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COLÉGIO MARISTA PIO XII

Opinião dos profissionais de Educação Física em Novo Hamburgo sobre o uso de


anabolizantes em atletas de musculação

Novo Hamburgo
2021
Arthur Costacurta, Bruno Taicher Corrêa da Silva, Eduardo Fernando Rodrigues, Luis
Ricardo Bauer e Thales Camargo Piva.

Opinião dos profissionais de Educação Física em Novo Hamburgo sobre o uso de


anabolizantes em atletas de musculação

Relatório de pesquisa de campo apresentado


como parte das atividades da PioTeC, no 1º
ano do Colégio Marista Pio XII.
Orientador: Prof. Guilherme Franklin Lauxen
Neto

.
Novo Hamburgo
2021
RESUMO

Este trabalho tem por objetivo verificar a opinião sobre o uso de anabolizantes e esteroides
por profissionais de Educação Física na cidade de Novo Hamburgo, além de realizar um
estudo sobre os riscos causados pelo uso de esteroides à saúde dos usuários. Para tanto,
elencou-se como problema de pesquisa, qual a opinião dos profissionais de Educação Física a
respeito do uso de esteroides na cidade de Novo Hamburgo, tanto no uso recreativo, quanto
no esporte e no fisiculturismo? Para responder essa pergunta foram realizadas entrevistas com
3 homens e 3 mulheres, todos formados em Educação Física. Como resultado, obteve-se
diferentes respostas, de profissionais que apoiam e aqueles que não apoiam. Porém, após uma
análise cautelosa das entrevistas, verificou-se que a maioria dos profissionais apoiam para o
uso esportivo, desde que tenham acompanhamento médico, já para uso recreativo obteve-se
respostas muito divergentes, cinco dos profissionais entrevistados apoiam o uso para o
esportivo, e dois profissionais apoiam para o uso recreativo, e apenas um entrevistado não
apoia em nenhum dos casos

Palavras chaves: Esteroides, EAA, Profissionais, Lei.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................4
1.1 Definição do Tema e Problema..................................................................................4
1.2.1 Objetivo Geral.......................................................................................................4
1.2.2 Objetivos Específicos..............................................................................................5
1.3 Justificativa..............................................................................................................5
1.4 Hipótese....................................................................................................................6
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................................6
3 METODOLOGIA......................................................................................................11
4 RESULTADOS..........................................................................................................12
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................13
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1 INTRODUÇÃO

Escolheu-se o tema sobre os Esteróides Anabólicos Androgênicos (EAA), pois se


tratava de um assunto de interesse do grupo, principalmente com que diz respeito ao entender
o porquê das pessoas se exporem aos danos causados pelos anabolizantes à saúde e também
aos riscos legais, visto que se trata de uma atividade ilegal, pois a venda de medicamentos de
hormônios é proibida para quem não precisa disso para viver.
Durante a pesquisa descobriu-se que as pessoas realmente usam, sabendo do risco e
dos problemas que os EAA causam ao corpo humano e ao psicológico dos usuários. Para
entender um pouco melhor sobre o consumo de anabolizantes e verificar a opinião de
profissionais de educação física e decidiu-se realizar uma pesquisa não estruturada com os
profissionais desta área.
Foram entrevistados 3 homens e 3 mulheres todos formados em Educação Física e
vimos que as opiniões dos mesmos divergem bastante, pois temos profissionais que apoiam só
para o esporte (fisiculturismo), outros apoiam em todos casos desde que seja com
responsabilidade e assim foi nossa pesquisa.

1.1 Definição do Tema e Problema


Para o desenvolvimento deste trabalho escolheu-se como temática o uso de
anabolizantes. Para isso pretende-se analisar a opinião dos profissionais de Educação Física
sobre o uso de anabolizantes na cidade de Novo Hamburgo.
Problema: Entendendo que a utilização de anabolizantes é prejudicial à saúde e
entendendo que é vedada por lei. Questionou-se: qual a opinião dos profissionais de educação
física a respeito do uso de esteroides na cidade de Novo Hamburgo, tanto no uso recreativo,
quanto no esporte e no fisiculturismo?

