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PSI 3211 - Circuitos Elétricos I

Profa. Elisabete Galeazzo


Aula 23 – 21/06/2023
TÓPICOS DA AULA:

. DERIVADA DA FUNÇÃO DEGRAU:


 FOCO NA DESCONTINUIDADE

. “FUNÇÃO” IMPULSO UNITÁRIO: DELTA DE DIRAC

. EXERCÍCIOS SOBRE DELTA DE DIRAC

. CIRCUITOS DE 1a ORDEM COM EXCITAÇÃO IMPULSIVA

. EXERCÍCIOS DE CIRCUITOS COM EXCITAÇÃO IMPULSIVA


A função de Heaviside e sua derivada
• f(t) = 1H(t)  usada para descrever transições abruptas no
tempo, como o acionamento de uma chave de tensão DC:

Formalmente, se há descontinuidade em t = 0 então:


 Não há derivada da função f(t) neste ponto.

 Na prática, este tipo de função não ocorre:


 Tempo ∆𝜏 entre as transições dos patamares (0 e 1) são finitos,
mesmo que ∆𝜏 → 0
Exemplos da função f(t) e sua derivada “ 𝒇 𝒕 ”
f(t) 𝟏
f3(t) f2(t) 𝑓𝑖 (𝑡) = 𝒕 ; 0 ≤ 𝑡 < 𝜏𝑖
1 𝝉𝒊

f1(t) 𝑒
𝑓𝑖 (𝑡) = 1, 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡 > 𝜏𝑖

3 2 1 t
1/3
𝒇 𝒕 ∆𝜏 → 0; 𝒇 𝒊 𝒕 = 1 𝜏𝑖 = ∞
1/2 ∞ 𝜏𝑖
Área = 1 1
𝑓𝑖 𝑡 𝑑𝑡 = 1 ⇒ 𝑑𝑡 = 1
1/1 −∞ 0 𝜏𝑖
3 2 1 t
Impulso de Área Unitária
𝑓 𝑡 𝛿(𝑡)

1
1 lim 𝑓 𝑡 = ∞
∆𝜏 ∆𝜏→0
=𝛿 𝑡
𝑡 𝑡



𝜹 𝒕 = impulso de área unitária =


“função” impulso de Dirac = Delta de Dirac
“função” impulso unitário: utilizada para descrever a ação sobre um sistema (circuito)
durante um intervalo infinitesimal de tempo.
Derivada da função impulso
Dado: Qual é a derivada de No limite, quando
f(t) = função pulso... f(t), 𝑜𝑢 𝑠𝑒𝑗𝑎, 𝑓 ´ 𝑡 = ? 𝜏 → 0, tem-se a função
doublet
1 f(t)
1
𝜏
1 1 1 1 𝜏2
𝑡+ − 𝑡 +
𝜏2 𝜏 𝜏2 𝜏

−𝜏 𝜏 −𝜏 𝜏
...que tende a 𝛿 𝑡 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝜏 → 0

𝛿(𝑡) 1

𝜏2
𝑑𝛿
Função doublet =
𝑑𝑡
Função Impulso = Delta de Dirac, f(t) = (t)
Delta de Dirac,  (t), possui as seguintes características:

 Pulso muito estreito, de largura tendendo a zero;


 Pulso de amplitude tendendo ao infinito
 Pulso de área = 1 (constante)
DEFINIÇÕES:

(t)  (t) =  para t = 0


1
 (t) = 0 para t  0

 A área de (t) = 1, ou seja,


0 t

−∞
𝛿 𝑡 𝑑𝑡 = 1
Relação entre a função degrau e o
impulso unitário (Delta de Dirac)
f(t)
1
𝑓 𝑡 = 1𝐻 𝑡

t
𝑓 𝑡 = ∞ 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡 = 0
𝒇(t)
𝑓 𝑡 = 0 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡 ≠ 0

𝑓 𝑡 𝑑𝑡 = 1
−∞
t
𝑑𝐻(𝑡)
𝑓 𝑡 = =𝛿 𝑡
𝑑𝑡
Propriedades da “função” Delta de Dirac
a) 𝜹 𝒕 = 𝟎, 𝒑𝒂𝒓𝒂 ∀𝒕 ≠ 𝟎
 𝜹 𝒕 − 𝒕𝒐 = 𝟎, 𝒑𝒂𝒓𝒂 ∀ 𝒕 ≠ 𝒕𝒐
∞ 𝟎+
b) −∞
𝜹 𝒕 𝒅𝒕 = 𝟎−
𝜹 𝒕 𝒅𝒕 = 𝟏
∞ 𝒂+𝜺
⇒ 𝜹 𝒕 − 𝒂 𝒅𝒕 = 𝜹 𝒕 − 𝒂 𝒅𝒕 = 𝟏
−∞ 𝒂−𝜺
∞ ∞
c) −∞
𝒇 𝒕 𝜹 𝒕 − 𝒂 𝒅𝒕 = 𝒇(𝒂) −∞ 𝜹 𝒕 − 𝒂 𝒅𝒕 = 𝒇 𝒂

O efeito dessa integral


é extrair uma amostra
f(t) no instante “a”
Propriedades da “função” Delta de Dirac...
𝒅𝑯 𝒕
d) 𝒅𝒕
=𝜹 𝒕

𝑸𝒖𝒂𝒍 é 𝒐 𝒔𝒊𝒈𝒏𝒊𝒇𝒊𝒄𝒂𝒅𝒐 𝒅𝒆: 𝒇 𝒕 = 𝑨. 𝜹 𝒕 − 𝝉 ?


R: impulso de área “A” concentrada em t = 
Calcule a derivada das funções a seguir:

f(t) Dada a função pulso:


A
𝑓 𝑡 = 𝐴 𝐻 𝑡 − 𝐻 𝑡 − 𝑡1

t1 t
𝑓(𝑡) Sua derivada em função do tempo será:
A
t1 𝐴 𝐻 𝑡 − 𝐻 𝑡 − 𝑡1 = A 𝛿 𝑡 − 𝛿 𝑡 − 𝑡1
t
-A
Calcule a derivada de f(t)
graficamente:
f(t)
A

𝒇(𝒕)

t
-A
Ex: obtenha a derivada da função y(t)
graficamente e deduza a expressão 𝑦(t)
Dada a função y(t): y(t)
𝐴 A
𝑦 𝑡 = 𝑡 𝐻 𝑡 − 𝐻 𝑡 − 𝑡1
𝑡1
t1 𝑡
Sua derivada será:
𝑑𝑦(𝑡) 𝐴 𝐴𝑡 𝛿 𝑡 ≠ 0 𝑝𝑎𝑟𝑎
= 𝐻 𝑡 − 𝐻(𝑡 − 𝑡1 ) + 𝛿 𝑡 − 𝛿(𝑡 − 𝑡1 )
𝑑𝑡 𝑡1 𝑡1 𝑡 = 0 𝑠;
e
𝑨 𝛿 𝑡 − 𝑡1 ≠ 0
= 𝑯 𝒕 − 𝑯( 𝒕 − 𝒕𝟏 − 𝑨𝜹(𝒕 − 𝒕𝟏 )
𝒕𝟏 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡 = 𝑡1

𝑦(𝑡)

A/t1

𝑡
-A
Fontes Impulsivas nos circuitos
Nos circuitos elétricos com elementos armazenadores de energia, veremos que
uma fonte impulsiva será responsável pela:

 Transferência instantânea de carga Q no capacitor por meio de um


impulso de corrente;  atualizará as c.i. da tensão no capacitor

 Transferência instantânea de fluxo magnético no indutor por meio


de um impulso de tensão;  atualizará as c.i. da corrente no
indutor
 a função impulsiva é uma abstração matemática que representa
a entrega de uma quantidade de energia finita ao circuito num
intervalo de tempo infinitesimal
Algumas considerações antes de analisar o
comportamento de circuitos com excitação impulsiva:
𝑏
𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑆
𝑎

