You are on page 1of 10

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E AMBIENTAL
DISCIPLINA DE MECÂNICA DOS SOLOS I
SEMESTRE 2020.1

LABORATÓRIO DE MECÂNICA DOS SOLOS E PAVIMENTAÇÃO


AULA: DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA APARENTE DO SOLO
“IN SITU” – MÉTODO DO FRASCO DE AREIA

ALUNO (A): Pâmela Maria Silva Rodrigues


CURSO: Engenharia Civil
MATRÍCULA: 413366
TURMA: 5A
PROFESSOR: Rosiel Ferreira Leme
DATA DA REALIZAÇÃO DA PRÁTICA: 12/07/2020

Fortaleza – CE
2020
ÍNDICE:

1. INTRODUÇÃO 1
2. OBJETIVOS 2
3. MATERIAIS UTILIZADOS 2
4. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS 3
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 5
6. ANEXOS 7
7. BIBLIOGRAFIA 8
INTRODUÇÃO:

Em obras em que as condições em campo são importantíssimas para a tomada


de decisões nos processos de planejamento, projeto e execução, conhecer as
propriedades “in situ” do solo é fundamental, principalmente quando se trata das
características básicas, como massa específica aparente do solo seco, que faz parte
do controle tecnológico da parte de compactação do solo no local onde será
construído algo. “Para comprovar se a compactação está sendo feita devidamente,
deve-se determinar sistematicamente a umidade e o peso específico aparente do
material.” (CAPUTO, 2015, p. 214)
Existem diversos ensaios para determinar esta massa específica. Um dos mais
comuns de serem realizados é o Método do Frasco de Areia, normatizado pela NBR
7185. Durante o ensaio, são feitas diversas comparações e diferenças entre volumes
e pesos da areia do frasco, resultando, ao fim de cada etapa, em um dado que será
aplicado na equação fornecida pela norma para calcular a massa específica aparente
do solo seco “in situ”, descrita abaixo:

𝑚ℎ 100
𝜌𝑑 = 𝜌𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎 × ×
𝑚10 100 + 𝑤

De acordo com a NBR 7185 (1986), o ensaio pode ser utilizado para solos de
qualquer granulometria, mas que possuem vazios naturais suficientemente pequenos
para que não haja penetração da areia normatizada do frasco, sendo usada
geralmente areia Ottawa. A NBR 7185 (1986), em seu item 1.3, ainda ressalva que
não é aplicável em situações que o solo local tenha predisposição à percolação.
Em campo, para determinar o teor de umidade, geralmente utiliza-se do método
do Speedy, normatizado pela DNER 052/94, por sua praticidade, rapidez de resultado
e relativa precisão. O ensaio consiste, basicamente, na diferença de pressão interna
do equipamento após que o carbureto de cálcio, presente em uma ampola
previamente colocada no interior do Speedy, reage com a água do solo em questão.
OBJETIVOS:

• Determinar, pelo método do frasco de areia, a massa específica do solo “in


situ”, tanto na situação natural, ou seja, com umidade local, e na condição seca.

MATERIAIS UTILIZADOS:

- Frasco de areia com funil metálico na ponta.


- Bandeja quadrada rígida, metálica, com cerca de 30 cm de lado, bordas de
2,5 cm de altura e orifício circular no centro;
- Balança com sensibilidade de 1 g;
- Cilindro metálico com volume de 997 cm3;
- Balança com sensibilidade de 1 g e capacidade de 10 kg;
- Talhadeira;
- Martelo;
- Pincel;
- Kit para determinação de umidade pelo método do Speedy;
- Recipientes de coleta e pesagem;
PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS:

• A realização da prática foi dividida previamente em 3 etapas separadas;

1. PRIMEIRA ETAPA - MASSA DA AREIA QUE PREENCHE O FUNIL:

• Na primeira etapa, para determinar a massa de areia do funil, inicialmente foi


feita a pesagem do conjunto frasco + areia + funil, obtendo assim a massa
inicial (m1).
• Em seguida, colocou-se o conjunto na bandeja com orifício e abriu-se a válvula
do funil, permitindo que a areia saísse do frasco e preenchesse o volume
interno do funil. Após isso, o restante do conjunto foi retirado e pesado
novamente, obtendo-se agora a massa final do conjunto (m2);
• Depois disso, com os dois dados obtidos, determinou-se a massa de areia no
funil, através da subtração das massas determinadas anteriormente(m 3);
• Por fim, repete-se o procedimento por mais duas vezes, segundo a NBR
7185:1986. O resultado utilizado deverá ser a média entre os três ensaios,
desconsiderando no cálculo os valores individuais que diferem em mais de 1%
da média;