1.2.1 Objetivo Geral


Para dar conta de responder o problema de pesquisa, foi elencado como objetivo geral
– verificar a opinião de profissionais de Educação Física da cidade de Novo Hamburgo a
respeito do uso de esteroides anabólicos androgênicos
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1.2.2 Objetivos Específicos


Para dar conta de responder à pergunta de pesquisa e fomentar a discussão sobre a
temática, foram elencados os seguintes objetivos específicos.
● Descobrir os danos causados pelo uso de anabolizantes e esteroides a longo prazo;
● Revelar os diversos tipos de esteroides anabólicos e relatar o que cada um faz no
corpo quando usado excessivamente;
● Analisar os efeitos psicológicos e os impactos que podem causar o uso de esteroides
anabolizantes no sistema neurológico.

1.3 Justificativa
Anabolizantes são hormônios esteroides naturais e sintéticos derivados principalmente
da testosterona, hormônio responsável por muitas características que diferem homem e
mulher. Promovem o crescimento celular e a sua divisão, resultando no desenvolvimento de
diversos tipos de tecidos, especialmente o muscular e ósseo.
A comercialização dos anabolizantes está prevista no Art. 1 o da Lei n° 9.965, de 27 de
abril de 2000, que trata sobre a dispensação ou a venda de medicamentos do grupo terapêutico
dos esteroides ou peptídeos anabolizantes para uso humano. Essa lei afirma que estarão
restritas à apresentação e retenção, pela farmácia ou drogaria, da cópia carbonada de receita
emitida por médico ou dentista devidamente registrados nos respectivos conselhos
profissionais.
Essa lei tem como objetivo mensurar a indicação de não profissionais sobre o uso de
esteroides, sendo proibido a venda sem receita ao uso recreativo, por conta dos malefícios à
saúde que estão contidos nos esteroides anabolizantes.
Sua utilização, no contexto recreativo, vem da necessidade de resultados acelerados na
obtenção de massa muscular, o que vai de encontro aos objetivos de muitos usuários de
academias. Isso ocorre pelo fato de os anabolizantes entrarem nas células que formam os
músculos e os órgãos, os hormônios penetrados nas células incham e o metabolismo celular
aumenta.
Um dos principais motivos que leva as pessoas a usarem esse tipo de medicamento é a
insatisfação com a estética, relacionada a massa muscular. Pode ser considerado, um grande
motivador para a adesão às academias de musculação, seja ela para o ganho de massa magra
ou perda de peso, o que pode levar seus praticantes a deixar de lado um fator importante, a
saúde.
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O debate gerado por essa temática, está associado ao dilema entre benefícios estéticos
e malefícios à saúde. Os diversos riscos associados ao uso de anabolizantes incluem: aumento
da pressão sanguínea, retenção de líquido, tremores, alteração do metabolismo do colesterol
(diminuindo a lipoproteína de alta densidade, HDL e aumentando a lipoproteína de baixa
densidade, LDL com elevação de doenças coronarianas), aparecimento de acne grave,
icterícia e tumores no fígado, dores nas articulações, exacerbação da apneia do sono,
policitemia, alterações nos testes de função hepática, estrias e maior tendência às lesões do
aparelho locomotor (visto que as articulações não estão prontas para o aumento de força
muscular). Além desses riscos, os indivíduos usuários de anabolizantes injetáveis correm o
risco de compartilhar seringas contaminadas e se infectar com o vírus da imunodeficiência
humana (HIV), hepatite B e/ou hepatite C. Revisando o que foi citado, os efeitos colaterais
têm maior perigo quando se usa excessivamente, mas deve-se lembrar que seu uso é proibido.
Considerando o que foi apresentado, questionou-se sobre o uso de esteroides
anabolizantes em pessoas que praticam esportes e exercícios. Analisando os prós e contras do
uso de anabolizantes questionou-se se os profissionais aceitam o uso moderado ou excessivo e
se recomendam a sua utilização. Por isso decidiu-se verificar as opiniões dos profissionais da
Educação Física de Novo Hamburgo sobre o uso de anabolizantes/esteroides.

1.4 Hipótese
Tem-se por hipótese que a maioria dos profissionais não aprova a utilização de
anabolizantes, reconhecendo o prejuízo causado no corpo do usuário.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Para dar conta de responder a pergunta de pesquisa e atender aos objetivos geral e
específicos, fez-se necessária apresentar os elementos que dão aporte teórico à discussão
proposta e à análise dos dados de pesquisa. A seguir são apresentados alguns destes
elementos.

