuscitados em Cristo A expressao de Paulo, “mortos em suas transgressdes e pecados" (Ef 2:1), destaca trés aspectos principais da condicdo humana decaida. Primeiro, “mortos em suas transgressdes e pecados” aponta para uma morte literal. O pecado ¢ oposto a Deus e a vida. Estar em pecado é negar Deus ea vida. “O salario do pecado é a morte” (Rm 6:23). Estar no pecado leva a morte (Jo 5:16), completa aniqui- lagao do ser humano. Estar em pecado é estar condenado a morte, é o mesmo que estar “morto”. Essa morte nao se refere apenas ao corpo; o ser humano que escolhe permane- cer no pecado estara morto, em todos os aspectos, sem elementos sobreviventes. Segundo, estar “mortos em suas transgressdes e pecados” é uma condicao espiritu- al e moral. E estar morto para Deus. Isso nao significa que os seres humanos nao pos- sam perceber 0 amor, a justi¢a ou o chamado de Deus, ou que nao possam reconhecer Jule Ago * Set 2023 [49] seu estado decadente. Afirmar 0 contrario levaria ao conceito de predestinacao. Con- tudo, as pessoas podem perceber, e percebem, a revelacao e o chamado de Deus; por essa razo, elas sao “indesculpaveis” (Rm 1:19-21; veja Rm 2:1, 9-16). O problema surge quando elas percebem o chamado da graca de Deus, mas decidem que tudo esta bem com elas e que serdo melhores se seguirem seus préprios caminhos, alegando que po- dem mudar a si mesmas e consertar 0 mundo sozinhas (Is 5:21; Rm 1:21-23; veja tam- bém Gn 11:1-5). No entanto, esse pensamento distorcido as afunda ainda mais na lama do pecado (Rm 1:24-32). Paulo ilustra essa condi¢ao perdida com a metafora de andar “segundo o curso deste mundo” (Ef 2:2), saciando os anseios, concupiscéncias, desejos e pensamentos da carne (Ef 2:3). Ao fazer isso, os que nao sao renovados chegam ao ponto em que “ao mal cha- mam bem e ao bem chamam mal” e “fazem das trevas luz e da luz fazem trevas” (Is 5:20). Esse estado constitui néo apenas confusao moral, mas também rebelido contra Deus. Terceiro e, como consequéncia, a declaracao “mortos em suas transgresses e peca- dos” aponta para o fato de sermos totalmente incapazes de superar a atracao gravita- cional do buraco negro do pecado. Essa incapacidade é dessa forma porque o pecado se tornou uma forga dominante de controle em nossos seres, tornando-se “outra lei” guer- reando em nés e contra nds (Rm 7:23). Nossa natureza foi afetada, ficando irremediavel- mente doente, a ponto de se tornar um “corpo de morte” (Rm 7:24, KJA). E por essa mesma razdo que Paulo observa que somente uma “ressurreicao” pode nos salvar da condi¢ao de “mortos em nossas transgressdes” (Ef 2:5, 6). Porém, Paulo nao fala Sobre uma ressurreicao semelhante a ressurrei¢ao da fénix do antigo mito, uma ave que tinha um poder regenerativo intrinseco. Nossa morte no pecado e por causa do pecado € definitiva e irreversivel. Nao temos em nds nenhum poder para reviver. Somente Deus, que nos criou, pode nos recriar ou ressuscitar. Para Paulo, a ressurreigao nao é uma “simples” regeneracao de nossos tecidos biolé- gicos para que possamos viver por varias décadas mais na mesma condicao pecaminosa Em vez disso, a nogao de ressurrei¢ao de Paulo é uma fuga total do poder prejudicial do mundo e do dominio do pecado. A crenga de Paulo na ressurrei¢ao constitui outro tipo ou qualidade de vida - a vida eterna (Rm 6:23). Esse