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Guia de Condutividade

Experimentos escolares

Analítica
de Processo

Processo
on-line
e sistemas
de água pura

Guia para Medição de Condutividade On-line


Teoria e Prática
Índice

1 Introdução 7

2 Teoria 8
2.1 Condutividade elétrica – informações básicas 8
2.2 Definição de Condutividade 8
2.3 Condutividade de Soluções 9
2.3.1 Íons Dissolvidos 10
2.3.2 Dissociação da Água 12
2.4 Princípio de Medição 13
2.5 Tipos de Sensor de Condutividade 16
2.5.1 Célula de Condutividade de 2 eletrodos 16
2.5.2 Célula de Condutividade de 4 eletrodos 17
2.5.3 Célula de Condutividade Indutiva 18
2.5.4 Materiais 19
2.5.5 Seleção do Sensor Correto 19
2.6 Efeitos da Temperatura 20
2.6.1 Correção de Temperatura Linear 22
2.7 Interferências com Medições de Condutividade 23
2.7.1 Gases Dissolvidos 23
2.7.2 Bolhas 24
2.7.3 Revestimento da Superfície do Eletrodo 25
2.7.4 Erros Relacionados à Geometria –
Efeitos de Campo 25

3 Considerações Práticas 26
3.1 Calibração e Verificação 26
3.1.1 Calibração do Circuito de Medição 26
3.1.2 Calibração do Sensor 26
3.1.3 Soluções Padrão 29
3.2 Medição 30
3.3 Medições de Baixa Condutividade 31

3
Índice

3.4 Manutenção e Armazenamento 32


3.5 Unidades de Medida Alternativas 32
3.5.1 Resistividade 32
3.5.2 TDS 33
3.5.3 Concentração 34
3.6 Medições Especializadas do Setor 35
3.6.1 Águas Farmacêuticas 36
3.6.2 Química do Ciclo do Setor Elétrico 37
3.6.3 Medição da Condutividade Neutralizada
de Caldeira Industrial 39

4 Perguntas Frequentes 40

5 Glossário 44

4
5
6
Introdução
1. Introdução

A condutividade elétrica é medida há mais de 100 anos e ainda é um


importante parâmetro analítico muito utilizado hoje em dia. A alta con-
fiabilidade, sensibilidade, resposta rápida e custo relativamente baixo
do equipamento fazem da condutividade uma ferramenta valiosa e de
fácil utilização para o controle de qualidade. Em algumas aplicações,
a mesma medição é realizada como resistividade, que é o inverso
da condutividade e com unidades recíprocas.

A condutividade elétrica é um parâmetro de soma não específico, com-


patível com todos os materiais iônicos dissolvidos (sais, ácidos, bases
e algumas substâncias orgânicas) em uma solução. A condutividade
não é capaz de diferenciar os tipos de íon. A medição é proporcional
ao efeito combinado de todos os íons na amostra. Portanto, é uma
ferramenta importante para o monitoramento e vigilância de uma vasta
gama de diferentes tipos de água (água pura, água potável, água na-
tural, água de processo, etc.) e outros solventes. Também é utilizada
para determinar as concentrações de produtos químicos condutores.

Este guia apresenta as informações básicas para uma boa compreen-


são da medição de condutividade e resistividade. São discutidos fato-
res importantes que influenciam a medição e possíveis fontes de erro.
Aspectos teóricos e práticos são abordados, permitindo a calibração
e medição confiáveis em diversas aplicações.

7
2. Teoria
Teoria

2.1 Condutividade A condutividade elétrica é a capacidade de um material de conduzir


Elétrica – uma corrente elétrica. O termo condutividade também pode ser usado
Informações Básicas em outros contextos (por exemplo, condutividade térmica). Neste guia,
o termo “condutividade” sempre se refere à condutividade elétrica.

O transporte de eletricidade através da matéria sempre requer a pre-


sença de partículas carregadas. Os condutores podem ser classifica-
dos em dois grupos principais com base na natureza das partículas
carregadas. Os condutores no primeiro grupo (principalmente metais)
consistem em uma malha de átomos com uma camada externa de
elétrons. Os elétrons nessa ‘nuvem de elétrons’ podem dissociar-se
livremente de seus átomos e transportar eletricidade através da malha
molecular e, portanto, também através do material a granel. Metais,
grafite e alguns outros compostos químicos pretencem a esse grupo.

Os condutores no segundo grupo são eletrólitos, com íons que trans-


portam a carga. A transferência de carga nos eletrólitos está sempre
vinculada ao transporte de matéria como íons. A ionização ocorre pela
dissolução de uma substância em um solvente polar (como a água)
ou por uma fusão.

2.2 Definição De acordo com a lei de Ohm (1), a tensão (V) aplicada a uma solução
de Condutividade
Formelné Conductivity
proporcional àGuide:
corrente (I) que circula através da solução

1. V  R  I (1)

R = resistência
V (ohm, Ω)
2. VR = tensão (volt, V)
I
I = corrente (ampere, A)
Formeln Conductivity Guide:
1
A resistência (R) é uma constante de proporcionalidade e pode ser
3. G 
1. V  R R  I pelo fluxo medido da corrente se uma tensão conhecida
calculada
for aplicada:
Vl
4. R 
2. K (2)
IA

1 l
3. 
5. G  G  GK
R A
8

4. K  
6.   l ci Z i i
i
Formeln Conductivity Guide:

1. V  R  I

V
2. R 
I
A condutância (G) é definida como o inverso de resistência:
1
3. G  (3)
R
G = condutância (siemens, S)
Formeln l
4. KConductivity
 Guide:
Para medir
A a resistência ou a condutância de uma amostra, é neces-
1. V  Ruma
sária  I célula de medição. A célula de medição consiste em pelo
menos dois eletrodos condutores de eletricidade (às vezes chamados
l
5.  G
depolos)
V  Acom Gcargas
 K opostas. Os eletrodos juntos formam uma célula
R medição. A célula e o corpo de suporte juntos compõem o sensor.
2. de
I
FormelnA Conductivity Guide:

6.  condutância
 ci Z i i medida depende também da geometria da célula de
1i que é descrita pela constante de célula (K). É a relação da
medição,
1. V
3. G R I
R entre os eletrodos (I) e a área efetiva da seção transversal
distância
do eletrólito (A) entre os eletrodos:
V T
2. R 
7.  l
4. KTref
I  (4)
A 1  (T  Tref )
100% -1
K = constante de célula (cm )
1
3. Gl =distância l entre os eletrodos (cm)
5.  G R
( T 2do  GK %
T 1 )  100
8. 
A = área A eletrólito entre os eletrodos (cm2)
(T2  T1 )   T 1
l
A condutância pode ser transformada na condutividade (κ), que é inde-
4.
6. K  ci Z i i
pendente
(i1698 S / cmde 1413
A da célula medição
S específica.
/ cm) 100Isso
% é feito por meio da mul-
 
tiplicação da condutância pela constante de célula:  2.017 % / C
(35 C  25 C ) 1413 S / cm
l
5.   G   G K (5)
7.  Tref  A 1996
T
S / cm
 Tref    1422 S / cm
1  2.017 %
κ = condutividade  (/TC
(S/cm)  Tref )
1 100%  (45C  25C )
6.    ci Z i i 100%
A resistividade
i é o recíproco da condutividade:
(   ) 100%
8. 
ρ 25
 T 2f 25 (TT)1  T
9. =C1/κ
(T2  T1 )   T 1 (6)
ρ = resistividade  (Ω•cm)
7.  Tref  T

 25C  (T  T )
10.
2.3 Condutividade 1 dos
A 20maioria
C(1698 Ssolventes
/%cm  1413 refSnão
puros / cmsão
) 100%
condutores
  1.116 100  2.e017
têm%condutividade
/ C
de Soluções próxima a(35 C Os
zero.  25
sólidos 1413 S / cm
C ) dissolvidos com ligações iônicas ou muito
polares dissociam-se e permitem que a solução conduza eletricidade.
( T 2   T 1TDS
) 100%
8. 
11.  factor
TDS : 1996 S / cm 9
 Tref  (T2  T   T1
1 )25  1422 S / cm
C
2.017 % / C
1  (45C  25C )
Teoria

O impacto dos íons dissolvidos é discutido na seção 2.3.1. Além disso,


a água dissocia-se em íons a um grau muito baixo e, portanto, mesmo
a água absolutamente pura apresenta condutividade. Essa dissociação
da água é descrita na seção 2.3.2.