𝑐+
𝑓 𝑡 𝑑𝑡 = 0
𝑐−

𝑏
𝑓 𝑥 𝑑𝑥 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑆 ´
𝑎

𝑐+
𝑓 𝑥 𝑑𝑥 = 0
S´ 𝑐−

c
Relação entre frequência e tempo
de alguns sinais
• Sinal senoidal de f = 1 kHz  período T de 1 ms;
• Sinal senoidal de f = 10 kHz  T= 0,1 ms;
• Sinal senoidal de f = 1 MHz  T = 1 s;
Sinais de alta frequência = correspondem a
variações muito rápidas no domínio do tempo
Funções impulsivas atuam em um intervalo de
tempo muito curto (variação temporal infinitesimal)
Função impulsiva pode ser associada a variações de
alta frequência.
Relação Resposta em Z em baixa Z em alta
constitutiva Regime frequência frequência
entre “v” e “i” Permanente (AC) (AC)
(DC)
𝑑𝑖(𝑡) 𝑖 𝑡 = 𝑐𝑡𝑒; 𝑍𝐿 = 𝑗𝜔𝐿 𝑍𝐿 = 𝑗𝜔𝐿
𝑣𝐿 = 𝐿
INDUTOR 𝑑𝑡 𝑣𝐿 = 0 𝑍𝐿 → 0 𝑍𝐿 → ∞
“ curto ” “ curto ” “ aberto ”

𝑑𝑣(𝑡) 𝑣 𝑡 = 𝑐𝑡𝑒; 1 1
𝑖𝐶 = 𝐶 𝑍𝐶 = 𝑍𝐶 =
CAPACITOR 𝑑𝑡 𝑖𝐶 = 0; 𝑗𝜔𝐶 𝑗𝜔𝐶
“ aberto ” 𝑍𝐶 → ∞ 𝑍𝐶 → 0
“ aberto ” “ curto ”
𝑑𝑣𝐶
𝐴 𝑐ℎ𝑎𝑣𝑒 𝑎𝑜 𝑠𝑒𝑟 𝑓𝑒𝑐ℎ𝑎𝑑𝑎 → 𝑖𝐶 = 𝐶
𝑑𝑡
𝑑𝑣𝐶
→ 𝑖𝐶 = 𝑨 = 𝐶
𝑑𝑡
O que acontece com a tensão no capacitor entre
𝑨 t = 0- e t = 0+ ?
C
0+ 0+
𝑨 𝑑𝑡 = 𝐶 𝑑𝑣𝐶 → 0 = 𝑣𝐶 0+ − 𝑣𝐶 0−
0− 0−

𝒗𝑪 𝟎+ = 𝒗𝑪 𝟎−
* t= 0- : capacitor descarregado 𝐴. (0+ − 0− ) = 0

O que acontece agora com a tensão no capacitor entre


t = 0 - e t = 0+ ?
0+ 0+
𝑸 𝜹 𝒕 𝑑𝑡 = 𝐶 𝑑𝑣𝐶
0− 0−
𝑸(𝒕) 0+ 0+
C 𝑸
𝜹 𝒕 𝑑𝑡 = 𝑑𝑣𝐶
𝐶 0− 0−
𝑸
𝒗𝑪 𝟎 + − 𝒗 𝑪 𝟎 − =
𝑪
O que acontece agora com a tensão no capacitor
entre t = 0- e t = 0+ ?

0+ 0+
𝑸 𝜹 𝒕 𝑑𝑡 = 𝐶 𝑑𝑣𝐶
𝑸(𝒕) 0− 0−
C
0+ 0+
𝑸
𝜹 𝒕 𝑑𝑡 = 𝑑𝑣𝐶
𝐶 0− 0−

𝑸
𝒗 𝑪 𝟎 + − 𝒗𝑪 𝟎 − =
𝑪

A transferência instantânea de carga Q no capacitor


por meio de um impulso de corrente
atualizará as c.i. da tensão no capacitor
𝑑𝑖𝐿
𝐴 𝑐ℎ𝑎𝑣𝑒 𝑎𝑜 𝑠𝑒𝑟 𝑓𝑒𝑐ℎ𝑎𝑑𝑎 → 𝑣𝐿 = =𝐿
𝑑𝑡