poder Unico de renovacao foi ma- nifestado na ressurreicao de Cristo dentre os mortos (Ef 1:20) e entao nos foi dado no sentido de que Deus nos convidou a compartilhar e participar, por meio do Espirito, da ressurrei¢ao de Cristo (Ef 2:5, 6) Em Romanos, Paulo explica que, pelo fato de o pecado ser uma forca tao dissemi- nada em nés, é inevitavel que morramos. Mas, por causa da graca de Deus, nao preci- samos morrer em pecado, mas para o pecado, Cristo morreu em nosso lugar pelo nosso pecado. Agora, em Cristo morremos, mas morremos com Cristo para o pecado (Rm 6:2-4). 0 apéstolo, entao, conclui que, porque “fomos unidos com Ele na semelhanga da Sua morte, certamente o seremos também na semelhanca da Sua ressurrei¢ao, sabendo isto: que a nossa velha natureza foi crucificada com Ele, para que o corpo do pecado seja des- truido, e nao mais sejamos escravos do pecado. Pois quem morreu esta justificado do pecado” (Rm 6:5-7). [50 Efésios Pela graga mediante a fé Paulo diz que somos salvos “pela graca [...] mediante a fé" (Ef 2:8). Ele nao afirma que somos salvos somente pela graca ou somente pela fé. Ambas atuam juntas. No entanto, elas tém uma sequéncia essencial de operaao. Nao é a fé que gera a graca. A fé nao é uma energia interior que nos da vida, que nos eleva a Deus, que muda o carater de Deus para conosco ou que gera salvacao. A fé nasce e passa a operar em nds quando Deus nos ofe- rece Sua graca (Rm 10:17). A graca gera fé. A fé € 0 nosso recebimento da graca.. Essa compreensao tem pelo menos trés implicagdes principais. Primeira, a fé nao ¢ e nao pode ser meritéria. De fato, até a fé é uma dadiva de Deus, porque Deus ofereceu a todos nés a possibilidade de recebermos a Sua graca. Tanto a graga quanto a fé sdo da- divas de Deus (Ef 2:8). Por essa razdo, Paulo enfatiza que nossas obras nao tem nenhum papel na producao da nossa salvacao (Ef 2:9). Pelo contrario, nés, como pessoas salvas, somos “feitura Dele, criados em Cristo Jesus para boas obras” (Ef 2:10). Essas boas obras, portanto, nao sao nossas. Elas nao sao geradas pela genialidade ou pelo poder da nossa fé, mas “Deus de antemao [as] preparou para que andassemos nelas” (Ef 2:10). ‘A segunda implicacao é que Paulo une a justificacao com a santificago de modo inse- paravel. Enquanto justificacdo significa que estamos vestidos com a justica de Cristo, san- tificagao significa que estamos vestidos com o manto de boas obras de Cristo. Terceira: graca e fé sao 0 fundamento da unidade da igreja, que ¢ um dos temas centrais da teologia de Paulo sobre a igreja. A igreja esta unida na mesma experiéncia de receber a revelacao divina da graca e na mesma experiencia de aceita-la e abraca-la na fé, “uma s6 fé" (Ef 4:5). Nessa experiéncia, todos os membros da igreja sao iguais. Novamente, a igreja nao é uma sociedade multifacetada na qual alguns membros sao melhores cristdos porque receberam mais graca. A igreja nao é dividida em grupos de membros mais espi- rituais ou menos espirituais, de acordo com o grau de sua fé. Ao contrario, a igreja como um todo est fundamentada e unida na mesma graca e na mesma aceitagao dessa graca na fé. Em Efésios 4:7, Paulo parece falar sobre varios graus ou tipos de graca. Porém, ele nao fala sobre a graca salvifica, mas sobre a diversidade dos dons espirituais para a edi- ficacdo da igreja de Deus e para o cumprimento de sua missao. Além disso, quando, em 1 Corintios 12:9, Paulo afirma que o Espirito da fé a alguns, ele se refere a0 mesmo tépi- co dos dons espirituais e nao a fé salvifica dada a todos os seres humanos. APLICAGAO A VIDA 1. Peca aos alunos que pensem em maneiras de explicar a ira de Deus (Ef 2:3; Rm 1:18) aos (1) seus fithos, (2) seus vizinhos nao adventistas e (3) seus colegas seculares e ateus. 