2.3.1 Íons A dissolução de materiais que formam íons é chamada de dissociação


Dissolvidos eletrolítica. Alguns exemplos de dissociação eletrolítica são apresenta-
dos a seguir:

NaCl g Na+ + Cl-


HCl g H+ + Cl-
Formeln Conductivity Guide:
CH3COOH CH3COO- + H+
1. V  R  I
Há uma diferença entre eletrólitos fortes e fracos. Eletrólitos fortes, como
cloreto de sódio e ácido clorídrico, dissociam-se completamente para
V
2. formar
R  íons ou prótons de sódio e cloreto e íons de cloreto. Por outro
lado, Ieletrólitos fracos, como ácido acético, dissociam-se parcialmente,
simbolizados pela seta dupla acima. Isso significa que a solução de
- +
eletrólitos
1 contém acetato iônico (CH3COO ) e prótons (H ) e também
G
3. moléculas de ácido acético não iônicas (CH3COOH). A dissociação tem
R
dependência forte da temperatura e pode ser quantificada com uma
constante de dissociação. Apenas a parte dissociada e iônica contribui
l
4. para
K  a condutividade.
A
A contribuição de um íon para a condutividade depende de sua con-
centração,l sua carga e sua mobilidade no solvente. A condutividade
5.   G amostra
de uma G K ser expressa como uma função de concentra-
pode
A
ções de íons dissolvidos e suas propriedades eletroquímicas:

6.   c Z 
i
i i i (7)

c = concentração de íons [mol/L]


Z = número de carga do íon
λ = condutância T
equivalente iônica [S•cm2/mol]
7.  Tref 

1  (T  T )
ref
100equivalente
A condutância % iônica é um atributo específico de cada tipo
de íon. Ela depende não só do tipo de íon mas também da concentra-
ção e da temperatura.
( T 2   T 1 ) 100%
8.  
(T2  T1 )   T 1
10

(1698 S / cm  1413 S / cm) 100%


Conduância Equivalente λ [25 °C, em H2O em diluição muito alta]
Cátions [S•cm2/mol] Ânions [S•cm2/mol]
+ -
H 349,8 OH 198,6
Li+ 38,7 Cl- 76,4
+ -
Na 50,1 HCO3 44,5
NH4+ 73,4 ½ CO32- 69,3
2+ -
½ Mg 53,1 NO3 71,5
½ Ca2+ 59,5 ½ SO42- 80,0
Tabela 1: Condutância equivalente de diferentes tipos de íon

A condutância equivalente geralmente aumenta com o número de carga


e diminui com o tamanho. No entanto, os valores estimados podem
ser diferentes dos valores medidos, listados na Tabela 1. Por exemplo,
o íon pequeno de lítio é muito menos condutor do que o íon maior de
amônio. Isso ocorre porque o tamanho do íon soluto, e não o tamanho
do próprio íon, é fator determinante na mobilidade. Um íon menor e
com muita carga, como o lítio, pode atrair mais moléculas de água
e criar uma camada de solvatação maior do que um íon maior e com
menor carga. As condutâncias muito elevadas de um próton (H+) e
íon hidróxido (OH-) também se destacam. O mecanismo de transporte
desses dois íons não é baseado em migração iônica. Os prótons são
facilmente transferidos do hidrônio (H3O+) para a H2O circundante ou
da H2O para o hidróxido (OH-). A carga é transportada principalmente
pela rápida troca de elétrons, e não por meio da migração mais lenta
de íons. Por isso, ácidos e bases são muito mais condutores do que
sais, que é importante para compreender o significado dos valores de
condutividade em muitas aplicações.

Como mencionado anteriormente, a condutância equivalente não é um


valor fixo. Com o aumento da concentração, a condutância equivalente
diminui, porque há uma crescente interferência de íons movendo-se em
direções opostas. No caso de eletrólitos fracos, a condutância também
diminui devido à taxa menor de dissociação em altas concentrações.

11
Teoria

A temperatura também influencia a condutância equivalente. Tempera-


turas mais altas aumentam o movimento das partículas e reduzem a
viscosidade do solvente. Isso leva ao aumento da mobilidade dos íons
e maior condutividade. Visto que a viscosidade é uma propriedade do
solvente, a mobilidade de todos os íons tende a apresentar o mesmo
aumento com a temperatura, o que simplifica a compensação de tem-
peratura para medições de uso geral. No entanto, no caso de eletrólitos
fracos, uma temperatura mais alta também pode alterar a quantidade
de dissociação, influenciando ainda mais a condutividade. Isso compli-
ca a compensação de temperatura.

A condutividade de uma solução depende de vários parâmetros, que,


algumas vezes, apresentam interações. As influências importantes
na condutividade podem ser resumidas a seguir:
- T ipo de eletrólito dissolvido (carga iônica, raio iônico, mo-
bilidade iônica)
- Concentração do eletrólito dissolvido
- Grau de dissociação do eletrólito
- Solvente (viscosidade)
- Temperatura

2.3.2 Dissociação A água pura sem qualquer impureza tem um condutividade de


da Água 0,055 µS/cm e resistividade de 18,18 Mohm•cm a 25°C. Essa peque-
na condutividade é causada por íons de hidrônio (H3O+) e hidróxido
(OH-), que existem a partir da dissociação de água. O equilíbrio dessa
dissociação é forte em relação à água, e apenas duas de um bilhão de
moléculas de água apresentam-se em forma iônica. A influência dessa
dissociação é insignificante nas medições de uso geral, mas é domi-
nante na água pura. O grau de dissociação da água é muito depen-
dente da temperatura, o que requer consideração extra nas medições
de compensação de temperatura para água pura.

H H H +
H -
O O O O

H H H H

Figura 1: Dissociação da água

12
2.4 Princípio Uma célula de medição de condutividade consiste em um par de eletro-
de Medição dos, sobre o qual se aplica uma tensão. O instrumento mede a corrente
circulante e calcula a condutividade (consulte a seção 2.2). Entretanto,
essa é uma explicação simplificada do princípio de medição.

Figura 2: Configuração esquemática de uma célula de medição de condutividade

Quando uma corrente contínua (CC) é aplicada aos eletrodos, os íons


de carga positiva (cátions) migram para o eletrodo de carga negativa
(cátodo), e os íons de carga negativa (ânions) movem-se para o ele-
trodo de carga positiva (ânodo) (ver Figura 2). Isso pode causar um
acúmulo de íons perto das superfícies dos eletrodos, resultando em
uma situação chamada polarização e causando reações químicas.
Essa eletrólise afeta a composição da solução e, consequentemente,
a condutividade. Para evitar a polarização indesejada e as reações
da eletrólise, uma corrente alternada (CA) é usada para a medição
de condutividade. Com a corrente alternada, os íons não migram em
uma direção; eles oscilam em suas posições com o ritmo da frequência
aplicada (ver Figura 3).

Figura 3: Diferente migração de íons quando CC ou CA é aplicada à célula de medição

13
Teoria

Mesmo ao usar a CA, o acúmulo de íons não é totalmente eliminado.


Todos os efeitos que ocorrem na superfície limite dos eletrodos e da so-
lução quando uma corrente é aplicada são resumidos como polariza-
ção. O principal efeito é a formação de uma camada dupla de íons que
impede a mobilidade dos íons perto da superfície. Essa camada tem o
mesmo efeito de uma contaminação da superfície de eletrodos e causa
uma resistência adicional. A polarização influencia negativamente a
medição de amostras com concentração de moderada a alta de ele-
trólitos e reduz a linearidade no limite superior da faixa (ver Figura 4).
Os efeitos da polarização podem ser reduzidos ou evitados com:
• O ajuste da frequência de medição: quanto maior a frequência de
medição, mais curto o tempo para que os íons se acumulem em
um eletrodo e criem uma camada dupla. O uso de uma frequência
de medição alta minimiza a polarização.
• A otimização da superfície dos eletrodos: ao aumentar a rugosidade
da superfície dos eletrodos, sua área de superfície é aumentada,
a densidade da corrente é reduzida e, assim, a polarização também
é reduzida (consulta a seção 2.5.4).
• O uso de uma célula de condutividade de 4 eletrodos: esse tipo
de célula de condutividade sofre menos influência dos efeitos
de polarização (consulte a seção 2.5.2).

Figura 4: Impacto negativo da polarização e capacitâncias na leitura de condutividade

A linearidade na extremidade inferior da escala é limitada pelo impacto


de capacitância (ver Figura 4). Dois eletrodos em um meio não condu-
tor comportam-se como um capacitor. Quando uma tensão CC é apli-
cada a esses eletrodos, a eletricidade não circula. A resistência capa-
citiva é infinitamente alta e a condutância é zero. No entanto, quando
14
uma tensão CA é aplicada aos eletrodos, a resistência capacitiva cai e
a condutância sobe de forma correspondente. Um elemento ainda mais
importante nas medições de processo é um longo cabo conectando
o sensor ao instrumento de medição, o que adiciona uma capacitância
muito significativa. A influência das capacitâncias pode ser reduzida
ou evitada com:
• O ajuste da frequência de medição: quanto menor a frequência
de medição, menor é o impacto de capacitância.
• O uso de uma célula de condutividade com capacitância baixa: quanto
menor a área dos eletrodos e maior a distância (I) entre os eletrodos,
menor é a capacitância. Contudo, essa não é uma opção viável,
porque, para medições em uma faixa de baixa condutividade, as cé-
lulas com uma constante de célula baixa (área grande de eletrodo e
pequena distância entre os eletrodos) são necessárias para manter a
resistência baixa o suficiente e possibilitar uma medição confiável.
• O uso de um circuito e cabo especiais: os modelos de sistema
de medição que possuem uma manipulação cuidadosa de sinal
podem reduzir os efeitos da capacitância do cabo.
• O uso de sensores digitais: com um circuito de medição e conversão
analógica-digital embutidos no sensor, há uma distância insignifi-
cante a ser percorrida pelo sinal de medição de CA, assim, a capaci-
tância do cabo é eliminada. Somente um sinal digital robusto é trans-
mitido pelo cabo longo até o instrumento.

A frequência de medição ideal depende da faixa de medição. Portanto,


a frequência é adaptada à condutividade da amostra. Em geral, frequ-
ências baixas são aplicadas em baixas condutividades, nas quais os
efeitos de polarização são insignificantes e a capacitância é um proble-
ma. Frequências altas são aplicadas em altas condutividades, possibi-
litando a redução dos efeitos da polarização.

Circuitos de medição de condutividade de última geração ajustam a frequ-


ência de medição e a tensão automaticamente com base na faixa que está
sendo medida. Os algoritmos usados para esses ajustes variam de acordo
com os fabricantes dos instrumentos, o que resulta em especificações de
faixas de medição muito variadas para uma determinada constante de
célula. Os sensores digitais da METTLER TOLEDO Thornton UniCond® foram
otimizados para uma abrangência excepcionalmente ampla.