+ O que acontece com a corrente no indutor entre


- L t = 0 - e t = 0+ ?
0+ 0+
vL 𝑑𝑡 = 𝐿 𝑑𝑖𝐿
0− 0− 𝒊𝑳 𝟎+ = 𝒊𝑳 𝟎−

→ 𝐸(0+ − 0− ) = 0 = 𝑖𝐿 0+ − 𝑖𝐿 0−

O que acontece agora com a corrente no indutor


entre t = 0- e t = 0+ ?
+
(t) L
0+
𝝍 𝜹 𝒕 𝑑𝑡 =
0+
𝐿 𝑑𝑖𝐿
- 0− 0−
vL 𝝍 0+ 0+
𝜹 𝒕 𝑑𝑡 = 𝑑𝑖𝐿
𝐿 0− 0−

𝝍
𝒊𝑳 𝟎+ − 𝒊𝑳 𝟎− =
𝑳
O que acontece agora com a corrente no
indutor entre t = 0- e t = 0+ ?
0+ 0+
+
(t) L 0−
𝝍 𝜹 𝒕 𝑑𝑡 =
0−
𝐿 𝑑𝑖𝐿
-
vL 𝝍 0+ 0+
𝜹 𝒕 𝑑𝑡 = 𝑑𝑖𝐿
𝐿 0− 0−

𝝍
𝒊𝑳 𝟎+ − 𝒊𝑳 𝟎− =
𝑳

A transferência instantânea de fluxo magnético no


indutor por meio de um impulso de tensão
atualizará as c.i. da corrente no indutor
Resposta dos circuitos R L
à fonte impulsiva
vR(t)
A(t)
i(t)

A(t)CC
L vL(t) 0 t
𝑒𝑠 𝑡 = 𝐴𝛿 𝑡 𝑉. 𝑠
sendo [V.s] = unidade de fluxo magnético
= weber (Wb)

Pergunta-se: O que acontece com a corrente no indutor em t = 0+?


Dicas para esta análise:
 Deve-se aplicar a 2ª LK e obter a equação diferencial de 1ª ordem ;
 Integrar a equação diferencial em torno de zero (Por quê? Pois é o intervalo
que a função impulsiva atua).
Resposta dos circuitos RL
à excitação impulsiva, cont…
vR(t) a) 2ª LK:
i(t)

R
𝑣𝐿 𝑡 + 𝑣𝑅 𝑡 = 𝐴𝛿 𝑡

A(t) vL(t)
CC
L 𝒅𝒊 𝒕 𝑹 𝑨
+ 𝒊 𝒕 = 𝜹 𝒕
𝒅𝒕 𝑳 𝑳

b) Qual é o valor da corrente no circuito em t = 0+?


𝑑𝐻(𝑡)
𝛿 𝑡 = 0+ 0+ 𝑅 0+ 𝐴
𝑑𝑡 𝑑𝑖(𝑡) + 𝑖 𝑡 𝑑𝑡 = 𝛿 𝑡 𝑑𝑡
0− 0− 𝐿 0− 𝐿
𝑑𝛿(𝑡)
𝑑𝑡
≠0 𝐴 𝑨
“doublet” 𝑖 0+ −𝑖 0− = ⇒ 𝒊 𝟎 = + 𝒊 𝟎−
+
𝐿 𝑳
 Há uma atualização da corrente no indutor em t = 0+ (descontinuidade);
 Depois disso o circuito comporta-se como um circuito livre!
Análise direta sobre o comportamento do
circuito RL com fonte impulsiva em t = 0 s
• Excitação impulsiva  é instantânea e abrupta
• A impedância do indutor para variações de elevada
frequência tende a um valor muito elevado  Z = ;
 Devido à excitação impulsiva, o indutor comporta-
se instantaneamente como um aberto;
 Toda a tensão do gerador cairá sobre o indutor
instantaneamente;
• Uma excitação impulsiva em “t” provocará uma
descontinuidade de corrente no indutor neste
instante. =1
𝑑𝑖 𝑑𝑖 𝐴 0+
 𝑣𝐿 = 𝐿 → 𝐴𝛿 𝑡 = 𝐿 → 𝛿 𝑡 𝑑𝑡 = 𝑖 0+ − 𝑖 0−
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝐿 0−
Resposta do circuito RC
à excitação impulsiva
1 Q(t)
iR(t) iC(t)

Q (t)
0 t
R vR(t) C vC(t)
Dados:
𝑣 0− = 𝑣0

𝑖𝑠 𝑡 = 𝑄𝛿 𝑡 (𝐴. 𝑠)
[A.s] = unidade de carga

Pergunta-se: O que acontece com a tensão no capacitor em t = 0+?