2.1 O que são anabolizantes e esteroides?


Os hormônios esteroides anabólicos androgênicos (EAA), também chamados apenas
de anabolizantes ou esteroides, compreendem a testosterona e seus derivados. Produzidos no
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córtex adrenal e nos testículos, inicialmente eram usados apenas para uso medicinal, os EAA
são utilizados para o tratamento de sarcopenias, osteoporose, câncer de mama entre outros e
eles agem nosso corpo como uma ajuda para a produção de hormônios, para pessoas que não
conseguem naturalmente produzir os hormônios.
Nos esportes, a utilização dos EAA geralmente é associada ao aumento da força física
e da massa muscular, pois a testosterona é um hormônio diretamente ligado aos músculos e
assim com um aumento de testosterona os índices de ganho de massa muscular aumentam de
uma maneira muito maior do que o natural do ser humano. Os EAA podem causar diversos
efeitos colaterais, psicopatologias, câncer de próstata, doença coronariana e esterilidade são
alguns destes efeitos colaterais.

2.2 Tipos de anabolizantes e como agem no organismo


Existem diversos tipos de anabolizantes, e cada um com seu próprio objetivo, no
Brasil os mais utilizados segundo a UNIFESP são a Deca-Durabolin® e também a
Durateston®.
Deca-Durabolin®: A “Deca” como é conhecida, é um dos EAA mais utilizados entre
os fisiculturistas. A Deca aumenta a síntese de colágeno e a densidade óssea que
consequentemente fortalece suas articulações e fornece suporte para seus ganhos de massa
enquanto aumenta a capacidade de levantar pesos mais pesados continuamente. Porém todo
anabolizante tem seu efeito colateral, e isso não é diferente com a Deca, alguns dos efeitos
colaterais são:
● O aumento da hemoglobina ou dos lipídios (gorduras) no sangue;
● Retenção de líquidos nos tecidos, geralmente caracterizada por inchaço nos
tornozelos ou pés ou pressão sanguínea elevada;
● Alterações anatômicas do fígado.
Durateston®: é vendido legalmente no Brasil, mas apenas com restrição médica. O
“dura” serve principalmente para tratar problemas de saúde relacionados ao hipogonadismo.
Essa doença afeta a saúde masculina, pois inibe a produção do hormônio mais importante na
vida de um homem, a testosterona. Trata-se de um medicamento injetável que contem um
hormônio chamado androgênio, esse hormônio está muito ligado ao aumento muscular e
fortalecimentos dos nossos ossos. Porém o uso excessivo do medicamento pode causar
diversos problemas de saúde, entre eles:
● Maior probabilidade de desenvolver doenças como depressão;
● Desenvolver câncer de próstata;
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● Desequilíbrio na pressão arterial.

2.3 Anabolizantes × Suplementos alimentares

Muitas pessoas confundem os esteroides anabólicos androgênicos com suplementos


nutricionais, como whey e creatina, por exemplo. A maior diferença entre os suplementos e os
EAA é que os suplementos não são hormônios.
Whey Protein é o suplemento mais famoso do mundo, e é composto pela proteína do
leite concentrada, isolada ou hidrolisada, que após misturada com outros compostos químicos
tem sabor, como por exemplo: chocolate, baunilha, coco e etc.
O whey age do corpo da mesma forma que as outras proteínas, como carne, frango,
ovo e até mesmo o leite. As pessoas o consomem como o aporte proteico. O whey tem baixo
índice de gorduras, portanto as pessoas conseguem consumir mais proteínas em um dia, com
menos gorduras.
Outro suplemento consumido é a creatina que em sua forma orgânica tem
basicamente duas fontes: a produção natural pelo nosso corpo, nos rins, pâncreas e fígado, que
é composta pela junção de três aminoácidos: glicina, arginina, metionina; e por meio da
alimentação, sendo encontrada, especialmente, em carnes e peixes.
A creatina aumenta o gasto da nossa adenosina trifosfato (ATP) ajudando, assim, no
ganho de força. Com um maior gasto de ATP ganha-se mais força e assim auxilia atletas tanto
da musculação e outros esportes em geral.
E por que esses dois suplementos não são considerados anabolizantes? Porque são
nutrientes encontrados todos os dias em nossas refeições e eles só vem de uma maneira mais
concentrada para ajudar a bater os macronutrientes. Já os hormônios são produzidos
naturalmente no seu corpo, portanto não sendo necessário tomar mais para ser saudável ou ter
ganhos maiores no esporte.