2. SEGUNDA ETAPA - MASSA ESPECÍFICA APARENTE DA AREIA:

• Similar ao procedimento da etapa anterior, pesou-se o conjunto frasco + areia


+ funil, obtendo uma massa inicial m4.
• Colocou-se, em seguida, a bandeja metálica sobre o cilindro de volume
conhecido.
• Depois disso, posicionou-se o frasco de areia com o funil sobre o conjunto
bandeja-cilindro e abriu-se a válvula, permitindo o fluxo da areia para os
interiores do cilindro e do funil até a estabilização.
• Logo após isso, pesa-se novamente o frasco de areia e determina-se a massa
final m5. Subtraindo m5 de m4, foi obtido o valor da massa de areia do funil
somada a massa de areia presente no cilindro. A diferença entre essa massa
e a m3 resulta na massa de areia do cilindro (m6). Com isso, e sabendo o volume
do cilindro, foi possível determinar a massa específica da areia.
• Por fim, repete-se também o procedimento por mais duas vezes, segundo a
NBR 7185. Igualmente ao processo de cálculo de m3, considera-se a média de
três resultados individuais, utilizando apenas valores que não diferem acima de
1% do valor da média;

3. TERCEIRA ETAPA - MASSA ESPECÍFICA IN SITU:

• Em campo, foi levado ao local uma balança portátil, com precisão de 1 g;


• Para realizar o ensaio, primeiramente nivelou-se o terreno e colocou-se a
bandeja sobre o solo. Depois disso, escavou-se um furo com profundidade
aproximada de 15 cm, utilizando a talhadeira e o martelo;
• Transferiu-se o material retirado da escavação para a balança e realizou-se a
pesagem, determinando assim a massa que estava presente no furo (mfuro)
igual a 2152 g;
• Depois disso, foi obtido o teor de umidade realizando o procedimento do
método do Speedy, seguindo a DNER 052/94. Foram colocados dentro do
aparelho Speedy uma amostra de 12 g de solo úmido, duas esferas de aço e
uma ampola de carbureto de cálcio. Em seguida, agitou-se o equipamento até
que a ampola fosse quebrada e, assim, o carbureto reagisse com a água
presente no solo. Equivalente a nova pressão interna, o aparelho forneceu o
teor de umidade presente naquela amostra, igual a 10,2%.
• Para determinar o volume do furo, utilizou-se novamente o frasco de areia,
pesando-o novamente para determinar sua massa inicial naquele momento
(m7), e, depois, colocando-o sobre o furo escavado.
• Por fim, abriu-se a válvula para deixar a areia preencher o volume do furo e do
funil. Após isso, o frasco foi levado novamente à balança para ser pesado,
obtendo assim outra massa final (m8). Subtraindo m8 de m7, chega-se ao valor
da massa de areia que existe no furo e no funil (m9). A diferença entre m9 e m3,
que fora previamente obtida na primeira etapa, resultou na massa de areia
presente apenas no furo (m10).
RESULTADOS E DISCUSSÕES:

Seguindo as etapas do procedimento, primeiramente foram calculados a massa


de areia que preenche o funil utilizado. Para isso, foi feita a seguinte operação:

𝑚3 = 𝑚1 − 𝑚2
Para o ensaio 1, tem-se:
𝑚3 = 𝑚1 − 𝑚2 = 6012 − 5522 = 490 g
Para o ensaio 2, tem-se:
𝑚3 = 𝑚1 − 𝑚2 = 6012 − 5524 = 488 g
Para o ensaio 3, tem-se:
𝑚3 = 𝑚1 − 𝑚2 = 6012 − 5520 = 492 g

De acordo com a NBR 7182:1986, foi calculado também a média aritmética dos
ensaios, sendo igual a 490 g. Como nenhum dos valores difere em mais de 1%,
considera-se todos os resultados individuais.
Depois disso, foi calculada a massa presente dentro do cilindro de volume
conhecido igual a 997 cm3. Para isso, usa-se a subtração abaixo:

𝑚6 = 𝑚4 − 𝑚5 − 𝑚3

Para o ensaio 1, tem-se:


𝑚6 = 𝑚4 − 𝑚5 − 𝑚3 = 6012 − 4178 − 490 = 1344 g
Para o ensaio 2, tem-se:
𝑚6 = 𝑚4 − 𝑚5 − 𝑚3 = 6012 − 4188 − 488 = 1336 g
Para o ensaio 3, tem-se:
𝑚6 = 𝑚4 − 𝑚5 − 𝑚3 = 5996 − 4176 − 492 = 1328 g

Da mesma forma que no cálculo de m 3, a norma especifica que deve ser feita
a média aritmética de três resultados que individualmente não diferem dela em mais
de 1%. Pelo critério, nenhum resultado entre os três foi descartado e a média foi de
1336 g.
Para calcular a massa específica aparente da areia, usou-se a definição
clássica para massa específica:

𝑃𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎 1336 𝑔
𝜌𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎 = = = 1,340 𝑔/𝑐𝑚3
𝑉𝑐𝑖𝑙𝑖𝑛𝑑𝑟𝑜 997 𝑐𝑚3

Em seguida, já tendo obtido os dados via procedimento experimental


normatizado pela NBR 7182, calculou-se, por fim, a massa específica “in situ” do solo.
Para isso, determina-se primeiramente a massa que ficou no funil e no furo escavado
(m9), pela subtração expressa abaixo:

𝑚9 = 𝑚7 − 𝑚8 = 6012 − 3852 = 2160 g

Depois disso, obtém-se apenas a massa presente apenas no furo (m 10), pela
subtração:

𝑚10 = 𝑚9 − 𝑚3 = 2160 − 490 = 1670 g

Para calcular a massa específica aparente natural do solo “in situ”, utiliza-se a
equação abaixo, adaptada da NBR 7182:1986.

𝑚𝑓𝑢𝑟𝑜 2152
𝜌ℎ = 𝜌𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎 = 1,340 × = 1,727 𝑔/𝑐𝑚3
𝑚10 1670

Por fim, foi determinado a massa específica aparente do solo seco “in situ”,
através da expressão abaixo, fornecida diretamente pela NBR 7182:1986.

𝑚𝑓𝑢𝑟𝑜 100 100


𝜌𝑑 = 𝜌𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎 × = 1,727 × = 1,563 𝑔/𝑐𝑚3
𝑚10 100+𝑤 100+10,5
ANEXOS:

TABELA 1: Massa da areia do funil.

MASSA DE AREIA DO FUNIL


DADO ENSAIO 1 ENSAIO 2 ENSAIO 3
m1 6012 6012 6012
m2 5522 5524 5520
m3 490 488 492
média 490
tolerância 4,9
diferença 0 -2 2
Fonte: A autora (2020).

TABELA 2: Massa específica aparente da areia.

MASSA ESPECÍFICA APARENTE DA AREIA


DADO ENSAIO 1 ENSAIO 2 ENSAIO 3
m3 490 488 492
m4 6012 6012 5996
m5 4178 4188 4176
m6 1344 1336 1328
média 1336
tolerância 13,36
diferença 8 0 -8
massa específica da areia
(𝜌areia) 1,340
Fonte: A autora (2020).

TABELA 3: Massa específica “in situ”


MASSA ESPECÍFICA IN
SITU
DADO ENSAIO
m7 6012
m8 3852
m9 2160
m10 1670
mfuro 2152
𝜌areia 1,340
𝜌h 1,727
w (%) 10,5
𝜌d 1,563
Fonte: A autora (2020).
BIBLIOGRAFIA:

DAS, Braja M; SOBHAN, Khaled. Fundamentos da Engenharia Geotécnica. 8. ed.


São Paulo: Cengage Learning, 2014. 625 p.
CAPUTO, Homero Pinto. Mecânica dos Solos e suas aplicações: volume 1:
fundamentos. 7. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2015. 280 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7185: Solo –
Determinação da massa específica aparente, “in situ”, com emprego do frasco de
areia. 1 ed. Rio de Janeiro: Abnt, 1986. 7 p.
DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. DNER-ME 052/94:
Solos e agregados miúdos - determinação da umidade com o emprego do "Speedy"..
1 ed. Brasília: Dner, 1994. 4 p.

You might also like