15
Teoria

2.5 Tipos de Sensor Dada a diversidade de aplicações, é fácil compreender que não existe uma
de Condutividade única tecnologia de medição ideal para todas situações. As três tecnolo-
gias seguintes são usadas para processar a medição de condutividade:
• Célula de condutividade de 2 eletrodos
• Célula de condutividade de 4 eletrodos
• Célula de condutividade indutiva

2.5.1 Célula As células de condutividade clássicas de 2 eletrodos consistem em duas


de Condutividade placas paralelas. As placas são apoiadas por isolador(es) estrutural(is),
de 2 eletrodos que as protege(m) de danos mecânicos e reduz(em) os erros causados
por efeitos de campo. Os modelos anteriores usavam eletrodos de pla-
tina, que eram vulneráveis a dobraduras, resultando em mudanças na
constante de célula com apenas alguns prejuízos (ver Figura 5a). Um
modelo concêntrico mais recente e amplamente usado, originalmente
desenvolvido pela Thornton e associados na década de 60, usa um ele-
trodo central envolto por um segundo eletrodo externo (ver figura 5b). Es-
ses sensores concêntricos são fabricados com materiais robustos, como
titânio, aço inoxidável ou Monel, e são muito resistentes a mudanças na
constante de célula, danos mecânicos ou influências da temperatura.

Figura 5a e 5b: modelos de célula de condutividade de 2 eletrodos

O ponto forte da célula de condutividade de 2 eletrodos é a medição


de condutividade baixa a média com alta precisão. A faixa de medição
para um sensor digital UniCond de 2 eletrodos de 0,1 cm-1 da METTLER
TOLEDO Thornton apresentado na Figura 5b varia de 0,02 µS/cm a
50.000 µS/cm. É um excelente sensor de uso geral para ser utilizado
em sistemas de tratamento de água devido à sua ampla abrangência.
O sensor de 2 eletrodos pode ser aplicado em medições precisas,
desde solventes não aquosos e água ultrapura até soluções salinas.

16
2.5.2 Célula Os sensores de condutividade de quatro eletrodos trabalham com um
de Condutividade par de eletrodos adicionais (ver Figura 6). Existem diferentes configura-
de 4 eletrodos ções de células de 4 eletrodos, mas o princípio funcional é igual.

Os eletrodos externos são os eletrodos da corrente, aos quais a CA é


aplicada. Eles são conduzidos da mesma maneira que o sensor de 2
eletrodos. Os eletrodos de medição internos são posicionados no cam-
po elétrico dos eletrodos da corrente e medem a tensão com um ampli-
ficador de alta impedância. A corrente que circula através dos eletrodos
externos e da solução pode ser medida com precisão pelo circuito. Se a
tensão nos eletrodos internos e a corrente são conhecidas, a resistência
e a condutância podem ser calculadas. Para obter a condutividade,
a condutância deve ser multiplicada pela constante de célula dos ele-
trodos internos (consulte a seção 2.2).

A vantagem do sensor de 4 eletrodos está no fato de que há uma corrente


não significativa circulando através dos eletrodos internos onde a medição é
realizada. Portanto, não ocorre nenhum efeito de polarização para influenciar
a medição. A célula de condutividade de 4 eletrodos também é menos sensí-
vel a erros de medição decorrentes da contaminação de eletrodos.

Figura 6: Célula digital de condutividade de 4 eletrodos com sensor de temperatura em


um corpo polimérico

O ponto forte da célula de condutividade de 4 eletrodos é a capacidade


de medir a condutividade em uma faixa alta, de 10 µS/cm até 1.000 mS/
cm. As principais aplicações desse tipo de sensor são medições de con-
dutividade média a alta, como as encontradas na água do mar, soluções
de limpeza, águas de processo bem como ácidos e bases usados para
a regeneração de troca iônica. As superfícies planas reduzem a vulnera-
bilidade à contaminação por sólidos em suspensão. O quinto eletrodo de
metal exibido na Figura 6 contém o sensor de temperatura.

17
Teoria

2.5.3 Célula Um sensor indutivo é construído como um par de bobinas do transforma-


de Condutividade dor, e a solução a ser medida é o núcleo do transformador. As bobinas em
Indutiva paralelo são posicionadas próximas uma à outra e inseridas em um corpo
polimérico, como um anel imerso na solução (ver Figura 7). Não há ele-
trodos nem, geralmente, metais em contato com a solução. Uma bobina é
energizada com CA, e o sinal induzido na segunda bobina está relacionado
à condutividade da solução que flui através e ao redor do sensor. A cons-
tante de célula é determinada pelo diâmetro do orifício, entre outros fatores.

Sensores indutivos são adequados para medições de condutividade


média a muito alta e, em decorrência da ausência de eletrodos, eles
não ficam sujeitos a nenhuma polarização ou problemas de contami-
nação. No entanto, o campo elétrico de medição passa em torno do
lado exterior do anel, bem como através do orifício, de forma que deve
haver espaço ao redor do sensor para manter a integridade da constan-
te de célula. Como resultado, os sensores indutivos normalmente são
montados em grandes tubos ou submersos em tanques abertos. Quan-
do a tubulação ou outras barreiras físicas prejudicam o campo de me-
dição, é necessária uma calibração in-situ para compensar a constante
de célula alterada, e o sensor deve ser sempre montado com a mesma
orientação. Sem peças metálicas molhadas e com corpos de polímero
PEEK ou PFA, os sensores indutivos têm excelente resistência química.

Figura 7: Sensor de condutividade indutiva com bobinas medição e sensor de temperatura


vedado dentro um corpo polimérico

Célula de 2 eletrodos Célula de 4 eletrodos Célula indutiva


- Alta precisão - Medições de - Medições de
em baixa condutividade condutividade
condutividade média a alta média a muito alta
- Medições de - Pouca influência - Não há influência
Vantagens

condutividade de da contaminação da contaminação


faixa baixa a média de superfície de superfície
- Montagem - Montagem - Resistência
compacta compacta química excelente
Tabela 2: Vantagens dos três tipos de sensor de condutividade

18
2.5.4 Materiais Diferentes materiais são usados na construção da célula de condu-
tividade. Titânio, aço inoxidável, Monel, Hastelloy, grafite, platina e
platina platinizada são usados para eletrodos, enquanto PEEK, CPVC,
PFA, outros polímeros e vidro são utilizados como materiais estruturais
e isolantes. Características importantes de materiais molhados são a
resistência química e resistência à temperatura (para fluidos de proces-
so bem como para sanitização, limpeza ou condições de manutenção
semelhantes), durabilidade mecânica e capacidade de influenciar as
superfícies dos eletrodos para minimizar a polarização.

Reações químicas entre os materiais do sensor (especialmente os


eletrodos) e o fluido de amostra são altamente indesejáveis, porque po-
dem causar erros, alterando permanentemente a célula e possivelmente
modificando a amostra.

A textura da superfície do eletrodo tem influência sobre a resistência de


polarização. Superfícies rugosas têm um efeito de polarização reduzido.
No entanto, se as superfícies dos eletrodos são extremamente rugosas
ou porosas, a lixiviação lenta e constante de impurezas iônicas poderia
causar uma resposta muito lenta em medições de água pura.

2.5.5 Seleção Escolher o sensor de condutividade certo é importante para obter


do Sensor Correto resultados precisos e confiáveis. Os diferentes tipos de construção e
materiais fornecem uma variedade de opções, que podem ser otimiza-
das para uma determinada aplicação. Além disso, é necessária uma
conexão de processo compatível.

Um requisito básico é que nenhuma reação química deve ocorrer entre a


amostra e o sensor. Para aplicações de processo, a estabilidade mecânica
e a classificação da pressão do sensor são fatores importantes. Eletrodos de
titânio com isolador de polímero PEEK são mecanicamente estáveis e quimi-
camente resistentes em praticamente todas as aplicações de 2 eletrodos.

A constante de célula do sensor e o tipo de construção também de-


vem ser considerados. Uma constante compatível de célula abrange a
faixa de condutividade da amostra. Tradicionalmente, quanto menor a
condutividade esperada da amostra, menor deve ser a constante deve
célula. No entanto, desenvolvimentos recentes de sensores digitais

19
Teoria

ampliaram a abrangência dos sensores de 2 eletrodos de constante


baixa para situações nas quais um sensor UniCond de 2 eletrodos de
0,1 cm-1 pode medir desde água ultrapura até água do mar. A Figura
8 apresenta uma amostragem de aplicações e os tipos de sensor que
abrangem suas faixas. Para selecionar um sensor, essas generaliza-
ções aplicam-se: para medições de condutividade baixa a média, um
sensor de 2 eletrodos deve ser usado. Para medições de condutividade
média a alta, um sensor de 4 eletrodos ou sensor indutivo pode ser
necessário, principalmente para medições na faixa superior de condu-
tividade. Sensores indutivos são recomendados para faixas mais altas
de condutividade, nas quais sólidos em suspensão podem contaminar
os eletrodos e grandes tubulações ou tanques estão disponíveis para
armazenar esses sensores grandes.

UniCond 2E
Analógico 2E
UniCond 4E
Analógico 4E
Indutivo

0,01 0,1 1,0 10 100 1000 10k 100k 1.000k Condutividade


(µS/cm)

100 M 10M 1M 100k 10k 1000 100 10 1 Resistividade


(Ohm-cm)

Água ultrapura
Água pura
Água de reposição
Água potável
Ácidos, bases e sais diluídos
Efluentes
Água salobra
Fluidos de processo industrial
Ácidos, bases

Figura 8: As aplicações e faixas de vários tipos de sensor da METTLER TOLEDO Thornton


(outras faixas de sensor 2E são mais limitadas)

2.6 Efeitos A condutividade é extremamente dependente da temperatura. À medida


da Temperatura que a temperatura da amostra aumenta, a viscosidade da amostra
diminui, resultando em uma maior mobilidade dos íons. Portanto,
a condutividade observada da amostra também aumenta, mesmo que
a concentração de íons permaneça constante (consulte a seção 2.3.1).
Em águas puras, a concentração de íons também aumenta devido
ao efeito da temperatura na dissociação de água. Isso é acrescentado
à alteração na condutividade pela temperatura.