2.4 Legislação
A venda de EAA sem receita médica é proibida pela lei Nº9.965, que diz

Art. 1º - A dispensação ou a venda de medicamentos do grupo terapêutico dos


esteroides ou peptídeos anabolizantes para uso humano estarão restritas à
apresentação e retenção, pela farmácia ou drogaria, da cópia carbonada de receita
emitida por médico ou dentista devidamente registrados nos respectivos conselhos
profissionais.
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Art. 2°- A inobservância do disposto nesta Lei configura infração sanitária, estando
o infrator sujeito ao processo e penalidades previstos na Lei no 6.437, de 20 de
agosto de 1977, sem prejuízo das demais sanções civis ou penais. (BRASIL, 2000)

A lei deveria ser respeitada, porém muitos profissionais da saúde receitam estes
remédios de forma irresponsável, visto que receitam para pessoas que não precisam do seu
uso. O farmacêutico, por sua vez, não pode duvidar da receita do médico, apenas aceitar e lhe
dar o produto solicitado na receita médica

2.4 Efeitos colaterais da utilização dos anabolizantes


Foi citado anteriormente sobre os danos causados pela Deca e do Durateston, mas
como sabemos existem diversos anabolizantes, por isso serão listados alguns danos causados
pelo uso excessivo dos mesmos.

2.4.1 Danos Físicos


A seguir serão apresentados alguns danos nos diferentes grupos, por faixa etária.
Homens adolescentes: redução da produção de esperma, impotência sexual,
dificuldade ou dor ao urinar, calvície e crescimento irreversível das mamas (ginecomastia).
Mulheres adolescentes: aparecimento de sinais masculinos como engrossamento da
voz, crescimento excessivo de pelos no corpo, perda de cabelo, diminuição dos seios, sem
contar pelos faciais como barba por exemplo.
Em pré-adolescentes e adolescentes de ambos os sexos: são causados danos
permanentes, finalizando de maneira prematura o crescimento, deixando-os com estatura
baixa para o resto de suas vidas.
Em homens e mulheres de qualquer idade: aparecimento de tumores (câncer) no
fígado, perturbação da coagulação do sangue, grandes alterações no colesterol, hipertensão
arterial, ataque cardíaco, acne e espinhas, oleosidade do cabelo e aumento de agressividade
que pode manifestar-se em brigas.

2.4.2 Danos psicológicos


Durante o processo de pesquisa perguntou-se quais os riscos dos anabolizante no
nosso psicológico, como mencionado anteriormente nos objetivos específicos. Para dar conta
deste objetivo encontrou-se o seguinte estudo:
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Nos Estados Unidos, foi feito um amplo estudo com usuários de EAA, obtendo
como resultado que 25% dos indivíduos sofriam de algum tipo de transtorno de
humor, desde mania e transtorno bipolar até depressão profunda (Pope e Katz,
1994). Silva e colaboradores (2002) apontam a correlação entre o uso indiscriminado
de EAA e atos agressivos em geral, chamando atenção para mudanças súbitas de
temperamento, síndromes comportamentais e, inclusive, crimes contra a
propriedade. Mencionam ainda aumento da irritabilidade, raiva e hostilidade, ciúme
patológico, alterações da libido e sentimentos de invencibilidade. (Martins, 2005,
pág: 1)

Isso só mostra o quanto os anabolizantes vão além do “vou ficar musculoso” além de
causar danos permanentes em seu físico, causando danos psicológicos também permanentes.

2.5 Os benefícios

Os esteroides anabólicos androgênicos têm seus benefícios também. Caso contrário,


não faria sentido o uso deles. Veja alguns exemplos dos benefícios do uso de anabolizantes:
●Aumentar a força e potência muscular;
● Aumentar o tecido muscular devido à síntese proteica aprimorada;
● Reduzir o percentual de gordura corporal;
● Utilização dos EAA no tratamento de doenças.
E a questão que fica é basicamente, vale a pena usar anabolizantes?
Acaba se tornando uma questão moral consigo mesmo, pois é fora da lei, e causa
prejuízos a longo prazo, mas você ganha mais força, se torna musculoso, e aí você assumiria
todos os riscos citados anteriormente apenas para se tornar mais forte?
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3 METODOLOGIA

Para dar conta dos objetivos estabelecidos e responder à pergunta de pesquisa foi
aplicado um questionário com questões sobre o uso dos EAA com profissionais de Educação
Física de Novo Hamburgo. Foram entrevistados 3 homens e 3 mulheres com formação na
área, para assim realizar inferências estatísticas que refutem ou corroborem com a hipótese de
pesquisa.

As entrevistas foram realizadas de maneira on-line pela plataforma: Google Meet,


entre elas, duas entrevistas foram feitas de forma presencial em duas academias diferentes. O
critério usado pelos integrantes do grupo para escolher os indivíduos foi encontrar
profissionais com experiência na área de educação física.