2. Pega aos alunos que descrevam para amigos da comunidade a experiéncia que tive- ram quando foram vivificados com Cristo e em Cristo. Como manter viva essa experiéncia? 3, Mesmo tendo crescido em ambientes cristdos, muitas pessoas podem estar mortas em pecados e nao terem experimentado o novo nascimento. Como ajudar essas pessoas a experimentar a plenitude e ter “vida juntamente com Cristo” (Ef 2:5)? Como encorajar essas pessoas a renascer sem ter que passar por toda a miséria de uma vida pecaminosa? Jul Ago» Set 2023 [51] 30jun Tiul | woul | 2tjul 28 jul 4.ago Tago Bago | 25ago set Bset ‘Set 22set 29set ‘Manaus 18hO2 18hO04 18hO5 18h0S 18h06 | 18ho6 18h0S 18h05 | 18ho4 qgho2 | 18h00 17hS8 17hS6 17hS5 Culaba hel 1he3 Theo 17h28 17h30 | Th32 17h34 7h35 17h37 17h37 17h38 17h39 q7h40 Th41 Tabela do pér do sol 3° Trimestre de 2023 porto | potém | santarém | Fortaleza aghos | 18h17 | 17h40.| 17h34 18h07 | 18h19 T7h41 17435 18h09 | 18h20 | 17h43 | 17h37 agh10 | 1h20 | 17h43 | 17h38 18hl1 | 18h20 | 17h43 | 17h38 aghti_| 18h20 | 17h43 | 17h38 aghi2 | 18h20 | 17h43 | 17h37 ighi2 | 18h19 T7h41 17h37, ashi | 18ht7 | 17h40 | 17h35 ight | 18h15 | 17h38 | 17h34 aehi0 | 1ehi3 | 17h37 | 17h32 18ho9 | 18h11 | 17h3S | 17h31 ashos | 18h08 | 17h32 | T7he8 agho7 | 18hO6 | 17h31 | 17h26 Brasiia | Gre | Horizonte | Janeiro a7h49 | 17hO7 hes | 17h19 ahs_| 17h10 | 1h28 | 17h22 a7hs3 | 17h3 | qh3t | T7h25 hss | 1h1S | 17h33 | 17h28 a7ns7 | qaht7 | a7h3s | 17h31 a7hS9 | 17h20 | 17h37 | 17h33 ashoo | 17h22 | 17h40 | 17h35 | 18hO1 | The | 7h41 | 17h38 | isho2 | 17h26 | 17h43. | 17h40 aeho2 | 17he8 | 1h44 | i7h42 agho3 | 17h29 | 17h46 | 17h4e 18hO4 | 17h31 | 17h47 | 17h46 1gho4 | t7h32 | 17h48 | 17h4s 18hO4 | 17h34 17h49 | 17hSO reife 17h09 | wht whi. | Thl4 ahs | 17hI6 176 hié 17h6 This tna | 7h thie | qh Sto Paulo 17h31 | 17h33 T7h36 | 17h39 Th42 | T7h4s T7h48 17hs1 17hS3 hss q7h57 1759 18h01 18h04 Salvador This 7h20 Thee Wh24 ‘hes he6 17h28 17he8 Whee 17h28 7he8 17h28 The8 17h28 Curitiba 17h37 17h40 17h43 17h46 17hSO 17hS3 17hS6 17hs9 1hO2 18h04 18h07 18h09 18hN 18h14 vitéria hn qhi4 wWhi7 7h19 Thee hea 17h26 17h28 17h30 17h3 17h33 17h34 17h36 17h37 Porto Alegre vh34 | 17h38 ‘What Th4s T7h49 1753 7hs7 | 18h01 18hOS 18h08 1ghi2 | 18h16 18h20 18h23 Reflexdo: Mais importante do que saber a hora exata do inicio do sdbado ¢ ter a consciéncia de que a verdadeira santificacdo desse dia deve comecar no principio de cada semana. Viva cada momento preparando 0 coracao para o dia do Senhor. \Vocé pode obter o horairio do por do sol especfico de sua cidade em diferentes midias: apps.adventistas.org/pt/7iasd_ app=por-do-sol-meditacoes; play.google.com/store/apps/details?id=br.com pb .escolasabatinaShl=pt_BR&gI-US; 0s aplicativas esto disponiveis para Android e IOS. Existem outros sites e aplicativos disponiveis na internet,

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