Cálculo da resposta do circuito RC
à fonte impulsiva
1
1ª LK e relações constitutivas:
iR(t) iC(t)

Q (t) 𝑖𝐶 𝑡 + 𝑖𝑅 𝑡 = 𝑄𝛿 𝑡
R vR(t) C vC(t)

𝑑𝑣 𝑡 𝑣 𝑡 𝑄
+ = 𝛿 𝑡
𝑑𝑡 𝑅𝐶 𝐶
Integrando a equação diferencial em torno de t = 0 s temos:

0+ 0+ 0+
𝑑𝑣 𝑡 𝑣 𝑡 𝑄
𝑑𝑡 + 𝑑𝑡 = 𝛿 𝑡 𝑑𝑡
0− 𝑑𝑡 0− 𝑅𝐶 0− 𝐶

𝑸 𝑸
𝒗 𝟎+ − 𝒗 𝟎− = ⇒ 𝒗 𝟎 + = + 𝒗 𝟎−
𝑪 𝑪
 Haverá uma descontinuidade (“ou um degrau”) da tensão no capacitor devido à excitação
impulsiva!
 Conclusão: o impulso em corrente muda as condições iniciais da tensão nos capacitores!
Análise direta sobre o comportamento do
circuito RC com fonte impulsiva em t = 0 s

Análise da tensão no capacitor em t = 0+:


 Comporta-se como um curto para variações abruptas e
instantâneas (pois a impedância do capacitor tende a zero para
variações de elevada frequência);

 Neste instante de atuação da corrente impulsiva, toda a


corrente da fonte será conduzida para o capacitor.

Provoca-se uma descontinuidade (em degrau) da tensão no


capacitor em t = 0+ s.
𝑑𝑣 𝑄 𝑑𝑣 𝑄 0+
 𝑖𝐶 = 𝐶 → 𝛿 𝑡 = → 𝛿 𝑡 𝑑𝑡 = 𝑣0+ − 𝑣0−
𝑑𝑡 𝐶 𝑑𝑡 𝐶 0−
Conclusões gerais sobre o efeito da
fonte impulsiva nos circuitos

 A fonte impulsiva modifica as condições iniciais


nos elementos armazenadores de energia no
circuito instantaneamente para t = 0+ s;

 Depois disso, o circuito comporta-se como um


circuito livre, ou seja, a resposta em função do
tempo dependerá apenas das características de
seus componentes:
Resposta dos circuitos de 1ª ordem
sem fonte externa (resposta livre):
• O impulso (excitação impulsiva)
provoca uma descontinuidade
(em degrau) na corrente do
circuito RL, com amplitude y/L
(sendo y = fluxo magnético
Outras concatenado, sendo y = L.I)
conclusões
• No circuito RC o impulso impõe
instantaneamente uma carga no
capacitor, aumentando
bruscamente a tensão sobre ele
de Q/C.
Relação Resposta em
constitutiva Regime Z em baixa Z em alta Devido à fonte
entre “v” Permanente frequência frequência impulsiva
e “i” (DC) (AC) (AC) (no instante que
ocorre o
impulso):
𝑣𝐿 𝑖 𝑡 = 𝑐𝑡𝑒; 𝑍𝐿 = 𝑗𝜔𝐿 𝑍𝐿 = 𝑗𝜔𝐿
INDUTOR 𝑑𝑖(𝑡) 𝑣𝐿 = 0 𝑍𝐿 → 0 𝑍𝐿 → ∞ “aberto”
=𝐿
𝑑𝑡 “ curto ” “ curto ” “ aberto ”

𝑖𝐶 𝑣 𝑡 = 𝑐𝑡𝑒; 1 1
𝑑𝑣(𝑡) 𝑍𝐶 = 𝑍𝐶 =
CAPACITOR 𝑖𝐶 = 0; 𝑗𝜔𝐶 𝑗𝜔𝐶 “curto”
=𝐶
𝑑𝑡 “ aberto ” 𝑍𝐶 → ∞ 𝑍𝐶 → 0
“ aberto ” “ curto ”