A entrevista foi realizada com uma dinâmica de conversa, a única pergunta formulada
era se o entrevistado apoiava ou não o uso dos EAA, onde o entrevistado falava sobre suas
vivências, opiniões e estudos, e será resumido objetivamente de acordo com a necessidade.
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4 RESULTADOS

Escolheu-se relatar os resultados na forma de listagem.


Entrevistado 1: Com 17 anos de formação, relata que já viu muitos casos de pessoas
que prejudicaram muito o seu sistema hormonal, ele repudia completamente o uso recreativo
e sem acompanhamento médico, porém com atletas, que vivem do esporte do fisiculturismo,
com o devido acompanhamento, ele acredita que o atleta tem o livre arbítrio para usar.
Entrevistado 2: Com 4 anos de formação, o profissional relata que usa esteroides, sem
acompanhamento médico. Acredita que se usar com responsabilidade, não é necessário o
apoio de um profissional da medicina, porém recomenda fazer pesquisas sobre, antes de
qualquer decisão.
Entrevistado 3: Com 9 anos de formação, a profissional relata que, apesar de não achar
necessário o uso, não vê problemas, tanto no uso recreativo, quanto no profissional, porém,
ressalta que sempre deve-se ter um especialista no assunto para auxiliar o uso do esteroide.
Entrevistado 4: Com 28 de formação o profissional, repudia quaisquer tipos de uso de
esteroides anabolizantes, após experienciar vários casos negativos de uso. O entrevistado
criou um repúdio, não aceita que qualquer profissional ou pessoa use.
Entrevistado 5: Com 13 anos de formação, a profissional relata que cada caso é um
caso. Após estudar bastante sobre, não apoia o uso recreativo. Acredita que isso só destrói o
corpo e mente de quem usa recreativamente. O entrevistado não critica quem usa esteroides
anabolizantes profissionalmente, com auxílio médico.
Entrevistado 6: Com 20 de formação, a profissional relata que quando era mais jovem,
já usou anabolizantes, e isso apenas prejudicou seu corpo. Com os anos e com a experiência
adquirida na área, não apoia o uso recreativo, porém não tem nada contra o uso profissional
de anabolizantes, sempre com acompanhamento médico.
A partir das entrevistas, conclui-se que na maioria dos casos os profissionais de
Educação Física de Novo Hamburgo apoiam o uso para profissionais de fisiculturismo, desde
que com acompanhamento médico, e não apoiam que pessoas usem esteroides anabolizantes
de maneira recreativa
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após diversas pesquisas e entrevistas com profissionais, pode-se concluir que a


hipótese de pesquisa é parcialmente atingida. Certas opiniões dos profissionais nos deixaram
surpresos, como o caso de uso sem acompanhamento médico. Todos os profissionais
entrevistados se mostraram bem seguros em suas respostas, sem aquele medo de falar algo,
foram diretos e relataram suas opiniões.
Nas entrevistas é possível verificar nas narrativas que os profissionais com formação
de até 5 anos são favoráveis ao uso de esteroides e anabolizantes, no qual irá promover mais
rápido os resultados estéticos para o praticante, não necessariamente estará promovendo a
promoção da saúde.
Já os profissionais com mais anos de formação possuem uma abordagem com foco na
promoção de saúde e compreendem que o resultado estético irá acontecer, mas de forma mais
lenta, respeitando o a individualidade biológica de cada corpo.
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REFERÊNCIAS

CEBRID, Departamento de Psicobiologia - Unifesp/EPM. Esteróides anabolizante.


Disponível em: <encurtador.com.br/nDORZ>. Acesso em: 07 de maio de 2022. 
MATIAS, Franciele T. Bula do Deca-Durabolin. Disponível em: <https://bit.ly/3Hwcc6d>.
Acesso em: 19 de maio de 2022. 
 PEPSIC, Ciências & Cognição.  Efeitos psicológicos do abuso de anabolizantes. Disponível
em: <https://bit.ly/3MKnIeY>. Acesso em 09 de abril de 2022.  
SILVA, Pedro R. P. DANIELSKI, Ricardo. CZEPIELEWSKI, Mauro A. Esteróides
anabolizantes no esporte. Disponível em:  <https://bit.ly/3zzj0xH>. Acesso em: 09 de maio de
2022. 
VENTURI, Karina. MARTINS, Sofia. Anabolizantes: conheça sua ação e seus efeitos
colaterais! Disponível em:  <https://bit.ly/3OczIas>. Acesso em: 07 de maio de 2022. 

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