Professional Documents
Culture Documents
MAPA - Material de Avaliação Prática de Aprendizagem
MAPA - Material de Avaliação Prática de Aprendizagem
Acadêmico: R.A.
RACIONALIDADE COMBATIVA E FÉ CRISTÃ
Essa lógica também fundamenta a religião Cristã? Será que essa lógica é
praticada em igrejas da atualidade Brasileira? Será que as comunidades que
caminharam com Jesus partilhavam dessa lógica combativa?
COMANDO DA ATIVIDADE:
O Resumo Expandido deverá conter dois parágrafos: o primeiro com os itens 1 a 6 e o segundo (no mesmo
parágrafo):
Auxílio extra:
- A racionalidade combativa pode ser estudada a partir do pensamento sintético de
Aristóteles. Para isso é preciso entender o processo lógico da síntese e suas
relações com seres vivos.
- A Fé Cristã é um termo amplo usado para designar a compreensão das igrejas na
atualidade. Há muita diversidade, mas ainda assim é possível identificar se as
comunidades de fé, no geral, compartilham de ideais sintéticos da racionalidade
combativa. É possível identificar se as pessoas nas igrejas seguem princípios de
separação, exclusão dos diferentes e síntese dos escolhidos?
- Ao estudar os evangelhos é possível identificar uma racionalidade combativa?
Excludente e Sintética? Ou será que os evangelhos apresentam um olhar mais
integral de aceitação e inclusão das diferenças mantendo a realidade diversa, sem
síntese? Você pode usar textos bíblicos que fundamentem sua opinião.
Texto auxiliar para pesquisa:
Diante disso perguntamos: O que leva as pessoas à guerra? Será que
existe uma espécie de racionalidade combativa? De forma ampla, podemos analisar
essa questão a partir das racionalidades. No geral elas limitam ou ampliam a
capacidade de lidar com as múltiplas percepções da realidade. Elas explicam
“porque fazemos o que fazemos” e, nesse caso, podem ajudar a entender o sentido
das guerras.
Na guerra, a reflexão sintética pode ser vista pelo confronto entre duas
potências (premissas) donde a inferência lógica resulta na síntese onde “os
melhores” vencerão. Esse pensamento não funciona somente nas guerras, mas
também nos vestibulares, e nas vagas de emprego. Também é assim no mercado,
entre as empresas, na política, nas religiões. E, de certa forma, em toda a vida ao
nosso redor. Trata-se de uma forma de pensar, agir e entender, por isso uma
racionalidade. É o fundamento de lógicas de seleção e exclusão. Sua racionalidade
valida as tomadas de decisão com ideais de qualidade. O problema surge quando
essa racionalidade é aplicada às relações sociais. Neste caso, torna-se uma forma
racional de validar a violência.
Dito isso, vamos ao segundo conceito importante para nossa reflexão: O que
são as Comunidades dos Seguidores de Jesus?
Ainda não eram cristãos no sentido moderno do termo. Embora seguissem a Jesus,
eram, na maioria judeus e alguns gregos. Os principais textos para entender as
características dessas comunidades são os testemunhos dos evangelhos e as
diversas correspondências, principalmente entre o Apóstolo Paulo e as primeiras
comunidades cristãs-gentílicas.
Jesus não propôs afrontas políticas ou algum tipo de revolta civil. E quanto seus
discípulos seguiam a racionalidade excludente e violenta, eram instruídos a largar
as espadas (Mt 26:52). Não tinha como pregar uma racionalidade inclusiva e
destruir os opositores. Dessa forma a comunidade dos discípulos de Jesus sempre
esteve de braços abertos, até para os fariseus e autoridades políticas como
Nicodemos, por exemplo (Jo 3).
Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu
inimigo. Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai
pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso
Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons
e vir chuvas sobre justos e injustos. Porque, se amardes os que
vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos
também o mesmo? E, se saudardes somente os vossos irmãos,
que fazeis de mais? Não fazem os gentios também o mesmo?
Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai
celeste. (Mateus 5:43-48, ARA)
É uma racionalidade que prega o amor e o perdão mesmo diante da
espada e da violência (Mt 26:52). A lógica dos evangelhos é muito próxima do
pensamento inclusivo oriental que entendia toda a realidade conectada. Até mesmo
as afrontas ou rivalidades dialéticas eram interpretadas de forma harmônica e não-
combativa (Jo 11:4). O auge dessa mensagem foi a tradição das palavras da Cruz,
onde mesmo sofrendo todo tipo de escarnio e violência Jesus orou para que Deus
perdoasse seus agressores (Lc 23:34).