20
Todo resultado de condutividade deve, portanto, ser especificado
com a temperatura ou ser compensado pela temperatura, geralmente
usando o padrão industrial de 25 °C. Por exemplo, a condutividade
de 0,01 molar de cloreto de potássio a 20 °C é 1.278 µS/cm, mas,
a 25 °C, é 1.413 µS/cm. Visto que a condutividade é usada principal-
mente como um substituto da concentração, as leituras são referentes
ou compensadas por uma temperatura de referência, permitindo que os
resultados das medições em várias temperaturas sejam comparados
com um valor padrão.

Visto que a dependência da temperatura de várias amostras, espe-


cialmente de águas puras, pode ser diferente, vários métodos foram
desenvolvidos para abordar esses efeitos. Na indústria farmacêutica,
especificações finais on-line de qualidade da água apresentam limites
com base em tabelas de condutividade vs. temperatura sem compen-
sação, eliminando qualquer ambiguidade de compensação de tempe-
ratura. Instrumentos de medição para essas aplicações frequentemente
têm essas tabelas de limites farmacêuticos integradas, gerando alertas
quando os limites são alcançados. No entanto, a maioria das medições
de condutividade farmacêuticas, realizadas na nascente dos sistemas
de tratamento da água final que vai para produção, utiliza medições
compensadas pela temperatura para comparações de desempenho
mais simples. (consulte 3.6.1)

Em outros setores, as medições compensadas pela temperatura são


esperadas. A METTLER TOLEDO Thornton desenvolveu um algoritmo de
compensação de temperatura „Padrão“ que corresponde à dissociação
e às características de alteração de viscosidade da água ultrapura,
além de abranger amplamente as quantidades variáveis de contami-
nação mineral neutra. Essa compensação Padrão é aplicável até as
águas extremamente salinas. Portanto, é utilizada nos sistemas de tra-
tamento de água pura e dessalinização e também para água ultrapura
e monitoramentos gerais.

Outros algoritmos de compensação mais especializados estão disponí-


veis nos transmissores da METTLER TOLEDO Thornton, como mostrado
na Tabela 3.

21
Teoria

Algoritmo de Aplicação
Compensação
de Temperatura
Padrão Água ultrapura até água extremamente salina,
adequado para os sistemas de tratamento de água
pura e dessalinização
Nenhum Medição sem compensação para atender aos requisitos
finais de monitoramento de água farmacêutica
% linear por Processos especiais geralmente envolvendo ácidos ou
configuração °C bases; podem ser referentes a 20 ou 25 °C
Amônia Amostras do ciclo químico do setor elétrico contendo
amônia e/ou aminas
Cátion Amostras do ciclo químico do setor elétrico que
passaram por um trocador de cátions e contêm traços
de ácidos
Light 84 Mesmo que Padrão, mas com pequenas diferenças,
usando dados de água pura anteriores a 1984
publicadas pela T.S. Light
Padrão de 75 °C Mesmo que Padrão, mas referente a 75 °C para
aplicações especializadas microeletrônicas de UPW
Álcool Água pura contendo aproximadamente álcool
isopropílico 50%
Glicol Água pura contendo aproximadamente álcool isopropíli-
co 50% ou álcool isopropílico 100% (selecionável)

Tabela 3: Algoritmos de compensação de temperatura de condutividade disponíveis nos


transmissores da METTLER TOLEDO Thornton

Nos transmissores da METTLER TOLEDO Thornton, quando uma leitura


direta de concentração química é selecionada, as características exclu-
sivas da temperatura do produto químico específico são usadas para
compensação independentemente da configuração de compensação
de temperatura.

2.6.1 Correção Para correção de temperatura de soluções de condutividade média e


de Temperatura alta, a compensação de temperatura linear pode fornecer uma melhor
Linear precisão. A equação a seguir é usada para determinar o coeficiente
de modo experimental:

22
1 l
5. 
3. G  G  A  G  K
R


6.   l ci Z i i
4. K  i
A

l 
7.  Tref
5.  G  G  KT (8)
A 
1  (T  Tref )
100%
6.    ci Z i i
(i T 2  oT 1coeficiente
Ela relaciona ) 100% de temperatura α, que representa a variação
8.  
de condutividade
(T2  T1 ) %/°C.
 T 1 Os valores α são listados na bibliografia ou
determinados em experimentos. Para determinação empírica, duas
T
medições de condutividade são realizadas, uma à temperatura de refe-
7.  Tref 
rência (1698
e a S / cmàtemperatura
segunda 1413 S / cm
do)processo.
100% Assim, o valor α pode
  1  (T  Tref )  2.017 % / C
(35100
ser calculado C% 25 C ) 1413 S / cm(9):
de acordo com a equação

( 100%S / cm
  T 1 ) 1996
 Tref
8.   T 2 (9)  1422 S / cm
(1T2  T1 )   T/1C  (45C  25C )
2.017 %
100%
(1698 S / cm  1413
Amostra S / cm
Coeficiente de )temperatura
100% α(%/°C)
   f (T )  
9.   2.017 % / C
Ácidos
25C 25 C  25
(35 T C 1413 S / cm
1,0) -1,6
Bases 1,8 - 2,2
Sais  25C 1996 2,0-S3,0
/ cm
10. 
 20C   1422 S / cm
Tref
Água 1.116
potável 2.017 % / 2,0C
1  (45C  25C )
100%
Tabela 4: Coeficientes de temperatura típicos de vários tipos eletrólito
TDS
11. TDS factor :
9.  25C  f 25 (T )25CT
2.7 Interferências As medições de condutividade podem ser afetadas por diversos fatores.
com Medições de Os quatro mais importantes são discutidos neste capítulo.
Condutividade 
10.  20C  25C
1.116
2.7.1 Gases Além de sólidos e líquidos, gases também podem ser dissolvidos na
Dissolvidos amostra, formando íons que influenciam a condutividade. O dióxido
de carbono TDS
11. TDS factor(CO
: 2) é o único gás em ar ambiente normal que pode ter
uma influênciasignificativa
25C na medição de condutividade. Na água,
o dióxido de carbono dissolvido forma o ácido carbônico (H2CO3) que
se dissocia, primeiramente, para bicarbonato (HCO3-) e, em uma se-
gunda etapa, para carbonato (CO32-) (Figura 9). O dióxido de carbono
é facilmente solúvel em água, com o equilíbrio de reação fortemente
vinculado no lado do CO2 , e apenas cerca de 0,2% das moléculas rea-

23
Teoria

gem para formar ácido carbônico. Sob condições padrão, o impacto do


dióxido de carbono em ar ambiente aumenta a leitura de condutividade
leitura em aproximadamente 1 µS/cm.

Figura 9: Dissociação de dióxido de carbono na água

Em medições de baixa condutividade (< 10 µS/cm), o dióxido de car-


bono pode influenciar significativamente o resultado. Para obter resul-
tados confiáveis, é importante evitar que a amostra entre em contato
com o ar. Isso é conseguido usando uma medição em linha ou uma
amostra de circulação contínua através de uma linha de amostra e
uma câmara de fluxo de sensor bem vedadas. As medições de coleta
de amostras estáticas são incertas. Em níveis de condutividade altos
(> 50 a 100 µS/cm), o efeito do dióxido de carbono torna-se insignifi-
cante e esses cuidados são desnecessários.

2.7.2 Bolhas Se uma bolha deposita-se em uma superfície ativa de eletrodos, a


resistência mensurada aumenta e a leitura de condutividade diminui.
Sinais instáveis podem ser uma indicação de bolhas de ar no sensor
— acumulando-se e sendo removidas. As bolhas são propensas a
formar-se espontaneamente em processos de tratamento de água de
reposição, em que a água pode sofrer aquecimento e/ou há queda na
pressão; ambas situações reduzem a solubilidade do gás. Também é
possível observar grandes quantidades de CO2 liberadas após a troca
primária de cátions. Podem ser detectadas bolhas, tocando levemente

24
o sensor para verificar se a leitura de condutividade aumenta tempora-
riamente, o que pode ser causado por bolhas deslocando-se e sendo
despejadas no fluxo de água. Para corrigir esse tipo de problema,
pode-se aumentar a taxa de fluxo pelo sensor para evitar que bolhas
grandes o suficiente para afetar medições prendam-se nas superfícies
do sensor.

2.7.3 Revestimento A presença de sólidos ou óleos não dissolvidos ou de precipitação lenta


da Superfície na amostra pode criar uma camada de eletrodos na célula de conduti-
do Eletrodo vidade. Essa camada pode resultar em resposta baixa da célula e leitu-
ras incorretas. Um exemplo é a bio-contaminação da célula. A limpeza
periódica e/ou altas taxas de fluxo podem evitar esse tipo de problema
(consulte a seção 3.5).

2.7.4 Erros Em alguns modelos de sensor, as peças do campo elétrico de medição


Relacionados à ficam fora do espaço geométrico do próprio sensor de condutividade.
Geometria – Efeitos Qualquer interferência com essas linhas de campo afeta a medição de
de Campo condutividade. Uma das principais fontes de interferência é a parede da
tubulação se o sensor estiver posicionado muito próximo ou em uma
tubulação com diâmetro muito pequeno. Em geral, sensores de con-
dutividade concêntrico de 2 eletrodos possuem suas linhas de campo
bem posicionadas e não sofrem esse efeito. Sensores de processo de
4 eletrodos e sensores de condutividade indutiva têm linhas de campo
fora de suas próprias dimensões e devem ser instalados com espaço
suficiente para acomodá-los. Em alguns casos, é necessário realizar
um processo de calibração in-situ a fim de reduzir os erros causados
por efeitos de campo. Geralmente, a interferência condutiva da superfí-
cie metálica causa erros positivos e a interferência da superfície de polí-
mero isolante causa erros negativos.

25
3. Considerações Práticas
Considerações Práticas

A condutividade é medida em uma ampla faixa de aplicações. Esta


seção do guia fornece conhecimento específico sobre as aplicações.
Primeiro, é descrita a operação geral para calibração, verificação e
medições de condutividade, incluindo o caso especial de medição
de condutividade baixa. Em seguida, são discutidos a manutenção
e o armazenamento de sensores de condutividade. Por fim, são deta-
lhadas aplicações importantes.

