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REABILITAÇÃO PULMONAR

R4 THIAGO STOIANOV
PRECEPTORIA: DRA ROSANGELA VILLELA GARCIA
DEFINIÇÃO
“Programa multidisciplinar de cuidados para pacientes com disfunção
respiratória crônica que é, individualmente, desenvolvido para otimizar
as capacidades física e social de cada paciente, assim como sua
autonomia”
DEFINIÇÃO
“Programa que objetiva estabilizar ou reverter as manifestações
fisiopatológicas e psicopatológicas na tentativa de conduzir o paciente
ao máximo de sua capacidade funcional”

Fonte: DOI: 10.1183/09059180.00008013


HISTÓRICO
• Primeira definição em 1974;
• Primeira “declaração de cuidados” em 1981 pela ATS;
• Primeiro Guideline baseado em evidências em 1997 pela AACVPR;
• Atualização do modelo de 1981, em 2006, da ATS em conjunto com a
ERS;
• Guideline em 2013 pela BTS;
PERFIL POPULACIONAL DOS GUIDELINES
• DPOC;
• “Mas e os outros?”;
DEFINIÇÃO
“Modelo multidisciplinar, baseado em evidências, de intervenções
individualizadas em pacientes sintomáticos com doenças respiratórias
crônicas que, usualmente, impactam nas atividades diárias de vida.
Designado para reduzir sintomas, otimizar status funcional, aumentar
participação e reduzir gastos em saúde ao estabilizar ou reverter
manifestações sistêmicas da doença”

Fonte: https://doi.org/10.1183/16000617.0125-2017
PACIENTES COM DPOC
• Menos ativos que seus pares;
• Perda de massa muscular, principalmente de MMII, e função
muscular;
• 40% da população estudada = não atingiu quantidade/qualidade
recomendada de atividades físicas; *

*Fonte: Spruit MA, Wouters EF. New modalities of pulmonary rehabilitation in patients
with chronic obstructive pulmonary disease. Sports Med 2007; 37: 501–518.
PROPOSTA DOS 5 CLUSTERS
• Pacientes com DPOC apresentam 5 clusters de comorbidades;
1. Caquexia;
COMPORTAMENTO SEMELHANTE QUANTO A
2. Cardiovasculares;
- PERFORMANCE FUNCIONAL;
3. Metabólicas; - DEGRAU DE LIMITAÇÃO DE FLUXO AÉREO;
4. Psicológicas; - BIOMARCADORES SISTÊMICOS DE
INFLAMAÇÃO;
5. Outras;

Fonte: Vanfleteren LE, Spruit MA, Groenen M, et al. Clusters of comorbidities based on validated
objective measurements and systemic inflammation in patients with chronic obstructive pulmonary
disease. Am J Respir Crit Care Med 2013; 187: 728–735.
NEWTON’S CLOCKWORK UNIVERSE
“Um problema maior pode ser quebrado em outros menores,
analisados e resolvidos por dedução racional”
PREDITORES DE MÁ ADESÃO
• Residir sozinho;
• Uso de oxigenioterapia de longo termo;

