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Universidade Federal de Pernambuco

Aluno: Erick Ramon Pereira de Lima


Disciplina: Design e Criatividade
Prof. Hans Waechter

Cultura afro-Pernambucana– O design da alma


Passado , presente e futuro
Conceitos: ancestralidade, poder, luxo

Introdução
Podemos destacar três momentos para uma possível “pré-história” da arte afro-
brasileira: 1) momento inaugural: surgimento e desenvolvimento das formas
populares de manifestações afro-brasileiras do período colonial; 2) momento
intermediário: surgimento e desenvolvimento dos artífices da Igreja do período
barroco até o séc. XIX e XX. 3) momento atual: finalmente com o surgimento e
desenvolvimento do conceito de “arte afro-brasileira” nos sécs. XX e XXI,
seguindo os novos padrões acadêmicos ou os dos museus de arte moderna e
contemporâneas.
A mentalidade do designer, que trabalhe na espiral desta matriz
míticamorfológica de base afro-brasileira, refletirá na sua produção, através de
uma visão de mundo mítico e uma forma especial do fazer, que absorve técnicas
artesanais e tecnologias sofisticadas, obtidas das realizações ancestrais em
estado íntegro ou reelaboradas.
Esses elementos determinam e demonstram um repertório de “técnicas e
tecnologias” firmados pelos vínculos da transmissão oral ancestral, de caráter
primário, médio e até mesmo de alta sofisticação tecnológica em especial no
campo das técnicas de soldagens6[6], no lidar com objetos em ferro, espaço
sagrado da divindade Ogun.
Estas produções giram no âmbito de objetos “inventados” ou seja, aqueles de
conteúdos inovadores; os “construídos a antiga” vinculados a uma linhagem
histórica tradicional, e outros, por necessidades contemporâneas ou até mesmo
carências dos saberes de grandes mestres de outrora ou ausência de material
adequado, que sofreram adaptações. È um cotidiano material impregnado de
reminiscências e estilos, reveladores das nossas raízes.
Mesmo as designações são diversas: arte negra, afrodescendente, preta,
diaspórica, afro-orientada, de matriz africana — quando não arte naïf ou
“popular”, simplesmente. Sabemos, porém que os termos não são inocentes:
eles carregam histórias, traduzem interpretações, atuando como verdadeiros
critérios de classificação. Não à toa, artistas, curadores, críticos e diletantes têm
recorrido a diferentes terminologias e modos de definir a área: com base no
fenótipo do produtor; pautada na origem dos personagens retratados; pelo viés
da reprodução de cânones africanos nas obras; ou, ainda, pelo conteúdo latente
dos produtos, em geral ligado a temas de negritude e africanidade.

Assim é que, definiremos o design afro-brasileiro como: toda a produção estética,


ritual, a visão de mundo e o fazer, elaborações cientificas e filosóficas que se
realizam através de uma técnica/tecnologia oriunda da herança africana.
Em síntese conclusiva, diremos que: o design afro-brasileiro é detentor de
elementos estéticos/funcionais portadores de axé, onde a beleza funcional está
na qualidade e quantidade da composição, forma, textura, material, cor,
técnica/tecnologia, etc. que simbolizam aspectos da representação da visão de
mundo da tradição africana/afrobrasileira, que se realiza no princípio primordial
de exu, como força da comunicação.

http://www.africaeafricanidades.com.br/documentos/O_design_da_alma.pdf
http://www.museuafrobrasil.org.br/pesquisa/indice-
biografico/movimentosesteticos/arte-afro-brasileira
http://www.coloquiomoda.com.br/anais/Coloquio%20de%20Moda%20-
%202017/CO/co_3/co_3_Elementos_da_Contrucao_Plastica.pdf

file:///C:/Users/erick/Downloads/361.pdf

file:///C:/Users/erick/Downloads/2205-Texto%20del%20art%C3%ADculo-
13933-1-10-20201113.pdf

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