3.1 Calibração e Para realizar uma medição precisa de condutividade compensada pela
Verificação temperatura, a calibração é necessária para os circuitos de medição de
condutividade e temperatura e para a constante de célula e transdutor
de temperatura, como um RTD (detector resistivo de temperatura).

3.1.1 Calibração Os circuitos de medição para todas as faixas de condutividade e


do Circuito temperatura dos instrumentos da Mettler Toledo Thornton são
de Medição calibrados em fábrica e certificados segundo resistências rastreáveis
do NIST. Com sistemas de medição convencionais, os circuitos
de medição estão localizados no transmissor e podem apresentar
longas extensões de cabos até o sensor. Cabos longos adicionam
capacitância e resistência que podem afetar a medição, por isso, a
calibração do circuito de medição deverá ajustar o espaço para os
cabos quando possível. Com os sensores digitais UniCond, os circuitos
de medição são integrados aos sensores com fiação interna fixa e
muito curta, evitando problemas com os cabos. Em qualquer um
dos casos, os eletrônicos modernos são geralmente muito estáveis,
mas é recomendada uma verificação anual, que pode ser realizada
pela equipe de serviço da Mettler Toledo Thornton ou usando
padrões industriais de resistência rastreável para todas as faixas
de condutividade e temperatura.

3.1.2 Calibração A constante nominal de célula é usada para escolher o sensor correto
do Sensor para a faixa a ser mensurada, mas as tolerâncias de produção para a
constante de célula podem ser excessivamente amplas para garantir
medições precisas. Portanto, cada sensor é certificado e calibrado indi-
vidualmente na fábrica da Mettler Toledo Thornton. Devido à grande
influência da temperatura na compensação, o RTD também é calibrado
individualmente para respaldar a alta precisão.

26
As constantes de célula certificadas dos sensores da METTLER TOLEDO
Thornton são determinadas como parte do processo de fabricação na
fábrica. A constante exata da célula está especificada no certificado de
precisão e também é armazenada na memória digital do sensor UniCond
ou impressa na etiqueta de um sensor analógico convencional. Uma ca-
libração semelhante é realizada e certificada na fábrica para o RTD para
ativar a medição de temperatura e a compensação precisas. As cons-
tantes de célula e os fatores de calibração de temperatura certificados da
METTLER TOLEDO Thornton possuem rastreabilidade para ASTM e NIST,
bem como para água ultrapura para sensores de 2 eletrodos.

A constante de célula pode sofrer leves alterações com o tempo. Con-


taminação e depósitos ou leves alterações físicas ou químicas dos ele-
trodos afetam a constante de célula. É aconselhável executar uma ve-
rificação para certificar-se de que a constante de célula ainda é válida,
pelo menos anualmente, e, com mais frequência, verificar a medição
de amostras possivelmente contaminadas ou corrosivas.

A verificação e calibração podem ser realizadas de três maneiras.


1. O sensor pode ser devolvido à fábrica para recalibração.
2. O sensor pode ser comparado com um sistema de medição de re-
ferência no local, pela equipe de serviços da METTLER TOLEDO ou
usando um sistema padrão rastreável do setor.
3. O sensor pode medir uma solução de condutividade padrão rastreável e ter
o seu sensor de temperatura calibrado para um termômetro de referência.

Usando a terceira opção, a leitura deve ser dentro do limite de tolerân-


cia do sensor somado à tolerância padrão da solução ou um ajuste
de calibração deve ser feito. A calibração ou verificação deverá ser
realizada próxima à faixa de medição de condutividade do processo.
O seguinte procedimento é recomendado:

Procedimento de Calibração/Verificação

IMPORTANTE: Sempre use soluções padrão frescas.


Mantenha o frasco da solução padrão firmemente vedado quando não
estiver utilizando-o para evitar contaminação e preservar sua integridade
durante todo o seu prazo de validade.

27
Considerações Práticas

1. Conecte o sensor ao instrumento. Selecione o modo ‚Padrão‘ de


compensação de temperatura, ou ‚Nenhum‘ se a condutividade exa-
ta da solução padrão à temperatura de teste é conhecida.
2. Se o sensor estiver seco, mergulhe-o em água limpa por 2 horas
antes de continuar.
3. Enxágue completamente o sensor, a barra de agitação, se usada, e o
recipiente que irá armazenar a solução padrão várias vezes com água
deionizada para remover qualquer solução de processo e sólidos em
suspensão. Em seguida, remova qualquer gotícula remanescente.
4. Enxágue o sensor, um termômetro certificado e um recipiente com
uma pequena quantidade da solução padrão e descarte-a.
5. Mergulhe o termômetro e o sensor nas solução padrão para cobrir a
área de medição ativa do sensor. Para eliminar todas as bolhas de
ar da área, agite ou bata de leve no sensor no recipiente. Com todos
os sensores de 2 eletrodos, os orifícios de ventilação na lateral de-
vem ser completamente cobertos.
IMPORTANTE: Os sensores de 4 eletrodos devem ser suspensos
pelo menos 1 polegada (25 mm) acima da parte inferior do reci-
piente durante a medição e calibração para obter resultados válidos.
Sensores indutivos devem ter pelo menos 1,2 polegadas (30 mm)
de fluido ao redor do anel do sensor.
6. Meça a temperatura do termômetro, a condutividade e a temperatura
do sensor de condutividade do padrão, aguardando até que todas
as leituras alcancem um equilíbrio. A movimentação pode ajudar
a acelerar o alcance do equilíbrio, desde que não gere bolhas.
7. Se a temperatura do sensor estiver fora da tolerância, realize uma
calibração/ajuste na temperatura do sensor no instrumento de acor-
do com o manual de instruções.
8. a. Se a compensação de temperatura ‚‘Padrão“ estiver ativa, compa-
re a leitura de condutividade diretamente com o valor certificado
a 25°C da solução padrão.
b. S e a leitura não estiver com compensação de temperatura, apli-
que uma correção de temperatura de 2%/°C ao valor certificado
do padrão e faça a comparação com a leitura. Por exemplo, se
o valor padrão certificado for 100,43 µS/cm a 25 °C e a tempera-
tura medida for 23,2 °C, então o valor certificado àquela tempera-
tura é calculado como: 100,43 * {1 + [0,02 * (23,2 – 25,0)]} =
96,81 µS/cm.

28
9. Se estiver fora da tolerância, realize uma calibração/ajuste na cons-
tante de célula do sensor no instrumento de acordo com o manual
de instruções.

3.1.3 Soluções A METTLER TOLEDO oferece uma linha completa de soluções padrão e
Padrão garante a qualidade de frascos lacrados de solução padrão pelo perí-
odo de um ano a partir da data de fabricação (6 meses para padrão
de 25 µS/cm). A data de validade está localizada na etiqueta e certifica-
do do produto. As soluções padrão devem ser armazenadas em tempe-
ratura ambiente normal, protegidas da luz do sol.

Padrão de Condutividade Precisão Data de Número da Peça


Validade
25 µS/cm, 500 mL, HCl ± 3% 6 mo 58 078 001
100 µS/cm, 500 mL, KCl ± 1% 12 mo 58 078 002
1.000 µS/cm, 500 mL, KCl ± 1% 12 mo 58 078 003
10.000 µS/cm, 500 mL, KCl ± 1% 12 mo 58 078 004
100.000 µS/cm, 500 mL, KCl ± 1% 12 mo 58 078 005

Tabela 5: Soluções Padrão de Condutividade da METTLER TOLEDO Thornton

Verificação/Calibração de Água Pura

O padrão de 25 µS/cm com precisão de ± 3% é indicado apenas para


a verificação de medição próxima à faixa de água pura. Para melhor
precisão de calibração, o padrão de 100 µS/cm que tem precisão
de ±1% deve ser utilizado. A linearidade consistente dos sistemas
de medição da METTLER TOLEDO Thornton entre 100 µS/cm e água
pura oferece uma melhor precisão do que a obtida usando padrões
inferiores a 100 µS/cm.

29
Considerações Práticas

Padrões de Condutividade
As soluções de padrão de condutividade oferecem uma maneira fácil de
calibrar ou verificar a constante de célula. No entanto, as soluções padrão
de condutividade são mais vulneráveis a erros decorrentes de contamina-
ção ou diluição do que soluções tampão de pH. A capacidade de tampão
de padrões de pH tende a resistir a mudanças de pH, tornando-os muito
mais propensos à má utilização. Padrões de condutividade, por outro
lado, são diretamente afetados pela diluição, contaminação ou influência
de CO2 quando entram em contato com o ar. Seus valores podem mudar
facilmente, especialmente os padrões de baixa condutividade. Além disso,
uma pequena mudança na temperatura pode ter um grande impacto
sobre a condutividade, portanto, o uso da compensação de temperatura
durante a calibração é, geralmente, uma boa prática.

3.2 Medição Antes de realizar as medições de condutividade, a constante de célula e o


fator de calibração de temperatura devem ser armazenados no instrumento
de medição (consulte a seção 3.1). Com sensores analógicos tradicionais,
a constante de célula certificada pela fábrica e o fator de temperatura do
certificado ou etiqueta do sensor são inseridos manualmente, usando os
menus do instrumento. Os sensores inteligentes e os sensores UniCond
com Gerenciamento Inteligente do Sensor (ISM®) têm a constante de célula
de fábrica e o fator de calibração de temperatura armazenados dentro do
sensor. Esses dados são transferidos automaticamente para o instrumento
de medição quando esses sensores são conectados.

Instalação do Sensor

Escolha um sensor com materiais, conexão do processo, temperatura


e classificação de pressão compatíveis, além de uma faixa de medição
para a instalação, incluindo condições de limpeza e sanitização. Posi-
cione o sensor em uma parte circulante ativa do fluxo do processo em
um percurso de tubulação horizontal ou contrafluxo, de preferência com
o fluxo direcionado para a extremidade para um sensor de 2 eletrodos.
Alternativamente, posicione o sensor em uma câmara de fluxo que
tenha uma amostra de fluxo lateral confiável e significativa circulando
através dela, com liberação a partir da parte superior.

