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ome ee de capstone CONTROLE QUIMICO Hiroshi Kimati In memoriam Ocontrole quimico de doencas de plantas é,em muitos casos, Gnica medidaeficiente © economicamente vidvel de garantir ag altas produtividade e qualidade de produgao, visadas pela agricultura moderna. Variedades de plantas cultivadas, interessantes pelo bom desempenho agronémico e pela preferéncia dos consumidores, geralmente aliam uma certa vulnetabilidade a agentes fitopatogénicos. A exploragdo comercial de culturas como as de uyas finas, morango, maga, tomate e batata, por exemplo, seria impossivel sem o emprego de fungicidas em locais ou épocas sujeitas a incidéncia de doengas. A ‘erescente escassez de terras agricultéveis impossibilita, frequentemente, a aplicagao de medidas preventivas de controle, como a rotaga0 de culturas, a escotha de época ou de local de plantio; por outro lado, altos javestimentos em novas tecnologias, como irrigagao por pivé central, ndo permitem alternativas economicamente rentaveis, a curto prazo, de ‘culturas para rotagéo, obrigando o agricultor a inobservancia dessa medida priméria de controle preventivo. Assim, a convivencia com patégenos j presentes em determinadas reas torna-se um dnus obrigatério dentro da agricultura moderna, Nessa convivencia, produtos quimicos desempenham papel predominante, garantindo a colheita ¢ tornando ‘ais estavel a produsio. Quaiquer ensaio experimental de controle quimico de doengas em plantas cultivadas como soja, trigo, arroz, feo, batata, tomate, etc. evidencia a indispensabilidade dessa medida de controle. controle quimico de doencas de plantas é praticado com intensidade tanto no Brasil ‘quanto nos paises economicamente mais desenvolvidos. Envolve interesses econdmicos da ordem de varfos bilhdes de délares, em escala mundial. No Brasil, em 2004, o faturamento da industria de fungicidas foi de USS 4,5 bilhoes, concentrando-se a venda nas culturas Ge soja, café e citros entre outras. £ um mercado muito dindmico, com um arsenal de ‘produtos quimicos em constante renovacdo: alguns produtos caem em desuso, por serem ineficientes ou por limitagGes toxicolégicas; outros, nais eficientes e com menos restrigbes de uso, sto continuamente langados. ‘A escalada no emprego de agrot6xicos, inclusive fungicidas, a partir da segunda guerra mundial, foi proporcionalmente acompanhada pelo interesse piblico na ‘quantidade ¢ qualidade desses insumos agricolas, uma vez que os primeiros produtos desenvolvidoseusadosem grandeescala, principalmenteinsetitidas organo-clorados,eram ecologicamente prejudiciais, isto 6, quimicamente muito estaveis,persistindo no ambiente por muitos anos; lipossoliveis, acumulando-se nos tecidos gordurosos dos animais censejando seu transporte ao longo da cadeia alimentar; afetavam a reprodugao de certas cespécies, notadamente aves, em concenteagdes subletais. O seu uso indiscriminado levou 1a sérias consequéncias ambientais, gerando opinides contririas a essa nova tecnologia, 38 aa EEEEEEEEneeereee ~ MANUAL DE FITOPATOLOGIA, === chegando alguns a propor o seu banimento completo, Entretanto, realisticamente, na seraplicac atual estruture de producio vegetal, ndo ha possibilidade de dispensar seu uso sem riscos proprieda de sérios prejuizos. O bom senso predominante direciona as preocupasées reinantes no de contro sentido de tornar as aplicagées de agrotéxicos mais seguras, mais eficientes € precisas ¢ estédio de ‘mais econémicas. em lesdes pelo prin 16.1 GRUPOS DE PRODUTOS UTILIZADOS E PRINCIPIOS DE na medic CONTROLE ENVOLVIDOS cobrir are © controle quimico de doengas de plantas ¢ feito por meio de varios tipos de penetrar Produtos, comumente denominados agroquimicos, incluindo fertilizantes ¢ agrot6xicos. 68 quimic Fertilizantes, quando utilizados no controle de doencas fisiogtnicas (aquelas devidas a vegetal, « ainda hoie sontroleda joim, sendo, reurbitéceas ‘queima das, stovicidade Boxe 16.3 - Tratamento quimico de sementes Corzine sents i ena 0 pigs pr ce ransmitidosefou proteger a sementes plantlas contra patgenos veiculados pelo solo. Se a findidace & a eradicagao, a eficiéncia do tratamento depende sgrandemente da localrago do pat6geno: a maiorn dos fungcidas 6 ata contr patégenosloclzados exernament, Eisem patégenos, como os da antracnose € do ersstamento bacteriano do feijocra, pa oe quails nfo se conhece nex tratamento quimico 100% efcente, quando aljados internamente na semente. (Como sementesdeicizo, ives dese patogenos, podem ser abides em regis de lima semi-id, com inrigngo por inftrasio o tratamento quimico de sementes eve ser vo como hierarquicamente posterior & producto de sementes sad i também, casos em que sio neces tratamentos fico (tatamento térmico ‘de sementes de tomateiro, para eliminagao do agente do cancro bacteriano, ou de toletes de cans-de-aicar, para eiminagao de bactéria do raqutsmo da soquera) «até mectncos (separag de sementes cotarinadasc de estaturas do patégeno, «como esleris), Como advent de produto sisticos,o objetivo de ciminar on

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