Sugestão: depois de terem assistido à aula, leiam as páginas 131 e 132 do livro “Curso
de Circuitos Elétricos”, dos profs Orsini e Denise Consonni.
Tensão impulsiva cuja
Área = 1 (unid. SI)
vR(t)
i(t)
Exemplo 1
R= 10W
a) Determine 𝒗𝑪 𝒕 , 𝒕 ≥ 𝟎 𝒔
1(t)
CC

C= 2F vC(t)
Condições iniciais:
𝑣𝐶 0− = 0
1. Em t = 0 s o capacitor comporta-se como um curto  devido à excitação
impulsiva.
1𝛿 𝑡
 𝑖𝐶 = 𝑖𝑅 = 𝑖(𝑡 = 0) =
10

𝑑𝑣 1 0+ 0+
 𝑖𝐶 = 𝐶 𝑑𝑡 → 𝛿 𝑡 𝑑𝑡 = 𝑑𝑣
10𝐶 0− 0−

1 1
𝑣 0+ − 𝑣 0− = 10.𝐶 = 20 = 0,05 (𝑉)
Depois de t = 0 s, toda a energia armazenada instantaneamente no capacitor será dissipada
pelo resistor, e:
− 𝒕 − 𝒕
𝒗𝑪 𝒕 = 𝒗𝟎+ 𝒆 𝑹𝑪 ⇒ 𝒗𝑪 𝒕 = 𝟎, 𝟎𝟓𝒆 𝟐𝟎
b) Determine a corrente do circuito para 𝒕 ≥ 𝟎 𝒔.

Para t > 0+ : circuito RC livre (sem fontes externas)

𝑣𝑅 𝑡 = 0 = 1𝛿 𝑡
A queda de potencial
está no sentido
𝑣𝑅 𝑡 = 𝑣𝐶 𝑡 para t > 0+
oposto em relação ao
tempo t = 0 s

Com isso o sentido da corrente muda em relação à


corrente instantânea impulsiva
𝒕
𝒗𝑪 𝒕 > 𝟎 = 𝟎, 𝟎𝟓𝒆− 𝟐𝟎

𝟎,𝟎𝟓 − 𝒕 𝟏𝜹 𝒕
𝒊𝑹 𝒕 = − 𝒆 𝟐𝟎 + para t  0 s
𝟏𝟎 𝟏𝟎
Exercício 1: Considere o circuito abaixo com
𝒗 𝟎− = 𝟏 𝑽 𝑒 𝒆𝒔 𝒕 = 𝟐𝜹 𝑡 . Calcule 𝒗 𝟎+ .

O capacitor comporta-se como um curto em relação ao impulso.


Análise do circuito no instante t = 0 s (momento que o impulso ocorre) será:
2
0+ 1 0+ 4
𝑖 𝑡 = 0 = 2𝛿 𝑡 . 3 Como 0−
𝑑𝑣𝐶 =𝐶 0− 5
𝛿 𝑡 𝑑𝑡
2
+1
3 4 4 𝟗
4 𝑣𝐶 0+ − 𝑣𝐶 0− = → 𝒗𝑪 𝟎+ = + 1 = 𝑽
𝑖 𝑡=0 = 𝛿 𝑡 5 5 𝟓
5
EXERCÍCIO 2:
Admita que o circuito abaixo tenha os seguintes valores:
𝑖𝑔 𝑡 = 0,2𝛿 𝑡 𝐴, 𝑠 ; 𝑣𝐶 0− = −1 𝑉; 𝑖𝐿 0− = 0,5 𝐴;
𝑅 = 1 Ω; 𝐿 = 0,2 𝐻 𝑒 𝐶 = 0,05 𝐹. 𝑪𝒂𝒍𝒄𝒖𝒍𝒆 𝒗𝑪 𝟎+ 𝒆 𝒊𝑳 𝟎+ .

Este
exercício
ficará para a
prox. aula

Lembre que, devido ao impulso, em t = 0, o capacitor comporta-se


como curto;
e o indutor, devido ao mesmo impulso, comporta-se
como um aberto

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