30
Não monte o sensor na parte superior de um tubo parcialmente preen-
chido ou em tubo de fluxo direcionado para baixo, pois as aberturas ou
bolhas de ar podem acumular-se na área de medição do sensor. Não
monte o sensor na parte inferior de um tubo que apresenta sólidos em
suspensão, pois ele podem acumular-se no sensor (ver Figura 10).
SAÍDA

SAÍDA

ENTRADA SAÍDA
ENTRADA

somente se não há a presença


ENTRADA de bolhas de ar

Figura 10: Configurações favoritas de monitoramento do sensor

3.3 Medições As medições de amostras com condutividade inferior a 10 μS/cm exigem


de Condutividade cuidado especial. Como observado na seção 2.7.1, o dióxido de carbono
Baixa da atmosfera tem forte influência sobre a medição de condutividade em
um nível baixo. As seguintes precauções são recomendadas:

• Instale o sensor diretamente na tubulação ou tanque de água pura


se possível.
• Se a medição de um fluxo lateral for necessário, utilize uma amostra
de aço inoxidável conectada por tubo à câmara de fluxo do sensor.
Se for necessária uma tubulação flexível, utilize uma tubulação
de polímero de curto comprimento com baixa permeabilidade
(< 2 m), como PVDF ou nylon, e uma taxa de fluxo relativamente
alta (> 200 mL/min). Certifique-se de que todas as conexões ou
encaixes, válvula, fluxímetro etc. na linha de amostra estão devida-
mente vedados, impedindo a entrada de ar.
• Em medições de água ultrapura (qualidade de 18 Mohm•cm) usan-
do linhas de amostra, a contaminação significativa da amostra por
ar, incluindo CO2 , é um problema comum. Para detectá-la, altera-se
a taxa de fluxo da amostra. Em altas taxas de fluxo, qualquer con-
taminação do ar será diluída por água adicional, causando leituras
de baixa condutividade ou alta resistividade, que são mais precisas.
Observe as precauções acima para eliminar esse problema.

31
12. TDS (mg / L)  TDS factor   25C
Considerações Práticas
y 2  y1
13. m 
x2  x1

3.4 Manutenção e Os sensores de condutividade exigem pouca manutenção, mas os ele-


b  y1precisam
14. trodos
Armazenamento  m  xde1 limpeza. Se houver um acúmulo de sólidos dentro
da célula de medição, remova-os cuidadosamente por imersão em de-
tergente, solvente ou ácido diluído adequado. Também é possível usar
( y  bde
um cotonete ) algodão macio, com movimentos suaves, em eletrodos
15. x 
de titânio,mMonel, Hastelloy e aço inoxidável, mas não esfregue as su-
perfícies dos eletrodos. Não toque as superfícies de grafite ou eletrodos
platinizados. Enxágue completamente o sensor com água deionizada.
5
(T  15) 5
16. Os 
S sensores j/2
a j RdeT condutividade
j 0
 
b j Rser
limpos podem
1  k (T  15) j 0
j/2
T deixados úmidos em
suas câmaras de fluxo por muitos dias. No entanto, durante paralisa-
Verweis
ções longas im éText
da fábrica, muss angepasst
recomendado werden
remover e secar (see
o sensor equation 1
para
RSample(T )
evitar crescimento biológico.
RT 
3.5 Unidades As unidades
R
KCl (T )
de medição de condutividade mais comuns são micro- e
de Medida milli-siemens por centímetro (µS/cm e mS/cm). No entanto, alguns
Alternativas paísesa0e=organizações
0.0080 seguemba0 recomendação
= 0.0005 k = 0.00162
de unidade do SI, que
determina que somente os símbolos dos prefixos que representam o
númeroa1 =10-0.1692 b1 = -0.0056
elevado a uma potência maior do que 3 devem ser usados.
Essa apolítica impossibilita o uso
b2 = -0.0066 em vez disso, é usado
de centímetros;
2 = 25.3851
metro. Portanto, tenha cuidado na leitura de dados de condutividade
(e na aconfiguração
3 = 14.0941da instrumentação
b3 = -0.0375
on-line com escolha de unidades
de visualização) para distinguir as unidades de milli- e micro-siemens
a4 = -7.0261 b4 = 0.0636
por metro (mS/m e µS/m). Para comparação, 1 µS/m = 0,01 µS/cm.
a5 = 2.7081 b5 = -0.0144
3.5.1 Resistividade No caso de medições em água ultrapura nos setores de microeletrô-
17. S ppt 
nicos 0.08996
ouem 28.2929729
solventesorgânicos, R  12de
as unidades .80832 R 2  10
resistividade
3
são.67869 R 
geralmente preferidas em vez das de condutividade. A resistividade é
o inverso da condutividade (consulte equação 10). A água pura tem
condutividade de
5 0,055 μS/cm, o que corresponde a uma resistividade 2
18. R 18,18
de  RT MΩ
 10 R ( RT  1) (T  15) (96.7  72.0 RT  37.3 RT  (0.6
•cm. T

1
(10)
19.  

ρ = resistividade [MΩ•cm]
 1   2
20. %(m / m)  0.006     0.35  
 1  0.026  (T  20)   1  0.026  (T

32  1   2
21. %(m / V )  0.0018     
 1  0.023  (T  20)   1  0.023  (T  20
3.5.2 TDS Sólidos Dissolvidos Totais (TDS) é o peso total de sólidos (cátions,
ânions e outras substâncias dissolvidas) em um peso de água, ge-
ralmente expresso em partes por milhão ou partes por bilhão. Esse
parâmetro geralmente é usado para a análise de água em torres de
resfriamento, caldeiras industriais e testes ambientais.

A maneira fundamental para determinar os TDS é um método gravi-


métrico. Um determinado peso de uma amostra é evaporado até secar
e o resíduo é pesado. A relação em ppm é o valor TDS da amostra.
Esse é o método formal, mas é bastante demorado.

A condutividade oferece uma alternativa mais rápida e fácil para a


estimava de TDS. A leitura de condutividade pode ser convertida para
TDS por meio da multiplicação por um fator TDS. Para obter resultados
confiáveis, dois pontos importantes devem ser considerados:

- Somente sólidos que produzem íons quando dissolvidos na água


elevam a condutividade. Sólidos que não geram íons não influen-
ciam a condutividade, mas eles influenciam o verdadeiro valor de
TDS de uma solução. Isso pode ser ilustrado com dois copos de
café: um com e o outro sem açúcar. Como o açúcar não é condu-
tor, ambos terão uma condutividade semelhante, mas o TDS do café
com açúcar é muito maior.
- Pesos iguais de diferentes sólidos iônicos geram diferentes valores
de condutividade.

Sal Condutividade Equivalente Fator TDS


NaCl TDS 1 ppm = 2,04 µS/cm 0,49
Na2SO4 TDS 1 ppm = 1,49 µS/cm 0,67
CaSO4 TDS 1 ppm = 1,36 µS/cm 0,74
NaHCO3 TDS 1 ppm = 1,06 µS/cm 0,91

Tabela 6: Condutividade equivalente e fator TDS de diferentes sais

Por esses motivos, medições confiáveis de TDS por condutividade apenas


são obtidas quando a maioria dos sólidos dissolvidos são iônicos ou quan-
do materiais iônicos e não iônicos estão presentes em uma proporção razoa-
velmente consistente. Isso aplica-se à maioria das águas naturais e tratadas.

33
(1698 S / cm  1413 S / cm) 100%
  2.017 % / C
Considerações Práticas (35 C  25 C ) 1413 S / cm

1996 S / cm
 Tref   1422 S / cm
2.017 % / C
1  (45C  25C )
100%
A etapa essencial para uma medição de TDS com um transmissor
de condutividade é definir o fator TDS a ser usado. Existem diferentes
9.  25C  f 25 (T )   T
abordagens para isso:

•Realizaruma calibração usando um padrão de TDS conhecido


10. ou uma
20C  amostra para a qual o TDS foi determinado de forma
25C

1.116
gravimétrica. O fator TDS é calculado da seguinte forma:

TDS (11)
11. Fator TDS :
TDS factor
 25C

A condutividade medida (em µS/cm) é corrigida para 25°C, usando


uma compensação de temperatura Padrão.

• Considere que a condutividade é causada por um único sal. Um fator


TDS, baseado na condutividade equivalente do cloreto de potássio
(KCl) ou cloreto de sódio (NaCl), é frequentemente utilizado para
o cálculo de TDS (consulte a Tabela 6).
•O fator TDS para o teor mineral da água natural normalmente está entre
0,55 e 0,70. Um fator TDS de 0,65 geralmente é usado para essas
amostras.

Fatorfactor
12. TDS (mg / L)  TDS TDS   25C (12)

A incerteza sobre o fator TDS é uma fonte adicional de erro. Portanto,


y y
m  de2 uma1 determinação de TDS é maior do que o de uma medição
13.o erro
x2  x1
de condutividade. Se considerações razoáveis forem feitas, o erro típico
é menor do que 15%.
14. b  y1  m  x1
Instrumentos de medição diferentes têm diferentes formas de configurar
a conversão de TDS. Consulte o manual do instrumento para obter ins-
( ysobre
truções  b) a inserção do fator de conversão.
15. x 
m
3.5.3 Concentração Em soluções binárias (um eletrólito e água), a condutividade pode ser
usada 5para oferecer uma leitura direta da concentração de eletrólitos
(T  15) 5
16. S 
em  j/2
a j RT 
porcentagem pelo peso, 
porque ab j RTj / 2
1  k (àTconcentração.
 15) j 0
condutividade compensada é
diretamente
j 0 relacionada Cada eletrólito possui uma
Verweis
única relação entreim Text muss angepasst werden
condutividade/concentração (see11).
(ver Figura equation
Para 16)
RSample(T )
RT 
34 RKCl (T )

a0 = 0.0080 b0 = 0.0005 k = 0.00162


muitos eletrólitos, a curva de condutividade alcança um valor máximo
e, em seguida, inverte a sua inclinação. A concentração pode ser ob-
servada na parte crescente ou decrescente da curva se a concentração
estiver limitada a uma dessas regiões. A condutividade não pode ser
usada para deduzir a concentração perto do pico da curva, visto que
não existe maneira de determinar o lado da medição.