Fonte: DOI: 10.1183/09059180.00008013


Fonte: https://doi.org/10.1183/16000617.0125-2017
PARA QUEM INDICAREMOS? (N.E. 1A)
• Todos os pacientes com DPOC, com fins de melhorar grau de dispneia,
status funcional e sensação de bem-estar;
• Pacientes MRC 3-5 funcionalmente limitados por dispneia;
* Grau 5: Atenção ao oferecer supervisão domiciliar;
CONTRA-INDICAÇÕES?
• Tabagismo ativo = Não;
ALVOS NA REABILITAÇÃO PULMONAR
• 3 Principais:
1. Qualidade de vida;
2. TC6m;
3. Dispneia;
DADOS NECESSÁRIOS
• Barreiras de linguagem/ compreensão;
• Diagnóstico respiratório de base;
• Dados espirométricos;
• Peso, altura, pressão arterial, saturação de oxigênio em repouso;
• Status tabágico;
• Classe funcional de dispnéia;
• Terapias (detalhar oxigenioterapia e VNI);
• Outras comorbidades;
• Necessidades de transporte;
Fonte: https://doi.org/10.1183/16000617.0125-2017
COMPONENTES DA REABILITAÇÃO
• Tempo ideal: 6 a 8 semanas;
- Ambulatorial: Pelo menos 2 sessões supervisionadas + instruções
para treinamento domiciliar diário;
• Frequência para benefícios: No mínimo, 3 sessões semanais;
• Benefícios:
- Regime ambulatorial: A partir de 4 semanas;
- Regime internação: Entre 2 a 3 semanas;
- Mantidos até 1 ano, com perda progressiva após;
• Acompanhamento mensal x semanal;
COMPONENTES DA REABILITAÇÃO
TREINAMENTO AERÓBICO
• Caminhada, bicicleta ou ambos;
• Duração de 4 a 12 semanas, com 2 a 5 sessões supervisionadas por
semanas, com duração de 30 a 60 minutos;
• Alvo intensidade: mínimo 60% VO2 máx ou 60% da Vmáx no TC6m;
• Incremental de intensidade ou tempo;
COMPONENTES DA REABILITAÇÃO
TREINAMENTO FORÇA MUSCULAR
• De forma isolada: Melhora de resistência ao caminhar; volume e força
musculares periféricas;
• Em associação com aeróbico: Não há adição em desempenho físico
geral ou estado de saúde;
• 2 a 4 sets de 10 a 15 repetições;
• Descanso de 48h;
COMPONENTES DA REABILITAÇÃO
TREINAMENTO MUSCULATURA RESPIRATÓRIA
• De forma isolada: Melhora de resistência ao caminhar e força
muscular;
• Em associação com aeróbico: Não há adição em desempenho físico
geral ou estado de saúde;
• VNI: Pode ser usada durante exercício (se IRpa tipo 2, com uso
prévio), para superar limitação respiratória, mas não altera
performance geral;
• O2: Se SatO2 < 90% verificada na fase preliminar;
COMPONENTES DA REABILITAÇÃO
TREINAMENTO MUSCULATURA INSPIRATÓRIA
• Em hiperpnéias normocápnicas:
- Redução da relação PI/ PImáx -> Redução do componente de
hiperinsuflação dinâmica -> Redução no tempo inspiratório;
- Como faz? Rápida com inalação de mix de gás controlado;
NOVAS MODALIDADES
• Treinamento em alta intensidade de extensores de joelho;
• T’ai chi;
• Estimulação elétrica neuromuscular;
- Quadríceps;
- Despolarização neurônio motor -> contração músculo esquelético”;

Fonte: DOI: 10.1183/09059180.00008013


MULTIDISCIPLINARIDADE
• NUTRIÇÃO: Má nutrição como fator preditor independente de piora
clínica/ mortalidade;
• SAÚDE MENTAL: Terapia ansiolítica/ antidepressiva?; Dispnéia ->
auto-cuidado;
• FISIOTERAPIA: Mobilização de secreções brônquicas;
AVALIAÇÕES DE RESPOSTA
• Aumento de 15% no pico de VO2;
• Aumento de 54m no TC6m;
• Aumento entre 30-55% shuttle walking test;
MANUTENÇÃO
• Todos os que completam o ciclo devem ser encorajados a
continuarem com os exercícios mesmo após o fim do programa;
• Usualmente, considera-se repetir o programa de reabilitação
naqueles que o completaram há, pelo menos, 1 ano;
• Benefício da Reabilitação é mantido até o 1º ano;
E QUANDO EM EXACERBAÇÕES/ PÓS
EXACERBAÇÕES?
• Aqueles que advogam durante exacerbação;
• Aqueles que advogam 1 mês após exacerbação;
Obrigado
thiago.stoianov@alumni.usp.br

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