0,8
0,7
HCl H2SO4
0,6
Condutividade (S/cm)

0,5
0,4
0,3
NaOH
0,2
NaCl
0,1
Na2SO4
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Concentração de solução (%)

Figura 11: Condutividade versus curvas de concentração de diferentes eletrólitos a 25 °C

Para medições de concentração, a condutividade da solução como


função da concentração e a temperatura do eletrólito devem ser conhe-
cidas. Para a maioria dos reagentes usados em regeneração de troca
iônica bem como em processos de limpeza local de alimentos, bebidas
e produtos farmacêuticos, os algoritmos de temperatura/concentração
são armazenados na memória dos transmissores da METTLER TOLEDO.
Para qualquer outro reagente, a leitura de concentração pode ser obtida
se os pontos de dados personalizados para o reagente forem inseridos
em uma matriz no transmissor.

3.6 Medições A condutividade é uma medida não específica, mas, em aplicações


Especializadas específicas, pode ter uma importância significativa. A seguir, apresen-
do Setor tam-se os métodos exclusivos do setor de condicionamento, medição
e interpretação de condutividade da amostra.

35
Considerações Práticas

3.6.1 Águas A água é a matéria-prima mais usada na produção de produtos farmacêuti-


Farmacêuticas cos, utilizada como um solvente, ingrediente, reagente e para limpeza e uso
em laboratório. Diversas farmacopeias definem inúmeras especificações de
qualidade para águas compendiais, como Água purificada e Água para inje-
táveis, com as quais os fabricantes farmacêuticos devem concordar. A con-
dutividade é um dos dois testes químicos definidos, que monitora impurezas.
Dependendo do país e da qualidade exigida da água, as especificações
podem apresentar pequenas variações. As farmacopeias incluem:

Farmacopeia dos Estados Unidos: USP


Farmacopeia Europeia: EP
Farmacopeia Japonesa: JP
Farmacopeia Chinesa: ChP
Farmacopeia Indiana: IP

Nos últimos anos, têm-se observado esforços para harmonizar as


farmacopeias. Algumas especificações comuns foram adotadas, mas
ainda há diferenças. A Tabela 7 apresenta uma visão geral das especi-
ficações de condutividade para duas qualidades de água diferentes.

Condutivi- USP EP JP ChP IP


dade (µS/cm
a 25°C)
Água Purifi- 1,3 µS/cm 5,1 µS/cm on-line: 5,1 µS/cm 1,3 µS/cm
cada (fase 3) (fase 1) 1,3 µS/cm (fase 1) (fase 3)
off-line: off-line:
2,1 µS/cm 2,1 µS/cm
Água para 1,3 µS/cm 1,3 µS/cm on-line: 1,3 µS/cm 1,3 µS/cm
Injetáveis (fase 3) (fase 3) 1,3 µS/cm (fase 3) (fase 3)
off-line: off-line: off-line:
2,1 µS/cm 2,1 µS/cm 2,1 µS/cm

Tabela 7: Visão geral dos limites de condutividade on-line relacionados em diferentes


farmacopeias

O teste de 3 etapas observado na Tabela 7 permite que a água seja tes-


tada de acordo com os critérios do laboratório caso ela não atenda ao
limite de condutividade on-line. Testes de laboratório off-line têm maior
limites de condutividade e incluem saturação com ar contendo CO2.

36
Especificação USP, EP, JP, ChP e IP
Precisão do sensor de condutividade Verificação por:
e da constante da célula Constante da célula deve ser
conhecida dentro de ± 2%.
- Método direto: Uso de uma solução
de condutividade conhecida
(padrão de condutividade
certificado).
- Método indireto: Comparação com
uma célula com constante de célula
conhecida ou certificada.
Material do eletrodo Material adequado
Calibração do instrumento de A célula de condutividade é
condutividade substituída por resistor de ± 0.1%
rastreável conforme o NIST (ou
autoridade nacional equivalente).
Resolução do instrumento 0,1 μS/cm
Precisão do instrumento ± 0,1 μS/cm
(a 1,3 µS/cm)
Compensação de temperatura Nenhum
Precisão da temperatura ± 2 °C

Tabela 8: Requisitos para instrumentação de condutividade para água farmacêutica

Observe que as especificações de farmacopeia ou de outros regula-


mentos estão sujeitas à mudança. Consulte a farmacopeia aplicável
para saber sobre os requisitos atuais.

3.6.2 Química As medições de condutividade no setor de geração de energia a vapor


do Ciclo do Setor têm uma importância específica dependendo do condicionamento da
Elétrico amostra aplicada antes da medição. Frequentemente, essas medições
on-line são realizadas na mesma amostra, com o fluxo circulando de
forma sequencial para três sensores com componentes de condiciona-
mento de amostra entre eles. Visto que a composição dessas amostras
é diferente das aplicações para objetivos gerais, os algoritmos de
compensação de temperatura são inclusos no firmware do transmissor
responsável pela dissociação da alteração da água e sua interação
com a ionização da amônia, aminas e ácidos encontrados nessas
amostras. (Consulte Tabela 3.)

37
Considerações Práticas

Condutividade Específica é a medição de condutividade direta de uma


amostra, geralmente contendo amônia e/ou aminas com condutividade
na faixa de 2 a 15 µS/cm e com relação próxima ao pH. É frequen-
temente usada para controlar a alimentação de amônia ou amina. A
compensação de temperatura de ‚Amônia‘ é usada para essa medição.

Condutividade Catiônica é a medição de condutividade após a passa-


gem da amostra através de um cartucho de resina de troca de cátions
para remover amônia e aminas, geralmente na faixa de 0,5 µS/cm.
Mede a concentração total de ânions, por exemplo, níveis ppb de clo-
retos, sulfatos, bicarbonatos, acetatos e formiatos. Essa medição tam-
bém é conhecida como condutividade de ácido ou condutividade após
troca de cátions. A compensação de temperatura de ‚Cátions‘ é usada
para essa medição.

Condutividade Catiônica Desgaseificada é a medição de condutivi-


dade após o cartucho de troca de cátions e um desgaseificador, ge-
ralmente na faixa de 0,5 µS/cm. Mede a concentração total de ânions,
exceto para bicarbonato, que é removido no desgaseificador como
CO2. É uma indicação mais específica dos ânions mais corrosivos e é
importante durante as instalações da fábrica e em unidades onde a in-
trusão de CO2 é significativa. Essa medição também é conhecida como
condutividade de ácido desgaseificada. A compensação de temperatura
de ‚Cátions‘ é usada para essa medição.

Cálculo de pH é possível devido à relação próxima entre condutividade


específica e pH nas amostras de ciclo químico. O pequeno valor de
condutividade catiônica é usado para ajustar o cálculo para o efeito
de pequenas quantidades de ânions. Essa função é fornecida em
transmissores que medem condutividade específica e catiônicas, e os
resultados normalmente são mais precisos que as medições de pH
dos eletrodos sob condições operacionais normais. No entanto, sob
condições de distúrbio, como um vazamento de ácido de um desmine-
ralizador condensado ou de composição, se o pH atinge valor inferior
a 7, o cálculo apresentará erros muito grandes. Portanto, uma medição
de eletrodos é sempre recomendada como um backup de segurança
do cálculo.

38
3.6.3 Medição O tratamento de água em caldeira industrial às vezes especifica uma
da Condutividade medição de condutividade em uma coleta de amostras que foi neutra-
Neutralizada lizada com um ácido fraco, como gálico ou cítrico, para eliminar a alta
de Caldeira condutividade de íons de hidróxido. Essa medição é uma estimativa
Industrial mais precisa dos sólidos totais dissolvidos para controlar a purga da
caldeira. No entanto, é sempre menor do que a medição de condutivi-
dade direta on-line, por isso, as medições não podem ser comparadas.
A medição de condutividade neutralizada é sempre realizada off-line e
deve utilizar a compensação de temperatura padrão em um instrumento
portátil ou de laboratório.

39
4 Perguntas Frequentes
Perguntas Frequentes

Quando é preciso realizar uma calibração ou verificação?


Os sensores de condutividade de processo e transmissores da
METTLER TOLEDO Thornton são calibrados em fábrica e certificados
com validade de um ano a partir instalação, a menos que a medição
seja feita em amostras que possam depositar sólidos ou contaminar
de outra forma os eletrodos ou isolador do sensor. É recomendável
verificar a precisão e realizar ajustes de calibração, se necessário,
anualmente.

A calibração completa para medições de maior precisão consiste em


calibrar os circuitos de temperatura e de medição de condutividade,
o transdutor de temperatura e a constante de célula. A calibração do
circuito de medição é realizado por meio de resistências rastreáveis do
NIST fornecidas em módulos de calibração projetados especificamente
para transmissores da Thornton e para os circuitos de medição internos
dos sensores UniCond. A calibração do transdutor de temperatura deve
ser feita usando um termômetro padrão certificado. A calibração da
constante de célula deve ser realizada cuidadosamente com um sensor
limpo, padrão(ões) certificado(s) e uma boa técnica, conforme descrito
no manual do transmissor. As calibrações podem ser realizadas pela
equipe de serviço da METTLER TOLEDO ou pelo envio do equipamento
para a fábrica. Consulte a seção 3.1.

Que modo de compensação de temperatura deve ser usado?


A configuração padrão e apropriada para aplicações de monitoramento
de tratamento de água normal, de uso geral e ultrapura é a configura-
ção ‚Padrão‘ da Thornton, que fornece uma compensação muito preci-
sa em uma faixa muito ampla de medição.

O monitoramento de água farmacêutica que exige conformidade com


a USP <645> ou requisitos semelhantes de farmacopeia deve ser defi-
nido como ‚Nenhum‘.

Outras configurações e suas aplicações são identificadas na Tabela 3.

40
Qual é o efeito da taxa de fluxo sobre a medição de condutividade?
Com boa instrumentação, a medição de condutividade não é afeta-
da pela taxa de fluxo da amostra. No entanto, a taxa de fluxo pode
influenciar a condutividade real das amostras de água pura, que, em
seguida, são apresentadas na medição. Se uma linha de amostra ou
conexões permitir que traços de ar incluindo CO2 sejam disseminados
ou vazados na amostra, a condutividade eleva-se (e a resistividade
diminui). Sob essas condições, um aumento na taxa de fluxo irá diluir
a entrada de CO2 e diminuir a condutividade (elevando a resistividade),
que é uma maneira excelente de identificar esse tipo de degradação na
amostra. Taxas de fluxo baixas também podem permitir a identificação
de contaminantes, dissolvendo a linha de amostra e as superfícies de
conexão para acumular e produzir os mesmo resultados. De acordo
com os problemas específicos de instalação, essa condição pode ser
atenuada ou eliminada por meio da medição em linha, da vedação das
conexões de tubulação de amostras, do aumento da taxa de fluxo da
amostra, do uso de um tubo de amostra mais curto ou do uso de tubu-
lação de amostra que impede a passagem de gases (aço inoxidável).

Para amostras menos puras, se a água estiver saturada com ar e bo-


lhas formarem-se nas superfícies dos eletrodos, a medição fará uma
leitura extremamente baixa do valor de condutividade. Esta condição
costuma ocorrer em sistemas de tratamento de água nos quais a água
sofre aquecimento e/ou há queda de pressão quando passa através
dos componentes de tratamento. Se a taxa de fluxo elevar-se o suficien-
te para que uma maior turbulência remova as bolhas, ou se batidas
leves no sensor ou em sua tubulação deslocar as bolhas, a medição de
condutividade voltará para o seu valor real. Essa condição pode ser re-
solvida pelo uso de uma maior taxa de fluxo ou pelo reposicionamento
do sensor para uma área de fluxo mais turbulento da tubulação.

Como limpar um sensor de condutividade?


Os sensores usam materiais com resistência química e podem ser
limpo com a maioria dos detergentes, ácidos ou outros solventes diluí-
dos apropriados para remover a camada de contaminação. ATENÇÃO:
Adote precauções adequadas durante o uso de materiais de limpeza
perigosos. Para camadas entre eletrodos de metal, limpe suavemente
com um cotonete de algodão. No entanto, não escove ou esfregue

41
Perguntas Frequentes

e não toque os eletrodo de grafite ou de platina platinizada, visto que


essas ações podem alisar a superfície propositalmente rugosa e resul-
tar em leituras de condutividade indevidamente baixas.

Qual é o prazo de validade das soluções padrão de condutividade


certificadas?
A METTLER TOLEDO garante a precisão de praticamente todos os fras-
cos lacrados de solução padrão pelo período de um ano a partir da
data de fabricação. O padrão de 25 µS/cm tem um prazo de validade
mais curto de 6 meses. A data de validade está impressa na etiqueta
do produto.

Qual é a expectativa de vida útil geral de um sensor


de condutividade?
Sensores de condutividade são basicamente mecânicos, portanto não
envelhecem da mesma maneira que sensores eletroquímicos, como
eletrodos de pH. A vida útil do sensor de condutividade não é limitada
desde que não seja submetido a temperatura ou pressão excessivas,
produtos químicos corrosivos, má utilização, danos mecânicos ou
contaminação.

A condutividade pode ser medida em soluções não aquosas?


Algumas substâncias orgânicas têm propriedades de dissociação que
permitem a medição de condutividade. Compostos como benzeno,
álcoois e produtos petrolíferos, em geral, têm condutividade muito
baixa . Deve ser mencionado que um aumento na condutividade pode
indicar um aumento na contaminação iônica, um aumento no teor de
água que permite uma maior dissociação ou ambas situações. Isso
pode tornar a importância da medição um pouco ambígua. O equipa-
mento de condutividade da METTLER TOLEDO Thornton é adequado
para amostras aquosas ou amostras não aquosas com baixo teor de
água. Para as faixas mais baixas de condutividade, deve-se utilizar um
sensor com constante de célula de 0,01 cm-1. Com solventes orgânicos,
certifique-se de confirmar a compatibilidade química com os materiais
do sensor.

42
43
5 Glossário
Glossário

Ânion: Um íon de carga negativa, como cloreto,


sulfato, bicarbonato.
Calibração: Determinação empírica da constante de
célula pela medição de uma solução padrão
ou pela comparação com equipamento
padrão.
Cátion: Um íon de carga positiva, como sódio,
cálcio, amônia.
Célula de medição: Os 2 ou 4 eletrodos unidos por um estrutura
isolante.
Condutância G [S]: A capacidade de um material de conduzir
eletricidade. É o recíproco da resistência
elétrica.
Condutividade ĸ [µS/cm]: Condutância para uma célula padronizada.
A condutância medida é multiplicada pela
constante da célula para obter a condutivi-
dade (ĸ= G*K).
Constante de célula K [cm-1]: Teoricamente: K = L / A; A relação da
distância entre os eletrodos (L) e a área
efetiva da seção transversal da amostra
entre os eletrodos (A): A constante de célula
é usada para transformar uma medição de
condutância no valor de condutividade e é
determinada pela calibração.
Contaminação: Formação de camada gelatinosa ou oleosa,
massas coloidais ou crescimento bacteria-
no na célula de medição. Esses depósitos
podem influenciar negativamente a medição
de condutividade se eles revestirem os ele-
trodos ou podem influenciar positivamente a
medição de condutividade de alta pureza se
eles revestirem as superfícies do isolador.
Corrente alternada (CA): Fluxo de carga elétrica que periodicamente
inverte a direção.
Corrente contínua (CC): Fluxo de carga elétrica em uma direção.

44
Efeitos de campo: Erros de medição causados por parte do
campo de medição de condutividade fora
da espaço geométrico da célula de medição
que encontra uma interferência física, como
a parede de um tubo.
Eletrodo: Um eletrodo de 2 ou 4 eletrodos sobre o
qual é aplicado uma corrente para medir
a condutividade. Os eletrodos estão em
contato direto com a solução da amostra
e formam a célula de medição. Um eletrodo
também é chamado de polo.
Eletrólito: Solução aquosa de ácidos, bases e/ou sais
capazes de conduzir eletricidade.
Íon: Um átomo ou molécula com carga elétrica que
é positiva (cátion) ou negativa (ânion) como
resultado da perda ou aquisição de elétrons.
Incerteza da medição: Faixa dos valores possíveis dentro da qual
o valor verdadeiro da medição está em
uma probabilidade determinada.
Modo de compensação
de temperatura: O algoritmo selecionado para converter a
condutividade medida em uma temperatu-
ra de referência (geralmente 25 °C). Uma
medição compensada é uma indicação
independente da temperatura da qualidade
da água que permite comparação com as
especificações do setor. Visto que a depen-
dência da temperatura difere conforme o
tipo de amostra, o modo de compensação
deve ser selecionado com base na aplica-
ção. Para especificações on-line de água
farmacêutica on-line, a compensação de
temperatura não é usada; em vez disso,
tanto a condutividade não compensada
quanto a temperatura devem ser informadas
e estar dentro dos limites de tabela estabele-
cidos pela farmacopeia.

45
Glossário

Polarização: O acúmulo de espécies iônicas perto das


superfícies dos eletrodos devido à aplicação
de corrente elétrica a um eletrólito. Uma re-
sistência de polarização surge nos eletrodos,
que pode resultar em resultados incorretos.
Polo: Sinônimo de eletrodo.
Resistência Ω [ohm]: Propriedade de um condutor que se opõe
ao fluxo de corrente circulante.
Resistividade ρ [MΩ·cm]: A resistividade é o inverso da condutividade
(ρ = 1 / ĸ). Os valores de resistividade são
frequentemente preferidos aos de conduti-
vidade para medições em água ultrapura
ou solventes orgânicos, principalmente nos
setores de microeletrônica.
Salinidade A concentração de minerais solúveis (princi-
palmente sais e metais alcalinos) na água.
Solução padrão: Uma solução contendo uma quantidade
conhecida de substância iônica que produz
uma condutividade conhecida com precisão.
TDS [ppm]: Sólidos dissolvidos totais é uma medida da
quantidade de todas as substâncias não
voláteis dissolvidas contidas em um líquido
e geralmente é expressa em mg/L ou ppm.
A condutividade é, às vezes, usada como
um substituto conveniente de medição para
obter uma estimativa de TDS.
Temperatura de referência: A temperatura à qual as medições de con-
dutividade são compensadas (geralmente
20°C ou 25°C) usando um algoritmo de
compensação de temperatura.
Verificação: Verificação da leitura de condutividada pela
medição de uma solução padrão.

UniCond e ISM são marcas registradas da Mettler-Toledo GmbH, na Suíça,


nos EUA, na União Europeia e em mais cinco países.

46
www.mt.com/conductivity
Para mais informações

Mettler-Toledo Thornton, Inc.


900 Middlesex Turnpike, Bldg. 8
Billerica MA, 01821, EUA
Telefone +1 781 301 8600
Fax +1 781 301 8701
Ligação gratuita +1 800 510 PURE (somente EUA e Canadá)
thornton.info@mt.com

Sujeito a alterações técnicas


© 03/16 Mettler-Toledo Thornton, Inc.
58 087 060 Rev A 03/16

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